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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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08
Jul16

Responsáveis portugueses pela invasão do Iraque chamados PCP confronta Durão Barroso e Paulo Portas

António Garrochinho



Paulo Portas era ministro da Defesa do governo do PSD e do CDS-PP que decidiu integrar a agressão ao Iraque

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Durão Barroso e Paulo Portas vão ser chamados, por iniciativa do PCP, a explicar a participação portuguesa na invasão do Iraque, após a divulgação do «relatório Chilcot».

AbrilAbril apurou que Durão Barroso e Paulo Portas vão ser chamados a dar explicações na Assembleia da República pela participação na decisão de invadir o Iraque, arrastando Portugal para a lista de países que participaram na ocupação. Barroso era primeiro-ministro português e foi anfitrião da cimeira das Lajes, onde foi tomada a decisão de invadir o Iraque.
O pedido de audição foi enviado pelo PCP ao presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas ao início da tarde.
A iniciativa dos comunistas cita o «relatório Chilcot», onde se concluiu que «as informações que indiciavam a existência de armas de destruição maciça no Iraque eram falsas». Para além de Durão Barroso, o PCP quer que Paulo Portas, o ministro de Estado e da Defesa Nacional em 2003, dê explicações pelo envolvimento de Portugal na guerra do Iraque.

abrilabril.pt
08
Jul16

De Fergunson a Dallas: Explosão de violência entre polícias brancos e cidadãos negros

António Garrochinho

“Já vimos tragédias como esta muitas vezes. No ano passado o número de afro-americanos mortos pela polícia foi duas vezes superior aos brancos. Quando ocorrem incidentes como este há um grande número dos nossos cidadãos que sentem que não estão a ser tratados de forma igual por causa da sua cor de pele”.

Barack Obama estava visivelmente chocado quando falou sobre os dois afro-americanos mortos há apenas alguns dias por polícias brancos. O incidente provocou protestos anti-racismo em diversas cidades americanas. De acordo com o presidente dos Estados Unidos, os afro-americanos são 30% mais perseguidos e investigados do que os cidadãos brancos.

Na quarta-feira, um polícia disparou sobre um homem em Falcon Heights, durante uma operação rodoviária. Philando Castile viria a morrer mais tarde no hospital de Minneapolis. A namorada da vítima filmou a cena e divulgou as imagens no Facebook. Segundo o governador do Minnesota, o racismo foi determinante na morte de Castile.

O incidente ocorreu apenas 48 horas depois de um outro tiroteio em Baton Rouge, no estado da Luisiana. Dois agentes brancos detiveram pela força Alton Sterling, no exterior de uma loja de conveniência. Como no caso do Minnesota, o evento foi registado em video e correu de forma viral pelas redes sociais.

A revolta tem-se intensificado pelo facto de, no passado, os agentes envolvidos neste tipo de incidentes terem sido ilibados ou não acusados firmalmente nos tribunais, como foi o caso de Fergunson: há dois anos, um agente de segurança branco disparou vários tiros sobre um jovem desarmado, Michael Brown, sem nunca ter sido acusado. Isto desencadeou uma série de protestos violentos, durante os quais numerosos carros foram incendiados e muitas lojas pilhadas.

Apesar de o inquérito não estar ainda concluído, as declarações da polícia de Dallas fazem pensar que o tiroteio que custou a vida a cinco polícias, é mais um capítulo da história negra que a América vem escrevendo sobre as relações entre polícias brancos e cidadãos negros.


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pt.euronews.com
08
Jul16

Governo alemão assinala redução das entradas de refugiados em 2016

António Garrochinho


O governo alemão tenta virar a página sobre a crise dos refugiados ao anunciar uma diminuição da entrada de migrantes no país, nos primeiros seis meses do ano.

Segundo o ministro do Interior alemão, o país assistiu a cerca de 16 mil chegadas em Junho, um número mais de cinco vezes inferior aos 91 mil registados em Janeiro.

Uma diminuição saudada por Berlim como o reflexo do recente acordo migratório com a Turquia, e o encerramento da chamada rota migratória dos balcãs.

Segundo o ministro Thomas de Maizière:

“A implementação do acordo entre a União Europeia e a Turquia está a funcionar bem até agora, o que não garante que esta situação não possa alterar-se, assim como a situação na rota dos Balcãs que poderia piorar de forma significativa”.

O anúncio serve também para conter as críticas à “política de portas abertas” com que a Alemanha acolheu mais de um milhão de migrantes no ano passado.

Berlim afirma ter já aceite este ano 283 mil pedidos de asilo, mais de metade relativos a refugiados sírios (171.488), seguidos de afegãos (60.611) e iraquianos (56.540).

Em paralelo, Berlim anunciou a atribuição de 2500 bolsas escolares a refugiados instalados atualmente em campos na Turquia e na Jordânia, Líbano, Egito e Iraque.

VÍDEO


pt.euronews.com
08
Jul16

Golpe de teatro de Eduardo Cunha no Congresso brasileiro

António Garrochinho


A demissão de Eduardo Cunha como presidente do Congresso Brasileiro era algo que há muito se impunha. Corrupto, alvo de vários processos da operação Lavajato, foi um dos principais operacionais da destituição ilegal de Dilma Roussef.
Nesse sentido pode considerar-se uma vitória do povo brasileiro na sua luta de vários meses pela reposição da legalidade no país e contra o golpe que então ocorreu.
Mas, na altura em que é feita, esta demissão tem outros objectivos.
Em primeiro lugar, e a um mês pelo julgamento no Senado da Presidenta Dilma, procura dar algum ar de respeito por normas democráticas e beneficiar os golpistas, procurando recuperar votos perdidos no seio do Senado.
Por outro lado, deixando de ser presidente do Congresso e passando a deputado, Eduardo Cunha, deixará de ser julgado pelos seus crimes no Supremo Tribunal Federal, sendo as acusações apreciadas numa outra instância judicial que os golpistas dominam, presidida por um outro operacional do golpe, Gilmar Mendes.



Via: antreus http://bit.ly/29tyQwb
08
Jul16

Assembleia Municipal de Faro unânime quanto à revisão orçamental

António Garrochinho


A Câmara Municipal de Faro vem por este meio informar de que viu aprovada por unanimidade  na reunião ordinária da Assembleia Municipal que esta semana teve lugar, a sua proposta de revisão orçamental para o exercício de 2016. Na verdade, em Faro não havia memória de semelhante ocorrência nos anos mais recentes. Com efeito, todos os últimos exercícios orçamentais aprovados em Faro, foram-no contabilizando pelo menos a abstenção de uma das bancadas.
Com esta aprovação, o exercício de 2016 fica reforçado com cerca de 4,66 milhões, provenientes do saldo da gerência de 2015, que vão permitir um investimento decisivo na melhoria da rede viária e equipamentos públicos. O plano, que já havia sido aprovado em reunião de Câmara no passado dia 13 de Junho, prevê também a recuperação do parque escolar e desportivo, a duplicação de apoios ao associativismo e juntas de freguesia bem como a dinamização do comércio. Foram ainda contempladas verbas para amortização de PAEL e para habitação social.
Tendo merecido o voto favorável de todos os membros da Assembleia Municipal presentes, esta revisão orçamental que, recorda-se, foi concertada com todos os partidos, tendo sido já aprovada por unanimidade na reunião de Câmara do passado dia 13 de Junho, vem demonstrar que a atenção que é dada por este executivo ao diálogo e à negociação com todas as partes do processo político, vem trazendo para Faro, e para o exercício deste mandato em particular, um capital de credibilidade democrática que nos cumpre hoje, com orgulho, reconhecer.
Paços do Concelho de Faro
Paços do Concelho de Faro

planetalgarve.com
08
Jul16

08 de Julho de 1621: Nasce o autor de fábulas Jean de La Fontaine

António Garrochinho


Jean de La Fontaine nasceu em 8 de Julho de 1621. Era filho de um inspector de águas e florestas, e nasceu na pequena cidade de Chateau-Thierry. Estudou Teologia e Direito em Paris, mas o seu maior interesse sempre foi a literatura.


Por desejo do pai, casou-se em 1647 com Marie Héricart, na época com apenas 14 anos. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.


Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo do seu pai como inspector de águas, mas alguns anos depois colocou-se ao serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma colectânea de poemas.


Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.


Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma colectânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.

Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.


Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. Morreu a 13 de Abril de 1695. A última edição de suas fábulas foi publicada em 1693.


Fontes: UOL Educação
wikipedia (Imagens)

File:Jean de La Fontaine.PNG
Jean La Fontaine - Fontaine por Hyacinthe Rigaud





Ilustração de "A Cigarra e a Formiga" -Gustave DoréFile:La cigale et la fourmi illustration dore.jpg

VÍDEO

08
Jul16

08 de Julho de 1840: Nasce Manuel de Arriaga, Primeiro presidente constitucional da República Portuguesa

António Garrochinho


Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu em 8 de Julho de 1840, na cidade da Horta, filho de Sebastião de Arriaga e de D. Maria Antónia Pardal Ramos Caldeira de Arriaga, ambos descendentes de famílias nobres açorianas.

Casou com D. Lucrécia de Brito Berredo Furtado de Melo, neta do comandante da polícia do Porto e partidário das forças liberais à data da revolução de 1820, de quem teve seis filhos, dois rapazes e quatro raparigas. Faleceu em 5 de Março de 1917, com 77 anos de idade.

 Na Universidade de Coimbra, onde se formou em Leis, cedo manifestou simpatia pelas ideias republicanas, o que provocou um conflito insanável com o pai, que o deserdou e lhe deixou de custear os estudos. Para sobreviver e pagar a Faculdade, teve então de dar aulas de Inglês no liceu.

Em 1866, concorreu a leitor da décima cadeira da Escola Politécnica e da cadeira de História do Curso Superior de Letras. Não conseguindo a nomeação para qualquer delas, teve de continuar, agora em Lisboa, a leccionar a mesma disciplina de Inglês. Dez anos depois, em 26 de Agosto de 1876, já faz parte da Comissão para a Reforma da Instrução Secundária. Simultaneamente, vai cimentando a sua posição como advogado, tornando-se um notável casuísta graças à sua honestidade e saber. Entre as várias causas defendidas destaca-se, em 1890, a defesa de António José de Almeida, após este ter escrito no jornal académico O Ultimatum, o artigo "Bragança, o último", contra o rei D. Carlos.

Na sequência dos acontecimentos de 5 de Outubro de 1910, e para serenar os ânimos agitados dos estudantes da Universidade de Coimbra, é nomeado reitor daquela Universidade, tomando posse em 17 de Outubro de 1910.


Filiado no Partido Republicano, foi eleito por quatro vezes deputado pelo círculo da Madeira. Em 1890, foi preso em consequência das manifestações patrióticas de 11 de Fevereiro, relativas ao Ultimato Inglês.

Em 1891, aquando da revolta de 31 de Janeiro, já fazia parte do directório daquele Partido, em conjunto com Jacinto Nunes, Azevedo e Silva, Bernardino Pinheiro, Teófilo Braga e Francisco Homem Cristo.

Nos últimos anos da monarquia, sofre um certo apagamento, dado que o movimento republicano tinha chegado, entretanto, à conclusão que a substituição do regime monárquico não seria levada a cabo por uma forma pacífica. Os republicanos doutrinários são, então, substituídos pelos homens de acção que irão fazer a ligação à Maçonaria e à Carbonária.

Depois da proclamação do regime republicano foi então chamado a desempenhar as funções de Procurador da República.


ELEIÇÕES E PERÍODO PRESIDENCIAL


Foi eleito em 24 de Agosto de 1911, proposto por António José de Almeida, chefe da tendência evolucionista, contra o candidato mais directo, Bernardino Machado, proposto pela tendência que no futuro irá dar origem ao Partido Democrático de Afonso Costa.

O escrutínio teve o seguinte resultado:

Manuel de Arriaga 121 votos

Bernardino Luís Machado Guimarães 86 votos

Duarte Leite Pereira da Silva 1 voto

Sebastião de Magalhães Lima 1 voto

Alves da Veiga 1 voto

Listas brancas 4 votos


Assiste-se na época à divisão efectiva das forças Republicanas. De 27 a 30 de Outubro de 1911, reúne-se, em Lisboa, o Congresso do Partido republicano em que é eleita a lista de confiança de Afonso Costa, passando o partido a denominar-se Partido Democrático. Em 24 de Fevereiro de 1912, por discordar da nova linha política seguida pela nova direcção, António José de Almeida funda o Partido Evolucionista, e dois dias depois, Brito Camacho, o Partido União Republicana, divisão que, no entanto, pouco adiantará para a resolução das contradições deste período deveras conturbado. O início da Primeira Grande Guerra vem agravar ainda mais a situação, dando origem à polémica entre guerristas e antiguerristas.

O Ministério de Victor Hugo de Azevedo Coutinho, alcunhado de Os Miseráveis, que vigora entre 12 de Dezembro de 1914 e 25 de Janeiro de 1915, não vem alterar em nada a situação, acabando por ser demitido na sequência dos acontecimentos provocados pelo "Movimento das Espadas", de âmbito militar, onde se destacaram o capitão Martins de Lima e o comandante Machado Santos.

O Presidente Manuel de Arriaga tenta inutilmente chamar as forças republicanas à razão, envidando esforços no sentido de se conseguir um entendimento entre os principais dirigentes partidários. Goradas estas diligências, não dispondo de quaisquer poderes que lhe possibilitassem arbitrar os diferendos e impor as soluções adequadas e pressionado pelos meios militares, vai então convidar o general Pimenta de Castro para formar governo que é empossado em 23 de Janeiro de 1915.

O encerramento do Parlamento e a amnistia de Paiva Couceiro vão transformar em certezas as desconfianças que os sectores republicanos tinham acerca daquele militar, desde o governo de João Chagas onde ocupara a pasta da Guerra e evidenciara uma atitude permissiva face às tentativas monárquicas de Couceiro. A revolta não se fez esperar. Em 13 de Maio do mesmo ano, sectores da Armada chefiados por Leote do Rego e José de Freitas Ribeiro demitem o Governo que é substituído pelo do Dr. José de Castro, que inicia as suas funções em 17 do mesmo mês.

O Presidente é obrigado a resignar em 26 de Maio de 1915, saindo do Palácio de Belém escoltado por forças da Guarda Republicana.

 Manuel de Arriaga não conseguiu recuperar deste desaire, morrendo amargurado dois anos depois, em 5 de Março de 1917. Foi substituído pelo Dr. Teófilo Braga.

wikipedia (imagens)
 
Manuel de Arriaga
Cartaz comemorativo da eleição de Manuel de Arriaga
08
Jul16

Dos mentecaptos e afins - Baptista Bastos

António Garrochinho

Baptista Bastos


O embaraço do ministro alemão das Finanças, em desdizer o que, na realidade, dissera, porque era o que, afinal, desejava, dá-nos uma ideia, embora pálida, das trapalhadas em que a “União” Europeia se enredou. Falar da “União” com o grotesco entusiasmo de Durão Barroso é pecaminoso, embora se entenda com repulsa: ele tratou lá da vidinha, e aquilo foi um maná. O senhor tem tendência para serventuário, viu-se, sobretudo, na cimeira dos Açores, onde atingiu o nível de indecoroso.
O que está em causa, nesta organização, é, também, a qualidade dos seus representantes. São meros funcionários, técnicos de contas, que desconhecem, totalmente, as características fundamentais das nações e dos povos, e apenas obedecem a outras ordens, emanadas dos grandes senhores do dinheiro, de face oculta, e que determinam as famosas “leis do mercado”.
A “União” nem sequer foi uma utopia: foi um mito reabsorvido pelo sistema, e arduamente defendido por sicários que cedo viram na organização um modo de vida fácil e muitíssimo bem pago. Bem vistas as coisas, a solidariedade nunca existiu por aquelas bandas. Um filme exibido há anos, “os Eurocratas”, dava-nos um pouco da secreta realidade da “União.” Foi retirado da circulação, por “criar mal-estar”.
Mas os agora 27 países do conglomerado não parecem estar totalmente sossegados, e isso reflecte-se nas dramáticas manifestações de racismo e de xenofobia, nas muralhas de aço e de arame farpado, no medo que certos países têm dos estrangeiros. O Reino Unido fez saber, recentemente, que os europeus eram todos bem-vindos. Os europeus, note-se. O velho nacionalismo ressurgiu dos escombros de uma “União” que provocou o renascimento desse espectro. Seria instrutivo ler ou reler “A Ideologia Alemã” ou “História da Literatura Alemã”, de György Lukács, pela actualidade da visão e pela profundidade dos conceitos.
E provoca dó e compaixão assistir aos salamaleques de François Hollande, convencido de que é uma figura importante quando não passa de um títere de Angela Merkel e dos seus propósitos. Schäuble, aquele ministro de má catadura, que, em tempos, animou o ministro português Vítor Gaspar, tranquilizando-o com palavras cúmplices na ideologia, é o mesmo que não esconde o seu ódio ao actual Governo de Portugal e aquele que armadilhou a Grécia, numa das mais indecorosas intervenções invasivas de que há memória.
Todo o cuidado é pouco quando se trata de relações com a Alemanha. Historicamente, ela possui uma noção de superioridade. Como tem sempre sido vencida pelas armas, voltou-se para os esquemas da economia, com intensa satisfação por alguns pequenos mentecaptos que pululam pelos jornais e televisões, neste caso portugueses.

Jornal de Negócios

08
Jul16

Este ‘grande’ servidor público…

António Garrochinho


Ministro Nuno Crato em aula sobre eclipse solar
O ex-ministro da Educação Nuno Crato confirmou que vai ser testemunha dos colégios privados nas ações que estão a ser apresentadas a contestar a redução pelo Governo dos contratos de associação.
Nuno Crato, que vai testemunhar contra o Ministério pelo qual foi responsável nos últimos quatro anos. Um verdadeiro ‘servidor público, não haja dúvida… (Não passa de um vendido..).
08
Jul16

Que coisa!

António Garrochinho


Helena Garrido talvez seja dos comentadores menos cultos da Antena Um, com a agravante de ser directora de um jornal económico. 

Mas é também carpideira permanente do governo PSD/CDS. Diligente matraca contra o governo do PS e a esquerda que o sustenta de forma crítica mas consolidada. 

Ainda terá uma assessoria aos sectores mais retrógrados da Comissão Europeia e Eurogrupo. 

E afoita correia de transmissão das ideias fabricadas para mediatismo universal em areópagos insondáveis mas muito detectáveis da contra-informação.
 
O debate do Estado da Nação de ontem foi motivo para a seguinte incursão em fora-de-jogo: a esquerda teve um discurso patrioteiro, nacionalista e populista, que contradisse o que foi a sua crítica ao Estado Novo e este discurso, além dos riscos que faz pesar sobre a imigração, afasta o investimento estrangeiro necessário porque não temos capitalistas…
  
Valha-nos o Senhor que não perdoa a quem  sabe muito bem o que diz. 

E já agora vejam lá se não têm uma alternativa mais credível à dita senhora…


Via: antreus http://bit.ly/29A9mxv
08
Jul16

RIA FORMOSA - Entende o PCP que o Governo deve desenvolver, com caráter de urgência, um conjunto de ações visando identificar e eliminar as fontes de poluição na Ria Formosa.

António Garrochinho
Entende o PCP que o Governo deve desenvolver, com caráter de urgência, um conjunto de ações visando identificar e eliminar as fontes de poluição na Ria Formosa. Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministro do Ambiente sobre as intenções do Governo relativamente ao reforço dos meios financeiros e humanos dos organismos públicos responsáveis pela proteção e conservação da Ria Formosa, assim como dos organismos de Estado responsáveis pela monitorização laboratorial da qualidade da água deste sistema lagunar; sobre as ações já tomadas ou que irão ser tomadas pelo Governo para identificar e eliminar as fontes de poluição e de deterioração da qualidade da água na Ria Formosa; e sobre o montante global que irá ser investido em ações de combate à poluição da Ria Formosa.
08
Jul16

Euro2016 Sabe porque é que não se disputa o terceiro lugar no Euro?

António Garrochinho




Ao contrário daquilo que acontece no Campeonato do Mundo, no Europeu de futebol não de disputa o terceiro e o quarto lugar. A justificação para isto remonta ao século passado.

A última vez que se disputou o terceiro e quarto lugar foi em 1980. Nesse ano, a Checoslováquia derrotou a equipa da casa, a Itália, e conquistou o terceiro lugar do pódio.

A justificação para a decisão está relacionada com a falta de público para estes jogos. Em 1980, cerca de 27 mil pessoas assistiram ao jogo da Itália contra a Checoslováquia. Ainda assim, estes números foram superiores aos registados em 1976 (7 mil), 1972 (6 mil) ou 1964 (4 mil).

Um outro elemento que ajuda a compreender o fim do jogo do terceiro e quarto lugares resulta da mudança de regras na UEFA. Até 1976, apenas quatro seleções podiam disputar a fase final do Euro. Quem vencesse os primeiros jogos disputava a final e os derrotados competiam pelo terceiro lugar.

Em 1980, o torneio foi disputado por oito equipas, divididas em dois grupos. Os vencedores de cada grupo, Alemanha e Bélgica, disputaram a final e os segundos classificados a medalha de bronze. Em 1984, foi mantido o formato de oito equipas e pela primeira vez não se jogou a decisão do terceiro lugar. Curiosamente, Portugal caiu nas meias-finais contra a França e perdeu a oportunidade de alcançar o terceiro lugar.


http://www.jn.pt/

08
Jul16

O estado a que chegámos

António Garrochinho


por Amato
Não sei se será melhor escrever “O estado a que chegámos!” ou “O Estado a que chegámos”. Não sei. Vou refletir sobre o assunto.

A comunicação social, braço armado do poder burguês, estende a sua influência a todos os domínios da sociedade. Não é uma influência à primeira vista descarada ou evidente. Trata-se antes de um sussurrar permanente, um condicionamento subliminar que procura chegar e chega a cada vez mais cidadãos.

É condição essencial para o sucesso desta operação a montagem de um cenário com uma infinidade de intervenientes que opinam aparentemente de forma independente. Se os lermos na diagonal, até parece que cada um acrescenta algum pormenor diferente que o seu antecessor. O mecanismo ilusório resulta, portanto, eficaz. O ouvinte ou o leitor passa por todas aquelas vozes e, no final, está a repetir aquela mesma mensagem que une todas elas sem dar por isso. A coisa acontece, o que é mais grave, com a perceção de livre arbítrio na formação de opinião.

O braço mediático burguês não conhece fronteiras: interfere ativamente na política, tanto na parte legislativa como na parte executiva, mas também coloca o seu dedo na justiça. É indesmentível que o julgamento mediático hoje em dia é mais valioso e determinante que o julgamento nos tribunais; os juízes podem ser facilmente atacados indiretamente por um qualquer órgão de comunicação social; os tribunais vêm a sua ação constantemente posta em causa. A questão das constantes fugas de informação assume aqui um papel relevante para analisarmos esta problemática globalmente.

O caso de Carlos Cruz, condenado e a cumprir pena em liberdade condicional, é paradigmático. A forma como se coloca em causa a decisão do tribunal de o condenar chega a ser chocante. Conceda-se todos os recursos que a lei permite ao condenado, mas no fim de contas calem-se! No fim de contas aceitem e respeitem o tribunal! Isto não devia ser como um jogo de futebol em que cada qual assume o papel de treinador de bancada. A justiça devia ser algo sério. Já estou a imaginar a sucessão de entrevistas a reclamar inocência e os programas de televisão que lhe vão conceder. É uma vergonha e é nojento. Atingimos um estado lastimável que, na prática, concretiza os piores receios sugeridos por uma espécie de estado anarquico.

Não há independência. Não há democracia. Não há liberdade. Não há lei. Não há justiça. Só há um pensamento único. Só há fomento do caos e da desconfiança como tronos sociais para a burguesia poder reinar.


portodeamato.blogs.sapo.pt
08
Jul16

Milhares protestam contra violência policial nos EUA

António Garrochinho

Milhares de manifestantes concentraram-se nas principais cidades dos Estados Unidos para expressar a sua frustração contra o que entendem ser o abuso continuado da polícia contra a comunidade negra.

A polícia foi acusada pela comunidade negra de racismo.

O manifestantes entoaram cânticos a favor da integração racial nos EUA e contra a atuação da polícia. O protesto é conhecido no país como “Black Lives Matter” ou “As vidas negras importam”.

O que está na origem dos protestos?

Dois homens negros foram abatidos durante confrontos com a polícia nos estados do Louisiana e Minnesota na quinta-feira.

Philando Castile morreu numa operação stop, desarmado, vítima de vários disparos, em Saint-Olaf, Minnesota. O confronto com a polícia foi filmado pela namorada, que se encontrava no carro.

As autoridades norte-americanas investigam também a morte de Alton Sterling, de Baton Rouge, Louisiana.

VÍDEO


pt.euronews.com
08
Jul16

A UE já é um cadáver

António Garrochinho



Um texto de Jacques Sapir sobre a UE e a França.
Interessa a todos, em especial aos que se recusam a meter a cabeça debaixo da areia ficando à espera que o povo esteja preparado para receber a notícia de que a UE já é um cadáver.
O “eixo” franco-alemão morreu. Esta morte é antiga e convém dizer aqui que este “eixo” nunca funcionou como o dava a entender a imagem feliz difundida em França.
O eixo entrou em agonia desde que a Alemanha levou a cabo a sua reunificação. As tentativas de o manter confrontaram-se com a realidade de uma Alemanha que, tendo recuperado a sua soberania, já não precisava de uma aliança especial com a França.
É verdade que as hesitações, recuos, dos dirigentes franceses, de Nicolas Sarkozy a François Hollande, acabaram por lhe pôr termo. Por falta de coragem para falar com firmeza com a Alemanha e a confrontar com as suas responsabilidades, temos agora de enfrentar uma crise muito pior do que se em 2010 ou em 2011 tivéssemos encostado à parede os dirigentes alemães e dissolvido a zona euro. 
Só nos teremos realmente desembaraçado da UE quando o sucessor estiver instalado. Mas, para realmente começarmos a trabalhar, é evidente que teremos necessidade de uma classe política, no poder ou na oposição, diferente da que existe hoje em França.


ladroesdebicicletas.blogspot.pt

08
Jul16

UM BARCO VOADOR DE 1929

António Garrochinho
Projetado pelo Dr. Claudius Dornier, o Dornier Do-X foi o maior e mais pesado barco voador do mundo após a sua conclusão em 1929, com uma envergadura de 50 metros e um peso máximo de decolagem de mais de 61 toneladas. A enorme aeronave foi financiada pelo Ministério dos Transportes alemão, mas foi construído na Suíça, nas margens do Lago de Constança, a fim de cumprir com os termos do Tratado de Versalhes, que proibia a Alemanha de construir certos tipos de aeronaves.

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Este enorme barco voador luxuoso mal conseguia sair da água 01
O Do-X era alimentado por uma dúzia de motores montados em uma configuração tandem push-pull em cima da asa, que mal podia transportar a desmedida nave até uma altitude de 50o metros. Fiel ao seu projeto de semelhança a um barco, assim como os ekranoplanos russos que utilizavam o efeito solo, os motores complexos do Do-X não eram controlados diretamente pelo piloto, o capitão na cabine tinha que enviar ordens para ajustes do acelerador para um engenheiro de voo na sala de máquinas.

As acomodações a bordo do Do-X eram espaçosas e luxuosas, com um salão de jantar, sala para fumantes, bar e assentos confortáveis para 70 a 100 passageiros.

O Do-X fez seu primeiro vôo de teste em 12 de julho de 1929. Alguns meses mais tarde, realizou um recorde mundial transportando 169 passageiros em um vôo de 40 minutos. Os passageiros foram convidados para se deslocar de um lado da cabine para o outro para ajudar a estabilizar o voo.

Em 1930, o Do-X decolou em uma turnê de divulgação internacional, voando por toda a Europa, ao longo da costa oeste da África, através do Atlântico e veio até no Brasil e depois para Nova York, antes de retornar a Berlim.

O passeio destinava-se a atiçar o interesse no Do-X no transporte aéreo civil, mas para além de dois modelos adicionais construídos para a SANA companhia aérea estatal italiana, o leviatã do céu não nunca conseguiu decolar comercialmente.
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Este enorme barco voador luxuoso mal conseguia sair da água 06


www.mdig.com.br



08
Jul16

FOTO NA HISTÓRIA

António Garrochinho

TESTE DE QUALIDADE NAS FORCAS ALEMÃS

TESTE DE QUALIDADE NAS FORCAS ALEMÃS 

DATA DA FOTO: c.1942 
FOTÓGRAFO: Desconhecido. 
LOCAL: Desconhecido. 
FONTE: www.waralbum.ru 

Rara imagem de um grupo de soldados alemães fazendo o "teste de qualidade" das cordas que serão utilizadas como força, para as execuções.

JOVEM SOLDADO ALEMÃO SE RENDENDO

JOVEM SOLDADO ALEMÃO SE RENDENDO 

DATA DA FOTO: 1945. 
FOTÓGRAFO: Desconhecido. 
LOCAL: Lemgo, Alemanha. 
FONTE: www.kampfgruppe.tumblr.com 

Jovem soldado alemão correndo com os braços erguidos em sinal de rendição depois que a Alemanha foi tomada pelos aliados.

TENENTE VIGIADO POR MENINA VIETNAMITA

TENENTE VIGIADO POR MENINA VIETNAMITA

DATA DA FOTO: 1967. 
FOTÓGRAFO: Desconhecido. 
LOCAL: Vietnã. 
FONTE: www.sixties.twoday.net 

Esta menina vietnamita, arma, está vigiando um tenente da Força Aérea dos Estados Unidos que está mantido em cativeiro durante a Guerra do Vietname

7.000 SACOS DE OURO ENCONTRADOS POR PATTON

7.000 SACOS DE OURO ENCONTRADOS POR PATTON 

DATA DA FOTO: 1945 
FOTÓGRAFO: Desconhecido. 
LOCAL: Gotha, Alemanha. 
FONTE: www.pinterest.com 

Terceiro Exército do General Patton descobriu 100 toneladas de ouro nazista saqueados (7.000 sacos) escondidos em uma mina de Sal, no sudoeste de Gotha. Além do ouro, foram encontradas centenas de obras de arte roubadas. 



fotonahistoria.blogspot.pt

08
Jul16

Já falta pouco para Portimão ter uma Gare Rodoviária

António Garrochinho





  


A Gare Rodoviária de Portimão está finalmente prestes a ser uma realidade. A presidente da Câmara Isilda Gomes revelou que a nova estrutura irá ocupar duas naves do Mercado por Grosso, situado junto ao pavilhão Arena e numa zona acessível e quase na periferia da cidade.

«Temos seis naves [no Mercado por Grosso] e já nem três estão a era usadas. É um desperdício de espaço», mas agora parte será utilizado para albergar a primeira gare rodoviária de que a cidade de Portimão vai dispor.

O investimento total será de 150 mil euros, será concretizado até ao final de 2017, já havendo um «desenho todo feito» da alteração que será necessária.

A autarca adiantou, durante um pequeno almoço com jornalistas para fazer o balanço dos seus 1000 dias de mandato, que junto à nova Gare Rodoviária há «estacionamento à vontade: as pessoas podem apanhar o autocarro e deixar as suas viaturas no estacionamento junto ao Arena, que é gratuito».

Por outro lado, isto permitirá retirar da zona ribeirinha e do centro e ruas da cidade, muitos dos autocarros que agora andam «a empatar o trânsito».

«Algumas carreiras de proximidade continuarão a vir para o centro», explicou ainda Isilda Gomes, acrescentando que «esta gare rodoviária é mais dedicada às viagens de longo curso, por exemplo para Lisboa, ou às excursões que precisam de deixar o autocarro».

A autarca anunciou este investimento, que dá resposta a uma das mais antigas reivindicações dos portimonenses, como fazendo parte das «prioridades para o futuro, que é já!» do seu executivo.

É que, apesar de continuar com dificuldades financeiras graças aos 140 milhões de euros de dívida que só será resolvida quando estiver concretizado o acesso ao FAM, em 2015 a Câmara de Portimão já obteve resultados líquidos positivos de 8,1 milhões de euros, o que lhe permite agora ir fazendo algum investimento.

www.sulinformacao.pt

08
Jul16

Um presidente poupadinho e beijoqueiro

António Garrochinho


















«Marcelo abdica de carro de 150 mil euros. Marcelo paga viagem do seu bolso. Marcelo jejua para poupar. Marcelo foi a França a pé. Marcelo vai ao Brasil a nado. Marcelo compra iogurtes no Lidl em final de prazo de validade. Marcelo desliga televisão na tomada para não gastar em stand-by. Marcelo promulga leis no papel que embrulhou o bacalhau. Marcelo só descarrega o autoclismo uma vez. Por semana. Marcelo desliga o carro nas descidas. Marcelo usa chinelos dos chineses. Marcelo não lava as cuecas todas as semanas. Marcelo vira-as do avesso.»
Ele adora, a comunicação social rejubila. Gestos sempre simbólicos e repletos de sincera humildade para dar o exemplo, beijinhos e simpatias para a fotografia da proximidade. “Vejam como Marcelo é um dos nossos”, “um de nós”, “simples, acessível e sério”, grita diariamente a imprensa, com títulos garrafais arranjados a preceito, assumindo por completo a posição “de baixo” face àquele “deus” que está “lá em cima”. Mas ele “desce” até “nós”, os plebeus. Tal como qualquer “um de nós”, Marcelo paga uma viagem de Falcon do seu próprio bolso. Tal como qualquer “um de nós”, Marcelo rejeita andar num carro de 150 mil euros, porque pode perfeitamente andar numa latinha de 15 ou 20 mil, carro este com que, aliás, qualquer “um de nós” tem de se contentar. Não importa que tenha o que tem para pagar “do seu bolso”; importa que pague “do seu bolso”, o que é sempre em última instância um exemplar gesto de “sacrifício” e “sacrifício pela pátria”. Mas como qualquer cidadão do seu país, normal, como gente comum, Marcelo puxa do molhe de notas e zás!!, fica o voo de Falcon pago e não se fala mais nisso.
Este presidente é “um dos nossos”. Este presidente “é cá da terra”. Este presidente é “humilde” e as coisas acontecem sempre com imensa naturalidade. Tudo espontâneo e impreparado. Este líder político é muito poupado e exemplar. Não que seja novidade, porque já Salazar dava o exemplo “sendo pobre e morrendo pobre”. Mas que presidente e que país maravilhoso este. Que sorte temos. E domingo vamos ganhar. Com o “dos nossos” na flash interview, quem sabe?! O presidente é bem capaz de marcar um golo. Mas descalço, para não gastar as “botas”.
Via: Manifesto 74 http://bit.ly/29s2QtK
08
Jul16

Humanos vs Robôs: A Guerra já Está Aqui

António Garrochinho

O pior pesadelo dos trabalhadores se tornou realidade: ser substituídos por robôs. Os exemplo estão aumentando. A empresa Foxconn, que fabrica a grande maioria dos produtos comercializados sob as marcas Apple e Samsung, substituiu 60.000 de seus 110.000 operários por robôs, ou seja, mais da metade. A finalidade; economizar com mão de obra.


O professor de economia política da Universidade de Vasco, Joaquín Arriola, afirma que na produção orientada do mercado não é apenas o custo de produção que importa, mas também os benefícios obtidos, e isto se obtém em função das vendas.

Arriola afirma que se há uma substituição massiva de trabalhadores por máquinas, e estes trabalhadores não encontram trabalho em outros setores, então haverá um problema de demanda efetiva como o que ocorreu nos últimos 20 anos do século passado, e que deu lugar ao aparecimento das teorias de Keynes sobre a demanda efetiva e a necessidade do Estado em gerar o que o mercado é incapaz de suprir, ou seja, demanda solvente.

No fundo, adiciona o economista, o que está por trás da discussão é o enorme aumento da produtividade e que é previsto que se acelere nos próximos anos, será como irá se distribuir. É um problema de distribuição, e não tanto de emprego e de tempo de trabalho o que está por trás do debate, opina Arriola.

A empresa Foxconn, famosa pelas condições de trabalho de escravatura que tem provocado suicídios em massa, e pela cama quente, parece ter decidido matar dois coelhos com uma só cajadada.

E esta tendência de robotizar os trabalhos não para de crescer. Xu Yulian, diretor de publicidade da Foxconn em Kunshan, disse claramente: "Há cada vez mais empresas propensas a fazer o mesmo".

Enquanto isso, um ex-presidente executivo do McDonald´s explica esta tendência em números: "é mais barato comprar um robô de 35.000 dólares que pagar 15 dólares a hora a um funcionário ineficaz que rouba batatas fritas."

A estas manifestações, somam-se a do matemático e economista César Molinas do Foro Retina, realizado na Espanha; "o emprego irá desaparecer, o qual é um conceito do século XIX. Como alguém disse uma vez: é certo que não haverá desempregados, porque ninguém terá um emprego".

Para Arriola, afirmar isso é como dizer que o capitalismo irá desaparecer. E é o que não pode acontecer com um sistema baseado na propriedade privada dos meios de produção, se não houver trabalho.

O desaparecimento do emprego, a sociedade em ócio absoluto, além de ser um utopia, supõe-se colocar em questão o conjunto dos princípios da sociedade capitalista, opina Joaquín Arriola. Ele acrescenta que afirmar isso tem implicações que vão além do que muitas vezes são capazes de perceber quem as dizem.

As advertências sobre a perda de trabalho causado pelos robôs foram objeto de debate do último foro de Davos em janeiro. Na época, os economistas e especialistas do Foro Econômico Mundial cunharam o lema da "quarta revolução industrial", para explicar que devido ao processo de automatização cerca de milhões de empregos estariam em perigo até 2020.


 http://www.anovaordemmundial.com
08
Jul16

NEM É PRECISO MAIS COMENTÁRIOS ! - Durão Barroso vai ser "chairman" do grupo Goldman Sachs

António Garrochinho


Informações recolhidas pela TSF revelam que Durão Barroso vai assumir o cargo de presidente não executivo do grupo Goldman Sachs.

Durão Barroso já tinha avançado, em entrevista à SIC e ao jornal Expresso, que se ia retirar da vida politica e começar a trabalhar no sector privado.
Foi primeiro-ministro entre 2002 e 2004. Assumiu depois funções como presidente da Comissão Europeia, tendo sido reconduzido em 2009, onde se manteve até 2014.

www.tsf.pt
08
Jul16

VÍDEOS - Artista esculpe personagens da cultura pop em melancia

António Garrochinho


Vocês já estão cansados de saber que eu não sou nenhum artista nato. Tenho dificuldades para desenhar até casinha e não entendo como o Toquinho acha fácil desenhar um castelo com 5 ou 6 retas!
Mas eu achava que tinha um mínimo de talento quando esculpi pela primeira vez um rosto em uma abóbora! Não que tenha ficado muito bom, mas já foi o suficiente pra me dar orgulho!!





Então, fazer esculturas em alimentos não chega a ser uma coisa inédita na minha vida. O fato é que tem sempre um alguém que não sabe brincar e quer ficar humilhando os amiguinhos! 

O post de hoje é sobre uma dessas pessoas, o Valeriano Fatica. Ele tem um canal no Youtube onde mostra suas esculturas feitas principalmente em abóbora e melancia. Mas também rolam outros alimentos, comobananas, queijo e batatas.


No seu canal Valeriano Fatica – Fruit Carver – Ortolano Production, ele mostra todo o processo, desde marcar o alimento até ele pronto! 

Escolhi alguns dos mais legais pra vocês curtirem!



O Rei da Noite (de Game of Thrones) em Melancia:
Dragão inacreditável em Melancia:
Caminhante Branco (de Game of Thrones) em Abóbora:
Frieza, Cell e Kid Bu (de Dragon Ball) em Babatas:
Coringa em Abóbora:


www.pausaparanerdices.com
08
Jul16

Porque destruíram a Líbia e mataram Gaddafi?

António Garrochinho


“Agora se sabe , item por item, tudo que o "tirano Gaddafi "fez com seu povo. Eis uma lista de atrocidades a que os líbios foram submetidos por quatro décadas:
A matéria a seguir foi originalmente publicada na revista SCHVEIZ MAGAZIN e a Tradução publicada pelo  Nilson Lage no seu perfil no facebook. Ela é de 2011, época do início das tais “revoluções coloridas” patrocinadas por organizações internacionais e que destruíram países árabes inteiros e até agora destroem a Síria. Mas as revoluções coloridas continuam e agora tentam ceifar democracias e avanços sociais na América Latina, incluindo o Brasil, onde patrocinam o Golpe em andamento. Leia o artigo. Há alguma similaridade com o Brasil. Leia, pense e ajude a desconstituir o golpe em marcha e retomar a construção do Brasil com Inclusão Social, que esta agora suspenso pelo Golpe (Comentário do Blogueiro)
Muammar-Gaddafi--007
“Agora se sabe , item por item, tudo que o tirano Gaddafi fez com seu povo. Eis uma lista de atrocidades a que os líbios foram submetidos por quatro décadas:.
1. Não havia conta de luz na Líbia. A eletricidade era grátis para todos os cidadãos.
2. Não havia juros sobre empréstimos. Os bancos oficiais oferenciam subsídios iguais para todos. Era lei.
3. Ter uma casa era considerado direito humano.
4. Todos os recém-casados na Líbia recebiam US$ 50 mil, o bastante para aa compra de seu primeiro apartamento. Era o presente do governo às novas famílias.
5. Educação e tratamentos médicos eram grátis na Líbia. Antes de Gaddafi chegar ao poder 25 por cento dos líbios eram alfabetizados. hoje o número é de 83 por cento.
6. Terras aráveis, uma casa rural, ferramentas, sementes e gado livre eram oferecidos a quem quisesse ser agricultor.
7. Se um líbio não encontrasse escolas ou instalações médicas de que necessitasse poderia buscá-las no estrangeiro com a ajuda de fundos do Estado, que oferecia, para isso US $ 2.300 por mês destinados a alojamento e transporte.
.8. Se um líbio comprasse um carro, o governo subsidiava metade do valor.
9. A gasolina custava 12 centavos de dólar (cerca de R$0,40) o litro.
10. Se um líbio terminasse a graduação universitária e não achasse colocação, o estado pagava o salário médio de sua profissão em que ele encontrasse emprego tecnicamente adequado.
11. A Líbia não tinha dívida externa e as reservas, que totalizavam |US$ 150 bi, foram dividas pelas potências de ocupação entre si.
12. Uma parcela da venda de petróleo da Líbia era creditada diretamente nas contas de todos os cidadãos da Líbia.
13 Mães que davam à luz uma criança ganhavam US $ 5.000.
14. Um quarto dos líbios têm um diploma universitário.
15. O Grande Rio Artificial para abastecimento das lavouras e cidades líbias é o maior projeto de encanamento da água potável do mundo.
Graças a Deus Otan e os rebeldes devolveram a liberdade ao povo líbio.”
(fonte: Schweiz Magazin, Suíça)

So grausam war Gaddafi

Was der Diktator und Tyrann Gaddafi seinem Volk alles antat, wird jetzt täglich Stück für Stück bekannt. Hier eine Aufzählung seiner Grausamkeiten unter denen die Libyer 4 Jahrzehnte leiden mussten.
1. Es gab keine Stromrechnung in Libyen. Strom war kostenlos für alle Bürger.
2. Es gab keine Zinsen auf Kredite. Die staatlichen Banken vergaben Darlehen an alle Bürger zu null Prozent Zinsen, per Gesetz.
3. Ein Heim/Zuhause zu haben, galt als ein Menschenrecht in Libyen.
4. Alle Frischvermählten in Libyen erhielten 50.000 US-Dollar. Dieses Geld sollte den Menschen ermöglichen ihre erste Wohnung zu kaufen. Die Regierung wollte so zum Start einer Familie beitragen.
5. Bildung und medizinische Behandlungen waren frei in Libyen. Bevor Gaddafi an die Macht kam konnten nur 25 Prozent der Libyer lesen. Heute liegt die Zahl bei 83 Prozent.
6. Wollten Libyer in der Landwirtschaft Karriere machen, erhielten sie Ackerland, eine Bauernhaus, Geräte, Saatgut und Vieh als Schnellstart für ihre Farmen und das alles kostenlos.
7. Wenn Libyer keine Ausbildung oder medizinische Einrichtungen finden konnten die sie benötigten, hatten sie die Möglichkeit mit der Hilfe staatlicher Gelder ins Ausland zu gehen. Sie bekamen 2.300 USD im Monat für Unterkunft und Auto gezahlt.
8. Wenn ein Libyer ein Auto kaufte, subventionierte die Regierung 50 Prozent des Preises.
9. Der Preis für Benzin in Libyen betrug 0,14 $ (12 Rappen oder ca. 0,10 Euro) pro Liter.
10. Wenn ein Libyer keine Arbeit bekam nach dem Studium, zahlte der Staat das durchschnittliche Gehalt des Berufs in dem er eine Arbeit suchte, bis eine fachlich adäquate Beschäftigung gefunden wurde..
11. Libyen hat keine Auslandsschulden und die Reserven in Höhe von 150.000.000.000 $ haben die Okkupationsmächte unter sich aufgeteilt.
12. Ein Teil jeden libyschen Öl-Verkaufs wurde direkt auf die Konten aller libyschen Bürger gutgeschrieben.
13. Mütter die ein Kind gebaren erhielten 5.000 US-Dollar.
14. 25 Prozent der Libyer haben einen Hochschulabschluss.
15. Gaddafi startete Das “Great-Man-Made-River-Projekt” (GMMRP oder GMMR, dt. Grosses menschengemachtes Fluss-Projekt) in Libyen Es ist das weltweit grösste Trinkwasser-Pipeline-Projekt für eine bessere Wasserversorgung von Bevölkerung und Landwirtschaft.
Gott sei Dank haben Nato und Rebellen das libysche Volk davon befreit.

luizmullerpt.wordpress.com
08
Jul16

Se eu (ainda) fosse…

António Garrochinho


Qual de nós nunca ouviu a frase “se fosse eu que mandasse…”, dita em tom de quem sabe mais que toda a gente, de quem é mais inteligente que dois terços da população mundial, de quem teve o azar de ninguém se lembrar de si para exercer aquele cargo de que dependia aquela decisão.
Erradamente e por preconceito, atribuímos essa expressão a pessoas que exercem profissões onde a conversa de “encher chouriços” é essencial para manter a comunicação com o cliente, quer ele queira ou não, seja na cadeira de uma cabeleireira, no interior de um táxi ou na mercearia do bairro enquanto se corta o bacalhau.
Esta semana foi o preconceito finalmente desmontado quando uma senhora produziu a afirmação: "se eu ainda fosse ministra das Finanças, garanto, esta questão não se estaria a colocar a Portugal neste momento", referindo-se à possibilidade de serem aplicadas sanções a Portugal por incumprimento das metas do deficit.
Ficou claro que a conversa de “encher chouriços” sobre o que aconteceria “se eu fosse…” não é apanágio desta ou daquela profissão ou extracto social, mas apenas muleta de quem, não tendo poder para decidir, pode dizer tudo o que lhe aprouver num exercício de faz de conta inconsequente.
Neste caso a proclamadora da afirmação tem toda a razão quando afirma que se ainda fosse ministra, a União Europeia não estaria a colocar a hipótese de aplicar castigos aos portugueses por causa do deficit excessivo, podendo usar como base do seu argumento o facto de sempre ter sido ultrapassado a meta do sacrossanto deficit e nunca no seu consulado ter Portugal sido alvo de qualquer sanção.
Também sabe a senhora que as razões para tal complacência se devem às certezas de Bruxelas que, com deficit excessivo ou não, o Governo de que a senhora fazia parte tudo faria para espremer os portugueses, que vivem ou viveram do trabalho, até às últimas gotas de sangue suor e lágrima e que por isso o caminho seria sempre o do sucesso… para alguns.
Correspondendo, por isso, à verdade a afirmação da senhora, não deixa de ser conversa de “encher chouriços”, tendo em conta que a senhora já não é, seja lá o que for.
Numa viagem de táxi mais longa ou numa espera mais demorada no cabeleireiro, a senhora poderia continuar o exercício do “se eu ainda fosse ministra”, afirmando que os rendimentos jamais seriam repostos, as horas de trabalho na função público jamais voltariam a ser trinta e cinco, a luta dos estivadores acabaria em despedimento colectivo, o ensino privado continuaria a ser escandalosamente financiado pelo Estado onde isso não é necessário, o buraco de três mi milhões na CGD não se descobriria, o serviço nacional de saúde continuaria a ser meticulosamente desmantelado e os Orçamentos de Estado continuariam a violar a Constituição.
O problema do exercício do jogo do “se eu fosse” é que não passa de um lamento sem consequência possível porque, de facto, não é.
Eu também gosto de brincar ao exercício do “se nós fossemos” e gosto de pensar que “se fossemos governo” a recuperação dos retrocessos impostos pelo governo PSD/CDS seria mais rápida e com mais ganhos efectivos para aqueles que por ele foram esmifrados.
Portanto, ainda bem que já não é, por vontade do voto dos portugueses, ainda que isso nos custe uma inqualificável chantagem sobre as opções que livremente tomámos.
Claro que lá em Bruxelas um qualquer eurocrata a viajar num qualquer táxi dirá, em conversa de “encher chouriços” durante uma viagem mais ou menos longa, “se fosse eu que mandasse voltava a colocar a Maria Luís Albuquerque como ministra das finanças do governo português”. Vale o mesmo do que quando eu digo “se eu fosse o Fernando Santos, punha o Renato Sanches a defesa direito”. Conversa de produzir enchidos… nada mais.

Eduardo Luciano (crónica na rádio diana)
www.cincotons.com

08
Jul16

O medo e a mentira

António Garrochinho


O medo e a mentira 

Estrutura capitalista está a desfazer-se, por imoral e autoritária. 
Maria Luís Albuquerque chegou, falou e disse: "Se eu ainda estivesse no Governo, a questão não existiria." Referia-se, a senhora, à ameaça de sanções a Portugal, por "incumprimento das regras". 

Acontece um porém: esse "incumprimento" é devido a políticas de que ela é responsável no anterior Executivo, acusa o PS. Por outro lado, o ministro alemão Schauble afirmou que Portugal solicitara um resgate; depois, emendou a palavra, esclarecendo que Portugal, de facto, não solicitara nada, mas, se precisasse do tal resgate, tê-lo-ia. Este chuvisco de palavreado parece ser comum quando há decisões importantes a tomar, disse Marcelo Rebelo de Sousa. É uma floresta de enganos, um acumular de aldrabices que se tornaram lugares-comuns, como a banalidade da torpeza. 

As declarações de Maria Luís Albuquerque não só fornecem a expressão de grande soberba como, sobretudo, denunciam a cumplicidade ideológica entre o PSD e os que realmente mandam na ‘União’ Europeia. 

Também revelam o verdete destes pelo actual governo português. E, igualmente, os processos de intimidação e de medo aplicados aos países mais frágeis. 

Esta poderosa estrutura capitalista está a desfazer-se, por imoral e autoritária, e não há remendo que a rejuvenesça. Recentemente, o presidente da República Checa anunciou ir proceder a um referendo ao país, a fim de apurar se os checos querem ou não permanecer nesta organização e, também, na NATO. A comunicação social portuguesa manifesta, pelo silêncio ou pela minimização absurda dos factos, um desprezo absoluto. Presume que essa criminosa omissão beneficia um dos lados. 

Pelo contrário. E, hoje, é difícil sonegar a real natureza dos acontecimentos. Luís Marques Mendes disse, na SIC, que a verdadeira oposição a este governo português é feita em Bruxelas, e que Maria Luís Albuquerque devia era estar calada. Realmente, não se pode mentir sempre.


http://www.cmjornal.xl.pt
08
Jul16

OS MISTÉRIOS DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA

António Garrochinho



O Director do Museu da Presidência foi indiciado pela Procuradoria-Geral da República por suspeita de crimes de tráfico de influências, falsificação de documento, peculato e peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder, na sequência da Operação Cavaleiro, investigação judicial promovida pela PJ. Assim foi detido e suspenso de funções.

Do que se conhece, o historiador de Arte Diogo Gaspar ter-se-ia apropriado de móveis antigos do século XVIII e século XIX, nomeadamente do Palácio da Cidadela, através de abates simulados e teria promovido negócios como leilões de peças antigas através de ajustes directos não publicitados. Os produtos destas delapidações do património público estariam nas suas casas de Lisboa e Portalegre.

O currículo de Diogo Gaspar coloca-o aos 30 anos como coordenador da área de exposições e animação cultural da Torre do Tombo. A Presidência da República de Jorge Sampaio tinha um projecto de museu e ele foi nomeado coordenador em 2001. O Museu abriu a público em 2004, com um estatuto de independência face á rede portuguesa de museus e com um orçamento anual que varia entre 1,1 e 1,8 milhões de euros. Mas tinha regras de funcionamento definidas por lei.

Mas com obras de renovação, criou-se em 2001 um novo espaço do Museu da Presidência, o Palácio da Cidadela em Cascais. Ai, na antiga residência de Verão da Presidência,  foi criada uma loja e uma área de exposições temporárias. O espólio aí existente foi objecto de catalogação e abate, num processo dirigido unicamente por Diogo Gaspar. Que assim “comprou” certos bens “a abater”, livremente, á fartazana.


Com Cavaco, Diogo Gaspar era em Belém, não só Director do Museu, como desempenhava oficiosamente funções de decorador do palácio, e organizador de cerimónias como o 5 de Outubro. E assim foi agraciado por Cavaco como Cavaleiro da Ordem de Santiago.

Interessa pouco se o suspeito é lisboeta ou não, católico ou não, homossexual ou não, como se transcreve nos jornais. Importa também pouco se um esboço do retrato de Jorge Sampaio, oferecido e com dedicatória por Paula Rego, está em sua posse. Importa descobrir a verdade dos mistérios da Casa Civil da Presidência.



CR

cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt
08
Jul16

Tese confirmada por relatório oficial - Tony Blair enganou britânicos para invadir Iraque

António Garrochinho



A invasão do Iraque, em 2003, foi sustentada em informações falsas e em voluntarismo de Tony Blair, confirma «relatório Chilcot» apresentado hoje em Londres.
A decisão de invadir o Iraque foi tomada nas Lajes (Açores), numa cimeira em que participaram (da esquerda para a direita) Durão Barroso, Tony Blair, George W. Bush e José María Aznar

O relatório encomendado em 2009 pelo governo britânico para avaliar as decisões que levaram à invasão do Iraque, em 2003, foi conhecido hoje e é destrutivo para o primeiro-ministro na época, Tony Blair.

O «relatório Chilcot» concluiu que o Iraque não constituía uma «ameaça imediata» em 2003 no que diz respeito ao desenvolvimento de «armas de destruição massiva». Este foi o principal argumento utilizado para justificar a invasão em Março de 2003.

As informações dos serviços de inteligência tinham falhas e o governo liderado por Blair nunca as questionou. Pelo contrário, o relatório afirma que o ex-primeiro-ministro britânico «exagerou o nível de ameaça» do Iraque de Saddam Hussein e ignorou o risco de desestabilização do país e da região, apesar dos alertas da época que se vieram a confirmar.
São muitos os elementos citados no relatório, nomeadamente do período entre os atentados de 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos da América (EUA), e a decisão tomada em meados de Março pelas autoridades britânicas de avançar para a guerra. No Verão de 2002, depois de o presidente norte-americano fazer a defesa da guerra na Assembleia Geral das Nações Unidas, Blair envia-lhe uma mensagem em que assume o apoio incondicional: «Estou contigo, venha o que vier.»
O governo britânico acusou a França de bloquear uma decisão que legitimasse a guerra do Iraque no Conselho de Segurança das Nações Unidas, justificando o avanço à revelia da organização, apontam as conclusões.
Se em relação ao respeito pelo direito internacional o relatório opta por não se pronunciar, apesar de ser clara a violação, já quanto aos requisitos legais britânicos para a acção militar se diz que não foram cumpridos «de forma satisfatória». Os elementos de suporte que foram enviados para o governo e para o Parlamento eram incompletos, tendenciosos e continham falhas graves.
O relatório concluiu que a decisão de Blair foi tomada com base «na sua certeza», apesar das deficiências dos dados sobre o suposto desenvolvimento de «armas de destruição massiva» pelas autoridades iraquianas, elementos que nunca foram por si questionados.

Blair: «Arrependo-me dos erros, mas o Iraque está melhor»

Numa declaração durante a tarde, Tony Blair afirmou estar «arrependido dos erros cometidos», mas continua a considerar que a decisão de derrubar Saddam foi correcta. Respondendo a uma questão directa sobre a gestão do pós-invasão e dos erros apontados pelo relatório, Blair desenvolveu a tese de que tudo estava a melhorar até ao conflito na Síria.
«Em 2010 o Iraque estava estabilizado», afirmou. No dia das eleições legislativas desse ano, foi proibida a circulação de veículos automóveis, o que não impediu a concretização de vários atentados, que fizeram dezenas de mortos e mais de uma centena de feridos.
Para Blair, a situação no Iraque hoje podia ser melhor caso o Reino Unido tivesse decidido bombardear a Síria em 2013. «Foi um erro», afirmou em resposta aos jornalistas que o questionavam no fim da declaração em que reagiu ao relatório.
Para hoje estava convocado um protesto junto ao Parlamento britânico, por iniciativa da coligação de movimentos pela paz Stop the War. Por outro lado, um conjunto de deputados, encabeçado por Alex Salmond (Partido Nacional Escocês), pretende julgar Blair por «quebra de deveres constitucionais e levar o País para uma guerra ilegal». O Tribunal Penal Internacional excluiu julgar Tony Blair por crimes de guerra antes de ser conhecido o relatório.

Inquérito foi adiado por pressões norte-americanas

O inquérito à decisão de invadir o Iraque foi pedido em 2009 pelo governo de Gordon Brown, que sucedeu a Tony Blair na liderança do governo britânico. O relatório tem 12 volumes e foi conduzido por John Chilcot, um alto diplomata britânico. As conclusões deviam ter sido conhecidas em 2014, mas foi adiado por pressões internas e dos EUA. Os norte-americanos queriam evitar que fossem tornados públicos elementos comprometedores para a administração dos EUA.

A invasão do Iraque em 2003 foi a primeira ocupação militar de um país soberano por parte do Reino Unido desde a Segunda Guerra Mundial. A decisão foi tomada após os atentados de 11 de Setembro de 2001 e do ataque ao Afeganistão, e concretizada por uma coligação liderada pelos EUA.


cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt
08
Jul16

PS, BE e PCP uniram-se na aprovação do novo regime de renda apoiada

António Garrochinho

PS, BE e PCP uniram-se na aprovação do novo regime de renda apoiada, que abrange cerca de 120 mil fogos em todo o país. Cálculo da renda passa a incidir sobre rendimento líquido das famílias em vez do bruto


PS, BE e PCP uniram-se na aprovação do novo regime de renda apoiada, que abrange cerca de 120 mil fogos em todo o país. Cálculo da renda passa a incidir sobre rendimento líquido das famílias em vez do bruto

A ideia é que as pessoas possam desanuviar um bocadinho e cumprir” Helena Roseta Deputada do PS


Não duraram mais do que dois anos as alterações ao regime de renda apoiada decididas pelo Governo PSD/CDS-PP. Os partidos de esquerda aprovaram ontem, no Parlamento, o novo regime de arrendamento apoiado, cuja filosofia é clara quanto baste, nas palavras da deputada socialista Helena Roseta: “Garantir a estabilidade nos bairros e garantir mistura social entre os seus inquilinos.”
“O cálculo da renda passa a ser feito com base no rendimento líquido do agregado, e não no bruto, e os direitos dos inquilinos ficam mais acautelados. Por exemplo, deixam de poder ser postos na rua só porque começaram a ganhar um bocadinho melhor — se assim é, começam a pagar um bocadinho mais”, precisa a deputada, que coordenou as alterações legais que, desde Fevereiro, vêm sendo discutidas na Comissão Parlamentar do Ambiente e Ordenamento do Território.


Àquelas alterações subjaz um princípio divergente daquele que vinha sendo defendido pela coligação PSD/ CDS-PP no tocante à habitação social. “A concepção que havia é que os bairros existem só para quando as pessoas têm necessidade e, portanto, quando ficavam um bocadinho mais desafogadas deviam ser postas de lá para fora, para deixar entrar outras mais pobres”, sintetiza Roseta, para sustentar que, daquele modo, se fomentava “uma concentração nos bairros de beneficiários do Rendimento Social de Inserção e uma instabilidade grande nas pessoas”.

Doravante, os inquilinos somam mais direitos. Desde logo, as rendas deverão baixar por causa da referida alteração na fórmula de cálculo. “Com a passagem do rendimento bruto para o rendimento líquido, as famílias de classe média baixa ficam com rendas mais comportáveis”, explica a deputada, precisando que, nos casos em que os novos cálculos redundem num aumento da renda, “os inquilinos podem ficar no valor antigo”. Outra alteração com reflexos positivos na carteira dos inquilinos é que a taxa de esforço do agregado, que entra também no cálculo da renda a pagar, baixa de 25% para 23%.

Contas feitas ao impacto das alterações para o bolso dos senhorios, “o que se prevê é uma quebra de 7% na receita do IRHU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]”, contabiliza Roseta. Àquele instituto público pertencem cerca de 10% dos 120 mil fogos sociais existentes em Portugal. Os restantes repartem-se sobretudo entre as autarquias, sobretudo a de Lisboa, com 23 mil fogos, e a do Porto, com 12.800 fogos.

À descida do valor das rendas deverá corresponder uma redução da taxa de incumprimento, segundo o PS. “Se o rendimento da família ultrapassasse os 700 euros, a renda já subia por ali acima e as pessoas deixavam de poder pagar. Com isso, corriam o risco de ser postas fora. Na Câmara de Lisboa, havia entre dez e 12% de inquilinos que incumpriam, mas incumpriam no dia 8 e cumpriam no dia 20, quando recebiam as reformas. E havia muitos cujos rendimentos tinham descido e que não conseguiam pagar a renda, pura e simplesmente. A ideia é que as pessoas possam desanuviar um bocadinho e cumprir”, advoga Roseta, para explicar que a nova lei prevê acordos para amortização da dívida dos inquilinos.

As alterações não foram só de cariz financeiro. Desde logo, o senhorio deixa de poder actualizar a renda, se a casa estiver a precisar de obras. “É um princípio básico que, contudo, não existia na anterior lei. Se obrigamos os senhorios privados a ter a casa em bom estado, o senhorio público também tem que ter.” Por outro lado, os inquilinos passam a poder ausentar-se de casa por períodos superiores a seis meses, sem perder o direito ao fogo, desde que a ausência se deva “a doença regressiva ou incapacitante, prestação de trabalho por conta de outrem no estrangeiro, detenção em estabelecimento prisional ou prestação de cuidados a pessoas com deficiência”.

Na lei ainda em vigor, quem ocupasse um fogo social de forma ilícita era despejado e deixava de poder candidatar-se a uma habitação no regime de renda apoiada nos dois anos seguintes. Agora, o impedimento restringe-se aos que tenham incorrido em fraude para aceder à habitação. Os restantes “são previamente encaminhados para soluções legais de acesso à habitação”, desde que demonstrem efectiva carência habitacional. “A preocupação tem que ser procurar habitação legal para quem precisa”, enfatiza a deputada.

A renda mínima mantém-se nos 4,19 euros (1% do Indexante dos Apoios Sociais) e PS, PCP e BE mantiveram a prioridade de acesso a uma casa às famílias monoparentais ou com menores, idosos, pessoas com deficiência e vítimas de violência doméstica. O que se alterou foi o impedimento de acesso a uma casa social por quem seja dono ou arrendatário de outra habitação — a interdição mantém-se, mas apenas nos casos em que o segundo fogo esteja localizado “no mesmo concelho ou num concelho limítrofe” e desde que o imóvel se adeqúe ao agregado e não constitua residência permanente de terceiros. A nova lei alarga, por outro lado, o impedimento aos que estejam casados ou unidos de facto com quem já seja titular de uma habitação pública.


O direito do senhorio denunciar o contrato e impor outra habitação ao inquilino no mesmo ou noutro concelho, nos casos em que o fogo se torne desadequado ou precise de obras, desapareceu da lei. Doravante, o senhorio que queira fazer obras fica obrigado a garantir o retorno à casa do agregado familiar. Ao mesmo tempo, o senhorio deixa de poder opor-se à renovação do contrato, que passa a ser de dez anos, renovável por igual período. Na lei ainda em vigor, o contrato é renovável de dois em dois anos. E o senhorio pode pôr-lhe fim quando, nos três anos que antecedem a sua renovação, o arrendatário estivesse a pagar uma renda igual ou superior à renda máxima ou cuja taxa de esforço fosse igual ou inferior a 15% do rendimento mensal corrigido do agregado. “Com esta mudança, procura-se que haja estabilidade nos bairros. As pessoas adquirem o direito de lá estar e, desde que cumpram, ninguém as pode pôr fora”, conclui ainda Roseta.

ovoodocorvo.blogspot.pt
08
Jul16

Good Times - LumPuTai : ລຳພູໄທ - ພູວົງ ເພັດພູທອງ

António Garrochinho


Dessa vez o Good Times irá levá-lo para bem 
longe, o Laos, um país que fica localizado na Ásia 
e possui costumes e tradições bem diferentes dos nossos.


... Ouça a música LumPuTai : ລຳພູໄທ - ພູວົງ ເພັດພູທອງ 
e veja como seu estilo é bem singular e diferente.


Bom vídeo!

 

Peço desculpas por não trazer o nome da música e sua 

letra traduzidos, mas infelizmente meu Tailandês não 

anda muito bom!


Se tiver gostado e desejar ouvir outras músicas dos bons 

tempos, 

clique no álbum abaixo:



Boa sorte e até a próxima!

tudorocha.blogspot.pt

08
Jul16

Assinamos pela Paz

António Garrochinho


Para: Governo Português

"Assinamos pela Paz

Castelos de nuvens acumulam-se sobre o nosso horizonte colectivo; a terra treme sob os nossos passos.

A Europa vive tempos de crise. Uma crise que é política, económica financeira e cultural. Sabemos como no passado estas crises se «resolviam» em guerra.

Ora, a guerra voltou à Europa desde os Balcãs, forças da direita mais reacionária ganham eleições; a tragédia dos refugiados põe em evidência a incapacidade da Europa responder com um sistema de proteção solidária. Em todo o mundo sucedem-se agressões e conflitos militares.

Entretanto, nós devíamos ter aprendido que a guerra suspende de forma terrível os direitos e liberdades que os cidadãos europeus conquistaram. Nomeadamente, sabemos como a comunicação social é expropriada pela propaganda e se torna uma cadeia de mentiras que não deixam ver com verdade o que se passa quer no lado de cá quer no do adversário. A NATO não só não ajuda a resolver estes problemas como os agrava.

Os abaixo assinados protestam contra a realização em Varsóvia, nos dias 8 e 9 de Julho, de uma cimeira da NATO e defendem a via pacífica para a solução dos diferendos internacionais. 


Primeiros subscritores 


Alfredo Maia – Jornalista 
André Albuquerque – Actor 
António José Avelãs Nunes – Professor catedrático jubilado da FDUC 
Arménio Carlos – Secretário-geral da CGTP-IN 
Augusto Flor – Antropólogo, dirigente associativo nacional 
Bernardino Soares – Presidente da Câmara Municipal de Loures 
Deolinda Machado – Dirigente da CGTP-IN, activista católica 
Frederico de Carvalho – Investigador científico. Vice-Presidente do Conselho Executivo da Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos 
Guilhermino Monteiro – Professor e músico 
Ilda Figueiredo – Presidente da direcção nacional do CPPC 
Joana Dias Pereira – Historiadora, directora municipal (CM Almada) 
Joana Manuel – Actriz e cantora 
Joaquim Judas – Presidente da Câmara Municipal de Almada 
Joaquim Mesquita – Operário, dirigente sindical, activista da LOC 
Joaquim Santos – Presidente da Câmara Municipal do Seixal 
José António Gomes – Professor, escritor 
José Baptista Alves – Militar de Abril 
José Goulão – Jornalista 
Luís Cunha – Músico 
Manuel Begonha – Militar de Abril, Presidente da Associação Conquistas da Revolução 
Manuel Gusmão – Professor universitário, escritor 
Manuel Loff – Historiador, professor universitário 
Rodrigo Francisco – Diretor da Companhia de Teatro de Almada 
Rui Garcia – Presidente da Câmara Municipal da Moita e da Associação de Municípios da Região de Setúbal 
Rui Namorado Rosa – Investigador, professor jubilado 
Tiago Santos – Músico (Cais do Sodré Funk Connection) 
Vasco Pinto Leite – Engenheiro 
Vítor Pinto Ângelo – Diretor do Teatro Extremo"


peticaopublica.com
08
Jul16

Sondagem em França sobre UE

António Garrochinho


Uma recente sondagem em França sobre a UE deu os seguintes resultados:
45% afirmaram desejar a manutenção da França na UE
33% desejam a saída
22% não se pronunciaram, não têm opinião definida.
Claro que o “pluralismo” vigente  omite estas situações que mostram o processo de desagregação da UE. Não esqueçamos que Lenine afirmou que “os Estados Unidos da Europa capitalista nunca hão de existir”. Assim é efetivamente.
Entretanto 20 intelectuais franceses “eurocríticos” subscrevem um manifesto com vistas à renegociação dos Tratados da UE, defendendo a soberania, a prosperidade e a independência estratégica. 
Afirmam-se contra os paradigmas neoliberais e pretendem uma “Europa europeia” do general De Gaulle.
Tudo isto confirma quanto a nós o acentuar de contradições entre as burguesias nacionais, designadamente a alemã e a francesa, e o ascenso das lutas populares cujas greves – que a comunicação social esconde – se multiplicam em particular na zona euro: França, Itália, Bélgica. Com instabilidade e contestação em muitos outros países. 
Tal como o anterior, a tentativa de um 4º Reich alemão soçobra, só se mantendo ainda formalmente pela chantagem, pelas ameaças, pelo medo, pela manipulação informativa e pelos colaboracionistas – estilo governo PSD-CDS.
Via: FOICEBOOK http://bit.ly/29E2X7t
08
Jul16

Vaticano condena padre e consultora por vazar informações sobre finanças da Igreja a jornalistas

António Garrochinho

Assistente de padre e jornalistas, autores de livros sobre finanças da Igreja Católica, foram absolvidos em processo que ficou conhecido como 'Vatileaks 2'

      
A Justiça do Vaticano condenou, nesta quinta-feira (07/07), um padre espanhol e uma consultora de relações públicas ítalo-marroquina pelo vazamento de informações que serviram de base a livros sobre as finanças da Igreja Católica, no processo que ficou conhecido como “Vatileaks 2”. Já os jornalistas que escreveram as publicações foram absolvidos.
Leia também: 'Igreja que papa Francisco deseja está ainda muito longe da realidade', diz jornalista processado por Vaticano



Francesca Immacolata Chaouqui (à dir.), condenada em processo sobre vazamento de informações sobre gastos da Igreja Católica

O padre espanhol Lúcio Ángel Vallejo Balda foi condenado a 18 meses de prisão, enquanto Francesca Immacolata Chaouqui recebeu 10 meses de reclusão com pena suspensa – o que significa que só será cumprida em caso de reincidência.



Já os jornalistas italianos Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi foram absolvidos após o tribunal reconhecer que não tem competência territorial para julgá-los, já que eles não possuem vínculos com o Vaticano.
O quinto réu do processo, o assistente do padre, Nicola Maio, também foi absolvido.
As acusações da Promotoria tiveram como base a lei que criminaliza a divulgação de informações e documentos sigilosos, criada em 2013 pelo papa Francisco.
O procurador-adjunto do Vaticano, Roberto Zanotti, havia pedido um ano de detenção para Nuzzi por "cumplicidade moral" na divulgação dos arquivos e a absolvição de Fittipaldi por falta de provas.
Para Balda, Chaouqui e Maio, a solicitação era de penas de três anos e um mês, três anos e nove meses e um ano e nove meses de reclusão, respectivamente.
Agência Efe



Jornalistas Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi, absolvidos em processo sobre vazamento de informações sobre gastos da Igreja Católica


Balda e Chaouqui  foram condenados por repassar informações aos jornalistas Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi, que escreveram livros lançados no fim de 2015 sobre gastos da Igreja Católica.
O padre e a especialista em Relações Públicas integravam a Cosea (Comissão de Estudos sobre as Atividades Econômicas do Vaticano), órgão criado por Francisco em 2013 para monitorar as finanças da Santa Sé, já dissolvido.



Gianluigi Nuzzi é autor de "Via Crucis", que relata investidas do pontífice argentino contra os dirigentes que comandaram as finanças do Vaticano nos anos anteriores à sua chegada ao poder. "Os custos estão fora de controle", "Há armadilhas" e "Se não sabemos cuidar do dinheiro, como cuidaremos da alma dos fiéis?" são algumas das frases atribuídas a Francisco.
A outra obra, "Avarizia" (Avareza), escrita por Fittipaldi, traça os primeiros mapas do império econômico da Santa Sé e denuncia gastos luxuosos de membros do clero. Baseado em documentos confidenciais, a publicação relata como centenas de milhares de euros foram usados em voos de primeira classe, roupas feitas sob medida e móveis de luxo. Além disso, afirma que o IOR (Instituto para as Obras de Religião) teria segurado quantias destinadas a ações de caridade.
Em entrevista a Opera Mundi em 2015, Fittipaldi classificou a figura de Francisco como “uma grande operação midiática” e disse que a “Igreja dos pobres” que o pontífice deseja “está ainda muito longe da realidade”.
Esta não foi a primeira condenação por causa do vazamento de documentos do Vaticano. Em 2012, o ex-mordomo do então papa Bento XVI, Paolo Gabriele, foi condenado a 18 meses de prisão após ser considerado culpado de furtar documentos da mesa do pontífice, no processo que ficou conhecido como o primeiro “Vatileaks". Ele cumpriu três meses de prisão residencial antes de ser absolvido pelo papa.

operamundi.uol.com.br
08
Jul16

Após congelar bens de Cristina, juiz determina congelamento de contas de ex-presidente argentina

António Garrochinho


Juiz que investiga Cristina Kirchner sobre venda de dólar a futuro estabeleceu que ela deverá pagar 15 milhões de pesos argentinos para reverter medida
O juiz federal argentino Claudio Bonadio determinou nesta quinta-feira (07/07) o congelamento das contas bancárias da ex-presidente Cristina Kirchner até que ela aceite e pague um embargo de 15 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 3,4 milhões) que ele fixou devido à suposta venda irregular de dólar a futuro durante sua gestão.
"Uma vez que, no momento em que foi intimada sobre o embargo pelo Oficial de Justiça, a processada manifestou que não o aceitaria, e, de acordo com as provas reunidas nos autos, determino a revisão dos produtos bancários, financeiros e valores em diferentes bancos e seu congelamento", diz a decisão do juiz.



Juiz federal Claudio Bonadio congelou contas bancárias de Cristina Kirchner
Bonadio pediu aos bancos nos quais a ex-presidente possui contas que "deem andamento imediato à medida disposta, sob risco de advertência".
O juiz também ordenou uma operação de busca e apreensão no Banco de Santa Cruz, no sul do país, onde a ex-presidente supostamente teria cinco milhões de dólares guardados sem declarar, de acordo com denúncia da deputada da coalizão Frente Ampla Progressista Margarita Stolbizer.
O Banco Santa Cruz, entretanto, negou em comunicado a existência do dinheiro. Cristina também já havia negado tal acusação e, nesta quarta-feira, apresentou uma denúncia contra Bonadio e Stolbizer.
"Estamos diante de um tráfico de informação e conivência entre o juiz e a denunciante", declarou a ex-presidente à imprensa, após comparecer aos tribunais federais em Buenos Aires nos quais apresentou a denúncia.
Bonadio havia determinado na quarta-feira (06/07) o embargo dos bens de Cristina, isto é, impediu que os imóveis da ex-presidente fossem vendidos ou hipotecados até que ela pagasse 15 milhões de pesos. Como Cristina rejeitou reconhecer e, portanto, pagar o embargo, o juiz bloqueou seus bens no mesmo dia.
"A verdade foi demonstrada hoje. A perseguição por parte de um setor do Poder Judiciário se reveste de características ridículas. Dolarizei minhas poupanças porque não sei o que essas pessoas farão com a economia", disse a ex-presidente à imprensa argentina na quarta-feira em referência ao governo do atual presidente, Mauricio Macri.
Caso “dólar futuro”
O caso “dólar futuro” investiga a venda supostamente irregular de dólar futuro — compra e venda de dólares apostando em suas oscilações futuras — pelo Banco Central argentino no fim do mandato de Cristina, acusada,  junto ao ex-ministro de Economia Axel Kicillof e ao ex-presidente do Banco Central Alejandro Vanoli, de “administração infiel em prejuízo da administração pública”.
A investigação teve início no fim de 2015, pouco após a posse de Mauricio Macri como presidente, depois de uma denúncia feita pelos deputados Mario Negri, da UCR (União Cívica Radical) e Federico Pinedo, do PRO (Proposta Republicana, partido de Macri), atual presidente interino do Senado, ambos da aliança Cambiemos, de Macri.
Originalmente, os denunciantes apontavam ao ex-presidente do BC pela venda de dólar a futuro em agosto, setembro e outubro de 2015 a uma cotização inferior à que se pagou na data de vencimento dos contratos, em março deste ano. A alegação é de que a operação teria causado um prejuízo de 77 bilhões de pesos argentinos ao BC.
Tanto Cristina — que também enfrenta investigações de corrupção — como Kicillof e Vanoli negam as acusações e alegam que os prejuízos ocorreram devido à desvalorização do dólar ordenada pelo governo de Macri.

operamundi.uol.com.br
08
Jul16

NUM PAÍS ONDE TODOS OS DIAS MORREM ASSASSINADOS EM ESCOLAS, NAS RUAS, FAZEM-SE LEIS CONTRA CUECAS DE FORA - EUA - Cidade multa quem usa roupa interior à mostra

António Garrochinho


Timmonsville não é a primeira cidade a propor leis semelhantes

A cidade de Timmonsville, na Carolina do Sul, EUA, aprovou uma lei que proíbe os seus habitantes de exibirem roupa interior em público.

A medida, que também penaliza a nudez em público e a exibição de materiais pornográficos, foi aprovada com cinco votos a favor e um contra.

A partir de agora, em Timmonsville, quem usar "calças ou calções que mostrem intencionalmente a roupa interior" estará a infringir a lei.

Quem violar a lei pela primeira vez estará sujeito a um aviso verbal, mas para quem o fizer repetidamente pode pagar uma multa de, no mínimo, 540 euros.

A medida foi proposta pelo membro da Câmara de Timmonsville, Walter Washington, e apoiada pelo "mayor" da cidade.


Bastantes localidades norte-americanas já consideraram medidas semelhantes, embora com resultados um pouco diferentes. Jasper, também na Carolina do Sul, baniu calças "descaídas" em 2008. Na cidade de Ocala, Florida, uma medida comparável foi revogada devido à pressão Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor. Já no ano passado, estudantes da Universidade de Henderson, no Arkansas, afirmaram que banir este tipo de vestuário era injustamente direcionado a afro-americanos.


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08
Jul16

O nómada português - A volta ao mundo em... uma vida toda

António Garrochinho



Adelino Manuel Lopes, português de Setúbal, já leva 77 mil quilómetros nas pernas e 28 países nos pedais. Escolheu ser nómada.

Adelino Manuel Lopes tem 57 anos. O nome é português mas a alma é poliglota. As ondas de Setúbal, onde nasceu, levaram-no para longe, em 2003, quando deixou Portugal para percorrer a Europa de bicicleta e entrar no Livro Guiness dos Recordes.

Quando o JN falou com ele, esta quarta-feira, Adelino tinha acabado de dar descanso à bicicleta para fazer uma pausa no calor. Na altura, estacionara em Arles, antes de seguir para Marselha, onde tinha "papelada para tratar".

Depois disso, continuará para a Suíça e a seguir espera-o a cidade do Porto. Mas o poiso em terras lusas não o chama, até porque a família que cá tem é pouca. Marrocos vai ser a primeira paragem depois de percorrer a costa portuguesa. Já deu aos pedais em todos os continentes do mundo, rodagem que lhe valeu a aprendizagem de sete idiomas.

Ser nómada foi o estilo de vida que escolheu há mais de 13 anos e é o estilo de vida que escolhe todos os dias desde então. "Comecei assim, vou acabar assim. Gosto de ser livre. Assim é que estou bem", confessa Adelino.

Leva nas pernas 77 mil quilómetros. Percorre 40 a 120 cada dia, todos os dias. Paragens faz poucas e, quando faz, duram no máximo dois dias. O corpo não lhe dói, por muito que a dor e o cansaço fossem compreensíveis, já que Adelino se move numa bicicleta que carrega 108 quilos. Nela, leva tudo. Leva tachos e panelas, um pequeno rádio, uma televisão, jogos para se entreter, comida, roupa para o inverno, um peluche, canas de pesca, mapas. "Tudo o que preciso vem comigo", conta, orgulhoso. Já soldou a bicicleta oito vezes desde que a tem e já lhe mudou pneus mais de 30.

Adelino não aluga quartos nem ocupa o chão de ninguém. Monta uma tenda num sítio com pouco movimento ou ata uma rede a duas árvores e, nos dias de calor, é lá que passa a noite. Em todos os países pelos quais passa - e já passou por 28 -, fica geralmente em zonas afastadas das cidades, em praias, florestas, estacionamentos onde não haja muita gente. No entanto, o país de que mais gostou foi ironicamente aquele em que sentiu maior calor da comunidade, a Noruega: "As pessoas são generosas e falam facilmente".

Para este viajante, viver ao sabor do vento sem ajuda de ninguém é motivo de orgulho. Vive como um lobo solitário e não se queixa do que tem ou do que não tem. "Vou-me desenrascando. Um trabalho aqui, outro ali. Não gasto muito. (risos) Só preciso de cinco euros por dia para comprar comida." Com os cabelos compridos e a bandeira de Portugal presa à bicicleta sacudidos pelo vento, Adelino Manuel Lopes diz que percorrerá a Europa e o mundo, todos os dias, "para toda a vida".


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08
Jul16

Algarve e interior sem descontos nas portagens

António Garrochinho

O Governo decidiu congelar os descontos nas portagens das autoestradas do interior e do Algarve, depois de ter prometido que estes avançavam até ao verão.

Fonte do Ministério do Planeamento confirmou ao JN que é, para já, "impossível avançar com datas" e que a redução do valor das portagens só acontecerá quando "houver condições para o fazer, em simultâneo, em todo o país".



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08
Jul16

História das touradas em Portugal

António Garrochinho


Por quatro vezes estiveram proibidas no nosso país

Ao longo dos últimos 300 anos foi inconstante havendo registo de vários períodos em que praticamente deixaram de existir os combates com touros em Portugal.



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A promoção de touradas esteve sempre relacionada com a evolução da nossa sociedade e em particular no século XIX com as lutas entre liberais e absolutistas.
 Periodos como a implantação da República e a transição para a Democracia foram nefastos para as touradas que quase desapareceram em Portugal.

Inicialmente as lutas com touros consistiam em exercícios militares para aguçar a ferocidade dos combatentes e aperfeiçoar a sua perícia. 
Mais tarde com o surgimento da pólvora, a cavalaria perdeu a sua importância nos campos de batalha e os combates com touros e outros animais ‘ferozes’ ganharam um carácter lúdico mas igualmente violento, originando um grande número de vítimas mortais.
A prática desta atividade esteve sempre reservada às classes mais privilegiadas da sociedade.

Os combates sangrentos como diversão foram sempre contestados pela igreja católica.
O Papa Pio V chegou a proibir a sua realização em 1567, acabando desde logo com a realização de touradas em Itália.
 Em Portugal e Espanha a decisão do Papa foi desrespeitada, a Bula Papal foi ignorada e o seu conteúdo escondido ou adulterado, mas a Bula chegou a ser publicada em Portugal e as touradas proibidas pelo Cardeal D. Henrique.

Em Portugal foram proibidas novamente em 1809 pelo Principe Regente D. João.
A proibição das touradas foi cumprida com determinação pelo Intendente Geral da Polícia Lucas Seabra da Silva que se referiu a elas nestes termos:

 “Os combates de touros sempre foram considerados como um divertimento impróprio de humana Nação civilizada”.

As corridas de touros mantiveram-se em Espanha sendo daí exportadas para Portugal onde foram alvo de várias restrições e abolidas por decreto em 1836.
Por constituírem uma importante fonte de receita para a Casa Pia de Lisboa e para as Misericórdias, e por forte pressão destas duas entidades, as touradas foram novamente autorizadas mas apenas para fins benéficos.
No entanto a determinação não foi respeitada e rapidamente se transformaram num evento comercial lucrativo para um pequeno grupo de empresários tauromáquicos, acompanhando e imitando a evolução que acontecia no país vizinho.
Essa influência é evidenciada nos trajes, nas lides, no vocabulário e até na música que se ouve nas praças.

A partir de 1919 as touradas foram outra vez proibidas em Portugal com a entrada em vigor do Decreto nº 5650 de 10 de Maio que punia toda a violência exercida sobre animais com pena correccional de 5 a 40 dias em caso de reincidência, mas a partir de 1923 as touradas voltavam a ser propagandeadas durante o Estado Novo, inclusive com touros de morte, e em filmes como “Gado Bravo” (1934), “Severa” (1939), “Sol e Touros” (1949), “Ribatejo” (1949), Sangue Toureiro (1958) …

Foi também durante a ditadura que se ergueram grande parte das praças de touros hoje existentes em Portugal: Beja (1947), Póvoa do Varzim (1949), Moita (1950), Almeirim (1954), Montijo (1957), Cascais (1963 – demolida em 2007), Santarém (1964), Coruche (1966),…

A “tourada portuguesa” é resultante de décadas de contestação e restrições que levaram ao modelo atual, suavizando a sua crueldade aos olhares do público.
A “pega” dos forcados, por exemplo, surgiu já no século XX como a solução de recurso para substituir a “sorte de morte” no final da lide que simboliza o domínio do homem sobre o animal.
A “pega” foi importada da “suerte de mancornar” que antigamente se realizava em terras espanholas.

Nos últimos anos o número de espetáculos tem vindo a diminuir em resultado de um menor apoio financeiro das autarquias, mas também pelo crescente desinteresse dos cidadãos portugueses pelas touradas.


“Lutar com animaes bravos, maltrata-los e feri-los com traças ardilosas ou com destemida temeridade, mas por gosto e sem necessidade, é cousa repugnante e deplorável e que a moral não autoriza, e que muito doi a corações generosos. Semelhantes espectáculos não amenizam os instintos, nem levantam o nível moral de um povo, bem ao revez d’isto só servem para obdurar os ânimos, tolhendo os progressos da sua moralidade e empanando com uma nódoa os brilhos da actual civilização.”

Lisboa: Câmara dos Senhores Deputados, 5 de julho de 1869.





texto copiado do site : http://basta.pt/astouradasemportugal/

portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt
08
Jul16

Estado dá milhões sem controlo aos colégios - Finanças arrasam subsídios milionários a colégios privados

António Garrochinho

 O Ministério da Educação (ME) atribuiu 451 milhões de euros, em 2013 e 2014, aos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, revela o relatório de atividades de 2015 da Inspeção-Geral de Finanças (IGF). 

Este organismo critica o Estado por não verificar se as verbas são bem aplicadas nem confirmar os rendimentos das famílias apoiadas. "Em regra, não são efetuadas diligências para confirmar a real situação socioeconómica do agregado", refere a IGF, considerando que o "ME não dispõe de um plano estratégico enquadrador" nem de "indicadores de aferição do impacto na sociedade, o que não permite avaliar cabalmente a eficiência e eficácia da utilização destes dinheiros". 

O problema da não verificação da real situação económica das famílias diz respeito aos contratos simples e de desenvolvimento, no 1 º Ciclo e Pré-Escolar, nos quais o Estado gasta 25 milhões de euros por ano para apoiar 30 mil alunos. 

Estes apoios, de cerca de 800 euros anuais, variam consoante o IRS e destinam-se a famílias carenciadas. Mas o apoio não chega para pagar as mensalidades nos colégios, e não se percebe como é que as famílias pagam a diferença. Tudo indica que o apoio esteja a ser dirigido a famílias com poder económico mas IRS reduzido. 

O ME diz que "tudo fará" no sentido de haver "mais rigor" na "utilização de fundos públicos".

http://www.cmjornal.xl.pt
08
Jul16

Relvas encenando cara séria - Carlos Carvalhas

António Garrochinho


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Para que Portugal fosse credível aos olhos de Passos deveria ter-se continuado a fazer cortes nas pensões e reformas.
Há palavras que em certas bocas queimam ou deviam queimar se quem as profere tivesse ainda alguma réstia de seriedade.
Passos Coelho, na continuação das palavras do inefável ministro das finanças alemão, escreveu no Diário de Notícias que «o governo não virou a página da austeridade, virou a da credibilidade».
Credibilidade!
Um deputado que se esqueceu de obrigações fiscais, um dirigente que mentiu descaradamente em campanha eleitoral, um ex-primeiro ministro que disse e se desdisse repetidamente, tem a procacidade de falar em credibilidade.
Afirma: «sem a política do Banco Central Europeu (BCE), Portugal já não se podia financiar nos mercados».
Depois da especulação desencadeada pelos mercados – bancos, fundos de gestão de fortunas e de aplicação de capitais, companhias de seguros – aos países da periferia, com a complacência do senhor Trichet e da senhora Merkel, Portugal só se consegue financiar nos mercados devido à mudança da política do BCE, para salvar o euro. É assim com o actual Governo como foi com o anterior.
Sacudindo a água do capote, escreve sem rebuço: «O Banif foi tratado da pior maneira»! 
Mas não foi Passos Coelho que afirmou que, com ele no governo não teria procedido de maneira muito diferente, e não foi o seu governo que arrastou a resolução do Banif durante mais de três anos e evitou tomar decisões antes das eleições, com os artifícios da não menos descarada Maria Luis Albuquerque, entregando de supetão a batata quente a um governo que tinha acabado de tomar posse e a poucos dias do fim do ano em que entrava em vigor nova legislação europeia?
Um primeiro ministro de um governo que fez recuar o PIB mais de 5,5 pontos percentuais, que levou a um recuo brutal do investimento público e privado, que concretizou uma imemorável destruição de emprego e que procedeu a uma gigantesca política de concentração da riqueza, a que chamam eufemisticamente política de austeridade, declara agora que 2016 – e só passaram seis meses – é o ano da reversão da credibilidade.
Para que Portugal fosse credível aos olhos de Passos Coelho deveria ter-se continuado a fazer cortes nas pensões e reformas, a não se fazer a modestíssima recuperação do poder de compra dos trabalhadores e das populações mais desfavorecidas, devia-se continuar a dar livre curso à política de centralização e concentração de capitais, e a acentuar ainda mais a dominação do capital estrangeiro, alienando a soberania e a independência nacional.
Gaba-se de ter reduzido o défice primário – sem juros – em 15,1 mil milhões de euros, que é praticamente a soma dos cortes nos salários dos trabalhadores da função pública e no investimento público, mas não nos diz que o que meteu na banca privada, isto é, nos bolsos dos banqueiros e grandes accionistas à custa do erário público, foi bem superior ao montante da redução do défice...
O ex-primeiro ministro pensa que fazendo pose de estadista o que diz é para se acreditar.
Como já alguém disse, um Relvas encenando cara séria.


www.abrilabril.pt
08
Jul16

Cinco polícias mortos a tiro em protesto contra violência policial em Dallas

António Garrochinho






Outros seis agentes ficaram feridos. Três pessoas já foram detidas e um homem está barricado e a trocar disparos com as autoridades

Cinco polícias norte-americanos morreram e pelo menos seis ficaram feridos num tiroteio durante uma manifestação em Dallas, de protesto contra a violência policial sobre negros, confirmaram as autoridades locais. Três pessoas foram detidas, mas a polícia continua a cercar um quarto suspeito do tiroteio, que estará barricado numa garagem e garante que tem engenhos explosivos prontos para detonar, avança a imprensa internacional. Segundo o Dallas Morning News, este homem já terá sido morto pelas três da madrugada de sexta-feira, hora local - mais seis em Lisboa. A CNN cita um responsável das autoridades que confirma que o homem morreu, mas sem revelar se foi morto ou se cometeu suicídio.

Entre os detidos, estão uma mulher que se encontrava nas imediações desta garagem e dois homens, que se deslocavam de carro, um veículo Mercedes de cor escura. O chefe da polícia de Dallas, David Brown, já admitiu que os detidos não estão a colaborar com as autoridades, mas suspeita-se que tenham trabalhado juntos para lançar este ataque à polícia, cujos motivos permanecem desconhecidos. O número de pessoas envolvidas também não é claro. O Presidente dos EUA, Barack Obama, já falou sobre o ataque em Varsóvia, na Polónia, onde se encontra para participar numa cimeira da NATO. Classificando-o como um "ataque calculado e desprezível", Obama revelou que o FBI está já em contacto com a polícia de Dallas para investigar o que aconteceu, assinalando que o ataque é "injusticado" e que a cidade de Dallas e todos os agentes da autoridade estão de luto.




Pelo menos onze agentes da autoridade foram atingidos pelos 'snipers'. O espaço aéreo em torno da cidade de Dallas foi restringido e apenas podem descolar ou aterrar aviões em voos de emergência. Um civil foi ferido no tiroteio, mas não corre perigo de vida. Trata-se de uma mulher de 37 anos que participava com os filhos na manifestação contra a violência policial, convocada na sequência das mortes de mais dois afro-americanos nos EUA, atingidos por agentes da autoridade.

Segundo David Brown, os homens armados colocaram-se em locais "elevados" para atingir os polícias durante a manifestação. É visível o pânico entre aqueles que participavam no protesto no momento em que os disparos começam.


O homem barricado terá alertado os negociadores de que há "bombas em todo o lado" no centro da cidade de Dallas. "O suspeito com o qual estamos a negociar, que trocou disparos connosco ao longo dos últimos 45 minutos, disse aos nossos negociadores de que o fim estava próximo e que iria ferir e matar mais dos nossos, ou seja, os aplicadores da lei. E [disse que] há bombas em todo o lado, nesta garagem e no centro", afirmou o chefe da polícia, David Brown, aos jornalistas. "Por isso, estamos a ser muito cuidadosos com as nossas estratégias", frisou.




Nas redes sociais, começam a surgir vídeos amadores dos suspeitos envolvidos no tiroteio.




Um dos agentes mortos já foi identificado. Chama-se Brent Thompson, tinha 43 anos e era polícia de trânsito.



A polícia de Dallas divulgou nas redes sociais a fotografia de um homem que dizia ser um dos suspeitos que procura. O homem, adianta o The Guardian, entregou-se às autoridades depois de saber que estava a ser procurado, e foi entretanto libertado.



Milhares de pessoas manifestaram-se nas últimas horas nos EUA, em cidades como Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, para protestar contra a violência policial sobre negros.

As manifestações surgiram após as mortes, registadas em vídeo, de dois homens afro-americanos às mãos da polícia. Philando Castile morreu na quarta-feira em Falcon Heights, no Estado de Minnesota, e Alton Sterling morreu na terça-feira, em Baton Rouge, no Estado de Luisiana.

Na quinta-feira, a ONU pediu aos Estados Unidos que investiguem estas mortes.

Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que todos os norte-americanos devem estar preocupados com a violência da polícia e que as forças de segurança devem ser reformadas.

"Isto não é só um assunto dos negros, nem dos hispânicos. Isto é um assunto dos norte-americanos, e todos nos devemos preocupar", disse Barack Obama, na quinta-feira, na sua chegada a Varsóvia, para participar na cimeira da NATO.

"Todas as pessoas justas devem estar preocupadas. É nossa responsabilidade dizer que conseguimos fazer melhor. Nós somos melhores do que isto", afirmou.

www.dn.pt
08
Jul16

Cristiano Ronaldo. Ele salta mais alto desde 2004 (e a ciência explica porquê)

António Garrochinho


Elevou-se aos 3 metros de altitude para fazer um remate de cabeça a 71,3 km/h no jogo frente ao País de Gales. Já tinha feito o mesmo nas meias-finais do Euro 2004. Onde estão as asas de Ronaldo?
Tão alto quanto um urso pardo, mais veloz que um coiote. Foi assim o golo com que Cristiano Ronaldo estreou o marcador frente ao País de Gales. Perante o passe certeiro de Raphael Guerreiro, o capitão elevou a cabeça até aos 2,61 metros de altitude e encaminhou a bola para a rede adversária a uma velocidade de 71,3 quilómetros por hora. A bola chegou à baliza apenas sete décimas de segundos depois do remate. Havia de ser o primeiro passo para a nossa viagem rumo a Paris.
LYON, FRANCE - JULY 06: Cristiano Ronaldo of Portugal scores the opening goal during the UEFA EURO 2016 semi final match between Portugal and Wales at Stade des Lumieres on July 6, 2016 in Lyon, France. (Photo by Stu Forster/Getty Images)
O golo de Cristiano Ronaldo na quarta-feira no jogo das meias-finais frente ao País de Gales. O salto monumental de Cristiano Ronaldo conquistou a atenção internacional. Outra vez. Créditos: Stu Forster/Getty Images
O golo de Ronaldo a voar sobre os centrais correu o mundo. Os jornais internacionais disseram que Portugal tinha “conquistado o céu” com os “altos voos” do avançado madeirense. Mas a verdade é que não foi a primeira vez que Cristiano mostrou que tinha asas nos pés: o golo marcado esta quarta-feira nas meias-finais do Euro 2016 foi muito parecido (quase igual, mesmo) ao que o melhor do mundo marcou nas meias-finais do Euro 2004 perante a Holanda.
Há doze anos, Cristiano Ronaldo recebeu a bola cruzada por Maniche, saltou nas alturas e cabeceou para a baliza inimiga. Também foi o primeiro golo português na partida e com ele também chegaríamos à final do campeonato europeu que se realizava em Portugal.

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O enorme sucesso de Cristiano Ronaldo nos céus, sempre que está perante a baliza contrária, deve-se em grande parte às suas características físicas (o resto é treino). CR7 tem 1,851 metros de altura, 80 kg de massa, um perímetro de coxa muito superior à média, mas um perímetro de gémeos inferior ao normal. E é disto que são feitas as asas do jogador português: longas pernas de um velocista, o físico delgado de um atleta de meia distância e a estatura de um atleta de salto em altura. Foram estas as conclusões a que chegaram os especialistas em física desportiva da “Castrol Edge Rankings“, que em 2012 foram perceber porque é que Ronaldo é um dos futebolistas mais valiosos do mundo. E dos que salta mais alto.

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Cristiano Ronaldo tem menos 3% de gordura corporal que um supermodelo.
Os cientistas quiseram perceber o que tinha contribuído para o facto de a taxa de sucesso nos duelos aéreos de Ronaldo ter aumento dos quarenta para os 66%. E encontraram a resposta na física. Quando Cristiano salta sem impulso e sem a ajuda dos braços, não consegue saltar mais que 44 centímetros através de uma força apenas 1,5 vezes maior que o peso do seu corpo. Em situação de jogo, no entanto, Ronaldo torna-se num jogador alado: consegue elevar-se a 78 centímetros do chão – mais alto que a média dos jogadores de basquetebol da NBA – e com uma força cinco vezes maior à do seu peso – 5G -, tanto quanto um astronauta quando parte da Terra em direção ao espaço. Essa força, no caso de Ronaldo e tendo em conta a Segunda Lei de Newton, é de 3920 N.
A Segunda Lei de Newton (ou o Princípio Fundamental da Dinâmica), a força que atua sobre um corpo é sempre diretamente proporcional à multiplicação entre a massa desse corpo e à aceleração a que ele está sujeito. No caso de um salto de Ronaldo, essa aceleração é igual ao valor da gravidade. Na Terra, o valor da gravidade é de 9,8 N.
Quando o avançado português salta, tende a levantar os joelhos e as pernas para a parte de trás do seu corpo. Isto permite elevar o centro de gravidade temporariamente, mas durante o tempo suficiente para permanecer no ar, receber a bola e cabeceá-la para dentro da baliza. Claro que esse período de tempo em que Cristiano Ronaldo permanece no ar não é tão grande como parece. É um “ilusão de ótica”, como esclarece o físico Carlos Fiolhais ao Observador. “O que se passa é que a trajetória do centro de gravidade do atleta é basicamente uma parábola”, ou seja, igual à trajetória de um corpo sem resistência do ar (que, embora exista, é tão pequena que pode ser desprezada dos cálculos matemáticos).
Com uma coxa com 61,7 centímetros de perímetros, Cristiano Ronaldo consegue levantar o peso equivalente a dezasseis carros Toyota Prius durante um treino intensivo de pesos. Os cientistas descobriram que um pontapé livre de Ronaldo pode ser quatro vezes mais rápido que a velocidade da Apollo 11 quando partiu da Terra. E que, numa época apenas, Cristiano consegue acelerar 900 vezes mais que um atleta olímpico.
Ora, sempre que um jogador de futebol salta do chão, parte com uma posição inicial e com uma velocidade. É a componente vertical da velocidade que detém a resposta para o milagre dos saltos de Ronaldo: a altura máxima é proporcional ao quadrado desta velocidade. A “ilusão da suspensão” de Cristiano é assim explicada pela matemática. No futebol, tal como no basquetebol, metade do tempo de um salto é passado nos pontos mais altos a que ele pode chegar, enquanto a outra metade do tempo é dividida entre o tempo da ascensão (em que o atleta contraria a força da gravidade) e o tempo da descida (em que o atleta obedece à força da gravidade, que atrai os corpos para a Terra). É por isso que ao espetador parece que o atleta flutua.
A Terceira a Primeira Lei de Newton, ou o Princípio da Ação-Reação, diz que quaisquer dos corpos dotados de massa são atraídos um pelo outro através de uma força que, embora tenha a minha direção, vai ter intensidade e sentido opostos. Em suma: a maçã de Newton foi atraída para a Terra, mas a Terra também estava a ser atraída pela maçã.
Carlos Fiolhais explica ainda que a altura do salto depende do impulso que é comunicado pelo chão, algo que obedece à Terceira Lei de Newton. Mas não depende só disso: a magia também se faz pelos músculos. “Ronaldo tem geneticamente um corpo de atleta, mas desenvolve o seu corpo com exercícios no ginásio” onde trabalha muito a coxa. É da força que Ronaldo armazena na zona inferior do corpo que vem grande parte da energia com que ele se eleva nos céus. Daí e da mente também. É que Cristiano Ronaldo tem uma extraordinária visão do campo e reage rapidamente: os tempos de reação do português quando está em campo conseguiriam circum-navegar o mundo 31 horas mais depressa de um comboio de alta velocidade. “Eleadivinha onde a bola vai cair, calculando o momento certo de salto. Essa é uma noção intuitiva que o próprio não conseguirá explicar, mas que todos vemos. Ele está no sítio certo à hora certa. Digamos que sabe ler o jogo, isto é, tem uma atenção permanente à posição e à velocidade da bola, assim como às posições dos seus companheiros”. É quanto vale uma experiência de 13 anos.
O que Cristiano Ronaldo faz é notável, mas não é exclusivo do mundo do futebol. Atletas como os basquetebolistas ou os jogadores de voleibol treinam profundamente as técnicas associadas aos saltos: só assim é que conseguem marcar pontos. É isto que nos explica Roberto Reis, jogador de voleibol pelo Benfica e um dos melhores jogadores de sempre da modalidade. A disponibilidade para este tipo de exercícios não é inata: tem de ser trabalhada. “O Cristiano é um jogador extremamente explosivo que consegue aliar perfeitamente a técnica à execução. A coordenação dele é perfeita”, avalia Roberto. Mas apenas o é porque, tal como no voleibol, essa capacidade é treinada antes das performances oficiais: “Durante os treinos somos sujeitos a exercícios de força e de musculação. O voleibol é feito essencialmente a saltar, por isso a impulsão que damos em campo é consciente. E é preciso ter mais resistência”, explica o atleta benfiquista.
Carlos Fidalgo, jogador de voleibol pelo Vitória de Guimarães, internacional português e filho do guarda-redes António Fidalgo, subscreve as palavras do seu colega de profissão. Explica ele ao Observador que “é impressionante o que Cristiano Ronaldo faz, porque em princípio não treina tanto o salto como um atleta de voleibol ou de basquetebol”. É que, pelo menos no voleibol, os saltos por treino são incontáveis. “É algo que vamos melhorando, embora a capacidade de saltar também tenha a ver com a carga genética ou com uma certa aptidão desde o início”, acrescenta Carlos. O salto é normalmente treinado com trabalho pliométrico, que procura que os atletas utilizem os músculos no seu máximo expoente. São “exercícios de explosão e de reação” que buscam uma preparação física ao nível dos grandes atletas.
Mas como é que esse potencial é demonstrado durante uma jogada? Aqui é que reside a grande diferença em relação a outros desportos. No voleibol, a impulsão é conseguida através da “chamada”: o atleta dá três passos de apoio e depois eleva-se no ar com a ajuda dos braços e das pernas em coordenação. E tem de reagir rapidamente, para conseguir equilibrar o tempo da preparação com a chegada da bola.
E depois há Ronaldo. Sempre a voar sobre os centrais.

observador.pt
08
Jul16

Portugal é o 9.º país da OCDE com os salários mais baixos

António Garrochinho

A crise financeira reduziu a qualidade do emprego, que em Portugal já era baixa. E faz aumentar desemprego de longa duração

Portugal está entre os dez países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde os salários são mais baixos. Em 35 países analisados, a média salarial portuguesa (medida em paridades do poder de compra) é a nona mais baixa, rondando 24 105 dólares (21 755 euros). Em contrapartida, é um dos que têm maior carga horária.

Estes dados, que constam do relatório "Perspetivas de Emprego 2016" ontem divulgado pela OCDE, são apenas dois indicadores da fraca qualidade do emprego em Portugal, que se manifesta também na insegurança que os trabalhadores sentem. A crise financeira global afetou a qualidade do trabalho na maior parte dos países da OCDE, mas em Portugal o impacto acabou por ser menor, porque, como refere o documento, por cá "a qualidade do emprego era relativamente fraca antes da crise". E neste período pós-crise os ganhos têm sido fracos, devido à "explosão" do desemprego.

A nível salarial, os trabalhadores portugueses são dos que ganham menos, e, dos oito países onde a média é ainda mais baixa, apenas três (Eslováquia, Estónia e Letónia) pertencem à zona euro. A lista integra ainda o Chile e o México, o país com piores salários.

A média salarial registou quebras de 2% e 1% em 2014 e 2015, respetivamente, o que contrasta com o ganho de 0,7% que se tinha observado em 2007. Ao mesmo tempo, os portugueses estão entre os que apresentam expectativas mais negativas sobre a perda de rendimento em caso de desemprego.

A vida dos trabalhadores portugueses também não melhora se medida pelo número de horas efetivamente trabalhadas: a OCDE refere que foram 1868 horas em 2015, o que coloca Portugal no 10.º lugar numa lista de 38 países. Ainda assim, são menos do que em 2007 (1900 horas) ou em 1979, quando em média cada português trabalhava 2017 horas.

A destruição de emprego durante a crise atirou as taxas de desemprego para máximos históricos, mas a situação começou a inverter-se. O nível de emprego deverá atingir em 2017 os valores observados há dez anos. "Prevê-se que a percentagem de população em idade ativa que está efetivamente empregada volte ao seu nível da pré-crise em 2017." Mas, alerta o relatório, a retoma será desigual e o desemprego manter-se-á "demasiado elevado num número considerável de países europeus".

Portugal está entre estes casos, sendo, a par da Grécia e de Espanha, dos países onde a taxa de desemprego foi mais alta em abril (11,6% de acordo com os dados do INE, mas com a OCDE a considerar ainda os 12% avançados na estimativa provisória).

António Costa espera que o desemprego registe em 2016 um valor médio de 11,4%, mas o relatório de Ángel Gurría, o secretário--geral da OCDE, aponta para uma taxa de 11,9% na reta final deste ano e de 11,3% no fecho de 2017. Do lado do emprego, a organização estima uma manutenção (nos 58,1%) em 2016 e uma ligeira subida (de 0,6 pontos percentuais) no ano seguinte.

Ainda que haja países com taxas de crescimento de emprego mais dinâmicas do que a projetada para Portugal, a OCDE alerta para o problema da falta de qualidade e para o acentuar das desigualdades no mercado de trabalho. "Muitos dos trabalhadores que ficaram sem emprego durante a Grande Recessão estão de novo a trabalhar, mas o crescimento dos salários continua a ser insuficiente e muitos sofrem de stress ocupacional."

Preocupação com o elevado número de desempregados de longa duração. No final de 2015, em média, um em cada três desempregados ficava afastado do mercado de trabalho por mais de 12 meses, um universo de 13, 5 milhões de pessoas. O número revela um aumento de 55% por comparação com a situação vivida em 2007. Em maio deste ano, estavam sem trabalho 39 milhões de pessoas nos países da OCDE. São menos três milhões do que um ano antes mas, mais uma vez, ainda em níveis mais negativos do que em 2007 - eram 33 milhões então.

Portugal irá observar nos próximos tempos um recuo do nível do desemprego de longa duração, prevê a organização, mas este manter-se-á bastante acima do valor de 2007. Nessa altura, a taxa rondava 48% dos desempregados e, no final de 2015, era já de 56,8%. É de resto um dos países onde o problema é mais agudo.

Os jovens, sobretudo pouco qualificados - que não estudam nem se encontram em formação ou a trabalhar -, estão entre o grupo que corre maiores riscos de ser deixado permanentemente para trás no mercado de trabalho.

Esta realidade leva a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico a recomendar aos governos que prossigam programas de apoio à promoção da formação dos trabalhadores mais novos.


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