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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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02
Ago16

Uma pérola de Assunção Cristas

António Garrochinho


por Amato
Confesso: adoro estas pérolas de Assunção Cristas! Adoro!

Podia ter posto ali trabalho político numa delas, porque fui ver o jogo da seleção portuguesa contra a Hungria, e estive lá com o senhor Presidente da República. Talvez muitos o tivessem feito, mas eu entendi que não se justificava. Eu não minto.
— Assunção Cristas in DN, a propósito das três faltas injustificadas que deu ao longo do ano parlamentar às quais se juntam mais nove justificadas por “trabalho político”.

Que pérola! “Eu não minto”! Porque o jogo da seleção era mais importante do que o seu trabalho no parlamento! Como se um trabalhador comum pudesse fazer o mesmo, dar uma falta injustificada para ir ao futebol! Que lindo! Que pérola! Que exemplo!

Mas ela não mente! Estejam descansados, tudo se desculpa, porque ela diz a verdade! Esqueçam lá isso! “Eh pá, desculpe lá, chefe! Estou-lhe a dizer a verdade: faltei ontem para ver a seleção na tasca com os amigos!” e estou mesmo a ver o chefe, compreensivo e, até, enternecido, a dar uma palmadinha nas costas do seu funcionário e a dizer: “Esqueça lá isso! Para a próxima, faça igual que eu não me importo.”

Tudo isto vindo do partido da meritocracia, da excelência, da mão pesada sobre os trabalhadores preguiçosos, é muito elucidativo. Já se sabia que o CDS era um dos partidos menos trabalhadores em sede da Assembleia da República, com menos projetos-lei ou propostas apresentadas. Já se sabia. Agora sabemos porquê. Porque há eventos como jogos da seleção cuja importância se sobrepõe à importância da função parlamentar.

A talhe de foice, faz-me lembrar aqueles patrões que, por um ou dois minutos de atraso a picar o ponto fazem questão em descontar ao fim do mês no pagamento ao funcionário, ao mesmo tempo que, eles próprios, reservam-se no direito de pagar ao dia que querem e de se “enganarem nas contas” as vezes que entenderem.

No fundo, é a lei dos dois pesos e das duas medidas que é advogada: uma para a burguesia reinante e, por defeito, virtuosa; outra para o proletariado trabalhador, ordinariamente corrupto.

portodeamato.blogs.sapo.pt

02
Ago16

NAS PRAIAS

António Garrochinho
SEM VERGONHA ALGUMA JÁ ANDAM NAS PRAIAS A PERSEGUIR ALGUNS DESGRAÇADOS QUE LUTAM PARA GANHAR O PÃO.
CUIDADO ! QUALQUER ENTRAM PARA O HOTEL EM QUE VOCÊ ESTÁ HOSPEDADO, INVADEM-LHE O QUARTO À PROCURA DA FACTURA DO CINTO DAS CALÇAS !
OS GATUNOS, OS VERDADEIROS, ESSES CONTINUAM O SAQUE.
AG
02
Ago16

A cidade de Varsóvia se congela todos os anos no 1º de agosto e não é porque faça muito frio.

António Garrochinho


A cidade de Varsóvia, capital da Polônia, se congela todos os anos no 1º de agosto e não é porque faça muito frio. Milhares de habitantes saem às ruas neste dia para lembrar às milhares de pessoas que morreram durante a ocupação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial em um dos episódios mais cruéis deixado pela guerra: "Revolta de Varsóvia". Assim como o "Dia da Lembrança" do holocausto em Israel, as pessoas guardam um minuto de silêncio e deixam de fazer o que estão fazendo em sinal de respeito a todas as pessoas que morreram nesta rebelião contra os invasores alemães. A cidade completa se congela deixando um belo postal.

A homenagem é feita em 1º de agosto pois nesse mesmo dia em 1944, ao redor das cinco da tarde, o exército territorial polonês, Armia Krajowa, decidiu libertar a Polônia da ocupação alemã que tinha começado em 1939. Apesar de que conseguiram retomar o controle de grande parte da cidade, o poderio do exército alemão era muito superior e com a chegada de reforços os superaram amplamente em números. Então Varsóvia se transformou em um grande campo de batalha onde os poloneses se defenderam com unhas e dentes. Depois de dois meses de uma cruel batalha, terminaram rendendo-se.

O final da contenda cobrou a vida de 250.000 civis, a maioria vítima de massacres conduzidos por tropas do Eixo, e mais de 85% dos edifícios da cidade destruídos. Hitler, em represália à rebelião, ordenou que destruíssem a cidade e por isso ficou quase em ruínas.

VÍDEO
www.mdig.com.br
02
Ago16

CONHEÇA O TUBARÃO DE METAL Seabreacher X

António Garrochinho






www.arnolds.com.br
Com um motor Rotax com 1500cc a 4 tempos, com capacidade de sobra para colocar esse verdadeiro monstro marinho para bombear 260 cavalos de potência, O Seabreacher X pode atingir uma velocidade de 25 milhas por horadebaixo de água, a uma profundidade de até 50 metros.
Além todos os impressionantes dados técnicos, o que chama a atenção é o seu design. Com formas de vários peixes, o Seabreacher X consegue mergulhar e saltar da água. Realmente impressionante!
VÍDEO




02
Ago16

27 fotografias para restaurar a fé na humanidade

António Garrochinho

O homem que lê para o colega analfabeto, a menina solidária para o professor homossexual, o rapaz que joga com o amigo separados por um vidro. 27 imagens que provam que o mundo não é um lugar mau.


A humanidade tem vivido tempos problemáticos: estamos a lidar com a maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial, o terrorismo parece espreitar em todas as esquinas e as desigualdades e discriminações sociais ainda são uma realidade no mundo moderno. Será que a bondade e a solidariedade desapareceram da face do planeta Terra?

Talvez tenhamos andado a procurá-las nos sítios errados. O Observador encontrou vinte e sete imagens que restauram a nossa fé na humanidade. Nelas podemos ver a generosidade dos adultos, a franqueza das crianças e os simples gestos que podem mesmo mudar (para melhor) a vida de quem nos rodeia. Veja-as na fotogaleria e conheça a histórias dos heróis cujo maior super poder é ter um grande coração.























































observador.pt
02
Ago16

A história da cigana que fugiu para não andar de luto a vida inteira

António Garrochinho



Assim que o marido morreu, obrigaram-na a cortar o cabelo e a vestir-se de negro. Ao fim de sete meses, Laura fugiu da comunidade e começou uma vida nova: casou e teve gémeos.
Parecia que o mundo tinha acabado para ela. Tinha tido o raro privilégio na comunidade cigana de escolher o marido com quem casou, teve com ele seis filhos e estava agora viúva. A morte era ainda um pesadelo, do qual tentava acordar, quando a sogra lhe trouxe o fato negro que devia vestir durante o primeiro ano de luto. Era de flanela, quente, e segundo a lei cigana não podia ser lavado durante todo esse tempo. Só ao fim de um ano seria queimado para dar lugar a roupas mais leves. Mas negras. Uma viúva na comunidade cigana não deve voltar a frequentar festas, não deve voltar a divertir-se. Os sorrisos devem ser discretos.
Laura (nome fictício) tinha na altura 34 anos. A lei cigana impunha, ainda, que cortasse os longos cabelos e que os tapasse com um lenço negro. Nunca mais poderia exibir em público aquele que é considerado um símbolo de vaidade da mulher e de cobiça do homem. Tomada pela dor da perda do marido, quando se olhou ao espelho e se viu toda de negro, percebeu que não iria aguentar. “Tinha que sair dali”, recorda ao Observador três anos depois de ter fugido da família para poder largar o luto. “Fazia-me muita confusão ver-me vestida de negro e não poder lavar o fato. Podia tomar banho, mudar de roupa interior, mas tinha sempre que vestir aquele fato negro de flanela. Tão quente”, recorda sentada no sofá da sua nova casa. Antigamente, e segundo a lei cigana, as mulheres nem banho podiam tomar ao longo desse ano.
"Fazia-me muita confusão ver-me vestida de negro e não poder lavar o fato. Podia tomar banho, mudar de roupa interior, mas tinha sempre que vestir aquele fato negro de flanela. Tão quente."
Laura
Mas sair não foi fácil. Laura disse à sogra que ia de férias para casa de uma familiar. Mas nunca mais voltou. A primeira coisa que fez foi livrar-se do fato de flanela. Depois começou a vestir vestidos mais leves, embora negros. Até que abandonou por completo o luto. Como se não bastasse, quando menos esperava, conheceu um homem e apaixonou-se. Apaixonou-se por um homem que não era cigano, violando mais uma vez as leis da comunidade.
Tinham passado apenas sete meses da morte do marido. E o filho mais velho, na altura com 16 anos, não foi brando nas palavras. Nem nos atos. Chegou mesmo a agredir o novo companheiro da mãe — que nada fez. “Ele é um miúdo”, justifica agora ao Observador. Embora não o perdoe. Um miúdo que, aos olhos da comunidade cigana, é já um homem feito. Casado e pai de uma criança. Aliás, como é o filho mais velho, foi a ele que coube ficar com os irmãos na falta dos pais. E foi o que fez, mal soube que a mãe tinha um namorado. Foi ter com ela à cidade onde ela vivia e arrancou-lhe os filhos dos braços (o mais novo com quatro anos) para os levar para o bairro em Lisboa onde antes viviam todos. Estava irado. “Foi muito complicado. Ele segue muito as ideias dos tios. Fiquei sem os meus filhos todos. Ele levou-os para o bairro e eu não podia entrar lá para ir buscá-los. Mas ele é meu filho. E um dia tudo será perdoado”, garante.

O luto

A duração do luto depende da proximidade com o falecido. O luto pelo marido ou pelo filho dura a vida inteira da viúva ou da mãe. Para o pai, os filhos respeitam o luto durante dois a três anos. Os sobrinhos fazem entre três a seis meses de luto pelos tios. A mulher tem que se vestir de negro, usar o cabelo curto e não pode usar joias nem maquilhagem. Não pode representar ou suscitar qualquer forma de desejo. Homens e mulheres não podem frequentar festas nem beber álcool. No início do luto não podem comer carne. O luto é sinónimo de rutura com as “coisas boas da vida”. Por outro lado, estas regras podem ter reflexos nas crianças — que nas famílias mais tradicionais podem ser proibidas de frequentar aulas de música ou de ver filmes. Nalguns casos não mais se pronuncia o nome do morto e as suas fotografias são destruídas.
Associação para o Desenvolvimento do concelho de Moura
Um desses tios, irmão do falecido marido de Laura, entregou-se recentemente à polícia. Foi ele que começou um tiroteio no bairro onde viviam, em Lisboa, que culminou numa megaoperação policial. A troca de tiros entre duas famílias ciganas prendeu-se precisamente com um relacionamento amoroso entre dois jovens de famílias que não se entendiam. Um ato condenável pelos patriarcas da comunidade, que seguem à risca as leis ancestrais.
Laura estava disposta a viver a sua história de amor contra tudo e todos. E eram, de facto, todos que estavam contra aquela relação. Por um lado a comunidade cigana, para quem Laura se tornou uma pessoa não grata. Por outro lado, a família do marido, que não via com bons olhos ele envolver-se com uma mulher de etnia cigana. Laura estava agora dividida e abandonada entre dois mundos: o que deixou, no seio da comunidade cigana, onde ainda estão os filhos que quer recuperar e aquele onde queria entrar, da família do homem não cigano por quem se apaixonou.
Foi no meio desta guerra que Laura descobriu que estava grávida. E a primeira ecografia mostrou-lhe que estava à espera não de um, mas de dois bebés: um menino e uma menina, gémeos. Também Laura tem uma irmã gémea. A notícia da gravidez devia ter sido uma notícia feliz no seio da família do homem por quem se apaixonou. Mas foi mais um motivo de guerra. Assim que as crianças nasceram, a avó paterna tentou obter a guarda parental dos gémeos, alegando que o filho não tinha condições e que a mãe era cigana. Pior. Conseguiu que Laura, que não sabe ler nem escrever, assinasse um papel a consentir essa guarda. Um comportamento que ela diz que jamais vai perdoar.
O caso foi parar à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco do concelho onde Laura reside e as técnicas não perderam tempo: tinham que conhecer este casal. Encontraram uma mulher cigana entre dois mundos e com dificuldades de aceitação entre ambos. Determinada, sempre com uma resposta pronta a dar e de personalidade vincada, Laura deixou claro que queria criar os gémeos, assim como pretendia um dia recuperar os filhos que lhe levaram. Por outro lado, as técnicas encontraram no companheiro de Laura um homem demasiado “manipulável” pela mãe, uma mulher “difícil de lidar”, como partilharam com o Observador. Ainda assim, perceberam que não havia motivos para não dar uma oportunidade a Laura. Não havia motivos para aquelas crianças crescerem longe dos pais. Pelo menos para já.

Laura e um dos filhos gémeos
Foi com a ajuda da Comissão que o casal encontrou uma casa para arrendar. Ele começou a trabalhar e ela a tentar esquecer as leis que a tinham regido durante toda a vida, para se adaptar à Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Risco. Os gémeos, um rapaz e uma rapariga, têm agora um ano. E não tem sido fácil.
Laura está a aprender a ser uma mãe diferente daquela que foi dos seis filhos ciganos. As leis de uma e de outra comunidades assim o ditam. Segundo a lei cigana, as crianças devem derramar o mínimo de lágrimas possível. Os pais devem dar tudo aos filhos nem que “para isso tenham que roubar”. Laura lembra-se de uma vez em que andava nas compras com o falecido marido e os filhos e viu uma criança não cigana a chorar. A criança insistia que queria um gelado e a mãe recusava. Deixava a criança chorar. “O meu marido ficou tão impressionado, como era possível deixar chorar assim uma criança, que lhe foi comprar um gelado e ofereceu-lhe”, recorda Laura a sorrir.

O casamento

A maior parte dos casamentos entre ciganos é uma união de facto e nem sequer há registo sobre o ato. São geralmente uniões precoces (a partir dos 13 anos para as raparigas, 14/15 para os rapazes). Podem ser combinados entre os pais dos noivos durante a infância ou adolescência, a pedido dos próprios. O casamento confere estatuto social à pessoa, sendo a quase única forma de ascensão social na comunidade. Assim, enquanto os não ciganos apostam na educação formal dos filhos para adquirir reconhecimento, dentro da comunidade não cigana, os ciganos preferem dar importância à preparação dos filhos para a sua união matrimonial, o que pode levar a que as crianças se desinteressem pela escola. A cerimónia de casamento é um ato muito importante no seio da comunidade e segue determinados rituais. Normalmente a festa dura 2 ou 3 dias e é feito o teste da virgindade à noiva. Nestas cerimónias a noiva está sempre a mudar de fato. Quantas mais vezes o fizer, mais belo o casamento. A separação ou o divórcio são casos muito raros.
Associação para o Desenvolvimento do concelho de Moura
O marido era um homem “mais aberto que aqueles ciganos todos”, diz, referindo-se à comunidade cigana que vive no bairro para onde se mudou, depois de casar. “Pedimos aquela casa à câmara e não fomos logo para lá. Queríamos por as coisas à nossa maneira. Quando fomos para lá, já havia só ciganos”, conta. Ainda assim, o marido deixava-a andar de braços descobertos e sempre condenou os homens que batiam nas mulheres. “Quando passávamos na rua, diziam que éramos o casal perfeito.”
Laura queria educar os gémeos da mesma forma que educou os outros seis filhos. Total liberdade. Mas sempre que as técnicas que a acompanham chegavam a casa, estava tudo num caos. Laura deixava de fazer tudo para dar atenção aos filhos e acabava por descurar a higiene e as lides domésticas. “Agora estou a melhorar nisso”, reconhece. Quando vivia com o ex-marido, os filhos eram prioridade sobre a casa, mas percebeu que a higiene e a alimentação são tão importantes como a atenção que deve dispensar aos dois filhos. A sogra encontrou uma casa perto do casal para viver. Tem prestado apoio, mas Laura não consegue perdoar-lhe a tentativa de obter a guarda exclusiva dos netos. Todos os dias vive com medo que isso aconteça.
"Nós crescemos e só vamos à escola se os nossos pais quiserem. Os rapazes é que vão normalmente e estudam até quererem. Aos 12/13 anos a rapariga já é uma mulherzinha pronta a casar".
Laura
O que ela gostava mesmo era de poder inscrever as crianças na creche e trabalhar. Mas até aí encontra uma barreira. Cresceu sem ir à escola, não sabe escrever nem sequer ler. “Nós crescemos e só vamos à escola se os nossos pais quiserem. Os rapazes é que vão normalmente e estudam até quererem. Aos 12/13 anos a rapariga já é uma mulherzinha pronta a casar”, explica Laura. Ainda assim, Laura tinha 17 anos quando casou. E o pai deixou que escolhesse o marido. “Como ele já tinha irmãos casados com irmãs minhas foi mais fácil”, diz. Só as famílias “contrárias”, ou seja aquelas que já sofreram algum tipo de conflito, é que não podem juntar-se por via do casamento.
Na comunidade cigana as meninas crescem à espera do dia em que vão casar — um acontecimento que dura dois ou três dias e que envolve grande parte da comunidade. Laura lembra-se bem desse dia. Aliás, um ano depois, acabou por vestir novamente o vestido de noiva para uma festa organizada pela autarquia de Lisboa no Terreiro do Paço. A ideia era reproduzir uma festa de casamento cigano. E Laura foi, já grávida do filho que agora não a apoia.

A educação

Desde a infância, a educação das crianças varia conforme o sexo. Eles têm mais liberdade. Elas são mais vigiadas e não podem assistir a determinados programas de televisão, por exemplo. A família alargada, como os avós e os tios, têm forte intervenção no processo educativo. Até os irmãos mais velhos e os primos podem intervir. Durante o crescimento das crianças, é privilegiada a aprendizagem de certos valores, como o respeito pelos mais velhos, a autonomização, a solidariedade dentro do grupo, o sentimento de grupo. As meninas aprendem cedo a tomar conta da casa e dos irmãos mais novos. Os rapazes são incentivados desde muito pequenos a acompanhar o pai de família. Nas comunidades ciganas, a criança cresce em plena liberdade, com regras diferentes dos não ciganos. Escolhem se vão à escola, por exemplo. As crianças são assim consideradas até aos 7/8 anos. Aos 10/11 passam a ter um papel mais ativo na família. Começam a entrar na fase da adulta muito mais cedo que as crianças não ciganas.
Associação para o Desenvolvimento do concelho de Moura
Na comunidade cigana as meninas são educadas até aos 12/13 anos para servir o marido. E por esta altura estão prontas para casar. Muitas estão prometidas a um homem ainda antes de nascerem. Outras podem escolher, mas têm que ter aprovação da família. Laura acabou por só casar aos 17 anos, ainda assim nunca frequentou a escola. “O meu marido era uma pessoa muito diferente na comunidade e chegou a dizer para eu ir estudar. Mas eu tinha que tratar dos filhos e da casa”, recorda. Alguns domingos, conta, saía para trabalhar com ele. “Fazíamos 50 contos num dia”, diz orgulhosa.
O facto de não ter estudado é mais um entrave para conseguir um trabalho. Mas Laura tem demasiada energia dentro dela. “Eu vou conseguir. Vou aprender a ler e a escrever com os gémeos”, diz a rir. Um sorriso nervoso, como quem quer acreditar nisso. As técnicas da Comissão de Proteção de Menores e Jovens em Risco acreditam. E encorajam-na. Ela segue.
Texto de Sónia Simões, fotografia de Patrícia Amaral.


observador.pt
02
Ago16

Conheça os atletas algarvios que estarão nos Jogos Olímpicos Rio 2016

António Garrochinho

  
olimpicos algarvios

São cinco, no total, os atletas algarvios que marcarão presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016: Ana Cabecinha , os gémeos João Vieira e Sérgio Vieira, em marcha, José Costa, na vela, e Pedro Martins, em badminton. As Olimpíadas arrancam já esta sexta-feira, dia 5 de Agosto.

Alentejana de nascimento, mas a viver em Olhão há muitos anos, Ana Cabecinha assume-se como algarvia. Depois de ter terminado a prova feminina de marcha, nos últimos Jogos Olímpicos em Londres, em 9º lugar, a atleta do Clube Oriental de Pechão entra em prova no dia 19 de Agosto, às 18h30 (hora de Portugal), para a final feminina dos 20 quilómetros marcha.

Na prova masculina, também há dois algarvios a disputar um lugar entre os medalhados. Os gémeos João Vieira e Sérgio Vieira, naturais de Portimão e atletas de Sporting e Benfica, respetivamente, tentarão “marchar para a vitória” no dia 12 de Agosto, às 18h30.

O Algarve também está representado na vela nestas Olimpíadas. O estreante José Costa nasceu em Tavira, mas atua pelo Clube Naval de Cascais, e fará dupla com Jorge Lima. A prova de vela realiza-se ao longo de vários dias: 12, 13, 14 e 16 de Agosto, mais concretamente. A hora de início da prova é sempre às 17h00.

Já no badminton, Pedro Martins, natural de Portimão e atleta da ACD CHE Lagoense, repete a presença de 2012, em Londres. Este ano, no Rio do Janeiro, são depositadas muitas esperanças na prestação do atleta, tal como o Sul Informação deu conta.

À semelhança do que se passa na vela, no badminton, a prova olímpica é dividida em vários dias. Pedro Martins entrará em campo no dia 12 de Agosto, às 12h00, nos dia 13 e 14, às 19h30. E depois se verá…

Por fim, nota ainda para o golfista Ricardo Melo Gouveia, atleta que começou a jogar golfe ainda em criança, no Algarve, no Clube de Golfe de Vilamoura. Esta presença Jogos Olímpicos é uma estreia para o golfista, que jogará nos dias 10, 11 e 12 de Agosto, às 11h30, e dia 13, às 11h00.

www.sulinformacao.pt
02
Ago16

Boa sardinha assada (e não só) é na zona ribeirinha de Portimão

António Garrochinho

  
Festival da Sardinha


No prato, no pão, assada, de escabeche, em filete ou de conserva, passando pela doçaria. Estas são as maneiras diferentes para comer sardinha no festival a ela dedicado, que começa amanhã, quarta-feira, dia 3 de Agosto, na zona ribeirinha de Portimão. A abertura oficial está marcada para as 19h30, junto ao Coreto.

O mais afamado pitéu gastronómico de Portimão será o denominador comum de uma festa de cariz popular qu até ao próximo domingo, 7 de Agosto, atrairá milhares de visitantes de todas as idades a Portimão, entre as 19h00 e a 01h00.

O Festival da Sardinha apresenta-se com duas grandes novidades: o “Aqui há Sardinha!”, uma insígnia que os tradicionais restaurantes da sardinha assada vão exibir, e a “Sardinha & Companhia”, que pretende dar a conhecer as alternativas existentes na confeção desse peixe.

Sob o lema “Aqui há sardinha!”, quem visitar o Festival poderá apreciar a bela da sardinha assada com a batata cozida e a tradicional salada à algarvia num dos 13 restaurantes oficiais: À Ravessa, Casa Bica, Dona Barca, Forte e Feio, KiBom, Mané, O Pipo, Peixarada, Retiro do Peixe Assado, Taberna da Maré, Trinca Espinhas, Ú Venâncio e Zizá.

A “Sardinha & Companhia” proporcionará aos visitantes a oportunidade de degustar Sardinha das mais variadas formas: de escabeche, em filete ou de conserva, passando pela doçaria.

As saborosas alternativas podem ser degustadas num dos 15 estabelecimentos aderentes – A Casa da Isabel, Alameda Park, Barca Arade, Café do Túnel, Café Pastelaria “O Nacional”, Carvi Marisqueira, Casa da Tocha, Esplanada 1º Dezembro, Kalahary, Mercado Daqui – Mini Mercado, O Mariola, Pastelaria Arade, Pote Cheio, Taberna de Portimão e Táscá.

Para quem desejar experimentar uma sardinha no pão, com bebida, pelo valor de 3,50 euros, vai ter ao dispor dois pontos de venda junto à antiga Lota, a cargo do GEJUPCE – Gil Eanes Juventude Portimonense Clube e do Boa Esperança Atlético Clube Portimonense.

Há também um quiosque de venda de café e três outros de bebidas diversas, a cargo do Clube Desportivo e Recreativo da Pedra Mourinha, Clube de Taekwondo de Portimão, Grupo Gil Eanes de Portimão e Núcleo de Portimão da Cruz Vermelha Portuguesa.

A nível musical, destaque para o programa do palco principal, localizado junto à antiga Lota, que apresentará, sempre a partir das 22h00, Deolinda (3 de Agosto), Carolina Deslandes (dia 4), Carminho (5), Herman José (6) e a Orquestra de Acordeões e o Quarteto Manuela Lopes, pelo Conservatório de Música de Portimão (7).

No coreto junto à Casa Inglesa, haverá animação musical entre as 19h00 e as 21h30, a cargo da Junta de Freguesia de Portimão, com o seguinte programa: 3 de agosto – Grupo Coral de Portimão; 4 de agosto – 3 for Tea; 5 de agosto – Os Bandamecos; 6 de agosto – Fonte Nova; 7 de agosto – Renato Reis.

No espaço da zona ribeirinha e em circuito itinerante pelos restaurantes oficiais, atuarão diariamente ranchos folclóricos, acordeonistas, grupos de cantares e grupos de dança, sem esquecer outras referências já tradicionais, do artesanato à doçaria, destacando-se ainda uma mostra de antiguidades junto ao Jardim Visconde Bivar, com loiças, pratas, relógios, pratas, joias, selos e outros artigos de outrora.

A Antiga Lota, sob o lema “Espaço Sardinha – Filmes e Pinturas”, estará decorada, no seu interior, com elementos alusivos à sardinha e à pesca e, em colaboração com o Museu de Portimão, dinamizará uma área infantil, onde os mais novos poderão decorar a sua própria sardinha de papel, e um espaço de visionamento de filmes, onde será possível assistir a reportagens antigas e filmes sobre a arte da pesca.



O Festival da Sardinha 2016 é uma organização da Câmara Municipal de Portimão, em parceria com a Associação Turismo de Portimão, a Junta de Freguesia de Portimão, a APS – Administração dos Portos de Sines e a EMARP, conta com o patrocínio da Malo Clinic, No Solo Água, Socialgar Seguros, Sagres, Coca-Cola e Delta Cafés, e o apoio da Cultugarve, Conservatório de Portimão, Alberto Oculista, Barlavento – Semanário Regional do Algarve e Turismo do Algarve. Rádio oficial: Alvor FM.

CARMINHO // DEOLINDA // FESTIVAL DA SARDINHA // GASTRONOMIA // PORTIMÃO // SARDINHA
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02
Ago16

Feira Medieval de Silves tem este ano «mais espaço» e um «espetáculo inédito»

António Garrochinho

  
Feira Medieval de Silves
Fotografia: Martyna Mazurek

Silves volta atrás no tempo, em mais uma edição da Feira Medieval, de 12 a 21 de Agosto. Este ano, o espaço será maior: a Praça Al’Mutamid faz parte do recinto, o que não acontecia antes. Há também lugar para um «espetáculo inédito», além das tradicionais animações de rua e torneios medievais.

Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves, confessou-se, em entrevista à RUA FM, expectante face à possibilidade de este ano a Feira Medieval «receber mais visitantes». E acrescentou: «Fomos considerados a segunda maior feira medieval a nível nacional. Muitas pessoas vêm à Feira, adoram e recomendam aos amigos».

Foi este crescimento do evento que fez com que se tornasse necessário o alargamento do espaço destinado ao certame. Este novo perímetro permite «uma maior dinâmica para as pessoas poderem conviver e recriar aquela época», garantiu a presidente da Câmara.

Pedro Garcia, responsável pela área da animação da autarquia de Silves, também esteve presente na entrevista da RUA FM sobre a Feira Medieval de Silves. A área que tem a seu cargo faz com que tenha um papel essencial neste evento. E prometeu… várias surpresas. «Este ano, tal como nos outros, tentamos aumentar sempre os níveis de qualidade, fazendo com que todos os artistas que nos acompanham ao longo de anos vão apresentando sempre propostas novas, que captem a atenção de quem nos visita», disse.

Pedro Garcia não quis levantar o véu sobre o que seria, mas garantiu que, este ano, o certame terá «um espetáculo inédito, criado especialmente para a Feira Medieval e para a zona do Castelo de Silves».



Feira Medieval de Silves - MMazurek (37)
Fotografia: Martyna Mazurek

Preço dos bilhetes:


Animação Castelo de Silves: 5 euros (inclui ingresso de entrada no perímetro)
Torneio de Armas a Cavalo: 5 euros (inclui ingresso de entrada no perímetro)
Bilhete Diário: 2 euros
Pulseira Livre-trânsito: 3 euros (pré-venda até 6 de agosto)
                                                   4 euros (durante a Feira Medieval de Silves)
Aluguer de Trajo: Adulto – 3 euros
                                       Criança – 2 euros
Experiência Medieval: Até aos 6 anos: Grátis
                                                 Dos 6 aos 10 anos: 25 euros
                                                 Maiores de 10 anos: 50 euros

Os bilhetes podem ser comprados nos seguintes locais de venda: 

Ticketline, FNAC, Worten, El Corte Inglés, Centro Comercial Dolce Vita, Galerias Campo Pequeno, Agências Abreu, Agência de Bilhetes para Espetáculos Públicos, MMM Ticket, Centro Comercial Mundicenter, Centro Cultural de Belém e Piscinas Municipais de Silves.


CÂMARA MUNICIPAL DE SILVES // CASTELO DE SILVES // FEIRA MEDIEVAL DE SILVES // ROSA PALMA // SILVES
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02
Ago16

O FASCISMO E A SUA IMBECILIDADE ILÓGICA

António Garrochinho


 

 

(Jornal do Brasil) - Célebre por seus estudos sobre a França de Vichy, Robert Paxton dizia que o fascismo se caracteriza por uma sucessão de cinco momentos históricos: a criação de seus movimentos; o aparelhamento do setor público; a conquista do poder legal; a conquista do Estado; e, finalmente, a radicalização dos fins e dos meios - incluída a violência política - por intermédio da guerra.     

 

O fascismo de hoje se disfarça de “liberalismo” no plano político e de neoliberalismo no plano econômico.

 

Seu discurso e suas “guerras” podem ser dirigidos contra inimigos externos ou internos.     

 

E sua verdadeira natureza não pode ser escondida por muito tempo quando multidões uniformizadas, quase sempre com cores e bandeiras nacionais, descobrem "líderes" dispostos a defender o racismo, a ditadura, o genocídio e a tortura.     

 

Que, quase sempre, são falsa e artificialmente elevados à condição de deuses vingadores.     

 

E passam a ter seus rostos exibidos em camisetas, faixas, cartazes, por uma turba tão cheirosa quanto ignara, irrascível e intolerante, que os exalta com os mesmos slogans, em todos os lugares.     

 

Repetindo sempre os mesmos mantras anticomunistas toscos, "reformistas" e "moralistas", contra a política e seus representantes - o “perigo vermelho”, a “corrupção” e os “maus costumes”. 

 

Uma diatribe que lembra as mesmas velhas promessas e “doutrina” de apoio a outros "salvadores da pátria” do passado - que curiosamente costumam aparecer em momentos de "crise" aumentados intencionalmente pela mídia, ou até mesmo, a priori, fabricados - como Hitler, Mussolini, Salazar e Pinochet, entre muitos outros.

 

Não importa que as “bandeiras”, como a do combate à corrupção - curiosamente sempre presente no discurso de todos eles - sejam artificialmente exageradas.     

 

Não importa que, hipocritamente, em outras nações, o que em alguns países se condena, seja institucionalizado, como nos EUA, por meio da regulamentação do lobby e do financiamento indireto, e bilionário, de políticos e partidos por grandes empresas.     

 

Nem importa, afinal, que a Democracia, contraditoriamente, embora imperfeita, aparentemente - por espelhar os defeitos próprios a cada sociedade - ainda seja, para os liberais clássicos, o melhor regime para conduzir o destino das nações e o da Humanidade. 

 

Como ensina Paxton, na maioria das vezes os grupos fascistas iniciais sobrevivem para uma segunda fase, quando, como movimentos ou ainda como mera tendência, discurso ou doutrina - muitas vezes ainda não oficialmente elaborada - passam a se infiltrar e impregnar setores do Estado.

 

Esse é o caso, por exemplo, de “nichos” nas forças de segurança, no Judiciário e no Ministério Público, que passam então,  também, a prestar dedicada "colaboração" ao mesmo objetivo de "limpeza" e "purificação" da Pátria.  

 

Com o decisivo apoio de uma imprensa - normalmente dominada por três ou quatro famílias conservadoras, milionárias, retrógradas, entreguistas - que atua como instrumento de "costura" e "unificação" do "todo", por meio da pregação constante dos objetivos a serem alcançados e da permanente glorificação, direta ou indireta, do "líder" maior do processo.

 

Não por acaso, Mussolini e Hitler foram capa da Revista Time, o primeiro em 1923, o segundo em 1938, e de muitas outras publicações, em seus respectivos países, quando ainda estavam em ascensão.     Não por acaso, nas capas de jornais e revistas, principalmente as locais, eles foram precedidos por manchetes sensacionalistas e apocalípticos alertas  sobre o caos, a destruição moral e o fracasso econômico.     

 

Mesmo que em alguns países, por exemplo, a dívida pública (líquida e bruta) tenham diminuído desde 2002; a economia tenha avançado da décima-quarta para a oitava posição do mundo; a safra agrícola tenha duplicado; o PIB tenha saído de 504 bilhões para mais de 2 trilhões de dólares; e, apesar disso, tenha sido reunida, entre dinheiro pago em dívidas e aplicações em títulos externos, a quantia de 414 bilhões de dólares em reservas internacionais em pouco mais de 12 anos.        

 

Da fabricação do consentimento que leva ao fascismo, e às terríveis consequências de sua imbecilidade ilógica e destrutiva, não faz parte apenas a exageração da perspectiva de crise.     

 

É preciso atacar e sabotar grandes obras e meios de produção, aumentando o desemprego e a quebra de grandes e pequenas empresas, para criar, por meio do assassinato das expectativas,  um clima de terror econômico que permita tatuar a marca da incompetência na testa daqueles que se quer derrubar e substituir no poder, no futuro.     

 

Criando, no mesmo processo, “novas” e “inéditas” lideranças, mesmo que, do ponto de vista ideológico, o seu odor lembre o de carniça e o de naftalina. 

 

Como se elas estivessem surgindo espontaneamente, do “coração do povo”,  ou dos “homens de bem”, para livrar a nação da “crise” - muitas vezes por eles mesmos fabricada e “vitaminada” - e salvar o país.     

 

Afinal, é sempre com a velha conversa de que irá “consertar” tudo, corrigindo a desagregação dos costumes e os erros da democracia, que sempre apresenta como irremediavelmente, amplamente, podre e corrompida até a raíz - como Hitler fez com a República de Weimar - que o fascismo justifica e executa seu projeto de conquista e de chegada ao poder.     

 

É com a desculpa de purificar a pátria que o fascismo promulga e muda leis - muitas vezes ainda antes de se instalar plenamente no topo - distorcendo a legislação, deslocando o poder político do parlamento para outros setores do Estado e para “lideres” a princípio sem voto.     

 

É por meio de iniciativas aparentemente “populares”, que ele desafia a Constituição e aumenta o poder jurídico-policial do Estado no sentido de eliminar, impedir, sufocar, o surgimento de qualquer tipo de oposição à sua vontade.     

 

Para manter-se depois, de forma cada vez mais absoluta, no controle, por meio de amplo e implacável aparato repressivo  dirigido contra qualquer um que a ele venha a oferecer resistência.     

 

Aprimorando um discurso hipócrita e mentiroso que irá justificar a construção, durante alguns anos, de um nefasto castelo de cartas, do qual, no final do processo, sobrarão quase sempre apenas miséria, desgraça, destruição e morte.     

 

É aí que está a imbecilidade ilógica do fascismo.     

 

Tudo que eventualmente constrói, ele mesmo destrói.     

 

Não houve sociedade fascista que tenha sobrevivido à manipulação, ao ódio e ao fanatismo de seus povos, ou ao ego, ambição, cegueira, loucura e profunda vaidade e distorção da realidade de “líderes” cujos sonhos de poder costumam transformar-se – infelizmente, depois de muito sangue derramado - no pó tóxico e envenenado que sobra das bombas, das granadas e das balas.


02
Ago16

Contratos de Associação são um filão que empresários não querem perder

António Garrochinho





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Utilizou-se como expediente a mentira, afirmando que aquelas escolas também eram públicas e ignorando que estamos a falar do Estado, que vive do dinheiro de todos nós.

«Marcha em Defesa da Escola Pública», 18 de Junho de 2016, Lisboa






Nas últimas semanas, após a forte e expressiva «Marcha em Defesa da Escola Pública», que juntou docentes e não docentes, encarregados de educação e alunos de associações de estudantes do ensino secundário e do ensino superior, para além de diversas outras associações e autarquias, surgiram algumas notícias extraordinárias.
Mecenas, beneméritos ou outros contribuintes para a causa do ensino privado em Portugal, fossem gente rica e com recursos, fossem associações financiadas pelo Estado para satisfação de necessidades sociais (o que me parece espoletar um conflito de interesses) ou fosse a própria Igreja, a acreditar nas notícias que têm vindo a público, garantiam que as turmas que não recebessem subsídios (resultantes dos contratos de associação) poderiam funcionar, pois alguém suportaria os elevados custos que comportam. Esse alguém, como facilmente se percebe, poderia ser uma conta bancária de uma instituição ou do próprio colégio.
Algumas questões que se colocam revelam quão contraditório o tratamento deste caso pode ser: primeiro – o anúncio da falta de financiamento de contratos de associação para um serviço que a Escola Pública pode e deve garantir suscitou ameaças de despedimentos colectivos, de desobediência civil, eu sei lá que mais!; segundo – de repente, o dinheiro (que não havia!) apareceu e empresários da Educação «chegaram-se à frente» e dizem poder, agora, pagar a conta e dar escola aos miúdos. Nuns casos, sabe-se agora, a reestruturação irá fazer-se através do recurso ao layoff e de despedimentos, já não por falta de alunos, mas sim (como sempre se desconfiou) por falta de vontade dos patrões em manter os postos de trabalho. Noutros, reconvertem-se as instalações e, ainda em outros, afinal, fica tudo na mesma, excepto a despesa que passou a ser assumida por alguns proprietários (alguns, novos gestores) que precisavam do dinheiro do Estado, mas que, afinal, agora já não. Tudo isto, aos poucos, foi-se revelando um enorme bluff, revelando a estratégia de pressão sobre o governo para que recue no caminho já seguido.
«Os ânimos exacerbaram-se e tentaram a via jurídica, interpondo dezenas de providências cautelares que têm vindo a cair no ridículo da utilização de um recurso que atenta contra os interesses do Estado.»
Apetece perguntar duas coisas: terá o Estado (acima das suas possibilidades) financiado colégios com dinheiros de todos e, afinal, esse dinheiro a mais está bem guardado, não nos cofres do Estado, mas sim no saco sem fundo dos operadores privados? Ou… a falta de dinheiro afinal não existia porque têm capacidade de se autofinanciar, questionando-se as caras de parvos com que todos ficamos a olhar para isto tudo?
A coisa, porém, é bem pior do que parece. Primeiro, usaram-se pais, alunos e obrigaram-se professores a defender a posição que apenas interessa aos operadores privados. Utilizou-se como expediente a mentira, afirmando que aquelas escolas também eram públicas e ignorando que estamos a falar do Estado, que vive do dinheiro de todos nós. Para o argumento de que se trataria de serviço público, ignoraram, como não pode deixar de ser (porque se pretende continuar a obter avultados lucros), que o Estado (todos nós) paga o serviço e desse pagamento há lucro para a entidade prestadora de serviço.
Depois de várias tentativas, fez-se acreditar que a catástrofe seria enorme e que a culpa seria de todos quantos se uniram, num grande movimento nacional que conseguiu recolher a maior petição alguma vez entregue na Assembleia da República, em defesa da Escola Pública e da Constituição da República. As acusações dirigiram-se, igualmente, a um Ministério da Educação que, pela primeira vez, desde a «legalização» dos contratos de associação, procurou fiscalizar a aplicação da lei, com alguma eficácia. Vozes mais excitadas, como a de Assunção Cristas, que, no clímax da verborreia, tudo fizeram para distorcer, com o apoio de alguns órgãos de comunicação social, em que país estávamos, até vieram defender: «Feche-se o público onde houver escolas privadas!».
Os ânimos exacerbaram-se e tentaram a via jurídica, interpondo dezenas de providências cautelares que têm vindo a cair no ridículo da utilização de um recurso que atenta contra os interesses do Estado. Quem mais irá sofrer com a selvajaria de empresários que se encontram, em alguns casos, sob investigação do Ministério Público serão as famílias e os alunos que, numa altura em que necessitariam de estabilidade, passarão por pressões que o poder do dinheiro não deixou evitar.
Dirão alguns que finalmente isto está a seguir o sentido certo; no entanto, os empresários da Educação não sossegam. Sabem que, como na Saúde, a exploração do filão da Escola não pode ser ignorado, e sussurram: «Havemos de voltar!».


abrilabril.pt
02
Ago16

Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças

António Garrochinho
Em Bangladesh, um menino de quatro anos chamado Bayezid Hossain parece ser o "Benjamin Button" da vida real. Beyezid é a infeliz vítima de uma doença de envelhecimento precoce. Sua condição é tal que ele é incapaz de ir à escola porque seu rosto assusta todas as outras crianças. Quando seus pais, Tripti e Lovelu Hossain, viram o pequeno na maternidade do governo em 2012, eles ficaram horrorizados. Bayezid nasceu todo esquálido e se assemelhando a um alien. Até mesmo os médicos não tinham ideia do que fazer com o pobre menino. Os pais devastados não podiam fazer nada a não ser levar seu filho para casa.

Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
A notícia sobre Bayezid se espalhou, e as pessoas ao longo da sua aldeia faziam fila para vê-lo como uma aberração de circo. Apesar da notícia divulgada de sua condição, o casal não recebeu qualquer apoio da sua comunidade local. Na verdade, a pequena família passou a ser o alvo de fofocas maldosas, com pessoas criticando suas habilidades como pais.
Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
Conforme Bayezid foi crescendo, ele começou a se assemelhar a um senhorzinho de 80 anos de idade, com seu corpo e personalidade desenvolvendo mais rápido do que outras crianças de sua aldeia. Logo as pessoas se acostumaram a ele e a seu rosto improvável, o que lhe valeu um apelido carinhoso: todos o chamam de "velhinho".
Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
Infelizmente, apesar de ser extremamente inteligente, Bayezid não pode ir à escola. Ele sempre joga bola, canta, e é ativo e arteiro como qualquer outra criança. Mas seu rosto assusta outras crianças e então dificilmente ele sai da frente de sua casa.
Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
Teimoso e cheio de conversa, ele entende sua condição, mas se recusa a falar sobre isso. Ele também tem uma doença colateral chamada cutis laxa que faz com que ele perca pele por todo o corpo. Um médico do Hospital Central de Magura, que consultou Bayezid, disse a seus pais que ele dificilmente supere os 15 anos de vida.
Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
Na verdade Bayezid precisa de atendimento especializado em um hospital melhor equipado na capital de Bangladesh, Daca. No entanto, Lovelu ganha apenas 5.000 takas (uns 220 reais) por mês como operário. Ele já gastou o que tinha e o que não tinha (quase 20 mil reais) para tratar o filho com médicos, benzedeiras, faquires e curandeiros, sem sucesso. Nenhum deles foi capaz de ajudar.
Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
- "Sua mãe chora o tempo todo", disse Lovelu. - "Já se passaram quatro anos e nada mudou. É tão doloroso ver que o nosso primeiro filho sofre de uma doença que não pode sequer tratar."
Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
- "Como todos os outros pais, queremos que o nosso bebê viva uma vida longa e saudável, mas nós sentimos que só um milagre vai nos salvar agora."
Benjamin Button da vida real tem 4 anos, mas não pode ir à escola porque seu rosto assusta as outras crianças
Fonte: Metro.

www.mdig.com.br

02
Ago16

Os 10 lugares mais protegidos do mundo

António Garrochinho


Há muitos lugares na Terra que são 

muito difíceis ou quase impossíveis de se alcançar


Para além dos locais naturais, existem muitas construções 
criadas pelo homem, tais como abrigos subterrâneos, bases 
debaixo da terra e na superfície e depósitos privados que 
os governos ou algumas entidades não possuem nenhum 
interesse de que as pessoas possam descobrir seus segredos.

Saiba hoje quais são esses locais através de uma 
excelente matéria produzida pelo Canal #Refúgio Mental:



VÍDEO

 



tudorocha.blogspot.pt
02
Ago16

Os 19 novos administradores da Caixa

António Garrochinho



Domingues foi até há pouco tempo vice-presidente do BPI, onde foi braço-direito de Ulrich durante 27 anos. Fez a maior parte da sua carreira naquele banco, de onde agora quer levar outros gestores para trabalharem consigo na CGD. Recebeu elogios de vários quadrantes.
www.jornaldenegocios.pt

Emídio Pinheiro
Administrador executivo

Henrique Cabral Menezes
Administrador executivo

Tiago Ravara Marques
Administrador executivo

João Tudela Martins
Administrador executivo

Paulo Rodrigues da Silva
Administrador executivo

Pedro Leitão
Administrador executivo

Rui Vilar
Administrador não executivo

Leonor Beleza
Administradora não executiva

Pedro Norton
Administrador não executivo

Carlos Tavares
Administrador não executivo

Bernardo Trindade
Administrador não executivo

Herbert Walter
Administrador não executivo

Ángel Corcostegui
Administrador não executivo

Ângelo Paupério
Administrador não executivo

Rui Ferreira
Administrador não executivo

Paulo Pereira da Silva
Administrador não executivo

António da Costa Silva
Administrador não executivo

Fernando Guedes
Administrador não executivo
02
Ago16

Fisco está com o “pé na areia” no Algarve a fiscalizar actividades de verão

António Garrochinho

Até ao encerramento da época balnear, a Autoridade Tributária e a Polícia Marítima vão fiscalizar apoios balneares, venda ambulante e actividades marítimo-turísticas nas praias do sul do país.
A Autoridade Tributária e Aduaneira e a Polícia Marítima estão a promover uma acção conjunta nas praias do Algarve e outras zonas de jurisdição marítima para fiscalizar o cumprimento das obrigações declarativas e de pagamento.

Segundo o comunicado das Finanças, divulgado esta terça-feira, 2 de Agosto, a "Acção Pé na Areia", que vai decorrer até ao encerramento da época balnear, incide sobre as actividades relacionadas com apoios balneares, prestação de serviços conexos (actividades recreativas, desportivas, massagens, etc.), venda ambulante e actividades marítimo-turísticas.

O objectivo, refere o comunicado, "é controlar o exercício da actividade pelos operadores e verificar o cumprimento das obrigações de facturação".

"A presença da Inspecção Tributária e Aduaneira no terreno é indispensável para detectar, dissuadir e penalizar situações de incumprimento voluntário", acrescenta o comunicado. "Com a promoção de um efeito dissuasor e pedagógico sobre os contribuintes, a AT contribui, desta forma, para aumentar a percepção do risco e dos custos associados ao não cumprimento".

www.jornaldenegocios.pt 
02
Ago16

HISTÓRIA COM FOTOS - A Revoada dos Galinhas-verdes, 1934

António Garrochinho


Fotógrafo não identificado. Acervo Iconographia, 1934.
A Revoada dos Galinhas-verdes, ou Batalha da Sé, foi o nome dado ao confronto armado ocorrido em São Paulo no dia 07 de outubro de 1934. Dois grupos se enfrentaram naquele dia: os galinhas-verdes — membros da Ação Integralista Brasileira (AIB) — e do outro lado estavam os anarquistas, comunistas, sindicalistas e trotsquistas comandados pela Frente Única Antifascista. 

Este último grupo havia se reunido contra a realização da Marcha dos Cinco Mil, organizada pelos integralistas liderados por Plínio Salgado.

Mario Pedrosa, militante trotskista, explicaria, anos depois, a percepção da esquerda sobre a celebração integralista:
"Toda a esquerda se uniu contra a manifestação integralista que seria realizada naquele dia. O objetivo dos integralistas era atacar a organização da classe operária, a sede da Federação Sindical de São Paulo e os sindicatos que tinham sede no edifício Santa Helena, na frente do qual haviam planejado o desfile. Nós lutamos contra os fascistas e impedimos a realização da manifestação"
No confronto armado morreram pelo menos seis guardas civis, dois integralistas e o militante da juventude comunista, Décio Pinto de Oliveira, alvejado na cabeça enquanto discursava. Após o ocorrido, Décio passou a ser o símbolo do movimento antifascista brasileiro. O nome "Revoada dos galinhas-verdes" se deve ao desfecho: integralistas, que usavam camisas verdes, correram amedrontados para todos os lados, deixando ao chão suas camisas.
Este ato foi um dos grandes responsáveis pela desarticulação da Ação Integralista Brasileira, que a partir deste episódio começou a perder força em todo país, culminando com seu fechamento após o início do Estado Novo.

Edição por Museu de Imagens
historiacomfotos.blogspot.pt
02
Ago16

Sucessão de Maomé na génese do conflito entre Xiitas e Sunitas

António Garrochinho


O conflito entre os dois ramos do islão, e entre os países que mais os representam, está atingir uma intensidade inédita. O diferendo entre a Arábia Saudita e o Irão poderia ser analisado do ponto de vista do confronto entre árabes e persas, mas neste texto abordamos apenas a génese da diferença religiosa entre sunitas e xiitas.
A cisão entre os seguidores de Maomé deu-se com a morte do Profeta, no ano 632, e a inexistência de um herdeiro designado. A luta pela sucessão opôs os partidários de Ali, genro e filho espiritual de Maomé, aos apoiantes de Abou Bakr, amigo de longa data do falecido. Esta última corrente acaba por se impor em nome dos valores tradicionais das tribos árabes. Abou Bakr é nomeado Califa mas morre dois anos depois. Omar e Otham sucedem-lhe mas quando o terceiro Califa é assassinado em 656, Ali e os seus partidários tomam o poder.
O genro de Maomé instaura uma aplicação estrita do Islão e estabelece que só os descendentes do Profeta podem tornar-se Califas. O termo xiita vem do árabe “síat Ali” que significa “partidário de Ali”. O xiismo começa a ganhar forma. Mas este assalto ao poder desencadeia uma guerra civil que vai terminar em 680 com a morte de Hussein, filho de Ali e neto de Maomé, em Kerbala (Iraque), às mãos da dinastia Omíada que estabeleceu um califado que no seu apogeu se estendeu até à Península Ibérica. Começou então a segregação dos xiitas pela maioria que viria a tornar-se conhecida como sunita.
Atualmente existem cerca de 1,6 mil milhões de muçulmanos no mundo, entre 10 e 13 por cento são xiitas. Azerbaijão, Bahrein, Irão, Iraque e Líbano são os únicos países onde os xiitas são maioritários. Existem minorias importantes no Afeganistão, Arábia Saudita, Paquistão, Iémen, Índia e Líbano.

pt.euronews.com
02
Ago16

02 de Agosto de 1882: O Reino Unido invade o Egipto e dá início a 40 anos de protectorado

António Garrochinho


No dia 2 de Agosto de 1882, os ingleses desembarcam em Alexandria, porto egípcio sobre o Mediterrâneo, com o pretexto de restabelecer a ordem depois de distúrbios sangrentos. Tirando partido da incapacidade do soberano egípcio de reembolsar a sua dívida externa, colocam o governo sob tutela. A intervenção põe fim à independência do Egipto bem como à expansão da França no vale do Nilo.


Desde a época de Solimão o Magnífico, três séculos antes, o Egipto considerava-se como fazendo parte do Império Otomano. Todavia, após a tomada do poder por Mehemet Ali em 1805, o khedive ou vice-rei, que o governava em nome do sultão, tornou-se independente de facto.

Sob o impulso de Mehemet Ali e dos seus sucessores, o país moderniza-se a passos largos, sustentando a ambição de se igualar à vanguarda europeia. A população, essencialmente camponesa, concentrava-se no Vale do Nilo desde a Alta Antiguidade. No decurso do século XIX, ela passa de 2,5 milhões para 10 milhões de habitantes (80 milhões no final do século XX).


Em 18 de Janeiro de 1863, o trono é ocupado por Ismail Pacha, 32 anos, neto de Mehemet. O novo khedive investe a todo vapor nas infraestruturas e para tanto subscreve maciços empréstimos no estrangeiro, notadamente a fim de permitir a conclusão dos trabalhos de escavação do Canal de Suez. A dívida pública passa de 4 a 80 milhões de libras esterlinas. A dívida custa muito caro, de um lado porque os credores ocidentais impuseram uma taxa de juros elevada por outro porque os intermediários retinham comissões exorbitantes da ordem de 30 a 50%.


Em 24 de Novembro de 1875, o khedive cede à Inglaterra a sua participação na Companhia do Suez a fim de tentar diminuir a dívida. Como a medida se mostrou  insuficiente, o Estado egípcio  declara-se em bancarrota a 8 de Abril de 1876. Sem alternativas, o governo de Ismail Pacha é posto sob tutela de europeus. Os responsáveis  pela tutela eram 2 britânicos, 2 franceses, um austríaco e um húngaro. Um controlador geral europeu ficou encarregado de gerir as receitas e um outro as despesas. Aos europeus foram confiados os ministérios de Finanças e Obras Públicas, com a missão de reduzir o salário dos funcionários públicos e dos militares, 2500 militares foram mandados para a reserva.


Ismail Pacha, submetido à pressão das ruas e do exército, demite os ministros europeus. Os credores, exasperados, consideram que nada mais podem esperar do khedive e  exigem que abdique a favor de seu filho Taufiq. Taufiq Pacha, 27 anos, não resistiu. Confiou a administração do país a um consórcio franco-britânico. Os oficiais  revoltam-se sob o comando do coronel Ahmed Arabi em 9 de Setembro de 1881, obrigam o khedive a exonerar todo o seu gabinete e a convocar uma nova Câmara de Delegados.

Numa nota conjunta, o primeiro ministro britânico William Gladstone e o Presidente do Conselho francês Leon Gambetta manifestam apoio ao khedive e tentam impressionar os rebeldes, que veem a nota como uma provocação. Arabi é chamado ao governo em 29 de Maio, obtém do khedive poderes ditatoriais e manda fortificar o porto de Alexandria e a costa. Um levantamento popular em Alexandria fornece a Gladstone o pretexto para intervir. Exige que o governo desarme as baterias da cidade. Em 11 de Julho de 1882, o almirante Beauchamp-Seymour recebe autorização de bombardear Alexandria. Na noite seguinte, vastos incêndios tomam conta da cidade e os saques multiplicam-se.


Em 2 de Agosto, por fim, tropas britânicas desembarcam em Alexandria. Em 13 de Setembro, uma batalha decisiva tem lugar em Tel el-Kebir entre ingleses e egípcios, Estes são facilmente derrotados e Pacha, capturado, é enviado para o exílio no Ceilão. Gladstone coloca o governo do khedive sob sua protecção e todo o poder passa para as mãos do cônsul-geral da rainha Victória, lorde Cromer. Cromer torna-se o verdadeiro chefe de governo. Remodela o exército e dá andamento à obra de modernização de Ismail Pacha, desenvolvendo a irrigação e a cultura do algodão.


Durante a Primeira Guerra Mundial caem as máscaras. O Egipto rompe oficialmente com o Império Otomano, aliado das Potências Centrais (Alemanha e Áustria-Hungria) e o país transforma-se num mero protectorado britânico.


 Fontes: Opera Mundi
 wikipedia (imagens)
Mehmet Ali
Ibrahim Pacha por Charles-Philippe Larivière 
02
Ago16

02 de Agosto de 1929: Nasce Zeca Afonso

António Garrochinho

Poeta, cantor e compositor, José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro,e faleceu a 23 de Fevereiro de 1987, em Setúbal. Viveu até aos três anos na cidade onde nasceu, tendo, em 1932, viajado para Angola onde passou a viver com os pais e irmãos que aí já se encontravam. Terá sido aqui que o poeta criou uma relação estreita com a Natureza e sobretudo com África que, mais tarde, se  reflectiria em muitos dos seus trabalhos.



Regressado a Portugal, depois de uma breve passagem também por Moçambique, José Afonso foi viver para casa de familiares em Belmonte, onde completou o Ensino Primário. Estudou, já em Coimbra, no liceu D. João III e ingressou, depois, no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras daquela cidade, tornando-se notado pelas suas interpretações do fado típico coimbrão - não apenas pela qualidade da sua voz mas pela originalidade que emprestava às interpretações.

Em 1955, iniciou uma pequena carreira como professor do Ensino Secundário e  leccionou em liceus e colégios de locais tão variados como Mangualde, Aljustrel, Lagos, Faro e Alcobaça. Seis anos mais tarde, partiu para    Moçambique onde voltaria a dar aulas. De volta ao seu país, em 1967, conseguiu uma colocação como professor mas, ao ser expulso do Ensino por incompatibilidades ideológicas face ao regime ditatorial vigente, começou a dedicar-se mais à música e, consequentemente, a gravações mais regulares.


A sua formação musical integrou um processo global de  actualização temática e musical da canção e fado de Coimbra. Foi assim que o cancioneiro de Zeca Afonso recriou temas folclóricos e até infantis, reescrevendo formas tradicionais como a "Canção de Embalar", evocando mesmo, neste retomar das mais puras raízes culturais portuguesas, o ambiente lírico dos cancioneiros primitivos (cf. "Cantiga do Monte"), ao mesmo tempo que introduziu no texto temas resultantes de um compromisso histórico, denunciando situações de miséria social e moral (os meninos pobres, a fome no Alentejo, a ausência de liberdade) e cimentando a crença numa utopia concentrada no anseio de "Um novo dia" ("Menino do Bairro Negro").

Reagindo contra a inutilidade de "cantar o cor-de-rosa e o bonitinho, muito em voga nas nossas composições radiofónicas e no nosso music-hall de exportação", partiu da convicção de que "Se lhe déssemos uma certa dignidade e lhe atribuíssemos, pela urgência dos temas tratados, um mínimo de valor educativo, conseguiríamos talvez fabricar um novo tipo de canção cuja actualização poderia repercutir-se no espírito narcotizado do público,molestando-lhe a consciência adormecida em vez de o distrair." ("Notas" de José Afonso in Cantares, p. 82).

Canções decoradas por várias gerações de portugueses, filhas da tradição e incorporando, por seu turno, a tradição cultural portuguesa, a maior parte dos temas de Zeca Afonso integram, como voz de resistência mas  também como voz pura brotando das raízes do ser português, o imaginário de um povo que durante a ditadura decorou e entoou intimamente os versos de revolta de "Vampiros" ou de "A Morte Saiu à Rua", ou que fez de"Grândola, Vila Morena" o seu hino de utopia e libertação.

Menos equívoca, no pós-25 de  Abril, mas animada pelo mesmo ímpeto de reivindicação de justiça e de apelo à  fraternidade, a sua canção, no que perde por vezes de subtil metaforização imposta pela escrita sob censura,ganha em força e engagement, na batalha contra novos fantasmas da alienação humana como o imperialismo, a CIA, o fascismo brasileiro, o novo colonialismo de África, o individualismo europeu. Neste alento, as Quadras  Populares(1980) constituem uma verdadeira miscelânea sobre os novos desconcertos do mundo, as suas novas e renovadas formas de opressão, enumerando uma por uma as iniquidades, disparates e esperanças frustradas dasociedade saída da revolução de  Abril, aspirando, em conclusão, a uma revolução ainda não cumprida ou aindapor fazer.

Apesar de galardoado por três vezes consecutivas (1969, 1970 e 1971) com um prémio oficial, a sua produção viria a ser banida dos meios de comunicação, dado o seu conteúdo indesejável para o regime; por essa mesma ordem de razões - talvez mais do que pela inovação musical -, a sua popularidade viria a crescer após a reimplantação da democracia.

De toda a sua discografia, destacam-se os seguintes álbuns: Balada do outono(1960), Baladas de Coimbra(1962),Baladas e Canções(1964), Cantares de Andarilho(1968), Traz outro Amigo Também(1970), Venham mais Cinco(1973), Coro dos Tribunais(1974), Grândola, Vila Morena(1974), Enquanto há Força(1978), Como se fora seu Filho(1983) e Galinhas do Mato(1985).


José Afonso. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.



wikipedia (Imagem)




Ficheiro:José Afonso - Monumento em Grandola1.JPG




02
Ago16

Ivan Pinheiro, Secretário Geral do PCB: “O governo interino é ilegítimo e corrupto”

António Garrochinho


A Verdade entrevistou Ivan Pinheiro, 70 anos, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Advogado, Ivan iniciou sua militância política ainda na juventude, no movimento estudantil do Rio de Janeiro. Em 1976, ingressou no PCB e foi eleito presidente do Sindicato dos Bancários, importante trincheira de resistência à Ditadura Militar. Nesta entrevista, expõe a opinião do PCB sobre a conjuntura nacional, a luta contra o governo golpista de Michel Temer e defende a unidade das forças populares na construção de uma alternativa à esquerda para a crise capitalista. Da Redação
A Verdade – Qual é a avaliação do PCB sobre a conjuntura brasileira?
Ivan Pinheiro – Os governos do PT só interessaram à burguesia enquanto garantiam lucros ao capital “como nunca antes na história do País”, nas palavras de Lula, e, ao mesmo tempo, funcionavam como eficientes bombeiros da luta de classe, cooptando entidades sindicais e de massas e passando para os trabalhadores a ilusão de que o governo (e não as suas lutas) garantiria seus direitos e seu futuro.
Em junho de 2013, veio o primeiro sinal de esgotamento desse ciclo de conciliação de classe, quando começaram a chegar ao Brasil fortes ventos da crise mundial sistêmica do capitalismo e os indícios de que o PT já não mais controlava e desmobilizava os trabalhadores e os setores populares.
Nesse quadro, para vencer a reeleição em 2014, Dilma fez um discurso desenvolvimentista, negando a crise econômica, dizendo que era mais fácil “a vaca tossir” do que retirar direitos trabalhistas. Vencendo a eleição, passou a governar com o programa neoliberal do candidato do PSDB, chamando Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda para fazer o ajuste fiscal, cortes em programas sociais e serviços públicos, flexibilizar direitos trabalhistas e previdenciários, privatizações em grande escala, etc. A presidente implanta a Lei Antiterrorismo para reprimir os movimentos populares e, em 18 de dezembro de 2015, assina o Acordo Militar Brasil/Estados Unidos¹, junto com Aldo Rabelo, então ministro da Defesa, de um partido que se apresenta como comunista.
Mesmo o governo cedendo às exigências do capital, a economia continua em recessão, criando um ambiente de ingovernabilidade. Mas, já no início de 2015, parte da burguesia começara a pautar o afastamento de Dilma porque – por mais que Lula e o PT palaciano aceitassem ceder mais às pressões burguesas – as contradições internas com alguns setores petistas ligados aos movimentos de massa atrasavam a conciliação. Durante 2015, continuaram as divergências no seio das classes dominantes em relação ao impeachment. Mas, no início de 2016, com o anúncio de mais queda no PIB e o aprofundamento da ingovernabilidade, o “comitê central” da burguesia fecha questão em afastar a presidente e impor o ilegítimo governo Temer, para tentar acelerar os ajustes que o PT vinha fazendo aos poucos.
impeachment não foi um golpe de Estado clássico, até porque não se tratava de um governo de esquerda, nem mesmo reformista. Nos 13 anos de governos petistas, não houve qualquer avanço estrutural ou institucional. Mas é óbvio que a direita usou e abusou de manipulações midiáticas e jurídicas escandalosas e evidentes manobras institucionais e parlamentares, nos marcos “legais” da democracia burguesa. Na verdade, uma ditadura das classes dominantes. O PT havia cavado sua própria sepultura ao optar, desde a primeira posse de Lula, por alianças com partidos de centro-direita.
Como analisam o Governo Temer?
O surgimento do ilegítimo governo interino Temer deve ser usado didaticamente pelos comunistas para combatermos as ilusões de classe entre os trabalhadores, como a falácia de que é possível reformar e humanizar o capitalismo, de que nesse sistema há uma “democracia”, um “Estado Democrático de Direito”. Reparem que o partido que “traiu” o PT era seu principal aliado. No governo afastado, o PMDB tinha o vice-presidente, os presidentes da Câmara e do Senado e sete ministérios! Temos que combater Temer com toda energia, não lhe dar trégua um minuto sequer, para impedir que aplique as receitas que lhe encomendaram as classes dominantes. O governo interino é tão ilegítimo e corrupto que está também diante de uma crise de governabilidade. Minha impressão pessoal é de que o tiro da burguesia saiu pela culatra e que novas manobras institucionais estão sendo preparadas. Mas não podemos subestimar nem ficar esperando soluções dentro do sistema, pois a pauta neoliberal vai avançando no Parlamento.
A meu ver, as forças anticapitalistas e populares não devem gastar energias pela volta de um governo social-liberal petista, seja com a volta de Dilma ou com a eleição de Lula. Durante toda esta crise, ficou evidente que a trajetória do PT para a direita é um caminho sem volta. Para garantir a governabilidade, Dilma chegou ao ponto de propor publicamente um pacto nacional com a oposição de direita e de fazer de tudo para criar um novo “centrão” com as legendas mais fisiológicas e corruptas. Não esqueçamos que o czar da economia no governo Temer é o mesmo Henrique Meirelles, presidente do Banco Central nos oito anos de Governo Lula que, no auge do impeachment, tentava convencer Dilma a nomear esse banqueiro ministro da Fazenda para agradar ao “mercado”, aos credores e aos investidores nacionais e estrangeiros.
Não devemos também alimentar ilusões reformistas, como as propostas que circulam na esquerda, de novas eleições, reforma política ou constituinte. Com o possível fracasso do vergonhoso Governo Temer, essas alternativas institucionais serão a tábua de salvação para a burguesia: com a hegemonia que mantém na sociedade, eleger um “novo” governo do capital, agora legitimado pela “vontade popular”, para seguir com sua ofensiva contra os direitos sociais e trabalhistas.
Como o PCB vê a importância da unidade das forças populares e as alternativas para a crise?
O centro da nossa luta hoje deve ser o FORA TEMER, entendido como a resistência à ofensiva do capital, que atribuiu a ele a tarefa de flexibilizar mais ainda os direitos trabalhistas, generalizar a terceirização, privatizar o que resta de público e aprofundar os cortes nos programas sociais e a exploração do proletariado, além de saquear o orçamento público, tudo para garantir a recuperação das taxas de lucro dos grandes monopólios, o que se dará ao preço de mais repressão às lutas populares e restrições aos direitos de organização e manifestação.
Com o agravamento da crise mundial do capitalismo, que chega ao Brasil agora de forma dramática, haverá um acirramento das contradições entre o capital e o trabalho, portanto, da luta de classes, agora sem a cooptação do movimento sindical e de massas e com mais possibilidades de unidade na ação das forças da esquerda socialista. Seja qual for o governo de turno (a volta de Dilma, a permanência de Temer ou um novo presidente eleito), a ofensiva do capital seguirá. Mas estão criadas as condições para um grande crescimento do movimento de massas. No movimento sindical e operário, acredito em uma explosão semelhante à que ocorreu entre 1978 e 1985, quando os trabalhadores varreram os pelegos dos sindicatos. Haverá um grande crescimento das lutas por terra, teto, trabalho, direitos civis, saúde, educação e transportes públicos, e contra as discriminações de qualquer tipo.
Os comunistas e as forças populares de orientação anticapitalista têm o dever de contribuir para a unidade de ação nessas lutas. É preciso que essas forças promovam uma reunião nacional, o mais breve possível, para criarmos as condições de construir uma Frente Anticapitalista e Anti-imperialista e realizarmos, no primeiro semestre de 2017, um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora e dos Movimentos Populares – independente do nome que venha a ter esse evento –, para que possamos dar amplitude nacional a um grande movimento de resistência às ofensivas do capital, que acumule para o surgimento de uma alternativa do proletariado na construção do poder popular e para pavimentar o caminho ao socialismo.

achispavermelha.blogspot.pt
02
Ago16

Armação de Pêra nega "Praia Fantasma"

António Garrochinho



Apesar de cheia de toalhas, não se vê ninguém a usar as mesmas na praia

Um vídeo da Praia de Armação de Pêra cheia de toalhas e guarda-sóis, mas sem pessoas, está a provocar reações de desagrado. A Junta de Freguesia explicou o caso ao JN.

As imagens, captadas às 8 horas, mostram a praia de Armação de Pêra, em Silves, cheia de toalhas e guarda-sóis, com pouco espaço disponível. No entanto, não se vê uma única pessoa a tomar banhos de sol.

Nas redes sociais, os veraneantes já lhe chamam a "Praia Fantasma" e especulam sobre a ocupação da praia com aqueles materiais. "As pessoas deixam as suas coisas de um dia para o outro. Umas por facilitismo, outras por terem sempre o mesmo local ao pé do apartamento ou por egoísmo", escreveu, por exemplo, Rogério Madeira.



Já outra utilizadora da praia apresenta uma outra fotografia, alegadamente tirada no ano passado, às 7.30 horas. O cenário é semelhante ao do vídeo. Várias toalhas e guarda-sóis, mas sem pessoas. "Chamei-lhe praia fantasma", diz Anabela Silva.

Os comentários seguem a mesma ordem e o vídeo já leva quase duas mil partilhas.

VÍDEO



Contactado pelo JN, Ricardo Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, nega que as pessoas deixem os seus guarda-sóis ou as toalhas do dia para a noite.

"Há muita gente que quando vai comprar o pão para o pequeno-almoço deixa as coisas na praia. O mesmo acontece à hora de almoço, quando vão para casa, mas depois recolhem o material ao fim do dia", disse o responsável.

A Praia de Armação de Pêra tem dez unidades balneares concessionadas, sendo que três pertencem à Junta de Freguesia, que "ano após ano tem vindo a registar um aumento e visitantes".

"Armação de Pêra é uma zona segura e ninguém se importa de deixar aqui as coisas quando vai a casa almoçar", explicou Ricardo Pinto.

A falta de espaço na praia é mais visível no verão ou quando a maré sobe. No Plano de Ordenamento da Orla Costeira, que se encontra em revisão, os responsáveis locais apresentaram a proposta de "alimentar a Praia de Armação de Pêra de forma artificial", com mais areia, tal como acontece em outras zonas do país.

"Desenvolvemos várias intervenções nas nossas concessões e a falta de espaço é outro dos elementos que queremos melhorar", conclui o responsável.


http://www.jn.pt/
02
Ago16

Encomendaram-me Uma Revolução – Por Luís Piçarra

António Garrochinho
Encomendaram-me uma Revolução, mas não sei se tenho tempo…
Vou ver na minha Agenda!…
-Não pode ser assim!… Diz o entendido na matéria. Aquele que sabe tudo, e é especialista em fases e “condições”, para tudo, até mesmo de Revoluções,e acrescenta:
– “isto só vali lá. “evoluindo”… Assim ditam as “condições”!… Tu não sabes, mas isso stá postulado nos clássicos”…
-Se calhar em algum texto que nunca li… Respondi-lhe, na minha santa ignorância, e penalizando-me por não ter iguais conhecimentos, e acrescentei:
-Quer dizer, que isto de Revoluções, já está “demodé”, já não se usam, excepto as promovidas pela NATO, UE, e toda a sorte de golpistas e fascistas!… E as que marcaram o combate milenar contra a exploração e a opressão, são apenas referências históricas irrepetíveis, é assim?
-Claro! Responde ele, e acrescenta, peremptório, ancorado nas suas certezas e vivência, que apesar da sua jovialidade, aparenta uma experiência de séculos:
-No nosso tempo, isto vai lá com os votos!… Repara, disse-me, com ar grave próprio de um entendido na matéria: “em todas as eleições, vamos subindo… Subindo, vamos sempre somando mais votos e mais mandatos, portanto teremos as mesmas possibilidades que os outros!… Estás a perceber?… É assim: Evolução! Evolução! Isso de Revolução já não dá!… É coisa de outros tempos!
Com estes ensinamentos, senti-me mais confortado e aliviado, e fui mesmo buscar a Agenda, e lá marquei, – de acordo com o calendário eleitoral -, o dia e a hora de chegada ao Socialismo, sem a chatice das Revoluções!…


Via: Cravo de Abril http://bit.ly/2afn6Ax
02
Ago16

OLHA QUE DUAS !!!!! - Assunção Cristas e Maria Luís ficaram a uma falta de perder mandato

António Garrochinho

Líder do CDS e ex-ministra das Finanças são as únicas deputadas com três faltas injustificadas. Mas também há quem vá ao futebol e, ao contrário de Cristas, justifique ausência

Se excluirmos o que é missão parlamentar e o que é considerado "trabalho político", contabilizado como falta justificada, os deputados estão cada vez mais cautelosos com as ausências às sessões plenárias. Nesta legislatura (em comparação com a anterior, em que apenas 23 o conseguiram) há 50 dos 230 eleitos a quem o presidente da mesa nunca marcou falta, tendo metade destes estado sempre presentes no hemiciclo, sem se deslocar sequer em trabalho político fora dali.

E, entre todos, bastam os dedos de uma mão para contar os que faltaram sem justificação, sabendo à partida que "apenas pode dar quatro faltas injustificadas às reuniões do Plenário ou das comissões em que é efetivo, sob pena de perder o mandato como deputado ou como membro da comissão". O que têm em comum a líder do CDS-PP e a vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque? Ambas faltaram três vezes às sessões sem justificação.




"Eu podia ter posto ali trabalho político numa delas, porque fui ver o jogo da seleção portuguesa com a Hungria, e estive lá com o Sr. Presidente da República. Talvez muitos o tivessem feito, mas eu entendi que não se justificava", disse ao DN Assunção Cristas. "Eu não minto", sublinha, sem rodeios a explicar que as outras duas faltas aconteceram em março, nas férias da Páscoa. "Como toda a gente sabe fui eleita a 13, e as faltas ocorreram na semana seguinte. Os meus filhos estavam de férias, e fomos uma semana para fora, em família. Tinha-lhes prometido isso, depois das semanas intensas que antecederam o congresso", adianta. De resto, a líder do CDS, eleita pelo distrito de Leiria, na lista da coligação Portugal à Frente, não deixa de ser uma das deputadas que mais faltaram às sessões. Às três faltas injustificadas aos olhos da AR junta mais nove, todas por "trabalho político", e ainda uma falta ao quórum de votação.

Das razões da antiga ministra das Finanças o DN não conseguiu saber, apesar das diversas tentativas telefónicas, sempre sem sucesso.

No grupo parlamentar do CDS moram outras duas deputadas com faltas injustificadas nesta sessão legislativa: Ana Rita Bessa, eleita por Lisboa, foi a única vez que faltou a uma sessão, e Teresa Caeiro. A antiga secretária de Estado (eleita por Faro) tem duas faltas injustificadas, em maio e em julho, a juntar a outras sete, uma por trabalho político, outra por "motivo de força maior" e ainda cinco por doença.

Entre os grupos parlamentares de PCP, PEV, BE e PAN não há nenhum deputado com faltas injustificadas. De resto, é também aqui que se regista o maior número de presenças na totalidade das sessões (ver caixa), embora o recorde de deputados sem qualquer falta marcada se encontre no grupo parlamentar do PSD: 17 dos 89 deputados nunca faltaram, a maioria destes nem tão-pouco em missão parlamentar. No PS, o mesmo aconteceu com 13 dos 86 deputados.

Na AR considera-se motivo justificado a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, a missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político, e ainda a "força maior". Em casos excecionais, as dificuldades de transporte também são contempladas, embora nesta legislatura nenhum deputado as tenha invocado. São consideradas "trabalho parlamentar" as reuniões do Plenário, da Comissão Permanente da Assembleia, das comissões parlamentares, das subcomissões, dos grupos de trabalho criados no âmbito das comissões parlamentares, dos próprios grupos parlamentares, da Conferência de Líderes, da Conferência dos Presidentes das Comissões Parlamentares e das delegações parlamentares.

É ainda considerado trabalho parlamentar a participação de deputados em reuniões de organizações internacionais, as jornadas parlamentares, promovidas pelos grupos parlamentares, as reuniões convocadas pelo presidente da Assembleia e as reuniões dos grupos parlamentares. As faltas injustificadas traduzem-se, afinal, em sanções para os deputados: descontos no vencimento e a perda de mandato.

Muitos são os parlamentares que invocam a assistência à família, o luto ou a doença. Bruno Coimbra, eleito pelo PSD no círculo de Aveiro, foi o único a justificar a falta em seis sessões por um motivo plausível: o casamento, em meados de dezembro. Juntou a estas mais três faltas justificadas. Esta legislatura fica ainda marcada pelas faltas de diversos deputados justificadas com a "paternidade". Foi o caso de António Carlos Monteiro (CDS), Hugo Lopes Soares e Ricardo Baptista Leite, ambos eleitos pelo PSD.

Os que mais faltam

Filipe Lobo d"Ávila (CDS), eleito por Lisboa, é um dos deputados que somam mais faltas justificadas, 12 no total, e que a par de Assunção Cristas lidera as ausências no seu grupo parlamentar. Em contraponto, João Rebelo e Pedro Mota Soares têm a folha limpa no que toca a faltas. Já no PS, onde Ascenso Simões e João Azevedo Castro (dos Açores) têm uma falta injustificada cada um, raramente os deputados ultrapassam as dez faltas por "trabalho político", enquanto no PSD Luís Montenegro, Carlos Costa Neves e Carlos Páscoa Gonçalves contribuem para essa média. José Cesário, eleito fora da Europa, pelo PSD, foi o deputado que mais faltou: 20 vezes, por trabalho político. No PS, Paulo Pisco, eleito pela Europa, ficou-se pelas 18 faltas.

www.dn.pt
02
Ago16

NÃO BATAM MAIS NO CEGUINHO ! - COMISSÃO EUROPEIA Juncker ignora Brexit e nomeia britânico para comissário da Segurança

António Garrochinho

Julian King tinha sido indicado por David Cameron, quando o anterior comissário, também britânico, se demitiu na sequência do resultado do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nomeou o britânico Julian King comissário para a Segurança, encarregado da luta contra o terrorismo e o crime organizado, substituindo Jonathan Hill, que se demitiu após o Brexit, informou um comunicado.

Jean-Claude Juncker "anunciou a sua intenção de atribuir a pasta da Segurança da União a Julian King", antigo embaixador britânico em Paris, pode ler-se no comunicado. Julian King "apoiará a aplicação do programa europeu em matéria de segurança adotado pela Comissão Europeia" em abril.

Este programa de cinco anos visa lutar contra o terrorismo, o crime organizado e o cibercrime. "Trata-se de uma nova pasta, que completa as pastas existentes", acrescenta o comunicado. O presidente da Comissão Europeia informou na segunda-feira à noite a primeira-ministra britânica, Theresa May, da sua decisão.

O novo comissário, que fez a maior parte da sua carreira na Europa, é desde fevereiro embaixador do Reino Unido em França. Na Comissão Europeia, foi chefe de gabinete dos britânicos Peter Mandelson (Comércio) e Catherine Ashton (diplomacia) em 2008-2009.

O anterior comissário britânico, Jonathan Hill, demitiu-se após o voto a favor do Brexit no final de junho. A sua pasta - Estabilidade financeira, mercados financeiros e União dos mercados de capitais - passou para os comissários letão, Valdis Dombrovskis, e francês, Pierre Moscovici.

Se a nomeação de Julian King for confirmada, o novo comissário trabalhará "sob a orientação de Frans Timmermans, primeiro vice-presidente, encarregado da melhoria da regulamentação, das relações interinstitucionais, do Estado de direito e da Carta dos Direitos Fundamentais", acrescenta o comunicado, segundo o qual o seu trabalho irá apoiar o de Dimitris Avramopoulos, comissário para as Migrações, os Assuntos Internos e a Cidadania.

A nomeação foi enviada para o Parlamento Europeu para aprovação e precisa ainda de luz verde dos Estados-membros da UE.

www.tsf.pt

02
Ago16

O MAPA (A saga do anadel) – Capítulo II – Um negócio no Paraíso- por Carlos Loures

António Garrochinho

By carlosloures 

Lisboa, noite de quarta-feira, 23 de Agosto de 1485.

o mapa - I 

Estamos no final de um dia muito quente e no princípio de uma típica noite de Verão – Lua cheia que começa a subir num céu pálido a poente, onde ainda se vislumbram tons de avermelhado e de ouro, o sangue dourado dos últimos despojos do crepúsculo. Os astros vão acendendo-se aos poucos, tremeluzindo, como que temerosos. Dentro das modestas casas de morar, faz demasiado calor para se poder ficar no seu interior. Os palácios, com as suas espessas paredes de pedra, esses sim, conservam a frescura, mas, apesar disso, bebe-se hidromel em jardins de murmurantes fontes, lêem-se poemas, canta-se a capella, prendadas donzelas executam trechos em rabecas, flautas duplas, saltérios, moços oferecem flores ou furtivos beijos a moças… em suma, poeta-se, canta-se e namora-se… Por isso, a esmagadora parte da população da cidade, aquela que não vive em palácios, está na rua, à porta de suas casas, conversando com os vizinhos, bebendo água, vinho tinto, branco ou bastardo, aguardente… Os homens jogam aos dados e bebem sentados nos degraus das soleiras, as mulheres trocam informações domésticas, tecem pequenas intrigas, jovens trocam furtivos beijos, fala-se, canta-se e namora-se. Há ainda crianças acordadas, brincando, correndo pelas ruas e travessas iluminadas pelo luar nascente e por archotes de resina. São mais de sessenta mil almas distribuídas por cerca de quatrocentas ruas, dentro da muralha nova, com as suas trinta e cinco portas e postigos, por onde se entra e sai de Lisboa. A cidade recusa-se a adormecer, pois o calor é muito. Como se um impiedoso dragão de fogo a bafejasse.

Na Travessa da Porta de Santo Antão, na passagem para a Rua da Mancebia, há duas tavernas. Numa delas, a de pior reputação e que é conhecida pelo poético nome de Paraíso, alfurja frequentada por um ou outro mesteiral, por homens dos que andam nas naus, mas sobretudo por indivíduos desocupados ou ocupados em inconfessáveis tarefas e, claro, pelas mancebas que sempre fazem destes antros o seu habitat de negócio, entram dois homens que logo se vê não ser animais daquela floresta. São ambos relativamente jovens, entre os vinte e os vinte e cinco anos. Um deles, franzino, estatura meã, cabelo cortado curto quase à moda antiga, à camorro, como aqui costumamos dizer. Está vestido com asseio, mas com simplicidade: um saio branco de tecido leve descendo sobre um calção de chamalote pardo e uns borzeguins de cabedal atacados até ao joelho. Na cabeça um capeirão pontiagudo. É o vestuário próprio de um aprendiz ou oficial de um mester modesto. O outro, de rosto trigueiro, um pouco mais robusto, mas também de estatura meã, usa os cabelos escuros, compridos, limpos e bem penteados. Está trajado de forma mais elaborada, embora sóbria: um mantel de cambraia negra rematado por um cabeção, com qual oculta parte do rosto, vestido sobre uma camisa de cetim branco, calções cinzentos de balão sobre meias de seda negra e botinas. Um chapéu de duas abas em feltro preto completa um vestuário caro que, em suma, denuncia alguém pertencente a uma classe profissional elevada – talvez um advogado, um tabelião, um secretário, um escrivão, um contador.

         As conversas param no tugúrio que tresanda ao sebo das velas, a corpos mal lavados, a comida requentada, a vinho – o característico odor da miséria e do desprezo pelas convenções impostas por quem domina. Jogadores de dados, mancebas, simples bebedores, mesteirais e homens dos que andam nas naus, param para ver aqueles dois seres, ali completamente deslocados. Que quererão? O de roupa mais modesta, vai à frente abrindo caminho. O outro segue-o, ocultando o rosto unindo com uma das mãos os bicos do cabeção – para esconder as feições ou para se proteger do mau cheiro? O da frente pára junto de uma mesa onde três homens, falam em voz baixa, bebendo vinho por canecas de barro e comendo favas cozidas que tiram, à vez, com colheres de uma escudela de estanho colocada no centro da mesa. Um pão grande que vão cortando com facas bem afiadas completa a frugal refeição. O rapaz do cabelo à camorro pára e diz com um sorriso:

         – Boas noites!

         Os outros olham os recém-chegados. Um mais velho, encorpado, de olhos cinzentos, cabelo crespo e castanho claro e com uma cicatriz que, como um rio de leito avermelhado, lhe percorre o rosto da testa ao queixo, crava a sua faca no tampo da mesa, marcando, com este gesto desnecessariamente agressivo, uma pausa na ceia e faz-lhes sinal para se sentarem enquanto limpa os dentes com uma unha. É Estevão Nunes, antigo sapateiro que se dedica actualmente a pequenos delitos (às vezes não tão pequenos quanto isso…), mais conhecido pela alcunha de Gato Pardo. Os dois comparsas, um magro e de cabelo alourado e sujo que se chama Gaspar e o outro quase calvo e mais gordo cujo nome é Fernão (e que não atingiram importância criminal para ter alcunhas), com a deferência que se deve a bons clientes, vão a uma mesa vizinha buscar escanos desocupados para os dois jovens visitantes. A curiosidade em redor parece ter cessado. Os olhos desviam-se prudentemente, as conversas reatam-se, pois as pessoas que ali estão sabem que a curiosidade não é hábito salutar – além de ser uma falta de educação, constitui um perigo. Por outro lado, deve respeitar-se a confidencialidade de um negócio alheio. Afinal, ali também existem algumas convenções. Quando todos os cinco estão sentados, o Gato Pardo vai directo ao assunto e pergunta:

         – Para quando é o trabalho? – O jovem do cabelo curto é quem responde, depois de um olhar para o companheiro:

– Sexta-feira, depois das Trindades – e completa – pagamos agora metade e o restante logo que esteja terminado, como combinámos. Estevão Nunes abana a cabeça numa negativa:

         – Não. O valor que disseste terá de ser um pouco aumentado – acrescenta após uma pausa – Estivemos a ver o local, soubemos melhor de quem se trata e há dificuldades de que não falaste e que, portanto, não estavam previstas….

         – Quanto? – É sempre o do cabelo curto quem fala, o outro apenas escuta.

         – Por menos de cinco mil cruzados, não fazemos o trabalho – o tom é de desafio, preparado para o regateio.

         – Tanto? – O do cabelo curto olha para o companheiro. Este baixa a cabeça num assentimento – Está bem. Mas só trago os dois mil que combinámos – tínhamos falado em quatro mil.

         – Dás-me os três mil no fim – dá uma casquinada – Somos todos pessoas sérias – Fernão e Gaspar, que têm ambos uma expressão de idiotia, talvez defeito de geração, ou provocada pelo excesso de bebida, riem-se – Tu não me ias enganar. Sabes que isso era muito mau para a tua saúde – Mais risos alvares de bocas desdentadas.

         O do cabelo comprido, com o rosto encoberto a partir do nariz, olha-os com fria dureza, continuando sem proferir uma palavra. Os olhos escuros captam a luz das velas e devolvem-na em virotões de uma impiedosa crueldade. Aos poucos as risadas esfriam. Como se a quente noite de Estio tivesse sido atravessada por um sopro de frio gélido. Com a mão livre, sempre segurando as pontas do cabeção e sem deixar de fitar os três homens, o jovem moreno chama o outro que quase encosta o ouvido à sua boca. Quando se debruça, sobressai no pescoço, por debaixo do mantel, uma espécie de colar ou corrente de ouro de onde pendem numerosas medalhas com efígies de santos, crucifixos… Segreda algo que não conseguem captar, até porque lhes parece que as palavras são proferidas numa língua estrangeira, talvez em toscano, dirá mais tarde, em audição de juízo, o Gato:

         – Este senhor diz que qualquer erro ou inconfidência da vossa parte será punido com muita, muitíssima severidade – faz uma pausa e conclui – Porém, se o trabalho for executado com perfeição e a seu contento, podem contar com mais quatro mil cruzados, seis mil no total.

         Os três comparsas entreolham-se satisfeitos. «Ainda se fazem bons negócios, nestes tempos de crise», pensam. Os dois jovens saem do Paraíso. Só o do capeirão se despede com um aceno. Nas ruas, a noite caiu, finalmente e com ela vem alguma frescura. Sob um céu estrelado, a cidade pode agora adormecer.

A abóbada celeste é órbita sem fim,

aviagemdosargonautas.net
02
Ago16

França Anuncia Formação da Guarda Nacional Conforme o Estado de Emergência Continua

António Garrochinho

F


A militarização está transformando a França em estado policial autoritário. O governo francês moveu-se para militarizar ainda mais o país sob um estado de emergência indeterminado após o último ataque terrorista.

Em um comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu na quinta-feira, o governo anunciou um plano para formar uma guarda nacional. "O Presidente da República [Hollande] decidiu criar a Guarda Nacional a partir das reservas operacionais existentes", diz a declaração. Hollande disse que o governo vai "o mais rápido possível iniciar a criação desta estrutura, a qual serviria para proteger o povo francês."

O Conselho de Defesa e Segurança será notificado oficialmente do plano em agosto e as unidades da Guarda Nacional serão formadas em setembro, de acordo com o comunicado.

O anúncio chega na esteira de um horrível ataque e decapitação de um padre na igreja Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia. No início deste mês, Mohamed Lahouaiej Bouhlel teve um acesso de fúria com um caminhão em Nice no Dia da Bastilha, matando 84 pessoas. Em novembro, os terroristas lançaram ataques coordenados em Paris, matando 130 pessoas.

O ataque em Nice motivou que o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve chamasse por "todos patriotas franceses dispostos" para se inscreverem como reservistas. Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, exigiu um retorno do serviço nacional obrigatório.

Após o ataque durante a celebração do Dia da Bastilha, Hollande prorrogou o estado de emergência e acrescentou novas medidas. A polícia está autorizada a procurar sem um mandado judicial, deter crianças, confiscar dados de computadores e telefones celulares, e procurar por bagagem e veículos sem aprovação judicial.

Os críticos afirmam que as medidas não farão nada para impedir o terrorismo e estão sendo usadas contra os ativistas políticos, por exemplo, ativistas ambientais que foram colocados sob prisão domiciliar durante a cúpula do clima em Paris em novembro.

Em maio, a lei foi usada para proibir ativistas de participarem de manifestações contra a reforma trabalhista do governo. As propostas de trabalho provocaram grandes manifestações no país.

Não está claro se a nova guarda nacional francesa será usada para impor o estado de emergência ou só será utilizada após ataques terroristas.

De acordo com Finian Cunningham, a "trajetória do poder do estado francesa está em perigo de se tornar um auto-reforço dinâmico de aumento do governo autocrático - ditadura - onde a democracia, para todos os efeitos, deixa de existir. Ainda mais preocupante, este sinistro divisor de águas nem sequer foi questionado em discurso público...

"A França está caminhando para um estado policial militarizado autoritário, não muito diferente de Israel. Os cidadãos estão sendo condicionados a viver permanentemente com medo e os poderes de emergência suplantam os direitos democráticos".

No início desta semana, a Alemanha também sinalizou que vai começar a militarização doméstica.

No rescaldo dos ataques de Munique na semana passada, o ministro do interior da Baviera, Joachim Herrmann disse ao Welt am Sonntag "seria completamente incompreensível... se nós tivemos uma situação terrorista como o de Bruxelas, em Frankfurt, Stuttgart e Munique e nós não fomos autorizados a chamar as forças bem treinadas do Bundeswehr, mesmo que elas estivessem prontas."

Após a Segunda Guerra Mundial e a derrota dos nazistas, a constituição alemã proibiu as forças armadas, conhecida como Bundeswehr, de ser usada internamente, exceto em casos de emergência nacional.

Os Verdes e os membros do Partido Social Democrata advertiram contra "a necessidade interna de mais vigilância, isolamento e [intervenção] militar", e acrescentaram que o ataque de Munique seria explorado politicamente.

O governo alemão, no entanto, planejou levantar as restrições à Bundeswehr antes do ataque de Munique.



Fontes:
Infowars: FRANCE ANNOUNCES FORMATION OF NATIONAL GUARD AS STATE OF EMERGENCY CONTINUES

 http://www.anovaordemmundial.com
02
Ago16

O Apocalipse Zumbi Pokémon já Começou: Ovelhas Obedientes Buscam Monstros Fictícios

António Garrochinho

Até agora, você provavelmente já ouviu falar de Pokémon Go, o novo aplicativo de jogo de "realidade híbrida" que cobre localizações geográficas do mundo real com monstros virtuais que são coletados por pontos.

O que você ainda pode não saber é que o jogo foi na verdade desenvolvido por um grupo de frente de software financiado pela CIA para o propósito de usar todas as câmeras dos dispositivos móveis do público desmiolado para realizar o que chamo de "vigilância em massa redundante" de qualquer área que necessite de documentação em vídeo imediato pela CIA ou NSA. Ele é essencialmente uma máquina de espionagem da CIA fingindo ser um jogo.


Para realizar espionagem assistida do cidadão, os mestres do fantoche do jogo simplesmente colocam um monstro virtual em qualquer local de vigilância desejado, e hordas de seres humanos zumbis apocalípticos com cérebros totalmente mortos instantaneamente convergem em cena, todos apontando suas câmeras móveis para os "monstros" virtuais para que eles possam ganhar seus "pontos" virtuais. (Veja fotos bizarras e vídeo abaixo ...)

Conforme isso está acontecendo, o vídeo das câmeras dos jogadores selecionados está sendo transmitido à CIA em tempo real, juntamente com coordenadas GPS precisas dos locais dos jogadores. Quanto mais pessoas a CIA quiser reunir em uma área de interesse, maior o valor do monstro que eles colocam nesse local. Como estas fotos mostram, quando os monstros de alto valor aparecem em tais locais, hordas de jogadores de Pokemon correm para o local através de bicicletas, táxis, automóveis e até mesmo a pé... todos apontando suas câmeras para o alvo de alto valor e transmitindo vídeo em tempo real para a CIA.

Na prática, Pokemon Go é a maneira de transformar uma população obediente de seres humanos zumbis obedientes em coletores inadvertidos de inteligência acionável no terreno da CIA. Pokemon é o jogo que transforma cidadãos entediados obedientes em espiões domésticos altamente eficazes que estão involuntariamente trabalhando para o estado policial. Presencie essas cenas reais de localização do "monstro" do Pokemon Go, onde monstros de alto valor apareceram de repente e hordas de seres humanos estúpidos instantaneamente reuniram-se:




Se algo parece familiar, é porque a cena parece arrancada direto da série de apocalipse zumbi The Walking Dead da AMC:

Aqui está o vídeo:

Hoje, este mundo virtual aparece apenas em dispositivos móveis... em breve ele será exibido dentro de lentes de contato

Neste momento, os jogadores zumbis de Pokémon Go tem que ver a sobreposição virtual do jogo através de seus dispositivos móveis. É por isso que eles continuam a andar em penhascos, vagueiam no trânsito e literalmente se matam conforme olham fixamente sem pensar para suas telas de Pokémon na esperança de pegar algo que acreditam ser um monstro. Em Encinitas, Califórnia, dois homens andaram direito para um penhasco durante o jogo, mergulhando 24 metros no mundo real, onde não existe pontos atribuídos por ser incrivelmente estúpido. (A menos que você trabalhe para o governo federal, caso em que a estupidez máxima e incompetência você ganha bônus e aumento dos dias de férias.)

A próxima etapa do jogo, no entanto, fará a transição da realidade aumentada para peças oculares como o Google Glass que são usado sobre os olhos. Estes visores transparentes irão sobrepor monstros sobre a aparente imagem do mundo real, como visto pelos jogadores, eliminando a necessidade de olhar para dispositivos móveis. Em vez disso, você só vai ver essas pessoas distraídas passeando como drogados enlouquecidos, aparentemente desesperados para alcançar algo que realmente não existe.

E o passo futuro final será reforçado por lentes de contato de realidade onde gráficos HD em full motion são exibidos no interior de lentes de contato para criar a ilusão de realidade aumentada que os monstros Pokémon realmente está andando ao redor do mundo real. Neste ponto, desligar os jogadores de Pokémon da realidade será completo, e eles vão existir no capricho dos importantes do jogo (ou seja, Mestres) que decidem quais imagens, pessoas, veículos e eventos deixarão para os mundos virtuais que essas pessoas veem como o mundo real.

Pokémon demonstra a viabilidade tecnológica e social do controle da mente da realidade aumentada

Como você deve ter adivinhado, este não é apenas uma máquina de espionagem maciça, mas um sistema de controle da mente totalitária que acabará por ter o poder de afirmar o controle absoluto sobre tudo o que uma pessoa vê, ouve e experiências. As lentes de contato de exibição aumentada, quando combinada com câmeras embutidas na cabeça e fones de ouvido, podem censurar ativamente imagens ou mensagens de texto "não aprovadas" (ou seja, qualquer coisa que o governo não quer que você saiba), literalmente compilando texto que você não deveria ler, sobrepondo mensagens publicitárias e de controle social aprovadas pelo governo sobre as paredes de edifícios, estradas ou mesmo no céu no mundo real, colocando mensagens virtuais flutuantes de "Procurado" sobre as cabeças dos indivíduos identificados pelo governo como sendo "perigosos", e assim por diante. As possibilidades de controle absoluto da mente são ilimitados.

Se tal tecnologia vir a existir, isso significaria a desgraça total da liberdade humana e o domínio quase imparável da elite tecnocrática.

Uma resposta para tudo isso é, naturalmente, armas EMP de pequena escala que fritaria todos os aparelhos eletrônicos na área local, retornando as pessoas para a realidade, destruindo os circuitos que mantêm seus mundos virtuais (prisões mentais) que são controlados pelos tecnotarians dominantes. É por isso que há muito tempo compreendi que o destino da liberdade humana pode um dia depender de pequenos grupos de rebeldes que realizam atividades que podem incluir:

* Disparar armas EMP portáteis de pequena escala para desativar sistemas de controle tecnológicos dirigidos por regimes opressivos, ditatoriais sobre o mundo todo. (Coreia do Norte, alguém?)

* Realizar incursões armadas sobre robôs de IA para destruir e desativá-los.

* Hackear e assumir veículos por controle remoto ou robôs para comandar-los para o bem público.

* Tomar o controle de sistemas de realidade aumentada para sobrepor mensagens da verdade que aparecem em mundos virtuais .

Se as coisas não mudarem, o futuro dos seres humanos pode parecer assustadoramente semelhante aos zumbis reais. E se todas as pessoas que pensam que estão "à procura de monstros" tornarem-se os próprios monstros?


http://www.anovaordemmundial.com
02
Ago16

Texas autoriza armas nos campus das universidades públicas

António Garrochinho

Uma lei que permite levar armas para as universidades públicas do estado norte-americano do Texas entrou em vigor esta segunda-feira. O Texas é o oitavo estado dos EUA implementar uma lei deste tipo.

Esta lei entra em vigor quando se assinalam os 50 anos do massacre na Universidade do Texas em Austin


Uma lei que permite levar armas para as universidades públicas do estado norte-americano do Texas entrou em vigor na segunda-feira, no 50.º aniversário do massacre que causou 14 mortos no campus da capital estatal, Austin.
A lei, conhecida como “campus carry”, permite que aqueles que tenham uma autorização de porte de arma concedida pelo estado — que exclui os menores de 21 anos — possam levá-las para a maioria das instalações universitárias.
O “campus carry” entrou em vigor apenas para as universidades públicas do Texas, enquanto as instituições privadas, com liberdade para decidir se implementam ou não a norma, optaram por não o fazer.
A maior instituição pública e prestigiada do estado, a Universidade do Texas, em Austin, foi o maior foco de oposição à norma.
Os defensores da lei defendem que a presença de pessoas armadas permitirá salvar vidas em caso de tiroteio, enquanto os detratores dizem que é uma bomba relógio e que a presença de alunos armados não fomenta o espírito de debate universitário.
Catorze pessoas morreram a 01 de agosto de 1966 no massacre da Universidade do Texas, em Austin, naquele que foi considerado o primeiro tiroteio em massa num campus universitário norte-americano. O homicida, Charles Whitman, foi um estudante e antigo militar com problemas psicológicos que antes de abrir fogo na universidade matou a mãe e mulher.
O Texas é o oitavo estado norte-americano que implementa uma lei deste tipo, depois do Oregon, Idaho, Utah, Colorado, Wisconsin, Kansas e Mississípi.

observador.pt
02
Ago16

EIS A PRÁTICA DOS ALDRABÕES, A FACA E O QUEIJO NA MÃO ! - Juiz decide a favor de colégio onde a filha estuda

António Garrochinho



O Ministério da Educação pediu o afastamento do juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra.

O juiz em causa deferiu duas providências cautelares interpostas por colégios com contrato de associação porque o magistrado tem uma filha a estudar num dos colégios em causa.

Tiago Lopes de Miranda escreveu na sentença que proferiu, a 29 de julho, aceitar os pedidos de suspensão das normas de matrículas por considerar existir perigo de insolvência desses estabelecimentos antes de haver decisão da ação principal.



 http://www.jn.pt
02
Ago16

Festival F, em Faro: tudo sobre a edição de 2016

António Garrochinho


Festival algarvio conta no seu cartaz com grandes nomes da música portuguesa, como Ana Moura ou GNR

Realiza-se a 2 e 3 de setembro aquela que será a terceira edição do Festival F, em Faro.
O cartaz deste ano é composto sobretudo por artistas portugueses, destacando-se atuações de grandes nomes como Ana Moura, Pedro Abrunhosa e GNR, bem como de talentos como Jimmy P, Sensible Soccers, Marta Ren e B Fachada.
O festival F surgiu por iniciativa do Município de Faro e do Teatro Municipal, tendo como objetivo afirmar a capital algarvia "como local privilegiado para a realização de um festival de verão", conforme se lê na página web do Teatro.
O festival dividir-se-á por cinco palcos localizados no centro histórico de Faro, a Vila Adentro, a saber: Muralhas, Praça da Sé, Castelo, Museu e Quintalão, existindo ainda um espaço para stannd-up comedy e outro para Tertúlias de Literatura.
Os bilhetes encontram-se já em regime de pré-venda, custando o diário 15 euros e o passe para os dois dias 20 euros. As crianças até dez anos poderão entrar gratuitamente.
Conheça aqui os horários dos concertos e veja um vídeo-resumo da edição de 2015:
2 de setembro
Museu
19h30 - Nuno Prata
22h30 - Noiserv
Quintalão
20h15 - Sam Alone
00h30 - Throes + The Shine
02h30 - Branko
Muralhas
21h30 - Criolo
23h15 - Ana Moura
01h30 - Sam The Kid & Mundo Segundo
21h00 - Marta Ren
22h30 - GNR
01h00 - Diabo Na Cruz
Castelo
22h15 - Salto
00h00 - Karetus
Afonso III
21h45 - César Mourão
3 de setembro
Museu
19h30 - Sr. Vulcão
22h30 - B Fachada
Quintalão
20h15 - Benjamim
00h30 - Da Chick
02h30 - DJ Ride
Muralhas
21h30 - Jimmy P
23h15 - Pedro Abrunhosa
01h30 - Regula
21h00 - Cais Sodré Funk Connection
22h30 - Gisela João
01h00 - Richie Campbell
Castelo
22h15 - Sensible Soccers
00h00 - Best Youth
Afonso III
21h45 - Salvador Martinha

blitz.sapo.pt
02
Ago16

PCP manifesta "surpresa" pela desistência dos UHF da "Festa do Avante!"

António Garrochinho




Os dirigentes do PCP, que organiza anualmente a "Festa do Avante!", expressaram hoje "surpresa" pela desistência da banda rock UHF do evento que vai decorrer entre 2 e 4 de setembro, no Seixal.

"Tomámos conhecimento das razões que o grupo UHF tornou públicas e manifestamos surpresa por uma decisão tão mais difícil de compreender considerando a opção de integrar a sua participação na 40.ª edição da Festa do Avante!, com o significado que em si comporta", respondeu o gabinete de imprensa do certame comunista à agência Lusa.

A banda liderada por António Manuel Ribeiro cancelou a atuação prevista pela "utilização distorcida do nome do grupo na divulgação do evento", especificamente por não estar a ser dado, nos cartazes de divulgação o destaque à banda que é dado a outros nomes.

"Para lá desta decisão, importa relevar o assinalável programa político-cultural da Festa do Avante!, designadamente da componente diversificada dos espetáculos, em que a música portuguesa tem destaque privilegiado", frisam os comunistas.

O vocalista dos UHF disse à Lusa que foi tentada a reparação da situação, mas que tal não foi possível, justificando assim a decisão de cancelar a participação, apesar de ter estado presente na conferência de imprensa de apresentação da 40.ª Festa do Avante!, em 23 de junho.

A "rentrée" do PCP realiza-se este ano num espaço alargado, ao incluir, além da Quinta da Atalaia, a recém-adquirida Quinta do Cabo da Marinha - um terço do terreno habitual - através de uma campanha de angariação de fundos por militantes e simpatizantes.

O cartaz Festa do Avante! inclui, entre outros, a Companhia de Teatro de Almada, o grupo teatral A Barraca, Ana Moura, Aldina Duarte, Carlão com Sam the Kid e Sara Tavares, Cristina Branco, Diabo na Cruz, Jafumega, Katia Guerreiro, Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal, Peste & Sida, Sérgio Godinho & Jorge Palma e Xutos & Pontapés, além de cinema, exposições, artesanato, um espaço infantil, e vários espaços de intervenção política.

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António Garrochinho

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