No momento em que se inicia a segunda sessão legislativa da presente Legislatura, não será ainda tempo de balanços mas é certamente tempo de considerar o percurso feito até aqui para melhor identificar as exigências que se nos colocam no momento que atravessamos.
O último ano ficou decisivamente marcado pelo afastamento de PSD e CDS do Governo e pela solução política encontrada após as eleições para a Assembleia da República que permitiu travar e inverter no imediato o curso da brutal ofensiva que PSD e CDS vinham desenvolvendo contra os direitos, os rendimentos e as condições de vida dos trabalhadores e da maioria do nosso povo.
Mas este último ano ficou igualmente marcado pela acção revanchista de PSD e CDS e pelas tentativas da União Europeia de travar a recuperação de direitos e rendimentos, procurando destruir a solução política que assumiu essa recuperação como compromisso.
Interpretando e assumindo a hostilidade e a forte resistência das forças do grande capital nacional e transnacional à solução política alcançada, PSD e CDS – e também a União Europeia – assumiram uma postura de sistemática oposição e resistência a toda e qualquer medida que contribua para reverter o saque de direitos e rendimentos que perpetraram ao longo dos últimos quatro anos.
Toda a acção de PSD e CDS – e também da União Europeia – foi no sentido de levantar dificuldades e obstáculos às medidas positivas para os trabalhadores e o povo e de procurar criar as condições para inverter a actual situação e retomar a ofensiva!
Mesmo quando as medidas positivas se revelam insuficientes ou limitadas para responder aos graves problemas económicos e sociais dos trabalhadores e do País, lá estão PSD e CDS – e também a União Europeia – a criar barreiras e obstáculos, a desvalorizar o que é alcançado, a procurar destruir o que foi feito, a condicionar novos avanços, a anunciar um desastre sempre adiado.
Não é de esperar que PSD e CDS ou a União Europeia alterem os seus critérios e atitude nos próximos tempos.
Pelo contrário, considerando por um lado o que recentemente tem sido dito por responsáveis do PSD e do CDS a propósito da situação económica e social - entusiasmados com os seus próprios anúncios de uma desgraça que possa vir a abater-se sobre os portugueses ou o País – e não esquecendo por outro lado as sanções decididas contra Portugal pela União Europeia no passado mês de Julho, não será de esperar desses lados apoio às medidas positivas para os trabalhadores e o povo, por mais pequenas que tenham sido ou possam vir a ser.
Da parte do PCP reafirmamos a nossa posição e disponibilidade.
Continuaremos a dar o nosso contributo para que não se desperdice nenhuma oportunidade de aprovar medidas positivas para os trabalhadores e o povo, travando e invertendo no imediato o curso da ofensiva que vinha sendo desenvolvida por PSD e CDS.
Consideramos que é necessário prosseguir e aprofundar o caminho de reposição de direitos e rendimentos, consolidando o que já foi alcançado e levando mais longe as medidas positivas que permitam responder a problemas dos trabalhadores e do povo.
Não alimentamos a ilusão de que seja possível prosseguir esse caminho aceitando as imposições da União Europeia, pelo que continuaremos a reforçar a luta pela rejeição dessas imposições que crescentemente se revelam contrárias à soberania e ao interesse nacional, ao progresso e desenvolvimento do País e à melhoria das condições de vida do povo.
Senhor Presidente, Senhoras e senhores Deputados,
Dar novos e mais firmes passos em frente na melhoria das condições de vida e de trabalho dos portugueses, contrariando o agravamento da exploração de quem trabalha, é o desafio que se coloca.
Sabemos que este caminho só pode fazer-se com sucesso com o envolvimento dos trabalhadores e do povo e a força da sua luta.
Foi a luta que nos trouxe até aqui e há-de ser a luta que há-de levar mais longe uma política que sirva os interesses dos trabalhadores e do povo.
Sabemos que são necessárias outras medidas para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e do povo e não pouparemos esforços para a sua concretização.
Seja no quadro da discussão do próximo Orçamento do Estado, seja no plano das propostas que apresentaremos à discussão na Assembleia da República, continuaremos a bater-nos por objectivos que consideramos necessários e indispensáveis para o País.
Vamos bater-nos por uma política em defesa da produção nacional. Uma política que promova e reforce o investimento público orientado para o crescimento e emprego, com políticas que defendam a agricultura, as pescas e a indústria, que garanta o acesso ao crédito e apoios públicos às micro, pequenas e médias empresas.
Insistiremos na luta contra a precariedade e todas as formas de exploração dos trabalhadores, na revogação das normas gravosas da legislação laboral, na defesa e valorização da contratação colectiva, na exigência do aumento dos salários, designadamente do salário mínimo nacional para 600€ a partir do início próximo ano.
Continuaremos a bater-nos pelo aumento efectivo das reformas e pensões, pelo reforço dos meios do SNS, nomeadamente médicos, enfermeiros e assistentes operacionais bem como na redução e eliminação das taxas moderadoras.
Insistiremos na progressiva gratuitidade dos manuais escolares na Escola Pública. (aparte início da gratuitidade) fixando-a já no próximo ano para o 1º ciclo do ensino básico, bem como na diminuição do número de alunos por turma, na contratação e vinculação dos professores ao quadro.
Continuaremos a lutar por mais e melhor Segurança Social, das prestações sociais.
E continuaremos a lutar contra as injustiças no sistema fiscal. Combatendo os privilégios dos grupos económicos, tributando o património mobiliário e imobiliário e aliviando os impostos sobre os trabalhadores e o povo.
Senhor Presidente, Senhoras e senhores Deputados,
É uma evidência que as consequências da política de direita vão continuar a fazer-se sentir no País e na vida dos portugueses e vão continuar a condicionar nos próximos anos a vida nacional e as perspectivas do seu desenvolvimento.
Não ignorando essas e outras dificuldades, continuaremos a bater-nos por uma política que dê a resposta de fundo aos problemas do País, a política patriótica e de esquerda que o PCP propõe aos trabalhadores e ao povo.
Depois de passar por Arequipa e pelo Vale do Colca, partimos pra Puno, a principal cidade base pra quem quer visitar o lago navegável mais alto do mundo. E foi exatamente ali, nas águas calmas do Titicaca que tivemos os momentos mais excêntricos e inesquecíveis da viagem.
As ilhas de Uros e Taquile, além de serem um colírio para os olhos, são também uma imersão em uma cultura incrivelmente rica e com costumes singulares. Isso sem falar no complexo de Sillustani, com suas torres funerárias milenares recheadas de história.
3) Complexo Arqueológico de Sillustani
Depois de passar por Uros e Taquile, seria difícil ser surpreendido, mas o Complexo Arqueológico de Sillustani conseguiu o feito. Ali eram sepultados os corpos dos endinheirados do Reino de Colla, juntamente com suas jóias e objetos preciosos.
E apesar das torres terem sido danificadas por raios, dá pra se ter uma ideia da grandiosidade e importância das tumbas funerárias. O local também não foi escolhido a toa: ele fica debruçado sobre o lago Umayo, com uma vista privilegiada e de tirar o fôlego, literalmente, dos vivos que visitam o complexo.
Ilha de Taquile
Taquile é uma ilha que mais parece um país a parte. A população de cerca de 2.000 habitantes vive de uma forma completamente única, com seus próprios hábitos, regras, culinária e até mesmo um código de vestimenta.
E depois de subir a mais de 4 mil metros de altitude, nada melhor que um chá de muña pra reduzir os efeitos do soroche e um almoço preparado pelos locais com direito a uma deliciosa sopa de quinoa e muita Inka Cola, o refrigerante mais vendido do Peru.
Durante a refeição, o guia ainda nos contou sobre os costumes e a diferença nas cores dos gorros, que indicam se o homem é casado ou solteiro. E pra fechar com chave de ouro nossa visita por lá, tivemos uma apresentação de dança típica.
PRESIDENTE GUILHERME
1) Ilhas Flutuantes de Uros
Depois de navegar uns 20 minutos pelo lago, chegamos ao primeiro destino do dia: as flutuantes e inacreditáveis ilhas de Uros. Lá fomos recebidos pelo Guilhermo, considerado o presidente da ilha, que nos contou um pouco sobre o modo de vida e a história do local. Tudo isso no idioma dos habitantes, o Quechua, que foi prontamente traduzido pro espanhol pelo nosso guia Fred.
Os visitantes podem fazer passeios nos tradicionais barcos feitos em junco, comprar os artesanatos produzidos na ilha ou simplesmente ficar contemplando o visual surreal enquanto toma um chá de muña ou coca.
Descrição A raposa-do-ártico (Alopex lagopus), também conhecida como raposa-polar, é uma raposa de pequeno porte endêmica no Hemisfério Norte. Este animal é considerado atualmente como o único membro do gêneroAlopex.
Medindo cerco de 50 centímetros, estas raposas costumam viver entre 3 e 10 anos e não pesam mais que sete quilos.
Diferente do que muitos pensam, a pelagem destes animais não é branca durante todo o ano. A cor varia conforme a estação do ano, sendo branca no inverno e castanho-parda no verão. A camada de pelo externo da raposacobre uma densa e espessa camada de pelo inferior.
Comportamento
As raposas do Ártico correm grandes distâncias, algumas de mais 2.300km, todos os anos em busca de comida. Acasalam com o mesmo par durante toda a vida. Quando estão procriando, partilham o território com outros casais, geralmente construindo a toca em uma zona abrigada e sem gelo ou entre pedras. Essas tocas são construções complexas, chegando a possuir 250 entradas. Algumas têm sido utilizadas continuamente ao longo da mais de 300 anos. A raposa usa a toca como esconderijo contra o mau tempo, despensa para armazenar sobras de comida, abrigo para as crias ou para se refugiar de predadores. Entretanto, não hibernam nessas tocas. Quando o tempo está muito ruim, escava uma cova na neve, enrosca-se e enrola a cauda à volta dos pés e pernas para se aquecer.
Dieta
As raposas do ártico caçamlemingues,ratose outrospequenos mamíferos. Também apanhamcaranguejosepeixesna costa, bem comoaves marinhase seus ovos. A carne putrefata é uma parte importante da sua dieta; elas seguem os ursos polares para se banquetearem com os restos das suas matanças defocas. As raposas do ártico também comem bagas. Em épocas de fartura, armazenam as sobras de carne em suas tocas, alinhando ordenadamente aves sem cabeça ou cadáveres de mamíferos. Essas reservas são consumidas nos meses de inverno.
Reprodução
No início doverão, um casal de raposas do ártico produz uma ninhada de em média seis a dez crias. O período de gestação da raposa do ártico dura 50 dias. Os progenitores e, ocasionalmente, outras fêmeas ajudantes tratam das crias. Elas são desmamadas com cerca de 9 semanas e deixam a toca com 15 semanas. Durante sua permanência no ninho, as crias e os seus progenitores comem cerca de 4 millemingues, sua presa favorita.
O número de raposas do ártico depende da disponibilidade de alimento e varia conforme o número de suas presas. Considerada pouco preocupante pela IUCN.
O pintor, escultor e arquiteto Michelangelo Buonarroti nasceu em Caprese, Itália, em 6 de março de 1475. Durante uma carreira de mais de 70 anos, Michelangelo ganhou fama quase mítica como um dos homens mais proeminentes do Renascimento e contou com reis e papas entre seus muitos admiradores e patronos. Temperamental e brilhante, Michelangelo nos deixou várias obras-primas, incluindo a estátua de Davi, a Pietá e o teto da Capela Sistina. Neste artigo, descubra alguns fatos surpreendentes sobre o artista muitas vezes chamado de “o Divino”.
1 - Michelangelo foi descoberto após tentar fraudar uma obra de arte Em 1496, Michelangelo fez uma escultura de um cupido adormecido e tratou-a com terra alcalina para fazer parecê-la mais antiga. Ele então a vendeu a um comerciante, Baldassare del Milanese, que por sua vez vendeu-a ao cardeal Riario de San Giorgio. Riario soube dos rumores da fraude e recebeu o seu dinheiro de volta, mas ele ficou tão impressionado com a habilidade de Michelangelo que o convidou à Roma para uma reunião. O jovem escultor, que ficaria na Cidade Eterna por vários anos, acabou sendo contratado para esculpir a “Pietá”, o trabalho que deu início a sua fama de grande artista.
2 - Quando adolescente Michelangelo teve o nariz quebrado por um rival Na adolescência Michelangelo foi enviado para viver e estudar na casa de Lorenzo de Médici, um dos mais importantes mecenas da arte de toda a Europa. Pietro Torrigiano, seu colega de estudo, ficou tão irritado com o talento de Michelangelo, ou mais provavelmente com a língua mordaz do artista, que desferiu um soco no nariz de Michelangelo, deixando-o permanentemente torto.
3 - A “Pietá foi” o único trabalho assinado por Michelangelo Segundo Giorgio Vasari, biógrafo e contemporâneo de Michelangelo, logo após a entrega da sua Pietá, Michelangelo ouviu alguém atribuir a autoria do trabalho a Cristóforo Solari, outro escultor da época, fato que levou o florentino a assinar a escultura. Michelangelo esculpiu MICHEL.A[N]GELVS BONAROTVS FLORENT[INVS] FACIEBAT (Michelangelo Buonarroti, de Florença, fez isso) sobre a faixa que atravessa o peito de Maria. É a única obra assinada por Michelangelo que se tem conhecimento. Vasari também relata que Michelangelo mais tarde se lamentou por sua explosão de orgulho e jurou nunca mais assinar outro trabalho feito por suas mãos.
4 - Michelangelo e Leonardo da Vinci tinham uma forte antipatia um pelo outro Michelangelo e Leonardo da Vinci sentiam “uma intensa antipatia um pelo outro”, diz o biógrafo Giorgio Vasari. Michelangelo e Leonardo possuíam personalidades fortíssimas e as diferenças de visão dos dois em relação à arte eram irreconciliáveis. Isso os levava a confrontarem-se sempre que as circunstâncias lhes colocavam frente a frente.
Certo dia, Leonardo da Vinci estava passando pela Piazza Santa Trinita em Florença. Alguns senhores que debatiam sobre Dante em frente ao palácio da família Spini, o chamaram e pediram que ele explicasse uma passagem díficil da Divina Comédia; naquele momento Michelangelo chegou e Leonardo sugeriu que o escultor elucidasse a dúvida em questão. Essa proposta irritou Michelangelo. Em vez de discursar sobre Dante, ele se dirigiu a Leonardo de forma desrespeitosa e retrucou: “Você pode explicar, você que desenhou um cavalo para ser fundido em bronze, mas que não foi capaz de fazê-lo.” Com isso, ele se afastou, deixando Leonardo com “o rosto vermelho por suas palavras”.
5 - Michelangelo esculpiu o “Davi” foi em um bloco de mármore descartado por outros escultores
Davi, a belíssima escultura do renascimento, foi criado entre 1501 e 1504. Em 1501, Michelangelo tinha apenas 26 anos de idade, mas ele já era o mais famoso e mais bem pago artista de seus dias. A estátua foi originalmente encomendada pela Opera del Duomo para a Catedral de Florença. O projeto começara em 1464 por Agostino di Duccio e mais tarde continuada por Antonio Rossellino em 1475. Ambos os escultores deixaram como resultado um enorme bloco de mármore descartado, devido à presença de muitos “tarolis”, ou imperfeições, o que podia ameaçar o estabilidade de uma estátua tão grande.
Esse bloco de mármore de dimensões excepcionais permaneceu esquecido por 25 anos. Quando Michelangelo o viu, teve uma visão mística do acreditava ser a figura de Davi já esculpida dentro do bloco de pedra. Ao estudar o mármore bruto, examinando com toques a superfície da laje, Michelangelo podia sentir as formas do rei hebreu. Em seguida, camada por camada, após quatro anos de trabalho árduo, ele libertou a sua criação dessa prisão rochosa - a magnífica estátua de Davi.
6 - Michelangelo era um homem vingativo
Durante o tempo em que Michelangelo trabalhava em sua obra-prima “O último julgamento”, o Papa Paulo III foi visitar a capela Sistina com seu séquito de prelados. Entre eles estava Biagio da Cesena, mestre de cerimônias do papa, que ficou escandalizado com a grande quantidade de figuras nuas e que protestou fortemente, afirmando que um afresco de tal tipo não merecia nada mais do que a parede de uma taverna.
Michelangelo vingou-se pintando Biagio da Cesena no inferno, como Minos, juiz das almas, com duas enormes orelhas de burro e com uma serpente enrolada no corpo, a picar seus órgãos genitais. Quando o ressentido mestre de cerimônias reclamou, o papa respondeu-lhe dizendo que, infelizmente, sua jurisdição não cobria o inferno.
7 - Michelangelo colocou seu auto-retrato em algumas de suas obras Michelangelo nos deixou alguns auto-retratos formais, mas ele também escondeu representações estilizadas de seu rosto em suas pinturas e esculturas. O mais famoso desses auto-retratos ocultos é o encontrado em “O Juízo Final”, em que São Bartolomeu é mostrado segurando um pedaço de pele esfolada cujo rosto parece ser o do artista. Michelangelo também retratou-se como São Nicodemos em sua Pietá Florentina e os historiadores de arte sugerem que ele também pode ter incluído seu auto-retrato em uma cena da multidão do seu afresco “A Crucificação de São Pedro”.
8 - Michelangelo escreveu centenas de poemas
Michelangelo é mais conhecido como um mestre das artes visuais, porém, em sua época ele também foi um respeitado homem de letras. Ele escreveu centenas de sonetos e madrigais, anotando versos que lhe vinham à mente enquanto esculpia em sua oficina. A poesia de Michelangelo faz extenso uso do jogo de palavras e abrange de tudo, desde sexo e envelhecimento até a bexiga hiperativa. Embora nenhuma dessas obras tenha sido formalmente publicada em sua vida, os poemas de Michelangelo circularam amplamente entre os literatos de Roma do século XVI e houve compositores que até musicaram alguns deles.
9 - Michelangelo viveu além das expectativas de vida do seu tempo Em 1557, Michelangelo tinha sido forçado a deixar Roma devido à ameaça de invasão pela Espanha. Ele passou vários dos últimos anos de sua vida viajando, a mesma maneira que iniciara a sua vida adulta. Michelangelo retornou a Roma após às ameaças de guerra terem passado. Michelangelo morreu após uma curta doença em 1564, poucos dias antes de completar 89 anos, sobrevivendo muito além da expectativa de vida habitual da época.
10 - Michelangelo continuou trabalhando até na semana da sua morte
Michelangelo passou a maior parte de seus anos dourados supervisionando a construção da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Mesmo depois que ele se tornou fraco demais para ir ao local de trabalho regularmente, ele ainda comandava as obras a partir de casa, através do envio de desenhos e modelos para capatazes confiáveis. No entanto, a escultura permaneceu sendo o verdadeiro amor de Michelangelo; ele continuou a trabalhar no seu atelier em casa até o fim. Alguns dias antes de morrer, Michelangelo ainda trabalhava na chamada "Rondanini Pieta", que retrata Jesus nos braços da Virgem Maria.
11 - Michelangelo foi o primeiro artista ocidental a ter a biografia publicada em vida
Duas biografias de Michelangelo foram publicadas durante a sua vida; uma delas, escrita por Giorgio Vasari, propos que Michelangelo foi o auge de toda a realização artística desde o início do Renascimento, um ponto de vista que continua a ter adeptos na história da arte ao longo dos séculos.
12 - Duas obras de Michelangelo foram alvos de vandalismo
Em 1972, um geólogo mentalmente instável chamado Laszlo Toth saltou a cerca de proteção na Basílica de São Pedro e atacou com um martelo a “Pietá”. O ataque quebrou o nariz e o antebraço da Madona, bem como parte de sua pálpebras e véu. As equipes de restauração conseguiram recuperar dezenas de pedaços de mármore da estátua, incluindo um que foi enviado para o Vaticano por um turista americano que o havia pegado durante o tumulto. Foram 10 meses de reparação até a obra ser colocada em exibição novamente, desta vez atrás de um de vidro de proteção.
Destino semelhante mais tarde se abateu sobre o “Davi”: em 1991, um vândalo quebrou a marteladas um dedo do pé esquerdo da estátua.
As Sete Maravilhas do Mundo Natural podem ter sido estipuladas muito rapidamente.Maravilhas como o Grand Canyon e Victoria Falls são certamente grandes, e qualquer um que vê-los certamente ficará impressionado.
Há outros lugares no mundo, no entanto, que são desconhecidos agora.Lugares que parecem de outro planeta.Estes são lugares que cientistas tiveram que lutar apenas para entender como eles foram formados.Lugares que realmente fazem você se perguntar, não apenas porque é bonito, mas porque eles não parecem seguir as leis científicas que existem em qualquer outro lugar na Terra.
Shanay-Timpishka, o rio que a água ferve
Nas profundezas da Amazônia peruana encontra-se um rio de mais de 6 quilometros de comprimento e diferente de qualquer outro na terra.O Shanay-Timpishka é tão quente que qualquer animal que caminha para dentro ele é cozido vivo .Quando uma criatura infeliz vagueia, os olhos cozinhar em primeiro lugar, derretendo em seu crânio.Logo, o animal fica com muita dor , a água enche a boca e os pulmões, e é cozida de dentro para fora.
O rio fica tão quente e chega a 91º C , e cientistas não sabem ao certo porque isso acontece.Normalmente, isso acontece quanto tem um vulcão por perto, mas este não é o caso, pois o mais próximo está a 700 km de distancia.
Movile, a caverna com atmosfera de enxofre
No sudeste da Romênia, há uma caverna que ficou longe do menor raio de luz por 5,5 milhões de anos e que tem uma atmosfera completamente diferente da terra.
A caverna foi descoberta por trabalhadores que procuram a criação de um grupo motopropulsor.Eles testaram o solo para ver se era um lugar seguro para construir e abriu um caminho que leva a um dos lugares mais estranhos na terra.
Se você descer através do eixo estreito e passar por uma série de túneis, você entrará em uma câmara com um lago de água fétida.O ar não é tóxico, é cheio de sulfureto de hidrogénio e contaminado com 100 vezes mais com dióxido de carbono.
O mais estranho, porém, é que todo um ecossistema tem sobrevivido dentro dela.Os pesquisadores descobriram 33 espécies dentro da caverna que não existem em qualquer lugar fora dele.Eles se adaptaram para sobreviver em um ambiente sulfúrico, e se alimentam de uma espuma em cima das pedras.
Muro petrificador, onde a água transforma os objetos em pedra
Em Knaresborough norte de Yorkshire existe um lugar onde a água escorre de um lado do penhasco que qualquer coisa que se coloca sob a água vira pedra.
O processo geralmente leva de três a cinco meses, mas você pode deixar qualquer coisa sob a água escorrendo e, quando voltar, será pedra.As pessoas deixaram de tudo, desde ursinhos de pelúcia até bicicletas lá, e cada um foi transformado em uma estátua.
Durante muito tempo, as pessoas acreditavam que o local foi amaldiçoado por uma bruxa.Os cientistas de hoje, no entanto, descobriram que a água possui uma quantidade mineral muito elevada.Como resultado, ele cria um escudo mineral duro sobre qualquer coisa que toca.
Grüner See
Na Áustria, há um parque com trilhas bonitas e bancos que você pode se sentar em qualquer manhã de outono.Se você visitar na primavera, porém, é um pouco diferente, na verdade, você vai precisar de um equipamento de mergulho.
O parque é perto das montanhas Hochschwab, que ficam completamente cobertas de neve no inverno.Há tanta neve nas montanhas que, quando derrete, o lago do parque dobra de tamanho e inunda o parque.
Se você nadar através dele na primavera, você verá bancos e pontes sob a água.Mesmo algumas das flores alpinas, que normalmente só sobrevivem acima da superfície, irá florescer sob a água. Quando chega o verão, a água começa a recuar e o parque aparece novamente.
O Farol de Maracaibo
No oeste da Venezuela sobre o rio Catatumbo, há uma tempestade que nunca cessa.A partir das 19:00 a cada noite, um raio cai sobre a água por dez horas todas as noites, 260 noites por ano .
Ninguém sabe ao certo por que isso acontece.Até recentemente, a principal teoria era que tinha algo a ver com urânio na rocha, embora os cientistas estão começando a duvidar disso.
Ninguém realmente sabe com certeza, no entanto, por que isso acontece. É Tudo bem misterioso, incluindo um momento, em 2010, quando, inexplicavelmente, parou.Um dia, a tempestade parou sem explicação. Em seguida, após 6 semanas de silêncio, ele acendeu de novo e tem sido constante desde então.
A lagoa azul de Hokkaido
Na ilha japonesa de Hokkaido há um lago que é diferente de qualquer outro no mundo.A água é uma sombra única, azul que brilha e muda a sua sombra quando você olha para ele a partir de ângulos diferentes.Como as estações mudam a água muda de cor ainda mais , passando através de tons de azul e verde.
O lago foi realmente feito pelo homem.Os moradores locais fizeram uma represa na área e criaram um reservatório onde a água bloqueada pela barragem pudesse sercoletada.Para sua surpresa, no entanto, a água que era recolhida mudou de cor.
Os cientistas acreditam que a cor estranha da água vem de partículas de hidróxido de alumínio que se mistura com ela.
Ijen, o vulcão que possui lava azul
Na Indonésia, há uma mina de enxofre construída em um vulcão, e quando os trabalhadores anda lá pela noite nem precisam de luzes, porque seu caminho é iluminado pelo estranho líquido azul florescente que escorre como lava.
Kawah Ijen é frequentemente descrito como um vulcão com lava azul, embora os cientistas sabem agora que o fio azul não é realmente lava, é enxofre.Todo o enxofre no ar é tóxico, e os pesquisadores e fotógrafos que o visitam têm que usar máscaras de gás para se manter seguros.
O Governo israelita e o Facebook decidiram, na segunda-feira, trabalhar juntos para tratar, na rede social, o «incitamento à violência» – modo como Israel se refere à oposição à política de ocupação, repressão e discriminação que exerce sobre os palestinianos.
O acordo, divulgado pela agência Associated Press, foi anunciado após um encontro de altos quadros do Facebook com dois membros do Governo israelita: Ayelet Shaked, ministra da Justiça, e Gilad Erdan, ministro da Informação e ministro da Segurança Pública, Assuntos Estratégicos e Diplomacia Pública (um cargo criado por Benjamin Netanyahu especificamente para combater a oposição palestiniana e internacional às políticas de Israel), informa o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
A ministra Ayelet Shaked, conhecida pelas suas posições extremistas contra os palestinianos, declarou, após a reunião: «O nosso objectivo principal é que essas empresas [Facebook, Google, YouTube] monitorizem elas próprias o material que contém o incitamento.»
Por seu lado, um porta-voz do Facebook confirmou a colaboração, aceitando ao mesmo tempo implicitamente a definição israelita de «terrorismo»: «Viemos escutar e ver se podemos fazer mais. Nós temos tolerância zero para com o terrorismo».
Recentemente, a ministra da Justiça vangloriou-se de que o Facebook é extremamente cumpridor no que diz respeito às exigências israelitas de «censura»: «Nos últimos quatro meses, Israel apresentou ao Facebook 158 pedidos para remover conteúdos de incitamento [à violência]», que foram aceites em 95% dos casos, revela The Intercept.
Simultaneamente, políticos israelitas têm acusado o Facebook de não bloquear publicações de palestinianos que «incitam à violência», argumentando que «no último ano se registou uma onda de violência palestiniana que foi alimentada pelo incitamento e divulgada sobretudo através das redes sociais», informa ainda The Intercept.
A parceria censória Facebook-Israel irá centrar-se nos árabes e palestinianos que se opõem à ocupação e à opressão israelitas, num contexto em que são frequentes os casos de detenção de palestinianos por causa daquilo que publicam nas redes sociais.
Os israelitas, particularmente os colonos, utilizam cada vez mais as redes sociais, incluindo o Facebook, para incitar à violência e «promover um discurso de ódio, racismo e discriminação» contra os palestinianos – uma situação que tem sido divulgada pela imprensa e denunciada pelos palestinianos, mas que Israel ignora e branqueia.
Enquanto muita gente anda por aí reclamando sobre o desmatamento e pedindo mais árvores, mais parques e mais verde pelas cidades, um grupo de mais de 44 mil pessoas no Equador decidiu trocar o descontentamento pela ação. E por uma ação nada modesta, diga-se de passagem: ao todo, foram plantadas cerca de 650 mil árvores em apenas um dia.
Ao investir no reflorestamento, o grupo alcançou um recorde mundial pela façanha, devidamente registrado pela equipe doGuinness Book. Uma área de cerca de 5 mil acres foi preenchida com mais de 220 espécies diferentes de plantas. Mais importante do que o recorde obtido é o fato de que a ação irá permitir que o Equador atinja sua meta de conservar e restaurar mais terras do que as que foram desflorestadas entre os anos de 2008 e 2017.
O reflorestamento pode ser ainda uma ótima saída para reduzir a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera – e as pessoas que fizeram parte deste dia mostraram que boa vontade também pode ajudar o meio ambiente.
Os castelos de areia passaram de brincadeira de criança para gente grande, entrando em grandes competições de quem faz o maior e melhor nas praias pelo mundo. Mas quem não está para brincadeira mesmo é o Zand Hotel, na Holanda, o primeiro hotel feito de areia que se tenha conhecimento.
Com unidades nas cidades de Oss e Sneek, os hotéis pop up têm duração limitada, mantendo-se em pé apenas durante os festivais de construções de areia Friesland, que se encerra dia 28 de setembro, e deBrabant, com final no dia 4 de outubro. Compostos por apartamentos com uma suíte, os empreendimentos foram erguidos com paredes arenosas, tetos e esculturas decorativas, além de janelas, eletricidade e wi-fi.
Em meio a outros castelos de areia, os hotéis cobram diárias de 150 euros, que incluem passeio guiado pela área de exposição, com outras 30 grandes esculturas. Com o sucesso, a produtora de eventos Global Pow Wow já prometeu lançar o hotel de areia novamente em 2016.
Gymkhana Nine é outro vídeo da série na qual o piloto Ken Block exibe suas habilidades ao volante. Neste caso, com o subtítulo de "Raw Industrial Playground" Ken faz todo tipo de drifting (derrapagens), manobras e zerinhos em uma zona industrial abandonada em decadência. Ao estilo de vídeos anteriores "Wild in the Streets of Los Angeles" e outros disponíveis no canal The Hoonigans a ação não para nunca, são oito minutos sem sair de cima. De qualquer forma há quem diga que nem assistiu o vídeo pois o destaque matador é Ken fechando a porta em 00:37.
Os mágicos e adivinhos desfrutaram de verdadeiro respeito em algumas sociedades durante milhares de anos. Na antiguidade eram levado muito a sério e inclusive venerados, mas atualmente os mágicos são considerados artistas e os adivinhos apenas um bando de farsantes. Neste post queremos mostrar um truque de magia digital (depende do PC, tablet ou celular, que esteja usando) que você poderá fazer com seus amigos. Com ele realmente vamos "ler a sua mente". Sério! Não acredita?
Para começar olhe a imagem com 6 cartas a seguir. Escolha uma e tente lembrar bem qual é. Pode até escrever em um papel, para que assim não tenha dúvidas depois.
Já escolheu? Bem. Agora vamos contar até 3 e depois tirar a carta que você escolheu. Role tela abaixo e veja se nós acertamos.
1
2
e 3
Efetivamente, sua carta já não se encontra entre as disponíveis, certo? É possível que mais de um esteja assombrado, outros devem ter descoberto o truque rapidamente. O que é indubitável é que esses primeiros segundos de desconcerto, ao ver que nossa carta não está entre essas 5, é algo que todos temos.
A explicação é bem simples. Em realidade não é que tenhamos adivinhado sua carta e a retirado, singelamente é que nenhuma das 6 cartas do princípio se encontram entre as 5 seguintes. O resultado é uma classe de ilusão de óptica, pois como são todas parecidas nosso cérebro não as memoriza, principalmente porque em nenhum momento pretendia mesmo memorizá-las.
Nesta imagem você pode ver a comparação. É um truque bem simples, mas que engana bem mais de um. Como dá para notar, para ser mágico não são necessários poderes, só um pouquinho de astúcia.
Milhões de famílias foram separadas durante a abominável época do Holocausto. Muitas crianças que chegaram a escapar das inúmeras incursões de pessoas e abandonaram as terras da Alemanha Nazista, se encontraram vagamundeando de um lugar para outro, buscando rastros do que poderia ter acontecido a seus pais, irmãos e outros entes queridos. Infelizmente para muitas pessoas, as respostas para suas perguntas nunca iriam chegar.
Nascida na Alemanha Ocidental em uma família judia, Mirian Shapiro vivia com seus pais, sua irmã Edith e seu irmão mais velho Otto. Era o começo do governo Nazi. Embora tivesse apenas quatro anos, recorda perfeitamente de se esconder no quarto de seus pais durante a “Kristallnacht”, a noite dos cristais quebrados.
Na continuação lhe apresentaremos a história de Miriam. É um testemunho que vale a pena conhecer para ter sempre em mente aqueles tempos de repressão. Vale a pena recordarmos para que nunca mais ocorram atrocidades semelhantes na Terra.
Miriam se lembra também perfeitamente daquele dia em que os nazistas vieram e levaram seus pais enquanto ela e seus irmãos se escondiam debaixo da cama. Muito mais adiante descobriu que sua mãe havia desaparecido no gueto de Lodz (território da atual Polônia) e seu pai Jacob faleceu no campo de concentração Dachau 3 semanas antes da liberação desse campo.
Porém, o grande desaparecido era o irmão de Miriam. A mulher durante décadas buscou documentos que pudessem leva-la ao paradeiro de Otto e seus pais, incluindo informações sobre como e onde seu irmão havia morrido.
Não foi antes de terminar os anos 80 de idade que Miriam recebeu uma fotografia de Otto com a idade de 12 anos do Museu do Holocausto de Amsterdam.
A foto vinha acompanhada de um certificado de óbito. Essa era a prova final de que Otto havia falecido em um mosteiro, nos arredores de Londres que também servia como uma escola para órfãos. Com essa nova informação e com a ajuda de geólogos. Miriam finalmente encontrou a informação que buscava durante toda a sua vida: encontrou o tumulo de seu irmão.
Com suas duas filhas de cada lado, Miriam foi visitar o lugar de eterno repouso de seu irmão em um cemitério judeu localizado nos subúrbios de Londres. Uma vez ali, rezou uma oração para a alma de Otto.
Embora fosse uma situação triste, ela teve uma surpresa inesperada e muito mais alegre. Ante as lapides saiu em seu encontro Joey Flux. Se quer sabem quem é Joey Flux e o que une ele a Miriam, não perca a página seguinte.
Os pais de Joey, a família Flux, cuidou de Miriam durante sua infância em Manchester. Eles também cuidaram de muitas outras crianças depois da guerra. Quando Miriam tomou rumo a Israel, a mãe de Joey lhe disse que nunca se esqueceria da órfã. O encontro no cemitério foi o primeiro há 64 anos.
Miriam trazia consigo quatro pedras de Israel para a tumba de Otto. Cada uma representa um membro da família morto. Miriam comentou: “Tenho o direito de fechar o círculo e lamentar minha família”.
Mesmo a visita tendo sido muito dolorosa, Miriam está contente por ter tido a oportunidade de se despedir da sua família. Disse: “Tinha uma mãe, um pai, uma irmã e um irmão. Sou a única que segue com vida para poder contar a história”. Nos alegramos que Miriam encontrou o que há tanto tempo havia buscado. Quando se pode encontrar luz em meio a escuridão, a esperança segue sempre viva.
Em nosso tempo na Terra, os humanos tem provocado a extinção de várias espécies animais. No entanto, de tempos em tempos, somos beneficiados com uma segunda oportunidade. Na região da Costa da Austrália, em um pico moldado pelo vento, em grande parte composto de rocha árida e conhecido como A Pirâmide de Ball, houve uma aparição surpreendente de uma criatura estranha e antiga.
Esta é a Pirâmide de Ball. Descoberta pela marinha britânica no ano de 1778, o pico desta magnífica construção geológica chega aos 562 metros de altura. Embora pareça uma caverna de dragão, a verdade é que não passa do resto de um vulcão e possui os últimos sobreviventes de uma espécie animal.
A Pirâmide de Ball está a apenas 13 milhas de Lord Howe Island que, quando foi descoberta pelos exploradores europeus no final do ano 1700, foi o lar de uma estranha criatura. Estes insetos pretos e blindados tem supostamente a longevidade de um humano e recebeu o nome de lagosta-das-árvores.
No ano de 1918, ratos pretos que foram transportados em barcos chegaram a ilha e as lagostas-de-árvores da ilha Lord Howe deixaram de existir. A última vez que essa espécie foi vista foi em 1920.
No entanto, na época de 2001, os cientistas australianos David Priddel e Nicholas Carlile decidiram investigar os rumores sobre os cadáveres dos insetos da Pirâmide de Ball.
Quando eles estavam a uns 500 pés do pico mais alto da pirâmide, encontraram o que estavam procurando. Reunidos em torno de um único arbusto, havia uma pequena colônia de 24 insetos de Lord Howe.
No fim das contas, estes insetos eram tão grandes quanto as suas lendas. Alguns chegavam a ter 6 polegadas de comprimento e agora são considerados os insetos mais pesados do mundo.
“Quando pudemos vê-los de perto, me senti como se tivesse voltado à era jurássica”, disse Carlile, “quando os insetos governavam o mundo”.
Nos anos seguintes, as autoridades da conservação vêm tratando de aumentar o número de insetos, cuidando da pequena colônia. Não muito tempo atrás, foram capazes de captar em vídeo o nascimento de uma nova geração de insetos e foi um momento realmente mágico.
Observar essas pequenas coisas saindo dos ovos nos enche o coração de alegria. Mesmo estranhos, é um verdadeiro milagre que nos tenha sido dada esta segunda oportunidade de ajudar estas criaturas.
Considerado por muitos autores como o mais completo poeta do nosso século XVIII, Manuel Maria Barbosa du Bocage, filho de um advogado e de uma senhora francesa de quem herdou o último apelido, nasceu a 15 de setembro de 1765, em Setúbal, e morreu a 21 de dezembro de 1805, em Lisboa. Aos 16 anos assentou praça na Infantaria de Setúbal, mas em 1783 alistou-se na Academia Real da Marinha. Em Lisboa, participou na vida boémia e literária e começou a ganhar fama devido à sua veia de poeta satírico. Em 1786 embarcou para a Índia, chegando a ser promovido a tenente; em 1789 aventurou-se a ir a Macau e logo no ano seguinte regressou a Portugal. Em Lisboa encontrou a amada Gestrudes (em poesia Gestúria) casada com o seu irmão. Infeliz no amor, sem carreira e com dificuldades financeiras, dedicou-se à vida boémia e à poesia, tendo publicado, em 1791, o primeiro volume de Rimas . Aderiu então à Nova Arcádia (ou Academia de Belas Letras) onde recebeu o nome de Elmano Sadino. No entanto, Bocage, pela sua instabilidade e irreverência, não se adaptou ao convencionalismo arcádico e abriu conflitos com os seus confrades, sendo expulso em 1794. Três anos depois foi acusado de "herético perigoso e dissoluto de costumes" e, como era conhecida a sua simpatia pela Revolução Francesa, foi preso e condenado pela Inquisição. Quando saiu da reclusão, conformista e gasto, viu-se obrigado a viver da escrita (sobretudo de traduções). Apesar de ter recebido o auxílio de alguns amigos, acabaria por morrer doente e na miséria.
Se formalmente a poesia bocagiana ainda é neoclássica, se nalgum vocabulário e nos processos de natureza alegórica ainda se sente a herança clássica, concretamente a camoniana, pelo temperamento, por grande parte dos temas (como o ciúme, a noite, a morte, o egotismo, a liberdade, o amor - muitas vezes manifestado por uma expressão erotizante) e pela insistência nalgumas imagens e verbos que denunciam uma vivência limite, pode bem dizer-se que uma parte significativa da produção poética de Bocage é já marcadamente pré-romântica, anunciando assim a nova época que se aproxima. Apesar de a sua poesia ser contraditória, irregular, e de os seus versos revelarem concessões artisticamente duvidosas, Bocage é considerado, com justeza, um dos maiores sonetistas portugueses.
As obras de Bocage encontram-se editadas atualmente nas antologias: Opera Omnia, Poesias (antologia que inclui a lírica, a sátira e a erótica) e Poesias de Bocage.
Bocage. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
Agatha Christie é, e sempre será, a Rainha do Crime. Soberana dos romances policiais, vendeu milhões de livros pelo mundo e foi traduzida para 45 línguas, sendo ultrapassada em vendas somente pela Bíblia e por Shakespeare. Nasceu Agatha Mary Clarissa Miller, em 15 de Setembro de 1890, na cidade inglesa de Torquay, mais precisamente na mansão Ashfield. Cresceu a ouvir as histórias de Conan Doyle, Edgar Allan Poe e Leroux, contadas pela sua irmã mais velha, Madge. Mas foi a mãe que lhe incentivou a começar a escrever contos, quando uma forte gripe fez a menina Agatha ficar alguns dias de cama. Anos mais tarde, continuaria escrever encorajada por Eden Phillpotts, amigo da família.
Em 1914, casou-se com o Coronel Archibald Christie, piloto do Corpo Real de Aviadores. Com ele, além de herdar o nome com a qual se tornaria a maior celebridade dos romances policiais, Agatha teve uma filha, Rosalind. Deram a volta ao mundo e, ao lado dele, a jovem Agatha chegou até a surfar em Honolulu. O divórcio aconteceria em 1928.
O romance de estreia daquela que viria a tornar-se a Rainha do Crime, O misterioso caso de Styles, foi concebido no final da Primeira Guerra Mundial. Foi depois de trabalhar como enfermeira, quando fora transferida para o dispensário que, junto aos medicamentos, voltou a pensar na ideia que mudaria para sempre a sua vida.
O misterioso caso de Styles, trazia pela primeira vez o detective belga Hercule Poirot, personagem que conseguiria ser quase tão popular quanto Sherlock Holmes. E não só esse livro, como outros, foram influenciados pelo trabalho de Agatha no dispensário e possuem mortes por envenenamento.
Em 1926, após ter lançado a média de um livro por ano, Agatha Christie escreveu aquela que ficou conhecida como sua obra-prima: O assassinato de Roger Ackroyd. O livro, primeiro publicado pela editora Collins, marcou o início de um relacionamento autor-editor que durou meio século e rendeu 70 títulos.
Agatha casou-se pela segunda vez em 1930 com o arqueólogo Sir Max Mallowan, 14 anos mais jovem. E foi ao lado dele que a escritora viajou para o Médio Oriente e se apaixonou pelo Egipto e inspirou-se para criar histórias como Morte no Nilo.
Em 1971, Agatha recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico. Faleceu em 12 de Janeiro de 1976, de causas naturais, aos 85 anos de idade na sua residência (Winterbrook), em Wallingford, Oxfordshire. Além de um património avaliado em 20 milhões de dólares, deixou algumas obras prontas, publicadas postumamente.
Ao todo, é autora 66 novelas policiais, 163 histórias curtas, duas autobiografias, vários poemas, e seis romances “não crime” com o pseudónimo de Mary Westmacott. Pioneira em criar desfechos impressionantes, verdadeiras surpresas para os leitores, os seus textos continuam a fascinar as novas gerações.
A sua única filha, Rosalind Hicks, morreu em 28 de Iutubro de 2004, também com 85 anos e, assim como a mãe, de causas naturais. A partir de então, os direitos sobre a obra de Agatha Christie passaram a pertencer ao seu neto, Mathew Princhard.
Legislação anti judaica introduzida na Alemanha pelo Partido Nazi numa convenção reunida em Nuremberga em1935 e aprovada pelo Reichstag naquela data.
De acordo com estas determinações, os judeus alemães perdiam o direito ao voto e eram proibidos de casar ou manter relações extra conjugais com a "população ariana" do país. Quem infringisse estas leis arriscava-se uma longa pena de prisão; depois do início da guerra, em 1939, a pena de prisão transforma-se em pena de morte.
A aprovação destas leis integra-se num processo anti semita, uma característica central da ideologia nacional-socialista, que vinha sendo desenvolvido desde a década anterior. Hitler e outros acólitos ideólogos como Alfred Rosenberg culparam sistematicamente os judeus de todos os males que afligiam a Alemanha desde o fim da Primeira Guerra Mundial. Esse sentimento de preconceito rácico foi "contaminando" muitos setores da população,quer na Alemanha quer na Áustria.
Quando os nazis chegaram ao poder o processo atingiu o seu ponto culminante. Sucedem-se os ataques contra os judeus, muitas vezes ativamente encorajados pelos próprios líderes políticos. O primeiro grande "boicote" à atividade judaica na Alemanha registou-se em 1933 numa altura em que foi aprovada uma primeira legislação anti judaica destinada a "purgar" certas profissões.
Os judeus foram afastados de lugares civis: foram proibidos de exercer cargos no sistema judicial, nas universidades e na saúde pública. Na revista Der Sturmer o ministro da Propaganda Goebbels incendiou os ânimos com sucessivas catalinárias contra os judeus. Por sua vez, surgem os suplementos das Leis de Nuremberga onde esta temática foi desenvolvida. Os judeus, definidos como "todos aqueles que têm um avô judeu", foram proibidos de ter criados "arianos" e forçados a usar nomes judeus, bem como um passaporte especial.
As Leis de Nuremberga, baseadas em teorias biológicas pseudo científicas relativas à "pureza do sangue",privaram, efetivamente, os judeus alemães da sua nacionalidade e representaram mais um passo na campanha nazi para aniquilar toda a comunidade judaica alemã que culminou nos horrores do Holocausto.
leis de Nuremberga . In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagens)
A proclamação das leis
Gráfico do governo nazi de 1935 que explica os esquemas familiares que determinavam a pureza do sangue
O governo britânico deu o aval para a construção de uma nova central nuclear no Reino Unido. O projeto, em Hinkley Point, em Somerset, está orçamentado em 21,5 mil milhões de euros. Um terço desta quantia vai ser financiado pela China. Segundo as palavras do ministro das Empresas e Energia, Greg Clark, esta central nuclear de nova geração de Hinkley Point deverá satisfazer 7% das necessidades totais de eletricidade no Reino Unido: “É importante que haja um certo equilíbrio entre o investimento estrangeiro e assegurar que este investimento serve o interesse nacional. É exatamente isso que estas mudanças vão alcançar. O investimento vai garantir 7% das necessidades de eletricidade do Reino Unido, durante 60 anos”. As organizações ambientais, como a Green Peace, dizem que esta central é demasiado dispendiosa e que o dinheiro devia ser investido em energia solar e eólica. As previsões apontam para que a central nuclear esteja completamente operacional a partir de 2025. VÍDEO
A chantagem continua , mas o " Golpe " da agência de notação DBRS via BCE em Outubro talvez não seja ainda desencadeado , pois há a consciência generalizada que há demasiada instabilidade na U.E. e que uma nova crise poderá ser fatal. O Le Monde de hoje 14 /9 num artigo com o título "A Europa em plena dúvida existencial " cita Mario Monti apresentado como " grande especialista da política europeia" : " Eu sempre considerei que é pelas crises que a Europa tem progredido . Mas pela primeira vez eu expressei (em 2015) dúvidas de que elas ainda nos possam ser benéficas . O que mudou foi que o mecanismo foi quebrado , As crises não me parecem mais gerar energias políticas novas capazes de nos fazer ir em frente ." O social democrata Holandês Frans Timmermans é também claro : A União Europeia (U.E.)enfrenta tantas crises simultâneas que pode não sobreviver . " Interrogado pelo Le Monde Enrico Letta ex presidente do Conselho Italiano e presidente do Instituto Jacques Delors afirma : " A Europa ameaçada ? Sim ou pior ainda....Com a crise económica que persiste , a dos refugiados , terrorismo , Brexit ...a situação é sem precedentes . " Até o magnifico social democrata Jeroen Dijsselbloem apertado na Holanda pela subida do Partido para a Liberdade que diz querer acabar com esta Europa afim de restaurar o Estado providência vem agora constatar que as "desigualdades estão entre os principais factores de inquietação " Que maravilha ! As tentações por parte da direita mais ultramontana para que o golpe seja desde já desencadeado em Outubro serão muitas , mas a dura realidade pode obrigá-los a um compasso de espera . E , como a experiência nos diz não é cedendo a chantagens que se evitam e derrotam os golpes . C. C.
O Exército Nacional da Líbia tomou o controle de quatro dos principais portos de petróleo da Líbia. Os portos de Brega, Ras Lanuf, Zuetina e Sidra agora estão todos sob o controle do governo líbio em Tobruk e fora das mãos dos terroristas islamistas radicais apoiados pelos EUA. Também sob controle do governo de Tobruk estão alguns campos de produção de petróleo. O Exército Nacional Líbio atacou do Leste, Sul e Oeste, em uma ação conjunta para retomar os recursos petrolíferos pertencentes ao povo líbio dos terroristas que os controlavam. O islamista radical Ibrahim Jadran e seus 4 irmãos pertencem ao LIFG (Libyan Islamic Fighting Group) e à Ansar al Sharia. Os irmãos tinham o controle dos portos de petróleo como resultado do apoio dos Estados Unidos contra o povo líbio. Esses 5 irmãos criminosos estavam na prisão na Líbia antes da invasão de 2011 e foram libertados pela OTAN e seus mercenários. Eles vão agora tentar juntar-se ao governo fantoche da ONU e às milícias criminosas em Misurata encorajando-os a convidar forças italianas e dos EUA para retomar o controle do petróleo. Na cadeira da Líbia no Conselho de Segurança da ONU está um cidadão alemão chamado Martin Kobler. Os líbios estão furiosos, e ninguém pode censurá-los, pois roubaram seu país, há milhões de líbios no exílio, pelo menos um milhão de deslocados e a infra-estrutura foi destruída. Seu país está cheio de terroristas radicais ilegalmente armados e financiados pelos sionistas via EUA, roubando-os, matando suas mulheres, crianças e jovens, aprisionando milhares de inocentes sem processo, torturando muitos até a morte. Martin Kobler é um membro da comunidade de inteligência, um espião, e o seu trabalho é formar um governo fantoche (chamado Governo da Unidade) com terroristas da Irmandade Muçulmana, Ansar Al Sharia, LIFG, ISIS, Al Qaeda, etc., muitos deles nem mesmo líbios. Impor este governo fantoche à força ao povo líbio, infiltrá-lo de barco no escuro da noite e escondê-lo no aeroporto de Mitiga sob controle de Belhaj, outro terrorista. Hoje Kobler sentou na ONU dizendo que povo líbio precisa se unir sob seu governo de unidade. Kobler não tem nenhuma noção sobre a Líbia nem direito de falar pelo povo líbio. Em que universo alternativo a ONU pode nomear um representante de um país para outro país? Esta é uma óbvia tática de terror para controlar uma nação soberana. À medida em que o povo líbio começa a tomar de volta seu país dos mercenários terroristas, os seus patrões sionistas vêem seu controle escapar pelos seus dedos e já começam a falar de uma outra ação na Líbia semelhante aos crimes de guerra da OTAN cometidos em 2011. Hoje o Parlamento italiano estava discutindo outra incursão na Líbia. Os EUA já bombardearam a Líbia convidados pelo governo fantoche da ONU. EXÉRCITO LÍBIO RECUPERA INSTALAÇÕES PETROLÍFERAS O Exército Nacional da Líbia lançou um ataque estratégico sobre as instalações petrolíferas no domingo. Bombardeamentos aéreos foram imediatamente seguidos por ataques terrestres. Poucas horas depois os campos de petróleo e portos estavam firmemente sob seu controle. Num apelo após a vitória, o Sheikh Saleh Alatyosh [do Conselho das Tribos] pediu aos empregados das instalações de petróleo para cooperarem na transferência pacífica das instalações para as forças armadas em Ajdabiya. Ele advertiu-os a evitarem derramamento de sangue e a voltarem para suas casas. A vitória foi uma humilhação para o conselho presidencial instalado pela ONU e as nações estrangeiras que apóiam o regime fantoche. Fayez al-Sarraj [do "Governo de Unidade"] estava no meio de uma reunião na Itália, quando a notícia da vitória do Exército Nacional da Líbia o alcançou. Visivelmente abalado, ele voltou a Trípoli para avaliar os danos e salvar o que podia da sua reputação e a do seu governo de araque apoiado pela Organização das Nações Unidas e a OTAN. O Exército Nacional Líbio, mesmo impedido [de obter armamento] por sanções internacionais, provou ser a força superior, a mais eficaz no país, capaz de derrotar os exércitos terroristas, garantir a riqueza dos recursos da Líbia para o povo, restaurar o estado de direito e proteger a população civil. O poder das tribos também deve ser considerado. Esta vitória foi alcançada através da aliança do Exército Nacional da Líbia com os líderes tribais. Enquanto as Nações Unidas e interlocutores estrangeiros continuam a excluir as Tribos, esta vitória demonstra que nada benéfico para o povo da Líbia acontece sem a sua cooperação. Com quantas reuniões as Nações Unidas possam promover em nome da reconciliação nacional, elas não têm nenhum poder ou autoridade. Seus esforços, suas declarações e acordos políticos são julgados como interferência indevida, ilegítima e irrelevante nos assuntos soberanos da Líbia (sendo a mais recente a reunião em Túnis realizada no início deste mês. Ver logo abaixo a resposta do Conselho das Tribos). Hoje os governos da França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e os EUA emitiram uma declaração conjunta condenando a vitória do Exército da Líbia, exigindo-lhe que se retire imediatamente, sem condições prévias. Eles afirmam falsamente que a infra-estrutura energética está sob ameaça e que só o seu regime cliente em Trípoli deve ter controle sobre as ricas reservas da Líbia. As nações imperialistas não vão abrir mão de suas ambições neocoloniais sem luta. Na verdade, hoje conclamaram à intervenção militar estrangeira urgente para tomar o controle da região petrolífera das forças armadas legítimas, colocando-a novamente sob a gestão da Al-Qaeda e do LIFG. O que ficou claro a partir da vitória deste fim de semana é que os poderes neocoloniais têm menos amigos e muito menos poder na Líbia do que eles pensavam que tinham anteriormente, e que a pouca influência que ainda possuem foi grandemente diminuída por este único ato de desafio e afirmação da soberania. Esta vitória é o começo de uma série de surpresas para o Império, quando passo a passo os projetos contra o povo líbio são expostos e derrotados, e as forças de ocupação estrangeiras e seus asseclas, completamente vencidos. Em Defesa da Líbia www.marchaverde.com.br
Em final de Verão venho aqui apresentar-vos, caso não a conheçam, um das sete maravilhas naturais de Portugal. Odeceixe, uma praia admirada cá e além fronteiras porque realmente merece o título concedido. Praia de mar e de rio e com um areal extenso como poucas, já que o mar vai roubando à costa em cada ano que passa, um pouco mais do seu maravilhoso areal, Odeceixe ainda é possuidora desse extenso e tão apreciado areal. Quem ama o Surf encontra ali ondulação convidativa para tão admirado desporto. Também aos pescadores não lhes faltam recantos por toda a zona, para passar largas horas na pesca ao som da música do mar algarvio que ora é calmo ora bem ondulado.
Odeceixe fica no concelho de Aljezur e é na verdade um outro Algarve que cada vez mais, vai alcançando maior número de admiradores.
TEODORA CARDOSO MAIS UMA RESSABIADA FASCISTA SOLICITADA A TODO O SEGUNDO PELO JORNALIXO, O DE PAPEL E O TELEVISO, PARA FALAR DAS CONTAS PÚBLICAS QUE A DIREITA QUER FAZER ACREDITAR.
ESTA SENHORA TEM SIDO UMA DAS LAVADEIRAS DE SERVIÇO PARA BRANQUEAR A ROUPA SUJA DO CAPITAL E DOS NEO LIBERAIS/FASCISTAS
Na cidade alemã de Bautzen, conflitos entre grupos extremistas e migrantes obrigaram à intervenção de forças policiais, na noite de quarta-feira. Cerca de 80 extremistas alemães gritaram slogans nacionalistas e atacaram cerca de 20 requerentes de asilo. Ao tentar separar os dois grupos, a polícia foi atacada por alguns dos refugiados com garrafas, pedaços de madeira e outros objetos, de acordo com o porta-voz da polícia local, Thomas Knaup. As forças policiais recorreram a gás lacrimogéneo e cassetetes para dispersar os atacantes. Posteriormente, alguns dos nacionalistas alemães apedrejaram uma ambulância, para impedir que esta socorresse os migrantes feridos, tendo sido necessária a intervenção da polícia para que a equipa de socorro pudesse retirar do local um dos refugiados. A cidade de Bautzen, no estado da Saxônia, tem sido palco de incidentes xenófobos nos últimos meses. Em fevereiro, um antigo hotel que estava a ser preparado para receber refugiados foi alvo de fogo posto, enquanto alguns extremistas tentaram impedir o acesso dos bombeiros ao edifício. Em março, uma visita do presidente alemão, Joachim Gauck, foi perturbada por moradores que exigiam a expulsão dos refugiados. VÍDEO
A polícia de choque recorreu a gás lacrimogéneo contra cerca de 800 manifestantes, para evitar que se aproximassem de dois campos de refugiados onde estão instalados 3.500 refugiados e migrantes.
A Grécia acolhe atualmente mais de 60 mil refugiados e migrantes em campos de acolhimento provisório que estão sobrelotados.
A situação é particularmente grave em várias ilhas do mar Egeu oriental próximas da Turquia, onde a maioria dos migrantes são mantidos para serem registados.
De acordo com o governo grego, estão mais de 13 mil pessoas em cinco ilhas, em instalações construídas com capacidade para abrigar menos de 8 mil.
Ainda em Paris, manifestantes atiraram cocktails molotov contra a polícia:
Depois das férias de verão os franceses regressaram às ruas, em várias cidades, para protestar contra a Lei do Trabalho, aprovada, pelo governo de Manuel Valls, no início do verão. _ Segundo a agência de notícia France Presse eram mais de 12.500 os manifestantes em Paris. O responsável de uma das uniões sindicais presentes, a Force Ouvriere, afirmou ao canal público de televisão francês que não vão desistir de lutar mas que vão deixar as ruas e fazê-lo de outras maneiras.
Também em Marselha se fizeram ouvir os protestos, esta manhã. Os marselheses criticam a iniciativa do governo gaulês. “Não sei se mesmo a direita teria feito isto. Eu estou contra esta lei, por isso manifesto-me, é o meu décimo terceiro dia de greve, é menos dinheiro, é difícil gerir mas estou aqui para fazer ver ao governo que não estou contente”, afirma uma manifestante. “Não vamos desistir, estamos furiosos, furiosos, eles que se preparem para 2017”, adianta outra. 2017, ano de eleições presidenciais em França, que podem transformar-se num banho de água fria para o Partido Socialista francês. Foi, aliás, com canhões de água que a polícia recebeu os manifestantes em Nantes. Os meios de comunicação franceses falam em milhares de pessoas, nesta localidade, a sexta maior de França. O protesto degenerou em violência VÍDEOS
De mudança de forma a viver para sempre, o reino animal parece ter desbloqueado os segredos para uma diversidade de habilidades malucas.
Nós seres humanos podemos ser a espécie dominante, mas existe um monte de coisas que só os outros animais podem fazer e são capazes de nos dar muita inveja.
Confira quais são elas através desse excelente vídeo do canal Tou Ligado:
A senhora Procuradora Geral da Republica, Drª Joana Marques Vidal, emitiu hoje um comunicado dando nota à Imprensa que tinha concedido mais 6 meses aos "investigadores" Calex e Rotex, para acusarem o Engº José Sócrates no conhecido Processo Marquês.
Na prática esta manobra significa duas coisas: - Dar um novo prazo para marcar outro novo prazo, e que os investigadores possuem uma mão cheia de nada ao fim de 6 anos a derreterem rios de dinheiro dos nossos impostos.
Assim vai a (in)Justiça em Portugal. Uma vergonha para todas as Corporações da Classe, uma ofensa para quem (ainda) paga Impostos por cá, e um vexame para quem acredita na Democracia e a pratica.
De regresso à rotina escolar? Estas escolas oferecem vistas deslumbrantes e infraestruturas (muito) modernas. Veja 30 escolas onde o design e a arquitetura estão em perfeito equilíbrio. Este é o primeiro dia de aulas para milhares de estudantes portugueses. Muitos ainda mantêm a esperança de receber em casa uma carta da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, uma morada que lhes ficou no coração depois da verdadeira paixão pelos livros de Harry Potter. Quem não gostaria de desvendar os mistérios e segredos do mundo dentro de salões encantados e salas recheadas de relíquias? Certo é que para muitos aprendizes por este mundo fora as escolas que já frequentam são suficientes para viver esse sonho. Mas desde a jardins de infância asiáticos até às mais desenvolvidas universidades europeias, o design e a arquitetura nunca estiveram como agora tão bem equilibradas dentro das escolas. São modernas, coloridas, muito amplas e rodeadas de jardins. Há escolas com traços mais modernistas, com linhas direitas e cores suaves. Mas também há escolas extravagantes, com escadas em caracol e tubos à vista. Entre na fotogaleria e encontre 30 edifícios escolares de cortar a respiração.
Nesta quinta-feira o podcast "Uma Nêspera no Cu" faz a primeira de cinco noites entre os Coliseus de Lisboa e do Porto. Falámos com os autores: Filipe Melo, Bruno Nogueira e Nuno Markl.
Entre esta semana e a próxima, “Uma Nêspera no Cu”, o podcast que junta Nuno Markl, Filipe Melo e Bruno Nogueira e os seus convidados em desafios macabros à volta do clássico jogo “Preferes”, vai estar nos Coliseus de Lisboa e do Porto. O espetáculo chama-se “Uma Nêspera no Coliseu” — claro — e nem o trio percebe bem como é que isto aconteceu.
É um sucesso nas coisas dos podcasts e é a desculpa para juntarmos os três à volta de uma conversa que, na verdade, quase não teve moderação. Além de não ser necessária, a conversa flui de um tópico para o outro, com tangentes que as perguntas nunca fariam prever.
Começámos pelas confirmações ou desilusões que podem acontecer quando se conhece alguém que há muito admiramos, mas à distância. Pode ser um convidado de um podcast famoso mas também pode ser qualquer outra pessoa (pelo meio da conversa há linguagem menos educada, fica o aviso):
Filipe Melo: As maiores desilusões tive-as com o Bruno Nogueira e o Nuno Markl.
Nuno Markl: É mentira.
Bruno Nogueira: Acho que a melhor maneira de admirarmos uma pessoa é não a conhecermos.
FM: Conhecia o Markl um bocadinho melhor, e não estou a dizer isto para ser graxista, mas surpreendi-me sempre positivamente. E a admiração cresce.
BN: Mas há aquelas pessoas que idealizas e depois, quando começas a trocar três ou quatro frases, desmorona-se tudo. Começas a ouvir as músicas de uma maneira diferente, a ver os filmes de uma maneira diferente.
NM: Mas quando conheces pessoas que idealizas e cumprem, é maravilhoso. Recordo um ótimo jantar de sandes que tive com o Terry Jones, dos Monty Python. Podia estar horas à conversa com o homem.
FM: Tive uma surpresa especial com alguém por quem já tinha imensa admiração mas ainda fiquei com mais: a Simone de Oliveira. Ela mostrou ser mais que aquilo que se vê.
O caso Simone
Não é bem um caso na verdade. Explicamos. Em março deste ano foi publicado no YouTube um episódio da segunda temporada d’”Uma Nêspera no Cu” em que o nome do convidado era uma aproximação de “Simone de Oliveira”, escrito com caracteres diferentes. Uma completa fuga aos padrões do programa, o vídeo partia de excertos do anúncio publicitário que a cantora e atriz protagonizou recentemente. O resto do episódio remete para vaporwave, um género de música/arte da internet, com direito a “We Don’t Talk Anymore”, de Cliff Richard. É muita coisa ao mesmo tempo.
VÍDEO
NM: O episódio não é de forma nenhuma ofensivo. Adoraria que falássemos abertamente com a Simone de Oliveira e que a convidássemos para ir à Nêspera.
NM: Mas a Simone quando se chateia… já a vi muito chateada com o [Fernando] Alvim. Pensei “se ela descobre que há um episódio da Nêspera em que ela entra nas nossas mentes, possivelmente bate-nos”.
BN: Ou acha hilariante.
NM: Também pode. Mas um dia a Simone disse-me “gosto muito de si porque tem um humor fino e não diz palavrões”. Enfim.
As personalidades dos três apresentadores do podcast refletem-se nos desafios que propõem, que seguem sempre o formato “o que preferias, isto (coisa má) ou aquilo (coisa terrível)?”. Nuno Markl é conhecido pela simpatia, com alguma vontade de agradar às pessoas – o próprio usa a expressão “golden retriever humano” para definir essa sua qualidade –, enquanto Bruno Nogueira é mais dado à frontalidade. E depois há Filipe Melo:
NM: Tendo a aproximar-me de pessoas como o Bruno porque no fundo gosto muito de ser simpático, afável e bonacheirão, mas gostava de ter um pouco do lado cortante que ele tem. Isso manifesta-se, por exemplo, em situações em que estamos na rua: se vem um maluco, vem sempre ter comigo. Nunca vai ter com o Bruno. Emana do Bruno qualquer coisa como “oh Diabo, não vou tocar neste indivíduo, mas está aqui este, que é um golden retriever humano e que eu vou chagar até à exaustão.” E isso acontece. Tu também atrais, Filipe?
FM: Eu não. Vivo num submundo em que há assim um hiper-mega-nerd…
BN: O Filipe atrai muito nerd. No final de cada concerto do Deixem o Pimba em Paz há sempre alguém que tem o tipo de cara que vês em imagens de arquivo, de pessoas que rebentaram com centros comerciais. E essas pessoas, invariavelmente, vão entabular uma conversa com o Filipe. “E aquela BD de ’73?” E o Filipe é um tipo encantador.
NM: O Bruno também não é antipático. Ele trata bem as pessoas. Mas sabe como desaparecer no tempo certo.
FM: Uma vez, depois de um concerto do Deixem o Pimba em Paz, estávamos num restaurante em Beja e há um gajo que vem ter com o Bruno e diz “Desculpa lá interromper, será que posso tirar uma fotografia contigo?”. E ele “claro “. Passado um bocado, vem ele com três amigos e diz “Bruno, desculpa lá, só mais uma”. Todos tiram a fotografia. Um quarto de hora depois, ele aparece com uma cabeleira e uns óculos a piscar: “E agora, Bruno?”.
BN: A partir do momento em que és figura pública, pões-te a jeito. Mas isso não quer dizer que tenham de usar todos os teus orifícios.
Os desafios apresentados aos convidados muitas vezes incluem pessoas reais e celebridades. Nuno Markl é quem se sente mais desconfortável com tudo isso. Bruno Nogueira e Filipe Melo aproveitam — esta angústia de Markl serve de combustível:
BN: A fidelidade é uma coisa muito importante, a amizade também, mas o sentido de humor está ali a par com essas coisas. Fico mesmo ofendido com pessoas que não têm sentido de humor.
NM: O Bruno costuma dizer que nunca vem de um sítio mau. Quando envolvemos as pessoas não queremos destruir ninguém.
"Se vem um maluco, vem sempre ter comigo. Nunca vai ter com o Bruno. Emana do Bruno qualquer coisa como 'oh Diabo, não vou tocar neste indivíduo, mas está aqui este, que é um golden retriever humano e que eu vou chagar até à exaustão'."
Nuno Markl
FM: Isto de facto começou de uma forma muito pequenina, juntámo-nos ali no estúdio e era uma coisinha familiar. Foi uma escalada tremenda. Vamos fazer cinco coliseus. Estamos numa fase em que estamos a elaborar os dilemas e vemos o quão difícil é. Têm de ser diferentes. Quem for ver as cinco datas vai levar com espectáculos completamente diferentes. Já passei a fase da angústia e apercebi-me de que esses cinco dias vão ser maravilhosos.
NM: Pois vão, apesar do “Azar do Caralho”, que é o jogo mais aflitivo da História, mais aflitivo ainda se jogado à noite. Vamos ter de ligar para pessoas a horas impróprias.
FM: É um jogo em que ligamos a pessoas a horas impróprias. O Markl sofre horrores sempre que o jogamos.
NM: É uma roleta russa. Fico doente. Acontecem coisas físicas dentro do meu corpo e eu fico com diarreia com os nervos. Sinto que está tudo ali a ficar líquido. É muito aflitivo. É a pior invenção de sempre.
BN: O Markl sofre verdadeiramente. Isso para nós é impagável. Vê-lo sofrer é um combustível.
Ao todo, serão cinco noites nos Coliseus de Lisboa e Porto. Cada espectáculo será completamente diferente, com convidados, dilemas e rubricas distintas. Não adiantado muito do que se vai passar, porque preferem sempre manter algum mistério em relação à experiência do podcast ao vivo, explicam o que podem:
BN: Só temos duas pessoas que se repetem. De resto são tudo convidados novos, uns com os quais não temos qualquer contacto, ou temos pouco. Isto é muito pequenino, é muito difícil não ter contacto com a maioria das pessoas.
Vai ser gravado?
FM: Em áudio sim. Agora a parte da animação dependerá do que acontecer, porque é completamente imprevisível.
O João Pombeiro, vai fazer animação ao vivo nos espectáculos?
FM: Aliás, ele na verdade tem um papel até mais importante, porque é o grande coordenador dos dilemas. Nós não sabemos os dilemas uns dos outros. Se houver alguma repetição, ele próprio recomenda que o mudemos para outro dia. É uma espécie do arquiteto da desgraça.
Mas ele está em palco convosco?
NM: Está de lado. E nunca falha. O timing é preciso, ele está ali com uma atenção extrema a ouvir o que nós estamos a dizer e acho isso maravilhoso. Ele não só é muito bom visualmente, também tem esta sensibilidade que é perfeita.
Os três são os apresentadores de um dos podcasts mais bem sucedidos de Portugal – não só esgotam datas no Coliseu como estão neste momento no número 1 do top do iTunes português, apesar de não lançarem um episódio novo desde o final de maio. Mas o que é que esse universo dos podcasts significa para eles?
FM: Os podcasts são as novas rádios pirata e isso é incrível.
NM: É como se fosse outra vez o éter nos anos 1980, aquelas estações todas agarradas muito umas às outras e tudo a acontecer lá dentro, por muito estranho que seja… e eu adoro isso. Sendo que aqui não prevejo que vá haver o controlo que em dada altura começou a haver nas rádios locais.
BN: Acho que é salvador para algumas pessoas porque há muitos miúdos que de repente têm ali um objetivo regular, de produzirem conteúdos para podcasts. E muitas vezes andam um bocado perdidos e encontram ali um caminho onde eles comandam, acho que isso é importante.
O Filipe atrai muito nerd. No final de cada concerto do Deixem o Pimba em Paz há sempre alguém que tem o tipo de cara que vês em imagens de arquivo, de pessoas que rebentaram com centros comerciais. E vai entabular uma conversa com o Filipe. 'E aquela BD de '73?'"
Bruno Nogueira
FM: Eu não costumo ouvir podcasts. Falta de tempo…
BN: Tens gatos. O Filipe tem dois gatos com sida.
NM: Há sempre um momento nas entrevistas em que surge isso.
FM: A pergunta não era sobre podcasts? Como é que veio parar aos meus gatos com sida?
BN: Qualquer momento é bom. Falta de tempo, gatos…
FM: É um bocadinho angustiante porque uma pessoa segue séries de televisão, gosta de ouvir discos, gosta de ir ao cinema…
NM: Há muitos apelos. Há demasiado entretenimento e isto devia parar. Fico chateadíssimo quando aparece uma série boa nova.
Viver até aos cem
Uma conversa sobre o início do programa facilmente descamba para considerações sobre a meia-idade, sobre envelhecer, a morte e, mais especificamente, o fim de cada um deles. A Nêspera no seu melhor:
NM: A Nêspera não recolhe grande influência de nada, a não ser do gozo que nos dá.
BN: Há o jogo em si, que é um clássico. Surge de uma conversa de carrinha e depois o Markl achou que era boa ideia avançar com isso.
NM: O gajo que mais facilmente poderia queimar a sua carreira foi quem disse “Vamos a isto!”.
FM: É uma atração pelo abismo, não é, Markl?
NM: Acho que tem a ver com a meia-idade.
BN: Estás quase a bater com o nariz na porta.
NM: 45 já é meia-idade. Se vou viver até aos 90…
FM: No ser humano acho que se assume que a meia-idade é aos 50. As pessoas vivem 100 anos, podes ficar descansado…
BN: O Markl? Nunca. Estamos a apontar para aí para os 60. Vai morrer em casa, sozinho. Só vai ser descoberto passado cinco dias. Um vizinho vai-se queixar. Os cães estão a ganir a noite toda. Com os óculos comidos. Sem barba. Portanto, a tua meia-idade foi aos 30.
NM: Mas sinto-me na meia-idade e sinto um grande apelo para fazer coisas que não sejam a minha rotina habitual, ando muito com essa intenção.
"Num restaurante em Beja há um gajo que vem ter com o Bruno e diz 'Desculpa lá interromper, será que posso tirar uma fotografia contigo?'. Passado um bocado, vem com três amigos. Um quarto de hora depois, aparece com uma cabeleira e uns óculos a piscar: 'E agora, Bruno?'"
Filipe Melo
FM: Está aí um bom dilema. O que é que tu preferias? Ficavas sem o braço esquerdo ou ficavas a saber o dia da tua própria morte.
BN: Ah, caramba.
NM: Eu talvez quisesse saber o dia da minha morte. Mantinha os dois braços até ao fim e planificava a minha vida no sentido de tirar partido.
BN: Eu preferia ficar sem braço, hoje há maquinetas. Admiro imenso vocês, pessoas mais velhas, tenho muito respeito por pessoas da vossa idade e acho que deve ser uma idade fascinante. Mal posso esperar, daqui a 13 anos, para chegar aí.
E o Filipe?
BN: Estamos a apontar mais ou menos para os 42… 47… 48. Imagina que eu acertava?
NM: Esta entrevista pode ficar histórica.
E o Bruno?
FM: Este gajo vai chegar a velho, rezingão.
BN: Eu não sou rezingão.
NM: Ele é um amor de pessoa.
BN: Estive a plantar uma magnólia. Sou uma pessoa que planta.
NM: Sou um grande defensor da bondade de Bruno Nogueira. Ele cria esta imagem de que é um tipo que até mete algum medo.
BN: Fizemos exatamente este jogo nos Monty Python, em que estava o António Feio, o Zé Pedro Gomes, o Jorge Mourato, o Miguel Guilherme…
[fazem todos um ar desconfortável]
NM: E o que é que disseste do António?
BN: Dissemos todos que quem ia primeiro era o Zé Pedro. Repara, o Zé Pedro está sempre no limite.
NM: Mas nunca vai morrer. Ele vai-nos enterrar a todos.
BN: Acho que vai ser qualquer coisa de coração, no meu caso. Vai ser “Aaaaah, foda-se.”
FM: Acho que o Bruno vai ser baleado.
NM: Vai ter a morte mais rock’n’roll.
Ou enquanto trabalha no jardim, como n’“O Padrinho”.
FM: No jardim, a tratar das magnólias, mas por causa de um sniper.
Quem?
NM: Uma das pessoas que ele vai irritar nas suas próximas rubricas.
BN: Simone de Oliveira.
FM: Pode ser mesmo um de nós.
BN: O Nuno estava a dizer que estava na meia-idade, estava com a pretensão de achar que era agora.
NM: São 45 anos. Agora é tudo por aí abaixo.
Uma Nêspera no Coliseu acontece em Lisboa a 15, 16 e 19 de setembro e no Porto dias 21 e 22 (bilhetes entre os 8€ e os 22€).
Nesta quinta-feira o podcast "Uma Nêspera no Cu" faz a primeira de cinco noites entre os Coliseus de Lisboa e do Porto. Falámos com os autores: Filipe Melo, Bruno Nogueira e Nuno Markl.
Entre esta semana e a próxima, “Uma Nêspera no Cu”, o podcast que junta Nuno Markl, Filipe Melo e Bruno Nogueira e os seus convidados em desafios macabros à volta do clássico jogo “Preferes”, vai estar nos Coliseus de Lisboa e do Porto. O espetáculo chama-se “Uma Nêspera no Coliseu” — claro — e nem o trio percebe bem como é que isto aconteceu.
É um sucesso nas coisas dos podcasts e é a desculpa para juntarmos os três à volta de uma conversa que, na verdade, quase não teve moderação. Além de não ser necessária, a conversa flui de um tópico para o outro, com tangentes que as perguntas nunca fariam prever.
Começámos pelas confirmações ou desilusões que podem acontecer quando se conhece alguém que há muito admiramos, mas à distância. Pode ser um convidado de um podcast famoso mas também pode ser qualquer outra pessoa (pelo meio da conversa há linguagem menos educada, fica o aviso):
Filipe Melo: As maiores desilusões tive-as com o Bruno Nogueira e o Nuno Markl.
Nuno Markl: É mentira.
Bruno Nogueira: Acho que a melhor maneira de admirarmos uma pessoa é não a conhecermos.
FM: Conhecia o Markl um bocadinho melhor, e não estou a dizer isto para ser graxista, mas surpreendi-me sempre positivamente. E a admiração cresce.
BN: Mas há aquelas pessoas que idealizas e depois, quando começas a trocar três ou quatro frases, desmorona-se tudo. Começas a ouvir as músicas de uma maneira diferente, a ver os filmes de uma maneira diferente.
NM: Mas quando conheces pessoas que idealizas e cumprem, é maravilhoso. Recordo um ótimo jantar de sandes que tive com o Terry Jones, dos Monty Python. Podia estar horas à conversa com o homem.
FM: Tive uma surpresa especial com alguém por quem já tinha imensa admiração mas ainda fiquei com mais: a Simone de Oliveira. Ela mostrou ser mais que aquilo que se vê.
O caso Simone
Não é bem um caso na verdade. Explicamos. Em março deste ano foi publicado no YouTube um episódio da segunda temporada d’”Uma Nêspera no Cu” em que o nome do convidado era uma aproximação de “Simone de Oliveira”, escrito com caracteres diferentes. Uma completa fuga aos padrões do programa, o vídeo partia de excertos do anúncio publicitário que a cantora e atriz protagonizou recentemente. O resto do episódio remete para vaporwave, um género de música/arte da internet, com direito a “We Don’t Talk Anymore”, de Cliff Richard. É muita coisa ao mesmo tempo.
VÍDEO
NM: O episódio não é de forma nenhuma ofensivo. Adoraria que falássemos abertamente com a Simone de Oliveira e que a convidássemos para ir à Nêspera.
NM: Mas a Simone quando se chateia… já a vi muito chateada com o [Fernando] Alvim. Pensei “se ela descobre que há um episódio da Nêspera em que ela entra nas nossas mentes, possivelmente bate-nos”.
BN: Ou acha hilariante.
NM: Também pode. Mas um dia a Simone disse-me “gosto muito de si porque tem um humor fino e não diz palavrões”. Enfim.
As personalidades dos três apresentadores do podcast refletem-se nos desafios que propõem, que seguem sempre o formato “o que preferias, isto (coisa má) ou aquilo (coisa terrível)?”. Nuno Markl é conhecido pela simpatia, com alguma vontade de agradar às pessoas – o próprio usa a expressão “golden retriever humano” para definir essa sua qualidade –, enquanto Bruno Nogueira é mais dado à frontalidade. E depois há Filipe Melo:
NM: Tendo a aproximar-me de pessoas como o Bruno porque no fundo gosto muito de ser simpático, afável e bonacheirão, mas gostava de ter um pouco do lado cortante que ele tem. Isso manifesta-se, por exemplo, em situações em que estamos na rua: se vem um maluco, vem sempre ter comigo. Nunca vai ter com o Bruno. Emana do Bruno qualquer coisa como “oh Diabo, não vou tocar neste indivíduo, mas está aqui este, que é um golden retriever humano e que eu vou chagar até à exaustão.” E isso acontece. Tu também atrais, Filipe?
FM: Eu não. Vivo num submundo em que há assim um hiper-mega-nerd…
BN: O Filipe atrai muito nerd. No final de cada concerto do Deixem o Pimba em Paz há sempre alguém que tem o tipo de cara que vês em imagens de arquivo, de pessoas que rebentaram com centros comerciais. E essas pessoas, invariavelmente, vão entabular uma conversa com o Filipe. “E aquela BD de ’73?” E o Filipe é um tipo encantador.
NM: O Bruno também não é antipático. Ele trata bem as pessoas. Mas sabe como desaparecer no tempo certo.
FM: Uma vez, depois de um concerto do Deixem o Pimba em Paz, estávamos num restaurante em Beja e há um gajo que vem ter com o Bruno e diz “Desculpa lá interromper, será que posso tirar uma fotografia contigo?”. E ele “claro “. Passado um bocado, vem ele com três amigos e diz “Bruno, desculpa lá, só mais uma”. Todos tiram a fotografia. Um quarto de hora depois, ele aparece com uma cabeleira e uns óculos a piscar: “E agora, Bruno?”.
BN: A partir do momento em que és figura pública, pões-te a jeito. Mas isso não quer dizer que tenham de usar todos os teus orifícios.
Os desafios apresentados aos convidados muitas vezes incluem pessoas reais e celebridades. Nuno Markl é quem se sente mais desconfortável com tudo isso. Bruno Nogueira e Filipe Melo aproveitam — esta angústia de Markl serve de combustível:
BN: A fidelidade é uma coisa muito importante, a amizade também, mas o sentido de humor está ali a par com essas coisas. Fico mesmo ofendido com pessoas que não têm sentido de humor.
NM: O Bruno costuma dizer que nunca vem de um sítio mau. Quando envolvemos as pessoas não queremos destruir ninguém.
"Se vem um maluco, vem sempre ter comigo. Nunca vai ter com o Bruno. Emana do Bruno qualquer coisa como 'oh Diabo, não vou tocar neste indivíduo, mas está aqui este, que é um golden retriever humano e que eu vou chagar até à exaustão'."
Nuno Markl
FM: Isto de facto começou de uma forma muito pequenina, juntámo-nos ali no estúdio e era uma coisinha familiar. Foi uma escalada tremenda. Vamos fazer cinco coliseus. Estamos numa fase em que estamos a elaborar os dilemas e vemos o quão difícil é. Têm de ser diferentes. Quem for ver as cinco datas vai levar com espectáculos completamente diferentes. Já passei a fase da angústia e apercebi-me de que esses cinco dias vão ser maravilhosos.
NM: Pois vão, apesar do “Azar do Caralho”, que é o jogo mais aflitivo da História, mais aflitivo ainda se jogado à noite. Vamos ter de ligar para pessoas a horas impróprias.
FM: É um jogo em que ligamos a pessoas a horas impróprias. O Markl sofre horrores sempre que o jogamos.
NM: É uma roleta russa. Fico doente. Acontecem coisas físicas dentro do meu corpo e eu fico com diarreia com os nervos. Sinto que está tudo ali a ficar líquido. É muito aflitivo. É a pior invenção de sempre.
BN: O Markl sofre verdadeiramente. Isso para nós é impagável. Vê-lo sofrer é um combustível.
Ao todo, serão cinco noites nos Coliseus de Lisboa e Porto. Cada espectáculo será completamente diferente, com convidados, dilemas e rubricas distintas. Não adiantado muito do que se vai passar, porque preferem sempre manter algum mistério em relação à experiência do podcast ao vivo, explicam o que podem:
BN: Só temos duas pessoas que se repetem. De resto são tudo convidados novos, uns com os quais não temos qualquer contacto, ou temos pouco. Isto é muito pequenino, é muito difícil não ter contacto com a maioria das pessoas.
Vai ser gravado?
FM: Em áudio sim. Agora a parte da animação dependerá do que acontecer, porque é completamente imprevisível.
O João Pombeiro, vai fazer animação ao vivo nos espectáculos?
FM: Aliás, ele na verdade tem um papel até mais importante, porque é o grande coordenador dos dilemas. Nós não sabemos os dilemas uns dos outros. Se houver alguma repetição, ele próprio recomenda que o mudemos para outro dia. É uma espécie do arquiteto da desgraça.
Mas ele está em palco convosco?
NM: Está de lado. E nunca falha. O timing é preciso, ele está ali com uma atenção extrema a ouvir o que nós estamos a dizer e acho isso maravilhoso. Ele não só é muito bom visualmente, também tem esta sensibilidade que é perfeita.
Os três são os apresentadores de um dos podcasts mais bem sucedidos de Portugal – não só esgotam datas no Coliseu como estão neste momento no número 1 do top do iTunes português, apesar de não lançarem um episódio novo desde o final de maio. Mas o que é que esse universo dos podcasts significa para eles?
FM: Os podcasts são as novas rádios pirata e isso é incrível.
NM: É como se fosse outra vez o éter nos anos 1980, aquelas estações todas agarradas muito umas às outras e tudo a acontecer lá dentro, por muito estranho que seja… e eu adoro isso. Sendo que aqui não prevejo que vá haver o controlo que em dada altura começou a haver nas rádios locais.
BN: Acho que é salvador para algumas pessoas porque há muitos miúdos que de repente têm ali um objetivo regular, de produzirem conteúdos para podcasts. E muitas vezes andam um bocado perdidos e encontram ali um caminho onde eles comandam, acho que isso é importante.
O Filipe atrai muito nerd. No final de cada concerto do Deixem o Pimba em Paz há sempre alguém que tem o tipo de cara que vês em imagens de arquivo, de pessoas que rebentaram com centros comerciais. E vai entabular uma conversa com o Filipe. 'E aquela BD de '73?'"
Bruno Nogueira
FM: Eu não costumo ouvir podcasts. Falta de tempo…
BN: Tens gatos. O Filipe tem dois gatos com sida.
NM: Há sempre um momento nas entrevistas em que surge isso.
FM: A pergunta não era sobre podcasts? Como é que veio parar aos meus gatos com sida?
BN: Qualquer momento é bom. Falta de tempo, gatos…
FM: É um bocadinho angustiante porque uma pessoa segue séries de televisão, gosta de ouvir discos, gosta de ir ao cinema…
NM: Há muitos apelos. Há demasiado entretenimento e isto devia parar. Fico chateadíssimo quando aparece uma série boa nova.
Viver até aos cem
Uma conversa sobre o início do programa facilmente descamba para considerações sobre a meia-idade, sobre envelhecer, a morte e, mais especificamente, o fim de cada um deles. A Nêspera no seu melhor:
NM: A Nêspera não recolhe grande influência de nada, a não ser do gozo que nos dá.
BN: Há o jogo em si, que é um clássico. Surge de uma conversa de carrinha e depois o Markl achou que era boa ideia avançar com isso.
NM: O gajo que mais facilmente poderia queimar a sua carreira foi quem disse “Vamos a isto!”.
FM: É uma atração pelo abismo, não é, Markl?
NM: Acho que tem a ver com a meia-idade.
BN: Estás quase a bater com o nariz na porta.
NM: 45 já é meia-idade. Se vou viver até aos 90…
FM: No ser humano acho que se assume que a meia-idade é aos 50. As pessoas vivem 100 anos, podes ficar descansado…
BN: O Markl? Nunca. Estamos a apontar para aí para os 60. Vai morrer em casa, sozinho. Só vai ser descoberto passado cinco dias. Um vizinho vai-se queixar. Os cães estão a ganir a noite toda. Com os óculos comidos. Sem barba. Portanto, a tua meia-idade foi aos 30.
NM: Mas sinto-me na meia-idade e sinto um grande apelo para fazer coisas que não sejam a minha rotina habitual, ando muito com essa intenção.
"Num restaurante em Beja há um gajo que vem ter com o Bruno e diz 'Desculpa lá interromper, será que posso tirar uma fotografia contigo?'. Passado um bocado, vem com três amigos. Um quarto de hora depois, aparece com uma cabeleira e uns óculos a piscar: 'E agora, Bruno?'"
Filipe Melo
FM: Está aí um bom dilema. O que é que tu preferias? Ficavas sem o braço esquerdo ou ficavas a saber o dia da tua própria morte.
BN: Ah, caramba.
NM: Eu talvez quisesse saber o dia da minha morte. Mantinha os dois braços até ao fim e planificava a minha vida no sentido de tirar partido.
BN: Eu preferia ficar sem braço, hoje há maquinetas. Admiro imenso vocês, pessoas mais velhas, tenho muito respeito por pessoas da vossa idade e acho que deve ser uma idade fascinante. Mal posso esperar, daqui a 13 anos, para chegar aí.
E o Filipe?
BN: Estamos a apontar mais ou menos para os 42… 47… 48. Imagina que eu acertava?
NM: Esta entrevista pode ficar histórica.
E o Bruno?
FM: Este gajo vai chegar a velho, rezingão.
BN: Eu não sou rezingão.
NM: Ele é um amor de pessoa.
BN: Estive a plantar uma magnólia. Sou uma pessoa que planta.
NM: Sou um grande defensor da bondade de Bruno Nogueira. Ele cria esta imagem de que é um tipo que até mete algum medo.
BN: Fizemos exatamente este jogo nos Monty Python, em que estava o António Feio, o Zé Pedro Gomes, o Jorge Mourato, o Miguel Guilherme…
[fazem todos um ar desconfortável]
NM: E o que é que disseste do António?
BN: Dissemos todos que quem ia primeiro era o Zé Pedro. Repara, o Zé Pedro está sempre no limite.
NM: Mas nunca vai morrer. Ele vai-nos enterrar a todos.
BN: Acho que vai ser qualquer coisa de coração, no meu caso. Vai ser “Aaaaah, foda-se.”
FM: Acho que o Bruno vai ser baleado.
NM: Vai ter a morte mais rock’n’roll.
Ou enquanto trabalha no jardim, como n’“O Padrinho”.
FM: No jardim, a tratar das magnólias, mas por causa de um sniper.
Quem?
NM: Uma das pessoas que ele vai irritar nas suas próximas rubricas.
BN: Simone de Oliveira.
FM: Pode ser mesmo um de nós.
BN: O Nuno estava a dizer que estava na meia-idade, estava com a pretensão de achar que era agora.
NM: São 45 anos. Agora é tudo por aí abaixo.
Uma Nêspera no Coliseu acontece em Lisboa a 15, 16 e 19 de setembro e no Porto dias 21 e 22 (bilhetes entre os 8€ e os 22€).
O que é o Goldman Sachs? Pergunta 1 de 16 “A primeira coisa que precisa de saber acerca do Goldman Sachs é que ele está em todo o lado”. Começa assim o artigo que Matt Taibbi escreveu para a Rolling Stone em 2010 e em que percorre os múltiplos setores em que o banco de investimento está envolvido mas, sobretudo, a ligação entre a instituição e as várias crises económicas e financeiras (nos Estados Unidos e não só). O título do artigo é “A grande máquina de bolhas americana”. Como é que os responsáveis do banco encaram o seu trabalho? O próprio Lloyd Blankfein, presidente executivo da instituição, disse em 2009, ao Times: “Sou apenas um banqueiro a fazer o trabalho de Deus”. O Goldman Sachs foi fundado em 1869 e é um dos maiores bancos de investimento do mundo. Tem sede na ilha de Manhattan, em Nova Iorque, escritórios em 36 países e interesses financeiros espalhados pelos cinco continentes. Em 2015, o Goldman Sachs registou ganhos de mais de 33 mil milhões de dólares, de acordo com o relatório anual da instituição. A maior parte desse rendimento (45%) veio de serviços prestados a clientes institucionais. O que foi Durão Barroso fazer para o Goldman Sachs? Pergunta 2 de 16 Durão assumiu, em julho, as funções de presidente não executivo do conselho de administração do Goldman Sachs International (GSI), o ramo da instituição que opera fora dos Estados Unidos. É, também, “consultor” do Goldman Sachs (para o mercado norte-americano) em matérias específicas do banco de investimento. O ex-presidente da Comissão Europeia vai acompanhar de perto o processo (e consequências) da desvinculação do Reino Unido da União Europeia, na sequência do resultado do referendo de 23 de junho, em que os britânicos foram chamados a pronunciar-se sobre o “Brexit”. Ao Financial Times, Barroso reconheceu ser esse o foco das suas novas funções. “Claro que conheço bem a União Europeia, e também conheço relativamente bem o ambiente no Reino Unido”, referiu o ex-presidente da Comissão Europeia. “Se o meu aconselhamento pode ser útil nesta circunstância, estou pronto para contribuir, claro”, conclui. Porque é que o Goldman Sachs é incómoda para a União Europeia? Pergunta 3 de 16 O banco norte-americano está envolvido em dezenas de casos nebulosos de grande dimensão. Um dos mais polémicos está relacionado com a forma como a instituição ajudou a “ocultar” uma parcela significativa da dívida pública grega (cerca de 2%). A operação começou há quinze anos, com uma intrincada operação financeira que permitiu, durante meia dúzia de anos, que o país continuasse a contrair dívida sem fazer soar os alarmes das instituições financeiras na Europa. Mais tarde, em plena crise financeira, o mesmo Goldman Sachs incentivou os seus clientes a investir no colapso das economias europeias mais frágeis (Grécia incluída). No momento em o esquema foi detetado, já outra bomba eclodira do lado de lá do Atlântico: a crise do subprime (também conhecido como a bolha do imobiliário), que levou à perda de milhões de dólares em empréstimos bancários impossíveis de pagar. Tal como aconteceu com a Grécia, a instituição promoveu práticas financeiras questionáveis, ao apostar no falhanço desses pagamentos. Como é que Durão Barroso foi selecionado? Pergunta 4 de 16 O processo de seleção de altos responsáveis de uma das mais influentes (senão a mais influente) instituições financeiras do mundo prevê uma avaliação por parte dos reguladores financeiros britânicos. Mas o processo não é exclusivo do Goldman Sachs. Uma das consequências da crise — na Europa, mas também nos Estados Unidos — foi a decisão de apertar as regras de contratação de altos responsáveis das instituições bancárias e financeiras. Antes de serem contratados, os candidatos a altos cargos no Goldman Sachs (como foi o caso de Durão Barroso) são, por isso, escrutinados pelos reguladores. Além do percurso profissional e académico, são avaliadas eventuais incompatibilidades dos candidatos a esses cargos. Que consequências pode sofrer Durão Barroso por ter ido para o Goldman Sachs? Pergunta 5 de 16 Para já, segundo o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, Barroso deve perder o chamado privilégio da passadeira vermelha. Nos eventos europeus, deixa de ser recebido através dos procedimentos protocolares dados a ex-presidentes, e passa a ter o mesmo tratamento de um lobista, que represente interesses privados. É uma sanção simbólica, mas politicamente poderosa. Barroso “será recebido na Comissão não como antigo presidente mas como representante de um interesse e será sujeito às mesmas regras [que os outros]”, disse Juncker numa resposta à provedora de justiça europeia. Caso se considere que o novo emprego de Durão viola o Tratado Sobre o Funcionamento da União Europeia, no que se refere aos funcionários da Comissão, o ex-presidente arrisca algumas consequências: “Se estes deveres não forem respeitados, pode o Tribunal de Justiça, a pedido do Conselho, deliberando por maioria simples, ou da Comissão, conforme o caso, ordenar a demissão compulsiva do membro em causa, nos termos do artigo 247.º, ou a perda do seu direito a pensão ou de quaisquer outros benefícios que a substituam”. Isto significaria, para o social-democrata, a perda de cerca de seis mil euros mensais de pensão a que o ex-presidente da Comissão tem direito pelas funções que exerceu. Além disso, também Barroso teria direito a um suplemento mensal de cerca de 70% do salário base que recebia em Bruxelas. Uma parte desse valor suplementar poderia ser acumulada com o salário na Goldman Sachs, mas Durão Barroso já tinha abdicado desse valor extra ainda antes de começar a exercer as suas novas funções.
Quanto tempo esteve Barroso na Comissão Europeia?
Pergunta 6 de 16
Durão Barroso foi o 11.º presidente da Comissão Europeia. Esteve dez anos no cargo, durante dois mandatos, entre julho de 2004 e outubro de 2014.
Teve, por isso, de lidar de perto com as consequências da crise económica e financeira na Europa que se desenrolou e agravou no seu segundo mandato, com resgates a países como Grécia, Portugal, Irlanda ou Chipre. Enquanto presidente da Comissão teve de gerir crises que, em parte, tiveram a influência do Goldman Sachs. Como foi o caso da Grécia. (Ver pergunta 3)
Antes, tinha sido primeiro-ministro de Portugal durante quase dois anos e meio (2002-2004).
Havia algum impedimento para que assumisse essas funções?
Pergunta 7 de 16
O Código de Conduta da Comissão Europeia estabelece um “período de nojo” de 18 meses, antes de os anteriores responsáveis da instituição poderem assumir novas funções.
No caso de Barroso, tinham passado 20 meses quando iniciou a sua nova atividade profissional.
Mesmo o timing da notícia de que tinha recebido um “convite” (um anúncio feito pelo próprio, numa entrevista ao semanário Expresso, em maio deste ano) ficou fora desse período. Passavam nessa altura precisamente 18 meses desde que Durão Barroso tinha cessado funções na Comissão Europeia.
À partida, não existiriam impedimentos. Mas a Comissão pode ter uma leitura diferente do tratado que regula a atividade dos seus membros.
Que obrigações tem Barroso como ex-presidente da Comissão Europeia?
Pergunta 8 de 16
Esgotado o “período de nojo” previsto no tratado, os antigos membros da Comissão Europeia continuam vinculados a um código de conduta. O coro de críticas que a contratação de Barroso suscitou fez com que as atenções se prendessem numa passagem do mesmo artigo 245.
Aí, pode ler-se que os membros da instituição “assumirão, no momento da posse, o compromisso solene de respeitar, durante o exercício das suas funções e após a cessação destas, os deveres decorrentes do cargo, nomeadamente os de honestidade e discrição, relativamente à aceitação, após aquela cessação, de determinadas funções ou benefícios”. Ainda não claro que esta alínea se aplique ao caso de Barroso.
O que vai fazer a Europa sobre o caso? Pergunta 9 de 16 A bola estava no campo do luxemburguês Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e o sucessor de Barroso não chutou para canto. Juncker quer que Barroso passe a ser recebido em Bruxelas, “não como antigo presidente, mas como um representante de um interesse sujeito às mesmas regras dos lobistas”. Na prática, isso significa que as deslocações à capital do poder político europeu e até os contactos que Barroso mantiver com responsáveis europeus terão de ficar registados para memória futura. Tal como acontece com um qualquer lobista. A posição de Juncker surgiu em resposta ao pedido da provedora de Justiça europeia, para que a Comissão clarificasse a sua posição relativamente à contratação de Durão pela Goldman Sachs. Só depois de o presidente da Comissão analisar o contrato de Durão se saberá se as consequências se ficam por aqui ou se, de facto, Juncker propõe a perda de regalias de Barroso. Para já – e na linha do que pediram vários eurodeputados a Juncker –, a comissão de Ética da União Europeia vai analisar o contrato de Durão à procura de qualquer sinal de violação ao código de conduta da Comissão. O documento também pode vir a ser revisto e as regras de contratação de antigos funcionários, depois da passagem por Bruxelas, poderão ser apertadas. O Goldman Sachs é a única atividade profissional de Durão Barroso? Pergunta 10 de 16 Não. Depois de ter deixado a presidência da Comissão Europeia, Durão Barroso começou a dar aulas de Direito, Gestão e Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Católica, assumindo a direção do Centro de Estudos Europeus da instituição. O regresso à academia também se fez nos Estados Unidos. O ex-presidente da Comissão Europeia foi convidado para ser professo visitante da Universidade de Princeton e dar aulas na Escola Woodrow Wilson. Também depois de sair da Comissão Europeia, Barroso chegou a dar aulas na Universidade de Genebra. Além dessa atividade académica, em outubro do ano passado o jornal norte-americano Politico apontava 22 novas atividades depois da saída da Comissão Europeia. Durão era, de resto, o elemento da Comissão Barroso II (como é designada a equipa do seu segundo mandato) que mais notificações de nova atividade profissional tinha apresentado: entre os quais, o de membro do grupo Bilderberg, Chairman do comité honorário da European Business Summit. Muitos destes cargos não são, no entanto, remunerados. Quais as atividades dos anteriores presidentes da Comissão Europeia? Pergunta 11 de 16 Jacques Delors, Jacques Santer, Manuel Marín e Romano Prodi (para mencionar apenas ex-presidentes da Comissão Europeia dos últimos trinta anos) mantiveram atividade profissional depois das respetivas passagens pela instituição – e apenas um deles, Santer, trocou a atividade pública pelo setor privado. Depois de acabar o seu mandato, em 1995, Delors fundou o Notre Europe, um think tank de centro-esquerda. O político francês manteve-se bastante ligado às questões da Europa mas nunca fez a transição para o setor privado. Santer esteve quatro anos no cargo (entre 1995 e 1999). Depois, foi eleito para o Parlamento Europeu até 2004. Mas o ex-primeiro-ministro luxemburguês diversificou a sua atividade profissional quando começou a sentar-se no conselho de administração da instituição financeira General Mediterranean Holdings e da produtora RTL Group. A passagem de Marín pela CE foi efémera. Depois de apenas seis meses como presidente interino (consequência do pedido de demissão da comissão Santer), Manuel Marín regressou a Espanha. Foi eleito deputado pelo PSOE no círculo de Ciudad Real, chegou a presidente do Congresso de Deputados espanhol. Deixou a política para combater as alterações climáticas e presidiu, nos últimos oito anos, à Fundação Iberdrola. Romano Prodi voltou a Itália para ser eleito primeiro-ministro. A experiência terminaria em 2008 com um escândalo de corrupção que atingiu o seu Governo. Ainda tentou uma candidatura presidencial (sem sucesso) em 2013 e, desde 2008, colabora com as Nações Unidas na resolução de conflitos políticos e sociais em África. Quanto é que Durão Barroso vai ganhar no Goldman Sachs? Pergunta 12 de 16 É uma pergunta ainda sem resposta. A instituição não revelou o salário que paga ao ex-presidente da Comissão Europeia e Barroso também não prestou quaisquer esclarecimentos a este respeito. Em jeito de comparação, Lloyd Blankfein, o presidente executivo da instituição, recebeu em 2015, cerca de 23 milhões de dólares (mais de 20 milhões de euros) em remunerações. Gary Cohn e Harvey Schwartz – respetivamente o responsável de operações e diretor financeiro da GS – receberam um pouco menos de 19 milhões de euros. O que disseram os responsáveis políticos europeus sobre o caso? Pergunta 13 de 16 Ana Gomes e Maria João Rodrigues (PS), Marisa Matias (Bloco de Esquerda) e Marinho e Pinto são quatro (e os únicos portugueses) dos mais de 50 eurodeputados que assinaram uma carta conjunta pedindo uma investigação à contratação de Durão. O pedido foi uma iniciativa da deputada italiana ao Parlamento Europeu Barbara Spinelli (da Esquerda Unitária Europeia). O presidente do Parlamento Europeu também já falou sobre o caso. Martin Schulz defendeu uma “clarificação” do código de conduta, “para que fique claro o que os anteriores presidentes da Comissão e comissários estão autorizados a fazer”. Fora de Bruxelas, algumas das posições mais duras foram assumidas por membros do Governo francês. Harlem Désir, ministro dos Assuntos Europeus, considerou um “erro da parte do sr. Barroso e o pior tratamento que um antigo presidente da Comissão podia dar ao projeto europeu, num momento da história em que ele precisa de ser apoiado e reforçado”. Harlem Désir disse ainda que “o presidente da Comissão Europeia devia estar acima da pressão dos interesses privados” e defendeu que “a restrição em torno da contratação por uma empresa privada deviam ser reforçadas”. O próprio presidente francês qualificou a contratação de “moralmente inaceitável”. François Hollande lembrou que “o Goldman Sachs esteve no centro da crise dos subprimes e ajudou o governo grego a maquilhar as contas” do país. Para o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Barroso devia “renunciar” às suas novas funções. O que já se disse em Portugal? Pergunta 14 de 16 Para o Presidente da República – que gosta de ver “portugueses reconhecidos em lugar cimeiros” –, Durão Barroso “atingiu o topo da vida empresarial”. O primeiro-ministro limitou-se a desejar ao ex-presidente da Comissão Europeia “as maiores felicidades pela nova carreira profissional que decidiu abraçar”. Passos Coelho ficou “muito satisfeito” com a notícia. Com o desenvolvimento da polémica, disse que se tratava de “um folhetim”, e que “não é dignificante para a União Europeia a forma como esta matéria tem vindo a ser tratada”. Depois de o próprio Durão Barroso ter acusado a Comissão de posições “discriminatórias” (ver pergunta 15), o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa contrariou-o. Disse que “a Comissão Europeia não tem posições discriminatórias”. Morais Sarmento, ex-ministro de Estado e da Presidência, considerou que, Durão Barroso “é o único português na história que pode ter uma função daquelas. Não há outro português que o possa fazer”. A ida para a GSI será “a confirmação de que é um homem de bem” porque “ninguém deixaria uma instituição daquelas nas mãos de alguém que não o fosse”. As críticas surgiram, sobretudo, dos partidos de esquerda. “Uma vergonha”, nas palavras da eurodeputada do BE, Marisa Matias. “Em vez de responder pelo crime da guerra do Iraque, Barroso recicla-se no gangsterismo financeiro global”, acrescentou o deputado do BE Jorge Costa. Mas até no PSD houve quem notasse com desagrado as novas funções de Barroso. O ex-deputado José Eduardo Martins disse que Durão “fez mal” em aceitar o convite e lembrou que a Comissão Europeia paga “reformas milionárias aos seus ex-políticos”, também para que situações do género não aconteçam. Como é que Durão Barroso se tem defendido? Pergunta 15 de 16 A resposta (a segunda) de Durão Barroso à convulsão que a sua contratação gerou foi conhecida esta semana. Em comunicado, o ex-presidente da Comissão Europeia diz-se vítima de uma ação “discriminatória” por parte das instituições europeias. “Foi dito que o simples facto de trabalhar para a Goldman Sachs levanta questões de integridade”, começou por referir o social-democrata. “Apesar de respeitar que todos tenham direito à sua própria opinião, as regras são claras e devem ser respeitadas. Estas acusações são infundadas e totalmente imerecidas. São discriminatórias contra mim e contra a Goldman Sachs”, defendeu Durão Barroso. Também procurou afastar os rumores sobre as funções que exercerá na GSI. “Não desempenhei atividades de lobby em nome da Goldman Sachs e não pretendo vir a fazê-lo”. E lançou dúvidas sobre a classificação da sua nova atividade como lobista: “Se esse for o caso, então gostaria de perceber como foi tomada essa decisão, por quem e com que base. Essas ações não são apenas discriminatórias mas parecem ser inconsistentes com as decisões tomadas em relação a outros antigos membros da Comissão”. Quem são os portugueses com cargos importantes no Goldman Sachs? Pergunta 16 de 16 José Luís Arnaut, advogado, ex-ministro de Durão e de Santana Lopes — um dos melhores amigos de Barroso — foi contratado, em 2014, para o Conselho Consultivo Internacional no sentido de “fornecer aconselhamento estratégico à empresa no alargado campo de questões empresariais, regionais, de políticas públicas e económicas, com um foco particular em Portugal e nos países de língua portuguesa em África”. Acabou por ser envolvido no caso BES por, alegadamente, ter oferecido ajuda ao banco para resolver os seus problemas financeiros. Arnaut chegou à GS pela mão de António Esteves. Este português era “partner” – figura proeminente na equipa do banco de investimento. Acabaria por desvincular-se da empresa, por motivos pessoais, em abril deste ano. Carlos Moedas, o comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação — ex-secretário de Estado adjunto de Passos Coelho — também trabalhou no Goldman Sachs entre 2000 e 2002. Nessa época estava no banco o social-democrata António Borges, que morreu em 2013, e que chegou a ser vice-presidente da instituição.
Bruno Dias (na foto) assina a iniciativa do grupo parlamentar comunista Os comunistas exigem saber que medidas vai tomar o Governo para evitar a "rutura" iminente do sistema de bilhetes utilizado nos transportes públicos lisboetas. O PCP entregou esta quarta-feira um conjunto de perguntas ao Ministério do Ambiente onde denuncia, entre outros aspetos, a rutura iminente do sistema de bilhetes “Lisboa Viva”, utilizado na rede de transportes que liga toda a Área Metropolitana de Lisboa. Os comunistas exigem saber o que pretende fazer o Governo para evitar o “colapso” e não poupam críticas ao anterior e atual executivos. Na prática, denunciam os comunistas, os bilhetes usados na CP, Fertagus, Metro Transtejo e Soflusa, que incorporam um chip e uma tecnologia criados para o efeito, estão à beira da rutura, num processo que se pode agravar já nos próximos meses. De acordo com o PCP, que recolheu queixas de vários utentes, esta situação já se refletiu no “encerramento” progressivo de “máquinas de venda automática”. A perspetiva, insistem, é que nos próximos dias “todas as máquinas deixem de funcionar”. Os comunistas recordam, a propósito, que o sistema de bilhética “está refém de um único fornecedor“, que não tem conseguido dar resposta ao problema — uma situação que se verifica desde 2015, reiteram. “Desde 2011 existe a consciência de que o sistema está refém de um único fornecedor de bilhetes, e que se impunha uma alteração de software para acabar com essa dependência, alteração de software que foi então adiada, por responsabilidade do governo PSD/CDS. Aliás, importa saber que já no final do ano passado se registou uma situação de esgotamento de bilhetes por atraso do fornecedor, em processo de insolvência, que não teria no entanto as consequências desastrosas de que nos estamos a aproximar”, acusa o PCP. Os deputados do PCP, no entanto, também não desresponsabilizam o atual Governo. No conjunto de perguntas que enviaram ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, o PCP classifica o arrastar do problema como “mais um exemplo de como o Governo do PS (e as Administrações por si nomeadas) tem optado por adiar soluções para problemas urgentes, traduzindo-se na situação em que estão colocadas as empresas de transporte público, por falta de trabalhadores, manutenção e investimento, num caos que tende a agravar-se nos próximos meses”. De resto, o PCP culpabiliza ainda Administração do Metropolitano de Lisboa e a Operadores De Transportes Da Região De Lisboa – OTLIS por não terem sabido “tomar atempadamente as medidas que se impunham”, nomeadamente “a referida alteração do software e de fornecedores”, medida que só agora está “a ser implementada, mas já completamente fora de prazo”, implicando, argumentam os comunistas, “alguns meses sem bilhetes no sistema“. Os deputados do grupo parlamentar do PCP querem por isso saber por que razão a OTLIS, as Administrações da CP, Metro de Lisboa, Carris e Transtejo deixaram que se repetisse (de forma agravada) este ano o mesmo problema do ano passado”, “que medidas vão ser adotadas para contornar as dificuldades criadas pela rutura de bilhetes” e que resposta concreta será dada pelo Governo” para evitar o colapso iminente do sistema transportes públicos de Lisboa.
PS e BE chegaram a acordo para a criação de um novo imposto sobre o património imobiliário. A RTP sabe que o acordo foi alcançado no âmbito do grupo de trabalho sobre fiscalidade que reúne socialistas e bloquistas. O deputado socialista Eurico Brilhante Dias garantiu esta manhã que este novo imposto não irá afetar a generalidade dos portugueses com habitação própria. Em direto na RTP 3, Mariana Mortágua, do BE, afirmou que se trata de um imposto “sobre fortunas imobiliárias” que nunca será aplicado “abaixo dos 500 mil euros de valor patrimonial tributário”.
Há dois anos o Syriza aparecia ainda a intelectuais progressistas europeus e latino americanos como um partido de esquerda que vencera as eleições para promover no governo uma política de rutura com a submissão às imposições da União Europeia e ao imperialismo, vassalagem tradicional na Nova Democracia e no Pasok. Mas essa ilusão acabou logo que Tsipras assumiu as insígnias do poder político. Capitulou perante as exigências de Bruxelas e, de tombo em tombo, de cedência em cedência, é hoje um partido integrado no sistema, ao serviço do capital.
Em Atenas e nas principais cidades gregas multiplicam-se os protestos contra o governo Sirriza-Akel e aumenta o número de greves setoriais.
Em Salónica, no passado dia 10, realizou-se uma grande manifestação. Convocada pelo PAME-Frente Militante de Todos os Trabalhadores da Grécia – terminou com um desfile pelas ruas da cidade em que participaram muitos milhares de pessoas, sobretudo desempregados, jovens e pensionistas. O secretário executivo da organização, Leónidas Stoltidis, dirigindo-se à multidão, advertiu que os trabalhadores dos setores públicos e privado, os camponeses, as mulheres, os jovens da Macedónia e da Tessália não aceitam a pobreza e a miséria impostas por um governo de traição nacional.
Há dois anos, Francisco Louçã participava com entusiasmo de um comício em Atenas ao lado de Tsipras. Hoje, em Portugal, os dirigentes do Bloco de Esquerda abstêm-se prudentemente de comentar a galopada para a direita do governo Syriza-Akel. Mas povo tem memória. Não esqueceu que muitos desses dirigentes há menos de dois anos apresentavam o Syriza como exemplo para a esquerda europeia. O oportunismo e o falso radicalismo do Bloco de Esquerda são transparentes.
Concentração de enfermeiros no Hospital de S. Pedro, em Vila Real
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Os enfermeiros do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro realizaram greve parcial. Exigem mais enfermeiros, as 35 horas e o pagamento do trabalho extraordinário.
Ontem foi a vez dos enfermeiros do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro protestarem com greve parcial e concentração no Hospital de S. Pedro em Vila Real.
Segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), apesar da contratação de mais 50 enfermeiros, seriam necessários mais 150 para dar resposta às necessidades desta unidade de saúde. Os enfermeiros reivindicaram também a aplicação das 35 horas a quem tem contrato individual de trabalho.
Alfredo Gomes, do SEP, revela ainda que «as horas extraordinárias não estão a ser pagas como trabalho extraordinário», acrescentando que existe uma dívida de 30 mil horas aos funcionários do Centro Hospitalar, acreditando que grande parte corresponde aos enfermeiros. Estas horas correspondem ao trabalho extraordinário, aos feriados não gozados ou às compensações de horas. O SEP sublinha que este panorama se deve à falta de enfermeiros, e que estes se encontram exaustos.
Para além da concentração, os enfermeiros entregaram mais de cem requerimentos ao Conselho de Administração daquela unidade de saúde.
Grupo Mello continua a dever 500 mil euros aos enfermeiros
O SEP denunciou hoje, numa conferência de imprensa na sede da sua delegação em Braga, o facto da empresa José Mello Saúde, entidade gestora da parceria público-privada do Hospital de Braga, ter anunciado um lucro de 12,6 milhões de euros e continuar a dever aos enfermeiros «500 mil euros resultado das 30 mil horas já efectuadas».
Exigem ainda que o horário normal de trabalho dos enfermeiros com contrato individual de trabalho passe a ser de 35 horas, tendo já entregue dezenas de requerimentos nesse sentido. Horários legais, admissão de mais enfermeiros e fim da discriminação salarial entre os enfermeiros são outras exigências.
As crianças acima de 3 anos que forem aos parque temático Disney World em Orlando, Flórida, serão obrigadas a escanear seus dedos com a finalidade de obter suas impressões digitais, antes de entrar no parque. "Walt Disney World começou a escanear os dedos das crianças entre 3 e 9 anos de idade quando elas entrarem no parque temático, assim como as crianças maiores e adultos".
Segundo o documento, esta medida foi introduzida com a finalidade de "bloquear o uso de entradas roubadas e compartilhadas".
Um porta-voz da Disney World, disse que a medida foi introduzida em agosto deste ano.
"A política tem por objetivo garantir a entrada sem problemas ao clientes e ao mesmo tempo proteger os clientes de que outra pessoa utilize suas entradas".
Os usuários das redes sociais denunciaram o nível de controle que isto implicará e o perigo que as impressões digitais das crianças sejam armazenadas em bases de dados.
Selecção e tradução de Júlio Marques Mota A CORRIDA AO COLAPSO. PARTE I: Falha na Política Orçamental
Satyajit Das
A teimosa recusa da economia global em responder às iniciativas da política é como uma reminiscência de um adolescente revoltado. Há agora uma atenção centrada sobre as despesas públicas em infraestruturas para estimular a economia global. Não é claro que uma tal política seja eficaz e responda a estes objetivos. A eficácia dos estímulos da política orçamental depende de um certo número de fatores. Se a despesa adicional financia o consumo, esta precisa de se manter ativa para permanecer eficaz. Se esta financia investimentos tais como infraestruturas, então o efeito de longo prazo depende do projeto. Se os investimentos produzem retornos de investimento baixos então o efeito sobre a economia pode ser negativo com o capital amarrado aos maus resultados financeiros dos bens de capital. Cidades fantasmas, prédios por habitar e aeroportos, estradas e pontes para lugar nenhum, no Japão, China e na Europa põem em relevo este problema. Uma vez finalizados os projetos de investimento é também necessário garantir a sua manutenção continua, o que absorve recursos financeiros escassos, agravando o problema de baixa taxa de rentabilidade dos investimentos. Nas economias globalmente integradas, a procura gerada pelos estímulos sobre as despesas tem como fuga ao sistema as importações, na ausência de coordenação das políticas nacionais. A dinamização da atividade económica interna é reduzida, criando ou agravando os desequilíbrios comerciais. Uma errada aplicação de capital, motivada por fatores políticos e ideológicos, pode também diminuir os benefícios da política de estímulos governamentais. Em matéria de investimento, os governos não são mais ou menos incompetentes ou ineficiente do que as empresas privadas. Em última análise, a eficácia de estímulo orçamental depende do efeito multiplicador, o aumento final da actividade económica, resultantes de um dólar adicional de gastos públicos. Se o multiplicador é maior do que um, então pode-se potencialmente desencadear uma recuperação auto-sustentável. Se está abaixo de um, então pode ter benefícios sociais mas diminuirá então o crescimento, especialmente a longo prazo. John Maynard Keynes defendeu de uma forma hoje famosa um esquema onde os trabalhadores estivessem empregados a cavar buracos e depois a fechá-los. A essência do argumento é que os investimentos públicos ou os gastos públicos podem restaurar a saúde econômica e isto mesmo quando a despesa social não tem nenhum valor social a não ser o valor de, no plano, imediato ajudar a criar emprego. Presume-se que a despesa pública desencadeada pelos consumo dos trabalhadores recém-empregados desencadeie um ciclo virtuoso de crescimento económico, um aumento de rendimento e do emprego. Os multiplicadores são muito pouco compreendidos, difíceis de medir e instáveis, altamente dependentes do contexto económico. O Fundo Monetário Internacional “(FMI) e o seu economista chefe Olivier Blanchard e o seu colega Daniel Leigh abriram uma controvérsia ao considerarem que o multiplicador foi consideravelmente maior (até 1,7) do que o valor por eles mesmo esperado (0,5) quando os programas de austeridade fiscal foram implementados em muitas das economias desenvolvidas em 2010. Uma redução simultânea da dívida pública, bem como do setor financeiro, das empresas e das pessoas físicas leva a uma contração mais acentuada do que o esperado da despesa global. A política fiscal expansionista, num ambiente de contratação de procura do setor privado e de redução geral da dívida pode resultar em multiplicadores mais baixos tanto quanto o governo não pode totalmente compensar a queda na sua atividade económica. A política fiscal estimula a economia através das despesas públicas quando estas excedem as receitas fiscais do governo. Os défices orçamentais exigem que os governos contraiam empréstimos. Estudos empíricos mostram que há uma associação negativa entre a dívida e o crescimento, embora um nível máximo definitivo da dívida não seja nada evidente. Como a dívida do governo raramente é reembolsada, a capacidade de contrair empréstimos é uma questão do serviço da dívida e de se manter a confiança dos investidores permitindo o refinanciamento. O nível da dívida soberana tolerável depende de uma multiplicidade de fatores. Quando o governo contrai empréstimos na sua própria moeda, a capacidade de um soberano conseguir empréstimos é só limitada pela disposição dos investidores em comprar os seus valores mobiliários e pelo custo dos empréstimos. Quando a moeda do empréstimo também é uma moeda de reserva de um grande país tal como o dólar dos EUA, utilizada igualmente no comércio global e também preferida como investimento dos bancos centrais, a possibilidades de empréstimos são mais elevadas. Uma grande massa de poupança interna, como no Japão, aumenta a capacidade do governo para contrair empréstimos As taxas de juro baixas permitem um maior nível de empréstimos. Em última análise, o fator crucial é esperado ser o crescimento económico. Uma economia dinâmica capaz de altos níveis de crescimento, com a esperada capacidade de gerar receitas fiscais adicionais e de atrair investimento pode manter um nível superior de dívida do que a economia com mais baixas perspetivas de crescimento. Infelizmente, a discussão sobre a possibilidade de mais estímulo orçamental ignora os altos níveis de dívida, os défices orçamentais estruturais, as baixas taxas de crescimento e o aumento dos custos dos empréstimos obtidos que agora tornam insustentáveis as finanças públicas de muitos países. Depois de 2007 / 2008, a maioria dos governos tiveram défices orçamentais significativos, expandiram o volume dos empréstimos obtidos para dinamizar a procura e / ou a recapitalização do enfraquecido sistema financeiro. A dívida pública só seria sustentável se o crescimento voltasse rapidamente a alcançar níveis elevados. Como a economia global estagnou, os vigilantes dos ratings baixaram as notações dos países fracos, tornando-se mais difícil o seu financiamento e aumentando os seus custos de financiamento. Os países foram obrigadas a implementar programas de austeridade, cortes nas despesas públicas e a aumentarem os impostos, para estabilizar as finanças públicas e reduzirem a dívida, o que os tornou prisioneiros de uma recessão ou de um baixo crescimento, o que só agravou os problemas. Não é um problema de dívida, mas sim de crescimento. Tendo em conta o recente fraco crescimento econômico, este alimentou a dívida e a diminuição do crescimento do crédito diminui a atividade econômica, tornando assim os empréstimos insustentáveis, alimentando por um efeito retroativo negativo e mortífero a criação de uma nova crise financeira. Desvaneceram-se as memórias da crise de 2007/2008 e da grande recessão. Mas tal como Vladimir e Estragão na peça de Samuel Beckett esperam em vão pela chegada de Godot, os governos e os decisores das políticas ainda continuam à espera de uma retoma da economia de que não há nenhum sinal da sua presença. O problema é que as ferramentas disponíveis para a política económica não podem resolver os problemas que lhe estão subjacentes.
Governo já confirmou que vai descongelar indexante de apoios sociais, que atualiza subvenções partidárias O aumento do indexante de apoios sociais (IAS) previsto para o Orçamento do Estado (OE) para 2017 vai obrigar à atualização das subvenções para os partidos - a não ser que a proposta para as contas do próximo ano trave essa possibilidade, inscrevendo uma exceção a esse aumento. O Governo prefere remeter qualquer esclarecimento para quando apresentar o OE para 2017. O IAS esteve congelado durante sete anos, mas no OE de 2016 já se antecipava o fim dessa suspensão. No seu artigo 73.º, intitulado "Suspensão do regime de atualização do valor do indexante dos apoios sociais", escrevia-se que "é suspenso, durante o ano de 2016, o regime de atualização anual do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), mantendo -se em vigor o valor de euro 419,22 estabelecido no artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 323/2009, de 24 de dezembro, sendo atualizado nos termos legais em 2017". Esta decisão foi confirmada pelo Ministério do Trabalho ao Jornal de Negócios de terça-feira. E é esta atualização que afetará um conjunto de prestações sociais, mas também as subvenções dos partidos (que têm mais de 50 mil votos). Subvenção definida na lei A lei do financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais define, no seu artigo 5.º, "a subvenção pública para financiamento dos partidos políticos". No n.º 2 deste artigo esclarece-se: "A subvenção consiste numa quantia em dinheiro equivalente à fração 1/135 do valor do IAS, por cada voto obtido na mais recente eleição de deputados à Assembleia da República." Questionado pelo DN, sobre se este aumento de subvenções acontecerá e qual o seu impacto financeiro, o mesmo Ministério do Trabalho - tutelado por Vieira da Silva, que criou em 2006 o IAS - vem agora remeter para a preparação do OE qualquer decisão sobre a matéria. Na resposta enviada ao DN, o gabinete do ministro do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social explicou que "o Orçamento do Estado para 2017 está ainda em preparação", pelo que "o Governo não se pronuncia sobre o processo legislativo em curso". E concluiu a nota: "Todas as propostas e medidas serão tornadas públicas aquando da apresentação do OE2017 na Assembleia da República." Aumento de 0,7% A acontecer, este aumento do IAS não será significativo - na ordem dos 0,7%, segundo os cálculos do Negócios, traduzindo-se num valor que rondará os 111 mil euros (o IAS subirá de 419,22 para 422,15 euros, ou seja, 3,127 euros por cada voto) para nove partidos: a coligação PSD/CDS (e cada um recebe proporcionalmente), PS, BE, PCP, PEV, PAN e as duas forças partidárias sem representação parlamentar que obtiveram mais de 50 mil votos nas eleições de 4 de outubro de 2015, o PDR e o PCTP-MRPP. A subvenção para estes partidos - "que, tendo concorrido à eleição para a Assembleia da República e não tendo conseguido representação parlamentar, obtenham um número de votos superior a 50 mil - tem de ser requerida "ao presidente da Assembleia da República". Esta é uma significativa fonte de financiamento para os partidos. Para PSD e CDS, os quase dois milhões de votos da coligação Portugal à Frente representam 6,2 milhões de euros; no caso do PS, com os seus 1,7 milhões de votos, o valor da subvenção é de 5,4 milhões euros. A verificar-se o aumento das subvenções, os partidos da direita receberão mais 43 mil euros e os socialistas mais 38 mil. E redução de 10% acaba agora Os anos da troika pesaram também nas contas dos partidos. Para além do congelamento do IAS, até ao final deste ano de 2016 está ainda em vigor uma redução no valor das subvenções atribuídas. Na Lei n.º 1/2013, de 3 de janeiro (que é a "primeira alteração" à lei que consagra uma "nova redução na subvenção e no limite das despesas nas campanhas eleitorais"), lê-se que "a subvenção destinada ao financiamento dos partidos políticos, prevista na Lei n.º 19/2003, de 20 de junho, com a redação que lhe foi dada pela presente lei, é reduzida em 10 % até 31 de dezembro de 2016". Esta redução (com nuances) vem já de 2010. Se a esta reposição da subvenção corresponder a atualização prevista já no Orçamento do Estado do ano passado, os partidos terão os cofres ainda mais confortáveis em 2017. www.dn.pt