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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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27
Jul16

O trabalhador é apenas uma peça

António Garrochinho


por Amato
Hoje proponho uma reflexão sobre o efeito do capitalismo sobre o trabalho em geral.

Noto que o sistema capitalista induz nos seus trabalhadores um grande distanciamento das suas funções. Por norma, os trabalhadores não aguentam muito tempo num mesmo trabalho, estando constantemente a mudar de emprego. Isto é consequência direta da instabilidade/flexibilidade de que o sistema capitalista é feito, por um lado, e, por outro, da promoção junto de cada pessoa de uma ideia de competitividade e de procura por algo que possa ser melhor.

Este distanciamento bem patente entre trabalhador e trabalho resulta numa grande ineficácia dos serviços. Não quer isto dizer que não haja — nem sempre há — um sorriso na cara ou uma aparente boa vontade por parte do trabalhador em cumprir a sua tarefa. Não é disso que se trata. No que este distanciamento se traduz efetivamente é numa falta de sensibilidade para com as particularidades do trabalho, sensibilidade essa que decorre de uma experiência que, no contexto do sistema, nunca é adquirida. É aquilo a que se chama o “saber fazer”.

É fácil comprovar o que escrevo: quantas vezes encontramos as mesmas caras quando recorremos a um serviço qualquer? Quantas? E por quanto tempo?

E há ainda uma outra coisa que se perde ou, talvez, nunca se ganha: um respeito pelo trabalho que se tem, um certo tipo de amor que tem o condão de fazer de cada trabalhador um defensor intransigente da sua fábrica ou da sua empresa. Ao contrário do que pensam os psicólogos motivacionais do capitalismo, isto não se adquire com jantaradas ou festas onde se forçam camaradagens artificiais. O amor pelo trabalho adquire-se com anos de serviço, com o conferir ao trabalhador de estabilidade, de responsabilidade e de importância perante a sua função.

O capitalismo tudo isto renega, observando o trabalhador como uma peça na sua engrenagem de produção de lucro. O lucro fácil é, aliás, a razão de ser de tudo o que acontece na sociedade capitalista. Para disfarçá-lo, a ideologia capitalista carrega no botão da propaganda, dos anúncios, da imagética, produzindo uma mensagem hipócrita por ser tão contraditória. Esconde-se atrás das novas tecnologias e em pseudo-novos-avanços-tecnológicos, que na maior parte dos casos se revelam absolutamente redundantes, na prestação de serviços que sempre serão essencialmente os mesmos. O povo normalmente vai atrás dessa imagem de contínua novidade quando aquilo que procura normalmente é de uma natureza perene como a folhagem de certas árvores.

Simultaneamente, a vertigem pelo lucro fácil induz a seleção daqueles trabalhadores que se resignam a vender o seu trabalho pelo menor preço, o que, por sua vez, conduz a uma real deterioração da qualidade humana/técnica dos trabalhos, ao contrário do que a propaganda capitalista afirma.

Neste processo, o que realmente se perde é uma filosofia de constante melhoria individual, de aprimoramento infinito das várias funções laborais. Dessa filosofia já nem uma ténue ideia resta na sociedade concreta que experimentamos. Como escrevi há dois parágrafos atrás, o trabalhador é apenas uma peça e uma peça não pensa, nem tem sentimentos.

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1b/The_protectors_of_our_industries.jpg
portodeamato.blogs.sapo.pt
27
Jul16

Viva a Guerra!

António Garrochinho
Goya

Viva a Guerra!

Aí temos os Bushs de França a tocar a arrebate a todos os crentes, após o assassinato de um padre na pequena localidade de Saint-Etienne-du-Rouvray (27 mil habitantes).

É catastrófico este apelo governamental à guerra! É de curtas vistas associar este acto como um ataque aos católicos, como se a sociedade se dividisse por religiões. Nice já provocou uma onda de racismo contra os muçulmanos. As declarações feitas ontem a quente são explosivas. E tudo me lembra a famosa reacção de Miguel de Unamuno à estranha e paradoxal frase "Viva la Muerte", lançada em pleno alvor da guerra civil de Espanha, nas celebrações do dia da raça, em Outubro de 1936, quando eram estigmatizados o país basco e a Catalunha, quando o general Millán-Astray gritou "Morra a inteligência! Viva a Morte!", recolhendo entusiasmado aplausos dos falangistas.

O Governo francês embarcou numa perigosa deriva em que tenta salvar a cabeça, antes das eleições que se perdem para a extrema-direita. O problema é que quanto mais a esquerda imitar a direita, quanto mais não conseguir ter uma visão própria, mais isso tende a promover a direita.

Que triste pedagogia para os jovens, que vazia e criminosa promoção à guerra geral. Como é estúpido este apelo ao ódio para ganhar a guerra ao ódio!

Veja-se a seguir algumas declarações recolhidas ontem pela BFMTV, que podem ser encontradas na totalidade aqui

13h27 - O ministro do interior Bernard Cazeneuve, recém chegado à localidade, associa-se à "grande solidariedade" com os católicos.

13h30 - O ex-primeiro-primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayrault apela à unidade do povo francês."Nestas circunstâncias, só pode haver uma mensagem: 'Mantenhamo-nos unidos'. Aqueles que estão na origem destes atentados, penso no de Nice e ainda nos dos últimos dias na Alemanha, querem dividir as sociedades, as democracias, a nossa forma de vida conjunta entre crentes e não crentes, entre católicos e muçulmanos, entre laicos e crentes".

13h34 - François Hollande apela ao apoio à guerra. Recém-chegado a Saint-Etienne-du-Rouvray, François Hollande denunciou o "cobarde atentado de um padre da paróquia , por dois terroristas do Daesh". "A ameaça continua muito elevada. O grupo do Daesh declarou-nos guerra . Nós devemos levara cabo esta guerra [contra o Daesh], no respeito pela lei". "O meu pensamento está com todos os católicos da França".

13h45 - Um dos homens é reconhecido. Segundo informações, um dos dois assaltantes à Igreja é reconhecido visualmente. A sua identidade foi confirmada. Poderá tratar-se de um homem que quia fazer parte da Jihad, mas que teria sido impedido na fronteira com a Turquia. Teria estado preso em 2015 e colocado com pulseira electrónica em Março de 2016.

14h15 - O Daesh reivindica o ataque  

14h30 - "Nós devemos ser impiedosos", diz Sarkozy. "É a guerra", lançou o antido chefe de Estado francês. Não há "outra escolha senão levá-la a cabo e ganhá-la". "O nosso inimigo não tem tabus, de limites, de moral, de fronteira. Nós devemos ser impiedosos". E pede ao governo para aplicar o mais rapidamente possível as propostas da direita contra o terrorismo. 

15h - Marine Le Pen cavalga a fúria contra o islão. Num comunicado, a Frente Nacional precisa: "Nos dois últimos quinquenatos, os de Sarkozy e Hollande, a deriva islamita não conheceu nenhum entrave e a subida da delinquência que a serve de viveiro não foi travada". O partido apela à aplicação das propostas anti-terroristas como a repressão da imigração.

16h - Tocam os sinos em sinal de unidade e de solidariedade. O bispo de Bayonne convidou os padres da sua região a "tocar os sinos"das igrejas às 19h.

16h40 - São conhecidas descrições do assalto e assassinato feitas pelas freiras.

16h45 - A autarquia de Saint-Etienne-du-Rouvray apela a que os seus habitantes venham "exprimir as suas emoções, a asua dor, a sua indignação junto da sede da autarquia.

17h - Torna-se conhecido que os assaltantes tinham como armas uma arma branca, tipo faca, e uma pistola "inoperativa" e um dispositivo fictício a fingir ser de explosivos, segundo fones próximos dodossier 

17h30 - A Casa Branca apresenta condolências."A França e os Estados Unidos têm um compromisso comum de proteger a liberdade religiosa para todos os cultos, e a violência de hoje não encobrirá esse compromisso".

17h35 - Os católicos apelam a uma oração na 6ª feira. 

18h50 - Ao contrário da Casa Branca, Holanda volta a virar-se para os católicos. "Tudo será feito para proteger as nossas igrejas e nossos locais de culto", diz Hollande. Interessante este possessivo...

19h40 - Alain Juppé apela aos franceses para "fazer bloco contra os bárbaros". 

20h - Hollande continua na sua deriva: Matar um padre "é profanar a República". "Façamos bloco", continuou. "É assim que ganharemos a guerra contra o ódio e o fanatismo". Brilhante!

20h15 - Para o primeiro-ministro Valls, que parece inverter um pouco o discurso do Presidente, "o objectivo" é o de "criar uma guerra de religiões". "A cada atentado, não vamos inventar uma nova lei, um novo dispositivo". Mas garante que "esta guerra vai ser longa, difícil". Mas que "a nossa união será a nossa força e é graças a ela que a vamos ganhar".

20h25 - O cardeal André Vingh-Trois afirmou que "um exército moderno pode exterminar o Daesh", mas não o fanatismo. Pois, esse combate é ainda mais longo e um exército moderno em nada ajudará a ganhar essa guerra. Como está à vista desde 2001.

ladroesdebicicletas.blogspot.pt

27
Jul16

27 de Julho de 1768: Nasce Charlotte Corday, a mulher que assassinou Marat

António Garrochinho


Charlotte de Corday nasceu em Saint-Saturnin-des-Ligneries, na Normandia a 27 de Julho de 1768 e morreu guilhotinada em Paris em 17 de Julho de 1793.

Marie-Anne Charlotte de Corday d'Armont, descendente de uma família da pequena aristocracia da Normandia, foi educada na abadia da Trindade de Caen, de acordo com os valores tradicionais da aristocracia - o sentido de honra e a consciência do estatuto social - e no respeito da instituição monárquica, influenciada pelas Luzes e pelo Iluminismo católico, centrado no culto do Sagrado Coração de Jesus, que dava muita importância a uma fé vivida individualmente. 

Aceitou bem os primeiros acontecimentos da Revolução Francesa, como o seu pai que foi eleito presidente da câmara de Mesnil-Imbert em 1789, assim como a maior parte da pequena e média aristocracia francesa. A deriva radical da Revolução, a partir de Março de 1793, leva-a a entrar na luta política, sobretudo quando os Girondinos, considerados revolucionários moderados, foram expulsos em 2 de Junho da Convenção. Charlotte Corday conheceu alguns deputados que, ameaçados de prisão se refugiaram em Caen, onde Charlotte continuava a residir após ter acabado a sua educação, onde dirigiam apelos à insurreição da população francesa.

Para estes revolucionários moderados Jean-Paul Marat, o jornalista redactor do jornal jacobino L'Ami du Peuple, deputado radical, considerado o principal responsável pela queda dos Girondinos, era a incarnação da violência revolucionária. Doente, Marat defendia intransigentemente o Terrorismo jacobino, que se baseava na denúncia sem provas dos «maus» cidadãos e da sua rápida execução

Charlotte Corday chegou a Paris a 11 de Julho de 1793, encontrando-se nesse mesmo dia com o deputado girondino Lauze de Perret, que seria guilhotinado em Outubro. A reunião serviu para Corday pedir ao deputado que lhe conseguisse uma reunião com o ministro do interior, para pedir uma pensão para uma amiga a viver na abadia da Trindade. A reunião nunca se realizará. No dia seguinte escreverá o panfleto Adresse aux Français, em que justificou os seus actos futuros.

No dia 13 de Julho logo pelas oito da manhã Charlotte Corday dirigiu-se ao Palais-Royal onde comprou uma faca de cabo negro, apanhou um fiacre, atravessou o rio e dirigiu-se para o bairro de  Saint-Germain, onde vivia Marat. Não conseguindo ser recebida pelo jornalista, escreveu-lhe um carta onde afirmava ter importantes revelações a fazer sobre a insurreição federalista. Tendo regressado a casa de Marat às sete horas da tarde, e não conseguindo novamente ser recebida, criou um pequeno tumulto que atraiu Marat, que a fez entrar no seu gabinete onde a tomar banho, aproveitava para corrigir o último número do jornal que dirigia. É nesse momento que mata Marat. Presa imediatamente, será julgada nos dias 16 e 17 de Julho, sendo condenada à morte e executada imediatamente.

O seu acto totalmente premeditado visou defender a legalidade, como afirmou na sua proclamação: «que o reino da lei suceda à anarquia, que a paz, a união, a fraternidade, faça desaparecer qualquer ideia de fação. Ó França o teu repouso depende da execução da lei». Esta posição liga-a ao movimento federalista normando, que exigia o regresso à ordem, o respeito das identidades locais, da lei e da propriedade, e que contestava o poder politico de Paris e do clube jacobino, e afasta-a dos grupos contra-revolucionários, não sendo claramente a monárquica radical que foi o rótulo que os jacobinos e a historiografia lhe colaram.

O acto de Charlotte Corday teve consequências devastadoras. Os girondinos, acusados de organizarem o atentado foram perseguidos, e quando presos rapidamente executados. Os clubes políticos femininos foram proibidos e fechados, e Olympe de Gouges, autora da Déclaration des droits de la femme et de la citoyenne [Declaração dos direitos da mulher e da cidadã] foi presa em 20 de Julho,sendo guilhotinada posteriormente. 

Wikipedia (Imagens)
Arquivo: Charlotte Corday.PNG
Charlotte Corday - Jean-Jacques Hauer
Ficheiro:Charlotte Corday.jpg
Charlotte Corday depois de matar Marat - Paul-Jacques-Aimé Baudry 

Arquivo: Corday-Gillray-color.jpeg
Charlotte Corday perante o tribunal revolucionário -  James Gillray
27
Jul16

O PORTÃO DE ENTRADA PARA O GANGES

António Garrochinho

Se o "Egito é uma Dádiva do Nilo", o Ganges é um deidade para a Índia, adorado como a deusa Ganga. Este vídeo realizado pelo cinegrafista Brandon Li, mostra esta relação dos indianos com o rio na vida diária das cidades sagradas de Rishikesh, Haridwar, e Devprayag; região que se encontra no sopé do Himalaia, onde o rio Ganges desce das montanhas. A beleza da natureza e as cerimônias hindus contrastam com a pobreza e o sofrimento das pessoas que mantêm o alto astral resultante de sua devoção e fé.
VÍDEO

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27
Jul16

AS CERCAS AVALANCHE

António Garrochinho
Durante os meses do ano em que se encontram debaixo da neve profunda, ninguém se dá conta que elas existem. Mas quando a neve derrete, o que está por baixo é exposto ao mundo. Nos meses de verão muitos visitantes coçam a cabeça com a visão das cercas de avalanche e querem saber para que serve aquilo. Seu propósito real é muitas vezes desconhecido para o observador casual: ajudar a manter estradas, ferrovias e cidades -para não mencionar as pessoas nelas- a salvo de uma súbita avalanche, muitas vezes mortal.

Em lugares como a Suíça e Alpes franceses, onde os moradores tiveram que conviver com a ameaça de avalanches durante milhares de anos, os sistemas intrincados de estruturas artificiais atenuaram o risco de avalanches por muito tempo.
As cercas de avalanche expostas 01
Estranhamente, o objetivo deste tipo de cerca em regiões montanhosas não é parar um alude de neve, mas para causar um.
As cercas de avalanche expostas 02
As cercas, geralmente referidas como cercas de neve, são posicionadas de modo que a neve à deriva é encaminhada para um lugar onde apresenta a menor quantidade de perigo.
As cercas de avalanche expostas 03
Ao longo de muitos séculos, as comunidades aprenderam, muitas vezes pagando com vidas custo, onde as zonas de iniciação de avalanches estão localizadas. Isto levou à necessidade de estabilizar a neve e aí surgiu a idéia de uma cerca.
As cercas de avalanche expostas 04
Sem dúvida, foram muitas tentativas e erros, mas a ideia era ajudar a absorver a força da neve através de um sistema de cercas e transmitir essa força para o chão, mantendo a neve em seu lugar.
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Às vezes, estas cercas são construídas em torno de uma bacia. A neve é forçada a descambar na bacia e irá formar uma lagoa temporária na primavera.
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Estâncias de esqui também usam estas cercas para criar uma maior profundidade de neve para seus hóspedes desfrutarem.
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Quando muitas cercas são posicionadas diretamente acima de uma cidade, como Honningsvag, Norwayin, então é seguro assumir que elas estão lá para ajudar a controlar qualquer avalanche potencial.
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Há a neessidade de despender uma grande quantidade de tempo e de energia para a construção destas vedações.
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Muitas montanhas da Europa foram cobertos com elas em sua forma atual há mais de um século, começando com versões de madeira e ultimamente metal.
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Não importa como vemos estas cercas, se como uma maravilha feita pelo homem ou uma visão panorâmica a mais, o caso é que a sua eficácia é inquestionável.
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Estas cercas já salvaram muitas vidas e reduziram custos de manutenção de retirada de neve. tornar redes em lugares mais inacessíveis.
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Claro, a cerca de neve não é uma panaceia para evitar avalanches. Há um limite à capacidade humana quando se trata de contornar o poder destrutivo da natureza.
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Pode-se até dizer que, estritamente falando, as cercas de neve não podem garantir a proteção de uma avalanche. Isso é porque elas não são construídas para suportar uma carga mais pesada de neve que em última análise estaria envolvida em uma avalanche.
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Então, em última instância, as cercas de neve em verdade são medidas auxiliares que ajudam as tornar menos grave o que de outra forma poderia ser uma catástrofe.
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27
Jul16

"DIAOLOUS" TORRES DE VIGIA PATRIMÓNIO DA UNESCO

António Garrochinho
Os diaolous são torres de vigia fortificadas de vários andares, geralmente feitas de concreto reforçado, em Kaiping, na província de Guangdong, China. Foram construídas no início do século XX para servir como moradia, como proteção contra invasores e como torres de vigilância. É patrimônio da UNESCO desde 2007 e segue em bom estado de conservação, mostrando uma curiosa mescla de arquitetura chinesa e ocidental.

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Torres no estilo europeu foram erguidas no meio da China 01
As primeiras torres foram construídas no início da Dinastia Qing, atingindo um pico em 1920 e 1930, quando havia mais de três mil dessas estruturas. Hoje, cerca de 1.833 Diaolous permanecem em pé em Kaiping, e aproximadamente 500 em Taishan, e podem também ocasionalmente ser encontrados em inúmeras outras áreas de Guangdong, como Shenzhen e Dongguan. Apesar de servirem principalmente como proteção contra incursões de invasores e malfeitores, alguns deles também servem como alojamentos.

Kaiping foi tradicionalmente uma região de grande emigração para o exterior, e um caldeirão de ideias e tendências trazidas pelos chineses que vêm de fora. Como resultado, muitos Diaolous incorporam características arquitetônicas da China e do Ocidente.

Em 2007, a UNESCO nomeou o diaolou de Kaiping e suas vilas como Patrimônio Mundial, e no seu relatório os edifícios são divididos em três formas: torres comunais construídas por várias famílias e utilizadas como refúgio temporário, há também as torres construídas por famílias ricas e utilizadas como residências fortificadas e as torres de vigia.

Construídos em pedra, tijolo e concreto, estes edifícios representam uma fusão entre estilos arquitetônicos chineses e ocidentais. Desde 2001, todos os diaolous são protegidos como monumentos nacionais sob a Lei de Proteção de Relíquias Culturais e pelo e regulamentos municipais locais.
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27
Jul16

MONTE GORDO - MARISCADORES

António Garrochinho
MONTE GORDO - MARISCADORES
Na passada segunda-feira, integrado numa delegação do PCP, reuni com a Associação de Mariscadores de Arrasto de Cintura da Baía de Monte Gordo, que transmitiu a necessidade de aumentar o número de licenças para apanha de conquilha atribuídas a mariscadores de Monte Gordo, já que as atuais 40 são manifestamente insuficientes, levando a um indesejável fenómeno de apanha clandestina. A apanha da conquilha, com recurso à arte de arrasto de cintura, é uma atividade tradicional de Monte Gordo, que garante o sustento a muitas famílias, de mariscadores licenciados e não licenciados. O Grupo Parlamentar do PCP questionou a Ministra do Mar sobre este assunto, em particular, se o Governo está disponível para emitir licenças adicionais para os mariscadores de Monte Gordo.
Paulo Sá - deputado do PCP
Foto de António Garrochinho.

27
Jul16

A SEVERA

António Garrochinho
A SEVERA
Chamar-se Onofriana esteve longe de ser a pior fatalidade que assolou a vida desta mulher… como provam os seus vertiginosos 26 anos de vida, terminados na mais indigente miséria.
Curiosamente, apesar da dor posta em cada fado pelas fadistas dignas do nome… cantar foi provavelmente o único bálsamo e raio de sol na vida desta afamada cantadeira, prostituta, filha de prostituta e, como se tanto não bastasse, explorada por "nobres" devassos aborrecidos com a rotina abjecta dos seus palácios lisboetas e o tremendo enfado das suas fortunas.
Samuel Quedas
Foto de António Garrochinho.

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