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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

14
Jul16

Dia da Bastilha desfile de marchas militares com forte esquema de segurança

António Garrochinho

Um grande desfile militar pela Champs Elysées em Paris esta quinta-feira incluiu membros do exército francês, os serviços de inteligência, legionários e outros para as celebrações anuais do Dia da Bastilha que marcam o início da Revolução Francesa de 1789.

A procissão ocorreu sob alta vigilância este ano no âmbito oficial do estado de emergência até 26 de julho na sequência dos ataques de Novembro de 2015.

"Cerca de 3.000 policiais foram mobilizados para garantir a zona de parada,"

No total, 55 aviões, 30 helicópteros e 212 veículos blindados fizeram o seu caminho pela Champs Elysées até a Place de la Concorde, onde o presidente francês, François Hollande visitou as tropas unidas acompanhado pelo primeiro-ministro da Nova Zelândia John Key e do secretário de Estado dos EUA John Kerry.

As tropas da Austrália e da Nova Zelândia foram os convidados de honra este ano, para comemorar sua participação em 1916 Batalha do Somme, um dos mais mortais da Primeira Guerra Mundial O destaque da cerimônia deste ano foi os seis guerreiros Maori da Nova Zelândia que desfilaram em trajes tradicionais e pés descalços.





















VÍDEOS












14
Jul16

O Olimpo óbvio de Barroso

António Garrochinho


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Tal como qualquer sociedade secreta, o Goldman Sachs, que se apresenta como «banco de investimento», não tem uma sede, uma placa, uma identificação visual.
Quando Lloyd Blankfein, o presidente do Goldman Sachs, afirma que é «um banqueiro que faz o trabalho de Deus», há que levá-lo a sério, tanto mais que não é conhecido por ser alguém que se perca em metáforas. Da imagem de Deus ele tem o poder absoluto e discricionário da mitologia que governa o mundo, o regime de mercado livre, isto é, o sistema planetário de especulação financeira ao qual se subordinam a economia, a política e os seres humanos.
Tal como qualquer sociedade secreta, o Goldman Sachs, que se apresenta como «banco de investimento», não tem uma sede, uma placa, uma identificação visual; os seus cerca de 35 mil membros distribuem-se pelo mundo como actores de uma interminável dança de cadeiras em que alternam a ligação ao banco com cargos públicos e privados onde cumprem as recomendações cleptocratas emanadas pela corte do «Deus banqueiro».
A alusão à prática de latrocínio não tem nenhuma intenção malévola, é meramente factual, uma vez que no ano de 2007, quando o banco patrocinou a fraude com activos imobiliários que ficou conhecida como «escândalo Abacus», e assim escancarou a crise mundial, os lucros do Goldman Sachs foram de 12 mil milhões de euros – duas vezes e meia mais do que os registados, por exemplo, em 2015. E os investidores perderam milhões, foram enganados, isto é, burlados. Nada aconteceu, no entanto: um banqueiro júnior serviu de bode expiatório e a seita financeira não parou de crescer desde então.
O Goldman Sachs, no seu secretismo, na sua organização conspiratória, na sua infiltração tentacular, é uma ala da teia sombria onde se decide tudo sobre o mundo, muito acima das vontades expressas pelas pessoas em consultas democráticas, e sempre contra as pessoas.
Ao lado do Goldman Sachs – ou melhor, tecendo com ele uma malha quantas vezes indecifrável – encontramos o Grupo de Bilderberg e a Comissão Trilateral. E também a NATO, o braço policial e militar, que, não sendo secreto, tem da organização castrense a génese da essência autoritária.
«Durão Barroso seguiu os passos de compatriotas como o privatizador-mor António Borges e o seu imediato Carlos Moedas, logo promovido a comissário europeu de Juncker.»
A ascensão formal de Durão Barroso a este Olimpo que cuida da liberdade de mercado, assegurando o primado da especulação financeira e da servidão humana, é um movimento natural de um peão no tabuleiro de uma engrenagem que alimenta a exploração e a guerra como actividades gémeas.
Não tiveram os súbditos do «Deus» Blankfein qualquer pudor em dar publicidade à contratação de Barroso na mesma altura em que o relatório Chilcot confirma o que já se sabia sobre a ilegalidade e o carácter mistificador e assassino do processo de destruição do Iraque em que ele participou. Da coincidência dos factos fica a mensagem de desprezo e impunidade dos senhores da especulação financeira perante as leis e as regras do mundo, das quais estão obviamente isentos na sua imunidade divina.
O denodado esforço de Barroso em usar os últimos tempos à cabeça da Comissão Europeia para tornar irreversível o tratado transatlântico (TTIP), o paraíso da banca norte-americana, fazia prever este desfecho, sobretudo a partir da instalação como membro executivo do Grupo de Bilderberg, onde já se encontra também Mario Monti, primeiro-ministro não eleito de Itália, tal como Lucas Papademus na Grécia, ambos ligados ao Goldman Sachs.
Durão Barroso seguiu os passos de compatriotas como o privatizador-morAntónio Borges e o seu imediato Carlos Moedas, logo promovido a comissário europeu de Juncker. De notar, en passant, que um dos principais privatizadores em Espanha (Endesa, Telefonica, Repsol) foi Claudio Aguirre, também ele sentado num lugar à direita ou à esquerda de Blankfein.
De resto, como em qualquer mafia que se preze, o Goldman Sachs é uma interminável família. Inclui 12 membros ao serviço da administração Obama, sem contar com Rahm Emanuel, entretanto a desempenhar uma comissão de serviço como governador de Chicago. O estratego financeiro da campanha da senhora Clinton é do Goldman Sachs, tal como foi o secretário do Tesouro do seu marido enquanto presidente, e vários outros secretários do Tesouro noutras administrações, como Hank Paulson na equipa fora-de-lei de Bush filho. O governador do Banco de Inglaterra, anteriormente no mesmo cargo no Banco do Canadá; o primeiro-ministro da Austrália; o ex-presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick; o conselheiro de Temer no golpe brasileiro, Paulo Leme; o vice-primeiro-ministro da ditadura militar egípcia, Ziad Baha-Eldin, todos eles jogam com as cores pardas do Goldman Sachs.
A União Europeia em vez de «estar connosco» está, obviamente, com Blankfein. Assim é com Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, um dos principais intérpretes do regime punitivo, ditatorial e arbitrário de Bruxelas; com Romano Prodi, antecessor de Barroso à frente da Comissão, pelo que é fácil adivinhar o futuro de Juncker; com o comissário Moedas; com Otmar Issing, ex-membro da presidência do BCE.
Mario Draghi era um dos principais representantes do Goldman Sachs quando este banco participou – com enormes lucros – na manipulação da dívida grega para que parecesse respeitado o fundamentalismo dos critérios de convergência. Envolvido na manobra esteve também Lucas Papademus, figura do Goldman Sachs, depois vice-presidente do Banco Central Europeu e primeiro-ministro do regime colonial instaurado em Atenas pelas instituições europeias. Ao Parlamento Europeu, Draghi explicou que nada tinha a ver com a questão grega, porque não tratava de assuntos do sector público, mas do privado. E o Parlamento Europeu acreditou, porque não travou o seu acesso à presidência do BCE.
Tal como acontece com o Grupo de Bilderberg e com a Comissão Trilateral, o Goldman Sachs cuida do aparelho de propaganda ao integrar figuras de proa dos principais grupos mundiais de comunicação, jornalistas e escritores. Todos assegurando que o mercado seja livre através da opressão do ser humano.

abrilabril.pt
14
Jul16

PJ desfaz rota de tráfico de diamantes de Angola

António Garrochinho





Judiciária deteve empresário suspeito de receber pedras em bruto, que depois eram lapidadas e colocadas à venda

Durante muitos anos, um empresário português de 69 anos terá liderado um grupo que se dedicou ao contrabando de diamantes de Angola. As pedras em bruto chegariam a Portugal transportadas "normalmente" por "mulas" em voos comerciais. Depois seguiriam para Antuérpia, na Bélgica, onde eram lapidadas e colocadas no circuito internacional de venda de diamantes. A Polícia Judiciária deteve o indivíduo, batizando o processo como Operação Kimberley.

O suspeito, segundo informações recolhidas pelo DN, teria vários fornecedores em Angola, os quais recorreriam a terceiros para fazer chegar os diamantes em bruto a Portugal. Daí que, nos últimos meses, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) tenha já identificado um grupo considerável de pessoas, as quais poderão estar ligadas ao esquema ou apenas terem funcionado como simples "mulas", à semelhança do que acontece, por exemplo, no tráfico de droga internacional.

Em comunicado, a Judiciária referiu que o cidadão português detido - que será ouvido em primeiro interrogatório judicial pelo juiz Carlos Alexandre - "é suspeito de integrar um grupo que, atuando de forma organizada, mantém uma rede de fornecedores e de transportadores de pedras preciosas em bruto provenientes de países terceiros, sem qualquer certificado de origem, sendo posteriormente lapidadas e introduzidas no mercado internacional".

Ora, para a introdução no tal circuito, as pedras precisam de passar pelo chamado Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (nome que deu origem à operação da Judiciária), um regulamento internacional que entrou em vigor em 2003. Trata-se, basicamente, de um mecanismo que visa evitar a compra de diamantes originários de áreas de conflito que possam financiar confrontos armados. Em Portugal, este mecanismo está regulamentado na Lei 5/2015, de 15 de janeiro. Esta lei prevê uma série de critérios para a certificação de agentes económicos, assim como define as regras para o respetivo licenciamento.

Ainda de acordo com o comunicado da PJ, esta semana foram realizadas treze buscas domiciliárias, seis buscas não domiciliárias, duas buscas em escritórios de advogados e apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação. A polícia colocou no terreno 55 inspetores, que foram acompanhados por procuradores do Ministério Público e pelo juiz de instrução, Carlos Alexandre.


www.dn.pt


14
Jul16

FUTEBOL - JOGOS OLÍMPICOS - Rui Jorge divulga convocatória "surreal" com um jogador a menos

António Garrochinho



Selecionador chamou 17 jogadores para os Jogos Olímpicos, sem os principais nomes que estavam na pré-convocatória. E queixa-se de limitações

Rui Jorge divulgou, nesta quinta-feira, a lista de convocados que vai representar Portugal no torneio de futebol nos Jogos Olímpicos, com o destaque para a ausência de um jogador.

"Tem sido surreal fazer esta convocatória. Há 18 minutos recebemos um telefonema a retirar-nos um jogador", lamentou o selecionador de sub-21, que não pôde contar com as principais figuras da pré-convocatória.

Raphaël Guerreiro, André Gomes, João Mário, Renato Sanches, William Carvalho e Rafa, campeões por Portugal no Euro 2016, não integram a lista final.

"É a possível. Quando escolhemos 35 jogadores [para a pré-convocatória], fizemo-lo com o grupo que seria ideal para os Jogos Olímpicos. Atendendo às negas que levamos de alguns clubes, desses 35 apenas conseguimos 11 jogadores, logo aí ficámos limitados", explicou Rui Jorge, em conferência de imprensa.

Vários jogadores que não estavam na pré-convocatória foram agora chamados, face à indisponibilidade da esmagadora maioria dos clubes em libertar os seus atletas.

Jogadores como João Cancelo, Nélson Semedo, Paulo Oliveira, Rúben Semedo, Bernardo Silva, Diogo Jota, Rony Lopes, Rúben Neves, Gelson Martins, Gonçalo Guedes, Iuri Medeiros, Ivan Cavaleiro, Ricardo Horta, Ricardo Pereira e André Silva estavam todos pré-convocados, mas nenhum vai ao Rio de Janeiro.

Na lista, destaque para a presença de André Martins, que vai aos Jogos Olímpicos sem ter clube, pois o seu contrato com o Sporting terminou e não foi renovado.

Tal como André Martins, Salvador Agra, do Nacional, e Sérgio Oliveira, do FC Porto, são convocados sob o estatuto de maiores de 23 anos - cada país só pode ter três jogadores acima desta idade.

Os 17 convocados:

Guarda-redes: Bruno Varela e Joel Pereira.

Defesas: Edgar Ié, Ricardo Esgaio, Tiago Ilori e Tobias Figueiredo.

Médios: André Martins, Bruno Fernandes, Sturgeon, Francisco Ramos, Sérgio Oliveira, Tiago Silva e Tomás Podstawski.

Avançados: Carlos Mané, Gonçalo Paciência, Nuno Santos e Salvador Agra.


www.dn.pt

14
Jul16

DOIS GAJOS DE QUE NÃO GOSTO

António Garrochinho

HOLLANDE O PIGMEU BELICISTA LACAIO DO CAPITAL E DOS U.S.A CHEIO DE ASPIRAÇÕES IMPERIALISTAS/COLONIALISTAS.
DURÃO BARROSO , O REPUGNANTE PUM PUM CUJA ÉTICA É UM MONTE DE MERDA, UM TRAIDOR, UM VENDIDO, RESPONSÁVEL MORAL PELA DESTRUIÇÃO DO IRAQUE E POR MILHARES DE MORTES DE INOCENTES. 
UM CRÁPULA CAPAZ DE VENDER A PRÓPRIA MÃE.

DIZ HOLLANDE E TEM RAZÃO (NESTE CASO) QUE DURÃO BARROSO NÃO TEM ÉTICA ALGUMA AO IR PARA A GOLDMAN SACH O BANCO QUE MAQUILHOU AS CONTAS DO GOVERNO DA GRÉCIA.
NÃO SABERIAM ESTES SABUGOS, ALDRABÕES, ESTES VIGARISTAS O QUE ESTAVAM A FAZER ?
QUE MAIS ESCONDERÁ ESTA GENTE PODRE QUE NOS TEMPOS DE HOJE SÃO COLOCADOS A GOVERNAR SEM QUE PARA ISSO TENHAM QUALQUER COMPETÊNCIA E RESPONSABILIDADE !?
O MUNDO ESTÁ DE RASTOS, REPLETO DE CRIMINOSOS E DE TRASTES.


António Garrochinho
14
Jul16

Finalmente a «silly season» !

António Garrochinho

POSTED BY ABRIL NOVO MAGAZINE
FILED UNDER  IFTTT, O TEMPO DAS CEREJAS 2



PSD afasta perigo 
terrível e iminente !


Se bem me lembro, a mais significativa aliança pré-eleitoral entre o PSD e o PS foi há 31 anos, em 1985, quando os dois partidos se entenderam, já com Cavaco a liderar o PSD e o Governo, para tentar derrotar a APU em mais de 40 Câmaras, numa operação que saldou por um significativo fracasso. E juridicamente essas alianças nem se puderam chamar de coligações porque uma irregulariedade processual obrigou o PS e o PSD a terem de optar pelo sistema de um concorrer para a Câmara (com «independentes» do PSD) e outro para a Assembleia Municipal (com «independentes» do PS).

E sabendo-se que só os órgãos de direcção nacional dos partidos é que têm capacidade jurídica para apresentar listas, ainda menos se percebe este aviso à navegação da direcção do PSD. 



Via: o tempo das cerejas 2 http://bit.ly/29Gvuom
14
Jul16

Pesca à Francesa

António Garrochinho


Ao contrário do que é popular, não só reconheço a necessidade, como apoio a capacidade submarina da nossa Marinha. Bem sei que o processo de aquisição da quinta esquadrilha não deixou saudade a ninguém, sendo fácil lançar torpedos sobre o tema, mas julgo que a separação entre o processo de compra e a necessidade que lhe está na origem é no mínimo salutar. Sei que é fácil aderir ao facilitismo e validar ideias absurdas como “não precisamos de submarinos para nada”, mas basta observar a extensão do nosso território Atlântico para compreender quão desprovida de sentido é a contundente e popular afirmação. Um nítido problema de avaliação. O Mar como desígnio da Nação, nunca será uma realidade enquanto não for um desígnio individual de cada um de nós. Nunca seremos todos marinheiros, mas não é essa a questão. Enquanto individualmente não valorizarmos o desígnio Atlântico como um propósito que nos une, a superficialidade e ligeireza de conclusões prevalecerá.
A nossa história fornece bons exemplos de dicotomia entre o que é popular e aquilo que realmente é importante, como foi o caso do popular D. João I, o aclamado Mestre de Avis, e do seu antecessor, D. Fernando. O primeiro é celebrado como aquele que promoveu a expansão marítima, o segundo rotulado como irresponsável e aventureiro que não deixou descendente nem obra louvável. Contudo, foi D. Fernando que promoveu a construção naval e criou o primeiro arsenal português. Tal como hoje, recorreu então à tecnologia alemã, tendo para tal atraído até nós mestres fundidores germânicos, saber com o qual se passou a fundir as peças de artilharia entre nós, ao invés das importar. Sem os meios e infra-estruturas lançadas por D. Fernando, a dinastia de Avis não teria passado de Ceuta, onde de resto esteve fechada durante 40 anos…
E os submarinos? Pois bem, devíamos ter mais, mas tal como fez D. Fernando, não deveríamos importar, mas sim fabricar. Absurdo? Será? Pois é precisamente aquilo que fazem os Sul Coreanos, compraram não o produto acabado, mas sim o direito de o construir. Tratar as armas como automóveis que primeiro são importados e depois fazem a manutenção na marca, pode ser a medida do possível no contexto e circunstância em que nos encontramos, mas a soberania exige mais. Por fim, mas não por último, queria abordar o factor mais importante e decisivo da capacidade submarina nacional, o humano. O saber acumulado pelas muitas guarnições que operam as 5 esquadrilhas que envergaram o nosso jaque, é um valor sem preço. A qualidade destes marinheiros especiais, os submarinistas, é até hoje ignorada ou desvalorizada pela população. Poucos de nós partilham o entusiasmo e orgulho pela prestação da actual Classe Tridente, e sobre a classe que a precedeu, apenas alguns de nós se lembra do feito do N.R.P. Barracuda (S164), quando em 1983 conseguiu posicionar-se sob o porta-aviões norte-americano USS Dwight D. Eisenhower (CVN69), iludindo toda a cobertura de superfície e área que escoltava este imponente navio, o que lhe permitiu assumir uma posição de ataque simulado com torpedos, sem nunca ser detectado, prestação surpreendente e a todos os níveis meritória, sobretudo porque a quarta esquadrilha à qual pertencia o Barracuda, de fabrico francês e designada por Classe Albacora, era já à época obsoleta por comparação aos meios que nesse exercício defrontou. Inquestionável prova do valor dos nossos submarinistas.
Ciente de tudo isto, talvez por sensacionalismo, mas sobretudo porque já chega de “falar a sério”, relato-vos o mais recente episódio protagonizado pelos nossos amigos franceses. Depois dos ataques ao joelho do melhor do mundo, após a despeitosa decoração da torre Eiffel em dia de celebração lusitana, tentaram esta semana levar o nosso submarino N.R.P. Tridente (S160) até à lota de Saint-Brieuc. O ataque perpetrado pelo ligeiro e ágil navio de pesca, o arrastão Daytona (SB.912361), ficará para a história como a “pesca à francesa”, manobra cujo resultado, tal como todas as desconsiderações anteriores, foi um estrondoso fracasso, sem danos a registar, nem materiais, nem humanos. Mais uma vez ganhámos por empate.
pescada

aoleme.com
14
Jul16

Allons enfants de la Patrie

António Garrochinho

By carlosloures / 





A Revolução Francesa, da qual se comemora hoje o 227º aniversário, embora tenha acabado por ser derrotada, pois substituiu uma nobreza de sangue, improdutiva e arrebitada, por uma burguesia que se apropriou dos títulos e privilégios dos decapitados, dando lugar a uma nova nobreza, mais eficaz na  repressão pois, tendo já sido chicoteada, sabia onde é que o látego era mais doloroso; derrotada, dizíamos, não deixa de ser uma incontornável referência histórica. Ateado em salões palacianos, alimentado por ensaios inteligentes como os de Rousseau ou Voltaire, e por debates arrebatadores, o fogo do iluminismo foi, em termos revolucionários, um fogacho que deu lugar a uma sociedade que de revolucionária nada tinha.

Em todo o caso, foi mais longe do que qualquer outra. Foi derrotada porque quando a vaga do tsunami recuou, a vida   mudara suficientemente para que o essencial se mantivesse. A classe dominante era outra, mas os sans-cullottes eram os mesmos- embora fossem agora tratados por cidadãos. E a tomada da Bastilha, que hoje se celebra. desferiu um golpe mortal na nobreza europeia – reis, rainhas, infantes, são personagens de revistas do coração que alimentam a vida cultural das franjas mais mentalmente carenciadas. Portanto,

Bonjour la France. Vive la Révolution!

                                                                                                                                                                                                   


 Só mais uma nota para referir o «incontornável» tema da vitória de Portugal sobre a selecção francesa na final do europeu de futebol. Portugal ganhou, mas podia ter perdido; já nos tem acontecido o contrário Mas como a França é uma lenda heróica na mente dos franceses, o jogo só valia se ganhassem, circula um abaixo-assinado para que a final seja repetida. Recolheu já dezenas de milhares de assinaturas

De pé, amigos, ouçamos A Marselhesa interpretada pelo grande tenor lírico Roberto Alagna:

VÍDEO




aviagemdosargonautas.net

14
Jul16

ESTÁTUAS ESTRANHAS

António Garrochinho
 Abaixo, selecionamos dez exemplos de obras curiosas que podem ser visitadas em alguns países.

À esquerda, estátua localizada em Cingapura. À direita, obra que fica em Melbourne, na Austrália. (Foto: Reprodução)


À esquerda, obra em forma de crânio localizada em Praga (República Tcheca). Ela foi projetada por Jaroslav Rona, em 1993, e representa um dos personagens de Kafka. À direita, a estátua ‘Le Pouce’, que fica em Paris, na França, e foi feita por César Baldaccini, em 1965. (Foto: Reprodução)



À esquerda, estátua localizada em frente de um edifício em Los Angeles (EUA). À direita, obra que fica perto da estação de trem em Como, na Itália. (Foto: Reprodução)

À esquerda, estátua de ‘Homem urinando’, que fica em Praga. À direita, obra localizada em Potsdam, na Alemanha. (Foto: Reprodução)

À esquerda, a obra ‘O Tubarão’, que fica em Headington, Oxford (Reino Unido). À direita, estátua ‘Ouvido’ localizada em Colônia (Alemanha). (Foto: Reprodução)

www.ahtrollei.com.br
14
Jul16

JÁ HOJE PUBLIQUEI ESTA NOTÍCIA MAS AGORA ENCONTREI OUTRO VÍDEO QUE MOSTRA UM POUCO MAIS ! Vídeo mostra polícia norte-americana a abater jovem desarmado e já ferido

António Garrochinho



Foi divulgado mais um vídeo chocante da violência policial nos Estados Unidos, que mostra agentes de Fresno, na Califórnia, a matarem Dylan Noble de 19 anos durante uma perseguição.

A polícia diz que como o jovem continuou a mexer as mãos mesmo depois de baleado, pensou que ele estaria à procura de uma arma. “Já sei que em decisões críticas como esta, não vamos ter o apoio de todas as pessoas, nem de todos os polícias, nem do sindicato, talvez nem da família, nem da comunidade. Mas prometo que vou fazer o que é certo nesta investigação e peço que as pessoas confiem em mim”, afirmou o chefe da polícia de Fresno, Jerry Dyer.

Manifestantes concentraram-se em frente à sede da polícia de Fresno, pedindo Justiça, horas depois de o vídeo ter sido divulgado. O jovem foi abatido no dia 25 de junho.


VÍDEO



pt.euronews.com


AQUI O 2º VÍDEO RECOLHIDO NO TWITTER QUE 

MOSTRA UM POUCO MAIS, 

VÍDEO COMPLETO SEM  CENSURA ESSE NÃO 

APARECE NA NET



14
Jul16

AS FESTAS DE SAN FIRMIN EM PAMPLONA TIVERAM A VISITA DE ASSOCIAÇÕES DE DEFESA DOS DIREITOS DOS ANIMAIS

António Garrochinho
Pampelona e a polémica festa de San Fermín

Último dia do Festival de San Fermín realizado anualmente entre 6 e 14 de julho, em Pamplona, Espanha, em honra do padroeiro da província e comunidade autónoma, St. Firmin.

A corrida de touros nas ruas da cidade são, provavelmente, o evento de verão mais popular e o mais perigoso para os participantes. O primeiro balanço dos serviços de saúde indica pelo menos seis feridos tratados pelas equipas médicas.

O Miura, com uma longa tradição no festival de San Fermín, honrou a fama encenando um encerramento rápido, dois minutos e dezoito segundos, o que permitiu que os corredores se mostrassem pontuais como nas sete corridas anteriores. Foram largados quatro dos mais valentes touros em direção à arena e mais de 1000 pessoas participaram na corrida.

As festas continuam a criar grande polémica por parte das associações de defesa dos direitos dos animais que este ano organizaram um protesto choque para denunciar a “barbárie” do espectáculo.

VÍDEO



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14
Jul16

Cérebro do ataque a escola paquistanesa morto em raide aéreo dos EUA

António Garrochinho

O alegado cérebro do ataque a uma escola paquistanesa, que em 2014 provocou 150 vítimas mortais, foi morto num raide aéreo norte-americano no Afeganistão.

A morte de Umar Khalifa, líder do grupo terrorista Tarik Gidar, foi anunciada pelo exército paquistanês e confirmada pelo Pentágono. Outros quatro militantes foram mortos no ataque efetuado por um drone, no passado dia 9, que visava membros do auto denominado Estado Islâmico.

O grupo Tarik Gidar está ligado aos talibãs paquistaneses.

Em dezembro de 2014, um grupo de homens armados atacou uma escola em Peshawar, matando pelo menos 132 crianças e nove empregados.

VÍDEO


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14
Jul16

Um Nuremberg para Bush e Tony Blair

António Garrochinho



Robert Fisk, no site Outras Palavras:

Acho que um julgamento em Nuremberg seria melhor local para analisar as minúcias dos crimes Blair-Bush que todos os britânicos cometemos ao ir à guerra no Oriente Médio. Causamos a morte de mais de meio milhão de pessoas, a maioria das quais muçulmanos, tão completamente inocentes quanto Blair foi culpado. Uma corte semelhante à de Nuremberg poderia concentrar-se mais detidamente no caso das massas árabes vítimas de nossa odiosa expedição criminosa, que na culpa hedionda e na “profunda lástima” – palavras dele, claro – do ex-primeiro-ministro, Lord Blair.

Claro, Blair mentiu quanto à inteligência sobre armas de destruição em massa antes de ir à guerra; mentiu depois novamente quanto aos alertas do Foreign Office sobre o caos que tomaria conta do Iraque; e hoje Blair novamente mente, insistindo que o Relatório Chilcot o teria inocentado, quando, isso sim, o relatório faz exatamente o contrário.

Mas um estudo aprofundado do relatório, em vez do resumo edulcorado que querem nos meter goela abaixo nas últimas horas, pode produzir linhas do relatório que são muito mais perturbadoras que as conclusões da versão simplificada, mais curta e fácil de regurgitar, que foi passada aos veículos da mídia. Além disso, nossa concentração sobre o iníquo Blair e suas mentiras, embora seja resposta compreensível a Chilcot, oferece preocupante versão da mendacidade que ainda hoje acomete todos os políticos, nossos primeiros-ministros e líderes de partido, e a atitude insultante que todos eles assumem na relação com os que eles dizem representar.

Ouvir as primeiras notícias sobre o épico trabalho de literatura deSir John Chilcot justamente quando viajava pela Síria, foi para mim uma experiência perturbadora. Não só porque a praga da crueldade terrorista avança para fora a partir de Raqqa foi (e não importa que tipo de nonsense Blair diga e repita) resultado direto do inferno iraquiano; mas também porque, em dezembro passado, nosso próprio atual, embora desacreditado, primeiro-ministro usou mais mentiras e falsidades Blairistas para persuadir os deputados do Parlamento a bombardear alvos do Estado Islâmico (ISIS) na Síria.

Lembram as sandices sobre os 70 mil rebeldes “moderados” que precisavam de nossa ajuda, apesar de nem existirem e de terem sido fabulados pela mesma Comissão Conjunta de Inteligência na qual Blair confiou integralmente para sua aventura criminosa?


E quando os membros do Parlamento questionaram essa conversa oca, foram desmoralizados pelo general Gordon Messenger, vice-chefe do gabinete da Defesa, que disse que, por razões de segurança as tais unidades rebeldes não podiam ter seus nomes divulgados – por mais que todos conheçamos a identidade dessa ralé de crias da CIA e da incapacidade delas para lutar contra seja o que for. O muito apropriadamente chamado Messenger [ing. “mensageiro”] manteve a fantasia de David Cameron e foi devidamente promovido; como John Scarlett, diretor da Comissão Conjunta de Inteligência (JIC) que forneceu a Tony Blair toda aquela “inteligência” vagabunda, foi adiante condecorado.

E assim os britânicos fomos à guerra contra o ISIS na Síria – exceto, claro, quando o ISIS atacasse o governo de Assad, caso em que não fazíamos coisa alguma, apesar de todos os ultrajados discursos de Hilary Benn sobre fascismo pré-guerra. Condenaremos Blair, o desgraçado, mas não pense que alguma coisa mudou nos seis anos queSir John levou para escrever seu tomo de proporções bíblicas.

E aí está o problema. Quando Blair pode dizer, como disse no momento em que o Relatório Chilcot foi publicado, que [o relatório] “deveria ter evitado acusações [sic] de má fé, mentiras e calúnias” – sem que o povo se levante nas ruas contra a má fé, as mentiras e calúnias do próprio Blair – nesse caso pode-se ter certeza que seus sucessores continuarão a ludibriar o povo mais e mais vezes, sem parar. Afinal, qual a diferença entre as Armas de Destruição em Massa (ADMs) iraquianas que não existem; os ‘alertas’ de 45 minutos, todos falsos; 70 mil “moderados” sírios inexistentes e o fim (inventado) do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha (NHS) se o país deixasse a União Europeia?

Há muitas versões – e citações erradas – do que disse aquele mais cínico dos propagandistas nazistas, Joseph (“quanto maior a mentira, melhor”) Goebbels, mas é impossível não se sentir tocado por algumas das observações dele. “O segredo essencial da liderança britânica não depende de qualquer inteligência especial” – escreveu Goebbels em 1941. “Depende, isso sim, de notável, impenetrável estupidez. Os britânicos seguem o princípio de que suas mentiras têm de ser sempre mentira gigantesca; e a mentira vale para sempre, ninguém jamais se desmente. Os britânicos mantêm as mentiras deles, mesmo ao risco de se mostrarem ridículos.”

O mais assustador dessas palavras não é aquele tempo de guerra passada de que falava Goebbels, nem a evidência de que Churchill (alvo real do comentário do alemão) realmente mentiu. Dada a luta contra o nazismo – e apesar do que disse Churchill, que a verdade, em tempo de guerra, tem de ser protegida por uma escolta de mentiras –, os britânicos mantiveram uma habilidade virtuosa no conflito 1939-45 de dizer a verdade, até quando uma pitada de enganação Blairista teria bastado para encobrir as derrotas britânicas. Não. O mais assustador é que as palavras de Goebbels aplicam-se muito dolorosamente aos políticos britânicos de hoje.

Quem dos nossos conhecidos, depois do relatório, insiste em manter as próprias grandes mentiras, ao risco de se mostrar ridículo? Temo horrivelmente que homens pequenos que se metem a andar com salto alto – que realmente acham que seriam Churchill e levam o país à guerra – estão mentindo as mesmas mentiras das quais seus ancestrais políticos foram, em grande parte, inocentes. Talvez a chave para compreender tudo isso esteja no argumento de Sir John, para quem Blair confiou demais nas próprias “crenças” – seja lá o que se oculte nessa palavra perigosa – e na opinião de outros.

Blair assume a responsabilidade

Por isso pode nos dizer – e disse-me, a mim, enquanto eu chegava pelo deserto sírio à cidade de Palmyra e até onde chegaram as práticas vis dos autores do desastre iraquiano que Blair ajudou a criar – que “não creio [que a remoção de Saddam Hussein] seja a causa do terrorismo que vemos hoje no Oriente Médio ou noutros pontos do mundo”. Toda essa duplicidade, é claro, é para ser parte do “debate total” que Blair agora ameaça, como resultado do relatório Chilcot.

Blair diz que dará – Deus nos livre e guarde! – “todas as lições que creio que futuro líderes devem aprender de minha experiência”. Mas Blair não precisa nos entediar outra vez com suas mentiras. Elas já foram incorporadas por Dave “70 mil moderados” Cameron e os caras do Brexit que agora se autodestroem cercados das próprias mentiras que contam – e que podem afinal conseguir precisamente tudo que Goebbels sempre quis para esse país: o fim do Reino Unido.

Nesse contexto, o relatório Chilcot nem é tanto um maciço trabalho de investigação dos pecados que nos levaram para a guerra em 2003, mas apenas outro capítulo na história da inabilidade dos britânicos para controlar um mundo no qual relações públicas de políticos britânicos ameaçam o próprio povo, com desprezo; matam seus próprios soldados; e massacram centenas de milhares de estrangeiros, sem qualquer remorso real.

* Publicado originalmente no jornal The Independent. Tradução de Vila Vudu.



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14
Jul16

14 de Julho de 1789: Revolução Francesa. Tomada da Bastilha.

António Garrochinho

Os habitantes de Paris revoltam-se e assaltam a prisão, libertando os presos políticos. Começa a queda do Antigo Regime

Os parisienses exasperados pelas restrições e o imobilismo do rei Luis XVI revoltam-se. À procura de armas, invadem  o Hôtel des Invalides e depois  dirigem-se à prisão da Bastilha. O governador De Launay que possui as chaves da fortaleza é forçado a entregá-las aos insurgentes. Todavia, certos revolucionários conseguem atravessar as muralhas e De Launay ordena que se abra fogo. Mais de 80 parisienses são mortos. No final da tarde, o governador capitula e uma hora mais tarde é fuzilado. A tomada da Bastilha em 14 de Julho de 1789 assinala o ponto de partida da Revolução Francesa, uma década de distúrbios políticos e terror, em que o rei Luis XVI foi destronado e dezenas de milhares de pessoas inclusive a sua mulher Maria Antonieta foram executadas na guilhotina. O símbolo do arbítrio real cai. O Antigo Regime vai chegando ao fim.

A Bastilha foi originalmente construída em 1370 como uma fortificação para proteger as muralhas de Paris contra um ataque dos ingleses. Transformou-se mais tarde numa fortaleza independente e o seu nome “bastide” foi mudado para Bastille. A Bastilha foi utilizada primeiramente como prisão estatal no século XVII e as suas celas foram reservadas para os delinquentes das classes abastadas, para os agitadores políticos e para os espiões. A maioria dos prisioneiros estava ali sem que houvesse um julgamento sob ordens directas do rei. Medindo 35 metros de altura e rodeada por um fosso de quase 3 metros de largura, a Bastilha mostrava-se como uma imponente estrutura no panorama urbano de Paris. 


Por ocasião do Verão de 1789, a França movia-se rapidamente em direcção à revolução. Ocorreu severa escassez de alimentos naquele ano e o ressentimento popular contra o governo do rei Luis XVI transformara-se em verdadeira fúria. Em Junho, o Terceiro Estado que representava a plebe e o baixo clero, declara-se em Assembleia Nacional e clama pela redacção de uma constituição. Inicialmente parecendo ceder, Luis XVI legaliza a Assembleia Nacional porém cerca Paris de tropas e demite Jacques Necker, um ministro de Estado popular que defendia abertamente as reformas. Em resposta, multidões começam a manifestar-se nas ruas de Paris comandadas por líderes revolucionários.

Bernard-Jordan de Launay, o governador militar da Bastilha, temia que a sua fortaleza pudesse ser alvo dos revolucionários, tendo solicitado urgentes reforços. Uma companhia de soldados mercenários suíços chegou em sete de Julho a fim de reforçar a sua guarnição de 82 soldados. O Marquês de Sade, um dos poucos prisioneiros da Bastilha à época, foi transferido para um asilo de loucos após a tentativa de incitar uma pequena multidão que se encontrava em frente à sua janela ao gritar: "Estão a massacrar os prisioneiros; vocês precisam vir e libertá-los." Em 12 de Julho, as autoridades reais transferiram 250 barris de pólvora para a Bastilha do Arsenal de Paris, que era muito vulnerável ao ataque. Launay trouxe os seus homens para dentro da Bastilha, erguendo as duas pontes levadiças.

Em 13 de Julho, revolucionários empunhando mosquetes começaram a atirar aos soldados que montavam guarda às torres da Bastilha e procuraram abrigar-se no pátio da fortaleza quando os homens de Launay passaram a responder. Naquela noite, multidões irromperam no Arsenal de Paris e outro depósito de armas e tomaram milhares de mosquetes. Ao amanhecer de 14 de Julho, uma grande multidão armada de mosquetes, espadas e diversas armas improvisadas começou a reunir-se em torno da Bastilha.

Launay recebeu uma delegação de líderes revolucionários, porém recusou-se a entregar a fortaleza e as suas munições como lhe era exigido. Mais tarde recebeu uma segunda delegação e prometeu não abrir fogo contra a multidão. Para convencer os revolucionários, mostrou-lhes que os canhões não estavam carregados. Ao invés de acalmar a agitada multidão, a notícia de que os canhões não estavam activos encorajou um grupo de homens a escalar o muro externo, chegar ao pátio interno e baixar a ponte levadiça. Trezentos revolucionários invadiram a fortificação. Os soldados de Launay assumiram uma posição defensiva. Quando a multidão começou a tentar baixar a segunda ponte levadiça, Launay ordenou que os seus homens abrissem fogo. Cerca de 100 manifestantes morreram ou ficaram feridos.

Num primeiro momento, o contingente de Launay mostrou-se capaz de conter e afastar a multidão, contudo mais e mais parisienses convergiam para a Bastilha. Cerca de 3 horas da tarde, chega uma companhia de desertores do exército francês. Os soldados, ocultados pela cortina de fumo de uma fogueira alimentada pelos manifestantes, posicionaram cinco canhões e assestaram como alvo a Bastilha. Diante da circunstância, Launay ergueu uma bandeira branca de rendição numa haste da fortaleza. Launay e os seus homens foram feitos prisioneiros, a pólvora e os canhões foram tomados e os sete prisioneiros da Bastilha, libertados. Ao chegarem ao Hotel de Ville, onde a prisão de Launay deveria ser ditada por um conselho revolucionário, o governador da Bastilha foi afastado dos seus acompanhantes por gente do povo e morto.

A Tomada da Bastilha simboliza o fim do Antigo Regime e proporcionou à causa dos revolucionários franceses um irresistível momento. Apoiados pela esmagadora maioria do exército francês, os revolucionários assumiram o controlo de Paris e a partir daí dos arredores, forçando o rei Luís XVI a aceitar um governo constitucional. Em 1792, a monarquia foi abolida e Luís XVI e sua mulher Maria Antonieta foram levados à guilhotina por traição em 1793.

Por ordem do novo governo revolucionário, a Bastilha foi derrubada. Em 6 de Fevereiro de 1790, a última pedra da odiada prisão-fortaleza foi apresentada à Assembleia Nacional. Actualmente, - o dia 14 de Julho – dia da Queda da Bastilha – é celebrado como o maior feriado de França. 

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

  Tomada da Bastillha  por Jean-Pierre Houël

Prisão do governador da Bastilha Jean-Baptiste Lallemand

"É assim que vingamos os traidores" Gravura de 1789 que mostra os soldados que transportam as cabeças dos responsáveis pela Bastilha, entre eles o Marquês de Launay
14
Jul16

14 de Julho de 1858: Nasce a feminista britânica Emmeline Pankhurst, precursora da luta pelos direitos das mulheres.

António Garrochinho


Sufragista e feminista britânica, Emmeline Goulden Pankhurst, apesar de ter nascido numa Inglaterra governada ferreamente por uma mulher, a rainha Vitória, logo na juventude deparou e indignou-se com as injustiças e desigualdades para com o sexo feminino no seu país e no mundo inteiro. Nascida em 1858, em Manchester, a mais famosa das sufragistas (alcunha maliciosa dada pelo Daily Mail para ridicularizar o movimento feminista a favor do voto das mulheres) bem jovem começou a pugnar pelo direito à liberdade das mulheres, confinadas num mundo dirigido por homens e envolto em conceitos morais injustos e discriminatórios de mais de metade da população do mundo. Não era assim apenas na velha Inglaterra vitoriana, mas por toda a Europa e América, sem referir os outros continentes. 

Em 1879, Emmeline Goulden junta ao seu nome o apelido de Pankhurst, por via do seu casamento com Richard Marsden Pankhurst, advogado inglês e amigo da causa feminista inglesa, pois foi o autor do primeiro projeto de lei sobre o voto das mulheres (pouco antes de se casar) e das leis sobre a propriedade das mulheres casadas (1870 e 1882). Com ele fundou, em 1889, a Liga para o Voto das Mulheres, organismo que se tornaria fulcral para a luta das sufragistas. Deste casamento nasceram três novas intransigentes sufragistas: Christabel Harriette (1880-1958), grande companheira de luta da mãe, Sylvia (1882-1960) e Adela (1885-1961). A primeira incitou a mãe para a politização do movimento sufragista, com a criação da União Política e Social das Mulheres, em 1903. As mais novas foram ainda mais radicais que Emmeline e Christabel, marxizando de certa forma o sufragismo feminista e assumindo uma postura ainda mais radical e ativa.

Entretanto, Emmeline tinha já militado no Partido Liberal e depois no Partido Trabalhista Independente (entre 1892 e 1918), formações políticas onde não deixou de lutar pelo direito ao voto das mulheres. Esta luta manteve-se de forma pacífica até à fundação da referida Liga para o Voto das Mulheres. Mas assim que esta se revela incapaz de alcançar os seus objetivos pela via política, Emmeline, acompanhada de suas filhas (seu marido, Richard, tinha falecido em 1898), passa à ação direta e radicaliza as suas formas de luta, com ações públicas de grande impacto junto da população. Esta opção ganhou forma a partir de 1906, quando o governo britânico (do Partido Liberal) recusou a concessão do direito de voto às mulheres, depois de negociações entre Emmeline e o primeiro-ministro. As violentas ações públicas desencadeadas por Emmeline acabaram, todavia, por conduzi-la à prisão, situação que ocorreu por cinco vezes entre 1908 e 1914.

Em 1914 foi para os Estados Unidos, onde assumiu uma outra luta, a da causa dos Aliados na Primeira Guerra Mundial. Depois dos EUA, foi viver para o Canadá, em 1919, aí permanecendo até 1926. Não pôde, assim, assistir no seu país natal a uma vitória importante do movimento das sufragistas, que ela lançara: a concessão, em 1918, do direito de voto para as mulheres britânicas com mais de 30 anos.

Em 1926, Emmeline Pankhurst regressa a Inglaterra, candidatando-se pelo Partido Conservador à Câmara dos Comuns. Veio a falecer dois anos mais tarde, em 1928. Ironicamente, nesse mesmo ano de 1928, o direito de voto feminino estendia-se às cidadãs com mais de 21 anos de idade, em plano idêntico ao dos homens. Oito anos depois dos EUA e cerca de vinte anos antes da França (em Portugal, apenas em 1969), a luta de uma vida de Emmeline Pankhurst frutificava através da universalização plena do direito de voto, não mais confinado exclusivamente aos homens. A luta das sufragistas, de que Emmeline se tornou o seu maior ícone, não era mais do que o rosto do próprio feminismo em si e de todas as suas reivindicações, desde a defesa do controlo da natalidade, ao problema do divórcio e ao direito de propriedade e administração  dos bens e guarda dos filhos menores por mulheres casadas. Emmeline Pankhurst ofereceu a sua vida, a sua liberdade, e não desdenhou nunca o contacto físico com as autoridades, a irreverência verbal ou as montras partidas, o que a tornou uma figura invulgar do seu tempo. Muitas outras mulheres lhe seguiram o exemplo, desde as suas próprias filhas a Rosa Luxemburgo, Olympe de Gouges, Mary Wollstonecraft, Simone de Bouvoir, Sojourner Truth, Shulamith Firestone, Catherine Mackinnon ou, em Portugal, Elina Guimarães e Maria Lamas, para não nos esquecermos também, noutro plano, de Adelaide Cabete ou até Carolina Michaelis.

Emmeline Pankhurst. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. 
wikipedia (Imagens)

Arquivo: Emmeline Pankhurst2.jpg
Emmeline Pankhurst (c.1913)

Arquivo: Grã-Bretanha antes da Primeira Guerra Mundial Q81486.jpg
Emmeline Pankhurst é presa pela polícia quando tentava entregar uma petição ao rei Jorge V - 1914
Arquivo: sufragistas, Inglaterra, 1908.JPG

Uma reunião de sufragistas em  Caxton Hall, Manchester, Emmeline Pethick-Lawrence e Emmeline Pankhurst encontram-se  no centro da plataforma
14
Jul16

O CAPITALISMO, O IMPERIALISMO, O FASCISMO

António Garrochinho

TEMOS QUE COMPREENDER QUE NÃO É FÁCIL DISSIPAR , ERRADICAR,MESMO QUE HAJA VONTADE DE O FAZER POR PARTE DE ALGUNS CIDADÃOS SISTEMAS CRUÉIS E CRIMINOSOS COMO O NAZISMO ALEMÃO E FASCISMO ITALIANO.
A SEMENTE MALIGNA FICA SEMPRE LÁ E É DIVULGADA PELOS SAUDOSISTAS DO PODER E POR AQUELES QUE NÃO RESPEITAM O SER HUMANO.
AS BESTAS, OS ASSASSINOS HOJE VESTEM OUTRAS ROUPAGENS E NÃO DESISTEM DOS SEUS DESEJOS REPRESSIVOS PERANTE OS QUE NÃO SE CULTIVAM E NÃO SE ORGANIZAM.
OS MEDIA SÃO HOJE INFELIZMENTE UM INSTRUMENTO DE PROPAGAÇÃO DE ÓDIO AO SERVIÇO DE CRÁPULAS, GATUNOS E EXPLORADORES SEM ESCRÚPULOS.
A SOLUÇÃO É O ALERTA CONSTANTE, A DENÚNCIA E A LUTA PARA QUE TAIS CRIMES NÃO SE POSSAM REPETIR NA HUMANIDADE.
A LUTA POR LIBERDADE E JUSTIÇA NUNCA TERMINARÁ.

António Garrochinho
14
Jul16

14 de Julho de 1933: É promulgada , pelos nazis, a lei para a esterilização forçada de pessoas com doenças consideradas hereditárias

António Garrochinho


No dia 14 de Julho de 1933, os nazis aprovaram uma lei para a esterilização forçada de pessoas com doenças consideradas hereditárias, para que não as passassem aos filhos. Mais tarde, passaram a executar os deficientes.

Já poucos meses após a chegada de Hitler ao poder, o regime nazi impunha uma lei que abria caminho para a ideia de uma sociedade formada por uma "raça superior", na qual pessoas "doentes" e "fracas" não tinham lugar. A lei para a prevenção de doenças hereditárias ("Erbgesundheitsgesetz") foi aprovada pelo Reichstag (parlamento) em Berlim em 14 de Julho de 1933.

Os defensores da eugenia, ciência da "melhoria" das especificidades genéticas do ser humano, saudaram esta lei, que impedia a "multiplicação" de seres supostamente "inferiores". Entre os alvos da lei estavam, por exemplo, portadores de esquizofrenia, cegueira, deformidades físicas e surdez hereditárias. A lista também incluía pessoas com deficiência no desenvolvimento mental e dependentes de álcool.

A médica e historiadora Christiane Rothmaler pesquisa a história das esterilizações forçadas sob o regime nazi na Alemanha. Segundo ela, a eugenia já vinha sendo discutida desde o século XIX.

Segundo ela, já naquela época a biologia hereditária era considerada um assunto muito sério. Também os médicos aplaudiram a lei, que permitia realizar um antigo sonho da genética: o sonho de uma sociedade perfeita, sem "elementos inferiores", assinala Rothmaler.

Milhares de pessoas supostamente com doenças hereditárias passaram a ser esterilizadas. Acima de tudo, "problemas natos no desenvolvimento mental" passaram a ser a justificação para o regime livrar-se de pessoas "indesejadas": prostitutas, criminosos ou mesmo pessoas simples que não conseguiam atender às exigências da sociedade e, portanto, eram consideradas "problemáticas".

Rothmaler conta que, muitas vezes, estas pessoas dependiam de assistência pública. Por isso, havia muitas informações sobre elas nas actas médicas.

Nesta altura os cientistas ainda não dispunham de conhecimentos profundos sobre doenças hereditárias. "Havia uma ideia de como determinadas características genéticas são passadas de geração em geração, como a cor dos cabelos. Mais tarde  acreditou-se poder identificar traços do carácter", explica a pesquisadora.

Para a análise dos processos, foram criados tribunais específicos em toda a Alemanha. Um jurista e dois médicos decidiam a esterilização. Atestados médicos deveriam ressaltar a necessidade da intervenção. "A onda de denúncias foi tão grande que os tribunais mal podiam dar conta", diz Rothmaler. No começo, ainda se tentou analisar as queixas, mas à medida que a guerra se aproximava, os processos tornara-se uma farsa.

"Quando era decidida a esterilização, os atingidos tinham três opções: aceitar o procedimento, entrar com recurso ou entrar para a clandestinidade", explica. As apelações raramente eram atendidas e os fugitivos eram capturados pela polícia. Para a maioria, não havia saída: costumavam ser encontrados.

As esterilizações eram praticadas em hospitais de todo o país. Mesmo jovens de 14 anos – ou em casos extremos crianças menores – podiam ser submetidos ao procedimento. Pesquisadores acreditam que, até 1945, 400 mil pessoas tenham sido vítimas da lei no território controlado pelos nazis. Seis mil pessoas teriam morrido em consequência de complicações após a intervenção.

"A doentes incuráveis… [pode] ser concedida a morte por misericórdia", escreveu Adolf Hitler em 1 de Setembro de 1939, data do início da Segunda Guerra Mundial. Isso iniciaria uma fase ainda mais cruel da eugenia nazi: o assassinato de "vidas inferiores".

A eutanásia – palavra grega que significa literalmente "boa morte" – passou a ser usada para matar doentes mentais e pessoas com deficiência. As vítimas eram consideradas um peso para a sociedade, pelas quais supostamente não se podia fazer mais nada. "O que não podemos curar, nós destruímos, pensavam os médicos envolvidos", explica Christiane Rothmaler.

Médicos e pessoal de enfermagem também foram acusados de seleccionar e executar vítimas indefesas. Na chamada operação "T4", em alusão à sede da instituição responsável pela eutanásia nazi, na rua Tiergartenstrasse 4, em Berlim, 70 mil pessoas foram mortas com injecções letais ou em câmaras de gás até Agosto de 1941. Protestos da Igreja levaram à suspensão das execuções. Até ao final da guerra, no entanto, crianças e adultos continuariam a ser vítimas de eutanásia, mas o procedimento não era nem propagado nem realizado de forma tão aberta.



A Alemanha não foi o único país que teve esterilização forçada. Esta prática também já aconteceu na Suécia e nos Estados Unidos. Só nos EUA, no século passado, cerca de 60 mil pessoas foram esterilizadas à força. Mas o assassinato planeado de pessoas doentes e deficientes aconteceu apenas na Alemanha nazi.

Fontes: DW
wikipedia (imagens)
Wir stehen nicht allein:("nós não estamos sós").Cartaz de propaganda nazi de 1936. Exibe bandeiras de países que, naquele momento, adoptavam leis de esterilização compulsiva (esquerda) e de países que consideravam criar legislações semelhantes (abaixo, direita)
Propaganda alemã para o programa de eugenia T4
14
Jul16

Artesanato é a principal atração da Feira Popular de Loulé até ao próximo domingo

António Garrochinho




Abriu ontem e prolonga-se até domingo, 17 de julho, no Largo do Tribunal de Loulé, a Feira Popular de Loulé, que integra a XXV Feira de Artesanato “Saberes e Sabores, Artes e Tradição”.
Inspirado no certame que nos anos de 1946 e 1952 animou a antiga Quinta do Pombal (hoje Parque Municipal de Loulé), com assinalável êxito, esta Feira Popular de Loulé é uma iniciativa da Câmara Municipal que pretende reavivar um antigo evento de beneficência e oferecer à cidade e aos seus habitantes uma opção diversificada de entretenimento e animação nas noites quentes de Verão.
Prosseguindo o objetivo de divulgar o artesanato regional e promover os artesãos e produtores locais, o certame constitui igualmente um ponto de encontro para todos aqueles que valorizam as várias formas de expressão artesanal.
Assim, para além do artesanato tradicional, onde se destacam os artigos em palma, sisal, os bonecos de pano e madeira, as rendas e bordados, a cerâmica, a olaria, as artes decorativas, a feira possuí também expositores que trazem à cidade os ricos e saborosos produtos agroalimentares do interior do Concelho.
Como sempre, os artesãos vão estar a trabalhar ao vivo para que os visitantes possam ver a execução dos produtos exclusivos que também podem ser adquiridos no local.
Paralelamente, o evento oferece ao visitante a oportunidade de apreciar os sabores da cozinha tradicional algarvia nas diversas tasquinhas existentes no local, bem como desfrutar de um espetáculo de folclore ou música tradicional portuguesa, num programa de animação musical diário.
Assim, no dia 13, a partir das 20h30, haverá um desfile e danças com o Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé. Às 22h00, haverá um espetáculo com a fadista Joana Amendoeira.
Flor de Sal (21h00) e Os Centelha (22h00) são as propostas para o dia 14. No dia seguinte, o Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé promove um workshop de danças às 20h30, enquanto que a partir das 21h30 haverá um baile com o Grupo Bailasons.
No sábado, 16 de julho, realiza-se o 39º Festival do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil de Loulé “Ecos do Passado”, em que participam, para além dos anfitriões, o Rancho Típico de Mira – Os Barqueiros do Mondego (Coimbra), o Grupo Folclórico Os Pescadores da Costa da Caparica, o Rancho Regional de Fafel e o Grupo Coral Bafos de Baco (Cuba).
O programa musical encerra com a atuação dos Irmãos Verdade, às 22h00 do dia 17.
As crianças também não serão esquecidas neste certame e, para além do tradicional carrossel, os mais novos terão outros pontos de diversão a piscina das boias, o insuflável, a parede de escalada e a tenda de animação infantil a cargo da Casa da 1ª Infância, com atividades diárias.
A Feira é de entrada livre e funciona das 20h00 às 00h00.

planetalgarve.com

14
Jul16

GLORIOSO SLB HOJE NO ESTÁDIO DO ALGARVE

António Garrochinho

BENFICA
Reforços para ver hoje em ação frente ao V. Setúbal



Hoje, a partir das 20.30 horas, no Estádio do Algarve, os adeptos do Benfica poderão ver pela primeira vez em ação a nova versão da equipa tricampeã nacional, em jogo da Algarve Cup, contra o V. Setúbal.

Os reforços Carrillo, Cervi, Kalaica, André Horta, Benítez, Zivkovic e Celis estão entre os escolhidos de Rui Vitória, tendo por isso a primeira oportunidade de mostrar qualidades.

14
Jul16

NA PROCURA DE NOVOS TACHOS, OS FACHOS NÃO SE ENTENDEM - Deputado do CDS deixa o Parlamento em ruptura com Cristas

António Garrochinho
Abel Baptista, na foto ao lado do ex-ministro Nuno Crato, deixa o parlamento em Setembro

 Abel Baptista em rota de colisão com Assunção Cristas

O deputado do CDS-PP Abel Baptista já entregou o pedido de renúncia ao mandato e vai abandonar todos os cargos no partido depois de ter entrado em rota de colisão com a líder do partido, Assunção Cristas.

Abel Baptista discordou da decisão de Cristas relativamente à escolha do candidato à Câmara Municipal de Ponte de Lima nas próximas autárquicas de 2017. O deputado e dirigente distrital de Viana do Castelo tinha a expectativa de ser o escolhido para cabeça de lista, mas um estudo interno apontou o actual presidente da Câmara, Vítor Mendes, como o mais bem posicionado na corrida eleitoral.

A decisão de Assunção Cristas, que foi dada como irreversível, levou Abel Baptista a pedir a renúncia ao mandato de deputado, que terá efeitos a partir de 15 de Setembro, data do final da primeira sessão legislativa. Será substituído pelo nome indicado pelo CDS que se seguia na lista da coligação PSD/CDS, Isilda Araújo Novo.  

Com 23 anos de vida partidária e 11 como deputado, Abel Baptista vai abandonar todos os cargos que mantinha no partido: membro da Comissão Política Nacional, presidente da distrital de Viana do Castelo e líder da concelhia de Ponte de Lima. O centrista foi vereador em Ponte de Lima (e é actualmente em Monção), foi presidente da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, e presidiu à comissão parlamentar de Educação na anterior legislatura. Actualmente é secretário da mesa da Assembleia da República. A partir de Outubro, regressará ao seu lugar de técnico superior na Câmara Municipal de Lamego.

Contactada pelo PÚBLICO, Assunção Cristas lembrou ter acompanhado de perto o trabalho do deputado, primeiro como colega na bancada e depois como ministra de Agricultura, área que Abel acompanhou. “A minha palavra é de elogio, fez um trabalho de grande empenho e de grande profissionalismo”, disse.

No processo de sucessão de Paulo Portas, em Janeiro deste ano, Abel Baptista fez parte do grupo inicial que preparou a moção que seria a de apoio à candidatura de Nuno Melo à liderança do partido. Como o eurodeputado desistiu, Abel Baptista aceitou integrar a Comissão Política Nacional de Cristas. O mesmo grupo acabou por apresentar uma lista alternativa à da única candidata e que era liderada por Filipe Lobo d’Ávila.

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