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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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04
Ago16

Sem cantar "vitória", PCP aconselha cimeira intergovernamental a Costa

António Garrochinho


João Oliveira, líder parlamentar do PCP

Sem cantar "vitória", PCP aconselha cimeira 
intergovernamental a Costa

O líder parlamentar do PCP condenou hoje a decisão de Bruxelas de suspender a eventual multa a Portugal por défice excessivo de 2015, sem cantar "vitória" porque se mantém o processo de "pressão e chantagem" da União Europeia (UE).
Notícias ao Minuto

***«»***
Na realidade, não se tratou de nenhuma vitória. Foi uma pena suspensa, que não é a mesma coisa do que uma absolvição. A marca ficou registada na caderneta. A nódoa negra é a prova de que houve castigo. 
Pretendeu-se humilhar Portugal, para se ganhar balanço para desencadear, depois do Verão, a ameaça do corte dos fundos comunitários, procurando-se assim condicionar a elaboração do Orçamento de Estado de 2017. E isto tudo, apenas porque Portugal tem um governo que não encaixa no perfil do governo ideal, adoptado pelo cartel político da Europa. 
Está em curso um novo tipo de colonização dos povos, não através das armas e da ocupação territorial, mas através da tirania financeira e de uma muito bem organizada federação de interesses do capitalismo europeu, que não hesita em recorrer aos golpes baixos da chantagem. Se quisermos comer a cenoura, temos que levar "porrada", e ficar caladinhos..
Esta não é a Europa que nos prometeram
AC.

alpendredalua.blogspot.pt
04
Ago16

AHETA: Alterações ao IMI penalizam a economia do turismo do Algarve

António Garrochinho

  
Martinhal Beach ResortA Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) contesta as recentes alterações tributárias que «vêm, na prática, permitir o aumento de impostos, designadamente do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)», considerando que «têm um impacto direto na atividade turística do Algarve, designadamente no chamado Turismo Residencial».

Assim, a AHETA recorda que o Decreto-Lei nº 41/2016, já em vigor, autoriza as Autarquias Locais e os Chefes das Repartições de Finanças a recorrer a critérios de avaliação para alterar o IMI aplicável às habitações, tendo por base «aspetos meramente subjetivos, como a exposição solar (orientação a sul), terraços, conforto ou qualidade ambiental dos edifícios, etc». «O Algarve é, pelas leis da natureza, a única região portuguesa orientada a Sul».

A associação salienta que «esta situação é, sobretudo, penalizadora para regiões como Algarve, cujos fatores majorativos de qualidade da sua oferta turística e residencial assentam, precisamente, em moradias unifamiliares, localização excecional e operacionalidade relativa dos seus edifícios, como é o caso da orientação dos prédios, por exemplo».

E embora este aumento de IMI só vá ocorrer quando os prédios forem avaliados, a AHETA diz que «a verdade é que esta medida afeta não só a nossa imagem externa. como coloca em causa a atração de IDE (Investimento Direto Estrangeiro), tanto mais que essa avaliação vai depender, essencialmente, da subjetividade do perito avaliador».

Numa altura em que o Turismo Residencial apresenta tendências fortes de recuperação, «a chamada “Taxa Solar” é tudo aquilo que não precisávamos para enfrentar com sucesso os enormes desafios competitivos com que o setor se vem confrontando em termos internacionais».

www.sulinformacao.pt

04
Ago16

Freguesia de Santa Bárbara de Nexe - Festival B_Cultural volta a animar Bordeira

António Garrochinho


O Festival B_Cultural volta a animar a Bordeira, na freguesia de Santa Bárbara de Nexe, em Faro, esta sexta-feira e sábado. Além de música, o evento conta com atividades ligadas à dança, ao teatro, assim como animações infantis e jogos tradicionais. Todas as iniciativas decorrerão na Rua José Ferreiro Pai, num terreno ao ar-livre. 


No dia 5 de Agosto, o recinto abre às 18h00 e vai ter música, animação infantil e jogos tradicionais. Já no dia seguinte, o acesso ao Festival é possível logo desde as 10h00, e conta também com as mesmas atividades do dia anterior, ao que se juntam apenas osworkshops.
Segundo a associação “Valoriz’arte”, organizadora do evento, «o objetivo da realização deste festival, de periodicidade anual, é oferecer a Bordeira um maior dinamismo e desenvolvimento social, cultural, educacional económico; um evento que abranga todas as faixas etárias».
Este evento conta com os apoios da Câmara de Faro e da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe.


Consulte abaixo a programação do evento:



www.sulinformacao.pt
04
Ago16

CRISE DAS VIAGENS - "Com deputados do PCP esta situação não aconteceria"

António Garrochinho


CRISE DAS VIAGENS

O dirigente comunista Jorge Pires considerou hoje as deslocações do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais ao Europeu de futebol de França a convite da Galp uma "atitude criticável", cabendo ao primeiro-ministro, ao Governo e ao próprio tirar ilações. "Posso garantir que com deputados do PCP esta situação não aconteceria", garantiu Jorge Pires.


VÍDEO



sicnoticias.sapo.pt
04
Ago16

Frases chocantes e perturbadoras ditas por assassinos terroristas em ataques à escolas

António Garrochinho


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Frases chocantes e perturbadoras ditas por assassinos terroristas em ataques à escolas
As mais perturbadoras e chocantes frases ditas por assassinos terroristas em ataques à escolas
 
O terrorismo é o ato de usar da violência e sofrimento extremos para passar uma mensagem, e, por isso, pode-se claramente dizer que os vários casos de assassinos e franco-atiradores que agem em colégios são casos de terrorismo. Seja protestando contra o bullying, tentando se vingar de uma expulsão ou até atacando crianças por motivos que pessoas normais jamais compreenderão, esses criminosos não apenas mataram diversas pessoas, mas também deixaram para trás frases e questionamentos no mínimo perturbadores. Confira alguns deles, e também saiba mais sobre esses repugnantes assassinos:

Winnenden

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Frase: “Até agora vocês não morreram?”
Proferida pelo sorridente assassino da foto acima, que atacou os alunos no laboratório de química de onde estudava com uma pistola semi-automática Beretta, de 9mm. A média de idade dos jovens da sala era 14 anos, e, além de 8 garotas e um garoto, matou também três professoras que estava na sala. Seu principal alvo eram as garotas, e ele mirava na cabeça.
Entrou e saiu da referida sala ao menos três vezes, e, na última, falou a sádica frase: “até agora vocês não estão mortos?!”. Rapidamente, uma voz no microfone falou “Mrs. Koma is coming”, um código para tiroteios, que permitiu que os outros se escondessem. Depois de apenas dois minutos, três policiais chegaram ao local e perseguiram o maníaco, que, na saída, matou um jardineiro de 56 anos. Também roubou um veículo, de Igor Wolf, que o perguntou por que ele havia feito aquilo. “Por diversão, é divertido”, respondeu, com uma pergunta subsequente: “você acha que conseguiremos encontrar outra escola?”.
Preocupado, Wolf puxou o volante do carro e pulou pela janela. O assassino entrou numa loja de carros, matou mais duas pessoas, dando 13 tiros em cada vítima. Quando saiu do local, levou um tiro na perna e se matou.
Um dia antes, Kretschmer havia “avisado” na internet que cometeria o crime, fazendo uma postagem que dizia “ninguém vê meu potencial. É sério. Eu tenho armas e vou para minha antiga escola durante a manhã e terei um churrasco apropriado. Talvez eu escape. Escute. Vocês vão ouvir sobre mim amanhã. Lembrem-se do nome do lugar, Winnenden”.

Ginásio Gutenberg


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Frase: “Sr. Heise, chega por hoje”
Da cidade alemã de Erfurt, o rapaz na foto é Robert Steinhauser, que em 2001 foi expulso do Gutenberg Gymnasium por falsificar um atestado médico. Irado e decidido a se vingar da escola, Steinhauser voltou para o local em 2002 com uma pistola Glock 9mm e uma espingarda de calibre 12. Sua roupa era estilo “ninja”, toda preta e com uma máscara.
Foi de sala em sala matando os professores, de sala em sala, não mirando nos alunos. Quando a polícia chegou, o assassino foi até a janela e atirou na cabeça de um policial, logo após isso removendo sua máscara e sendo confrontado por um professor chamado Rainer Heise, que o olhou no fundo dos olhos e disse “você pode atirar em mim agora”. Entretanto, o assassino respondeu “Sr. Heise, chega por hoje”. Nesse momento, deixou-se encurralar em uma sala e cometeu suicídio – mais uma morte somada às 16 que causou.

Heath High School

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Frase: “Mate-me por favor, eu não consigo acreditar que fiz isso”
Em dezembro de 1997, um jovem chamado Michael Carneal levou dois rifles, uma pistola e duas espingardas até a escola onde estudava, passando pela segurança dizendo se tratar de um projeto de arte. Assim que entrou na escola, colocou protetores de ouvido, sacou a pistola e efetuou 8 disparos num grupo religioso que sentava do lado de fora. Atirou à queima-roupa e matou três jovens garotas.
Assim que atirou, supostamente Carneal largou a arma e pediu pela morte, com a frase desse item, colocando as mãos para o alto e se rendendo. Quando questionado sobre porque havia feito isso, disse que “era como estar num sonho, e de repente eu acordei”. Aparentemente, essa foi uma citação do personagem de Leonardo DiCaprio no filme “Basketball Diaries”, onde há uma cena em que o personagem do ator sonha estar realizando um tiroteiro em sua escola, que mais tarde citou como uma de suas fontes de inspiração.

Escola de Osaka

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Frase: “Eu criei nojo de tudo. Eu tentei me matar várias vezes, mas não consegui. Sentenciem-me à morte”
Esse ex-zelador de 37 anos atacou a escola fundamental Ikeda, parte da escola de Osaka. Mamoru Takuma, o assassino, aparentemente ficou maluco após entrar no local com uma faca, esfaqueando 23 pessoas e matando 8 crianças com idades entre 7 e 8 anos, sendo parado pelos seguranças e preso.
Depois do ataque, Takuma foi visto num estado de estupor bastante estranho, e ficava repetindo “eu fui à escola fundamental”, e depois “eu fui até a estação de trem e esfaqueei 100 pessoas com a minha faca. Eu não fui até a escola de ensino fundamental”. No meio dessas frases confusas, o seu pedido de morte, que ele recebeu em 2004, através de enforcamento. Mas ele não se arrependeu: no seu julgamento, xingava as famílias das vítimas, e chegou a dizer que “deveria ter usado gasolina, para matar mais”. Infelizmente, seu exemplo inspirou vários outros assassinos usando facas, e mais tragédias.

Red Lake

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Frase: “Você acredita em Deus?”
O garoto da foto, Jeffrey Weise, de apenas 16 anos, matou seu avô – que era um policial – roubou suas armas e foi até o colégio de ensino médio Red Lake. Ao chegar no local, matou um segurança com um detector de metais, e depois agiu como franco atirador numa sala de matemática, onde arrombou a porta com um tiro de espingarda.
Ao mirar para a professora, que disse “que Deus esteja conosco”, Weise atirou nela, e logo depois mirou para um estudante chamado Cong’gai’la Morris, e perguntou: “você acredita em Deus?”. Morris respondeu que não, e Weise mirou em outra pessoa e continuou o massacre, só sendo parado ao sair da escola e trocar tiros com a polícia por 4 minutos, sendo acertado por dois deles e acabando com a própria vida após se esconder numa sala.

Fabeltjesland

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Frase: “Eu tenho uma pergunta”
Aos 16, Kim De Gelder era um jovem normal, ou nem tanto, já que só usava roupas pretas e era aficcionado por filmes de terror. Um de seus favoritos, apesar de não ser de terror, era o Dark Knight de Christopher Nolan, que teve o falecido Heath Ledger como Coringa, numa performance teatral que deixou muito fãs impressionados e, supostamente, até enlouqueceu Ledger.
Em 23 de janeiro de 2009, exatamente um ano após o dia em que Ledger morreu, Gelder entrou no Fabeltjesland Daycare Center, uma enfermaria-creche na Bélgica, e atacou várias criancinhas usando um faca. Usava uma roupa semelhante à do Coringa no filme e tinha o rosto pintado de branco e o cabelo de vermelho. Entrou numa sala e esfaqueou 18 crianças com menos de 3 anos, e dois bebês com menos de 1. Fugiu do local, mas foi capturado pela polícia em uma cidade próxima, com três facas e um machado.
Apresentava um comportamento histérico, com acessos de risadas nervosas e sorrisos estranhos. Quando perguntaram o que ele estava fazendo, apenas respondeu “eu tenho uma pergunta a fazer”, também uma citação ao filme, quando Coringa diz: “eu tenho apenas uma pergunta: Onde está Harvey Dent?”. Apesar de todas essas óbvias e escancaradas analogias, a polícia belga não vê relação entre o filme e o assassino.

Columbine

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Frase: “Você acredita em Deus?”
Talvez o mais famoso dos episódios de tiroteios em escolas, o massacre de Columbine, que aconteceu em 1999, gerou uma cobertura massiva da mídia e até a produção de filmes discutindo o episódio, como “Elephant” e “Tiros em Columbine”. Sendo um dos mais longos tiroteios em escolas, durando 49 minutos, dois jovens – chamados Eric Harris e Dylan Klebold – levaram diversas armas e um arsenal completo para a escola onde estudavam, ferindo 22 pessoas e matando 13, frequentemente dizendo coisas e fazendo perguntas antes de atirar, a principal delas, “você acredita em Deus?”.
Depois de entrar na biblioteca, onde várias pessoas estavam escondidas, encontraram um conhecido, que os perguntou “o que vocês estão fazendo?”, e eles responderam tranquilamente “apenas atirando em pessoas”. Depois que a adrenalina do massacre começou a passar, Klebold afirmou que estava se sentindo entediado e estava pensando em começar a matar as pessoas usando uma faca, mas ao invés disso a dupla teria ido para a biblioteca, contado do 3 ao 0 e se matado simultaneamente. A SWAT só entrou no local três horas depois, de forma que os assassinos poderiam ter matado muito mais pessoas se quisessem.

École Polytechnique

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Frase: “Eu estou lutando contra o feminismo”
Em 1989, Marc Lépine, um jovem de 25 anos, entrou na escola usando um chapéu branco e um rifle semi-automático, além de uma faca. Chegou até uma sala de engenharia mecânica onde ordenou que homens e mulheres ficassem separados, o que formou um grupo de 15 rapazes e 9 garotas. Então mandou que os homens saíssem do local, e proferiu seu discurso:
“Eu estou lutando contra o feminismo. Vocês são mulheres, e serão engenheiras. Vocês são um bando de feministas. Eu odeio feministas”, falou, matando 6 das mulheres e ferindo outras 3. Depois disso, saiu pelos corredores mirando em mulheres e atirando a esmo, chegando a entrar numa cafeteria com mais de 100 pessoas e matando vítimas escolhidas.
Depois de esfaquear uma mulher, Lépine cometeu suicídio, tendo ferido 28 pessoas e assassinado 14 mulheres.

Frontier Middle School

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Frase: “Isso com certeza dá um pau em álgebra, não é mesmo?”
Em 2 de fevereiro de 1996, um garoto de 14 anos chamado “Barry Loukaitis” entrou em sua scola e matou seu professor de álgebra (matemática) e dois alunos. Estava vestido como um cowboy e tinha um rifle e duas pistolas. A frase foi uma citação do livro “Rage”, de Stephen King, que foi publicado em 1977 e fala sobre um estudante que mata seu professor de álgebra.

Escola Municipal Tasso da Silveira (massacre de Realengo)

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Frase: “A luta pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem”
Essa infeliz adaptação brasileira para os ataques terroristas em escolas foi obra de Wellington Oliveira, onde havia estudado quando criança, entrando numa sala de oitava série e matando 10 garotas e 2 garotos. Oliveira parecia atirar nos garotos apenas para imobilizá-los, tendo como alvo principal as garotas.
Um policial viu tudo acontecendo e confrontou o maníaco, dando um tiro em sua perna e outro em seu estômago, o que o fez cometer suicídio. “Tinha sangue no chão, nas paredes, nas cadeiras, parecia coisa dos Estados Unidos”, disse um bombeiro que foi até o local.

vivimetaliun.wordpress.com

04
Ago16

Educadoras Libertárias - Louise Michel, a educadora libertária da Comuna de Paris

António Garrochinho





Nossa terceira educadora da Série Educadoras Libertária é a francesa Louise Michel, a educadora da Comuna de Paris de 1871. Louise nasceu na cidade francesa de Vroncourt, no dia 29 de Maio de 1830, foi professora, enfermeira, escritora e uma das mais importantes comunard( participante da comuna) responsável pela organização da educação na Comuna, de onde se reconheceu como anarquista.  Para realizar este post utilizamos o material disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Louise_Michel

A  jovem Educadora 




É na adolescência que Louise Michel tem contato com as obras de filósofos como Rousseau e Voltaire. Após a morte de seu avô em 1850, muda-se para Chaumont onde realiza o curso de magistério, mas é impedida de lecionar nas escolas estatais por se recusar a jurar lealdade para Napoleão III. Torna-se uma anti-bonapartista.

Em 1852, aos 22 anos ela funda uma escola livre na cidade de Audeloncourt onde permanece lecionando por um ano. Nesta escola Louise ensina seus alunos princípios republicanos, a cantar a Marselhesa( hino dos revolucionários), mas a escola é fechada por pressão das autoridades. Louise não desiste, em 1854 ela abre outra escola, desta vez em Clefmont, mas também esta escola é fechada pelo governo em função do seu caráter republicano e revolucionário.

Em 1856 ela vai para Paris onde leciona em um Colégio interno para moças em Montmartre, ao mesmo tempo mantém sua militancia junto à grupos revolucionários. Durante 15 anos trabalha no ensino, onde funda escolas e gradualmente vai se tornando favorável a novas ideias em matéria de educação com a criação de orfanatos laicos. Também tem interesse por literatura e publica textos e poemas com o pseudônimo de Enjolras. Conhece o famos escritor francês Victor Hugo, de quem se torna muito próxima. Participa dos ambientes revolucionários da época, torna-se integrante da Liga dos Poetas e em 1869 é escolhida secretária da Liga Democrática de Moralização que tinha o objetivo de ajudar os trabalhadores desempregados. Nessa época Louise se identifica com o blanquismo, corrente política de caráter republicano e socialista, fundada por Auguste Blanqui. Em pouco tempo ela abandona o blanquismo para se unir a ala mais radical da revolução, composta pelos anarquistas.

Louise Michel , a Communard libertária




Durante a Comuna de Paris de 1871, Louise Michel realizou diversas atividades, desde enfermeira nas frentes de batalha, passando por organizadora da instrução publica(educação) até combatente, inclusive vestindo a farda da guarda nacional, fato incomum para época, onde este traje era de uso exclusivo dos homens. Tomou parte dos combates de rua onde a tiros conseguiu libertar da detenção sua mãe que iria ser presa. Assistiu a morte por execução de muitos dos seus amigos, incluindo seu amante e companheiro Théophile Ferré, executado em 28 de novembro de 1871.

Com a derrota da Comuna Louise Michel é presa e levada a julgamento no VI Conselho de Guerra, sendo alvo de uma série de acusações, incluindo a tentativa de derrubada do governo e encorajar cidadãos a pegar em armas. De forma desafiadora no tribunal, ela reafirma seu compromisso com a Comuna e seus ideais, e desafia os juízes sentenciá-la a morte. Ela não é sentenciada a morte, mas passa vinte meses detida e posteriormente é condenada a deportação. Em agosto de 1873 ela parte em navio para uma viagem de 4 meses em direção de Nova Caledônia, ilha transformada em desterro pelo governo Francês, onde eram mantidos os presos polítcos. Nesse periodo a imprensa francesa a chama de forma satírica de La Louve Rouje (a Loba Vermelha).

Ainda no navio Louise se aproxima do prisioneiro Henri Rochefort e Nathalie Lemel, outra anarquista ativa durante a Comuna. Louise passa sete anos na ilha. Nesse período ela não abandonou seu trabalho militante e pedagógico. Se aproxima da população local, da etnia Kanak, cria a revista “Petites Affiches de la Nouvelle- Calédonie( Pequenas Cartas da Nova Caledônia) e publica o livro “Legendes et Chansons de gestes canaques” , onde compila os cantos e lendas dos nativos. Leciona para adultos e crianças, torna-se defensora dos Kanaks e toma parte na revolta de 1878. No ano seguinte ela recebe autorização das autoridades coloniais para lecionar para os filhos dos deportados.


O retorno à luta em Paris


Seu retorno a Paris se dá em 1880, após a anistia garantida aos Communards. Em 21 de novembro de 1880 é calorosamente recebida por uma multidão para a qual discursa. Ela retomará suas atividades militantes participando de eventos e reuniões como o Congresso anarquista de Londres em 1881. Após dois meses de sua chegada inicia a publicação do seu romance “La Misère” ( A Miséria) em fascículos, atingindo grande sucesso.

Em Março de 1882 durante reunião de libertários em Paris Louise propõe a separação entre os socialista- libertários e autoritários- como forma de se afastar dos parlamentares socialista e suas regras inequívocas. É nessa reunião que defende a adoção da bandeira negra como símbolo do anarquismo em contraste com a “bandeira vermelha encharcada com o sangue dos nossos combatentes”, defende ela.

Em 1883 após discursar em uma manifestação de desempregados que ao final saqueiam três panificadoras e entram em conflito com a polícia, Louise é presa e acusada de liderar os saques, levada a julgamento é condenada a seis anos de prisão,  dez de vigilância policial e proibida de discursar em publico. Mas não chega a cumprir a pena, três anos depois em 1886 é liberada ao mesmo tempo que Kropoktin e outros anarquistas notáveis, até então presos.

Depois deste breve período em liberdade é novamente encarcerada e condenada a mais 6 anos de prisão por fazer discursos inflamados. É liberada em janeiro de 1886 graças a intervenção de Clemenceau junto ao presidente da Reṕublica, Jules Grévy, para que pudesse ver sua mãe que estava morrendo. Em agosto do mesmo ano volta a ser presa por quatro meses após discursar em favor do mineiros de Decazeville junto com Paul Lafargue. Durante o julgamento é aconselhada a apelas, mas recusasse, sendo finalmente liberada em Novembro por conta de um indulto.

Em janeiro de 1887 discursa contra a pena de morte, em resposta a condenação de seu amigo Clément Duval. Em janeiro de 1888 após uma tarde falando para uma platéia lotada no teatro de Gaite, Louise Michel sofre um atentado levando dois tiros de pistola. Um dos tiros atinge superficialmente sua cabeça, mesmo sendo uma tentativa de assassinato Louise se recusa a apresentar queixa. Em abril de 1890, Louise é presa na Áustria após participar de um grande encontro libertário que acabou em manifestações violentas na cidade de Viena. Um mês depois de sua prisão, ela se recusa a ser libertada enquanto outros anarquistas com os quais discursava permanecem na prisão. Aos 60 anos Michel é libertada e deixa Viena indo para Paris e posteriormente para Londres, onde dirige uma escola libertária para crianças pequenas. Retornará a Paris somente cinco anos depois, em 1895, onde é novamente recebida e saudada por uma grande manifestação na estação de trem.

" O poder é maldito, é por isso que sou anarquista" 


Durante a última década de sua vida, Louise Michel torna-se conhecida como uma grande figura revolucionária libertária por anarquistas de toda a Europa. Realiza diversas conferências em Paris e outras nações. Em 1895, funda o Jornal “O Libertário” junto com Sébastién Faure.

Louise Michel viajava pela França realizando atividades em prol da causa libertária quando morreu aos 74 anos, acometida por uma forte pneumonia. Faleceu em Marsellha no dia 10 de janeiro de 1905 no quarto 11 do Hotel Oasis. Seu funeral em Paris atraiu uma multidão imensa de milhares de pessoas.


Louise Michel no final da vida, morreu lutando.


Louise Michel por sua trajetória de combatente da causa libertária entrou para a galeria das grandes anarquistas-libertárias. Seu legado encontra-se até hoje nos Estudos Femininos americanos que tratam das relações de gênero. Reconhecida por sua obra literária, repleta de poemas, contos e histórias, e também romances como “A Miséria”, no qual através de brilhante capacidade literária, deu visibilidade ao drama social vivenciado nos subúrbios de Paris.

Cabe destacar, fundamentalmente, o seu compromisso com a educação libertária. Educadora desde jovem, mesmo em condições difíceis como a guerra levado a cabo na Comuna de Paris e o exílio, foi capaz de reinventar a prática educativa acreditando no papel revolucionário da educação que serve de exemplo e legado para as novas gerações.

Homenagens




São diversas as homenagem que Louise Michel recebeu e ainda recebe em reconhecimento de sua luta. Até 1916 , todo aniversário de sua morte era lembrado junto ao seu túmulo em Levallois-Perret. Durante a Guerra Civil Espanhola, em 1936, um batalhão de Brigadas Internacionais composto por voluntárias francesas e belgas recebeu o nome de “Louise Michel”. Em setembro de 1937 a estação do Metro de Paris localizada em Lavallois -Perre recebeu seu nome em homenagem. Frequentemente seu nome é dado a escolas e jardins de infância em Paris. 

Em 28 de fevereiro de 1975 em sua homenagem a praça Wiilette recebeu seu nome. Também em sua homenagem recebe o nome de “Louise Michel” um importante prêmio conferido pelo centro de Estudos Políticos e Sociais em Paris, destinado aqueles que mais se destacam na promoção e diálogo e democracia na França.

Placa inaugurada em 2000 em lembrança dos 120 anos do retorno de Louise à Paris em 1880. A Louise MICHEL militante da Comuna deportada para Nova Caledônia. Anistiada, ela retornou pro Dieepe, em 9 de Novembro de 1880. "Ela é foice, trigo maduro para pão branco" Paul Verlaine

Em 2005 foi comemorado o centésimo aniversário da morte de Louise Michel, na ocasião duas conferência prestaram homenagem. O evento reuniu 22 especialistas na vida e obra de Louise que trataram de sua personalidade. Na ocasião ainda foi encenada uma peça teatral escrita por Pierre Humbert.
Em 2009 estreou o longa-metragem francês “Louise Michel, a Rebelde” dirigido pro Sólveig Anspach. O Filme é focado no período em que Michel esteve na prisão na Nova Caledônia, após a queda da Comuna de Paris.


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04
Ago16

União das Mulheres na Comuna de Paris - A organização das mulheres na primeira revolução proletária da História

António Garrochinho













































"O ódio da burguesia à Comuna de Paris começou no próprio dia da sua proclamação, com toda a artilharia de cúmplices, jornalistas, padres, intelectuais, escritores/as e habituais fazedores de opinião. Os escritores notáveis posicionaram-se todos de forma aberta e virulenta contra a Comuna, à excepção de J. Vallès, A. Rimbaud, P. Verlaine e Villiers de l’Isle Adam. Nos discursos anti-Comuna as metáforas mais usuais aludem à bestialização e à doença – «animais ferozes», «urros selvagens», «epilepsia social», «febre epidémica»… Com imagens essencialistas e patológicas pretenderam destruir o sentido do acontecimento, retirar-lhe o conteúdo ideológico, despolitizá-lo.

E às mulheres, foi reservado um destaque particular: elas foram constantemente enxovalhadas, comparadas a «lobas», «hienas», «fanáticas», «imagem do crime e do vício», «bêbedas, debochadas, viragos, gatunas, de má vida…». As «pétroleuses», mulheres incendiárias, armadas de archote numa mão e de vasilha com petróleo na outra, foi abundantemente publicada na imprensa, uma imagem inventada pela calúnia reacionária que também serviu para esconder o efeito destrutivo das bombas incendiárias do exército de Versalhes, e para justificar o massacre e a condenação de muitas operárias."


Elas estão em todo o lado na defesa da Comuna e da revolução – nas oficinas, nas ambulâncias e cantinas, nos hospitais, clubes e associações, na redação de jornais e comités, nas escolas e nas barricadas – Chignon, Collin, Diblanc, Dmitrieff, Jaclard, Jacquier, Lachaise, Leloup, Le Mel, Marcand, Marchais, Michel, Perrier, Reclus, Suétens, Verdure, são alguns apelidos das centenas que participaram ativamente na primeira revolução proletária. Lavadeiras, costureiras, escoveiras, encadernadoras, cantineiras, sapateiras, combatentes e artilheiras, socorristas e enfermeiras, operárias, mestres, intelectuais e até aristocratas, sem excepção, foram condenadas, fuziladas, deportadas, exiladas, caluniadas. 














Pouco dias depois da proclamação da Comuna, trabalhava-se para constituir a (também) primeira organização de mulheres da História. A União das Mulheres foi uma das maiores associações da Comuna, distinta de qualquer outro movimento feminino pela sua importância numérica, pelo recrutamento jovem e operário, pelo funcionamento rigoroso e democrático, pela orientação marxista. Tal como acontecia aos elementos da Comuna, a maioria das mulheres mais destacadas da União tinha ligações à Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) e estava associada ao movimento socialista francês, integrando as suas diversas correntes políticas.

Nathalie Le Mel e Elisabeth Dmitrieff são as dirigentes que mais dinamizaram a União. A primeira, com 45 anos, é operária numa oficina de encadernação e aderiu à AIT em 1866, e na União ocupa-se principalmente das questões sociais. A segunda, com 20 anos, é uma revolucionária da secção russa da AIT. Meses antes, visitara Marx, em Londres, e este envia-a a Paris como representante do Conselho Geral da AIT. É precisamente com a sua chegada, no dia seguinte à proclamação da Comuna, que se iniciam as reuniões preparatórias que irão conduzir à constituição da União das Mulheres, onde Dmitrieff se ocupa das questões políticas, e em particular das medidas socialistas contra a exploração do trabalho das mulheres.

No Jornal Oficial de 11 de Abril é publicado um extenso Apelo às Cidadãs: sem direitos não queremos deveres, queremos trabalho sem exploradores e sem patrões – o meio para defender estes objectivos é lutar contra o inimigo. Termina com um convite para a reunião onde se decidirá da formação dos Comités de Arrondissements (divisão administrativa urbana) e da organização do movimento de mulheres para a defesa de Paris. Subscrevem-no: Nathalie Le Mel (encadernadora), Elisabeth Dmitrieff, Marceline Leloup (costureira), Blanche Lefèvre (lavadeira), Aline Jacquier (encadernadora), Thérèse Collin (sapateira) e Aglaë Jarry. Nessa noite é formalmente constituída a União das Mulheres para a Defesa de Paris e o Cuidado dos Feridos e são estabelecidos os 20 Comités de Distrito.

Três dias depois, os estatutos subscritos pelas «cidadãs delegadas membros do comité central das cidadãs, Adélaïde Valentin, Noémie Colleuille, Marcand, Sophie Graix, Joséphine Pratt, Céline Delvainquier, Aimée Delvainquier, Elisabeth Dmitrieff», todas operárias à excepção de Dmitrieff, são publicados em diversos jornais.

É definido o dever imediato: combater pela «grande causa do povo, pela Revolução», «resistência colectiva de toda a população» para assegurar o triunfo da luta para a «renovação social completa, assegurando o reinado do trabalho e da justiça». Mas sobretudo, se tomarmos em consideração as pronunciações que até aí se reclamavam do feminismo, uma nova e explícita referência à igualdade – quem se aproveita do antagonismo (criado e mantido) entre homem e mulher?

«A Comuna representa o grande princípio proclamando a eliminação de todo o privilégio, de toda a desigualdade – e por isso, deve ter em conta as reclamações justas de toda a população, sem distinção de sexo – distinção criada e mantida pela necessidade de antagonismo sobre o qual se apoiam os privilégios das classes governantes».

O programa da União exige a educação das raparigas e a sua formação profissional, a educação gratuita e laica para todas as crianças. As revolucionárias peticionam à Comuna a criação de orfanatos laicos, de creches para ajudar as mães solteiras a não cair na prostituição, e a substituição das religiosas dos hospitais e das prisões. A prostituição considerada como «forma de exploração comercial de criaturas humanas por outras criaturas humanas» é banida pela Comuna.





































O trabalho das mulheres 

Em França, as mais exploradas dos explorados representavam 33 por cento da população activa, concentradas nas manufacturas têxteis, ao domicílio e nas oficinas, em outras actividades artesanais, como o calçado e a encadernação, e também nas minas ou na construção do caminho-de-ferro, com jornadas de trabalho de 14 horas, ou mais, em condições sub-humanas e com salários de miséria. Uma miséria negra que só a prostituição ocasional poderia atenuar…

O Programa da União destaca o valor social e económico do trabalho das mulheres e a formação de comités locais para organizar o movimento de mulheres na defesa de Paris.

A Comissão Executiva do Comité Central da União foi eleita pelas representantes de cada Distrito, e foram recrutadas mais de mil socorristas (empregadas de ambulância) que ganhavam o mesmo salário e a mesma ração que os homens da Guarda Nacional – salário igual para trabalho igual, o mesmo princípio que fixou o salário nas oficinas municipais e de professoras e professores.

Para as medidas de protecção social e do trabalho das operárias Élisabeth Dmitrieff tem a ajuda do delegado eleito da Comissão do Trabalho e do Comércio da Comuna, Léo Frankel, ourives, sindicalista francês de origem húngara e membro da AIT.

Apoiando-se mutuamente, escrevem o relatório «O trabalho da mulher sendo o mais explorado, a sua reorganização imediata é urgente». Em Maio, a União das Mulheres inicia uma acção de organização do trabalho das mulheres, para retirar «o trabalho do jugo do capital» com a constituição das «associações produtivas livres», a «diminuição das horas de trabalho», cuidando da supressão de toda a concorrência entre os «trabalhadores dos dois sexos» tendo em conta o seu interesse comum.

Ambos consideram que organização de classe das trabalhadoras está ainda numa fase embrionária e dirigem apelos às operárias para a sua sindicalização. 

Nas barricadas contra a invasão 

No dia 20 de Maio, foram afixados os apelos para a «formação definitiva dos sindicatos femininos», a União convida as operárias de todas as corporações para a reunião de constituição dos sindicatos das trabalhadoras. A reunião é marcada para o dia seguinte… mas começam os combates contra as tropas de Versalhes, e Dmitrieff teria de lançar outro apelo: «É preciso reunir todas as mulheres, às barricadas!»

A defesa das barricadas de Clignancourt, de Batignolles, rua Lepic, Racine, École de Médecine, da Place Blanche e de Pigalle, esteve a cargo das mulheres do Comité de Vigilância das Cidadãs, dos Comités de Distrito e do Comité Central da União das Mulheres, entre elas, Anne Poustovoïtova, Béatrix Excoffon, Blanche Lefebvre, Elisabeth Dmitrieff, Louise Michel, Malvina Poulain, Marguerite Diblanc e Nathalie Le Mel.

A 25 de Maio, depois de a Guarda Nacional ter abandonado a barricada da rua Château-d’Eau, um batalhão de 52 mulheres armadas retomou o combate com gritos «Viva a Comuna!». Cercadas e desarmadas foram de imediato fuziladas. A 600 metros, na barricada Folie Méricourt, outras 50 combatentes foram também chacinadas.

O período de 21 a 28 de Maio ficará conhecido pela «semana sangrenta», homens e mulheres, crianças e velhos defendem nas últimas barricadas a bandeira vermelha da Comuna, e só os/as operários/as se mantiveram fiéis até ao fim.

Foi o massacre sistemático dos revolucionários – são mortos mais de 20 mil. Não chegava vencer a insurreição, era preciso castigar e fazer da revolução um banho de sangue. A burguesia europeia aplaude…

Adolphe Thiers, chefe do governo de Versalhes, proclama: «Agora o comunismo está morto para sempre!». Thiers, o carniceiro do povo de Paris, dos combates sangrentos, das execuções sumárias, das prisões arbitrárias, dos processos expeditos de condenação à morte, das deportações… Foram a julgamento cerca de mil mulheres, a maioria foi condenada, mais de 750 eram operárias.

O ódio da burguesia à Comuna de Paris começou no próprio dia da sua proclamação, com toda a artilharia de cúmplices, jornalistas, padres, intelectuais, escritores/as e habituais fazedores de opinião. Os escritores notáveis posicionaram-se todos de forma aberta e virulenta contra a Comuna, à excepção de J. Vallès, A. Rimbaud, P. Verlaine e Villiers de l’Isle Adam. Nos discursos anti-Comuna as metáforas mais usuais aludem à bestialização e à doença – «animais ferozes», «urros selvagens», «epilepsia social», «febre epidémica»… Com imagens essencialistas e patológicas pretenderam destruir o sentido do acontecimento, retirar-lhe o conteúdo ideológico, despolitizá-lo.

E às mulheres, foi reservado um destaque particular: elas foram constantemente enxovalhadas, comparadas a «lobas», «hienas», «fanáticas», «imagem do crime e do vício», «bêbedas, debochadas, viragos, gatunas, de má vida…». As «pétroleuses», mulheres incendiárias, armadas de archote numa mão e de vasilha com petróleo na outra, foi abundantemente publicada na imprensa, uma imagem inventada pela calúnia reacionária que também serviu para esconder o efeito destrutivo das bombas incendiárias do exército de Versalhes, e para justificar o massacre e a condenação de muitas operárias.






















Os ensinamentos

Ao primeiro governo operário da História coube o «mérito de ter tomado as primeiras medidas verdadeiramente a favor da emancipação da mulher» (Conferência do PCP «A Emancipação da Mulher no Portugal de Abril», 1986).

O exemplo do primeiro governo operário autenticamente popular foi particularmente valorizado por Marx, Engels e Lénine quanto à questão do Estado. A Comuna provou que «a classe operária não pode simplesmente tomar posse da máquina do Estado [que encontra] montada e pô-la em movimento para os seus objectivos próprios» (K. Marx, F. Engels, Manifesto do Partido Comunista, Prefácio à Edição Alemã, 1972) – é necessário criar um novo tipo de Estado, «transformar os meios de produção, a terra e o trabalho, em instrumentos do trabalho livre e associado».

Lénine refere a falta de uma «organização política séria do proletariado», sem grandes sindicatos ou associações cooperativas, e sobretudo a falta de tempo – a Comuna só teve tempo para pensar na sua própria defesa. Todas as medidas de carácter prático e toda a legislação social da Comuna, corresponderam ao que designou por «programa mínimo do socialismo» (A Comuna de Paris e as Tarefas da Ditadura Democrática, 1905).

Tal como a emancipação da classe operária não poderá ter lugar no quadro do capitalismo (Karl Marx), também «a emancipação da mulher, como a de todo o género humano, só se tornará realidade no dia em que o trabalho se emancipar do capital» (Clara Zetkin).




Fonte: Avante




04
Ago16

União das Mulheres na Comuna de Paris - A organização das mulheres na primeira revolução proletária da História

António Garrochinho














































"O ódio da burguesia à Comuna de Paris começou no próprio dia da sua proclamação, com toda a artilharia de cúmplices, jornalistas, padres, intelectuais, escritores/as e habituais fazedores de opinião. Os escritores notáveis posicionaram-se todos de forma aberta e virulenta contra a Comuna, à excepção de J. Vallès, A. Rimbaud, P. Verlaine e Villiers de l’Isle Adam. Nos discursos anti-Comuna as metáforas mais usuais aludem à bestialização e à doença – «animais ferozes», «urros selvagens», «epilepsia social», «febre epidémica»… Com imagens essencialistas e patológicas pretenderam destruir o sentido do acontecimento, retirar-lhe o conteúdo ideológico, despolitizá-lo.

E às mulheres, foi reservado um destaque particular: elas foram constantemente enxovalhadas, comparadas a «lobas», «hienas», «fanáticas», «imagem do crime e do vício», «bêbedas, debochadas, viragos, gatunas, de má vida…». As «pétroleuses», mulheres incendiárias, armadas de archote numa mão e de vasilha com petróleo na outra, foi abundantemente publicada na imprensa, uma imagem inventada pela calúnia reacionária que também serviu para esconder o efeito destrutivo das bombas incendiárias do exército de Versalhes, e para justificar o massacre e a condenação de muitas operárias."


Elas estão em todo o lado na defesa da Comuna e da revolução – nas oficinas, nas ambulâncias e cantinas, nos hospitais, clubes e associações, na redação de jornais e comités, nas escolas e nas barricadas – Chignon, Collin, Diblanc, Dmitrieff, Jaclard, Jacquier, Lachaise, Leloup, Le Mel, Marcand, Marchais, Michel, Perrier, Reclus, Suétens, Verdure, são alguns apelidos das centenas que participaram ativamente na primeira revolução proletária. Lavadeiras, costureiras, escoveiras, encadernadoras, cantineiras, sapateiras, combatentes e artilheiras, socorristas e enfermeiras, operárias, mestres, intelectuais e até aristocratas, sem excepção, foram condenadas, fuziladas, deportadas, exiladas, caluniadas. 














Pouco dias depois da proclamação da Comuna, trabalhava-se para constituir a (também) primeira organização de mulheres da História. A União das Mulheres foi uma das maiores associações da Comuna, distinta de qualquer outro movimento feminino pela sua importância numérica, pelo recrutamento jovem e operário, pelo funcionamento rigoroso e democrático, pela orientação marxista. Tal como acontecia aos elementos da Comuna, a maioria das mulheres mais destacadas da União tinha ligações à Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) e estava associada ao movimento socialista francês, integrando as suas diversas correntes políticas.

Nathalie Le Mel e Elisabeth Dmitrieff são as dirigentes que mais dinamizaram a União. A primeira, com 45 anos, é operária numa oficina de encadernação e aderiu à AIT em 1866, e na União ocupa-se principalmente das questões sociais. A segunda, com 20 anos, é uma revolucionária da secção russa da AIT. Meses antes, visitara Marx, em Londres, e este envia-a a Paris como representante do Conselho Geral da AIT. É precisamente com a sua chegada, no dia seguinte à proclamação da Comuna, que se iniciam as reuniões preparatórias que irão conduzir à constituição da União das Mulheres, onde Dmitrieff se ocupa das questões políticas, e em particular das medidas socialistas contra a exploração do trabalho das mulheres.

No Jornal Oficial de 11 de Abril é publicado um extenso Apelo às Cidadãs: sem direitos não queremos deveres, queremos trabalho sem exploradores e sem patrões – o meio para defender estes objectivos é lutar contra o inimigo. Termina com um convite para a reunião onde se decidirá da formação dos Comités de Arrondissements (divisão administrativa urbana) e da organização do movimento de mulheres para a defesa de Paris. Subscrevem-no: Nathalie Le Mel (encadernadora), Elisabeth Dmitrieff, Marceline Leloup (costureira), Blanche Lefèvre (lavadeira), Aline Jacquier (encadernadora), Thérèse Collin (sapateira) e Aglaë Jarry. Nessa noite é formalmente constituída a União das Mulheres para a Defesa de Paris e o Cuidado dos Feridos e são estabelecidos os 20 Comités de Distrito.

Três dias depois, os estatutos subscritos pelas «cidadãs delegadas membros do comité central das cidadãs, Adélaïde Valentin, Noémie Colleuille, Marcand, Sophie Graix, Joséphine Pratt, Céline Delvainquier, Aimée Delvainquier, Elisabeth Dmitrieff», todas operárias à excepção de Dmitrieff, são publicados em diversos jornais.

É definido o dever imediato: combater pela «grande causa do povo, pela Revolução», «resistência colectiva de toda a população» para assegurar o triunfo da luta para a «renovação social completa, assegurando o reinado do trabalho e da justiça». Mas sobretudo, se tomarmos em consideração as pronunciações que até aí se reclamavam do feminismo, uma nova e explícita referência à igualdade – quem se aproveita do antagonismo (criado e mantido) entre homem e mulher?

«A Comuna representa o grande princípio proclamando a eliminação de todo o privilégio, de toda a desigualdade – e por isso, deve ter em conta as reclamações justas de toda a população, sem distinção de sexo – distinção criada e mantida pela necessidade de antagonismo sobre o qual se apoiam os privilégios das classes governantes».

O programa da União exige a educação das raparigas e a sua formação profissional, a educação gratuita e laica para todas as crianças. As revolucionárias peticionam à Comuna a criação de orfanatos laicos, de creches para ajudar as mães solteiras a não cair na prostituição, e a substituição das religiosas dos hospitais e das prisões. A prostituição considerada como «forma de exploração comercial de criaturas humanas por outras criaturas humanas» é banida pela Comuna.





































O trabalho das mulheres 

Em França, as mais exploradas dos explorados representavam 33 por cento da população activa, concentradas nas manufacturas têxteis, ao domicílio e nas oficinas, em outras actividades artesanais, como o calçado e a encadernação, e também nas minas ou na construção do caminho-de-ferro, com jornadas de trabalho de 14 horas, ou mais, em condições sub-humanas e com salários de miséria. Uma miséria negra que só a prostituição ocasional poderia atenuar…

O Programa da União destaca o valor social e económico do trabalho das mulheres e a formação de comités locais para organizar o movimento de mulheres na defesa de Paris.

A Comissão Executiva do Comité Central da União foi eleita pelas representantes de cada Distrito, e foram recrutadas mais de mil socorristas (empregadas de ambulância) que ganhavam o mesmo salário e a mesma ração que os homens da Guarda Nacional – salário igual para trabalho igual, o mesmo princípio que fixou o salário nas oficinas municipais e de professoras e professores.

Para as medidas de protecção social e do trabalho das operárias Élisabeth Dmitrieff tem a ajuda do delegado eleito da Comissão do Trabalho e do Comércio da Comuna, Léo Frankel, ourives, sindicalista francês de origem húngara e membro da AIT.

Apoiando-se mutuamente, escrevem o relatório «O trabalho da mulher sendo o mais explorado, a sua reorganização imediata é urgente». Em Maio, a União das Mulheres inicia uma acção de organização do trabalho das mulheres, para retirar «o trabalho do jugo do capital» com a constituição das «associações produtivas livres», a «diminuição das horas de trabalho», cuidando da supressão de toda a concorrência entre os «trabalhadores dos dois sexos» tendo em conta o seu interesse comum.

Ambos consideram que organização de classe das trabalhadoras está ainda numa fase embrionária e dirigem apelos às operárias para a sua sindicalização. 

Nas barricadas contra a invasão 

No dia 20 de Maio, foram afixados os apelos para a «formação definitiva dos sindicatos femininos», a União convida as operárias de todas as corporações para a reunião de constituição dos sindicatos das trabalhadoras. A reunião é marcada para o dia seguinte… mas começam os combates contra as tropas de Versalhes, e Dmitrieff teria de lançar outro apelo: «É preciso reunir todas as mulheres, às barricadas!»

A defesa das barricadas de Clignancourt, de Batignolles, rua Lepic, Racine, École de Médecine, da Place Blanche e de Pigalle, esteve a cargo das mulheres do Comité de Vigilância das Cidadãs, dos Comités de Distrito e do Comité Central da União das Mulheres, entre elas, Anne Poustovoïtova, Béatrix Excoffon, Blanche Lefebvre, Elisabeth Dmitrieff, Louise Michel, Malvina Poulain, Marguerite Diblanc e Nathalie Le Mel.

A 25 de Maio, depois de a Guarda Nacional ter abandonado a barricada da rua Château-d’Eau, um batalhão de 52 mulheres armadas retomou o combate com gritos «Viva a Comuna!». Cercadas e desarmadas foram de imediato fuziladas. A 600 metros, na barricada Folie Méricourt, outras 50 combatentes foram também chacinadas.

O período de 21 a 28 de Maio ficará conhecido pela «semana sangrenta», homens e mulheres, crianças e velhos defendem nas últimas barricadas a bandeira vermelha da Comuna, e só os/as operários/as se mantiveram fiéis até ao fim.

Foi o massacre sistemático dos revolucionários – são mortos mais de 20 mil. Não chegava vencer a insurreição, era preciso castigar e fazer da revolução um banho de sangue. A burguesia europeia aplaude…

Adolphe Thiers, chefe do governo de Versalhes, proclama: «Agora o comunismo está morto para sempre!». Thiers, o carniceiro do povo de Paris, dos combates sangrentos, das execuções sumárias, das prisões arbitrárias, dos processos expeditos de condenação à morte, das deportações… Foram a julgamento cerca de mil mulheres, a maioria foi condenada, mais de 750 eram operárias.

O ódio da burguesia à Comuna de Paris começou no próprio dia da sua proclamação, com toda a artilharia de cúmplices, jornalistas, padres, intelectuais, escritores/as e habituais fazedores de opinião. Os escritores notáveis posicionaram-se todos de forma aberta e virulenta contra a Comuna, à excepção de J. Vallès, A. Rimbaud, P. Verlaine e Villiers de l’Isle Adam. Nos discursos anti-Comuna as metáforas mais usuais aludem à bestialização e à doença – «animais ferozes», «urros selvagens», «epilepsia social», «febre epidémica»… Com imagens essencialistas e patológicas pretenderam destruir o sentido do acontecimento, retirar-lhe o conteúdo ideológico, despolitizá-lo.

E às mulheres, foi reservado um destaque particular: elas foram constantemente enxovalhadas, comparadas a «lobas», «hienas», «fanáticas», «imagem do crime e do vício», «bêbedas, debochadas, viragos, gatunas, de má vida…». As «pétroleuses», mulheres incendiárias, armadas de archote numa mão e de vasilha com petróleo na outra, foi abundantemente publicada na imprensa, uma imagem inventada pela calúnia reacionária que também serviu para esconder o efeito destrutivo das bombas incendiárias do exército de Versalhes, e para justificar o massacre e a condenação de muitas operárias.






















Os ensinamentos

Ao primeiro governo operário da História coube o «mérito de ter tomado as primeiras medidas verdadeiramente a favor da emancipação da mulher» (Conferência do PCP «A Emancipação da Mulher no Portugal de Abril», 1986).

O exemplo do primeiro governo operário autenticamente popular foi particularmente valorizado por Marx, Engels e Lénine quanto à questão do Estado. A Comuna provou que «a classe operária não pode simplesmente tomar posse da máquina do Estado [que encontra] montada e pô-la em movimento para os seus objectivos próprios» (K. Marx, F. Engels, Manifesto do Partido Comunista, Prefácio à Edição Alemã, 1972) – é necessário criar um novo tipo de Estado, «transformar os meios de produção, a terra e o trabalho, em instrumentos do trabalho livre e associado».

Lénine refere a falta de uma «organização política séria do proletariado», sem grandes sindicatos ou associações cooperativas, e sobretudo a falta de tempo – a Comuna só teve tempo para pensar na sua própria defesa. Todas as medidas de carácter prático e toda a legislação social da Comuna, corresponderam ao que designou por «programa mínimo do socialismo» (A Comuna de Paris e as Tarefas da Ditadura Democrática, 1905).

Tal como a emancipação da classe operária não poderá ter lugar no quadro do capitalismo (Karl Marx), também «a emancipação da mulher, como a de todo o género humano, só se tornará realidade no dia em que o trabalho se emancipar do capital» (Clara Zetkin).




Fonte: Avante




04
Ago16

União das Mulheres na Comuna de Paris - A organização das mulheres na primeira revolução proletária da História

António Garrochinho
















































"O ódio da burguesia à Comuna de Paris começou no próprio dia da sua proclamação, com toda a artilharia de cúmplices, jornalistas, padres, intelectuais, escritores/as e habituais fazedores de opinião. Os escritores notáveis posicionaram-se todos de forma aberta e virulenta contra a Comuna, à excepção de J. Vallès, A. Rimbaud, P. Verlaine e Villiers de l’Isle Adam. Nos discursos anti-Comuna as metáforas mais usuais aludem à bestialização e à doença – «animais ferozes», «urros selvagens», «epilepsia social», «febre epidémica»… Com imagens essencialistas e patológicas pretenderam destruir o sentido do acontecimento, retirar-lhe o conteúdo ideológico, despolitizá-lo.

E às mulheres, foi reservado um destaque particular: elas foram constantemente enxovalhadas, comparadas a «lobas», «hienas», «fanáticas», «imagem do crime e do vício», «bêbedas, debochadas, viragos, gatunas, de má vida…». As «pétroleuses», mulheres incendiárias, armadas de archote numa mão e de vasilha com petróleo na outra, foi abundantemente publicada na imprensa, uma imagem inventada pela calúnia reacionária que também serviu para esconder o efeito destrutivo das bombas incendiárias do exército de Versalhes, e para justificar o massacre e a condenação de muitas operárias."




Elas estão em todo o lado na defesa da Comuna e da revolução – nas oficinas, nas ambulâncias e cantinas, nos hospitais, clubes e associações, na redação de jornais e comités, nas escolas e nas barricadas – Chignon, Collin, Diblanc, Dmitrieff, Jaclard, Jacquier, Lachaise, Leloup, Le Mel, Marcand, Marchais, Michel, Perrier, Reclus, Suétens, Verdure, são alguns apelidos das centenas que participaram ativamente na primeira revolução proletária. Lavadeiras, costureiras, escoveiras, encadernadoras, cantineiras, sapateiras, combatentes e artilheiras, socorristas e enfermeiras, operárias, mestres, intelectuais e até aristocratas, sem excepção, foram condenadas, fuziladas, deportadas, exiladas, caluniadas. 














Pouco dias depois da proclamação da Comuna, trabalhava-se para constituir a (também) primeira organização de mulheres da História. A União das Mulheres foi uma das maiores associações da Comuna, distinta de qualquer outro movimento feminino pela sua importância numérica, pelo recrutamento jovem e operário, pelo funcionamento rigoroso e democrático, pela orientação marxista. Tal como acontecia aos elementos da Comuna, a maioria das mulheres mais destacadas da União tinha ligações à Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) e estava associada ao movimento socialista francês, integrando as suas diversas correntes políticas.

Nathalie Le Mel e Elisabeth Dmitrieff são as dirigentes que mais dinamizaram a União. A primeira, com 45 anos, é operária numa oficina de encadernação e aderiu à AIT em 1866, e na União ocupa-se principalmente das questões sociais. A segunda, com 20 anos, é uma revolucionária da secção russa da AIT. Meses antes, visitara Marx, em Londres, e este envia-a a Paris como representante do Conselho Geral da AIT. É precisamente com a sua chegada, no dia seguinte à proclamação da Comuna, que se iniciam as reuniões preparatórias que irão conduzir à constituição da União das Mulheres, onde Dmitrieff se ocupa das questões políticas, e em particular das medidas socialistas contra a exploração do trabalho das mulheres.

No Jornal Oficial de 11 de Abril é publicado um extenso Apelo às Cidadãs: sem direitos não queremos deveres, queremos trabalho sem exploradores e sem patrões – o meio para defender estes objectivos é lutar contra o inimigo. Termina com um convite para a reunião onde se decidirá da formação dos Comités de Arrondissements (divisão administrativa urbana) e da organização do movimento de mulheres para a defesa de Paris. Subscrevem-no: Nathalie Le Mel (encadernadora), Elisabeth Dmitrieff, Marceline Leloup (costureira), Blanche Lefèvre (lavadeira), Aline Jacquier (encadernadora), Thérèse Collin (sapateira) e Aglaë Jarry. Nessa noite é formalmente constituída a União das Mulheres para a Defesa de Paris e o Cuidado dos Feridos e são estabelecidos os 20 Comités de Distrito.

Três dias depois, os estatutos subscritos pelas «cidadãs delegadas membros do comité central das cidadãs, Adélaïde Valentin, Noémie Colleuille, Marcand, Sophie Graix, Joséphine Pratt, Céline Delvainquier, Aimée Delvainquier, Elisabeth Dmitrieff», todas operárias à excepção de Dmitrieff, são publicados em diversos jornais.

É definido o dever imediato: combater pela «grande causa do povo, pela Revolução», «resistência colectiva de toda a população» para assegurar o triunfo da luta para a «renovação social completa, assegurando o reinado do trabalho e da justiça». Mas sobretudo, se tomarmos em consideração as pronunciações que até aí se reclamavam do feminismo, uma nova e explícita referência à igualdade – quem se aproveita do antagonismo (criado e mantido) entre homem e mulher?

«A Comuna representa o grande princípio proclamando a eliminação de todo o privilégio, de toda a desigualdade – e por isso, deve ter em conta as reclamações justas de toda a população, sem distinção de sexo – distinção criada e mantida pela necessidade de antagonismo sobre o qual se apoiam os privilégios das classes governantes».

O programa da União exige a educação das raparigas e a sua formação profissional, a educação gratuita e laica para todas as crianças. As revolucionárias peticionam à Comuna a criação de orfanatos laicos, de creches para ajudar as mães solteiras a não cair na prostituição, e a substituição das religiosas dos hospitais e das prisões. A prostituição considerada como «forma de exploração comercial de criaturas humanas por outras criaturas humanas» é banida pela Comuna.





































O trabalho das mulheres 

Em França, as mais exploradas dos explorados representavam 33 por cento da população activa, concentradas nas manufacturas têxteis, ao domicílio e nas oficinas, em outras actividades artesanais, como o calçado e a encadernação, e também nas minas ou na construção do caminho-de-ferro, com jornadas de trabalho de 14 horas, ou mais, em condições sub-humanas e com salários de miséria. Uma miséria negra que só a prostituição ocasional poderia atenuar…

O Programa da União destaca o valor social e económico do trabalho das mulheres e a formação de comités locais para organizar o movimento de mulheres na defesa de Paris.

A Comissão Executiva do Comité Central da União foi eleita pelas representantes de cada Distrito, e foram recrutadas mais de mil socorristas (empregadas de ambulância) que ganhavam o mesmo salário e a mesma ração que os homens da Guarda Nacional – salário igual para trabalho igual, o mesmo princípio que fixou o salário nas oficinas municipais e de professoras e professores.

Para as medidas de protecção social e do trabalho das operárias Élisabeth Dmitrieff tem a ajuda do delegado eleito da Comissão do Trabalho e do Comércio da Comuna, Léo Frankel, ourives, sindicalista francês de origem húngara e membro da AIT.

Apoiando-se mutuamente, escrevem o relatório «O trabalho da mulher sendo o mais explorado, a sua reorganização imediata é urgente». Em Maio, a União das Mulheres inicia uma acção de organização do trabalho das mulheres, para retirar «o trabalho do jugo do capital» com a constituição das «associações produtivas livres», a «diminuição das horas de trabalho», cuidando da supressão de toda a concorrência entre os «trabalhadores dos dois sexos» tendo em conta o seu interesse comum.

Ambos consideram que organização de classe das trabalhadoras está ainda numa fase embrionária e dirigem apelos às operárias para a sua sindicalização. 

Nas barricadas contra a invasão 

No dia 20 de Maio, foram afixados os apelos para a «formação definitiva dos sindicatos femininos», a União convida as operárias de todas as corporações para a reunião de constituição dos sindicatos das trabalhadoras. A reunião é marcada para o dia seguinte… mas começam os combates contra as tropas de Versalhes, e Dmitrieff teria de lançar outro apelo: «É preciso reunir todas as mulheres, às barricadas!»

A defesa das barricadas de Clignancourt, de Batignolles, rua Lepic, Racine, École de Médecine, da Place Blanche e de Pigalle, esteve a cargo das mulheres do Comité de Vigilância das Cidadãs, dos Comités de Distrito e do Comité Central da União das Mulheres, entre elas, Anne Poustovoïtova, Béatrix Excoffon, Blanche Lefebvre, Elisabeth Dmitrieff, Louise Michel, Malvina Poulain, Marguerite Diblanc e Nathalie Le Mel.

A 25 de Maio, depois de a Guarda Nacional ter abandonado a barricada da rua Château-d’Eau, um batalhão de 52 mulheres armadas retomou o combate com gritos «Viva a Comuna!». Cercadas e desarmadas foram de imediato fuziladas. A 600 metros, na barricada Folie Méricourt, outras 50 combatentes foram também chacinadas.

O período de 21 a 28 de Maio ficará conhecido pela «semana sangrenta», homens e mulheres, crianças e velhos defendem nas últimas barricadas a bandeira vermelha da Comuna, e só os/as operários/as se mantiveram fiéis até ao fim.

Foi o massacre sistemático dos revolucionários – são mortos mais de 20 mil. Não chegava vencer a insurreição, era preciso castigar e fazer da revolução um banho de sangue. A burguesia europeia aplaude…

Adolphe Thiers, chefe do governo de Versalhes, proclama: «Agora o comunismo está morto para sempre!». Thiers, o carniceiro do povo de Paris, dos combates sangrentos, das execuções sumárias, das prisões arbitrárias, dos processos expeditos de condenação à morte, das deportações… Foram a julgamento cerca de mil mulheres, a maioria foi condenada, mais de 750 eram operárias.

O ódio da burguesia à Comuna de Paris começou no próprio dia da sua proclamação, com toda a artilharia de cúmplices, jornalistas, padres, intelectuais, escritores/as e habituais fazedores de opinião. Os escritores notáveis posicionaram-se todos de forma aberta e virulenta contra a Comuna, à excepção de J. Vallès, A. Rimbaud, P. Verlaine e Villiers de l’Isle Adam. Nos discursos anti-Comuna as metáforas mais usuais aludem à bestialização e à doença – «animais ferozes», «urros selvagens», «epilepsia social», «febre epidémica»… Com imagens essencialistas e patológicas pretenderam destruir o sentido do acontecimento, retirar-lhe o conteúdo ideológico, despolitizá-lo.

E às mulheres, foi reservado um destaque particular: elas foram constantemente enxovalhadas, comparadas a «lobas», «hienas», «fanáticas», «imagem do crime e do vício», «bêbedas, debochadas, viragos, gatunas, de má vida…». As «pétroleuses», mulheres incendiárias, armadas de archote numa mão e de vasilha com petróleo na outra, foi abundantemente publicada na imprensa, uma imagem inventada pela calúnia reacionária que também serviu para esconder o efeito destrutivo das bombas incendiárias do exército de Versalhes, e para justificar o massacre e a condenação de muitas operárias.






















Os ensinamentos

Ao primeiro governo operário da História coube o «mérito de ter tomado as primeiras medidas verdadeiramente a favor da emancipação da mulher» (Conferência do PCP «A Emancipação da Mulher no Portugal de Abril», 1986).

O exemplo do primeiro governo operário autenticamente popular foi particularmente valorizado por Marx, Engels e Lénine quanto à questão do Estado. A Comuna provou que «a classe operária não pode simplesmente tomar posse da máquina do Estado [que encontra] montada e pô-la em movimento para os seus objectivos próprios» (K. Marx, F. Engels, Manifesto do Partido Comunista, Prefácio à Edição Alemã, 1972) – é necessário criar um novo tipo de Estado, «transformar os meios de produção, a terra e o trabalho, em instrumentos do trabalho livre e associado».

Lénine refere a falta de uma «organização política séria do proletariado», sem grandes sindicatos ou associações cooperativas, e sobretudo a falta de tempo – a Comuna só teve tempo para pensar na sua própria defesa. Todas as medidas de carácter prático e toda a legislação social da Comuna, corresponderam ao que designou por «programa mínimo do socialismo» (A Comuna de Paris e as Tarefas da Ditadura Democrática, 1905).

Tal como a emancipação da classe operária não poderá ter lugar no quadro do capitalismo (Karl Marx), também «a emancipação da mulher, como a de todo o género humano, só se tornará realidade no dia em que o trabalho se emancipar do capital» (Clara Zetkin).




Fonte: Avante




04
Ago16

A família Pullan vive em Nova Delhi e é a maior família albina do planeta.

António Garrochinho


Um casal indiano entrou para o livro dos recordes, juntamente com seus filhos, depois de se tornarem a maior família albina do mundo.
Os dez membros da família Pullan, liderados por Rosetauri, 50, e sua esposa Mani, 45, têm a pele extremamente clara e cabelos quase brancos, bem diferente da maioria dos indianos, que possuem pele mais escura.
A família vive em um apartamento localizado em Nova Deli, e dizem que muitos indianos não conseguem acreditar que eles nasceram e foram criados no país.
Tudo o que sabemos é que não podemos enxergar corretamente, e não podemos sentar sob o sol por muito tempo, mas nós vivemos o melhor que podemos“, disse Roseturai.
O albinismo afeta aproximadamente uma em cada 17 mil pessoas. Albinos como os Pullans muitas vezes sofrem de miopia extrema e uma sensibilidade severa à luz.

vivimetaliun.wordpress.com
04
Ago16

O VOO PARA A MORTE DO ALFAIATE FRANZ REICHELT

António Garrochinho
A 4 de Fevereiro de 1912, um alfaiate austríaco chamado Franz Reichelt estava na Torre Eiffel em Paris com o propósito de testar o seu novo pára-quedas. O seu plano era subir ao topo da torre – a estrutura mais alta da época – e saltar. Se tudo funcionasse bem, Reichelt aterraria suavemente no chão.

































Conhecido como “o alfaiate voador”, Franz criou um traje 
para teoricamente voar ou flutuar levemente até o solo. 
Na época, os paraquedas ainda eram antiquados e 
inseguros, não sendo praticáveis para o uso na aviação.

Em julho de 1910, Reichelt começou a desenvolver 
o traje especial e apresentou o seu protótipo a um 
aeroclube francês, mas eles se recusaram a 
testá-lo, alegando que o mesmo não era resistente. 
Também o aconselharam a desistir do projeto.

Franz, então, decidiu testá-lo por conta própria. 
Inicialmente, obteve bons resultados atirando manequins 
vestidos com o estranho traje, do quinto andar do prédio 
onde morava. Mas os resultados ainda eram 
insatisfatórios. Ele queria os 10 mil francos oferecidos 
pelo L’Aero-Club de France como prêmio pelo melhor 
projeto de paraquedas apresentado. Refez cálculos e 
desenhos e apontou como problema a baixa altura das 
plataformas de testes. Decidiu então testar sua invenção 
na então estrutura mais alta do mundo: a Torre Eiffel.

No ano seguinte, depois de meses de insistência, Franz 
conseguiu autorização do prefeito da polícia de Paris 
para testar o seu traje, utilizando manequins.


As 7 horas da manhã do domingo de 4 de fevereiro 
de 1912, Franz Reichelt chegou de carro, acompanhado 
por dois amigos e os rumores espalhados dias antes 
foram confirmados: Franz iria ele mesmo vestir o traje e 
saltar. Apesar da tentativa de amigos e testemunhas em 
dissuadi-lo, Franz decidiu prosseguir com o teste. 
Indiferente ao frio de 0°C e do forte vento, centenas 
de pessoas se acotovelam aos pés da torre para 
assistirem ao salto. Duas câmeras de filmagem, algo 
raro na época, também estavam a postos para registar 
a façanha do alfaiate.

Precisamente às 08h22min, Franz saltou do primeiro 
pavimento da torre, situado a 60 metros de altura, de 
frente para o rio Sena. Após 5 segundos ele atingiu o 
solo, pois o traje falhou. O impacto foi tão forte que 
abriu um buraco no chão de 15 cm de profundidade.


Franz foi encontrado com o braço e a perna direita 
esmagados, o crânio e a coluna vertebral quebrados 
e os olhos dilatados de terror. Foi levado até o hospital 
Necker para a autópsia, que constatou que a causa 
mortis do alfaiate foi um ataque cardíaco durante a 
queda, morrendo antes mesmo de tocar no solo.

eis aqui o filme
VÍDEO
04
Ago16

MIMOS FUTEBOLÍSTICOS

António Garrochinho

PEQUENAS OFERTAS DE UMA EMPRESA (GALP) QUE DEVE MILHÕES AO ESTADO

A agência de viagens Cosmos que fretou os charters onde viajaram os secretários de Estado cobrava entre €1.400 e €1.700 para a final. Rocha Andrade terá usufruído de €2.190, a preços de tabela.


04
Ago16

O preconceito é uma cena lixada…

António Garrochinho


A SIC veio a Tróia fazer um favor publicitário/noticioso ao seu anunciante Sonae, e, uma vez mais, consegue a proeza de fazer crer que Troia é uma coisa assim perdida no meio do mar, sem nada à volta, cheia de gente e de animação todo o ano, como se aquela malta passasse ali o tempo todo sem vir à cidade — vejam lá, existe uma grande cidade — que há na outra margem.

O mais caricato é ouvir o dono do restaurante El Cristo a dizer que vai buscar peixe onde o há melhor, mas, depois, não dizem onde, não vão os turistas fugir da península para onde há peixe, para onde há gente e vida, isto quando é público que o homem vem de Elvas há décadas a Setúbal, diariamente, comprar peixe.

Falam do aumento do número de turistas, mas, claro, não aprofundam a ideia.

Não dá jeito.

É preciso fazer crer que esse aumento se deve à Sonae ou coisa assim, quando é notório que esse aumento apenas se deve ao esforço promocional que os municípios da região, com especial destaque para Setúbal, têm feito nos últimos anos.

Talvez na SIC, o que seria deveras estranho (há por lá gente nada e criada em Setúbal), se pense também, como dizia Belmiro de Azevedo há uns anos, que Setúbal é a margem pobre e mal cheirosa do Sado…

Deve ter sido por isso que os empresários com interesses naquela banda do Sado terão ido pedir ajuda aos chineses para ficarem com a maioria do capital do Casino de Troia, chineses/macaenses que, logo que aqui chegaram, entenderam o que todos os setubalenses entenderam há décadas: Tróia só existe quando se liga a Setúbal e aos setubalenses.

Infelizmente, a miopia que esta gente traz do Porto parece não ter mesmo forma de ser atenuada…

pracadobocage.wordpress.com
04
Ago16

15 PENTEADOS FEMININOS DA ERA VITORIANA

António Garrochinho
A Era Vitoriana durou 63 anos (1837 a 1901), e nesse longo período a moda teve suas pequenas mudanças, sempre mantendo o estilo vitoriano: cheio de pompa e circunstancia .
Confira a seguir algumas fotografias onde você pode ver o quê e como as mulheres da alta sociedade da época usavam nos cabelos.

















cafesempo.com.br
04
Ago16

O homem contratado para fazer sexo com adolescentes

António Garrochinho


 Nalgumas regiões remotas no sul do Malauí, no leste da África, é comum que as meninas paguem por sexo com um homem chamado "hiena" quando chegam à puberdade. 

A prática não é vista pelos mais velhos como estupro, mas como uma espécie de ritual de "purificação". No entanto, pode ter o efeito contrário: transmitir doenças.

A reportagem da BBC conversou com um desses homens. Confira.

Encontro com Eric Aniva no pátio empoeirado de seu casebre de três quartos no distrito de Nsanje, no sul do Malauí. Cabras e galinhas perambulam pela sujeira do lado de fora. Vestindo uma camisa verde encardida, ele vem à minha direção mancando e me cumprimenta com entusiasmo. Parece gostar da ideia de ter virado o centro das atenções.

Aniva é um notável "hiena" em seu vilarejo. Trata-se de uma alcunha dada a um homem contratado por comunidades em diversas partes remotas do Malauí para providenciar a chamada "purificação" sexual. Se um homem morre, por exemplo, sua mulher deve dormir com Aniva antes de poder enterrá-lo. Se outra sofre um aborto, de novo a "purificação sexual" é necessária.

Mas o mais chocante é que aqui em Nsanje, as meninas, depois de sua primeira menstrução, são obrigadas a manter relações sexuais durante três dias com Aniva para marcar a passagem da infância à vida adulta.

Caso se oponham, acredita-se que uma doença ou algum infortúnio fatal poderia acontecer com suas famílias ou com o vilarejo como um todo.

"Muitas das pessoas com quem me deitei são meninas em idade escolar", diz Aniva à BBC.

"Algumas meninas têm 12 ou 13 anos, mas eu prefiro as mais velhas. Todas essas meninas sentem prazer comigo. Elas ficam orgulhosas e dizem a outras pessoas que sou homem com H, sei como dar prazer a uma mulher".

Apesar disso, muitas meninas com quem conversei no vilarejo demonstram aversão ao ritual.

"Não havia nada que podia fazer. Tive de me submeter a isso para o bem dos meus pais", diz uma das meninas, Maria, para mim. "Se eu recusasse, minha família poderia ser atacada por doenças - e até morrer - então fiquei apavorada".

Elas me disseram que todas as suas amigas têm de fazer sexo com um 'hiena'.

Aniva aparenta cerca de 40 anos (ele é vago quanto à sua idade exata) e tem atualmente duas mulheres, que sabem do seu trabalho. Ele alega ter dormido com 104 meninas e mulheres - mas parece ter perdido a conta, uma vez que mencionou a mesma cifra para um jornal local em 2012. Aniva diz ter cinco filhos legítimos, mas não sabe quantas mulheres ou meninas talvez já tenha engravidado.

Ele me diz que é um dos dez hienas na comunidade, e que todo vilarejo do distrito de Nsanje tem um deles. Os homens recebem de US$ 4 a U$ 7 (R$ 17,20 a R$ 23,10) por cada serviço.

  • 'Hiena' com HIV

A uma hora de carro dali, no final de uma estrada de terra, sou apresentado a Fagisi, Chrissie e Phelia, mulheres na faixa de seus 50 anos e guardiães das tradições de iniciação do vilarejo.

É o trabalho delas organizar os rituais a cada ano, ensinando as meninas sobre como ter responsabilidade como esposas e satisfazer um homem sexualmente.

A "purificação sexual" com o hiena é o último estágio desse processo, organizado voluntariamente pelos pais da menina. Segundo explicam Fagisi, Chrissie e Phelia, a iniciação é necessária "para evitar que os pais e o resto da comunidade sejam atingidos por infecções".

Eu falo para elas que há um risco muito maior de esses rituais transmitirem doenças.

Segundo a tradição, a relação sexual com um hiena nunca deve ser feita de forma protegida. Mas elas dizem que um hiena é escolhido por suas boas maneiras e, por causa disso, estaria imune ao vírus HIV, que transmite a Aids.

Porém o HIV representa um grande risco à comunidade. Segundo a ONU, um em cada dez malauianos possui o vírus. Por isso, pergunto a Aniva se ele também tem o HIV. E ele me surpreende ao dizer que sim. Pior: não menciona isso aos pais das meninas que o contratam.

À medida que nossa conversa avança, Aniva percebe minha reação negativa. Ele para de se vangloriar e me diz que faz menos 'purificações' que no passado. "Eu ainda faço alguns rituais aqui e ali", confessa. E então acrescenta: "Estou me aposentando".

Todos os envolvidos sabem que esses rituais são condenados por observadores externos - não apenas pela igreja, como por ONGs e pelo governo, que lançou uma campanha contra as chamadas "práticas culturais nocivas".

"Não vamos condenar essas pessoas", diz May Shaba, médico e secretário permanente do Ministério do Gênero e do Bem-Estar. "Mas vamos tentando informá-los de que eles precisam mudar esses rituais".

Quem tem mais educação formal talvez pense duas vezes antes de contratar um hiena. Mas as mulheres mais velhas com quem falei permanecem relutantes à mudança.

"Não há nada de errado com a nossa cultura", diz Chrissie. "Se você olhar a sociedade de hoje, você percebe que as meninas não são responsáveis, então temos de ensinar a elas boas maneiras, para que elas não se desviem do caminho certo, sejam boas esposas para seus maridos e nada aconteça às suas famílias".

Segundo Claude Boucher, padre católico francês que viveu no Malauí por 50 anos e agora é um proeminente antropólogo, os rituais datam de séculos. Ele conta que os rituais resultam de crenças antigas pelas quais as crianças só atingem a maturidade a partir de uma relação sexual com os mais velhos.

No passado, como as meninas não atingiam a puberdade antes de 15 ou 16 anos, isso era feito por seu potencial futuro marido. Hoje, o ritual é realizado por um profissional do sexo ─ um hiena ─ e não há qualquer constrangimento nisso.

Boucher destaca que as tentativas de mudar a sexualização das crianças vêm enfrentando resistência nas áreas no sul do país, apesar de mais de um século de cristianismo e 30 anos de epidemia de Aids. Na maioria do país ─ e particularmente nas áreas perto das cidades de Blantyre e Lilongwe ─ a "purificação sexual" é rara.

No distrito central de Dedza, no Malauí, os hienas são usados apenas para fazer a "purificação" de viúvas ou mulheres inférteis, mas Theresa Kachindamoto ─ uma das poucas lideranças femininas no Malauí ─ transformou a luta contra o ritual em sua principal prioridade.

Ela está tentando convencer outras lideranças regionais a realizar esforços similares. Em alguns distritos, como Mangochi, no leste do país, as cerimônias estão sendo adaptadas para substituir o sexo por uma unção mais benéfica para a menina.

Em Nsanje, entretanto, há pouco esforço por mudança. Como o Malauí é um dos países mais pobres do mundo, e sofre com índices alarmantes de fome nas zonas rurais, mudar esse cenário não está nas prioridades do governo.

Em um vilarejo remoto, encontrei uma das duas esposas de Aniva, Fanny, junto com sua filha bebê. Fanny era viúva antes de ser "purificada" por Aniva com sexo. Eles se casaram logo depois.

O relacionamento dos dois, no entanto, parece tenso. Sentada ao lado dele, ela admite timidamente que odeia o que ele faz, mas a atividade permite o sustento da família. Eu pergunto a ela se ela espera que sua filha, de dois anos de idade, passe pela mesma iniciação daqui a 10 anos.

'Não quero que isso aconteça', diz ela. "Quero que essa tradição acabe. Somos forçadas a dormir com hienas. Não se trata de uma escolha voluntária e acho isso muito triste para todas as mulheres".

"Como você se sente em relação ao que lhe aconteceu?", pergunto.

"Eu tenho raiva de tudo o que aconteceu até hoje", diz ela.

Quando pergunto a Aniva se ele quer que sua filha passe pelo ritual de purificação sexual, ele me surpreende de novo.

"A minha filha não. Não posso permitir que isso aconteça. Agora estou lutando para o fim dessa prática".

"Então, você está lutando contra isso agora?", retruco.

"Não, disse ele, eu parei", responde Aniva.

"Sério?", replico.

"Sim. Eu parei. Pode acreditar".

comunidademib.blogspot.pt
04
Ago16

GÉMEOS - TRIGÉMEOS - QUADRIGÉMEOS

António Garrochinho
CURIOSIDADES
Feodor Vassilyev (1707-1782), era um camponês de Shuya, Rússia. Sua primeira esposa, Valentina Vassilyeva, estabeleceu o recorde de gerar mais filhos.
Ela deu à luz a 69 crianças
Ela deu à luz a 16 pares de gémeos, 7 conjuntos de trigémeos e 4 conjuntos de quadrigémeos entre 1725 e 1765, num total de 27 nascimentos. 67 das 69 crianças nascidas sobreviveram à infância.
O recorde mundial moderno de maior geradora de bebés é detido por Leontina Albina de San Antonio, Chile.
Ela afirma ser mãe de 64 crianças. Destes, 55 estão documentados.
Na foto em baixo
A mãe com o maior número de crianças que não são gémeas é Livia Ionce. Esta mulher romena, de 44 anos, deu à luz seu 18º filho no Canadá, em 2008.
Foto de António Garrochinho.

04
Ago16

CÓDIGO DE CONDUTA, CÓDIGO DE CONDUTA BLA BLA BLA

António Garrochinho

AUGUSTO SANTOS SILVA ABANANDO COM UM CÓDIGO DE CONDUTA DE ÉTICA QUE NÃO EXISTE, NAS DECLARAÇÕES QUE FEZ NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA NÃO CONVENCE NEM UM BEBÉ DE 2 ANOS. ANTES PELO CONTRÁRIO FAZ RIR ATÉ O PESSOAL MAIS SISUDO.
ALIÁS JÁ É NORMAL QUE OS QUE PREVARICAM, OS QUE SE ABOTOAM COM DINHEIRO SEJA ELE DO ERÁRIO PÚBLICO OU DE OFERTAS INOCENTES DE AMIGOS GENEROSOS, VIREM COM CARA DE ANJINHOS DAR ESFARRAPADAS DESCULPAS DE SANTIDADE E INOCÊNCIA.
ELES SABEM QUE O POVO NÃO ACREDITA NA LENGA LENGA QUE JÁ É SOBEJAMENTE CONHECIDA MAS ESTÃO SE BORRIFANDO PARA ISSO E NUNCA DESISTIRÃO DE FAZER SEMPRE O MESMO POIS TÊM A JUSTIÇA DO SEU LADO E SAEM SEMPRE IMPUNES DAS SUAS TRAFULHICES.

António Garrochinho
04
Ago16

Como nasceu a Birkin da Hermès

António Garrochinho





Acho que o grande barato das bolsas mais icônicas que existem, são sua história, os motivos que a fizeram nascer, e não há nada mais feminino que elas. Nasceram exclusivamente para nós, para nos atender.
Lendo Primatas da Park Avenue, conhecei a história da Birkin, da Hermès, e achei incrível.
Tudo começou com a atriz e cantora Jane Birkin, ou melhor Jane Mallory Birkin, nascida em Londres, em 14 de dezembro de 1946, que escolheu a França como residência. Sua fama se deve principalmente a relação amorosa com Serge Gainsbourg nos anos 70, ex de Brigitte Bardot, com que teve uma filha, a Charlotte Gainsbourg, a atriz de Ninfomaníaca.

Jane era cliente da Hermés, mas não gostava muito da Kelly, modelo criado especialmente para a princesa Grace, porque não cabiam suas coisas dentro da bolsa. Ela então carregava uma bolsa de passeio de palha, mas suas coisas viviam caindo. Em 1981 ela encontrou no avião um senhor, que a ajudava a recolher seus pertences caídos pelo corredor da aeronave, e lhe explicou que não tinha uma bolsa que fosse adequada para carregar suas coisas em suas idas e vindas entre Londres e Paris. Este homem era nada nada menos que Jean-Louis Dumas, presidente-executivo da fabricante de couro mais proeminente e exclusiva do mundo, a Hermès.
A cantora sugeriu que fizesse uma bolsa maior, com alças apropriadas e que pudesse ficar aberta o tempo todo e na cor preta.

Então, 1984, a Hermès começou a oferecer uma bolsa de couro preto, muito bem feita e elaborada, que era uma versão reduzida das bolsas Hermès criadas há cem anos para carregar celas de cavalos, com duas alças, e uma dobra superior que poderia ser deixada para trás e aberta ou fechada com a fivela. Podia ser carregada no braço ou nos ombros. A bolsa conseguiu ser uma meio termo entre as de dia a dia e as de fim de semana e a união de praticidade com estilo.
Anualmente são produzidas 2.500 Birkins, pois não se trata de uma produção em larga escala e sim de muito trabalho artesanal, o que a faz ser considerada uma verdadeira obra de arte, fato que justifica seu preço.
E não pense que vc pode ir em alguma loja Hermès e comprar a sua. Existe uma fila de espera que pode chegar a 3 anos, fato que muda caso você seja uma celebridade ou possua uma cargo muito, mas muiiiito importante mesmo. Ou então se render ao mercado negro, pessoas que possuem a Birkin e a vendem a valores exorbitantes para que você não tenha que esperar tudo isso.


Jane usa uma única Birkin em uma cor neutra até ela ficar bem velhinha; só então ela pega uma nova e leiloa a antiga para instituições de caridade. Ela também costuma customizar  suas bolsas para ficar menos formal e mais casual.
A princípio, ela havia aceitado uma bolsa de graça em troca da utilização de seu nome. Mas como ela não era uma embaixadora de fato paga, a Hermes agora paga anualmente o uso de seu nome, no qual ela doa para instituições de caridade de sua escolha.


Recentemente rolou uma pequena confusão e a atriz pediu à Hermès que retirasse seu nome da icônica bolsa. O pedido foi feito depois que ela assistiu ao documentário feito pelo PETA sobre a produção do couro por empresas fornecedoras de matéria-prima para a Hermès, levando a marca a investigar a real situação dos animais.

www.renataaguilar.com.br
04
Ago16

A HISTÓRIA DE UM "COVARDE"

António Garrochinho
A soldier from the US 7th Army Division comforts a wounded comrade during the fight for Okinawa, Japan, May 1945. (Photo by W. Eugene Smith/Time & Life Pictures/Getty Images)
A soldier from the US 7th Army Division comforts a wounded comrade during the fight for Okinawa, Japan, May 1945. (Photo by W. Eugene Smith/Time & Life Pictures/Getty Images)
O soldado Desmond Doss era um covarde. Ao menos era assim que seus colegas o viam. Desmond era um Adventista do Sétimo Dia que se alistou para servir na 2ª Guerra Mundial, mas se recusava a matar o inimigo. Ele sequer encostava em armas.
Desmond era o pior tipo de covarde, ele sequer admitia a própria covardia e se alistou para não reconhecer isso. Ao menos os “colegas” que o espancavam tinham essa visão. A seguir um relato sobre o que ele fez na guerra:
Ele era um socorrista no 1º Batalhão quando atacaram uma escarpa vertical de 120 m de altura. Quando nossas tropas chegaram ao topo, foram alvejados por fogo pesado e concentrado de artilharia, morteiros e metralhadoras. 75 homens foram alvejados, os outros recuaram. O Soldado Doss se recusou a se abrigar e permaneceu na área sob fogo com os feridos. Ele carregou todos os 75, descendo um a um pela escarpa com uma maca presa a uma corda.
·
No dia 2 de maio ele se expôs a fogo pesado de rifle e morteiro para resgatar um homem ferido a 200 metros do inimigo. Dois dias depois ele cuidou de 4 homens que sofreram lacerações atacando uma caverna fortemente defendida. Ele avançou por uma chuva de granadas até 8 metros das forças inimigas na boca da caverna, onde tratou das feridas dos soldados e fez 4 viagens para evacuá-los em segurança.
·
No dia 5 de maio, ele sem hesitar atravessou fogo de artilharia e armas de mão para cuidar de um oficial de artilharia ferido. Ele aplicou bandagens, moveu o paciente para uma posição abrigada dos tiros inimigos e aplicou plasma enquanto fogo de artilharia caía em volta. No mesmo dia quando um americano estava severamente ferido por tiros vindos de uma caverna, o soldado Doss rastejou até onde ele havia sido atingido, a 25 metros da posição inimiga. Cuidou do soldado e o carregou por 100 metros para uma posição segura, o tempo todo exposto ao fogo inimigo.
·
No dia 21 de maio, eu um ataque noturno a uma posição elevada próxima a Shuri, ele permaneceu em território exposto enquanto o resto de sua Companhia correu para se abrigar; ignorando o risco de ser alvejado pelo inimigo ou confundido com um batedor por seus próprios colegas, ele percorreu o campo de batalha cuidando dos feridos, até que ele mesmo foi seriamente ferido nas pernas por uma granada. Em vez de chamar por socorro médico ele cuidou dos próprios ferimentos e esperou por 5 horas até que dois soldados com uma maca aparecessem.
·
Os três foram atacados por um tanque inimigo, ao mesmo tempo em que o soldado Doss percebeu outro ferido, mais grave, na proximidade. Ele ordenou que os maqueiros cuidassem primeiro do outro soldado. Enquanto eles não voltavam, Doss foi atingido por um sniper, provocando uma fratura composta em seu braço.
·
O soldado Doss pegou um rifle que estava no chão, fez uma tala com a coronha para estabilizar seu braço e rastejou 300 metros até o território amigo.
·
Por sua inigualável bravura e inquestionável determinação em face de condições desesperadamente perigosas, Doss salvou a vida de muitos soldados. Seu nome se tornou um símbolo por toda a 77ª Divisão de Infantaria de Valentia muito acima e além do Dever.”
Desmond, como todo socorrista foi visto como covarde até a primeira baixa. Os socorristas, em geral escolhidos por serem parte de grupos religiosos que se recusavam a combater estavam entre os mais corajosos, abnegados e ousados soldados de qualquer batalhão, e quando um novato falava mal do socorrista de um pelotão veterano, quem levava uma boa surra era o novato.
Yoda diz que guerra não faz ninguém grande. Yoda está errado. Desmond Doss foi um grande Homem, salvou inúmeras vidas entre 1942 e 1946, e sobreviveu para contar a história, morrendo aos 87 anos em 2006.
O texto de abertura é a citação oficial de sua Medalha de Honra do Congresso, a maior condecoração dos Estados Unidos, recebida das mãos do presidente Truman:
Agora a história de Desmond Doss vai virar filme. Hacksaw Ridge, dirigido por Mel Gibson e chegando nos cinemas em novembro. Pode agendar!



VÍDEO

meiobit.com
04
Ago16

Maine Coon, a raça dos gatos gigantes

António Garrochinho


O Maine Coon é uma raça de gato estadunidense de 
pelos longos e de tamanho bem grande.


Saiba mais sobre esse incrível animal nesse especial 
feito para quem ama gatos.
Essa é a raça de gato mais antiga nativa dos Estados 
Unidos que possui pelos longos, além de serem a maior 
dentre todas as raças de gato. 
Foi reconhecida oficialmente no Estado de Maine 
[nos Estados Unidos], onde era famoso pela sua 
capacidade de caçar ratos e de tolerar climas rigorosos.



Os Maine Coon também são conhecidos como 
"o gigante gentil" por serem extremamente 
dóceis, meigos, companheiros e por se darem bem com 
outros animais de estimação, como o cão. Possuem fácil 
adaptação e são muito amigáveis, mas são carentes 
de cuidados e atenção, necessitando sempre de companhia. 
Seu miado é um dos mais curiosos, por ser semelhante ao 
de um grilo, será?

VÍDEO



Os olhos são grandes e expressivos, geralmente são de 
cor verde ou dourada, além de possuir uma pelagem densa. 
O padrão mais comum de cores é o marrom 
[Castanho em Portugal], com marcações do tipo Tabby, 
mas a raça é reconhecida em todas as cores, com 
exceção de chocolate, lavanda, pontilhado e o padrão 
siamês.
  




Os Maine Coon possuem uma cabeça grande para o 
corpo, orelhas para cima dos pelos, corpos compridos e 
cauda ereta, também comprida geralmente do tamanho 
do corpo. Sua pelagem é sedosa, caindo levemente. 
É curta nos ombros e mais longa na região do estômago.

Eles são uma das maiores raças de gato doméstico, com 
seus machos pesando entre 6 e 11 kg e fêmeas pesando 
de 4,5 a 6,8 kg. A pelagem é sujeita a variações 
sazonais, com a pele sendo mais espessa durante o inverno 
e mais finos durante o verão. Devido ao seu grande 
tamanho as garras dos Maine Coons costumam ser maiores 
do que a de outras raças de gatos.

  


Para saber mais sobre o comportamento, saúde e 
cuidados que temos que ter com esse animal assista a 
palestra que a médica veterinária Andreia 
Gonçalvesfez para o programa Animais de Companhia.


PARTE 1 - VÍDEO



PARTE 2 - VÍDEO




O Maine Coon tem o tempo de vida médio do gato 
comum, pois não deixam de ser felinos. Se bem tratados e 
alimentados com nutrição balanceada obtida por uma ração 
de primeira linha de sua marca preferida, tendo boa 
qualidade de vida e com acompanhamento regular do 
veterinário de tempos em tempos, eles viver muitos 
anos em sua companhia, atingindo uma expectativa de 
vida de 10 a 15 anos de idade.







Embora possam alcançar grandes tamanhos, os Maine Coon 
não deixam de ser gatos e como tal não requerem espaços 
especiais, podendo ser criados dentro de casa. 
Um dado interessante é que muitas pessoas que 
moram em apartamentos acabam optando por um Maine 
Coon por ser muito inviável de se ter cães nesse tipo de 
ambiente.

O Maine Coon é um bicho de estimação capaz de 
substituir essa ausência e pode ainda ser adestrado 
em pequenas atividades, assim como um cão. 
Das pessoas que adquirem, jamais houve casos de 
adaptação que não pudessem ser recomendados nestes 
ambientes. A única preocupação no caso, seria quanto à 
colocação de telinhas de segurança na sacada e janelas 
[sacrificando um pouco a estética visual em virtude da 
tranquilidade e da segurança], pois proprietários 
desinformados ou pouco orientados tem perdido seus 
Maine Coons deste modo trágico: com quedas!




E pra fechar, só faltou mostrar mais Maine Coons 
com outros seres humanos, seus donos:








tudorocha.blogspot.pt
04
Ago16

Mulheres modernas usando coroas tradicionais ucranianas dão um novo significado a uma antiga tradição

António Garrochinho
A oficina eslava Treti Pivni (algo como Terceiro Galo) criou recentemente uma nova série de retratos em que mostram a mulheres e meninas usando coroas tradicionais ucranianas. Foram criadas para render homenagem a sua terra natal ao mesmo tempo que compartilham uma mensagem de paz, ternura e conhecimento da cultura da Ucrânia com o mundo. Tradicionalmente, estas coroas florais são usadas jovens solteiras como símbolo de pureza e de estar na idade de casar.

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Mulheres modernas usando coroas tradicionais ucranianas dão um novo significado a uma antiga tradição 01
Nos tempos pré-cristãos pensava-se que inclusive protegiam as garotas inocentes dos espíritos malignos. Na atualidade, depois da Revolução Ucrânia de 2014, estas coroas são usadas na vida diária para simbolizar o orgulho nacional.

- "Acho que voltamos aos temas florais porque a moda está começando a reagir a todas as guerras que estão acontecendo em todo o globo. Precisamos algo de ternura", disse a modelo Nadia Shapoval à revista Vogue.
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Mulheres modernas usando coroas tradicionais ucranianas dão um novo significado a uma antiga tradição 02
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Mulheres modernas usando coroas tradicionais ucranianas dão um novo significado a uma antiga tradição 03
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Mulheres modernas usando coroas tradicionais ucranianas dão um novo significado a uma antiga tradição 22
Fonte: Third Roosters via Design you trust.

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Ago16

LEMBRAM-SE DO ONIBUS QUE CIRCULAVA POR CIMA DO TRÁFEGO ! POIS JÁ INAUGURARAM UM NA CHINA

António Garrochinho
Em maio contávamos sobre um protótipo de ônibus na China que se chegasse a ser construído circularia literalmente sobre os engarrafamentos de trânsito. Para ser sinceros, não estávamos seguros de que em realidade fossem fazer este Ônibus de Trânsito Elevado. Por isso nos surpreende que o primeiro deles acaba de realizar seu primeiro passeio de teste em Qinhuangdao. A ideia surgiu na 19ª Expo High-Tech Internacional de Beijing. Apesar de ter só um modelo em miniatura, os programadores de Jinchuang Corp disseram que poderiam ter o ônibus pronto em agosto, e cumprindo sua palavra.

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Lembram do ônibus elevado que circulava sobre o tráfego? Pois já inauguraram um na China 01
- "Este ônibus tem as mesmas funções do metrô, mas seu custo de construção é inferior a um quinto do custo do metrô", afirmou o engenheiro responsável.

O protótipo foi testado só durante 300 metros, mas o fato de que o tenham construído em tão pouco tempo já nos parece surpreendente. Os responsáveis pelo projeto dizem que precisarão de um ano para terminar tudo e desta vez não vamos duvidar.
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Ago16

Artistas polacas recriam guirlandas tradicionais eslavas para manter vivos os antigos costumes

António Garrochinho
Hoje mais cedo falávamos das coroas florais tradicionais ucranianas, uma tradição nacional preservada pelas jovens de hoje. Mas cada país eslavo tem sua própria versão única deste precioso acessório tradicional, como mostram a fotógrafa Ula Kóska e a estilista, figurinista e maquiadora Beata Bojda. Estas profissionais polonesas colaboraram nesta preciosa sessão de fotos, intitulada "Etno", de temática eslava para realçar a cultura folclórica tradicional da Polônia, representada aqui por belas guirlandas florais, cujas flores, embora pareçam incrivelmente realistas, são feitas à mão inteiramente de papel.

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As guirlandas e as flores tinham um importante papel nas cerimônias tanto religiosas quanto seculares, tais como casamentos, funerais e festivais, e estas mostradas nas fotos foram feitas segundo os métodos tradicionais. Isto implica retorcer firmemente pedaços de papel para lhes dar forma de flor, técnica procedente da zona de Opoczno, no coração do país. E como podemos ver, o efeito é estonteante.
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Fonte: Vintouch.

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04
Ago16

Elementos de desigualdade no IMI

António Garrochinho



Não vou analisar o recente decreto-lei que alterou alguns parâmetros da fórmula de avaliação dos imóveis que serve de base de cálculo do IMI. E nem sequer vou parar para comentar as trapalhadas dos dirigentes do CDS que tão facilmente cavalgam o populismo – no sentido pejorativo do termo - porque são incapazes de discutir seriamente os assuntos, ou de olhar para o que fizeram nem há uns meses... 

Vou apenas me debruçar sobre aspectos estranhos da fórmula de cálculo do valor patrimonial dos imóveis que deveriam merecer atenção dos legisladores, no sentido de reduzir as desigualdades sociais na tributação. E nem vou pegar nas isençõescomo gostaria o Nuno Teles.


1)   Área (A)
 
A fórmula está sobretudo assente na área do imóvel. Mas o problema é que é demasiado complexa na forma de quantificação dessa área. E nessa complexidade turvam-se os contornos. Basicamente a lei reduz-se: quanto mais área, menos se paga proporcionalmente

Isto por diversas razões:
a)    porque se estabeleceu ponderadores regressivos (os primeiros 100metros quadrados contam na totalidade, entre 100m2 e 160m2 contam apenas 90%, entre 160m2 e 220m2 contam apenas 85% e mais de 220m2 contam apenas 80%). Quem tiver, por exemplo, uma habitação de 500m2, a fórmula apenas lhe conta 453m2 em vez dos 500;
b)   porque se estabeleceu um ponderador reduzidíssimo para o valor dos terrenos circundantes à habitação. Diz a fórmula que a área é igual a:

a.     área bruta privativa (da forma que já vimos);
b.     area bruta dependente (só conta 30%);
c.      ao somatório destas duas é aplicado um coeficiente (os tais coeficientes regressivos)
d.     e, ao valor encontrado, é somado a área do terreno em volta. Como? Pois! Apenas 2,5% até ao dobro da área de implantação da habitação e 0,5% (!) acima do dobro da área de implantação da residência. Ora, aquela casa de 500m2 com um terreno de 1hectare à volta (10mil m2, um exagero!), teria efectivamente de área: 453m2 + 2,5% x 1000m2 (500m2 x2) + 0,5% X 9.000m2 (10mil - 1.000) = 453m2 + 25m2 + 45m2 = 523m2!

Ou seja, quando se compara uma casa, por exemplo, de 100m2 e outra como aquela, a primeira pagaria IMI por 100m2 e a outra por 523m2. Porquê?!

2)   Coeficientes de localização

A fórmula fixa dois parâmetros limites: um mínimo de 0,4 e um máximo de 3,5. Quando foi aprovada a reforma que criou o IMI, em 2003, esse valor máximo era para ser 4. Ou seja, haveria uma diferença maior entre as zonas más e as mais nobres. Mas ficou em 3 porque o Governo considerou que era capaz de ser excessivo, que era capaz de dar uma carga tributária agravada... Excessivo para quem? 

Então ficou-se por 3 e mais tarde foi aumentado para 3,5. Mas isto estabelece que há apenas uma diferença de 8,75 vezes entre a zona mais pobre e a zona mais rica. Será a amplitude adequada? Não se deveria aumentar o valor máximo para determinadas zonas? Até se poderia escolhê-las.

3)   Coeficientes de qualidade e conforto

Foi aqui que surgiu a recente barafunda. Na verdade, o subjectivismo de avaliação sempre houve e sempre se confiou no pessoal da administração fiscal. Não é de agora (mas o CDS tem destas coisas...). 

Mas para lá da exposição ao sol ou vistas de rio e mar - que são elementos efectivos de avaliação dos imóveis - há outros aspetos que se poderia ter em conta de melhor forma.  

Este coeficiente global varia entre um valor mínimo de 0,5 e um máximo de 1,7. Ou seja, à partida a diferença entre uma casa pobre e uma casa rica é de apenas 3 vezes. Isto sem contar com os elementos que agravam e os que atenuam. Parece pouco, parece. Mas a lei estabelece elementos que agravam e outros que atenuam. Oproblema é que, mesmo contando com a totalidade dos agravamentos (mais 0,67) e das atenuantes (0,58), esse aspecto parece um pouco raro.

Como se vê, caso se some a totalidade dos elementos de agravamento, o resultado mostra que os elementos de agravamento contam pouco mais do que os elementos atenuantes; por isso, a diferença entre a melhor casa – moradia ou habitação de condomínio, com garagem individual, piscina individual, campo de ténis, outros equipamentos, com qualidade construtiva, “localização excepcional”, sistema de climatização e elevadores – e a pior casa – sem cozinha, sem casa de banho, sem rede pública de água e esgotos, sem rede de electricidade, sem ruas pavimentadas e com áreas inferiores às regulamentadas – seria entre 2,37 e 0,02. Ou seja, a melhor casa pode ver um pouco mais do que duplicado a área de referência por conta deste critério, face a uma casa média. Já os pobres poderiam ficar quase isentos de IMI. Faz sentido? Quem se está a poupar? 

E depois poder-se-ia ir critério a critério e ver as diferenças entre eles: Ter um campo de ténis em casa é o mesmo que não ter ruas pavimentadas. Ter uma piscina individual é quase tanto como não ter rede pública de esgotos. E por aí adiante. Gritante, não é?

Talvez se possa ainda fazer muita coisa antes de cair na armadilha de agravar o IMI, aparentemente para todos. Mas talvez faça sentido ser a direita a protestar com as mexidas no IMI, porque - como se viu - haveria muito a fazer que tiraria do sério a senhora da criada malcriada.

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04
Ago16

VEJA AQUI VÁRIOS ELEVADORES QUE EXISTEM PELO MUNDO

António Garrochinho
Os elevadores são muito úteis e necessários desde sempre. Não servem apenas pra te ajudar na preguiça. São uma ótima solução encontrada para transportar pessoas, mercadorias, animais e ferramentas, desde muito tempo atrás.
A humanidade começou com sistemas de roldanas básico e chegou aos elevadores super modernos nos maiores edifícios das cidades mais desenvolvidas. E, atualmente, a tecnologia e o design alcançaram um outro patamar, transformando um simples elevador numa obra de arte. Com certeza você vai querer brincar de apertar todos os botões em todos eles. Brincadeira, não faça isso!

1. AquaDom – Berlim, Alemanha

Esse elevador é um aquário gigante. Ele fica no Hotel Radisson Blu e foi inaugurado em 2004. Com aproximadamente 25m de altura, são necessários 3 mergulhadores para a limpeza e alimentação dos peixes.
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2. Bailong – Zhangjiajie, China

Bailong significa “Cem Dragões” em chinês, e ele foi reconhecido como o maior elevador ao ar livre do mundo, com 330m de altura.
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3. Hammetschwand – Ennetbürgen, Suíça

Esse aqui é o maior elevador externo da Europa. Sobre o Lago Lucerna, ele tem 153m de altura, mas como a cidade já está a 847m de altitude, os visitantes ficam 1000m acima do nível do mar!
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4. SkyView – Estocolmo, Suécia

Em Estocolmo está a maior construção esférica do mundo, o Globen, que é uma arena multi-esportiva. E para chegar ao seu topo, existe o elevador SkyView, que proporciona uma linda vista panorâmica da cidade.
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5. Elevador do Louvre – Paris, França

Apesar de não ser alto – trata-se de um sistema de acessibilidade – ele tem um design incrível. Uma torre passa entre as escadas em espiral, e sobe e desce ali no meio, sendo que o visitante fica no topo dela.
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6. Elevador Lacerda – Salvador, Brasil

Muitos devem conhecer esse, já que é uma referência na cidade de Salvador. Ele leva da parte baixa à parte alta da cidade em 20 segundos, e nos dá uma linda vista do mar.
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7. Elevador do Museu da Mercedes-Benz – Stuttgart, Alemanha

O elevador é uma máquina do tempo. Ao entrar, ele vai direto para o último andar, com imagens antigas projetadas nas paredes do lado de fora. Depois barulhos de cavalos indicam que o visitante chegou a 1886.
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8. Sky Tower – Auckland, Nova Zelândia

Em apenas 40 segundos, você chega ao topo do observatório – 186 metros – para desfrutar de uma vista da cidade em 360º.
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9. Hotel Luxor – Las Vegas, Estados Unidos

Seus elevadores levam os hóspedes aos quartos em elevadores com uma inclinação de 39º.
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10. Taipei 101 – Taiwan, Japão

O edifício Taipei 101 tinha o título de arranha-céu mais alto do mundo, até ser ultrapassado por um prédio de Dubai. De qualquer forma, são 308m acima do chão, com um elevador que sobe até o 89º andar em 37 segundos.
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11. Umeda Hankyu – Osaka, Japão

Os elevadores desse edifício são enormes, e conseguem carregar até 80 passageiros (5 toneladas) ao mesmo tempo.
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04
Ago16

UMA HISTÓRIA DE AMOR - Sua mãe a proibiu de casar com o namorado. O que aconteceu 60 anos depois É INCRÍVEL.

António Garrochinho
Nosso planeta é habitado por mais de 7 biliões de pessoas. 7 biliões de pessoas significa essa mesma quantidade de histórias diferentes. Histórias de amor, histórias de medo, histórias surpreendentes, incríveis, às vezes divertidas, às vezes trágicas. Cada pessoa possui uma novela própria que poderia ser escrita a partir de sua vida. O melhor de todas essas histórias é que elas sempre surgem de modo imprevisto e são mais fantásticas do que qualquer diretor de cinema poderia escrever.


A história que vamos lhes apresentar hoje está conquistando a rede e seus leitores se sentem fortemente comovidos com o relato do amor verdadeiro. O amor que é capaz de superar o tempo, a distância e todas as adversidades. Por isso queremos compartilha-la com vocês.
A história começa com um homem que um dia encontrou uma carteira na rua. Isso pode acontecer a qualquer um. Porém, dentro dela, encontrou algo que o deixou atônito e nesse momento soube que não podia fazer outra coisa que não fosse encontrar seu proprietário.
“Quando voltava para casa, hoje, encontrei uma carteira”, ele começa o relato, “Dentro dela havia uma carta muito antiga. Tinha 60 anos. Tentei buscar na carteira qualquer informação sobre o emissor ou o destinatário da carta, mas foi em vão. Além de 3 dólares e da carta em questão, não havia mais nada dentro dela que pudesse me ajudar a encontrar o proprietário. Na carta uma tal de Hannah mencionava alguém chamado Micheal. Escrevia que não poderia se casar com ele porque sua mãe a havia proibido.”
“Profundamente, senti que deveria devolver esta recordação à pessoa a quem ela pertencia. Embora isso fosse mais fácil de falar do que fazer. Por sorte, no remetente da carta, se encontrava o número de telefone de Hannah.”
“Quando liguei para o número encontrado, me disseram que Hannah não morava mais ali. Ela atualmente morava em um asilo. O lugar não ficava muito longe de onde eu estava e eu então decidi ir lá, para conhecer a história que se escondia por trás de tudo aquilo.”

“Chegando lá, uma das enfermeiras me levou a um apartamento muito acolhedor, no terceiro andar. Lá estava Hannah, uma senhora muito gentil, com um sorriso bondoso e humilde. Quando contei a ela o porquê de minha visita, a senhora me respondeu que essa foi a última carta que escreveu. Nunca se casou porque nunca havia encontrado uma pessoa como ele. Ninguém era tão bom como o seu Michael.”
“Deixei a carta com ela, porém levei a carteira comigo porque queria devolvê-la a seu proprietário em pessoa. E quando estava a ponto de sair, uma enfermeira me chamou e exclamou: Espere um momento! Esta carteira pertence aos senhor Goldstein, do oitavo andar. A reconheço em qualquer momento porque ele a perde o tempo todo!”
“Fiquei atônito! Essa era a informação que eu necessitava! Sem pensar duas vezes, chamei o elevador e subi ao oitavo andar.”
“Lá em cima, vi um senhor de idade lendo. Me aproximei dele e sussurrei: Acho que sei onde está Hannah, nesse momento. - O rosto dele ficou totalmente pálido e ele me olhou desconcertado, perguntando: A minha Hannah? Sabe onde ela pode estar? Como está? Meu Deus... nunca me casei porque ela foi a única a quem amei de verdade...” Sem pensar duas vezes, peguei a mão dele, fomos até o elevador e descemos ao apartamento onde havia encontrado com Hannah.”
O idoso se aproximou da mulher e exclamou: “Hannah! Sou eu, Michael. Se lembra de mim?” Ele o olhou sem poder acreditar no que estava acontecendo. A única coisa que conseguiu exclamar foi: “Michael! É você mesmo? Meu amor!” Levantou-se e, muito devagar, começou a ir em sua direção. Os dois tinham lágrimas nos olhos quando se abraçaram. Eu também soltei uma lágrima, pois não podia acreditar que essa história fosse real.
Três semanas depois, recebi um telefonema do asilo. A enfermeira me perguntou se eu poderia ir lá, no domingo, pois Michael e Hannah iriam se casar e queriam que eu estivesse presente.” Com estas palavras termina o relato e o que podemos dizer é que o verdadeiro amor é mais forte do que qualquer adversidade e desejamos que todos pudéssemos amar uns aos outros com um amor tão forte como este.

Fonte: Giphy / Imgur / Starstock
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04
Ago16

PORTIMÃO - A Ministra do Mar até aprendeu a assar sardinhas em Portimão (com fotos)

António Garrochinho

«Deixe-me lá ver se aprendo como é que isto se deve fazer. É que as minhas sardinhas assadas nunca ficam como estas», comentou a ministra do Mar, segurando uma grelha cheia de fumegantes e bem cheirosos peixes, a ser preparados nos grelhadores do clube Boa Esperança, ontem ao início da noite, no Festival da Sardinha, na zona ribeirinha de Portimão.

A ministra Ana Paula Vitorino, acompanhada pelo ministro Adjunto Eduardo Cabrita (que é seu marido e até é algarvio, logo ali do outro lado do rio, de Lagoa) e ainda pelo secretário de Estado das Pescas, o também algarvio José Apolinário, inauguraram ontem o certame dedicado a um peixe que, embora hoje seja escasso, já esteve na origem da riqueza e da fama de Portimão.

A comitiva guiada pela Dona Sardinha e o pescador, um par de jovens que desfilou na marcha que Portimão, em Junho passado, levou ao desfile na Avenida da Liberdade, em Lisboa, era ainda liderada pela presidente da Câmara Isilda Gomes, acompanhada de vereadores, deputados, outros autarcas, responsáveis regionais, empresários.

Isilda Gomes aproveitou para dizer que esta foi a primeira vez que o Festival da Sardinha foi «inaugurado por dois ministros e um secretário de Estado».

Ao longo da zona ribeirinha, entre o coreto junto à Casa Inglesa e os restaurantes entre pontes, foi-se sucedendo a animação, como, aliás, irá acontecer em todos os dias do Festival da Sardinha. Primeiro a fanfarra dos bombeiros, depois uma acordeonista, a seguir a banda da Sociedade Filarmónica Portimonense, a terminar o Rancho Folclórico da Figueira. À noite haveria ainda o concerto dos Deolinda, com entrada livre e casa cheia.

Junto aos restaurantes da sardinha, uma turista francesa até reclamou que o rancho não tinha tocado junto à sua mesa…é que ela estava sentada precisamente num dos restaurantes que não aderiu ao programa «Aqui há sardinha» e que, por isso, não pagou a animação…e não teve direito a ela.

A ministra do Mar, sempre de sorriso aberto na cara, ia registando tudo em fotografia e vídeo com o seu smartphone. E, quando o rancho dançou, ela bateu palmas e acompanhou o ritmo com o pé.


Mas a maior surpresa estava reservada para o edifício da Antiga Lota. Aí, a porta foi aberta à comitiva por duas crianças, um menino e uma menina, ela vestida de operária conserveira, ele de pescador, com bigode e tudo. Lá dentro, no local onde há-de funcionar o espaço das oficinas para famílias do Museu de Portimão, estavam mais crianças, vestidas do mesmo modo, a recriar a descarga das traineiras, com o vai vem das canastras, e o trabalho das conserveiras na fábrica.

O casal de ministros, bem como a presidente da Câmara, logo quiseram ir cumprimentar e falar com os jovens figurantes, miúdos que não tinham mais de 5 anos, todos do Lar da Criança, que explicaram com um ar muito compenetrado o que estavam ali a fazer.

Depois de muitas fotos e beijinhos, foi a vez de assistir à demonstração do uso de um desfibrilhador, no âmbito do projeto de formação e instalação desses aparelhos que a Câmara de Portimão, em conjunto com os bombeiros e a proteção civil, tem estado a promover.

Depois, a comitiva foi jantar, sardinhas, claro está. A mesma tarefa a que se dedicavam largas centenas de pessoas, nos restaurantes e nas mesas dos clubes. Para quem não queria a sardinha assada, a carripana da Maria do Mar vendia o já famoso hamburguer de cavala, enquanto nas barraquinhas da doçaria se podia provar sardinhas…doces.

O Festival da Sardinha funciona na zona ribeirinha de Portimão, com entrada livre e animação musical garantida, até domingo, 7 de Agosto, entre as 19h00 e a 1h00. Clique aqui para saber toda a informação.








































































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04
Ago16

DIZ-ME COM QUEM ANDAS, DIR-TE-EI QUEM ÉS !

António Garrochinho

ANTÓNIO COSTA SEM CHATICES QUE SE CONHEÇAM E FOLGADO NA GOVERNAÇÃO NO QUE DIZ RESPEITO AOS PARTIDOS QUE APOIAM ESTE GOVERNO TEM ATÉ AGORA TIDO ALGUNS DISSABORES.
UM DOS PROBLEMAS MAIORES FOI SOSSEGAR A HORDA DE FASCISTAS QUE MANDAM NA UE E QUE HÁ MESES EXERCEM A CHANTAGEM E AS AMEAÇAS QUE SE CONHECEM.

DAÍ TÊM RESULTADO ALGUMAS MEDIDAS, AJUSTES, QUE SE REFLETEM COMO SEMPRE NA BOLSA DOS PORTUGUESES (OS MAIS POBRES COMO É HABITUAL).
COMO SE ISTO NÃO BASTASSE, A PRESSÃO DOS PAFIANOS DO PSD E DO CDS, FAZEM TUDO PARA QUE A GERINGONÇA DE DESINTEGRE ATACANDO O PRIMEIRO MINISTRO E O GOVERNO PS, APONTANDO FALHAS E ERROS, MESMO AQUELES QUE O GOVERNO PSD/CDS CRIOU ENQUANTO GOVERNOU.
POR FIM PARA "AJUDAR", ANTÓNIO COSTA AINDA TEM QUE REMENDAR E SOLUCIONAR OS CASOS QUE SURGEM DENTRO DA GENTE DA SUA COR POLÍTICA. VEJA-SE O CASO DE JOÃO SOARES E AGORA O MAIS RECENTE COM O SECRETÁRIO DE ESTADO QUE GOSTA DE OFERTAS VENHAM ELAS DE ONDE VIEREM.
O NINHO DE SERPENTES DENTRO DO PS EM NADA É DIFERENTE DO OUTRO NINHO COM QUE OS PORTUGUESES
JÁ MUITO SOFRERAM E SE ISTO NÃO TOMAR OUTRO RUMO IRÃO CONTINUAR A SOFRER.


António Garrochinho
04
Ago16

Parlamento de Israel aprovou lei que visa anular mndato de deputados palestinianos

António Garrochinho


 Opera Mundi     
O Knesset, Parlamento israelense, aprovou uma lei que visa a anular o mandato de deputados palestinianos eleitos pela minoria árabe, alegando “incitação contra os interesses de Israel”.




De acordo com a lei, que foi aprovada com 62 votos a favor e 45 contrários, o Knesset pode cassar um parlamentar por “incitação ao racismo e apoio à luta armada contra o Estado”. Para o início do processo de cassação são necessários os votos de 70 dos 120 deputados no Parlamento israelense, inclusive 10 da oposição ao governo – o projeto original previa apenas 61 e não exigia o apoio de parlamentares da oposição. Já para a cassação, é necessário o apoio de 90 parlamentares.
Membros da coalizão de partidos árabes disseram que irão apelar à Suprema Corte israelense para tentar derrubar a lei. Dov Henin, parlamentar da coalizão, afirmou que a lei é um “exemplo da tirania da maioria”, “visa diretamente os oficiais eleitos pela população árabe, escolhidos para representar suas demandas” e “reflete políticas antidemocráticas e manobras de um governo antidemocrático”.
Por meio de um post em seu perfil no Facebook, Netanyahu celebrou a aprovação e afirmou que a lei “acaba com um absurdo: aqueles que apoiam o terrorismo contra o Estado de Israel e seus cidadãos não servirão no Knesset”. “Israel tem o direito e o dever de se defender”, disse o primeiro-ministro.
Isaac Herzog, líder do Partido Trabalhista israelense e da oposição no Parlamento, afirmou que a nova lei é uma “mancha negra na face de Israel”. “Este governo cheio de ódio está ocupado aprofundando a divisão que ameaça Israel mais do que qualquer inimigo externo”, disse Herzog.
“O Knesset não será mais um refúgio para o racismo e o terrorismo. Membros do Knesset cujo salário é financiado pelo Estado não podem usar o Parlamento para minar seus fundamentos”, declarou o parlamentar governista Nissan Slomiansky.
O Instituto Democracia de Israel criticou a lei, alegando que ela transforma o Parlamento, um órgão político, em investigador, além de também torná-lo um tribunal.
“[A lei] nasce com o desejo de expulsar deputados árabes, o que prejudica a divisão de poderes, a liberdade de expressão e a relação do governo de Israel com sua minoria árabe, além da imagem do país como defensor de uma sociedade livre e democracia”, disse o órgão.
A ONG jurídica palestina Adalah afirmou, em comunicado, que a lei representa um “grave perigo” para os direitos democráticos básicos. “É a última tentativa de pisotear os direitos políticos dos cidadãos palestinos de Israel e tem como objetivo expulsar os membros árabes do Knesset que se atrevam a ir além das fronteiras ditadas pela maioria israelense judaica no Parlamento”, indicou a entidade na nota.
No dia 12 de julho, o Knesset aprovou uma lei que obriga ONGs que recebem mais de metade de seus fundos de entidades estrangeiras a revelar publicamente suas fontes de renda. A medida foi criticada por diversas organizações, que afirmam que o governo de Benjamin Netanyahu, que impulsionou a lei, pretende constranger ONGs que atuam em prol dos direitos dos palestinos e combatem a ocupação israelense na Palestina.

www.odiario.info
04
Ago16

FARO1540 – 5.º FARCUME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CURTAS METRAGENS DE FARO – 24 a 27 de AGOSTO – na ESCOLA de TURISMO e HOTELARIA do ALGARVE – Largo de SÃO FRANCISCO, FARO.

António Garrochinho







O FARCUME está de volta e vai decorrer de 24 a 27 de Agosto, nas instalações da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, comemorando este ano 5 anos de existência. Por isso a FARO 1540 – Associação de Defesa e Promoção do Património Ambiental e Cultural de Faro, enquanto entidade responsável pela organização do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Faro, pretende que esta seja uma edição especial.

Para isso, o FARCUME conta com a edição mais internacional de sempre, estando representados filmes de quase 50 países oriundos dos quatro cantos do mundo entre os quais se destacam, para além da forte representação europeia, países como o Qatar, Japão, Kurdistão, Austrália, Dubai (EAU), África do Sul, Irão, Iraque, Kuwait, Angola, Líbano, Brasil, Perú, Colômbia, Uruguai, México, EUA, Índia, China, Nepal, Taiwan e Canadá.

Serão exibidas mais de 25 horas de cinema, nos 4 dias de festival, pelas categorias Ficção, Animação, Documentário, Videoclip e Cinema do Mundo. Ao todo foram selecionadas para exibição cerca de 200 curtas-metragens (45 portuguesas), sendo muitas delas estreias nacionais e internacionais e outras já exibidas em reputados festivais de cinema espalhados por todo o mundo como o Festival de Cannes, Veneza, ou Berlim.

De referir que o Festival Internacional de Curtas-Metragens de Faro foi reconhecido pelo júri do EFFE – Europe For Festivals, Festivals For Europe para receber o selo EFFE 2015-2016.

O FARCUME passa assim a fazer parte dos festivais de 31 países que pertencem à primeira geração de galardoados com o selo EFFE 2015-2016. Este selo visa reconhecer festivais que estão profundamente empenhados com as artes, as comunidades onde se integram e os valores europeus. Acima de tudo a EFFE reconhece a excelência destes festivais na Europa, que se afirmam pela sua qualidade artística e têm um impacto significativo a nível local, nacional e internacional, segundo palavras de Vicent Baulriller, chairmain do Júri internacional do EFFE, director do “Lausanne’s Theatre” e antigo director do “Festival d’Avignon”.

Os ingressos para os 4 dias de festival podem ser adquiridos na página electrónica do evento em <www.farcume.com>, na plataforma Bilheteiraonline.pt, nas estações dos CTT, na Worten e na Fnac. Os bilhetes diários serão adquiridos no recinto no próprio dia.

Para mais informações, os interessados podem consultar a página electrónica do festival no Facebook ou em http://www.farcume.com

________

Ver mais em:

http://www.faro1540.org/

https://www.facebook.com/farcume/


aviagemdosargonautas.net
04
Ago16

ÁGUA EXCELENTE EM PORTUGAL

António Garrochinho



Nunca a água em Portugal esteve tão segura para beber, revelam os dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).


Pela primeira vez, desde que existem indicadores, a água para abastecimento humano, em Portugal atingiu uma percentagem de água segura na ordem dos 99%.

"Se em 1993 apenas cerca de 50 % da água poderia ser considerada segura, em 2015 o indicador água segura para Portugal continental situa-se nos 98,65 % (98,41 % em 2014), o que revela a consolidação da melhoria da qualidade da água", pode ler-se no relatório.

A ERSAR adianta que "é no interior do País, com maiores carências de recursos humanos, técnicos e financeiros, que se concentram os incumprimentos".

No mapa nacional "só" 4 concelhos "apresentam uma percentagem de água segura inferior a 95 %" são eles (a vermelho no mapa) os municípios de Arouca, Sever do Vouga, Trancoso e Alcácer do Sal.


Só 4 concelhos a vermelho na qualidade da água

O concelho do Alentejo (Alcácer do Sal) destaca-se por ter tido a pior variação negativa do país (-10,18% face ao relatório passado). Uma situação que está relacionada com as "análises em falta face ao número regulamentar", embora isso não coloque em causa a qualidade da água para consumo, mostra que o município não está a cumprir todas as regras a que está obrigado.

Para o diretor do Departamento da Qualidade da Água da ERSAR, Luís Simas, este não tem sido um "comportamento prepositado" e por isso desculpa as autarquias que não cumprem todas as análises.

Maiores incumprimentos

Quanto às análises, "o maior número de incumprimentos dos valores paramétricos ocorre nos parâmetros bactérias coliformes e E. coli, representando 40 % das 100 análises em incumprimento.

Assim, houve 1629 incumprimentos dos parâmetros microbiológicos, contra 1891, no ano passado. Representa uma descida de 13,86%, o que de acordo com o relatório da ERSAR "evidencia uma melhoria da qualidade da água na torneira ao nível da desinfeção".


REGISTO AUDIO



José Milheiro leu o relatório da ERSAR

Chumbo na Água

Apesar da qualidade da água ser globalmente boa existem "alguns parâmetros (alumínio, ferro, manganês, arsénio, chumbo e níquel, por exemplo) em que os máximos registados mostram que os resultados excedem, ainda que pontualmente, em muito os valores limite definidos pela legislação", sublinha o relatório.

Nas análises feitas à saída da torneira, 2% evidenciaram altos níveis de chumbo. O valor máximo máximo obtido foi uma concentração de 374 micro-gramas por litro, quando o valor paramétrico deve ser de "apenas" 10 micro-gramas por litro.

Para Luís Simas estes valores devem ser imputados às redes domésticas, já que nas redes de distribuição "há uma prática muito regular das entidades gestoras, sempre que identificam tubagens em chumbo fazerem a sua substituição. Assim, o país, praticamente, não terá rede significativa (em termos de cumprimento) em chumbo".

Mas para quem ainda tem na sua casa tubos da água em chumbo existem estratégias para melhorar a qualidade da água. O diretor do Departamento da Qualidade da Água da ERSAR explica que "após uma noite, antes de utilizar a água, é útil fazer uma descarga das torneiras para que não se consuma o chumbo que, entretanto, se dissolveu na água. Uma medida que ajuda a minimizar os impactos", conclui Luís Simas.

www.tsf.pt
04
Ago16

Zona Ribeirinha de Olhão animada com a chegada dos piratas

António Garrochinho

Na quente tarde de 2 de agosto a baixa de Olhão foi invadida por piratas de todas as idades, que aportaram no cais do Caíque do Bom Sucesso, junto aos Mercados, e foram aparecendo de onde menos se esperava até ao final da noite. Ao desembarcarem, depois de galgarem a Ria Formosa, anunciaram a sua chegada ao som de tiros de mosquete e canhões, perante o olhar de admiração de muitos visitantes.

O II Festival Pirata de Olhão, que ontem teve início e se prolonga até à próxima sexta feira, 5 de agosto, sempre com atividades a partir das 18h00, trouxe ainda mais animação à já muito concorrida baixa de Olhão. E os populares também responderam à chamada, surgindo muitos deles no recinto do Festival vestidos a rigor, inclusive com espadas e chapéus tricórnio.

A iniciativa, organizada pelo Município de Olhão em colaboração com a companhia de teatro Viv’Arte, todos os dias acontece com abordagens diferentes ao recinto e aos populares ali presentes, mas o cardápio é o mesmo. Está garantida muita animação com a arruada de piratas de mapas em riste que seguem até perto da estátua da Floripes, no Largo Patrão Joaquim Lopes, a escola dos corsários com aulas de aritmética para contar moedas de ouro e aulas de esgrima para destros e canhotos ou provas de gancho.

Por entre cerca de duas dezenas de bancas onde pode ser adquirido artesanato, doces ou bebidas alusivas à época setecentista, mesmo junto à Ria Formosa, também é possível apreciar a exótica dança dos sete mares e o voo da águia do Capitão Bico de Papagaio, as lavadeiras de ceroulas encardidas que afinal são escravas fugidas das galés ou o vendedor de marés das praias douradas que tem uma venda no olho que vê.

Pela noite dentro, pode-se ainda assistir a um leilão de escravos, à dança das grinaldas em flor pela bailarina dos sete ventos ou apreciar a música dos mares do sul e as cantigas do Capitão de Mar e Vento. Os corsários apaixonados dedicam poemas às sereias da Ria Formosa e da ilha vem o ataque do caçador de trovões e traques. A noite termina com um Baile de Gala e Glamour com o assalto dos piratas à cata do tesouro do Capitão Barbecue e dos seus dentes de ouro de quatro quilates.

A primeira noite do Festival Pirata foi um sucesso, com muitas centenas de visitantes a comparecerem no local. O êxito promete continuar até ao final da iniciativa do Município de Olhão e da Viv’Arte começando assim agosto com muito para desfrutar na zona ribeirinha da cidade.






planetalgarve.com


04
Ago16

"Alteração ao IMI só se aplica a casas novas e tem impacto muito residual"

António Garrochinho
Manuel Reis Campos, presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário (CPCI)


Presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário considera que “se está a discutir um falso problema”.



A alteração legislativa ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que aumenta ou reduz um dos seis factores que determinam a avaliação tributária das habitações, “está a gerar interpretações erradas, que só servem para criar instabilidade no mercado”. Quem o afirma é Manuel Reis Campos, presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário (CPCI), que considera que não se está perante um aumento generalizado do imposto (como parece estar a passar para a opinião pública).

Em declarações ao PÚBLICO, Reis Campos começa por destacar que “a medida tem um impacto residual ou praticamente nulo”, já que se aplica "apenas a imóveis novos ou a proprietários que venham a pedir uma reavaliação das suas casas”. E que o critério “só assume alguma relevância nos grandes centros urbanos e em algumas zonas de eleição”.

Em causa está a alteração introduzida no coeficiente da qualidade e conforto dos imóveis, concretamente no da localização e operacionalidade relativas, que se aplica, segundo a legislação em vigor, quando “o prédio ou parte do prédio se situa em local que influencia positiva ou negativamente o respectivo valor de mercado ou quando o mesmo é beneficiado ou prejudicado por características de proximidade, envolvência e funcionalidade, considerando-se para esse efeito, designadamente, a existência de telheiros, terraços e a orientação da construção”.

Este critério existe desde 2007, mas o coeficiente de majoração (aumento do valor do imóvel) subiu consideravelmente, passando de até 5% para até 20%. A avaliação daqueles elementos também pode garantir uma minoração (redução do valor), que também aumentou, mas menos, passando de até 5% para até 10%.

Dentro da qualidade e conforto constam 13 factores majorativos e 11 minorativos, como o de se tratar de moradias unifamiliares, localização em condomínios fechados, com piscina, ou localização excepcional (vistas de mar, rio, ou outras), que já existiam e que não sofreram qualquer alteração com o Decreto-Lei nº 41/2016, publicado esta segunda-feira em Diário da República e que já em vigor.

Para Reis Campos, “está-se a discutir um falso problema [o de aumento de impostos], que só serve para criar instabilidade, numa altura em que o mercado imobiliário está a registar uma dinâmica como não se verificava há muito tempo”.

O líder associativo lembra que no âmbito da CNAPU (Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos), de que faz parte a construção e o imobiliário mas também os proprietários e inquilinos, tem-se discutido várias alterações e que esta em concreto visou garantir uma diferenciação entre fracções do mesmo prédio, quando são relevantes, e uniformizar ao mesmo coeficiente que está fixado para os prédios destinados ao comércio, indústria e serviços.

Em resposta enviada ao PÚBLICO, o Ministério das Finanças já tinha avançado com esse o mesmo argumento: “A alteração em causa permite a equiparação ao valor do coeficiente a aplicar a Prédios Urbanos destinados a Comércio Indústria e Serviços constante da Tabela II do Art.º 43.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (CIMI), que pode ser majorado até 0,20 e minorado até 0,10, conduzindo assim a uma maior uniformidade no cálculo do valor patrimonial tributário dos prédios destinados a habitação”.

As Finanças garantem que “a aplicação deste coeficiente não é discricionária, já que o mesmo é composto por vários indicadores resultantes das directrizes definidas pela Comissão Nacional de Avaliação de Prédios Urbanos (CNAPU) e aprovadas por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças”.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, defendeu esta quarta-feira, em declarações à RTP, que a alteração não visa qualquer aumento de impostos.  O responsável afirmou que, se o tiver algum impacto na receita será no próximo ano, será “muito residual".

Fernando Rocha Andrade lembrou que foi a actual maioria parlamentar que, no Orçamento de Estado de 2016, desceu o limite máximo da taxa de IMI, dos actuais 5% para 4,75%. Esta alteração só se aplica ao IMI a pagar em 2017.


www.publico.pt
04
Ago16

A passagem da Tocha Olímpica, pelo Rio de Janeiro está a fazer-se sob fortes medidas de segurança e muitos protestos.

António Garrochinho

Esta quarta-feira, a polícia brasileira recorreu a gás lacrimogéneo e a balas de borracha para dispersar uma multidão.
A manifestação ocorreu no município Duque de Caxias, que integra a região metropolitana do Rio de Janeiro.
Os manifestantes, na sua maioria professores, protestavam contra o pagamento em parcelas dos salários, imposto pelo Governo do Estado em dezembro, contra o aumento do custo de vida e contra a situação política do Brasil.
Durante o protesto o músico Tarcísio Gomes foi imobilizado por agentes da Força Nacional depois de protestar, de forma insólita, contra o presidente interino, Michel Temer.
O músico baixou os calções e exibiu nas nádegas as palavras “Fora Temer”


Condutor da tocha é retirado do percurso no Rio pela Força Nacional. Saiba mais: http://bit.ly/2avR6H9 
Horas antes de chegar à Baixada Fluminense, a Chama Olímpica cruzou a Baía de Guanabara numa embarcação da da marinha do Brasil. A lamparina passou para as mãos do presidente da Câmara Municipal do Rio, Eduardo Paes, ao som da música “cidade maravilhosa”.

Esta quinta-feira, a Tocha volta ao centro do Rio, para percorrer a cidade. Na sexta entra no Maracanã onde acenderá a Pira Olímpica, dando início à cerimónia de abertura dos Jogos.
pt.euronews.com
VÍDEOS


04
Ago16

O inferno é ter de ir à praia

António Garrochinho




Se eu pudesse ser tele-transportada para a praia e de volta para casa ao fim do dia, iria à praia de boa vontade. Porque o problema não é estar na praia, é ter de ir e vir da praia …
No verão, uma das vantagens de viver em Lisboa é não ter de ir à praia. Quando vivia fora de Lisboa, perto do mar, era quase obrigatório ir à praia, porque estava próxima.
Estar na praia, às vezes, até sabe bem: olhar para o mar ou ler um livro, mergulhar e nadar um bocado. As crianças, quando são pequenas, entretinham-se com areia, água e um balde; hoje, já crescidas, entretêm-se com os telemóveis. Podemos adormecer a ouvir o zumbido de outra gente e das ondas a bater na areia, embora uma boa sesta possa custar uma queimadura catastrófica. Se eu pudesse ser tele-transportada para a praia e de volta para casa ao fim do dia, iria à praia de boa vontade. Porque o problema não é estar na praia, é ter de ir e vir da praia …
Primeiro, temos de nos lembrar de tudo o que é preciso levar, incluindo os filhos. Temos de levar o mínimo possível, mas não podemos deixar nada para trás: os documentos do carro, o BI, toalhas, loção para o sol, água, telemóvel, máquina fotográfica, uns iogurtes obrigatórios para as crianças, um chapéu de sol daqueles que podem matar gente (já lá chegaremos), bonés, casaquinhos para um eventual vento frio, etc., etc., etc.
É preciso ir de carro, a não ser que moremos nuns dos poucos sítios onde há rotas de autocarros ou comboios (Costa da Caparica, Linha de Cascais, e mais umas poucas cidades no Algarve e ao longo da costa do norte). É bom que a maior parte das praias não estejam estragadas por filas de hotéis em cima delas, mas por outro lado, isto significa que, mesmo em férias, é preciso usar o automóvel, encontrar um lugar para estacionar, andar um quilómetro para chegar à praia, numa estrada íngreme, e depois andar mais meio-quilómetro no areal para chegar à parte da praia menos coberta de gente e das suas tralhas, e tendo sempre na mente que vai ser preciso repetir toda esta viagem ao fim do dia, no sentido inverso. Está assim estragado qualquer bem-estar que a praia possa inspirar.
E não é seguro que a praia vá proporcionar esse bem-estar. Por vezes, a praia está demasiado povoada para que encontremos um lugar a 5 metros de distância da virilha suada de uma outra pessoa, ou das suas discussões familiares, ou de ambas as coisas. Por vezes, temos de ficar ao lado de quem passa o dia ao telemóvel, por causa de negócios ou de bisbilhotices, a ouvirmos só um dos lados da conversa. Outras vezes, é uma pessoa com uma voz fantasticamente chata que é uma mãe galinha das piores e nunca desiste de chatear o miúdo, em voz alta, porque o miúdo não quer comer, ou porque o miúdo, depois de comer, quer ir já para a água.
Por vezes, há vento suficiente para levantar os chapéus de sol e fazê-los voar ao longo da praia. É preciso então estar atento aos chapéus de sol voadores, para não acabarmos com um deles espetado num olho, e também estar atento ao nosso próprio chapéu de sol, para termos de o ir desenterrar do olho de outra pessoa. Ao fim do dia, se sobrevivemos à praia com todos os olhos intactos, podemos finalmente ir embora, palmilhar o quilómetro e meio até ao carro, passar meia hora a tirar a areia de todas as partes do corpo, e depois conduzir para casa em longas filas de trânsito, atrás de gente quase a dormir e seguidos por outros que querem ultrapassar-nos nas curvas por cima das falésias.
Chegamos a casa, exaustos.
Mas já desisti de dizer às pessoas que a praia não me interessa, embora por vezes tenha de o lembrar às amigas que gozam com as minhas pernas brancas no fim do Verão. Elas ficam sempre chocadas, como se não gostar de ir à praia fosse uma coisa inimaginável, como se eu estivesse a confessar que não gostava de doces conventuais ou de fado. É que sempre que alguém admite não gostar de uma coisa de que os portugueses julgam absolutamente normal que se goste, como o fado, os doces conventuais ou um Verão passado na praia, todos eles ficam estupefactos e até ofendidos. A praia e o doce de ovos parecem ser a base do patriotismo. Enfim, nunca conseguirei pertencer à tribo.

Lucy Pepper
04
Ago16

O JORNALIXO PORTUGUÊS NOTICIANDO O "JET MERDA" ! - David Cameron troca Algarve e usa calções de 270 euros

António Garrochinho






Após três verões em Portugal, o ex-primeiro-ministro britânico foi de férias para a Córsega

David Cameron, que nos últimos três verões escolheu o Algarve como destino de férias, optou este ano pela região francesa de Córsega. Foi lá que ex-primeiro-ministro britânico foi apanhado pelo jornal The Sun, que fez primeira página com as fotografias das férias e com o facto de este parecer mais gordo.









Os calções usados por David Cameron


O jornal fala das férias de luxo de David Cameron e repara que a fortuna gasta num personal trainer não tem dado grandes resultados.


Repara também nos calções de banho usados pelo ex-governante britânico, um modelo da Orlebar Brown que custa 225 libras, quase 270 euros. Os calções deram nas vistas por causa do padrão, que mostra a piscina do Hotel du Cap Eden-Roc, em Antibes, França.

Segundo o The Sun, as férias de luxo de Cameron, mulher e filhos terão custado cerca de 15 mil libras (mais de 17 mil euros), mas a família viajou num voo da companhia aérea low-cost EasyJet.

David Cameron deixou Downing Street a 13 de Julho, dando lugar a Theresa May.

www.dn.pt
04
Ago16

IMI. Casas iguais podem pagar imposto diferente

António Garrochinho



O que vai acontecer ao IMI dos proprietários que conseguirem reunir dois em um? Ou seja: vista para o rio e para um cemitério, como a da casa da foto que tem vista para o Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, e para o Tejo. Especialistas ouvidos pelo DN dizem que basta serem avaliadas por pessoas diferentes 
     
Proprietários e avaliadores alertam para critérios subjetivos na avaliação de imóveis

João Fonseca é perito avaliador de imóveis e tem dificuldade em entender o novo peso que a vista e a exposição solar de uma casa terão, a partir de agora, no cálculo do imposto municipal sobre imóveis. "Somos incentivados a fazer casas a sul-poente por questões energéticas, agora vamos ser penalizados por estarmos a fazer as coisas bem?", questionou ao DN/Dinheiro Vivo. A dúvida repete-se do lado dos proprietários e António Frias Marques teme que quase ninguém venha a escapar a um aumento do imposto, especialmente agora que as câmaras, para as quais a receita deste imposto reverte, vão poder pedir reavalições dos imóveis quando acharem que o valor está desajustado. "Não tenhamos ilusões, as novas regras vão levar a um aumento generalizado do imposto e servem o propósito de aumentar a receita", defende o presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP).

Em causa está o decreto que põe em prática uma medida do Orçamento do Estado que atribui um novo peso à qualidade e conforto de uma casa. Até aqui, o coeficiente de localização e operacionalidade relativas - um dos 13 itens que ajudam a apurar a qualidade de um imóvel - valia 5%, mas com a alteração passa a valer 20%, atribuindo mais valor a fatores como a luz ou a vista de uma casa.

"Acho um aumento exagerado", diz João Fonseca, perito avaliador contactado pelo DN/Dinheiro Vivo, lembrando que fazer uma análise à exposição solar ou à vista de uma casa "é de facto subjetivo" e depende muito do "bom senso do perito". No limite, salienta o especialista, "dois apartamentos idênticos" podem pagar impostos diferentes caso tenham avaliações diferentes.

Esta é uma das maiores críticas feitas ao novo diploma pelos proprietários. Luís Menezes Leitão diz mesmo que o coeficiente de localização e operacionalidade relativos "é o indicador mais subjetivo de todo o cálculo do IMI. A fórmula, acrescenta o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, "tem cada vez menos que ver com o valor de mercado do imóvel".

"Nós sabemos que depois de feito todo o cálculo este coeficiente terá um valor relativo, mas estamos perante um aumento de 15%" que irá incidir especialmente na classe média e média-alta, já que as isenções "foram alargadas para proteger quem tem rendimentos mais baixos" durante a última legislatura, lembra, por sua vez, António Frias Marques, presidente da Associação Nacional de Proprietários, para quem a medida que entrou em vigor na terça-feira serve apenas um objetivo: aumentar a receita deste imposto que já vale mais de 60% das receitas diretas das câmaras.

O governo rejeita o propósito e assegura que esta nova quantificação dos itens que medem o conforto de um imóvel "será sempre um impacto reduzido", considerando que se aumenta a equidade: "O nosso objetivo, em primeiro lugar, foi introduzir maior justiça fiscal, permitindo refletir mais fielmente as variações de preço que os imóveis efetivamente têm", disse o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade à SIC acrescentando que a nova regra vem "introduzir alguma simplicidade e uniformidade, porque o peso que estamos a introduzir no cálculo do valor da habitação é o mesmo que já vigorava no comércio e serviços, onde tem funcionado sem problemas de maior".

Para quem avalia as casas perdeu-se, no entanto, uma oportunidade para "definir os critérios" que devem pautar as avaliações. "O governo limitou-se a substituir uma tabela por outra", salienta João Fonseca, esclarecendo que o trabalho do perito ficaria mais "salvaguardado" se a comissão de peritos que presta ajuda às Finanças definisse bem as regras a seguir.

As críticas estão longe de ficar por aqui. No decreto que entrou nesta terça-feira em vigor deixa de se observar a majoração de 5% atribuída à "utilização de técnicas ambientalmente sustentáveis, ativas ou passivas" que, para António Frias Marques, constitui mais um choque com as regras incentivadas até aqui. "Entre estas técnicas ambientalmente sustentáveis estavam os incentivos, por exemplo, aos painéis solares", sublinha o presidente da ANP.

www.dn.pt
04
Ago16

COMO IRONIZA O ZÉ POVINHO " DAS DUAS TRÊS"

António Garrochinho

OU PENSAM QUE O POVO É ESTÚPIDO, OU NÃO SABEM MENTIR, OU NA HIPÓTESE MAIS CREDÍVEL E QUE ESTÁ NA MODA, QUEREM CATEQUIZAR-NOS COM A MENTIRA
ESTA É UMA NOTÍCIA DO JORNAL "OBSERVADOR" MAIS UM SUPER PASQUIM AO SERVIÇO DO NEO LIBERALISMO E PORTA VOZ DA DIREITA PSD/CDS
Luís Montenegro, Hugo Soares e Luís Campos Ferreira foram a jogos do Euro oferecidos pelo empresário Joaquim Oliveira. Pedro Passos Coelho e Matos Rosa pagaram tudo do seu bolso.
É MINIMAMENTE ESTRANHO QUE SÓ PASSOS COELHO E MATOS ROSA FOSSEM ELES A PAGAR DO BOLSO A OFERTA DO JOAQUIM OLIVEIRA.
QUER DIZER...OFERECEM-SE BOLOS AOS DE MAIS BAIXA PATENTE E AOS "GENERAIS" URTIGAS.


António Garrochinho
04
Ago16

Rocha Andrade foi ver dois jogos do Euro pagos pela Galp

António Garrochinho

O secretário de Estado dos Assuntos fiscais aceitou que a Galp lhe pagasse duas viagens para ver jogos da seleção no Euro: com Hungria e França. O fisco tem 100 milhões em contencioso com a Galp.


Fernando Rocha Andrade, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do Governo de António Costa, viajou para França para assistir a um jogo da seleção portuguesa, a convite da Galp, que lhe pagou a passagem, transportando-o num voo fretado só para convidados. A revista Sábado avança esta quarta-feira com a notícia, que será desenvolvida amanhã na edição impressa. Entretanto, o ministério das Finanças confirmou ao Observador que Rocha Andrade “assistiu por via de idêntico convite ao jogo da final. Não existe qualquer fundamento para falar em conflito ético“, sublinham as Finanças.
À pergunta sobre que empresa formulou o segundo convite para ver a final, uma fonte oficial das Finanças respondeu: “A mesma”. O secretário de Estado viu, assim, o Portugal-Hungria e a final com a França, com bilhetes e viagens pagas pela Galp. As duas deslocações terão sido de ida e volta no mesmo dia sem envolver dormidas.

Rocha Andrade vai reembolsar a Galp

O Ministério das Finanças acrescentou entretanto que Fernando Rocha Andrade já contactou a Galp no sentido de reembolsar a despesa que a empresa teve com estes convites, e cujo valor não é conhecido. O governante reafirma que considerou o “convite natural”, e defende que não existe um conflito de interesses. “No entanto, para que não restem dúvidas sobre a independência do Governo e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”, contactou a Galp no sentido de reembolsar a empresa da despesa efetuada. O valor não é conhecido.
O preço dos bilhetes para esses jogos está tabelado num documento da UEFA: no total, para as melhores zonas dos estádios, o valor dos dois bilhetes para o adepto comum custaria 1.040 euros. Os bilhetes de categoria 1 para o Portugal-Hungria valiam 145 euros, mas eram muito mais caros na final: 895 euros, segundo a tabela da UEFA. Se fossem lugares classificados como categoria 2, os bilhetes custariam 105 euros na fase de grupos e 595 euros na final (um total de 700 euros). Para se ter ideia do valor total do “presente” ao secretário de Estado será preciso somar o preço das viagens e da alimentação, uma vez que não houve lugar a pernoita.
Segundo informação recolhida pelo Observador, a viagem terá sido contratada à agência de viagens Cosmo, que é propriedade de Joaquim de Oliveira. A Cosmos é a transportadora oficial da Federação Portuguesa de Futebol e nessa qualidade teve acesso a bilhetes para o Euro 2016 que comercializou num pacote que inclui a entrada e a deslocação até à cidade francesa onde se realizaram os jogos. A agência é, aliás, especializada em viagens desportivas, comercializando pacotes do género sempre que há jogos internacionais de clubes portugueses ou da seleção. Neste caso em concreto, a Galp foi uma das entidades que comprou alguns desses pacotes para distribuir pelos seus convidados.
O secretário de Estado disse à revista Sábado que não via qualquer incompatibilidade ou conflito ético e encarava “com naturalidade, e dentro da adequação social, a aceitação deste tipo de convite — no caso, um convite de um patrocinador da seleção para assistir a um jogo da seleção nacional de futebol”.

Conflito de interesses? Governo não decide processos judiciais

Não só Rocha Andrade aceitou o convite de uma empresa, como anuiu em viajar para França às custas de uma grande companhia que tem um enorme conflito fiscal com o Estado. A petrolífera tem um contencioso que supera os 100 milhões de euros por se recusar a pagar um imposto lançado pelo anterior Governo: a contribuição extraordinária sobre os ativos da energia. A empresa impugnou a decisão do ex-ministro da Energia Jorge Moreira da Silva, em Tribunal Administrativo. Foi a única das grandes empresas a contestar a decisão sem pagar.
Em resposta à revista, Rocha Andrade disse que não via “qualquer conflito de interesses”. No que se refere ao facto de haver um contencioso judicial com a Galp, o Ministério das Finanças disse à Sábado que os processos judiciais são “algo relativamente normal na relação entre um contribuinte com esta dimensão e a Autoridade Tributária”. Apesar de a Autoridade Tributária depender da tutela de Rocha Andrade, as Finanças acrescentam, também em resposta ao Observador: “Tratando-se de processos em contencioso, asdecisões concretas sobre os processos judiciais em causa não competem ao Governo, mas sim aos Tribunais.”
António Costa criou um código de ética para os candidatos a deputados antes das eleições de 2015 e Fernando Rocha Andrade foi um dos redatores desse documento. O código não faz referência a ofertas de empresas. O secretário de Estado é um dos membros mais próximos do primeiro-ministro e amigo pessoal do secretário-geral do PS.

As explicações da Galp

Ao Observador, fonte oficial da Galp explica que patrocina a seleção nacional de futebol desde 1999 e que esse apoio envolve várias “iniciativas com o objetivo de reforçar a visibilidade e impacto desse apoio. Entre essas iniciativas, conta-se o envio de convites a pessoas e instituições com as quais a Galp se relaciona. Entre os convidados encontram-se parceiros de negócios, fornecedores e prestadores de serviços, agências de publicidade, representantes institucionais e dezenas de clientes, grandes e pequenos”. Nesta resposta, a empresa não se refere expressamente a membros do Governo.
Todos viajam em conjunto de forma aberta e transparente, num voo charter de acesso generalizado, sem qualquer segredo ou tratamento diferenciado, partindo e regressando no próprio dia do jogo”.
A Galp assegura ainda que este tipo de iniciativas é “comum e considerado aceitável no plano ético das práticas empresariais internacionais”. E qual é o objetivo? “A única coisa que a Galp pretende com todos e com cada um destes convites é fomentar o espírito de união em torno da seleção nacional”.
Atualizado às 18h56 com os esclarecimentos da Galp e do Ministério das Finanças e às 19h20 com os preços dos bilhetes.

observador.pt
04
Ago16

O PODRE

António Garrochinho

SERVIS AO GRANDE CAPITAL NACIONAL E ESTRANGEIRO ARRANJAM TACHOS PARA A FAMÍLIA E PARA OS AMIGOS, PASSEIAM-SE, ENCHEM O BANDULHO, RECEBEM PRESENTES, USUFRUEM DE SALÁRIOS ASTRONÓMICOS, VIAJAM A CADA MINUTO, VESTEM AS GRANDES MARCAS, TRANSPORTAM-SE EM ALTAS CILINDRADAS, ESCONDEM O DINHEIRO EM TODOS OS BURACOS, NÃO DECLARAM RENDIMENTOS, POSSUEM IMPÉRIOS DISFARÇADOS, VIVEM EM CONSTANTE LUXO, SÃO MENTIROSOS, ARDILOSOS, ELITISTAS, RUINS.
QUANDO LHES DESTAPAM A CARECA, NEGAM TUDO COM O DESCARAMENTO PROFISSIONAL DOS GANGSTERS.
ALGUNS PEDEM DESCULPA PARA SOSSEGAR A PLEBE E LHES TAPAR OS OLHOS FAZENDO ACREDITAR QUE FOI SÓ UMA FALHA CASUAL E QUE NUNCA MAIS PISARÃO O RISCO.
QUEM SÃO ?
OS CAPITALISTAS ?
SIM ESSES JÁ OS CONHECEMOS !
MAS AGORA TODOS OS DIAS "CONHECEMOS" OU TENTAM CONVENCER-NOS QUE CONHECEMOS A VIDA DOS LACAIOS, DOS POLÍTICOS, DOS GOVERNANTES, OS DA GRANDE LÁBIA, OS ALDRABÕES RELES, QUE USAM O TAL PERFUME DA TRAIÇÃO E DA FACADA NAS COSTAS.
O POUCO QUE SABEMOS FAZ-NOS PENSAR O PIOR.
QUE MAIS TRAFULHAS,. QUE MAIS VIGARICES, QUE MAIS GATUNICE ESCONDERÃO ESTES SENHORES DA
GOVERNANÇA E OS SEUS PRÓXIMOS !?
DOS QUE GOVERNAM, DOS QUE ANDAM NOS CIRCUÍTOS DO PODER HAVERÁ ALGUÉM HONESTO ?


António Garrochinho

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