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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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12
Ago16

ARGENTINA: PRESIDENTE MACRI ENTREGA AOS ESTADOS UNIDOS A TERCEIRA MAIOR RESERVA DE ÁGUA DOCE DO MUNDO.

António Garrochinho



O presidente argentino concordado com o presidente dos EUA para instalar bases sobre o Aquífero subterrâneo Guaraní.

A Representante Nacional para o Projeto Sul na Argentina, Alcira Argumedo, informou que a instalação de duas bases militares norte-americanas no país responde a uma estratégia militar do Pentágono para aproveitar um dos maiores reservatórios de água doce do mundo.

“O anúncio da instalação de duas bases militares no país, é grave e preocupante pois está destinado a controlar principalmente duas principais fontes de água potável como um recurso estratégico para os EUA” denunciou, segundo avalia La Radio del Sur.

Durante sua participação no programa Mientras Tanto y por si Acaso transmitido por La Radio del Sur, ele disse: “Não é por acaso que, onde se planeja instalar uma base militar no norte, está o aquífero subterrâneo Guarani, a terceira maior reserva de água doce do mundo, e no sul é uma maneira de controlar a Antártida, poi ali existe outra grande reserva de água doce, mas neste caso congelada”.

Em maio passado, o governo argentino disse que os EUA vão instalar duas bases militares em áreas estratégicas e importantes do país: uma no norte do país, na Tríplice Fronteira, e a outra no sul da província de Tierra del Fuego.

A este respeito, a deputada ressaltou que a política de Mauricio Macri é “Colocar-se em uma subordinação constante e absoluta ao governo dos EUA, estão tomando medidas visando negócios e não políticas para favorecer o povo argentino”.


Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com
www.marchaverde.com.br

12
Ago16

BRUXELAS - Centenas de milhares de begônias

António Garrochinho

Centenas de milhares de begônias e dálias decorar a Grand Place, em Bruxelas esta semana para sua 20ª exibição "Tapete Flor", que este ano tem um tema japonês. Um guindaste japonês, um pássaro que simboliza a boa sorte e longevidade na cultura asiática, voa através de uma paisagem selvagem e carpa koi parecem nadar entre as flores delicadamente aplicadas na pitoresca praça do século 15. Cerca de 600.000 flores foram montadas no visor-wide de 24 metros 75 metros de comprimento 

e.- Reuters

12
Ago16

PARA NÃO ESQUECER

António Garrochinho


ESTA FOTO TIRADA NA DÉCADA DE 60 MOSTRA UM GRUPO DE CRISTÃOS NUMA MANIFESTAÇÃO CONTRA OS NEGROS DIZENDO QUE A IGUALDADE É COMUNISMO COMO SE PODE VER NAS INSCRIÇÕES NOS CARTAZES.
NADA MAIS A OBSERVAR.
12
Ago16

Trabalhadores dos CTT sobrecarregados

António Garrochinho
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A falta de pessoal nos CTT tem gerado sobrecarga de trabalho, que tem como consequência o aumento de doenças, sobretudo de ordem psicológica.

O SNTCT exige a contratação de mais trabalhadores para os CTT
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) denuncia a falta de pessoal nos CTT e a consequente sobrecarga de trabalho, que aumenta as «situações de doença provocadas pelo stress».
Segundo o sindicato, no atendimento, as lojas têm postos de trabalho vagos que, ou não são ocupados, ou são ocupados por trabalhadores deslocados de outras lojas, que por consequência ficam na mesma situação.
O comunicado refere que esta situação é comum a todo o país, «notando-se ainda mais nas lojas que têm balcões do Banco CTT, pois os trabalhadores são desviados dos restantes balcões e não são substituídos». É reportado que nas horas de almoço fica frequentemente apenas um trabalhador ao balcão e no final do dia, após o encerramento da estação, «ficam ainda dezenas de utentes/clientes para atender». Assim, «muitos trabalhadores fazem uma hora ou hora e meia de trabalho a mais». O sindicato afirma que as contratações efectuadas para substituição de férias foram «manifestamente insuficientes».
Na distribuição a situação é semelhante. Sobrecarga de trabalho e ritmos de trabalho muito elevados, que «os trabalhadores já não aguentam».
O SNTCT aponta que estas situações «devem-se à falta de pessoal e à internalização do correio expresso e publicidade, sem o aumento dos meios humanos e matérias necessários», responsabilizando a administração pela resolução da situação.
Como consequência, o sindicato alerta que os clientes «estão cada vez mais insatisfeitos».
Os CTT anunciaram um resultado líquido de 31,7 milhões de euros no primeiro semestre deste ano.

www.abrilabril.pt
12
Ago16

Oficiais dizem que Força Aérea pode reassumir combate a incêndios e poupar dinheiro

António Garrochinho

O presidente da Associação de Oficiais da Força Aérea (AOFA) afirmou hoje que a Força Aérea está preparada para receber meios e reassumir o combate aos incêndios, considerando que uma decisão política nesse sentido pouparia dinheiro ao Estado.
800
“Se houver uma decisão do Governo a dizer que a partir de hoje a Força Aérea [FA] combate os incêndios, obviamente que não combate, porque há 20 anos desativaram os meios para utilizar nas aeronaves que permitiam combater os incêndios. Obviamente é preciso fazer um investimento e um investimento significativo”, esclareceu António Mota.
No entanto, após esse investimento, o dirigente considerou que o combate pela FA de incêndios até ficaria mais barato ao Estado, porque os pilotos já são pagos e estão ao serviço do Estado o ano inteiro, além de que a FA já tem estruturas pelo país, como aeródromos e pistas, assim como equipas de mecânicos e de manutenção.
António Mota realçou que a FA “foi completamente afastada do combate aos incêndios há 20 anos”, o que “coincidiu – e cada um tira as ilações que entender — com o estabelecimento de uma série de protocolos com empresas privadas, que assim têm o monopólio do combate aos incêndios em Portugal”.
“Só se compreende que tenham retirado à FA por interesses financeiros e por interesses de negociata. Isto tem de ser dito e tem de ser dito desta maneira”, considerou.
O dirigente destacou que um relatório conhecido na quinta-feira, mas pedido ainda pelo Governo de Passos Coelho, refere que seria necessária uma verba de cerca de 60 milhões de euros em dois anos para dotar novamente a FA com os meios necessários para combate aos incêndios, tal como acontece na maior parte dos países europeus.
“Eu também ouvi o presidente da Madeira a dizer que só na Madeira os prejuízos dos incêndios em dois dias ascenderam a 55 milhões. Parece-nos evidente de mais de que é à FA que têm de ser atribuídos os meios”, considerou, salientando que se gasta uma média de mil milhões de euros com os fogos todos os anos e que uma hora de voo de um avião ‘Kamov’ no combate aos incêndios custa cerca de 35 mil euros.
António Mota destacou que seria necessária alguma formação específica para os pilotos da FA combaterem incêndios, mas de resto estão “preparadíssimos”.
“Naturalmente tem que haver um treino específico. Não é o mesmo transportar pessoal para a Madeira que andar por cima de um incêndio a lançar calda retardante. Agora, alguns dos meus camaradas militares pilotos da FA são exatamente hoje os pilotos que andam nos aviões a combater os incêndios. Porque são os melhores pilotos portugueses, isso não há duvida nenhuma, e as empresas privadas sabem disso. Não estou a dizer que há colegas aqui a fugir ao serviço, mas há alguns que aproveitam as épocas de férias para andar a combater os incêndios ao serviço das empresas. Se estão preparados? Estão preparadíssimos”, disse.
Na internet decorre uma petição que pede o regresso da FA ao combate aos incêndios e que hoje tem mais de 28.100 assinaturas, a que a AOFA diz ser alheia.
Porém, a associação diz compreender, porque, segundo António Mota, “é clarinho que assim deve ser”, como revelam “as milhares de mensagens de cidadãos” que tem recebido na página na internet nos últimos dias.
Lusa
abrildenovomagazine.wordpress.com
12
Ago16

Embaraços na chamada União Europeia - Baptista Bastos

António Garrochinho



Estabelece-se esmerada confusão entre o propósito e o realmente tido como tal. O recente imbróglio, estabelecido na “União” Europeia, durante meses, a fim de apavorar Portugal e Espanha, resultou numa coisa pífia, afinal conducente a um resultado nulo. Mas preocupou populações durante meses. O próprio presidente da UE alimentou esse equívoco, especialmente provocado pela Alemanha. O mal-estar desenvolveu-se durante meses. E criou embaraços insistentes em países como Portugal. Entendeu-se que esta Alemanha deseja, antes de tudo, criar um nivelamento com duas nações a dirigir e o resto a ser dirigido.

Nada disto é vital, nada disto é normal e escapa ao equilíbrio estabelecido pelos ideais fundadores da União Europeia, que desejavam um equilíbrio de forças impeditivo de qualquer hegemonia. A ideia, generosa, é antiga, e nunca deu resultado, acicatando, pelo contrário, as históricas tendências dominantes germânicas.

Quem manda e quem dirige a Europa actual? O duo Alemanha-França é falacioso. A importância dos alemães advém do seu poder económico, da sua necessidade de desenvolvimento territorial que explica e justifica o seu poder. França obedece a uma estratégia antiga, que determinou a sua minimização. A história da invasão alemã é suficientemente elucidativa. E os livros e os filmes dessa miséria moral são elucidativos das componentes vitais de um tempo e de uma época desastrosos.

A União Europeia é tudo menos aquilo que a expressão pretende enunciar. Constituiu para nós, portugueses, uma ignomínia. As comissões dirigidas por Sócrates ou Passos Coelho, cuja subserviência em relação a Angela Merkel assumiram, tiveram sempre as características de total sujeição. E as coisas não vão melhorar. Alguns países não escondem a incomodidade em submeterem-se às injunções alemãs, ameaçando abandonar a União. Esta, devido a circunstâncias especiais, tem sido dirigida pela gestão de Direita, com os resultados conhecidos e uma crescente incomodidade da parte de alguns recalcitrantes.

Isto, para assinalar que as coisas não correm no melhor dos mundos. As grandes questões são constantemente ocultadas ou dissimuladas, e a recente saída do Reino Unido assinalou os abalos que a União atravessa. As coisas estão seriamente ameaçadas, e não se trata, apenas, da supremacia alemã, mas sim das próprias debilidades da construção do projecto. As coisas estão à vista, e nem os discursos apaziguadores dos dirigentes europeus conseguem neutralizar o mal-estar que se vive na Europa.



 Jornal de Negócos
12
Ago16

DOS PILHA GALINHAS E DOS DDT

António Garrochinho


A ex-Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou em 2012 que em Portugal "ainda existe uma justiça para ricos e uma justiça para pobres".
A percepção de que assim é não se alterou, lamentavelmente. Percebemos o sistema de justiça como forte com fracos, fraco com os fortes, lenta, injusta e altamente permeável aos alçapões e manhosices por onde se escapam os da família alargada que em várias dimensões ocupam o podere, os poderes.
O Juiz Carlos Alexandre dispensou por um período de 30 dias para gozo de férias o Dr. Ricardo Espírito Santo das apresentações periódicas na PSP a que está condenado.
Está certo, o Sr. Dr. precisa de férias e o Senhor Juiz é um homem sensível e generoso.
Nada de novo, a tradição ainda é o que era, os DDT ainda que abanem continuam a ser os Donos Disto Tudo, têm é a concorrência de novos candidatos a DDT.
Fico com uma pequena dúvida, o “pilha galinhas” pequeno delinquente a cumprir a mesma pena seria também dispensado de a cumprir para poder ir de férias descansado?
Não acredito.
Também sei que se o “pilha galinhas” fosse de férias ´nunca iria “brincar aos pobrezinhos” lá para os lados da Comporta.
Será que o Sr. Dr. Juiz não olha sem um sobressalto para o efeito devastador que decisões desta natureza têm na percepção que temos do Sistema de Justiça um dos indicadores mais significativos da qualidade de uma democracia.


atentainquietude.blogspot.pt
12
Ago16

Oferta para arrendamento baixa e rendas disparam - As cidades que deixam de ser para moradores

António Garrochinho


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O número de casas para arrendar desceu, principalmente em Lisboa e no Porto. Ao mesmo tempo, as rendas dispararam. O alojamento para turistas é cada vez mais generalizado nos centros e as famílias são empurradas para as periferias.


As rendas em Lisboa subiram 45% relativamente a 2013
 
Segundo uma peça do Jornal de Negócios, nos últimos três anos, o número de casas para arrendar desceu significativamente em Lisboa e no Porto, uma tendência que parece transversal a todo o país. Ao mesmo tempo, há um aumento considerável do valor das rendas, dificultando muito quem quer arrendar uma casa nas grandes cidades.
Pelos dados recolhidos pelo jornal, junto do portal imobiliário Casa Sapo e da mediadora imobiliária Remax, é possível perceber que as casas disponíveis para arrendamento em Lisboa caíram 75%, e cerca de 85% no Porto. Segundo os dados destas fontes, entre Maio de 2013 e de 2016, registou-se no país uma diminuição de casas para alugar de 71%.
As três razões apontadas
Uma das razões apontadas pela Casa Sapo e pela Remax, está relacionada com os bancos voltarem a dar crédito à habitação, o que trouxe novos compradores e puxou novamente os proprietários para a opção de venda. Segundo avança o Jornal de Negócios, nos primeiros cinco meses do ano «os bancos emprestaram 2,1 mil milhões de euros, mais 64% do que no mesmo período em 2015».
O turismo é outra razão registada, aumentando exponencialmente o alojamento local, com os arrendamentos de curta duração, desviando assim casas habitualmente destinadas a habitação permanente. Segundo a Casa Sapo, os proprietários encontram aqui mais rentabilidade. É apontado que a reabilitação urbana tem contribuído para o reforço de oferta de casas, mas tem-se verificado que é em nichos de mercado, como o alojamento para turistas ou casas de luxo e de charme.
É apontado como terceiro factor a diminuição da própria oferta, uma vez que a maior parte dos imóveis foram arrendados por longos períodos. Perante a diminuição da oferta, a procura continua, mantendo-se acima dos níveis registados historicamente em Portugal.
Rendas com subida exponencial
O número de casas para arrendar diminuiu, mas o valor das rendas disparou. Segundo a Casa Sapo, as rendas aumentaram, entre Maio de 2013 e 2016, 39% em Lisboa e 45% no Porto. Em todo o país, a subida foi na ordem dos 39%. Os dados mostram que o aumento foi especialmente significativo no último ano: entre Maio de 2015 e Maio deste ano, as rendas subiram 16% em Lisboa, 24% no Porto e 25% em todo o país. A Remax confirma esta tendência, e segundo os seus números, as rendas em 2016 são 25% superiores às que foram propostas três anos antes.
«Neste momento, muitas famílias estão a optar pela compra de casa na periferia, onde conseguem um valor mais acessível às suas possibilidades»
As cidades feitas cada vez mais para turistas
Miguel Poisson, director-geral da Era Imobiliária, revela ao Jornal de Negóciosque «há imóveis arrendados a preços acima do mercado devido a uma cláusula de subaluguer», que autoriza quem assina o contrato a colocar o espaço a arrendar a turistas, com preços mais elevados. Admite que «em algumas zonas de Lisboa já se sente esse efeito, o que restringe o acesso a algumas famílias».
Está inerente a esta expansão uma lógica do lucro imediato: num arrendamento tradicional, a rentabilidade de um imóvel é de 4% a 5%, no turístico o retorno está acima dos 10%.
Lisboa está assim a mudar: o centro está a ficar para turistas ou para compradores com alto poder de compra, muitas vezes estrangeiros. Neste momento, muitas famílias estão a optar pela compra de casa na periferia, onde conseguem um valor mais acessível às suas possibilidades.
Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonense (AIL), em declarações ao AbrilAbril, reitera a ideia de que nos últimos dois anos muitos proprietários têm transformado o alojamento «normal», em alojamento local, com o objectivo de «retirar mais lucros e mais rendimentos». Dá o exemplo da área pombalina, onde «muitos prédios estão a ser transformados em alojamentos locais e hotéis, o que impossibilita as pessoas de morarem lá».
Segundo o seu representante, a AIL defende que deve ser defenida uma percentagem específica de espaço a ser reservado para habitação «normal», responsabilizando o Governo e a Câmara Municipal. Reforça ainda a importância de mais pessoas a fazer vida no centro da cidade, para o seu desenvolvimento, dando o exemplo do comércio local.
Na perspectiva dos inquilinos, a aposta dos proprietários no alojamento local prejudica a oferta de casas para arrendar e faz aumentar o preço das rendas para valores «insuportáveis e incomportáveis para a maior parte das famílias», principalmente em Lisboa e no Porto, referiu o presidente da AIL.
Para Romão Lavadinho, um dos problemas é a existência de «uma discriminação completa» na questão do regime de tributação, pois «o arrendamento normal tem uma taxa de imposto sobre os rendimentos de 28%, enquanto o arrendamento local tem uma taxa de imposto sobre 15% do valor recebido».

www.abrilabril.pt
12
Ago16

"Onda terrorista" é responsável por incêndios Presidente da Liga dos Bombeiros faz leitura do mapa de fogos.

António Garrochinho


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O presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, considerou esta sexta-feira que há uma "onda terrorista devidamente organizada", que provoca incêndios florestais, mas julga que devia ter sido antecipado o pedido de ajuda de meios aéreos.

Depois de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Jaime Marta Soares não classifica de incompetência política o tempo em que foi feito pelo Governo o pedido de ajuda dos meios aéreos, mas admite ter sido "um erro estratégico".

Sobre o que diz ser uma "onda terrorista" que provoca os incêndios florestais, o presidente da Liga considera impossível haver ignições de fogo com uma frente tão vasta como as que se têm verificado nestes últimos fogos na zona norte e centro do pais e Madeira.

Marta Soares lembrou que 98 por cento dos fogos florestais têm mão humana e que, no seu entender, 75% desses serão de origem criminosa.
O responsável da Liga espera que, depois deste período de incêndios, sejam efetivamente tomadas decisões políticas de verdadeira prevenção dos incêndios, para que se evite repetir todos os anos as mesmas discussões, sem consequências.

Uma das propostas da Liga dos Bombeiros é a criação de um observatório nacional para os incêndios florestais, que analisa as diversas questões no que respeita quer à prevenção quer ao combate aos fogos.

"Há uma negligência criminosa em não se levarem por diante projetos de reflorestação", disse Marta Soares, como um dos exemplos do que não tem sido feito em Portugal.












www.cmjornal.pt
12
Ago16

Salazar por Fernando Pessoa

António Garrochinho


"Politicamente, só existe aquilo que o público sabe que existe."

António de Oliveira Salazar na inauguração do S.N.I. em 1933.



Salazar, capa da TIME em 1946: «Após 20 anos de Salazar (o decano dos ditadores 
da Europa), Portugal é uma terra triste de pessoas pobres, confusas e assustadas...» In TIME.



Fernando Pessoa - António de Oliveira Salazar
s.d., em Da República (1910 - 1935) . Fernando Pessoa.
1ª publ. in Diário Popular, Lisboa, 30 Maio e 6 Junho 1974


António de Oliveira Salazar


Bernard Hoffman veio a Portugal em Julho de 1940, fazer uma reportagem para a LIFE.
A Exposição do Mundo Português tinha sido inaugurada (em plena 2ª Guerra Mundial)
 um mês antes. Hoffman não tirou qualquer foto dela (pelo menos eu não encontrei).
Pode ver as fotos dessa reportagem da LIFE, neste post mais antigo carregando aqui.




































Três nomes em sequência regular...
António é António.
Oliveira é uma árvore.
Salazar é só apelido.
O que não faz sentido
É o sentido que tudo isto tem.

Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove,
Água dissolve
O sal,
E sob o céu
Fica só azar, é natural.
Oh, c’os diabos!
Parece que já choveu...

Em 04 de Julho de 1937, Salazar escapou por um triz (infelizmente) a um atentado
organizado por um grupo de anarquistas. Revista Ilustração 16-07-1937.




































Coitadinho
Do tiraninho!
~
Não bebe vinho.
Nem sequer sozinho...
Bebe a verdade
E a liberdade.
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.
Coitadinho
Do tiraninho!
O meu vizinho
Está na Guiné
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé.
Mas ninguém sabe porquê.
Mas afinal é
Certo e certeiro
Que isto consola


E nos dá fé.
 1938, um ano antes de começar a guerra, Salazar organiza uma caçada em
Mafra para membros do Corpo Diplomático. Revista Ilustração 16-07-1937
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho,
Nem até
Café.







































SIM, É O ESTADO NOVO

Sim, é o Estado Novo, e o povo
Ouviu, leu e assentiu.
Sim, isto é um Estado Novo
Pois é um estado de coisas
Que nunca antes se viu.
Em tudo paira a alegria
E, de tão íntima que é,
Como Deus na Teologia
Ela existe em toda a parte
E em parte alguma se vê.
Há estradas, e a grande Estrada
Que a tradição ao porvir

Salazar, anos 50.  Foto de Rosa Casaco, um Pide. Encontrada na net.
Liga, branca e orçamentada,
E vai de onde ninguém parte
Para onde ninguém quer ir.
Há portos, e o porto-maca
Onde vem doente o cais.
Sim, mas nunca ali atraca
O Paquete "Portugal"
Pois tem calado de mais.
Há esquadra... Só um tolo o cala,
Que a inteligência, propícia
A achar, sabe que, se fala,
Desde logo encontra a esquadra:
É uma esquadra de polícia.
Visão grande! Ódio à minúscula!
Nem para prová-la tal
Tem alguém que ficar triste:
União Nacional existe
Mas não união nacional.
E o Império? Vasto caminho
Onde os que o poder despeja
Conduzirão com carinho
A civilização cristã,
Que ninguém sabe o que seja.
Com directrizes à arte


Reata-se a tradição,
E juntam-se Apolo e Marte
No Teatro Nacional
Que é onde era a inquisição.
E a fé dos nossos maiores?
Forma-a impoluta o consórcio
Entre os padres e os doutores.
Casados o Erro e a Fraude
Já não pode haver divórcio.
Que a fé seja sempre viva.
Porque a esperança não é vã!
A fome corporativa
É derrotismo. Alegria!
Hoje o almoço é amanhã.
s.d.


Salazar - Um cadáver emotivo

Salazar
Um cadáver emotivo, artificialmente galvanizado por uma propaganda...
Duas qualidades lhe faltam — a imaginação e o entusiasmo. Para ele o país não é a gente que nele vive, mas a estatística d'essa gente.
Soma, e não segue.
1932?
Pessoa Inédito. Fernando Pessoa.
(Orientação, coordenação e prefácio de Teresa Rita Lopes)
Lisboa: Livros Horizonte, 1993.  - 221.

D. Maria chorando no velório de Salazar. 1970. Foto da net.



“passou a época da desordem e da má administração; temos boa administração e ordem. E não há nenhum de nós que não tenha saudade da desordem e da má administração.”

(Fernando Pessoa, 1935)



Fernando Pessoa (1888-1935)


citizengrave.blogspot.pt
12
Ago16

TRUMP: PROTECCIONISMO SIGNIFICARÁ GUERRA

António Garrochinho


1 – Os Estados Unidos da América, que, desde a II Grande Guerra, andam por todo o Mundo a expandir, pelo poder das armas, a sua visão de império «democrático», confronta-se agora com a candidatura presidencial do Partido Republicano, representada pelo especulador capitalista Donal Trump, que anuncia que, se for vitoriosa, haverá uma retracção do seu dispositivo expansionista castrense, bem como um corte com os tratados comerciais internacionais.

Na realidade, nestes 60 anos, os EUA semearam pelo mundo pequenas e médias guerras, desprezando e trucidando os direitos nacionais de Nações, países e povos.

Eis os principais, para que conste:
Indochina (1946–1954), Coreia (1950–1953), Laos (1953–1975), Líbano (1958), Vietname (1959–1975), Baía dos Porcos (1961), República Dominicana (1965–1966)Camboja (1967–1975), Chile (1973), Brasil (1964), Argentina (1976), Bolívia (governos militares – 1964/82), Venezuela, Perú, Equador, Uruguai, conflito cambojano-vietnamita (1977–1991), Líbano (1982-1984), Granada (1983),  Panamá ocupado pelos Estados Unidos em 1989, Golfo (1990–1991),  Iraque ( desde 1991), Somália (desde 1992), Haiti (1994), Bósnia, 1994, Jugoslávia, Kosovo (1998–1999), Afeganistão (desde 2001), Noroeste do Paquistão (desde 2004), Iémen (desde 2010), Líbia (desde 2011, Síria (desde 2011).

Neste período, a classe dirigente norte-americana construiu ao redor do planeta um sistema colonial gigantesco de bases militares, na realidade, fortes comerciais de rapina de matérias-primas.

Segundo o Pentágono, dados de 2005, existiam 865 bases nos mais diferentes locais, desde a Europa à América do Sul.

Não estavam contabilizadas as que vieram, entretanto, a surgir pelo Médio-Oriente (Afeganistão, Paquistão, Iraque, Kuwait, Qatar, Kosovo, entre outros).



O militarismo expansionista custa dinheiro.

Pelos dados recolhidos, em diferentes órgãos de imprensa, os EUA gastam anualmente entre 100 mil e 120 mil milhões de dólares com toda a logística das suas bases no exterior. (Não contabilizando as disseminadas pelo Iraque, Afeganistão e Paquistão).

Aparentemente, deveria ser o preço *controlado* da manutenção imperial, como vinha sucedendo.

Então porque as ameaças contra os aliados da NATO, em especial os europeus, de os deixar «ao deus dará»?

Então, porque a ameaça de saída da Organização Mundial do Comércio (OMC), criada sob a liderança e pressão do capital financeiro norte-americano para penetrar nos mercados internacionais?

Então, porque a ameaça de não subscrever os acordos de livre troca comercial, como o Tratado Transpacífico (TPP), justamente elaborados para relançar o poder das multinacionais norte-americanas em supremacia face aos Estados?

2- O desmoronamento da antiga União Soviética colocou os Estados Unidos da América no lugar da potência dirigente do Mundo, e, especial da Europa, que estava dividida, desde a II Grande Guerra, na vassalagem por dois blocos: a NATO e o Pacto de Varsóvia.

Essa desagregação lançou, na altura, para a agenda mediática um analfabeto, vira-casacas e informador policial chamado Ronald Reagan, que foi colocado no poder presidencial pelo capital financeiro.

(Claro que tal facto, para a História, já, agora, é, apenas, uma notícia de rodapé em letras pequenas).

Mas, na altura, Reagan transformou-se um ídolo da grande burguesia financeira, +deificado+ pela chamada «ideologia neocons», através dos orgãos de informação de Wall Street (ABC, Fox, CNN, CNBC). 

Não porque liderou a «luta» pela desagregação soviética, mas, porque elevou o sistema de império +democrático+ a modelo de dominação do mundo.

Na realidade, Reagan era o produto acabado da imagem arrivista e superficial da grande burguesia financeira.

(Como o foram os seus sucessores numa cínica *alternância democrática* entre  facções de Wall Street).

E ele foi o arauto propagandista no chamado mundo ocidental, em como, sob as bandeiras progressistas das eleições universais e dos direitos humanos, se podem constituir governos sufragados de oligarquias financeiras.

Em que a especulação bolsista, as fraudes criminosas com as transferências bancárias e as deslocalizações industriais, eram a matérias primeiras para a exploração e opressão desenfreada das classes trabalhadoras.

Tudo serviu para lançar as garras imperiais democráticas pelo Mundo.

Mas, este sucesso de uma política expansionista a todo o custo, com o pau e a cenoura, teria de bater na parede.

Progressivamente, a expansão, ocupação e exploração capitalista imperial norte-americana foi desenvolvendo um forte sentimento de reacção nacionalista e anti-imperialista , que, em certos casos, geraram mesmo revoluções, algumas caminhando, par a par, com um programa socialista entretanto degenerado.


Com o desfecho da II Grande Guerra, ao mesmo tempo que, pelo planeta, se começava a forjar um movimento anti-colonialista (Índia, Paquistão, China, Vietname, entre outros), a burguesia dos países europeus mais massacrados pela destruição violenta lançou-se num processo de industrialização comum, que enquadrou, mais tarde, um novo tipo de constituição de uma formação estatal transnacional.

E tal caminhada, embora fosse realizada em ligação profunda com o capital financeiro norte-americano, com a crise geral de 2007/08, que se prolonga até hoje, levou a União Europeia, atolada nessa mesma crise, a fazer uma decantação, ainda bastante ténue, é certo, cujo rumo geopolítico, a tem levado a um afastamento do centro financeiro da City londrina, filial de Wall Street, com o reforço do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt.

O que, por seu turno, em termos militares, irá cavar, cada vez mais, uma clivagem (ainda muito subterrânea) com a NATO/EUA.

Na América do Sul, onde, ao longo dos últimos 100 anos, se deram conflitos violentos, por vezes, com cariz revolucionário, contra a suserania e ocupação norte-americanas, a burguesia *progressista* social-democrata e liberal, decalcando do modelo europeu, iniciou, ainda, nas últimas décadas do século passado, um processo de integração económica dos respectivos países, que apelidou de MERCOSUL, indo até mais longe, forjando um princípio de Exército único, com o UNASUL.

Abertamente, contra a hegemonia ianque.

Mereceu o apoio directo da UE, e a hostilidade, primeiro latente, hoje, já aberta dos EUA, através da grande burguesia *criola*, vinculada a Washington, cujos efeitos se começam a sentir.

3 – É, pois, o aparecimento de espaços geoestratégicos (que são também geoeconómicos) em concorrência com o papel hegemónico dos Estados Unidos, que está a preocupar a grande burguesia norte-americana.

A principal preocupação concorrencial de Washington, não é, propriamente, no imediato, a UE e o Mercosul, mas o espaço geoestratégico, que se está a materializar em enquadramento político, económico e militar, formado pela Organização para a Cooperação de Xangai.

Criada, formalmente, em 1996, sob a égide da China e a Rússia, que enquadra ainda, presentemente, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Índia e Paquistão, que tem, ainda, como observador o Irão.

Eles colocaram de pé já um grande banco (Novo Banco de Desenvolvimento) e está em estado avançado a substituição do dólar, como moeda referencial universal de troca.


Este conjunto de países representa mais de 60 % do território terreno e 50% da sua população, controlando uma parte substancial das matérias-primas do planeta.

O busílis da questão está no confronto concorrencial: Rússia e China têm capacidade militar capaz de fazer valer a sua diplomacia e incrementar, independentemente, a sua economia.

Estão a fazê-lo utilizando a seu favor, o livre comércio, que a OMC lhes proporcionou.

Aproveitando, justamente, as fraquezas internas da economia dos Estados Unidos.

Claro que o maior mercado comercial do Mundo, neste momento, continua a ser a UE.

E, tal facto tanto o é para os EUA, como para a Rússia e para a China.

Mas, a UE para se fortalecer e relançar o seu desenvolvimento necessita de alargar as suas exportações para fora do seu território.
A única cobertura que utilizam na sua política externa é o manto da NATO.

Ou seja, a sua diplomacia fica travada nos interstícios dos interesses primeiros dos norte-americanos. Nem têm, portanto, as suas forças armadas conjuntas.

Para que a Europa seja uma força unida política, além da sua construção interna em harmonia, sem pôr em causa os sentimentos nacionais, requer um Exército único.

Este tornou-se, na actualidade, uma necessidade económica.

Por enquanto, esta UE, a principal potência comercial do Mundo, está amputada, permanece um campo de disputa, principalmente entre os EUA e a Rússia. Os primeiros ocupam-nas. A segunda precisa dela para aumentar as suas capacidades exportadoras e de incremento económico.

Mas, para a Europa, a Rússia é um território natural e essencial para a caminhada da burguesia no sentido da sua verdadeira unidade europeia, sem fronteiras, sem entraves alfandegários e sociais, na circulação de mercadorias e força do trabalho.

A supremacia da UE, no presente, face à Rússia está na sua capacidade produtiva e desenvolvimento tecnológico.  

A Rússia deu um grande salto, nos últimos 20 anos, na sua força produtiva, incluindo a armamentista, depois da decadência constante da fase final do império soviético, e da desarticulação e marasmo que se seguiu com o período de Boris Ieltsin.

É potência militar que ombreia com os EUA. Mas a economia produtiva não acompanhou, ainda, a indústria de ponta do armamento.

É, neste contexto, que a UE se torna o território mais frágil no confronto entre duas grandes potências castrenses, armadas até aos dentes.

É +um campo de batalha+ militar preferencial, se se desorganizar, se se desunir, se não souber impor a sua verdadeira força.

A única potência dominante, essa, já não o é.

4 – A concorrência acirrada entre potências militares custa dinheiro. E cada vez que se evoluciona no domínio de conseguir armas cada vez mais sofisticadas, mas sempre mais caras, tal facto leva a um espiral de despesa pública, que somente poderia ser minimizada se a produção industrial e comercial interna acompanhar a sustentabilidade dos orçamentos militares.

Esse, hoje, é o calcanhar de Aquiles do regime norte-americano. Os EUA perderam a sua hegemonia industrial, e economia retraiu. A falência paira sobre a capacidade produtiva. 

Embora aquela seja, ainda, aparentemente, elevada.

Os Estados Unidos da América têm a maior dívida pública do mundo em crescimento, e, com o dólar a enfraquecer: 19,268 biliões  de dólares, 102% do PIB.

As receitas – valores de 2014 – atingiram os três biliões de dólares, mas as despesas atingiram os 3,5 biliões.

As exportações trouxeram ao país 1,62 biliões de dólares, mas importaram 2,35 biliões em 2014.

A pobreza aumentou. Cerca de 15 % vivem mesmo abaixo do seu limiar, segundo dados de 2013.

Embora os censos oficiais coloquem os valores do desemprego nos 5%, este valor aumenta significativamente nos antigos centros industriais. O certo é que os mesmos censos assinalam que a oferta de emprego não aumentou em valor estável desde a crise de 2007/08. Os salários estão estagnados há cerca de 10 anos.


O grande problema, para a grande burguesia norte-americana, é, portanto, o enfraquecimento da sua produção interna.

A luta de classes que está no interior da actual disputa de candidatura presidencial liga-se, justamente, ao facto de ter aumentado a crise económica e financeira na sociedade norte-americana.

Os de baixo estão a manifestar-se contra a lúmpen grande burguesia financeira. Trump e Sanders apontaram, precisamente, o dedo à sua representante mais mediaticamente comprometida com Wall Street, Hillary Clinton.

Sanders cedeu, como social-democrata que é, Trump – ele próprio um arrivista criminoso pertencente esse lumpen financeiro, critica o sistema para conseguir diluir esse descontentamento no seio da sua política, que vai ser o da repressão fascista contra os desfavorecidos, quer sejam proletários brancos, quer de minorias negras, árabes, ou hispânicas.

Sobre a propaganda sonora contra o sistema, Trump é, portanto, o representante fascista do capital financeiro (precisamente como o foram Hitler e Mussolini na Europa). Claro que o regime norte-americano não terá o carácter imediato violento do sistema nazi-fascista dos anos 30/40 no continente europeu.

5 – O programa político de Trump, que, até agora, não foi formalmente divulgado, para dar consistência aos seus slogans dispersos, terá de assentar numa via de criar algum emprego, ou seja numa base de recuperação industrial ou pós industrial, com eventual regresso de empresas que foram deslocadas para países estrangeiros.

Ou seja, em termos de economia burguesa, falar em proteccionismo. Tal aposta irá colidir com uma política de exportação, essencial para a expansão imperialista norte-americana.

Colidirá tal política com os tratados comerciais internacionais. Para os pôr em causa, uma eventual administração Trump, se for eleita, terá de desarticular os grandes espaços comerciais internacionais concorrenciais, em particular os elos mais fracos , em termos de segurança castrense, nomeadamente, a União Europeia, e o MERCOSUL.

Estará a saída do Reino Unido da UE inserida  nessa estratégia da grande burguesia norte-americana? E a tentativa de desintegração do MERCOSUL, a partir da Argentina, do Brasil e da Venezuela seguirá já essa estratégia?

Se tal suceder, o regresso do «proteccionismo» acirrará as contradições inter-imperialistas.

O que em termos práticos, a médio prazo, significará guerra.


tabancadeganture.blogspot.pt
12
Ago16

COMPETIÇÕES MALUCAS NO MUNDO

António Garrochinho

Confira as imagens de 15 competições malucas pelo mundoO universo das competições não é só feito de atividades esportivas, concursos (normais) de beleza e outros segmentos considerados comuns.

Muitas vezes, até alguns esportes olímpicos são vistos com desconfiança (e risos) por quem não os conhecem, como foi o caso do curling, o esporte do “rodinho com chaleira” visto nos Jogos Olímpicos de Socchi.
No entanto, como o nosso mundo é um lugar cheio de esquisitices e fatos surpreendentes, existiram algumas competições um tanto estranhas no passado. Você pode conferir quais são elas logo abaixo, junto com outras bizarrices da atualidade.

1 – Salto de barriga na lama

A modalidade clicada acima fez parte dos Jogos de Verão Redneck, que aconteceram em maio de 2012, em East Dublin, no estado da Geórgia (EUA).

2 – Corrida de bike

A imagem desta corrida de bicicletas antigas foi publicada no The Huffington Post sem data definida, mas com certeza em algum lugar de um passado remoto a torcida estava alucinada com a competição.

3 – Corte de madeira nas alturas

Datada de novembro de 1956, a imagem mostra uma competição entre Austrália e Tasmânia pelo título mundial de corte de madeira, em Sydney.

4 – Carruagem de motocicletas

Um soldado do exército alemão dirige várias motocicletas sobre uma carruagem (também chamada de biga) em uma competição na mostra do Exército Potsdam, em setembro de 1938.

5 – Concurso de beleza com máscaras

O tipo de avaliação nos concursos de beleza de antigamente podia ser um tanto bizarro. Nesta imagem, as concorrentes parecem estar tendo os pés avaliados, além do corpo. Porém, os rostos de todas elas estão cobertos com máscaras. A foto foi feita no Butlins Holiday Camp, Clacton (Reino Unido), em 27 de maio de 1952.

6 – A melhor “retaguarda”

Um concurso chamado “Perfect Back” (traduzido literalmente como ‘costas perfeitas’, mas sabemos que é um pouco além disso) foi sucesso nos anos 1930. Na imagem, Ruth Hurschler, uma das candidatas, está sendo examinada e radiografada pelo Dr. Howell, na fase final da competição, em Los Angeles, na Califórnia

7 – Quem aspira melhor

Aspiradores a postos? É dada a largada! Imagine um concurso em que a principal atividade é mandar ver para aspirar as sujeiras? Pois essa competição existiu mesmo em Hamburgo, na Alemanha, como você pode ver nessa imagem de maio de 1953.

8 – Dança em perna-de-pau

Pelo cabelinho das meninas, essa imagem (que também não está datada), parece ter sido clicada entre os anos 1920 e 1940. Ela mostra um concurso em que os dançarinos deviam fazer os seus movimentos em cima de pernas-de-pau. Obviamente, muitos casais se estatelavam no chão.

9 – Carregamento de esposa

É isso mesmo. O concurso que você vê na imagem acima é de carregamento de esposa, sendo que ele ficou famoso no mundo inteiro. A competição acontece em Sonkajarvi, na Finlândia, e nesta foto você pode conferir o atleta Taisto Miettinen carregando a sua esposa Kristiina Haapanen, em julho de 2012 — eles ganharam a medalha de ouro na modalidade.

10 – Cestos na cabeça

Os competidores acima participavam de uma corrida da associação de frutarias com cestos empilhados na cabeça, em Londres, em setembro de 1931.

11 – Pesca de pé de porco

Mais uma modalidade dos Jogos de Verão Redneck, a pesca de pé de porco congelado é feita em uma banheira com água, em que o participante deve pegar o membro do suíno com a boca.

12 – Mergulho com boneca inflável

O desafio aqui era nadar acompanhado de várias bonecas infláveis. O concurso chamado “Rubber Baba Challenge” (Desafio das Mulheres de Borracha) aconteceu na cidade siberiana de Novosibirsk, em 22 de agosto de 2010.

13 – Corrida com saltos altos

Muita mulher faz isso todos os dias pelas ruas das cidades. Mas, correr de salto alto em uma competição não é para qualquer uma; é preciso treino e muita massagem depois! Essa corrida da imagem acima aconteceu em Paris, em novembro de 2009.

14 – Em busca do queijo

Um queijo jogado para rolar colina abaixo e inúmeros competidores se atropelando para conseguir pegá-lo. Loucura? Não, apenas mais um concurso de Gloucestershire, que acontece na Inglaterra. Essa tradição anual foi pensada para remontar à época romana. A recompensa para o ganhador é, obviamente, levar o queijo para casa.

15 – Corrida de carruagem de pôneis


www.ritosocultos.com.br

12
Ago16

Sombras da Memória

António Garrochinho


A 31 de Março de 1948, o Congresso dos EUA aprovou  o Plano Marshall, para apoio à reconstrução da Europa. Uma Europa destruída por anos de uma cruel guerra. As feridas desse tempo eram dilacerantemente visiveis.  Os campos de concentração foram a obra maldita e  uma das maiores ignomínias do poder alemão.  Uma lembrança que perdura e que marcará sempre  a História. Recordar é uma dor incómoda, mas necessária para que nunca se levantem novos campos para a morte, para a tortura, para a vergonha.

 VÍDEO - HOMENAGEM A ANNE FRANK E HOLOCAUSTO
De Gorecki, Symphony 3, Op. 36, "Symphony Of Sorrowful Songs" / Anne Frank / Holocaust W.W.2 hollandskgjestehus , "Sorrowful Songs" - Lento e Largo, na voz da soprano Isabel Bayrakdaraian, acompanhadada pela Sinfonietta Cracovia, sob a direcção do Maestro John Axelro, vídeo retirado do "HOLOCAUST - A Music Memorial Film from Auschwitz".

12
Ago16

Do tráfico à traição – as faces de Pablo Escobar

António Garrochinho


Livro revela um homem de posições fortes, veementes, de origem muito humilde e que procurou de todas as formas atingir seu principal objetivo em vida: ficar rico
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Pablo Escobar e o pequeno Juan Pablo – Foto: Reprodução/ Pablo Escobar, Meu Pai
O resgate da memória costuma revelar detalhes que se perderam no decorrer das décadas. Parece ser esse o principal objetivo de Juan Pablo Escobar ao contar a história de seu pai, no detalhado livro Pablo Escobar, Meu Pai. As quase 500 páginas escritas refletem um homem de posições fortes, veementes, de origem muito humilde e que procurou de todas as formas e ângulos atingir seu principal objetivo em vida: ficar rico.
Parece um sonho comum, uma mera ansiedade infantil que assola quase todos os desafortunados, mas Escobar via sua ambição financeira com olhos libertários de quem não aguenta mais ser encaixotado pela vida. Filho de uma professora e de um agricultor, praticamente nômades em um período em que a Colômbia vivia um grande déficit de moradia, Pablo Escobar sentiu na pele desde cedo o que a desigualdade social poderia proporcionar. Durante quase duas décadas seus pais peregrinaram de cidade em cidade abraçando oportunidades de emprego para não deixar a fome chegar à mesa.
Os pais de Escobar conseguiram se estabelecer somente em 1964, quando chegaram ao bairro pobre de La Paz, amparados pelo Instituto de Crédito Territorial – entidade do governo encarregada de construir moradias populares para famílias de baixa renda. As casas eram honestas, com formatos modelo e pequenos jardins com flores, porém sem água e luz.
Política
O gosto por política sempre foi uma das características marcantes de Pablo Escobar. Pouco tempo depois de chegar ao bairro de La Paz, Escobar, então com 15 anos, reformou um pequeno cômodo da casa transformando-o em uma pequena biblioteca, onde alojou seus clássicos prediletos, como textos de Vladimir Ilich Ulianov, Lênin e Mao-Tsé-tung. Juntamente aos livros, colocou um crânio de verdade. A história deste assustador apetrecho pode resumir como Escobar refutou todos as suas fraquezas:
“Grégory, um dia resolvi que ia enfrentar meus medos e decidi que o melhor a fazer seria entrar num cemitério à meia-noite e tirar um crânio de uma tumba. Depois de limpar, pintei a caveira e coloquei em cima da minha escrivaninha”, contou Escobar ao filho um dia.
Foto: Reprodução/ Pablo Escobar, Meu Pai
Foto: Reprodução/ Pablo Escobar, Meu Pai
Sua devoção ao pensamento político se entrelaçou com seus interesses no mundo do tráfico e, no fim dos anos 70, já como um grande expoente do comércio de cocaína, Escobar entendeu que sua entrada no jogo institucional seria uma alavanca para ter ainda mais poder.  Em 1979, Pablo conseguiu uma vaga na Câmara Municipal de Evingrado como suplente do dirigente William Vélez. Na ocasião, ele até tomou posse como vereador, mas compareceu apenas a duas sessões e cedeu o posto para um novo suplente.
Os políticos confiavam na força de Escobar devido a sua proximidade com o povo colombiano. O traficante já havia construído e iluminado diversas quadras e locais para práticas esportivas, além de centros de saúde. Escobar também foi responsável pela plantação de milhares de árvores em zonas totalmente degradadas de Medellín, Envigado e outros municípios do Valle de Aburrá.
As obras públicas realizadas por Escobar suscitam uma boa questão levantada por Juan Pablo durante o livro: apesar de estar submerso pela ilegalidade do tráfico de drogas, Escobar não desejava o mesmo futuro para os jovens da Colômbia e fazia as melhorias pensando, paradoxalmente, na perspectiva social das crianças e adolescentes.
O primeiro grande engajamento público de Escobar foi justamente contra o país que se tornaria seu inimigo número 1 e depois seria responsabilizado pela sua caçada e morte. Em 1970 a Colômbia firmou seu primeiro acordo de extradição com os Estados Unidos, o que deixou os mafiosos enfurecidos. Escobar então se engajou fortemente na luta contra a extradição e criou o Fórum Nacional de Extraditáveis, que chegou a reunir em um de seus encontros mais de 50 mafiosos provenientes de várias regiões da Colômbia.
Logo depois as pretensões políticas de Escobar aumentaram e ele aceitou apoiar a candidatura de Luis Carlos Galán do partido Novo Liberalismo. Ele levou a campanha tão a sério que proferia grandes discursos em cima de seu carro e se comprometia a ajudar os pobres das províncias de Envigado e Antioquia. Escobar então acelerou a construção de campos de futebol (já havia construído doze antes de apoiar Galán) e o plantio de árvores para dar uma resposta à população.
Escobar se desentendeu com Galán e saiu da campanha. Pouco tempo depois se aliou ao pequeno partido Alternativa Liberal e se candidatou à Câmara dos Deputados. Foi um dia depois do anúncio de sua candidatura que nasceu um de seus mais famosos projetos: o Medellín sin Tugurios. Escobar foi um dia visitar uma comunidade pobre  no bairro de Moravia que havia sido devastada por um incêndio. O traficante utilizou toda sua influência com a máfia para angariar fundos para a construção de moradias populares.
Em seu escritório, todos que chegavam para fazer negócios com Escobar eram recebidos com a seguinte pergunta: “Com quantas casas você vai colaborar comigo para darmos aos pobres? Quantas posso anotar? Diga logo!”. Só com o dinheiro proveniente da máfia Escobar conseguiu construir trezentas casas populares. Escobar foi eleito deputado suplente em 1982 e comemorou em grande estilo: uma viagem ao Brasil com muitas mulheres, festas e belas paisagens. Ele levou mais de vinte pessoas para o País e era necessário um ônibus para deslocar a família pelo Rio de Janeiro.
Excentricidades
A imensa e incalculável fortuna de Pablo Escobar refletia em uma gastança desordenada de dinheiro e na satisfação de todos os seus desejos peculiares. Sem dúvida seu ‘brinquedo particular’ mais caro e que mais lhe rendeu adversidades foi o zoológico que construiu em sua famosa Fazenda Nápoles. Para se inteirar sobre o assunto, simplesmente comprou a biblioteca inteira da National Geographic e escolheu as espécies que queria. Foi aos Estados Unidos e ordenou seu comparsa Alfredo Astado a comprar de algum zoólogico norte-americano zebras, dromedários, girafas, hipopótamos, búfalos, cangurus, flamingos, e outras aves exóticas.
Escobar negociou com os donos de um zoológico no Texas e não teve problemas em pagar 2 milhões de dólares por um grande pacote de animais. O primeiro grupo chegou de barco, mas Escobar achava as viagens muito demoradas e acabou optando posteriormente por aviões clandestinos. Em uma de suas viagens aos Estados Unidos, Escobar trouxe um casal de papagaios-negros de Miami por 400 mil dólares o que os tornou os animais mais caros da Fazenda Nápoles.
Escobar em seu helicóptero na Fazenda Nápoles - Foto: Reprodução/ Pablo Escobar, Meu Pai
Escobar em seu helicóptero na Fazenda Nápoles – Foto: Reprodução/ Pablo Escobar, Meu Pai
Em outro episódio de gastança desenfreada, Escobar viajou até o Rio de Janeiro, desta vez só em amigos, e hospedou-se no Copacabana Palace. As festas foram absurdas e quase quarenta mulheres entravam e saíam todos os dias das suítes dos comparsas mafiosos. Os garçons do hotel recebiam gorjetas em notas de 100 dólares e brigavam entre si para atender os hóspedes colombianos. Ainda no Rio eles alugaram seis Rolls Royce, foram até o estádio do Maracanã e adentraram o gramado com os veículos, passando pelo túnel onde entravam os jogadores. Não contente, Escobar trouxe ilegalmente desta viagem uma ararinha-azul para Nápoles.
Traição da família e morte
O livro expõe de forma detalhada como a própria família de Pablo Escobar se incumbiu de se associar ao governo norte-americano no objetivo de destruir a vida do traficante. Seu irmão, Roberto Escobar, já no início do que se tornaria a incessante “Guerra às Drogas”, possuía uma forte ligação com autoridades norte-americanas, principalmente com o DEA (agência especial do governo para repressão às drogas). Pouco tempo depois da morte de Escobar, em 1993, Juan Pablo foi tentar se refugiar na Embaixada dos Estados Unidos, por ordem de Roberto, e lá descobriu toda a participação do tio nos fatos que culminaram na morte de seu pai.
Logo quando encontrou Joe Toft, diretor do DEA para a América Latina, Juan Pablo percebeu que aquilo não passava de mais uma armadilha. Toft disse que só ajudaria o garoto, então com 16 anos, se ele ‘colaborasse’ com as investigações e entregasse todos os documentos e informações que tinha sobre seu pai. Juan Pablo percebeu aí que não poderia contar com a ajuda de nenhum tipo de autoridade, seja ela colombiana ou norte-americana.
Poucos meses depois veio a confirmação de que Roberto estava participando de uma trama política gigante, envolvendo tanto o governo dos Estados Unidos e o DEA. O tio de Juan Pablo havia conseguido um visto para o país norte-americano entregando diversas informações sobre Pablo Escobar e achava que seu sobrinho estava disposto a fazer o mesmo. Assim, Roberto Escobar costurou mais um acordo no qual pedia para Juan Pablo e sua mãe escreverem um livro mencionando uma ligação entre Pablo Escobar e o chefe da inteligência do governo Fujimori no Peru.
Juan Pablo se sentiu muito incomodado e rechaçou completamente a possibilidade de escrever e publicar algo mentiroso para conseguir um visto para os Estados Unidos. A ficha caiu para Juan Pablo quando soube que a mãe de Escobar, Hermilda, e sua tia Alba Marina foram passar férias em Nova York um tempo depois da morte do traficante.
“Como era possível que minha avó estivesse nos Estados Unidos sete meses após a morte de meu pai, se até onde eu sabia todos os vistos das famílias Escobar e Henao haviam sido cancelados?”, indaga Juan Pablo no livro.
Apesar do esforço dos agentes norte-americanos, aliados à agência de inteligência da Colômbia e suas polícias, Pablo Escobar se suicidou em 1993 de acordo com seu filho. Em mais um episódio da guerra ao tráfico, Escobar teria sido encurralado tanto por policiais quanto por inimigos do cartel e se suicidou para não ser capturado. Juan Pablo argumenta que o pai falava abertamente de suicídio e até teria contratado um médico para lhe explicar onde deveria dar um tiro para ser fatal. 
O grande mérito do autor na obra é deixar de lado todo e qualquer julgamento moral da vida de Pablo Escobar, se afastando dos estereótipos frequentemente reproduzidos. Juan Pablo consegue explanar de forma isenta e sensata a história de seu pai sem determinar o que é certo e o que é errado. Mais do que humanizar as atrocidades cometidas por Pablo Escobar, Juan Pablo sugere ao leitor uma crítica mais profunda e estruturada, revelando as mazelas da sociedade colombiana e todas as imperfeições sociais do país que gera a cada dia mais indivíduos dispostos a entrar no mundo da criminalidade para ter e oferecer condições materiais melhores.
Serviço – Livro “Pablo Escobar, Meu Pai”Autor: Juan Pablo Escobar
Editora: Planeta
Páginas: 497

12
Ago16

Chega de tanta birra! - Os pais influenciam bastante no comportamento dos filhos, portanto, o comportamento adequado é um reflexo natural da sua autodisciplina.

António Garrochinho





















Os pais influenciam bastante no comportamento dos filhos, portanto, o comportamento adequado é um reflexo natural da sua autodisciplina. Por isso, educar exige bom senso. Para ajudar um filho, primeiro você precisa ajudar a si mesmo e a resolver seus próprios problemas. Atualmente, é possível perceber a dificuldade dos pais em educar seus filhos, por exemplo, como deve se agir? Permissivo demais? Rígido demais? – Os pais estão indecisos não sabem como agir- Perguntas frequentes sobre o comportamento infantil: Por que o comportamento da criança é tão oscilante? Como lidar com as birras? Como puni-los de forma devida?
O pais devem estabelecer uma hierarquia com os filhos, ou seja, possuir diálogos, não devem ser permissivos demais e nem devem ser rígidos demais. Mas, devem impor a noção de respeito e dedicação, as crianças devem respeitar os pais em ocasiões diversas. O comportamento das crianças é modelado de acordo com o interesse, o contexto e as demandas.

A birra ocorre quando a criança é contrariada, a criança realiza determinadas ações ou atitudes para chamar atenção dos pais causando-lhes vergonha devido ao mal comportamento, nunca se deve ceder a birra infantil, a importância de ignorar birra. Pois, a birra é utilizada para manipular os pais ou responsáveis, por isso, esse comportamento deve ser corrigido imediatamente.

As consequências exercem a maior influência sobre o comportamento. Então, o modo como os pais reagem ao comportamento inadequado dos filhos, depois que ele acontece, tem grande influência se este irá se repetir ou não no futuro. Mas não é apenas as consequências que exercem influência sobre o comportamento, o ambiente também. “Estímulos associados ao reforço aumentam a probabilidade de o comportamento ocorrer, quando apresentados, e os estímulos que sinalizam a extinção ou a punição diminuem a probabilidade de um comportamento ocorrer, quando apresentados” (MOREIRA; MEDEIROS,2007)

Portanto, os pais devem evitar o excesso de recompensas e o excesso de punições, como afirmam os autores Andery;Sério: O excesso é sempre prejudicial, tanto em termos de reforço quanto de punição. O melhor caminho é o reforço, o que significa reforçar os comportamentos adequados e colocar em extinção os inadequados, “o conceito de extinção – que descreve exatamente o que acontece quando uma classe de respostas operante deixa de produzir os reforços que vinha produzindo”


Por fim, o bom comportamento dos filhos é inerente ao repertório comportamental dos pais, que precisam ser firmes e convictos em seus objetivos. A utilização da força física é um mecanismo invalido, pois estimula a criança a bater ou agredir de forma grotesca em outras ocasiões. Por muitas vezes os adultos são intolerantes aos comportamentos enérgicos da criança. Crianças necessitam de espaços para exercitar e gastar sua energia para contribuir para seu bom comportamento. 


De acordo com o pediatra americano, Harvey Karp quando se trata de birra ou mal comportamento é necessário a utilização de palavras simples, caretas e repetir várias vezes a mesma coisa ás crianças. Quando mais cedo a criança for apresentada a métodos disciplinares eficazes, melhor será o seu progresso pessoal.


VÍDEO


(O presente vídeo é uma propaganda publicitária, onde mostra uma criança fazendo birra. A birra é cessada quando a mãe ou responsável fala a mesma língua da criança. O vídeo possui um teor cómico.)


www.ariannelara.com.br
12
Ago16

UM OLHAR EM FOTOS PELA VIDA DE NELSON MANDELA

António Garrochinho



Nelson Mandela morreu com a idade de noventa e cinco anos. Aqui está um olhar  em sua vida, desde seus primeiros dias como  ativista anti apartheid na África do Sul. A sua histórica Presidência e emergência como um líder mundial.



Um retrato de Nelson Mandela 1962 vestindo a roupa tradicional da tribo Thembu .





Mandela, em seguida, atuando como  advogado de defesa, fora do Drill Hall durante o julgamento  em Joanesburgo, África do Sul. 1961.
Fotografo por Ian Berry / Magnum.





Mandela e sua segunda mulher, Winnie Madikizela, no dia do casamento, em Pondoland, África do Sul, em junho de 1958.Fotografia: API / Gamma-Rapho / Getty.




Mandela, segundo da direita, líder do Congresso Nacional Africano, e outros ativistas que foram acusados ??de traição pelo governo Sul-Africano caminham até o seu julgamento, em 1956. Fotografia: Keystone-France/Gamma-Keystone/Getty.




Ex-cela de Mandela, na secção B, na área dos presos políticos em Robben Island, ao largo da Cidade do Cabo. Fotografo  Matt Shonfeld / Redux.




Manifestantes negros fogem de um cão policial no município Gugulethu, perto da Cidade do Cabo, em 12 de agosto de 1976. Foto: AP.





Estudantes negros reunidos no município Soweto após o funeral de Dumisani Mbatha, um estudante de dezasseis anos de idade, que morreu na prisão depois de ser preso em uma marcha de protesto, em 1976. Foto: AP.





Nelson e Winnie Mandela no aeroporto de Joanesburgo. Maio, 1990. Fotografe por Lily Franey / Gamma-Rapho / Getty.





Apoiantes do ANC Jubilant reunidos no Jabulani Stadium, em Soweto, África do Sul, para celebrar o lançamento de Mandela, em 11 de fevereiro de 1990. por Raymond Preston / AP.





Mandela está equipado para uma entrevista na televisão com o apresentador da CBS Dan Rather, à direita, no jardim de sua casa, em Soweto, em 14 de fevereiro de 1990, em seu quarto dia de liberdade. Fotografia de John Parkin / AP.





Mandela saúda a multidão em Galeshewe Stadium, perto de Kimberley, África do Sul, em 25 de fevereiro de 1994, durante uma viagem de campanha. Fotos por David Brauchli / AP.




Longas fila de pessoas na estação de voto no município negro de Soweto, um subúrbio a sudoeste de Joanesburgo, África do Sul, em 27 de abril de 1994.  por Denis Farrell / AP.





Mandela vota pela primeira vez em sua vida, em Ohlange a 27 de abril de 1994.Fotografia: Fotografia do Sul / Gallo / Getty.





Mandela se junta ao coro ANC em uma dança de comemoração no Hotel Carlton, em Joanesburgo após sua vitória eleitoral, em 1994.  por Ian Berry / Magnum.





Presidente Mandela em uma noite de gala para os professores sul-Africanos em Pretória. por Henner Frankenfeld / Redux.



Fonte: The New Yorker



hid0141.blogspot.pt

12
Ago16

CONHEÇA MAIS DE INGRID BERGMAN

António Garrochinho




Ingrid Bergman.
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Ingrid foi uma das atrizes mais lindas e talentosas que o mundo já teve, se fosse viva, ela estaria completando 100 anos e com certeza ainda estaria com aquela sua personalidade especial.
Tendo conquistado todos os mais importantes prêmios de interpretação como O Oscar, Emmy, Globo de Ouro, Tony, David de Donatello (o Oscar italiano), o BAFTA (o Oscar inglês), entre outros, Ingrid Bergman merece todo nosso respeito e admiração.
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Ela viveu seu momento ápice em Hollywood nos anos 40, quando estreou filmes icônicos como ‘Casablanca’, ‘Notorius” entre muitos outros. Mas ela também filmou na Europa nos anos 50, em filmes de Roberto Rossellini. Abaixo, a TCM produziu uma amostragem de seus filmes, com narração de Patricia Clarkson.

VÍDEO
Ingrid nasceu em Estocolmo, Suécia, em 1915 e sempre soube que um dia gostaria de ser atriz. Ela perdeu os pais cedo e foi criada por uma tia, ingressando jovem na Royal Dramatic Theatre School (escola onde também estudou Greta Garbo).
Logo ela é convidada a fazer filmes para um pequeno estúdio sueco, participando em uma dezena de produções, entre elas “Intermezzo”, em 1936.
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Em 1939, David O. Selznick decide fazer a versão americana do filme e convida Ingrid para estrelar a refilmagem.
Foi o que bastou para que ela caísse nas graças dos americanos, estrelando ao lado de um dos galãs da época, Leslie Howard (o Ashley de “E o Vento Levou”).
Ingrid representava um novo tipo de estrela, mais acessível, com um novo frescor, diferente das estrelas superproduzidas e glamourosas; digamos que o glamour de La Bergman era mais natural.
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Apesar do sucesso de “Intermezzo”, o grande hit dela estava por vir – uma produção simples, que o estúdio não tinha muita crença e que acabou sendo um dos filmes mais marcantes da história do cinema em todos os tempos – “Casablanca”.
O grande sucesso do filme se deve principalmente a química entre Ingrid e Humphrey Bogart, nos papéis inesquecíveis de Ilsa e Rick, o casal que se conheceu no passado e que se reencontra no Marrocos.
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Só que Ilsa é casada com o líder da resistência, Victor Laszlo (Paul Henreid) e precisa da ajuda de Rick para escapar do Marrocos, mas os dois ainda são apaixonados.
O filme virou um cult instantâneo e ainda conquistou Oscar de melhor filme daquele ano.
Logo em seguida, Selznick a chama para ser a Maria de “For whom the Bells tolls” (Por quem os sinos dobram), baseado na obra de Ernest Hemigway e que lhe dá sua primeira indicação ao Oscar. No filme ela exibe os cabelos curtos, que virou moda na época.
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Em 1944, ela conquista seu primeiro Oscar ao estrelar “Gaslight” (À Meia-Luz), um lindo drama dirigido por George Cuckor (A Star is Born, My Fair Lady, Philadelphia Story), onde ela está excelente no papel de uma mulher cujo marido (Charles Boyer) faz de tudo para que ela acredite estar ficando louca.
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Em 1945, ela faz aquela que seria sua primeira colaboração com o grande mestre do suspense, Alfred Hitchcock, “Spellbound”, ao lado de Gregory Peck e que ficou famoso pelas maravilhosas cenas de sonhos feitas por Salvador Dalí.
No ano seguinte, mais um grande filme sob as ordens de Hitchcock, “Notorious”, ao lado de Cary Grant, misturando espionagem e romance. Considerado um dos grandes filmes de Hichcock, talvez seu primeiro filme mais maduro e sério, com belíssimos planos de câmera e aquele toque especial que só ele sabia dar.
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Depois de estrelar em mais um filme de Hitch (como ela o chamava), “Sob o signo de Capricórnio” e em produções como “Joan of Arc”, entre outras, Ingrid decide que precisava alçar voos mais arriscados e ao mesmo tempo desafiadores.
Assim ela escreve para Roberto Rossellini, o famoso diretor neo-realista italiano de ‘Roma, Cidade Aberta”, e se convida para trabalhar com ele.
Ingrid parte para a Itália onde filma com Rosellini , “Stromboli”, em 1949, e os dois acabam vivendo um tórrido caso de amor.
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O problema é que tanto Ingrid como Rossellini eram casados e isto foi considerado uma grande traição à tradição do casamento, algo que os americanos prezavam muito, ainda mais naquela época. E para completar, ela ainda engravidou dele.
Ingrid foi escorraçada pelo povo americano, que se recusava a ver seus filmes ou qualquer menção ao nome dela.
Demorou muito para que ela fosse perdoada por este escândalo, algo que marcou muito sua carreira.
Na Itália, ela fez incríveis obras-primas com Rossellini, como um dos filmes mais belos de todos os tempos, “Voyage to Italy” (Viagem a Itália), um influente filme que foi considerado por Truffaut como o primeiro filme moderno e que é admirado por cineastas como Scorcese.
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Com Rossellini, ela também filmou ‘Europa 51″, outro importante filme que os dois colaboraram juntos.
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Ingrid havia abandonado o primeiro marido e agora assumia sua relação com o diretor italiano, tendo com ele mais três filhos, incluindo Isabella Rossellini, que seguiu a profissão da mãe e se tornou uma ótima atriz. Abaixo ela fala sobre a mãe:

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Bergman e Rossellini se separam em 1956 e ela acaba voltando para os EUA, onde estrela em “Anastacia, a Princesa Esquecida” e conquista o seu segundo Oscar; mas ela não vai na cerimônia e quem acaba aceitando o prêmio por ela é seu amigo Cary Grant.
Ingrid continua fazendo aparições no cinema, na TV, no teatro, mas cada vez mais esporádicas.
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Um de seus filmes esquecidos e que adoro é “Goodbye Again”, de 1961, onde ela faz uma mulher madura, apaixonada por um homem infiel (Yves Montand) e por ela se apaixona um homem bem mais jovem (Anthony Perkins). No filme ela está vestida totalmente por Christian Dior, o filme vale a pena ser redescoberto.
Ingrid sempre foi uma mulher de estilo, com um jeito muito elegante de se vestir, de porte belo, além daquela beleza estonteante que a natureza lhe deu; ela é uma atriz intensa que nos ganha a cada interpretação.
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Ingrid viria ainda a conquistar seu terceiro Oscar por “Assassinato o Expresso Oriente”, de 1974.
Em 1978, ela finalmente trabalharia com seu conterrâneo, o também sueco diretor Ingmar Bergman (até parecidos nos nomes), que a convida a estrelar “Sonata de Outono”, ao lado de Liv Ulmann, num brilhante embate entre as duas atrizes como mãe e filha que não se entendem.
Em 1982, ela ainda conquistaria mais um Globo de Ouro ao se deixar enfeiar para viver a primeira ministra israelense Golda Meir em ‘A Woman called Golda”.
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No mesmo ano, Ingrid não resiste a um câncer de mama e morre no ano que completaria 67 anos.
Em 2015, várias homenagens foram feitas a ela, desde ciclos especiais dedicados a ela como no Moma em NY.
Ela ainda ilustrou o pôster do Festival de Cannes, onde foi apresentado o documentário “Ingrid Bergman: In her own words”, narrado pela nova sensação do cinema, Alicia Vikander (de “Ex-Machina”) e com depoimentos de Isabella, Sigourney Weaver, Liv Ullmann, entre outras.
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Ago16

A CURIOSA ÁRVORE QUE VIVE SOBRE UMA COLUNA DE ARENITO

António Garrochinho
A natureza pode tomar posse em lugares precários, mas ainda assim ela dá o seu jeito. A Pedra da Capela localizada entre as cidades de Munising e Grand Marais, nos Estados Unidos, tem uma única árvore empoleirada no topo de sua coluna. Por direito e lógica a árvore não deveria estar lá: a pequena superfície de terra no topo da rocha é insuficiente para sustentar uma árvore deste tamanho. Não há praticamente nenhuma camada superficial de terra, certamente não o suficiente para uma árvore, obviamente, prosperar. Como, então, ela floresceu?

Olhando um pouco mais de perto nos permite ver a resposta: o que parece uma corda entre a pedra e o continente não é de fato uma corda; é um sistema de raízes que se estende ao longo da borda da rocha para o outro lado, onde existe terra, água e nutrientes em grande quantidade.

No entanto, como diabos as raizes estenderam-se para o continente? Será que seus tentáculos deslizaram entre o vão como zumbis clamando por "Terra, mais terra... água, água..."? Não! A resposta está no tipo de rocha sobre a qual a árvore está equilibrada. É parte do Parque Nacional das Rochas Lakeshore, no Lago Superior, o maior lago de água doce do mundo em extensão territorial, localizado entre o Canadá e os Estados Unidos. Pouco mais de um terço deste parque é formado de falésias coloridas de arenito e arenito corrói.

Durante milênios as falésias foram esculpidas em números incontáveis de cavernas, arcos e formações que se parecem com rostos humanos ou torres de castelos medievais. A Pedra da Capela é uma dessas formações. Há registros que até a década de 1940 a rocha não era um pilar, senão um arco.

A resposta então é mais simples do que parece, a Pedra da Capela era parte de um todo e que depois de milhares de anos se manteve ligada ao continente apenas através de um arco por onde as raízes forneciam toda a água e nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Acontece que faz setena e poucos anos o arenito corroeu a um ponto que não aguentou a suportar mais o seu próprio peso e ruiu, deixando um pilar solitário.

No entanto, em vez de cair junto com a rocha e o solo as raízes de alguma forma conseguiram se manter ligando um lado ao outro. Então as raízes continuaram a crescer ao longo das décadas e agora são grossas o bastante para manter o desenvolvimento da árvore da sorte, que é como muitos a chamam.

O caso continua intrigando muitos dos visitantes desta bela parte do parque e alguns dizem que este é o caso arbóreo ente o que veio primeiro entre o ovo e a galinha. No entanto, basta dar uma olhada nos processos geológicos para entender que a solução deste quebra-cabeça é muito óbvio, ainda que surprendente.
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Via: DJblock99
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Via: Jim"s Travels
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Via: mtsn
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Ago16

Esta criatura é apenas a segunda nascida em sua espécie nos últimos 128 anos. Espere até você ver sua mãe...

António Garrochinho
Para o bom desenvolvimento e uma boa saúde da espécie humana, animal e vegetal o meio ambiente deve ter condições adequadas de temperatura, umidade, luz solar e oxigênio. Finalmente, o ambiente consiste em uma interação entre o sistema natural e o social, embora durante anos o homem tenha buscado dominar as forças da natureza. Com o passar do tempo o homem foi lentamente aprendendo a conhecer a força da natureza e os presentes que ela pode oferecer.
Se considerarmos as mudanças de relacionamento entre o homem e a natureza ao longo da história, podemos concluir que num primeiro momento, por muitos séculos, a natureza foi a provedora de todos os bens por intermédio da caça, coleta, agricultura, pecuária... Mas também foi a fonte de quase todos os malefícios como epidemias, secas, frio, etc...
Um bebê rinoceronte nascido em um cativeiro na Indonésia. Ele é apenas o segundo bebê nascido em um cativeiro em 128 anos. Seu irmão nasceu em 2012. Há menos de 100 rinocerontes no mundo inteiro, de modo que este nascimento é um milagre. Sendo assim, rinocerontes são animais extremamente solitários.
Esta é Ratu, a mãe dos bebês rinocerontes. Rinocerontes são de uma espécie em extinção e é muito rara a criação em cativeiro destes animais.
O número de rinocerontes está diminuindo devido aos caçadores furtivos. 
Fonte: Starstock/ Imgur
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12
Ago16

HOJE VAMOS FALAR DE ANIMAIS NATURALMENTE AZUIS

António Garrochinho

Animais naturalmente azuis

Na natureza existem poucos animais naturalmente azuis se comparados a várias outras cores. Não há mamíferos genuinamente azuis ou alimentos naturalmente dessa cor.


Por essa razão é particularmente especial quando encontramos exemplos de seres azuis na natureza. Veja aqui uma boa seleção com vários desses animais.

Como dito, não existem alimentos naturalmente dessa cor e o mais próximo disso são as blueberries, que não são azuis e sim roxas.


Quanto ao reino dos vegetais sabemos que existem algumas flores de cor azul, como as mostradas abaixo, que ainda são muito belas e nos dão uma visão espetacular da natureza.


A Hortência é originária do Japão e China e atualmente é cultivada como planta ornamental em todas as regiões temperadas e subtropicais do planeta, inclusive no Brasil, com destaque para a Serra Gaúcha, onde essas belas flores fazem parte importante das belezas naturais dessa região.
Um mar de 4,5 milhões de flores Baby Blue Eyes, também conhecidas como Nemophilas, fornece uma das muitas atrações no deslumbrante Hitachi Seaside Park, no Japão.
As flores Lupinus texensis são muito amadas no estado americano do qual vem seu nome, o Texas, e florescem apenas entre meados de março e meados de abril, dependendo da temperatura.
E não podemos esquecer também dos encantos das aves, em que muitas possuem belas colorações azuis, como as mostradas abaixo:








E dentre as aves, as maiores de maior porte e da cor azul são as seguintes:

Pavão


Garça Azul


Além das aves também existem outras espécies de animais terrestres de cor azulada, sejam eles anfíbios, répteis ou outros tipos de invertebrados, mas curiosamente não existe nenhum mamífero terrestre totalmente azul na natureza. Então, conheça alguns desses seres:

Enallagma cyathigerum


Lagarto Azul de Górdona

Borboleta Azul Mazarine


Libélula Azul


Besouro Azul


Formiga Panda


Rã Seta Azul


Verme Árvore-de-Natal

Esse é um animal estranho com comportamento mais estranho ainda: Ele fica enterrado na areia e projeta tubos que se abrem para fora da areia, como árvores de natal. Ao menor sinal de risco o verme recolhe a árvore em uma fração de segundo.
Minhoca Azul Gigante Australiana


Lagosta Azul


Escorpião Azul


Cobra Coral Malayan


Pinguim Azul


Cobra Azul

E claro, não podemos nos esquecer do fundo do mar, que é onde abriga a maior quantidade de seres da cor azul, com uma grande variedade de espécie de peixes azuladas.





Mas além deles também existem outros tipos de animais azulados, como os mostrados abaixo:

Água Viva Azul


Nudibrânquios azuis


Ouriço Azul



Enguia Fita Azul


Polvo de Anéis Azuis



Estrela do Mar Azul




E como estamos falando de azul, para fechar com chave de ouro, saiba mais sobre uma maravilha da natureza que você certamente não conhece. Alguma vez na vida já imaginou que existe um vulcão que expele lava azul?

O Vulcão Kawah Ijen, na Indonésia

VÍDEO

 

Esse vulcão está localizado na região de Kalianyar e chama atenção por ser o único vulcão no mundo que expele uma lava azul. Esse incrível fenômeno acontece ao leste da Ilha de Java e atrai turistas todos os anos para apreciar essa diferente ação da natureza.

O complexo vulcânico possui um cone principal com 20 km de diâmetro e 2.386 metros de altura. Em sua principal e única cratera mede 361 metros de largura e 200 metros de profundidade, abaixo do ponto mais alto do vulcão.


A lava se torna azul quando sai do vulcão, ao entrar em contato com a grande quantidade de ‘enxofre puro’, que existe no vulcão. A alta temperatura da lava, que sai em média a 600°C, com o enxofre, faz a lava ficar com a cor azul ao entardecer. Curiosamente, a lava só se torna azul quando o sol começa a desaparecer.

Devido ao cheiro forte do enxofre a maioria dos turistas sobre para ver a lava com máscaras. Porém, no vulcão existem trabalhadores que extraem enxofre noite e dia. Homens e mulheres trabalham com dificuldade devido a alta temperatura e o forte cheiro de enxofre. A cada quilo de enxofre extraído, eles recebem 680 rúpias, o que equivale a R$ 0,13. Um trabalho duro e árduo por uma recompensa tão pequena.

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12
Ago16

Culturas políticas, economias sempre políticas

António Garrochinho



Agora que António Costa considerou o caso Galp encerrado, talvez valha a pena reabri-lo de outra forma, regressando ao tema dos múltiplos canais através dos quais o poder económico tenta comprar poder político, usando para este propósito um texto de Miguel Poiares Maduro no principal blogue das direitas. Maduro está convencido, vejam bem, que fez “parte de um Governo que, seguramente com erros e omissões, foi talvez aquele que mais procurou combater” uma cultura política de promiscuidade entre o poder politico e o económico.

Em primeiro lugar, não é possível deixar de referir o topete óbvio de quem partilhou o conselho de ministros com Passos Coelho, Paulo Portas, Miguel Macedo, Miguel Relvas ou a actual representante da Arrow Global na AR, Maria Luís Albuquerque. Em segundo lugar, sublinhemos, em linha com a investigação de Os Donos de Portugal, que o PSD sempre foi partido com as mais densas ligações aos interesses capitalistas, embora a parte sem s do PS tenha feito um esforço para tecer uma rede e tenha sido bem sucedida. A novidade talvez seja a importância cada vez maior do capital estrangeiro nestas redes. A cultura política de que fala Maduro de forma etérea está materialmente vinculada a uma economia política construída por três décadas de neoliberalização.

Despachados estes dois pontos, concentremo-nos na ficção intelectual implícita, segundo a qual a suposta retirada do Estado da economia, por via de privatizações e liberalizações, diminuiria as condições para o poder do dinheiro sem fronteiras institucionais, ou seja, para a corrupção. Defendo a hipótese contrária: o Estado nunca se retira, dado que privatizar e liberalizar dão um trabalhão político, sendo antes reconfigurado de um modo que pode facilitar a sua captura por um poder económico que, mesmo em condições de concorrência acrescida, ou até por causa delas, tem mais incentivos para tentar moldar as regras políticas do jogo económico que sempre estruturam os mercados realmente existentes.

Uma palavra: GALP. Uma das privatizações ruinosas para o erário público criou uma concentração de poder privado com impactos públicos, uma das empresas que está no centro do actual debate sobre a tentativa de compra de influência. Há muitas mais em mercados liberalizados. O capital sem freios e contrapesos políticos e sociais que o desafiem e disciplinem politicamente tem sempre a tendência para influenciar o inevitável Estado no capitalismo, que desta forma se torna mais capitalista.

Entretanto, outras tecnologias neoliberais, como as parcerias público-privadas ou o chamado Estado-garantia, proposto pelo PSD e pelo CDS, o que financia sectores sociais, mas não os provisiona necessariamente, criam o caldo de cultura acrescido para a promiscuidade. Juntem-lhe as desigualdades económicas e a menor confiança institucional que lhes está associada e têm de novo um tempo em que parece que tudo se compra e que tudo se vende, de forma directa ou indirecta. E isto quando sabemos há muito tempo que para haver esferas em que há preços, e estes podem e devem ser formados de múltiplas formas, têm de existir esferas onde os preços são recusados: economia mista.

Como já aqui defendi há uns anos, as políticas socialistas de afirmação de uma ética de serviço público, de combate às desigualdades, de controlo público directo de sectores estratégicos, de combate à fraude e evasão fiscais, também por via do controlo de capitais, podem desenhar linhas mais fortes entre o que pode ser comprado e vendido e o que é de todos e deve estar ao serviço de toda a nação. Uma nova cultura política assente numa outra economia política.


ladroesdebicicletas.blogspot.pt
12
Ago16

ATAQUES: TAILÂNDIA FALA EM SABOTAGEM E APONTA O DEDO A INSURGENTES DO SUL

António Garrochinho



A Tailândia está alerta máximo após a detonação de uma série de engenhos explosivos na estância turística de Hua Hin e em províncias do sul do país, no espaço de 24 horas.

O último balanço aponta para pelo menos quatro mortos e mais de trinta feridos, entre eles 10 turistas.

As vítimas mortais são de nacionalidade tailandesa.

Um homem conta como conseguiu escapar a duas explosões.

“Quando a primeira bomba explodiu, baixei-me e fui para trás do carro. Estava a tentar retirar os meus colegas para uma zona segura. Foi quando se deu a a segunda explosão e me voltei a baixar. Só então consegui retirar as pessoas dessa zona” refere Uthai Kosiban.

A polícia tailandesa fala de um ato de “sabotagem” interno com o objetivo de destabilizar o país.

Desde quinta-feira, foram desativados dezenas de engenhos explosivos. As autoridades dizem que as bombas têm a marca dos insurgentes que atuam no sul do país. Uma região palco de um conflito separatista que, desde 2004, já provocou 6.400 mortos .

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12
Ago16

12 de Agosto de 1907: Nasce o escritor português Miguel Torga, pseudónimo do médico Adolfo Rocha, autor de "Contos da Montanha" e "A Criação do Mundo".

António Garrochinho


Pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha e autor de uma produção literária vasta e variada, nasceu em S. Martinhode Anta, Vila Real, a 12 de agosto de 1907, e morreu em Coimbra, a 17 de janeiro de 1995.

Depois de ter trabalhado no Brasil, entre os 13 e os 18 anos (experiência que viria ser evocada na série deromances de inspiração autobiográfica Criação do Mundo), Adolfo Correia da Rocha regressou a Portugal, vindo a licenciar-se em Medicina. Durante os estudos universitários, em Coimbra, travou conhecimento com o grupo de escritores que viriam a fundar a Presença, chegando a publicar nas edições da revista o seu segundo volume de poesia, Rampa. Em 1930, depois de assinar, com Edmundo de Bettencourt e Branquinho da Fonseca, uma carta de dissensão enviada à direção da publicação coimbrã, co-funda as efémeras revistas Sinal e Manifesto. Não obstante a passagem pelo grupo presencista, no momento da suas primícias literárias, Miguel Torga assumirá, ao longo dos cerca de cinquenta títulos que publicou - frequentemente em edições de autor e à margem de políticas editoriais - uma postura de independência relativamente a qualquer movimento literário. Os seus textos poéticos,numa primeira fase, abordaram temas bucólicos, a angústia da morte, a revolta, temas sociais como a justiça e a liberdade, o amor, e deixaram transparecer uma aliança íntima e permanente entre o homem e a terra.

Na poesia, depois de algumas coletâneas ainda imbuídas de certo dramatismo retórico editadas no início dos anos trinta, a publicação dos volumes onde ostenta já o pseudónimo Miguel Torga - segundo Pilar Vásquez Cuesta (cf. Revista de Ocidente, agosto de 1968), esta invenção pseudonímica simboliza, pela analogia com a urze, a obrigação de constância, firmeza e beleza que o artista deve manter, por mais adversas que sejam as estruturas pessoais e históricas em que se move, ao mesmo tempo que "a escolha do nome Miguel responde ao propósito de acrescentar um novo elo lusitano a toda uma cadeia espanhola (Miguel de Molinos, Miguel de Cervantes, Miguel de Unamuno) de pensamento combativo e rebelde" - como Lamentação (1934), O Outro Livro de Job (1936), Libertação (1944), Odes (1946), Nihil Sibi (1948), Cântico do Homem (1950), Penas do Purgatório(1954), Orfeu Rebelde (1958), Câmara Ardente (1962) ou Poemas Ibéricos (1965), firmam uma poesia que é"fundamentalmente a busca da fidelidade no Terrestre, a busca da aliança sem mácula do homem com oTerrestre; a busca da inteireza do homem no Terrestre" (ANDERSEN, Sophia de Mello Breyner, cit. in Boletim Cultural do Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas da Fundação Calouste Gulbenkian, n.º 10, dedicado a Miguel Torga, maio de 1988, p. 72). Ancorada no húmus natal, essa poesia dá também conta de uma "ambição de absoluto" que, para Torga, deve "permanecer como simples acicate, pura aspiração, porque o homem tem de realizar-se no relativo, a sua felicidade possível está no relativo, logo na contradição, na luta, numa esperança desesperada", não renegando "essa condição dramática de homem, besta e espírito, egoísmo e entrega generosa" (COELHO, Jacinto do Prado, cit. ibi., p. 72). Na prosa, obras como Bichos, Contos da Montanha e Novos Contos da Montanha marcaram, até aos nossos dias, sucessivas gerações de leitores que aí se deslumbraram com uma fusão entre o homem, o mundo animal e o mundo natural, vazada numa prosa "a um tempo sortílega e enxuta, despegada do efémero, agarrada ao concreto" (cf. MOURÃO-FERREIRA, David -"Miguel Torga e a Respiração do Mundo, ibi., p. 8). 

No domínio narrativo, a sua bibliografia contém ainda os seis volumes da ficção de inspiração autobiográfica Criação do Mundo e os dezasseis volumes do Diário, onde compaginam textos de vários géneros, desde os poemas e da reflexão cultural e ideológica, ao testemunho subjetivo de acontecimentos históricos, a notas tomadas nas inúmeras digressões pelo país. A sua bibliografia conta ainda com algumas páginas de intervenção cívica ou de ensaísmo como Fogo Preso ou Traço de União, bem como quatro títulos de teatro. Prevalecendo em qualquer dos géneros que cultivou "uma obsessão metafísica da liberdade" (a expressão é de Jesús Herrero, emMiguel Torga, Poeta Ibérico (cit. Ibi., p. 73), atestada biograficamente, durante a longa ditadura salazarista, poruma rebeldia que lhe valeu a apreensão e interdição de várias obras, bem como a proibição de saída do país e o levantamento de obstáculos ao exercício da sua atividade profissional, para David Mourão-Ferreira (Saudação a Miguel Torga, cit. ibi, p. 75), "O que há [...] de absolutamente invulgar, porventura único, no caso de Miguel Torga é a circunstância de ele ser, cumulativamente, quer como poeta, quer como prosador, um indivíduo inconfundível,um telúrico padrão e um cívico expoente da própria Pátria, um artístico paradigma da língua em que se exprime,um predestinado legatário de valores culturais em permanente abalo sísmico, um atento recetor e um sensível transmissor dos inúmeros problemas - quantos deles talvez indissolúveis - do Homem de todos os quadrantes, ora considerado na moldura dos condicionalismos que o cerceiam, ora ainda mais frequentemente entendido sbspecie aeternitatis". É nesta medida que Fernão de Magalhães Gonçalves (Ser e Ler Torga, cit. ibi., p. 76)considera o modo como a obra de Miguel Torga "é progressivamente estruturada por três discursos ou níveis de sentido que evoluem através de fenómenos de divergência e de convergência numa suscitação dialética que põe a nu o movimento das elementares componentes dramáticas da natureza humana: o apelo da transcendência(discurso teológico), o fascínio telúrico (discurso cósmico) e o imperativo da liberdade (discurso sociológico)".Naquele que ainda é um dos mais profundos estudos sobre Miguel Torga, Eduardo Lourenço refere-se, percorrendo os vários níveis da sua matéria poética (incidindo particularmente na relação com o presencismo, na problemática religiosa e no sentimento telúrico que a percorre), a um "desespero humanista" que, partindo da "espécie de indecisão e luta que nela se trava entre um conteúdo que devia fazer explodir a forma e todavia se consegue moldar nela", "É humanista por ser filho da intenção mil vezes expressa na obra de Miguel Torga de confinar a realidade humana unicamente no Homem e na sua aventura cósmica, embora a presença mesma desse desespero testemunhe que essa intenção não encontra no espírito total do poeta uma estrada luminosa e larga.Como a todos os lugares reais ou ideais em que o homem busca a salvação, conduz a este humanismo [...] aporta estreita de uma agonia pessoal" (LOURENÇO, Eduardo - "O Desespero Humanista em Miguel Torga", in Tempo e Poesia, Porto, editorial Inova, 1974, p. 123). Proposto por duas vezes para Nobel da Literatura (1960 e 1978), a sua obra e a sua personalidade constituíram um referente cultural a nível nacional e internacional, tendo recebido, em vida, os Prémios Montaigne (1981), Camões (1989), Vida Literária (da Associação Portuguesa de Escritores, em 1992), o Prémio de Literatura Écureuil (do Salão do Livro de Bordéus, em 1991) e o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, em 1994.


Miguel Torga. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
wikipedia (Imagem)

Ficheiro:Miguel Torga.jpg
Miguel Torga, por Bottelho


Aos Poetas

Somos nós 
As humanas cigarras. 
Nós, 
Desde o tempo de Esopo conhecidos... 
Nós, 
Preguiçosos insectos perseguidos. 

Somos nós os ridículos comparsas 
Da fábula burguesa da formiga. 
Nós, a tribo faminta de ciganos 
Que se abriga 
Ao luar. 
Nós, que nunca passamos, 
A passar... 

Somos nós, e só nós podemos ter 
Asas sonoras. 
Asas que em certas horas 
Palpitam. 
Asas que morrem, mas que ressuscitam 
Da sepultura. 
E que da planura 
Da seara 
Erguem a um campo de maior altura 
A mão que só altura semeara. 

Por isso a vós, Poetas, eu levanto 
A taça fraternal deste meu canto, 
E bebo em vossa honra o doce vinho 
Da amizade e da paz. 
Vinho que não é meu, 
Mas sim do mosto que a beleza traz. 

E vos digo e conjuro que canteis. 
Que sejais menestréis 
Duma 
gesta de amor universal. 

Duma epopeia que não tenha reis, 
Mas homens de tamanho natural. 



Homens de toda a terra sem fronteiras. 
De todos os feitios e maneiras, 
Da cor que o sol lhes deu à flor da pele. 
Crias de Adão e Eva verdadeiras. 
Homens da torre de Babel. 



Homens do dia-a-dia 
Que levantem paredes de ilusão. 
Homens de pés no chão, 
Que se calcem de sonho e de poesia 
Pela graça infantil da vossa mão. 



Miguel Torga, in 'Odes'


12
Ago16

12 de Agosto de 1939: Estreia do filme: "O Feiticeiro de Oz", nos EUA

António Garrochinho


"O Feiticeiro de Oz”, filme protagonizado por Judy Garland e realizado por Victor Fleming, teve a sua estreia  no Wisconsin, Estados Unidos, no dia 12 de Agosto de 1939. 
No filme, Dorothy, uma menina camponesa do Kansas que vivia numa fazenda com os seus tios, é levada com o seu cão por um tornado e vai parar à Terra de Oz. No impacto, Dorothy cai em cima da Bruxa Má do Leste e acaba matando-a. Após o acidente, Dorothy é vista como uma heroína, mas o que ela quer é voltar para o Kansas. Para isso, precisará da ajuda do Poderoso Mágico de Oz que mora na Cidade das Esmeraldas. No caminho, ela é ameaçada pela Bruxa Má do Oeste, que culpa Dorothy pela morte da sua irmã, e encontrará três companheiros: um Espantalho que quer ter um cérebro, um Homem de Lata que anseia por um coração e um Leão cobarde que precisa de coragem.
Publicado originalmente em 1900, “O Feiticeiro de Oz”, do escritor Frank Baum, foi adaptado inúmeras vezes para o teatro e cinema, servindo como tema musical antes ainda de 1939. Contudo, foi a adaptação feita na película rodada naquele ano que deu à obra de Baum a um lugar permanente não somente na história do cinema como também na história da música.
O autor das letras das canções do filme, Yip Harburg e o compositor Harold Arlen eram ambos experientes profissionais antes de se juntarem em 1938 para compor as canções originais de “O Feiticeiro  de Oz”. A canção “Over the Rainbow”, brilhantemente interpretada por Judy Garland, fez com que Arlen e Hamburg conquistassem o Oscar de Melhor Canção de 1940. “Over the Rainbow" foi posteriormente reconhecida como uma das mais importantes obras musicais populares, incluída na lista “As Canções do Século”, compilada em 2001 pela Recording Industry Association of America e pela National Endowment for the Arts.
As canções de Arlen e Harburg atingiram a meta principal com brilho excepcional, conduzindo e aprofundando o impacto emocional da história contada no filme.  

Fontes: Opera Mundi

wikipedia (imagens)
Dorothy e seus três companheiros de jornada

VÍDEO

12
Ago16

12 de Agosto de 1955: Morre o escritor alemão Thomas Mann, Prémio Nobel da Literatura em 1929.

António Garrochinho


Escritor de língua alemã, Thomas Mann nasceu em Lübeck, a 6 de Junho de 1875, numa família burguesa opulenta, domiciliada naquela cidade do Schleswig-Holstein. Era irmão do notável escritor Heinrich Mann e pai do historiador Golo Mann.

Os desejos de liberdade plena cedo o levaram a manifestar-se em favor do regime republicano e da democracia,dando provas claras desse seu liberalismo no romance Os Buddenbrook, uma análise psico-realista da burguesia decadente, que publicou em 1901, quando tinha apenas vinte e cinco anos, e que lhe conferiu considerável notoriedade no mundo da literatura. Neste romance aflora já claramente o jogo das antíteses, traço característico das suas análises psicológicas e psico ssociais, como burguês e artista, vida e espírito, doença e génio, coletivo e individual, que vieram a tornar-se evidentes nos romances Tristão (1903), Tónio Kröger (1903) e Morte em Veneza(1912).

Tendo sofrido influência da filosofia de Nietzsche (1844-1900) e de Schopenhauer (1788-1860), Thomas Mannrevela-se, de modo especial, como romancista de caracteres doentios e decadentes, e passa a ser considerado como mestre do romance psicológico e da novela psicológica.

No romance Montanha Mágica (1924) faz uma análise exaustiva do tempo que precedeu a 1.a Grande Guerra,numa Europa doente.

No romance Doutor Fausto (1947) volta-se para o tema da discórdia entre o espírito e a vida e leva a ação a desembocar na catástrofe do herói, em paralelo com a calamidade que pouco antes se abatera sobre o povo alemão.

Nas Confissões do Intrujão Félix Krull (1954) Thomas Mann expõe a sua velha dúvida relativamente à arte e revela a existência de traços comuns à arte e à intrujice.

Thomas Mann viveu em Munique, com pequenas interrupções de 1893 a 1933; saiu da Alemanha para a Suíça após a subida ao poder de Adolfo Hitler (1889-1945) e transferiu-se da Suíça para os Estados Unidos da América em 1938, passando, em 1944, a ter nacionalidade americana.

Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1929 e o Prémio Goethe em 1949.

Morreu em Kilchberg (Zurique) a 12 de agosto de 1955, aos oitenta anos.

Thomas Mann é autor de uma obra literária vasta e rica, da qual fazem parte, além das já citadas, as seguintes obras:

O Pequeno Senhor Friedemann (1898); Florença (1906); Alteza Real (1909); Senhor e Cão (1919); Mário e o Feiticeiro (1930); Da Próxima Vitória da Democracia (1938); Carlota em Weimar (1939); Esta Guerra (1940); AAlemanha e os Alemães (1947); O Eleito (1951); A Simplória (1953), entre outras.


Thomas Mann. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 

wikipedia (Imagem)

Ficheiro:Thomas Mann 1937.jpg

Thomas Mann em 1937
12
Ago16

A regra da excepção

António Garrochinho


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O Mar da China Meridional é um bom e actual exemplo de como a política do excepcionalismo norte-americano representa uma ameaça constante para a paz mundial.


O Mar da China Meridional é um bom e actual exemplo de como a política do excepcionalismo representa uma ameaça constante para a paz mundial.
 

«Este é o maior país no mundo». Palavras de Michelle Obama, a Primeira Dama dos EUA, na Convenção do Partido Democrata, num discurso muito elogiado. «Não ficamos em segundo lugar contra ninguém. Somos donos da linha de chegada». Palavras do Vice-Presidente Joe Biden. A ideologia do Excepcionalismo Americano esteve bem patente na recente Convenção do Partido Democrata, que nomeou Hillary Clinton como seu candidato presidencial: o carácter singular dos EUA, a sua grandeza e superioridade, o bastião e paladino da liberdade e democracia. Hillary exprimiu estas ideias claramente no seu discurso sobre política externa a 6 de Junho: «A verdade é que não existe um país que nos rivalize. Não é apenas que tenhamos o maior sistema militar ou que a nossa economia seja maior, mais duradoura, mais empreendedora que qualquer uma no mundo. É também que os Americanos trabalham mais, sonham maior – e nunca paramos de tentar fazer o nosso país e o mundo melhor.»
«A pretensa excepcionalidade aliada a uma excepcional força faz dos EUA o bully do mundo»
Seria fácil demonstrar como os EUA não são efectivamente os primeiros em tantos índices de desenvolvimento económico ou social, ou como o seu sistema político é distorcido pelo poder financeiro. Porém, os EUA são de facto líderes de longe numa área: na despesa militar, e no tamanho e distribuição global das suas forças armadas. E é este facto que impede que se descartem estas tiradas como sendo mera retórica patriótica para galvanizar o eleitorado. A pretensa excepcionalidade aliada a uma excepcional força faz dos EUA o bully do mundo, agindo para manter a sua posição de hegemonia enquanto cegamente convencido que tudo o que faz é bom para o mundo. E crê que tem não só legitimidade para intervir, como tem uma obrigação, uma responsabilidade de proteger (R2P), doutrina criada por Clinton enquanto Secretária de Estado e aplicada na Líbia. Clinton afirmou naquele mesmo discurso: «Se a América não liderar, deixa um vácuo – e isso causará o caos, ou outros países irão se apressar para preencher o vazio. Então, serão eles que tomarão as decisões sobre as vossas vidas, empregos e segurança – e confiem em mim, as suas escolhas não serão em nosso benefício.»
O Mar da China Meridional é um bom e actual exemplo de como a política do excepcionalismo representa uma ameaça constante para a paz mundial. Desde o final da Segunda Guerra Mundial que os EUA mantêm uma presença militar significativa na Ásia Oriental, contando actualmente com bases no Japão (incluindo 32 bases na Ilha de Okinawa, ocupando um quarto da ilha, uma presença muito contestada pela população local), Coreia do Sul (onde ainda este ano os habitantes de Seongju protestaram durante duas semanas contra a instalação de uma nova base dos EUA), Filipinas, Tailândia e Taiwan, mais as bases nos seus territórios (Guam e Havaí), e acessos em Singapura, Austrália e Nova Zelândia. A Frota do Pacífico dos EUA inclui 41 submarinos nucleares e cerca de 70 navios (de um total de 272 espalhados pelo mundo). Em 2011, Obama anunciou a política de «Pivot para a Asia», uma deslocação de mais recursos para a arena asiática, incluindo até 60% dos recursos da Marinha, parte da estratégia para conter o principal rival asiático, a China, assim como a região oriental do outro grande rival, a Rússia, cuja fronteira ocidental os EUA também procura cercar.
«Desde o final da Segunda Guerra Mundial que os EUA mantêm uma presença militar significativa na Ásia Oriental»
Um dos pontos de contenção é o Mar da China Meridional, uma das regiões de maior tráfego marítimo no mundo, incluindo um terço do transporte marítimo de crude e metade do de gás natural, e uma fonte de hidrocarbonetos e recursos piscatórias. Dada a sua riqueza e centralidade, em particular desde a descoberta de depósitos de hidrocarbonetos, nos anos 70, tem sido um foco de disputa territorial, com o Brunei, as Filipinas, a Malásia, Taiwan e o Vietname a juntarem-se à China na reclamação da zona marítima, e os EUA a insistirem no policiamento da região que considera como águas internacionais. Para darem peso à sua causa, aqueles países têm-se apropriado de dezenas de ilhas e, desde 2012, a China tem construído ilhas, depositando sedimento sobre recifes, e nelas construído portos, pistas de aterragem e bases militares.
Em Julho, um tribunal internacional determinou que ilhas disputadas pelas Filipinas e a China são legítimo território daquele país, mas a China recusou a decisão não vinculativa. Num encontro dos dez países que constituem a Associação das Nações do Sudeste Asiático, foi possível chegar a um acordo para desfazer tensões, numa resolução que não específica a China nem se refere à decisão do Tribunal de Haia, e que resolve pôr fim à ocupação de ilhas, respeitar a liberdade de navegação, resolver disputas pacificamente através de negociações e elaborar um Código de Conduta. Nada disto porém satisfaz os EUA, cuja prioridade é manter acesso sem restrições na região e cuja hegemonia local está a ser desafiada por uma crescente presença militar chinesa. A China anunciou que iria enviar submarinos equipados com armas nucleares pela primeira vez para a região, argumentando a sua necessidade como retaliação e resposta a acções militares dos EUA, em particular ao sistema de mísseis em construção na Coreia do Sul e os novos misseis balísticos hipersónicos que podem atingir qualquer lugar no mundo em menos de uma hora.
«Embora uma guerra premeditada entre a China e os EUA não seja provável, a simpatria das suas forças armadas no Mar da China Meridional, incluindo armas nucleares, constituiu um sério risco»
Embora uma guerra premeditada entre a China e os EUA não seja provável, a simpatria das suas forças armadas no Mar da China Meridional, incluindo armas nucleares, constituiu um sério risco, pois um acidente ou mal-entendido pode conduzir a uma escalada. Que esta possibilidade é de se considerar fica demonstrado pelos estudos encomendados pelas forças armadas dos EUA a vários think tanks, incluindo mais recentemente à RAND Corporation. O seurelatório prevê que no caso de um conflito até 2025 os EUA já não podem estar certom de que uma guerra conduza a uma vitória decisiva, embora as perdas para a China excedessem as dos EUA. Depois de 2025, os dois países estarão mais próximos em termos de força e tecnologia, mas mesmo então a China não pode estar confiante numa vantagem militar, o que sugere uma guerra prolongada, destrutiva e inconclusiva. A China reagiu ao relatório da RAND dizendo que serão prudentes sobre ir para a guerra, mas caso esta seja despoletada terá mais determinação que os EUA para lutar até ao fim e poderão incorrer mais baixas que os EUA.
Misturem-se visões de excepcionalismo com ambições hegemónicas, retórica inflamada com tropas, navios, aviões e armas nucleares num mar estratégico para as maiores economias do mundo e temos receita para o desastre.

www.abrilabril.pt
12
Ago16

A “Avelina” está de volta, e pronta para todo o serviço - A trilogia de José Vilhena dedicada às aventuras e desventuras de Avelina, uma jovem criada, voltou agora às bancas pelas mãos da E-Primatur. Com os desenhos originais e tudo a que tem di

António Garrochinho


"Avelina, Criada Para Todo o Çerviço" já se encontra à venda nas livrarias

Ficou conhecido como cartoonista, mas no mundo de José Vilhena havia muito mais do que bonecos. Bem antes de fundar a Gaiola Aberta, revista pela qual é sobretudo conhecido, o autor escreveu e ilustrou dezenas de livros, que editava, distribuía e vendia de forma clandestina um pouco por todo o país. Por causa disso, andava sempre com a PIDE à perna, o que lhe valeu três temporadas na prisão de Caxias, uma delas por causa de um cobertor (já lá vamos). Tudo porque os seus livros eram muito mais do que histórias para fazer rir — eram chamadas de atenção para uma sociedade que estava podre por dentro.
Um dos muitos livros pelos quais teve de prestar satisfações à PIDE foi Avelina, Criada para todo o Çerviço, o diário de uma criada provinciana que abandona a sua terra natal, as Bouças, para ir servir para a casa da dona Carmindinha e do marido, o Dr. Cardoso. A história passa-se durante os anos 40, em plena Segunda Guerra Mundial. Apesar da sua linguagem simples, o livro esconde uma forte crítica social, procurando colocar a nu o atrito que existia entre diferentes classes sociais, numa altura de criados e criadas, senhores e senhoras.
Passados 50 anos, a obra regressa agora às bancas (ou melhor, às livrarias) pelas mãos da E-Primatur, numa edição fac-similada (reprodução do original) que reúne a trilogia original — “Avelina”, “O Trivial” e “Criada Para Todo o Çerviço”. O livro, publicado separadamente entre os anos de 1970 e 1971, é a segunda trilogia de José Vilhena a sair pela editora que, até ao final do ano, pretende adicionar mais uma das dezenas de obras do cartoonista ao seu catálogo. A primeira, História Universal da Pulhice Humana, saiu em novembro de 2015, um mês depois de Vilhena ter morrido.
avelina-montagem
As edições de Vilhena da E-Primatur: “Avelina, Criada para todo o Çerviço” e “História Universal da Pulhice Humana”
Ao contrário de História Universal da Pulhice Humana, a escolha do segundo volume de trilogias foi mais ou menos democrática. Acedendo ao pedido de muitos leitores nas redes sociais, a editora decidiu avançar com a publicação da obra. Para Hugo Xavier, editora da E-Primatur, a vontade mostrada pelo público explica-se de uma forma muito simples — é que Avelina foi um livro “que marcou uma geração”.
“Ele [José Vilhena] pega em coisas com as quais convivemos todos os dias, em sociedade, e que não são reconhecidas de forma aberta, mas fá-lo com um o grande sentido de humor que ele tem. Faz sempre um jogo de humor entre as relações de poder em geral, seja entre entre homens e mulheres ou entre a criada e o senhor. Traz para a ribalta coisas que as pessoas sabem que existe e torna-as públicas.”
Apesar de ter respondido à vontade de público, editar os pequenos livros de bolso de Vilhena era um sonho antigo para Hugo Xavier. “É um desejo antigo por uma coisa que a maioria das pessoas ignoram — leem-no como um humorista, mas a qualidade do livro é muito boa. Às vezes passa despercebido porque rimos à gargalhada.” Para além disso, obras como História Universal da Pulhice Humanaou Avelina enquadram-se no projeto que é a E-Primatur. “Queremos publicar livros que marcaram — cada um à sua forma, mas que marcaram.”
Todos os livros dele são alertas claros sobre uma sociedade podre. Há uma clara preocupação social na escrita dele. Ele queria mudar a sociedade, tornando os podres visíveis. É uma critica social para que a sociedade melhore.”
É por ser um livro tão especial que a editora escolheu fazer uma edição fac-similada, reproduzindo todos os pormenores da trilogia original — as ilustrações, o tipo de letra. “Se fizéssemos isto com outro tipo de letra, o texto deslocar-se-ia em relação à ilustração, a relação perdia-se. E mais do que isso — este é um livro que é claramente para um público saudosista”, que recorda Vilhena também como escritor, e não apenas como cartoonista.

Vilhena, um autor desconhecido

José Vilhena nasceu a 7 de julho de 1927 em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda. Em pequeno, “teve sarampo e todas as outras doenças peculiares nas crianças a quem a providência divina não ligou grande importância”,garante na sua “Autobiografia”.
Depois de cumprir o serviço militar obrigatório, frequentou o curso de Arquitetura na Escola de Belas Artes do Porto, nunca chegando a terminá-lo. Foi nessa altura que começou “a carreira humorística, a fazer caricaturas para os livros de curso”, contou ao Observador Luís Vilhena, sobrinho do cartoonista. Seguiram-se trabalhos para o Diário de Lisboa, fundado em 1921, e depois a pequena revista O Mundo Ri, que criou juntamente com António Paulouro, do Jornal do Fundão. “Eram umas publicações pequeninas de anedotas ilustradas. E também escrevia qualquer coisa”, explicou Luís Vilhena.
Talvez tenha sido com O Mundo Ri que lhe surgir o bichinho da escrita porque, passado pouco tempo, começaram a sair os livros de bolso, que publicou compulsivamente entre os anos 60 e 70. O primeiro que publicou foi, segundo a sua própria “Autobriografia”, Este mundo e outro, quando tinha 27 anos. As críticas não foram favoráveis, tendo sido “apedrejado” por alguns jornais.































Seguiu-se o grande sucesso História Universal da Pulhice Humana, publicado em três fascículos entre 1960 e 1965, eAvelina que, para Luís Vilhena, “é um dos mais divertidos”. “Conseguimos perceber um pouco do que era a sociedade portuguesa da altura — a província, o Porto, o que era já Lisboa –, com muito humor. E depois há as figuras tipológicas — personagens a partir das quais se consegue construir a sociedade da altura.”
Depois de Avelina, veio um conjunto de três livros dedicados ao “filho da mãe”. “É muito engraçado porque o título da trilogia é ‘Filho da Mãe’, ‘O Filho da Mãe Volta a Atacar’ e ‘A Vingança do Filho da Mãe’.” Esta conta a história de um jovem provinciano, educado numa escola de padres e que sobre na vida “sempre a sacanear”. “Até que consegue ingressar como contínuo numa empresa grande, tipo Sacoor da altura, e chega a administrador sempre a sacanear.”
O que tem piada nos livros dele é a atualidade de uma série de figuras. A história repete-se, e tem um pouco a ver com o carácter do português — a nossa maneira de viver, a nossa forma de vida.”
Apesar de muito populares à época, os livros de Vilhena acabaram por cair no esquecimento. Hoje, o cartoonista sobretudo é recordado pelas revistas satíricas que fundou depois do 25 de Abril, como a Gaiola Aberta, à qual dedicou vários anos da sua vida, ou O Fala Barato. Apesar disso, as obras que publicou durante uma década representam um dos períodos mais produtivos da sua vida.
“Não vou dizer que era um título por mês, mas era quase”, afirmou Hugo Xavier. “Era irregular, para além das milhares de revistas que ele dirigiu e muitas delas durante muito tempo. Ninguém hoje em dia tem essa capacidade de trabalho.”

O incorrigível e manhoso Vilhena que se deixou prender por um cobertor

Ninguém parece saber ao certo quantos livros Vilhena escreveu (uns falam em mais de 50, outros em cerca de 70), assim como ninguém parece saber ao certo quantos exemplares distribuiu por tabacarias, cervejarias e outros cantos mais ou menos obscuros de um Portugal onde apontar um dedo dava direito a prisão. Circulavam “às centenas de milhares”, em “grandes, grandes tiragens”. “Estamos a falar de um dos maioresbestsellers da literatura portuguesa do século XX”, afirmou Hugo Xavier, garantindo que, hoje em dia, Vilhena seria capaz de bater qualquer um dos atuais bestsellers que enchem as prateleiras das livrarias.
Pode parecer exagerado, mas a simplicidade com que Vilhena escrevia fazia com que os seus livros chegassem a todos — dos mais cultos aos menos instruídos. “Ele era de alguma forma perseguido [pela PIDE] porque era muito popular, embora a sua obra tenha várias camadas de leituras”, disse ao Observador Luís Vilhena, sobrinho do cartoonista. “As pessoas que tinham mais cultura liam aquilo com outra camada”, mas as outras também. Afinal, como escreveu Rui Zink no prefácio de Avelina, Criada para todo o Çerviço, “José Vilhena cada um tem o seu”.

















A distribuição das obras era feita “em duas ou três carrinhas, porque os livros não eram vendidos nas livrarias”, contou Luís Vilhena. “Inicialmente era, mas assim que a censura que lhe começou a cair em cima [os livros] começaram a ser vendidos debaixo do balcão.”
A impressão também era feita na clandestinidade, “à luz das velas”, garante Hugo Xavier. “Encontrava-se com alguém de uma gráfica no meio da rua e, quando apertava a mão a essa pessoa, recebia uma chapa.” Passava a noite na tipografia, a afinar a edição, a acertar pormenores. “O que eu acho de relevante na obra dele é que ele conseguiu criar uma máquina”, salientou o Luís Vilhena. “Ele escrevia, desenhava, paginava, montava, fazia fotomontagem, editava.”
Apesar dos problemas que a PIDE lhe trouxe, Vilhena nunca desistiu. Quando a polícia lhe batia à porta, simplesmente desaparecia, regressando às ruas movimentadas de Lisboa, onde vivia, depois da poeira assentar. “Quando os livros saiam ia dormir a casa de amigos ou ia para um hotel qualquer até aquilo passar. Quando iam lá a casa, a empregada dizia que o Sr. Vilhena estava de férias. Ele às vezes dizia-me: ‘Às vezes chamavam-me ali à censura para me dar uma lição de moral”, contou Luís Vilhena.
Há um relatório da PIDE que começa com ‘o incorrigível e manhoso Vilhena’. Começa exatamente assim. ‘O incorrigível e manhoso Vilhena vem neste dia de suspeita da censura publicar mais um dos seus livros’.”
Só que nem sempre a ida à PIDE ficava por um raspanete, e Vilhena chegou a ser preso três vezes por alguns meses, uma delas por causa de um cobertor. “A segunda vez que foi preso foi em 1962, quando foi a greve dos estudantes. Ele foi à Faculdade de Ciências levar um cobertor à namorada que lá andava. Quando prenderam toda a gente, como ele tinha cadastro, também o prenderam. Não sei se é verdade, mas ele contava sempre a mesma história.”
Como os seus livros estavam constantemente a ser apreendidos pela censura, a certa altura decidiu facilitar o trabalho dos inspetores. “Às vezes mandava entregar à censura alguns exemplares”, disse Luís Vilhena. “Por exemplo, nunca ouvi o meu tio contar anedotas ou dizer um palavrão. Mas era mortinho por uma piada de oportunidade. Não falava muito nem nada. Se um tipo aparecia com a barba por fazer, ele dizia: ‘Então, hoje não tomaste banho?’, era esse tipo de piada que ele fazia. Mas com um ar muito sério. Daria a vida por uma piada. E arriscou.”

observador.pt
12
Ago16

Turquia anula licenças de ensino de mais de 27.000 professores

António Garrochinho


O Governo turco anulou as licenças de ensino de 27.424 professores do privado, por considerar que mantêm ligações à confraria de Fethullah Gulen, acusado de instigar a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho.




A medida foi primeiro noticiada pelo jornal Hurriyet e depois confirmada pelo ministro da Educação, Ismet Yilmaz, segundo o qual o governo pretende encerrar todas as instituições de ensino vinculadas a “estruturas do Estado paralelo”, referindo-se à confraria.

“Nas escolas vinculadas às estruturas do Estado paralelo há 138.000 alunos. Vamos transferi-los (…). A nossa prioridade é que as crianças não sejam prejudicadas e tomaremos todas as medidas com esse fim”, disse o ministro à imprensa.

O responsável anunciou também a contratação de 15.000 professores substitutos.

O afastamento destes 27.424 professores do setor privado ocorre depois de o Governo ter suspendido 15.200 professores do público, segundo números oficiais divulgados na semana passada.

O total de funcionários suspensos em relação com a tentativa de golpe ascende a cerca de 70.000.


observador.pt

12
Ago16

Choupana. O antes e o depois do “refúgio verde” da Madeira

António Garrochinho

Era este o nome que os turistas na Madeira davam ao Choupana: um "refúgio verde" na pérola do Atlântico. Foi tudo consumido pelo fogo. O hotel está em cinzas. Veja o antes e o depois em fotos.


O Choupana Hills Resort & SPA era um dos hotéis mais emblemáticos da ilha da Madeira. Ali do cimo daquela colina mesmo ao lado do Jardim Botânico, um espaço com cinquenta e seis anos de História, esta propriedade com 17 hectares orgulhava-se do requinte e da tranquilidade que dava aos seus visitantes. Era caro, mas era o preço a pagar para experimentar o luxo da pérola do Atlântico. Agora o fogo consumiu tudo isso. O Choupana Hills foi engolido pelos incêndios que tomaram conta da Madeira. E a sumptuosidade ficou reduzida a cinzas.




Foi assim que ficou a zona da piscina do Choupana Hills. A imagem correu as redes sociais desde que Rui Silva, jornalista da ASPRESS, entrou com a máquina fotográfica na carcaça ainda fumegante num dos hóteis mais procurados pelos turistas que nesta altura do ano correm para a Madeira. Os dezassete hectares do Choupana Hills – o equivalente a dezassete campos de futebol – cederam ao poder do fogo. “A dor e a tristeza instalou-se nos corações de toda a família do Choupana Hills”, escreveu a equipa do hotel no Facebook, agradecendo as mensagens de solidariedade que lhes chegaram à caixa de entrada virtual nas últimas horas.







Não houve vítimas entre os colaboradores e os clientes do Choupana Hills, com oito bungalows e sessenta e dois quartos. Agora é hora de reerguer a Madeira. No início da semana foi detido um indivíduo suspeito de ter ateado o fogo que consumiu a ilha da Madeira. Mais duas pessoas foram detidas na última quarta-feira quando foram apanhados em flagrante a provocar mais incêndios na região insular portuguesa.

observador.pt

12
Ago16

Desempregado e alcoólico, o incendiário responsável pela tragédia na Madeira

António Garrochinho

Chama-se Paulo Gonçalves, tem 24 anos e confessou tudo: é alcoólico, está desempregado e consome drogas. Vive de trabalhos ocasionais. Quando vinha de um deles, pegou no isqueiro e...



Sobre Paulo Gonçalves, não se sabe o estado civil ou o nível de escolaridade. Sabe-se, no entanto, que era agressivo e que foi expulso da casa onde vivia com a família pelo pai. Quem o diz é o Correio da Manhã, que conta também que vivia com um homem a quem chamava “padrinho” em São Roque, onde começou o fogo da Madeira. Estava desempregado e ia fazendo biscates para sobreviver.
Os pequenos trabalhos que ia fazendo na agricultura não lhe davam para juntar muito dinheiro, mas eram o suficiente para alimentar os vícios em álcool e haxixe. Foi, aliás, isso que fez na segunda-feira quando foi trabalhar para o campo.Fumou haxixe e bebeu cervejas. No regresso a casa, tirou um isqueiro e ateou fogo num mato, como acabou por confessar às autoridades.
Paulo Gonçalves tem 24 anos e é reincidente no crime de fogo postoJá tinha sido condenado em 2011 por ter ateado um incêndio junto ao estádio do Marítimo e chegou mesmo a cumprir pena. Agora, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, a medida de coação mais grave, na cadeia da Cancela, por perigo de continuação de atividade criminosa e alarme social.
Foi ele que começou o incêndio que deflagrou durante três dias no Funchal, atingiu o centro histórico, e ainda não está controlado. As condições meteorológicas não ajudaram… Na segunda-feira estavam uns infernais 38 graus e um vento forte, que levou as chamas até à cidade. Três pessoas morreram, pelo menos 150 casas ficaram destruídas, dois hospitais e um centro de saúde foram evacuados e cerca de mil pessoas ficaram desalojadas. Os prejuízos estão estimados para já em 55 milhões de euros.
A Polícia Judiciária chegou até Paulo em tempo recorde depois de ter falado com alguns residentes da localidade. O jovem encaixava-se no perfil e tinha antecedentes criminais. Segunda-feira já tinha sido detido. Ainda o incêndio estava na montanha.
E Paulo confessou o crime. Contou exatamente isso que, na tarde de segunda-feira, pegou num isqueiro e pegou fogo a uma zona de mato em São Roque. Lembrou também que está desempregado e vive de pequenos trabalhos ocasionais. E que tem problemas de dependência de álcool e drogas.
O crime por fogo posto, de acordo com o artigo 274.º do Código Penal, é punido com pena de prisão de um a oito anos. Um incendiário como Paulo pode, no entanto, ver a pena agravada, já que o fogo que ateou resultou na morte de três pessoas. A lei prevê que possa ser estendida até 12 anos quando o autor do crime o faça por interesse económico, deixando “a vítima em situação económica difícil” ou se criou “perigo para a vida ou para a integridade física de outrem, ou para bens patrimoniais alheios de valor elevado”.
Na sequência de uma operação da Polícia Judiciária madeirense, outros dois homens foram também detidos em flagrante delito.
Este é só mais um caso de fogo posto em Portugal, um problema que assola o país todos os verões e que todos os anos é discutido. O caso de Paulo Gonçalves veio pôr o dedo numa ferida já antiga. Muitos acreditam que as penas para este tipo de crime em Portugal são muito baixas.
Circula agora uma petição que pede o aumento da pena máxima para 25 anos de prisão. Conta já com quase 37.000 assinaturas.
A própria ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, já reconheceu que é necessário discutir o agravamento da moldura penal para os incendiários.
Um estudo de 2014 do Instituto Superior da Polícia Judiciária e Ciências Criminais traçou um perfil dos incendiários indiciados pela Polícia em Portugal. Foi analisada uma amostra de 452 incendiários, investigados e detidos pela Polícia Judiciária entre 1995 e 2013. Dessa amostra, 415 eram homens e 37 eram mulheres. Paulo Gonçalves parece encaixar-se no perfil.
A maioria dos incendiários encontra-se numa faixa etária entre os 20 e os 35 anos, são solteiros ou viúvos, têm baixos níveis de escolaridade e estão desempregados ou têm trabalhos não qualificados na construção civil ou agricultura.
observador.pt

12
Ago16

OLHÓ AVANTE! - Trump: um fósforo sob a cama de pregos

António Garrochinho




Não é fácil explicar por que razão o candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA passou a última semana a fazer tiro ao alvo contra a própria campanha. Deste lado do Atlântico, podemos ter a ilusão de que, desde que se lançou na corrida à nomeação, o magnata não tem feito mais que tentativas de suicídio político disparando insultos contra pessoas portadoras de deficiência, afro-americanos, mulheres, homossexuais, imigrantes, mexicanos, muçulmanos, refugiados, vítimas de abusos sexuais, etc... Mas a campanha de Trump, longe de ser «errática» como acusam os liberais, tinha, até aqui, feito uma gestão criteriosa de quem ofender e em que momento. Tudo mudou ao longo da última semana.
A estratégia da campanha de Trump nunca, até este ponto, tinha sido lunática: consciente do apodrecimento económico do capitalismo e da consequente desintegração da sua super-estrutura política, «O Donald», como gosta de ser tratado, arregimentou em torno da sua candidatura sectores minoritários do grande capital e propôs duas alianças: com a pequena e média burguesias amargadas com a crise e, por outro lado, com a classe trabalhadora branca, há décadas esquecida pelo partido bicéfalo.

O gosto de Trump por irritar as elites políticas, democratas e republicanas, com frases vulgares, é uma vontade comungada por milhões estado-unidenses pobres e alienados, que também gostariam de poder mostrar o dedo do meio ao patrão, ao ricaço, ao político… «to the man». E Trump sabe-o.

Da mesma forma, quando o candidato republicano agita o fantasma do fascismo, prometendo combater os sindicatos, blindar a máquina repressiva e fechar as fronteiras, está a responder aos anseios da pequena e média burguesia autóctone, apavoradas com a perspectiva de esmagamento pelos monopólios, incapazes de enfrentar a concorrência externa, agarradas aos velhos privilégios de «homens brancos de classe média».

Distribuindo todo o seu peso numa cama de pregos, Trump parecia poder dizer qualquer coisa: o choque, a repulsa e a surpresa dividiam-se por centenas de declarações semelhantes, os eleitores sorriam, condescendentes, e a constante atenção mediática pagava a conta. 

A derradeira heresia 

A democracia burguesa tem estas coisas: há liberdade para ser xenófobo, sexista, homofóbico, islamófobo e anti-comunista… mas, mesmo nos EUA, há certas linhas que nem Trump pode cruzar. Quando, no primeiro dia de Agosto, o nomeado republicano escarneceu da família muçulmana de um soldado estado-unidense, morto em 2004, no Iraque, tinha quebrado um dos mais rígidos tabus daquela sociedade: «as tropas».

O «apoio às tropas» é indiscutível e quem desrespeita ou questiona essa entidade abstracta é violentamente ostracizado. As sondagens que se seguiram confirmaram a gravidade da heresia: uma desvantagem de até dez por cento face a Hillary que capitaliza o desmoronamento do campo republicano. Na mesma semana, meia centena de republicanos «peritos em segurança», entre os quais vários quadros das administrações de Nixon e de Bush sénior e júnior, assinaram uma carta aberta contra Trump que, avisam, seria «o presidente mais perigoso da História».

Aproveitando o momento, o Partido Republicano começou uma debandada para a campanha de Clinton. De Henry Kissinger ao responsável pela campanha de Jeb Bush, passando pela maioria dos apoiantes de John Kasich e Chris Christie. O aparelho do Partido Republicano estará mesmo, afiança a cadeia ABC News, a pressionar Trump para este desista e renuncie à nomeação. Nesse caso, de acordo com as regras internas do partido, seria a direcção do partido a escolher o candidato, dispensando assim eleições primárias.

Uma desistência de Trump é, claramente, uma possibilidade distante. Já a chantagem no reverso da moeda, a passagem em massa de quadros republicanos para a campanha de Clinton, é uma realidade à vista de todos.


António Santos 
12
Ago16

INCÊNDIOS FLORESTAIS - Incêndios já queimaram 90 mil hectares. Algo como 10 cidades de Lisboa

António Garrochinho

Só na última semana arderam 70 mil hectares, 20 mil num dia. Estimativas do sistema europeu de monitorização revelam que área ardida em 2016 já está muito acima da média anual dos últimos oito anos.


Os fogos em Portugal já queimaram mais de 90 mil hectares desde o início do ano, claramente acima da média, de janeiro a dezembro, dos últimos oito anos.

As contas foram fornecidas à TSF pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) da Comissão Europeia que monitoriza diariamente o que se passa nos países através de imagens de satélite. Recorde-se que um hectare equivale, mais ou menos, ao tamanho de um campo de futebol.



Um dos cientistas responsáveis pelo projeto, Jesus San Miguel, explica que estas estimativas devem ser confirmadas mais tarde pelas autoridades nacionais, mas os grandes fogos mapeados por este sistema correspondem por norma a 85% da área total que arde num país.

Até ao início de agosto o número de incêndios em Portugal esteve sempre abaixo da média verificada entre 2008 e 2015, mas na última semana disparou.

A 5 de agosto o total de área ardida em 2016 rondava os 20 mil hectares, mas no dia 11 já ia em mais de 90 mil, o equivalente ao tamanho de cerca de dez concelhos de Lisboa.


Só num dia e meio, na última atualização de quinta-feira à tarde, o EFFIS registou mais 20 mil hectares queimados.

Jesus San Miguel explica que os números portugueses deste ano ficam claramente acima do que tem acontecido nos últimos anos na Europa, mas por vezes existem episódios em alguns países que em pouco tempo assistem à queima de milhares e milhares de hectares de terreno.

Os dados fornecidos à TSF permitem perceber que na região entre Douro e Vouga há um incêndio que já queimou pelo menos 14.600 hectares entre 8 e 11 de agosto, sendo nesta região que ficam os grandes incêndios que têm afetado Arouca e Águeda.

No Minho há vários fogos registados pelo sistema europeu, mas o maior queimou quase 9 mil hectares no mesmo período.

Quanto à Madeira, os registos do EFFIS apontam para dois incêndios que juntos, pelas imagens de satélite, queimaram, nos últimos dias, 3 mil hectares.


www.tsf.pt
12
Ago16

Assalta banco para ser preso - Entrou e anunciou: "Dinheiro ou a polícia. Isto é um assalto!"

António Garrochinho




Assalta banco para ser preso
Dependência do Santander assaltada em Mem 
Martins tinha no interior três clientes, um 
funcionário e o gerenteFoto Jorge Paula


Entrou de rompante na dependência do banco Santander Totta de Mem Martins, Sintra, dirigiu-se ao balcão e anunciou: "Dinheiro ou a polícia. Isto é um assalto!" O homem de 46 anos estava nervoso, de cara descoberta e fingia ter uma arma (que não existia) atrás das costas. Quando foi detido pela PSP, ainda dentro do banco, confessou que o seu objetivo era "ser preso". Terá dívidas e problemas familiares.

Segundo apurou o CM junto de fontes policiais, a tentativa de assalto ocorreu pelas 13h10 de quarta-feira, no Santander Totta do largo do Cruzeiro. Fez o anúncio explosivo, que deixou três clientes, um funcionário e o gerente alarmados. A mão atrás das costas ameaçava com uma suposta pistola que o homem dizia ter pronta a disparar.

Mas rapidamente o funcionário percebeu que aquele não era um assalto normal, nem sequer violento. Acalmou-se e acalmou o ladrão. "Conseguiu convencê-lo a saírem da zona do balcão e dirigiram-se ao átrio onde está uma caixa multibanco", descreveu fonte policial.

Foi nessa zona que os agentes da PSP, entretanto chamados, acabaram por deter o assaltante, sem que este tenha esboçado resistência. Acabou por confessar que a sua intenção desde o início era ser preso. Disse ser empregado, mas não afirmou onde e justificou a sua atitude com os problemas financeiros resultantes de dívidas. Estará ainda a passar por um divórcio. A PJ foi ao local, mas o detido ficou com a PSP e foi ontem presente a tribunal. Não foi possível apurar as medidas de coação aplicadas.

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12
Ago16

Primeiro cão salva-vidas do Brasil está sendo treinado em Santa Catarina

António Garrochinho


Quem nunca viu aqueles filmes e seriados em que cachorros atuam como salva-vidas? Apesar de ser uma imagem constante em nosso imaginário, o Brasil ainda não possuía nenhum cachorro capacitado para realizar resgates no mar. Os Bombeiros de Santa Catarina estão mudando essa realidade ao treinar o labrador Ice, de seis anos, para ser o primeiro cão salva-vidas do país!
Além de ser a coisa mais fofa, Ice também tem experiência em resgate. Ele ajudou nas buscas após a tragédia de Mariana e tem oito certificações internacionais, sendo considerado um dos melhores cães de busca da América Latina. No próximo verão, o animal deverá estender seu currículo ao atuar em um projeto piloto de salvamentos marítimos desenvolvido pelo 7º Batalhão dos Bombeiros, em Itajaí. A iniciativa foi inspirada em um modelo semelhante aplicado na Itália.
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Por enquanto, o animal está sendo treinado para realizar os salvamentos, em que levará uma boia até a vítima. Sua ação será particularmente importante em casos em que há um grande número de pessoas em risco, quando os salva-vidas humanos não teriam capacidade de socorrer a todos ao mesmo tempo.
Para evitar que o animal seja agarrado acidentalmente por alguém que esteja se afogando, uma boia será presa a sua guia por um cabo e o cão está sendo treinado para chegar a uma distância de até um metro da pessoa que estiver socorrendo. Com precauções como esta, os salvamentos serão feitos de maneira totalmente segura para Ice.
No vídeo abaixo, dá para ver o bichano em ação:
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Todas as fotos: Divulgação/7B5CBMSC

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12
Ago16

Bairro português quer se tornar a maior galeria de arte urbana da Europa

António Garrochinho


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Quem visita Lisboa dificilmente ouve falar sobre o bairro Padre Cruz. Mesmo assim, seus cerca de 8 mil habitantes fazem dele o maior conjunto habitacional municipal de toda a Península Ibérica. Em breve, a região pode ganhar também outro título: a de maior galeria de arte urbana da Europa!
Essa história começa com o projeto Criar mudança através da arte urbana, que levou diversos artistas para ilustrar as paredes do bairro. Mesmo antes da iniciativa, o local já tinha uma tradição em graffiti, abrigando os murais do gênero mais antigos da cidade, segundo contou Paulo Quaresma ao Público.
Paulo faz parte da  Boutique da Cultura, uma das promotoras do projeto em conjunto com a Crescer a Cores – Associação de Solidariedade Social – a iniciativa faz parte do programa BIP/ZIP da Câmara Municipal de Lisboa.
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Em 2015, houve a primeira etapa do projeto, com a formação de jovens do bairro e a busca por artistas capazes de transformar as paredes do Padre Cruz. A região deverá ganhar 30 novos graffitis até o dia 31 de julho. As intervenções devem se juntar a outros 60 murais que já existem no bairro.
Diferentemente de outros projetos similares, o objetivo da iniciativa não é combater a insegurança, mas embelezar o bairro e democratizar a arte, tirando-a de dentro dos museus. Por isso mesmo, deverá ser lançado um livro no final de setembro para que os visitantes criem seu roteiro pela região e possam conhecer mais essa parte de Lisboa, gerando empregos e um maior senso de comunidade.
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Todas as fotos © Boutique da Cultura


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12
Ago16

Quase 20% dos jovens portugueses não estudavam nem trabalhavam em 2015

António Garrochinho



Na União Europeia, são cerca de cinco milhões os jovens entre os 20 e os 24 anos que não estavam a estudar nem a trabalhar em 2015

Quase cinco milhões de jovens entre os 20 e os 24 anos nos Estados-membros da União Europeia não estavam nem a estudar nem a trabalhar em 2015, conclui o Eurostat, num relatório divulgado hoje.

Na véspera do Dia Internacional da Juventude, o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) divulgou uma parte dos dados do relatório "Educação, trabalho, ambos ou nenhum? O que andam a fazer os jovens da UE?".

A percentagem de jovens em situação de nem estudo nem trabalho - 17,3%, de acordo com os últimos dados - tem-se mantido "relativamente estável" entre 2006 e 2015, com as mudanças a sentirem-se mais ao nível dos Estados-membros, assinala o Eurostat.

Em 2015, registaram-se significativas diminuições em países como Alemanha e Bulgária e agravamentos substanciais em Itália, Grécia e Espanha -- países afetados pelas medidas de austeridade e onde cerca de um quarto dos jovens não estudava nem trabalhava em 2015.

Em Portugal, a percentagem também aumentou, ainda que em menor grau. Em 2015, os jovens portugueses de 20 a 24 anos estavam sobretudo a estudar (42,3 por cento). A trabalhar estavam 31,7 por cento e eram poucos os que acumulavam as duas coisas (8,5 por cento). Já 17,5 por cento não faziam nem uma coisa nem outra.

Ainda sobre a mesma faixa etária, a nível da UE, 33 por cento dos jovens estão exclusivamente a estudar, um pouco mais do que os que estão unicamente a trabalhar (32,6 por cento), enquanto 16,9 estão a fazer ambas as coisas.

"A proporção de jovens que não estão a trabalhar nem a estudar nem a receber formação aumenta consideravelmente com a idade", observa o Eurostat.

A União Europeia tem 90 milhões de pessoas com idades entre os 15 e os 29 anos, representando 17 por cento da sua população total.

Em 2015, a maioria dos jovens entre os 15 e os 19 anos estava a estudar, enquanto a faixa etária dos 25 aos 29 se dedicava sobretudo ao trabalho.


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12
Ago16

Ex-secretário de Estado de Costa admitiu “erro grave” na política de defesa da floresta - O Público contactou o gabinete do agora primeiro-ministro, que respondeu: "O primeiro-ministro não comenta teses académicas."

António Garrochinho



Ascenso Simões, antigo secretário de Estado de António Costa, admitiu numa tese de mestrado que foi um “erro grave” manter uma política de combate aos incêndios, descurando a prevenção.
Ascenso Simões, antigo secretário de Estado do ministério da Administração Interna, então liderado por António Costa, reconheceu em 2014 numa tese de mestrado que foi um "erro grave" ter continuado a dar prioridade ao combate aos incêndios, descurando a prevenção.

Na tese, noticiada pelos jornais Observador e Público, Ascenso Simões (na foto) explica que a proposta elaborada pelo Instituto Superior de Agronomia tinha "uma visão correcta do que se apresentava ao nosso país para se promover uma mudança de paradigma". De acordo com o Observador, a proposta foi pedida em 2005 pelo governo de Santana Lopes.

No entanto, os ministérios da Administração Interna e da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas do governo de José Sócrates criaram uma unidade de missão com o objectivo de apresentar uma proposta "mais adequada à realidade institucional que se vivia".

"Passados oito anos importa considerar que se tratou de um erro grave. Em primeiro lugar porque a proposta técnica tinha uma sustentação que a Resolução do Conselho de Ministros não viria a adquirir; em segundo tempo porque a iniciativa política se mostrou voluntarista e descompensou um caminho coerente de intervenção; por último e em terceiro lugar porque se manteve uma opção pelo derradeiro elemento da cadeia de valor – o combate", lê-se na tese defendida em 2014.

A ideia seria construir uma rede de faixas de gestão de combustíveis nas áreas florestais. Propunha-se a criação de uma nova estrutura com 90% de operacionais recrutados entre sapadores florestais, bombeiros e militares. O objectivo era reduzir a área ardida para menos de 0,8% da superfície florestal, ou 44 mil hectares o que, como nota o Público, é pouco mais do que já ardeu nos últimos dias.

Para isso seria necessário investir, ao longo de vários anos, 678 milhões de euros. À resposta do Governo de então, que considerou que não havia dinheiro, os técnicos responderam: "Os gastos até 2010 implicam um esforço adicional de 15 milhões de euros relativamente ao que foi gasto em 2004 em prevenção e combate, ou seja, é o equivalente a meio Canadair ou três quilómetros de auto-estrada".

O Público contactou o gabinete do agora primeiro-ministro, que respondeu: "O primeiro-ministro não comenta teses académicas."

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12
Ago16

Incêndios: Costa recusa “número mágico” sobre apoios à Madeira sem avaliação dos danos

António Garrochinho


O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que “não era exigível nem compreensível” que o Governo chegasse à Madeira “com um número mágico” sobre os apoios à região depois dos incêndios, sem que a avaliação dos danos esteja feita.

António Costa falava aos jornalistas no final de uma visita de quase seis horas à Madeira e, quando questionado sobre os valores em concreto que o Governo da República vai disponibilizar para o apoio à região, o primeiro-ministro foi perentório: “não era exigível nem compreensível que viéssemos aqui dar um número mágico, para o ar, sem que a avaliação tivesse sido feita”.

“O trabalho está a ser programado, as coisas têm que ser feitas como devem ser feitas, que é avaliando os danos”, justificou, explicando na terça-feira está já marcada uma reunião com representantes dos governos da República e Regional e que nos próximos 15 dias ficará concluído o levantamento dos danos.

No quartel dos Bombeiros Voluntários locais, onde terminou a sua visita à Madeira com um agradecimento a estes profissionais, o primeiro-ministro sintetizou as medidas principais que já tinham sido anunciadas após a reunião entre todas as autoridades.

“Nós iremos ter uma linha de crédito lançada já na próxima semana para o apoio às atividades turísticas, vamos ter uma linha de crédito para o conjunto de empresas que sofreram danos com estes incidentes, vamos apoiar financeiramente o programa que o Governo Regional aprovou de apoio temporário às famílias carenciadas, vamos apoiar financeiramente em particular o município do Funchal, que é aquele onde para já há habitações destruídas, na reabilitação e na reconstrução de acordo com os programas municipais”, enumerou.

Na opinião de António Costa, “não é exigível, a quem passou aquilo que passou nos últimos dias, que houvesse uma conta feita”, devendo o trabalho de avaliação dos prejuízos ser feito como está a ser, “com cabeça, tronco e membros”.

“Quando? Quando o senhor presidente da câmara tiver a avaliação feita, tiver o número apurado, nós saberemos. Quando o senhor presidente do Governo Regional tiver os danos apurados e tiver o número apurado, nós cá estaremos”, respondeu, perante a insistência dos jornalistas.

Na conferência de imprensa, o chefe do executivo tinha sublinhado que “ao longo dos últimos dias, as instituições da República, da região e dos municípios deram um bom exemplo de excelente articulação e funcionamento”.

“Desde logo entre os órgãos de soberania, com acerto pleno entre o senhor Presidente da República e o Governo de qual era a natureza e a função de cada um no testemunho do apoio à Madeira”, concretizou.

Para Costa, Marcelo Rebelo de Sousa trouxe à ilha uma mensagem de “solidariedade, de apoio, de carinho, de afeto às populações”, enquanto “o Governo está cá hoje, conforme foi combinado com o senhor Presidente da República, para fazer a parte que lhe compete enquanto órgão executivo”.

Na quarta-feira, o chefe de Estado tinha visitado a Madeira e afirmou que a missão do primeiro-ministro sobre os incêndios na Madeira “não é só de solidariedade, é executiva” e por isso António Costa iria estar na ilha hoje para falar sobre apoios.

Para além de visitar os locais mais afetados pelos incêndios dos últimos dias, António Costa manteve uma reunião com os principais responsáveis da região e concluiu esta jornada de trabalho de seis horas com uma passagem pelo regime de guarnição número três onde estão os desalojados, pelos quartéis de duas corporações de bombeiros e ainda um hotel na zona histórica, que teve que ser evacuado na noite de terça-feira, mas que já está em pleno funcionamento.


observador.pt


12
Ago16

A VERDADE : POR GUILHERME ANTUNES --------------------------------------------------------- JORNALISTAS COBARDES

António Garrochinho
A VERDADE : POR GUILHERME ANTUNES
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JORNALISTAS COBARDES
Os casos multiplicam-se sem nunca mais acabarem. Sem nenhuma excepção, o jornalismo que se faz em Portugal está podre, e é exercido por prostitutas do engano intencional. Portugal caiu num fosso informático nauseabundo, em que o capital e o capitalismo, nas mãos dos capitalistas, tudo compram para aumentar a dose descomunal de mentira repetida à náusea como verdade absoluta.
O maior ROUBO jamais existente no nosso país foi o caso BES e o seu autor é um meliante chamado Ricardo Salgado. O famoso Alves dos Reis mais parece um escolar irrequieto face à magnificência do desfalque colectivo perpetrado pelo banqueiro dos banqueiros.
Homem da total confiança de Mário Soares e de Cavaco Silva, que instigaram nos portugueses a necessidade de o nosso povo lhes dedicar o mesmo tipo de carinho profissional que a sua superior estatura mereceria.
NINGUÉM FALA mais sobre o assunto. Os tribunais acachapam-se por ordens recebidas de cima, os juízes acobardam-se por característica sistémica, a magistratura, de um modo geral, é cúmplice dos muitos milhões de milhões que resultou no caso BES. Impunemente!

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António Garrochinho

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