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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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08
Set16

Resgatada mulher que deu queda de 30 metros em arriba de Portimão

António Garrochinho


  
Uma mulher espanhola que deu uma queda de  30 metros, numa arriba da Praia do Submarino, em Alvor, Concelho de Portimão, foi resgatada pelo salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos de Ferragudo e pela Polícia Marítima, ontem, quarta-feira. A vítima, de 40 anos, terá caído quando caminhava junto à crista da arriba.

O alerta para a queda de uma pessoa numa praia de difícil acesso por terra na zona de Alvor, conhecida como Praia do Submarino, foi dado às 16h35. Para o local, foi despachado o salva-vidas da Estação do ISN e uma viatura da Polícia Marítima.

A mulher acabou por ser retirada do local por via terrestre, com a ajuda de um tripulante da embarcação do ISN, da Polícia Marítima, dos Bombeiros de Portimão e do INEM, tendo sido transportada para a unidade de Portimão do Centro Hospitalar do Algarve.

www.sulinformacao.pt

08
Set16

Hotel Pestana em Portimão evacuado - Incêndio que lavra na zona é motivo de evacuação preventiva. (INCLÚI VÍDEO)

António Garrochinho
 As povoações do Carriçal, Moinho da Rocha e Tabual e o Hotel Pestana Race junto ao Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, foram esta segunda-feira evacuados devido ao incêndio florestal que teve início em Monchique, disse à Lusa fonte da Proteção Civil. 

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, um total de 28 pessoas das três localidades e um número ainda não determinado de clientes do hotel foram retirados por precaução, face à intensidade do fumo que se regista na área, num fogo que tem uma frente "bastante extensa". 

A dificuldade de combate é acentuada devido ao forte vento que se faz sentir na área. A mesma fonte acrescentou que o fogo, que se reacendeu na última noite em Monchique, evoluiu para sul, para o concelho de Portimão, obrigando ao encerramento das estradas Senhora do Verde -- Casais e no sítio do Carriçal. O combate às chamas obrigou ainda à deslocação do posto de comando da Autoridade Nacional de Proteção Civil em Fóia, Monchique, para o Autódromo Internacional do Algarve. "Noite não será amiga dos bombeiros" O comandante distrital de operações de socorro de Faro, Vítor Vaz Pinto, perspetivou que "a noite não será amiga dos bombeiros" no combate ao incêndio florestal em Portimão e Monchique, devido sobretudo ao vento forte. "O vento vai manter-se, as condições meteorológicas não nos vão facilitar muito a vida, por isso a noite não será amiga dos bombeiros", disse à Lusa. 

Num ponto de situação feito pouco depois das 18h00 aos jornalistas, o responsável referiu que o incêndio -- que deflagrou no sábado em Monchique e foi dado como extinto no domingo, mas teve um reacendimento na quarta-feira e chegou ao município de Portimão - continua a lavrar com "muita intensidade". 

Segundo Vítor Vaz Pinto, o vento dificultou o trabalho dos meios aéreos que foram mobilizados para o local, uma zona com muito edificado disperso pela serra. Ainda assim, não havia até àquela hora registo de primeiras habitações destruídas. "É estranho que um incêndio que estava consolidado se tivesse reacendido de forma tão fulminante, mas caberá às autoridades investigarem", referiu, quando questionado sobre a origem do fogo. Para o combate foram mobilizados mais de 500 operacionais e, segundo a página da Proteção Civil na Internet, cerca de 200 viaturas e nove meios aéreos.




A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, indicou que a maioria das pessoas que tiveram de abandonar as suas casas por prevenção está com familiares. "Só temos quatro pessoas no posto de acolhimento, maioritariamente situações de mobilidade reduzida", apontou, sublinhando que o município está preparado para acolher outros moradores que necessitem. Isilda Gomes indicou que os hóspedes foram levados para outra unidade do grupo Pestana no concelho.

VÍDEO












http://www.cmjornal.pt
08
Set16

Adesão à greve entre os 70 e os 80% Guardas-florestais protestam nas ruas de Lisboa

António Garrochinho


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Os guardas-florestais voltaram à rua. Com greve de 24 horas, realizaram uma manifestação e concentraram-se em frente ao Ministério da Administração Interna onde exigiram o fim da extinção da carreira.


Guardas-Florestais manifestaram-se hoje em Lisboa e exigem que o Governo dê resposta
Os guardas-florestais do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR manifestaram-se hoje em Lisboa, contra a extinção da carreira, pela atribuição de suplementos remuneratórios de acordo com as funções específicas exercidas, e a aplicação do seu Estatuto que entrou em vigor em Novembro passado.
Depois do Ministério da Administração Interna, através do Secretário de Estado da tutela, ter recusado qualquer negociação sobre as propostas da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), seja para a revisão do diploma legal que prevê a extinção da carreira à medida que os lugares vagarem, seja para a atribuição de suplementos remuneratórios. Perante esta resposta, os guardas-florestais concretizaram hoje uma greve de 24 horas, na qual a adesão esteve entre os 70 e os 80% dos efectivos no activo, e uma manifestação com a participação de cerca de centena e meia dos 312 elementos que contém carreira.
Desfilando do Largo do Carmo, onde se situa o Quartel General da GNR, para o Terreiro do Paço, junto ao Ministério da Administração Interna, concentraram-se aqui para aprovar uma resolução em que decidiram dar seguimento às acções de protesto, com uma nova manifestação, desta vez na Residência Oficial do Primeiro-Ministro, em data a anunciar brevemente.
Na moção aprovada nesta acção, os guardas-florestais reivindicaram, como já haviam antes divulgado: a exigência da reversão do processo de extinção da carreira de guarda-florestal; a exigência do recrutamento de novos efectivos para a carreira de guarda-florestal; o reforço da exigência de negociação da proposta apresentada pela FNSTFPS, sobre a atribuição de suplementos; a exigência do pagamento dos retroactivos em dívida e a regulamentação em falta das matérias do Estatuto que a exige.

abrilabril.pt
08
Set16

08 de Setembro de 1664: Os ingleses conquistam Nova Amesterdão que passa a designar-se Nova Iorque

António Garrochinho


No dia 8 de Setembro de 1664, os ingleses conquistaram a cidade de Nova Amesterdão e  rebaptizaram-na com o nome de Nova Iorque em homenagem ao duque de York e Albany.

A cidade de Nova Iorque ganhou importância como porto comercial durante o Império Britânico. Em 1754, foi fundada a primeira casa de altos estudos da cidade, a Universidade de Columbia.


Durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos, a cidade emergiu como cenário de importantes batalhas. Em 1789, o primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington, foi anunciado no Federal Hall e Nova Iorque manteve-se como a capital dos Estados Unidos até o ano seguinte.


No século XIX, a imigração e o desenvolvimento transformaram a cidade. Um projecto de desenvolvimento, o Commissioners’ Plan de 1811, expandiu a mancha urbana por toda a ilha de Manhattan. A abertura, em 1819, do Canal do Erie conectou o porto atlântico com os vastos mercados agrícolas do interior do país.

Em 1835, a cidade de Nova Iorque já havia superado  Filadélfia como a maior cidade dos Estados Unidos. A política local tinha caído sob o domínio do Tammany Hall, um sistema de clientelismo político apoiado nos imigrantes irlandeses. Alguns membros da antiga aristocracia mercantil contribuíram para a criação do Central Park, que se converteu no primeiro parque paisagístico de uma cidade norte americana em 1857. Manhattan e Brooklyn foram palco de um importante movimento abolicionista.

Durante a Guerra de Secessão (1861-1865), a oposição ao militarismo provocou uma série de manifestações violentas conhecidas como Draft Riots (Revoltas do Alistamento). As ‘New York City Draft Riots’ conhecidas à época como “A Semana do Alistamento” consistiram em violentos distúrbios que foram a culminação do descontentamento da classe trabalhadora com as novas leis aprovadas pelo Congresso com a finalidade de alistar homens para lutar na Guerra Civil em curso. Essas revoltas estão registadas como a maior insurreição civil da história dos Estados Unidos, à parte apenas a própria Guerra de Secessão.


Em 1898, Nova Iorque já era uma cidade moderna, ainda mais com a anexação a Manhattan de Brooklyn – até então uma cidade independente – e graças a projectos como a Ponte de Brooklyn. A abertura do metro em 1904 ajudou a unir a cidade. E já na primeira metade do século XX, a cidade  convertia-se num dos mais importantes centros do mundo das finanças, do comércio, da indústria, da cultura e das comunicações.

wikipedia (imagens)
Nova Amesterdão em 1664 -Johannes Vingboons
Nova Iorque em 1770
08
Set16

Aprenda como os animais enxergam o mundo

António Garrochinho


A visão é um dos cinco sentidos que permite aos 
seres vivos dotados desse dom aprimorarem a sua 
percepção do mundo.


Até pouco tempo atrás sequer conseguíamos imaginar 
como os animais enxergavam, mas agora é possível. 
Então confira agora como alguns animais conseguem ver o 
mundo.

Para isso fique com essa excelente matéria do canal 

VÍDEO


E para ficar ainda mais interessante, veja as imagens 
abaixo que comparam a visão do homem com a de alguns 
animais que enxergam de forma diferente de nós:






Para ficar ainda mais impressionante, veja a simulação 
da visão em movimento de mais alguns animais 
interessantes:

Vídeo

 



Como os animais veem o mundo:

Cães [Dogs]:

- Podem ver tons marrons, amarelos e azuis;
- Possuem uma ampla visão periférica.

Gatos [Cats]:

- Possuem uma pálpebra interna para proteção;
- Podem ver tons marrons, amarelos e azuis.

Birds [Pássaros]:

- São capazes de enxergar a luz ultravioleta 
[nós seres humanos não somos capazes de fazer isso];
- Os músculos dos olhos se concentram em certos locais.
Flies [Moscas]:

- Possuem centenas de milhares de pequenas lentes;
- São capazes de enxergar a luz ultravioleta;
- Percebem os movimentos em câmera lenta [slow motion].

Snakes [Cobras]:

- À noite elas são capazes de ver assinaturas de calor.

Tubarões [Sharks]:

- Veem claramente na água;
- Não enxergam cores.

Peixe [Fish]:

- Podem ver tons vermelhos, verdes e azuis;
- Possuem receptores de cores ultravioletas.

Ratos [Rats]:

- Cada olho se move independentemente;
- Percebem os movimentos em câmera lenta [slow motion];
- A visão é borrada e não podem enxergar o vermelho.

tudorocha.blogspot.pt
08
Set16

8 factos sobre a poderosa Guarda Pretoriana

António Garrochinho


A Guarda Pretoriana de Roma foi uma das unidades militares mais prestigiadas do mundo antigo. Formada por soldados escolhidos a dedo, os pretorianos  são conhecidos por terem  servido de guarda-costas dos governante romanos, mas eles também foram utilizados em muitos outros serviços do Império. A Guarda Pretoriana lutou ao lado das legiões em campanhas de guerra, sufocou revoltas dos povos conquistados e acalmou os ânimos em protestos caseiros, além disso,  serviu como segurança em espetáculos de gladiadores e corridas de bigas. Conheça 8 fatos interessantes sobre esses soldados de elite da Antiguidade.

1 – A Guarda Pretoriana se originou durante a República Romana

Pretoriano
A Guarda Pretoriana está intrinsecamente ligada à era imperial de Roma, mas as suas origens remontam a grupos de soldados de elite que protegiam os generais durante a República Romana. Já no século II a.C, unidades especiais foram selecionadas para proteger líderes romanos famosos, como Marco Antônio, Cipião Africano e  Sula,  sempre que estes se aventuravam em campo. Foi Júlio César quem transformou a décima legião em sua  guarda pessoal, mas a Guarda Pretoriana como a história imortalizou, surgiu somente depois que Augusto se tornou o primeiro imperador de Roma, em 27 a.C. Após subir ao trono, Augusto estabeleceu seus próprios guardas imperiais,  compostos de nove coortes de 500 a 1.000 homens cada. A unidade perduraria como um símbolo do poder imperial por mais de 300 anos. Lá pelo ano 23 d.C, os pretorianos passaram a operar a partir de sua própria fortaleza, a Castra Praetoria, localizada nos arredores de Roma.


2 – Os Pretorianos atuavam como bombeiros em emergências
Incêndio de Roma
O fogo era uma ameaça constante na Antiga Roma e, embora o Império tivesse um corpo dedicado de combate a incêndios chamado de "Vigiles," não era incomum os pretorianos do imperador ajudarem no caso de um incêndio particularmente feroz. É sabido que a Guarda Pretoriana combateu um incêndio no templo de Vesta, e, provavelmente, também esteve envolvida na criação de aceiros durante a conflagração infame que destruiu a maior parte de Roma durante o reinado de Nero. Embora números significativos provem que os pretorianos realmente tenham ajudado a combater incêndios, sua presença nesses desastres também também tinha um componente de relações públicas. Ao enviar sua guarda pessoal para auxiliar em calamidades, o imperador mostrava aos cidadãos o quanto  ele estava preocupado com o bem-estar deles.




3 – A Guarda Romana atuava nos jogos romanos
Jogos romanos
A Guarda Pretoriana, muitas vezes controlava a multidão nos jogos romanos, mas de vez em quando, também entrava na arena para desempenhar um papel ativo no derramamento de sangue. Há evidências de que a Guarda participou em horríveis espetáculos com animais selvagens para demonstrar sua destreza em combate, ela também  teve um  papel notório na "Naumaquia", uma  batalha naval encenada, organizada pelo imperador Cláudio, em 52 d.C. Nessa macabra peça, 19.000 homens e cerca de 100 barcos colidiram em um combate simulado no lago Fucine. A maioria dos participantes eram prisioneiros e escravos; os pretorianos, armados com catapultas e balistas, cercaram o infernal teatro em balsas,  adicionando o caos ao espetáculo e impedindo qualquer dos condenados de escapar.


4 – Os pretorianos agiam como uma força policial secreta
Guarda Pretoriana
Os pretorianos eram conhecidos por se envolverem em espionagem, intimidações, prisões e assassinatos para proteger os interesses do imperador romano. Para as operações clandestinas, eles empregavam uma ala especial da unidade, formada por pretorianos conhecidos como "Speculatores." Durante a república, essa divisão da Guarda servia como um corpo de reconhecimento, mas na era imperial, esses pretorianos passaram  a  servir como mensageiros e agentes de inteligência a serviço do César. Speculatores e outros membros da Guarda Pretoriana disfarçavam-se como cidadãos comuns em competições de gladiadores, espetáculos teatrais e protestos para monitorar e prender qualquer pessoa que criticasse o imperador. Eles também mantinham o controle sobre os suspeitos de serem inimigos do Estado e, em alguns casos, até mesmo  executavam  secretamente os considerados uma ameaça iminente ao imperador ou às suas políticas.


5 – A Guarda participou nos assassinatos de vários imperadores


Coroação de Cláudio
O pretorianos podem ter sido encarregados de proteger o imperador romano, mas eles também foram a maior ameaça à vida desses  monarcas. A Guarda Pretoriana foi protagonista nas teias de sedição que caracterizaram a Roma Imperial; os pretorianos estavam dispostos a matar e a instalar novos imperadores quando tentados por promessas de dinheiro ou de poder. Pretorianos descontentes arquitetaram o assassinato de Calígula e a seleção de Cláudio como seu sucessor em 41 d.C. Entre outros, a Guarda também teve  papel crucial no assassinato de Cômodo em 192, Caracala em 217, Heliogábalo em 222 e  Pupieno e Balbino em 238. Em alguns casos, os pretorianos eram parcialmente responsáveis tanto por empossar quanto por assassinar um aspirante a imperador. Galba subiu ao trono em 68 d.C, depois de ganhar o apoio da Guarda, apenas para ser morto em suas mãos no ano seguinte, porque ele deixou de recompensá-los adequadamente. Da mesma forma, o ImperadorPertinax foi confirmado pelos pretorianos em 193 e, em seguida, morto apenas três meses mais tarde, quando ele tentou forçá-los a aceitar novas medidas disciplinares.


6 – Os pretorianos  leiloaram o trono de Roma
Guarda Pretoriana
De acordo com o antigo historiador Dião Cássio, depois de assassinar o imperador Pertinax em 193 d.C, a Guarda Pretoriana tentou lucrar com o vácuo de poder, colocando o trono romano a leilão. Depois de uma breve guerra de lances entre o ex-cônsul Dídio Juliano e Tito Flávio Cláudio Sulpiciano, os pretorianos teriam vendido o controle do Império a Juliano pela enorme soma de 25.000 sestércios por homem. O incidente é um dos episódios mais famosos da história da unidade, mas alguns historiadores afirmam que o relato de Dião sobre o leilão imperial é exagerado. É verdade que Juliano pagou aos pretorianos uma fortuna pelo seu apoio, contudo, a Guarda Pretoriana também foi motivada pelo medo de que Sulpiciano buscasse vingança pela morte de seu genro, Pertinax, depois que subisse ao trono.


7 - Os pretorianos lutaram uns contra os outros em batalha
Vespasiano é declarado Imperador
Um dos incidentes mais incomuns na história dos pretorianos aconteceu no ano 69, quando o general Vitélio derrotou o Imperador Otão e tomou o trono romano. Temendo ser assassinado nas mãos dos pretorianos leais a Otão, Vitélio dispensou os membros permanentes da Guarda Pretoriana e os substituiu por uma nova e maior força, composta de soldados recrutados em suas próprias legiões. Infelizmente para Vitélio, seu reinado durou poucos dias, somente atéVespasiano, o comandante das legiões da Judéia, declarar-se imperador e marchar para Roma. Vespasiano alistou vários dos pretorianos desempregados de Otão em seu exército, esses soldados mais tarde entraram em confronto com a Guarda de  Vitélio em uma série de batalhas acirradas na periferia da cidade eterna. Vespasiano acabou por prevalecer e os pretorianos de Otão tiveram suas posições anteriores restauradas.




8 – A Guarda foi dissolvida por apoiar um pretendente ao trono
Batalha da Ponte Mílvia
A estrutura da Guarda Pretoriana foi alterada drasticamente no final do segundo século, quando o imperador Septímio Severo demitiu seus membros e começou a recrutar guarda-costas diretamente das legiões. Ainda assim, o papel dos pretorianos como  guardiões do trono romano só terminou oficialmente no quarto século. Em 306, os pretorianos tentaram desempenhar o papel de fazedores de reis pela última vez, quando empossaram o usurpador Maxêncio como imperador ocidental, em Roma. Depois de uma sucessão vertiginosa de guerras civis e reivindicações rivais ao trono, Maxêncio e seus pretorianos foram confrontados pelo imperador Constantino em 312, na batalha da Ponte Mílvia. Conta a história que os pretorianos resistiram com bravura ao longo do rio Tibre, mas foram derrotados e Maxêncio foi morto. Convencido de que os pretorianos já não eram confiáveis, Constantino dissolveu a unidade de uma vez por todas, transferiu seus membros para a periferia do Império e supervisionou a destruição de seus quartéis na Castra Praetoria

.kid-bentinho.blogspot.pt

08
Set16

Preferido de Hitler e guarda-costas : o nazista que resgatou Mussolini e que foi parar à Irlanda

António Garrochinho

Otto Skorzeny de uniforme e como fazendeiro (Fotos: Getty e Nationa Archieves of Ireland)

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Image captionOtto Skorzeny ficou famoso por ter resgatado Mussolini de seu cativeiro no topo de uma montanha
Ele era o agente favorito de Hitler, famoso por ter resgatado Mussolini do cativeiro no topo de uma montanha e descrito como "o homem mais perigoso da Europa".
Não é de causar surpresa, portanto, que quando Otto Skorzeny chegou à República da Irlanda, em 1959, após ter comprado uma chácara no Condado de Kildare, a presença do ex-major nazista causou frisson no país.
Com quase dois metros de altura e pesando 114 quilos, a face esquerda do rosto marcada por uma cicatriz, Skorzeny chamava a atenção por onde andava.
Em artigos publicados na época pela imprensa irlandesa, Skorzeny era representado de forma glamorosa, como lembra o jornalista radicado em Dublin, Kim Bielenberg.
"O tom das matérias de jornal era de admiração em vez de repulsa, ele parecia ser admirado por suas proezas militares".
Ainda assim, alguns se perguntavam por que esse "garoto propaganda" do Partido Nazista teria vindo à Irlanda, provocando debates no parlamento irlandês. O que fazia Skorzeny no país? Teria ele intenções de iniciar atividades nazistas na Irlanda?

Façanhas Militares

Nascido em Viena em 1908, Otto Skorzeny filiou-se ao Partido Nazista da Áustria no início da década de 1930. No início da guerra, lutou nas frentes do leste, participando das invasões alemãs na Iugoslávia e União Soviética.
Em abril de 1943, já era chefe das forças especiais alemãs, encarregado por uma unidade de comandos especiais da SS (tropa de elite de Hitler).
Quando Benito Mussolini, aliado de Hitler, foi deposto e aprisionado na Itália, Skorzeny foi escolhido pelo führer para liderar uma missão de resgate.
Skorzeny e seus homens usaram planadores para chegar ao hotel onde Mussolini estava preso, no topo de uma montanha em um ponto remoto da Itália. Pegos de surpresa, os guardas não conseguiram reagir. O ditador deposto foi libertado.
Feitos como esse melhoraram ainda mais a reputação de Skorzeny junto a Hitler. O oficial foi promovido a major.
Quando Mussolini foi exibido para a mídia internacional, tendo Skorzeny ao seu lado, o então primeiro ministro britânico, Winston Churchill, descreveu a missão como "de muita audácia".

Missões Impossíveis

Daí em diante, o major passou a ser encarregado de todas as operações desse tipo.
Em 1944, acompanhado por seus homens, ele capturou o filho do regente da Hungria, almirante Horthy. Tendo aprisionado Miklós Horthy Jr. ─ após uma breve troca de tiros ─ o grupo enrolou o prisioneiro em um tapete e o colocou em um avião rumo a Berlim.
A última grande missão de Skorzeny na Segunda Guerra aconteceu durante a Ofensiva de Ardennes (mais conhecida como a Batalha de Bulge), em dezembro de 1944.
Skorzeny comandou a Operação Greif, onde alemães que falavam inglês, vestidos com uniformes americanos, usaram tanques disfarçados para se infiltrar nas frentes aliadas.
O plano causou confusão e pânico entre os aliados.
Correram boatos de que os homens de Skorzeny planejavam assassinar o General Eisenhower (comandante das forças americanas durante a Segunda Guerra). Os rumores levaram a um reforço na segurança, e o general foi obrigado a ficar confinado durante a semana do Natal em seu quartel-general no Palácio de Versailles.
Dez dias após o suicídio de Hitler, em maio de 1945, Skorzeny se entregou para os americanos.
Foi julgado por crimes de guerra em Dachau, em 1947, mas o caso não se sustentou e ele foi inocentado.
No entanto, Skorzeny ainda tinha de responder a acusações feitas por outros países e continuou na prisão. Mas, para a surpresa de poucos, ele escapou com a ajuda de antigos companheiros da SS.
Foi parar em Madrid, onde abriu uma empresa de importações e exportações. Embora muitos dos negócios da companhia fossem legítimos, a empresa teria servido na verdade como fachada, permitindo que ele organizasse a fuga, para a América do Sul, de nazistas procurados na Europa.
De fato, Skorzeny fez várias viagens para a Argentina, onde se encontrou com o líder do país, Juan Perón. Durante um período, foi guarda-costas da esposa de Perón, Eva (Evita). Há relatos de que ele teria impedido que ela fosse assassinada.

Admirado na Irlanda

Otto Skorzeny cumpriemnta Hitler (foto: WW2GRAVESTONE.COM)Image copyrightWW2GRAVESTONE.COM
Image captionMilitar das forças especiais nazistas comprou fazenda na Irlanda
Em junho de 1957, Skorzeny viajou de Madri para a Irlanda, onde foi convidado para uma recepção em um hotel no Portmarnock Country Club, em Dublin.
O jornalista Kim Bielenberg reflete sobre a forma como o ex-oficial nazista, um criminoso de guerra foragido, foi recebido pelos irlandeses.
"Ele foi badalado pela alta sociedade de Dublin, inclusive por um jovem político, Charles Haughey, que mais tarde viria a se tornar um dos primeiros-ministros mais polêmicos da Irlanda".
"Segundo o relato do Evening Press (jornal que circulava na Irlanda naquele período), o salão estava lotado com representantes de várias sociedades, profissionais e, é claro, vários parlamentares", disse o jornalista.
Bielenberg especula que talvez essa acolhida calorosa tenha encorajado Skorzeny a comprar, em 1959, a Martinstown House, uma mansão cercada por uma fazenda de 160 acres em Curragh, Condado de Kildare.
O jornalista fala sobre a impressão que o ex-oficial alemão causou na população local.
Ele conta que Skorzeny podia ser visto dirigindo por Curragh em um Mercedes branco ou entrando no correio local para comprar mantimentos (em pequenas cidades na Irlanda e Grã-Bretanha, agências do correio funcionam dentro de pequenas mercearias).
"Reggie Darling, um historiador da região, me disse que uma vez cruzou com Skorzeny em Curragh. Ele contou que (o alemão) era um homem grande, que chamava a atenção por causa da cicatriz no rosto (resultado de um duelo nos tempos de estudante), mas não era muito amigável e não se misturava com a população local".

'Rota de fuga'

As visitas de Skorzeny à Irlanda nos anos seguintes foram cercadas de rumores e conjecturas.
Documentos do Irish National Archives, em Dublin, revelam que ele recebeu vistos temporários de entrada na Irlanda, desde que ele se comprometesse a não entrar na Grã-Bretanha.
Arquivos de Estado datando de 1958 falam de sua indignação diante de repetidas recusas, pelas autoridades britânicas, em permitir sua entrada no país.
Artigos de jornal publicados na década de 1960 diziam que Skorzeny tinha criado uma rota de fuga para ex-nazistas a partir da Espanha, e que sua fazenda na Irlanda era um lugar onde nazistas em fuga podiam se esconder. No entanto, nunca foram encontradas evidências para provar isso.

Perguntas no Parlamento

Nos anos posteriores à guerra, a Europa ainda era assombrada pelo espectro do Nazismo e havia temores de que ele retornasse como força política.
Na Irlanda, um ex-ministro da Saúde, Noel Browne, estava tão preocupado com a presença de Skorzeny no país que decidiu levantar a questão no parlamento irlandês, o Dáil, em 1959.
Documento sobre residência de Otto Skorzeny (foto: Nationa Archieves of Ireland)Image copyright
Image captionA concessão de residência a Otto Skorzeny foi motivo de debate na Irlanda
O ministro expressou a preocupação de que Skorzeny estivesse envolvido em "atividades antisemitas". Browne também declarou, em outra ocasião, que era do "conhecimento geral" que Skorzeny estava de alguma forma envolvido em atividades neonazistas. O político disse que o governo da Irlanda não deveria permitir que o ex-oficial alemão usasse a Irlanda para esses fins.
A presença de Skorzeny na Irlanda também foi tema de várias trocas de correspondências entre departamentos do governo irlandês ─ por exemplo, os de Justiça e de Relações Exteriores.
Em entrevistas, o ex-oficial sempre negava participação em atividades neonazistas ou de cunho político.
Dizia que queria comprar cavalos e que um dia gostaria de se aposentar e ir viver na Irlanda. Isso, no entanto, nunca aconteceu. Ele nunca obteve um visto de permanência no país. Viveu em Madri até morrer, em 1975, de câncer.
Skorzeny nunca denunciou os horrores do Nazismo e foi enterrado por seus antigos companheiros, seu caixão decorado com as cores do Nazismo.

Nazistas na Irlanda

Outros nazistas conhecidos, entre eles, Albert Folens e Helmut Clissman, foram morar na Irlanda após a Segunda Guerra Mundial.
Em entrevista à TV estatal irlandesa RTÉ em 2007, um veterano irlandês da Força Aérea britânica, Cathal O'Shannon, fez uma estimativa de que entre 100 e 200 nazistas teriam ido viver no país.
O'Shannon disse que um sentimento "antibritânico" na Irlanda teria, na opinião dele, levado irlandeses a oferecerem aos nazistas uma acolhida mais calorosa do que a que ele próprio obteve quando voltou da guerra.
O jornalista Kim Bielenberg diz que o contexto histórico oferece outras explicações para a recepção calorosa, pela Irlanda, aos nazistas.
"Não sei se a Irlanda havia se dado conta, naquela época, da gravidade, do horror das atrocidades cometidas pelos nazistas".
É possível também que irlandeses com tendências mais nacionalistas tenham adotado uma postura do tipo "o inimigo do meu inimigo é meu amigo", sugere o jornalista. "A atitude dos irlandeses em relação aos nazistas mudou a partir da década de 1970, quando o Holocausto entrou na consciência popular".
Bielenberg conta que sua história pessoal está vinculada à de Skorzeny.
"Skorzeny participou do aprisionamento e tortura de integrantes da resistência alemã que tentaram assassinar Hitler. Um desses homens era meu avô, Fritz von der Schulenburg".
"Após serem presos, Skorzeny chegou e arrancou suas insígnias militares. Depois, foram forçados a ouvir um discurso de Hitler no rádio, confirmando que ele estava vivo".
"Meu avô foi executado em Berlim, em agosto de 1944".

www.bbc.com
08
Set16

OS AMOLA TESOURAS

António Garrochinho

"Pelas ruas a apitar. O amolador anda por aí"


José Loureiro é amolador e há quase meio século percorre o país de lés-a-lés a exercer a sua profissão. Natural de Samora Correia, faz da arte de afiar a sua vida e da pedra de amolar a sua fonte de rendimento - uma vida “dura” que tem os “dias contados”.
José Loureiro é um dos poucos amoladores do país. Tem uma velhinha bicicleta como oficina e percorre Portugal de Norte a Sul a amolar facas, tesouras, alicates, etc. Natural de Samora Correia, com morada em Almada, passa a maior parte do tempo fora de casa. Os clientes, que chama com a ajuda de uma gaita, ajudam a ultrapassar as saudades da família.
O som é característico e assinala a sua chegada. José Loureiro é um dos poucos amoladores em Portugal. Natural de Samora Correia, mas com residência em Almada, passa a maior parte do tempo “fora de casa”.

“Ando pelas ruas a apitar com uma gaitinha. Como é uma tradição muito antiga, as pessoas ouvem essa gaitinha e já sabem que o amolador anda aí, pelas ruas”, conta à Renascença

Com 50 anos, há muito que percorre o país de lés-a-lés, com passagem obrigatória por Chaves, onde ainda conserva clientes.

Amolar é uma arte que se pratica na família Loureiro há pelo menos três gerações e José não nega a herança. Desde criança são já “muitos milhares de quilómetros” percorridos “de Norte a Sul, do Minho ao Algarve”, a afiar alicates, facas, tesouras de costura ou de podar, e outros objectos de corte, bem como arranjar varetas de guarda-chuvas ou até panelas. 

“Anda-se muito quilómetro e isto também satura muito. Muito mesmo. Apanha-se calor, frio… Tudo! É tipo trabalho do campo. Quilómetros e quilómetros a pé, a empurrar uma burra carregada”. 

Oficina móvel
José Loureiro desloca-se pelas aldeias, vilas e cidades, na sua velha bicicleta, carregada com todo o tipo de ferramentas essenciais às tarefas. 

Com um tripé fixa a roda traseira ao chão e depois ata-lhe uma correia, que une o pneu à mesa de afinação. E, conforme vai pedalando, as pedras de afiacção começam a girar na “bancada” da sua "oficina móvel". 

“Ela é que é o meu ganha-pão. Ela é a oficina e é com ela que eu faço o meu trabalho, a montagem, o descanso – que é o que o alentejano gosta mais. Tenho aqui todo o meu material. Tudo o que é preciso está aqui, na bicicleta”, atesta. 

Para chamar os clientes, José serve-se de uma gaita-de-beiços, de cor verde, que produz um som que se faz ouvir longe. 

“As pessoas já conhecem o som e, se precisam, vêm. Aqui até tenho tido muito trabalho” diz, enquanto afia a primeira de três facas que uma senhora lhe acabara de entregar. 

O preço que pratica varia de peça para peça. Afiar uma tesoura de costura, por exemplo, pode ficar entre dois e quatro euros, “tudo depende do estado”. 

Segundo José Loureiro, a profissão de amolador ambulante tem os “dias contados”, porque “os mais novos têm vergonha de andar pelas ruas, numa bicicleta, a apitar”. 

É em Almada que José Loureiro tem a mulher, filhas e netas. A vida itinerante que leva obriga-o a “dormir numa velha carrinha, onde também guarda a sua bicicleta”, e a longos períodos longe do convívio familiar. Por norma, só vai a casa de mês a mês e confessa que, por vezes, “as saudades apertam”. 

“Custa estar fora da família, mas tem que ser”, declara José Loureiro, para concluir que “a vida é dura e, às vezes, custa um bocado a mastigá-la”, mas “tem que ser, para ganhar algum”.
rr.sapo.pt 


clube11raizes.wordpress.com

O Amola-Tesouras

amola tesouras 02 blogue.jpg

O amola-tesouras era aquele que ia de terra em terra para afiar as facas e as tesouras.

 Pelas ruas e ruelas das vilas e aldeias de Portugal, amolando tesouras, facas e navalhas, concertando guarda-chuvas e executando outros pequenos trabalhos.
Isto, num tempo em que os objectos ainda não se atiravam fora com a leviandade que é usual nos nossos dias.
A sua chegada aos povoados era anunciada pelo silvo característico de uma flauta de Pã, ou com uma gaita de boca.

portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt


























 fotos recolhidas na net por António Garrochinho
08
Set16

ISTO É A LEI ! AGORA É PRECISO É CUMPRIR E NÃO CAMUFLAR. - Código de conduta - Ofertas a governantes limitadas a um máximo de 150 euros

António Garrochinho

O Conselho de Ministros aprovou, esta quinta-feira, um código de conduta do Governo, instrumento de autorregulação de natureza ética cuja responsabilização é política.

Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, explicou as linhas gerais do código aprovado esta quinta-feira, um "instrumento de autorregulação do Governo", que vincula membros do executivo, dos gabinetes e indiretamente dirigentes superiores da Administração Pública, e surgiu na sequência da polémica das viagens pagas pela Galp a membros do Governo.

Segundo o governante, este código é de "natureza ética" e a responsabilização do incumprimento do mesmo é política, impondo o critério de que ofertas de cortesia não excedam os 150 euros - valor utilizado nas instituições europeias -, mas com duas ressalvas: as circunstâncias em que os membros de Governo estão em funções de representação oficial ou quando rejeitar uma oferta, mesmo que superior ao valor fixado, significaria quebrar o respeito devido por um Estado estrangeiro.

"Os membros do Governo devem recusar liminarmente quaisquer ofertas, convites ou outras facilidades que possam ser fornecidas na expectativa de troca de uma qualquer contrapartida ou favorecimento", reiterou.

Questionado concretamente sobre se, com este código de conduta, os membros do Governo envolvidos nas viagens pagas deveriam ser responsabilizados, Santos Silva foi perentório: "a não retroatividade das normas é o que divide a civilização da barbárie".


Esta tarde, o debate sobre a questão das viagens pagas a membros do Governo pela Galp - e que deu origem a este código de conduta - terá lugar na comissão permanente do parlamento, a pedido do CDS-PP, estando presente um elemento do executivo.

Este código de conduta surgiu na sequência da polémica das viagens pagas pela Galp a membros do Governo para assistir ao Euro2016, em França, tendo a 04 de agosto sido anunciado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

A 13 de agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que enviou para inquérito os elementos por si recolhidos sobre a viagem do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, a convite da Galp, para assistir ao Euro2016 em França.

O Governo já considerou que o caso, que envolveu além de Fernando Rocha Andrade, os secretários de Estado da Indústria, João Vasconcelos, e da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, ficou "encerrado" com o reembolso das despesas efetuadas àquele patrocinador oficial da seleção portuguesa de futebol.




http://www.jn.pt
08
Set16

É preciso reverter o brutal aumento de impostos levado a cabo em 2013 pelo anterior governo PSD/CDS (num só ano aumentaram o IRS em 35%).

António Garrochinho



É preciso reverter o brutal aumento de impostos levado a cabo em 2013 pelo anterior governo PSD/CDS (num só ano aumentaram o IRS em 35%). No quadro da atual situação política, já foram dados passos nesse sentido: em 2016, a sobretaxa extraordinária de IRS foi eliminada ou reduzida para a esmagadora maioria dos contribuintes e desaparece de vez no dia 1 de janeiro de 2017. Agora, é preciso dar outros passos, mexendo nos escalões e nas taxas de IRS. O PCP propõe o aumento dos escalões de IRS para 10 (para melhorar a progressividade deste imposto) e a redução, significativa, das taxas nos escalões mais baixos e intermédios. Aos contribuintes com rendimentos mais elevados (o 1% do topo) deve ser aplicada uma tributação mais justa, tendo em conta os seus elevados rendimentos. O título da notícia do DN diz "PCP quer dez escalões no IRS e taxas maiores para mais ricos" mas poderia dizer "PCP quer dez escalões no IRS e taxas menores para os 99% menos ricos".




Há várias propostas sobre a mesa. Governo remete o como e quando para o OE 2017
DN.PT|DE LUCÍLIA TIAGO

08
Set16

VEJA COM QUE MATERIAIS SE PODE CONSTRUIR UMA CASA

António Garrochinho


Certas coisas parecem óbvias para nós, como, por exemplo, os materiais que devem ser usados para construir edifícios e casas. Tijolo, madeira, argamassa e pedra parecem as escolhas lógicas, certo? Nem sempre. Veja 10 exemplos de materiais de construção exóticos ou incomuns que deram origem a verdadeiras obras de arte:
1 – Gelo
Em Jukkasjärvi, uma vila na Suécia dentro do Círculo Ártico, um hotel é construído inteiramente de gelo todo ano. Cada quarto é uma exposição de arte esculpida em gelo. Até as camas são blocos de gelo, embora sejam cobertas com peles de rena. Quando o verão chega e o hotel derrete, os visitantes que quiserem podem se hospedar em quartos mantidos congelados por freezers.
Um edifício de gelo ainda mais grandioso foi planejado pelo presidente excêntrico do Turcomenistão, Saparmurat Niyazov. Ele ordenou a construção de um palácio de gelo perto de sua capital, mas, como a temperatura média por lá não é tão baixa como no Círculo Polar Ártico, o projeto foi mais desafiador – e impressionante.
2 – Garrafa de cerveja
O Wat Pa Maha Chedi Kaew é um templo na Tailândia construído a partir de um milhão de garrafas de vidro de cerveja. Mosaicos decorativos foram construídos a partir de tampas das garrafas. A mistura de marrom e verde permitiu a incorporação de padrões decorativos. Como as paredes são de vidro colorido, uma bela luz difusa se espalha por todos os edifícios. Os monges que construíram o templo quiseram destacar a natureza do desperdício de consumo e a possibilidade de recuperar a beleza a partir do lixo. Já que o vidro é muito frágil para compor uma estrutura completa, o templo tem um núcleo de concreto para suportar seu peso.
3 – Aviões convertidos


Há muitas casas feitas de estruturas recuperadas, como torres de água, vagões de trens, etc. A mais impressionante de todas, talvez pela escala, são as casas construídas dentro de aviões convertidos. Como aviões são construídos para aguentarem condições extremas, fazem edifícios surpreendentemente bons. Seu exterior é forte e resistente (inclusive a clima adverso) e seu interior é espaçoso (depois de retirados os assentos e compartimentos de armazenamento, é claro). Outro fator a seu favor é o baixo custo de comprar um avião de passageiros aposentado.
Como um avião aposentado não tem valor exceto como sucata de metal, eles podem ser vendidos a preços bastante razoáveis. Por causa de tantas vantagens, já existem várias empresas especializadas em converter aviões em casas. Talvez elas não sejam tão incomuns no futuro quanto parecem agora.
4 – Pneus
Milhões de pneus são jogados fora todos os anos. Eles são, em muitos aspectos, um material de construção perfeito. São tão resistentes quanto abundantes, e podem ser utilizados como um sistema de empilhamento para formar paredes. É claro que precisam de algo embalado dentro deles para a estabilidade, mas há casas que foram feitas a partir de pneus cheios de argila, empilhados como tijolos.
Borracha, sendo altamente isolante, permite que fique barato aquecer ou refrescar um edifício construído desse material. Para aqueles preocupados com incêndios, é possível evitar esse risco revestindo a borracha com argamassa ou concreto.
5 – Madeira petrificada


A madeira é um dos materiais mais antigos de construção conhecidos. Forte, flexível, renovável e barato, foi o material preferido de nossos antepassados. Para quem quer ser tradicional, mas não perder em resistência, há uma possibilidade: madeira petrificada, de árvores que morreram há milhares de anos e foram fossilizadas.
A cidade de Glen Rose, no Texas (EUA), passou por um frenesi de construção de edifícios a partir de madeira petrificada em 1920, quando um grande número de árvores petrificadas foram descobertas.
6 – Garrafas plásticas
Reciclagem de materiais torna-se cada vez mais popular conforme os recursos se tornam escassos. Edifícios feitos a partir de garrafas de plástico, por exemplo, estão sendo cada vez mais adotados por conta de seu custo extremamente baixo e sua capacidade de atuar como material de isolamento.
O ar é um bom isolante, assim garrafas seladas de ar tendem a manter o calor dentro ou fora da casa, como desejado. Como o plástico resiste à biodegradação, edifícios construídos com esse material são duradouros.
Muitas casas de baixo custo em países mais pobres são feitas de metal corrugado, mas sua única fonte de luz é deixar uma porta aberta. Para trazer luz para estas casas, um esquema chamado “litro de luz” é usado. Um buraco é feito no telhado, no qual uma garrafa de plástico é inserida para permitir que a luz solar irradie e ilumine o interior da casa, especialmente as de pessoas que não podem pagar por eletricidade.
7 – Jornal
Em 1922, Elis Stenman começou a construir uma casa de jornal. A casa inteira, salvo sua base de madeira, é feita de jornais laminados e envernizados. Papel oferece excelente isolamento, e o verniz evita que a propriedade entre em colapso como uma pilha de mingau. Assim como as paredes, o mobiliário da casa é feito de papéis doados. O propósito de Elis ao criar tal construção foi destacar o desperdício de nossa sociedade com relação ao que nós descartamos.
8 – Ossos de mamute
Seria incrivelmente caro replicar uma construção feita a partir de ossos de mamute, já que a fonte do material está extinta. Nossos antepassados, porém, tinham uma oferta abundante de ossos de mamute no final do Pleistoceno. Os ossos eram usados para criar paredes revestidas com lama e, provavelmente, couro vindo dos mesmos animais. Tudo o que nos resta hoje destas construções são os ossos que as formavam, mas é provável que se assemelhassem a tendas, com uma forma cônica e um buraco no telhado para deixar escapar a fumaça do fogo usado para aquecê-las.
9 – Sal
Sal já foi tão raro na Europa que era usado para pagar os salários dos soldados (daí que veio a palavra “salário”). Na Bolívia, existem enormes salinas que podem ser usadas para construir casas. Uma casa de sal na Europa seria um desastre, já que ele é solúvel e a primeira chuva lavaria suas paredes até sua não existência. Mas, nos desertos elevados e secos com salinas, não existe tal perigo.
No sudoeste da Bolívia existe um hotel feito de sal, muito parecido com o hotel de gelo mencionado anteriormente, já que é inteiramente construído a partir de blocos de sal, mesmo seu interior e mobiliário.
10 – Espiga de milho

Este edifício é apenas um protótipo. Sua construção é, basicamente, uma estrutura de madeira cheia de espigas de milho secas. O objetivo dos seus idealizadores é produzir uma casa barata e amiga do meio ambiente, mas os arquitetos ainda têm que encontrar uma maneira de manter a chuva e o vento para fora da casa. O principal benefício deste edifício é que ele é feito a partir de fontes totalmente renováveis. 

revoada.net
08
Set16

CONSTRUÇÕES FORA DO COMUM ESPALHADAS PELO MUNDO

António Garrochinho
Construções que parecem no minimo bizarras e sem objetivos e prédios muito modernos e belos que serão encontrados nessa pequena listagem.

Veja agora alguns edifícios famosos e desconhecidos que possuem formatos bem inusitados, fora do normal, realmente muito estranhos.


1 – Melting Building, França

Esse icônico prédio em Paris é muito famoso por possuir formas muito estranha e que da uma visão de estar derretendo. A ilusão de óptica ocorre graças aos desenhos impressos na própria construção e que conferem um visual bizarro ao lugar, ainda mais quando visto mais de longe.

2 – Kunsthaus Graz, Áustria

A obra do arquitetônico Peter Cook, é um museu de arte moderna localizado na cidade de Graz, na Áustria, e apesar de estar ao redor de construções antigas, e pelo seu visual inusitado, foi muito bem recebido pela população local, por ser uma edificação com baixo impacto ambiental, sendo agora um grande referencial em termos de arquitetura sustentável.

3 – WonderWorks em Pigion Force, Estados Unidos

O WonderWokrs é uma rede de entretenimento com foco em tecnologias modernas e ciências, com exibições relacionadas á Matemática, Física e ao universo. Sendo as construções bastantes fora do normal, normalmente invertidas e um tanto bizarras, a sede do WonderWorks impressionam a todos. A sede de Pigion Force, No Tennessee, foi eleita com uma das mais interessantes.

4 – Pensacola, Flórida

Um cara aficionado por alienígenas e OVNIs resolveu construir sobre o seu teto uma estática nave espacial, a construção também é um centro científico ou algo do gênero.

5 – Shoe House, Pennsylvania

Por que não morar dentro de um sapato gigante? Nos Estados Unidos, no Estado de Pennsylvania, é lá que essa curiosa construção em formato de sapato está localizada.

6 – Hundertwasser Building, Áustria

Um dos mais famosos arquitetos da Áustria, Friedensreich Hundertwasser, foi o autor dessa construção impressionante, esse prédio multicolorido e de janelas bem diferentes se tornou um ícone em Viena.

7 – Estádio Olímpico de Montreal, Canadá

Depois de ser a moradia dos Jogos Olímpicos de Verão de 1976, o Estádio Olímpico de Montreal foi contruído em 1973, trazendo ares bem futuristas para a cidade na época.

8 – Nationale-Nederlanden, Praga

Foi construído pelos arquitetos Vlado Milunic e Frank Genry, o Nationale-Nederlanden não foi muito aceito quando foi construído, pois as edificações ao seu redor são todas clássicas ou góticas, ela também é conhecida como Dancing House, os dois prédios caíram no gosto do público.

9 – Selfridges Department Store, Birmingham

Conhecidas pelas suas arquiteturas peculiares, as Selfridges são enormes lojas de departamento espalhadas por todo o Reino Unido. Com um desenho bastante moderno e coberta por cerca de 15 mil discos de alumínio, a sede de Birdmingham é uma das mais famosas da rede.

10 – Kubuswoning, Holanda

formato pouco convencional inclinado é o que chama a atenção de todos, os residenciais dessas casas garantem que as casas são bem estáveis e que não causam enjoo ao andar por elas. É um conjunto residencial em Rotterdam, na Holanda.

11 – Basket Building, Ohio

Umas das sedes da empresa Longaberger Company, em Ohio, nos Estados Unidos, é um edifício em formato de cesta. Agora eu te pergunto, qual o produto que a Longaberger company mais produz? Correto, cestas de todos os tamanhos, gostos, entre muitos outros acessórios e produtos do gênero.

12 – Casa Batló, Barcelona

O local ficou conhecido como Casa dos Ossos, depois que o Arquiteto Gaudí no ano de 1904, acrescentou seu toque com as conhecidas ondulações do lugar, o edifício foi construído entre os anos de 1875 e 1877, em Barcelona, na Espanha.

13 – Projeto Éden, Reino Unido

Essas estufas gigantescas abrigam plantas de todos os cantos do mundo, capazes de gerar biomas artificiais bastante reais, por isso é chamado de Projeto Éden. As grandes cúpulas são compostas por células hexagonais e pentagonais, edificadas por estruturas de aço. Entre os biomas artificias do complexo fora do normal, podemos encontrar bolhas que simulam ambientes tropicais ou mediterrâneos.

14 – Edifício da Televisão Fuji, Tóquio

Uma das maiores Rede de Televisão do Japão a Fuji possui uma sede bastante diferente. Os dois edifícios que se unem por passarelas e corredores gigantes conferem um ao bastante inovador – Junto com aenorme esfera entrelaçada em meio aos prédios.

15 – Kansas City Library, Estados Unidos

Para quem ama ler livros, ira adorar a Biblioteca do Kansas, possui o formato de vários livros volumosos gigantescos do lado externo, com diferentes nomes de títulos famosos nas duas fachadas. Uma ideia inovadora de incentivar os leitores, não acha?

mundolouco.net
08
Set16

Construções Sinistras Antigas e Intrigantes

António Garrochinho
Mesmo quem não é religioso há de concordar que a crença em uma força superior, um Deus ou deuses, tem desempenhado um papel central na história da humanidade desde seu início até agora. Por isso, não é de se surpreender que algumas das estruturas mais monumentais de todos os tempos tenham tido funções religiosas.
Hoje em dia, tudo o que resta de muitas dessas construções são apenas ruínas. Outras edificações – como por exemplo o imponente Pantheon em Roma, Itália – foram construídas para deuses em quem a sociedade atual não mais acredita. Em todo o caso, confira a lista dos 10 maiores monumentos religiosos que ainda podem ser visitados:
1 – O COMPLEXO DO TEMPO DE KARNAK (EGITO)


Ok, todos nós sabemos que o apogeu do Egito Antigo ocorreu um bom tempo atrás, mas o início da construção desse complexo impressiona: século 14 a.C. – ou seja, há mais de 3 mil anos. O faraó Ramsés II foi quem ordenou a edificação dos templos de Karnak, que agora reúnem milhões de turistas na região da cidade de Luxor, ao lado do Rio Nilo. Considerado um dos maiores monumentos religiosos do mundo atual, o Templo de Karnak é composto por vários santuários esculpidos em rochas. O grande templo de Amon-Rá é a maior atração do complexo.
E se, a julgar pela fotografia, você achou o local um tanto familiar mesmo sem ter nunca chegado perto do Egito, há uma explicação. O Complexo do Templio de Karnak é um dos lugares mais procurados por diretores de cinema de Hollywood para rodar filmes sobre o assunto. O último da vez foi “Transformers: A Vingança dos Derrotados”.
2 – PEDRAS DE CALLANISH (REINO UNIDO)

As pedras de Callanish, localizadas na ilha de Lewis, a 468 quilômetros ao norte de Glasgow, Escócia, datam de cerca de 2.900 anos a.C. – ou seja, são ainda mais antigas que nosso número 1 na lista. O local foi construído aproximadamente na mesma época que outro lugar semelhante (e com certeza mais conhecido): Stonehenge. A grande diferença entre os dois está exatamente na fama. Enquanto Stonehenge é mundialmente famoso – e sempre lotado de turistas -, as pedras de Callanish ainda preservam a tranquilidade e a atmosfera do campo desabitado, como era no princípio.
Reza a lenda que as pedras são na verdade gigantes de origem celta que habitavam a região. Quando São Kieran chegou lá e os nativos se recusaram a ser convertidos ao cristianismo, o santo os transformou todos em pedra.
3 – ZIGURATE DE UR (IRAQUE)

Primeiro de tudo, “zigurate” é uma torre gigantesca, semelhante à de Babel, descrita pela Bíblia. Acredita-se que a de Ur, localizada no atual país Iraque, seja parecida com as descritas na mais antiga história escrita que possuímos hoje em dia: a Epopeia de Gilgamesh. Lá, o rei de Uruk, chamado justamente Gilgamesh, se orgulha dos templos poderosos por ele construídos. A epopeia data pelo menos do segundo milênio antes de Cristo.
O Zigurate de Ur, o primeiro construído na Idade do Bronze e reconstruído várias vezes desde então, é uma grande pirâmide achatada edificada para homenagear o deus Nanna. A estrutura visível hoje foi fortemente reparada por Saddam Hussein, embora possam ser notados pequenos danos sofridos ainda na primeira guerra do Golfo. Mesmo que o local ainda atraia poucos turistas, o zigurate certamente é uma das maiores maravilhas do mundo antigo ainda visível.
4 – AS PIRÂMIDES DE TEOTIHUACAN (MÉXICO)


Muito mistério envolve a cidade de Teotihuacan (que já foi uma das grandes maiores do mundo na sua época, cerca de 450 a.C.) e as pirâmides que lá se localizam. Não há um consenso sequer quanto ao povo que construiu e ocupou a região. O que se sabe é que a cidade e principalmente a região das pirâmides era muito importante e movimentada.
Duas grandes pirâmides, a do Sol e a da Lua, dominavam a cidade. Imagina-se que do alto dessas edificações eram organizados sacrifícios tanto humanos quanto animais. A grande “Avenida dos Mortos”, ainda hoje visível a quem deseja visitar o lugar, ligava as duas pirâmides, e depois seguia em direção ao templo de Quetzalcoatl. Indícios encontrados por estudiosos sugerem que a rua era utilizada em grandes festas religiosas, muitas delas relacionadas à morte – daí o nome pela qual ficou conhecida.
5 – DELFOS (GRÉCIA)


A cidade de Delfos teve um papel simbólico muito importante no mundo ocidental. Apesar de atualmente parecer menos monumental que os outros números da lista, o local outrora foi o centro do culto a Apolo (deus da luz, da música, entre outros) e respeitado por todas as cidades-estados gregas como um lugar sagrado. O complexo do templo, que incluía santuários e até estádios, agora se encontra em ruínas nas encostas do Monte Parnaso, mas continua sendo um ponto de encontro importante.
No passado, nenhuma questão importante do Estado poderia ser resolvida sem antes ser consultada a opinião do conselho do Oráculos de Delfos. Na hora de tomar grandes decisões, uma sacerdotisa conhecida como pítia, ou pitonisa, sentava-se acima de uma fenda na rocha sob o templo e inalava o que acreditavam ser “vapores divinos” (que na realidade eram apenas gases vulcânicos). A pítia então entrava como que em estado de transe provocado pelos gases e dizia palavras aleatórias e sem sentido – o “discurso do Apolo”. Os sacerdotes em seguida deviam interpretar os dizeres incompreensíveis aos demais. Hoje em dia, infelizmente não são emitidos mais gases sob o templo.
6 – BOROBUDUR (INDONÉSIA)


Esse monumento está em perigo. A estrutura budista datada do oitavo século (agora sim, depois de Cristo), que estava perdida na selva até meados do século 19, está numa área de risco de vulcões. A erupção mais recente, em 2010, cobriu o local com uma fina camada de cinzas, mas ninguém pode prever a intensidade do próximo acontecimento.
Enquanto continua firme e forte, Borobudur é composta de 56 mil metros cúbicos de pedra, arranjadas em seis plataformas quadradas. Existem 500 estátuas de Buda para oração. Os seis níveis formados por essas plataformas criam um caminho que deve ser seguido para se chegar ao topo. Mas a tarefa não é nada fácil: é preciso percorrer uma distância de mais de três quilômetros. No entanto, o caminho ainda oferece uma distração. Imagens sobre a lei do Karma e sobre a história da vida de Buda acompanham os aventureiros.
7 – AS CAVERNAS DE AJANTA (ÍNDIA)



Outra maravilha que ficou esquecida durante séculos. Contruída entre 200 a.C. e 600 d.C., as caverna foram redescobertas apenas em 1819 por um oficial britânico, John Smith, enquanto caçava tigres. Você ainda pode ver seu nome e a data da descoberta escritos a lápis nas paredes do local.
Foram escavadas 29 cavernas, algumas delas ricamente decoradas com belas esculturas e pinturas, consideradas obras-primas da Índia Antiga. Como parecia ser comum na época, a maior parte destes frescos contam a história da vida de Buda, enquanto outros oferecem uma visão clara sobre a vida dos povos antigos que habitavam a região na época em que as cavernas foram esculpidas.
8 – O PANTHEON (ROMA, ITÁLIA)


Localizado bem no centro da cidade, o Pantheon (que significa “todos os deuses”) é um dos mais bem preservados edifícios romanos. Originalmente construído com o intuito de prestar homenagens aos diversos deuses da Era Romana, o Pantheon foi convertido à Igreja Cristã no século 7. A estrutura atual é praticamente a mesma projetada pelo imperador Adriano no remoto ano de 126 a.C.
A fachada do edifício é um pórtico romano clássico, apoiado por colunas. A diferença do Pantheon é o seu interior. Além do seu formato arredondado, ele possui um buraco circular – o óculo – no meio de sua maior cúpula. A inovação foi planejada e posta em prática pelos próprios romanos antigos. O óculo foi pensado para ser a única fonte de luz, numa alegoria elegante a Deus. Em nenhum momento a luz toca o chão no interior da construção. A mensagem é que tudo o que nós podemos conhecer de Deus se dá por meios indiretos.
9 – O HIPOGEU (MALTA)

O Hipogeu, um monumento funerário subterrâneo característico do período pré-cristão, começou a ser construído no remotíssimo ano de 3500 a.C., aproximadamente. Trata-se do único exemplo de um templo pré-histórico a ser construído no subsolo. O espaço tem sido utilizado de diversas formas pelos diferentes povos que o ocuparam durante a sua história.
Atualmente, o Hipogeu é uma mistura de cavernas naturais e escavações. As paredes são suavemente esculpidas e têm reflexos de estruturas encontradas em outros lugares acima do solo em Malta. Uma curiosa câmara dentro do complexo possui um nicho arredondado esculpido na parede, permitindo que qualquer coisa falada dentro dela ecoe por todo o Hipogeu. Se você ficou com vontade de conhecer o local, precisa de paciência e uma pitada de sorte. Devido à preservação das pinturas no teto e da estrutura muito antiga em si, apenas 80 pessoas são admitidas por dia.
10 – GÖBEKLI TEPE (TURQUIA)

Se você achou o nosso número 9 antigo, o Göbekli Tepe (cuja tradução do turco para o português seria algo estranho como “montanha com umbigo”) é pré-histórico. Trata-se da mais antiga estrutura artificial já descoberta. O sítio arqueológico é composto por vinte estruturas circulares espalhadas por uma colina. O que resta hoje são pilares de pedra calcária decorados com desenhos abstratos de animais. Até agora, já foram encontradas representações de cobras, escorpiões, pássaros, javalis, raposas e leões.
Devido à remota idade do local – décimo milênio antes de Cristo! -, não foi ainda possível precisar se os monumentos em questão têm alguma natureza religiosa, apesar das evidências indicarem que sim. Caso se confirme que este foi um templo, então não há dúvidas de que Göbekli Tepe foi um dos primeiros locais dedicados à religião já feito pelos humanos.


Fonte: [Listverse]
apocalink.com.br
08
Set16

PROVADIA - DIZEM QUE É A CIDADE MAIS ANTIGA DA EUROPA

António Garrochinho

Arqueologia

Arqueólogos descobrem cidade mais antiga da Europa

SEGUNDO OS PESQUISADORES, A CONSTRUÇÃO NA BULGÁRIA, PERTO DA CIDADE DE PROVADIA, PODE SER DO ANO 4.700 A.C. E ERA DEDICADA À PRODUÇÃO DE SAL

assentamento

No assentamento, os pesquisadores encontraram casas de dois andares, uma necrópole, um centro religioso e estufas de produção de sal (AFP)
Arqueólogos anunciaram a descoberta da cidade pré-histórica mais antiga da Europa, localizada no leste da Bulgária. No local, foram encontrados indícios de uma arcaica produção de sal, que teria sido responsável pela riqueza descoberta em meio às ruinas.


Escavações realizadas em um sítio arqueológico próximo à cidade moderna de Provadia, na Bulgária, revelaram diversos vestígios de um assentamento antigo. Foram encontradas casas de dois pavimentos, uma série de buracos no chão usados em rituais, pedaços de portão, estruturas de uma fortaleza e três muros de fortificação posteriores. 

Datações de carbono mostraram que as estruturas são de um período que vai de 4.700 e 4.200 anos a.C. "Não estamos falando de uma cidade como as cidades-estado gregas, assentamentos romanos ou medievais, mas de uma cidade do quinto milênio antes de Cristo", afirmou Vasil Nikolov, arqueólogo do Instituto Nacional de Arqueologia da Bulgária responsável pela descoberta.


Nikolov e sua equipe trabalham desde 2005 em escavações no local, que ficou conhecido como o assentamento Provadia-Solnitsata. Segundo o pesquisador, a cidade comportava cerca de 350 pessoas, era bem fortificada e possuía um centro religioso e um grande centro de produção de sal — um dos bens mais valiosos na época.


Fábrica de sal — A área ao redor da cidade possui um dos mais ricos depósitos de sal rochoso de todo o sul da Europa. Ainda hoje, o sal é extraído na região, mas há 7.000 anos seu valor era muito maior. "O sal foi uma commodityextremamente valorizada em épocas antigas. Ele era necessário tanto para a vida das pessoas quanto para o comércio, pois serviu de moeda desde o sexto milênio a.C. até o ano 600 a.C.", diz Nikolov.

A extração de sal no local teria começado no ano 5.500 a.C., quando os habitantes locais começaram a ferver água salgada de uma fonte local em estufas encontradas no assentamento. "Esta é a primeira vez que os arqueólogos encontraram no sul da Europa traços de produção de sal de uma época tão remota, e conseguiram prová-la com dados arqueológicos e científicos", afirma o arqueólogo Krum Bachvarov, que também participou das escavações.

Segundo os pesquisadores, a produção cresceu de forma permanente a partir de 5.500 a.C., quando uma carga das estufas da cidade rendia cerca de 25 quilos de sal seco. Por volta de 4.700 a 4.500 a.C., este volume tinha aumentado para 4.000 a 5.000 quilos de sal. "Em uma época em que o sal era tão precioso quanto o ouro, é possível imaginar quanto isso valia", afirma Nikolov. O comércio do produto teria dado à população local grande poder econômico, o que poderia explicar os artefatos de ouro encontrados nas sepulturas locais.


PROVADIA

O assentamento antigo descoberto pelos pesquisadores fica perto da cidade moderna de Provadia, no leste da Bulgária. A região possui um dos mais ricos depósitos de sal rochoso de todo o sul da Europa.
(Com Agência France-Presse)

FONTE: Revista Veja.com
http://exploradordosertao.blogspot.pt/










PROVADIA A CIDADE JUNTO AOA ACHADO ARQUEOLÓGICO

imagens recolhidas na net por António Garrochinho
08
Set16

PRODAVIA - DIZEM QUE É A CIDADE MAIS ANTIGA DA EUROPA

António Garrochinho

Arqueologia

Arqueólogos descobrem cidade mais antiga da Europa

SEGUNDO OS PESQUISADORES, A CONSTRUÇÃO NA BULGÁRIA, PERTO DA CIDADE DE PROVADIA, PODE SER DO ANO 4.700 A.C. E ERA DEDICADA À PRODUÇÃO DE SAL

assentamento

No assentamento, os pesquisadores encontraram casas de dois andares, uma necrópole, um centro religioso e estufas de produção de sal (AFP)
Arqueólogos anunciaram a descoberta da cidade pré-histórica mais antiga da Europa, localizada no leste da Bulgária. No local, foram encontrados indícios de uma arcaica produção de sal, que teria sido responsável pela riqueza descoberta em meio às ruinas.


Escavações realizadas em um sítio arqueológico próximo à cidade moderna de Provadia, na Bulgária, revelaram diversos vestígios de um assentamento antigo. Foram encontradas casas de dois pavimentos, uma série de buracos no chão usados em rituais, pedaços de portão, estruturas de uma fortaleza e três muros de fortificação posteriores. 

Datações de carbono mostraram que as estruturas são de um período que vai de 4.700 e 4.200 anos a.C. "Não estamos falando de uma cidade como as cidades-estado gregas, assentamentos romanos ou medievais, mas de uma cidade do quinto milênio antes de Cristo", afirmou Vasil Nikolov, arqueólogo do Instituto Nacional de Arqueologia da Bulgária responsável pela descoberta.


Nikolov e sua equipe trabalham desde 2005 em escavações no local, que ficou conhecido como o assentamento Provadia-Solnitsata. Segundo o pesquisador, a cidade comportava cerca de 350 pessoas, era bem fortificada e possuía um centro religioso e um grande centro de produção de sal — um dos bens mais valiosos na época.


Fábrica de sal — A área ao redor da cidade possui um dos mais ricos depósitos de sal rochoso de todo o sul da Europa. Ainda hoje, o sal é extraído na região, mas há 7.000 anos seu valor era muito maior. "O sal foi uma commodityextremamente valorizada em épocas antigas. Ele era necessário tanto para a vida das pessoas quanto para o comércio, pois serviu de moeda desde o sexto milênio a.C. até o ano 600 a.C.", diz Nikolov.

A extração de sal no local teria começado no ano 5.500 a.C., quando os habitantes locais começaram a ferver água salgada de uma fonte local em estufas encontradas no assentamento. "Esta é a primeira vez que os arqueólogos encontraram no sul da Europa traços de produção de sal de uma época tão remota, e conseguiram prová-la com dados arqueológicos e científicos", afirma o arqueólogo Krum Bachvarov, que também participou das escavações.

Segundo os pesquisadores, a produção cresceu de forma permanente a partir de 5.500 a.C., quando uma carga das estufas da cidade rendia cerca de 25 quilos de sal seco. Por volta de 4.700 a 4.500 a.C., este volume tinha aumentado para 4.000 a 5.000 quilos de sal. "Em uma época em que o sal era tão precioso quanto o ouro, é possível imaginar quanto isso valia", afirma Nikolov. O comércio do produto teria dado à população local grande poder econômico, o que poderia explicar os artefatos de ouro encontrados nas sepulturas locais.


PROVADIA

O assentamento antigo descoberto pelos pesquisadores fica perto da cidade moderna de Provadia, no leste da Bulgária. A região possui um dos mais ricos depósitos de sal rochoso de todo o sul da Europa.
(Com Agência France-Presse)

FONTE: Revista Veja.com
http://exploradordosertao.blogspot.pt/









PRODAVIA A CIDADE JUNTO AOA ACHADO ARQUEOLÓGICO

imagens recolhidas na net por António Garrochinho
08
Set16

As 10 construções mais antigas do mundo

António Garrochinho



O Túmulo do Rei – Suécia
predios mais antigos tumulo do rei
Construído durante a Era do Bronze Nórdica, por volta de 3 mil anos atrás. Era um túmulo para duas pessoas era maior do que o comum para a época.

Naveta des Tudons – Espanha
predios mais antigos Naveta des Tudons
Esta tumba foi construída há mais de 3.200 anos e descoberta em 1975. Lá foram encontrados os restos mortais de mais de 100 homens e seus pertences mais valiosos, como braceletes de bronze e botões de cerâmica.

Tesouro de Atreus – Grécia
predios mais antigos Treasury of Atreus
Este monumento funerário foi construído há cerca de 3,250 anos, durante a Idade do Bronze e por mais de mil anos ele possuía a maior e mais alta cúpula da Grécia. Este título perdurou até a compleição do Panteão.

Caral – Peru
predios mais antigos caral
A mais velha cidade conhecida das Américas foi construída há mais de 4.600 anos. Durante aquela época foi convertida a cidade-estado, rodeada por outras civilizações reunidas ainda no que se denomina "sociedades aldeãs".

Pirâmide de Djoser – Egito
predios mais antigos Pyramid of Djoser
Construída para abrigar os restos mortais do faraó Djoser, a pirâmide de 4.700 anos de idade é o primeiro (que se tem conhecimento) edifício monumental em pedra do mundo. Conhecida como a pirâmide de degraus de Saqqara (cidade dos mortos, na margem esquerda do Nilo), tendo sido idealizada pelo arquiteto Imhotep (lembrou de algum filme?).

Hulbjerg Jættestue – Dinamarca
predios mais antigos Hulbjerg Jættestue
Este túmulo continha cerca de 40 corpos quando foi descoberto e em um deles foi descoberto um dos primeiros trabalhos em odontologia que se tem notícia. A construção tem cerca de 5 mil anos.

Newgrange – Irlanda
predios mais antigos newgrange
Esta tumba é um dos mais famosos sítios pré-históricos do mundo e foi construído de modo que, ao nascer do sol do dia mais curto do ano (solstício de inverno), um fino raio de sol ilumina por pouco tempo o piso da câmara no final de um longo corredor. Construída há cerca de 5.100 anos, lá foram encontrados restos humanos cremados de cinco indivíduos.

Monte d'Accoddi – Itália
predios mais antigos Monte d Accoddi
Descoberto em 1954, esta construção tem entre 4.800 e 5.200 anos e era usado como altar ou templo.

Elevado de Howar – Escócia
predios mais antigos Knap of Howar
A casa de pedra mais antiga da Europa está de pé há cerca de 5.500 anos. Fazia parte de uma chácara.

Templos megalíticos de Malta
predios mais antigos Megalithic Temples of Malta
O conjunto de sete templos presentes no arquipélago de Malta são uma prova da evolução cultural da população local. Todos foram usados como templos religiosos e são os mais antigos do mundo, construídos há cerca de 5.5oo anos. Curiosamente, após o ano de 2.500 AC a cultura de construir templos dos maltas desapareceu.



Fontes: Buzzfeed e Wikipédia
www.pipocadebits.com
08
Set16

Incêndios de Monchique: o “filme” dos acontecimentos

António Garrochinho



Bombeiros no Incêndio em Monchique – foto: Nelson Inácio
Às 14h33 de sábado, dia 3 de Setembro, começou o primeiro fogo, na zona de Alte, concelho de Loulé. Depois, seguiram-se mais «três ocorrências na linha entre Silves, Portimão e Monchique». Na realidade, além destas quatro ignições mais significativas, na tarde de sábado «houve muitas mais, algumas delas resolvidas logo por populares», outras que exigiram a intervenção das equipas de sapadores e dos bombeiros.
O incêndio mais difícil de debelar acabou por ser o que começou na encosta norte da Serra de Monchique, abaixo da Fóia, e que passou para a encosta sul, chegando a fazer temer que só parasse no mar.
No total, arderam 403 hectares em 26 horas, dos quais 381 na zona da Fóia e 22 na de Porto de Lagos/Odelouca.
Esta foi, em resumo, a situação que se viveu no passado fim de semana, segundo o ponto de situação operacional do Dispositivo Especial de Combate a. Incêndios Florestais (DECIF) feito, esta manhã, na reunião semanal do CDOS que teve lugar na Fóia (Monchique).
Richard Marques, comandante dos Bombeiros Voluntários de Portimão e que foi também o comandante operacional neste teatro de operações da serra de Monchique, recordou que o primeiro foco de incêndio surgiu às 14h33, perto de Alte, para onde foram de imediato enviados 64 operacionais, 17 meios e dois helicópteros de ataque inicial.
O chefe da Brigada de Heli reportou, às 14h54, que «o incêndio já tem alguma dimensão e encontra-se num vale encaixado». Graças à pronta intervenção, este fogo foi dado como dominado às 15h16.
Às 16h27, começou o fogo na zona de Porto de Lagos e de Odelouca, que chegou a ter três frentes separadas. Às 16h35, quando os primeiros meios chegaram ao local, foi comunicado que o fogo tinha «duas frentes ativas a lavrar com intensidade em direção ao Aterro Sanitário e outra (que dista 600 metros) a lavrar em direção a Odelouca».
Para aqui foram enviados 138 operacionais, 48 meios técnicos e um helicóptero, meios mais tarde reforçados. O fogo foi declarado dominado às 21h08.



Avião médio a operar no incêndio de Monchique – foto: Nelson Inácio

Mas entretanto, às 16h42, já tinha começado outro fogo, a curta distância, nas Caldas de Monchique. Este foco foi detetado pelo chefe da Brigada do Barlavento ao deslocar-se para o incêndio do Porto de Lagos, que comunicou uma situação de «acessos difíceis» e pediu o envio de «mais meios». Este fogo acabou por ser dominado às 17h50.
Na zona da Fóia, o fogo começou às 17h08 de sábado e só foi dominado no dia seguinte, pelas 19h40. Foram cerca de 26 horas a consumir uma vasta zona onde predomina o eucalipto, com mato, zonas incultas e muitas casas dispersas pelo meio.
Começou com dois focos junto à estação de radar da Fóia e outro junto à barragem. Foi aqui que um incendiário foi detido em flagrante, quando deitava fogo a um montinho de estevas. Foi apanhado por dois agentes da GNR, um casal que estava de folga e que reparou nas movimentações estranhas do homem.
Se o incendiário não tem sido apanhado ali, quem sabe quantos outros incêndios ele teria ainda ateado pela serra fora. É que as autoridades estão convencidas que toda esta sequência de fogos, desde Alte à Fóia, foi causada pelo mesmo indivíduo, um homem de 49 anos, casado, pai de um filho, barman de profissão, morador em Loulé, que alegou problemas psiquiátricos quando foi ouvido em tribunal na segunda-feira, e que ficou em prisão preventiva. O suspeito terá alegado, durante o interrogatório judicial no Tribunal de Portimão, não se lembrar de ter ateado mais nenhum fogo senão o da Fóia, pelo qual foi apanhado, mas o modus operandi usado nos restantes focos era semelhante.
Durante a madrugada de domingo, apesar de o incêndio da Fóia ser já dado como dominado, «houve projeções, houve mais problemas», um ao início da madrugada, outro às 4h00 da manhã, admitiu ainda o comandante Richard Marques, durante o resumo que apresentou.
Este incêndio, que acabou por consumir 381 hectares, foi o que mais preocupou o comando operacional, tendo sido utilizados, para o combater, segundo revelou Richard Marques, 626 operacionais (no pico estiveram no terreno 411), 200 meios técnicos e nove aeronaves, das quais dois aviões bombardeiros médios e três aviões bombardeiros pesados.



O comandante Richard Marques durante o briefing semanal do CDOS, na Fóia (Monchique) – foto: Elisabete Rodrigues
Aquele responsável salientou também a importância da intervenção das máquinas de rasto, na sua maioria propriedade das Câmaras Municipais mas também cedidas por privados, e que se revelaram fundamentais para abrir acessos para que os meios dos bombeiros pudessem passar ou para travar a progressão das chamas em algumas zona. Em encostas com muitas pedras soltas e grandes declives, os operadores dessas máquinas viveram situações de «muito perigo».
Os meios humanos dos bombeiros do Algarve foram ainda reforçados por grupos vindos de Beja, Évora, Lisboa e Sul (Setúbal) e por cinco pelotões militares, que ainda estão na serra, a participar nas operações de rescaldo e consolidação, que hoje deverão ficar concluídas.
Aquele responsável salientou que «a operação está ainda em curso, em fase de vigilância».
E recordou que, em toda a sua vida de bombeiro nunca tinha assistido a uma situação em que, em vez de diminuir durante a noite, a temperatura até tivesse aumentado, enquanto a humidade do ar se mantinha muito baixa.
«Esperávamos, durante o período noturno, poder ter um aumento da humidade do ar, mas isso não veio a acontecer, a humidade estava em 15%, enquanto tínhamos a mesma temperatura do ar que às 15h00». Por outro lado, recordou Richard Marques, «apesar de o vento ser fraco, as brisas de montanha foram empurrando o incêndio. Tínhamos a mesma carga térmica de madrugada que se sente às 3 da tarde».
O objetivo da estratégia traçada pelo comando operacional foi impedir que o fogo «passasse para Oeste da estrada das eólicas e para sul da estrada Casais/Marmelete». Se tal tivesse acontecido, garantiu o comandante Abel Gomes, também presente no briefing, «só parava em Aljezur ou no mar, porque daqui até lá são quilómetros e quilómetros de povoamentos florestais contínuos». E, de facto, «o incêndio foi agarrado junta à estrada Casais/Marmelete».
A prioridade, recordou Richard Marques, foi «a salvaguarda das pessoas e a proteção das habitações». Houve duas situações em que, «por medida preventiva» duas pessoas foram retiradas das suas casas, uma com mobilidade reduzida e outra acamada, deslocadas para casa de familiares.




Casa no Barranco do Silvestre – uma das muitas que esteve rodeada de chamas, mas foi protegida pelos bombeiros – Foto: Elisabete Rodrigues

Como se pode ver na zona da Fonte das Bicas ou no Barranco do Silvestre, onde há casas dispersas, na sua maioria propriedade de residentes estrangeiros, o fogo consumiu tudo à volta das habitações, às vezes chegando a afetar os jardins.
O cenário é agora de um imenso mar de cinzas e troncos negros, com casas brancas e piscinas azuis a reluzir lá no meio. Mas, para um incêndio que se chegou a recear que ficasse descontrolado, o resultado final poderia ter sido, afinal, bem pior…
Vaz Pinto, comandante operacional distrital do Algarve, que presidiu à reunião, resumiu que se tratou de uma operação numa «área de elevado perigo, com muitas habitações dispersas, com acessos muito difíceis, até para as máquinas de rastos».
«Ainda bem que o incêndio foi contido tão rapidamente», disse, para admitir de seguida que «eu própria tive dúvidas de que o conseguíssemos».
Farto de ver estes incêndios acontecer e destruir em horas o trabalho de uma vida, Rui André, presidente da Câmara de Monchique anunciou que está a ser preparado um Plano Florestal Municipal, «com normas e regras claras».


Tudo reduzido a cinzas na Fonte da Bica, na encosta sul da Serra de Monchique – foto: Elisabete Rodrigues


Pessoas retiradas de casa por precaução no incêndio de Monchique


  
Oito pessoas, algumas com mobilidade reduzida, foram esta madrugada retiradas de suas casas, na zona de Casais, na Serra de Monchique, por precaução, devido ao incêndio que ontem se reativou, pelas 19h57, de forma «muito explosiva», revelou o Vaz Pinto, comandante operacional distrital do Algarve.

As chamas, que ontem ao princípio da noite progrediram de forma muito rápida, devido ao forte vento que se fazia sentir, têm duas frentes, divididas em quatro setores ativos, acrescentou a mesma fonte.

O comandante Vaz Pinto acrescentou que 40% do perímetro do incêndio está já consolidado, mas a zona afetada tem «acessos difíceis, com muita pedra e declives acentuados», dificultando a ação das máquinas de rastos e a progressão dos meios terrestres dos bombeiros.

Apesar de o fogo ter avançado, durante a noite e madrugada, num zona com muita habitação dispersa, Vaz Pinto garantiu que «nenhuma habitação foi consumida pelas chamas», embora tenham sido afetadas «ruínas e casas desabitadas», como se pode ver nas fotos.

Hoje de manhã, enquanto se aguarda a entrada em ação dos meios aéreos, as chamas estão a ser combatidas por 351 operacionais, apoiados por 116 meios técnicos, entre viaturas e máquinas de rasto. Há bombeiros de todo o Algarve envolvidos na operação, tendo já sido acionados grupos de reforço vindos de outras zonas do país.

Entretanto, nas Caldas de Monchique, pelas 6h17 minutos desta quinta-feira, dia 8 de Setembro, surgiu um novo foco de incêndio, que foi de imediato combatido por seis operacionais, com duas viaturas, e está já em fase de resolução.

O fogo que está a lavrar agora na zona de Casais é o mesmo que começou no sábado na encosta norte da Serra de Monchique, na zona da Fóia, e que se julgou controlado 26 horas depois.

As chamas têm destruído tanto povoamentos florestais de eucaliptos, como zonas com matos, sobreiros e outras árvores, zonas agrícolas e pomares em produção ou abandonados, nomeadamente em encostas com canteiros (socalcos).

Na cidade de Portimão, a mais de dezena e meia de quilómetros das frentes de chamas, sente-se um intenso cheiro a fumo.






Fotos: Nelson Inácio|Sul Informação

www.sulinformacao.pt
08
Set16

Incêndios: Fogo de Monchique avança para o concelho de Portimão

António Garrochinho



No combate às chamas, durante a noite, ficaram feridas cinco pessoas, três bombeiros e um militar da GNR e outro do Exército, que foram assistidos mas que já tiveram alta médica.

O incêndio que lavra em Monchique tem duas frentes activas a progredir com intensidade para sul, em direcção ao concelho de Portimão, sendo que a situação pelas 11h15 não estava controlada, disse esta quarta-feira fonte dos bombeiros do Algarve.

De acordo com a fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro o incêndio tem duas "grandes frentes", estando as chamas a ser combatidas por 369 operacionais, apoiados 113 veículos, sete meios aéreos e 12 máquinas de arrasto.

Segundo a mesma fonte, o fogo está a lavrar "em áreas de difícil acesso", e o forte vento que se faz sentir na zona "dificulta o combate e faz com que o fogo progrida rapidamente".

De momento não há casas em risco, sendo a prioridade dos bombeiros direcionada para a segurança de pessoas e do seu património, adiantou a fonte.

A fonte acrescentou ainda que, durante a noite, no combate às chamas ficaram feridas cinco pessoas, três bombeiros e um militar da GNR e outro do Exército, que foram assistidos mas que já tiveram alta médica.

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde foi dado como extinto no domingo ao fim do dia, e reacendeu-se na quarta-feira pelas 19h57, uma situação que o comandante distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil Vaz Pinto apelidou de "explosivo".

24.sapo.pt


08
Set16

CELEBRIDADES EM SEITAS ESTRANHAS

António Garrochinho

1. TOM CRUISE


Com a Cientologia um dos mais famosos “grupos religiosos” lá fora, tem havido grande especulação se a seita é  realmente um culto em tudo. Como um dos seus recrutas mais famosos, Tom Cruise tem sido frequentemente ligado ao próprio fundador da Cientologia, L. Ron Hubbard, bem como promover o grupo em um número de ocasiões.
A Igreja da Cientologia é de longe um dos grupos mais controversos de Hollywood hoje.Alegando que os seres humanos são imortais, e são de fato seres espirituais que tiveram vidas passadas, incluindo uma série de culturas extraterrestres, a Igreja da Cientologia conseguiu um número de seguidores, com uma enorme quantidade de celebridades reconhecíveis. É isso mesmo, não é só Tom Cruise um ávido defensor, mas também, Kirstie Alley , Leah Remini , John Travolta , e Paul Haggis foram todos ligados,  Haggis  eventualmente, demitiu-se da igreja e se refere a ela como um culto.

2. JOAQUIN PHOENIX


Joaquin Phoenix e sua família, dos quais incluem o falecido ator River Phoenix , foram criados entre um número de hippies californianos no grupo religioso, “filhos de Deus”.Projetados para espalhar uma mensagem da salvação, baseado na prática da ‘revolução e felicidade “. Usando o sexo para ganhar convertidos, o fundador do movimento deu a si mesmo o título de “rei”, instruindo todos os seguidores para se referir a ele como tal.
Mais tarde, comentando sobre o grupo, Phoenix afirmou que seus pais haviam inicialmente sofrido uma lavagem cerebral, acreditando que tinham encontrado algo positivo,  mas  quando eles perceberam o que havia de errado eles saíram.
Mas não foram apenas os Phoenix envolvidos nesse culto,  Rose McGowan revelou mais tarde que sua família também tinha sofrido uma lavagem cerebral pela comuna, detalhando relatos chocantes de abuso sexual dentro do campo. Ela recordou mais tarde, “você não tinha nenhum contato com o mundo exterior, as coisas que são completamente inaceitáveis eram normais. Lembro-me de ver como os homens do culto estavam com as mulheres, e em uma idade muito precoce, decidi que não queria ser como essas mulheres. Elas estavam basicamente lá para servir os homens sexualmente, eles eram autorizados a ter mais de uma esposa “.

3. MADONNA


Tomando o mundo pela tempestade ao longo dos últimos anos, a Cabala existe a muito tempo. Originário do judaísmo no século 12 e 13, a Cabala é projetado para concentrar-se principalmente sobre a espiritualidade do ser humano em vez da própria religião. A transição ao longo do tempo, a Cabala é agora atribuída a uma série de astros de Hollywood, que parecem ter arruinado a autenticidade do grupo. Apesar de recrutar uma longa lista de seguidores como Lady GaGa , Mick Jagger , Ashton Kutcher , Britney Spears , e Madonna , que parece ser mais proeminente defensora e vocal do grupo. Com declarações problemáticas constantemente em torno da prática e seus seguidores, acusações como a exploração, términos de casamentos, e milagres falsos deram ao grupo o seu quinhão de controvérsia. No entanto, o grupo parece estar ficando mais forte à medida que mais e mais celebridades estão participando.

4. PAUL REUBENS


Mais conhecido por seu personagem Pee Wee Herman do popular Pee Wee Herman Show,a carreira  de Paul Reubens “teve uma série de altos e baixos.
Mais conhecida como uma religião paródia, a Igreja do SubGenius foi projetada para satirizar um número de religiões e crenças atuais e passadas. Concentrando-se na filosofia da JR Dobbs, um vendedor / profeta da década de 1950, SubGenius oferece uma mistura de referências culturais entre sátiras religiosa. Fundada por Ivan Stang, o grupo compromete uma série de crenças, fazendo com que a mídia possa descrevê-la como uma piada. Com a maioria das pessoas tem defendido o movimento como honesto para a sua causa, a fé tem atraído apoiantes da celebridade, com David Byrne e Paul Reubens o mais proeminente.

5. MICHELLE PFEIFFER


Michelle Pfeiffer começou a se envolver com a prática conhecida como Respiratorianismo após sua chegada em Los Angeles. Mais tarde, ela afirmou em uma entrevista que ela não tinha ideia de que ela estava realmente envolvida em um culto até que ela conheceu seu agora ex-marido, que a convenceu a sair.
Proclamando a seus seguidores que a essência da comida e água não são realmente necessários para a vida humana, Respiratorianos explicam que a luz solar é na verdade a única coisa que você realmente precisa para sobreviver. Extremamente perigosa e maciçamente incorreta, a prática tem levado a um grande número de mortos devido à fome ou a desidratação. O preço para se juntar ao grupo podem variar de $ 10.000 a $ 100.000.

6. JAY-Z


Nomeado OTO (Ordo Templi Orientis ou a Ordem do Templo do Oriente), o grupo é conhecido principalmente por um de seus mais membros de alto perfil, o autor inglês Aleister Crowley, uma vez apelidado de ‘pior homem do mundo “. Quando entrou no grupo, Crowley rapidamente começou a implementar suas próprias idéias e objetivos com base na lei de Thelema.
Modelado após uma forma de Maçonaria, OTO também é baseado em um sistema de iniciação, bem como a própria Maçonaria. Com uma forte ligação fraterna, OTO ensina ideologias filosóficas e espirituais, juntamente com uma série de rituais e cerimônias. Com uma longa lista de celebridades associadas à prática, o grupo parece estar ficando mais forte, apesar do número de comentários controversos que a rodeiam. Entre seus seguidores estão: David Bowie, John Lennon , Rihanna , e Kayne Oeste , mas Jay Z parece ser o maior advogado do grupo não é de admirar que muitas vezes ele é visto apresentando regularmente o lema do grupo: “Faça o que tu queres”.

7. DENNIS WILSON



Co-fundador e baterista da lendária banda The Beach Boys, Dennis Wilson era também um compositor talentoso, creditado para o apelo surfista que os Beach Boys alegou possuir. No entanto, assim como talentoso, Wilson também tinha um olho itinerante, que muitas vezes o levou a ter problemas em um número de ocasiões.
Ao dirigir para casa no caminho de volta para sua mansão Sunset Boulevard, Wilson avistou duas adolescentes que viajavam para uma casa de passeio. Ele então deu carona para as garotas, Wilson, sem saber, embarcou na pior decisão de sua vida. As meninas eram parte da Família Manson, um culto liderado pelo demente e ameaçador Charles Manson. Convites foram rapidamente enviados, usando a casa de Wilson como sede do culto. Em vez de dizer-lhes para sair, Wilson ficou fascinado e permitiu Manson e seus seguidores a ficarem por quanto tempo eles quisessem.
 Wilson, aparentemente, até mesmo escreveu um par de canções com o futuro próprio serial killer. No entanto, tão rapidamente quanto o relacionamento começou, com a mesma rapidez azedou. Manson ameaçou Wilson com uma bala, resultando em uma briga de socos. Como Manson passou a cometer uma série de crimes chocantes, Wilson sabiamente se distanciou.Mais tarde, ele se afogou em Los Angeles, aos 39 anos.
Fonte: Therichest
www.dahora.tk
08
Set16

08 de Setembro de 1504: David, obra-prima de Miguel Ângelo,é colocada em praça pública na cidade de Florença

António Garrochinho


David, obra-prima da escultura renascentista esculpida entre 1501 e 1504 do génio da arte Miguel Ângelo Buonarotti, foi colocada em praça pública, fora do Palazzo della Signoria, sede do governo civil, em Florença, no dia 8 de Setembro de 1504.


É uma escultura de vulto, feita em mármore, mediante técnica de moldagem. Mede 5,17 metros. A estátua representa David, o herói bíblico, tema preferido na arte de Florença. Originalmente criado como parte de uma série de estátuas dos profetas para ser posicionado ao longo do extremo leste da Catedral de Florença.


Devido à natureza do herói que representava, logo passou a simbolizar a defesa das liberdades civis consagradas na República de Florença, uma cidade-estado independente, ameaçada pelos mais poderosos estados rivais e pela hegemonia da família Médici.


A estátua foi movida para o Museu da Academia em Florença, em 1873 e, mais tarde substituída por uma réplica. Em 12 de Novembro de 2010, uma réplica de fibra de vidro do David foi instalada no telhado da Catedral de Florença por um único dia.


Nesse dia ocorreu a disputa pela posse da estátua. Com base numa análise de documentos históricos, o Ministério da Cultura Italiana  reivindicou a posse da estátua em oposição à cidade de Florença, onde sempre esteve localizada. Florença imediatamente se opôs à pretensão.

Miguel Ângelo recebeu um salário mensal e um prazo de dois anos para realizar a obra. Disseram-lhe ainda que, se os seus patronos florentinos gostassem do resultado, receberia um pagamento adicional. Fiel à rapidez com que trabalhava, concluiu o trabalho antes do prazo.


Um grupo de notáveis artistas florentinos decidiu que a escultura deveria ser colocada em frente ao Palazzo Vecchio, na Piazza della Signoria. Na calada da noite, a enorme estátua saiu do atelier, nas proximidades da catedral.


A escultura era tão grande que uma parte da parede teve de ser demolida para que ela passasse. Foram necessários 40 homens e quatro dias para levar a estátua até ao seu destino, apoiada em andaimes e cordas e carregada sobre cilindros. Na noite em que a escultura foi revelada ao público alguém atirou-lhe uma pedra, possivelmente em acto de solidariedade política com Donatello, cuja estátua Judite e Holofernes (1460) estava a ser substituída pelo David de Miguel Ângelo.


O David de Miguel Ângelo difere das representações anteriores. Nesta escultura, David segura a arma com que matou o gigante Golias, uma funda. A Bíblia conta que David valeu-se da funda para acertar com uma pedra na cabeça de Golias, fazendo-o cair, para mais tarde o degolar.  O herói bíblico não é representado com a cabeça de Golias morto, como em Donatello ou nas estátuas de Verrocchio. Nenhum artista florentino anterior tinha omitido o gigante completamente.


O contraste entre a sua expressão intensa e sua calma sugere que David já tinha tomado uma decisão de lutar contra Golias.  É uma representação do momento entre a escolha consciente e a acção consciente. Em vez de parecer vitorioso sobre um inimigo muito maior do que ele, o rosto de David olha de maneira decidida para o combate.


Os tendões no seu pescoço parecem tensos, os músculos apertados, a testa franzida, e os olhos parecem centrar-se atentamente sobre algo à distância. As veias saltam da sua mão direita, mas o corpo tem uma pose descontraída. Carrega a atiradeira sobre o ombro esquerdo. O artista examinou a anatomia humana em detalhe para compor a estátua.



 Fontes: Opera Mundi
 wikipedia (imagens)



A réplica da estátua , Palazzo Vecchio, Florença
08
Set16

.08 de Setembro de 2003: Morre Leni Riefensthal, 101 anos, actriz e cineasta, realizadora dos documentários de propaganda nazi "O Triunfo da Vontade" e "Olympia".

António Garrochinho


Após a chegada do nazismo ao poder em 1933, Hitler estabeleceu o Ministério do Reich para Esclarecimento Popular e Propaganda, dirigido por Joseph Goebbels. O objectivo do Ministério era garantir que a mensagem nacional socialista fosse transmitida com sucesso através da arte, da música, do teatro, de filmes, livros, estações de rádio, materiais escolares e imprensa.

O cinema, em particular, teve um papel importante na disseminação das ideias do anti semitismo, da superioridade do poder militar alemão e da essência malévola dos seus inimigos, como eram definidos pela ideologia nazi. Os filmes nazis retratavam os judeus como seres "sub humanos" que se infiltraram na sociedade ariana, por exemplo, o filme de 1940, “O Eterno”, dirigido por Fritz Hippler, retratava os judeus como parasitas culturais ambulantes, consumidos pelo sexo e pelo amor ao dinheiro. Alguns filmes, como “O Triunfo da Vontade”, estreado em 1935, de Leni Riefenstahl, exaltavam Hitler e o movimento Nacional Socialista. Amiga pessoal de Adolf Hitler e figura proeminente no Terceiro Reich, Leni Riefenstahl enquadrou toda a sua obra durante este período na doutrina dominante do regime. Leni Riefenstahl, actriz e realizadora alemã nascida a 22 de Agosto de 1902 e falecida a 8 de Setembro de 2003, iniciou a sua carreira como bailarina em inícios da década de 20, tendo participado em diversos espectáculos musicais. Estreou-se como actriz em cinema com Tragödie im Hause Habsburg (1924), a que se seguiram diversos outros que fizeram dela uma estrela nacional. Em 1932, decidiutentar a realização, iniciando essa nova faceta da sua carreira com Das Blaue Licht (A Luz Azul, 1932). O filme impressionou de tal maneira Adolf Hitler que este decidiu nomeá-la como cineasta oficial do Partido Nazi. Um marco na sua carreira foi Triumph des Willens (O Triunfo da Vontade, filmado em 1934), um documentário sobre os comícios nazis em Nuremberga. Considerado como um meio de propaganda oficial do regime nazi, foi ostracizado em diversos certames internacionais mas também recebeu uma medalha de ouro na Exposição mundial de Paris de 1937 e ainda prémios nos Estados Unidos da América e na Suécia. Seguiu-se Olympia (1936), um documentário sobre os Jogos Olímpicos de Berlim. Após a Segunda Grande Guerra, o seu trabalho esteve na lista negra dos Aliados até 1954, ano em que se estreou Tiefland, filmado em 1943 com recurso a figurantes ciganos de campos de concentração. Já centenária, lançou um documentário de 45 minutos que retratou a sua paixão pelo mergulho: Impressionen Unter Wasser (2002)


Fontes:Leni Riefenstahl. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.


Wikipedia(Imagens)

Leni Riefenstahl, 1933

Leni Riefenstahl e Hitler 1934





Leni Riefenstahl em filmagens em 1936?
 Ficheiro:Bundesarchiv Bild 146-1988-106-29, Leni Riefenstahl bei Dreharbeiten.jpg
08
Set16

Com as aulas à porta, vamos ao que importa!

António Garrochinho


«As crianças merecem ter tempo para serem crianças, para brincarem, conviverem, descobrirem, merecem aprender a pensar pelas suas cabeças e serem críticos com o que lhe estão a ensinar, merecem aprender a respeitar os outros e a si próprios,  e sobretudo, merecem ser felizes!»
As palavras citadas foram escritas num espaço recomendado - "Sustentabilidade é Acção" - e são oportunas agora, a uma semana do inicio da escola.
Na foto: o Duarte, a Maria e o Diogo. Eles jogam um jogo e o Duarte explica, provavelmente, as regras de um cessar fogo, pois os exércitos estão apartados e os tanques virados para outros lados. É impossível evitar que joguem jogos de guerra, pois a violência está generalizada, na realidade e em tudo a que acessam.
Perdi há muito a ligação com os conteúdos do ensino, mas julgo que fotografei uma lição que devia ser repetida em sala de aula. Como se negoceia a paz, é um bom tema. Se não se fala disso é pena. Como começa a guerra, é outro bom tema. Pode-se até pegar numa zaragata para se fazer entender que uma guerra pode se iniciar num pequeno nada, dentro de um enquadramento mais complexo que, mais tarde, noutro programa mais avançado, poderá (poderia) ser explicado.
Partir das regras de um jogo para o ensino poderia (poderá) ser o caminho. Pegar na sala de aula e despejá-la no recreio podia ser o mesmo caminho, em sentido inverso. Pôr a brincadeira no centro seria (será) de bom-senso.
É o que parece acontecer num um ensino centrado na criança, num país avançado...

VÍDEO

08
Set16

poema Dez réis de esperança

António Garrochinho


                 Dez réis de esperança


Se não fosse esta certeza
que nem sei de onde me vem,
não comia, nem bebia,
nem falava com ninguém.
Acocorava-me a um canto,
no mais escuro que houvesse,
punha os joelhos à boca
e viesse o que viesse.
Não fossem os olhos grandes
do ingénuo adolescente,
a chuva das penas brancas
a cair impertinente,
aquele incógnito rosto,
pintado em tons de aguarela,
que sonha no frio encosto
da vidraça da janela,
não fosse a imensa piedade
dos homens que não cresceram,
que ouviram, viram, ouviram,
viram, e não perceberam,
essas máscaras selectas,
antologia do espanto,
flores sem caule, flutuando
no pranto do desencanto,
se não fosse a fome e a sede
dessa humanidade exangue,
roía as unhas e os dedos
até os fazer em sangue.
António Gedeão

cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt

08
Set16

COISAS ESTRANHAS QUE EXISTEM NO PLANETA TERRA

António Garrochinho

Como se sente quanto tem mais perguntas do que respostas? Você se sente perdido ou confuso? Você já se sentiu frustrado ou ansioso quando tentou descobrir novos aspectos da verdade das coisas? A verdade é que há algumas coisas no mundo que não podem ser completamente explicadas. 

Um monte de descobertas que foram feitas ao longo da história não tem sentido, deixando os arqueólogos, historiadores, cientistas e outros especialistas com muito mais perguntas do que respostas. Essas descobertas estranhas não se limitam a uma região, mas estão por toda parte, desde os Estados Unidos ao outro lado do mundo e tem de tudo, desde objetos antigos, objetos possivelmente alienígenas a monumentos e muito, muito mais por descobrir.
Quais coisas estranhas já foram encontradas? Que respostas já foram descobertas e que teorias rodeiam essas raridades? Encontramos 10 das coisas mais estranhas que já foram encontradas na terra, que realmente mostram como o mundo da arqueologia pode ser frustrante, esclarecedor e fascinante, tudo ao mesmo tempo. Sente-se, relaxe e aproveite enquanto o levamos numa viagem enigmática e misteriosa!

#10 – O Manuscrito Voynich

Há vários tipos de códigos secretos no mundo criados pela mão humana, mas existe um em particular que desconcerta por completo os estudiosos, esse é o manuscrito Voynich. Ele recebeu esse nome depois que Wilfrid Voynich comprou o livro em 1912. Acredita-se que o manuscrito foi criado na Itália durante o século XV. Embora faltem páginas, 240 páginas de texto, desenhos e diagramas estão ainda intactas. 
Muitos estudiosos, incluindo os mais brilhantes decodificadores das duas Guerras Mundiais, tentaram decifrar o Manuscrito Voynich sem muito sucesso. Nem é preciso dizer que as teorias que rodeiam a origem e o conteúdo desse manuscrito são bastante impressionantes. Doado à Universidade de Yale em 1969, o manuscrito está até hoje no Rare Book Beinecke e está à disposição para quem quiser tentar a sorte e decifrar seu conteúdo.


#9 – As Grutas de Longyou

As grutas ocultas dentro das cavernas de Longyou County na província chinesa de Zhejiang podem ter milhares de anos, mas sua verdadeira origem continua sendo um mistério. Descobertas em 1992, duas dezenas de cavernas artificiais feitas em rochas sedimentares foram encontradas e abertas ao público como uma atração turística. 
Embora sua investigação ainda esteja correndo, os arqueólogos e outros cientistas acreditam que as grutas foram criadas antes de 200 AC. De tamanho massivo, essas cavernas feitas à mão têm um teto que alcança os 30 metros de altura e cobrem centenas de metros quadrados. Com o total das estruturas feitas com a mesma pedra, as paredes e o teto se mesclam sem esforço em um só conjunto para criar uma obra prima arquitetônica verdadeiramente extraordinária.


#8 – Gobekli Tepe

Uma equipe alemã de arqueólogos foi trabalhar em uma montanha no sul da Turquia, a somente sete milhas de Sanliurfa. A equipe trabalhou durante 20 anos com a intenção de descobrir tudo o que pudessem, o que os levou a uma descoberta muito estranha. Descobriram o Gobekli Tepe, que data do décimo milênio AC. A equipe desenterrou pilares que alguma vez demarcaram um círculo, com um total de 200 pilares de 20 círculos diferentes. 
Erigidos nos círculos, com 6 pés de altura e um peso de 20 toneladas, os arqueólogos tiveram que trabalhar duro por eles, já que continuaram descobrindo ainda mais estruturas perto da colina, que também datam de milhares de anos. A equipe tentou determinar a finalidade das estruturas, mas não conseguiu encontrar uma resposta e só se cercaram de teorias, umas das quais é a de que as estruturas seriam santuários que datam do período Neolítico.

#7 – O Obelisco Inacabado

Você já ouviu falar de algum obelisco? Um obelisco é um “pilar de pedra, em geral com uma secção transversal quadrada ou retangular e um topo piramidal, estabelecido como monumento ou ponto de referência”. O obelisco mais antigo já construído e descoberto na verdade nunca foi concluído e é apresentado aqui. Embora não tenha um nome oficial, o Obelisco Inacabado foi descoberto em 2005, se localiza no norte do Egito e é 33 por cento maior do que qualquer outro obelisco que se encontra na região. 
Estima-se que, se o projeto tivesse sido terminado, mediria por volta de 42 metros de altura. Mas por que não foi terminado? Devido a rachaduras que começaram a aparecer no granito, os trabalhadores abandonaram o projeto, deixando que ele ficasse debaixo da terra através de milhares de anos. Vocês imaginam um monumento dessa magnitude enterrado profundamente na terra e que seja descoberto por gerações de um futuro milhares de anos à frente?

#6 – Tuneis da idade da pedra

Parece que os arqueólogos de verdade acabam encontrando as coisas mais estranhas. Em junho de 2013 um grupo de arqueólogos descobriu milhares de conexões de túneis em toda a Europa, que se estendiam desde a Escócia até a Turquia. A diferença dos túneis na China, que mostramos anteriormente na lista, é que estes túneis são muito menores, são datados de 12.000 anos antes de nossa era e se originaram em virtude de milhares de assentamentos neolíticos. 
Embora a maioria dos túneis fosse suficientemente grande apenas para se andar por eles, há áreas ou pequenos assentamentos onde os transeuntes podiam descansar e onde também pequenos artigos para a venda os estavam esperando. Com descobrimentos estranhos como esses túneis, existem muitas especulações sobre o porquê de terem sido construídos. Alguns acreditam que os túneis foram utilizados para facilitas as viagens em consequência das duras condições externas de clima, enquanto que outros acreditam que foi uma forma prática de se esconder de predadores.

#5 – A porta do sol

Normalmente, quando arqueólogos descobrem uma estrutura gigantesca, é comum encontrar outras estruturas semelhantes na mesma área. No entanto, esse não foi o caso da Porta do Sol, situada na Bolívia, perto do lago Titicaca. Descoberta deitada de lado e com uma grande rachadura, a Porta do Sol é uma peça sólida de pedra que pesa 9.000 quilos, com 3 metros de altura e 3,6 metros de largura. Exploradores da Europa encontraram a estrutura durante a década de 1800 e acreditavam que a porta foi, na verdade, descoberta em um lugar diferente de onde ela foi construída e usada pela primeira vez. 
Há inúmeras gravuras não identificadas e singulares na porta, o que fez nascer diversas interpretações quanto a sua origem e seu uso. Enquanto muitos estudiosos acreditam que a porta foi usada como um calendário na antiguidade, outros acreditam que a porta tem algo a ver com o espaço. Talvez senha sido um monumento aos estrangeiros que viviam entre nós? Quem sabe!

#4 – O monte Owen Moa

Se você nunca viu um Moa, não tem motivo para se preocupar – ninguém que hoje vive sobre a terra viu! O Moa é um grande grupo de nove diferentes espécies de aves da Nova Zelândia que eram incapazes de voar. Os investigadores descobriram que o maior Moa tinha mais de 3 metros de altura e pesava mais de 226 quilos. 
Extintos há quase 200 anos, os arqueólogos encontraram uma grande surpresa durante uma escavação arqueológica em 1986, que conduziu ao descobrimento de uma garra de Moa em uma caverna. Longe de ser só um osso, os cientistas perceberam que tanto os músculos quanto a pele ainda estavam intactos, o que é muito diferente dos corpos mumificados típicos de culturas antigas. Com mais de 60.000 exemplares conhecidos na região, há muito mais para se descobrir sobre essa estranhamente esquisita e singular criatura.

#3 – O prado L’Anse aux

A nossa próxima descoberta estranha se encontra na América do Norte. O prado L’Anse aux se encontra no ponto setentrional de Terranova, no Canadá, em 1960. Graças a sua proximidade da Groenlândia, acredita-se que os prados foram feitos pelos vikings da área e seus artefatos antes do final do primeiro milênio de nossa era. 
A primeira descoberta foi feita por um pescador que levou os investigadores aos montículos da pradaria no ano de 1960, as escavações acabaram trazendo à tona várias casas debaixo das colinas. Embora seja possível visitar o lugar hoje em dia, os turistas não vão ver muito essas casas, já que foram enterradas depois de cada escavação. O que faz essa descoberta ser tão estranha? Os historiadores acreditam que não havia colonos tão ao norte, em Terranova, sobretudo porque a única forma real de chegar lá era de barco.

#2 – Saksaywaman

A capital do império inca fica em Cuzco, no Peru, no sul de onde se descobriu Saksaywaman. O complexo está situado numa colina que domina a cidade e acredita-se que foi utilizado como um assentamento há mais de 1000 anos. Os investigadores também acreditam que as estruturas tenham pouco mais de um século, já que contêm uma variedade de pedras e desenhos, diferente de muitas outras estruturas que contam com um único padrão de pedra. 
Feito em forma de zigue-zague, o muro se estende por cerca de 1 quilometro de largura e era protegido por uma torre que foi construída e utilizada como templo do sol. Enquanto muitos arqueólogos acreditam que o complexo foi construído como uma fortaleza para vigiar a cidade durante o governo do império, outros acreditam que se tratava de uma forma de comunicação devido aos ângulos das próprias paredes.

#1 – Mohenjo-Daro

Localizado no Paquistão, acredita-se que o Mohenjo-Daro foi construído por volta do ano de 2500 AC como parte do vale pela civilização do vale do Indo, uma das primeiras áreas urbanas do mundo. Quase 600 anos mais tarde, a cidade foi completamente abandonada e esquecida até o seu descobrimento na década de 1920, momento em que quase quatro décadas de escavações se seguiram. 
Arqueólogos trabalharam diligentemente para descobrir a cidade e sua história, descobriram casas de ladrilho sem restos humanos e pouquíssimos objetos e artefatos. Finalmente, pararam as escavações quando a cidade começou a ficar danificada rapidamente por conta da erosão como consequência da exposição aos elementos exteriores. Com toda uma cidade por descobrir e sendo impossível o fazer, é difícil imaginar a história por trás das paredes de barro e as pessoas que deixaram seus lugares há tantos séculos.

www.matacuriosidade.com.br
08
Set16

Governo produz legislação «à medida da Uber»

António Garrochinho



Na comissão parlamentar em que foram ouvidas esta manhã, a Antral e a FPT acusaram o Governo de estar a criar uma lei para enquadrar as novas plataformas de mobilidade, com regras mais flexíveis do que as que são aplicadas ao sector do táxi. Para 10 de Outubro está marcada uma concentração em Lisboa. 


Carlos Ramos defende que o Governo «deve defender ideias, não empresas»

Florêncio Almeida, da Antral, afirmou hoje na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas que o Governo está a preparar uma lei à medida das plataformas de mobilidade como a Uber e a Cabify, justificando a afirmação com o facto de o grupo de trabalho, criado pelo Governo para estudar as novas soluções de mobilidade, ter rejeitado todas as propostas apresentadas pelas associações dos táxis.

Para Carlos Ramos, presidente da FPT, o secretário de Estado dos Transportes, José Mendes, «é o problema» pelo facto de não se mostrar disponível para encontrar uma solução e ter como objectivo «fragilizar e dividir» as associações. «Ele já tomou uma posição, está ao lado da Uber», acusa.

Mais uma vez, ambos os responsáveis esclareceram que não estão contra as plataformas, mas sublinharam que elas precisam de ser regulamentadas. «Estamos confortáveis com a legislação que hoje existe, não estamos de acordo é com a desregulação do sector», defendeu Carlos Ramos.

A par da ausência de regulamentação, Florêncio Almeida denuncia que as plataformas de mobilidade não garantem os direitos dos trabalhadores e prejudicam os utentes pelas tarifas que praticam, dando como exemplo o valor de 40 euros cobrado na passagem do ano, para uma deslocação entre os Restauradores e Santa Apolónia, em Lisboa.

Até ao momento são seis as plataformas de mobilidade estabelecidas em Portugal. Os responsáveis das associações do táxi alertam que, de acordo com a média da europeia, Portugal tem táxis a mais (só Lisboa terá mil táxis a mais). O presidente da FPT reconhece que o turismo a que assistimos nos últimos meses «deu trabalho para todos, legais e ilegais». Agora receia que, com o fim do Verão, o abrandamento da procura e os carros da Uber que já começam a ocupar as praças exclusivas para táxis, a tensão se agudize e pede uma intervenção rápida da administração pública.

Para o dia 10 de Outubro está marcada uma paralisação e concentração nacional em Lisboa, que pode durar vários dias até que sejam apresentadas outras regras para regular o sector do táxi e a actividade das novas plataformas de transporte privado de passageiros.

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08
Set16

A via da guerra é um perigo enorme Milosevic e a actualidade

António Garrochinho




«Slobodan Milosevic morreu há dez anos nos calabouços do «tribunal» especial criado pelos carrascos da Jugoslávia, o ICTY.»

Seguindo o guião usual, o presidente (repetidamente eleito) Milosevic fora pessoalmente demonizado e caluniado como prelúdio à destruição do seu país. Pela calada, o ICTY acaba agora de reconhecer a falsidade das calúnias (ilibando os mortos para condenar os vivosi). Importa romper as barreiras de silêncio cúmplice da comunicação social de regime sobre este reconhecimento envergonhado – que contrasta de forma flagrante com o unanimismo estridente das acusações de há duas décadas. E importa extrair as lições que tudo isto encerra. Lições que são de tremenda actualidade. Novas campanhas belicistas, de consequências potencialmente muito mais dramáticas, estão hoje em curso.


O alegado «genocídio» e «limpeza étnica» de que a Jugoslávia e Milosevic foram acusados são como as «armas de destruição em massa de Saddam Hussein»: uma fabricação monstruosa. A mentirosa ofensiva mediática preparou a ofensiva militar propriamente dita. No seu livro Cruzada de Cegos (Caminho, 2002), a jornalista norte-americana Diana Johnstone fornece abundantes pormenores sobre esse colossal embuste. A «necessidade» duma «limpeza étnica» havia sido confessada um ano antes do começo da guerra, pela revista Time (23.3.98). Falando do conflito de baixa intensidade então já em curso no Kosovo, e das resistências a operações militares da NATO contra a Jugoslávia, a Time dizia: «Os EUA e a Grã-Bretanha teriam de agir unilateralmente ou persuadir outros a juntarem-se. Nenhum destes cenários é provável a não ser que Milosevic lance uma campanha de genocídio ou de limpeza étnica». E depois de afirmar que nada apontava nesse sentido e que «apenas 10 refugiados foram para a Albânia», rematava a revista norte-americana: «Isto podem parecer boas notícias […] mas há um problema. Se não houver limpeza étnica, nem uma vaga de refugiados atravessando as fronteiras internacionais com as vizinhas Albânia ou Macedónia, então haverá poucas hipóteses de intervenção internacional». Um ano depois, as potências imperialistas inverteram a questão: foram os bombardeamentos da NATO iniciados a 24 de Março de 1999 que provocaram o êxodo massivo dos habitantes de origem albanesa do Kosovo, como confessaria mais tarde o ex-secretário-geral da NATO, Lorde Carrington (Diário de Notícias, 27.8.99). A propaganda bélica da comunicação social do grande capital encarregou-se do resto.


Há mais duma década que se reconhecia não haver bases plausíveis para condenar Milosevic. A Fox News titulava em 28.2.04: «Milosevic será provavelmente absolvido das acusações de genocídio» e escrevia que após dois anos de julgamento pelo ICTY era «consensual» que os procuradores «tinham falhado» em sustentar a acusação. A defesa corajosa de Milosevic perante o ICTY foi um obstáculo tremendo para os planos da NATO. O advogado canadiano de direito criminal internacional e chefe da Comissão Jurídica do Comité Internacional para a Defesa de Milosevic, Cristopher Black, sintetizou a situaçãoii: «o julgamento [de Milosevic] era necessário para a NATO justificar a agressão contra a Jugoslávia e o golpe apoiado pela NATO [que derrubou Milosevic em Outubro de 2000] […] e só podia terminar duma de duas formas, com a condenação ou a morte do presidente Milosevic. […] Mas como a condenação do presidente Milosevic era claramente impossível após a apresentação das provas […], a sua morte tornava-se a única saída possível para as potências da NATO». A 8 de Março de 2006 Milosevic escreveu uma carta oficial ao Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, afirmando desconfiar que, em vez de estar a ser tratado dos seus problemas cardíacos, estaria a ser envenenado. Três dias depois, Milosevic morre na sua cela da prisão NATO-ICTY. As legítimas suspeitas de assassinato reforçam-se se pensarmos no destino de outros alvos das potências imperialistas, como Saddam Hussein ou Muamar Qadafi.


A lei do mais forte

A propaganda de guerra tinha de ser implacável e aterrorizadora porque a dimensão do crime que estava a ser praticado era enorme. A guerra de agressão à Jugoslávia foi a primeira guerra na Europa após 1945. Foi a primeira guerra aberta desencadeada pela NATO e uma violação aberta do Direito Internacional. Mas foi sobretudo a afirmação por parte das potências imperialistas de que a nova correlação de forças resultante da desintegração da URSS e das vitórias contra-revolucionárias no Leste da Europa lhes permitia libertarem-se das amarras que a derrota do nazi-fascismo havia imposto em 1945. 

A Carta da ONU era coisa do passado. A partir de agora vigorava a lei do mais forte. E o mais forte era o imperialismo norte-americano. Era essa a essência do novo conceito estratégico da NATO, aprovado em plena agressão à Jugoslávia (Cimeira de Washington, 23-24 Abril 1999), que descartou a máscara de organização defensiva, proclamando o «direito» de intervir em qualquer parte do planeta. Era esse o significado da destruição da embaixada da China em Belgrado, alegadamente «por engano», mas que foi «o único alvo escolhido pela CIA durante as 11 semanas de bombardeamentos sobre a Jugoslávia» (Reuters, 23.7.99).


Ébrios com as vitórias do imperialismo do início da década, os cronistas de regime até confessavam que «durante a Guerra Fria, um único aviso do Kremlin teria sido suficiente para manter as mãos da NATO fora dos Balcãs» (Financial Times, 26.3.99). Outro comentadoriii afirmava: «nos dias em que a União Soviética nos continha, as realidades do poder teriam impedido aos EUA de interferir. Estamos lá porque somos hoje livres para sustentar com mísseis Cruzeiro os nossos ideais e simpatias». É isto que querem dizer quando falam em «liberdade».

Teria sido difícil à NATO desencadear os bombardeamentos sobre Belgrado sem a legitimação escandalosa por parte de forças políticas que se auto-proclamam de «esquerda» ou «progressistas». Em Março de 1998 era presidente dos EUA Clinton. Na Alemanha havia um governo de coligação SPD-Verdes. Em Inglaterra, os trabalhistas – com Blair – estavam no poder. Em França, era presidente o socialista Jospin, à cabeça dum governo da «Esquerda Plural». A Itália tinha, pela primeira vez, um primeiro-ministro proveniente do antigo Partido Comunista Italiano. 

Em Portugal António Guterres chefiava um governo PS. Era secretário-geral da NATO o socialista espanhol Javier Solana, que começou a sua carreira política opondo-se à adesão da Espanha à NATO. 

A promoção das patranhas sobre «guerras humanitárias» por parte destes «progressistas» foi criminosa – embora tenha gerado algumas lucrativas carreiras político-comerciais – e ajudou a confundir e enfraquecer o movimento contra a guerra. Este papel de legitimação «progressista» das guerras do imperialismo teve sequência na Líbia, Síria, Ucrânia e nas operações em curso contra a Rússia, China, RDP Coreia, Irão, Angola e outros países.


Estamos a falar do presente

Como noutras paragens, a agressão imperialista destruiu a Jugoslávia. Os bombardeamentos da NATO cessaram ao fim de 78 dias, com um acordo de cessar-fogo que reconhecia a soberania da Jugoslávia sobre o Kosovo e previa a desmilitarização dos terroristas do UÇK. Mas os acordos que o imperialismo norte-americano assina não valem sequer o preço da resma de papel em que são impressos. 

No ano seguinte ao acordo, a CIA organiza em Belgrado a primeira das suas «revoluções laranja» e derruba o presidente eleito Milosevic, que é entregue em 2001 ao ICTY. Em 2008 o Kosovo declara a sua independência, logo reconhecida pelas principais potências da NATO. Os homens do UÇK, longe de se desarmarem, transformaram-se nas forças de «segurança» do território e ocupam lugares cimeiros do poder. 

O jornal inglês Guardian descreveu a situação no Kosovo menos de um ano após a ocupação pela NATO (13.3.00):«Agências internacionais que combatem o tráfico de drogas advertem que o Kosovo se transformou num ‘paraíso de contrabandistas’, que abastece até 40% da heroína vendida na Europa e América do Norte. As forças da NATO […] não têm mandato para combater os traficantes de drogas e com a expulsão do Kosovo da polícia sérvia […] os contrabandistas gerem a ‘rota balcânica’ em liberdade». A ‘liberdade’ da NATO estende-se a outros negócios sórdidos. Em 2011 o Conselho da Europa aprova o relatório do senador suíço Marty que acusa «membros destacados do UÇK de assassinarem prisioneiros sérvios e albano-kossovares e de traficarem os seus órgãos. O primeiro-ministro do Kosovo Hashim Thaci figura entre os acusados» (swissinfo.ch, 25.1.11).


Importa lembrar estes factos. Não estamos só a falar do passado. Estamos a falar do presente. Estamos a falar das campanhas de demonização de Assad, Putin ou Kim Jong-Un. 

A crise do sistema capitalista está prestes a conhecer uma nova explosão. Não há paliativos que consigam esconder que o sistema financeiro está totalmente quebrado. A tentação do sistema responder pela via da guerra é um perigo enorme. 

É esta a natureza do imperialismo. 
Trocar oportunisticamente a identificação da verdadeira essência do imperialismo por fáceis mentiras ou ilusões mediáticas significa desarmar os povos e fazer o jogo dos verdadeiros senhores da guerra e do genocídio.
___________
1 Avante!, 18.8.16
2 Death of President Slobodan Milosevic in NATO prison remains a central question in International Justice, 14.3.13
3 Citado por Diana Johnstone, obra citada.
Este artigo foi publicado pelo jornal Avante! em 1 de Setembro de 2016
www.odiario.info
08
Set16

A assustadora – e linda – ponte de corda que está chamando a atenção na Irlanda

António Garrochinho


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Existem alguns lugares no mundo que parecem existir para desafiar a coragem de seus visitantes e, um cantinho localizado na Irlanda do Norte, está nesta lista.
A Carrick-a-rede-rope-bridge é uma assustadora ponte suspensa de cordas situada perto de Ballintoy, condado de Antrim. Tem medo de altura? Então fique bem longe de lá: a belezinha mede 20 metros de comprimento e fica a 30 metros de altura sobre o Oceano Atlântico unindo uma pequena ilha chamada Carrick-a-Rede – onde existe um pesqueiro de salmão – à costa da Irlanda.
A ponte foi construída em 1755 por pescadores de salmão e sofreu várias restaurações ao longo do tempo, mas mesmo que pareça uma estrutura perfeitamente segura, atravessá-la requer certa coragem.
O local atrai muitos turistas e recebe dezenas de milhares de visitantes anualmente.
Veja fotos:
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CarrickPonte1
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Todas as fotos: Divulgação
vivimetaliun.wordpress.com

08
Set16

Kamov, um poço sem fundo...

António Garrochinho



Importaria saber o porquê de a Força Aérea, a partir dos anos 90, ter deixado de operar no combate aos fogos florestais!



A aquisição e a gestão dos meios aéreos destinados ao apoio no combate aos incêndios têm-se mostrado um poço sem fundo de problemas, envolto numa nebulosa que tarda em nos mostrar a verdadeira realidade de todo este problema. E não estamos só a falar dos «famosos» helicópteros Kamov.

A questão remonta a meados dos anos 90, quando, sem se saber bem porquê (sabe-se apenas que a Força Aérea não interferiu na decisão), os aviões C-130 da Força Aérea (FAP) começaram a deixar de operar no apoio ao combate dos fogos florestais. Iniciou-se então um novo processo de negócio dos meios aéreos, cheio de sobressaltos, em particular para os contribuintes, de que a recente demissão do presidente da Autoridade Nacional da Protecção Civil é, tão-só, mais um episódio.

Pelo meio, temos o processo da Empresa de Meios Aéreos (EMA). Primeiro, a despropositada constituição no governo PS/Sócrates e, depois, a telenovela da sua extinção pelo governo do PSD e do CDS.

Porventura, tudo teria sido mais simples e com inequívocos benefícios para o erário público se, por um lado, não se tivesse afastado a FAP do processo de gestão dos meios aéreos e, por outro, tivesse sido feito um planeamento na aquisição dos helicópteros que permitisse um duplo uso na sua utililização: apoio militar à Força Aérea e ao Exército, e apoio no combate aos incêndios.

É verdade que a Força Aérea, até porque não é essa a sua vocação, não poderá assegurar plenamente o combate aos fogos florestais, particularmente em anos de catástrofe como este, mas alguém havia de explicar o porquê da criação da EMA e quem beneficiou com isso.

É tempo de se fazer contas, de se gerir convenientemente o dinheiro dos contribuintes e, antes de comprarem ou alugarem meios aéreos, ponderar a aquisição desses meios para que a FAP os possa gerir, criando sinergias e poupanças ao nível da manutenção das aeronaves e da formação de pilotos.

É tempo de os nossos governantes terem a força, coragem e determinação para assumir o mandato que lhes foi concedido e impedir verdadeiros crimes como o que aconteceu com a criação de uma base em Ponte de Sor para os meios de combate aos incêndios, porque projectos megalómanos, para um País parco em recursos como o nosso, de criação da aviação ligeira do Exército, impediram que os referidos meios fossem instalados na base militar de Tancos, cuja pista estará hoje, muito provavelmente, em condições deficientes e subaproveitada.

E, como a esperança é a última coisa a morrer, talvez um dia venhamos a saber quem são os verdadeiros responsáveis por tudo isto e quais foram os custos.

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08
Set16

A ditadura dos governos ilegítimos

António Garrochinho


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Se o governo de António Costa resolver proceder a novas reparações das injustiças salariais e nos valores das pensões sociais, não tarda que Bruxelas, o BCE, o FMI e os vampiros da agiotagem exijam o mítico défice zero, inscrito na Constituição alemã e jamais cumprido.

A Fitch, um dos três principais monstros agindo globalmente segundo os interesses da agiotagem internacional sob a designação de «agências de notação de crédito», proclamou que a instauração das 35 horas semanais em Portugal e a modesta reposição de direitos sociais e laborais determinada pelo actual governo de Lisboa podem fazer com que o défice orçamental português de 2016 atinja – imagine-se! – uns estratosféricos 2,7%. Aliás, o FMI da senhora Lagarde – ela própria a contas com a justiça em França por ter enganado o Estado – tem repetido o mesmo refrão, alegando que a política social e laboral do governo de António Costa contradiz as metas do défice.
Vamos ver então o que inquieta esta frente de instituições que inventa e fabrica crises para que os especuladores possam usufruir da imparável torrente de dinheiro dos bolsos dos cidadãos contribuintes para alimentar o seu insaciável vício cleptómano.
Não é verdade nem está demonstrado que a política social portuguesa possa gerar um défice de 2,7%. O executivo continua a defender a estimativa de 2,2%, abaixo da exigência de 2,5% imposta ilegitimamente pela União Europeia. Ora, todos estes números giram no reino das previsões e, no fim de contas, do absurdo. Como estão lembrados, e devido à obsessão alemã com o défice para que possa ditar leis no euro/marco, os critérios de convergência para integrar a moeda única estabeleceram um limite de défice orçamental de 3%, meta a maior parte das vezes incumprida pelos Estados-membros – entre eles os mais influentes –, sem contar com a violação geral do limite de 60% do PIB em relação à dívida soberana.
Pois bem, o que as agências de notação, a União Europeia e, a compasso, os ex-governantes que deixaram o país de pantanas se entretêm a discutir é uma variação do défice entre 2,2 e 2,7%, ou seja, sempre bem abaixo dos fatídicos 3%, já de si impeditivos de qualquer investimento público que se veja e de um crescimento económico aceitável. Isto é, estão a discutir e a fazer imposições políticas sempre no interior da margem determinada ditatorialmente pelos agentes de uma moeda única ao serviço da especulação financeira. Se o governo de António Costa resolver proceder a novas reparações das injustiças salariais e nos valores das pensões sociais, não tarda que Bruxelas, o BCE, o FMI e os vampiros da agiotagem exijam o mítico défice zero, inscrito na Constituição alemã e jamais cumprido.
Aliás, a Standard & Poors, irmã gémea da Fitch, aborda o assunto numa perspectiva, digamos, bastante mais humanista. Chegou à conclusão, de acordo com os seus cálculos sempre impecavelmente objectivos, que Portugal gasta com o sector mais envelhecido da população uma percentagem inadmissível do PIB, pelo que recomenda «que sejam tomadas medidas para corrigir» essa situação. Infelizmente, a Standard & Poors não sugere métodos para atingir esse objectivo, de modo a ficarmos a saber se já existem processos alternativos às invasões como a da Síria ou da Líbia, às câmaras de gás de Hitler ou às conhecidas injecções atrás da orelha.
Ironias à parte, é assim que funcionam hoje a independência e a democracia: os cidadãos votam, formam-se governos de acordo com a vontade dos eleitores, e em seu redor movem-se supragovernos que ninguém elegeu mas impõem, exigem, sabotam, chantageiam, em suma não deixam governar se as decisões forem contra os interesses dos especuladores e agiotas.
De facto, as discussões em torno dos défices orçamentais e a obsessão dos obedientes media com esse tema ignoram as políticas económicas e soterram-nas sob as conveniências do casino financeiro.
A Fitch e afins, o BCE, a Comissão Europeia, o FMI não querem saber para nada dos extraordinários esforços da economia portuguesa em domínios como o calçado, os têxteis, a pesca, a agricultura, o turismo, a inovação, a criatividade – sectores que resistem e progridem apesar das machadadas contínuas que a União Europeia continua a dar no tecido produtivo português. Para essas instituições, tal como para Schäuble e outros carrascos ao serviço do euro/marco, não é isso que interessa, mas sim os lucros insultuosos com as manobras de crédito a que os países são forçados, já que, ao contrário dos bancos privados, os Estados não podem financiar-se a juros próximos do zero junto do Banco Central Europeu. Sabendo-se, além disso, que a massa monetária em circulação tem uma base especulativa muito maior que a componente real resultante da actividade económica.
Joseph Stiglitz, ideólogo capitalista, cidadão norte-americano e prémio Nobel da Economia, tem denunciado constantemente estas aberrações neoliberais; fê-lo agora presencialmente em Portugal, mas palavras leva-as o vento. Ele não passa, afinal, de um impenitente radical, de um empedernido comunista.
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08
Set16

"Se dizemos que somos do Vale da Amoreira não nos dão trabalho"

António Garrochinho



Moradores do bairro onde Madu foi atingido mortalmente a tiro por um agente da PSP reconhecem que não dizem onde vivem

Luís arranjou emprego há mais de dois anos como informático no Seixal, mas até hoje não teve coragem de revelar à empresa que nasceu no Vale da Amoreira (Moita), onde ainda vive. Depois de quatro entrevistas em que optou por dar a morada e foi excluído perante jovens com "menos currículo", diz, arriscou em dar a de uns tios que residem no Barreiro. "Chamaram-me dois dias depois. É muita coincidência", admite, lamentando o estigma que continua a pairar sobre a sua terra, onde o desemprego jovem vai para lá dos 50%, também por causa de ocorrências como a de ontem: um homem foi morto por um elemento da PSP à civil que, com um outro agente, tentava identificá-lo. Madu, como era conhecido, agrediu os agentes com um machado e uma faca.

"São situações que podem ocorrer em qualquer lado, mas aqui tem uma carga horrível. Parece que é algo do terceiro mundo e que não pertence a Portugal", lamenta Luís, atestando que a freguesia já viveu dias bem piores de insegurança, mas ainda hoje os jovens pagam cara a fatura da má fama da terra. "Se dizemos que somos do Vale da Amoreira não nos dão trabalho. Não há nada pior", lamenta.

São ainda os estilhaços de tempos conturbados de má vizinhança, vandalismo ou assaltos com o desemprego a disparar, enquanto várias etnias se cruzavam. "Havia zonas em que nem a polícia queria entrar até há uns anos", atesta Luís.

O Vale da Amoreira tem 15 mil habitantes, seis a sete mil a residir em habitações sociais, tendo sido abrangida pela iniciativa Operações de Qualificação e Reinserção Urbana de Bairros Críticos, criada em 2005 pelo Ministério da Administração Interna. Mas nem um projeto de policiamento de proximidade deu frutos. "Assim que a polícia se ia embora voltavam os problemas."

O presidente da junta, Nuno Cavaco, e a diretora técnica do Centro de Reformados e Idosos do Vale da Amoreira (CRIVA), Ana Sofia, que trabalha com mais de cem jovens e 400 famílias do rendimento social de inserção, sabem que os jovens têm "vergonha" de assumir a localidade onde pertencem.

Pelo que não conseguem esconder o transtorno pelo incidente em que Madu perdeu ontem a vida. Estaria indiciado pelo tráfico de droga, mas nunca tinha comparecido em tribunal. Os dois agentes da Esquadra de Investigação Criminal do Barreiro, que costumam fazer notificações, tentaram identificar o suspeito mas foram surpreendidos pelo ataque com machado e faca. A PSP garante que um agente disparou em "legítima defesa", tendo os polícias sofrido ferimentos. Não correm risco de vida.

Nuno Cavaco é tentado a afirmar que o incidente interrompeu os dias de paz. "Não temos criminalidade nem vandalismo, a freguesia está limpa e há crianças a brincar nas ruas", diz o autarca, recordando que o incidente grave mais recente foi em 26 de junho de 2015: um agente da PSP foi agredido e ferido com uma arma branca na sequência de uma desordem entre grupos de jovens durante as festas quando intervinha na troca de agressões entre mais de duas dezenas de pessoas.

"Foi um caso pontual", assume o autarca, para quem "o desemprego e a falta de perspetivas de alguns jovens os levam a fazer algumas asneiras", mas garante que tem sido feito trabalho de cidadania entre as várias associações. "Queremos apontar caminhos, desenvolver competências escolares e dar a conhecer profissões, para que os jovens possam escolher no futuro. É decisivo na vida deles", revela a diretora do CRIVA, que fala em tempos novos para as crianças da freguesia.

Recorda como há uns anos havia menores que só viram o mar pela primeira vez e foram a Lisboa à boleia de um projeto de luta contra a pobreza e testemunha que há "solidariedade" entre os moradores. "Mesmo quem vive com dificuldade tenta ajudar quem tem ainda menos", diz.

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08
Set16

Incêndios de Monchique/Faro, Bragança, Vila Real e Guarda reforçados com meios aéreos

António Garrochinho

“O incêndio de Monchique (Faro) é o que nos preocupa mais face ao que foi desenvolvido durante a noite”, refere o adjunto operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil


Os quatro incêndios em Faro, Bragança, Vila Real e Guarda eram os que às 7h30 preocupavam mais os bombeiros e por isso vão ser reforçados com meios aéreos, incluindo um Beriev, diz o adjunto operacional Marco Martins.
"Neste momento, temos quatro incêndios ativos nos distritos de Bragança, Faro, Vila Real e Guarda. O incêndio de Monchique (Faro) é o que nos preocupa mais face ao que foi desenvolvido durante a noite", adianta o adjunto operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
De acordo com Marco Martins, às 7h30 o incêndio em Monchique que tem duas frentes ativas, mobilizava 298 bombeiros, com o apoio de 98 meios terrestres. "O combate a este incêndio vai ser reforçado de manhã com dois aviões Fireboss e o avião russo Beriev", precisou.
O responsável explica que o incêndio algarvio, que sofreu um reacendimento às 19h57 de quarta-feira e que levou à evacuação de localidades e retirada de pessoas, desenvolveu-se de forma intensa durante a noite. "Hoje de manhã não temos informação de que haja populações em risco", adianta.
Também a preocupar os bombeiros esta manhã está o incêndio que deflagrou na terça-feira às 11h17 nas localidades de Lagoaça e Fornos, concelho de Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança.
"Este incêndio passou entretanto para o concelho vizinho de Mogadouro. No terreno temos 233 operacionais, com o apoio de 83 veículos", contabiliza Marco Martins, destacando que este fogo vai ser reforçado com dois aviões Canadair.
O adjunto operacional destaca também o incêndio nas freguesias de Corujeira e Trinta, no concelho e distrito da Guarda que está a ser combatido por 175 operacionais, com o auxílio de 33 meios terrestres. "Também este incêndio vai ser reforçado durante a manhã com dois aviões fireboss. Este fogo está a desenvolver-se num local de difícil acesso. Não é possível fazer o combate com meios apeados. Esperemos que com este reforço o combate evolua favoravelmente", diz.
Marco Martins dá ainda conta de um incêndio em Soutelinho de Mezio, freguesia de Telões, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real. "Este incêndio, que mobiliza 176 bombeiros, com o apoio de 49 veículos vai ser reforçado com dois fireboss", adianta.
O adjunto operacional salienta ainda que não há casas nem pessoas em risco nos quatro incêndios mais preocupantes desta manhã.


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08
Set16

Maioria dos professores queixa-se da indisciplina

António Garrochinho




Manter a ordem na sala de aula é o maior problema. Só 1.º ciclo aponta a extensão dos programas como mais problemático do que a indisciplina. Ouvir os alunos pode ser solução

Para metade dos professores, a indisciplina na sala de aula é a principal dificuldade para conseguir fazer o seu trabalho. À frente de questões como a extensão dos programas curriculares (o maior problema para 30,3%), as mudanças nas metas curriculares (9,3%) ou o trabalho com os colegas (4,5%). Estas são algumas das conclusões do inquérito "As preocupações e as motivações dos professores", da Fundação Manuel Leão, que será apresentado amanhã, em Vila Nova de Gaia.

Os professores queixaram-se de ser preciso estar constantemente a mandar calar um aluno, evitar que faça observações inapropriadas ou impedir conversas. A chamada "pequena indisciplina", que é também a mais perturbadora da ação dos professores. Só no 1.º ciclo os docentes indicaram o tamanho dos programas como o maior problema, à frente da indisciplina. Enquanto os professores do ensino profissional (63,9%) e das escolas profissionais (65,4%) são os que mais se queixam da indisciplina.

Para o coordenador do estudo, o professor universitário e ex-secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário (1992-1993) Joaquim Azevedo, "a indisciplina é a manifestação mais óbvia de problemas a montante que é preciso enfrentar, sociais e escolares". No entanto, uma das soluções estará certamente em ouvir os indisciplinados. "Quando ouço os alunos com calma, as aulas de 90 minutos e os métodos de ensino [exemplo, as "aulas de passar", em que o professor escreve e os alunos copiam] aparecem à cabeça das queixas. Ouçam-nos, as escolas não ouvem os alunos, ouçam-nos e vão ter por diante uma rigorosa identificação do que é preciso fazer", aponta.

"As escolas não ouvem os alunos, ouçam-nos e vão ter por diante uma rigorosa identificação do que é preciso fazer"
A mesma opinião é defendida pelo professor do ensino básico e secundário Alexandre Henriques. O também autor do blogue Com Regras, que tem promovido inquéritos semelhantes entre professores, diretores e pais, lembra que a indisciplina é um problema referido por todos estes elementos. "Os pais apontam os problemas de indisciplina em casa, os diretores e professores dizem que a indisciplina está a crescer", refere. E nas salas de aula não há espaço para inovar nos métodos, porque as metas a cumprir são muito rígidas, acrescenta.

Além disso, Paulo Guinote, professor do 2.º ciclo e especialista em História da Educação, apresenta como principal problema a falta de consequências. "Hoje a indisciplina não é mais frequente do que era há 20 anos, quando comecei a dar aulas ou até quando andava na escola. O que mudou foi a natureza da indisciplina." Ou seja, a indisciplina "era responsabilizada, pelo menos é esse o entendimento do professor. Agora os alunos quando tem suspensões e faltas não chumbam e há esse sentimento de impunidade", desde 1998, com a alteração do estatuto do aluno, recorda.

Quanto à sua experiência, o professor confessa que não tem grandes problemas: "Prefiro lidar com a indisciplina com humor. Raramente mando alguém para a rua. Mais facilmente expulsava um aluno há 20 anos do que hoje. Sei que eles ficam mais satisfeitos se saírem da sala."

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