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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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17
Jul16

NO CORAÇÃO DAS TREVAS, AS GRANDES INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS, E NÓS À PROCURA DA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL COMO SAÍDA PARA A CRISE? IMPOSSÍVEL – 6. O NEOLIBERALISMO, TERÁ ELE SIDO SOBREVALORIZADO? – por JONATHAN D. OSTRY, PRAKASH LOUNGANI e DAV

António Garrochinho

By joaompmachado / 17 de Julho de 2016 / Economia, Finanças, Política



Uma série sobre o caminho da agonia do capitalismo


CHILE




O neoliberalismo, terá ele sido sobrevalorizado?



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Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani, and Davide Furceri, Neoliberalism: Oversold?

International Monetary Fund, Finance & Development, June 2016, Vol. 53, No. 2

(CONCLUSÃO)



A dimensão do Estado

Reduzir o tamanho do Estado é outro objectivo da agenda neoliberal. A privatização de certas missões  governamentais é uma maneira de atingir este objectivo. O outro objectivo é o  de  limitar as despesas públicas do governo através da redução dos défices orçamentais e de limitar  a capacidade dos governos para se endividarem . E a  história económica nas últimas décadas oferece muitos exemplos de tais restrições, como o limite da  dívida em 60% do PIB, imposto aos países que querem aderir à zona euro (que é um dos critérios de Maastricht).

A teoria económica dá pouca indicação quanto ao  nível ideal da dívida pública. Algumas teorias justificam níveis mais elevados de dívida ( uma vez  que a tributação cria  distorções ) e outros preferem níveis inferiores  e mesmo negativos (pois que os choques adversos apelam à  existência de poupança de precaução). Nalgumas das recomendações de política orçamental, o FMI preocupa-se especialmente sobre a velocidade a que os governos reduzem os seus défices  e os seus níveis de endividamento na   sequência da  acumulação de dívida nas economias avançadas induzida pela crise financeira global.  Um desendividamento  muito lento perturba os  mercados. Um desendividamento rápido demais   pode inviabilizar a retoma da economia.  Mas o FMI também defendeu os reembolsos parciais a médio prazo em muitos países desenvolvidos e emergentes, principalmente para evitar novos choques…

Existem boas razões, para países como a Alemanha, o Reino Unido ou os EUA  quererem reduzir a  sua dívida pública? Dois argumentos jogam a favor do  reembolso da dívida em países com uma larga base fiscal  e onde o risco de crise financeira é baixo. O primeiro argumento é que, embora as recessões grandes tais como a Grande Depressão dos anos 1930 ou a crise financeira mundial da última década sejam  raras, é útil, para quando estas ocorrem, terem-se  aproveitado os períodos faustos para reembolsar a dívida. O segundo argumento baseia-se na ideia de que a dívida elevada é uma coisa má   para o crescimento e que, portanto, é essencial  reduzir a dívida para criar uma base sólida para promover o crescimento .

É verdade que muitos países (como os países do Sul da Europa) devem praticar a consolidação orçamental, especialmente porque os mercados não lhes permitirão continuarem  a endividarem-se se assim não fizerem. No entanto,  a necessidade de “austeridade” em alguns países, não significa que esta seja uma necessidade em todos eles. Assim, a circunspecção face à aplicação de uma política única para todos é plenamente justificada.  Os mercados geralmente imputam uma  muito baixa probabilidade de crise da dívida em países que têm uma forte reputação de responsabilidade financeira (Mendoza e Ostry, 2007). Uma tal  reputação dá-lhes  a latitude para decidir não aumentar os impostos ou para não reduzir as despesas produtivas, quando o nível de endividamento é alto (Ostry et al., 2010;) Gosh e outros, 2013). E para os países com fortes antecedentes, o benefício de uma redução da dívida para evitar uma crise financeira futura prova-se ser  excepcionalmente baixo, mesmo se os seus níveis de dívida são altos. Por exemplo, movendo-se de um rácio da dívida de 120 por cento do PIB para 100% do PIB durante alguns  anos permite apenas uma pequena redução do risco de crise para os países (Baldacci et al., 2011).

Mas mesmo que o benefício seja baixo, isso, no entanto, poderia  ser útil se o custo também for  baixo. Acontece  que o custo pode ser significativo – muito mais do que o benefício obtido.  A razão é que, para chegar a um nível de endividamento mais baixo, os impostos devem ser aumentados temporariamente ou as despesas públicas serem reduzidas e às vezes ambas as coisas ao mesmo tempo. Os custos  do aumento de  impostos ou dos cortes nas despesas necessárias para o desendividamento podem ser muito maiores do que a diminuição do risco  de crise  permitido pela redução da dívida (Ostry, Gosh e Espinoza, 2015). Isso não significa que se deva considerar que   uma dívida alta não tem nenhuma incidência sobre o crescimento e sobre o bem-estar. Claro, isso tem desvantagens. Mas a questão essencial reside na ideia de que o custo de uma dívida mais elevada (o chamado fardo da dívida) é o que já ocorreu e que já não pode ser recuperado. É um custo irrecuperável.

Confrontados  com a escolha de viver com uma dívida elevada  – deixando que a redução da dívida seja feita organicamente pelo   crescimento – ou então utilizar deliberadamente os  excedentes orçamentais para a redução da dívida, os  governos com  uma larga base de impostos fariam  melhor em  aceitar   viver com a sua dívida. Porque as políticas de austeridade tem custos sociais significativos, degradam o  emprego  e agravam o desemprego.

A ideia que a consolidação orçamental possa gerar  crescimento (ou seja aumentar a produção e o volume de emprego), aumentando a confiança do sector privado e o investimento, foi defendida nomeadamente pelo economista de Harvard Alberto Alesina no mundo universitário e pelo antigo presidente do Banco central europeu Jean-Claude Trichet na arena política. Contudo, na prática, os episódios de consolidação orçamental foram mais seguidos por períodos de fraco que de forte crescimento. Em média, uma redução da dívida de 1% do PIB aumenta a taxa de desemprego a longo prazo de 0,6% e as desigualdades de rendimentos medidas pelo coeficiente de Gini em  1,5% (Baile e outro, 2013).

Em suma, as vantagens das políticas neoliberais  parecem ter sido um pouco  exageradas. No caso da abertura financeira, certos fluxos de capitais, tal como o investimento directo estrangeiro, parecem gerar  as vantagens esperadas. Mas  com outros fluxos, em especial os fluxos de capitais de  curto prazo, os benefícios sobre o crescimento são difíceis de obter, enquanto que os riscos em termos de volatilidade e o  risco acrescido de crise  estão muito presentes. No caso do saneamento orçamental, os custos a curto prazo devidos à baixa da produção, à diminuição do bem-estar e ao aumento do desemprego foram minimizados. E subestimou-se a possibilidade de manter  rácios de dívida elevados se a base fiscal o permitir,  porque esta dívida reduzir-se-á de ele mesma com o crescimento.

Um efeito desfavorável

Por outro lado, como a abertura internacional e a austeridade estão associados a uma crescente desigualdade de rendimento, isto induz um efeito de arrasto  negativo. O aumento da desigualdade resultante da austeridade e da abertura financeira poderia travar este crescimento e quando este é o verdadeiro objectivo que o neoliberalismo pretende precisamente  estimular. No entanto há agora provas sólidas de que a desigualdade pode diminuir  e em simultâneo tanto o nível como a solidez do crescimento  (Ostry, Berg e Tsangarides,) 2014.

A prova dos danos económicos criados pela desigualdade sugere que aqueles que decidem das políticas económicas a serem praticadas  deveriam estar  mais abertos à  redistribuição do rendimento  do que têm estado até agora. Claro, além da redistribuição, as políticas poderiam ser projectadas para atenuarem  alguns dos efeitos negativos gerados a montante como,  por exemplo, através do aumento das despesas na educação e de  formação que, por sua vez, aumentam a igualdade de oportunidades antecipadamente pelos seus próprios   impactos (a isto chamam-se condições de pré-distribuição). Enquanto isso, a consolidação orçamental, quando é  necessária, poderia ser projectada para minimizar o impacto negativo sobre os rendimentos mais baixos. Por outro lado, em certos casos, os efeitos adversos da desigualdade devem ser corrigidos logo que apareçam  usando os impostos  e as despesas  públicas   para redistribuir a riqueza. Por sorte,  o medo de que tais políticas possam em si-mesmas  prejudicar o crescimento é sem fundamento (Ostry, 2014).

Encontrar o equilíbrio

Tudo isto sugere a necessidade de sermos mais cuidadosos na quantificação dos benefícios do neoliberalismo. O FMI, que supervisiona o sistema monetário internacional, tem estado na vanguarda desta revisão. Por exemplo, o antigo chefe economista Olivier Blanchard tem declarado desde  2010: “um saneamento e  uma credível consolidação orçamental de médio prazo são uma necessidade  em muitas economias avançadas, mas não o seu estrangulamento actual. Três anos mais tarde, o director geral do FMI Christine Lagarde, disse que o Congresso dos EUA tinha razão em  aumentar o tecto da dívida do país “porque não se deve contrair  a economia, reduzindo  acentuadamente  as despesas públicas  enquanto que a economia está a recuperar “. Em 2015, enfim,  o FMI indicou que os países da zona euro “que têm margem de manobra orçamental  devem utilizá-la  para apoiar o investimento”.

A opinião do FMI  também mudou quanto à sua concepção dos efeitos da liberalização do capital – passou-se de uma hostilidade inicial a uma melhor aceitação dos controles sobre os movimentos de capitais para lidar com a volatilidade dos fluxos de capital. O FMI reconhece que a liberalização total dos fluxos de capital não é sempre um objectivo  final adequado e que uma liberalização continuada  não é benéfica  e é mesmo um  pouco arriscada a menos que os  países tenham atingido certos limiares de desenvolvimento financeiro e institucional.

A  experiência pioneira do Chile com o neoliberalismo recebeu então os elogios do Prémio Nobel Milton Friedman, mas muitos economistas defendem hoje uma  perspectiva  mais matizada como a que apresenta o Professor Joseph Stiglitz (ele mesmo um prémio Nobel), a de que o Chile “é um exemplo de sucesso da articulação  dos mercados com uma regulamentação apropriada (2002). Stiglitz observou que, nos primeiros anos da  sua marcha para o neoliberalismo, o Chile impôs  “controlos sobre os fluxos de capital, a fim de não ser por eles inundado”, como aconteceu uma década e meia mais tarde no primeiro país da crise asiática, a Tailândia. A experiência chilena e outras mais sugerem que nenhuma agenda rígida proporciona  bons resultados em todos os momentos e em todos os lugares. Os decisores das políticas económicas que têm vindo a ser aplicadas e as Instituições que os aconselham como o FMI, devem ser  guiados  não pela  ideologia, mas pelas provas tangíveis  do que realmente funciona.

Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani, and Davide Furceri, Neoliberalism: Oversold?,  Finance & Development,  June 2016, Vol. 53, No. 2. Texto disponível em:

http://www.imf.org/external/pubs/ft/fandd/2016/06/ostry.htm

aviagemdosargonautas.net
17
Jul16

As nove vidas de Erdogan e o golpe de Gulen

António Garrochinho
por M K Bhadrakumar [*]


















Autoridades turcas estão à beira de alegar que o golpe militar abortado na noite passada tem significado geopolítico. As sugestões nesse sentido estão a vir a conta-gotas.

O presidente Recep Erdogan disse que o golpe foi planeado pelos seguidores de Fetullah Gulen, o pregador islamista que opera a partir dos EUA. A seguir, o ministro da Justiça repetiu esta alegação.

A agência de notícias estatal Anadolu depois disso classificou o coronel Moharrem Kose como líder do golpe. Kose era um oficial das forças armadas turcas que em Março de 2006 foi desonrosamente despedido por ligações com a sombria organização de Gulen.

Entretanto, Ibrahim Melih Gokcek, presidente da municipalidade de Ancara e colaborador próximo de Erdogan, saiu-se com uma revelação espantosa: que os participantes do golpe incluíam um oficial pertencente à organização de Gulen que também estava envolvido na morte do piloto russo na Síria, em Novembro último. Gokcek disse:
Foi um "estado paralelo" que deteriorou nossas relações com a Rússia. Foi um incidente, no qual um dos pilotos destas estruturas participou, garanto. Ele foi um dos participantes do golpe. Não divulgámos isto até agora. Mas eu, Melih Gokcek, digo que nossas relações foram deterioradas por estes vilões.
Naturalmente, é preciso ligar os pontos. Gulen fugiu para os EUA em 1998 quando a inteligência turca começou a investigar seus seguidores que se haviam infiltrado em agências de segurança do estado turco, nas forças armadas e no judiciário.

Em 2008, Gulen obteve a permissão de residência ("green card"), aparentemente por recomendação de altos responsáveis da CIA. Ele desde então tem vivido solitário na Pennsylvania e nunca saiu dos EUA em visita ao exterior.

Um antigo chefe da inteligência turca, Osman Nuri Gundes, em 2011 escreveu nas suas memórias que a rede de Gulen proporcionou uma cobertura para as operações clandestinas da CIA nas antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central, como parte da estratégia estado-unidense para utilizar o Islão político como um instrumento de políticas regionais.

Na verdade, a partir da sua vasta e luxuosa propriedade em Saylosberg, numa parte remota do leste da Pennsylvania, fortemente guardada e afastada de visitantes, Gulen lançou uma rede de mesquitas e madraças nos países da Ásia Central. (Curiosamente, a Rússia e o Uzbequistão proibiram "escolas" de Gulen.)

Agora, a tentativa de golpe na Turquia ocorre na sequência da reaproximação turco-russa e de sinais nascentes de uma mudança nas políticas intervencionistas de Erdogan na Síria. Naturalmente, a Turquia é um "estado chave" nas estratégias regionais dos EUA e a reaproximação turco-russa chega no momento mais inoportuno para Washington, pois:
  • É um "multiplicador de força" para os esforços de Moscovo no sentido de fortalecer o regime sírio;
  • Promete ressuscitar o projecto encalhado do gasoduto Turkish Stream (o projecto de US$15 mil milhões para transportar gás russo através da Turquia para o sul da Europa), bem como a construção na Turquia das centrais nucleares de US$20 mil milhões com reactores russos;
  • Bloqueia os planos dos EUA para estabelecer presença permanente da NATO no Mar Negro (a qual exige a cooperação da Turquia nos termos da Convenção de Montreux de 1936 pela qual países não ribeirinhos do Mar Negro não podem manter permanentemente navios de guerra naquelas águas);
  • Pode por em perigo operações dos EUA no Iraque e na Síria, as quais dependem fortemente da base Incirlik na Turquia;
  • Actua contra a balcanização da Síria;
  • Muda como um todo a orientação da política externa da Turquia; e
  • Actua contra os interesses israelenses, sauditas e qataris na Síria.
Erdogan é também um político astuto e manterá os americanos na dúvida. Mas o sultão sabe que deus lhe deu um novo período de vida – e sem dúvida permanecerá desconfiado das intenções estado-unidenses.

Um golpe é sempre uma artimanha (gambit). Os que tramaram o golpe julgaram erradamente que o grosso dos militares turcos apoiaria o derrube do presidente autoritário que impôs supremacia civil sobre os pashas. Mas a ideia brilhante de Erdogan de fazer entrar o "poder do povo" nas ruas apanhou-os de surpresa – recordando o acto de Boris Yeltsin ao sufocar a tentativa de golpe de 1990.

Erdogan é um político carismático e tem sobrevivido graças à sua grande popularidade. Na eleição de 2014 ele assegurou um mandato inequívoco com 51% de apoio do eleitorado. Agora, os laicos, "kemalistas" e nacionalistas de extrema-direita também se alinham contra o golpe. Isto dá-lhe um apoio de base maciço.

Gulen tornou-se agora uma questão grave entre Washington e Ancara. Não há probabilidade de Washington concordar com a extradição de Gulen, o qual é um "activo estratégico". (Ler o artigo fascinante sobre Gulen no Open Democracy, intitulado What is Fetullah Gulen's real mission? ) 
16/Julho/2016

Ver também: 
  • Turkish Foreign Minister: Military From NATO Incirlik Airbase Involved in Coup Attempt
  • Kerry Blasts Turkey for Insinuating that Washington Plotted Coup of Erdogan

  • Erdogan pede a Obama extradição de suspeito em tentativa de golpe

    [*] Diplomata indiano. Foi embaixador no Uzbequistão (1995-1998) e na Turquia (1998-2001).

    O original encontra-se em blogs.rediff.com/mkbhadrakumar/... 


    Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
  • 17
    Jul16

    De 17 para 18 de Julho - Há 80 anos, o criminoso e sanguinário levantamento franquista contra a República espanhola

    António Garrochinho




    Há 80 anos,
    o criminoso e sanguinário levantamento franquista contra
    a República espanhola

    A despedida das Brigadas Internacionais

    Quanto a mim, entre tantos outros, há um dado maior que basta 

    para ilustrar o levantamento militar franquista como uma cruzada 

    de extermínio e “purificação”: 


    o facto de, já depois da sua vitória militar em Abril de 1939, 

    franquismo ter executado cerca de 200.000 


    republicanos.


    Na sua obra «Autobiografia do General Franco», o escritor 

    Vasquez Montalban declarava recusar-me terminantemente a 

    baixar esse número.

    um poema de Miguel Hernandez

    LAS CÁRCELES
    I 
    Las cárceles se arrastran por la humedad del mundo,
    van por la tenebrosa vía de los juzgados:
    buscan a un hombre, buscan a un pueblo, lo persiguen,
    lo absorben, se lo tragan.
    No se ve, no se escucha la pena de metal, 
    el sollozo del hierro que atropellan y escupen:
    el llanto de la espada puesta sobre los jueces
    de cemento fangoso.
    Allí, bajo la cárcel, la fábrica del llanto,
    el telar de la lágrima que no ha de ser estéril,
    el casco de los odios y de las esperanzas,
    fabrican, tejen, hunden.
    Cuando están las perdices más roncas y acopladas,
    y el azul amoroso de las fuerzas expansivas,
    un hombre hace memoria de la luz, de la tierra,
    húmedamente negro.
    Se da contra las piedras la libertad, el día,
    el paso galopante de un hombre, la cabeza,
    la boca con espuma, con decisión de espuma,
    la libertad, un hombre.
    Un hombre que cosecha y arroja todo el viento
    desde su corazón donde crece un plumaje:
    un hombre que es el mismo dentro de cada frío,
    de cada calabozo.
    Un hombre que ha soñado con las aguas del mar,
    y destroza sus alas como un rayo amarrado,
    y estremece las rejas, y se clava los dientes
    en los dientes del trueno.
                          II Aquí no se pelea por un buey desmayado,
    sino por un caballo que ve pudrir sus crines,
    y siente sus galopes debajo de los cascos
    pudrirse airadamente.
    Limpiad el salivazo que lleva en la mejilla,
    y desencadenad el corazón del mundo, 
    y detened las fauces de las voraces cárceles
    donde el sol retrocede.
    La libertad se pudre desplumada en la lengua
    de quienes son sus siervos más que sus poseedores.
    Romped esas cadenas, y las otras que escucho
    detrás de esos esclavos.
    Esos que sólo buscan abandonar su cárcel,
    su rincón, su cadena, no la de los demás.
    Y en cuanto lo consiguen, descienden pluma a pluma,
    en mohecen, se arrastran.
    Son los encadenados por siempre desde siempre.
    Ser libre es una cosa que sólo un hombre sabe:
    sólo el hombre que advierto dentro de esa mazmorra
    como si yo estuviera.
    Cierra las puertas, echa la aldaba, carcelero.
    Ata duro a ese hombre: no le atarás el alma.
    Son muchas llaves, muchos cerrojos, injusticias:
    no le atarás el alma.
    Cadenas, sí: cadenas de sangre necesita.
    Hierros venenosos, cálidos, sanguíneos eslabones,
    nudos que no rechacen a los nudos siguientes
    humanamente atados.
    Un hombre aguarda dentro de un pozo sin remedio,
    Porque un pueblo ha gritado ¡libertad!, vuela el cielo.
    Y las cárceles vuelan.
    Via: o tempo das cerejas 2 http://bit.ly/29Nf1jF
    17
    Jul16

    Turquia: Erdogan está usando o Golpe para eliminar seus adversários na Justiça, Exército e Parlamento!

    António Garrochinho

     Marcos Doniseti


    Erdogan massacra os Curdos sem dó e nem piedade. Seu governo também sempre apoiou o Estado Islâmico, de quem compra petróleo, promovendo o fortalecimento do grupo extremista. 
    Erdogan já está tratando de 'limpar', expressão que ele mesmo usou, a Justiça e as Forças Armadas da Turquia daqueles que teriam se envolvido no Golpe de Estado contra o seu governo.

    Com isso, não restará oposição alguma a ele depois disso. Ele se tornará um Ditador. E por isso mesmo há quem diga que o Golpe foi armado por ele mesmo.

    Fethullah Gullen negou a sua participação no Golpe e condenou o mesmo. Aliás, os partidos de oposição a Erdogan, vários de Esquerda, também condenaram o Golpe. 

    Logo, o único beneficiado com o Golpe será... Erdogan.

    E como este é aliado dos EUA e de Israel, o seu fortalecimento interessaria a ambos. 

    É bom lembrar que os turcos estavam sofrendo sucessivas derrotas na guerra da Síria, onde apoiam o Estado Islâmico e a Frente Al-Nusra, de quem compram petróleo que permite ao Estado Islâmico financiar as suas atividades terroristas por todo o Grande Médio Oriente, região na qual o ISIS/Estado Islâmico quer criar um novo Califado.

    Então, um Golpe que o fortaleça viria em boa hora para Erdogan. Na própria Turquia, muitas pessoas já estão dizendo que o Golpe foi armação do próprio Erdogan.

    Os objetivos desse Golpe seriam eliminar os adversários de Erdogna na Justiça, Forças Armadas e no Parlamento, bem como impor maiores restrições às liberdades individuais no país. 

    Traduzindo: Impor uma Ditadura.

    Até o Alex, ex-jogador do Palmeiras e do Fenerbahce (que é um dos clubes mais populares da Turquia.... há uma estátua do Alex em frente ao estádio do clube), no qual ele jogou por muitos anos, disse em sua conta no Twitter que o Erdogan é doido o suficiente para fazer algo desse tipo, ou seja, forjar um Golpe de Estado para atingir os seus objetivos políticos.

    Afinal, porque, os militares golpistas atacariam o Parlamento? Isso não tem lógica.

    Se eles derrubassem o Erdogan, mesmo, precisariam do apoio das instituições para governar, pelo menos de uma parte delas (deputados, juízes, militares).

    Em todos os Golpes de Estado é necessário algum grau de apoio institucional para que um Golpe, mesmo que seja Militar, venha a ser vitorioso.

    Em 1964, no Brasil, a maioria do STF e do Congresso Nacional apoiou o Golpe Militar. 


    O presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência da República, derrubando Jango de forma institucional, e a maioria dos congressistas (da UDN e do PSD) apoiou a decisão. O objetivo era dar uma aparência de 'legalidade' ao Golpe que se promovia contra o Presidente João Goulart. 

    Agora, no Golpe contra Dilma, vimos o STF ficar inerte frente a todas as ilegalidades cometidas contra a presidenta reeleita durante o seu processo de Impeachment. Nos Golpes de Estado em Honduras e no Paraguai, também tivemos a participação da Justiça e do Parlamento no apoio aos mesmos.

    Sem este apoio institucional, Golpes de Estado muito dificilmente seriam vitoriosos. Então, o que os militares turcos golpistas teriam a ganhar atacando o Parlamento? Nada.

    Esse Golpe na Turquia lembra muito o incêndio do Reichstag que foi feito por ordens de Hitler, em Fevereiro de 1933. Hitler usou o caso para virar Ditador, eliminando todas as forças políticas de oposição ao seu governo, principalmente os Comunistas  (KPD) e Social-Democratas (SPD). 

    Logo, o incêndio no Reichstag permitiu que Hitler aprovasse no Parlamento alemão uma lei que lhe permitia governar por decreto, ignorando o Parlamento e jogando no lixo os direitos e liberdades garantidos pela Constituição do país. 

    Tudo indica que Erdogan faz o mesmo, agora.


    Portanto, está cada vez mais claro que esse Golpe foi armado pelo próprio Erdogan para eliminar os seus adversários na Justiça, Exército, Parlamento, a fim de se tornar um Ditador.

    E tudo indica que isso funcionou.


    guerrilheirodoentardecer.blogspot.pt
    17
    Jul16

    O terceiro erro ou o que o simbolismo dissimula - A cada encruzilhada da estrada governativa, o governo PS vai tomando as suas opções. Com cada uma, define também o conjunto dos seus aliados e o conjunto dos seus opositores políticos.

    António Garrochinho


    por Amato
    cada encruzilhada da estrada governativa, o governo PS vai tomando as suas opções. Com cada uma, define também o conjunto dos seus aliados e o conjunto dos seus opositores políticos.

    http://images.clipartpanda.com/crossroads-clipart-crossroad-sign-blank-md.png


    A decisão de não incluir o PCP na escolha dos juízes para o Tribunal Constitucional é meramente simbólica, carece de substância política propriamente dita. O simbolismo, todavia, dissimula em si um conteúdo de natureza primordial. Chamemos-lhe confiança política. Chamemos-lhe sinceridade, respeito ou lisura. Mais do que qualquer coisa diversa, os acordos políticos com partidos coerentes, dirigidos por pessoas de palavra — como o é o PCP —, assentam neste tipo de valores.

    Produz-se, deste modo, prova acabada de como o acordo de suporte parlamentar ao governo PS é visto por este último como circunstancial, como uma contingência dos tempos, e não como algo de sério e potencialmente transformador para o país que deve ser nutrido tanto como alargado. O PCP é claramente visto não como um parceiro parlamentar mas como uma pedra no sapato na governação socialista. Não existisse o PCP e lá estaria o PS a fazer todas as vontades à Alemanha e a voltar com a palavra atrás nas promessas de campanha eleitoral. A sua governação não seria mais que um redesenhar do plano de austeridade.

    Neste contexto, com o governo sob constante pressão europeia e ansioso por produzir oferendas políticas para Wolfgang Schäuble, espera-se com curiosidade o que trará o orçamento de estado do próximo ano. Este tipo de indelicadezas apenas contribuirão, contudo, para que os visados se encontrem mais livres — se é que alguma vez se sentiram condicionados — para decidir o seu voto em conformidade e coerência com os compromissos assumidos com o seu eleitorado.

    portodeamato.blogs.sapo.pt
    17
    Jul16

    Mais de 100 eventos marcam Verão quente de Portimão

    António Garrochinho


    Espetáculos de música, mercados, feiras, provas desportivas, animação nas praias, iniciativas para os mais novos, entre muitas outras propostas ao ar livre, sempre com Portimão à beira rio, à beira ria ou à beira mar como palco privilegiado. Este é o resumo do programa deste Verão em Portimão, que concentra mais de 100 eventos para ver e viver o concelho em cheio, desde de Julho até ao final de Setembro.



    Esta é uma programação eclética para a estação, com iniciativas destinadas a todos os gostos e a qualquer faixa etária. Uma oferta renovada e adaptada a todos, com iniciativas que são já imagens de marca do Verão portimonense: Feira do Livro, Portimão Wine Tasting, Campeonato do Mundo de F1 em Motonáutica, Festival da Sardinha, a peça “Noivo por Acaso”, com Fernando Mendes, Neon Run, Feira de Stocks, Summer Experience Portimão, FIM CEV Repsol International Championship, entre outros.
    O mês de Julho vai ser caracterizado por alguns momentos únicos, o primeiro dos quais entre 22 e 24 de julho com o Portimão Wine Tasting, na Fortaleza de Santa Catarina, na Praia da Rocha. Três dias de experiências, de provas de colheitas locais e de degustação de produtos regionais.
    Nos dias 30 e 31 de Julho, a magia da alta velocidade regressa a Portimão com o Campeonato do Mundo de F1 em Motonáutica. O estuário do rio Arade foi palco de 13 grandes prémios de Fórmula 1 de motonáutica, entre 1999 e 2011, e em Julho está garantido o regresso das grandes figuras da modalidade às águas de Portimão.




    A Área Desportiva da Praia da Rocha aberta desde dia 1 de Julho tem no seu espaço a prática de inúmeras modalidades, para que toda a gente mantenha ao longo do Verão a boa forma física. Até dia 9 de Setembro, há atividades regulares com monitores para “manter-se em forma na praia”. De 22 a 24 de Julho, o Complexo de Ténis Municipal de Portimão será palco dia e noite de dois torneios de Verão com jovens e veteranos.
    A não perder em Portimão os passeios junto ao rio e ao mar e a possibilidade de caminhar, correr ou pedalar em comunhão com a Natureza. A prova de que a vida ao ar livre é uma das mais importantes vantagens que Portimão tem para oferecer é o novo passadiço da Praia de Alvor com cerca de 6 quilómetros, uma das novidades deste verão.
    No que toca à cultura, de 14 de Julho a 21 de Agosto, a Zona Ribeirinha de Portimão, espaço privilegiado da cidade, recebe a 59ª Feira do livro, que este ano conta com um programa com cerca de 28 escritores na sua totalidade.
    Também esta zona convida a passeios agradáveis para ouvir diferentes estilos de música, com destaque para a música popular portuguesa, música brasileira, blues e fado na iniciativa “Música no Coreto”, todas as sextas-feiras, às 21h30, dos meses de Julho e Agosto. Para quem gosta de dançar e ouvir música popular, os sábados de Julho são marcados pelos arraiais e bailes na Antiga Lota de Portimão.
    O verão em Portimão também tem “P” de património com os Passeios Culturais noturnos, e já no dia 23 de Julho, pelas 21h00, as riquezas culturais da baixa de Portimão serão mostradas num passeio em busca de paisagens urbanas que caracterizam e dão personalidade ao coração da cidade.
    À beira rio e com a melhor vista sob a cidade, a Roda Gigante e o Carrossel Mágico são duas boas atrações que merecem registo fotográfico para mais tarde recordar.
    Há Verão na Alameda da Praça da República e no centro da cidade ao ar-livre e de entrada gratuita são vários os espetáculos agendados no âmbito das comemorações do Centenário da Freguesia de Portimão. Depois do enorme sucesso do concerto com Rita Guerra, segue-se no dia 30 de Julho, pelas 21h30, o 8º Festival Acústico Alvor, onde se fará ouvir música nacional, com nomes como Reflect, Staccatolimão, Nuno Barrosos e Volume D2is.

    Já a 20 de Agosto, às 21h30, as sonoridades serão outras e volta à Alameda o “Troféu João César”. No dia 17 de Setembro, a partir das 21 horas, haverá ainda um Desfile de Moda, (adultos, crianças, noivas) que encerra as comemorações do centenário da freguesia.
    Ainda em Julho e até 31 de Agosto, destacam-se as Comemorações dos 500 Anos da Igreja Matriz de Alvor, com várias ações na vila, num programa que celebra a importância cultural, social e religiosa, de um templo que os “filhos de Alvor”, deixaram como herança.
    Esta vila piscatória tem um legado islâmico de se tirar o chapéu e no dia 13 Agosto, pelas 21h00, irá realizar-se o último Passeio Cultural Noturno. O convite é feito a residentes e a turistas para descobrirem o Património Islâmico de Alvor.
    Agosto começa com um dos mais incontornáveis eventos gastronómicos do país, o Festival da Sardinha, que, entre 3 e 7, celebra o seu principal ícone gastronómico. Por toda a cidade, o clima será de festa, aliado ao aroma da tradicional sardinhada que promete abrir o apetite a toda a gente.
    A animação será uma constante na baixa da cidade, com artesanato, doçaria, animação de rua e sonoridades várias que vão do folclore à música portuguesa, tendo sempre presente a boa sardinha assada. O acesso é livre e gratuito. Da deliciosa sardinha assada aos mais variados momentos de música e animação, a diversão é para toda a família.
    Deolinda, Carolina Deslandes, Carminho, Herman José e a Orquestra de Acordeões Quarteto Manuela Lopes são as propostas de cartaz musicais para as cinco noites do Festival da Sardinha de Portimão.
    O Verão em Portimão tem humor e, de 4 a 28 de Agosto, Fernando Mendes está de regresso ao TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, com o espetáculo “Noivo por Acaso”, num total de 16 espetáculos. Após as temporadas em Lisboa e Porto, chega a vez de Fernando Mendes, Carla Andrino, Jorge Mourato e Patrícia Tavares subirem ao palco desta sala na cidade de Portimão.

    No dia 13 de Agosto, a Neon Run, a corrida noturna mais louca de Portugal, chega a Portimão, desafiando todos a correr, a caminhar e iluminar a cidade.
    Nos dias 5, 6 e 7 de Agosto, o Portimão Arena volta a receber uma Feira de Stocks onde será possível a aquisição de diversas marcas nacionais e internacionais de vestuário, calçado, acessórios de moda a preços de ocasião.
    Em contagem decrescente está um dos grandes spots noturnos de Verão em Portimão, este ano denominado “Summer Experience Portimão”, que reunirá no areal da Praia da Rocha, entre os dias 29 de Julho e 27 de Agosto, festas diárias com glamour, requinte e diversão.
    O cartaz promete ser uma experiência a não perder, que vai desde a Battle Royal – Colour Battle com 1500 litros de tinta, Pete Thaz Ouk, Carlos Manaça, Osmani Garcia, Charly Black e muitos mais.
    Para os amantes de velocidade, o Autódromo Internacional do Algarve recebe, de 27 a 28 de Agosto, o FIM CEV Repsol International Championship e o Campeonato do Mundo Júnior.
    Em Setembro, o Verão em Portimão tem registo gastronómico e, de 9 de setembro a 9 de outubro, a 6ª edição da Rota do Petisco promete, mais uma vez, levar as pessoas para a rua para saborear os petiscos tradicionais algarvios.


    Ainda neste mês, a Figueira será o centro da 14ª edição do Festival do Berbigão, com propostas gastronómicas à base deste bivalve, acompanhado por um programa de animação local.
    No Aeródromo Municipal, irá decorrer mais uma edição do Festival de Paraquedismo “Autumn Boogie”, que atrai durante um mês cerca de 300 paraquedistas europeus a Portimão.
    Na notícia da Trivago, Portimão é apresentado como um dos destinos mais procurados para a época do bom tempo e a cidade que, segundo viajantes de todo o mundo, apresenta os melhores hotéis. Nesta terra bafejada pela natureza  e um clima de eleição, onde o sol brilha cerca de 300 dias por ano, o que torna este destino um lugar de sonho plantado à beira-mar, o concelho apresenta locais de interesse e outras atividades a não perder nos vários equipamentos municipais neste Verão.

    Ao longo deste período, não faltarão diversas propostas de várias índoles, como as exposições patentes no Museu de Portimão ou na Casa Manuel Teixeira Gomes, como a oportunidade de mergulhar no Parque Subaquático Ocean Revival ou visitar a Quinta Pedagógica e ver ao vivo os animais da Quinta e descobrir a realidade da vida rural. A Biblioteca Municipal MTG é outra das opções para ler livros, jornais e revistas da atualidade ou navegar na internet.
    Terra de lazer com paisagens únicas com cultura e história e com uma oferta para todos os gostos é fácil viver o verão em Portimão e circular no concelho. Dois Parques de Estacionamento grátis em Alvor e a menos de 200 metros da praia, com cerca de 1200 novos lugares ao dispor de residentes e turistas.


    Na Praia da Rocha, existe a opção de estacionar o carro à sombra no estacionamento coberto Rocha Prime. Para se deslocar dentro do concelho e sem preocupações de estacionamento, o Vai Vem apresenta várias linhas.
    Entretanto, o Município de Portimão lançou a Agenda de Julho online, que está disponível clicando aqui.  Na próxima semana, será lançada a edição do mês de agosto. Ambas as edições poderão ser consultadas online no site agenda e em versão papel nos Pontos de Informação Municipal.


    www.sulinformacao.pt
    17
    Jul16

    GRANDES MESTRES

    António Garrochinho

    Grandes Mestres da História - Jigoro Kano

    Jigoro Kano (em japonês: 嘉納治五郎, Kanō Jigorō) (Mikage, 28 de outubro de 1860 — 4 de maio de 1938) foi o fundador da arte marcial judô e responsável pela reforma do jujitsu.

    Medindo 1,50 metro de estatura e pesando 48 kg, Jigoro Kano marcou seu nome na história das artes marciais desenvolvendo as técnicas de amortecimento de quedas (ukemis), aperfeiçoando os golpes de quedas até que chegar ao que conhecemos hoje como o Judo.

    O mestre Kano decidiu iniciar nas artes marciais devido suas frequentes derrotas em combates na adolescência. Por ser filho de um samurai, isso é mais vergonhoso do que para qualquer outra pessoa. Iniciou no Ju jutsu com o mestre Teinosuke Yagis. Em 1877, matriculou-se na Tenjin shinyō-ryū, sendo discípulo do mestre Hachinosuke Fukuda e em 1879 Masatomo Iso, após a morte do mestre Hachinosuke Fukuda. Jigoro Kano tambem foi discípulo dos mestres Tsunetoshi Iikubo ao mesmo tempo em que criava seu método de treino e sistema de luta.

    Fatos relevantes: 


    • Em fevereiro de 1882, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade).
    • Jigoro Kano desenvolveu as técnicas de amortecimento de quedas (ukemis), bem como criou uma vestimenta especial para o treino do judô (o judogui)
    Jogoro Kano faleceu no dia 4 de Maio de 1938 com problemas pulmonares quando estava em um transatlântico. Infelizmente, não chegou ver o Judo dentro da competição olímpica, mas tinha certeza que sua obra seguiria em frente e alcançaria esse feito. 
    Jigoro Kano é um dos maiores mestres que ja existiu nas artes marciais devido sua importância e contribuição. O Judo é um conjunto de técnicas criado para esconder as principais técnicas para não ser ensinada aos ingleses, mas a sua organização e disciplina é exemplo em qualquer parte do mundo para as demais artes marciais.

    samuraylouco.blogspot.pt
      

    Grandes Mestres da capoeira


    Grandes Mestres
    O criador da Capoeira Regional, Meste Bimba















    “Bimba” (Manoel dos Reis Machado)

    bimbaMestre Bimba o maior capoeirista de todos os tempos, o libertador da capoeira, o paladino da cultura negra, o criador da luta regional baiana ( cognome sob o qual a capoeira foi liberada, na decada de 30, pelo interventor da Bahia, Ten. Juracy Magalhães, da proscrição pelo Código Penal).
    Além de “tirar a capoeira de baixo da pata do boi”, como dizia nas suas palavras simples, iniciou em 1946, durante o I Congresso Internacionacional de Neuropsiquiatria em Salvador, promovido pelos Profs. Edístio Pondé e Carlos Cerqueira (fundador do Sanatório Bahia), na casa do Babalorixá Camilo de Oxosse, na ladeira da Vila América (antiga ladeira do Currupio), as exibições públicas das manifestações culturais áfrico-baianas, que incluiram naquela data o samba de roda, a capoeira (regional naturalmente…) e o candomblé; deixando de incluir o maculelê, que foi recuperado na década de 50 graças a Tiburcinho de Jaguaripe, conduzido até Bimba por Decanio.
    Sua importância histórica só encontra paralelo naquela de Mestre Pastinha, que conseguiu unir todos os demais Mestres de sua época em torno de sua fígura carismática e conservar o primitivo jogo de capoeira sob o nome de “angola”, fator de primordial valor na evolucão histórica desta brincadeira dos mestiços brasileiros.

    Pastinha (Vicente Joaquim Ferreira)

    pastinhaPastinha É o primeiro em sua arte; senhor da agilidade e da coragem…” Jorge Amado. Baiano de Salvador, do Pelourinho, Pastinha foi o grande mestre da Capoeira Angola, aperfeiçoando a arte centenária dos escravos. Ele organizou uma escola, estabeleceu um método de ensino com base nas antigas tradições e ainda escreveu o primeiro livro do gênero, onde expõe a sua concepção filosófica.
    Foi com o Mestre Pastinha que foram instituidas as cores amarelo e preto para o uniforme dos angoleiros e a constituição da bateria composta por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um reco-reco e um agogô.
    “Capoeira é tudo o que a boca come”, dizia ele na sua singular filosofia. Formou capoeiristas como João Grande, João Pequeno, Curió e tantos outros.

    “Mestre João Grande” (João Oliveira dos Santos)

    joao-grandeJoão Grande um dos principais díscipulos do mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York.
    De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola.

    “Mestre João Pequeno” (João Pereira dos Santos)

    joao-pequenoJoão Pequeno aluno do Mestre Pastinha e um dos mais velhos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre João Pequeno, no Centro Histórico de Salvador, passaram alguns dos principais mestres da nova geração angoleira. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira.
    Academia de Capoeira Angola de Mestre João Pequeno Centro de Cultura Popular Forte de Santo Antônio – Santo Antônio além do Carmo Salvador – Bahia

    “Mestre Caiçara” (Antônio Carlos Moraes)

    caiçaraCaiçara marcou época na história da capoeira… provocante, controvertido, alegre, atrevido, simpático… formou uma das equipes mais brilhantes de sua época… seus alunos primavam por exibir uma capoeira bonita de se ver e eficiente.
    Nas palavras de Eduardo (A.. C. São Salomão/Recife/PE) foi : “Uma das lendas vivas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção…
    Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda.”
    www.ceert.org.br

    Grandes Mestres da Yoga: Ramakrishna Paramahansa

    Ramakrishna Paramahansa, nascido Gadadhar, (18/02/1836 – 16/08/1886), foi um dos mais importantes líderes religiosos Hindus da Índia, e foi profundamente reverenciado por milhões de Hindus e não-Hindus como um mensageiro de Deus. Ramakrishna foi uma figura influente na Renascença Bengali do século XIX. Swami Vivekananda, um dos seus maiores discípulos descreveu Ramakrishna Paramahansa como: "Ele que foi Rama, Ele que foi Krishna, agora é Ramakrishna neste corpo”.


    Ramakrishna enfatizava que a realização divina era a meta suprema de todos os seres vivos. Por conseguinte, para ele a religião servia como meio para atingir esta meta. A realização mística de Ramakrishna, classificada pela tradição Hindu como nirvikalpa samadhi (literalmente, "meditação constante", através da absorção de tudo ao seu redor inconsciência), levou-o a acreditar que as várias religiões são caminhos para alcançar o Absoluto, e que a definitiva realidade nunca poderia ser expressa em termos humanos. Isto estava de acordo com o que declara o Rigveda: "A verdade é única, mas os sábios a chamam por diversos nomes." Como resultado desta opinião, Ramakrishna passou períodos inteiros da sua vida praticando de acordo com seu entendimento o Islã, o Cristianismo, vários tipos de Yoga e seitas Tântricas dentro do Hinduísmo.


    yoga-es.blogspot.pt

    E SE OS GRANDES MESTRES DA PINTURA HOLANDESA FOSSEM FOTÓGRAFOS?

    Provavelmente o resultado seria algo parecido com isto:
    Bill_Gakes_1
    Ou isto:
    BillGekas2
    Ou ainda isto, só para ir buscar mais um dos meus favoritos:
    BillGekas9
    Mas na realidade, o fotógrafo que faz este trabalho não é Holandês é Australiano, e chama-se Bill Gekas, e tem um talento nato para retrato, particularmente o tipo de retrato que pretende fazer uma homenagem a muitos dos antigos mestres da pinturas holandesa, incluindo artistas como o Vermeer e o nosso amigo Rembrandt.
    O que é mais adorável, e que resulta aqui tão bem, é que Bill traz a sua filha de 5 anos para ser a modelo e recriar muitas das configurações destes quadros que são de meados do século XVII e XVIII onde figuram adultos e não crianças. Como Bill explora no seu blog, em primeiro lugar e também o mais fácil, é retirar todos os sinais de modernidade que poderão haver numa divisão, depois é um trabalho de extensa experimentação com técnicas de iluminação e com retoques digitais que pretende recriar o estilo de pintura.
    O que para mim é mais interessante, é que estas fotografias homenageiam de uma forma muito inteligente aquilo que estes dois grandes mestres de pintura mais se destacaram a fazer, que é no fundo a sua utilização brilhante dos efeitos de luz! Mesmo para quem não percebe nada de fotografia é engraçado ler como se constrói um projecto de iluminação deste género. É bastante estudado e complexo!
    Com este trabalho Bill tem ganho diversos prémios e acho que vale a pena continuar a acompanhá-lo!
    espressoandstroopwafel.wordpress.com

    17
    Jul16

    GRANDES MESTRES

    António Garrochinho

    Grandes Mestres da História - Jigoro Kano

    Jigoro Kano (em japonês: 嘉納治五郎, Kanō Jigorō) (Mikage, 28 de outubro de 1860 — 4 de maio de 1938) foi o fundador da arte marcial judô e responsável pela reforma do jujitsu.

    Medindo 1,50 metro de estatura e pesando 48 kg, Jigoro Kano marcou seu nome na história das artes marciais desenvolvendo as técnicas de amortecimento de quedas (ukemis), aperfeiçoando os golpes de quedas até que chegar ao que conhecemos hoje como o Judo.

    O mestre Kano decidiu iniciar nas artes marciais devido suas frequentes derrotas em combates na adolescência. Por ser filho de um samurai, isso é mais vergonhoso do que para qualquer outra pessoa. Iniciou no Ju jutsu com o mestre Teinosuke Yagis. Em 1877, matriculou-se na Tenjin shinyō-ryū, sendo discípulo do mestre Hachinosuke Fukuda e em 1879 Masatomo Iso, após a morte do mestre Hachinosuke Fukuda. Jigoro Kano tambem foi discípulo dos mestres Tsunetoshi Iikubo ao mesmo tempo em que criava seu método de treino e sistema de luta.

    Fatos relevantes: 


    • Em fevereiro de 1882, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade).
    • Jigoro Kano desenvolveu as técnicas de amortecimento de quedas (ukemis), bem como criou uma vestimenta especial para o treino do judô (o judogui)
    Jogoro Kano faleceu no dia 4 de Maio de 1938 com problemas pulmonares quando estava em um transatlântico. Infelizmente, não chegou ver o Judo dentro da competição olímpica, mas tinha certeza que sua obra seguiria em frente e alcançaria esse feito. 
    Jigoro Kano é um dos maiores mestres que ja existiu nas artes marciais devido sua importância e contribuição. O Judo é um conjunto de técnicas criado para esconder as principais técnicas para não ser ensinada aos ingleses, mas a sua organização e disciplina é exemplo em qualquer parte do mundo para as demais artes marciais.

    samuraylouco.blogspot.pt
      

    Grandes Mestres da capoeira



    Mestre Bimba o maior capoeirista de todos os tempos, o libertador da capoeira, o paladino da cultura negra, o criador da luta regional baiana ( cognome sob o qual a capoeira foi liberada, na decada de 30, pelo interventor da Bahia, Ten. Juracy Magalhães, da proscrição pelo Código Penal).




    Além de “tirar a capoeira de baixo da pata do boi”, como dizia nas suas palavras simples, iniciou em 1946, durante o I Congresso Internacionacional de Neuropsiquiatria em Salvador, promovido pelos Profs. Edístio Pondé e Carlos Cerqueira (fundador do Sanatório Bahia), na casa do Babalorixá Camilo de Oxosse, na ladeira da Vila América (antiga ladeira do Currupio), as exibições públicas das manifestações culturais áfrico-baianas, que incluiram naquela data o samba de roda, a capoeira (regional naturalmente…) e o candomblé; deixando de incluir o maculelê, que foi recuperado na década de 50 graças a Tiburcinho de Jaguaripe, conduzido até Bimba por Decanio.
    Sua importância histórica só encontra paralelo naquela de Mestre Pastinha, que conseguiu unir todos os demais Mestres de sua época em torno de sua fígura carismática e conservar o primitivo jogo de capoeira sob o nome de “angola”, fator de primordial valor na evolucão histórica desta brincadeira dos mestiços brasileiros.

    Pastinha (Vicente Joaquim Ferreira)

    pastinhaPastinha É o primeiro em sua arte; senhor da agilidade e da coragem…” Jorge Amado. Baiano de Salvador, do Pelourinho, Pastinha foi o grande mestre da Capoeira Angola, aperfeiçoando a arte centenária dos escravos. Ele organizou uma escola, estabeleceu um método de ensino com base nas antigas tradições e ainda escreveu o primeiro livro do gênero, onde expõe a sua concepção filosófica.
    Foi com o Mestre Pastinha que foram instituidas as cores amarelo e preto para o uniforme dos angoleiros e a constituição da bateria composta por três berimbaus, dois pandeiros, um atabaque, um reco-reco e um agogô.
    “Capoeira é tudo o que a boca come”, dizia ele na sua singular filosofia. Formou capoeiristas como João Grande, João Pequeno, Curió e tantos outros.

    “Mestre João Grande” (João Oliveira dos Santos)

    joao-grandeJoão Grande um dos principais díscipulos do mestre Pastinha. Por mais de 40 anos o Mestre João Grande tem praticado e ensinado Capoeira Angola. Ele viajou para África, Europa e América do Norte, onde ensina atualmente, em sua academia na cidade de New York.
    De lá ele continua mantendo o intercâmbio com a Bahia e acompanhando a movimentação da Associação Brasileira de Capoeira Angola.

    “Mestre João Pequeno” (João Pereira dos Santos)

    joao-pequenoJoão Pequeno aluno do Mestre Pastinha e um dos mais velhos e importantes mestres da Capoeira Angola em atividade. Pela academia do Mestre João Pequeno, no Centro Histórico de Salvador, passaram alguns dos principais mestres da nova geração angoleira. É possível vê-lo quase todas as noites jogando e ensinando a tradicional arte da Capoeira.
    Academia de Capoeira Angola de Mestre João Pequeno Centro de Cultura Popular Forte de Santo Antônio – Santo Antônio além do Carmo Salvador – Bahia

    “Mestre Caiçara” (Antônio Carlos Moraes)

    caiçaraCaiçara marcou época na história da capoeira… provocante, controvertido, alegre, atrevido, simpático… formou uma das equipes mais brilhantes de sua época… seus alunos primavam por exibir uma capoeira bonita de se ver e eficiente.
    Nas palavras de Eduardo (A.. C. São Salomão/Recife/PE) foi : “Uma das lendas vivas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção…
    Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção. Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda.”
    www.ceert.org.br

    Grandes Mestres da Yoga: Ramakrishna Paramahansa

    Ramakrishna Paramahansa, nascido Gadadhar, (18/02/1836 – 16/08/1886), foi um dos mais importantes líderes religiosos Hindus da Índia, e foi profundamente reverenciado por milhões de Hindus e não-Hindus como um mensageiro de Deus. Ramakrishna foi uma figura influente na Renascença Bengali do século XIX. Swami Vivekananda, um dos seus maiores discípulos descreveu Ramakrishna Paramahansa como: "Ele que foi Rama, Ele que foi Krishna, agora é Ramakrishna neste corpo”.



    Ramakrishna enfatizava que a realização divina era a meta suprema de todos os seres vivos. Por conseguinte, para ele a religião servia como meio para atingir esta meta. A realização mística de Ramakrishna, classificada pela tradição Hindu como nirvikalpa samadhi (literalmente, "meditação constante", através da absorção de tudo ao seu redor inconsciência), levou-o a acreditar que as várias religiões são caminhos para alcançar o Absoluto, e que a definitiva realidade nunca poderia ser expressa em termos humanos. Isto estava de acordo com o que declara o Rigveda: "A verdade é única, mas os sábios a chamam por diversos nomes." Como resultado desta opinião, Ramakrishna passou períodos inteiros da sua vida praticando de acordo com seu entendimento o Islã, o Cristianismo, vários tipos de Yoga e seitas Tântricas dentro do Hinduísmo.


    yoga-es.blogspot.pt

    E SE OS GRANDES MESTRES DA PINTURA HOLANDESA FOSSEM FOTÓGRAFOS?

    Provavelmente o resultado seria algo parecido com isto:
    Bill_Gakes_1
    Ou isto:
    BillGekas2
    Ou ainda isto, só para ir buscar mais um dos meus favoritos:
    BillGekas9
    Mas na realidade, o fotógrafo que faz este trabalho não é Holandês é Australiano, e chama-se Bill Gekas, e tem um talento nato para retrato, particularmente o tipo de retrato que pretende fazer uma homenagem a muitos dos antigos mestres da pinturas holandesa, incluindo artistas como o Vermeer e o nosso amigo Rembrandt.
    O que é mais adorável, e que resulta aqui tão bem, é que Bill traz a sua filha de 5 anos para ser a modelo e recriar muitas das configurações destes quadros que são de meados do século XVII e XVIII onde figuram adultos e não crianças. Como Bill explora no seu blog, em primeiro lugar e também o mais fácil, é retirar todos os sinais de modernidade que poderão haver numa divisão, depois é um trabalho de extensa experimentação com técnicas de iluminação e com retoques digitais que pretende recriar o estilo de pintura.
    O que para mim é mais interessante, é que estas fotografias homenageiam de uma forma muito inteligente aquilo que estes dois grandes mestres de pintura mais se destacaram a fazer, que é no fundo a sua utilização brilhante dos efeitos de luz! Mesmo para quem não percebe nada de fotografia é engraçado ler como se constrói um projecto de iluminação deste género. É bastante estudado e complexo!
    Com este trabalho Bill tem ganho diversos prémios e acho que vale a pena continuar a acompanhá-lo!
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    17
    Jul16

    Máfia da amêijoa ganha milhões com contrabando

    António Garrochinho





    É um negócio de milhões. O contrabando para Espanha de amêijoa apanhada clandestinamente, sobretudo no estuário do Tejo e nas rias Formosa e de Aveiro, seduziu até traficantes de droga.

    Há autênticas máfias organizadas controlando a apanha, a mão de obra, a gestão de barcos e motores, o armazenamento e todo o transporte para Espanha, em particular a Galiza. Mais de uma dezena de indivíduos, na maioria empresários, já foram constituídos arguidos pelo Serviço de Investigação Criminal da Polícia Marítima (PM) de Lisboa, que já está também a movimentar as autoridades espanholas.

    Os ganhos são enormes, o risco e as penalizações diminutos. Só numa das empresas, das cinco ou seis envolvidas, a Polícia Marítima detetou lucros da ordem do meio milhão de euros, no espaço de apenas seis meses, livres de qualquer imposto. O quilo de amêijoa na origem não ultrapassa os dois a três euros, mas o valor final oscila entre 15 e 20 euros. E como a sanção penal não é superior a três anos de cadeia, faz chegar ao contrabando de amêijoa elementos que antes se dedicavam a outras áreas criminosas. Dois indivíduos da Margem Sul do Tejo, conhecidos traficantes de droga que já cumpriram penas, foram já referenciados pelas autoridades no tráfico de amêijoa.

    Algumas das empresas investigadas estão ligadas ao negócio do marisco, mas outras funcionam apenas como fachada para justificar as frotas de transporte e os movimentos financeiros. Os prejuízos para o Estado - pela fuga aos impostos -, para os mariscadores legalizados e para as depuradoras licenciadas são enormes (ver textos na página seguinte).

    Além dos crimes de contrabando e fraude, está ainda em causa o atentado à saúde pública, dada a forma deficiente como a amêijoa é armazenada, sem qualquer controlo sanitário e sem qualquer respeito pelos períodos de proibição decretados pelas autoridades, quando são detetadas toxinas.

    Selos brancos e certificados falsos

    É a primeira vez que no nosso país esta atividade está a ser encarada como criminalidade organizada. Apesar de o fenómeno não ser novo, atinge agora uma dimensão nunca vista. "Continuamos a fiscalizar a apanha da amêijoa, mas temos de ir mais longe atacando o fulcro da atividade, ou seja, as estruturas que estão no topo da pirâmide", salienta o comandante Malaquias Domingues, responsável pelo Comando Regional da Polícia Marítima do Centro, que tem sob sua alçada a investigação criminal.

    Nas investigações já realizadas no âmbito dos cinco inquéritos em curso, há sinais que levantam ainda mais preocupações sobre a dimensão e sofisticação das redes, pois a PM encontrou falsos certificados de origem e documentos com selo branco falsificado.

    Os dados recolhidos pela Polícia Marítima despertaram imediatamente o interesse das autoridades espanholas, ao ponto de terem motivado a deslocação ao nosso país de elementos da Polícia Nacional. A última reunião aconteceu no mês passado e a cooperação está a aumentar. A atenção dos espanhóis tem a ver com o facto de alguns dos certificados de origem falsos detetados atestarem que a amêijoa contrabandeada era proveniente da Galiza ou do Norte da Europa.

    Mercado negro já provocou falências

    O mercado paralelo, que não recorre às depuradoras locais, há muito que prejudica as empresas do setor e já levou algumas à falência. Em 2005, António Ramos, da Depuradora Portuguesa de Bivalves, em Aveiro, contava ao JN que o negócio foi "por água abaixo". A culpa era atribuída ao "mercado negro, que impede de adquirir produto e, consequentemente, de trabalhar". O investimento de 800 mil euros fora pensado para empregar cinco pessoas, mas não aguentou.


     http://www.jn.pt
    17
    Jul16

    CAVACO E O CONSELHO DE ESTADO

    António Garrochinho
    CAVACO SILVA MANIFESTOU-SE OU NÃO A FAVOR DAS SANÇÕES A PORTUGAL NO CONSELHO DE ESTADO ?
    FOI LIBERTADA A ACTA E AFIRMADO QUE CAVACO NÃO DEFENDEU O QUE O PÚBLICO NOTICIOU
    DIZ-SE QUE FOI UMA MENTIRA DO JORNALISTA DO PÚBLICO, 
    DIZ-SE QUE O JORNAL RECEBEU A INFORMAÇÃO DE FONTE CREDÍVEL.

    SE FOI UMA MENTIRA, COISA QUE OS JORNALISTAS DE HOJE UTILIZAM ÁS TONELADAS PORQUE FICAM SEMPRE IMPUNES E DE CARA LAVADA PERANTE A MERDA E A TRAFULHICE QUE ESCREVEM E NOTICIAM NA COMUNICAÇÃO 
    SOCIAL ?
    OS CONSELHEIROS DE ESTADO SE ESTAVAM LÁ TODOS DEVEM SABER.
    O ZÉ POVINHO, ESSE, SÓ CONTA PARA OS COLOCAR NO POLEIRO DO PROTAGONISMO E DO TACHO E FICA SEMPRE NA DÚVIDA DO QUE SE DISCUTE SOBRE O PRESENTE E O FUTURO DA SUA VIDA.
    O RESTO É TRETA !


    António Garrochinho
    17
    Jul16

    Poucas são as nações em desenvolvimento que convergiram linearmente com as economias ricas

    António Garrochinho




    Recuperar do atraso é difícil poderá ter sido a descoberta de muitos países emergentes.
    Tendo passado mais de um século a ver o seu rendimento cair face aos países ricos, muitos países em vias de desenvolvimento ao longo dos últimos vinte anos deram passos para se aproximarem deles. No entanto, a recuperação do passado tem abrandado consideravelmente.
    Um estudo divulgado em Junho pelo Banco Mundial mostrou que a velocidade a que os mercados emergentes estão a convergir com o rendimento do mundo rico caiu em poucos anos, mesmo antes da crise financeira.
    Não há solução mágica que leve os mercados emergentes como um todo para um caminho de maior crescimento. Para o Banco Mundial, como é óbvio, deveriam garantir “ previsibilidade e transparência” na elaboração de políticas, para que os consumidores, as empresas nacionais e investidores estrangeiros tivessem um “ambiente mais confiável”.
    Para o Banco Mundial há poucos assuntos em que as panaceias da economia convencional se revelaram” tão espetacularmente erradas por tanto tempo” como a afirmação de que “os países pobres devem recuperar do atraso para com os ricos” (sic).
    Com a retoma do investimento e a adopção de novas tecnologias muito superiores às das economias maduras, a recuperação do atraso deveria ter sido uma simples questão de “deixar os mercados fazerem o seu trabalho”.
    Quando a crise financeira global atingiu o mundo em 2008, cerca de 80 por cento das economias emergentes estavam a convergir para níveis do produto interno bruto per capita próximos do dos EUA, duplicando a proporção do início de 1990.
    Mas esses dias têm diminuído.
    A crise do subprime, vinda do Goldman Sachs, a que com tão grande sapiência,  Durão Barroso passou agora a presidir, teve também essa consequência de refrear de maior convergência das economias. As coisas não acontecem por acaso.
    Desde 2008, a proporção de países que recuperou o atraso em relação aos EUA caiu para os níveis de 1990. Entre 2003 e 2008, os mercados emergentes, foram crescendo, em média, a uma taxa que teria apanhado até 2015 os níveis do PIB percapitados EUA em 40 anos. Em 2013-2015, esse lapso de tempo já se tinha alargado para mais de 60 anos…
    Dado o ambiente de grande apoio para muitos mercados emergentes nos primeiros anos após a crise – altos preços das commodities e empréstimos externos baratos, em parte graças à flexibilização da Reserva Federal, criados para melhorar as economias dos mais ricos, é preocupante que não tenham feito mais progressos. Agora que esses apoios têm diminuído, a sua tarefa tornou-se ainda mais difícil.
    E o Banco Mundial insiste, pois, na desregulamentação se for caso disso, a política macroeconómica de apoio onde for possível. Outro factor, também sublinhado pelo Banco Mundial, é a necessidade de uma política que torne as situações transparentes e previsíveis.
    Por exemplo, a volatilidade nos mercados financeiros em 2015 e no início deste ano foi atribuída à “incerteza” na China, e, particularmente, como as autoridades chinesas reagiram à fuga de capitais e às pressões sobre o renminbi. Por altura deste relatório do BM, o Banco Popular da China deixou a “taxa de referência” e adoptou um cabaz de outras moedas que levou a um deslizar consideravelmente menor do que os comerciantes esperavam, e o seu compromisso pôs em causa uma taxa determinada pelo mercado.
    As razões para o declínio da grande convergência são complexas e variadas. Mas a receita geral de realizar políticas numa base previsível, insiste o Banco Mundial, irá tranquilizar os consumidores, os dirigentes de empresas e os investidores em todo o mercado emergente mundial.
    São hoje menos as nações em vias de desenvolvimento que estão a convergir com as economias ricas, pelo que são necessárias alternativas às receitas do Banco Mundial. Essas são questões que têm vindo a ser estudadas e implementadas por esses países emergentes. O caminho terá que ser esse mesmo que o sistema capitalista gere as defesas para apenas garantir o desenvolvimento dos mais ricos.


    Via: antreus http://bit.ly/29GcEhV
    17
    Jul16

    Reino Unido já não dá garantias a imigrantes recém-chegados

    António Garrochinho



    Ministro britânico encarregado da saída da União Europeia diz que vão “assegurar uma solução generosa” para os imigrantes mas não deu as mesmas garantias para recém-chegados

    O ministro britânico encarregado da saída da União Europeia (UE) afirmou não poder garantir que os imigrantes europeus que chegam a partir de agora, até à saída oficial do bloco, terão direito a permanecer no Reino Unido.

    Numa entrevista ao Mail on Sunday, publicada hoje, David Davis diz que vai negociar com os líderes europeus para “assegurar uma solução generosa” para os imigrantes da UE que se encontram atualmente no Reino Unido - dando exemplos de Espanha e França - e para os cidadãos britânicos na UE, mas não deu as mesmas garantias para recém-chegados.  Ou seja, os novos migrantes da UE que vêm para a Grã-Bretanha poderão ser enviado para casa para parar uma onda de imigração pré- Brexit.

    O responsável rejeitou, no entanto, a ideia de que três milhões, de imigrantes de países como a Polónia e a Roménia, podem ser forçado a sair. 

    O antigo secretário de Estado para os Assuntos Europeus, nomeado pela primeira-ministra britânica, Theresa May para as negociações com a UE, acrescentou que “há uma série de possibilidades”, referindo-se aos planos para lidar com o previsível “aumento” de chegadas antes do ‘Brexit’.

    Antes do referendo de 23 de junho,  o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, tinha alertado que um terço dos portugueses que residem no Reino Unido não preenchem os requisitos impostos aos imigrantes extracomunitários.

    Se se aplicassem hoje as regras que são aplicadas a cidadãos exteriores da União Europeia, um terço dos portugueses não teria condições para poder permanecer no Reino Unido", revelou na ocasião José Luís Carneiro.

    O secretário de Estado das Comunidades aconselhou ainda os portugueses no Reino Unido que acautelem seus direitos e requisitem a residência permanente naquele país, independentemente da saída ou não dos britânicos da União Europeia.

    www.tvi24.iol.pt

    17
    Jul16

    Acordo PS /PSD. Correia de Campos vai ser presidente do CES - O acordo prevê também que o próximo Provedor da Justiça seja indicado pelo PSD

    António Garrochinho


    O ex-ministro Correia de Campos vai ser, por acordo entre PS e PSD, o novo presidente do Conselho Económico e Social (CES). A eleição no Parlamento está marcada para dia 20.

    Caso seja eleito, Correia de Campos, ministro da Saúde de Guterres e de Sócrates, sucederá a um outro ex-ministro da Saúde (só que de governos do PSD), Luís Filipe Pereira, que assumiu a presidência do CES em maio de 2015, substituindo Silva Peneda, agora adjunto de Jean Claude Juncker na Comissão Europeia. Pereira tem uma longa carreira de gestor de empresas e foi titular da pasta da Saúde nos governos de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes (2002-2004).

    Os dois partidos acordaram também cinco novos juízes para o Tribunal Constitucional. Costa Andrade (indicado pelo PSD), Cláudio Monteiro (PS), Gonçalo Almeida Ribeiro (PSD), Joana Fernandes Costa (PS) e Maria Clara Santiago Sottomayor (indicada pelo BE) vão substituir Joaquim Sousa Ribeiro (presidente do TC desde outubro de 2012, juiz indicado pelo PS), Maria Lúcia Amaral (atualmente vice-presidente, indicada pelo PSD), Ana Guerra Martins (PS), Carlos Cadilha (PS) e João Cura Mariano (PSD).

    Todos já tinham terminado o mandato de nove anos. Agora o novo elenco terá de escolher entre si o novo presidente do tribunal. Tudo aponta para que seja Pedro Machete, juiz do TC desde 2012 indicado pelo PSD.

    Nos cinco novos conselheiros, Costa Andrade é penalista em Coimbra e foi, como deputado constituinte, um dos principais artesãos da Constituição aprovada em 1976, na bancada do PSD, ao lado de personalidades como Jorge Miranda e Barbosa de Melo.

    Cláudio Monteiro, que foi em tempos deputado eleito pelo PS, é professor universitário. Teve militância no CDS (antes da deriva anti-europeísta levada a cabo por Manuel Monteiro) e é amigo pessoal de António Costa (foram colegas na Faculdade de Direito de Lisboa).

    Joana Fernandes Costa, também indicada pelo PS, é magistrada de carreira e durante alguns anos foi assessora no Tribunal Constitucional. Gonçalo Almeida Ribeiro, indicado pelo PSD, é professor universitário e Maria Clara Sottomayor, indicada pelo BE, é juíza no Supremo Tribunal de Justiça.

    O acordo PS/PSD implica também a eleição do Provedor de Justiça (cujo mandato terminará em julho de 2017), determinando que será o PSD a indicar o nome do próximo detentor do cargo. Isto significa que o atual titular, Faria Costa, próximo do PS, não deverá ser reconduzido (e podia sê-lo, por mais quatro anos).

    Também foram acordados os nomes para outros dois órgãos: sete eleitos da AR para o Conselho Superior da Magistratura e três para a Entidade Fiscalizadora do Segredo de Estado (EFSE), um organismo criado em 2014 e que ainda não tinha sido preenchido. Os seus três responsáveis serão o vice-almirante Torres Sobral (que presidirá) e os deputados João Soares (PS) e Teresa Leal Coelho (PSD).

    A lei diz que "a EFSE é composta por um cidadão com experiência na área das matérias classificadas ou do acesso à informação administrativa, oriundo da categoria de topo da carreira diplomática, das Forças Armadas, das forças de segurança ou da magistratura judicial dos tribunais administrativos e fiscais, que preside, e por dois cidadãos com formação jurídica, que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos civis e políticos, aos quais seja reconhecida idoneidade e cujos perfis deem garantias de respeitarem, durante o exercício de funções e após a cessação destas, os deveres decorrentes do cargo, nomeadamente os de independência, imparcialidade e discrição".

    João Soares demitiu-se em abril passado de ministro da Cultura, regressando à atividade parlamentar, por causa da polémica que criou com um texto na sua página no Facebook onde prometia "salutares bofetadas" a dois cronistas do Público.

    Para o Conselho Superior da Magistratura estão indigitados João Vaz Rodrigues (que já é vogal, sendo reconduzido), Jorge Alves Correia, Jorge Picão Gonçalves, Maria Eduarda Azevedo, Serafim Froufe, Susana Brito e Vítor Faria (também reconduzido).

    De saída estão Eduardo Vera-Cruz Pinto (prof. universitário) e os advogados António Pinto Leite, Pedro Pestana Bastos, António Borges Pires e Helena Terra.

    Todos os indigitados para estas quatro entidades serão sujeitos a audição prévia no Parlamento. A eleição de todos eles no Parlamento exige maioria de dois terços.

    www.dn.pt
    17
    Jul16

    Turquia: Fethullah Gülen acredita que Erdogan pode ter simulado golpe de Estado para reforçar apoio popular

    António Garrochinho

    O clérigo Fethullah Gülen é apontado pelo governo turco como o principal responsável pela tentativa de golpe de Estado desta sexta-feira. Gülen, que está exilado nos Estados Unidos acredita que Erdogan pode ter simulado esta ação para reforçar o apoio popular.

    Numa entrevista concedida na Pensilvânia, o clérigo lembrou que “os amigos que ouviram Erdogan disseram-me que quer atribuir-nos a culpa da tentativa de golpe de Estado, há dois dias que fala de forma amarga. Como alguém a quem já tentaram derrubar, aconselho o povo turco a não apoiar qualquer golpe de Estado. Sou uma pessoa que acredita que a democracia não pode ser conquistada, nem um governo republicano pode proteger-se, nem a Turquia se pode integrar no mundo através de golpes de Estado. Existe a possibilidade de que este cenário tenha sido criado pelos próprios governantes. Ainda não sabemos tudo o que aconteceu, por isso todas as hipóteses estão em aberto”.

    Recorde-se que Fethullah Gülen foi aliado do governo turco até 2013, altura em que se converteu num dos principais críticos de Erdogan.

    Fethullah Gülen é um dos líderes religioso islâmicos mais reconhecidos em todo o mundo. Vive desde 1998 em Saylorsburg, na Pensilvânia, Estados Unidos. É considerado um moderado e coordena um movimento de inspiração islâmica. Gülen foi durante vários anos aliado de Erdogan, a quem deu apoio. Até que em 2013 passou a ser considerado como uma ameaça ao Governo turco. Foi acusado de ter estado por detrás da investigação a um escândalo de corrupção que atingiu vários membros do Governo, incluindo a família de Erdogan. Em 2014, um tribunal turco chegou a emitir um mandado de captura de Fethullah Gülen, acusando-o de liderar um “grupo terrorista” com intenção de derrubar Erdogan.

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    17
    Jul16

    Presidente do Sudão participa na Cimeira da União Africana mesmo com mandato internacional de detenção

    António Garrochinho

    O Presidente do Sudão já está no Ruanda, apesar de todos os pedidos do Tribunal Penal Internacional, para que Omar al Bachir seja preso. O líder sudanês viajou para Kigali, para participar na cimeira da União Africana. O governo ruandês já tinha anunciado que não ia avançar com a detenção de al Bashir. Recorde-se que Omar al Bashir está acusado de ter participar num genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade na região de Darfur, no oeste do país.

    A cimeira da União Africana decorre este domingo e segunda-feira, em Kigali, capital do Ruanda

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    pt.euronews.com
    17
    Jul16

    17 de Julho de 1936: Início da Guerra Civil Espanhola com a insurreição das forças instaladas em Melilla, contra o poder republicano

    António Garrochinho


    A guarnição espanhola de Melilla subleva-se contra o governo republicano no dia 17 de Julho de 1936. É o começo de uma guerra civil de três anos e um prelúdio aos horrores da Segunda Guerra Mundial. A acção do dia 17 de Julho que tentou derrubar o governo republicano, no entanto, foi derrotada parcialmente. No entanto, causou profunda crise política no governo. Mais tarde, o decorrer dos factos deu abertura para o estabelecimento do regime franquista, que permaneceu no poder em Espanha até 1975.


    A jovem república espanhola era à época vítima de uma espiral de violência, resultado da instabilidade política, tendo como consequência várias centenas de mortos. Poucos meses antes, a Frente Popular, em 16 de Fevereiro, conquistava uma vitória eleitoral e o confronto tornou-se inevitável após o assassinato do deputado monárquico José Calvo Sotelo em 13 de Julho.


    A sublevação militar, chamada de “Glorioso Movimiento”  para os seus chefes, era resultado de um plano preparado minuciosamente por um longo período. A principal inspiração foi o general  Emilio Mola, ex-chefe de polícia e que se tornou governador militar de Pamplona, região de pequenos proprietários de terra carlistas e católicos, ferozmente hostis à República, a Navarra.


    No dia seguinte, Franco deixa o seu posto nas Ilhas Canárias e viaja secretamente para Melilla, desembarcando dois dias mais tarde na Andaluzia com as suas tropas. Tratava-se essencialmente de marroquinos muçulmanos ou "mouros" e soldados da Legião Estrangeira. Guarnições de muitas das grandes cidades também se sublevam, mas uma boa parte do exército permanece fiel ao governo.


    Em três dias, os rebeldes "nacionalistas" tomam a Galiza e a Velha-Castela, perto da fronteira com Portugal, bem como parte de Navarra, Leão e Astúrias. Em Navarra e Aragão, os insurgentes beneficiam do apoio das milícias carlistas, os requetés. Eram camponeses-soldados bem treinados, católicos fervorosos e entusiasmados monárquicos. O carlismo era um movimento político tradicionalista de carácter antiliberal e contra revolucionário surgido na Espanha no século XIX.


    Os nacionalistas conseguem penetrar também na Andaluzia, Córdova, Granada e Cádis, com a ajuda de batalhões mouros e de unidades da Legião. Contudo, em Barcelona, são repelidos pelas milícias operárias. Fracassam também em Valência e no Levante Mediterrâneo.


    Os nacionalistas contavam com uma rápida rendição do governo, porém grandes cidades  escapavam-lhes ao controlo – Madrid, Barcelona, Valência. Elas conseguiram manter-se principalmente no Sul com a ajuda de tropas marroquinas.


    O general Mola projecta então tomar Madrid fazendo convergir sobre a capital quatro colunas de tropas, combinando a sua acção com a insurreição de civis madrilenos, supostamente partidários do governo mas na verdade favoráveis ao ‘Movimento’. Era o que a história consagrou como a Quinta Coluna.


    A manobra, porém, fracassa diante da mobilização inesperada da população. A capital permanece em mãos das tropas legalistas comandadas pelo general. Ao cabo dos 3 dias de Julho - 18, 19 e 20 de Julho – a Espanha emerge dividida em dois, com uma ligeira vantagem do governo, que mantém sob o seu controlo as principais zonas industriais, bem como 14 milhões de habitantes contra 10,5  milhões dos insurgentes. Era o início da guerra civil.

    A guerra civil prolongou-se durante dois anos e meio, opondo exércitos de mais de 800 mil homens em cada lado, com apoio activo do estrangeiro. E, ao internacionalizar-se, iria servir de ensaio para a guerra que se iria travar na Europa contra o nazismo e o fascismo. Com efeito, a Alemanha nazi iria testar em Espanha algumas das suas armas mais modernas, inclusive em Guernica que se tornaria símbolo do terror nazi.


    Um dado a considerar no resultado da guerra civil espanhola é que nas vésperas do golpe de Estado militar de Franco, as divisões da Frente Popular e os excessos da ultra-esquerda eram latentes.


    A frente de esquerda tinha a legitimidade das urnas para levar adiante uma revolução social. Contudo a acção de pequenos grupos que enveredaram para a pilhagem e os assassinatos, especialmente no Norte, debilitaram-na. Entre esses grupos destacaram-se a Confederación Nacional del Trabajo e Federación Anarchista Iberica, ambas anarquistas e o Partido Obrero de Unificaciòn Marxista de ultra-esquerda.


    Os militantes do POUM eram vistos com hostilidade pelo Partido Comunista Espanhol. Essas rivalidades entre os partidos de esquerda atingiriam o auge em Barcelona em 1937 quando ocorreram violentos embates fratricidas. Esses episódios enfraqueceram gravemente o campo republicano durante anos.

    Fontes: Opera Mundi
    wikipedia (imagens)
     Morte do Soldado Legalista, de Robert Capa é a mais conhecida fotografia sobre a Guerra Civil Espanhola. No entanto, existem dúvidas sobre sua veracidade
    As facções em luta no início do conflito (Verão de 1936); a zona nacionalista está em azul, a republicana a vermelho, e o verde expressa os avanços dos nacionalistas.
    17
    Jul16

    OS ENTEADOS

    António Garrochinho


    A Selecção Nacional de Hoquei em Patins sagrou-se ontem Campeã Europeia da Modalidade, constatámos com agrado a ausência do Presidente da República, do 1º ministro e do Presidente da Assembleia ou de qualquer outra autoridade de relevo na vida nacional.

    Está reposta a verdade de que os grandes intervenientes políticos estão verdadeiramente interessados no show-off dos media,  quando o regabofe é grande e se pode estar ao lado de quem, alheio à fantochada,  realmente dásangue suor e lágrimas por Portugal.

    Os hoquistas portugueses venceram todos os jogos da fase final  do torneio por 4 ou mais golos de diferença, "deram o litro" como os seus colegas do futebol, mas as personalidades mais importantes do país marimbaram-se, telegramas ou telefonemas são "zero", confirmou-se ontem que ao mais alto nível o que conta é o folclore, até pode ser um velório.

    As melhores medalhas são as que se dão num abraço no momento certo.

    O srs. Presidente da República, Presidente da A.R. e Primeiro-ministro evidenciaram o seu sentido de oportunidade, leia-se oportunismo, não mais nos iludem.

    A geografia atraiçoou os hoquistas, Oliveira de Azemeis é mais longe que Paris!



    apeidaumregalodonarizagentetrata.blogspot.pt
    17
    Jul16

    Polícias mortos em tiroteio na capital de Luisiana

    António Garrochinho




    Situação na cidade de Baton Rouge continua por controlar.


    A polícia tem as estradas bloqueadas depois do tiroteio deste domingo


    Pelo menos três polícias foram abatidos a tiro neste domingo durante um tiroteio em Baton Rouge, a capital do estado norte-americano de Luisiana, indicou à CNN o presidente da Câmata Kip Holden. Segundo a polícia de Baton Rouge, a troca de tiros continua perto da auto-estrada de Old Hammond e da via que liga ao aeroporto, que foi cortada nos dois sentidos.

    A polícia de Baton Rouge tem estado sob escrutínio desde a morte de um homem negro de 37 anos, Arlon Sterling, que foi abatido por polícias no início do mês, quando se encontrava a vender CD à porta de uma loja de conveniência.

    O funeral de Sterling realizou-se nesta sexta-feira.

    Neste domingo, vários outros polícias ficaram feridos no tiroteio. Segundo o jornal USA Today, os polícias viram-se envolvidos no tiroteio depois de terem respondido a uma chamada por alegado crime. Uma testemunha relatou à televisão local WBRZ_TV que um homem vestido de preto, com a cara encoberta, disparou indiscriminadamente enquanto se deslocava de uma loja de conveniência para um posto de lavagem de carros, na Hammond Air Plaza.

    Segundo a CNN, o atirador estaria em fuga.

    Um dos jornalistas daquela cadeia de televisão relatou que cerca de uma dúzia de carros de polícia, vários deles não identificados, acorreram ao local, onde estará também já uma equipa de atiradores especializados (SWAT). 

    O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que vai investigar a morte de Sterling. As investigações vão ser conduzidas pelo FBI e pela secção de direitos humanos do Departamento de Justiça. Sandra Sterling, tia de Alton, disse ao The Washington Post que quer que seja feita justiça. "Acho que não teriam feito o mesmo se fosse uma pessoa branca", disse Neco Sterling, primo de Alton.

    Alton foi interpelado por dois polícias brancos que o queriam deter na sequência de uma chamada anónima. Um dos agentes acabou por disparar sobre Sterling quando este já estava imobilizado no chão.  

    Este tiroteio acontece também uma semana depois de cinco polícias terem sido mortos por atiradores furtivos em Dalas, durante uma manifestação contra a violência policial. Por agora, foi o dia mais mortífero para a polícia americana desde o 11 de Setembro.

    www.publico.pt
    17
    Jul16

    Um erro terrível, diz ele

    António Garrochinho

    … entretanto, para passar (utilmente!) o tempo…,, estive a ler, no ExpressoEconómico, duas páginas sobre o Nobel da Economia de 2015, Angus Deaton, com coisas interessantes e uma apelativa chamada de 1ª página (que foi terrível foi, agora erro há que discutir!).

    O entrevistado diz, na verdade, coisas interessantes, não obstante ser apresentado como o descobridor das desigualdades (ou o que veio consagrar – académica e nobelmente – a “descoberta” de que há desigualdades inaceitáveis e crescentes), sem quaisquer referências às causas das ditas, como se elas fossem resultado de erros ou ineficácias e não consequências do funcionamento de um modo e formação social, de umas relações sociais de produção.


    Essas duas páginas servem, também, dc pretexto para promoção de Piketty e do seu “genial” “O Capital no século XX”, que se usa para apagar sem remissão outros livros “capitais”, que antes pudessem ter sido escritos e onde se pudessem encontrem pistas para as causas das desigualdades que não as fortuitas, as distracções dos guarda-freios ou quiçá divinos desatinos.

    No entanto, insisto, entrevista e textos com trechos gratificantes. Sobretudo  me agradou ler a resposta, em complemento à justificação de porquê foi erro o que foi terrível (para a economia como ciência social) de tais coisas terem sido “certamente antevistas por alguns”

    Antevistas, previstas, prevenidas, votadas e transformadas em declarações de voto… por alguns enquanto outros lançavam todo o foguetõrio, com cujas canas fizeram moinhos de brincar e tiveram (e têm!) bom  mercado para esse produto e para outras quaisquer, e para traficância financeiro-especulativas.



    Via: anónimo séc. xxi http://bit.ly/2ajkBtS

    17
    Jul16

    17 de Julho de 1945: II Guerra Mundial. Início da Conferência de Postdam, entre os EUA, Reino Unido e URSS, que consagra os sectores de influência aliada no pós-guerra.

    António Garrochinho



    Em 17 de Julho de 1945, os chefes de governo dos Estados Unidos, Reino Unido e URSS, vencedores da Segunda Guerra Mundial, reuniram-se pela terceira vez no contexto do conflito. Antes, haviam acontecido as conferências de Teerão (em 1943) e de Ialta (fevereiro de 1945).
    Quando os Aliados se reuniram em Potsdam, nas proximidades de Berlim, em Julho de 1945, começava a  desgastar-se a aliança estabelecida em Junho de 1941, com a invasão da Alemanha nazi.
    A Conferência de Potsdam significou uma reviravolta nas relações Leste-Oeste. Os seus principais protagonistas foram o novo presidente norte-americano, Harry S. Truman, que em Abril de 1945 havia substituído Franklin Delano Roosevelt; José Estaline da URSS; e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, destituído durante a conferência e substituído por Clement Attlee.  Em Potsdam, o choque de interesses entre Moscovo e seus aliados ocidentais ficou bem mais evidenciado que nas duas conferências anteriores. Depois dos testes bem-sucedidos com a bomba atómica em 1945, Truman pretendia o apoio da URSS na guerra contra o Japão, mas ao mesmo tempo queria evitar uma ocupação soviética naquela região asiática. Já a União Soviética, por seu lado, distanciou-se definitivamente das nações ocidentais, marcando o início de uma nova era: a Guerra Fria.
    A conferência estabeleceu as directrizes básicas para a administração da Alemanha logo depois do fim do conflito. Além da histórica decisão de dividir a Alemanha em quatro zonas de ocupação, foi criado um conselho de ministros das Relações Exteriores, com sede em Londres e a participação de representantes do Reino Unido, União Soviética, China, França e Estados Unidos.
    Procedeu-se, também, ao completo desarmamento da Alemanha. Foram extintas todas as forças germânicasde terra, mar e ar, bem como as SS, SA e Gestapo. As associações de veteranos de guerra, as juventudesmilitarizadas e os clubes e associações para-militares foram também extintos.
    A União Soviética apropriar-se-ia, para si e para a Polónia, da produção e dos equipamentos militares da zona que lhe foi entregue. Receberia ainda 15% da produção excedente da zona ocidental e mais 10% do seu equipamento industrial, ao mesmo tempo que renunciava ao seu ouro que fora capturado pelas nações ocidentais.Entre os principais objectivos da conferência daquele 17 de Julho estavam a criação de directrizes para o tratamento da Alemanha derrotada, questões de reparações de guerra, além da nova fronteira para a Polónia, ao longo dos rios Oder e Neisse, assim como os acordos de paz com a Itália, Bulgária, Finlândia, Hungria e Roménia.

    Conferência de Potsdam. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
      wikipedia (Imagens)

    Arquivo: Conferência de Potsdam 1945-6.jpg
    Winston Churchill, Harry Truman e José Estaline, no início da Conferência

    Clement Attlee,  Harry Truman, e  José Estaline em Potsdam

    Arquivo: Conferência de Potsdam 1945-8.jpg
    17
    Jul16

    Opinião O partido da guerra

    António Garrochinho

    Serão os muçulmanos o inimigo? A religião não tem culpa, é desculpa. As grandes religiões moldaram o nosso Mundo e dividiram-no, quando foram a terrena encarnação do poder ou da guerra por ganhá-lo. Um mesmo livro bíblico, o Êxodo, inspirou tanto Martin Luther King como o Ku Klux Klan. A religião é capaz de revelar o melhor e o pior que há em nós. E nem precisamos de invocar as Cruzadas ou a Inquisição. A uns anima-os cuidar do próximo e a outros disparar as armas do ódio, estilhaços de explosivos ou, como na noite negra de anteontem, soltar a fúria de um camião assassino e converter a festa nacional francesa num cenário de terror.

    Há na Europa, que professa religiosamente o euro, perto de 25 milhões de cidadãos de origem muçulmana, pelo que o islão é também uma religião europeia. Mas que a Europa e os europeus não se confundam: o inimigo não é o islão, mas o fanatismo que mata e morre matando, enquanto cavamos a diferença e as desigualdades.

    Doem-nos mais os mortos europeus que os do resto do Mundo. Acontece que um dos dados mais reveladores sobre o terrorismo jiadista, que amiúde passa despercebido, é que o maior número de atentados ocorre em países muçulmanos e que a maioria das vítimas, e são às centenas, professa o islão. Em poucos dias, o aeroporto de Istambul, a mesquita de Medina, um restaurante de Daca ou uma geladaria de Bagdad foram os cenários de terror escolhidos pelos jiadistas para enviar a sua mensagem letal, a coberto de retórica pseudo-religiosa. Sim, o jiadismo é também inimigo do islão.

    Depois de Bruxelas e Paris, por três vezes em menos de um ano, choramos agora os mortos de Nice. Sangue, morte, alvos simbólicos e muito espetáculo, eis do que se alimenta o terror para espalhar o medo e destruir a ambição de uma Europa unida, próspera e em paz. Inimigos da liberdade, interessa-lhes que voltemos a fechar fronteiras, que destruamos a livre circulação e endureçamos as políticas de imigração e asilo, que demos rédea solta à xenofobia e, finalmente, aceitemos o desafio diabólico para uma guerra santa com o islão mundial. Converteríamos, assim, uma parte da população europeia, a que professa a religião islâmica, num inimigo interno que há que combater e isolar. O delírio totalitário parece ficção, mas Donald Trump nos Estados Unidos e Victor Orbán na Hungria ou Jaroslaw Kaczynsky na Polónia não propugnam coisas muito distintas. É o partido da guerra e tem fiéis em governos e oposições de diversos países europeus. Ceder ao medo é prestar-lhes um serviço.

    *DIRETOR



    http://www.jn.pt/
    17
    Jul16

    Santo Tirso - FOI ROUBAR AMEIXAS - Cães fazem um morto e um ferido grave em assalto

    António Garrochinho





    Propriedade situa-se em Areias, Santo Tirso

    Um assalto, alegadamente para roubar ameixas, acabou da pior maneira. O assaltante foi atacado por dois cães e acabou por morrer.

    Ao tentar socorrê-lo, o filho foi também atacado pelos animais e ficou ferido com gravidade.

    Tudo aconteceu sábado, por volta das 21.30 horas, em Areias, Santo Tirso, numa propriedade privada desabitada. A vítima, um homem de 63 anos, terá entrado no terreno e terá sido surpreendido por dois cães, um serra-da-estrela e um labrador, que vivem ali, ao que tudo indica para guardar o terreno.




    http://www.jn.pt
    17
    Jul16

    Novas linhas do metro recebem 500 milhões

    António Garrochinho


    João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente




    Os metros de Lisboa e do Porto terão 500 milhões de euros para crescer, mais 100 milhões do que a verba inscrita no Plano Nacional de Reformas.

    A garantia é dada pelo ministro do Ambiente em entrevista ao JN. João Pedro Matos Fernandes já decidiu que a Linha da Trofa não será construída e faz uma contraproposta aos autarcas: um percurso urbano de autocarro.

    Foi anunciado um investimento total de 400 milhões de euros até 2021 para a expansão das redes do metro. É verdade que Lisboa terá 160 milhões e o Porto contará com 240 milhões?

    Os 400 milhões que estão no Plano Nacional de Reformas corresponderão a um empréstimo do BEI, mas temos a expectativa de poder reforçá-los com mais 100 milhões através da reprogramação do POSEUR em 2017. Portanto, teremos 500 milhões no total. Em Lisboa, é indispensável ligar a Linha de Cascais diretamente ao eixo central. Essa ligação existe, mas obriga a dois transbordos que complicam a vida às pessoas e retiram procura ao metro. O valor estimado da linha do Cais do Sodré ao Rato é de 160 milhões. Daqui decorre a existência de 240 milhões para a Área Metropolitana do Porto (AMP). Mas como estimamos ter 500 milhões para investir, será possível fazer mais obras em Lisboa e no Porto. Ainda não tenho perspetiva sobre a divisão dos 100 milhões adicionais.


     http://www.jn.pt
    17
    Jul16

    O calão minderico na língua Portuguêsa

    António Garrochinho



    O calão minderico é, era, um linguajar oral de Minde.



    minde_ninhou1.jpg


    Pensa-se que o seu uso se tenha iniciado no princípio do século XVIII por antigos cardadores e negociantes de lãs com o objectivo de esconderem as suas negociações.

    É pois um código ou gíria de um grupo profissional que vivia em comunidade fechada num vale entre as serras d'Aire e Candeeiros.

    Este calão é constituído por palavras e expressões que permitia aos falantes dessa comunidade falarem entre si e combinarem a estratégia de preços, de compras e vendas sem serem entendidos por pessoas estranhas ao seu negócio e assim o protegerem.

    O minderico era usado por um elevado número de negociantes que deviam abastecer e vender o produto de quase duas centenas de teares nos finais do século XVIII.

    Os homens iam comprar lãs e couro. Percorriam todos os sítios, mesmo longínquos, onde pudesse haver os materiais que procuravam para comprar e também para vender as mantas que as mulheres fiavam e teciam.

    Nestas deslocações faziam não só as trocas de produtos como também algumas trocas linguísticas, transportavam, na ida e na volta, palavras e expressões que integravam no seu linguajar.

    A evolução dos costumes, a alfabetização e os meios modernos de comunicação e informação levaram a que a língua portuguesa se uniformizasse e a que o minderico perdesse o seu uso.

    Actualmente só a população adulta o conhece e alguns têm trabalhado para preservar esse património linguístico.

    Leite de Vasconcelos no seu estudo sobre os dialectos da língua portuguesa incluiu também este "Calão minderico - Alguns termos do "calão" que usam os cardadores e negociantes de Minde, concelho de Alcanena".

     " Jorda as meníseas ao terraisinho porque o grande juíz não tarranta." (Entrega as mantas ao homem porque Deus não dorme.)

    "O terraisinho jorda cinco cédulas por uma menísea." (O homem dá quinhentos escudos por uma manta).


    Algumas palavras em Minderico


    abobrar - descansar;alexandrinas - fotografias;ambrosiar-pensar,cismar;albertinas - bolachas;babosas - cervejas;badelo - língua;bodelha - mentira;borboleta - luz;brancano – leite;bruxo - computador;Casal Médio - Santarém;cabaneira - vaca;campinos - melões;carranchano - amigo;fusca - noite;gargantear – cantar;
    jordar – fazer, gastar, despejar, desperdiçar;latina - missa;Casal Grande - Lisboa;mioleira – testa;mirantar – ver, observar;Ninhou - Minde;nazaré - banho;
    neto - dinheiro;paivante - cigarro;patarraz da ladina - genro;perneiras - peúgas;
    piação - conversa;pirota - motorizada;quadrazal - mês;remexido - negócio;
    renhomnhom - gaita de foles ;rinchão - comboio;rodilha - sogra;ronquinho - surdo;senhor antónio - marido atraiçoado pela esposa, corno;sesta - semana
    soletra - livro;tarrantar - dormir;tece-tece - Internet;terraizinho - criança;
    terraizinho judaico - Menino Jesus;tosadeira - boca;toupeira do ferreiro - charrua;videira - mãe;videiro - pai;vista-baixa - porco;zé pedro – bigode





    texto retirado do site:http://expresso.sapo.pt/ da autoria de JOVIANA BENEDITO
    portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt

    17
    Jul16

    Marcados dois dias de greve no setor da saúde

    António Garrochinho

    Os trabalhadores da saúde paralisam nos dias 28 e 29. Contestam o horário de 40 horas semanais, que ainda lhes está ser aplicado, depois de já terem iniciado uma greve à oitava hora de trabalho.


    José Abraão, dirigente da Federação Sindical da Administração Pública (Fesap), disse hoje à agência Lusa que a estrutura sindical emitiu o pré-aviso de greve com o objetivo de conseguir um compromisso de negociação com o Governo para resolver a situação dos trabalhadores do setor da saúde, que continuam a trabalhar 40 horas e não 35 horas, como os restantes trabalhadores da Administração pública.

    "Os 40.000 trabalhadores da saúde que estão fora das 35 horas querem um compromisso do Governo para resolver a sua situação, que consideram de grande injustiça", afirmou.

    No dia 01 de julho entrou em vigor um diploma que repôs na função pública o horário semanal de 35 horas, depois de quase três anos de prática de 40 horas, impostas pelo anterior Governo.

    A nova legislação prevê situações de exceção para os setores com falta de pessoal, por isso os trabalhadores da saúde continuam a trabalhar mais uma hora por dia.

    No primeiro dia deste mês a Fesap emitiu um pré-aviso de greve para o setor, para vigorar a partir de dia 15, para cobrir a última hora de trabalho, com validade até 31 de agosto.

    "Muitos trabalhadores, de norte a sul do país, manifestaram intenção de participar nesta greve, que acreditamos que vai ter muita adesão por parte dos administrativos, auxiliares, técnicos de diagnóstico e enfermeiros", disse José Abraão.

    De acordo com o novo pré-aviso, a greve dos trabalhadores do setor da saúde irá decorrer entre as 00:00 do dia 28 e as 24:00 do dia 29 de julho.

    A Frente Comum de sindicatos da Administração Pública também tem um pré-aviso de greve para o setor da saúde para o dia 28.


    www.tsf.pt

    17
    Jul16

    AVIÃO DA TAP ESCOLTADO POR CAÇA FRANCÊS, SILÊNCIO DO COMANDANTE ALERTA MILITARES FRANCESES.

    António Garrochinho

    PARA MIM ISTO SÃO NOTÍCIAS SENSACIONALISTAS
    PORTUGAL GANHOU O EURO DO FUTEBOL, DEPOIS O TRIDENTE FICOU PRESO EM REDES DE ARRASTÃO FRANCÊS, AGORA É UM AVIÃO DA TAP ESCOLTADO POR UM CAÇA FRANCÊS.
    OU OU ESTÁ TUDO MALUCO OU ANDA TUDO A BRINCAR COM BRINCADEIRAS DE MAU GOSTO.
    ISTO NÃO SÃO NOTÍCIAS DA "IMPRENSA FALSA" DEVIDAMENTE ASSINALADAS COMO HUMOR. É UMA NOTÍCIA DO PASQUIM CORREIO DA MANHA (SEM TIL) QUE COM ISTO VENDE MUITO E PRESTA UM "BOM SERVIÇO" AOS SEUS LEITORES.
    DIZ O JORNAL QUE O COMANDANTE DO AVIÃO PORTUGUÊS FEZ SILÊNCIO À COMUNICAÇÃO DO PILOTO DO CAÇA FRANCÊS.
    SE O FEZ, QUAL O MOTIVO ?

    AG

    17
    Jul16

    Uma ilha Africana

    António Garrochinho



    A solidariedade internacionalista do povo cubano foi um exemplo único que superou toda e qualquer proporcionalidade que se queira encontrar.
    Por isso, «as forças progressistas e os povos da África jamais esquecerão o contributo da Revolução Cubana para a libertação do continente e o sangue derramado pelos cubanos, muitos deles descendentes de escravos africanos levados à força, séculos antes, para o Caribe».



    Evidenciando os laços históricos que unem os povos de Cuba e África, Amílcar Cabral disse um dia que a terra de Fidel «é uma ilha africana perdida no Mar do Caribe». Sentimento partilhado pelo revolucionário cubano, para quem Cuba «é um país latino-africano».
    Assassinado em 1970 por agentes do colonialismo português, o líder da luta política e armada pela independência nacional da Guiné-Bissau e de Cabo Verde era um grande admirador da Revolução Cubana e dos seus dirigentes.


    Em princípios de 1965, Cabral encontra-se em Conakry com Ernesto Che Guevara, quando este faz um périplo por África para contactar dirigentes de movimentos de libertação nacional e de regimes progressistas como os da Argélia, Egipto, Gana e Tanzânia. Pouco depois, Cuba despacha por via marítima alimentos, medicamentos, uniformes e armas para os combatentes do PAIGC. E envia os primeiros médicos e assessores militares para apoiar o governo de Massamba-Débat, do Congo (Brazzaville), e os guerrilheiros da Frelimo, em Moçambique, e do Congo (Leopoldville). Mais tarde, em meados de 1966, desembarcam nas áreas libertadas da Guiné-Bissau equipas de médicos e de assessores militares cubanos.


    Este apoio internacionalista de Cuba ao movimento independentista africano estender-se-á mais tarde a outros países. Em Dezembro de 1975, quando Agostinho Neto proclama a República Popular de Angola, já invadida pelas hordas sul-africanas e por mercenários a soldo do imperialismo, há combatentes cubanos a ajudar os angolanos na defesa de Luanda.


    Em Angola, até meados dos anos 80, militares cubanos – a par de médicos, professores e outros técnicos a trabalhar na construção do novo Estado – ajudarão o governo do MPLA a combater, travar e vencer o exército da África do Sul doapartheid e seus títeres. Vitórias decisivas para a conquista da paz em Angola, para a independência da Namíbia, para o fim dos regimes racistas rodesiano e sul-africano, para a mudança profunda do mapa político da África Austral.


    As forças progressistas e os povos da África jamais esquecerão o contributo da Revolução Cubana para a libertação do continente e o sangue derramado pelos cubanos, muitos deles descendentes de escravos africanos levados à força, séculos antes, para o Caribe.


    Respeito irrestrito pela soberania nacional


    As estatísticas da cooperação Cuba-África, hoje, são impressionantes. Num artigo recente, no Granma, jornal do Partido Comunista de Cuba, a jornalista Laura Prada fornece números sobre essa «ponte entre povos irmãos».
    O primeiro passo foi dado em Maio de 1963, quando chegou à Argélia acabada de conquistar a independência a primeira equipa médica cubana, com 55 elementos. Um dos exemplos mais recentes deste espírito solidário, na área da saúde, elogiado pelas Nações Unidas, pela União Africana e pela Organização Mundial da Saúde, foi o envio de uma brigada de 256 profissionais de saúde para a Guiné-Conakry, a Libéria e a Serra Leoa, para ajudar a controlar a emergência sanitária provocada pelo vírus do ébola.
    Desde o triunfo da Revolução Cubana até 2015, mais de um milhão de cubanos trabalharam em 160 países e cerca de 30 mil ofereceram os seus serviços nas áreas da saúde, educação, desporto, ciência e construção civil em diferentes regiões do Norte da África e da África subsaariana.
    Trabalham em África, actualmente, segundo o Granma, cinco mil cubanos, ainda assim apenas 10 por cento dos cooperantes de Cuba em todo o mundo. Por sectores, 2442 são da saúde, 247 da educação, 82 do sector técnico, 72 da construção civil. 
    Os países africanos com maior número de cooperantes cubanos, em finais do primeiro trimestre deste ano, eram Angola (2742), Argélia (905), Guiné Equatorial (507). Moçambique (389), África do Sul (329), Gâmbia (114), Namíbia (113) e, com menos de uma centena, Botswana, Gabão, Congo, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Burkina Faso, Zimbabué, República Árabe Saharaui Democrática, Eritreia, Etiópia, Tanzânia.


    Esta cooperação baseia-se em quatro princípios, que ajudam a compreender a admiração dos povos africanos pelo internacionalismo da Revolução Cubana. Um primeiro, o do benefício comum e o da solidariedade; um segundo, o da contribuição para o desenvolvimento dos países receptores de ajuda de emergência ou em caso de desastre; um terceiro, o da mostra da solidariedade entre os povos, sem condições; e, um quarto princípio, o do respeito sem restrições pela soberania, leis nacionais, cultura, religião e autodeterminação dos povos.


    * Jornalista
    Este texto foi publicado no Avante nº 2.223 em 7 de Julho de 2016.


    www.odiario.info
    17
    Jul16

    QUEM ESCONDE É QUE PROMOVE E DEIXA QUE CONTAMINE.

    António Garrochinho

    QUEM CALA CONSENTE ! OU ISTO SÓ SERVE PARA DETERMINADAS OCASIÕES !? CALAR É UM MAU COSTUME, PODE TORNAR-SE UMA ROTINA NOS MAIS VARIADOS ASSUNTOS E ACONTECIMENTOS DA NOSSA VIDA.

    JÁ O REPETI AQUI POR DIVERSAS VEZES QUE NÃO ME AGRADA O "CONSELHO" QUE AO DENUNCIAR UMA PÁGINA FASCISTA, UMA PUBLICAÇÃO DE DIREITA, QUE ATINJA AS RAIAS DA MENTIRA E DO NOJO SEJA CONSIDERADO UMA "PROMOÇÃO".
    PARA QUEM ME CONHECE ISSO ATÉ ME OFENDE ! PARA QUEM NÃO ME CONHECE ENTÃO QUE LEIA ATENTAMENTE O QUE ESCREVO SE QUISER DAR-SE AO TRABALHO ANTES DE JULGAMENTOS SEM NEXO.

    PROMOVER O FASCISMO É IGNORÁ-LO, NÃO O DENUNCIAR, NÃO O COMBATER NA PÁGINA OU LOCAL ONDE TEM ORIGEM.
    EU SEMPRE O FIZ E SEMPRE O FAREI !
    QUEM TEM A OPINIÂO QUE "DEVEMOS DESPREZAR" O PODRE E A VERBORREIA FASCISTA, NÃO ACABA COM O VENENO QUE OS NOSSOS ADVERSÁRIOS E INIMIGOS ESPALHAM NAS REDES SOCIAIS, NA TELEVISÃO, NA COMUNICAÇÃO SOCIAL.
    ANTES PELO CONTRÁRIO QUEM OS IGNORA PRESTA SIM UM SERVIÇO AOS PROVOCADORES E A GENTE IMUNDA, INIMIGA DOS VALORES E DAS CONQUISTAS DE ABRIL.
    NÃO SE VARRE O LIXO PARA DEBAIXO DO TAPETE POIS É LÁ QUE CONTINUA A PROCRIAR E A DESENVOLVER-SE.
    PARA MIM É MAU HÁBITO E ATÉ SE PODE TORNAR VICIANTE ANDAR A ESCONDER O QUE SE PUBLICA QUER GOSTAMOS OU NÃO SEJA DE DIREITA OU SEJA DE ESQUERDA.
    CADA QUAL TERÁ A SUA OPINIÃO E NAQUILO QUE PUBLICO MANDO EU.


    Obrigado
    17
    Jul16

    A DIREITA, A EXTREMA DIREITA NAZI, DEFENSORA DO TERRORISMO.

    António Garrochinho

    Marine Le Pen a extremista nazi francesa anda na Europa e no mundo COM OS SEUS IGUAIS a tentar ganhar votos "fazendo de contas" que condenam as políticas do DAESH ou outras organizações que foram criadas pelo imperialismo e pelos saudosistas do colonialismo que até hoje não deixaram de assassinar e roubar outros povos.
    A DIREITA, A EXTREMA DIREITA, OS FALSOS SOCIALISTAS, OS MERDOSOS SOCIAIS DEMOCRATAS, TÊM ARRASADO O MUNDO COM AS SUAS POLÍTICAS E SÃO OS VERDADEIROS CULPADOS DO ESTADO EM QUE SE ENCONTRAM MUITOS DOS PAÍSES DO PLANETA.
    COMO SEMPRE SERVEM-SE E USAM O VENENO DA CONFUSÃO PARA QUE OS SEUS INTERESSES, OS DO CAPITALISMO TERRORISTA, PREVALEÇAM NO MUNDO.
    António Garrochinho
    17
    Jul16

    AREIA NOS OLHOS

    António Garrochinho
    ACHO UM NOJO A CAMBADA DE ESCRÓQUES, DE PULHAS, QUE HOJE ESTÃO À FRENTE DE GOVERNOS NA EUROPA AO "DERRETEREM-SE" A ENVIAR MENSAGENS A ERDOGAN, O FASCISTA TURCO, PARA QUE RESPEITE OS DIREITOS HUMANOS E CUMPRA O MAIS ELEMENTAR DO HUMANISMO.
    QUEREM PRECISAMENTE AO CONTRÁRIO ! QUEREM QUE ERDOGAN SE LIVRE DE TODOS OS OPOSITORES SEJAM ELES GENTE BOA OU GENTE QUE QUER SIMPLESMENTE O PODER COMO PARECE SER O CASO DO GOLPE DE ESTADO FALHADO.
    CAMBADA DE FILHOS DA PUTA POIS SE ELES (OS EUROPEUS CIVILIZADOS) NÃO OS CUMPREM E NUNCA DENUNCIAM OS ASSASSINATOS, AS PRISÕES ARBITRÁRIAS, O EXTERMÍNIO DE GENTE INOCENTE POR PARTE DOS SEUS AMIGOS E ALIADOS QUE TÊM POR ESSE MUNDO FORA, COMO PODERIA ACREDITAR NA HONESTIDADE E SINCERIDADE DAS PALAVRAS QUE AGORA DESPEJAM NA COMUNICAÇÃO SOCIAL QUE NÃO SÃO MAIS DE QUE UM REGOZIJO E SATISFAÇÃO CAMUFLADA PARA QUE NA TURQUIA OU LÁ ONDE QUER QUE SEJA TRIUNFEM OS PORCOS EXPLORADORES, GATUNOS, E OS ASSASSINOS.
    António Garrochinho

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