Depois de ter anunciado que o diabo chegaria em setembro (e de setembro já pouco resta) o PSD foi confrontado com dados de execução orçamental nada consentâneos com a mensagem que estava a ser passada, a de que vinha aí um descontrolo das contas públicas. Talvez por desespero, no PSD passou-se à fase de acusar “[Mário] Centeno de “falsear” dados da execução orçamental”. Se a mensagem não convém, mate-se o mensageiro. A golpes de demagogia. Esta acusação foi logo replicada levianamente, entre outros, por Duarte Marques, nada que surpreenda neste defensor acérrimo da ida de Durão Barroso para a Goldman Sachs, que despachou as críticas públicas de François Hollande com um lapidar “É o que faltava agora um socialista francês a dar lições de moral”. Deixou, contudo, por esclarecer se a ilegitimidade de Hollande é por ser francês, por ser socialista, ou uma mescla das duas (e em que proporção). Neste caso falou apenas de pagar o que se deve, adicionando um tom populista a uma acusação demagógica. Vão para nota de rodapé as considerações substantivas que tal merece (1), porque o ponto hoje não é esse. O ponto é este: não é Mário Centeno que prepara as dezenas de páginas que refletem os dados da execução orçamental. Na ânsia de matar o mensageiro o PSD cria danos colaterais importantes. Desde logo a Direção-Geral do Orçamento, os seus serviços, dezenas e dezenas de servidores do Estado, e a sua responsável máxima, no caso, Maria Manuela dos Santos Proença, diretora-geral do Orçamento. Convém ainda lembrar que estes dados são acompanhados a par e passo, por estes dias, entre outros, pela Comissão Europeia, o FMI, o BCE, duas autoridades estatísticas, a UTAO e o Conselho de Finanças Públicas. Ora, para além de ser preciso não conhecer – de todo – a diretora-geral para a imaginar a responder a um pedido de adulterar as contas públicas com um singelo e subserviente “Yes, Minister” este é um assassinato de carácter gratuito, e muito perigoso, dela e daqueles que ela dirige. Em abstrato o regime de nomeação dos titulares de cargos de topo na administração criado pelo PS e muito refinado pelo PSD é um desastre de proporções épicas sob vários pontos de vista: as escolhas não são políticas, mas muitas são políticas, a CRESAP serve apenas para legitimar o anteriormente escandaloso, e os mandatos por cinco anos significam que um Governo pode ter uma administração de topo politizada e hostil, recebida de herança. Na ânsia de irmos para o modelo Inglês, com uma administração com dirigentes independentes do poder político (realidade não isenta de defeitos, como a série que deu nome a este texto divertidamente ilustra) ficámos com o pior de dois mundos: não há garantia de escolha apolítica mas temos prazos longos de mandato. Muito típico do nosso país. No caso da dirigente em causa, seria de esperar que fosse respeitada pela sua independência estatutária. Mais não fosse porque a insinuar-se, por absurdo, que ela teria sido uma escolha política encapotada, capaz de sacrificar o seu exercício do cargo e serviço ao país a ditames partidários menores, tais seriam, obviamente, os de quem a nomeou … o Governo PSD. Duas vezes. Por Vítor Gaspar em Janeiro de 2012 e por Maria Luís Albuquerque, em Junho de 2014. Pelo caminho, os senhores deputados usam como carne para canhão da demagogia política os dirigentes e serviços da Administração Pública. Não é propriamente a primeira vez, mas a repetição só agrava a conduta. Num tempo em que ser Funcionário Público por vezes parece pecado, lançar acusações desta gravidade é contribuir para desvalorizar ainda mais o exercício de cargos que, já agora, são menos bem remunerados do que a média do mercado privado paga para as mesmas responsabilidades. Qualquer dia o Estado não consegue recrutar ninguém com mérito. Depois venham queixar-se da qualidade dos serviços públicos. (1) Quanto à acusação de que o Governo está deliberadamente a atrasar pagamentos ela falece quando se lê a Síntese da Execução Orçamenta de Agosto. Lendo o dito documento até ao fim, tarefa sempre monótona, encontramos o pouco sexy e pouco lido Anexo 16 (pp. 66) onde se vê que os pagamentos em atraso são apenas marginalmente superiores aos do ano passado na mesma data. Tirar daí uma vasta conspiração para falsificar os dados é, no mínimo, forçado. Mais, no que respeita ao passivo não financeiro, na parte sob responsabilidade do Governo (administração central), este até diminui face ao ano anterior (de 504 para 466 milhões de Euros) e face ao mês anterior (de 480 para os mesmos 466). Ora isso é sinal de que não há nenhum descontrolo. A segunda acusação é a de que o Governo não executou despesa de investimento. Ora, se não executou, queria-se que tal constasse da execução orçamental? Como? Só se fosse falsificando a mesma. Portanto, partir daí para insinuar manipulação das contas públicas é ilógico. Coisa diferente, e bem mais importante, é discutir se não faz falta mais investimento público. Por acaso faz (ao contrário do que o PSD tem defendido), mas há três fatores que recomendam esperar pelo fim do ano para avaliar essa execução: O orçamento entrou em vigor só em Maio; Como qualquer pessoa que não seja um teórico sabe o procedimento para executar despesa pública demora, muitas vezes, meses a cumprir; e As alterações ao Programa Portugal 2020 poderão ou não vir a permitir inverter esta tendência até ao final do ano.
A SIC e a TVI deveriam rever a sua programação se querem prestar algum serviço…
Os programas da manhã são todos iguais nestes canais, até os separadores, e as mesmas noticias. Nada distingue a SIC e a TVI. Os programas todos o mesmo…
Programas da manhã totalmente desgastados, sem nada de novo e com conceitos totalmente ultrapassados.
Novelas, sem nada de novo, também com histórias desgastadas, sem interesse, com os mesmos atores, sem qualidade, atores sem reação, sem conteúdo… Programas de Domingo direccionados para explorar os mais velhos a realizarem telefonemas para números de valor acrescentado, com intervalos eternos.
Enfim, as televisões privadas, servem somente as linhas do grande capital no embrutecimento mental das massas…
Os membros do Conselho de Segurança vão protagonizar a primeira votação vinculativa a 5 de Outubro
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O governo búlgaro retirou o apoio a Irina Bokova para o cargo de secretário-geral da ONU, transferindo-o para a vice-presidente da Comissão Europeia, Vitalina Georgieva. Diplomata russa fala em pressões da Alemanha.
O primeiro-ministro da Bulgária anunciou esta manhã a candidatura da vice-presidente da Comissão Europeia, Vitalina Georgieva, para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas. A decisão implica a retirada do apoio à actual directora-geral da UNESCO, a agência da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura.
A decisão do governo búlgaro surge após semanas de especulação em torno desta possibilidade, particularmente após a reunião do G20, que decorreu há duas semanas em Hangzhou (China). A chanceler alemã, Angela Merkel, tentou discutir com responsáveis russos a transferência de apoio de Bokova para Georgieva, de acordo com Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa.
Zakharova, em delarações à Tass, afirmou que «foi dito clara e frontalmente à senhora Merkel que a nomeação, por parte de um país, de um candidato à posição de secretário-geral da ONU é uma decisão exclusiva e soberana desse país, e que qualquer tentativa de influenciar, directa ou indirectamente, decisões desse tipo não são aceitáveis».
Georgieva é comissária europeia desde 2010, primeiro com a pasta da Ajuda Humanitária e Protecção Civil. Em 2014, com a designação de Jean-Claude Juncker para presidente da Comissão Europeia, assumiu a vice-presidência para o Orçamento e Recursos Humanos. Antes de assumir estas funções, a economista fez carreira no Banco Mundial, chegando a vice-presidente da instituição.
Bokova é diplomata de carreira e assumiu o cargo de directora-geral da UNESCO em 2009. A passagem da búlgara pela organização ficou marcada pela admissão da Palestina como membro da UNESCO, em 2011, que teve como resposta norte-americana a suspensão total do financiamento à agência da ONU. A representante russa na UNESCO, Eleanora Mitrofanova, revelou à Sputniknews que os EUA «não transferem dinheiro há quatro anos» para o orçamento da organização, o que a coloca «em crise». De acordo com a responsável, a UNESCO despediu cerca de 400 trabalhadores nesse período, «um número enorme para uma organização internacional».
O próximo passo do complexo sistema de nomeação para o cargo de secretário-geral da ONU é dia 5 de Outubro, data em que os membros do Conselho de Segurança da ONU poderão «encorajar», «desencorajar» ou manifestar que não têm opinião sobre cada candidatura. Os membros permanentes – China, Estados Unidos da América, Federação Russa, França e Reino Unido – têm direito de veto, o que significa que qualquer candidatura que tenha a oposição de um destes países está condenada. De acordo com informações oficiosas, o português António Guterres foi o melhor colocado nas cinco votações informais já realizadas.
O nome que for consensualizado para suceder a Ban Ki-moon pelos 15 membros do Conselho de Segurança – para além dos cinco membros permanentes, Angola, Egipto, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela – será proposta à Assembleia Geral da ONU, onde os 193 membros da organização são chamados a votar.
Já faz algum tempo que a arte urbana se fundamentou como uma forma de arte legítima por expressar as mais variadas expressões e manifestações artísticas, políticas e ideológicas no espaço público. Os críticos empolados dizem que não, evidentemente porque a arte urbana está desvinculada da manifestações de caráter institucional ou empresarial e, sendo assim, não rende dinheiro para estes parasitas fazerem suas análises em revistas e publicações do gênero.
1. Escadaria da 16ª Avenida, San Francisco
Grande parte desta gente antipática diz que a urbanografia é mero vandalismo, mas parafraseando um famoso pintor que não lembro o nome: "Críticos não pintam quadros", e são incapazes de entender as novas maneiras que os artistas urbanos exploram as superfícies públicas cobrindo-as da mais bela arte.
Este post tem tudo a ver com artistas de rua e pessoas comuns que decidiram decorar algo que a maioria de nós provavelmente não pensaria em dar um aspecto artístico: escadarias públicas ao ar livre.
A maioria dessas peças só podem ser verdadeiramente apreciadas quando vistas a partir de um certo ponto de vista. Podem parecer como manchas aleatórias de tinta para alguém galgando seus degraus, mas alguém olhando para elas debaixo terá a visão completa do artista. Claro está, nem todas elas visam formar imagens, algumas são simplesmente decorações coloridas que tornam o bairro em um lugar mais edificante e colorido.
Algumas dessas obras são o resultado dos esforços de comunidades. Por exemplo, quando as escadas do arco-íris na Turquia foram pintadas, primeiro, pelo governo local, as comunidades próximas responderam pintando suas escadas também. Já as escadarias em mosaico de San Francisco foram criadas por mais de 300 pessoas locais sob a orientação cuidadosa de um casal de artistas.
2. Valparaíso, Chile
3. Museu de Arte da Filadélfia
4. Valparaíso, Chile
5. Seul, Coréia do Sul
6. Wuppertal, Alemanha
7. Sicília, Itália
8. Rio de Janeiro, Brasil
9. Beirute, Líbano
10. Escadarias do teatro musical de Seul, Coréia do Sul
Josefa de Óbidos. “A Penitente Madalena Consolada Por Anjos” foi arrematado na Sotheby's de Nova Iorque, em janeiro deste ano, por 269 mil dólares (cerca de 240 mil euros)
Para as coisas boas há sempre mercado. A arte portuguesa não é exceção mas a atenção que o mercado internacional lhe concede hoje faz com que se dê nova vida à joalharia, prataria, mobiliário e porcelana chinesa de outros séculos, ou a nomes como Josefa de Óbidos, Paula Rego, Vieira da Silva, Helena Almeida ou Joana Vasconcelos
Há dois anos, na sede da leiloeira Sotheby’s, em Londres, um cliente português entrou determinado a comprar uma pintura do século XIX. Tinha refletido sobre o assunto e estava na capital inglesa para comprar o quadro. Quando passou a porta deparou-se com uma faixa gigante de um outro leilão. Nela estava impressa outra pintura, a peça principal que iria ser levada à praça nessa tarde. “Lembro-me bem deste quadro, quis comprá-lo há 30 anos em Paris”, disse ao responsável da leiloeira inglesa pelo mercado português, João Magalhães. Para serenar a memória daquela obra, acabara por comprar outro trabalho de um artista da mesma época mas não de tão boa qualidade. O colecionador saiu para almoçar com a família e voltou da parte da tarde. Comprou a peça do século XIX pela qual estava interessado e deixou-se ficar para o leilão. Quando a peça começou a ser licitada levantou a raquete. Não conseguiu deixar de licitar. “Teve de ser. Há 30 anos não conseguia, era muito dinheiro”, desabafou no final. Gastou perto de um milhão de euros.
Histórias como esta podem não ser muitas, mas colecionadores assim existem em bom número no nosso país. São elementos ativos no mercado internacional e também se interessam pela arte portuguesa de qualidade. De gosto renovado e mais internacional, estão normalmente ligados ao mercado financeiro, à medicina e à advocacia, são gente de sucesso e com poder de compra, com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos, como os descreve num estudo a socióloga francesa Raymond Moulin. Passam a barreira dos sete dígitos não com muita frequência mas quando querem realmente uma peça e nunca olham para ela como um mero elemento decorativo, o fator investimento está sempre presente. Têm critérios bem determinados, procuram peças de qualidade e raridade, e, por vezes, são capazes de vender obras da sua coleção para poderem adquirir um trabalho melhor. Em suma, o seu retrato não difere em nada do dos colecionadores internacionais que frequentam as praças de Londres, Nova Iorque, Paris, Hong Kong, Milão ou Genebra. Esses também cada vez mais interessados e atentos ao universo da arte portuguesa.
Paula Rego. Foi uma obra da artista, “The Cadet and his Sister”, de 1988, a peça portuguesa mais cara vendida em leilão
Para o confirmar basta olhar para os números. Nos últimos dez anos, afirma a Sotheby’s ao Expresso, os colecionadores nacionais venderam naquela leiloeira peças no valor de 135 milhões de euros, enquanto o montante que investiram em arte no mercado europeu ultrapassou os 60 milhões de euros. Esta movimentação de ativos e o crescente interesse pela arte portuguesa no circuito internacional levou a que as vendas de peças oriundas de Portugal tivesse duplicado de 2010 para 2015, só na Sotheby’s. Na Christie’s, a venda da coleção Champalimaud, em 2005, rendeu 57,3 milhões de euros, ficando apenas atrás da coleção Albert Rothschild, vendida em 1999 por 85,1 milhões.
A peça portuguesa mais cara de sempre vendida em leilão é, porém, de arte contemporânea. “The Cadet and his Sister” pertence a Paula Rego e foi vendido em julho do ano passado por 1,35 milhões de euros pela Sotheby’s. E aqui entramos verdadeiramente naquilo que é nacional e é bom. A juntar-se a Paula Rego, surge Maria Helena Vieira da Silva, Helena Almeida, Leonor Antunes, Joana Vasconcelos e, já na categoria de pintura antiga, Josefa de Óbidos. Também pela Sotheby’s, Josefa de Ayala e Cabrera, de resto, foi vendida em Nova Iorque, em janeiro de 2015 e este ano, no mesmo mês, repetiu a proeza. A primeira das obras está agora no Museu do Louvre, em Paris, a segunda foi comprada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. No entanto, é nas grandes áreas da prataria, joalharia, mobiliário, azulejaria e arte chinesa que a arte dita portuguesa mais faz mexer o mercado.
Peça rebuscada do século XVI, em prata, vendida em Londres por 668 mil euros
“São peças que datam dos séculos XVII e XVIII, algumas até do século XVI que retratam a arte da expansão portuguesa. Trabalhos que denotam todos os sítios e lugares do mundo por onde andámos, com características exóticas e extraordinárias”, conta João Magalhães. O responsável da Sotheby’s pelo mercado de arte português revela que a maioria dessas peças que agora estão sob o olhar atento da Europa e dos EUA (sobretudo da costa leste) andou perdida um pouco por todo o lado, tendo regressado em larga escala a Portugal durante os anos 80. Sem deixarem de fazer parte do gosto tradicional dos colecionadores portugueses, elas têm protagonizado um crossover interessante nos últimos anos, num vai e vem entre vendas e compras. É ele quem faz a triagem do que é mais interessante e existe em Portugal, separando aquilo que é potencialmente mais valorizado no mercado internacional daquilo que só poderá ser vendido localmente. “99% do que é vendido internamente não têm qualidade suficiente para estarem presentes num leilão de monta da Sotheby’s”, frisa.
Salva portuguesa do início do século XVI, com marca do artesão, vendida por 328 mil euros
João Magalhães vem uma vez por mês a Portugal para fazer avaliações gratuitas e tem sempre surpresas. Há duas semanas esteve cá com o diretor do departamento de arte chinesa da leiloeira e foram muitas essas agradáveis surpresas. Sem poder ser preciso, aponta-nos como exemplo, uma garrafa de porcelana chinesa raríssima, que a casa de Nova Iorque vai vender em leilão por uma estimativa de 120 a 150 mil dólares este mês. “Trata-se de uma peça datada de 1552, atribuída à coleção de Jorge Alvares, um aventureiro na China que viveu em casa de S. Francisco Xavier, onde acabaria por morrer, exatamente no mesmo ano da feitura da garrafa.” Já no mobiliário, é o look colonial que mais desperta a curiosidade e as bolsas dos colecionadores internacionais. Os bufetes de pau santo dos séculos XVII e XVIII são muito procurados, aquelas mesas de torcidos e tremidos — a mesa onde o governo toma posse no Palácio de Belém —, bem como os contadores e as cadeiras de couro lavrado têm muita saída. “Há muita oferta proveniente de uma produção forte quase até ao início do século XX. As características barrocas parecem ser muito estimadas lá fora e não é difícil estas peças chegarem aos 14 ou 17 mil euros. Este gosto exótico já não é de agora. Lembram-se da mesa em que o cruel Herr Flick da Gestapo recebia a Helga no famoso ‘Allô, Allô’?”
Trabalhos desta categoria são vendidos sobretudo no Treasures, um evening sale da Sotheby’s que só acontece em Londres e uma vez por ano. Estão lá as melhores peças, objects d'art, mobiliário, prataria e escultura. Foi num desses leilões que, há três anos, um conjunto de peças da coleção do rei D. Fernando, colocadas à venda pelos descendentes da família que a detinha, fizeram furor. E foi noutro desses Treasures que apareceu uma peça de escultura pertencente aos duques de Loulé. Em Genebra, o mercado joalheiro por excelência são as joias provenientes das famílias reais que chamam os compradores, as portuguesas estão incluídas nos lotes com melhores performances. E na Sotheby’s de Hong Kong também não têm feito má figura. De resto, a preferência dos colecionadores de todo o mundo vai para as peças portuguesas com cunho oriental, Cristos feitos em Goa, arte Nanban, Companhia das Índias, lacas e madrepérolas...
“Há ainda muito para fazer. O colecionador português precisa de apoio e a arte portuguesa de muito mais divulgação”, avisa João Magalhães. “Mas já se evoluiu muito no domínio do conhecimento do mercado”, garante. “É preciso sobretudo que as pessoas tenham mais consciência do valor real daquilo que têm. As expectativas são sempre muito elevadas e é necessário a correção sistemática dessas expectativas em relação ao mercado internacional do leilão.” João Magalhães fala em nome da Sotheby’s e da sua estratégia global: “Portugal é um dos mercados que já merecia mais atenção. Está nas mesmas coordenadas que São Francisco, Los Angeles, Bombaim, e Escandinávia.”
Caixa em ouro e vitrina de ourivesaria europeia que foi à praça em Paris em junho de 2013
O reconhecimento do potencial do mercado português é geral e é-o também internamente, apesar de falarmos de valores diferentes. Estima-se que o mercado leiloeiro nacional ultrapasse os 50 milhões de euros ano e que o mercado primário, o das galerias, ronde a mesma ordem de grandeza, diz-nos Adelaide Duarte, coordenadora do curso de pós-graduação em Mercado de Arte e Colecionismo da Universidade Nova de Lisboa. Já a peça mais cara vendida num leilão em Portugal rendeu 620 mil euros: “Shechina”, de Anselm Kiefer, vendida pela Veritas. À parte os valores, o mercado renova-se pela chegada de outros colecionadores, tanto estrangeiros como portugueses. Os brasileiros, os chineses, os ingleses e os franceses são os que mais compram cá dentro e as suas preferências vão sem exceção para a arte nacional de outros séculos. A arte contemporânea não lhes suscita interesse. São os portugueses que a querem e estão cada vez mais contemporâneos. Os naturalistas — Malhoa, Silva Porto, Columbano e por aí fora — já não são os artistas no top 10, apesar de a procura ser grande sempre que aparece alguma obra destes autores, nem tão pouco os Cutileiros e Cargaleiros. O gosto e o interesse financeiro chega já a nomes como Francisco Tropa, Paiva e Gusmão, Rui Chafes, explica Igor Olho-Azul, da Veritas, e mantém-se em Paula Rego e Vieira da Silva. A artes decorativas e o design são outras das apostas fortes dos compradores nacionais, sempre muito ponderados e académicos nas suas escolhas, adeptos de tudo o que está catalogado e tem a aprovação generalizada de quem escreve sobre arte, mas também pessoas cada vez mais informadas.
Prato em madrepérola de origem indo-portuguesa datado do século XVI, vendido por 11,8 mil euros
No entanto, é ainda no domínio das chamadas antiguidades que o mercado está mais ativo. Objetos provenientes de coleções antigas já com critérios de seleção muito bons, de heranças como a dos duques de Palmela ou do Cadaval, são tão procurados pelos clientes nacionais como pelos estrangeiros, que hoje em dia estão cada vez mais preocupados em adquirir peças diferenciadoras para colocar em casa. A arte da expansão portuguesa também é mais procurada internamente e até museus da Ásia, dos EUA e da Europa a vêm cá comprar, afiança João Pinto Ribeiro, presidente do Palácio do Correio Velho, que garante que todo esse tipo de obra é mais barata no nosso país, incluindo os azulejos, também muito apreciados. Mas a tónica está mesmo nas peças relacionadas com o cristianismo mas trabalhadas em marfim no Ceilão, por exemplo. Mercado sempre em alta é o dos diamantes a partir de dez quilates, afirma ainda o responsável do Correio Velho. Já Pedro Alvim, um dos sócios da leiloeira Cabral Moncada, acredita que nos últimos dez anos existe uma mudança significativa no mercado da arte em Portugal. Trata-se, segundo ele, de uma mudança “cultural e sociológica”, que reflete a realidade do país: casas mais pequenas, mais baixas, mais provisórias e mais claras, onde já não há lugar para louceiros de pau santo porque se prefere ir jantar fora a receber. “O que as pessoas querem hoje é o plasma e as viagens. À parte disso, estão interessadas em casas despojadas mas com apontamentos de arte antiga, alguma arte moderna e contemporânea e objetos de design”, afirma Pedro Alvim.
Jarra raríssima do período Jiajing, marcada e datada de 1552, vai à praça esta semana em Nova Iorque com uma estimativa de venda na ordem dos 134 mil euros
Com um mercado estável e um volume de negócios a rondar os 10 milhões de euros, o que estas três leiloeiras portuguesas hoje procuram é alargar a sua clientela. E a aposta aí é unânime, todas propõem uma oferta maior e mais dinâmica através dos leilões online. Aos quais, de resto, os grandes colecionadores mundiais já aderiram há muito.
Nascida Sofia Villani Scicolone, ela conquistou o mundo sob o nome de Sophia Loren. Seu sucesso ultrapassou gerações e recentemente ela foi a grande homenageada no aniversário da marca da Dolce&Gabbana, que dominou as ruas da cidade de Nápoles, onde a atriz viveu sua juventude.
A atriz, que trabalhou com grandes nomes do cinema, como Federico Fellini, Vittorio de Sica, Charlie Chaplin e Ettore Scola, é até hoje lembrada como uma das maiores estrelas de sua geração.
Os primeiros passos de Sophia Loren
Nascida em Roma, Sophia Loren se mudou ainda muito pequena para Pozzuoli, área mais humilde e próxima da grande cidade de Nápoles. Ali viveu sua adolescência, uma época financeiramente muito complicada para a sua família.
Depois do pai abandonar a família, ela passou a viver com a avó. No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, Pozzuoli era um alvo constante de bombardeios, sendo que em uma dessas ocasiões, enquanto tentava fugir, Sophia teve o queixo machucado por estilhaços de bombas. Durante este período ela viveu em Nápoles, até poder retornar para a casa de sua avó, onde começou a trabalhar como garçonete enquanto sua mãe tocava piano, sua irmã cantava e sua avó preparava bebidas.
Os passos para o estrelato
Em 1950, ela participou do Miss Italia, ficando entre as finalistas e tendo seu interesse por atuar despertado. Foi então que ela começou a fazer aulas de teatro e a participar de pequenas produções, ainda sem assumir o nome “Loren”. Foi apenas em 1952, quando conheceu seu futuro marido, que ela começou a assinar como “Sophia Loren”, uma junção de seu sobrenome com o de outra atriz, a quem ela admirava muito, Märta Torén.
Seu reconhecimento em meio aos críticos de cinema já surgiu com Aida, produção de 1953. Depois disso ela atuou em Duas Noites com Cleópatra (1953) e assumiu o papel de destaque em O Outro de Nápoles (1954), com direção de Vittorio de Sica, assumindo sua personalidade napolitana, que a projetaria para todo o mundo.
Reconhecimento internacional
Em 1961 ela alcançou o mundo todo com sua atuação em Two Women, papel que lhe rendeu 22 prêmios internacionais, além do Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de Melhor Atriz, o primeiro prêmio da Academia a reconhecer um desempenho não inglês.
Servindo como o rosto perfeito da Itália no mundo, em 1964 ela chegou a receber US$ 1 milhão para atuar em A Queda do Império Romano. Em 1965 veio a sua segunda indicação ao Oscar, por sua atuação em Matrimônio à Italiana.
Muitos outros prêmios apareceriam em sua história ainda nas décadas seguintes. Em 1991 ela foi honrada com o Oscar honorário, em homenagem à sua contribuição para a história do cinema, além do Grammy.
Em 1999, ela foi escolhida pela American Film Institute (AFI) como uma das lendas da história do cinema, sendo uma das últimas ainda vivas a fazerem parte deste seleto grupo.
Maternidade
Após se tornar mãe, na década de 70, a atriz recusou diversos papéis para se concentrar na criação dos filhos, buscando dar a estabilidade que ela não encontrou em sua casa nos primeiros anos de vida.
Tornando-se cada vez mais seletiva nos papéis, ela se tornou um mito do cinema, um ícone que remete a um período de divas hollywoodianas.
O rosto da melhor idade
Além de ser uma das grandes atrizes do cinema, com uma carreira versátil, ela também é um ícone de moda e estilo. Referência para as pessoas de maior idade, Sophia Loren não é apenas um ícone que envelheceu, mas é um ícone que ensinou as pessoas a envelhecerem por uma via alternativa – mantendo uma carreira aberta e participando da vida pública como sempre fez.
Sua participação, muito emocionada, nas festividades do aniversário – além de se tornar a garota propaganda do novo perfume da marca Dolce&Gabbana – é mais uma amostra de como Loren é inesquecível para o cinema, para a moda e para Nápoles, cidade que a acolheu e a que ela destina um enorme carinho.
Hoje existem diversas artes marciais que compõe o MMA e são extremamente respeitadas e aceitas pelo mundo. Porém existem algumas específicas que são contestadas por muitos pela sua extrema violência e objetivo de realmente machucar (e até matar) seu oponente.
Listamos 5 que considero as mais mortais do planeta:
SAMBO (Rússia -antiga União Soviética)
Curiosidade: A ordem das faixas começa na preta e termina na branca.
Claro que uma das lutas mais pesadas do mundo tinha que ser da Rússia. Sambo significa “auto-defesa sem armas”. É uma arte marcial e esporte de combate. A técnica é amplamente utilizada por forças militares e especiais em todo o mundo para neutralizar inimigos em combate. Basicamente é uma mistura de judô e luta livre que utiliza de simulações com oponentes portando armas.
SILAT (Indonésia, Malásia e Brunei)
Curiosidade: Assim como na capoeira, essa arte marcial foi desenvolvida para proteção dos povos, no caso do Silat era pra se libertar das autoridades estrangeiras.
Existem centenas de estilos diferentes de Silat, mas eles tendem a se concentrar em ataques, armas brancas e técnicas de origem animal. O silat usa o corpo humano e armas brancas ou de fogo (hahahahaha que pesado)! O treinamento começa com técnicas desarmadas e evolui para um variedade incrível de armamentos.
WING CHUN (China)
Curiosidade: Bruce Lee usou o Wing Chun para desenvolver sua própria técnica.
Wing Chun é uma arte especializada em combate de curto alcance. Como um pedaço de bambu, firme, mas flexível, a arte é usada para desviar as forças externas ou redirecioná-las. Extremamente singular, é adaptado para permitir que qualquer tipo de pessoa, independentemente de tamanho, força ou sexo, possa se defender de agressores maiores e mais fortes.
KRAV MAGA (Israel)
Curiosidade: Desenvolvida como um modo de defender o quarteirão Judeu durante o período de ativismo anti-semita em Bratislava nos anos 1940.
Talvez a mais temida listada nesse post, o Krav Maga é um sistema de combate desenvolvido em Israel, que envolve luta e brutais contra-ataques. Forças Especiais de todo mundo utilizam a arte e todos os soldados das Forças de Defesa de Israel aprendem Krav Maga como parte da sua formação de base.
MUAY THAI TAILANDÊS (ACRE Tailândia)
Curiosidade: A maioria das associações e confederações mundiais não aprovam o uso das cotoveladas em lutas oficiais mantendo assim a integridade física dos atletas, sendo estas técnicas consideradas somente nas regras asiáticas, embora ultimamente as mesmas se encontrem cada vez mais em evidência.
Conhecido como a “Arte dos Oito Membros”, pois utiliza-se de 8 pontos de contato ao fazer uso de socos, chutes, cotovelos e batidas de joelho, o Muay tailandês é devastador. No mundo atual do MMA é considerado a modalidade que mais causa danos ao oponente principalmente pelo uso dos cotovelos, que dependendo de como atinge o oponente faz quase a função de uma navalha.
George Redhawk transformou sua perda em um dom: não permitiu que sua cegueira o impedisse de fazer arte. Utilizando gifs como forma de expressão, o artista cria artes incríveis e surreais.
Ele começou a perder a visão de forma lenta, enquanto lecionava na área médica. Depois de quatro anos, já com os olhos comprometidos, George começou a sofrer com distorções visuais que eram criadas por sua mente na tentativa de preencher as lacunas da visão debilitada.
Isso foi o estopim para que o artista criasse o projeto The World Through My Eyes (O Mundo Através de Meus Olhos). George explica o processo:
“Para criar a maioria dos gifs, uso um software de mesclagem de fotos. Ele funciona mesclando uma imagem com a outra, mas há muito tempo, descobri que se eu fundir uma foto sobre ela mesma, conseguia um efeito maravilhoso de movimento. Ciente da perda de praticamente toda minha visão, comecei a explorar esse tipo de arte para expressar o mundo através de minha vista danificada. Minha arte é criada com a ideia de desafiar, da mesma forma que a minha visão se tornou um desafio constante para mim, e em alguns casos, distorcer o senso de ordem visual”.
Lindas, inteligentes, intrigantes ou tudo isso e muito mais. Conheça algumas das musas inspiradoras de carne e osso por trás de grandes obras de arte.
Da Grécia antiga pra cá, a função de inspirar artistas passou das mãos de entidades mitológicas para criaturas de carne e osso. Calíope, Clio, Euterpe e companhia cederam lugar para modelos, esposas e outras artistas, que desde então vem tocando o coração e a alma de grandes realizadores, sejam eles músicos, escritores, artistas plásticos ou cineastas. Conheça agora algumas dessas mulheres maravilhosas e os “frutos” que elas geraram.
Patti Smith – a musa de atitude
E quem disse que uma musa só tem que ficar paradinha e ser bela, sem receber os louros por seus próprios feitos? De cara, a cantora Patti Smith prova que seu talento e personalidade pode ser inspiradores, pois foi exatamente isso que chamou a atenção dos fotógrafos Judy Lyinn e Robert Mapplethorpe para a roqueira. Linn teve Patti como modelo quando ainda era uma estudante de fotografia no final dos anos 1960, em sessões nas quais ambas imaginavam situações cinematográficas para comporem a imagem. Já Mapplethorpe iniciou não apenas uma parceria artística com Patti, mas também um namoro (apesar de homossexual). Muito da Nova York dos anos 1970 pode ser admirada junto ao casal em registros que figuram na história da fotografia com o selo arte de garantia.
Alice Liddell – a musa menor de idade
A pequena Alice Liddell foi a fonte de inspiração de um dos livros mais conhecidos no mundo inteiro (e não, não é a Bíblia). Trata-se de “Alice no país das maravilhas”, obra infantil que esconde por trás de sua trama a história de uma musa um tanto controversa. Charles Dodgson, mais conhecido por Lewis Carroll, conheceu a menina quando ela tinha apenas três anos. Aos dez, Alice pediu a Carroll que passasse para o papel as fantásticas histórias que ele contava para ela e suas irmãs sobre sua xará em um mundo fantástico. Muitos biógrafos defendem a teoria de que Carroll e Liddell tinham algum tipo de envolvimento romântico, seja ele sexual ou platônico. Verdade ou não, a “parceria” rendeu livros inesquecíveis. Anna Karina – a musa nova onda
As más línguas dizem que a atriz Anna Karina conheceu o diretor de cinema Jean-Luc Godard através de um anúncio que ele colocara no jornal em busca de um grande amor e de uma musa para seus filmes. Não foi exatamente esse o percurso, mas o diretor conseguiu o que queria na figura da bela e talentosa dinamarquesa. Juntos, eles fizeram os filmes que definiram a nouvelle vague francesa e vem influenciando diretores de todas as gerações desde então: “O pequeno soldado”, “Uma mulher é uma mulher”, “Viver a vida”, “Bande à part”, “Alphaville”, “O demônio das onze horas”. Tá certo que a relação não durou para sempre e os dois deram um ponto final no casamento em 1965, mas a sétima arte tem muito a agradecer ao amor eterno enquanto durou de Jean-Luc e Anna.
Yoko Ono – a musa destruidora
A mulher que “destruiu” a maior banda de rock do universo é baixinha, esquisita e só não era chamada de bonita no final dos anos 1960. Yoko Ono colou em John Lennon quando a amizade entre os Beatles já estava em final de festa e iniciou uma parceria para a vida e para a arte com o compositor. Quanto mais a relação se intensificava, mais o Beatle abria o coração em músicas sobre a vida, seus medos, inseguranças, e claro, sobre o amor. Seja em canções totalmente deprê como “Yer Blues”, na estranha “Happiness is a warm gun”, na doce balada “Don`t let me Down” ou na adorável e bobinha “Oh, Yoko”, era a japonesa que estava na cabeça de John. Apesar de problemas no relacionamento, foi a morte prematura do rockstar que deu um ponto final na relação.
Gala Dalí – a muda groupie
Elena Ivanovna Diakonova (ou melhor, Gala Dalí) era praticamente uma groupie no mundo das artes no século XX. Ela conheceu o poeta surrealista Paul Éluard em um sanatório e os dois de casaram aos 17 anos em 1916. O casal viveu um triângulo amoroso com o pintor Marx Ernst durante u bom tempo, mas em 1929 Gala largou os dois para ficar com o surrealismo em pessoa: Salvador Dalí! Apesar de o pintor ser dez anos mais novo e afirmar ter repulsa pela genitália feminina, ele adorava a companheira com tanto fervor que a utilizou como modelo em inúmeros quadros, além de passar a assinar vários quadros como “Gala-Dalí”. O motivo: ele sentia como se os dois fossem a mesma pessoa. Dentre os quadros mais conhecidos que retratam Gala estão “Galatea de esferas”, “A madona de Port Lligat” e “Leda atômica”.
A pintura corporal é uma forma fascinante de arte, na medida em que leva, geralmente, uma equipe de pessoas a criar formas espetaculares diretamente sobre a pele humana. E como muitas pessoas sentem uma ligação especialmente estreita com os nossos irmãos animais, isso resulta em uma grande atração por este tipo de arte que remete a forma de animais.
Não há limite para a criatividade dos artistas do corpo, que podem desenhar em suas telas humanas os mais diferentes animais que parecem melhor combinar com as formas dos nossos próprios corpos. Através de ilusões magistrais estes artistas aproveitam os conjuntos, as curvas elegantes e diversas posturas dos modelos que assumem a silhueta de um flamingo ou de uma girafa, o flanco suave de um peixe tropical, ou a face de um tigre selvagem.
Em suma, com maquiagem profissional, iluminação especializada, e, claro, uma imaginação incrível, eles são capazes de esconder completamente o corpo, fazendo com que você acredite, mesmo que apenas por um segundo, que está olhando para uma pintura de um animal, e não de um corpo humano.
O nome mais forte para derrotar António Guterres na corrida a secretário-geral da ONU é Kristalina Georgieva. E é em português que se tem preparado o avanço da búlgara: Mário David, ex-secretário de Estado de Durão Barroso
Foi eurodeputado do PSD. Secretário de Estado dos Assuntos Europeus. Vice-presidente do PPE. E agora: vice-presidente da Internacional Democrata do Centro (IDC), de que faz parte o PSD. Mário David é o rosto português por trás da candidatura de Kristalina Georgieva à ONU. É ele um dos obreiros da preparação da corrida da comissária europeia ao lugar que António Guterres anda a lutar para conseguir: secretário geral das Nações Unidas.
David está há mais de dois anos a trabalhar nos apoios a Kristalina e não desistiu, nem mesmo quando a Rússia condenou publicamente as tentativas da Alemanha de influenciar a corrida ao cargo. Soube-se então que Angela Merkel tentou convencer Vladimir Putin a apoiar a candidatura da búlgara Kristalina Georgieva, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo orçamento e recursos humanos, em detrimento de Irina Bokova, o nome que a Bulgária tinha escolhido para disputar o cargo máximo da ONU.Tendo a Rússia poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, o apoio de Putin a qualquer nome é essencial.
Com a sinalização da Rússia do desconforto em relação às movimentações para trocar a candidata, o governo da Bulgária veio confirmar que mantinha a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova na corrida. Mas avisou: “se após o dia 26 não for a primeira ou a segunda, não existirá forma de prosseguir e em conjunto iremos ver o que fazer".
E após dia 26, data da quinta votação, António Guterres voltou a ser o preferido e Irina caiu para sexto lugar. Era o resultado que faltava para Mário David bater palmas e ter a certeza de que governo de Sofia iria fazer a troca. Mesmo que a Rússia não concorde com o seu nome, o apoio da Alemanha é igualmente importante. Apesar de os germânicos nem sequer fazerem parte do Conselho de Segurança, com Putin e Merkel em rota de colisão, algum terá que perder no fim ou ceder.
KRISTALINA DIZ QUE É "IMPLACÁVEL"
Hoje, a Bulgária oficializou o que já se antecipava: Kristalina Georgieva é candidata ao cargo de secretário-geral da ONU, anunciou o primeiro-ministro Boiko Borissov.
Kristalina já está publicamente em campanha e esta manhã disse ao site politico.eu, que deve ser eleita porque “ olho para o mundo em toda a sua complexidade. Tenho a habilidade de ver como as coisas se ligam”. E acredita que é melhor que Guterres para ocupar o cargo máximo da ONU porque é “implacável”.
Fonte próxima da candidatura já garantiu à VISÃO que além do apoio da Alemanha e da Bulgária, Kristalina já garantiu também o apoio da Hungria, Polónia, Letónia e Albânia, entre outros. O avanço inicial de Irina Bokova terá mesmo feito parte da estratégia do governo da Bulgária, que por questões internas preferiu não retirar força ao poder que Kristalina tem na Comissão Europeia.
O nome da comissária búlgara é o maior obstáculo para António Guterres. Além do apoio importante da Alemanha, Kristalina é uma figura muito mais próxima do perfil inicial que se tem antecipado para a nova liderança da ONU: é mulher e vem do leste europeu.
O PAPEL DE JUNCKER
E estará Juncker confortável com a candidatura da sua comissária?
O seu chefe de gabinete, Martin Selmayr, não se coibiu de nas últimas semanas ter quebrado a tradicional neutralidade da instituição num tweet para dizer que seria “uma grande perda para a Comissão, mas Kristalina será uma Secretária geral forte e deixará orgulhosos muitos europeus”.
Ao que a VISÃO apurou, o chefe de gabinete do presidente da Comissão Europeia não terá exposto este sentimento de forma tão pública sem que para isso tenha sido influenciado e instado a fazê-lo. Seja como for, a Comissão Europeia manifestou total solidariedade com aquela que fosse a decisão da Bulgária.
Para já, Jean-Claude Juncker aceitou o pedido de licença sem vencimento apresentado por Kristalina, que suspenderá as funções em Bruxelas durante o mês de outubro. Esta manhã, o porta-voz do executivo comunitário Margaritis Schinas adiantou ainda que "durante este período, Kristalina Georgieva e a Comissão Europeia vão garantir uma estrita separação entre as atividades relacionadas com a sua candidatura e o seu trabalho enquanto membro da Comissão Europeia, de forma transparente".
Enquanto estiver ausente, será o comissário alemão Gunther Oettinger a assumir as pastas do Orçamento e Recursos Humanos, que são da competência de Kristalina.
Em Junho, já se escrevia que Georgieva abordara Juncker sobre a possibilidade de ser candidata. "Posso confirmar que, na verdade, o presidente e a vice-presidente Georgieva discutiram a possibilidade de que essa questão possa aparecer", disse então a porta-voz de Juncker, salientando a "grande admiração" que o presidente tem pelo perfil da sua atual comissária. "O presidente tem uma grande admiração pela experiência internacional, capacidade de negociação e a capacidade de trabalho da senhora Georgieva, especialmente nestes tempos da crise de refugiados, em que ela organiza, a toda a hora, o orçamento necessário para que possamos gerir a crise de refugiados", adiantou.
Esta “manobra” para lançar Kristalina tem sido muito atacada pelos críticos. Mas fonte próxima da comissária lembrou à VISÃO que “as regras” permitem que esta candidatura surja apenas agora, já com cinco votações informais concluídas.
Para a semana será o teste de fogo: os membros permanentes do conselho, que têm poder de veto sobre os candidatos, terão os seus votos destacados.
Umas mãos calosas entrelaçavam o vime duro para fazer um cesto, outras esticavam a tabua, para criar o assento de uma cadeira, outras ainda seguravam o martelo para partir a casca da amêndoa ou faziam pequenos cortes com uma navalhinha no figo seco, para aí colocar as falhas de amêndoa e fazer estrelas. Mil e um ofícios e tarefas hoje quase caídas em desuso voltaram à luz do dia durante a iniciativa “Mexilhoeira Grande – A nossa cultura sai à rua”, promovida no sábado, dia 23, no adro da igreja da vila, pelo Museu de Portimão e pela Junta de Freguesia local. No largo, sentia-se o cheiro da hortelã fresca que se vendia numa das bancas, das filhoses acabadinhas de fritar e de polvilhar com açúcar e canela, ou dos biscoitos com erva doce que coziam no forno de lenha. Para molhar as gargantas, havia cerveja artesanal, chás e refrescos, vinho. No ar, a música era dos acordeãos e concertinas, dos cantares populares ou ainda dos pés dos dançarinos do Rancho Folclórico da Figueira, a bater com os pés ao ritmo das danças no estrado do palco. Para reconfortar o estômago houve papinhas de berbigão, um panelão delas, que desapareceram num ápice, servidas pelo Rancho da Figueira. E houve também muitos doces tradicionais, saídos das mãos das doceiras da aldeia, alguma delas já de certa idade. E porque os principais restaurantes e cafés da terra se juntaram à festa, houve “Comidinhas da terra” com pratinhos de petiscos a preço simbólico. À noite, a fechar esta jornada inteiramente dedicada a celebrar a cultura popular desta zona rural do concelho de Portimão, houve desfolhada…e mais música a acompanhar. O evento, integrado nas Jornadas Europeias do Património, foi organizado pelo Museu de Portimão e pela Junta de Freguesia da Mexilhoeira, contando com a parceria de associações locais, como a Associação Grão de Areia, a Santa Casa da Misericórdia da Mexilhoeira Grande, a Sociedade Recreativa Figueirense, o Clube de Instrução e Recreio Mexilhoeirense e A Rocha. Teve ainda como parceiros a ACRAL e a Rádio Alvor. À semelhança dos anos anteriores, este evento contou com o apoio de toda a comunidade, particulares e comerciantes, que se envolvem e participaram, bem como de uma equipa de voluntários que contribuiu ativamente para o sucesso da iniciativa. FOTOGALERIA
O Palácio de Belmarço, em Faro, está a ser alvo de obras de recuperação para passar a ser a sede dos negócios do empresário João Rodrigues, dono da marca de vinhos Couteiro-mor e, desde há alguns meses, presidente da SAD do Sporting Clube Farense, da qual é o principal acionista.
Segundo revelou ao Sul Informação o presidente da Câmara de Faro Rogério Bacalhau, as obras que já decorrem no emblemático Palácio de Belmarço, no centro histórico da capital algarvia, servirão para adaptar o espaço de forma a «poder acolher empresas de João Rodrigues, dono da Couteiro-mor».
«O interior do edifício está muito degradado, mas o projeto de recuperação é muito bom. Penso que dentro de um ano, ano e pouco, teremos ali um edifício emblemático renovado e devolvido à cidade, o que é muito importante. O investidor é um empresário farense, que está a investir no concelho e que quer sediar ali as suas empresas», revelou Rogério Bacalhau.
O imóvel foi comprado ao Estado em 2014 pela empresa Suburbs, de João Rodrigues, que também é a dona da marca Couteiro-Mor e da Herdade do Menir, onde está centralizada a produção de vinhos desta marca. O valor do negócio rondou os 480 mil euros.
«Tenho estado a acompanhar este processo e, pelo que sei, já estão a ser sondados gabinetes de arquitetura, tendo em conta a execução de um projeto», disse o edil farense.
Neste caso, o investimento não será do empresário João Rodrigues, embora não se saiba exatamente quem está a fazer a aposta, já que os novos proprietários do antigo centro comercial, encerrado desde 2009, não querem que a sua identidade seja revelada, para já. Ao que o nosso jornal apurou, o projeto do futuro hotel está a ser encabeçado por empresários algarvios ligados ao setor da hotelaria e restauração. www.sulinformacao.pt
(Henrique Monteiro, in Expresso Diário, 28/09/2016) A conclusão desta história poderia ser: a Justiça tarda, mas exerce-se. Infelizmente terá de ser outra: a injustiça demora muito tempo a ser corrigida. Falo de Liliana Melo, uma cabo-verdiana há 20 anos em Portugal, a quem retiraram, sem razão, os filhos, apenas pelo crime de ela ser pobre. Por vezes, as mesmas pessoas que se indignam com a pobreza e dizem não a tolerar, aplaudem quando se criminaliza a pobreza. Por vezes, as mesmas pessoas que se orgulham da sua tolerância e não discriminação aplaudem quando o Estado criminaliza certas diferenças. Escrevo sobre este tema pela quarta vez e espero que ele fique definitivamente encerrado a favor da família de Liliana Melo. Recordo que em 2012 (há quatro anos) o prédio em Mem Martins onde Liliana vivia foi cercado pela polícia a pedido da Comissão de Proteção de Menores e, entre diversas acusações inqualificáveis (uma delas era a de não recorrer ao Rendimento Social de Inserção) e recomendações bárbaras que a ‘perigosa’ mãe se recusava a seguir (laquear as trompas) por ter uma inacreditável religião (muçulmana), lhe levaram cinco dos seus filhos. Sem mais… Na primeira sentença do Tribunal, sobre a qual escrevi neste espaço em janeiro de 2013, referia: “Não há, na sentença, a prova de maus tratos, de um delito que seja. Pelo contrário, o acórdão reconhece que há afetividade entre os irmãos e entre mãe e filhos. Apenas se prova o que é evidente – que Liliana é pobre. Num assomo da mais pura desumanidade, a sentença refere que falta higiene, que – meu Deus! – a luz chegou a estar cortada por falta de pagamento! E que há um quarto para cinco crianças! E que Liliana não laqueou as trompas e ainda teve mais filhos já depois de a família começar a ser acompanhada pela assistência social.” Liliana, que na altura estava desempregada, não teve direito a defesa. Mas, perante esta desumanidade, duas advogadas (Maria Clotilde Almeida e Paula Penha Gonçalves) decidiram defendê-la de graça (pro bono). O caso era obviamente mau de mais para ser verdade. Mas foi a vergonhosa sentença confirmada na Relação com uma frase que, quando escrevi sobre o caso em abril de 2014, não sabia (e continuo sem saber) como classificar: “A falta de empenho dos progenitores em proporcionar desafogo material aos menores é por si próprio uma grande violência que legitima a decisão tomada pela 1ª instância.” Não sei se percebem que este palavreado quer dizer que os pobres têm falta de empenho em proporcionar desafogo material aos filhos. E que, apesar de os filhos terem amor familiar pelos progenitores e entre si, isso não interessa nada, face ao “desafogo material”. Escrevi essa crónica a propósito da indignação com que em Portugal se assistiu à Segurança Social inglesa retirar cinco filhos a um casal português. E afirmava: “Pela Europa fora, como se vê, o Estado arroga-se o direito de fazer o que quiser com uma família. A família, que fez o Estado, está hoje em dia às mãos do monstro que criou. Sobretudo as mais pobres.” Mas refira-se que a Relação só se pronunciou porque o Tribunal Constitucional deu razão ao caso de Liliana. Numa primeira decisão disseram-lhe que tinha recorrido fora de prazo. Como escrevi na altura, “apesar de se ter lido a sentença numa sexta-feira, sem que a visada tivesse advogado, sem que percebesse inteiramente o que estava a passar (como quase ninguém percebe aqueles ofícios arrebicados dos tribunais), [O Tribunal] negou, mais tarde, a possibilidade de recorrer da sentença, argumentando – veja-se! – tê-lo feito fora do prazo”. Portugal foi depois condenado no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, essencialmente por ter separado os irmãos (era o que estava em causa). Finalmente, revisto o processo, agora que Liliana tem de novo um emprego, a família acaba de unir-se outra vez, por decisão judicial. Liliana e as advogadas ainda não sabem se vão pedir uma indemnização ao Estado português como compensação da odisseia que passaram. Há coisas que, de facto, não têm reparação. Mas, infelizmente, não podemos dizer que tudo acabou bem. A arrogância de certos organismos do Estado perante, sobretudo, os que não têm condições materiais ou de conhecimento para se defenderem é um problema que subsiste e não se resolveu. Ao menos que o caso de Liliana sirva para os denunciar e levá-los a agir com mais humanidade e critério. (Comentário da Estátua de Sal). É raro eu ter um mínimo de consonância com o que o Henrique Monteiro escreve e publica, pelo que, quando tal ocorre, é merecido dar-lhe um especial destaque. Sobretudo neste caso em que a arrogância de classe dos agentes da Justiça contra os mais pobres se manifestou com uma violência inaudita, provavelmente achando que a pobreza da condenada os ilibaria de qualquer contraditório judicial e/ou da critica da opinião pública. Enganaram-se, e a sua criminosa decisão não ficou impune. Parabéns às duas advogadas que, apenas remuneradas pelos critérios de sanidade da sua consciência e pela proclamação e defesa dos mais elementares princípios de Justiça, se empenharam no caso e o levaram a bom porto. Elas merecem a nossa admiração e um grande louvor, até porque, a magistratura é “vingativa”, corporativa até à medula, e deverá “infernizá-las” em futuros casos que defendam. Bem hajam, as duas causídicas. estatuadesal.com
A apresentação da peça Todo Mundo marca todos os anos no verão o início do Festival de Salzburgo, a cidade barroca austríaca cujo filho mais famoso é Wolfgang Amadeus Mozart. Ao lado do teatro, o programa do festival cultural – que conta entre os mais caros e importantes do mundo – inclui também inúmeros concertos e encenações de óperas. Todos os anos, mais de 6 milhões de visitantes acorrem aos eventos: hóspedes bem-vindos, pois os negócios ligados ao turismo são responsáveis por cerca de um quarto de toda a renda da cidade. Em 1920, por ocasião do primeiro festival, os hóspedes ainda não eram tão bem aceitos, como mostra um registro da época: "01/07/1920 – O governo estadual de Salzburgo determinou uma restrição das visitas de estranhos e a direção do Festival de Salzburgo comprometeu-se a não fazer nenhuma propaganda das apresentações em cidades estrangeiras. Trens especiais, em direção a Linz, Viena, Zell am See e Bad Ischl, deverão fazer com que os hóspedes partam sem delongas". O motivo para a postura pouco hospitaleira do município era a precária situação de abastecimento. A Primeira Guerra Mundial deixara sequelas, havia inflação, falta de material de calefação e falta de alimentos: foi nessa época pobre que o festival – hoje tão pomposo – teve o seu ponto de partida. Planos demoraram a ser concretizados É longa e complicada a história que precedeu o surgimento do festival. Desde os planos iniciais, que datam da época anterior à Primeira Guerra, a concretização sempre foi estorvada por querelas em torno de concepções e competências, mas principalmente pela escassez crônica de verbas. Em 1918, o lendário dramaturgo Max Reinhard entusiasmou-se com a ideia do festival. Na sua juventude, Reinhard trabalhara no Teatro de Salzburgo, antes de fazer grande carreira em Berlim. Com seu amigo e colaborador, o poeta Hugo von Hofmannsthal, Reinhard desenvolveu o conceito de fazer o teatro retornar à tradição medieval e da Antiguidade: apresentações não apenas para os cultos e ricos habitantes das grandes cidades, mas para todo o povo. Nada calhava melhor do que a peça alegórica Todo Mundo, de Hofmannsthal, com a sua linguagem simples e sua moral mais do que óbvia. A Morte e o Diabo aparecem pessoalmente, da mesma maneira que a Fé e o Dinheiro: "Quem é você? Não conhece a minha cara? Sou a sua riqueza, o seu dinheiro, o que é tudo para você neste mundo". Cenário ideal A encenação também deveria romper as limitações do teatro convencional. Reinhard aproveitou a Catedral de Salzburgo como cenário, improvisando um palco de madeira diante dela. A encenação da peça começou no final da tarde e terminou no crepúsculo. Os atores participavam da ação também no meio do público, os clamores de "Todo Mundo!" ressoavam do Castelo Hohensalzburg, órgão e coral podiam ser ouvidos da catedral. "Clamo por vós no momento derradeiro. Oh Deus eterno, oh meu Salvador, ajudai-me, se o inimigo infernal insistir em aparecer por aqui." E quando, na cena final, Todo Mundo se arrepende e é salvo das garras do Diabo, soaram os sinos da catedral e uma revoada de pombos cobriu o céu.
O então maior navio de passageiros transportava 2.285 pessoas
O transatlântico Queen Elizabeth foi fabricado no estaleiro John Brown, no Rio Clyde, perto de Glasgow. Só que o lançamento às águas do então maior navio de passageiros do mundo aconteceu numa época não muito propícia. O início da Segunda Guerra Mundial, no ano seguinte, levou por água abaixo (pelo menos temporariamente) os planos da companhia de navegação Cunard Line.
Os últimos detalhes da embarcação foram montados às pressas e a pintura substituída por uma camuflagem, para o transporte de tropas na guerra. O navio era uma verdadeira obra-prima da navegação: 314 metros de comprimento, 36 metros de largura e mais de 83 mil toneladas de peso.
Foi necessário esperar a enchente de fevereiro de 1940 para deslocar o navio sem tocar o fundo do rio. Para protegê-lo de minas, o Queen Elizabeth foi desmagnetizado e navegou sem iluminação.
Estratégia antinazista
No dia 2 de março de 1940, tomou rumo para Nova York, escoltado por destróieres da Marinha. Para despistar os submarinos inimigos alemães, foi organizada uma partida falsa. Centenas de pessoas se aglomeraram no porto, malas e caixas com supostos mantimentos foram empilhados no cais. E os submarinos de Hitler caíram na armadilha. Eles mobilizaram em vão seus bombardeiros, pois o Queen Elizabeth há muito já estava fora do alcance.
Cinco dias depois, o transatlântico aportava em Nova York, onde já estava o navio-irmão Queen Mary, que era menor e mais rápido. Quatro anos mais velho que o Elizabeth, o Mary também estava sendo camuflado e equipado para o transporte de tropas na Austrália.
'O maior navio do mundo' teve uma história movimentada e acabou vítima das chamas. Na foto, ele em NY
Alguns meses mais tarde, o Elizabeth estava prestando serviço em Cingapura, para depois transportar soldados australianos até o norte da África. Finalmente, em março de 1946, o Queen Elizabeth começou as atividades para as quais havia sido concebido: os cruzeiros marítimos.
Tanto o Queen Mary como o Queen Elizabeth viveram seu auge principalmente graças aos ex-soldados, que conheceram as embarcações em outras circunstâncias e agora pretendiam realmente desfrutar do luxo e do conforto de um transatlântico.
Concorrência do avião
Os navios começaram a tornar-se um negócio altamente lucrativo para as companhias marítimas. Para garantir lugar, as cabines de primeira classe tinham que ser reservadas com um ano de antecedência. Nos primeiros anos da década de 1960, entretanto, cada vez mais pessoas passaram a viajar da Europa à América de avião. Os enormes hotéis flutuantes começaram a ficar vazios.
Tentando reverter esta situação, em 1965, a Cunard Line resolveu reformar completamente o Queen Elizabeth para torná-lo ainda mais atraente. Como estes esforços fossem em vão, o navio foi retirado definitivamente de circulação. Sua última viagem sob bandeira britânica aconteceu em outubro de 1968, com destino aos Estados Unidos. Mas, devido à falência do grupo que iria usá-lo para fins turísticos na Flórida, o transatlântico foi comprado num leilão por um chinês.
Seus planos eram transformar o transatlântico numa universidade flutuante. Durante a reforma total que a embarcação estava sofrendo em Hong Kong, entretanto, um incêndio a destruiu completamente, levando o Queen Elizabeth a pique no dia 9 de janeiro de 1972.
A Google celebra, esta terça-feira, 18 anos. Conheça 18 curiosidades e truques desta gigante que atingiu agora a maioridade.
A Google, hoje uma das maiores companhias de tecnologia do mundo, começou por ser apenas um projeto de Larry Page e de Sergey Brin, em 1996, quando ainda estudavam na Universidade de Stanford, na Califórnia. O motor de busca começou por se chamar BackRub e só em 1997 é que ficou registado como Google.
Como não podia faltar, o doodle – animação do motor de busca que faz referência, através de ilustrações, a datas importantes – não deixou passar a data e dá os parabéns à empresa.
Para marcar esta data, deixamos 18 curiosidades, truques e dicas sobre a empresa e o motor de busca mais conhecido da Internet.
O início do Google Doodle
O primeiro doodle da empresa, criado em 1998, foi desenhado pelos próprios criadores da empresa, Larry Page e Sergey Brin, para alertarem os utilizadores no caso dos servidores irem abaixo.
Pesquisas tortas
A Google tem o hábito de criar pequenos truques em tudo o que faz. O motor de busca não é diferente e está repleto daquilo a que a companhia chama de “easter eggs” (Ovos da Páscoa). Um deles surge quando pesquisa “askew“. Ao fazer esta pesquisa, a página surge um pouco inclinada.
Google para fãs de Star Trek
Para aqueles que gostam de Star Trek, a Google tem uma surpresa que talvez não conheçam. Existe um sitesemelhante ao motor de busca original mas escrito na língua dos Klingons.
Vamos jogar no Google?
Se pesquisar nas imagens do Google por “atari breakout“, um jogo bastante famoso, vai ficar surpreendido. As imagens começam a encolher e está agora a dar início ao jogo.
Armazenar tudo dentro de uma caixa feita de LEGO
Em 1996, quando o gabinete da empresa era algo tão básico como uma garagem, o primeiro equipamento de armazenamento eram dez unidades de discos de 4GB (na altura era já algo de topo) que estavam armazenados numa estrutura feita de LEGO. Assim era fácil de expandir e também saía muito mais barato.
Um temporizador e um cronómetro sempre à mão
Já lhe aconteceu precisar de cronometrar algo ou então precisar de um temporizador para não deixar queimar o almoço, enquanto anda a navegar pela Internet? O Google ajuda. Pesquise “set timer for” e introduza o tempo que precisa. Depois de iniciar a pesquisa inicia também a contagem decrescente.
Não só conta o tempo como também faz contas
Claro que se consegue criar um temporizador também é capaz de o ajudar com contas. Sempre que precisar de uma calculadora, só tem de pesquisar a conta que precisa de realizar e, automaticamente, surge uma calculadora nos resultados de pesquisa.
Até anda à roda
Este truque só funciona utilizando o navegador da empresa. Abra o Google Chrome e pesquise “do a barrel roll“. É algo que o deixa às voltas com a situação.
Com tudo isto o Google também fica louco
Se quiser ver como pode afetar o Google é só pesquisar “Google Louco” e escolher a opção “Sinto-me com Sorte“. O motor de busca nem vai saber o que lhe aconteceu.
Cabras em vez de químicos para cortar relva
Em 2009, a empresa decidiu alugar 200 cabras a uma companhia em Mountain View. Mas para que queria a Google tantos animais? Simplesmente para cortar a relva no campus da empresa. Em vez de utilizarem químicos, optaram pelo método mais natural.
Dois milhões por segundo
A cada segundo que passa, os números apontam para cerca de dois milhões de pesquisas. É um elevado número para cada segundo que passa.
Sinto-me com Sorte
O botão “Sinto-me com Sorte” presente no motor de pesquisa da companhia custa cerca de 110 milhões de dólares por ano. Mas como pode um botão custar tanto? Simples. Ao utilizar este método de pesquisa não surge qualquer publicidade associada à pesquisa em questão.
O primeiro tweet tinha de ser diferente
Como quase todas as empresas, também a Google está pelo Twitter. O primeiro post teve de ser diferente e original, como não podia deixar de ser.
Primeiro logótipo
O primeiro logótipo da empresa tinha o tipo de letra Baskerville Bold e foi criado no programa de edição de imagem GIMP. Entre setembro e outubro de 1998 vigorou este logótipo e depois sofreu uma pequena alteração, aparecendo com sombras e um “!” no final. Este segundo foi a imagem de marca do motor de busca de outubro de 1998 a maio de 1999.
A mudança do tipo de letra
O tipo de letra foi mudando ao longo dos anos no logo da empresa e passou a ser mais arredondado. A última alteração foi recente, tendo ocorrido a 1 de setembro de 2015.
Tragédias não têm cores
Quando acontece ou é recordada alguma tragédia, a Google substitui o logótipo clássico por uma versão incolor. Esta mudança pode durar dias inclusive. A primeira vez que foi utilizado foi na Polónia, em 2010, após o acidente de avião que matou o presidente Lech Kaczyński.
Simples e rápido
A página inicial do motor de busca da Google é simples e básica por uma razão. Esta é a página que carrega mais rapidamente na Internet.
Uma das melhores empresas para se trabalhar
A Google é considerada, há vários anos, uma das melhores empresas para se trabalhar. Uma das vantagens é a liderança baseada na comunicação entre a empresa e os colaboradores assim como a satisfação dos funcionários em relação às chefias, aos locais de trabalho e ainda à liberdade na execução das suas funções.
Uma investigação levada a cabo pelo The Telegraph revelou que Sam Allardyce estava disposto a receber 400 mil libras anuais em troca de conselhos sobre como evitar as regras da Football Association. Sam Allardyce está a ser investigado pela Football Association (FA), o organismo dirigente da associação de futebol inglesa, depois de uma investigação levada a cabo pelo jornal The Telegraph ter revelado que o selecionador inglês estava disposto a receber 400 mil libras em troca de conselhos sobre como evitar as regras da FA, para a qual trabalha. Depois de uma investigação de dez meses, os jornalistas do Telegraph, disfarçados de emissários de uma empresa do oriente, conseguiram convencer Allardyce a reunir-se com eles em Singapura e Hong Kong. Nas duas reuniões, o treinador da seleção inglesa explicou aos empresários como é que podiam evitar as normas da FA que proíbem que uma terceira entidade possuir uma percentagem de um jogador. Durante os dois encontros, que duraram cerca de quatro horas, Allardyce garantiu aos jornalistas disfarçados que era fácil ignorar as regras introduzidas em 2008 pela FA, e que muitos consideram ser sinónimo de “escravatura”. Aos “empresários”, Sam Allardyce, conhecido em Inglaterra como “Big Sam”, afirmou que há agentes que “estão sempre a fazê-lo” em Inglaterra. “É possível evitá-las [as normas]”, disse, referindo que o dinheiro não parecia ser um problema para os emissários. As conversas foram captadas em vídeo pelos jornalistas. A proposta avançada pelos jornalistas previa que Allardyce viajasse a Singapura e Hong Kong quatro vezes por ano para aconselhar os investidores da empresa oriental que pretendiam comprar jogadores de futebol em Inglaterra. Em troca, receberia 400 mil libras por ano (cerca de 461 mil euros). A Football Association já decidiu, na tarde desta terça-feira, afastar Allardyce do cargo de treinador da seleção inglesa, após uma reunião em que se analisou “todos os factos relacionados com o caso”, aponta o The Guardian. Esta não é a primeira vez que Sam Allardyce, que assumiu o cargo de selecionador há dois meses, é acusado de aceitar subornos. Em 2006, uma investigação levada a cabo pelo programa “Panorama” da BBC mostrou que Allardyce e o seu filho, Craig, estavam dispostos a aceitar um valor anual de três mil libras (cerca de três mil euros). Sam Allardyce, de 61 anos, foi jogador de futebol durante 21 anos. Depois de abandonar a liga inglesa, onde jogou durante praticamente toda a sua carreira, dedicou-se à gestão de jogadores. Depois, assumiu o cargo na seleção inglesa em julho de 2016, sucedendo a Roy Hodgson. Na altura, disse sentir-se “extremamente honrado”, descrevendo a posição como “o emprego que sempre quis”.
A Direcção Regional do Alentejo do PCP, (DRA) reunida no dia 27 de Setembro, analisou a situação política e social na região, a preparação do XX Congresso do Partido e o andamento das acções e iniciativas em curso e fez o balanço da 40º Festa do Avante!.
A DRA do PCP valoriza o grande êxito da 40ª Festa do Avante! e a presença do Alentejo, e saúda os membros do Partido, os democratas, os milhares de alentejanos e alentejanas que a ergueram e nela participaram. Festa do Avante!, encontro de várias gerações é também a festa da democracia e da juventude, a 40ª Festa do Avante constitui durante três dias um espaço de liberdade, de convívio, de fraternidade e de cultura expressando os valores do Portugal de Abril.
A DRA do PCP releva também a intensa actividade política do conjunto do Partido na região com destaque para a campanha “Mais direitos – Mais futuro – Não à precariedade” e as acções de prestação de contas CDU em vários concelhos, que permitiram o contacto com milhares de trabalhadores e população em geral, bem como a presença através de pavilhões próprios nos diversas eventos realizados na região.
A DRA do PCP destaca o conjunto de lutas desenvolvidas pelos trabalhadores como na AIS em Montemor e na Keyplásticos, em Vendas Novas, a greve dos enfermeiros em Beja e as lutas das populações em defesa do Serviço Nacional de Saúde e contra a falta de médicos, enfermeiros e auxiliares de acção médica em Portel, Viana do Alentejo e Mourão, e na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano num quadro do contínuo agravamento das condições de acesso ao direito constitucional à saúde e enaltece a sua determinação em repor e conquistar direitos.
A DRA do PCP alerta para a continuação da política que visa a municipalização da saúde, da educação, e da cultura, com a consequente desresponsabilização do Estado e apela à resistência e à luta contra esta tentativa agora encapotada. A DRA do PCP considera que é estranha a opção do governo assinalar a abertura do ano lectivo em Évora na EPRAL que é uma escola privada gerida por uma dirigente do PS.
Perante a permanente ameaça de sanções por parte da União Europeia, no qual se insere a suspensão dos fundos comunitários, a DRA do PCP, para além de denunciar os elementos de diversão da política espectáculo que alguns teimam em prosseguir e a pressão que o grande capital nacional, associado aos centros de decisão da U.E. desenvolvem, exige medidas concretas que corrijam as opções do chamado Alentejo 2020, com vista a salvaguardar os interesses da região e a promover o seu desenvolvimento.
A DRA do PCP, perante a campanha propagandistica em torno do olival intensivo e super-intensivo, considera que apesar dos resultados imediatos em termos de aumento da produção, se acentua a concentração e o domínio da terra e destas explorações em grande parte pelo capital estrangeiro, associado ao capital nacional, o recurso a trabalho precário e mão de obra barata, o esmagamento dos preços à produção dos pequenos agricultores pelas grandes superfícies e tende a introduzir em milhares de hectares a monocultura do olival, com consequências e efeitos nefastos a prazo designadamente ambientais e de aptidão para a produção futura.
A DRA do PCP regista os resultados do incremento da actividade turística no Alentejo, manifesta preocupação quanto à elevada percentagem de trabalho precário e de baixos salários no sector e com eventuais alterações na organização e responsabilidade das estruturas que possam por em causa o futuro do turismo na região.
A DRA do PCP apela aos membros do Partido, aos activistas, aos democratas e patriotas alentejanos para que no quadro do apelo lançado pelo movimento AMALENTEJO, na sequência do seu Congresso, se empenhem na recolha de assinaturas com vista à petição dirigida à Assembleia da República, para a criação da Comunidade Regional do Alentejo.
Olhando para o presente, com os olhos postos no futuro, a DRA do PCP, apela a todos os militantes que se empenhem na concretização da segunda fase da campanha «Mais direitos – Mais Futuro – Não à precariedade!», na Acção Nacional de Esclarecimento a decorrer entre 29.9 e 15.10, e na preparação do XX Congresso do Partido que se realiza nos dias 2,3 e 4 de Dezembro em Almada, participando activamente no debate contribuindo com a sua reflexão e experiência e prosseguindo a campanha de reforço do Partido – Mais Organização, Mais Intervenção, Maior Influência – Um PCP Mais Forte.
Alentejo, 27 de Setembro 2016 | A Direcção Regional do Alentejo
O Pingo Doce não respeita os Direitos dos trabalhadores e faz da vida dos trabalhadores um inferno!
O Pingo Doce apresentou 33 milhões de Euros de lucros em 2015, mas mesmo assim, recusa-se a negociar o Caderno Reivindicativo apresentado à empresa pelo CESP em representação dos trabalhadores que contém, entre outras, a reivindicação:
· Exigimos aumentos salariais para todos os trabalhadores;
· O fim do “banco de horas”;
· O respeito pelos horários de trabalho e dias de descanso semanais (dois dias e consecutivos), com afixação nos prazos legais e acabar com as constantes alterações que põem em causa a vida pessoal e familiar dos trabalhadores;
As imagens aqui apresentadas são de lojas Pingo Doce de Lisboa e do Porto.
"A Líbia está cada vez mais dividida e ingovernável. Alastra a guerra entre facções rivais pelo controlo do petróleo. Aumenta a ingerência estrangeira. Aviões norte-americanos bombardeiam há dois meses Sirte. A Itália vai mandar militares para o terreno. Pela primeira vez são enviados militares para o terreno em missão permanente, juntando-se às forças especiais dos EUA, Grã-Bretanha e França que operam na Líbia em acções encobertas."
A Líbia está cada vez mais dividida e ingovernável. Alastra a guerra entre facções rivais pelo controlo do petróleo. Aumenta a ingerência estrangeira. Aviões norte-americanos bombardeiam há dois meses Sirte. A Itália vai mandar militares para o terreno.
Tropas do general Khalifa Haftar, ligado às autoridades de Tobruk, no Leste, conquistaram na semana passada quatro terminais do «crescente petrolífero» líbio, uma zona estratégica para a economia do país, até agora controlada pelo Governo de Unidade Nacional (GUN), com base em Trípoli e apoiado pelos EUA e aliados.
O «crescente petrolífero» estende-se por uma baía do Nordeste líbio e inclui os importantes terminais de Ras Lanouf e Sidra, além do porto de Zueitina, encerrado, e de Marsa Brega, que funciona esporadicamente. Estes locais eram defendidos pelos Guardas das Instalações Petrolíferas, uma milícia do Leste que ainda neste Verão tinha jurado lealdade ao GUN, reconhecido pelas Nações Unidas.
Logo após a ocupação das instalações petrolíferas, tanto o enviado especial da ONU para a Líbia, Martin Kobler, como os EUA e potências europeias (Grã-Bretanha, Alemanha, França, Itália e Espanha) multiplicaram declarações exigindo a retirada sem condições de todas as forças armadas da zona, o cessar-fogo imediato, o reconhecimento de GUN como o único governo do país e a abertura de negociações entre as facções.
Kobler, em Nova Iorque, reconheceu que o general Haftar «deve desempenhar um papel no futuro da Líbia» e reclamou a presença de observadores internacionais em solo líbio, provenientes da Liga Árabe e da ONU, bem como o regresso dos embaixadores de diferentes países que se encontram «temporariamente» na vizinha Tunísia.
O chefe do GUN, Mohamad Fayez al-Serraj – instalado numa base naval em Trípoli – apelou também ao diálogo político com o parlamento de Tobruk e afirmou não estar disposto a governar apenas parte da Líbia e a manter uma guerra contra a outra parte «por razões políticas, ideológicas ou regionais».
Em resposta, o Exército Nacional Líbio, de Haftar, indicou que a operação militar destinou-se a «proteger as pessoas e a sua riqueza contra a corrupção». E prometeu as tropas se manterão apenas na protecção das instalações petrolíferas, cuja gestão voltará para a Companhia Nacional do Petróleo, para que possa retomar e aumentar as exportações. Há cinco anos, antes da destruição do país pelas potências ocidentais, a Líbia exportava por dia um milhão e 600 mil barris de petróleo. As exportações caíram hoje para 200 mil barris diários.
Khalifa Haftar, um antigo companheiro de Muhamar Kadhafi, esteve refugiado nos EUA durante duas décadas, desde 1991, protegido pela CIA. Regressou à Líbia, entrando por Benghazi, no Leste, em 2011, durante a agressão da NATO, e desde então tem procurado impor a supremacia militar das suas forças, armadas e financiadas pelo Egipto, o maior aliado norte-americano no Norte de África.
Fomentar a guerra e doar um hospital
Este revés militar, político e económico do GUN evidencia a divisão da Líbia entre as regiões do Oeste e do Leste, cada uma delas com as suas «autoridades» e forças armadas, disputando o controlo do petróleo.
Ocorre quando as milícias governamentais continuam a tentar conquistar Sirte, um bastião do auto denominado «Estado Islâmico» (EI). A batalha trava-se há cinco meses e, desde finais de Julho, a força aérea dos EUA apoia o GUN bombardeando incessantemente posições dos jihadistas sitiados.
Os aviões norte-americanos saem das bases militares da NATO em Itália, cujo governo autorizou os EUA a utilizá-las para esse fim – tal como em 2011, na missão «humanitária» que conduziu ao derrube do regime de Kadhafi e à destruição do Estado líbio.
Além disso, a Itália é o primeiro país ocidental a colocar forças militares na sua antiga colónia. A ministra da Defesa, Roberta Pinotti, anunciou a construção «imediata» de um hospital de campanha junto do aeroporto de Misrata e o envio de cerca de 300 militares, entre pessoal médico e de enfermagem, de apoio logístico e de protecção, apoiados por um avião e um navio de guerra.
Pinotti insistiu em Roma, perante congressistas e senadores, que «não se trata de uma missão travestida de humanitária» mas de um hospital de 50 camas para tratar dos milicianos que combatem o EI. E esclareceu que esta «Operação Hipócrates» se faz a pedido do GUN ao governo de Matteo Renzi.
Sabia-se já que forças especiais dos EUA, Grã-Bretanha e França operam na Líbia, em acções encobertas, mas é a primeira vez que são enviados militares para o terreno em missão permanente.
A lida de hoje está tão carregada que o tempo para inventar é curto.
Num tempo em que os professores e o seu trabalho, por boas e más razões, está sob permanente escrutínio, permitam-me recuperar uma história velha que aqui já tinha poisado.
Um dia, numa escola de miúdos pequenos, começa a ouvir-se ao longe o ruído da trovoada, os miúdos vão prestando atenção e a ganhar alguma inquietação à medida que se aproximava aquele barulho profundo. Para maior impacto a trovoada chegou mesmo pertinho.
Todos estavam assustados e o Nelson então, estava mesmo com medo. A professora tentou aquietar aquela aflição o que aconteceu. É certo que o afastamento da trovoada foi um forte contributo para o sucesso da sua acção.
Algum tempo depois, a mãe do Nelson contou à professora que uma noite, de novo, a trovoada veio de longe e à medida que se aproximava o Nelson ia ficando mais assutado.
A mãe tentou ajudar e acalmar mas o Nelson pediu, “Mãe, telefona à minha professora, ela é que sabe de trovoadas”.
Gosto de acreditar que os professores, na sua totalidade (ou quase), são percebidos pelos miúdos como pára-raios para as trovoadas que a vida lhes coloca por cima, não as evitam mas ajudam a proteger e a entendê-las.
Decorreu hoje um plenário e concentração de trabalhadores do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, onde exigiram o pagamento das horas de qualidade em dívida e convocaram greve.
Assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos de diagnóstico terapêutico do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (EPE) realizaram hoje um plenário e uma concentração no Hospital de S. Francisco Xavier exigindo o pagamento das horas de qualidade, que não foram pagas no período de 2007 a 2013, e a contratação de mais trabalhadores, denunciando que os serviços estão a funcionar com os mínimos e com excessivas horas extraordinárias.
Depois do Conselho de Administração ter retirado aos trabalhadores da saúde as horas de qualidade, consagradas na Lei 62/79, estes exigiram a sua reposição. Depois de vários plenários e reuniões com o Conselho de Administração (CA), este comprometeu-se a pagar as horas em falta, estabelecendo um plano de pagamento que começaria em Julho. No entanto, as horas começaram a ser pagas apenas aos enfermeiros, sendo que os restantes trabalhadores continuam sem receber o que é devido.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA), depois de promessas sobre o pagamento até 21 de Setembro, tal não aconteceu. Depois da convocação deste plenário «de rua», o CA interpelou o delegado sindical para prometer que o pagamento iria ser feito em Outubro e sugerir que o plenário fosse realizado entre portas.
Os trabalhadores não cederam e realizaram o plenário e a concentração, onde decidiram marcar uma greve de 24 horas para o dia 24 de Outubro, que será realizada se a empresa não cumprir antes o pagamento, e greve ao trabalho extraordinário até serem contratados os trabalhadores necessários.
O sindicato denuncia a sobrecarga de horas extraordinárias a que estão sujeitos os trabalhadores e revela que vários estão de baixa médica pelo cansaço.
Morreu Shimon Peres,criminoso de guerra, o homem que mais crianças e palestinianos assassinou. Com falta de respeito e vergonha pelos cidadãos do mundo foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz pela fundação a soldo do imperialismo e do capital
José Gomes Ferreira, também conhecido por Medina Carreira dos Pequeninos, foi o escolhido por mim para o regresso da Caderneta de Cromos.
O raciocínio deste cromo é simples: cortar nas pensões, nos salários e nas reformas é necessário, por causa da crise.
Taxar valores patrimoniais acima de 500 mil euros é infâmia.
Irritam-me estes gajos pequeninos. A tal ponto, que se um dia tivesse poder retirava-os das Cadernetas de Cromos e punha-os numa jaula a pão e água durante um ano.
Estes jornalistas com alegada formação em áreas económicas, cumprem o seu papel de fazer fretes a quem lhes paga, mas palpita-me que um dia acabam a escrever livros como o do Saraiva.
Não vou, de momento, apreciar esta ou aquela proposta concreta sobre o IMI que devem pagar os partidos. Mas parece-me claro que há, a propósito do IMI, um debate inquinado a ganhar corpo. Por quê? Porque o pior da política é a tentativa de ir na onda da destruição das instituições que trabalham na causa pública. Podemos criticar os partidos, os sindicatos, os parlamentos, os executivos, as confederações patronais ou de pais, os ambientalistas e mais alguma coisa. Temos o direito, e talvez mesmo o dever, de lhes aplicar cada vez mais rigorosos critérios de avaliação da qualidade do seu trabalho e da relevância do seu contributo para o bem comum. Mas não faz sentido pretender tratar instituições que fazem parte do necessário equipamento do funcionamento da República como se elas fossem como qualquer particular ou como qualquer empresa. Dizer que é uma questão de justiça que obedeçam às mesmas regras que qualquer cidadão ou empresa, pode ir na onda do ar do tempo - mas é pura demagogia. Não, não é pura demagogia: é demagogia a servir um propósito político mais vasto: enfraquecer as estruturas da coisa pública, tratando-as como particulares ou negócios em competição, para que os interesses privados tenham menos contraponto na força das estruturas do colectivo. Infelizmente, essa desvalorização das estruturas dos colectivos também aparece em discursos que se pretendem democráticos ou até de esquerda. Só que, quando chegar o dia da esquerda cavalgar as teses do populismo da direita, teremos razões acrescidas para nos preocuparmos. Um jornal noticia que a sede dos centristas não paga IMI por ser da Igreja e que o partido paga mil euros por mês pelo palacete do Caldas. E que os comunistas teriam muito a pagar se se estendesse o IMI aos partidos. Assim sem ir verificar os dados, pergunto: qualquer partido terá direito a uma rendinha barata, ainda por cima a coberto dos privilégios de uma confissão religiosa interpretados de forma abrangente? E pergunto ainda, neste caso sobre o PCP: já esqueceram, por exemplo, que a quinta onde fazem a Festa do Avante foi comprada depois de entidades públicas terem, por manifesta intenção de prejudicar os comunistas, tentado empurrar esse evento anual para fora dos espaços públicos? Bem sei que é mais cómodo passarmos ao lado destes assuntos, porque qualquer um, mesmo que não seja capaz de compreender como se joga o jogo do galo, julga ser perito em dizer mal dos partidos e dos políticos. Mas não me acomodo: o ataque aos partidos é um ataque aos poderes públicos em democracia e uma maneira de fortalecer relativamente o poder dos privados e dos que não prestam contas a ninguém em relação ao bem comum. E a demagogia que visa, de forma oportunista, favorecer alguns partidos e prejudicar outros sob o manto da "justiça", é uma iniquidade.
As demolições na Ilha do Farol estão aí, e como sempre afirmamos que os camaleões de 4 patas e de 2 patas, só serviriam para enganar e desmotivar as pessoas da verdadeira luta que deviam travar, contra as demolições que era a defesa da Ria Formosa e pela igualdade de tratamento. Sempre afirmamos que o poder seja ele PSD/CDS seja PS iriam tentar dividir as pessoas, para não envergar pela verdadeira luta,que devia ser a a revisão do POOC Vilamoura Vila Real de Stº António,e o fim da poluição da Ria Formosa.
A divisão foi estudada e foi executada por este governo PS, de António Costa e de António Miguel Pina o tal presidente da CMOlhão, tal que se armou em defensor do ambiente com o argumento da defesa dos camaleões, enquanto o governo foi PSD/CDS, mas que se calou por receber ordens superiores para se calar, assim que António o Costa formou governo.
Assim que Antóniuo Costa frmou governo, logo começaram a prometer mundos e fundos para o núcleo da Ilha da Culatra de modo a dividir a luta, está confirmada a divisão e as demolições voltam à ordem do dia desta vez pela mão do PS, com as promessas vãs de salvaguarda do Núcleo de pescadores da Ilha da Culatra..
Enquanto isso na Fuzeta o empreendimento o DELMAR VILAGE foi construido praticamente dentro de agua, e o empreendimento "Viver a Ria" de um camarada do PS, continua a construir em Domínio Publico Marítimo e sem o obrigatório titulo de utilização do Domínio Publico Hídrico. Será que tal infracção ao POOC, é perdoada devido a esse ex.presidente de uma autarquia do Algarve ser camarada de partido, de António Costa e ter projecto aprovado plea CMOLhão do qual o camaleão mor António Miguel Pina é presidente?
As pessoas devem escolher um lado da barricada que é lutar ou o outro que é continuar a acreditar em quem está sempre de sorriso na boca e a prometer tudo e mais alguma coisa para depois lhes espetar a faca nas costas!
Não foi por acaso que esse camaleão mor António Miguel Ventura Pina o ainda presidente da CMOlhão, faltou ontem aos protestos em Portimão, pois sabe se aparecer nos protestos públicos o PS tira-lhe o tapete e já não será candidato do PS às próximas eleições autárquicas de 2017. O PS que diga às pessoas a que grupos poderosos, vão vender ou concessionar as Ilhas do Farol Hangares e Culatra, pois o mesmo se passou em Troia, onde em nome do ambiente nada se podia,correndo com os pescadores do local, para depois construírem os Hoteis de luxo os Resorts fechados e Marinas.
Organizem-se e lutem não só em defesa das casas mas em defesa da Ria Formosa da democracia e da igualdade de tratamento. P.S.
O seguinte documento foi roubado da página do f.b. a uma das pessoas que nunca acreditou nas promessas desses políticos, que fazem da boca cu e assim que passaram as eleições e depois de eleitos voltam com a palavra atrás.
ANTES DE SEREM VEDETAS NA INTERNET OS GATOS ACOMPANHAVAM OS VIKINGS CONQUISTANDO O MUNDO
Um novo estudo revelou que antes que os gatos se convertessem no animal doméstico mais popular do mundo superando os cães com um total de mais de 600 milhões no mundo e antes de invadirem a Internet com seus memes, já tinham espalhado seus genes a bordo de barcos vikings.
O estudo realizado pela pesquisadora Eva Maria Geigl, do Instituto Jacques Monod, analisou o DNA dos pequenos felinos e revelou que os gatos primeiro foram domesticados no Oriente Médio e Egito (onde também reinaram) há 15 mil anos.
Antes de conquistar a Internet, os gatos navegaram com os vikings conquistando o mundo Numa primeira onda de expansão, os gatos foram adotados provavelmente em comunidades de agricultores, onde poderiam ter ajudado a evitar pestes de ratos atraídos pelos grãos das sementes.
Uma segunda onda de expansão dos gatos foi atribuída a povos que empreenderam viagens marítimas, entre eles os vikings, que aparentemente receberam os felinos com os braços abertos, talvez também para mitigar uma população de ratos em suas explorações bélicas, ainda que sempre exista a possibilidade de que inclusive os vikings foram suscetíveis a seus misteriosos encantos.
O festival Burning Man acontece desde 1986 todo ano no deserto de Nevada nos Estados Unidos. Pessoas nuas, esculturas gigantescas, barracas criativas, carros decorado e quase 50 mil pessoas com o único objetivo se expressarem.
Desde 2014 o fotógrafo Victor Habchy participa do festival Burning Man deixando sua câmera capturar uma atmosfera surreal.
Suas fotos documentam a criatividade que se desenrola no deserto de Nevada como um sonho fantástico que ganha vida, mostrando que o ângulo correto e o clique na hora certa podem mostrar um mundo muito mais amplo do que o que notamos.
Além de tudo, Habchy, que é daltônico, demonstra uma capacidade para nos mostrar momentos da humanidade em um cenário que até parece pós-apocalíptico, com pessoas correndo, brincando, dançando e se abraçando.
“Nunca na minha vida eu experimentei mais amor, mais liberdade e mais auto-expressão. Este lugar reúne tudo o que resta dos sonhos humanos e utopia, e como, por todos os meios individuais, poderíamos trabalhar juntos para construir um mundo melhor“.
(Por Anticapitalista, pseudónimo, em comentário na Estátua de Sal)
Passos Coelho, pelo Relvas ajudado Em poucos anos subiu a um alto lugar, Perdeu agora a sua pena de voar, Ganhando a dura pena do derrotado. Já não tem no partido, nem no aliado, Asas suficientes com que se sustenha: Pobre do Pedro, não há mal que lhe não venha. Travestiu-se de PàF, p’ró Povo ludibriar, Mas, nas urnas, desta vez saiu derrotado, E, sentindo que assim ficou desasado, Sabe agora que para poder regressar Ao poder, e mais pertinho do pote ficar, Já nem de Belém poderia vir mais lenha Pobre do Pedro, não há mal que lhe não venha. E agora, que mereceu ser convidado – Pra apresentar um “monte de pura bosta”, Por má fortuna, triste e reles aposta –, Ou p’lo Diabo, que tinha anunciado, Viu-se, cobardemente, a ser obrigado A roer, da palavra a leve entranha: Pobre do Pedro, não há mal que lhe não venha! estatuadesal.com
O diretor do FBI, James Comey, avisou para a possibilidade de se produzir uma "diáspora" de combatentes do grupo extremista autoproclamado Estado Islâmico. Durante uma audição no Senado norte-americano, Comey previu que esta evolução se possa concretizar, à medida que aquele grupo for perdendo território na Síria e no Iraque, em resultado da campanha militar que está a ser feita contra ele. "Nem todos (os combatentes do grupo) vão morrer no campo de batalha da Síria e do Iraque. Vai haver uma diáspora de terroristas como nunca vimos, o que ocorrerá nos próximos dois a cinco anos", disse Comey, ao responder a questões dos membros do comité senatorial de Segurança Nacional. "Temos de nos preparar, nós e os nossos aliados na Europa Ocidental, para enfrentar esta ameaça, porque quando o Estado Islâmico for reduzido a um grupo insurgente, então os assassinos tratarão de ir para a Europa Ocidental e para aqui (EUA) e matar pessoas inocentes", previu. Também ouvido hoje pelo mesmo comité senatorial, o secretário da Segurança Nacional, Jeh Johnson, adiantou que a diáspora já começou. "Temos-lhe feito alguns estragos, mas as abelhas assassinas continuam a deixar a colmeia. Estão a criar novas colmeias", disse Johnson, fazendo estas comparações para se referir àquele grupo.
A França é o primeiro país do mundo a aplicar uma lei que proíbe a venda de pratos, talheres e copos de plástico. Desde 2015 que a França leva a cabo o projeto "Transição Energética para o Crescimento Verde". O primeiro passo já foi dado em julho, com a proibição da venda e distribuição de sacos de plástico. Na semana passada, foi aprovada mais uma medida: é proibido vender copos, pratos e talheres de plástico. No entanto, os utensílios descartáveis não vão deixar de existir. As empresas que fabricam os produtos de plástico estão a ser desafiadas a fazer algumas mudanças. Com o propósito de atenuar o efeito do aquecimento global, os produtos devem ser 50% constituídos por materiais de origem vegetal e devem ser biodegradáveis. A nova lei vai ser implementada até 2020, dando tempo aos fabricantes e aos estabelecimentos comerciais para se adaptarem à nova realidade. No entanto, a Pack2Go Europe, organização de fabricantes de embalagens, já protestou contra a nova medida. Mike Turner, presidente da instituição, até ameaçou levar o caso a tribunal. "A França está a ir contra a regra de livre circulação de bens da União Europeia e esta ação é totalmente fora de proporção dado o risco ambiental que os utensílios de plásticos descartáveis representam, na realidade", declarou. As estatísticas apontam que em 2015 os franceses descartaram 4,7 mil milhões de utensílios de plástico e que foram utilizados 17 mil milhões de sacos nos supermercados. Segundo os dados da Associação de Saúde Ambiental da França, são deitados ao lixo 150 copos de plástico por segundo. Apenas 1% dos produtos são reciclados. Os números alarmantes levaram a atual ministra da Ecologia, Desenvolvimento Sustentável e Energia, Ségolène Royal, a tomar medidas. O objetivo é reduzir os aterros sanitários para metade em 2025, assim como diminuir a emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa em 40% até 2030. http://www.jn.pt
Governo considerou uma prioridade o controlo das baixas, devido ao aumento da despesa com os subsídios de doença
Segurança Social fez 1777 fiscalizações extraordinárias e concluiu que 25% dos convocados estavam aptos para trabalhar. O regime de fiscalização extraordinária a baixas prolongadas e sem registo de verificação por junta médica já abrangeu 1777 pessoas e levou ao cancelamento de quase 450 dessas baixas. Ou seja, um quarto dos beneficiários verificados foi considerado apto para o trabalho.
– Porque é importante que a administração fiscal conheça os saldos das contas bancárias
por Eugénio Rosa [*]
Neste estudo são analisadas as seguintes questões: (1) O montante de receita fiscal perdida pelo Estado devido à evasão e fraude fiscal; (2) O montante de receita de contribuições perdida pela Segurança Social devido à evasão e fraude; (3) A percentagem de depositantes que seriam abrangidos pelos 50.000€ e por que razão a informação sobre o montante dos saldos bancários é importante no combate eficaz à evasão e fraude fiscal, que é vital para que não sejam sempre os mesmos – trabalhadores e pensionistas – a suportar a maior parte da carga fiscal como acontece
Numa altura em que existe uma gigantesca campanha (uma espécie de santa aliança que se formou em defesa de uma minoria, como mostraremos) contra a lei aprovada pelo atual governo que obriga os bancos a informarem à Administração Fiscal os contribuintes com saldos bancários superiores a 50.000€ – campanha essa que não olha a meios, incluindo a mentira(confisco de depósitos) e a outros tipos de argumentos(desproporcionalidade, espiolhar, devassa da vida privada, etc.) para manipular e amedrontar a opinião pública, condicionar o governo e o Presidente da República – interessa analisar com objetividade e com conhecimento esta questão, pois o acesso automático aos saldos das contas bancárias é um instrumento importante no combate à evasão e fraude fiscal, como explicaremos. Em estudo anterior referimos que, segundo estatísticas divulgadas pela Autoridade Tributária do Ministério das Finanças, 92,7% dos rendimentos declarados para efeitos de IRS são do trabalho e pensões, cabendo aos restantes rendimentos – incluindo os de capital e propriedade – apenas 7,3% dos rendimentos declarados. No entanto, parece que isto não incomoda todos aqueles que se unem agora contra o diploma do governo. A própria OCDE, um organismo insuspeito, “vê com bons olhos o acesso do fisco às contas” (Jornal de Negócios, de 26/9/2016) e em vários países europeus esta medida já vigora.
UMA ESTIMATIVA DA DIMENSÃO DA EVASÃO E FRAUDE FISCAL EM PORTUGAL
Não existem dados oficiais sobre a evasão e fraude fiscal, mas é enorme em Portugal. Para concluir isso, basta fazer algumas estimativas, utilizando os próprios dados oficiais.
Entre 2006 e 2015, de acordo com as estimativas feitas a evasão e fraude fiscal em Portugal pode ter atingido 95.024 milhões €, um valor enorme. O método utilizado para estimar este montante foi o de calcular a diferença em milhões € de PIB entre os impostos pagos em Portugal e os que deviam ser pagos atendendo ao nível de desenvolvimento do país em comparação com os 28 países da União Europeia (59,9% da média da U.E.).
Os valores obtidos são uma estimativa indicativa da dimensão da evasão e fraude fiscal no nosso país que é enorme: 95.024 milhões € no período 2006-2015. Para além disso, os valores anuais revelam um decréscimo acentuado durante alguns anos (entre 2006 e 2013, passa de 12.242 milhões € para 3.946 milhões €, o que confirma o aumento da eficácia da Administração Fiscal) mas, infelizmente, nos dois últimos anos observa-se uma inversão daquela tendência decrescente, o que parece mostrar que os instrumentos já não são suficientes e já esgotaram a sua capacidade de combate à evasão e fraude fiscal, sendo necessário, se quiser ter efeitos, utilizar instrumentos mais eficazes.
UMA ESTIMATIVA DA EVASÃO E FRAUDE CONTRIBUTIVA À SEGURANÇA SOCIAL
Mas não se pense que a evasão e a fraude se circunscrevem apenas aos impostos. Elas também se verificam em larga escala a nível de contribuições para a Segurança Social. Também aqui não existem dados oficiais sobre a evasão e fraude contributiva, por isso tivemos de fazer estimativas (quadro 2) utilizando, para isso, os dados oficiais disponíveis.
O método utilizado é de fácil entendimento. Pegaram-se nos valores de “Ordenados e salários” divulgados pelo INE e deduziu-se a parcela que não desconta para a Segurança Social (parte da Função Pública e outros trabalhadores que continuam a descontar para fundos). E ao valor assim obtido aplicou-se a taxa de 34,75% (11% desconto dos trabalhadores e 23,75% das empresas) e assim se obteve o valor que devia ser cobrado pela Segurança Social, e comparou-se este valor com o efetivamente cobrado. E a conclusão que se tira é a seguinte: no período 2000-2015, portanto em 15 anos, a Segurança Social perdeu receitas no valor de 53.119 milhões, o que agravou as dificuldades de sustentabilidade da Segurança Social e serviu de justificação para cortar e congelar as pensões. E neste momento, pouco ou mesmo muito pouco, está a ser feito para inverter esta situação.
A ELEVADA CONCENTRAÇÃO A NÍVEL DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS: 82,5% dos depositantes possuem apenas 14,6% dos depósitos, enquanto 3,3% detêm 53,3% do total
Como se verifica em outras áreas da vida nacional, também aqui muitos têm muito pouco, e poucos têm muito. Os dados são do Fundo de Garantia de Depósitos bancários
O quadro 3, consta na pág. 16 do Relatório do Fundo de Garantia de Depósitos de 2014 (o último disponível). Como rapidamente se conclui a concentração dos depósitos bancários em Portugal é muito elevada: 82,5% dos depositantes tem depósitos iguais ou inferiores a 10.000€, os quais representam apenas 14,6% do montante total dos depósitos (23.750 milhões €), enquanto 1,2% dos depositantes possui 38,2% do montante dos depósitos dos bancos referidos no Relatório (62.143 milhões €). Os depositantes com mais de 50.000€ –aqueles cujos saldos deviam ser comunicados anualmente à Administração Fiscal, de acordo com a lei aprovada pelo governo – correspondem apenas a 3,3% do total de depositantes mas possuem 53,3% dos depósitos (86.709 milhões €).
Esta é a realidade e são estes que se sentem incomodados com a informação que seria prestada a Administração Fiscal dos saldos das suas contas, pois 96,7% dos depositantes não são abrangidos pela lei aprovada pelo governo. Portanto, aqueles que na comunicação social ou fora dela, se arvoraram contra aquilo que dizem ser a ” devassa da vida privada ” ou a ” espiolhar das contas bancárias “, é bom que saibam que o que estão a defender é a opacidade como muitos (certamente não a maioria, pois como diz o ditado popular, “quem não deve não teme”) dos 3,3% dos depositantes de bancos que conseguiram acumular elevadas fortunas, muitas vezes não pagando os impostos devidos, o que obriga milhões de trabalhadores e de pensionistas, que não fogem ao pagamento de impostos, a pagar não só os seus impostos mas também a parte daqueles que, aproveitando a opacidade existente, fogem às suas obrigações como cidadãos deste país.
POR QUE RAZÃO O ACESSO DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL AOS SALDOS DAS CONTAS BANCÁRIAS É FUNDAMENTAL NO COMBATE À EVASÃO E FRAUDE FISCAL
Por ignorância ou com o intuito deliberado de impedir um o combate eficaz à evasão e fraude fiscal, muitos dos comentadores que tem acesso fácil e garantido aos órgãos de comunicação social (ex.: Marques Mendes, Miguel Sousa Tavares, etc) afirmam, sem haver possibilidades de contraditório(assim vão os media em Portugal, de apenas uma voz) que o acesso automático da Administração Fiscal à informação dos contribuintes com saldos bancários superiores a 50.000€ é uma pura devassa da vida privada, pois isso não é necessário já que, quando há suspeitas de fuga aos impostos, a Autoridade Tributária tem o direito, por lei, de aceder às contas bancárias do contribuinte que suspeita que violou a lei.
No entanto, todos estes comentadores ignoram, ou por desconhecimento ou intencionalmente, que essa deteção pela Autoridade Tributária é extremamente difícil, tem resultados reduzidos, se não tiver a possibilidade de cruzar os dados dos rendimentos declarados pelos contribuintes com dados da evolução verificada na sua fortuna. E um dado fundamental no combate à fraude e evasão fiscal é precisamente a variação dos saldos das contas bancárias. Se a Administração Fiscal tiver conhecimento de uma variação significativa nos depósitos bancários dos contribuintes, isso funciona como um sinal de alerta, que a levará depois a analisar as declarações de rendimentos entregues por esses contribuintes, para saber se a variação verificada nos depósitos bancários tem suporte nos rendimentos declarados por esses contribuintes. E se não tiver deverá pedir esclarecimentos aos contribuintes. É evidente que é um combate mais orientado à evasão e fraude e certamente muito mais eficaz.
Esperar que em mais de 5 milhões de contribuintes, a Administração Fiscal possa, sem instrumentos de pesquisa automática (e para isso é necessário ter acesso à informação necessária, daí a justificação para poder ter acesso aos saldos das contas bancárias dos contribuintes), detetar os que fogem deliberadamente ao pagamento de impostos, é reduzir significativamente a sua eficácia; é, no fundo e objetivamente, proteger aqueles que fogem deliberadamente ao pagamento de impostos, obrigando milhões de trabalhadores e pensionistas a pagar não só os seus impostos mas também a parte daqueles que fogem ao fisco. É sobre isto que deviam refletir aqueles que, com emoção e desconhecendo a realidade, se opõem a esta medida. Para além de tudo, o saber que as contas bancárias com saldos elevados seriam comunicados a Administração Fiscal, isso teria um poderoso efeito dissuasivo à fuga ao pagamento de impostos, à semelhança do que aconteceu com e-fatura. É evidente que este controlo podia ser aperfeiçoado ainda de forma a dar maior tranquilidade aos contribuintes que não fogem aos impostos, por ex. permitindo o acesso apenas àqueles em que se verificam nos saldos bancários variações significativas, cuja seleção poderia ser feito de uma forma automática por meio de um algoritmo.
A história que tem comovido e mobilizado o mundo pela internet começou poucos dias atrás, quando Joel Cervantes Macias passeava de carro pela sua cidade, Chicago, nos EUA. Ele avistou um senhor empurrando um carrinho de picolé pela rua. Curvado porém com a altivez e a dignidade dos justos, o senhor se preparava para começar mais um dia de trabalho – aos 89 anos.
Seu nome é Fidencio Sanchez, e ele e sua mulher vinham vendendo paletas, uma espécie de picolé mexicano, para conseguirem pagar suas contas. Recentemente, porém, o casal perdeu sua filha, e esposa de Sanchez tombou doente depois do trágico ocorrido. Sanchez se viu sem opção que não tocar o barco – ou melhor, o carrinho – por conta própria. Foi quando o caminho de Sanchez se cruzou com Joel.
Comovido com o esforço e a dedicação de Sanchez, Joel e um amigo não somente filmaram a luta de Sanchez e publicaram no Facebook: eles compraram 20 picolés e imediatamente e, certos de que não era justo o que se passava com o forte senhor, decidiram por começar uma campanha de financiamento coletivo para ajudar a família. A ideia era levantar 3 mil dólares, mas em 5 dias a internet respondeu com aquele sopro de esperança que nos faz ainda crer na humanidade: mais de 300 mil dólares já foram levantados, e a campanha segue aberta!
“Me partiu o coração ver alguém que deveria estar curtindo a aposentadoria ainda trabalhando duro nessa idade”, escreveu Joel, apontando a básica empatia, humanidade e compaixão que deveria servir de base, mas que andam tão raras.
O valor dos impostos com relevância ambiental aumentou quase 11% em 2015 comparado com o ano anterior, atingindo 4,4 milhões de euros, e as famílias contribuem com mais de metade desta receita, revelou hoje o INE. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), sobre impostos e taxas com relevância ambiental, aquele valor representa 7% do total das receitas de impostos e contribuições sociais coletado no ano passado, quando em 2014 era de 6,6%. Na avaliação da receita fiscal por tipo de contribuinte, “continuam a ser as famílias que mais contribuem para a receita com estes impostos (51,1%)”, salienta o INE. Por categoria, também são as famílias que mais peso têm na receita dos impostos sobre a energia (50,6%) e sobre os transportes (52,7%). Entre as famílias, cerca de três quartos (72,4%) da tributação com relevância ambiental refere-se a impostos sobre a energia. Por outro lado, explica o INE, a maior parte dos impostos com relevância ambiental no setor produtivo, se forem excluídas as famílias, “estão concentrados na categoria impostos sobre a energia (73,7%)”. O imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos (ISP) é o mais representativo, com 70,5% do total, embora tenha perdido peso na comparação com 2014, tendência igualmente seguida pelo imposto sobre veículos, ao descer para 13,4%. Ao contrário, as cobranças do imposto único de circulação aumentaram o seu peso, passando para 12,4%. Além do ISP, os outros impostos sobre a energia viram o seu peso subir de 1,2% para 2,8%, devido à introdução das licenças de emissão de gases com efeito de estufa. O INE destaca o início da aplicação do novo imposto ambiental — a contribuição sobre os sacos de plástico leves -, que teve uma receita de cerca de um milhão de euros, em 2015. Os impostos ambientais apresentaram um aumento de 10,7% face a 2014, o que compara com a subida de 4,4% no total da receita de impostos e contribuições sociais, traduzindo “um ganho de importância relativa dos impostos com relevância ambiental na estrutura fiscal portuguesa”, aponta o INE. No ano passado, dois impostos com relevância ambiental – o imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos e o imposto sobre veículos – registaram um crescimento da receita, de 10,4% e 22,8%, respetivamente. Em 2014 (último ano em que existem dados disponíveis), o peso dos impostos com relevância ambiental no total das receitas de impostos e contribuições sociais, em Portugal, atingiu os 6,6%, valor ligeiramente superior à média do conjunto da União Europeia, que se fixou em 6,4%. O INE apresenta os valores para as taxas com relevância ambiental, para 2014, quando atingiram 717,5 milhões de euros, valor praticamente inalterado face a 2013 (mais 0,9%), comportamento que explica sobretudo com um aumento da cobrança das taxas de recolha e tratamento resíduos sólidos efetuada pelos municípios. As taxas de recolha e tratamento de resíduos sólidos e as de saneamento representaram 80% do total de receita arrecadada com as taxas com relevância ambiental, naquele ano. Os impostos com relevância ambiental, que incidem sobre bens e serviços que possuem um potencial impacto negativo sobre o ambiente, representaram 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. - https://www.dinheirovivo.pt
Os montantes destinados à Cultura no OE – e o destino que lhes é dado – dizem quase tudo sobre uma política cultural. O governo actual já vai em dois ministros, mas o discurso vem de trás: “fazer mais com menos”, “aumentar a execução orçamental”, “não é o ideal mas é o possível”, etc. etc. O peso da Cultura no OE foi em 2016 o mais baixo de sempre. Ou há em 2017 um claro sinal de mudança, ou a frustração de 2016 terá de converter-se num ainda maior movimento de Cultura em luta.
O debate de qualquer OE é um debate de números. Mas se há área em que esses elementos quantitativos são também qualitativos é a área da Cultura. E como vêm sendo atirados para o ar alguns montantes, há que tentar colocá-los em perspectiva.
As políticas de “austeridade” desempenharam em todo o lado o mesmo papel: o de privatizar e precarizar, o de exponenciar a exploração, o de fazer recuar ou anular direitos, o de reduzir o papel do Estado e das políticas públicas. A sua repercussão na Cultura é devastadora. Reverter as suas consequências exige meios financeiros e humanos efectivos e uma muito determinada vontade política, porque o que há a refazer não pode reportar-se apenas aos anos mais recentes. O financiamento público das actividades culturais foi reduzido para menos de metade em relação a 2008, considerando-se o governo central e os municípios. O Orçamento do MC em 2016 foi o mais baixo de sempre.
Não é só o financiamento que está em causa: são as medidas urgentes a tomar perante um sector em profunda crise, que não pode ser apenas descrita em números, mas para a qual alguns números – mesmo os do INE, cuja “conta satélite” mete no saco da Cultura, entre outras, as agências de viagens, os operadores turísticos, a diversão e a publicidade – são elucidativos. Entre 2010 e 2012 queda de 15% no VAB do sector; queda de 13% no emprego; queda de 20% no consumo privado e de 12% no consumo público. Entre 2008 e 2013 queda de quase 30% no rendimento gerado. A 3ª mais baixa taxa de emprego cultural na UE, a mais baixa taxa de sobrevivência de empresas do sector na UE. Um enorme número de trabalhadores não remunerados, que nas artes do espectáculo supera largamente o dos trabalhadores remunerados, e em todas as áreas tem expressão significativa. Na UE só a Roménia tem piores índices no que diz respeito à leitura de livros, à participação em actividades culturais, à visita a espaços de cultura. Dados estatísticos que passam pela rama de uma realidade alarmante.
Se há coisa que num tal quadro a Cultura dispensa são os malabarismos com números. O OE 2017 pode dar um genuíno sinal de mudança. Ou pode, como o de 2016, constituir motivo de frustração e descrédito. A coisa está em aberto.
*Este artigo foi publicado no “Avante!” nº 2234, 22.09.2016
Alexandra Leitão foi surpreendida no parque de estacionamento e protegida pela GNR (Notícia atualizada com reação do governo) A visita da secretária de Estado Adjunta e da Educação a Celorico de Basto, esta terça-feira, ficou marcada por um momento de tensão quando manifestantes em fúria obrigaram à intervenção da GNR. Alexandra Leitão viu-se confrontada com cerca de 30 manifestantes que protestavam contra o encerramento da Escola Básica da freguesia do Rego, naquela região nortenha. A secretária de Estado, noticia o JN, ainda conseguiu numa primeira fase evitar os manifestantes, mas já no parque de estacionamento viu-se perante alguns indivíduos de ânimos muito exaltados. Os guardas da GNR agiram de imediato, enquanto os assessores da governante a colocaram no carro rapidamente, que arrancou a alta velocidade. Alexandra Leitão fora presidir a uma cerimónia onde foram assinados contratos para a melhoria de 25 escolas na região norte, num investimento de cerca de 46 milhões de euros, segundo o governo. Após o incidente, o Ministério da Educação esclareceu, em comunicado, que a escola em causa está formalmente encerrada desde 2013, ainda que se tenha mantido em funcionamento "ao abrigo de autorizações excecionais anuais". "O ano passado, por despacho do anterior Governo determinou-se que o ano letivo 2015/2016 seria o último", lê-se no documento. O governo acrescenta ainda que "o encerramento desta escola resultou de proposta da Câmara Municipal de Celorico de Basto com vista à construção do Centro Escolar da Gandarela, utilizando fundos comunitários, e que tem como áreas de influência as freguesias de Basto (S. Clemente), Ribas, Rego, Vale de Bouro e Caçarilhe, todas com um número reduzido de alunos". "As crianças estão já todas integradas no novo centro", que não tem turmas mistas, "ao contrário do que acontecia na Escola Básica do Rego", afirma ainda o ministério de Tiago Brandão Rodrigues. www.dn.pt