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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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09
Ago16

Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue

António Garrochinho



Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue





Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue


Breve resenha

O filme mostra depoimentos sinceros dos irmãos da Janis Joplin, dos colegas de escola, dos músicos que trabalharam com ela e dos amigos e amantes.

A história de sua vida é exibida em ordem cronológica e várias cartas que ela escreveu aos pais são lidas mostrando os seus sentimentos por eles e as fases de vida pelas quais vai passando.


Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue


Porque assistir

Janis Joplin é a rainha do rock, mas também é a melhor cantora de blues e soul que apareceu na face da terra.

Sua voz é visceral, alta demais e, teoricamente, deveria não funcionar, mas é uma voz mágica, que rasga a alma e mergulha nos corações e mentes.

As cenas são takes da vida de Janis Joplin, de seus show e de sua curta e meteórica carreira.


Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue



Preste atenção


Janis Joplin tinha uma maneira de se movimentar no palco muito especial, pois dava a impressão que a música a tomava, como se fosse uma entidade. No documentário é mostrado que este modo de agir no palco foi copiado de um cantor negro, do qual ela assistiu um show e ficou encantada com a sua performance.


Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue


Depois desta revelação você vai notar bem mais a movimentação de palco da Janis Joplin


Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue


Moda

A época da Janis Joplin era a época dos hippies e das roupas malucas e criativas. Muito do ela vestia você pode ver hoje na moda boho-chic.


Documentário Janis Joplin - Little Girl Blue

  
Ainda que você não goste de rock e nem seja apaixonada por Janis Joplin (confesso que eu sou), com certeza vai gostar do filme, ou melhor, documentário sobre a sua vida.

Mas se você gosta de rock e já souber que a Janis era uma louca consumada, que usava heroína e tinha uma vida sexual digna de um sultão dono de um vasto harém, vai achar que o filme é um pouco careta e contido demais.

O documentário Little Girl Blue entrou em cartaz na primeira quinzena de julho e ainda pode ser visto em vários cinemas.

Eu assisti on line, e vou deixar aqui o link do filme. Embora o site insista para que você baixe este ou aquele programa para poder assistir, não leve isto em conta, vá clicando que você vai conseguir assistir sem baixar nada.



PEQUENA AMOSTRA (TRAILER)


www.gosto-disto.com
09
Ago16

12 entre as mais curiosas ilhas artificiais

António Garrochinho



Na Terra, há muitas ilhas que são famosos por sua beleza natural, mas outras têm sido feitas pelo homem. Algumas estruturas modernas são construídas de maneira similar a uma plataforma petrolífera, outro tipo de ilha artificial é formada pela isolação de uma determinada área pela construção de um canal.

São utilizadas em sua construção diversos meios e materiais, muitas vezes até bizarros, que incluem recifes existentes, dragagem de areia e pedra, aço inoxidável, e até mesmo lixo.


Aqui algumas entre as muitas entre as mais curiosas.


Nossa Senhora das Rochas, Montenegro

A igreja Nossa Senhora das Pedras está localizado em uma pequena ilha artificial na boca de Kotor, na cidade de Perast. Segundo a tradição local, um pescador descobriu uma imagem da Virgem Maria flutuante na baía em 1452, e a igreja foi construída em 1630.

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© John Greim/Getty Images

Palm Jumeirah, Emirados Árabes Unidos 

Palm Jumeirah é uma das três ilhas que foram construídas na costa de Dubai entre 2001 e 2008. O arquipélago artificial foi desenhado na forma de uma palmeira e é composto por um tronco, 16 filiais e uma ilha curva com 10,9 km de costa. O complexo e luxuoso resort abriga Palm Atlantis Hotel. 50 milhões de metros cúbicos de areia foram usadas para criar esta ilha, mais de 6 quilômetros no Golfo, em Jumeriah.
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© Iryna Shpulak/Getty Images

Thilafushi, Maldivas 

Esta ilha artificial situada a oeste de Malé foi construída com corais reciclados em 1992. Foi feita para usar como aterro municipal, que foi apelidado de Ilha de Lixo. Em 2005, estimava-se que cerca de 31.000 caminhões de resíduos chegavam a Thilafushi por ano. Lá, o lixo se acumula em grandes pilhas que aumentam o tamanho da ilha, de acordo com o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
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© Roberto Schmidt/Getty Images

Khazar Islands, Azerbaijão 

Os Khazar Islands, também chamadas Ilhas do Mar Cáspio, é um dos projetos de engenharia mais ambicioso do mundo: um plano para construir 41 ilhas artificiais, distribuídos por 30 quilômetros quadrados no Mar Cáspio e serão conectados por 150 pontes. A empresa lançou o projeto que também prevê a construção de uma estrutura de 1.050 metros de altura, com 189 andares, terá o nome de Azerbaijão Tower. Todas estas instalações são planejadas para ser capaz de suportar terremotos de magnitude 9,0. O projeto está previsto para ser concluído entre 2020 e 2025.
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© Stringer/Reuters

Kamfers Dam, África do Sul

A primeira ilha artificial para flamingos em África foi construída em 2006 e está localizada no norte de Kimberley. É a reprodução de flamingos anão e possui uma bomba movida a energia solar que distribui água por quatro lagoas, onde estas aves se reúnem para construir ninhos.
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© Bob Balestri/Getty Images

Peberholm Dinamarca 

A ilha foi construída como parte da ponte Öresund entre a Dinamarca e a Suécia, no ano 2000. A ilha, que tem 4 km de comprimento, foi construída utilizando materiais extraídos do túnel. Atualmente, Peberholm é uma reserva natural habitada apenas por aves e 10 espécies raras de aranhas.
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© Peter Topp Enge Jonasen/Getty Images

Uros Ilhas Flutuantes, Peru 

Lago Titicaca é o lago que está na parte "mais alta do mundo" é de cerca de 3800 metros acima do nível do mar. O povo Uro construiu essas ilhas, utilizando totora, uma planta que cresce abundantemente em áreas de sombra sobre o lago. A maior ilha pode acomodar dez famílias, enquanto a menor são cerca de 30 metros de largura e eles só cabem duas ou três pessoas.
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© Kseniya Ragozina/Getty Images

Umihotaru, Japão 

Line Aquea Tokyo Bay é assim chamada por estar localizada na Baía de Tóquio, ligando as cidades de Kawasaki e Kisazaru.Conecta a cidade de Kawasaki na Kanagawa com a cidade de Kisarazu em Chiba Prefecture, e faz parte da Estrada Nacional 409. Do comprimento total, 4,4 quilômetros do lado Kisarazu é uma ponte e 9,5 quilômetroso de lado Kawasaki é um túnel submarino, de 60 metros de profundidade.
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© Manabu Watanabe / Getty Images

Ilha do Danúbio, na Áustria 

Esta ilha artificial foi construída no início dos anos setenta, como parte de um sofisticado sistema de proteção contra inundações, em Viena. Nele há clubes, bares, restaurantes e um festival de música popular. Materiais de escavação foram depositados no leito do rio para criar uma ilha com cerca de 21 quilômetros de comprimento.
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© Ministro de metal / Getty Images

Durrat Al Bahrain, Bahrain 

Esta ilha ao largo da costa sul do Bahrein é uma cidade com marca registrada que se estende por 21 km² e foi criada no início do ano 2000. É composto por quinze ilhas artificiais espetaculares, que foram concebidos como uma residência e para o turismo. Durrat Al Bahrain tem mais de 1.000 casas, hotéis de luxo, shopping centers, parques, locais de entretenimento, grandes lojas, restaurantes, 400 cais e um campo de golfe com 18 buracos desenhado por Ernie Els.

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© DigitalGlobe via Getty Images

La Perla de Qatar, Catar 

Este projeto estende-se por cerca de quatro milhões de m², está localizado em Doha, a capital. O projeto (que foi anunciado em 2004) tornou-se rapidamente uma das partes mais sofisticadas e modernas do Oriente Médio. O nome de Pérola refere-se a pérola de pesquisa da indústria, pelo o qual o lugar era famoso no passado.
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© Getty Images

Isle of Swans, França 

É uma pequena ilha artificial (cujo nome significa Ilha dos Cisnes) no meio do rio Sena. Ele está localizado perto da Torre Eiffel e você pode acessá-lo facilmente a partir da ponte Bir-Hakeim ou a partir da ponte de Grenelle. Na ilha pode ser vista uma réplica da Estátua da Liberdade. A ilha foi criada em 1827 para proteger o porto fluvial de Grenelle. Mede 850 metros de comprimento e 11 metros em seu ponto mais largo.
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© Sunset/Rex Shutterstock


elfandarilha.blogspot.pt

09
Ago16

PCP vai propor reunião extraordinária sobre os incêndios

António Garrochinho
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António Filipe, deputado comunista na Assembleia da República, afirmou ao AbrilAbril que o seu partido quer que o Governo faça o ponto de situação dos incêndios.

O incêndio que assola o Funchal já destruiu habitações e levou à evacuação de um hospital
 

O PCP quer ouvir o Governo, com «carácter de urgência», sobre a questão dos incêndios que estão a assolar o País, no continente e na Madeira. «A reunião deverá ser ainda esta semana», afirmou António Filipe ao AbrilAbril.
A vontade é expressa pela situação «bastante grave», particularmente a do Funchal, onde o incêndio que aí lavra voltou a ganhar força esta tarde. Já há habitações destruídas, estradas cortadas, e o Hospital dos Marmeleiros foi inclusivamente evacuado.
Entretanto, o primeiro-ministro, António Costa, já informou que será enviada ainda hoje para a Madeira uma equipa de 36 elementos formada por membros do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR, bombeiros profissionais e voluntários, e elementos do INEM, informa aLusa.
Foi ainda accionado um pré-alerta para um mecanismo europeu de protecção civil e para o acordo com a Rússia, podendo vir a ser accionado efectivamente durante o fim-de-semana. Ainda segundo a Lusa, a Autoridade Nacional de Protecção Civil alertou para «situações extremamente adversas» nos próximos dias, quanto ao combate aos incêndios.

09
Ago16

A PINTURA DE PINO DAENI

António Garrochinho


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09
Ago16

As bandeiras são um sinal?

António Garrochinho



O PS foi e programaticamente continua de forma aparente a ser o mais europeísta dos partidos portugueses. Digo de forma aparente porque há muito que as direitas portuguesas se converteram a um vínculo externo que favorece estruturalmente as suas políticas, ultrapassando o PS no seu entusiasmo. Qualquer social-democrata informado olha para o europeísmo realmente existente e tem o dever de saber que aí radica a fonte principal da sua impotência política.

E o que é que esta conversa tem que ver com este cartaz espalhado pelo país? Não sei, talvez tudo. A Europa já não está connosco, dado que Portugal tem de ser aí explicitamente defendido, reparem no princípio de realismo: o interesse nacional não se dilui no europeísmo. Há uma diferença, que ainda não tem tradução programática social-democrata organizada, mas até já tem tradução na política externa, a que, aqui e ali, contrasta com o do anterior governo. Isto teria reflexos na simbologia, onde a prática muitas vezes se inscreve mais rapidamente: reparem no tamanho e na posição das duas bandeiras.

Estou a ver mal? Admito outra interpretação do cartaz e do resto, claro, mas se esta tiver pernas para andar, e os dilemas impossíveis de que fala o João Ramos de Almeida aí estão para a testar, é um sinal de todo um programa para o futuro, em linha com o que muitos têm dito e escrito. Para o elaborar ideologicamente basta ir buscar inspiração num patriotismo republicano, num nacionalismo de esquerda (sim, nacionalismos há muitos, ao contrário do que diz a ignorante sabedoria convencional), que, esse sim, pôde e pode, ao contrário do europeísmo realmente existente, ter declinações social-democratas consequentes.

ladroesdebicicletas.blogspot.pt
09
Ago16

Lojas de Faro fazem «Desfile de Moda Solidário» para apoiar Associação Oncológica do Algarve

António Garrochinho

  Dânia-Neto

Um “Desfile de Moda Solidário”, organizado pela Ambifaro, em parceria com a ACRAL- Associação de Comerciantes da Região do Algarve, vai decorrer na sexta-feira, 12 de Agosto, a partir das 21h30, na praça exterior do Mercado Municipal de Faro. O objetivo é angariar fundos para apoiar a Associação Oncológica do Algarve.

As receitas, que reverterão na totalidade a favor desta instituição, serão provenientes das verbas que serão entregues pelos lojistas participantes e alguns apoiantes.

No local, poderão ser efetuados donativos e serão também colocados à venda rifas e objetos diversos, sendo as verbas entregues depois, da mesma forma, à Associação Oncológica.

O desfile de moda, com entrada livre, contará com a apresentação da atriz Dânia Neto e será protagonizado por modelos agenciados pela “Boom Models” e terá ainda a participação da modelo eleita “Miss Algarve”.

O evento será abrilhantado com a atuação da Companhia de Dança do Algarve, do Clube Educativo e Desportivo de Faro e da fadista Sara Gonçalves.

Irão participar na iniciativa várias lojas de Faro, que apresentarão as suas coleções, apoiando, ao mesmo tempo, uma causa nobre: Grândola; Note di Moda; Perfil; Óptica do Mercado; Amores Perfeitos; SM; Sapataria Económica; Oberon; Riscas & Quadradinhos; Essential; Mini Mundo Íntimo; Yourstyle; MASCC- Acessórios de Moda; Vera Jóia e Bichinho de Conta.

O Desfile Solidário conta com o apoio das seguintes entidades: Município de Faro; DJ André Salgueiro; ETIC Algarve; Power Fit Studio; Mónica Lopes – Maquilhagem; Hugo Paixão Hairdresser; +Algarve; Total FM; PSG – Segurança Privada; Restaurante Primavera e Restaurante Palhacinho.


www.sulinformacao.pt







09
Ago16

Contra Temer, Chico Buarque volta a cantar 'Apesar de Você' 40 anos depois

António Garrochinho



Chico Buarque canta 'Apesar de Você' no antigo Canecão, durante o Ocupa MinC, no Rio
Chico Buarque canta 'Apesar de Você' no antigo Canecão, durante o Ocupa MinC, no Rio
O plano inicial era que Chico Buarque chutasse uma bola para a plateia, dando início aos "jogos democráticos". Em vez disso, na noite de quinta-feira (4), o compositor subiu ao palco do Canecão, novo endereço do movimento Ocupa MinC RJ, e puxou um coro de vozes para cantar "Apesar de Você", uma de suas mais famosas músicas de protesto.
Chico não cantava a música desde os anos 1970. Com exceção de "Vai Passar", o compositor costuma deixar de fora as canções muito associadas à luta contra o regime militar. A informação é da assessoria de imprensa do músico.
A canção foi lançada nos anos 1970, depois de Chico passar meses na Itália. O compacto que, além da canção, trazia "Desalento", antigia 100 mil cópias vendidas quando um jornal disse que o "você" da música era o presidente Médici. O disco acabou banido.
Na noite desta quarta, porém, a canção ecoou como um recado ao presidente interino Michel Temer.
Chico esteve no Canecão à convite da diretora teatral Bia Lessa, que dirigiu a noite de shows no Canecão. "A ideia era que a Julia Lemmertz o apresentasse, e ele chutaria uma bola, abrindo [o que chamamos de] os jogos democráticos. Mas ele acabou cantando também", diz ela.
Depois de Chico Buarque, a cantora Zélia Duncan assumiu o palco. Também passaram por ali representantes de movimentos de mulheres, indígenas, quilombolas, estudantes, professores, profissionais da saúde e outros.
Palco de shows históricos da capital fluminense, o Canecão está fechado desde 2010, quando a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) conseguiu na Justiça a reintegração de posse do espaço.

VÍDEO
OCUPAÇÃO
O movimento nasceu em maio, após Michel Temer extinguir o Ministério da Cultura -decisão que reconsiderou, por causa da repercussão negativa. E se firmou como um foco permanente de protestos contra o presidente interino.
Expulso na semana passada, após 73 dias, do Palácio Gustavo Capanema -edifício que é a sede do Ministério da Cultura no Rio e da Funarte-, o grupo formado por cerca de 150 pessoas entrou na madrugada de segunda (1º) na antiga casa de shows de Botafogo (Zona Sul). E diz não ter prazo para sair.
Divulgação
Ocupação do Canecão com protesto Fora Temer
Bia Lessa durante a ocupação do antigo Canecão, no Rio
"O desejo da saída de Temer é um ponto de partida, mas o que está acontecendo vai muito além", diz a encenadora Bia Lessa, que se ofereceu para dirigir a festa.
"É uma ideia estética e ética de ocupação de espaços públicos. E conduzida de uma forma que é mais até do que democrática: eles decidem as coisas não por votação, mas por consenso", ressalta ela, que realizou shows de Maria Bethânia no palco do Canecão.
"O 'Fora Temer!'é um pretexto para construirmos novas formas de se fazer cultura e pensar a sociedade. A ocupação é um laboratório de políticas públicas", afirma Dyonne Boy, do movimento Reage, Artista!
Em três dias, o grupo limpou todo o terreno, afastou os bichos (ratos, gambás, escorpiões), consertou fiações, encanamentos. E encomendou um laudo técnico para saber se eles e os visitantes estão seguros ou se algo pode desabar.
"Ninguém está aqui por não ter casa, por falta de opção, e sim por opção. É uma decisão política", diz a antropóloga Marcella Camargo.
Graças a uma rede wi-fi própria, muitos realizam seus trabalhos pessoais ali mesmo. Quem tem emprego com horários regulares aparece antes ou depois do expediente. Todos têm funções determinadas. A alimentação vem de doações.
"Sem documento, sem burocracia, sem hierarquia", diz Dyonne.
O grupo diz ter um canal aberto com a UFRJ. A reitoria, no entanto, soltou uma nota dura criticando a ocupação. Diz, entre outras coisas, que há riscos de segurança e que estranha ser alvo da iniciativa, pois condenou a extinção de "ministérios sociais" e "sempre abriu seus espaços acadêmicos para a realização de debates, seminários, atos sobre os grandes problemas sociais".
Segundo a nota, "ao promover a ocupação, o movimento desconsiderou a forma democrática da livre expressão garantida pela universidade".
Os seguranças contratados pela UFRJ para vigiar o local continuam trabalhando. Durante a Olimpíada, têm o reforço de soldados do Exército e da Força Nacional, que patrulham as redondezas.
É curiosa a cena de militares armados protegendo -involuntariamente- um movimento de oposição ao governo.

m.folha.uol.com.br
09
Ago16

Convenientes narrativas de terror

António Garrochinho



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Há razões para recear que os Media estão a gerar uma ampla convicção de verosimilhança, reconhecendo em todos os actos violentos a probabilidade de serem, ou de poderem ter sido, de natureza terrorista, por muito que escasseiem evidências factuais.




No dia 1 deste mês, vários órgãos de informação portugueses repercutiram, nas respectivas edições em linha, uma notícia do diário espanhol El Mundo (1), segundo a qual o auto-proclamado Estado Islâmico (EI) publicara, em Junho, nas redes sociais, um anúncio para o recrutamento de tradutores de português e de castelhano, entre outras informações, designadamente sobre os alegados «progressos» e as «ameaças» do EI.
Entre as participações nas caixas de comentários avultam, além de recorrentes manifestações de xenofobia, intolerância e de inspirações «humorísticas» mais ou menos forçadas, reacções muito críticas de leitores.
«Esta notícia é direccionada para aqueles que não tenham tido conhecimento do recrutamento ficarem a saber!», comenta um leitor doDiário de Notícias (2). Outra leitora pergunta se «o DN pode ser processado por apoio ao terrorismo», questionando se tal informação é notícia «só porque o El Mundo também faz», concluindo: «Que falta de sentido ético! Que falta de sensibilidade! Que estupidez!»
«Valha-me Deus!! Isto é notícia ou estão vocês a receber as candidaturas? Sinceramente ao que chega o nosso jornalismo!», indignou-se um internauta no sítio da Rádio Renascença (3). «Não querem divulgar mais os desejos do daesh? Assim, sempre desempenhavam melhor o papel de os ajudar!», questionou outro. E um terceiro protestou: «Esta é a tal notícia que não devia ser!»
«Coloca-se em discussão um problema central – o da responsabilidade ética dos jornalistas na ponderação, selecção, hierarquização, valorização, difusão e avaliação dos efeitos da publicação de factos susceptíveis de serem notícia.»
Justamente nos dias anteriores crescera, nomeadamente em França, um interessante debate entre intelectuais e responsáveis editorais sobre o que e como noticiar os acontecimentos – publicar ou não a identificação e as biografias dos implicados em actos violentos atribuídos ou reivindicados por aquele ou outros grupos. Objectivo: evitar a glorificação dos autores e procurar neutralizar o seu protagonismo pelo maior anonimato possível.
As citadas contribuições dos internautas, centradas no evidente risco de transformar os Media em instrumentos de propaganda e mesmo da legitimação desta, colocam em discussão um problema central – o da responsabilidade ética dos jornalistas na ponderação, selecção, hierarquização, valorização, difusão e avaliação dos efeitos da publicação de factos susceptíveis de serem notícia.
Muitas questões podem e devem ser equacionadas. Três exemplos:
– Até que ponto a divulgação de informações como aquela serve os interesses da propaganda do terror, instrumentalizando os meios de comunicação social e legitimando a «comunicação terrorista»?
– Ou, por outro lado, até que ponto o fluxo quase contínuo de certas «informações», distribuído através de Media «credíveis» mas que os jornalistas não conseguem confirmar e contrastar em tempo útil, serve interesses obscuros de qualquer um dos lados?
– Ou, ainda, será que os Media estão a ser manipulados na disseminação de mensagens tendentes a criar uma atmosfera cívica permeável a um discurso da demagogia securitária levando os cidadãos a aceitar acriticamente uma soma muito preocupante de restrições às suas liberdades – ou as dos jornalistas?
Um comunicado recente do Sindicato Nacional dos Jornalistas Franceses, significativamente intitulado «Prolongamento do estado de urgência e informação: uma deriva inquietante» (4), colocava em evidência dois problemas:
– os efeitos deletérios sobre a liberdade de informação, limitando a capacidade dos repórteres que investigam o terrorismo, ou mesmo de as condições em que vivem os cidadãos da «segunda zona»;
– e o enquadramento da prorrogação do estado de emergência por declarações belicistas do Presidente da República e do primeiro-ministro, retomadas por numerosos eleitos, tanto da esquerda como da direita.
Uma leitura atenta da torrente de notícias (umas instantâneas, nos directos, outras que deveriam ser mais ponderadas com tempo de recuo mais razoável) sobre os acontecimentos violentos do último mês fornece material suficiente para uma reflexão sobre riscos muito graves que os cidadãos já enfrentam de facto e que já não são mero produto de elaborações teóricas prospectivas.
«Há sérias razões para recear que os Media (...) estão a alimentar uma espécie de síndrome de "Pedro e o Lobo", atribuindo de imediato origem "terrorista" a actos que não revestiam de facto tal natureza.»
Há sérias razões para recear que os Media, «legitimados» em fontes oficiais que propagam toda a sorte de informações à velocidade vertiginosa do Twitter, ou escorados em «especialistas» que debitam opiniões apressadas, em directo ou em diferido, estão a alimentar uma espécie de síndrome de «Pedro e o Lobo», atribuindo de imediato origem «terrorista» a actos que não revestiam de facto tal natureza.
Ou, pior, estão a gerar uma ampla convicção de verosimilhança, reconhecendo em todos os actos violentos a probabilidade de serem, ou de poderem ter sido, de natureza terrorista, por muito que escasseiem evidências factuais – escrutináveis pelos jornalistas e/ou por fontes independentes (e aqui bate o ponto…) – sobre tal natureza e a motivação reais desses acontecimentos.
Um bom exemplo para discutir essas hipóteses e a atitude pouco cuidada dos Media é o caso do ataque num centro comercial em Munique, Alemanha, em 22 de julho, perpetrado por um jovem germano-iraniano de 18 anos, que abateu a tiro nove pessoas e acabou por suicidar-se.
Vítima da vertigem imediatista transformada em combustível da ingovernável nave mediática, a generalidade da comunicação social instantânea (televisões e rádios e jornais em linha «em directo») foi incapaz de precaver-se do dilúvio de rumores, informações falsas e manipulações grosseiras que transbordou do espaço público.
Do número exagerado de atiradores (inicialmente eram três) e sequestros imaginários em hotéis, à transmissão de imagens de arquivo com inúmeros mortos em ataques noutros locais há anos, ou de simulacros de operações policiais ou de socorro, tudo serviu para alimentar e credibilizar uma conveniente narrativa de terror.
Pode ter servido para acelerar as audiências e «visitas» do dia, e talvez tenha sido útil a interesses estranhos, mas não serviu nem os direitos, nem os interesses dos cidadãos, nem o objectivo da verdade.

09
Ago16

31 mil professores abandonaram o ensino durante período da troika

António Garrochinho

Enquanto Nuno Crato esteve no Ministério da Educação mais de 30 mil 

professores abandonaram o ensino

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Entre 2011 e 2015, anos do governo do PSD e do 
CDS-PP, foram os que ditaram mais saídas. 
Numa década abandonaram a profissão 27% dos 
activos. Escolas públicas perdem quatro vezes mais professores que as privadas.




O relatório sobre o Perfil do Docente, publicado no final do mês de Julho pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Estatística, informa que abandonaram o ensino 42 165 professores. Este número representa mais de um quarto dos docentes, 27%, que leccionavam em 2004/2005. Segundo o Público, o trabalho incide sobre os dez anos que vão desde o ano lectivo de 2005/2006 até ao de 2014/2015.
As saídas aconteceram em todos os graus de ensino, sendo que 40% destes professores eram do 3.º ciclo (7.º, 8.º e 9.º anos) e do secundário. Outra conclusão do relatório é que houve muito mais saídas nas escolas públicas do que nas privadas. Dos mais de 42 mil docentes que abandonaram o ensino, apenas 920 leccionavam no ensino privado.
Também se conclui que grande parte destes professores, 31 352, saíram entre 2011 e 2015, durante o governo do PSD e do CDS-PP e na sequência da assinatura do memorando com a troika. No período analisado, o decréscimo do número de professores começou em 2010/2011, ainda com o governo de José Sócrates.
De 2010 a 2014 foram cortados, segundo um relatório do Tribunal de Contas do final do ano passado, 900 milhões de euros nas despesas com professores. Nesse período foram contratados menos de metade dos docentes e registou-se uma redução de 11 mil nos quadros.
O número de alunos também diminuiu neste período, mas apenas 7,4%, o que significa um aumento no número de estudantes por professor e por turma. Em sentido inverso, diminuíram o número de turmas e foram encerrados estabelecimentos. Desde 2002, fecharam quase cinco mil escolas, 821 das quais com Nuno Crato à frente do Ministério da Educação.

abrilabril.pt
09
Ago16

Showreel dos participantes do campeonato de breakdance BBIC 2016 na Coreia

António Garrochinho


Recentemente foi celebrado o Campeonato Internacional Bboy de Bucheon 2016 e é possível ver o que aconteceu no mesmo com uma busca no Youtube que devolve algumas dezenas de vídeos do evento realizado em Bucheon, Coréia do Sul. Este vídeo mostra vários participantes do festival dançando ao som de "High Seas & Childish Dreams", do Imagin8. Apesar dos dançarinos serem espetaculares, a verdadeira estrela aqui é o responsável pela cenografia, YAKfilms, e você vai entender muito bem o que estou falando depois de pressionar o Play. Com este cara por detrás da câmera até uma convenção de sogra deve ficar linda.


VÍDEO



www.mdig.com.br

09
Ago16

SEP denuncia imposição ilegal de horários de 40 horas

António Garrochinho

manif enfermeiros









Apesar de ter entrado em vigor no dia 1 de Julho a lei que reverteu o período normal de 
trabalho para as 35 horas semanais, há enfermeiros a quem está a ser imposto aceitar o 
horário de 40 horas, sob a ameaça de ter de pedir a exoneração da Unidade de Saúde em 
que trabalham, denuncia o SEP - Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. 
A situação acontece nas USF do ACES Cávado I, em Braga, e foi hoje divulgada numa 
nota à Comunicação Social.



09
Ago16

SEP denuncia imposição ilegal de horários de 40 horas

António Garrochinho



manif enfermeiros


















Apesar de ter entrado em vigor no dia 1 de Julho a lei 
que reverteu o período normal de 
trabalho para as 35 horas semanais, há enfermeiros 
a quem está a ser imposto aceitar o 
horário de 40 horas, sob a ameaça de ter de pedir 
a exoneração da Unidade de Saúde em 
que trabalham, denuncia o SEP - Sindicato dos 
Enfermeiros Portugueses. 
A situação acontece nas USF do ACES Cávado I, em 
Braga, e foi hoje divulgada numa 
nota à Comunicação Social.





09
Ago16

SEP denuncia imposição ilegal de horários de 40 horas

António Garrochinho


manif enfermeiros


















Apesar de ter entrado em vigor no dia 1 de Julho a lei que reverteu o período normal de 
trabalho para as 35 horas semanais, há enfermeiros a quem está a ser imposto aceitar o 
horário de 40 horas, sob a ameaça de ter de pedir a exoneração da Unidade de Saúde em 
que trabalham, denuncia o SEP - Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. 
A situação acontece nas USF do ACES Cávado I, em Braga, e foi hoje divulgada numa 
nota à Comunicação Social.




09
Ago16

Imprensa revela escândalo de Horta Osório com amante

António Garrochinho


Banqueiro partilhou quarto em Singapura com colaboradora de Blair. 

O CEO do Lloyds Bank, o português António Horta Osório, terá tido um romance com uma antiga conselheira do Tony Blair, escreve o jornal britânico The Sun.  

Um dos mais bem pagos banqueiros do mundo terá passado uma temporada em Singapura com Wendy Piatt num hotel de cinco estrelas. 

A mulher, garante o periódico, foi vista a entrar e a sair várias vezes do quarto do homem, de 52 anos, e até teria uma chave do quarto do executivo.  

Casado e pai de três filhos, Horta Osório estava em Singapura para participar numa conferência internacional, em junho passado. Piatt estava na mesma cidade para "fortalecer laços com universidades estrangeiras", acrescentou o jornal.  
Os dois terão jantado juntos na sexta-feira que precedeu a conferência, antes de continuarem a noite na suite de Horta Osório. 

No dia seguinte, uma conta respeitante a massagens com aromaterapia tidas no spa do hotel foi cobrada ao quarto do banqueiro português. Piatt foi vista nesse mesmo dia a passar algum tempo no mesmo spa.   

Ao todo, a conta do CEO do Lloyds Bank, uma instituição financeira que teve de ser resgatada pelo governo britânico, chegou a ultrapassar os 3800 euros. Não é claro, no entanto, quem pagou a conta.  

As revelações podem complicar o percurso conservador de Horta Osório, que lançou em 2013 um código de conduta para os seus empregados no banco. Na missiva, era pedido que os mesmos moderassem o seu comportamento e pensassem como o mesmo era visto pela família e amigos.    
Horta Osório é casado há 25 anos com Ana, dona de um spa em Lisboa. Terá conhecido Piatt em 2012 durante um jantar. 


http://www.cmjornal.xl.pt
09
Ago16

Governo lança Programa Algarve para promoção turística e valorização do território

António Garrochinho


O Governo acaba de apresentar o Programa Algarve, focado na valorização artística e na promoção turística do Algarve e que pretende reforçar e qualificar a programação cultural da região entre outubro de 2016 e maio de 2017. É um projeto conjunto dos Ministérios da Economia (com a Secretaria de Estado do Turismo) e da Cultura e ainda com o envolvimento do Turismo de Portugal e da Região de Turismo do Algarve, bem como dos agentes culturais locais.
programa_alg
A ideia é diversificar e aumentar a atratividade da oferta turística e cultural no Algarve nos meses das épocas média e baixa e assegurar um calendário de iniciativas que possa garantir atração de turistas, nacionais e internacionais, durante todo o ano. Em parceria com o Turismo de Portugal e a Região de Turismo do Algarve, o Ministério da Economia e o Ministério da Cultura lançam um projeto de programação cultural assente no encontro entre o património – natural e edificado – e a criação artística, da música ao teatro e cinema e das artes visuais à dança.
O Programa Algarve visa promover a competitividade do destino ao longo de todo o ano, apostando na sua matriz identitária e criativa. Pretende também contribuir para uma maior coesão territorial, densificação da oferta cultural e reforço da marca Algarve, ao nível nacional e internacional.
O desafio é a construção de uma oferta consistente, coerente e coesa, que acrescente valor e que procure diminuir a sazonalidade turística da região do Algarve através da criatividade e inovação, com vista à sua sustentabilidade futura.
O projeto terá um financiamento de 1,5 milhões de euros, que será suportado na íntegra pelo Turismo de Portugal.
De acordo com o Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, “para o Governo a Cultura é um ativo transversal a todas as áreas de governação, nesse sentido é essencial promover projetos em parceria interministerial, e entre Governo e Autarquias, que nos permitam valorizar as artes, a vida cultural e o património, material e imaterial, e através delas promover a imagem de uma Região e do País. Cultura e Turismo são duas áreas que se potenciam mutuamente e que em conjunto conseguem criar projetos sustentados, distintivos, mais participados e que operam mudanças efetivas na vida das pessoas.” Miguel Honrado, Secretário de Estado da Cultura, acrescenta: “O programa Algarve é sem dúvida a materialização de um enorme trabalho de diálogo, não só entre os parceiros organizadores, mas também com os agentes culturais locais, públicos e privados. É um projeto que parte da Região para o Mundo, que valoriza a identidade cultural do Algarve incentivando a criação e a promoção de artistas e de estruturas de toda a Região e que, com eles, cria uma oferta cultural concertada, muito diversificada e alargada ao longo do ano.”
Já a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, reafirma que “este programa é a resposta à necessidade de um Algarve com vida e atividades culturais e de lazer durante todo o ano, com um programa de qualidade, variado e regular. Este é um dos fatores que pode ajudar a reduzir a sazonalidade, que contribui de uma forma muito positiva para a sustentabilidade turística na época baixa, fidelizando a procura existente e captando nova procura. Desde o início deste mandato, o reposicionamento do Algarve tem sido um objetivo prioritário para este Governo e é por isso que estamos a trabalhar com os principais agentes turísticos e culturais da Região para a construção de uma oferta inovadora”.
Também Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal, defende que “o Algarve deve ser vivido 365 dias por ano. E este programa é a prova disso, o Turismo e a Cultura unem agora sinergias na qualificação, diversificação e diferenciação da oferta cultural do território estimulando a venda do destino de forma mais eficaz, potenciando o enriquecimento da experiência dos turistas no território”.
Para a Coordenadora da Programação, Dália Paulo, “este é um programa que nasce de uma ideia feliz e necessária de diálogo entre a Cultura e o Turismo, sendo um programa inovador pela forma como lança o desafio aos agentes culturais e criativos do território para construir uma oferta cultural de qualidade baseada nos valores identitários e, assim, criar uma experiência única e diferenciadora, que proporcionará aos visitantes uma imersão e descoberta por criações, lugares, emoções e estórias e aos residentes um reforço identitário que permitirá reforçar a imagem positiva da Região, para mostrar que há vida e cultura no Algarve todo o ano.”
Desidério Silva, Presidente da Região de Turismo do Algarve, afirma ainda: “Como há muito tempo tenho vindo a insistir, o turismo algarvio tem de ter sustentabilidade durante todo o ano. O programa Algarve Cultural traduz o reforço da criação artística e da oferta cultural da Região e permitirá também, seguramente, a valorização dos agentes culturais locais. Este programa é fruto da união e vontade de várias entidades, públicas e privadas, para que tenhamos na região um nível de visitantes mais constante ao longo de todo o ano. O contributo de todos em prol da valorização cultural e turística do Algarve será sempre bem-vindo e nunca será demais. Juntos queremos construir uma oferta ainda mais qualificada e consistente que ajude a solidificar a Região como destino turístico e cultural moderno e com futuro”.
planetalgarve.com
09
Ago16

O QUE SERÁ ESTE BALÃO NO MEIO DO OCEANO !?

António Garrochinho
Um estranha massa de matéria biológica apareceu perto da costa de Bunbury, ao oeste de Austrália, e é seguro dizer que deixou mais de um pescador coçando a cabeça e tampando o nariz. Rosado, mole, carnoso e insuportavelmente fedorento, este enigma não foi identificado, ao menos em um princípio. Mark Watkins, um pescador de 21 anos, claramente nunca tinha visto algo assim e ele diz que quando se aproximaram logo perceberam que devia ser uma baleia morta, por causa de seu mau cheiro:

O que seria este balão enorme e fedido flutuando no Oceano Índico?
- "Seu estômago estava inchado de gases, de modo que estava toda expandida"disse o rapaz ao diário West Australian.

O sistema digestivo das baleias costumam ter uma grande quantidade de gás durante toda a sua vida, mas os excessos são expulsos do corpo naturalmente. Quando morrem, passam a flutuar e ficam expostas ao sol. Então, quando os gases já existentes se juntam àqueles que são criados pela decomposição dos seus tecidos se expandem e fazem com que o abdômen fique inchado.


Em algumas ocasiões, isto pode fazer com que o cetáceo exploda dramaticamente. Mas no caso da baleia em questão, ela acabou desinflando depois de ser mordida por um par de tubarões.
O que seria este balão enorme e fedido flutuando no Oceano Índico?
Ainda que a espécie exata da baleia não tenha sido identificada, é provável que se trate ou de uma baleia-jubarte ou uma baleia franca austral, duas dos tipos mais comuns achados no oeste da costa australiana.

- "Vê-la foi genial"escreveu Mark em sua página de Facebook. - Já o cheiro nem tanto".
Fonte: IflScience.
www.mdig.com.br
09
Ago16

09 de Agosto de 1173: Tem início a construção da Torre de Pisa

António Garrochinho


Em 1186 deveria estar já concluída a parte superior da fachada, quando Bonanno Pisano trabalhou o portal principal. A construção da torre, por seu turno, decorreu entre 1173 e 1356.

A catedral da cidade de Pisa é um excelente exemplar da arquitectura românica desta região. A direcção das obras foi primeiramente entregue ao arquitecto Buscheto e depois continuada pelo mestre Rainaldo, que terá sido sucedido por Guglielmo. 

No frontispício destacam-se as portas de bronze de Bonanno Pisano, de desenho de Raffaello Pagni, executadas pelos discípulos de Giambologna, muito afectadas pelo incêndio da catedral em 1595. No interior, de três naves,ostentam-se colunas de influência árabe, um fresco do mestre de S. Torpé, discípulo de Giotto, e um pavimentoem mosaico. O púlpito desta igreja é uma das últimas obras de Giovanni Pisano e na nave central encontramos a lâmpada de Galileu de Vicenzo Possenti (1587), projectada por G. B. Lorenzi.

O baptistério foi erigido sobre uma construção dos séculos VII-VIII. O ano de 1153 marca o início das obras comDiotisalvi. No século XIII o projecto foi retomado por Guido Bigarelli e na segunda metade do século XIV porZibellino de Capraris.

A torre, de forma cilíndrica, foi construída como campanário da catedral e a sua posição inclinada tem uma origem muito complexa, possivelmente ligada à qualidade do solo (terreno de aluvião). O arquitecto que a iniciou foi Gerardo di Gerardo. A obra foi interrompida e voltou a estar operacional de 1257 a 1284 com Giovanni di Simone.Os trabalhos foram concluídos entre 1350-1356.

Conta a história que a Torre também foi usada por Galileu Galilei numa experiência de gravidade.

Este conjunto monumental da Piazza del Duomo em Pisa foi classificado Património Mundial pela UNESCO em1987.


A inclinação da Torre


Por ter sido construída sobre um terreno de argila e areia, materiais pouco firmes para sustentar uma edificação daquele porte, a torre encontra-se inclinada. Projectada para abrigar o sino da catedral de Pisa, no norte da Itália, a torre foi iniciada  no dia 9 de Agosto de 1173: os seus três primeiros andares mal tinham acabado de ser erguidos quando foi notada uma ligeira inclinação, devido ao afundamento do terreno e ao assentamento irregular das fundações.

O engenheiro encarregue do projecto, Bonnano Pisano, tentou compensar a inclinação construindo os demais cinco andares ligeiramente mais altos do lado em que a estrutura pendia para baixo - mas o excesso de peso só fez a torre afundar ainda mais.

A construção só terminou na segunda metade do século XIV e, ao longo dos séculos, foram feitas várias tentativas de aprumar a estrutura de oito andares, mas de nada adiantaram. Em 1930, o ditador italiano Benito Mussolini ordenou que a Torre ficasse em posição vertical mas as tentativas só acabaram por aumentar a inclinação. Durante o século XX, a torre passou a inclinar-se cerca de 1,2 milímetro por ano. Quando essa pendência em relação ao eixo chegou a 4,5 metros, em 1990, ela foi fechada ao público. Desde então, várias propostas foram feitas para salvar a torre, até que uma delas,  foi escolhida. Os trabalhos começaram em 1997. A proposta vencedora era simples e, ao mesmo tempo, extremamente eficaz: tirar, aos poucos, terra do lado inclinado e reforçar a fundação com placas de chumbo para evitar qualquer perigo de desmoronamento enquanto o trabalho era realizado, além disso, foi injectado cimento nos muros que circundam a torre.

A obra custou 25 milhões de dólares e só terminou em Junho de 2001, reduzindo em 40 centímetros a inclinação da torre, que foi reaberta ao público em 15 de Dezembro do mesmo ano.

Fontes: Catedral, Batistério e Torre de Pisa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
mundoestranho.abril.com
wikipedia(Imagens)

 File:Pisa Cathedral & Leaning Tower of Pisa.jpg
Ficheiro:Leaning tower door.JPG
Entrada da Torre
Ficheiro:Leaning tower of pisa 2.jpg
09
Ago16

09 de Agosto de 1945: Lançamento da bomba atómica, "Fat Man" sobre Nagasaki

António Garrochinho


No dia 9 de Agosto de 1945, uma segunda bomba atómica é lançada no Japão pelos Estados Unidos sobre a cidade de Nagasaki. O ataque resultou  na rendição incondicional do exército nipónico.

Mais uma vez, os norte-americanos baptizaram-na com ironia: "fat man" (homem gordo). A bomba matou cerca de 70 mil pessoas e deixou 25 mil feridas. Segundo historiadores norte-americanos, o alto-comando dos Estados Unidos ameaçou atacar Tóquio caso o Japão não se rendesse. A destruição que um ataque nuclear causaria numa das maiores cidades do mundo seria incalculável.

A devastação causada em Hiroshima três dias antes não foi suficiente para convencer o Conselho de Guerra japonês a aceitar a exigência da Conferência de Potsdam de rendição incondicional. Os Estados Unidos já haviam planeado, unilateralmente e sem o conhecimento prévio dos Aliados, o lançamento de uma segunda bomba atómica. Ela estava programada inicialmente para 11 de Agosto, mas o mau tempo previsto para essa data antecipou o lançamento para 9 de Agosto.

À 01h56, um bombardeiro B-29, especialmente adaptado, baptizado de  Bockscar ,  levantou voo da ilha Tinian sob as ordens do major Charles W. Sweeney. Nagasaki era um importante centro de construção naval, um alvo, a juízo das autoridades militares norte-americanas, apropriado para ser destruído. A bomba foi lançada às 11h02 sobre a cidade e desencadeou uma energia equivalente a 22 mil toneladas de dinamite. As colinas que cercavam a cidade serviram para conter parcialmente a força destrutiva da bomba, mas o número estimado de mortos, quase instantaneamente, foi algo entre 60 e 80 mil pessoas. O número exacto  tornou-se impossível de quantificar, pois a explosão desfigurou corpos e desintegrou os registos.

O general Leslie R. Groves, responsável pela organização do projecto que produziu a explosão nuclear, chegou a alegar que outra bomba atómica estava disponível contra o Japão. A operação só não teria sido colocada em prática por falta de necessidade. O imperador Hiroito, a pedido de dois dos membros do Conselho ansiosos pelo fim da guerra, reuniu-se com o Conselho e declarou que “a continuidade da guerra pode apenas resultar na aniquilação do povo japonês”. O Imperador do País do Sol Nascente deu então a sua permissão para que se assinasse a rendição incondicional.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Bockscar e sua tripulação, que lançou a bomba atómica "Fat Man" sobre Nagasaki.
Réplica de "Fat Man" lançada em Nagasaki, Japão, em 9 de agosto de 1945
Réplica de "Fat Man" lançada em Nagasaki, Japão, em 9 de Agosto de 1945
Nuvem atómica sobre a cidade de Nagasaki
09
Ago16

US$2 mil milhões da CIA para o golpe turco – Quem é o general Campbell e como ele preparou o golpe turco

António Garrochinho





por Anastasia Kazimirko-Kirillova

Gen. John F. Campbell. O antigo comandante da International Security Assistance Force (ISAF) e executante operações da NATO no Afeganistão, o general Johh F. Campbell é uma figura chave por trás da tentativa de golpe na Turquia segundo os autores de uma investigação independente do jornal turco Yeni Safak. [1]

Segundo as suas fontes, ele foi responsável pela coordenação e direcção dos soldados que participaram nos eventos de 15-16 Julho. Campbell conduziu os preparativos na Turquia durante oito meses e meio. Sob a sua direcção estava originalmente um grupo de cerca de 80 agentes da CIA, os quais através da organização terrorista Fethullah Gulen (FETÖ) inseriu grupos subversivos dentro do exército e instou a liderança militar da Turquia a apoiar o golpe.

O general americano manteve reuniões regulares secretas em bases militares turcas – Erzurum e Incirlik. Fontes militares acreditam que somente ele estava encarregado da promoção e afastamento de oficiais nestas bases. Os seguidores de Gulen avançaram mais rapidamente na sua carreira, recebiam salários mais altos e tinham outros benefícios. Os arquivos dos gulenistas foram descobertos durante investigações em Incirlik, os quais continham dossier extensos sobre cada membro da rede de agentes e membros das suas famílias.

Após o golpe fracassado Cahit Bakýr e ªener Topçu foram presos no aeroporto de Dubai por generais turcos. Ambos se encontravam com Campbell no Afeganistão, onde lideravam um contingente turco de forças da NATO. Segundo alguns militares turcos, americanos no Afeganistão trabalham activamente com os militares, convertendo-os em gulenistas. Dissidentes e patriotas eram fisicamente eliminados, sob circunstâncias convenientes. Hoje os antigos associados de Campbel estão a testemunhar, um após o outro, revelando as cadeias da rede pela qual a CIA havia literalmente enredado a Turquia.

Os EUA proporcionaram pelo menos US$2 mil milhões para as despesas. Os fundos, vindos através de bancos africanos, eram distribuídos por Campbell. Em troca da ajuda os golpistas prometiam dar permissão aos Estados Unidos para abrirem uma nova base militar na fronteira turco-síria, equipada com a tecnologia mais actual. Também entre os acordos estava o aumento da pressão económica e militar sobre a Rússia, a qual mudaria gravemente o equilíbrio de forças na região.

Contudo, Washington não planeava dotar a junta de plenos poderes. Campbell preparava um regime leal e confiável sob a trela curta da inteligência estado-unidense. No caso de independência excessiva dos rebeldes havia um “plano sírio”, o qual incluía nova propagação de instabilidade para mergulhar a Turquia no caos de acordo com o modelo do Afeganistão, Líbia, Iraque e Síria.

Os Estados Unidos têm utilizado o mesmo esquema desde Osama bin Laden, o qual, na sua entrevista de 1993 [2] intitulada “Guerreiro anti-soviético coloca seu exército na estrada da paz” (“Anti-Soviet warrior puts his army on the road to peace”), afirmou:

“A imprensa egípcia afirma que ele trouxe centenas de antigos militantes árabes do Afeganistão para o Sudão e a palavra que corre nas embaixadas ocidentais em Cartum é que alguns dos “afegãos” que vieram com o homem de negócios saudita estão agora ocupados a preparar-se para futura jihad na Argélia, Tunísia e Egipto. O sr. Bin Laden está bem consciente destes rumores. “Isto é uma insensatez jornalística-diplomática”, disse ele, “sou engenheiro civil e perito em agricultura. Se eu tivesse campos de treino aqui não conseguiria trabalhar no meu projecto”.

Como se não houvesse 23 anos de conflito sangrento e uma monstruosa orgia de terror, como se toda a gente houvesse esquecido como os EUA financiaram aqueles ou outros “guerreiros, a liderarem seus exércitos para a paz” por todo o Médio Oriente e o Norte da África. Fethullah Gülen está agora a entrevistas e conferências e imprensa assim a partir do seu refúgio nos Estados Unidos. Apesar dos pedidos oficiais de autoridades turcas, o governo americano não perturbara o pregador terrorista e seus livros, agentes de influência e escolas totalmente sectárias do movimento “Khezmet” gradualmente propagar-se-ão pelo mundo, apesar das restrições.

Onde está o general Campbell, que com seus cúmplices planeava a sangue frio o massacre nas ruas de Ancara e Istambul (e também responsável pela crueldade com a qual uma multidão colérica tratou soldados golpistas) e que, em caso de fracasso, estava pronto para lançar a Turquia num conflito sangrento? O herói americano sem medo e sem falhas só enfrentará uma repreensão pelo fracasso da operação e afundou-se na sombra. Talvez para treinar novos recursos humanos e carpinteirar novas redes de inteligência para algum outro golpe militar.

NR

[1] Yeni Safak : Jornal conservador turco.

[2] O autor refere-se à entrevista dada a Robert Fisk, a qual não foi presencial mas sim por escrito. É duvidoso que em 1993 Osama bin Laden ainda estivesse vivo. A farsa da “execução” de bin Laden no Paquistão em 2011, ordenada por Obama, só engana quem quer se deixar enganar.

O original encontra-se em www.fort-russ.com/2016/08/2-billion-cias-bill-for-turkish-coup.html

Este artigo encontra-se em http://resistir.info
09
Ago16

Olimpíadas no Brasil: Mídia abafa as vaias e o “Fora Temer”

António Garrochinho



Por Altamiro Borges

As sonoras vaias ao Judas Michel Temer na abertura das Olimpíadas, nesta sexta-feira (6), já sumiram da mídia chapa-branca. Bem diferente do tratamento dado à presidenta Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, em 2014, quando ela foi alvo de palavrões. Durante vários dias, o assunto foi capa dos jornais e motivo de comentários sarcásticos nas emissoras de tevê. Alguns “calunistas” mais escrotos até justificaram o “vai tomar no c...”. Agora, as vaias foram abafadas! Da mesma forma subserviente, a imprensa golpista evita noticiar os protestos pelo “Fora Temer” que ocorrem em quase todas as competições olímpicas. Ela também oculta a onda de repressão aos manifestantes, com prisões e truculência.

O objetivo da mídia é naturalizar o “golpe dos corruptos” como se nada de anormal estivesse ocorrendo no Brasil. Na TV Globo, o apresentador Galvão Bueno, com seu o régio salário, chegou a afirmar que o Maracanã presenciou “vaias e alguns aplausos” para Michel Temer. Haja cinismo e servilismo! Num jogo combinado, o ministro dos Esportes, o camaleônico Leonardo Piciani, disse que “as vaias foram isoladas e também houve aplausos”, e garantiu que “não houve clima de hostilidade ao presidente”. Para o bem da verdade, a sorte é que a sonora vaia foi registrada pelos ativistas digitais e também repercutiu na imprensa internacional. Do contrário, elas nem teriam existido. Seria tudo “paz e alegria” na era Temer!

Este esforço midiático para naturalizar o “golpe dos corruptos” já ficou visível na passagem da tocha olímpica pelas cidades brasileiras. Em muitas delas ocorreram protestos – em duas, inclusive, a tocha foi apagada. A imprensa chapa-branca evitou cobrir estes “ensaios” para não esquentar ainda mais a manifestação programada pelos movimentos sociais na abertura das Olimpíadas. Nas redações, conforme relato de Keila Jimenez, do site R7, os protestos já eram previstos, gerando até certo clima de apreensão entre os jornalistas: “Repórteres fogem e TVs temem protestos e agressões na chegada da tocha olímpica”, registrou em 4 de agosto.

Segundo seu relato, a TV Globo chegou a interromper a transmissão do cortejo em função dos protestos. “Escalada para cobrir o trajeto da tocha em Duque de Caxias, o repórter Edson Vianna encerrou um link antecipadamente por causa dos manifestantes contrários aos Jogos do Rio. O repórter se abrigou em um dos carros da emissora. Outros repórteres de outras emissoras também estão sendo abordados de forma ostensiva por alguns manifestantes mais inflamados durante a chegada da tocha”. Ainda segundo a jornalista, os protestos contra o Judas Michel Temer ocorreram desde o início do revezamento da tocha olímpica, no dia 3 de maio, em Brasília. 

Nas marchas pelo “Fora Dilma”, organizadas por seitas fascistas, a mídia privada deu total cobertura. Os jornalões chegaram a divulgar o roteiro dos protestos e a TV Globo até alterou a sua grade de programação para convocar os “midiotas”. Os palavrões contra Dilma na abertura da Copa do Mundo excitaram os "calunistas" de aluguel. Agora, porém, a imprensa chapa-branca faz de tudo para ocultar as vaias olímpicas ao Judas Michel Temer e para esconder a violenta repressão aos manifestantes. A mídia tem partido, ou melhor, ela é o principal partido da direita no Brasil. E ainda tem gente que acredita na “imparcialidade e na neutralidade” da imprensa burguesa!


www.marchaverde.com.br
09
Ago16

Em Portugal as chamas não dão tréguas aos bombeiros.

António Garrochinho



VÍDEO


Em Portugal as chamas não dão tréguas aos bombeiros.
Ao início da tarde, desta terça-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil registava mais de 130 fogos ativos. No combate aos incêndios estão mais de 3700 bombeiros.
Na Madeira, um fogo lavra em várias frentes, desde segunda-feira, nos arredores do Funchal.
As chamas já devoraram várias habitações. Mais de 200 pessoas foram retiradas de suas casas.
O Plano Contingência Regional foi acionado.
De acordo com o presidente do Governo Regional da Madeira, “não há mortos ou feridos a registar”. Miguel Albuquerque realçou que “por razões de precaução fizemos, também uma evacuação dos doentes do Hospital dos Marmeleiros. Tudo se processou com normalidade e neste momento, esses doentes, cerca de 200 e tal doentes, uma parte está alojada no Hospital Dr. Nélio Mendonça”. Parte desses doentes foram encaminhados para o Regimento de Guarnição N° 3 do Exército e garante que estão todos “em ótimas condições.”
No continente, a maioria dos incêndios concentra-se no norte do país.
A Proteção Civil destaca 7 situações muito difíceis nos distritos de Aveiro, Viana do Castelo e Leiria.
Arouca continua a ser a situação mais preocupante, mobilizando mais de 3 centenas de operacionais, 50 meios terrestres e dois meios aéreos.
Trinta e três concelhos dos distritos de Faro, Santarém, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Porto, Vila Real e Braga estão risco “Máximo” de incêndio, segundo o Instituto do Mar e da Atmosfera, devido às altas temperaturas que levam os termómetros a ultrapassar os 30°C em todo o território continental.
09
Ago16

Fogos: governo não equaciona pedir ajuda internacional

António Garrochinho



Fonte oficial do Ministério da Administração Interna disse esta terça-feira à TSF que as autoridades continuam a afirmar que o dispositivo que está no terreno e no ar é o adequado para a atual situação operacional.

O governo e a Proteção Civil não estão, por isso, a equacionar pedir apoio internacional por causa dos incêndios que atingem o país.

Na segunda-feira existiram casos de meios aéreos espanhóis que ajudaram nos fogos que afetam Viana do Castelo, mas fonte do Ministério explica que isso é algo normal e previsto nos acordos bilaterais com o país vizinho.

Em caso de necessidade, aviões, helicópteros e bombeiros espanhóis podem entrar na fronteira portuguesa até um raio de sete quilómetros, sem necessidade de uma autorização especial, algo que foi explicado, em conferência de imprensa, pelo Comandante Operacional Nacional da Autoridade Nacional da Proteção Civil, José Manuel Moura.

www.tsf.pt

09
Ago16

ALENTEJO ESTREIA VINHO AZUL

António Garrochinho


A Palad’Art, casa em Vila Viçosa que se dedica à venda de produtos regionais, recebe o primeiro vinho azul do Mundo, o espanhol Gik, que esgotou em uma semana.
Peça assinada por Lídia Mestre.
O primeiro vinho azul do Mundo nasceu em Portugalete, no Norte de Espanha, em 2014. Aritz López juntou-se a mais quatro amigos para, em 2014, criarem o Gik no departamento de investigação em Tecnologia Alimentar da Faculdade de Engenharia da Universidade do País Basco. Para além de uvas brancas e tintas, adicionaram dois pigmentos orgânicos provenientes da pele das uvas utilizadas neste vinho: índigo e antocianina. Em nome da inovação e da rutura com o tradicional, ao qual a indústria se dedica, nasceu o primeiro vinho azul do Mundo que, aos olhos dos seus criadores, pretende transparecer “tecnologia, fluidez e inovação”.
Inovou na cor e fugiu ao tradicional, tão prezado em Espanha, por ser doce e criado com o intuito de ser utilizado em sangrias e cocktails. Os seus criadores assumem que, por toda essa inovação, não tem sido apreciado pelos enólogos e ainda não receberam críticas positivas por parte de especialistas. Os cinco responsáveis pelo Gik afirmam que este vinho foi pensado num público jovem e moderno, daí já esperarem que não fosse agradar aos conhecedores de vinhos.
Quando o Gik chegou a Portugal e se instalou na Palad’Art, em Vila Viçosa, foram necessários apenas três dias para esgotar. Apesar de se dedicar à venda de produtos regionais do Alentejo, a Palad’Art aventurou-se em receber o vinho azul sem a expetativa de vender 72 garrafas e, consequentemente, esgotar o stock. Dado o sucesso, a venda do produto continuará a decorrer.
Também a Divinus Gourmet, em Évora, dispõe deste vinho fora do comum, no que toca à cor.
 
A Palad’Art é uma loja recente que José Lobo abriu em 2015 para promover os produtos da região e aproveitar para os expôr de uma forma inovadora aos clientes. Não descarta os queijos, os enchidos, o mel e a cortiça como produtos fundamentais do Alentejo. No entanto, acrescenta à sua loja produtos que não se encontram num estabelecimento tradicional de produtos regionais: preparados de açorda (necessitando apenas de juntar água a ferver), licores caseiros e os seus preparados que privilegiam o chocolate e a bolota, preparados para sangria, delícias de bolota, empadas de enchidos com cogumelos e os invulgares pastéis de nata de bolota.
 
O objetivo da Palad’Art, segundo José Lobo, é inovar e promover produtos “que mais ninguém tem”. Por esse motivo, o vinho azul basco surgiu como uma boa oportunidade para o estabelecimento em Vila Viçosa. O proprietário confessou que queria apostar em algo novo na área dos vinhos, mas que ninguém tivesse. Lembrou-se da viagem que fez ao Norte de Espanha e de ter provado lá o vinho azul de que toda a gente falava. Depois de se ter apaixonado pelo sabor doce e frutado, começou a vendê-lo na sua loja no passado dia 19 de Julho. O sucesso foi tanto que esgotou em menos de uma semana.
 
José Lobo diz que a Palad’Art é procurada por pessoas que vão de propósito em busca do vinho espanhol. Confessa que as vendas têm sido uma surpresa não só para ele, mas também para o produtor do Gik.
 
Sábado, dia 6 de Agosto, hoje portanto, a Palad’Art organiza uma prova de vinho azul pelas 19h30.
 
(Informação atualizada às 13h40.)
Imagem de capa daqui.

www.tribunaalentejo.pt
09
Ago16

Morte de peixes na Foz do Almargem, em Quarteira

António Garrochinho


Foz do Almargem novamente em foco pelos maus motivos
A morte de centenas de peixes na Lagoa da Foz do Almargem (Quarteira) veio, mais uma vez, chamar a atenção para uma zona que, ao longo dos anos, não tem merecido mais do que passividade e indiferença por parte das autoridades locais e regionais, apesar dos apelos que a Associação Almargem e outras entidades têm lançado.
Nas últimas 3 décadas têm-se sucedido as propostas para que a lagoa e o espaço florestal envolvente sejam alvo de uma intervenção que pudesse garantir a sua conservação efectiva e um usufruto responsável por parte das populações.
O Município de Loulé nunca quis resolver este problema de forma séria, tendo tido várias ocasiões e até meios para o fazer. Num debate público, organizado pela Associação Almargem, em 2009, o executivo camarário de então limitou-se a considerar que aquele espaço natural se encontrava legalmente bem defendido através do PDM e do POOC Vilamoura-VRSA e que, por isso, nada mais devia ser feito. Na altura, grande parte do território em causa havia já sido adquirido pelo polémico empresário Aprígio dos Santos que aí tencionava instalar um empreendimento turístico.
A Foz do Almargem esteve também incluída num projecto de reabilitação de pequenas zonas húmidas litorais apresentado, igualmente em 2009, pela ARH-Algarve mas que apenas teve como resultado prático a intervenção efectuada na Lagoa dos Salgados (Silves-Albufeira).
Os anos vão assim passando, na verdade a Foz do Almargem não foi ainda irremediavelmente destruída, mas também nada é feito para evitar a degradação dos seus habitats, com especial relevo para a situação da lagoa, há muito tempo já sem um abastecimento regular de água doce e com uma comunicação ao mar dependente da intervenção humana.
De uma vez por todas, há que deitar mãos à obra. A Associação Almargem apela assim ao Município de Loulé para que, com a colaboração de todas as entidades interessadas, possa conceber, apresentar e implementar um plano de recuperação e dinamização ambiental da Foz do Almargem, transformando-a num verdadeiro pólo de atracção natural e diferenciadora na região de Quarteira.
A Direcção da Associação Almargem

planetalgarve.com
09
Ago16

TREZE ESCULTURAS SUPER REALISTAS QUE PARECEM VIVAS

António Garrochinho
Você já viu uma escultura tão realista que ficou convencido de que tinham de repente se movido enquanto você estava olhando? Se não, então você definitivamente precisa ver as obras deste artista incrivelmente talentosa cujo olho para o detalhe é surpreendente! Carole A. Feuerman é conhecida por suas esculturas hiperrealistas de pessoas. Carole começa cada peça fazendo moldes de modelos. O molde é então preenchido com gesso que após a secagem é retirado e então ela usa resina e tinta para dar a coloração natural às esculturas.

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Sua técnica é cuidadosamente combinada para fazer com que cada superfície pareça fosca ou brilhante conforme o necessário, e esse processo é definitivamente trabalhoso e com resultados espetaculares. Ela, então, termina seu trabalho com mais alguns detalhes como a adição de gotas de água sobre a pele, acrescentando cílios e um pouco de tonalidades para dar mais vida as esculturas. Basta olhar para algumas de suas obras de arte surpreendentes baseadas em nadadoras.

Carole Feuerman vive em Nova York, com estúdios em Manhattan e Jersey City. Ela já se destacou em exposições de vários museus, como a Bienal de Veneza, a Galeria Nacional do Smithsonian, State Hermitage, Fundação Palazzo Strozzi, Kunstmuseum Ahlen, e Circulo de Bellas Artes, para citar alguns.
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www.mdig.com.br
09
Ago16

Estas incríveis pinturas em 3D vão te deixar extasiado e boquiaberto

António Garrochinho


O artista russo Stefan Pabst têm deixado muita gente boquiaberta. Ele possui a incrível habilidade de criar desenhos que enganam os sentidos ao exibir uma aparência tridimensional. No Youtube, Pabst publica vídeos acelerados que mostram o processo de produção de suas obras. Além disso, ele usa os vídeos para comprovar a autenticidade de seu trabalho, em resposta a quem pensa que suas imagens são retocadas digitalmente.

VÍDEO











Pabst começou a desenhar ainda pequeno, mostrando grande facilidade para capturar e reproduzir detalhes dos mais diversos objetos. Um dia, ele cansou de pintar retratos e sentiu que precisava criar algo novo.

“Queria ir além dos limites da folha de papel, deixando o 2D para trás”, explica.

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Para criar seus desenhos em 3D, ele usa técnicas de pincel seco e com base na anamorfose, que consiste na criação de imagens deformadas que, a partir de determinado ângulo, assumem certa forma.

Este estilo é chamado de trompe l’oeil; termo em francês que quer dizer “enganar o olho”.

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Sou um profissional e artista apaixonado, e quero inspirar as pessoas com minha arte.

“Quero demonstrar que é possível fazer qualquer coisa com a pintura. Quero mostrar a magia da pintura”

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O artista tem grandes planos para o futuro do seu trabalho:

“Quero combinar a pintura de retratos com a pintura em 3D. O resultado seria como se a pessoa olhasse para fora do papel”, revela.

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É assim que este maravilhoso artista cria suas obras!


bombou.net
09
Ago16

Ela abandonou sua casa em 1939 e quando abrimos a porta... ficamos chocados!

António Garrochinho
Em 1939, um apartamento de Paris foi trancado e abandonado. Muitos anos mais tarde, a porta foi aberta e o que havia lá dentro deixou todos os presentes boquiabertos de surpresa. Uma única olhada e já foi o suficiente para perceber que este não se tratava de um apartamento comum, como todos os outros.
Ele permaneceu vazio por muitos anos e só depois de mais de meio século que foi relembrado. Abandonar sua casa deve ter partido o coração da Madame de Florian aos 23 anos.
Era o início da Segunda Guerra Mundial e o mais provável é que ela tenha recebido a notícia por alguém próximo de que os alemães estavam indo em direção a Paris. 
Para sobreviver, ela pegou apressada os bens mais essenciais e tomou rumo para a zona livre da França, que se encontrava mais ao sul e se estendia desde as proximidades de Vichy à Marselha e à fronteira com a Espanha.
E essa senhora, apesar de nunca mais ter visto seu apartamento,permaneceu pagando seu aluguel por toda a vida. Ela morreu com a idade de 91 anos em 2001. Foi apenas após a morte de Madame de Florian que as primeiras pessoas se interessaram pela casa. Eles contrataram o leiloeiro Olivier Choin-Janvry para inventariar os móveis. Considerando todos os anos que se passaram desde a última vez que alguém viveu de fato lá, Olivier e sua equipe sofreram um leve choque cognitivo quando a 
última fechadura se abriu permitindo ver além da porta o que estava oculto durante décadas. 
Mas a descoberta mais intrigante e surpreendente foi a pintura de uma mulher de excepcional beleza com vestido para noite de cor rosa. Investigações posteriores revelaram que a personagem era a ex-proprietária do apartamento, Marthe de Florian, a avó de Madame de Florian. O artista era desconhecido por um longo tempo, mas finalmente foi lhe dada a autoria para o pintor italiano da época - Giovanni Boldini.
Marthe de Florian era uma atriz bem conhecida em Paris. Ela viveu uma vida das mais luxuosas, como representante da "alta sociedade" no final do século XIX. Ela era conhecida por uma série de romances. No apartamento, foram encontradas muitas cartas de amor de seus amantes, cuidadosamente amarradas com fitas de diferentes cores.
Elas são a prova de que ela possuía muitos pretendentes, incluindo vários primeiros ministros e presidentes da França.
Marthe, além de ser a musa da pintura de Giovanni, possuía uma carta de amor que revelava ser ela também o amor de seu coração. A obra provocante foi pintada em 1888, quando Marthe tinha 24 anos. Depois de ter sido descoberto em 2010, foi leiloado por 3,4 milhões de dólares - o quadro mais caro de todas as obras de Giovanni. E com o preço de todos os tesouros da casa seria possível comprar muito mais que aquele apartamento.
A desordem do apartamento era compreensível - especialmente dadas as circunstâncias da Segunda Guerra Mundial, e consequência da urgência da Madame de Florian de abandonar a casa e buscar refúgio.
De qualquer forma a pergunta que continua sem resposta é: por que Madame de Florian decidiu nunca mais voltar? E assim sendo, por que continuaria pagando metodicamente o aluguel durante os 70 anos seguintes?
Fonte: Imgur / Youtube


www.matacuriosidade.com.br
09
Ago16

Sobre o conceito de “DEMOCRACIA AVANÇADA” - A propósito do XX Congresso do PCP

António Garrochinho








































Sobre o conceito de “DEMOCRACIA AVANÇADA” 


M.E.L. - Fonte: Pelo Socialismo ( Parte )

"Vulgarmente, o conceito de democracia é empregado para designar uma forma de regime político do sistema capitalista, em que existe o direito de voto, um determinado grau de liberdade de expressão, de organização, de manifestação, mas em que o poder do Estado ao serviço dos monopólios está previamente assegurado – esta é apenas a democracia burguesa, ou a ditadura da burguesia, uma minoria, sobre a maioria dos produtores.

A democracia proletária chama-se ditadura do proletariado, isto é, os trabalhadores e os seus aliados exercem o poder através do Estado proletário, governam para a imensa maioria e reprimem os exploradores e opressores da sua classe.

Não é no quadro da legalidade determinada pela burguesia que se pode passar de uma para a outra – é necessário o emprego da força organizada da classe operária e dos seus aliados. Por isso, a importância da clarificação do conceito de “democracia avançada”. Se não implica uma mudança da classe no poder, se não implica a modificação das relações de produção na sociedade, só pode ser considerada como reforma do sistema capitalista e não a sua superação. 
Lenine refere esta questão do seguinte modo: «A não ser para troçar do senso comum e da história, é claro que não se pode falar de “democracia pura” enquanto existirem classes diferentes, pode-se falar apenas de democracia de classe. […] A “democracia pura” é uma frase mentirosa de liberal que procura enganar os operários. A história conhece a democracia burguesa, que vem substituir o feudalismo, e a democracia proletária, que vem substituir a burguesa»"  
Antecedentes 

A “Democracia Avançada”, como “programa” de um partido comunista, havia sido adotada pelo Partido Comunista Francês, numa Conferência realizada em 5 e 6 de dezembro de 1968 (recorde-se a agitação do maio desse ano, em Paris). Foi o “Manifesto do PCF – Por uma democracia avançada para uma França socialista” 1 , também conhecido por Manifesto de Champigny, local onde se realizou a Conferência. Este documento tem 10 capítulos, com uma introdução inicial: 

Introdução; 

– Por uma vasta aliança de todas as camadas sociais vítimas dos monopólios e do seu poder; 

II – O que é uma democracia avançada?; 

III – O socialismo também para a França: 

IV – A passagem ao socialismo; 

V – O que é o socialismo?;

VI – O papel dirigente da classe operária; 

VII – O Partido Comunista e o seu papel de vanguarda; 

VIII – A cooperação dos partidos e formações democráticos na construção do socialismo; 

IX – Democracia socialista e defesa do socialismo;

X – O Partido Comunista é o grande partido revolucionário do nosso tempo.

Refere-se na “Nota dos Editores” do sítio pelosocialismo.net, na publicação do Manifesto de Champigny 2

«A democracia avançada era concebida como uma formação política e econômica entre o socialismo e o capitalismo em que a progressiva transformação das estruturas econômicas pela nacionalização dos setores monopolistas abriria o caminho ao socialismo sem um confronto revolucionário mais ou menos intenso entre as principais classes antagônicas. Essa tese correspondia a uma espécie de ressurgimento da teoria da “transformação pacífica do capitalismo em socialismo” e da “democracia, criação contínua”, defendida anteriormente por Jean Jaurès e comum a Bernstein, que Lenine refutou implacavelmente. O Manifesto de Champigny passa ao lado da teoria marxista-leninista do Estado, não define a sua natureza na “democracia avançada” – se é burguês ou proletário com os seus aliados – nem clarifica qual o modo de passagem e qual a natureza das estruturas políticas que asseguram o domínio das classes exploradoras para as estruturas politicas que servem a defesa dos interesses das classes e camadas exploradas». 

O Manifesto surge na sequência de 2 acordos com o PS francês, concluídos em dezembro de 1966 e em fevereiro de 1968. 

O Manifesto entende que a luta por uma democracia avançada reduziria a força do capitalismo/monopólios, que seriam obrigados – de forma pacífica, sem reagir – a ceder/em as suas posições. Isto porque deixariam de poder recorrer (!!?!!) à força 3. Embora antes tenham admitido que, havendo violência contra o povo se possa encarar “a passagem ao socialismo por métodos não pacíficos”4, logo acrescentam que os comunistas franceses orientam a sua atividade para a passagem pacífica ao socialismo 5. E invocavam as Declarações dos Partidos Comunistas de 1957 e 1960, posteriores ao XX Congresso do PCUS e à viragem reformista (teórica e prática) que introduziu no Movimento Comunista Internacional (MCI) 6

Note-se que, apesar de tudo, o Manifesto exigia o desaparecimento simultâneo da NATO e do Pacto de Varsóvia e que a França não renovasse os seus compromissos com a NATO “no prazo posterior a 1969” 7.


Adoção da DA como Programa do PCP

O conceito de DA defendido no Programa do PCP não sofreu qualquer alteração essencial nas alterações de 1992 e 2012: contém cinco componentes ou objetivos fundamentais (eram 6 em 1988, mas 2 foram fundidos, em 1992); e refere que a luta pela concretização dessas cinco componentes e a luta com objetivos imediatos “são parte constitutiva da luta pelo socialismo” 8

Sendo parte constitutiva da luta pelo socialismo – no P. é organicamente apresentada como uma “etapa” para o socialismo –, poderá concluir-se que a DA não é o socialismo, a ditadura do proletariado, uma vez que está ausente a necessária mudança da classe no poder. 

De facto, não é possível encontrar em todo o programa da DA uma posição clara sobre a natureza do Estado onde ele seria realizável: Estado burguês/capitalismo ou Estado proletário/socialismo. 

Na concepção marxista-leninista, não se tratando de socialismo, será, forçosamente, ou capitalismo/ditadura da burguesia, ou a revolução. Com efeito, escreveu Lenine: “O grau transitório entre o Estado, órgão de dominação da classe dos capitalistas, e o Estado, órgão de dominação do proletariado, é precisamente a revolução, que consiste em derrubar a burguesia e quebrar, destruir a sua máquina de Estado (…). Que a ditadura da burguesia deve ser substituída pela ditadura de uma classe, do proletariado, que aos «graus transitórios» da revolução se seguirão os «graus transitórios» da extinção gradual do Estado proletário…” (realce nosso) 9

De outra forma, está a conceber-se um sistema socioeconômico entre o capitalismo e o socialismo, que não tem nada de a ver com aquela concepção científica. Neste caso, tratar-se-ia de uma tática de passar para segundo plano a luta pelo socialismo, tentando alcançar a adesão de massas despolitizadas e/ou anticomunistas com “perspetivas políticas atraentes”, mas que se sabe serem impossíveis – dito de forma crua, está a enganar-se os trabalhadores e o povo. 

Mas que não é socialismo parece resultar da afirmação de que a DA é uma parte constitutiva da luta pelo socialismo. Assim, não se defendendo no Programa que a DA é a revolução, e partindo do princípio de que não se estão a enganar os trabalhadores e o povo, a DA será para concretizar em capitalismo. Se assim é, algumas questões se colocam de imediato: 

1. É possível em capitalismo – hoje, na sua fase superior, o imperialismo – alcançar os cinco componentes ou objetivos fundamentais enunciados? 

2. Não haverá uma contradição entre uma sociedade capitalista, na sua fase imperialista, ser “liberta do domínio dos monopólios”, como se propugna no segundo objetivo fundamental, sem se libertar do capitalismo como sistema de produção? – e mesmo que fosse possível regredir à época pré-monopolista (uma posição reacionária), a evolução do capitalismo não levaria de novo ao imperialismo? 

3. E libertar o país do domínio dos monopólios não imporia, pelo menos, defender a saída de Portugal das associações imperialistas e militaristas, designadamente da UE e da NATO? – no programa da DA não consta nenhuma destas exigências, apesar da retórica usada em relação a estas duas organizações imperialistas devesse levar a essa conclusão.

Note-se também que o conceito de democracia não é usado numa perspetiva marxista-leninista, como uma democracia de classe, antes a referenciando como tendo um valor intrínseco. 

De facto, sublinhemo-lo de novo, o determinante em relação à democracia é saber a quem essa democracia beneficia – qual é a classe cujo domínio é assegurado pelo Estado. Esse Estado assegura a manutenção das relações de produção dominantes e é definido por elas. As expressões, e os respetivos conteúdos, “democracia” e “regime democrático” não podem, de um ponto de vista marxista-leninista, ser utilizadas de forma abstrata, sem o seu conteúdo de classe, porque na ideologia burguesa a “democracia”, que parece ser uma igualdade para todos, é objetivamente o domínio da maioria explorada por uma minoria exploradora. 

A exigência da democracia no fascismo era uma palavra de ordem que apontava para o derrubamento da ditadura mais feroz do capital, para a conquista das liberdades burguesas (de expressão, organização, manifestação etc.), que também eram imprescindíveis para o proletariado desenvolver a sua luta. O fascismo foi derrotado, e hoje, num quadro mundial extremamente complexo, em que a luta de classes se encontra agudizada de forma inaudita, a luta do proletariado exige uma definição de classe do conceito de democracia. 

Vulgarmente, o conceito de democracia é empregado para designar uma forma de regime político do sistema capitalista, em que existe o direito de voto, um determinado grau de liberdade de expressão, de organização, de manifestação, mas em que o poder do Estado ao serviço dos monopólios está previamente assegurado – esta é apenas a democracia burguesa, ou a ditadura da burguesia, uma minoria, sobre a maioria dos produtores. 

A democracia proletária chama-se ditadura do proletariado, isto é, os trabalhadores e os seus aliados exercem o poder através do Estado proletário, governam para a imensa maioria e reprimem os exploradores e opressores da sua classe. 

Não é no quadro da legalidade determinada pela burguesia que se pode passar de uma para a outra – é necessário o emprego da força organizada da classe operária e dos seus aliados. Por isso, a importância da clarificação do conceito de “democracia avançada”. Se não implica uma mudança da classe no poder, se não implica a modificação das relações de produção na sociedade, só pode ser considerada como reforma do sistema capitalista e não a sua superação.

Lenine refere esta questão do seguinte modo: «A não ser para troçar do senso comum e da história, é claro que não se pode falar de “democracia pura” enquanto existirem classes diferentes, pode-se falar apenas de democracia de classe. […] A “democracia pura” é uma frase mentirosa de liberal que procura enganar os operários. A história conhece a democracia burguesa, que vem substituir o feudalismo, e a democracia proletária, que vem substituir a burguesa»10


A natureza do Estado 

O que se disse antes relativamente à natureza de classe da “democracia”, também se pode dizer acerca da natureza do Estado. Um dos pontos-chave da caracterização da “democracia avançada” é precisamente o já referido 2.º ponto: “Um Estado democrático, representativo, baseado na participação popular, moderno e eficiente”. O Estado que assim se apresenta fora da existência das classes, fora da sociedade e acima dela é precisamente a representação burguesa do Estado. O conceito marxista-leninista de Estado é outro: “O Estado é a organização especial da força, é a organização da violência para a repressão de uma classe qualquer” 11 . 

Esse “Estado” da DA é o Estado burguês, (mais ou menos) democrático, legitimado pelo sufrágio eleitoral universal, “representativo” – de todas as classes, burguesia e proletariado, trabalho e capital reunidos no parlamento – que assegura um “regime de liberdade”, isto é, também a liberdade de explorar o trabalho alheio, “no qual o povo decida do seu futuro”, tal como tem vindo a acontecer nos regimes parlamentares burgueses desde que foram instituídos. Deste mesmo “Estado” se diz ainda que está baseado na “participação popular”, afirmação redundante, já que o povo tem vindo sempre a participar na “decisão do seu futuro” através do voto. A “participação popular” não é o poder popular, não é o exercício do poder pelo povo, em primeiro lugar pela classe operária e seus aliados, com as suas próprias estruturas. 

Logo, este Estado é igualzinho ao Estado burguês que se conhece. 

O “Estado democrático, representativo” da “democracia avançada” é um embuste para os trabalhadores e o povo, porque: 

1. Apaga a natureza de classe do Estado e, ao fazê-lo, assume o entendimento burguês do Estado, aquele que interessa à burguesia para esconder a natureza exploradora do capitalismo, a luta de classes e a natureza do Estado como instrumento de repressão das classes dominadas, do “apaziguamento” social; 

2. Com este apagamento, esconde que defende o Estado burguês – democrático, é certo –, mas que inclui a liberdade burguesa da exploração do trabalho pelo capital; 

3. Exclui o Estado proletário, a democracia proletária, do horizonte da luta dos trabalhadores portugueses, a troco de uma utopia; 

4. Apontando o caminho das reformas e do parlamentarismo burguês, não coloca à classe operária e aos trabalhadores a necessidade de realizar a revolução que derrubará o Estado burguês e instaurará o Estado proletário, última forma histórica de Estado, afastando, desta forma, a possibilidade da luta pelo socialismo.


Observações finais 

Um dos argumentos utilizados no P. contra quem apresenta críticas ao conceito de DA é o de que se pretende “queimar etapas”, “querer o socialismo já”, sem ter em conta as condições objetivas e subjetivas existentes, o que “afasta do Partido camadas antimonopolistas”. E aparece então o rótulo de “sectário”. 

1. Porém, a questão não é a de colocar o socialismo como “objetivo imediato– socialismo já”, mas sim a de colocar tão simplesmente o socialismo “como objetivo” – claro que pode sempre haver (e haverá), o afastamento de camadas antimonopolistas que não entendem que, hoje, os monopólios só serão vencidos com o derrube do capitalismo e a substituição deste sistema pelo socialismo. Mas, se não colocarmos o socialismo como objetivo nunca ganharemos as massas para lutarem por ele. 

2. O sectarismo manifesta-se, pelo contrário, na consideração de que as posições do marxismo-leninismo só podem vingar através de mistificações teóricas que escondam os verdadeiros objetivos (designadamente, o objetivo último de pôr fim à exploração do homem pelo homem) ou os atirem para as calendas, banindo-os do horizonte da luta. Lenine afirma: «É precisamente reformismo quando o “objetivo final” (ainda que seja relativamente à democracia) é afastado da agitação»12

3. Por outro lado, a DA tem quase tantas interpretações ou maneiras de a ver e entender, como quantas as pessoas com quem se fala sobre ela; mas o mais importante é esclarecer se é para levar a cabo no sistema capitalista ou no socialista; se é no primeiro, pode questionar-se tal possibilidade – e tratar-se-ia sempre de meras reformas do sistema capitalista; se é no segundo, trata-se de uma utopia ou impossibilidade, porque não há qualquer referência à mudança do sistema de produção, ao fim das relações de produção capitalistas.  


Notas:


2 Id., p. 5. 

3 “Organizar o combate das massas contra o poder pessoal, por um regime de democracia avançada, enfraquecer as forças do grande capital na vida nacional, promover um movimento da maioria do povo a favor do socialismo de maneira que os monopólios sejam obrigados a ceder as suas posições sem poder recorrer à guerra civil para contrariar a vontade popular é a melhor forma para abrir a via do socialismo no nosso país.” – Id., p. 19 

4 Id., p.18. 

5 Id., Ibid. 

6 Id., Ibid. 

7 Id., p. 13.

8 Livro do XIX Congresso do PCP, ed. Avante!, 2013, p. 283. 

9 V. I. Lénine, A Revolução proletária e o Renegado Kautsky, em Obras Escolhidas de V. I. Lénine (OEL), ed. Avante!, em 3 tomos, tomo 3 (1979), p. 74

10 Id., pp. 14 e 15. 

11 V. I. Lénine, O Estado e a Revolução, em Obras Escolhidas de V. I. Lénine, em três tomos, Edições “Avante!”, 1982, tomo 2, p. 238

12 V. I. Lénine, O Marxismo e o Reformismo, em Obras Escolhidas de V. I. Lénine, em três tomos, Edições “Avante!”, 1982, tomo 2, p. 116.




09
Ago16

Jogos Olímpicos Já viu as marcas vermelhas no corpo de Phelps?

António Garrochinho



Quando Michael Phelps se preparava para a prova que lhe deu a 23ª medalha olímpica, as marcas vermelhas no corpo chamaram a atenção dos fotógrafos presentes nos jogos do Rio.

Manchas de forma oval, com um vermelho bastante forte, que não passam despercebidas a quem acompanha as provas dos Jogos Olímpicos.

Não são exclusivas de Phelps, já que a antiga nadadora norte-americana Natalue Coughlin e o ginasta Alexander Naddour exibiram nas redes sociais o mesmo tipo de marcas.


As imagens circulam nas redes sociais, sendo um dos tópicos em destaque tanto no Twitter como no Facebook. A explicação científica é, porém, facilmente compreensível.





A NBC explica que resultam de um processo terapêutico, chamado "cupping". Colando uma espécie de copo cria-se o efeito de sucção, que ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo e a relaxar os músculos.

Este tratamento diminui o tempo de recuperação entre provas, numa altura em que os atletas competem, em alguns casos, mais do que uma vez por dia.

Estas marcas podem demorar duas a três semanas a saírem do corpo.


 http://www.jn.pt
09
Ago16

Marcar lugar na praia dá direito a multa de 200 euros em Itália

António Garrochinho


Quem deixa o material de praia a reservar o melhor lugar para os banhos de sol terá de pagar uma multa nas zonas da Sardenha e da Toscânia. O fenómeno tem tradição de décadas em Itália, mas as autoridades querem mudar este comportamento.

Marcar lugar na praia dá direito a multa de 200 euros em Itália

Marcar o melhor lugar na praia com o guarda-sol, toalhas e cadeiras é um fenómeno recente em Portugal, com o caso de Armação de Pêra a encher as redes sociais e depois os meios de comunicação social. Mas em Itália, as autoridades já se deparam com esta questão e as suas consequências há muito tempo.

A guarda-costeira decidiu agora passar a multar quem ocupa um lugar na praia de forma permanente sem ter autorização para isso com uma multa de 200 euros, escreve o jornal inglês "Guardian".

Em Itália, numa ida à praia é bastante normal encontrar logo pela manhã os melhores locais ocupados.

As autoridades da zona costeira da Toscânia e da Sardenha estão a apertar as regras aos veraneantes que queiram reservar para si as melhores zonas deixando o material de praia de um dia para o outro no areal.

O fenómeno está a aumentar e as autoridades crêem que se trata de uma situação injusta para quem cumpre as regram.

No domingo, o jornal italiano La Repubblica noticiou que a guarda costeira de Livorno apreendeu 37 cadeiras, 30 guarda-sóis, toalhas e até alguns fatos de banho.

O La Repubblica diz que esta prática é já antiga e um hábito histórico que começou durante as primeiras ondas de turistas que começaram a visitar o país depois da 2ª Guerra Mundial.

24.sapo.pt

09
Ago16

A OPA SOBRE A CGD- UM ESCÂNDALO “OPA” DOS GRUPOS ECONÓMICOS SOBRE A FUTURA ADMINISTRAÇÃO DA CGD COM A CONIVÊNCIA DO GOVERNO E A PASSIVIDADE DOS PARTIDOS QUE O APOIAM?

António Garrochinho




À medida que são divulgados pelos media os nomes dos futuros membros do conselho de administração da CGD, quem conheça a importância desta instituição financeira estratégica para o apoio às PME´s que constituem mais de 97% do tecido empresarial nacional, para a promoção do crescimento económico e desenvolvimento do país, para a independência nacional em relação aos grandes grupos económicos e financeiros, e para a segurança das poupança dos portugueses não pode deixar de ficar bastante preocupado.

 A CGD não é privatizada, mas os grandes grupos económicos e financeiros, sem gastar um euro, preparam-se para colocar na administração da CGD os seus homens de confiança com a conivência do governo.
 Segundo o EXPRESSO de 30-Julho, os nomes e as suas ligações a grupos económicos nacionais e estrangeiros dos futuros membros da administração da CGD são os do quadro 1

 Quadro 1 – Membros da futura administração da CGD e sua ligação a grupos económicos e financeiros nacionais e estrangeiros segundo o EXPRESSO de 30.7.2016 

NOME GRUPO ECONÓMICO DE ORIGEM

António Domingues – indicado para presidente da CGD Vice-presidente BPI e há 20 anos nele (Caixabank detém já 44,8% do capital do BPI e lançou uma OPA) 
Tiago Ravara Marques – indicado para administrador executivo CGD Responsável dos recursos humanos BPI (Caixabank) desde 2000,ex-administrador BPI/Pensões 
Henrique Cabral Menezes –indicado administrador executivo CGD Administrador BPI desde 1998, sendo administrador Caixa Brasil 
Paulo Rodrigues da Silva – indicado administrador executivo CGD Administrador do BPI entre 1992-2000, depois administrador VODAFONE 
Emídio Pinheiro - indicado para administrador executivo CGD Entrou para o grupo BPI (Caixabank) em 1991, e desde 2005 presidente do Banco Fomento Angola
João Tudela Martins - indicado para administrador executivo CGD Fez toda a sua carreira no BPI (La Caixabank), sendo diretor do risco
Pedro Leitão - indicado administrador executivo CGD Nomeado pelo governo angolano para reestruturar a TELECOM ANGOLA, foi seu presidente, não tem experiência bancária, da confiança de Isabel dos Santos
Leonor Beleza - indicada para administradora não executiva da CGD Presidente atual da Fundação Champallimaud, esteve no BCP e no Banco Totta em órgãos de fiscalização, fez o discurso de homenagem a Cavaco Silva em Julho de 2016 (representante do “centrão” politico)
Rui Vilar - indicado administrador não executivo CGD Presidente da CGD 1989-1995,fez o discurso de homenagem a Mário Soares em Jul.2016 (“centrão” politico)
Pedro Norton - indicado administrador não executivo CGD Administrador da IMPRESA que controla o Expresso de 1998 a 2016 
Carlos Tavares - indicado administrador não executivo CGD Atualmente presidente do conselho de administração da PEUGEOT-CITROEN
Ângelo Paupério - indicado administrador não executivo CGD Atualmente Co-CEO da SONAE e braço direito de Paulo Azevedo
Herbert Walter - indicado administrador não executivo CGD Ex-presidente do DRESDNER BANK e representou a ALLIANZ (grande grupo alemão) no BPI 
Rui Ferreira - indicado administrador não executivo CGD É presidente atual da UNICER (44% do capital é da Carlsberg e ao resto pertence aos grupos Viola, Arsopi e BPI) desde 2015, passou pelo BPI 
Bernardo Trindade - indicado administrador não executivo CGD Administrador atual do grupo PORTO BAY e líder parlamentar do PS Madeira
Paulo Pereira da Silva - indicado administrador não executivo CGD Presidente da RENOVA há mais de 20 anos 
Angel Coorcóstegui - indicado administrador não executivo CGD Antigo presidente executivo do SANTANDER CENTRAL HISPANO 
Fernando Guedes - indicado administrador não executivo CGD Presidente executivo atual da SOGRAPE

O domínio de homens que vêm do grupo BPI/La Caixabank (atualmente La Caixabank, já detém 44,8% do capital e lançou uma OPA sobre o BPI); para ocupar lugares executivos na “futura administração da CGD é avassalador (6 em 7 administradores executivos). Nem houve a preocupação de manter uma certa continuidade na gestão através da presença de alguém que fosse da CGD e a conhecesse bem. Mas como isto já não fosse suficiente, os futuros membros não executivos ocuparam ou ocupam lugares na administração de grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros, e vários deles nem têm experiencia bancária. Para além disso vão ocupar lugares na futura administração da CGD mantendo as funções que têm nos atuais grupos económicos (SONAE, UNICER, Porto Bay, RENOVA, SOGRAPE, Fundação Champalimaud). É previsível que muitos destes grupos económicos cujos administradores vão ocupar lugares na futura administração da CGD, segundo o EXPRESSO, tenham negócios com a CGD.

E isso parece confirmar-se já que o ECONOMICO Digital de 3 de Agosto de 2016, noticiou: 

“Alguns dos nomes propostos para administradores não executivos da CGD são administradores executivos de empresas clientes do banco público. É o caso da Sonae, da Renova, da Sogrape, da Partex, do Grupo PSA, do Grupo Porto Bay, e do Fundo Magnum [a CGD tem unidades de participação]). A informação sobre a relação entre estas empresas e o banco português tem estado a ser pedida pela equipe do Banco de Portugal que pertence ao Joint Supervision Team do BCE e que participa na avaliação fit and proper (competência e idoneidade) dos novos administradores da CGD. Os administradores da CGD que têm merecido a especial atenção do BCE (no âmbito do Mecanismo Único de Supervisão), em nome, por um lado do potencial conflito de interesses, e por outro em nome do risco de, a partir do 'board' da CGD, terem acesso a informação bancária de empresas concorrentes às suas, são: Carlos Tavares que é presidente do grupo PSA Peugeot Citroën; Bernardo Trindade, administrador do grupo hoteleiro Porto Bay, e que foi secretário de Estado do Turismo em 2011; Ángel Corcostegui, porque em 2006, fundou o “private equity” Magnum Capital juntamente com João Talone, e a CGD é financiadora desse fundo, detendo unidades de participação; Ângelo Paupério que è Co-CEO da Sonae, repartindo a liderança do grupo com Paulo de Azevedo; Rui Ferreira que é presidente da Unicer desde o ano passado; Paulo Pereira da Silva que é presidente do grupo Renova desde 1993; António da Costa Silva, outro administrador não executivo da CGD que é o presidente da Partex Oil Gas, empresa petrolífera da Fundação Gulbenkian; e Fernando Guedes, presidente da Sogrape, que substituiu o irmão Salvador Guedes na liderança da empresa de vinhos da família em 2012”. O leque é muito numeroso o que é preocupante.

E esta situação é ainda mais preocupante se se tiver presente que a análise do conflito de interesses por parte do BdP/BCE está ser feito tendo como base o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedade Financeiras (RGICSF), que é a lei do setor, e que é extremamente permissiva sobre esta matéria, como rapidamente se conclui da simpes leitura do seu artº 85º sobre “CONFLITOS DE INTERESSES”. O nº1 do seu artº 85º dispõe que “as instituições de crédito não podem conceder crédito, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, quer direta quer indiretamente, aos membros dos seus órgãos de administração ou fiscalização, nem a sociedades ou outros entes coletivos por eles direta ou indiretamente dominados”. No entanto, o nº5 do mesmo artº 85º estabelece que “o disposto o disposto nos nº 1 a 4 não se aplica aos membros do conselho geral e de supervisão que não integrem a comissão para as matérias financeiras, aos administradores não executivos das instituições de crédito que não façam parte da comissão de auditoria, nem a sociedades ou outros entes coletivos por eles dominados”. Portanto, os membros do conselho de administração que não sejam executivos, nem pertençam à comissão de auditoria nem a sociedades por eles dominados, as empresas a que pertençam podem ter negócios com a CGD. O conflito de interesses é evidente e real, embora à luz do RGICSF não o seja.

 Quem defende o controlo público das empresas estratégicas e, nomeadamente, da banca não pode ficar nem passivo nem alhear-se daquilo que, segundo o EXPRESSO e o ECONOMICO Digital, se está a passar na CGD, pois esta é vital para apoio às PME´s, para o desenvolvimento do país e para a independência nacional. Não se pode em palavras defender uma coisa e, em atos, nada fazer. É uma questão de coerência que não passa despercebida à opinião pública, mesmo que se pense o contrário. Não é certamente colocando na administração da CGD homens dos grupos económicos e financeiros que se defende a CGD e o país, se apoia as PME´s e promove o crescimento económico e o desenvolvimento do país. E não é depois de se tornar um facto consumado que interessa tomar posição pois depois não muda realmente nada. Só atuando antes do facto consumado é que poderia ter algum efeito. E o futuro não deixará de julgar as posições tomadas ou omissões em momentos como este.

Eugénio Rosa



09
Ago16

30 de Janeiro de 1972: "Domingo Sangrento" na Irlanda do Norte

António Garrochinho




atenção a tradução é do motor google
Na História Mundial São Alguns OS domingos sangrentos de  há Memória. Mas uma Tragédia that Pará ficaria sempre recordada Como "Bloody Sunday" ocorreu a 30 de janeiro de 1972, o Faz Hoje 43 anos, QUANDO UM protesto pacífico em Londonderry, na Irlanda do Norte, foi reprimido de forma violenta pelo Exército Britânico, causando 13 Mortos ,  SEIS DELES Menores, Além de 17 feridos, um dos Quais Veio a falecer POUCO DEPOIS andamento.
Entre sete mil a 10 mil pessoas marcharam Nesse domingo em Londonderry em Defesa dos Direitos Humanos, apelando ao Fim da Politica de "internamento" implementada Pelo Governo Britânico em 1971, na Irlanda do Norte,  permitia O aprisionamento, sem Julgamento, de Nacionalistas Suspeitos de pertencerem Ao Movimento independentista IRA e  Outros Grupos Radicais.
A Manifestação Pacifica, na qual OS Participantes ERAM católicos a favor da reunificação das "Duas Irlandas ", Acabou em tragedia  fatal para 14 Famílias. No entanto, um Investigação realizada de SEGUIDA, nada minuciosa, exonerava OS Militares britânicos de QUALQUÉR culpa no massacre, referindo que Estes tinham Aberto fogo APENAS DEPOIS de Serem atacados. Este Relatório originou sucessivos Movimentos de Apelo um Novas Investigações, Maïs isentas, O Que Só Acabou POR Acontecer em 1998, Numa decisão do Governo trabalhista do Primeiro-ministro Tony Blair.
O Inquérito Saville, CRIADO EM 1998 acontecimentos Pará analisar O "Domingo Sangrento ", terminou SEIS Anos Depois, em Novembro de 2004, mas como o SUAS CONCLUSÕES Só foram Publicadas em 2010 e com Uma inversão total de não apuramento da Verdade: afinal, nenhuma das Vítimas estava armada e Os soldados britânicos NÃO fizeram QUALQUÉR aviso Antes de abrirem fogo . contra a Multidão
. QUANDO o Britânico Primeiro-ministro actual, o conservador David Cameron, anunciou publicamente OS Resultados da Investigação em Junho de 2010, acrescentou UM PEDIDO oficial e formal, de Desculpas Às Vítimas do massacre em Nome do Governo do Reino Unido
Fonte:  
Expresso
Em 1983 OS U2 lançaram o álbum, "War", não Qual o tema Sunday Bloody surgiu domingo. Trata-se de hum dos temas Mais Abertamente Políticos dos U2.  Um tema Mostra letra of this o desabafo eA indignação dos Autores contra a intolerância religiosa Entre Protestantes e católicos Que resultou na morte de dezenas de Pessoas, facto ocorrido a 30 de Janeiro de 1972 em Londonderry.



Arquivo: Murder vítimas do sangrento Sunday.jpg
Como Vítimas do Domingo Sangrento

Sim

Eu não posso acreditar nas notícias de hoje

Oh, eu não posso fechar os olhos e fazer isso ir embora

Quanto tempo, quanto tempo teremos de cantar esta canção?

Quão mais? Quão mais?

Pois esta noite nós podemos ser como um, hoje à noite




Garrafas quebradas sob os pés das crianças

Corpos espalhados pelas ruas sem saída
Mas eu não vou atender ao apelo de batalha
Ele coloca minhas costas, coloca minhas costas contra a parede
Domingo, Bloody Sunday
Domingo, Bloody Sunday
Domingo, Bloody Sunday
E a batalha apenas começou
Muitos perderam, mas me diga quem ganhou
A trincheira cavadas dentro dos nossos corações
E mães, crianças, irmãos, irmãs separados

Domingo, Bloody Sunday
Domingo, Bloody Sunday
Quanto tempo, quanto tempo teremos de cantar esta canção?

Quão mais? Quão mais?
Pois esta noite nós podemos ser como um
Hoje à noite, hoje à noite

Domingo, Bloody Sunday
Domingo, Bloody Sunday

Enxugue as lágrimas dos seus olhos
Enxugue suas lágrimas
Oh, enxugue suas lágrimas
Oh, enxugue suas lágrimas
Oh, limpe seus olhos do tiro do sangue

Domingo, Bloody Sunday
Domingo, Bloody Sunday

E é verdade que somos imunes quando o fato é ficção e realidade TV
E hoje milhões choram
Nós comemos e bebemos enquanto amanhã eles morrem
 verdadeira batalha apenas começou para reivindicar a vitória que Jesus conquistou na
Sunday Bloody Sunday

VEJA VÍDEOS

Sunday Bloody Sunday





estoriasdahistoria12.blogspot.pt
09
Ago16

Morreu Edward Daly, o bispo que ficou conhecido por ter acenado com um lenço branco durante o domingo sangrento, em 1972, na Irlanda do Norte.

António Garrochinho


Morreu Edward Daly, o bispo que ficou conhecido por ter acenado com um lenço branco durante o domingo sangrento, em 1972, na Irlanda do Norte. Daly faleceu vítima de cancro. Tinha 82 anos.
Ordenado bispo de Londonderry em 1974, reformou-se em 1993 devido a problemas de saúde.
A 30 de janeiro de 1972, o exército britânico abriu fogo sobre uma manifestação que decorria na segunda maior cidade da Irlanda do Norte, em defesa dos direitos cívicos dos católicos.
A imagem do bispo norte-irlandês com um lenço branco diante de soldados para ajudar a socorrer um ferido correu o mundo.
Durante três décadas, a província britânica da Irlanda do Norte foi palco de violência interconfessional que provocou cerca de 3.500 mortos. Os acordos de paz de 1998 levaram à partilha do poder entre protestantes e católicos.

VÍDEO

pt.euronews.com
09
Ago16

Incêndios: uma “dolorosa tradição” que é um problema político

António Garrochinho



MARIA JOÃO LOPES 08/08/2016 – PÚBLICO

Secretário de Estado da Administração Interna admite que “não é aceitável o número de incêndios que temos de combater diariamente”. Só nesta segunda-feira foram quase 400 em todo o país.

Pessoas a ajudarem os bombeiros a combater as chamas, algumas alarmadas com o fogo perto das casas, assustadas com o vento que fazia alastrar o perigo, estradas cortadas, lares e uma aldeia a serem evacuados, gente a ser retirada das habitações por causa do fumo. As imagens de bombeiros a lutarem contra labaredas repetem-se Verão após Verão. Os últimos dias podem ter sido atípicos, com muitos fogos e temperaturas acima da média, mas, com Agosto à porta, o cenário poderá continuar. O problema já não é a falta de meios, como se criticava há uns anos. Há meios, há bombeiros com formação, mas estes avanços, por si só, podem não ser suficientes para fazer face às elevadas temperaturas e, sobretudo, ao eterno problema da falta de ordenamento da floresta.

Esta é a opinião de quem conhece bem o terreno há décadas, como o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, e o presidente do conselho directivo do Centro de Estudos e Intervenção em Protecção Civil, Duarte Caldeira. “Vamos continuar a ter um Agosto [com fogos] como é tradicional, e é doloroso dizer esta palavra, mas é o que a evidência histórica nos diz”, lamenta Duarte Caldeira.

O especialista sabe de cor os problemas: temperaturas “elevadíssimas”, ventos típicos de Agosto, a humidade no solo que acaba por secar… De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, as temperaturas vão baixar ligeiramente, mas vai manter-se o tempo típico de Verão nas regiões do interior, com temperaturas máximas entre os 35 e os 40 graus.

Em relação ao tempo, nada a fazer. Em relação aos meios, ao dispositivo, à formação dos bombeiros, nada a apontar, dizem Jaime Soares e Duarte Caldeira. Uma das questões em que se pode intervir é no ordenamento da floresta, do espaço rural.

“É uma floresta disseminada por pequenos proprietários que impede a sua regeneração. É um cocktail de variáveis que redundam nisto, variáveis económicas, políticas, culturais e sociais. O problema só poderá ser verdadeiramente encarado quando houver uma estratégia política integrada que envolva estas quatro dimensões”

Duarte Caldeira, presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Protecção Civil
Continua a faltar “o ordenamento estrutural” do espaço rural, diz Duarte Caldeira. “Mantém-se o problema gravíssimo com o qual o país não tem sabido lidar de forma eficiente ao longo dos anos.” E descreve: locais onde a população idosa “já não trabalha a terra”, casas no meio da floresta, “sem critério urbanístico, florestal ou territorial, uma desconexão entre propriedade privada e propriedade do Estado”, sendo que a percentagem estatal é “residual” e a privada está “diluída por cerca de meio milhão de proprietários”.

“É uma floresta disseminada por pequenos proprietários que impede a sua regeneração. É um cocktail de variáveis que redundam nisto, variáveis económicas, políticas, culturais e sociais. O problema só poderá ser verdadeiramente encarado quando houver uma estratégia política integrada que envolva estas quatro dimensões”, defende.

Jaime Soares corrobora: “Tudo isto poderia ter outros efeitos, ou ser alterado, se nós tivéssemos a nossa floresta devidamente tratada. Está completamente abandonada. Há soluções que passam pelo associativismo, por legislação para que o colectivo se sobreponha ao individual, não temos o cadastro completo da nossa floresta. Todos os anos nos deparamos com esta situação.”

“Terrorismo”

Jaime Soares levanta ainda outra questão, a que chama “autêntico terrorismo — 98% dos fogos tem origem na mão humana e 75% são de origem criminosa”. Por isso, defende “mais vigilância musculada, com mais gente, mais força e modernização dos postos de vigia”. Caso contrário, avisa: “No ano passado, tivemos mais ignições em Portugal do que Espanha e França juntas. Este ano, se calhar, vamos pelo mesmo caminho.” A GNR já decidiu reforçar o patrulhamento das florestas.

“No ano passado, tivemos mais ignições em Portugal do que Espanha e França juntas. Este ano, se calhar, vamos pelo mesmo caminho”

Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

Às 20h desta segunda-feira, o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, fez o balanço do dia: 310 incêndios (o dispositivo em Portugal está preparado para 250 diários), 6238 operacionais no terreno, 1646 viaturas e 107 meios aéreos. Activos àquela hora eram 66, 55 dos quais tiveram início nesta segunda-feira, sendo que os outros 11 já se arrastavam desde domingo. Domingo foi, aliás, o dia mais quente do ano e aquele que teve o maior número de incêndios até agora — 455.

Dos 66 incêndios activos ao final do dia, os mais preocupantes eram em Águeda, Gouveia, Gondomar, Vila Nova de Cerveira, Arcos de Valdevez e Nelas. Mas também havia situações críticas em Beja e Faro. “Os meios nunca são suficientes, mas o dispositivo tem correspondido de uma forma dantesca”, disse José Manuel Moura. Em Ponte de Lima, Arcos de Valdevez e Funchal foi preciso retirar pessoas das habitações e o mesmo aconteceu em lares de idosos de Águeda e Viseu. Pelas 22h contavam-se já um total de 385 fogos ao longo de todo o dia no país.

O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, também reconheceu, citado pela agência Lusa, que no domingo houve "um número invulgar de incêndios", mas, ainda assim, preferiu destacar a "redução muito significativa" da área ardida este ano. Mas, “sem dúvida, que a contratação de vigilantes da natureza que está prevista para o final deste ano é da maior importância para podermos estar ainda mais perto do território”, disse.

Por e-mail, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, também admitiu que “não é aceitável o número de incêndios que temos de combater diariamente”. Diz ser “essencial” reduzir o número de ignições e apostar em comportamentos preventivos. Jorge Gomes, que apela “a todos os autarcas e a todos os cidadãos que sejam parceiros na vigilância activa da floresta que impeçam a prática de comportamentos de risco e que informem as autoridades caso suspeitem de práticas de incendiarismo”, não esconde que “estes dias com temperatura muito elevada, reduzida humidade relativa e vento forte suscitam especiais preocupações”.

“Em relação a Julho, tivemos situações muito adversas. Confrontando a média dos últimos dez anos com os resultados de 2016, os números são claros: o número de ocorrências em Julho de 2016 foi 12% superior à média dos últimos dez anos”, mas “a área ardida nesse mesmo mês foi inferior em 49% à média dos últimos dez anos”, diz, reforçando a ideia de que “Portugal tem um dispositivo consolidado, bem treinado, bem equipado e capaz de fazer face aos incêndios florestais”.


ovoodocorvo.blogspot.pt
09
Ago16

Um “sinal de trânsito“ que custou 3,63 milhões de euros

António Garrochinho


sinal_probido
A Câmara Municipal de Vila Nova Gaia entregou, no final de Julho, numa cerimónia pomposa, um cheque no valor de 3,63 milhões de euros a empresa privada vindos dos bolsos dos munícipes gaienses e dos restantes contribuintes portugueses.
O motivo que está na origem deste pagamento milionário é, alegadamente, a colocação de um sinal de trânsito que proibiu a circulação de veículos pesados numa rua da cidade de Gaia.
Esta situação deu origem a um processo judicial intentado pela empresa privada contra a Câmara de Gaia que se arrastou durante largos anos em tribunal, tendo resultado desta longa litigância uma indemnização milionária que os contribuintes se viram agora forçados a pagar.
Acontece que durante este longo período que durou o processo foi vice-presidente da Câmara, durante quase seis anos, Marco António Costa, não podendo, nessa qualidade, eximir-se das suas responsabilidades solidárias pelos prejuízos causados ao erário público, no caso em apreço, agora contabilizados, por sentença judicial transitada em julgado, em cerca de 3,7 milhões de euros.
Nos primeiros dois anos e meio de mandato o presidente da Câmara Municipal de Gaia lançou duras críticas sobre a gestão financeira dos últimos anos, em coerência aliás com o relatório final da auditoria feita pelo Tribunal de Contas, entre 2008 e 2012, às contas da Câmara de Gaia, período em que foi, na sua grande maioria, responsável pelas finanças, Marco António Costa.
Por estas ordens de razões torna-se totalmente incompreensível que o actual presidente da Câmara de Gaia, em contradição absoluta com o seu discurso político, tenha atribuído recentemente uma medalha de mérito – grau ouro – a Marco António Costa pelos serviços prestados à autarquia.
Há aqui algo que ainda não foi devidamente explicado aos gaienses mas terá obrigatoriamente que o ser, em nome da transparência, da saúde da nossa democracia e do direito que todos os cidadãos têm de conhecer os fundamentos das decisões tomadas, em seu nome, pelos seus representantes políticos.
É esta sangria dos dinheiros públicos que destruiu e continua a destruir o sonho de podermos viver numa sociedade mais justa, desenvolvida e solidária que é premiada com medalhas.

www.insonias.pt

09
Ago16

A Crise - Excelente texto para se perceber os problemas atuais que a União Europeia defronta e para se perceber também a razão porque a Alemanha continua a querer obrigar os restantes países a prosseguirem as políticas austeritárias.

António Garrochinho


( HEINER FLASSBECK, in Expresso Diário,






Excelente texto para se perceber os problemas atuais que a União Europeia defronta e para se perceber também a razão porque a Alemanha continua a querer obrigar os restantes países a prosseguirem as políticas austeritárias. Na verdade, só ela ganha mantendo esse cenário à tona de água. (Estátua de Sal).

Pedimos a um especialista alemão que escrevesse sobre o futuro do Deutsche Bank a propósito da sombra que também sobre ele agora cai nesta Europa da crise monetária. Heiner Flassbeck, economista, ex-secretário de Estado das Finanças e ex-conselheiro de Oskar Lafontaine sobre a reforma do Sistema Monetário Europeu, respondeu-nos que o Deutsche Bank é um pormenor num contexto alargado. E contrapropôs este texto longo, técnico, duro e obrigatório que analisa em profundidade a origem da crise do euro e consequentemente da Europa. Flassbeck coloca a Alemanha no coração da origem da crise da moeda única, revela o segredo do crescimento alemão nos últimos 15 anos (“o país tem operado uma política de ‘pedinchar ao vizinho’, mas só de pois de ter ‘pedinchado ao seu próprio povo’ essencialmente através do congelamento dos salários – este é o segredo do sucesso alemão dos últimos 15 anos”) e diz que sem um ajustamento da maior economia europeia o fim da União ganha contornos de possibilidade real. A perspetiva de desintegração e o decorrente colapso da união já não podem ser ignorados, defende Flassbeck.

Os últimos sete anos têm sido um período tumultuoso para a Europa e o desassossego está longe de ter acabado. A crise global que começou em 2007 conduziu a um choque financeiro agudo em 2008-9, o qual inaugurou uma recessão em todo o mundo. A Europa – incluindo a Alemanha – foi atingida em pleno quando o crédito contraiu e o comércio mundial retraiu. A verdadeira crise na Europa, no entanto, começou em 2009-10 quando a recessão induziu o agravamento das finanças públicas, desencadeando uma crise gigantesca na zona euro.

Crise sem fim à vista

Havia poucas dúvidas no início de 2015 de que a crise da União Económica e Monetária Europeia (UEM) não tinha desaparecido. Medidas pouco ortodoxas tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE), em particular a sua promessa de fazer “o que fosse necessário” para estabilizar o sistema monetário em 2012, acalmaram os mercados financeiros e forneceram espaço para que a política económica agisse de forma estabilizadora.

Apesar disso, ao nível das instituições europeias parece estar a crescer a consciência de que são necessárias mudanças radicais para tornar o sistema mais resistente. E até além da obsessão tradicional com os défices fiscais e dívidas dos governos, a adoção de um mecanismo de aviso precoce para lidar com o núcleo do problema foi acionado com bastante rapidez. A introdução de um Procedimento por Desequilíbrios Macroeconómicos, destinado a lidar com os saldos de conta corrente existentes e futuros e orientar os Estados-membros no sentido de um comércio mais equilibrado, significou algum progresso na compreensão de que uma união monetária requer, acima de tudo, coordenação da evolução dos preços e dos salários.

Os princípios monetários nucleares da UEM

Uma união monetária é antes e acima de tudo uma união de países que querem abdicar das suas moedas nacionais com o objetivo de criar uma moeda comum. Abdicar de uma moeda nacional implica renunciar ao direito de as autoridades nacionais imprimirem moedas e notas e, deste modo, implantar dinheiro nacional (dinheiro fiat). Entrar numa união monetária também implica abdicar dos objetivos de inflação nacionais e concordar com uma meta de inflação comum de uma união.

Quais são as maiores determinantes da inflação? A prova mais importante é a correlação alta e estável entre a taxa de crescimento do custo das unidades de trabalho (CUT) e a taxa de inflação. Os custos da unidade de trabalho parecem ser a determinante crucial dos movimentos gerais de preço nas economias nacionais, bem como em grupos de economias. Se a forte correlação entre o CUT e a inflação fosse reconhecida e colocada no coração da análise macroeconómica, tornar-se-ia claro que o principal requisito para unidade monetária de sucesso não seria o controlo sobre os assuntos monetários, mas a gestão das receitas e dos salários nominais. Para ser específico, o objetivo de inflação comum para a UEM foi definido pelo BCE a uma taxa próxima de 2%. Isto implicava que a regra de ouro para o crescimento salarial em cada economia seria a soma do crescimento de produtividade nacional mais 2%. Por esta medida, não ocorreriam as grandes discrepâncias de inflação que levam às discrepâncias de competitividade entre os Estados-membros.

A Alemanha como fonte da crise da zona euro

As preparações para a UEM foram profundamente falhadas porque em vez de se discutirem em detalhe as implicações de uma união monetária e em vez de se criarem as instituições necessárias para gerir com sucesso uma tal união, o debate político e as decisões tomadas nos anos até 1997 – altura em que os critérios para a entrada tinham de estar cumpridos – na realidade focaram-se na política fiscal. Enfatizou-se em particular a limitação dos défices do sector público a 3% do PIB, enquanto a necessidade de evitar os diferenciais de inflação e garantir a capacidade de os Estados-membros cumprirem ao longo do tempo os objetivos comuns de inflação foram olhados como questões muito menos importantes para o suave funcionamento da UEM.

“Ninguém melhor que um alemão”

Entrevistámos o economista norueguês Erik Reinert (ler AQUI) a propósito de um curso que deu na universidade de verão do ISEG. A dada altura, explicando a essência da crise financeira europeia, largou a frase que escolheríamos para título: “Só a Alemanha lucra com o euro”. E disse que os media alemães não escrevem sobre o tema. “Aliás”, sublinhou, “só há um alemão que o assume, o economista Heiner Flassbeck”. Fomos procurá-lo para que escrevesse um artigo para o Expresso. Quando contámos a Reinert que Flassbeck tinha aceitado o nosso pedido, ele confessou: “Ainda bem que o apanharam, ninguém melhor que um alemão para o dizer”

A Alemanha, com a sua intolerância absoluta a que a inflação excedesse os 2% e a sua tradição monetarista dogmática, silenciou qualquer outro ponto de vista sobre a inflação. No entanto, a Alemanha, o maior país da União Europeia e o bastião da estabilidade de várias décadas, decidiu experimentar um novo modo de combater o seu alto nível de desemprego. Em conjunto com os empregadores, o Governo pressionou os sindicatos para tentar restringir o crescimento nominal e real dos salários.

Diferenças sensíveis

A nova abordagem alemã ao mercado de trabalho coincidiu com a introdução formal da união monetária, o que levou consequentemente a enormes divergências nos custos nominais de unidades de trabalho entre os membros da UEM. A principal causa destas divergências foi o simples facto de os custos nominais das unidades de trabalho, a mais importante determinante de preços e competitividade, se terem mantido essencialmente sem oscilações desde o início da UEM. Em contraste, a maioria dos países da Europa da Sul tinha um crescimento nominal dos salários que excedia o crescimento da produtividade nacional mais o objetivo de inflação acordado em comum de 2% por uma margem baixa, mas bastante estável. França foi o único país que cumpriu exatamente o objetivo de crescimento nominal dos salários. Os salários franceses subiram em paralelo com a performance da produtividade mais o objetivo de inflação do BCE a uma taxa perto de 2%.

Embora a divergência anual entre os aumentos nos custos de unidades de trabalho fosse relativamente pequena, a dinâmica dessa “pequena” divergência anual é capaz de, com o tempo, produzir diferenças enormes. No final da primeira década de UEM, o custo e diferença de preço entre a Alemanha e a Europa do Sul chegava aos 25% e entre a Alemanha e França chegava aos 15%. Por outras palavras, a taxa de câmbio real da Alemanha tinha baixado muito significativamente, embora as moedas nacionais já não existissem na UEM. A divergência no crescimento dos custos das unidades de trabalho já não existiam no seio da UEM. A divergência no crescimento dos custos das unidades era naturalmente refletida nas divergências de preço equivalentes. Assim, a UEM como um todo alcançou quase na perfeição o objetivo de inflação de 2%, mas as diferenças de inflação nacionais no seio da união foram muito sensíveis.

É inegável que a depreciação real que aconteceu na Alemanha teve um enorme impacto nos fluxos de comércio. Com os custos de unidades de trabalho na Alemanha mais baixos relativamente aos dos outros países por uma margem crescente, as exportações alemãs floresceram enquanto as importações abrandaram. Os países na Europa do Sul e também França e Itália começaram a registar défices comerciais e de conta corrente crescentes e sofreram enormes perdas nas suas quotas dos mercados internacionais. A Alemanha, ao contrário, conseguiu preservar a sua quota apesar da competição global crescente com a China e com outros mercados emergentes. Num casulo, a Alemanha tem operado uma política de “pedinchar ao vizinho”, mas só de pois de ter “pedinchado ao seu próprio povo” essencialmente através do congelamento dos salários. Este é o segredo do sucesso alemão dos últimos 15 anos.

O comércio dentro da Europa tinha sido bastante equilibrado até ao início da união monetária e ao longo de muitos anos antes disso. A UEM marcou o início de um período de desequilíbrios rapidamente crescentes. Até após o choque da crise financeira e dos seus devastadores efeitos no comércio mundial, que são claramente visíveis no equilíbrio alemão, a tendência de fundo manteve-se sem mudar. A conta-corrente alemã continuou a aumentar depois de 2010 e até alcançou um novo recorde em 2015, da ordem dos 250 mil milhões de euros, um valor próximo de 9% do PIB.

A Alemanha tem de se ajustar

Num mundo de taxas cambiais flutuantes ou ajustáveis, nenhum país pode ganhar uma vantagem permanente relativamente a outro país se este último tivesse a opção de ajustar as suas taxas cambiais de acordo com os diferenciais da inflação. Isto significa que seriam inúteis todas as tentativas para melhorar a competitividade por via de corte ou moderação de salários na UEM como um todo. E, no entanto, esta foi precisamente a abordagem escolhida pela Europa como saída para a crise. Foi também uma má opção porque o corte salarial na maioria dos países devedores conduziu a quebras severas na procura doméstica, que é mais importante do que a procura externa. A restrição dos salários foi contraproducente em economias com uma taxa de exportação do PIB muito inferior a 50%.

Numa união monetária, um país com uma taxa de exportação baixa que enfrente problemas de défice de conta-corrente muito alto devido a uma moeda implicitamente sobrevalorizada fica sem saída. O ajuste dos salários para baixo, por vezes erroneamente chamados “desvalorização interna”, não só não é solução como também destrói tanto a procura interna como a produção antes que venha a trazer algum alívio através de aumento das exportações.

É por isto que o processo de ajustamento no seio da UEM tem de ser pelo menos simétrico. Significa que o país que tenha implicitamente desvalorizado a sua taxa cambial – a Alemanha – teria de fazer um forte esforço de ajuste crescente, isto é, aumento de salários, enquanto outros países teriam de ajustar lentamente para baixo.

O incentivo mais fiável para o sucesso dos esforços de ajustamento em ambos os casos seria de novo o objetivo de inflação. Se o objetivo de inflação comum não fosse questionado, para restaurar a competitividade internacional dos défices dos países seria necessário aumentar os custos das unidades de trabalho e inflação no país com excedente ao ponto de se conseguir alcançar o balanço externo em ambos os lados da união monetária (incluindo os primeiros dez anos).

UEM dirige-se para o desastre

Em meados de 2016, o desemprego na UE continuava nos 10%. Em Espanha e na Grécia, o desemprego estava acima dos 20% e o desemprego jovem era superior a uns extraordinários 50%. Mais do que qualquer outra coisa, estes números mostram o insucesso da UE na luta contra este problema que emergiu como a “crise da zona euro”. Enquanto a queda significativa de crescimento e emprego foi inicialmente provocada pela crise global de 2007-9, após 2010 as nações devedoras da UEM ficaram privadas de meios para combater a recessão e foram forçadas a adotar políticas pró-cíclicas numa escala que não se via desde os anos 30.

O mantra alemão que diz “a austeridade é a única solução” foi aplicado a todos os países, que foram forçados a pedir ajuda quando acabou o seu acesso aos mercados globais, ou quando ele lhes foi vedado de facto pelas altíssimas taxas de juro. A obsessão com os aparentes problemas fiscais dominou o debate e as condições que foram exigidas pela troika e pelo Eurogrupo para abrir os cofres das nações credoras concentrou-se na consolidação a qualquer preço e o mais rápido possível dos orçamentos públicos dos países do défice.

As divergências acumuladas durante os primeiros anos da UEM e a terrível natureza dos programas de ajustamento puseram em questão a própria sobrevivência da UE.

Com a persistência do domínio alemão dos mercados de exportação e dada a recusa alemã de ajustar o seu próprio modelo económico, o futuro da zona euro parece sombrio. A falta de instrumentos de política para atacar a recessão, o condicionamento dos programas de ajustamento impostos às economias em crise, o próprio ajustamento “estrutural” disfuncional e a perspetiva de deflação continuada aumentaram os custos de permanecer na UEM ao ponto de a subida política da direita ameaçarem a democracia e a União Europeia. O insucesso na descida das taxas de desemprego e a crescente pobreza abriu caminho aos partidos de direita populistas e antieuropeus, tanto nos países credores como nos devedores. Contra esse perigo, os benefícios de ser membro da UEM são pequenos e, mais importante ainda, estão a diminuir depressa.

Em resumo, as divergências acumuladas durante os primeiros anos da UEM e a terrível natureza dos programas de ajustamento puseram em questão a própria sobrevivência da UE. E, no entanto, os líderes europeus parecem alheios a isso. Parecem ainda menos disponíveis para empreenderem um esforço político para inverter a economia em geral e impedir as divergências crescentes no seio da UEM. A perspetiva de desintegração e o decorrente colapso da união já não podem ser ignorados.


estatuadesal.com
09
Ago16

Fotógrafo percorre a Europa em busca de lugares abandonados

António Garrochinho


Os lugares abandonados nos causam bastante curiosidade junto com una espécie de tristeza pelo local estar fadado às ruínas. O fotógrafo Christian Richter se dedicou a clicar espaços abandonados ao redor da Europa, formando uma incrível coleção de fotografias.
Desde jovem, Richter tem paixão por prédios abandonados. Nada melhor do que canalizar este amor em seus cliques, feitos em lugares deslumbrantes que tiveram suas estruturas destruídas pelo tempo. “Eu simplesmente adoro a arquitetura antiga e decadente, seus padrões e texturas – elas me lembram que tudo é impermanente“, escreveu.
Muitos locais das fotos ainda mantêm a mobília que um dia foi utilizada, como uma sala de dentista, um quarto de hotel, um piano e até uma biblioteca, repleta de livros. Isso torna as imagens ainda mais bucólicas e pitorescas, pois deixam a impressão de que ainda existe alguém lá. Será?
old forgotten piano room
LugaresAbandonados2
old abandoned library in house
abandoned decay bedroom with chair table tv in a hotel
abandoned staircase
old abandoned swimming baths
abandoned doctor room with chair
old decay piano
abandoned church with benches and altar
abandoned event hall with stage in hotel
old rotting room with couch
abandoned corridor in hospital with windows and doors
old abandoned baroque staircase
abandoned corridor in a hospital with windows and doors
abandoned elevator in hospital with rusty doors
old abandoned staircase with pillar and arch
LugaresAbandonados18
forgotten ballroom with stage in a castle
decay spiral staircase in door frame
abandoned room with baroque ceiling
Old dining room inside an abandoned 5-star hotel
old abandoned blue church
abandoned Cinema with wooden chairs
abandoned entry hall with staircase and pillars
Todas as fotos © Christian Richter


vivimetaliun.wordpress.com

09
Ago16

Portugal. EMPRESÁRIOS, PRECISA-SE!

António Garrochinho



























Um recente estudo do Banco Central Europeu (BCE) dá conta da perceção dos empresários portugueses sobre a facilidade de despedimento nas suas empresas. As suas opiniões colocam Portugal entre os países onde mais empresários expressam a opinião de que, em 2013, era mais fácil despedir do que em 2010. Não surpreende, considerando as profundas alterações legislativas à proteção dos trabalhadores promovidas pelo anterior Governo, com a chancela tutelar da troika. Ainda assim, autores do Banco de Portugal, que contribuíram para aquele estudo, queixam-se da falta de "flexibilidade" salarial: os salários dos trabalhadores portugueses não foram cortados tanto como gostariam.

O estudo do BCE mostra, de forma cristalina, que o trabalho é hoje entendido como a principal variável de ajustamento na economia. Antes, ouvia-se amiúde que os trabalhadores não podiam pedir muito porque isso afetaria a viabilidade das empresas. Hoje, o discurso requintou-se. Os trabalhadores, os seus salários e as suas condições de vida são entendidos como mero custo a cortar de todas as maneiras. Investir em novos processos e produtos, melhorar a produtividade, apostar na inovação e qualificação dos trabalhadores são fatores de competitividade que ainda vão surgindo em discursos políticos, mas já se encontram totalmente arredados do quadro mental dos tecnocratas e de empresários tomados por miopia política, ou por velhas formas de exploração do trabalho.

O inquérito do BCE mostra um dado muito significativo que não foi valorizado devidamente: os empresários identificam a quebra de procura na economia como principal barreira a novas contratações. Ou seja, a propagandeada "desvalorização interna", apresentada como a solução para a nossa economia, teve como consequência a depressão da procura e esta é agora identificada pelos patrões como o seu principal problema. Então, por que é que muitos empresários portugueses prosseguem na pedinchice ao Estado, na responsabilização deste e no espremer dos trabalhadores, em vez de apostarem, com seriedade e ofensivamente, na resolução dos obstáculos que consideram principais? Mais, sabendo-se que um dos grandes problemas das pequenas e médias empresas está no acesso ao crédito, é caso para se dizer que o silêncio dos empresários em relação à situação do setor financeiro nacional é ensurdecedor.

Perante o capital financeiro e as suas agendas transnacionais, os empresários portugueses amocham. Trata-se de um dado que compromete o nosso desenvolvimento. Os patrões nacionais têm hoje a oportunidade e a obrigação de ajudar à defesa do país perante a ingerência externa que lhes tira negócio e face ao capital financeiro que os parasita. As associações patronais - que até ouviam membros do anterior Governo dizerem que queriam "falar com empresários, mas não com as suas confederações" - podem ter um papel relevante no desenvolvimento do país, fazendo valer o interesse do todo que representam, com princípios, com valores, com ética, com sentido patriótico.

A recente posição das confederações patronais, membros da CPCS, "repudiando veementemente" o projeto de lei que visa o "Combate às Formas Modernas de Trabalho Forçado" não abona em seu favor, pois rema contra a dignidade no trabalho. As teias de contratação e subcontratações hoje existentes são complexas. Os empresários têm de aceitar a responsabilidade subsidiária e solidária em cada processo de recrutamento, sob pena de proliferarem impunidades, desrespeito das leis e dos direitos humanos. Certos comportamentos devem ser criminalizados. É mau sinal as empresas de trabalho temporário sentirem-se ameaçadas! Por outro lado, é um facto que as receitas da troika e o zelo com que foram aplicadas neste país produziram alterações profundas, colocando os patrões numa posição de "conforto" para gerir as relações de trabalho. Mas para haver competitividade e desenvolvimento do país há que repor proteção e alguns poderes a quem trabalha.

O país precisa de empresários que deem um contributo patriótico e respeitador dos valores estruturantes da Democracia.

* Investigador e professor universitário


Carvalho da Silva – Jornal de Notícias, opinião

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