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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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18
Jul16

Onde é que o fado nasceu? Alfredo marceneiro - fado laranjeira

António Garrochinho


O fado descende directamente do romanceiro, o canto narrativo tradiconal , cuja origem remonta à Idade Média. É, pelo menos, a convicção do investigador José Alberto Sardinha, plasmada no livro "A origem do fado", resultado de 20 anos de investigação.




Em "A origem do fado", José Aberto Sardinha contraria tudo o que até hoje se escreveu sobre a matéria. Que a história da chamada canção de Lisboa sempre andou envolta em mistério e que o género terá sofrido influências do Brasil, de África e do Médio Oriente era o que até agora se sabia. Mas, na investigação de José Alberto Sardinha, todas estas teorias são postas de parte. Para o autor, o fado não é só de Lisboa porque, explica com ironia, "nunca existiu à entrada de Lisboa uma alfândega musical que determinasse que dali nem saía o fado nem entravam chulas e malhões. Para mim, o fado tem a sua génese no romanceiro tradicional".

O investigador defende ainda a ideia de que o fado não nasceu nas tabernas, mas, sim, na rua e nas feiras. "Há 35 anos que sou investigador da música de tradição oral no campo. E, como tal, o fado não ocupava as minhas preocupações. Também eu partia do preconceito que toda a gente tem de que o fado é uma canção de Lisboa e que, portanto, não tem nada a ver com o campo".

Apesar de tudo, sublinha, "nessas minhas investigações no terreno, ia gravando alguns fados bailados, que apareciam sempre. Claro que, na altura, levava isso sempre à conta de que seriam importações do campo em relação à cidade. Mas, o que é verdade é que sempre notei que havia um certo género poético musical muito semelhante ao fado, em termos melódicos e na própria entoação".

Rural versus urbano

O investigador explica que essas semelhanças entroncam no romanceiro tradicional. "O romanceiro tem a sua origem nas gestas em que se narravam histórias da guerra contra os mouros e que, a partir do século XVI, começou a contar histórias de amores e desamores de reis e de rainhas e que mais tarde, no século XVII, passou a contar histórias do dia a dia de gente simples. Todo esse reportório foi, durante séculos, cantado por músicos ambulantes, os jograis, e, posteriormente, pelos ceguinhos".

O ponto de viragem na investigação de José Alberto Sardinha aconteceu em 1988. "Um dia, depois de gravar uma velhota durante uma tarde inteira a cantar romanceiros, percebi que havia pontos de contacto com o fado. Voltei para casa, voltei a ouvir gravações antigas que fizera e pensei: "se substituirmos o conceito de semelhança pelo conceito de identidade, pode ser uma revolução. E, então, investiguei mais profundamente nos anos seguintes".



"Ao longo de 22 anos", conta José Alberto Sardinha, "comecei a direccionar a minha investigação na procura dos ceguinhos, na gravação do seu reportório, na gravação de romances e na busca da génese do fado. E é isso que dá origem a este volume, que é sutentado por quatro CDs. No fundo, o que defendo é que, do século XVI até princípios século XX, Lisboa comungava de um mesmo substracto cultural com as aldeias, vilas e cidades do resto do país. Isto é, havia uma realidade, uma prática e uma vivência musicais que eram comuns".

José Alberto Sardinha também avança outra teoria para a origem da palavra "fado". De acordo com o investigador, a palavra, ao nível popular, tem o sentido de vida. "Portanto", defende, "o fado chama-se fado porque conta histórias".

http://www.jn.pt


DEPOIS DE TE BEIJAR, A BOCA PURPURINA
UM NOME ALI GRAVEI, O TEU NOME ... MARIA
Digitalizar0026.jpg

Alfredo Marceneiro canta Fado Laranjeira
letra de Júlio César Valente e música  (Fado Laranjeira) de Alfredo Marceneiro

vídeo


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"LARANJEIRA FLORIDA"

Letra de: Júlio César Valente
Música: Fado Alexandrino Laranjeira de Alfredo Marceneiro


Em tenra a laranjeira
Ainda pequenina
Onde poisava o melro
Ao declinar do dia
Depois de te beijar
A boca purpurina
Um nome ali gravei
O teu nome Maria

Em volta um coração
também com arte e jeito
Ao circundar teu nome
A minha mão gravou
Esculpi-lhe uma data
E o trabalho feito
Como selo de amor
No tronco lá ficou

Mas no rugoso tronco
Eu vejo com saudade
O símbolo do amor
Que em tempos nos uniu
Cadeia de ilusões
Da nossa mocidade
Que o tempo enferrujou
E que depois partiu

E à linda laranjeira
Altar pregão d´amor
Que tem a cor da esperança
A cor das esmeraldas
Vão as noivas colher
As simbólicas flores
Para tecer num sonho
As virginais grinaldas    
patriarca-do-fado.blogs.sapo.pt
18
Jul16

Vírus no Facebook espalha mensagens com a sua identificação!

António Garrochinho

18
Jul16

Enfermeiros ameaçam vir para a rua se 35 horas não se estenderem aos colegas a contrato

António Garrochinho




O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses ameaça vir para a rua, caso se confirme o recuo do Governo em aplicar o horário das 35 horas semanais a todos os enfermeiros, deixando de fora da medida os profissionais com Contrato Individual de Trabalho (CIT).

O impasse nas negociações com o Governo já levou a delegação algarvia do SEP a convocar os enfermeiros dos Hospitais do Algarve para um plenário na sexta-feira, «para agudizar formas de luta».

Os sindicalistas dizem que a atitude do ministério da Saúde é «inqualificável», defendendo que este recuo «demonstra má fé negocial e gora as expetativas criadas».

«A 4 de maio, e desde então , o Governo tem vindo a assumir o compromisso, nas sucessivas reuniões com o SEP, com a presença de elementos das Finanças e da Secretaria de Estado da Administração Pública, chegando mesmo a assinar um protocolo negocial para a negociação de um instrumento de regulamentação coletiva de trabalho, com vista à fixação imediata das 35 horas. Agora, inesperadamente, retira esse compromisso», acusou a delegação algarvia do SEP, que apelida a decisão de «inaceitável».

www.sulinformacao.pt

18
Jul16

Brexit: 300 judeus sefarditas no Reino Unido pedem nacionalidade portuguesa

António Garrochinho

Em 2015, foram feitos cinco pedidos deste tipo. Desde a vitória do Brexit, já são 300 os descendentes de judeus sefarditas (originários de Portugal) a pedir a nacionalidade portuguesa.

A legislação portuguesa permite que os descendentes de 

sefarditas que viveram em território português possam pedir 

a nacionalidade portuguesa

Cerca de 300 judeus britânicos descendentes de sefarditas portugueses pediram a nacionalidade portuguesa desde a vitória do ‘Brexit’, contra cinco solicitações em 2015, disse a Comunidade Israelita do Porto à agência Efe.
A legislação portuguesa permite — desde 2015 — que os descendentes de sefarditas que viveram em território português possam pedir a nacionalidade portuguesa.
Segundo publica esta segunda-feira a agência de notícias espanhola Efe, a perspetiva da saída do Reino Unido está a fazer com que muitos dos judeus sefarditas portugueses tentem uma forma de manter os direitos no quadro da União Europeia.
“É inevitável concluir que os judeus sefarditas que residam na Inglaterra correm o risco de perder os direitos da União Europeia e, por isso, é natural que usem um direito que a lei portuguesa lhes concede”, disse à Efe um porta-voz da Comunidade Israelita do Porto.
A Comunidade Israelita do Porto é uma das entidades autorizadas para expedir o certificado de descendência portuguesa e que é necessário para ativar o processo de nacionalidade.
Desde que foi anunciado o triunfo do ‘Brexit’, na sequência do referendo realizado no Reino Unido no passado dia 23 de junho, que a Comunidade Israelita do Porto recebeu 300 petições, contrastando com os cinco pedidos registados desde 2015, altura em que a Assembleia da República aprovou a lei sobre os direitos dos sefarditas de origem portuguesa.
Como qualquer Estado-membro da União Europeia, os cidadãos com nacionalidade portuguesa têm o direito de circular livremente, residir e trabalhar em qualquer país comunitário sem necessidade de fazer acionar o processo de solicitação, obrigatório para os cidadãos extracomunitários.
Os britânicos vão perder os direitos a partir do momento em que o Reino Unido abandonar a União Europeia e, no contexto do bloco europeu, vão passar a reger-se pelas normas que se aplicam aos cidadãos dos países não-comunitários.
A Comunidade Israelita do Porto disse à Efe que calcula que, dos 350 mil judeus que residem no Reino Unido, cerca de 50 mil são sefarditas — de ascendência portuguesa ou espanhola –, apesar de se desconhecer até ao momento quantos podem utilizar o direito de pedido de nacionalidade em Portugal.
“O processo para pedir [a nacionalidade] é igual para todos os sefarditas. Devem provar que são judeus descendentes de portugueses”, explicou a mesma fonte, recordando que, para certificar a origem portuguesa, os candidatos têm de provar as ligações com as tradições nacionais.
Aspetos como a árvore genealógica, o conhecimento da língua ou os apelidos podem ser utilizados como prova de origem, apesar de não garantirem a concessão da nacionalidade caso não fique claro que o requerente manteve relações com as comunidades portuguesas.
“Os apelidos que os judeus portugueses usavam antes de 1496 eram tipicamente judaicos. Depois passaram a utilizar nomes ibéricos. Foram obrigados a alterar o nome. As listas de nomes ibéricos por si só não provam nada”, assinalou o porta-voz da Comunidade Israelita do Porto.
Os processos mais simples dizem respeito a todos aqueles que conseguem provar que os antepassados se uniram a comunidades judaicas em outros países depois de terem sido expulsos de Portugal.
Em todo o mundo existem, cerca de 3,5 milhões de descendentes sefarditas de origem portuguesa e espanhola.
Milhares de judeus espanhóis estabeleceram-se em Portugal e uniram-se às comunidades sefarditas depois da expulsão ordenada pelos Reis Católicos em 1492.
Mesmo assim, o rei D. Manuel expulsou os judeus em 1496, impondo como condição o casamento com Isabel de Aragão, herdeira espanhola, tendo-se registado mortes e perseguições, além das expulsões.
Algumas das famílias judias estabeleceram-se em Londres nos séculos XVI e XVII e outras acabaram por emigrar para território britânico no século XX depois de passagens pelo norte de África e Médio Oriente.
A lei portuguesa, ao contrário da legislação espanhola, que também permite a obtenção da nacionalidade aos sefarditas, não estabelece um prazo limite para a solicitação, pelo que o número de pedidos pode vir a aumentar até á saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’).

observador.pt
18
Jul16

PUM, PUM, PUM, CATRAPUM, PUM PUM ! - A luta continua (contra Garcia Pereira)

António Garrochinho

Garcia Pereira (à esquerda) junto de Arnaldo Matos 




Garcia Pereira, ex-secretário-geral do PCPT/MRPP, voltou a ser duramente criticado no Luta Popular. O órgão oficial do partido publica o perfil de um "anti-comunista", "canalha" e réptil seboso".




A guerra no interior do PCTP/MRPP continua. Depois de Garcia Pereira ter caído em desgraça e apresentado a demissão, o Luta Popular Online, órgão de comunicação oficial do partido, vem agora publicar um novo artigotecendo duras críticas ao seu ex-secretário-geral. É “o perfil do golpista sem caráter”, do “oportunista sem escrúpulos”, do “verme” e do “canalha sem vergonha, que tudo fez para liquidar o partido”.
O artigo, publicado a 11 de julho e assinado por “Frederico”, faz eco, na prática, das principais conclusões da reunião do Comité Distrital de Lisboa do partido, a 10 de julho. E é acompanhado pela transcrição de várias cartas trocadas entre Arnaldo Matos, o histórico fundador do PCTP/MRPP, e Garcia Pereira, que se vai tentando defender e justificar.
Numa dessas cartas Arnaldo Matos é particularmente duro para com Garcia Pereira:
Caro Garcia Pereira,
Estás a ir por um mau caminho, se continuas a fingir não perceber o que te digo.
Olhei para a primeira página do Luta Popular Online de hoje e fico sem saber se as alterações que apresenta são ou não a nova primeira página, subsequente às minhas críticas e concelhos [sic] de anteontem.
Se são, só me resta mandar-te à merda e deixar de aturar as tuas garotices.”
Arnaldo Matos não estava satisfeito com o comportamento de Garcia Pereira, que não dera atenção às suas sugestões sobre mudanças no grafismo do jornal. “As observações que te enviei visavam reunir os nossos melhores gráficos para redefinirem, segundo uma nova linha política e após ampla e livre discussão, a nova maqueta da primeira página, quanto à espacialidade, cor, títulos, letras e lugar de relevo a conceder ao editorial, como peça nobre da linha do Partido.Vejo que nada disso foi feito nem entendido, e que se optou por pequenas alterações isoladas“, queixava-se Arnaldo Matos.
Na volta do correio, Garcia Pereira justificava-se como podia. Assumia estar a viver vários problemas e pedia o apoio de Arnaldo Matos.
Li o teu mail. Sinto-me literalmente perdido e transtornado. A tua rutura para comigo é algo de praticamente inultrapassável. Na verdade, és e sempre serás uma referência, um farol na minha vida. Salvaste-me a vida, a física e a política, em 1978. Apoiaste-me sempre em todas as situações mais difíceis da minha vida. NUNCA o poderei esquecer!Reconheço a justeza das tuas críticas mas estou a sentir o chão fugir-me debaixo dos pés”, pode ler-se na carta enviada por Garcia Pereira, transcrita pelo Luta Popular Online.
A isto, Arnaldo Matos respondia com frieza.
Caro Camarada Garcia Pereira,
Estás permanentemente a misturar problemas e relações pessoais com problemas e relações políticas, e essa mistura não te permitirá nunca fortalecer nenhum dos tipos de relações, nem resolver nenhuma das espécies de problemas.
Em relação aos problemas políticos, que são os prioritários, a questão é simples e há muito está identificada: o atual comité central liquidou, nos últimos vinte e cinco anos, a base teórica marxista, a base ideológica comunista e a base política revolucionária do Partido e cortou a sua ligação às massas. (…)
A situação agora está brava, porque a contra-revolução tomou o freio nos dentes e vocês, com uma cobardia inaudita, abandonaram os operários, os pobres e o povo.
Todas as tentativas que fiz nos últimos sete anos — data da crise económica financeira mundial (2008) – não tiveram grande sucesso, porque os dirigentes do Partido não estavam para ai virados, não estudavam, não lutavam, nem se mostravam preocupados senão com os euros que a Europa alemã lhes pudesse proporcionar. (…)
Enquanto eu me esganhava para recuperar e refundar o Partido, tu e os teus amigos do Comité Central não só não apoiavam as iniciativas tomadas para alterar tudo o que devia ser alterado, mas até ensaiavam uma guerra especial contra o papão, destinada a mostrar que não tinham medo do papão…
Pobres estúpidos!”
Arnaldo Matos acabaria por escrever uma carta ao comité central do partido denunciando “o golpe oportunista pelo qual Garcia Pereira se alcandorou à direção do partido” e anunciando a cessão “total” da sua colaboração com o “atual PCTP/MRPP”.
Na reunião do Comité Central de 4 de setembro de 2015, o partido acabaria por retirar “todas as tarefas políticas de direção” a Garcia Pereira.
“Frederico”, o autor que assina o artigo, vai pincelando a peça com várias acusações a Garcia Pereira. E termina acusando o ex-secretário-geral de ser um “golpista sem caráter“, um “oportunista sem escrúpulos” e um “canalha sem vergonha, que tudo fez para liquidar o partido”.
“Garcia Pereira é um anticomunista primário e além disso um sujeito sem caráter, um pulha e um canalha. Teve sempre o camarada Arnaldo Matos à perna, que nunca o deixou pôr o pé em ramo verde, nem nunca aparou os seus golpes”, pode ler-se ainda. O artigo termina com uma ameaça: “Há mais documentos que confirmam o trajeto anticomunista e social-fascista de Garcia Pereira. Havemos de voltar a eles“.

observador.pt

18
Jul16

OS MERDAS

António Garrochinho
E O POVO SOFRE, POR TODO O MUNDO ÀS MÃOS DESTAS MERDAS QUE ASSASSINAM, FAZEM GOLPES, E LEVAM PROTEGIDOS E IMPUNES UMA VIDA DE JOGOS DE GUERRA E DE DINHEIRO ONDE OS INOCENTES NA MAIORIA DAS VEZES SÃO OS QUE TOMBAM ILUDIDOS E SEQUIOSOS DE PÃO E DE PAZ.


António Garrochinho
18
Jul16

General confessa autoria de golpe de estado na Turquia

António Garrochinho


O antigo chefe da Força Aérea turca Akin Ozturk terá confessado, esta segunda-feira, ser o mentor da tentativa de golpe de estado, sexta-feira, na Turquia.

Segundo a agência oficial de notícias Anadolu, o general terá afirmado que "agiu com a intenção de organizar um golpe de estado", revela a BBC.

A agência Anadolu revelou imagens do general detido e com sinais de violência.


http://www.jn.pt

18
Jul16

França: PM vaiado antes de homenagem às vítimas de Nice

António Garrochinho

Em França, o primeiro-ministro Manuel Valls foi alvo de apelos à demissão esta segunda-feira momentos antes do minuto de silêncio observado em todo o país em memória às vítimas do atentado de 14 de julho em Nice.

Na semana passada, o governo decretou três dias de luto nacional por todo o país com um minuto de silêncio observado esta segunda-feira ao meio-dia, hora local.

Foi na quinta-feira passada que um extremista matou 84 pessoas no principal passeio marítimo de Nice por ocasião dos festejos do Dia da Bastilha, a festa nacional francesa.

As sondagens mais recentes dão conta de uma queda de confiança no governo para lidar com a ameaça terrorista.

Um estudo publicado por um dos principais jornais franceses, Le Figaro, sugere que apenas 33% dos inquiridos confia na capacidade da atual liderança para lidar com este problema.

A menos de um ano das presidenciais, os acontecimentos recentes estão a reforçar a posição da extrema-direita, encabeçada pela líder da Frente Nacional, Marine Le Pen.

No sábado, Le Pen acusou o governo do que designou como “carências gravíssimas do Estado” relativas à proteção dos franceses.

As autoridades francesas têm em seu poder seis indivíduos suspeitos de estarem implicados no ataque de Nice.

VÍDEO


pt.euronews.com
18
Jul16

360.000 TONELADAS DE ROCHAS E...BUUUUUUUM !

António Garrochinho



VÍDEO


Para que fazer muitas explosões de todas estas rochas podendo fazê-lo apenas vez, deve ter pensado alguém da Bremanger Quarry, uma empresa dedicada à extração de pedras de alta qualidade na Noruega que depois é exportada à Europa para aplicação na construção civil, construção de estradas e ferrovias. Ao todo fizeram 454 buracos para inserir 68 toneladas de cargas explosivas, em uma área de 385 metros de comprimento e 20 metros de altura.


O resultado: todo o material da área transformado em toneladas de rochas e uma explosão que vista desde o ar resulta bastante espetacular.


www.mdig.com.br
18
Jul16

Carta aberta a Sérgio Moro

António Garrochinho


Me desculpe a franqueza, mas o senhor é uma desgraça nacional. Simboliza a justiça partidária que tanto mal faz ao país.

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Por: DCM
Caro Moro:
Me desculpe a franqueza, mas o senhor é uma desgraça nacional. Simboliza a justiça partidária que tanto mal faz ao país.
O senhor é um antiexemplo. No futuro, quando formos uma sociedade mais avançada, ficará a pergunta: como pudemos tolerar um juiz tão parcial?
Sequer as aparências o senhor respeitou. São abjetas as imagens em que o senhor aparece ao lado de barões da mídia como João Roberto Marinho e de políticos da direita como João Dória.
O senhor tem ideia do que aconteceria na Inglaterra se um juiz com tanto poder como o senhor confraternizasse com caciques da política e da mídia?
Mas o pior não foram as aparências: foram e são os atos práticos.
Como o senhor não se envergonhou de participar dos espetáculos circenses em que o objetivo era criminalizar um e apenas um partido, o PT?
Como o senhor não se envergonhou em passar para a Globo conversas criminosamente gravadas entre Lula e Dilma?
Caro Moro: como o senhor consegue dormir?
Vejamos os fatos destes últimos dias. O senhor e sua Lava Jato foram fulminantes em prender um ex-ministro de Lula e embaraçar o editor de um site que representa um tipo de visão completamente ignorado pelas grandes empresas jornalísticas.
Funcionários da PF, em extravagantes uniformes de camuflagem e fortemente armados, se deixaram também fotografar em frente à sede do PT em São Paulo.
O senhor tem noção do ridículo, do patético disso? Parecia que os policiais estavam indo desbaratar uma célula dos Estados Islâmicos.
Mas, ao mesmo tempo, ficamos todos sabendo que vocês fracassaram miseravelmente não uma, mas duas vezes em intimar a mulher de Eduardo Cunha, Claudia Cruz.
Vocês não sabem sequer onde ela fica para entregar a intimação? Ou o empenho frenético em investigar e atacar um lado é contrabalançado pela negligência obscena em tratar casos ligados ao outro lado?
O senhor tem ideia do desgaste que este tipo de coisa provoca em sua imagem em milhões de brasileiros?
Um homem pode ser medido pelos admiradores que semeia. O senhor é hoje venerado pelo mesmo público que idolatra Bolsonaro: são pessoas essencialmente racistas, homóficas, raivosas, altamente conservadoras e brutalmente desinformadas.
O senhor não combateu, verdadeiramente, a corrupção. O senhor combateu e combate o PT. São duas coisas distintas. Falo isso com a tranquilidade de quem jamais pertenceu ao PT ou teve qualquer vínculo com o partido.  Meu pai se elegeu presidente do sindicato dos jornalistas de SP, no começo dos anos 1980, numa disputa épica contra o representante do PT, Rui Falcão. Jamais superei certas mágoas do PT até porque meu pai era meu norte e meu sul, meu leste e meu oeste.
Não fossem os delatores, as roubalheiras de gente como Aécio, Temer e Jucá prmaneceriam desconhecidas e intocadas.
Não fossem as autoridades suíças, as contas secretas que finalmente liquidaram a maior vocação corrupta das últimas décadas no Brasil não seriam conhecidas, e Eduardo Cunha continuaria a cometer seus crimes.
Caro Moro: o senhor há de ter o mesmo destino de um homem que teve um papel igual ao seu na política brasileira, Joaquim Barbosa.
A mídia o usou e espremeu ao máximo, e depois o descartou. JB não é nota sequer de rodapé dos jornais e revistas. Não é ouvido para nada.
O senhor, como JB no Mensalão, está tendo seus dias de Cinderela, porque é útil à plutocracia. Mas Gata Borralheira sempre ronda a Cinderela, como o senhor sabe.
Sinceramente.
Paulo
Escrito por: Redação
www.entrefatos.com.br
18
Jul16

A história do biólogo marinho Tim Wong com as borboletas é um perfeito exemplo de como as oportunidades de fazermos do mundo um lugar melhor, mais colorido e bonito estão por toda parte.

António Garrochinho






















A história do biólogo marinho Tim Wong com as 
borboletas é um perfeito exemplo de como as 
oportunidades de fazermos do mundo um lugar 
melhor, mais colorido e bonito estão por toda parte. 
Wong, quando não está entre polvos, peixes e outros 
animais em seu trabalho, está em casa criando 
borboletas, um hábito que cultiva desde criança, e 
que agora está repovoando uma espécie de borboleta 
que havia praticamente desaparecido. 
Tudo isso ele faz no jardim da própria casa.


Aristolochia californica é uma planta nativa da América do Norte, abundante na California, como o próprio nome diz, mas que tem se tornado cada vez mais rara nos grandes centros urbanos, principalmente em São Francisco. O progresso fez com que a planta praticamente desaparecesse. Com isso, desapareceu também a Battus philenor hirsutauma borboleta das mais lindas que existem, e que só se alimenta da planta, onde ela coloca seus ovos.




Diante da ameaça de extinção, Wong resolveu por conta própria ajudar a impedir que a bela borboleta californiana voltasse a povoar São Francisco. Ele então construiu um espaço todo protegido por uma tela – para impedir o ataque de predadores e ainda poder estudar melhor o comportamento Battus philenor hirsuta – conseguiu algumas mudas da planta e cerca de 20 borboletas para que pudessem se reproduzir.




Desde então, Wong já entregou ao Jardim Botânico da cidade literalmente milhares de novas borboletas (ainda dentro de suas crisalidas, estado de pupa em que o animal pode permanecer entre duas semanas a até dois anos antes de enfim se tornar uma borboleta).





As borboletas vivem entre duas a cinco semanas, período no qual elas voltam a se reproduzir e colocar seus pequenos ovos vermelhos na folha da Aristolochia. Os ovos se transformam em lagartas, que se transformam em crisálidas, e assim o ciclo continua – em grande parte graças a Wong.

Todas as etapas do processo de “nascimento” de uma borboleta

É claro que para realizar essa específica façanha é preciso conhecimento e técnica. O importante, porém, é saber que, dentro do talento que cada um tem, há uma maneira de melhorar o mundo. Basta entender qual é a sua, arregaçar as mangas e mãos à obra.
© fotos: divulgação
Design da Natureza: Conheça a incrível 
borboleta de asas transparentes


Esse é mais um daqueles exemplos de design da natureza de cair o queixo. Conheça a Greta Oto, uma borboleta da família Nymphalidae, também conhecida como borboleta de cristal. O tecido entre as nervuras das asas dela se parece mais com vidro, porqueque não têm as escamas coloridas encontradas em outras borboletas.
Fizemos uma compilação de fotos desse ser incrível, que somente pode ser encontrado em algumas regiões da América Central, entre o México e Panamá.
















www.hypeness.com.br
18
Jul16

JAPÃO - Grande Festival de Matsuri

António Garrochinho

Um dos maiores e mais antigos eventos do Japão invadiu Kyoto. Integrada no festival de verão Gion Matsuri, a cidade foi “invadida” por um desfile chamado Yamaboko Junko. 

Vinte e três carros alegóricos atravessam as principais ruas de Kyoto. 

O festival começa com uma espécie de ritual de purificação para pedir aos deuses protecção contra o fogo, cheias e sismos- catástrofes naturais muito comuns no Japão.

VÍDEO



http://www.euronews

FOTOGALERIA (imagens retiradas da net por António Garrochinho)


















18
Jul16

A QUESTÃO TURCA

António Garrochinho

O EXÉRCITO TURCO É O 2º MAIOR EXÉRCITO DE TERRA PERTENCENTE Á NATO E SITUA-SE LOGO ATRÁS DOS ESTADOS UNIDOS.
HÁ MUITA AMBIÇÃO NO SEIO DOS MILITARES, MUITA GANÂNCIA PELO PODER, E PORTANTO É COMPLICADO DE CONTROLAR.
SE OS MILHARES DE PESSOAS JÁ DETIDAS, MAGISTRADOS, GENERAIS, POLÍTICOS, TODOS ELES TIVESSEM CONSPIRADO NO GOLPE COMO ERDOGAN QUER FAZER CRER, O DITADOR FASCISTA JÁ NÃO ESTARIA NO PODER.
CERTO QUE NO EXÉRCITO AS FORÇAS DE OPOSIÇÃO A ERDOGAN TENTAM ARRANJAR ALIADOS E PARA LÁ DA AMBIÇÃO PRÓPRIA DOS MILITARES, ERDOGAN TRABALHA AO CONTRÁRIO, TENTA DESTRUIR TUDO O QUE NÃO LHE OBEDECE E ANIQUILAR OS ADVERSÁRIOS NO EXÉRCITO E NA SOCIEDADE CIVIL.
AO EXTERIOR, À ALEMANHA, À AMÉRICA E ATÉ À PRÓPRIA UNIÃO EUROPEIA, ERDOGAN É O QUE LHES SERVE COMO TODOS NÓS SABEMOS.
ERDOGAN TEM FINANCIADO O DAESH, TEM USUFRUÍDO DO PETRÓLEO QUE É ROUBADO, ELE E A SUA FAMÍLIA TÊM ARRECADADO MILHÕES E MILHÕES.
ERDOGAN É INIMIGO DA LIBERDADE E UM FANTOCHE NAS MÃOS DO IMPERIALISMO.
António Garrochinho
18
Jul16

QUE CHOVESSE, QUE TROVEJASSE....

António Garrochinho
OLÁ SENHORES DEPUTADO(A)S, SENHORES MINISTRO(A)S, SECRETÁRIO(A)S DE ESTADO VÊM AÍ AS FÉRIAS !
DE CERTEZA QUE PARA VOCÊS A CRISE É COISA QUE NÃO CONHECEM (SÓ NOS DISCURSOS) E VÃO TER A CARTEIRA RECHEADINHA PARA RECUPERAREM O FÔLEGO ENQUANTO NÃO REGRESSAM DE NOVO AO "TRABALHO".
O ESTADO, O PATRÃO, QUE VOCÊS ANDAM SEMPRE FALANDO EM REDUZIR, QUE MUITOS DOS VOSSOS AMIGOS ROUBAM E DESFALCAM E ATÉ MUITOS DE VÓS O TÊM FEITO, PAGA BEM NÃO PAGA !?
É UMA MARAVILHA, NÃO HÁ ATRASOS, NÃO É PRECISO LUTAR PARA NADA, O DINHEIRINHO CAI NAS ALGIBEIRAS LIMPO E A HORAS.
NÃO SE ESQUEÇAM "VOSSAS EXCELÊNCIAS", QUE O DINHEIRO QUE ESTÁ NAS VOSSAS ALGIBEIRAS É NOSSO ! SIM DO POVO QUE MUITOS DE VOCÊS NÃO RESPEITAM E ENGANAM A TEMPO INTEIRO.
COM AS DEVIDAS EXCEPÇÕES, PARA MUITOS DE VOCÊS, EU GOSTAVA ERA QUE CHOVESSE ! QUE TROVEJASSE, E QUE.....


António Garrochinho
18
Jul16

CADA VEZ UM MUNDO MAIS PERIGOSO

António Garrochinho

NA TERRA DO PRIMEIRO DISPARA E DEPOIS LOGO SE VÊ QUEM TEM RAZÃO E ONDE A RAZÃO É SEMPRE REIVINDICADA POR AQUELES QUE FOMENTAM A VIOLÊNCIA, O NEGÓGIO DAS ARMAS, O TERRORISMO INTERNO E EXTERNO, O RACISMO, A SITUAÇÃO ESTÁ A RADICALIZAR-SE RAPIDAMENTE.
AS REDES SOCIAIS, OS VÍDEOS, A CONTESTAÇÃO AO RACISMO COM PROVAS QUE SURGEM DE TODOS OS LADOS TÊM MOSTRADO AO MUNDO A VERDADEIRA FACE DOS POLÍCIAS BRANCOS NA TERRA DO TIO SAM.
QUE FAZ OBAMA ?
NUM DIA LAMENTA E DÁ OS PÊSAMES ÀS FAMÍLIAS ENLUTADAS NO OUTRO DIA A SEGUIR JÁ TEM UM DISCURSO DIFERENTE E NÃO MEXE UMA PALHA PARA A CARNIFICINA DE UM LADO E DE OUTRO ACABE.
O PODER DAS ARMAS, OS LOBIS, SÃO MAIS FORTES, A POLÍCIA "DIGNA" HERDEIRA DOS KLU KLUX KAN CONTINUA A DISPARAR A TORTO A DIREITO, A EXERCER A VIOLÊNCIA SOBRE CIDADÃOS QUE NÃO SÃO TERRORISTAS, AO MESMO TEMPO QUE A AMÉRICA APOIA POR TODO O MUNDO OS MAIS REFINADOS ASSASSINOS E SANGUINÁRIOS.
António Garrochinho
18
Jul16

Tiroteio EUA: Alegado autor dos disparos publicou vários vídeos em que denuncia opressão de afro-americanos

António Garrochinho

O homem identificado como autor do ataque deste domingo em Baton Rouge, nos Estados Unidos já tinha publicado alguns vídeos no Youtube onde se queixa do comportamento das autoridades em relação à comunidade afro-americana. 


Gavin Long, um ex-Marine e que chegou a participar em missões no Iraque, apela a uma resposta dura e garante que não pertence a qualquer grupo organizado ou extremista.

Um dia depois da morte de cinco polícias numa manifestação em Dalas, a 7 de Julho, Long publicou um vídeo no YouTube onde elogiava a acção dos atiradores — “Isto é justiça”.

VÍDEO

pt.euronews.com

18
Jul16

Turquia: Advogada de grupo refugiado na Grécia fala com a euronews

António Garrochinho



A Grécia acusa os soldados turcos que fugiram para a país num helicóptero do exército depois de falhada a tentativa de golpe militar de terem entrado no país de forma ilegal.


O grupo de sete militares e um civil, agora acusados pela justiça grega, pediu, no entanto, asilo político ao Governo de Atenas. Mas a Turquia quer que sejam extraditados.


A Euronews falou com ao telefone com Ilia Marinaki, advogada de defesa alguns dos membros do grupo. Marinaki diz que o grupo teme pela vida e quer pedir asilo na União Europeia, em particular na Grécia.

“Temem voltar à Turquia e sentem-se em segurança aqui, na Grécia. Falaram com as famílias deles no domingo à tarde Estão bem e não há qualquer ameaça sobre eles”, disse Marinaki à Euronews.

“Dizem que não tinham qualquer conhecimento sobre o golpe. Tinha-lhes sido ordenado transportar feridos nos helicópteros quando foram atingidos pela polícia. Receberam depois a informação de que estava em curso um golpe e resolveram fugir,” concluiu a advogada grega.

VÍDEO



pt.euronews.com
18
Jul16

18 de Julho de 64: Grande Incêndio de Roma, atribuído a Nero

António Garrochinho




O imperador Nero Lúcio Domécio Aenobarbo (54-68), filho de Agripina, a Menor, irmã do imperador Calígula e quarta esposa do Imperador Cláudio, que o adotou, tendo-lhe prometido a sucessão, foi proclamado imperador ainda muito jovem. Dotado de grande inteligência, com qualidades artísticas e literárias bastante grandes, pois tinha como precetores o filósofo Séneca e o prefeito dos pretorianos Burro, durante os primeiros anos do seu governo mostrou-se tolerante para com a população, o exército e a administração que o admiravam, ao contrário do seu antecessor Cláudio. Porém, para além destas qualidades, Nero era um homem extremamente vaidoso,dado à luxúria, prepotente e sanguinário. Mandou assassinar o irmão, Britânico, a mãe, as suas esposas Octávia e Popeia Sabina e até Séneca, para além de inúmeros patrícios, cavaleiros e senadores que ele próprio matou no Circo, aclamando-se como gladiador ou queimando-os vivos para dar como oferenda aos deuses. Como se isto não bastasse, aparecia em público a cantar e tocar lira e quem não aplaudisse as suas melodias e encenações ficava sujeito a ser condenado à morte. É evidente que ao adotar esta conduta, a maior parte dos seus súbditos perdeu o respeito ao imperador. Foi assim que, a 18 de julho do ano de 64, deflagrou um gigantesco incêndio em Roma, destroçando 10 das 14 zonas da urbe, três das quais ficaram completamente destruídas, dando a Nero a possibilidade de se apropriar de uma parte dos terrenos, nos quais mandou edificar, mais tarde, a sua sumptuosa residência, a Domus Aurea, que se opõe à miséria de uma Roma destruída pelo incêndio. Nero foi apontado como o seu principal causador, já que enquanto a cidade era consumida pelas chamas, e segundo as fontes, Nero deleitava-se a contemplar o cenário, tocando a sua lira. O povo amotinou-se e, para calar as suspeitas, o imperador resolveu perseguir os membros de uma nova seita judaica, os cristãos, iniciando, assim, a primeira grande perseguição a esta religião nascente.
Esta catástrofe inspirou a Nero o projeto de uma nova cidade que se baseou, não na criação de novos bairros,mas na reconstrução racional dos destruídos, segundo os princípios até então não experimentados que se baseavam nos alinhamentos retificados, na altura limitada dos edifícios, nas ruas ladeadas por pórticos, na proibição de paredes-meias, etc. Por outras palavras, pode-se dizer que foi a primeira tentativa de criar um urbanismo racionalizado e disciplinado, que até aí se tinha desenvolvido desordenadamente.
No ano de 65, uma conspiração foi organizada contra Nero que, aterrorizado, ordenou inúmeras execuções. Em 68, várias rebeliões estalaram em vários pontos do Império e Nero não se atreveu a pedir a colaboração dos exércitos fronteiriços leais. Os pretorianos abandonaram-no, sendo proscrito pelo Senado. Vendo-se sozinho,acabou por se suicidar.


Incêndio de Roma. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.

wikipedia (Imagens)



O incêndio de Roma, 18 de julho de 64, óleo de Hubert Robert
Arquivo: Siemiradski Fackeln.jpg


VÍDEO

As Tochas de Nero -Henryk Siemiradzki

18
Jul16

Subsídios agrícolas: Rede de corrupção “pode ser pior que a dos vistos gold”

António Garrochinho

Um ex-funcionário que fazia o controlo de pequenos projetos subsidiados pelo Proder foi afastado do cargo após ter denunciado suspeitas de corrupção. E diz ter a certeza de que no Ministério da Agricultura funciona uma rede para favorecer certos grupos nos subsídios europeus.




Assunção Cristas inaugura um projeto aprovado pelo Proder. 



Paulo Gonçalves conta na edição desta quinta-feira da revista Sábado as razões que levaram ao seu afastamento do Secretariado Técnico de Auditoria e Controlo do Proder desde 2008. As irregularidades nos processos de validação de candidaturas e o favorecimento de alguns candidatos, a par de falsificação de documentos na atribuição de subsídios europeus, são algumas das denúncias apresentadas pelo ex-funcionário.
Foi em abril de 2014 que Paulo Gonçalves denunciou que um dos seus relatórios  tinha sido alterado pela sua superior hierárquica, mantendo no entanto o seu nome como autor. A acusação recai sobre Sílvia Diogo, entretanto renomeada para as mesmas funções no Programa de Desenvolvimento Rural 2020. O relatório em causa chumbava um projeto da Naturdelta, do Grupo Nabeiro e Gonçalves acusa a sua chefe de ter aconselhado o grupo a alterar o tipo de investimento para passar a estar enquadrado na legislação e assim garantir o subsídio, no valor de 92.8 mil euros.
Segundo a revista Sábado, o ex-funcionário apresentou queixas no Ministério Público e no Tribunal de Contas Europeu relativas a estes e outros casos, envolvendo verbas superiores a 200 mil euros. O facto de ter trabalhado a avaliar projetos abaixo de 300 mil euros não lhe permite ter conhecimento direto de casos de corrupção a envolver verbas milionárias. Mas Paulo Gonçalves não tem dúvidas de a existência de uma rede “pior que a dos vistos gold, por ser mais antiga e organizada” a funcionar no Ministério da Agricultura é uma possibilidade forte.
“Para mim, os acontecimentos demonstram que há uma rede, um grupo que domina o Ministério da Agricultura. Há um conjunto de grupos económicos que são sempre apoiados e nunca há dúvidas”, acusa o ex-funcionário, agora desempregado. Gonçalves não acredita que a ministra Assunção Cristas dê cobertura a estas práticas.
“Um ministro sozinho não pode fazer as coisas, ou um secretário de Estado. Tenho porém a certeza que, no Ministério da Agricultura, na Secretaria de Estado, está alguém a dar cobertura a isto. Mas se é o secretário de Estado ou mais abaixo não sei”, prossegue. De uma coisa Paulo Gonçalves tem a certeza absoluta: “Fui o único que fez a denúncia. E fui o único a quem foi invocada a caducidade do contrato”, conclui.

www.esquerda.net
18
Jul16

18 de Julho de 1925: Sete meses depois de sair da prisão, Hitler publica "Mein Kampf"

António Garrochinho




Sete meses depois de ter sido libertado da prisão de Landsberg, o líder nazi Adolf Hitler publica em 1925 o primeiro volume do seu manifesto pessoal, Mein Kampf (A Minha Luta).


Ditado por Hitler em grande medida a Rudolph Hess, durante a sua estadia de nove meses na prisão, Mein Kampf é uma narrativa amarga, pontilhada de odes à raça superior ariana, cheia de tiradas anti-semitas, desprezo pela moralidade, adoração pelo poder e ante projectos do seu plano de dominação nazi do mundo.


O trabalho, menos autobiográfico do que o reflexo do pensamento de Hitler, teve pouca venda real antes dele assumir o poder, mas a partir do ano em que se tornou chanceler, o livro passou a ser a bíblia do Partido Nazi.


Nenhum outro livro foi tão vendido durante o regime nazi; poucas famílias se sentiam seguras sem um exemplar na estante. Era coisa quase obrigatória dar um volume a um casal de noivos como presente de casamento, enquanto todos o recebiam no final do seu percurso académico, em todos os colégios. Em 1940, um ano após o início da Segunda Guerra Mundial, seis milhões de exemplares da “bíblia nazi” tinham sido vendidos na Alemanha.


Nem todos os alemães que compraram um exemplar de Mein Kampf leram as suas 782 empoladas páginas. Se mais alemães não nazis o tivessem lido antes de 1933, se os estadistas de todo o mundo o tivessem examinado cuidadosamente, enquanto havia tempo, tanto a Alemanha quanto os aliados poderiam ter sido salvos da catástrofe.


Os planos do Terceiro Reich e a bárbara ordem a ser imposta estavam ali expostos em toda a sua pavorosa crueza, e com pormenores. O livro transpirava também a paixão ardente pelo nacionalismo alemão, o ódio ao marxismo e ao bolchevismo, à democracia e aos judeus e o convencimento de que o destino havia escolhido os arianos, especialmente os germânicos, a constituírem a raça dominante.  



No começo dos anos 1920, as fileiras do Partido Nacional-Socialista de Hitler cresciam com a adesão de alemães ressentidos que simpatizavam com o seu ódio implacável ao governo social-democrata, aos comunistas e aos judeus. Em Novembro de 1923, depois de o governo ter reassumido o pagamento de reparações de guerra à Grã - Bretanha e à França, os nazis organizaram o “Putsch da Cervejaria” - a primeira tentativa de tomar o poder pela força. Hitler esperava que sua revolução nacionalista na Bavária se espalhasse pelo insatisfeito exército germânico, que por sua vez derrubaria o governo em Berlim. No entanto, o levantamento foi imediatamente sufocado e Hitler foi preso e sentenciado a cinco anos de prisão por alta traição.


Enviado à prisão de Landsberg, passou o tempo a ditar os seus pensamentos e traços de biografia e a trabalhar os dons oratórios. Após nove meses de prisão, a pressão política de militantes do Partido Nazi forçou a sua libertação. Durante os poucos anos que se seguiram, Hitler e outros líderes nazis reorganizaram a sua agremiação como um movimento de massas fanático capaz de conquistar a maioria no parlamento germânico – o Reichstag – por meios legais, o que jamais chegou a conseguir a ascensão de Hitler ao poder.


Em 1932, o presidente Paul von Hindenburg derrotou Hitler em eleições presidenciais, mas em Janeiro de 1933, pressionado por sectores de direita, conservadores, parte da social-democracia e empresários que queriam impedir a chegada da esquerda ao poder, indicou-o como chanceler, na esperança de que o poderoso líder nazi poderia ter a sua actuação controlada como membro do gabinete presidencial.


Contudo, Hindenburg subestimou a audácia política de Hitler e um dos primeiros actos do chanceler foi utilizar o incêndio do Reichstag, ateado pelos próprios nazis, como ficou posteriormente constatado, como pretexto para a convocação de eleições gerais. A polícia, sob o comando de  Hermann Goering reprimiu os principais oposicionistas e atemorizou a população antes das eleições, o que fez com que os nazis conquistassem uma maioria relativa.


Pouco depois, Hitler assume poderes absolutos através de leis habilitantes. Em 1934, Hindenburg falece e os derradeiros remanescentes do governo democrático da Alemanha são desalojados, deixando Hitler como o führer de uma nação que se preparava para a guerra de conquista e o genocídio das “raças inferiores”.  



Fonte: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Adolf Hitler (centro) e o seu gabinete em 30 de Janeiro de 1933
18
Jul16

Ocho vídeos que dejan al descubierto la brutalidad policial en Estados Unidos

António Garrochinho



Desde la muerte de Eric Garner, ocurrida en Nueva York hace casi dos años, han salido a la luz una serie de vídeos perturbadores que documentan la violencia policial en Estados Unidos. En algunos casos, como en el de Garner, los testigos filmaron el episodio con sus móviles. En otros, las imágenes provienen de las cámaras de los coches policiales, de las que llevan los propios oficiales o de los sistemas de vigilancia por circuito cerrado de televisión (CCTV). Algunos de estos vídeos se volvieron virales en las redes sociales y desencadenaron protestas, denuncias criminales y un mayor cuestionamiento hacia la policía. Otros tuvieron poca repercusión.

La muerte de Eric Garner (43 años), Staten Island, Nueva York

Fecha del incidente: 17 de julio de 2014
Fecha de publicación del vídeo: 17 de julio de 2014
 

 
Ramsey Orta, testigo del hecho, registró con su móvil todos los acontecimientos que llevaron a la muerte de Garner, el altercado en el que al afroamericano le efectuaron una llave de estrangulamiento prohibida mientras él repetía constantemente a los policías que no podía respirar. También el desenlace, cuando Garner se moría y apenas le ofrecieron la asistencia médica necesaria. 
 
El incidente causó una ola de protestas y provocó que el alcalde de Nueva York, Bill de Blasio, condenara el hecho públicamente, pero el oficial Daniel Pantaleo fue exonerado por el gran jurado.

Todavía se está llevando a cabo una investigación federal. La familia de Garner llegó a un acuerdo para cerrar el caso por homicidio culposo y recibir una compensación de 5,9 millones de dólares.
 
 

La muerte de Michael Brown (18 años), Ferguson, Missouri

Fecha del incidente: 9 de agosto de 2014
Fecha de publicación del vídeo: 9 de agosto de 2014
 

Varios testigos filmaron el desenlace inmediato del asesinato de Brown a manos de Darren Wilson, un oficial blanco. El vídeo muestra el cuerpo ensangrentado del joven, que quedó tendido en la calle por más de cuatro horas. Hasta ahora no han aparecido vídeos que muestren el tiroteo. Los testigos sostuvieron que Brown tenía las manos arriba cuando Wilson lo hirió de muerte con varios disparos, pero Wilson alegó que Brown se había abalanzado sobre él y que temió por su vida antes de efectuar los disparos. 
 
La muerte de Brown desató un prolongado período de agitación social en el ayuntamiento y obtuvo la atención de los medios de comunicación de todo el mundo. Tras las investigaciones locales y federales, Wilson renunció a su cargo en el departamento de policía de Ferguson y no se presentaron cargos contra él. 
 

La muerte de Tamir Rice (12 años) Cleveland, Ohio

Fecha del incidente: 23 de noviembre de 2014
Fecha de publicación del vídeo: 26 de noviembre de 2014
 

En las imágenes poco nítidas captadas por el sistema de CCTV, se ve a Rice jugando en un parque con un arma de juguete, al mismo tiempo que dos oficiales blancos llegan al lugar en un coche de policía. El oficial Timothy Loehmann comenzó a disparar a los dos segundos de haber llegado.
 
La muerte de Rice desencadenó protestas por todo el país. La indignación se intensificó después de que se publicaran las imágenes. Pero no se presentaron cargos contra ninguno de los dos policías, ya que algunos expertos declararon ante el gran jurado que, en el vídeo, se veía que Rice había hecho un movimiento con la mano hacia su cintura justo antes de que Loehmann comenzara a disparar. La ciudad llegó a un acuerdo con la familia de Rice por 6 millones de dólares.
 

La muerte de David Kassick (59 años), Hanover, Pennsylvania

Fecha del incidente: 2 de febrero de 2015
Fecha de publicación del vídeo: 5 de noviembre de 2015
 

En las imágenes captadas por una cámara adosada al uniforme policial se ve a Kassick, blanco, desarmado, herido de muerte y boca abajo sobre la nieve tras sufrir una descarga con una pistola táser. La oficial Lisa Mearkle fue acusada de homicidio en tercer grado, pero la absolvieron cuando dijo ante el jurado que creía que Kassick estaba intentando sacar un arma mientras se encontraba en el piso.
 
Las imágenes de la cámara se dieron a conocer durante el juicio. La muerte de Kassick tuvo poca repercusión a nivel nacional. 
 

La muerte de Walter Scott (50 años), North Charleston, Carolina del Sur

Fecha del incidente: 4 de abril de 2015
Fecha de publicación del vídeo: 7 de abril de 2015
 

 
Unas horas después de que se conocieran las imágenes del hecho, en las que se ve a Scott desarmado y en pleno escape mientras el oficial blanco Michael Slager comienza a disparar contra él, se levantaron cargos por asesinato contra el policía. 
 
Desde entonces, Slager también ha sido acusado formalmente por el Estado. Se espera que el vídeo y el testigo Feidin Santana jueguen un papel clave en el juicio por asesinato que enfrentará Slager próximamente.
 

La muerte de Eric Harris (44 años), Tulsa, Oklahoma

Fecha del incidente: 2 de abril de 2015
Fecha de publicación del vídeo: 12 de abril de 2015
 

En el vídeo de una cámara adosada al uniforme se ve cómo el agente reservista Robert Bates le dispara a Harris, de origen afroamericano, después de utilizar accidentalmente su arma de fuego en lugar de la pistola táser.
 
En el vídeo, se puede escuchar a Bates (73 años) decir: “Le disparé, lo siento”, mientras Harris se queja de que no puede respirar. “Al carajo tu respiración”, le contesta uno de los oficiales. Harris huía, según se dice, porque le había vendido un arma a un oficial de encubierto. Bates fue encontrado culpable de homicidio y sentenciado a cuatro años de cárcel.
 

La muerte de Laquan Mcdonald (17 años), Chicago, Illinois

Fecha del incidente: 20 de octubre de 2014
Fecha de publicación del vídeo: 24 de noviembre de 2015
 

Registrado por la cámara del vehículo policial, el vídeo muestra cómo Jason Van Dyke, un oficial blanco, le dispara a McDonald, de origen afroamericano. Salió a la luz casi un año después del incidente, tras una demanda sobre la libertad de información. Los cargos por asesinato contra Van Dyke se presentaron casi al mismo tiempo.
 
La muerte de McDonald no había captado la atención nacional hasta que se publicó el vídeo, lo que dio pie a una ola de críticas contra la cúpula de la ciudad y desembocó en el despido del superintendente de policía de Chicago, Garry McCarthy. La demanda civil contra la ciudad, presentada por la familia de McDonald terminó en un acuerdo por 5 millones de dólares. A raíz de la publicación del vídeo estallaron numerosas protestas por toda la ciudad.
 

La muerte de Philando Castile (32 años), Falcon Heights, Minnesota

Fecha del incidente: 6 de julio de 2016
Fecha de publicación del vídeo: 6 de julio de 2016
 

 
El desenlace casi inmediato del fatal tiroteo se pudo ver en vivo por Facebook. En el mismo, se veía a Castile moribundo en el asiento del conductor de un coche, que, según dicen, había sido detenido para un control rutinario de tránsito. Según informaron, el oficial Jeronimo Yanez le disparó a Castile cuando el hombre intentaba sacar su identificación del bolsillo, después de haberle advertido al oficial que portaba un arma con licencia.
 
Filmado por Diamond Reynolds, la novia de Castile, el vídeo llevó a que funcionarios de la ciudad pidieran que el Departamento de Justicia iniciara una investigación del caso y a que el gobernador de Minnesota, Mark Dayton, dijera que, si Castile hubiera sido blanco, no le habrían disparado. La muerte de Castile desencadenó protestas en todo el país.
 
Oliver Laughland - Nueva York
eldiario.es/theguardian
 
Traducción de Francisco de Zárate

odiodeclase.blogspot.pt
18
Jul16

Cão de gado transmontano: raça portuguesa ajuda pastores há mais de 10 mil anos

António Garrochinho


Um investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, concluiu que o cão de gado transmontano faz parte da "história viva" das terras "para cá do Marão" desde o neolítico.
Direitos Reservados / Caodegadotransmontano.org.pt



"Como referência ancestral das memórias dos povos que ocuparam este território, enquanto protetor contra a ameaça dos lobos, é também um ícone ativo do património imaterial transmontano", referiu hoje, em comunicado, o especialista Divanildo Outor Monteiro.
O investigador tem-se dedicado ao estudo desta raça autóctone, que continua a ser utilizada pelos pastores para guardar os rebanhos.
Divanildo Outor Monteiro defendeu que a origem do cão de gado transmontano se situa "no neolítico", pois é "contemporâneo da ovelha e cabra doméstica, cujos registos arqueológicos que se conhecem são desse período".
Para chegar a esta conclusão, o docente recorreu também à explicação "da necessidade de os rebanhos serem acompanhados de um cão de guarda, fruto da elevada vulnerabilidade que teriam aos ataques do lobo e de outras feras".
Apesar da sua grande corpulência, o cão de gado transmontano tem um comportamento dócil e reservado.
O investigador descreveu-o como sendo um animal "sempre muito calmo e de olhar sereno, que é cauteloso sem ser agressivo, mas é também um dos animais mais corajosos na defesa do dono e dos seus bens".
"Vinculado a este território, sempre desenvolveu a sua atividade ajudando o homem no cuidado que é necessário ter com os ovinos e caprinos, protegendo os rebanhos contra a agressão dos seus predadores, daí que a designação da raça faça jus à sua função e ao seu território", justificou o investigador.
Geralmente apresentam-se de cor branca o que permite aos pastores distingui-los dos lobos, quando estes se aproximam ou nas alturas de luta.
Pertence assim, segundo afirmou, "às poucas raças que ainda hoje desempenham o papel que lhes foi destinado inicialmente, isto é a defesa contra o lobo".
"Ao contrário do que se pensa, o lobo ainda corre livremente na região transmontana, pelo que esta raça desempenha uma função muito importante na economia rural, baseada na agro-pastorícia, numa zona do país de baixa densidade populacional", referiu Divanildo Monteiro.
O que se vê em outras raças é, segundo o responsável, "uma exploração dos animais valorizando a sua estética", com exceção às raças de aptidão cinegética, que têm também a sua função, e às raças que anteriormente eram de guarda e que hoje servem forças policiais e militares.
"A valorização dos aspetos estéticos das raças vai tão longe que, por vezes, envolve a deformação e a alteração radical da morfologia do animal, com dificuldades funcionais subjacentes, porque o sentido estético que as pessoas valorizam contraria, às vezes, a morfofisiologia dos animais", alertou o investigador da UTAD.

www.tsf.pt
18
Jul16

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS Patrão da Peugeot Citroen na administração da CGD

António Garrochinho



Carlos Tavares, o presidente do grupo PSA Peugeot Citroen será um dos 12 administradores não executivos da Caixa Geral de Depósitos.



Segundo o Jornal de Negócios, que avança com a notícia, Carlos Tavares aceitou o convite e vai acumular as funções na CGD com a presidência do grupo automóvel francês. Com esta escolha, adianta ainda o Negócios, o próximo presidente do banco público, António Domingues, pretende reforçar a administração com um gestor que conhece muito bem a indústria automóvel, um setor importante para a economia portuguesa. Antes de chefiar o grupo PSA Peugeot Citroen, Carlos Tavares esteve na administração da Renault e da Nissan.
Até agora foram divulgados os nomes de mais quatro futuros administradores não executivos: Leonor Beleza, antiga ministra da Saúde e presidente da Fundação Champalimaud que no setor da banca integrou o conselho de supervisão do BCP e o conselho fiscal do Totta; Rui Vilar, que já foi presidente da Caixa, Pedro Norton ex-presidente da Impresa, e Bernardo Trindade, ex-secretário de estado do Turismo no governo de José Sócrates.
A equipa de sete administradores executivos deverá incluir - para além do presidente António Domingues -, o responsável pelos recursos humanos do BPI, Tiago Marques e, revelou o e Económico na semana passada, João Tudela Martins, que também integra os quadros do BPI.
Na equipa executiva também deverão estar Emídio Pinheiro, atual presidente do Banco de Fomento Angola e Henrique Cabral Menezes que chefia o Banco Caixa Geral Brasil.
Na semana passada o Diário de Noticias revelou que a nova administração da caixa estará a poucos dias de ser empossada uma vez que todos os administradores já terão recebido luz verde dos reguladores.

www.tsf.pt
18
Jul16

“Política imposta pela Alemanha é crime contra a Humanidade”

António Garrochinho

A poucas horas da votação das medidas prévias de 

austeridade, a presidente do Parlamento grego voltou 

a apelar ao Governo para que não aceite a chantagem 

dos credores para um acordo em que já nem o FMI 

acredita. 


Leia aqui o discurso de Zoe Konstantopoulou na 

semana passada a justificar a abstenção na proposta, 

traduzido pelo blogue Aventar.


«Minhas senhoras e senhores, caros colegas,
Nos momentos como este, devemos agir e falar com sinceridade institucional e coragem política. Devemos assumir, cada um, a responsabilidade que nos cabe.
Protegendo, como a nossa consciência nos obriga, as causas justas e os direitos sagrados, invioláveis e não negociáveis do nosso povo e da nossa sociedade.
Salvaguardando a herança legada por aqueles que deram a sua vida e a sua liberdade para que hoje possamos ser livres.
Preservando a herança das novas gerações e das vindouras, bem como a civilização humana, o mesmo acontecendo com os valores inalienáveis que caracterizam e dão sentido à nossa existência individual e colectiva.
O modo como cada um opta por decidir e agir pode variar, mas ninguém tem o direito de zombar, degradar, denegrir ou usar com uma finalidade política as decisões emanadas de um processo e de uma decisão difícil e consciente, intimamente ligados ao cerne da nossa existência.
Seremos todas e todos julgados pelas nossas atitudes e decisões, pelos nossos sim e pelos nossos não, pelos nossos actos e pelas nossas omissões, pela nossa coerência, pelas nossas resistências, pela nossa abnegação e pelo nosso desinteresse.
Desde há cinco meses que o Governo, que tem por tronco a Esquerda e por coração as forças anti-memorando, se entrega a um combate desigual, nas condições de asfixia e de chantagem contra uma Europa que traiu os objectivos inscritos nos seus Estatutos, a saber, o bem-estar dos povos e das sociedades, uma Europa que utiliza uma moeda comum, o euro, não como meio para alcançar o bem-estar social, mas como alavanca e instrumento de subjugação e de humilhação dos povos e dos governos rebeldes, uma Europa que está em vias de se transformar numa prisão de pesadelo para os seus povos, apesar de ter sido construída para ser a sua casa acolhedora comum.
O povo grego confiou a este Governo a grande causa da sua libertação das malhas do memorando, do torno vicioso da sua colocação sob tutela e sob vigilância, impostas à sociedade sob pretexto de uma dívida – uma dívida ilegal, ilegítima, odiosa e insustentável, cuja natureza – tal como o demonstraram as conclusões preliminares da Comissão para o apuramento da Verdade sobre a Dívida Pública – era já do conhecimento dos credores desde 2010.
Uma dívida que não surgiu como um fenómeno meteorológico, antes foi criada pelos governos precedentes, mediante contratos manchados pela corrupção, por comissões, luvas, cláusulas leoninas e juros astronómicos, de que bancos e empresas estrangeiras beneficiaram.
Uma dívida que a Troika, com o beneplácito dos precedentes governos, transformou fraudulentamente, fazendo de uma dívida privada uma dívida pública, salvando assim bancos franceses e alemães, bem como bancos privados gregos, condenando o povo grego a viver nas actuais condições de crise humanitária, enquanto mobilizando e gratificando os órgãos da corrupção mediática encarregues de aterrorizar e de enganar os cidadãos.
Esta dívida, que nem o povo nem o Governo actual criaram ou fizeram aumentar, é desde há cinco anos usada como instrumento de subjugação do povo por forças que agem a partir do interior da Europa, no quadro de um totalitarismo económico.
A despeito da moral e do direito, a Alemanha ainda não honrou até este dia as suas dívidas para com a pequenina Grécia resistente, cuja atitude heróica a História reconheceu. Tratam-se de dívidas de ultrapassam a dívida pública grega e representam um montante de 340 mil milhões de euros, segundo os cálculos emanados da Comissão de Justiça do Tribunal de Contas, que foi criada pelo governo precedente, data em que a alegada dívida pública grega foi estimada em 325 mil milhões de euros.
A Alemanha beneficiou do maior apagamento de dívida do pós-Segunda Grande Guerra, a fim de poder reerguer-se, com o patrocínio generoso da Grécia. Esta mesma Alemanha emprestou protecção a responsáveis por empresas culpadas por actos de corrupção, realizados em parceria com os governos precedentes e os seus partidos políticos, tais como a Siemens, que a Alemanha protegeu, subtraindo-os todos à obrigação de apresentação perante a justiça grega.
Assim, a Alemanha comporta-se como se a História e o povo grego tivesse contraído dívidas junto dela, como se pretendesse um ajustamento de contas, realizando a sua vingança histórica pelas suas próprias atrocidades, aplicando e impondo uma política que constitui um crime não apenas relativamente ao povo grego mas também contra a própria Humanidade – no sentido penal do termo, pois trata-se aqui de uma agressão sistemática e de grande escala contra uma população, com o objectivo premeditado de produzir a sua destruição parcial ou total.
A que infelizmente há que acrescentar, apesar do seu dever de procurar estar à altura das suas responsabilidades e do momento histórico, a cumplicidade dos governos e das instituições perante esta agressão.
Minhas senhoras e meus senhores, caros colegas,
Sujeitar o povo e o Governo a condições de asfixia e à ameaça de uma violenta bancarrota, pela criação artificial e premeditada das condições para uma catástrofe humanitária, constitui uma violação directa de todas as convenções internacionais que protegem os direitos do Homem, da Convenção da ONU, das convenções Europeias, e até mesmo dos próprios Estatutos do Tribunal Penal Internacional.
A chantagem não é uma fatalidade. E a criação e aplicação de condições cuja finalidade é a de suprimir o livre arbítrio, não permite a ninguém poder falar sobre “liberdade de escolha”.
Os credores chantageam o Governo. Agem fraudulentamente, apesar de saberem desde 2010 que a dívida não é sustentável. Agem conscientemente, uma vez que reconhecem nas suas declarações a necessidade de conceder uma ajuda humanitária à Grécia. Uma ajuda humanitária por que razão? Para alguma catástrofe natural imprevista e inesperada? Um sismo imprevisto, uma inundação, um incêndio?
Não. Uma ajuda humanitária que é a própria consequência das suas escolhas conscientes, calculada para privar o povo dos seus meios de subsistência, fechando a torneira da liquidez, como forma de represália pela decisão democrática do Governo e do Parlamento de organizar um referendo e de dar a voz ao povo para que pudesse ser ele a decidir o seu futuro.
O povo grego honrou o Governo que teve confiança nele, bem como o Parlamento que lhe deu o direito de tomar nas suas mãos a sua vida e o seu destino. E disse um NÃO corajoso e confiável,
NÃO às chantagens,
NÃO aos ultimatos,
NÃO aos memorandos da subjugação,
NÃO ao pagamento de uma dívida que não foi por ele criada e de que não é responsável,
NÃO a mais medidas de miséria e de submissão
Esse NÃO, os credores obstinam-se com persistência a querer transformar num SIM, com a cumplicidade pérfida de todos os que são co-responsáveis por esses memorandos e que tiraram proventos deles: os que criaram a dívida.
Esse NÃO do povo ultrapassa-nos a todos e obriga-nos a defender o seu direito a lutar pela sua vida, a lutar para que não mais viva uma vida pela metade, ou uma vida de servidão, e para ter orgulho em tudo o que vai deixar aos seus sucessores e à Humanidade.
O Governo é hoje objecto de uma chantagem, a fim de levá-lo a aceitar tudo o que não quer, que emana não de si próprio e que agora combate. O primeiro-ministro falou com sinceridade, com coragem, franqueza e de forma desinteressada. É o mais jovem primeiro-ministro e é também aquele que, ao invés de todos os seus congéneres, mais lutou pelos direitos democráticos e sociais do povo e das novas gerações, que representou e representa a nossa geração e lhe dá esperança. Presto-lhe e continuarei a prestar-lhe a minha homenagem, pela sua atitude e pelas suas escolhas. Mas ao mesmo tempo, posta perante a minha responsabilidade institucional, enquanto Presidente do Parlamento, considero que não posso fechar os olhos e fazer de conta que não percebo a chantagem.
Nunca poderia votar em favor da legitimação do conteúdo do acordo, e penso que isso também é válido para o primeiro-ministro, que é hoje objecto de uma chantagem que usa contra ele a arma da necessidade de sobrevivência do seu povo. E julgo que também o Governo e os grupos parlamentares que o apoiam pensam desta forma.
A minha responsabilidade para com a História desta Instituição, assumo-a respondendo “presente” no debate e na votação de hoje. Penso, assim, ser mais útil ao povo, ao Governo, e ao primeiro-ministro, às gerações futuras e às sociedades europeias, expondo à luz do dia as verdadeiras condições nas quais o parlamento é chamado a tomar decisões, recusando a chantagem, em nome da alínea 4 do Artigo 120 da Constituição grega.
O povo grego é o segundo a ser vítima de uma tal agressão emanada do interior da zona euro. Foi precedido por Chipre, em Março de 2013.
A tentativa de impor medidas que o povo rejeitou em referendo, usando a chantagem do encerramento dos bancos e a ameaça da falência, constitui uma violação brutal da Constituição, ademais de privar o Parlamento dos poderes que lhe são atribuídos por essa mesma Lei Fundamental.
Cada uma e cada um tem o direito e o dever de resistir. Nenhuma resistência na História foi fácil. No entanto, pedimos o voto e a confiança do povo para enfrentar as dificuldades e é face a essas dificuldades que devemos agora ser bem sucedidos. E fazendo-o sem medo.»
Tradução do Grego de Yorgos Mitralias (revisto por Patrick Saurin) e do Francês por Sarah Adamopoulos para o blogue Aventar.
18
Jul16

AS REGRAS

António Garrochinho
HÁ POR AÍ AOS MONTES NAS REDES SOCIAIS QUEM PUBLIQUE MENSAGENS COM AS REGRAS DA BOA EDUCAÇÃO, DO FAZ FAVOR, DO COM LICENÇA, DO OBRIGADO, PELO DESCULPA, ETC, ETC.

DEPOIS VEM O PASMAR !

SIMPLESMENTE NÃO AS CUMPREM !

AG
18
Jul16

Teste. 10 adivinhas para desafiar o cérebro

António Garrochinho

Está na hora de por o cérebro a mexer. Estas dez adivinhas são como um autêntico ginásio para o seu pensamento. Acha que consegue responder a todas à primeira? Descubra neste teste.

observador.pt


O cérebro é a fábrica a partir da qual todo o corpo funciona. E por lá, os trabalhadores – que são os neurónios – preparam toda a nossa vida a velocidades alucinantes: comunicam entre si a partir de impulsos nervosos que se propagam a 360 km/h. Em suma, nós pensamos trinta e três vezes mais rápido do que a velocidade do som. E raciocinamos dez vezes mais depressa do que a velocidade de uma bala.
Mesmo assim, a massa cinzenta pode tramar-nos. E se um ponto de interrogação mais enigmático aparece à nossa frente, podemos entrar num estado de silêncio neurológico onde nenhuma resposta aparece. Parece eco dentro do crânio, como se o cérebro se tivesse esquecido de tudo o que sabe.
Estas adivinhas, embora desafiantes para o nosso pensamento, servem exatamente para o treinar. Temos dez perguntas preparadas para si e que vão obrigar o seu órgão do pensamento a… pensar. Mas será que ele está à altura do teste?
Descubra aqui.
18
Jul16

ENTREVISTA COM JERÓNIMO DE SOUSA - Jerónimo de Sousa: “O nosso compromisso não é votar a favor do Orçamento” Uma semana antes de começar o "exame" ao OE, o líder do PCP diz ao Observador que não vai "queimar as mãos com o PS". Propõe aumento

António Garrochinho



Governo: “Não queimamos as mãos pelo PS”


Orçamento: “O exame vai começar para a semana” e PCP propõe aumento de IRC


Europa: “O diretório de potências e o capital transnacional não agem por sadismo”

A saída do euro: “Não basta uma linguagem de carapau de corrida”
Bloco de Esquerda: Discurso de Catarina foi “manifestamente exagerado”

Tribunal Constitucional: “Fomos discriminados”


O secretário-geral do PCP revela que para a semana começam as reuniões do “exame” às propostas do PS para o Orçamento do Estado de 2017, um teste decisivo para a base de sustentação do Governo. 

“O nosso compromisso não é votar a favor do OE, é examinar esse documento, insistindo nessa linha da reparação e reposição de direitos”, diz Jerónimo de Sousa, que reclama um “aumento das reformas e das pensões”. 

E admite que vai propor aumentos de IRC como fez o Governo espanhol de direita. 

O líder comunista afirma que o PCP foi “discriminado” a favor do Bloco de Esquerda no processo de escolha dos juízes do Tribunal Constitucional. 

Considera que o discurso de Catarina Martins na convenção do BE foi “manifestamente exagerado”. E assume que afinar as máquinas na fábrica era mais fácil do que afinar a “geringonça”. Leia a entrevista.

Governo: “Não queimamos as mãos pelo PS”

O PCP hoje é um um partido moderado, gradualista e social-democrata, ou ainda é revolucionário?

É um partido comunista, que tem uma ideologia e um projeto transformador e age na realidade em que vivemos, neste país concreto, com este povo concreto. Procuramos agir, trabalhar e lutar tendo em conta um objetivo supremo da construção de uma sociedade nova, mas não lhe chamaria gradualismo. Entendo isto como um processo, sem atos súbitos, por etapas.




Mas na etapa de apoio a um governo do PS — que o PCP sempre acusou de pactuar com políticas de direita –, não é visto pelo seu eleitorado como estando a apoiar políticas de direita?

Não. A caracterização que fizemos do PS é objetiva, tendo em conta a sua ação no governo durante décadas em que se comprometeu com uma política de direita. Mas, tendo em conta a realidade em que vivemos com um Governo do PSD e do CDS durante quatro anos, em que essa política de direita transformou a vida dos portugueses num inferno, colocou-se uma questão central: havia uma nova realidade e uma nova relação de forças no Parlamento. 
Nesse quadro, o primeiro objetivo que tínhamos era derrotar o PSD e o CDS. Em simultâneo, procurámos um novo caminho de reposição de direitos, de salários, de reformas, de pensões, que está refletido na posição conjunta PCP-PS, onde é claro que o nosso grau de compromisso está definido ao nível da convergência que foi possível.

"Não queimamos as mãos pelo PS. Faremos tudo, incluindo se necessário queimar as mãos, para encontrar respostas para aquilo que são anseios profundos dos trabalhadores e do povo português."
Gosta muito de usar adágios populares como este: “Uns queimam as mãos e outros comem as castanhas”. 

Até onde é que o PCP está disposto a queimar as mãos para António Costa comer as castanhas? Isto tem um limite?

Não queimamos as mãos pelo PS. Faremos tudo, incluindo se necessário queimar as mãos, para encontrar respostas para aquilo que são anseios profundos dos trabalhadores e do povo português. Nessa posição conjunta — além de um acervo de medidas urgentes no plano económico e social –, afirmamos também que este é um Governo do PS, com um programa do PS. As contradições inevitáveis que iriam acontecer resultariam dos constrangimentos a que o nosso país está sujeito, com os problemas estruturais que se conhecem, como o nível abissal da dívida, os problemas que resultam da situação da banca, e as imposições que nos colocam com a política da moeda única.

Ao apoiar um Governo que tem o Tratado Orçamental subjacente a todas as suas políticas, não é apoiar uma política de direita?

Não, porque sempre dissemos claramente que não estávamos no Governo. Não se trata de um Governo de esquerda ou das esquerdas, trata-se de um Governo do PS resultante da posição conjunta. Não percebemos isso da leitura inteligente dessas regras, dessas imposições. O facto de defendermos uma política diferente não invalida a nossa contribuição naquilo em que foi possível o compromisso e a convergência.




Foi receber a seleção com o Presidente da República. Para si quem foi o herói? Ronaldo ou Éder?


O coletivo. Essa é uma resposta politicamente correta do PCP.
Não, porque se demonstrou, com todos os méritos incontornáveis que o Ronaldo tem, pois é um artista, um grande jogador de futebol, do melhor que há à escala planetária… mas ser capaz de conseguir aquele resultado com o incidente do Ronaldo, todos nós estávamos à espera de um golinho do Ronaldo. Ser capaz de coletivamente dar uma resposta para conseguir a vitória, acho que isso tem um grande valor intrínseco.

Se tivesse de comprar um carro em segunda mão, comprava-o mais rapidamente a António Costa ou a Catarina Martins?

Não comprava a nenhum.

Não vai dizer que só compra carros novinhos em folha.

Aquele com que ando tem 12 anos.

O carro deles seria uma geringonça.

Não. Acho que nem um nem outro deve ter grande jeito para fazer negócios desses. Não estou muito virado para lhes comprar carros em segunda mão.

Putin deve ser mais alvo de admiração ou de crítica?

Putin é um dirigente de Estado da Rússia, um país com um sistema capitalista. No plano pessoal não é hábito nosso fazer caracterizações no sentido positivo ou negativo.

Qual é o seu melhor amigo nas outras bancadas parlamentares?

Tenho muitos relacionamentos diversos. Talvez exagere ao dizer que em todas as bancadas, mas a palavra amizade é pesada. O que valorizo mais talvez seja o grande respeito e o relacionamento muito urbano com figuras de todas as bancadas. Valorizo muito essa marca de respeito e consideração existente, tendo em conta que somos adversários políticos. Não há ali nenhuma cedência de princípios. Valorizo muito esse respeito pelos adversários. Foi uma coisa que o meu partido me ensinou.

Afinar as máquinas na fábrica era mais fácil do que afinar a geringonça?

Acho que era mais fácil afinar na fábrica [risos]. Tínhamos um projeto, o esquema, a capacidade profissional para responder, conhecíamos a máquina, as suas virtudes e defeitos, as suas potencialidades e aquilo resultava bem. Esta geringonça é mais complicada, mais difícil de afinar.

O PCP aceita que a Caixa Geral de Depósitos acabe com os tetos salariais dos seus administradores. Aceita isso porque está a ganhar outras coisas?

Permite-me uma correção? Até porque tomámos uma posição pública e estivemos claramente contra…

Olhem para o que eu digo, não olhem para o que eu faço, é isso?

Não. Em relação ao Banif, que era uma questão importantíssima e decisiva, o PCP, mantendo a sua coerência, votou contra a solução encontrada. Pode dizer: mas isso podia pôr em causa o Governo. Bem, mas para o PCP o primeiro e principal compromisso é para com os trabalhadores e com o povo português, não é com o Governo.

Já que fala nos trabalhadores: este Governo tomou uma decisão de acabar com 2500 postos de trabalho na economia portuguesa, através da reestruturação que vai ser feita na Caixa. O PCP apoia o Governo que tomou esta decisão. Isso não é um problema para o PCP?

O PCP não apoia o Governo numa decisão dessa natureza.

Dizer que é contra é importante, mas o PCP nada fez para impedir, na prática, que esses 2500 postos de trabalho se evaporassem.

Não, não é verdade. 
Tomámos um posicionamento político, mesmo no plano da proposta. Defendemos a recapitalização da CGD, o seu fortalecimento, mas simultaneamente acompanhamos o nosso posicionamento com esta ideia: somos contra despedimentos na CGD. Se isso se verificar, colocado em letra de lei, obviamente a nossa posição será contra. Pode dizer-se: mas isso pode abalar este Governo do PS. Dir-me-á que é uma contradição. Haverá contradição: mas isso não invalida este posicionamento claro do PCP de votar a favor daquilo que considera positivo e contra aquilo que considera negativo Em relação por exemplo ao Plano Nacional de Reformas e ao Programa de Estabilidade, o PCP só não votou contra porque o Governo não os levou a votação.

Isso leva-nos a outra questão decisiva no próximo mês: o próximo orçamento deriva diretamente do Programa de Estabilidade. É para isso que ele serve. Sendo o PCP contra, presume-se também que seja contra um OE que se baseia no Programa de Estabilidade…

Em primeiro lugar, estamos a falar de uma coisa que ainda não existe que é a proposta de OE para 2017.

Mas já existe o Programa de Estabilidade. A sua expectativa é de que o OE não seja parecido com o Programa?

O que consideramos é que o próximo OE não derive deste caminho da reposição de direitos, de avanços sociais, do abono de famílias, aos horários, aos feriados. Deve manter este rumo. O compromisso do PCP é examinar a proposta de OE e depois decidir. O nosso compromisso não é votar a favor do OE, é examinar esse documento, insistindo nessa linha da reparação e reposição de direitos. Lembro que continua em aberto o aumento das reformas e das pensões que foram descongeladas neste primeiro passo, mas falta uma questão central: aumentá-las.

Catarina Martins também já disse que as pensões são muito importantes no próximo OE. O BE falou da necessidade de aumento do salário mínimo, das pensões e do aumento do Índice de Apoios Sociais. E João Oliveira, do PCP, numa entrevista à Antena Um, disse que o investimento público era o grande ponto do PCP. Isso traduz-se em quê? 

Não vamos pedir nada ao PS, temos posições próprias. Consideramos que o investimento é uma necessidade como de pão para a boca.

"O compromisso do PCP é examinar a proposta de OE e depois decidir. O nosso compromisso não é votar a favor do OE, é examinar esse documento, insistindo nessa linha da reparação e reposição de direitos."

Mas que tipo de investimento?

Consideramos que é possível encontrar receitas, designadamente com uma outra política fiscal, com a questão sempre presente das PPP, não para penalizar pequenos e médios empresários, mas em relação a grandes grupos económicos, enfim…

Mas a diferença e só de tamanho? 

O PCP diz sempre “Não queremos penalizar as pequenas e médias empresas”. E querem penalizar as grandes. As grandes empresas empregam muitos trabalhadores…

Sim…

Porque é que faz essa diferença? Parece que presume que todas as grandes empresas atuam de forma ilegítima, tentando enganar o Estado. Porquê essa distinção?

A diferença está, designadamente no lucro. Quem tem mais lucro mais deve comparticipar.

Sobre grandes empresas: como é que se vai posicionar o PCP quando (ou se) o governo vender o Novo Banco?

A nossa posição primeira é de que, tendo em conta hoje o dinheiro que o Estado colocou no NB, que como sabe foi muito, e com o risco de aquilo ser vendido a pataco, nós consideremos que era importante o Estado assumir um controlo público, reforçando assim o setor público e encontrando resposta para o dinheiro que ali investiu.

A nova administração da CGD tem o perfil para fazer do banco público aquilo que o PCP acha que deve ser feito?

Bom, eu não conheço os nomes…

Sabemos que o presidente da CGD vai ser António Domingues, que vem do BPI. Aliás, se calhar até fazia sentido, sendo o PCP um dos partidos que apoia o Governo, ter alguém próximo na administração do banco público. Nunca falaram dessa possibilidade?

Em relação às administrações do banco público, as escolhas, como sabe, têm sido um processo de partilha entre PS, PSD e CDS. Durante décadas os lugares foram preenchidos até por ex-dirigentes políticos desses três partidos. “Pataca a mim, pataca a ti, e a mim pataca”. Nós não temos, de facto, essa responsabilidade…

Mas gostavam de ter?

Neste quadro, obviamente, não aceitamos qualquer compromisso dessa natureza. Até porque há uma ideia que tem de ser clarificada. Sistematicamente falam do apoio ao Governo. Aquilo que nós fazemos está expresso na posição conjunta PS/PCP.


Orçamento: “O exame vai começar para a semana” e PCP propõe aumento de IRC

As exigências que a Comissão Europeia tem feito ao longo do ano vão provavelmente refletir-se no OE de 2017. O PCP apoia um OE que sabe que foi negociado para satisfazer as exigências de Bruxelas?

Em primeiro lugar, coloca uma questão interessantíssima: estas posições da UE visam condicionar o Governo e o OE. Esta questão das sanções foi uma questão política fundamental. Não foi nada por causa de zero vírgula qualquer coisa…


Mas acha que essa questão se coloca por ser um governo de esquerda apoiado por partidos que são contra as políticas de austeridade e contra a visão que existe na UE?

Em relação a o Governo ser mais à esquerda, enfim, estamos a falar do PS…

Mas tem apoios mais à esquerda.

Isso resulta das convergências na Assembleia da República.

Mas são ouvidos com especial atenção…

E bem. Porque não estamos aqui numa posição de punhal atrás das costas e de à primeira fazer um golpe.

Mas essa decisão política da UE tem a ver com quê? Porque é que está a querer punir este Governo?

É um ato de desconfiança em relação ao Governo. Diria que é de desconfiança à relação de forças que existem na Assembleia da República, o que não é com certeza do agrado dos setores mais ultras da UE.

Mas Espanha está numa posição exatamente igual à nossa e tem um Governo de direita. Acha que a UE também está a tentar punir o Governo de direita espanhol?

Obviamente. Quer punir todos aqueles que não obedecem aos seus ditames. Há de reparar que, em relação a Espanha, as medidas que vão ser tomadas serão anunciadas depois da formação do Governo.

"Essa medida [o aumento do IRC] pode ser tomada - e estará com certeza de acordo com uma das nossas propostas em termos de política fiscal - mas não pode ser associada a este processo de sanções. No quadro da discussão do OE2016, é um consideração que deve ser feita."

Já houve uma que foi anunciada. O aumento do IRC das grandes empresas. O PCP não acha esta medida interessante? 
Como resposta às exigências da UE, se António Costa tivesse decidido aplicar uma medida como esta, o PCP acharia interessante?

Sim, mas há uma questão a colocar em primeiro lugar: a necessidade de rejeição das sanções…

Mas Espanha rejeita…

Sim, são inaceitáveis, do nosso ponto de vista. Aliás, acho estapafúrdia esta posição do PSD, de considerar que as sanções aconteceram por causa de uma má defesa técnica em relação à interpretação do défice. Até dá a impressão de que há um agressor, há um agredido e para o PSD a culpa é do agredido porque se defendeu mal nesse confronto.

Mas voltando ao IRC: o PCP defenderia essa solução?

Essa medida pode ser tomada — e estará com certeza de acordo com uma das nossas propostas em termos de política fiscal — mas não pode ser associada a este processo de sanções. No quadro da discussão do OE para 2017, é uma consideração que deve ser feita.

Mas não para agradar à UE.

Ah, é evidente que não.

Costuma falar regularmente com António Costa? 

Ele telefona-lhe diretamente para o sondar sobre decisões?

Temos falado, temos reunido. Particularmente neste quadro. Geralmente com mais gente, mas estamos os dois presentes.

Já estão muito avançadas a negociações para o Orçamento? 

Presumo que seja nesse quadro que está a falar em reuniões.
O exame vai começar para a semana, onde o PCP disponibiliza dirigentes e especialistas para fazer o tal exame e dar a sua contribuição.

Foram reuniões prévias para preparar essas reuniões do Orçamento?

Sim. Ainda não existem reuniões para discutir conteúdos, mas acontecerá com certeza tendo em conta o calendário.

Já na sequência dos dez dias para responder à UE por causa das sanções?

Não é isso que nos anima. Estamos sinceramente empenhados em discutir aquilo que é a proposta ou o projeto de Orçamento de Estado para 2017. Não temos esse elemento como pedregulho ou obstáculo a um processo que deve ser claro, transparente e construtivo.


Europa: “O diretório de potências e o capital transnacional não agem por sadismo”

O PCP tem dito várias vezes que a União Europeia está a exercer chantagem sobre um país soberano. Mas, onde fica a nossa soberania quando dependemos dos fundos europeus? Um país que quer ser 100% soberano não tem que ser 100% autossuficiente?

Em relação aos fundos comunitários, é evidente que o PCP não está contra a sua aplicação desde que bem aplicados, numa perspetiva económica e social. O grande problema são as exigências pretorianas que nos colocam como resultantes da moeda única e desses constrangimentos que estão refletidos nos sucessivos tratados. Dizem-nos: andem lá para a frente, mas amarrados de pés e mãos. A questão da dívida é uma questão que aflige muitos portugueses.

Acha que a União Europeia quer que Portugal seja um país pobre

Os centros de decisão da UE, tendo em conta a sua natureza, desejam fundamentalmente que o nosso país tenha a marca dos baixos salários e dos direitos reduzidos.

"O diretório de potências e o capital transnacional não agem por sadismo, por vindicta. Está na sua natureza. Aumentando a exploração e o empobrecimento podem obviamente ter mais lucro, objetivo supremo."

Mas porquê? A Alemanha não tem a ganhar se houver mais portugueses com dinheiro para comprar Mercedes, Volkswagen, frigoríficos?

Sabe que isto não é uma crónica de bons rapazes. O diretório de potências e o capital transnacional não agem por sadismo, por vindicta. Está na sua natureza. Aumentando a exploração e o empobrecimento podem obviamente ter mais lucro, objetivo supremo. O grande problema é que toda esta mistificação criada há uns anos — lembro-me quando Portugal aderiu ao euro e à CEE –, a ideia era de uma Europa e coesão económica e social. Uma Europa de Estados, nações livres, independentes, em cooperação.

Mas concorda que Portugal se desenvolveu muito devido ao facto de ter entrado para a UE ou teria-se-ia desenvolvido mais se não tivesse entrado?

Uma coisa sei. Desde que entrámos para o euro estamos na lista dos países no mundo que menos cresceram. Os dados não são meus. São de instituições internacionais insuspeitas.

Mas a entrada para a Comunidade Económica Europeia não mudou o país?

Houve ali um problema de fundo logo de raiz: as paletes de fundos comunitários que tiveram uma moeda de troca. Lembro que foram destruídas empresas, setores, de grande importância para a nossa economia: indústria naval, siderúrgica, metalomecânica pesada, setor das pescas. São setores de grandes potencialidades que foram arrasados. Era a moeda de troca. Hoje, a situação que temos de uma fraca capacidade produtiva resulta desse processo de substituição e liquidação de coisas onde éramos bons produzir.

Mas os portugueses vivem melhor ou pior em termos relativos em relação a 1985?

Se me perguntar, vivo muito melhor do que em 1973. Mas nos últimos anos temos vindo a verificar consequências sociais profundamente negativas, de empobrecimento. O desemprego é hoje um elemento que tem estado presente. Temos pior emprego e menos emprego, tendo em conta estes últimos anos. Não conseguimos crescer.

O Governo do PS dá uma boa resposta à questão da economia? 

O próprio ministro das Finanças admitiu que será muito difícil cumprir as previsões mais baixas, da OCDE, que são de 1,2%. Isso preocupa o PCP?

O PCP sempre sublinhou que o programa do PS estava condicionado. É preciso mudar de rumo. São precisas roturas com o passado. E o programa do PS e do Governo não dá resposta.



A saída do euro: “Não basta uma linguagem de carapau de corrida”

Essa rutura para o PCP é a saída do euro. Todos os economistas, mesmo os economistas mais à esquerda e que são a favor da saída do euro, estimam uma perda de rendimentos muito considerável para os trabalhadores portugueses caso haja uma saída do euro. O PCP, que diz que o trabalhadores portugueses estão mais pobres, não teme que os trabalhadores portugueses fiquem ainda mais pobres no dia a seguir à saída do euro?
Preocupa tanto o PCP que falamos disso não como um ato súbito, mas como um processo decorrente de uma preparação que temos de fazer. Não pode ser um tabu…



Mas têm um plano? 
Já falaram disso na Soeiro Pereira Gomes e têm um Excel com um plano para a saída do euro? 
O PCP sabe como as coisas deveriam ser feitas?

O PCP não tem na ideia que vai ser a única força promotora dessa preparação. Consideramos que é um processo onde devem participar as instituições, a Assembleia da República, Governo, Presidência da República…

Ou é como no Brexit em que primeiro votaram e só depois é que se preocuparam em arranjar um plano? 

O PCP tem pelo menos um esboço de um plano para sair do euro?

Mais do que no caso da Grã-Bretanha, temos o exemplo da Grécia, onde um Governo que não estava preparado…

E o PCP disse isso na altura.

Dissemos, porque não basta uma linguagem de carapau de corrida, de afronta verbal. Isto é um processo. Não é chegar ali e já está. Esse processo, possivelmente, envolve negociação. No grupo do Parlamento Europeu onde nos inserimos, apresentámos uma proposta que visa as condições que devem ser negociadas, caso se verifique a saída de Portugal do euro, tanto por iniciativa própria, como por corrermos o risco de nos expulsarem. Esta não é uma posição aventureira. É uma posição de fundo, que não pode ser tarefa exclusiva do PCP, mas uma tarefa de democratas, de patriotas, das instituições nacionais. Consideramos que é preciso de fazer um grande debate nacional, sem tabus. Até se pode concluir, tendo em conta as consequências, que não.

"Não basta uma linguagem de carapau de corrida [sobre a saída do euro], de afronta verbal. Isto é um processo. Não é chegar ali e já está. Esse processo, possivelmente, envolve negociação."
O PCP admite que se pode chegar ao final desse debate e achar que é melhor não sair do euro…
É evidente que nos têm de provar. Nenhum economista me conseguiu explicar — e eu não sou economista, com todas as limitações que tenho — mas não percebo como é que é possível uma moeda única em países com desenvolvimentos económicos tão diferentes? 

Como é possível uma moeda única em países ultra-endividados e países menos endividados? 

Como é que é possível a moeda única em países com graus de produtividade e de competitividade e de investimento tão diferenciados? 
Expliquem como é que saímos desta situação…




Por isso é que existe a disciplina orçamental. É a resposta das instituições, para tentar que todos sejam mais parecidos com a Alemanha…
Está de acordo comigo. Entretanto, as clivagens acentuaram-se de país para país. Existe um conjunto de potências determinantes e decisórias. E depois há países muitas vezes até maltratados no plano da sua dignidade nacional.

Acha que o Bloco de Esquerda tem uma posição de carapau de corrida em relação ao euro e à UE?

Falei da Grécia, falei do Governo grego. Não quero fazer essa acusação ao Bloco de Esquerda. O que acho da posição do Bloco é que não se percebe bem. Não percebo bem o que defendem. Nós temos esta proposta de preparação, de envolvimento das instituições nacionais.

Esta proposta de um referendo feita pelo BE integra-se neste tal debate alargado que faz falta, ou seria um sinal de aventureirismo?

Não tenho como questão de princípio rejeitar o referendo. As conjunturas muitas vezes é que determinam sua atualidade. 

Nesta fase, se não estamos preparados, a pergunta era “sair ou não do euro?” Ponto final parágrafo? 

Acho que isto é curto. Não responde à dimensão do problema. Sem rejeitar essa possibilidade, neste momento é prematuro. Falta esse grande debate nacional em relação à submissão ao euro.



Bloco de Esquerda: Discurso de Catarina foi “manifestamente exagerado”

A propósito desse debate sobre o referendo houve reações muito violentas, de alguns dirigentes da nova geração do PCP. João Oliveira falou em “doença infantil” e João Ferreira falou em “oportunistas agendas mediáticas”. Esta geração do PCP tem dificuldade em lidar como Bloco de Esquerda?

Não percebemos aquela proposta, que surgiu na convenção do Bloco de Esquerda. Não percebíamos qual era a pergunta, qual era o objetivo, se eram as sanções, se era o Tratado Orçamental, se eram os mecanismos do Programa de Estabilidade, se era isso que estava sob o alvo do referendo. Sinceramente não percebi. 

E aqui sobra: para quê? 

É o que mais define a posição.

"[O discurso de Catarina Martins na convenção] foi manifestamente exagerado. Enfim, a presunção cada um toma a que quer. Não fico transtornado por essa vontade de querer ser grande."

E percebeu uma outra parte do discurso de Catarina Martins? 

Quando a líder do BE disse que foi por causa do Bloco que se aumentou o salário mínimo, que acabou o congelamento das pensões, se fez a reposição das prestações sociais, se protegeu as habitações contra as execuções fiscais, se fizeram as reversões das concessões dos transportes públicos, se repuseram os feriados, se defendeu a escola pública? Também foi graças a uma iniciativa conjunta do BE e do PS que vão acabar as apresentações quinzenais dos desempregados nos centro de emprego. 

Como fica o PCP com o Bloco a reclamar todos os louros?

Acho que foi relevante o papel do PCP numa solução política como a encontrada. Isso é inevitável. Em segundo lugar, os processos de negociação foram bilaterais, ao contrário do Bloco que preferia tudo ao molho e fé em Deus. Nós preferimos — por razões de transparência — essa negociação bilateral, reconhecendo que o BE participou nesse processo de construção de medidas positivas. Mas presunção e água benta, cada um toma a que quer.

Quando ouviu aquele discurso, o que é que pensou?

Foi manifestamente exagerado. Enfim, presunção cada um toma a que quer. Não fico transtornado por essa vontade de querer ser grande.

Não lhe passou pela cabeça telefonar a Catarina Martins? Costuma falar com a líder do Bloco?

Sim, naturalmente. Não há nenhuma crispação na relação, antes pelo contrário.

Mas falam sobre a forma como as coisas estão a correr no Governo e no Parlamento, trocam ideias e estratégias, ou são só conversas de circunstância, olá tudo bem, boa tarde, como está?

É mais conversa de circunstância. Obviamente temos relações com o Bloco, como dois partidos normais. Existe esse relacionamento informal, particularmente na Assembleia da República. Mal seria se me sentasse ali ao lado de alguém do Bloco, incluindo a Catarina Martins, e pusesse a minha cara número três. O meu problema não é o Bloco de Esquerda.



Tribunal Constitucional: “Fomos discriminados”

O PCP deixa de ter um juiz no Tribunal Constitucional…
Neste momento não temos. Tivemos, durante anos. Não era um militante do partido. São instituições sem poder deliberativo e governativo. Mas uma coisa é estarmos a lutar por isso, outra coisa é sermos discriminados.

Não negociaram um nome com o PS, ou o PS discriminou-vos?

Não negociámos o processo. Obviamente a iniciativa teria de partir do PS. E o PS que tem a questão dos três lugares como é sabido.

Foram ouvidos sobre essa escolha?

Não.

Ao haver uma juíza próxima do Bloco e não próxima do PCP, qual é a sua interpretação?

A minha interpretação é que seria um ato de discriminação.

E isso prejudicaria a confiança?

Não, não será por isso…

Mas fica registado.

Cria registar isto: de facto, a não consideração do PCP e a consideração de outros tem este caráter discriminatório.

Nas autárquicas deve haver um esforço para uma frente de esquerda em Lisboa com PS, PCP e Bloco, quando até se fala de uma candidatura de Pedro Santana Lopes?

Não. Primeiro, temos uma coligação, a CDU. Essa coligação já provou os seus méritos. Uma coligação que em muitas autarquias tem demonstrado capacidade de governar ao serviço das populações e a CDU é para concorrer em todo o território nacional.~



Veja aqui a entrevista na íntegra:

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Jerónimo de Sousa: “O nosso compromisso não é votar a favor do ...

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observador.pt
18
Jul16

AS LEIS DO LUCRO, AS MULTAS, O RIDÍCULO, NUMA TELEVISÃO QUE DIZEM SER DE TODOS NÓS.

António Garrochinho

FUI AVISADO POR UMA EMPRESA QUE SUPOSTAMENTE DEFENDE OS DIREITOS DE AUTOR DA RTP E PELO YOUTUBE QUE PODEREI (SE REPETIR) LEVAR COM SANÇÕES SE PUBLICAR MAIS ALGUM VÍDEO PROTEGIDO POR DIREITOS AUTORAIS.
ORA O VÍDEO QUE GRAVEI E PUBLIQUEI NADA MAS É DE UMA NOTÍCIA, UMA COLECTÂNEA DE ACONTECIMENTOS, TRAPAÇAS, VIGARICES, DOS GATUNOS DE COLARINHO BRANCO QUE CONTINUAM IMPUNEMENTE A GAMAR E A ENTERRAR PORTUGAL E OS PORTUGUESES.
NO VÍDEO QUE PUBLIQUEI LÁ ESTAVA A ORIGEM, A AUTENTICAÇÃO COM O LOGOTIPO DA RTP E NA MINHA OPINIÃO EM NADA VIOLEI DIREITOS DE AUTOR POIS NÃO ERA CONTEÚDO CULTURAL, HISTÓRICO E QUE ENVOLVESSE ACTORES E OUTRAS TRETAS QUE ELES INVENTAM PARA TER O MONOPÓLIO DE INFORMAR E NA MAIOR PARTE DAS VEZES DESINFORMAR O POVO QUE SÓ FICA SABENDO O QUE LHES INTERESSA.
NADA LUCREI, NADA ALTEREI, E NEM ERA ESSA A MINHA INTENÇÃO, NEM DETURPEI O CONTEÚDO DA NOTÍCIA E NEM A PRÓPRIA RTP COMO ACONTECE EM ALGUNS CASOS ME AVISOU DE QUE ESTAVA A TRANSGREDIR AS REGRAS.
FOI A EMPRESA QUE CONSIDERO COM EXCESSO DE ZELO E MUITO DADA A CENSURAS QUE RESOLVEU DEFENDER OS LUCROS DOS QUAIS A RTP USUFRUI E TODOS NÓS CONTRIBUINTES ANDAMOS A PAGAR PELO MAU SERVIÇO QUE PRESTA.
É SÓ SANÇÕES, SANÇÕES, MULTAS, ATROPELOS À LIBERDADE DE EXPRESSÃO DOS CIDADÃOS, E A LIBERDADE APREGOADA É UMA TRETA, UMA MENTIRA QUE NOS ENTRISTECE POIS PAGAMOS TUDO E NADA RECEBEMOS EM TROCA.
NUM PAÍS ONDE A COMUNICAÇÃO SOCIAL TEM DOS PIORES JORNALISTAS, ONDE NÃO HÁ JORNALISMO DE INVESTIGAÇÃO, ONDE OS PROGRAMAS PIMBA DURAM DÉCADAS A ENTRAR PELAS PORTAS DA NOSSA CASA, VÊM ESTES PALERMAS TENTAR PENALIZAR E DEFENDER DIREITOS DE AUTOR TENTANDO ARRECADAR DINHEIRO COM A MERDA QUE CRIAM E PUBLICAM.
António Garrochinho
Foto de António Garrochinho.

18
Jul16

A mensagem que Harrison Ford deixou à livraria Lello

António Garrochinho

O ator norte-americano Harrison Ford, que esteve em Portugal com a mulher e também atriz, Calista Flockhart, ficou deslumbrado com a livraria Lello, no Porto, e escreveu uma mensagem no livro de honra

Na sua estada em Portugal, o ator Harrison Ford aproveitou para conhecer vários locais, entre os quais a histórica livraria Lello. O eterno Indiana Jones, que visitou o nosso país na companhia da mulher, a também atriz Calista Flockhart, fez questão de deixar uma mensagem no livro de honra deste emblemático estabelecimento da Invicta, situado na rua das Carmelitas.



"O conhecimento merece uma casa bonita. Esta é uma delas", escreveu o famoso ator norte-americano. A fotografia da mensagem de Harrison Ford foi publicada na página de Facebook da livraria Lello.


A visita do casal, que entretanto já está nos EUA, à famosa livraria aconteceu na passada segunda-feira, dia 11, ainda no rescaldo da vitória da seleção portuguesa de futebol no Euro 2016. Na altura, o estabelecimento fez questão de divulgar, através desta rede social, o momento em que Ford esteve no local.




"Fala-se que Portugal trouxe a taça para casa e Indiana Jones aparece logo à caça do Santo Graal! Harrison Ford encontra-se neste momento em Portugal e aproveitou para visitar ontem [dia 11] a Livraria Lello", pode ler-se.


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18
Jul16

SER CAMPEÃO EUROPEU ATÉ DEU DIREITO A BAPTISMO - Pombas e "motards" no batizado de Quaresma

António Garrochinho






















Quaresma, a mulher Dafne e os filhos, Ricardo e Kauana

Ricardo Quaresma recebeu no final da manhã deste domingo o sacramento do batismo juntamente com os seus dois filhos, Ricardo e Kauana. Cerimónia realizou-se em Sintra e contou com a presença de Eliseu e Carlos Martins

Precisamente uma semana depois de se sagrar campeão da Europa pela seleção portuguesa de futebol, Ricardo Quaresma realizou outro sonho antigo. O futebolista foi batizado este domingo, na Igreja de Pero Pinheiro, em Sintra, juntamente com os dois filhos, Ricardo de três anos, e Kauana, de sete meses.

Os futebolistas Eliseu, que também integrou o lote dos 23 convocados por Fernando Santos para o Euro 2016, e Carlos Martins foram alguns dos ilustres convidados que assistiram ao momento em que o internacional português e os dois filhos receberam o sacramento.

Foi o próprio quem anunciou através do seu blogue que este é "um dia muito importante" na sua vida. Ao lado de Ricardo Quaresma, de 32 anos, esteve a companheira, Dafne, que foi a responsável pelos preparativos da festa, uma vez que o futebolista apenas regressou a Portugal na passada segunda-feira, dia 11, depois de ter sido campeão da Europa. No batizado, que durou cerca de 40 minutos, também esteve presente Ariana, a filha mais velha de Quaresma, fruto da sua anterior relação com Cátia Costa.

Terminada a cerimónia e antes de seguir para a festa, Ricardo Quaresma lançou pombas brancas da varanda da igreja. Instantes depois surgiu um grupo de "motards", que felicitou o jogador.

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18
Jul16

O HOMEM QUE MATOU OS TRÊS POLÍCIAS EM BATOM ROUGE ERA UM ANTIGO FUZILEIRO

António Garrochinho





Três polícias morreram, este domingo, e outros três ficaram feridos na sequência de um tiroteio em Baton Rouge, Louisiana, nos EUA.

O autor da morte de três polícias em Baton Rouge, no estado norte-americano do Luisiana, é um antigo fuzileiro do Kansas City (Missuri).

A cadeia de televisão WAFB9, que citou fontes policiais, disse que o indivíduo, chamado Gavin Long, é um ex-"marine" que fazia 29 anos este domingo, tendo morrido na troca de tiros com a polícia.

Ainda não são conhecidas as circunstâncias exatas do tiroteio, mas as forças de segurança terão agido após os primeiros disparos.

Agentes da polícia federal estão a interrogar outros dois suspeitos, que foram vistos a entrar numa loja vestidos de negro, mudaram de roupa e saíram num veículo prateado com matrícula do Texas. Foram localizados e detidos após denúncia pública.

25 a 30 disparos

O canal WAFB9 mostrou imagens de um vídeo da polícia a chegar ao local dos incidentes em Baton Rouge, no qual se ouviam múltiplos disparos e se viam carros de civis a afastarem-se daquele ponto.

O tiroteio aconteceu perto da uma esquadra de Baton Rouge, cidade com 230 mil habitantes, As autoridades apelaram à comunidade para evitar sair de casa e para reportar qualquer atividade suspeita.

Cinco polícias feridos foram transportados para um hospital local mas três deles morreram. As vítimas mortais tinham 32, 41 e 45 anos. Um outro agente, de 51 anos, também foi hospitalizado numa outra unidade hospitalar de Baton Rouge.

Fonte consultada pela CNN contou que a polícia foi alertada sobre "uma pessoa suspeita que caminhava numa estrada com uma espingarda automática". Quando a polícia chegou, começou o tiroteio.


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18
Jul16

Violada na rua paga taxa de justiça mas agredida pelo marido não

António Garrochinho


Uma mulher alvo de violência doméstica por parte do marido que pretenda intervir contra ele num processo criminal já não tem de pagar custas para o fazer.

É o Estado que o garante. O mesmo Estado que diz que se tiver sido violada por um desconhecido ou alvo de uma tentativa de homicídio, fora do contexto conjugal, só o pode fazer se pagar taxas de justiça. E há muitas que desistem porque não têm dinheiro.


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António Garrochinho

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