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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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16
Set16

Gratuitidade dos manuais escolares é um investimento

António Garrochinho
PAULA SANTOS




A progressiva gratuitidade dos manuais escolares aprovada no Orçamento de Estado de 2016, a partir de uma proposta do PCP, marca indiscutivelmente o início do ano letivo. No ano letivo que agora se inicia, as 80 mil crianças que ingressam no 1º ano do 1º ciclo têm os manuais escolares gratuitos.

É sem dúvida uma medida de grande alcance social e político.

Constituindo os manuais escolares um instrumento fundamental no processo ensino/aprendizagem dos estudantes e respeitando o princípio constitucional do direito à educação para todos, a gratuitidade dos manuais escolares é algo que há muito se impunha.

Todos os anos, em vésperas do começo das aulas, milhares de famílias têm inúmeras dificuldades na aquisição dos manuais escolares e do material didático. Os custos dos manuais escolares são incomportáveis para muitas famílias e a ação social escolar não dá a resposta adequada. Portugal é um dos países da União Europa onde as despesas da educação mais pesam sobre as famílias.

A gratuitidade dos manuais escolares contribui também para a efetiva igualdade no acesso e sucesso escolar de todos os estudantes e para a gratuitidade do ensino obrigatório.

A gratuitidade dos manuais escolares em todo o ensino obrigatório é algo que o PCP tem vindo a propor e a defender, quer na perspetiva de assegurar a gratuitidade de todo o ensino obrigatório, quer na perspetiva de combate ao insucesso e abandono escolar. Defendemos também a cedência a título definitivo dos manuais escolares, de modo a não condicionar a relação entre o aluno e o livro. Por exemplo, no 1º ciclo, os manuais escolares estão concebidos para os alunos poderem inclusivamente escrever e desenhar.

Foi possível neste ano letivo abrir uma porta e dar um pequeno passo, mas há ainda um caminho a percorrer para se alcançar a gratuitidade dos manuais escolares em todo o ensino obrigatório. O Orçamento de Estado de 2017 deve dar continuidade a este caminho e alargar a gratuitidade dos manuais escolares a todos os alunos do 1º ciclo.

Garantir a gratuitidade dos manuais escolares não pode ser vista como uma despesa, antes como um investimento nas crianças e jovens, um investimento no combate ao insucesso e abandono escolar, um investimento na qualificação, um investimento no desenvolvimento económico e social do nosso país.

EXPRESSO"
14/09/16
16
Set16

NOTÍCIAS DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

António Garrochinho


Foi hoje divulgado o relatório anual da OCDE, "Education at a Glance 2016". Dada a quandidade de informação disponível e como habitualmente faço vou deixando umas notas sobre tópicos diversos.
Uma nota sobre as boas e as menos boas notícias da educação pré-escolar. O acesso à educação pré-escolar em Portugal aumentou significativamente na última década. Passamos de uma cobertura de 61% em 2005 para 77% em 2014 para as crianças de três anos e a partir dos quatro anos temos já uma frequência de 91%, qualquer dos indicadores acima da média da OCDE.
As notícias menos positivas em matéria de educação pré-escolar apontam para que o investimento público nesta área seja inferior à média da OCDE o que significa que o esforço pedido às famílias é superior.
No mesmo sentido os grupos em educação pré-escolar, 17crianças por sala e por educador são superiores à média dos países analisados.
Em matéria de educação pré-escolar e da sua importância julgo de recordar que com base nos resultados do estudo comparativo PISA mostram que os alunos com piores resultados a matemática são aqueles que frequentaram o pré-escolar menos de um ano, ou que não frequentaram de todo, sendo a qualidade dos resultados é, regra geral, inversamente proporcional ao tempo passado no pré-escolar.
Nesta perspectiva é fundamental caminhar no sentido de garantir o acesso à educação pré-escolar aos três anos e criar respostas acessíveis, física e economicamente, às famílias para as crianças dos zero aos três anos é imprescindível.
Sabemos todos como o desenvolvimento e crescimento equilibrado e positivo dos miúdos é fortemente influenciado pela qualidade das experiências educativas nos primeiros anos de vida, de pequenino é que ...
Assim, existem áreas na vida das pessoas que exigem uma resposta e uma atenção que sendo insuficiente ou não existindo, se tornam uma ameaça muito séria ao futuro, a educação de qualidade para os mais pequenos é uma delas.
No entanto, como há algum tempo escrevi no Público, a educação pré-escolar é bastante mais que a “preparação” para a escola e não deve enredar-se no entendimento de que é uma etapa na qual os meninos se preparam para entrar na escola embora se saiba do impacto positivo que assume no seu trajecto escolar.
Na verdade, as crianças estão a preparar-se para entrar na vida, para crescer, para ser. A educação pré-escolar num tempo em que as crianças estão menos tempo com as famílias tem um papel fundamental no seu desenvolvimento global, em todas as áreas do seu funcionamento e na aquisição de competências e promoção de capacidades que têm um valor por si só não entendidos como uma etapa preparatória para uma parte da vida futura dos miúdos, a vida escolar.
Este período, a educação pré-escolar, cumprido com qualidade e acessível a todas as crianças, será, de facto, um excelente começo da formação institucional de cidadãos. Esta formação é global e essencial para tudo que virão a ser e a fazer no resto da sua vida.

atentainquietude.blogspot.pt
16
Set16

canta o melro e canta a pôpa

António Garrochinho
Ao fazer a montagem adicionei uma quadra da qual não tenho a certeza de quem seja o autor. Tenho uma vaga ideia de ouvir o poeta Nexense Francisco Dias Bexiga declamá-la embora como disse desconheço ser de sua autoria. Quem souber o autor que me corrija. 
obg.



16
Set16

ANTIGAS CONSTRUÇÕES – UMA AULA DE CIÊNCIA, PERSEVERANÇA E ESPIRITUALIDADE

António Garrochinho




Se fizermos uma rápida viagem no tempo, visitando os nossos ancestrais que viveram neste planeta de 3.000 a 12.000 anos atrás, encontraremos muitas lições para a humanidade moderna, e para nós mesmos, como indivíduos. Perceberemos que abandonamos em algum vale da história, a fé e a espiritualidade. Isto, para também não mencionar conhecimentos científicos, que foram “descontinuados”. Pior, nos tornamos arrogantes e céticos. Queremos acreditar que somos a nata da evolução humana, quando o passado nos mostra o contrário. Temos muito o que aprender, com humildade e espírito crítico, daqueles sábios povos que nos antecederam, e que têm muito menos de “bárbaros” do que a nossa inculta e violenta sociedade atual.
Acima de tudo, o esforço e a dedicação deles, devem ser um guia diário para nos fortalecer o espírito e nos dar a perseverança necessária para perseguirmos nossos objetivos, por mais “magnânimos” que eles possam parecer. Pois mesmo dentro do chamado “impossível”, tudo pode se realizar.
Veja com mente aberta e olhos críticos, uma pequena parte do testemunho da história, e acredite no seu potencial, pois você também faz parte disto tudo:
Ajanta, Índia
As cavernas de Ajanta na India foram redescobertas em 1819 por um oficial britânico. São 29 templos budistas escavados há mais de dois mil anos, em um único bloco de pedra gigantesco. Há construções com mais de 20 metros de altura. Entre os templos, astronomicamente posicionados, um tem um altar com orientação exata para ser iluminado no solstício de inverno e outro, no solstício de verão. A ciência atual não consegue explicar a perfeição da construção, que dependeria de precisão e tecnologia avançada, em tese não existentes na época. Só a Espiritualidade daqueles sábios budistas antigos, pode elucidar este enigma.

Lalibela, Etiópia
Em Lalibela, Etiópia, existem 11 igrejas ocultas escavadas do chão para baixoem um único bloco de pedra. São literalmente “esculturas feitas na rocha” que iam tomando a forma desejada conforme eram esculpidas. Também não se consegue explicar cientificamente a forma como a obra foi construída, pois as ferramentas conhecidas para o período não são em nada condizentes com o resultado observado. O povo local diz que os homens construíam o que podiam durante o dia e que, durante a noite, os anjos assumiam o turno, realizando os feitos que os homens não conseguiam. De relevo observar que a Arca da Aliança teria sido transportada para este lugar no século IX AC. O filho do rei Salomão, Menelik I foi primeiro rei da Etiópia e, após ter ido visitar seu pai em Jerusalém, teria trazido a Arca consigo para Lalibela. Curiosamente, existe no interior de uma das igrejas um altar que tem as dimensões exatas da Arca.

Beqaa Valley, Líbano

As pedras são grandes, impressionantes e perfeitos retângulos. Esta foto é do maior trabalho em pedra já feito na Terra. Algumas pedras, sozinhas, são estimadas em mais de 2.000 toneladas. 
 Ao leste do Líbano, em Beqaa Valley, existem as ruínas da antiga cidade romana chamada Heliópolis, construída no século IV AC em honra a Zeus. Ocorre que abaixo desta cidade, há um sitio muito mais antigo, de quase 9 mil anos, que era conhecido como a cidade de Baalbek, em honra a divindade caldeia Baal, deus da vida e do sol. Nesta cidade, de um período em que se diz que a humanidade dava os seus primeiros passos sobre a Terra, com ferramentas não muito mais complexas do que paus e pedras, existem imensas pedras megalíticas que formam a fundação dos templos romanos que até hoje ali se erguem, com pesos que variam entre 800 a 2000 toneladas CADA, perfeitamente encaixadas uma nas outras. Literalmente impossível, para a ciência atual, explicar como estas rochas foram extraídas, moldadas, transportadas e anexadas para a construção, sem a ajuda de maquinário pesado. O ato permanece um profundo mistério. Talvez nunca venhamos a descobrir que tipo de ciência a “Espiritualidade e Vontade” daquele povo antigo teve acesso, para superarem suas limitações e concretizarem seus desejos.

Machu Picchu, Peru
















No Perú, sobre as Cordilheiras dos Andes, existem vários outros mistérios. Existem resquícios de construções sob as já maravilhosas obras dos Incas, de uma cidade muito mais antiga, datada de 12 mil anos atrás. Neste período, as enciclopédias ensinam que o homem ainda estava em suas origens científicas, começando a entender a agricultura. Porém, na altura de 2400 metros, existem imensos blocos de pedra com mais de 50 toneladas cada, alojados justamente nos pontos mais altos da montanha. Mais impressionante, estas pedras NÃO vieram da própria montanha, mas, quando muito, de montanhas próximas. Uma obra desta, hoje em dia, exigiria bem mais do que guindastes e elevadores de grande porte, além de ferramentas de corte não inferiores às mais duras e modernas serras elétricas. Mas mesmo assim, aquele povo cortou as gigantescas pedras, as transportou para baixo no vale, as carregou para cima de outra montanha, e construiu bases perfeitas de rocha para a construção de templos. Há seis lajes monumentais, encaixadas com perfeição. O cientistas atuais não explicam, pois se baseiam na história que insiste em afirmar que aquele povo teria, quando muito, pedra e bronze ao seu dispor. Curioso observar que o encaixe das pedras é realizado com tanta precisão, que há quem diga, com fundamento, que elas teriam sido fundidas após serem colocadas lado a lado.

























Os encaixes precisos das construções feitas pelos Incas são um mistério até hoje. Observem a quantidade de ângulos em uma única pedra (há ruínas com pedras com mais de 20 ângulos perfeitamente encaixados). E como fazer os furos perfeitos nas pedras com os recursos daquela época?
Templo do Condor em Machu Picchu. Vejam a superfície lisa e encaixes arredondados, trazendo a ideia de algum processo de vitrificação que só ocorre com o emprego de temperaturas altíssimas. Há diversos outros elementos, como linhas cruzadas, que parecem marcas de serras. As ferramentas pré históricas não cortariam Andesina (só diamante a cortaria).

Teotihuacan, México
Teotihuacan, no México, já foi uma das maiores cidades do mundo antigo, com uma população de mais de 150.000 habitantes.  Assim como no Egito, existem ali pirâmides enormes, alinhadas com a constelação de Orion. No sítio foram encontradas enormes quantidades de Mica (com propósito ainda não esclarecido) que só existem a 4800 km de distancia, no Brasil. A mica tem propriedades elétricas e existem poços subterrâneos totalmente revestidos de Mica, ligando as pirâmides.

Luxor, Egito

























Luxor, no Egito. Na construção dos templos de Carnac, há cientistas convencidos de que de alguma maneira ocorreu o uso de máquinas avançadas. Em obeliscos, há hieróglifos talhados de cima abaixo, com uma precisão absolutamente incompatível com a manual. A estátua de Ramsés tem simetria tão perfeita, que não pode ter sido feita somente a olho nú. Hoje, precisaríamos de tecnologia avançada (a simetria é exata). Cinzéis, cobre ou madeira, jamais explicariam, como pretendem alguns, as grandiosas obras egípcias.

Malta, Itália
Ilha de Malta, ao sul da Itália. Suas construções de pedra são consideradas por alguns como as primeiras arquiteturas monumentais do mundo, realizadas 1000 anos antes dos egípcios. Mais uma vez, antes da existência de ferramentas apropriadas, e com o uso de pedras monolíticas de mais de 20 toneladas cada, que se encaixam perfeitamente. Necessária uma tecnologia avançada, totalmente ignorada pelo homem moderno. Ao longo de toda a ilha, se vê linhas paralelas de quilômetros de extensão, chamadas de “rotas para carros”. Estudiosos dizem que eram antigas ferrovias para transporte de material pesado. Embaixo da terra, encontraram um santuário de 2500 anos antes de cristo, escavado em 3 níveis na rocha sólida, com propriedades acústicas extraordinárias na “sala do oráculo”, onde a voz é transportada e ouvida em qualquer lugar do complexo.

www.danielkaltenbach.com
16
Set16

O TEMPLO KAILASA ESCULPIDO EM PEDRA – ÍNDIA

António Garrochinho


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Muitos de nós conhecemos as grandes maravilhas do mundo antigo: As Pirâmides de Giza, Coliseu de Roma, A Grande Muralha da China, entre outros. Apesar do conhecimento de belos trabalhos das culturas antigas, aposto que você nunca ouviu falar do maravilhoso Templo Kailashnath em Maharashtra, na Índia. O que torna este Templo tão especial é que ele foi esculpido a partir de uma única enorme rocha! 
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Aqueles que esculpiram esta estrutura incrível, iniciaram o trabalho no topo indo para baixo, formando uma estrutura que antes era apenas pedra. Este método foi rigorosamente aplicado por um mestre arquiteto, e esse resultado não poderia ter sido alcançado de outra maneira.
O Templo é dedicado a Shiva e foi construído entre os anos de 756 e 774 DC pelo Rashtrakuta Rei Krishna I. As medidas da estrutura são em cerca de 60 pés de altura e 200 pés de largura. Em seu tempo de aurora havia pontes de pedra que ligavam as galerias de esculturas, mas elas foram engolidas pelo tempo. A base do templo foi esculpida para dar a impressão que os elefantes  “seguram” toda a estrutura . Realmente, impressionante! 
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ograndejardim.wordpress.com
16
Set16

Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu Sobre a criação de condições no mercado de trabalho favoráveis ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional

António Garrochinho

Intervenção de João Pimenta Lopes no Parlamento Europeu 
Sobre a criação de condições no mercado de trabalho favoráveis ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional 
16 Setembro 2016

Décadas de políticas neoliberais, a imposição de políticas de austeridade, empobrecimento e exploração por governos e pela União Europeia, significam graves retrocessos sociais, de que resultam hoje 125 milhões de pobres, 30 milhões de desempregados e uma cada vez maior desigualdadena distribuição da riqueza.
Políticas que têm esmagado direitos de trabalhadores e conquistas sociais. Que atacaram a contratação colectiva, que impuseram a desvalorização de salários, a desregulação dos horários de trabalho, a precariedade, a destruição e privatização da oferta pública de serviços de apoio à família.
Opções de classe como o abandono da Directiva de Maternidade ou licenças que não são pagas a 100%, quando existem.
Políticas como o Semestre Europeu, que agora alguns tentam travestir com a capa do social escamoteando as consequências práticas dos seus objectivos, evidenciam que o combate às desigualdades e a elevação das condições de vida dos trabalhadores só será possível com a ruptura com as políticas de direita e da União Europeia.

16
Set16

CASAIS NÃO VÃO SER PENALIZADOS

António Garrochinho
Este ano, muitos casais foram impedidos de fazer a entrega conjunta das suas declarações de IRS por o terem feito fora do prazo, uma situação criada por uma norma introduzida no Código do IRS pelo anterior Governo PSD/CDS. Estas situações, em muitos casos, levam a um aumento do imposto a pagar. Na sequência de uma proposta do PCP, o Ministro das Finanças assumiu que esta norma será revogada. Os contribuintes prejudicados pela norma este ano serão abrangidos por um regime transitório, a aprovar na Assembleia da República.



O PCP denunciou a situação de casais impedidos de entregar a declaração de IRS conjunta pelo facto de o terem feito fora do prazo. Centeno anuncia revogação da…
ABRILABRIL.PT

16
Set16

GRUTAS DA MOEDA- UM MUNDO MÁGICO

António Garrochinho
Situadas em S. Mamede, a cerca de 15 km da Batalha e apenas 2 km de Fátima, as Grutas da Moeda constituem um magnífico exemplar do que a natureza oferece de mais belo e natural.
Lago da Felicidade
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Ao longo de 350 metros e descendo a uma profundidade de 45 metros abaixo da cota de entrada, as Grutas da Moedavão oferecendo espectaculares cenários que primam pela beleza e diversidade das formações calcárias. A temperatura é excelente, 18º C, valores médios e constantes ao longo de todo o ano.
À medida que descemos, sucedem-se salas e galerias cujos nomes foram inspirados nas figuras que se vão revelando perante os nossos olhos e nos vão surpreendendo a cada passo: Lago da Felicidade, Sala do Presépio, Pastor, Cascata, Cúpula Vermelha, Marítima, Capela Imperfeita, Abóbada Vermelha e Fonte das Lágrimas.
Grutas da moeda
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Das abóbadas, caem as estalactites formadas pela água que escorre das fendas onde se impregnou. Em sentido inverso, vemos as estalagmites, as formações que saem do solo e que crescem em direcção às primeiras, à sua origem. O ritmo de crescimento de ambas as formações é similar, cerca de 0,3mm ao ano, pelo que a sua união leva leva milhares de anos. Desse acto nascem as colunas, formas que parecem sustentar o tecto e nos fascinam nas imagens que criam…
De muitas, dir-se-ia que são dois amantes que finalmente se encontram e se abraçam após uma vida de mera contemplação.
Grutas da Moeda
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No solo e nas paredes, outras figuras enriquecem a decoração. Chamam-lhe couve-flor pela similitude das formas e parece resultar dos salpicos da água que cai dos tectos.
Grutas da Moeda
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É um mundo mágico, onde as sensações se agigantam por ser também um mundo subterrâneo e nos transportar ao desconhecido.
E por falar em magia, associada às Grutas da Moeda existe uma lenda: a Lenda da Moeda. Reza a história que em tempos idos, um homem rico que por ali passava, foi assaltado por um bando de ladrões que lhe tentou roubar a bolsa de moedas, que com ele transportava. Durante a luta, o homem terá caído para dentro da gruta, onde as almejadas moedas se terão espalhado e perdido para sempre.
Até hoje, o tesouro continua em parte incerta…
Grutas da Moeda
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Para nós, o tesouro está mesmo no local, em cada recanto da gruta que apela à contemplação. É puro deleite…
Grutas da Moeda
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Grutas da Moeda
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Grutas da Moeda
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Grutas da Moeda
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Localização: R. das Grutas da Moeda, 2495-028 São Mamede
Horário:
Out-Março: 9:00-17:00
Abril-Junho: 9:00-18:00
Julho-Set:9:00-19:00
Duração média da visita guiada: 30 minutos
Tel. (+351) 244 704 302 / 244 703 833
GPS: N 39º 37′ 27,2” | W 8º 42′ 17,3”

www.dorigemlusa.pt

16
Set16

Hospitais privados reencaminham para o SNS doentes com cancro que ficam sem dinheiro

António Garrochinho

Hospital_São Teotónio_Viseu

«Os hospitais privados deixam de tratar doentes com cancro que ficam sem dinheiro ou sem plafond no seguro, reencaminhando-os para o Serviço Nacional de Saúde.
(...)
O reencaminhamento de doentes que ficam sem dinheiro não é de agora e representa, juntamente com os plafonds dos seguros e os contratos individuais (que podem ser rescindidos pelas companhias ao fim de um ano), mais um de vários aspectos do negócio da saúde privada.»

Um crime...


ocastendo.blogs.sapo.pt
16
Set16

Que moral

António Garrochinho
Que moral têm esses câes e cadelas raivosos para botarem discurso no que quer que seja sobre a vida dos portugueses !?
Comprometidos com o fascismo de antes e com ânsias de políticas nazis nos dias de hoje, toda essa corja de aldrabões, gatunos e covardes, podem por exemplo comentar esta passagem (uma das boas) da vida pobre e atribulada do povo português.
Foto de António Garrochinho.

16
Set16

Enganados novamente…

António Garrochinho


por Chris Hedges [*]


A candidata da banca. A esperança ingênua dos apoiantes de Bernie Sanders — construir um movimento político de bases, mudar o partido democrático por dentro e empurrar Hillary Clinton para a esquerda — fracassaram. H. Clinton, ciente de que as camadas liberais e a esquerda não irão exercer uma genuína resistência, prossegue tendo Mitt Romney como instrumento. As elites empresariais em todo o espectro político, republicano e democrata, uniram-se alegremente para consagrar o seu Presidente. Tudo o que resta da "revolução" Sanders é um modo de obter isenção de impostos [1] projetado para arrecadar dinheiro, incluindo de doadores anônimos, ricos, para garantir que ele será um senador vitalício. Como Karl Marx ironizou, os grandes acontecimentos históricos acontecem duas vezes, primeiro como tragédia e depois como farsa. 

A extravagância de milhares de milhões de dólares do nosso circo eleitoral é parte da cortina de fumo que cobre a devastação em curso promovida pela globalização: desindustrialização, acordos de comércio como a Parceria do Transpacífico (TPP), guerras sem fim, alterações climáticas [NR] e a intrusão em cada recanto das nossas vidas pela segurança e vigilância do Estado. A nossa democracia está morta. 

Clinton e Donald Trump não têm o poder ou o interesse em reaviva-la. Eles ajoelham-se diante da máquina de guerra, que consome milhões de milhões de dólares para travar guerras inúteis e exibir um poder militar exagerado. Desafiar a força do Estado é suicídio político, porém para a Wall Street os políticos não passam de cortesãos. Os candidatos enchem a boca de frases feitas sobre justiça, melhorias na igualdade de rendimentos e escolhas democráticas, mas é um jogo cínico. Assim que termina, os vencedores vão para Washington trabalhar com lobistas e elites financeiras levando a cabo os verdadeiros processos de decisão. 

Embora haja uma diferença no temperamento dos dois principais candidatos presidenciais, essa diferença influi apenas na forma como o veneno nos será ministrado. As personalidades da política servem os centros do poder empresarial global, não os controlam. Barack Obama ilustra isto mesmo. 

Para os neoliberais tudo e todos são descartáveis. Os Estados falhados que criaram em todo o Médio Oriente, África, Cáucaso e Ásia com o fim da guerra fria representam o que há a esperar de um mundo neoliberal, impulsionado pela ganância, corrupção, violência e desespero. 

Os traficantes de drogas, contrabandistas, piratas, sequestradores, jihadistas, gangues criminosas e milícias que vagueiam em enormes áreas de território onde a autoridade central desapareceu são os verdadeiros rostos da globalização. Estes niilistas constituem o Estado islâmico, assim como constituem o Estado das transnacionais. A corrupção pode estar mais à vista e ser mais rudimentar no Afeganistão ou no Iraque, mas tem seu paralelo na venda dos políticos e partidos políticos que dominam nos Estados Unidos e na Europa. O bem comum – a construção de comunidade e solidariedade – foi substituído por décadas de doutrinação a favor da empresa privada com apelos para se acumular tudo o que se puder para si próprio e deixar os outros a sangrar na berma da estrada. 

Será a Goldman Sachs, que manobra os preços futuros de arroz, trigo, milho, açúcar e gado para os fazer subir no mercado global, deixando as pessoas pobres e vitimas da fome na África, Ásia, Oriente Médio e América Latina, moralmente menos repugnante do que o traficante de drogas? Serão os pilotos de F-16 que incineram famílias em Raqqa moralmente distintos dos jihadistas que queimaram numa gaiola um piloto jordaniano capturado? Será a tortura num dos nossos locais secretos ou em colônias penais offshore menos bárbara que a tortura às mãos do estado islâmico? Será a decapitação de crianças por drones militares mais defensável do que a decapitação de trabalhadores egípcios numa praia da Líbia por autodesignados guerreiros sagrados? É Heather Bresch, o administrador executivo da Mylan, que aumentou os preços do salva-vidas EpiPen em 400% ou mais, e que passou desde 2007 a auferir mais 600% – acima de 18 milhões de dólares por ano – menos venal do que um traficante que envia um barco sobrecarregado e seus ocupantes para a morte ao largo da Líbia. 

Há uma nova ordem mundial. Está baseada na exploração nua e crua. Não na democracia, é o que nós temos exportado em todo o globo. E isto se parece muito com o Estado anárquico que Hobbes temia . As gangues que entregam os migrantes para a Europa fazem aproximadamente 100 milhões de dólares por mês pelo seu trabalho. Exploram o tráfego de seres humanos como apenas os altamente pagos executivos das grandes empresas fazem. 

Os Estados falhados do Iraque, da Síria e da Líbia, um resultado direto da globalização, têm a sua contrapartida em Detroit, St Louis, Oakland, Memphis, Baltimore, Atlanta, Milwaukee e o lado sul de Chicago. Eles são as nossas versões de Mogadíscio, com ilegalidade, mortes sem sentido, bandos armados, fome generalizada, medo, uma população que se abandona no abraço entorpecente de opiáceos, crescente pobreza, instituições de um Estado disfuncional, o crescimento de empresas de segurança privadas para protegerem as elites e violência indiscriminada da polícia que cria um reinado de terror visando os pobres. 

Quanto mais as forças do capitalismo transnacional extraem de nós em nome da austeridade e da maximização do lucro, mais zonas dos EUA vão decair para versões domésticas dos Estados falhados no exterior. O mesmo sistema existe aqui e no exterior. E tem o mesmo resultado aqui e no exterior. Pode aparecer primeiro na Somália, Mali, Guiné-Bissau e Líbia, mas em breve virá a caracterizar grande parte da América. A proliferação de armas fará na nossa sociedade o que tem feito em todos ou outros Estados falhados onde houve acesso descontrolado aos arsenais – entregar o poder àqueles com pendor para a violência. 

Escreveu Elias Canetti em Multidões e poder (Crowds and Power):

"Quem queira governar os homens tem primeiro que tentar humilhá-los, enganá-los acerca dos seus direitos e sua capacidade de resistência, até que eles se tornem tão impotentes como animais. Ele depois usa-os como animais e, mesmo que não lhes diga isso, sabe muito claramente que significam muito pouco para ele; quando fala aos seus mais próximos chamará os outros de carneiros ou gado. Seu objetivo final é incorporá-los em função dos seus interesses e sugar-lhes toda a substância. O que resta deles depois, não importa. Quanto pior os tratou mais os despreza. Quando não têm mais utilidade, descarta-os como faz com excrementos, bastando saber que não envenenam o ar da sua casa".

A História demonstrou amplamente como isto vai acabar. A persistente exploração por uma elite descontrolada, o aumento dos níveis de pobreza e insegurança, desencadeará uma legítima revolta entre os desesperados. Eles vão perceber o que se passa para além das mentiras e da propaganda das elites. Vão exigir redistribuição de rendimentos. Voltarão para aqueles que expressam o ódio que sentem pelos poderosos e pelas instituições que foram projetadas para dar-lhes voz, mas que agora servem para os enganar. Buscarão não reformas, mas a destruição de um sistema que os traiu. Estados falhados – a Rússia czarista, a República de Weimar, a antiga Jugoslávia – podem dar origem a monstruosidades políticas. Connosco não será diferente. 

Formas de fascismo já tomaram conta de duas nações da UE, a Hungria e a Polónia. Partidos de extrema-direita, reagindo à vaga de mais de 1 milhão de migrantes que caiu sobre a Europa no ano passado, estão a ganhar terreno na França, Áustria, Suécia, Alemanha e Grécia. O nacionalismo, alimentado por uma deificação das forças armadas, será usado para compensar a impotência individual e a perda da identidade nacional. Nos EUA a dissidência tornar-se-á "antiamericana", uma forma de traição. Os inimigos internos vão ser vilipendiados juntamente com os inimigos externos. E isto levará a mais guerras no Médio Oriente. Os partidos políticos de extrema-direita da Europa Oriental alardeiam uma retórica de conflito militar com a Rússia. Devido à sua associação com a NATO, os EUA seriam obrigados a apoiar quaisquer hostilidades. 


Votar em Hillary Clinton não irá interromper este deslize para o apocalipse. Só vai acelerá-lo. Donald Trump pode desaparecer do cenário político, mas alguém ainda mais venal e provavelmente mais inteligente, vai tomar seu lugar. Nosso trabalho é desmontar os mecanismos que nos estão a empurrar para o abismo. E isto significa sustentada e maciça desobediência civil, como se tornou evidente pelos protestos na Reserva de Sioux Rock e pelas paragens de trabalho de sexta-feira passada realizadas pelos presos de toda a nação. Significa fazer todo o possível para não cooperar com os elementos da autoridade. Significa interromper os mecanismos do poder. Significa superar o medo. Significa não acreditar nas mentiras que nos são ditas. 
13/Setembro/2016
[1] O texto menciona "501(c) (4)", a secção do código de impostos sobre rendimentos dos EUA que isenta organizações de assistência social sem fins lucrativos. A participação direta ou indireta ou intervenção em campanhas políticas não está prevista nesta isenção. No entanto, as atividades políticas de uma organização de assistência social podem ficar ao abrigo do clausulado da 501(c)(4) desde que não sejam a sua principal atividade. 

[NR] Sempre houve alterações climáticas ao longo de toda a história do planeta Terra. Assim, é incorrecto atribuí-las à globalização. As referidas alterações são apenas um outro nome para o hipotético aquecimento global. Ver A impostura global . 

[*] Jornalista. Passou quase duas décadas como correspondente estrangeiro na América Central, Médio Oriente, África e Balcãs. Fez reportagens em mais de 50 países. Trabalhou para o The Christian Science Monitor, National Public Radio, The Dallas Morning News e The New York Times, do qual foi correspondente no estrangeiro durante 15 anos. 

O original encontra-se em www.informationclearinghouse.info/article45448.htm . Tradução de DVC.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

16
Set16

Maria da Assunção Cristas – A queda de um anjo

António Garrochinho


Maria da Assunção quis fazer jus ao nome subindo ao olimpo autárquico português, tal como a homónima, mãe de Jesus, que, segundo o mito católico, subiu ao céu, em corpo e alma [Assunção], em data, local e meio de transporte incertos. Evocaria ainda a terra onde nasceu, chamada, em tempos mais pios, São Paulo da Assunção de Luanda.
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Assunção Cristas julgou que o seu partido tinha crescido quando apenas inchou, graças à habilidade de Paulo Portas a extorquir a Passos Coelho o quarto grupo parlamentar da AR. Foi um negócio faraónico que não teve em conta que o PSD tem gente mais capaz que Passos Coelho e o CDS não tem melhor que Portas, por menos honroso que seja.
Julgava fazer refém o PSD e ficou refém de si própria, à espera do desastre que abre a porta a Nuno Melo, menos recomendável, mas mais sagaz, educado na escola do tio, o cónego Melo, da Sé de Braga, e na de Paulo Portas, tal como ele, amante de veículos de alta gama.
Em Oliveira do Bairro, a 252 km de Lisboa, justificou a sua ambição com uma frase de belo recorte literário, vazia de sentido, garantindo que tem “o vento de Lisboa colado à pele e a água do Tejo colada à alma”, do que apenas se deduz que tenha alma, como os crentes creem, não fosse pensar-se que era desalmada.
A atração pela água e pelo ar pode vir-lhe da baía de Luanda e do vento que a percorre, ou de qualquer outro local onde haja ar e água, na certeza de que nenhum dos elementos se cola à pele e, muito menos, à alma.
Não cedendo o PSD à traição do CDS e não podendo Assunção Cristas recuar, num ato de haraquíri, resta-lhe respirar o ar de vereadora e tomar um banho de água tépida que a limpe da ambição desmedida em que tropeçou.
Ponte Europa / Sorumbático
abrildenovomagazine.wordpress.com
16
Set16

A SOCIEDADE DE CONSUMO

António Garrochinho

A sociedade de consumo é um balcão.
Nela se vende o pão,
se vende o amor,
se vende o sonho, se vende a bondade,
se vende a justiça, se vende o favor,
se vende o acesso à informação,
se vende a modéstia, se vende a vaidade,
se vende a honra, se vende a fé,
se vende a vontade, que é uma ilusão,
se vende a morte, que não o é.

Armindo Rodrigues
Foto de António Garrochinho.

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Set16

O POVOADO ALEMÃO ONDE O ALUGUER DE CASA NÃO AUMENTA DESDE 1520

António Garrochinho
São muitos aqueles que, por motivos pessoais ou económicos, decidem alugar uma casa em vez de comprar. Às vezes é algo estacionário, mas uma despesa importante ao que devemos nos preocupar igualmente. No entanto, alguns felizardos em Augsburgo, Alemanha, não tem que se preocupar com este problema. Ali encontra-se o complexo Fuggerei, o projeto de moradias sociais mais antigo do mundo, promovido no século XVI por um homem endinheirado chamado Jakob Fugger.

O povoado alemão onde o aluguel não aumentou desde 1520 e custa menos de 5 reais ao ano
Desde então, os moradores destas casas nunca viram o incremento do preço de seus alugueres, motivo pelo qual pagam 88 centavos de euro (3,30 reais) pelo arrendamento por todo um ano. Sim, você leu certo. Vamos dar uma olhada nesta histórica comunidade e conhecê-la um pouco mais de perto:
Bem-vindos a Fuggerei, em Augsburgo, Alemanha, o projeto de moradias sociais mais antigo do mundo que não subiu o preço de seus alugueres desde 1520.
O povoado alemão onde o aluguel não aumentou desde 1520 e custa menos de 5 reais ao ano 01
O artífice desta ideia foi Jakob Fugger, o homem mais rico de seu tempo, que desenvolveu uma zona residencial para os pobres de Augsburgo, de maneira altruísta.
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O projeto, ainda em funcionamento, conta com 147 apartamentos e 67 casas.
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As condições para ter acesso a uma destas moradias são as mesmas que quando foi fundado no século XVI.
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A pessoa deve ter vivido ao menos dois anos na cidade, ser católico e ser indigente sem nenhuma dívida.
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Preenchendo esses requisitos a pessoa pode requerer e pagar apenas 3,3 reais ao ano por uma moradia com boas características.
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Ainda que não tenham luxos, estas casas são cheias de detalhes. Contam com uma sala de tamanho considerável.
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Uma cozinha com copa.
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Um banheiro completo com área de serviço inclui uma lavadora, aquecedor, bem como todos as louças imprescindíveis.
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Dormitórios de grande tamanho. O número dependerá do tipo de moradia atribuída.
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O caso de Fuggerei não é isolado, senão que a história das moradias sociais conta com personagens ricos com bastante envolvimento social e às vezes com interesses próprios.
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Os turistas que querem conhecer Fuggerei também levam um pouco de dinheiro para o povoado, já que podem acessar à área comprando um ingresso  sempre que demonstrem respeito pela cidade e seus residentes.

E ainda que os visitantes não tenham permissão para entrar nas residências, pois atualmente estão ocupadas, Fuggerei mantém uma como modelo -a que mostramos nas fotos acima-, para que os visitantes possam ter uma ideia do tipo de casas que certamente proporcionaram alívio a muitos famílias durante os últimos 496 anos.
Fonte: Elle Decor.
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16
Set16

Na Primeira Guerra criaram pipas de içamento para que homens pudessem fazer reconhecimento aéreo

António Garrochinho
Durante a Primeira Guerra Mundial, a necessidade de reconhecimento aéreo rápida de um campo de batalha sem evidenciar o alvo fácil de um dirigível ou balão de ar quente levou alguns países a experimentar com pipas para içamento de homens. Um sistema, desenvolvido por um fabricante de pipas da cidade de Boston, chamado Samuel F. Perkins, utilizava um papagaio principal para testar as condições do vento, seguido de pipas adicionais até que a corda pudesse suportar o peso de um homem.

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Na Primeira Guerra Mundial desenvolveram pipas de içamento para que homens pudessem fazer reconhecimento aéreo 01
Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
O temerário passageiro, se sentava então em um banquinho estreito fixado a linha principal das pipas, e era elevado para o céu enquanto uma tripulação de terra manipulava guinchos e cordas para manter o sistema estável.

Pese que tenha sido de grande valia em algumas campanhas, o conceito inteiro, que deixava o passageiro vulnerável a tiros e sujeito a queda com os caprichos do vento, foi de uso limitado no campo de batalha devido às condições meteorológicas e a falta de voluntários, mas após a guerra foi muito exibido em manifestações de entretenimento militar.
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston
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Via: Leslie Jones/Biblioteca Pública de Boston

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“Encontros de Ibn Ammar” levaram «público interessado» a Estômbar

António Garrochinho


















Os “Encontros de Ibn Ammar”, que se realizaram nos dias 9 e 10 de Setembro, levaram um «público interessado» ao Largo da Igreja de Estômbar (Lagoa). 
Os “Encontros de Ibn Ammar” contaram com poesia, música, teatro, jogos islâmicos, exposições e oficinas, com natural destaque para a poesia de Ibn Ammar que esteve presente em todo o evento, através de lonas penduradas nos candeeiros do Largo da Igreja.
Este evento veio no âmbito da iniciativa “A Nossa Gente, a Nossa Identidade” e serviu para prestar homenagem «a uma das figuras maiores da poesia luso-árabe, um dos poetas mais brilhantes e célebres da época dos taifas em al-Andalus, natural de Estômbar», diz a Câmara de Lagoa.
«O público, impressionado pela variedade do evento, pôde escutar lendas do Algarve, aprender jogos de tabuleiro islâmicos, contemplar a exposição de painéis temáticos sobre “Cenas do quotidiano da época de Ibn Ammar (1031-1086)” e “Instrumentos musicais do mundo árabe”, deleitar-se com as peças de teatro de rua “Ibn Ammar – Poeta de Sannabus” e “Varandas da Memória – O poder e a poesia de al-Mutamid”, ou participar em oficinas de dança oriental e percussões árabes», acrescenta a Câmara de Lagoa.
«A música também marcou presença com três espetáculos, em que a dança oriental e sufi encantou o público, através da sonoridade que durante séculos inundou bazares, medinas e palácios do Mediterrâneo e Médio Oriente», conclui.

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Festival Verão Azul arranca em Loulé com exposição e documentário

António Garrochinho



A edição deste ano do Festival Verão Azul arranca em Loulé já este sábado, 17 de Setembro, às 18h00, com a inauguração da exposição coletiva de artes plásticas e fotografia “Começar do zero”, na Casa do Castelo (junto ao Museu Municipal de Loulé), e projeção do documentário “Traces of a Diary”.

A exposição “Começar do Zero”, patente ao público até 22 de Outubro, conta com a participação de Vasco Célio (Loulé), Patrícia Almeida (Lisboa), André Príncipe (Lisboa), André Uerba (Berlim) e Andrej Djerkovic (Sarajevo) como artistas convidados.
Até 30 de Setembro, a exposição pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h00 às 18h00, e aos sábados, das 10h00 às 16h30. Durante o mês de Outubro (até 22) estará aberta de terça a sexta-feira, das 9h30 às 17h30, e aos sábados, das 9h30 às 16h00. Encerra aos domingos e segundas-feiras, e tem entrada gratuita.
No sábado, a partir das 22h00, a Alcaidaria do Castelo de Loulé recebe a exibição do documentário “Traces of a Diary”, de Marco Martins e André Príncipe.
“Traces of a Diary” é uma espécie de diário de viagem. Através de uma série de encontros com alguns dos mais significativos fotógrafos japoneses, os realizadores refletem sobre o ato de fazer imagens, contar histórias e o processo diarístico.
Ao filmarem com duas câmaras 16mm de corda, as Krasnogork3, Martins e Príncipe valorizam a crueza do espontâneo e do contingente, acima do tratamento estudado. Ao mesmo tempo diário e reflexão sobre o género diarístico, “Traces of a Diary” é uma visão pessoal sobre alguns dos mais importantes fotógrafos atuais e a cidade que eles fotografam.
programa completo do Festival Verão Azul, dedicado à promoção e difusão da arte contemporânea no Algarve e organizado pela casaBranca, que decorre em Loulé, Faro e Lagos, entre 17 de Setembro e 6 de Novembro, encontra-se disponível no website www.festivalveraoazul.com.

Quem são os artistas?
Vasco Célio vive no Algarve, onde desenvolve vários projetos em fotografia.
Enquanto artista, tem trabalhado em inúmeras reflexões centradas num olhar documental sobre Portugal, quer a título pessoal, quer em conjunto com várias instituições, curadores, investigadores, entre outros.
É sócio da empresa STILLS, a quem várias entidades e empresas nacionais e internacionais têm recorrido para liderar projetos de referência na área da fotografia e educação.
Patrícia Almeida é fotógrafa e cofundadora da GHOST Editions, juntamente com David-Alexandre Guéniot. Vive e trabalha em Lisboa.
É formada em História pela Universidade Nova de Lisboa e em Fotografia pelo Goldsmiths College, em Londres.
Interessa-se por fotografia enquanto linguagem e território de pesquisa e de criação artística.
As suas exposições tomam frequentemente a forma de instalações, cruzando vários suportes e materiais de produção de imagem: impressões fotográficas, livros de artistas, posters, jornais, vídeos ou imagens projetadas.
Os seus projetos começam frequentemente por ser livros ou publicações artísticas, o que constitui um traço muito caraterístico da sua obra.
Em 2009, foi nomeada para o prémio Besphoto pela sua exposição e livro Portobello.
Integra, desde 2003, o POC/Piece of Cake, uma rede de artistas europeus e norte americanos que trabalham com fotografia e vídeo.
André Príncipe nasceu no Porto, em 1976, e vive em Lisboa.
Estudou Psicologia e Cinema, e expõe regularmente desde 2004, destacando-se as exposições individuais nos Encontros de Braga, Centro Português de Fotografia, Galeria Fernando Santos, Silo, entre outras; e as mostras coletivas em Viena, Rio de Janeiro, Madrid, Barcelona e Londres.
Tem vários trabalhos publicados em livro e filmografia que tem sido exibida e premiada em diversos festivais internacionais.
É fundador e editor da Pierre von Kleist Editions.
André Uerba nasceu em Lisboa, em 1983. Vive e trabalha em Berlim na área das artes visuais e performance, onde frequentou o Master of Arts, Solo/Dance/Authorship na Universität der Künste Berlin (2013-2015).
Estudou Design de Comunicação na Escola António Arroio e, após uma curta passagem pela Escola Superior de Teatro e Cinema, estudou Fotografia no Ar.co (Centro de Arte e Comunicação Visual), do qual foi bolseiro (Bolsa José de Guimarães).
Em 2011, estagiou na Galeria Sparwasser HQ, em Berlim, no contexto do programa Inov-art.
Desde 2007 que colabora com vários artistas entre as artes visuais e performativas, destacando Ana Borralho & João Galante, Carlota Lagido, Felix Ruckert, Karnart, Rafael Alvarez, Sílvia Pinto Coelho, Willi Dorner, entre outros.
Andrej Derkovic é natural de Sarajevo (Bósnia), onde nasceu em 1971 e formou-se pela Escola Superior de Artes Aplicadas.
É fotógrafo e mora e trabalha em Genebra e em Sarajevo.
Realizou mais de trinta exposições individuais no seu país e noutros locais.
As suas fotografias têm sido publicadas em jornais internacionalmente reconhecidos, estando os seus trabalhos inseridos em coleções de arte patentes em prestigiadas galerias de diversos países.
É um dos fundadores do ARS AEVI – Museu de Artes Contemporâneas Coleção Sarajevo.
Foi premiado com o Certificate of Appreciation pela Agência de Informação dos Estados Unidos (USIA) por atividades no campo cultural durante o cerco de Sarajevo.

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16
Set16

ALGARVE - No próximo Verão, nascerá mais uma praia no Algarve: a de Odeleite

António Garrochinho


O projeto ainda não está concluído, mas a ideia e a estratégia estão já bem definidas. A Câmara de Castro Marim quer criar uma praia fluvial em Odeleite, na albufeira da barragem ali existente, para potenciar o turismo nesta freguesia já de si muito procurada pela gastronomia e levar mais gente ao interior do concelho.

«O projeto está a ser feito e está bem encaminhado. Ainda hoje tive uma reunião com os serviços do ministério do Ambiente em Faro sobre este assunto. Eu espero que para o ano já exista a praia e que possamos lá tomar banho» , disse o presidente da Câmara de Castro Marim Francisco Amaral, em entrevista ao Sul Informação.


O edil castromarinense não esconde as altas expetativas que tem em relação à futura praia fluvial de Odeleite, a instalar num terreno que foi, entretanto, adquirido pela  Câmara. «O projeto é interessantíssimo. Terá zonas verdes, apoios de praia e uma zona de estar. Será uma mais valia importante para a economia local», considerou.


E nem sequer se trata de colocar Odeleite no mapa, pois já há visitantes da região que vão propositadamente a esta aldeia do Barrocal, ainda que não seja para ir a banhos. «Há ali quatro ou cinco restaurantes que os espanhóis já descobriram. Todos nós sabemos que em Espanha se come mal. Ao fim-de-semana é uma loucura, fazem pontaria para Odeleite para ir lá comer», ilustrou.
«Se complementarmos esta oferta gastronómica com uma praia fluvial, será ouro sobre azul. Vejo nisto uma maneira de vencer a desertificação e o isolamento. Penso que as coisas estão bem encaminhadas para que Odeleite consiga dar a volta por cima», acredita Francisco Amaral.
Esta é apenas uma das ideias que o executivo castromarinense tem, no sentido de dinamizar o turismo no concelho. Na calha, está um parque de autocaravanas, que será instalado «no campo de futebol», em substituição da zona  destinada a estes veículos já existente à entrada da vila, que Francisco Amaral considera não ser digna.
Por outro lado, está a ser idealizada uma rede de ciclovias, que complementarão os percursos pedestres e cicláveis já existentes, até porque, na visão do edil, Castro Marim tem «um potencial imenso no campo do turismo ambiental e de natureza».

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16
Set16

AMAL desenvolve aplicação para ajudar algarvios a decidir sobre a sua mobilidade

António Garrochinho


A Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) está a desenvolver, através do projeto VAMUS, uma aplicação móvel e web que «ajudará quem se desloca no Algarve a reequacionar o meio de transporte usado de acordo com o impacto ambiental e financeiro».
O VAMUS – Projeto de Mobilidade Urbana Sustentável do Algarve e o compromisso a ele associado são, aliás, tidos como impulsionadores da reforçada participação algarvia na Semana Europeia da Mobilidade, que começa esta sexta-feira, dia 16, e se prolonga até 22 de setembro, dedicada à Mobilidade Inteligente como forma de impulsionar uma Economia Forte.
Este ano, sublinha a AMAL, são oito os municípios do Algarve, o dobro dos inscritos em 2015, que vão pôr à prova a utilização de alternativas ao automóvel particular em iniciativas promovidas durante a Semana Europeia da Mobilidade.
Percursos pedestres e de bicicleta, ruas transformadas em zonas de passeio, lugares de estacionamento cedidos a criações artísticas e o lançamento de infraestruturas de incentivo à deslocação sobre duas rodas são exemplos das muitas atividades programadas na região e que se traduzem num expressivo reforço da participação algarvia nesta iniciativa comunitária que procura o debate alargado sobre a necessidade da mudança de comportamentos relativamente à mobilidade.
Em jeito de convite a que os algarvios participem no vasto programa dos municípios algarvios (Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Portimão, São Brás de Alportel, Silves e Tavira), a AMAL desenvolveu uma plataforma online, onde à distância de um clique sobre o mapa da região, é possível ficar a conhecer todos os pormenores de cada iniciativa, bem como as formas de inscrição se for caso disso.
Essa ferramenta informativa estará acessível no site dedicado ao projeto que mobiliza tanto municípios como diversos parceiros institucionais na missão de projetar a mobilidade do futuro no Algarve.
A participação da AMAL neste evento europeu através das designadas “Ações para a Mobilidade” é materializada com as iniciativas que promovem uma cultura de mobilidade urbana mais sustentável ao longo de todo o ano, nomeadamente do reforço do número de municípios aderentes, bem como a referida plataforma online.
Além da ferramenta de agregação do programa da Semana Europeia da Mobilidade e do projeto de mobilidade urbana sustentável, a Comunidade Intermunicipal está a desenvolver, através do VAMUS, uma aplicação móvel e web que ajudará quem se desloca no Algarve a reequacionar o meio de transporte usado de acordo com o impacto ambiental e financeiro.
Ainda no âmbito do VAMUS – Projeto de Mobilidade Urbana Sustentável do Algarve, as equipas de trabalho estão a «concluir o diagnóstico da região, para, com base nas necessidades e oportunidades identificadas, poderem projetar, até ao final do ano, a mobilidade do futuro alicerçada em princípios de universalidade no acesso e de eficiência e de sustentabilidade nas soluções adotadas».
A AMAL faz notar que, no âmbito do projeto VAMUS, residentes, visitantes e turistas do Algarve estão ainda a tempo de partilhar como se deslocam atualmente dentro da região e por que opções de mobilidade gostariam de poder optar no futuro, através do preenchimento de um questionário acessível na página do projeto alojada no endereço www.vamus.pt.

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16
Set16

Solução final será encontrada em discussão na especialidade Baldios: Parlamento discute devolução às comunidades

António Garrochinho

Os eucaliptais que existem em numerosos baldios são altamente cobiçados pela indústria da celulose e do papel


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Parlamento discute revogação das alterações à lei dos baldios, aprovadas pela maioria do PSD e do CDS-PP na anterior legislatura. Nova solução será encontrada em discussão na especialidade.

Os projectos discutidos esta manhã na Assembleia da República acabam com a possibilidade de arrendamento dos baldios e introdução na Bolsa de Terras, o alargamento do universo de compartes e a introdução de conceitos jurídicos inerentes ao regime de propriedade privada, introduzidos pela alteração à lei feita em 2014.
Os baldios foram, durante séculos, geridos e usufruídos pelas comunidades. O seu uso foi-lhes retirado durante o regime fascista, sendo recuperado depois do 25 de Abril. A Constituição de 1976 consagrou os baldios como «meios de produção comunitários com posse útil e gestão das comunidades locais».
A lei dos baldios, aprovada em 1993, definia os compartes como aqueles que mantinham ligação efectiva aos territórios, de acordo com os usos e costumes de cada comunidade. A alteração efectuada durante a anterior legislatura alargou o universo para todos os cidadãos residentes ou com actividade agro-florestal na freguesia ou freguesias ocupadas por cada baldio.
Mas a lei de 2014 foi ao encontro dos interesses da indústria, nomeadamente da celulose e do papel. Os baldios passaram a poder ser arrendados ou integrados na Bolsa de Terras, criada pelo anterior governo e por Assunção Cristas, presidente do CDS-PP e então ministra da Agricultura. O estatuto jurídico destes territórios excluía-os do comércio desde meados de século XIX.
As propostas do BE, PS, PCP e PEV foram discutidas na generalidade e vão, agora, ser discutidas na especialidade, de onde deve surgir uma solução que devolva a gestão, o uso e a fruição dos baldios às comunidades.

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Set16

O tanque de guerra faz 100 anos (e mudou muito)

António Garrochinho

O Mark I, construído pelo Reino Unido, foi o primeiro tanque de guerra
Wikimedia Commons


Foi há 100 anos que foi usado pela primeira vez um tanque de guerra. Era o Mark I, britânico, e foi usado na batalha do Somme, no norte de França, em plena I Guerra Mundial.




Rio Somme, em França. 15 de setembro de 1916. Os Mark I britânicos avançavam sobre as linhas defensivas alemãs, estacionadas ao longo de 20 quilómetros no norte de França. Estava-se em plena I Guerra Mundial, e morreram ou ficaram feridas mais de um milhão de pessoas — foi uma das batalhas mais mortíferas de sempre. Mas a batalha do Somme ficou para a história porque, pela primeira vez, foram utilizados tanques de guerra. Foi há cem anos.

A utilização dos Mark I, ainda bastante rudimentares, representou uma reviravolta nas técnicas de guerra. Passou-se da estagnação das trincheiras — das quais era demasiado perigoso sair — para os ataques permanentes, com os militares protegidos no interior dos tanques. “Ninguém sabia o que eram. Só que eram nossos”, recorda um soldado inglês, citado pelo El País. Eram “grandes monstros de aço que se aproximavam lentamente, com dificuldade, a abanar, mas sempre a avançar”, lembram. Ao vê-lo, alguém gritou “Vem aí o diabo!”

Durante cem anos, centenas de modelos de tanques foram produzidos por todas as grandes potências mundiais, aumentando cada vez mais o poder destrutivo destes veículos. Foi na I Guerra Mundial que os tanques ganharam importância e se tornaram decisivos no desfecho dos combates. 





Em Portugal também foram usados, ao longo do último século, vários modelos de tanque de guerra. Veja nesta fotogaleria os modelos, mais ou menos discretos, usados pelo exército português:













Carden-Loyd Mk.VI
Sean Carney

observador.pt


16
Set16

As 20 flores mais extraordinárias do mundo

António Garrochinho


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As flores nada mais são do que o órgão sexual das plantas. São tão deslumbrantes e cheias de artifícios para atrair polinizadores que as retiramos da natureza para conquistar outros seres humanos. Falar sobre o poder de sedução das flores não é mera licença poética: elas foram feitas para isso.
Algumas de forma bastante engenhosa. É o caso da orquídeaOphrys insectifera, cujo cheiro e formato induzem moscas a tentar copular com a sua flor. O resultado é um macho nada satisfeito e recoberto de pólen. Outras espécies são menos sutis. A vitória-régia, por exemplo, e a Caleana major literalmente aprisionam os seus insetos polinizadores.
Reunimos em uma galeria de fotos as 20 flores mais extraordinárias do mundo. As maiores, as mais altas, as alucinógenas, as extremas, as bonitas, as fedidas, as traiçoeiras e outras espécies nada comuns. Vale ver!
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A maior flor individual do mundo tem quase um metro de diâmetro e pode pesar 10 kg. Apesar de bela, o forte odor daRafflesia arnoldii é popularmente comparado ao de cadáveres. A espécie parasita plantas do gênero Tetrastigma e é nativa de Bornéu e Sumatra.
                 Amorphophallus titanum, a estrutura mais alta
Não se trata apenas de uma flor e, sim, de uma estrutura de até 70 kg com múltiplas e pequenas flores conectadas a um mesmo eixo. Endêmica de Sumatra, a Amorphophallus titanum chega a 3 m de comprimento e é a inflorescência mais alta do mundo.
                 Huernia zebrina, a “flor donut”                
Os cactos do gênero Huernia são notáveis por suas magníficas flores pontiagudas – verdadeiras obras de arte na natureza. Entre elas está a Huernia zebrina, cujas dramáticas flores listradas são ofuscadas por este suculento disco de cor achocolatada, ao centro. Na língua espanhola e inglesa, a espécie foi popularmente apelidada de “flor donut”.
                 Brugmansia sanguinea, a flor alucinógena

Seu formato delicado lhe rendeu o nome de “trombeta-dos-anjos”, todavia a sua beleza esconde o perigo. As flores do gênero Brugmansia e Datura são alucinógenas, muito parecidas entre si. E a depender da quantidade ingerida, podem induzir ao coma e até à morte.
                 Peristeria elata, a orquídea do Espírito Santo
 
Associada popularmente ao Espírito Santo, a delicada flor daPeristeria elata parece envolver uma pomba branca com as suas pétalas e conquistou os seus próprios fiéis. A espécie foi escolhida como flor nacional do Panamá e pode ser encontrada em diferentes países da América Latina, inclusive no norte do Brasil.
                 Stapelia flavopurpurea, a estrela fora do mar
 
Parece uma estrela-do-mar, mas é uma flor. A Stapelia flavopurpurea cresce na Namíbia e, ao contrário da maioria das apocináceas em seu gênero (famosas pelo odor desagradável que atrai moscas polinizadoras), a sua essência lembra mel.
                 Tacca chantrieri, a “flor morcego”
 
A cor negra é raríssima entre as flores. A exótica Tacca chantriericresce em solo asiático e ficou conhecida como “flor morcego”. Por algum tempo, pensou-se que seu aspecto sombrio atraía moscas polinizadoras, à procura de matéria orgânica em decomposição. Mas não é o caso: a espécie se vira muito bem sozinha (autofecundação).
                 Hydnora africana, a parasita fedida
 
Pois é. Não parecem flores, mas são! O restante da Hydnora africana está debaixo da terra. Ali, a espécie parasita as raízes de plantas do gênero Euphorbia. Nativa do sul da África, esta flor é polinizada por besouros rola-bosta – um indicativo do seu odor nada agradável.
                 Lamprocapnos spectabilis, o coração que sangra
 
As plantas florescem com um único objetivo: reprodução. O que não quer dizer que não pode haver romance… Popular nos jardins do hemisfério Norte, a Lamprocapnos spectabilis traz o espetáculo até no nome e carrega inúmeros corações enfileirados num mesmo eixo.
                 Victoria amazonica, a rainha dos lagos
 
Você sabia que a flor da vitória-régia (Victoria amazonica) fica aberta por apenas dois dias? Ela espicha as suas pétalas ao entardecer a fim de atrair besouros. Então se fecha, capturando-os por toda a noite. No dia seguinte, recoberto em pólen e um tanto atordoado, o inseto é enfim libertado. E voa para a próxima flor!
                 Ophrys insectifera, a mosca traiçoeira
 
Para se reproduzir, essa orquídea imita o visual e até o feromônio sexual (cheiro) de moscas fêmeas, a fim de atrair espécimes machos. Confusos, os insetos que pousam nas plantas para acasalar acabam transportando o pólen de umaOphrys insectifera à outra.
                 Clitoria, a flor (in) delicada
 
Sabemos que as flores são o órgão sexual das plantas. Entretanto, em alguns casos, a sua função reprodutiva fica tão evidente que a flor acaba por dar nome ao gênero todo: eis a explícita Clitoria.
                 Habenaria radiata, a garça branca
 
As flores da orquídea Habenaria radiata parecem sempre prestes a alçar vôo! A espécie cresce nos solos japoneses, coreanos e chineses; e não é difícil perceber porque recebe o nome de flor “garça branca”.
                 Hoya cinnamomifolia, a flor de cera
 
Já as flores do gênero Hoya parecem de mentira. São ao menos 200 espécies e combinações diferentes de cores, como as destaH. cinnamomifolia, que lhes renderam o apelido de flores de cera (ou de porcelana).
                 Caleana major, o pato voador
 
Vista por uma lente macro – no máximo, 25 milímetros –, as flores da Caleana major parecem patos voando. Mas esta orquídea é engenhosa: a “cabeça” da ave é sensível ao toque e prende os insetos na estrutura arredondada abaixo (no “corpo”), até que estejam cobertos de pólen.
                 Epiphyllum oxypetalum, a dama-da-noite
 
Não há muitos cactos por aí que podem se vangloriar de ser uma “dama” – esse título é exclusivo da Epiphyllum oxypetalum. As flores da dama-da-noite só se abrem uma vez ao ano. E como o próprio nome diz, apenas no período noturno. O evento é um espetáculo tão raro e aromático que chega a ser celebrado com festas populares.
                 Ceropegia haygarthii, a flor-palhaço
 
A planta em si é uma espécie de cipó. O que a torna excepcional são as flores: ocas por dentro, suas paredes internas são repletas de filamentos, que apontam para baixo e dificultam a saída de moscas polinizadoras. Alguns acham que a estranha flor da Ceropegia haygarthii lembra um guarda-chuva invertido, outros a chamam de flor-palhaço.
                 Eriophorum, neve fora de época
 
O Ártico não é uma região propensa a flores. Seu clima extremo e vento forte limitam a vegetação a plantas rasteiras e arbustos típicos da tundra. Entre as poucas flores resistentes estão a Salix arctica e as espécies do gênero Eriophorum (foto). Estas, conhecidas como grama de algodão, recobrem campos inteiros de branco – ironicamente, quando não há neve.
                 Orchis simia, a orquídea primata
 
O seu nome científico dá a dica: Orchis simia. O termo “símio”, do latim para o português, faz referência aos macacos. E não é que esta orquídea parece mesmo ter florescido no corpo de um?
                 Passiflora edulis, a flor do maracujá

De aspecto exótico, a flor da Passiflora edulis parece rara – mas não é. A espécie cresce em videiras e se tornou bastante comum, até mesmo no Brasil, graças ao sabor de seu fruto: o maracujá.
Fotos:Liana John, Melissa Toledo/Creative Commons,KENPEI/Creative Commons

vivimetaliun.wordpress.com
16
Set16

Tio Zé Gomes Patinhas Ferreira

António Garrochinho









«Se é pelo agregado, facilmente se atinge os 500 mil euros». Fácil, fácil. Zé Gomes Ferreira pegou na máquina de calcular, fez as continhas, somou os ganhos e bens da malta lá de casa e chegou facilmente aos 500 mil euros de património. Mas quem nunca? Ou melhor, quem não? Que família portuguesa não chega “facilmente” ao meio milhãozito? Todos. Toda a “classe média”. Com jeitinho, somando um RSI, uma prestação do abono de família e 5 euros saídos numa raspadinha até os de “classe baixa” vão levar com imposto. E “facilmente”. Ainda que muitos insistam em denegrir a sua imagem, mais uma vez, Zé Gomes Ferreira aparece a defender os mais fracos. 
Mas Tio Zé Gomes Patinhas Ferreira não está só. Ao que parece, num noticiário da manhã na RTP3, também o Presidente de Associação de Empresas de Imobiliário se juntou à defesa de “quem menos tem e menos pode”. Imagine-se que uma família tem um apartamento de 200 ou 300 mil euros e compra mais dois ou três apartamentos… Ou seja, púnhamos aqui em cima da mesa uma situação corriqueira, quotidiana, drama de qualquer família de “classe média”. Quer dizer, perante isso, vê-se agora hipoteticamente confrontada com um imposto sobre tão modesto património. Como é possível? Não dá para viver assim em Portugal. É sempre a carregar nos mesmos. Como é que isto há-de melhorar?
Mas falando um pouco mais a sério, independentemente da necessidade de uma maior justiça fiscal no que à tributação do imobiliário diga respeito, seria bom que ninguém esquecesse uma outra parte da grande riqueza, diria mesmo, da colossal riqueza patrimonial que escapa à economia do país. O património mobiliário de elevado valor, os grandes lucros de capitais investidos e arrecadados no estrangeiro, as contas e movimentos submergidos em paraísos fiscais, as sedes estrategicamente implantadas onde “dói menos” ao grande capital, etc., todo o conjunto de “património” sobre-acumulado e que contribui para a cada vez maior e cada vez mais escandalosa disparidade entre os muito ricos e os muito pobres. Nada que o PCP não venha a alertar há anos. Nada que o PCP não tenha já tentado alterar com sucessivas propostas nesse sentido. Nada que não tenha sido recusado por quem se serve do sistema. Nada que não seja preciso insistir e quebrar pela luta. Dentro e fora do parlamento, claro está.
Via: Manifesto 74 http://bit.ly/2cDP4Tj
16
Set16

o presidente

António Garrochinho
O MEU PRESIDENTE, É AFÁVEL, INTELIGENTE
PROTECTOR, ABSORVENTE
GOSTA DE VER O MUNDO FELIZ
É RESPONSÁVEL, "NEUTRO"
E DO POVO É AMIGO
FALA COM TODOS,
É SIMPÁTICO A RODOS
GOSTA QUE ESCUTEM O QUE ELE DIZ
POR VEZES ATÉ O ENTENDO
MAS ÀS VEZES NÃO COMPREENDO
PORQUE NÃO FALA COMIGO
NÃO SERÁ DECERTO ALGO DE IDEOLÓGICO
OU DEFEITO FISIOLÓGICO
LÁ PRÓS LADOS DO UMBIGO


António Garrochinho
16
Set16

O JUÍZ

António Garrochinho
SOBRE O JUÍZ CARLOS ALEXANDRE: É QUE É UM BANDALHO, UM CAGAÇALOSO.
APESAR DE SER, QUERER PARECER AUTORITÁRIO, TEM QUEM NELE MANDE
NÃO SE PODE OBEDECER, ACREDITAR EM TUDO O QUE DIZ
NÃO É O DETENTOR DA VERDADE
É DORMEDÁRIO
É PERIGOSO PARA A LIBERDADE !

António Garrochinho
16
Set16

MATUTANDO

António Garrochinho

Portugal já colonizou, agora é colonizado, pelos que têm muito dinheiro, diamantes, petróleo, cartões gold e pelos turistas, os de pé descalço e os outros europeus de diferentes nacionalidades, com destaque para os ingleses, alemães e americanos, cada "bicho" desses trouxe características culturais ,costumes, idioma, culinária, danças, entre outras manifestações, usos, costumes). Nada tenho contra isso (como poderia explicar a livre circulação das espécimes) Sou prático, realista, como aquela observação sexual de que as mulheres, os homens, quando deitados são todos do mesmo tamanho. Erectos é que não o são ! Alguns, algumas.
Depois temos os outros, os indígenas, aos autoctones, os que fugiram do fascismo, da miséria e com grandes sacrifícios foram procurar dignidade no estrangeiro. Esses, por alguns acusados de fugirem da guerra e serem covardes, e logo por outros de serem heróis. Quem gosta da fome e da guerra ?
Para que não se repitam esses tempos, há que aprender a ter dignidade, respeito pelo seu semelhante e com isto não quero dizer que as pessoas não lutem, não denunciem, não se assumam como gente. Que as pessoas pensem só de uma forma, que ponham os antrolhos como a besta para não almarear ao puxar o engenho da nora.
Os portugueses têm que gostar dos portugueses sem deixar de gostar de outros, os que respeitam a nossa cultura a nossa história.
Até as bestas quando maltratadas de vez em quando pregam uns coices fatais, que para mim são um sinal de revolta e libertação.


António Garrochinho
Foto de António Garrochinho.

16
Set16

Do nosso Gustavo Santos - A SABEDORIA DA VELHICE

António Garrochinho




De Gustavo Santos (1977- ), in Net:

"A Sabedoria da Velhice
Nós, os novos, seremos velhos um dia. Essa é mesmo a melhor saída para a nossa vida, sinal de que atingimos uma sabedoria maior, prémio por termos alcançado o topo da hierarquia da existência. Não é o tempo que nos faz auferir esse estatuto, mas o tempo dá-nos mais tempo para fazermos alguma coisa com ele e assim aprender para saber mais.
Ninguém sabe mais do que um velho. Ao lado do seu avô, um doutorado é um ignorante e, se afirmar saber mais do que aquelas duas gerações de diferença, é um ignorante imbecil. É o que não falta entre nós, os novos. Dá-se mais valor ao que se aprende nas faculdades do que ao que se aprende na vida, dá-se mais valor à teoria do que à prática. Coitados de nós. E depois não nos lembramos da idade, achamos que nos passa ao lado e por isso não reconhecemos aos velhos o estatuto de sábios e o respeito que lhes é devido. Somos imbecis. A maior parte de nós é tonta. Só isso justifica o abandono. Um velho é um mapa de conhecimento, tem dentro dele muitas estradas principais, muitas vias secundárias e muitos atalhos, muitos becos sem saída, muitas praias, muitos desfiladeiros, muito amor e severas tempestades.


Gustavo Santos, in 'O Caminho'
16
Set16

poesia: António Garrochinho

António Garrochinho

E EXISTEM, ANDAM POR AÍ
AUTÊNTICOS CAGALHÕES DE MERDA
ERECTOS, ANDANTES, ENGOMADOS
QUE INEXPLICAVELMENTE RESPIRAM
EU JÁ OS VI
PERFILADOS
COMO NASCERAM ?
COMO RESISTIRAM ?
A ESTE MUNDO, ESTA SELVA, DE SELECIONADOS
PELOS DEUSES LOUCOS, INVENTADOS


António Garrochinho

16
Set16

DISCURSO DIRECTO

António Garrochinho

E ELE, ELA, UM DIA PENSOU HONESTO E ACONTECE QUE NALGUNS CASOS RESULTOU E NOUTROS NÃO.
SER ÍNTEGRO, NÃO TER PAPAS NA LÍNGUA PARA COM AS INJUSTIÇAS É PROCEDIMENTO QUE CUSTA CARO.

FARTO DE LEVAR COM OS FASCISTAS, COM O
CAPITALISMO, QUE NADA RESPEITA, MUITO MENOS AS PESSOAS, LUTOU, PENSOU, QUE DEVERIA SER GENTE, CONSTRUIR-SE, VER-SE LIVRE, DESSA PESTE FINGIDA QUE DE NADA GOSTA A NÃO SER DOS VALORES MATERIAIS.

E ASSIM SE CONSTRUIU NUMA SOCIEDADE POR MUITOS DITA A MAIS "QUALIFICADA".

A GRAXA AOS INCAUTOS E IGNORANTES AINDA É EFICAZ.

DIRÃO UNS QUE ISSO (A SOCIEDADE MAIS LÚCIDA) SÓ FOI POSSÍVEL COM O 25 DE ABRIL, JÁ QUE NOS TEMPOS FASCISTAS DE SALAZAR E CAETANO NUNCA OS POBRES DEIXARAM DE O SER E OBEDECER À DITADURA DOS RICOS E DOS CRÁPULAS AUXILIADOS PELA IGREJA, A EMPRESA QUE CONSEGUE MANTER A MAIOR MENTIRA DO MUNDO À MILHARES DE ANOS.

QUEM FREQUENTAVA ANTES DE ABRIL, ESCOLAS E UNIVERSIDADES A NÃO SER UMA ELITE ULTRA ESCOLHIDA A DEDO PELOS CAPANGAS QUE REMETERAM OS PORTUGUESES E PORTUGAL AO QUE ELE AINDA É ?

ELE, ELA, USUFRUÍRAM DAS LIBERDADES IGNORANDO QUE MUITOS MORRERAM E LUTARAM PARA QUE TAL FOSSE POSSÍVEL, MAS NÃO QUEREM SABER DA HISTÓRIA, OU MELHOR DO QUE CUSTA OU CUSTOU VIVER, EXISTIR, DESDE QUE SE SINTA E SE PENSE.

ADQUIRIRAM A LIBERDADE COMO QUALQUER TELEMÓVEL, SMARTPHONE OU OUTRA MACHINE DA MODERNIDADE.

A POLÍTICA É PARA OS MAIS VELHOS E EMBORA EXISTAM JOVENS QUE SAIBAM VIVER E LUTEM, OUTROS ESTÃO SIMPLESMENTE SE CAGANDO PARA CONHECER A RAZÃO PELA QUAL ANDAM AQUI.

ALGUNS ATÉ SE ESPECIALIZAM NA LÁBIA, NA INTRUJICE E NO JOGO BATOTEIRO DO SERVILISMO PARA SE SENTIREM REALIZADOS A QUALQUER PREÇO POIS NA VERDADE NADA SABEM, NEM NUNCA SOUBERAM, OU NÃO FORAM ENSINADOS A DECIFRAR O QUE É A VIDA.
16
Set16

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

EU GOSTO DE ESCREVER NO FACEBOOK (COM MAIÚSCULAS) O QUE MUITOS DOS MEUS AMIGOS,AMIGAS E CAMARADAS JÁ ME ADVERTIRAM SER MÁ EDUCAÇÃO.
DIZEM: COMO SE ESTIVESSE A GRITAR, A REVOLTAR-ME, ZANGADO, FODIDO, COM O QUE ME RODEIA.
EMBORA SAIBA O QUE ME RODEIA, E NÃO LEVE (leve de levar, considerar, entender. Não de levar, de suportar a canalha iluminada, de transportar, de ser levezinho) TODOS PELA MESMA BITOLA DE CONSIDERAÇÃO NÃO ME ABORREÇO QUE SE MANIFESTEM!
E PORQUÊ !?
PORQUE É PROIBIDO PROIBIR. (A ESSÊNCIA HUMANA) OS LIVRES. PROIBAM OS ASSASSINOS DE PROFISSÃO, OS MERDAS, OS LAMBEDORES, OS IGNORANTES, OS RUINS.
A TODOS OUÇO E NÃO É POR CAUSA DESTE OU DAQUELE REPARO QUE ME INCOMPATIBILIZO, QUE PERCO ESTIMA. CONSIDERAÇÃO, RESPEITO, AMOR, AMIZADE, SEJA POR QUEM FÔR, (com capuz)) EXCLUINDO FASCISTAS, OU GENTE CAMUFLADA QUE SE JULGA MAIS ESPERTA DO QUE OS OUTROS, DAQUELES OU DAQUELAS PULHAS QUE VENDEM A PRÓPRIA MÃE E ESFAQUEIAM O PAI E COMEM OS FILHOS AO PEQUENO ALMOÇO (os comunistas são especialistas nisso).
EU PRÓPRIO COMO HOMEM NORMAL CÔMO MENINOS AO PEQUENO ALMOÇO E MENINAS A TODA A HORA SEM COMETER QUALQUER CRIME OU SENTIR-ME ENOJADO POR TAIS ACTOS.
NÃO GOSTO DE PATAS EM CIMA DO OMBRO PORQUE NÃO PERTENÇO A ALCATEIA FEROZ DOS FASCISTAS, DAS HIENAS, DO BEATISMO CALCUTÁ, DOS MILAGRES, DA VIDINHA REGALADA E FINGIDA DA CARIDADEZINHA, ONDE O PODER PODRE SE TENTA IMPOR AO SADIO, AO NORMAL, AO QUE O SER HUMANO É, E AO QUE ELE PODE SER, SE ESCUTAR, VER, E SE DISPONIBILIZAR PARA VIVER TRANQUILO E FELIZ.
NÃO IGNORO, NUNCA IGNOREI, SEMPRE CONHECI OS CÃES FEROZES E AS CADELAS TAMBÉM, QUE TENTAM EM VÃO ESCONDER A MISÉRIA DO SEU PENSAMENTO E DA SUA SUPOSTA INTELIGÊNCIA.
INTELIGÊNCIA SEMPRE AUSENTE MAS ONDE A VONTADE DE SE SUPERIORIZAREM A OUTROS É O MAIS URGENTE, O MAIS CÓMODO, A MANEIRA MELHOR DE ESCONDER O QUE SÃO NA VERDADE.
OS COMUNISTAS, TODOS OS SABEM, POR SEREM CORAJOSOS, TEREM COLHÕES, SÃO OS MAIS TEMIDOS POR AQUELES QUE SEMPRE MAMARAM NAS TETAS (secas)
DO POVO, OS SEMPRE EXPLORARAM E ESCRAVIZARAM O SEU SEMELHANTE.
OS COMUNISTAS NÃO SÃO SANTOS NEM EXTRA TERRESTRES, OS COMUNISTAS JÁ DEMONSTRARAM, E AINDA HOJE DEMONSTRAM O QUE SÃO.
OS COMUNISTAS !


António Garrochinho
16
Set16

Empreiteiro da Covilhã descobre Torá com 400 anos

António Garrochinho



Durante 10 anos, o pergaminho esteve enrolado num lençol

Há dez anos um construtor civil encontrou um pergaminho com 30 metros de comprimento e 60 centímetros de largura durante uma demolição na Covilhã. Não sabia do que se tratava, mas enrolou-o num lençol e manteve-o guardado em casa. Há seis meses, por causa de uma outra obra, o empreiteiro falou do achado e mostrou-o a arqueólogos. Ficou então a saber que tinha nas mãos uma Torá, livro sagrado para os judeus, com cerca de 400 anos.
 .

O achado estará patente na Câmara da Covilhã entre a próxima sexta-feira e o fim do mês, no âmbito das Jornadas Europeias do Património, mas hoje a autarquia apresentou esta importante descoberta, que tem a ver com a contextualização histórica.

"Sendo do século XVI/XVII, já não podemos falar de judiarias, mas de cristãos novos. Esta Torá foi descoberto junto do local onde existiu uma antiga igreja do salvador, que era frequentada por cristãos-novos e que foi construída no século XVI. Estava numa casa particular, portanto o culto seria secreto", explica ao DN Carlos Madaleno, coordenador dos museus municipais da Covilhã. "Muitos historiadores dizem que estes cristão novos não se faziam enterrar no mesmo sítio dos cristãos-velhos, tinha de ser em terra-virgem, pelo que este seria o local ideal para os enterramentos", acrescenta.

O responsável afirma que o pergaminho tem as dimensões normais para este tipo de documentos. "O que é de estranhar são as boas condições em que o documento nos chega, a grafia está completamente intacta", diz.

Durante os 10 anos em que esteve enrolado no lençol em casa do construtor civil, esteve protegido, apesar de as condições não serem as ideias. "Nos 400 anos anteriores é que não esteve em boas condições", comenta Carlos Madaleno.

Depois da exposição nos Paços do Concelho ficará devidamente guardado no Arquivo Municipal da Covilhã, com climatização e controlo da humidade, e será alvo de mais estudos.

A Torá é o texto fundamental do Judaísmo, constituído pelos cinco primeiros livros do Tanakh.

Contém os relatos sobre a criação do mundo, a aliança de Deus com Abraão, a libertação dos filhos de Israel do Egito e a sua caminhada até à terra prometida. Apresenta ainda os mandamentos e instruções entregues a Moisés para ensinamento aos israelitas.

www.dn.pt
16
Set16

Expulsas de avião por ameaças e insultos racistas

António Garrochinho


O voo ia sair de Manchester , em Inglaterra, para a estância de férias de Ibiza, ilha espanhola no Mediterrâneo conhecida pela agitada vida noturna.



 .


Mas quatro passageiras resolveram começar a festa mais cedo e entraram no avião notoriamente embriagadas. Distribuíram insultos, mandaram bocas racistas e conseguiram irritar de tal maneira quem estava a bordo que vários passageiros – e o próprio comandante ligaram para a polícia.

Uma das passageiras fotografou o grupo e deixou uma mensagem no Facebook. Amber Elouise Ferguson, de 25 anos, escreveu: "Alguém conhece estas raparigas? Acabam de atrasar o nosso voo para Ibiza. Foram racistas, fizeram comentários rudes e ameaçaram pessoas. Se as conhece ou sabe quem são, devia estar envergonhado de conhecer seres humanos tão desprezíveis. Felizmente para elas, a polícia veio e retirou-as do voo, porque elas disseram-me que eu não sabia com quem estava a lidar. É nojento. Gostava de as voltar a ver, para perceber se são assim tão corajosas sem álcool".

A companhia aérea Monarch, que operava o voo, confirmou o incidente e salientou que comportamentos como estes não serão tolerados. O azar das quatro não se ficou pelas férias estragadas, que acabaram numa esquadra de Manchester.

As imagens que Amber publicou no Facebook rapidamente se tornaram virais, com jornais como o 'Daily Mail' a pegar na história. Agora não são só arruaceiras. São arruaceiras conhecidas em todo o mundo.

 www.cmjornal.pt
16
Set16

Mães fingem ser meninas para "caçar" pedófilos

António Garrochinho



Nathan Watson foi detido pela polícia

Duas mulheres britânicas criaram perfis falsos na Internet, fazendo-se passar por raparigas menores, para combinar encontros com homens. Já ajudaram a polícia a deter 27 pessoas.
.
As duas mães, que integram o grupo denominado Internet Interceptors, defendem os seus métodos, alegando que a "polícia não faz o suficiente", explicou uma das mulheres, não identificada, numa entrevista televisiva.

Desde que começaram a "caça" aos pedófilos, já conseguiram com que 27 pessoas fossem detidas. "Muitos negam as suas ações e garantem que nunca teriam relações sexuais com as jovens", refere uma das entrevistadas.

Para enganar os homens, as britânicas enviam fotos de crianças, de pessoas agora já adultas, e combinam encontros. Depois, alertam as autoridades.

No canal do YouTube da organização, podem ser encontrados vários vídeos destes falsos encontros. Questionada sobre o motivo que as leva a filmar os encontros, uma das mulheres explicou que a polícia não dá seguimento a grande parte dos casos mesmo depois das informações que elas entregam às autoridades.

Num destes vídeos, um homem, de 43 anos, é filmado depois de alegadamente ter trocado mensagens com uma menina de 11 anos. Identificado como Nathan Watson, é confrontado por ter enviado fotografias dos órgãos genitais, mas recusa ser pedófilo. "Sou uma boa pessoa. Compreendo o que vocês estão a fazer, mas sou boa pessoa", refere.

De acordo com o Bristol Post, o homem foi detido pela políicia e aguarda sentença.
Para além do canal do YouTube, esta organização tem uma conta no Facebook e um blogue, onde apresentam as mensagem trocadas com os suspeitos.


www.jn.pt
16
Set16

Mães fingem ser meninas para "caçar" pedófilos

António Garrochinho



Nathan Watson foi detido pela polícia

Duas mulheres britânicas criaram perfis falsos na Internet, fazendo-se passar por raparigas menores, para combinar encontros com homens. Já ajudaram a polícia a deter 27 pessoas.
.
As duas mães, que integram o grupo denominado Internet Interceptors, defendem os seus métodos, alegando que a "polícia não faz o suficiente", explicou uma das mulheres, não identificada, numa entrevista televisiva.

Desde que começaram a "caça" aos pedófilos, já conseguiram com que 27 pessoas fossem detidas. "Muitos negam as suas ações e garantem que nunca teriam relações sexuais com as jovens", refere uma das entrevistadas.

Para enganar os homens, as britânicas enviam fotos de crianças, de pessoas agora já adultas, e combinam encontros. Depois, alertam as autoridades.

No canal do YouTube da organização, podem ser encontrados vários vídeos destes falsos encontros. Questionada sobre o motivo que as leva a filmar os encontros, uma das mulheres explicou que a polícia não dá seguimento a grande parte dos casos mesmo depois das informações que elas entregam às autoridades.

Num destes vídeos, um homem, de 43 anos, é filmado depois de alegadamente ter trocado mensagens com uma menina de 11 anos. Identificado como Nathan Watson, é confrontado por ter enviado fotografias dos órgãos genitais, mas recusa ser pedófilo. "Sou uma boa pessoa. Compreendo o que vocês estão a fazer, mas sou boa pessoa", refere.

De acordo com o Bristol Post, o homem foi detido pela políicia e aguarda sentença.
Para além do canal do YouTube, esta organização tem uma conta no Facebook e um blogue, onde apresentam as mensagem trocadas com os suspeitos.

www.jn.pt
16
Set16

Terramotos, guerras e prioridades

António Garrochinho


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A Itália de Renzi contribui com 55 milhões de euros por dia para a NATO, mais cinco milhões do que a verba total reservada pelo próprio governo para acudir às consequências do terramoto.

Quem observasse a expressão compungida do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, durante as visitas aos escombros do recente terramoto em Itália e nos funerais das vítimas poderia antever um enorme esforço do governo de Roma para amenizar os efeitos de uma tão terrível catástrofe nacional. O momento é muito grave, pelo que grave era também o rosto de Renzi, modestamente perdido entre os que assistiam às exéquias. Havia que esperar resposta a contento.
É certo que são muitos os que conhecem os dotes teatrais deste enfant terrible da moderna política, que aliás os vem exportando com notável habilidade para as estruturas europeias, o que se percebe pelas performances, com inebriante perfume atlantista, da alta representante para a política externa da União, Federica Mogherini. Expoentes como são dessa mistela política que dá pelo nome de «Partido Democrático» e serviu para extinguir os Partidos Socialista e Comunista da cena política italiana ainda mais americanizada, os seus comportamentos merecem atenção; no entanto, a situação decorrente do terramoto é tão dramática que seria de admitir um certo pudor humanista por parte de tão proeminentes responsáveis.
Em breve começaram a chover notícias sobre os milhões para as vítimas do terramoto e a reconstrução das zonas habitacionais afectadas. A citação de milhões, porém, às vezes tem o seu quê de traiçoeira, pode dar a sensação de zelo, empenho e grandes quantias, as quais, afinal, talvez não signifiquem o suficiente perante as necessidades e correspondam até a investimentos ínfimos quando comparados com despesas alocadas, por exemplo, a rubricas causadoras de outra espécie de terramotos, com são as da guerra e das invasões militares.
Ficámos a saber que o governo italiano desviou para socorro aos efeitos do terramoto o jackpot do Totoloto nacional, cerca de 130 milhões de euros; além disso, o governo comprometeu-se com mais 50 milhões, a que se juntam 10 milhões da chamada «solidariedade por SMS» – que além de gratificar os destinatários se somará também ao contínuo jackpot dos operadores de telecomunicações. Arredondando: 200 milhões.
Ao comum dos mortais que em Portugal e em Itália, como noutros lados, convive com as parcelas niveladas pela austeridade, 200 milhões de euros parecem uma fartura; mas sê-lo-ão sabendo que a Itália gasta cem vezes mais por ano – vinte mil milhões de euros – na contribuição para a NATO e suas guerras?
Quer isto dizer que a Itália de Renzi contribui com 55 milhões de euros por dia para a NATO, mais cinco milhões do que a verba total reservada pelo próprio governo para acudir às consequências do terramoto. Aliás, a soma das verbas recolhidas para responder à catástrofe – 200 milhões – é inferior ao valor que a Itália desvia para a NATO em menos de quatro dias.
Lendo a imprensa italiana nestes tempos percebe-se também a abundância de críticas relacionadas com a tradicional falta de fundos para responder às catástrofes naturais, a inexistência de planos de protecção civil a longo prazo, a ineficácia do processo para dotar o país com construções antissísmicas. Além da falta de efectivos, de meios e dos baixos salários dos bombeiros profissionais. Uma tragédia recorrente em cima da catástrofe pontual.
Entretanto, antes do terramoto, durante o terramoto e depois dele continuam a sair de Pisa aviões militares de transporte C-130 carregados de armas e abastecimentos para as forças especiais italianas e da NATO exportadas para cenários de guerra, entre eles o da destruição do país que se chamava Líbia. Não existem números públicos associados às despesas destas operações, uma vez que elas são secretas: dependem apenas do primeiro-ministro Renzi, à revelia do Parlamento e respectivas comissões. Ficamos apenas a saber que a verba de 20 mil milhões anuais de Itália para a NATO em 2016 – mais 2300 milhões do que em 2015, num país arrasado pela austeridade e as «reformas estruturais» – deve ser avaliada por baixo.
Não sejamos, contudo, cépticos perante as atribulações desta história, que poderá acabar bem. Tudo isto porque o primeiro-ministro Renzi garantiu, com ar menos compungido, mas ainda assim sério, sem se rir, que todo o processo de reconstrução e de combate aos efeitos do recente terramoto em Itália será conduzido «com a maior transparência».

www.abrilabril.pt

16
Set16

Verdades da Televisão

António Garrochinho

Não há dúvida de que a televisão – designadamente, esta televisão privada dos «reality shows» e porcarias quejandas – cumpriu um papel importante na transformação social dos últimos anos.
Que difícil é, quando tudo baixa, não baixar também! António Machado, «Obra Completa».
Alguém disse, um dia, que os povos têm os governos que merecem. Hoje, poderia dizer-se que os povos têm, também, as televisões que merecem.
Portugal tem a televisão que tem. O que é eloquente acerca do país que somos. Ou do país em que nos tornámos.
Perante a passividade de quase todos, os canais generalistas vivem uma emulação perversa, em que o melhor parece ser sempre aquele que é capaz do pior. Impressivamente, ao Big Brother respondeu-se com o Masterplan. E, a partir daí, o futuro ficou escrito.
Nas duas televisões privadas portuguesas – pouco mais de dez anos sobre a histórica abertura política que as permitiu -, o cenário é tenebroso. Mas, não obstante, ou talvez por isso mesmo, os portugueses preferem-nas.
E o segredo do sucesso é muito parecido. Na SIC, um pacote de três telenovelas brasileiras em ‘prime time’. Na TVI, duas telenovelas portuguesas, no mesmo horário. Na SIC, essa abjecção chamada ‘Sonho de Mulher’, em que umas meninas tontinhas, com liceus inacabados em Corroios ou Samora Correia, suspirando por famas holywoodescas, se expõem a humilhações tristes de ver. Na TVI, na mesma noite, disputando telespectadores intelectualmente indigentes, esse fresco do país profundo, aquele que preferiríamos desconhecer, chamado ‘Vidas Reais’. Na SIC, ao domingo, o sobrevivente e loiríssimo Herman José, sombra pálida do que foi, sucumbindo à ordinarice e à falta de gosto, para gáudio de uma plateia em que mães de família pequeno-burguesas partilham gargalhadas alarves com alguns jovens de subúrbio. Na TVI, convocando um público dado a emoções ainda mais fortes, um sub-produto deste moderno telelixo de massas, intitulado ‘Fear Factor’, alienante perda de tempo, em que o gozo parece estar na experiência da alteridade, já que afortunadamente são sempre outros os que se vêem forçados a mergulhar com cobras ou a comer testículos de bicho.
Pelo meio, noticiários de hora e meia, numa sucessão assumida de irrelevâncias feita a par de uma consciente exacerbação do escândalo, do patológico e do bizarro. Os alinhamentos, aliás, revelam bem o nível a que tudo desceu. A informação é pretexto, mas não é já mais nada.
A RTP, reconheça-se, melhorou. Fez um esforço. E afastou-se da vertigem de rangelização a que, num momento negro, quase pareceu sucumbir.
Mas o problema é que a diferença já não reverte o caminho. O povo está contente com o que tem. Embrutecido por uma televisão que puxa para baixo.
Homens, mulheres, crianças, de norte a sul do país, habituaram-se à degradação e, agora, reconhecem-se no que vêem. Acriticamente. A televisão ‘made in Portugal’ não forma, não educa, não informa, não esclarece, não ensina. No melhor de que é capaz, apenas ajuda a passar o tempo. Num país em que seria decisivo estimular a sensibilidade à cultura e fomentar a capacidade de opinião, a televisão não acrescenta. O que é, absolutamente, devastador.
O fenómeno tem, aliás, uma dificuldade própria. Saber destrinçar o que é, aqui, causa e efeito.
A televisão é o que é por assunção esclarecida e incondicionada de um certo modelo? Ou a televisão é o que é por força de uma determinada interpretação do que se crê ser a apetência do público?
Por decorrência, no fundo, é a televisão que faz o espectador? Ou é o espectador que faz a televisão?
Quando se trata de perscrutar o sentido profundo de um povo através da televisão que produz e consome, nada disto é despiciendo.
Porém, a complexidade é enorme. E o caso português bem pode ser exemplar. Não há dúvida de que a televisão – designadamente, esta televisão privada dos ‘reality shows’ e porcarias quejandas – cumpriu um papel importante na transformação social dos últimos anos. Este ambiente ‘light’, feito de moda, ‘glamour’,música, espectáculo e festa, teve, nas novas televisões, um veículo e uma referência. E a verdade é que algo mudou mesmo, da atitude de vida às manifestações concretas da orientação individual e comunitária – ninguém pára para questionar o sentido da evolução,mas todos convergem na certeza da mudança. Depois, com o tempo e a fidelização de padrões, o público telespectador passou a exigir mais. E a oferta moldou-se ao novo gosto. O que era mau evoluiu para muito pior. E, a cada novo dia, ameaça ainda superar-se.
Ora, a angústia torna-se inevitável: já ninguém pode assegurar que deva ser este o modelo, como já ninguém garante que o povo prefira assim. Aliás, a razão e a vontade deixaram de ter qualquer alcance útil. A realidade televisiva anda por si e auto-justifica-se.
Sobre a essência do país que somos fala, afinal, a resignação. Ou, talvez, antes dela, a própria inconsciência das coisas. Tão verdadeiras a propósito da televisão como de tantas outras premências.
Talvez por isso, nestes tempos de primária exaltação de Aljubarrota, ninguém se detenha no facto de RTP, SIC e TVI transmitirem, em directo, o casamento de D.Filipe de Borbón y Grécia, Príncipe das Astúrias.
Sofia Galvão | Maio 2004


abrildenovomagazine.wordpress.com
16
Set16

Como se semeia o medo e o ódio.

António Garrochinho

VÍDEO

Da imagem do “terrorista” ao conteúdo do filme, esta é uma peça terrorista que destrói muitas crianças.

Em França, depois dos atentados, todos os estabelecimentos escolares são aconselhados a realizar exercícios de ocultação. Os jornalistas assistiram na escola elementar de Delpech de Amiens com 215 crianças, a um exercício antiterrorista. Objetivo? Aprender a se esconderem.

Sujeitar milhões de crianças a esta violência psicológica, marcando-as para toda a vida. É terrorismo!


Via: as palavras são armas http://bit.ly/2chOgWY

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