Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

30
Set16

Deputado egipcio defende que virgindade das mulheres deve ser pré-requisito para acesso ao ensino superior

António Garrochinho





Deputado egípcio defende que universidades deveriam fazer testes de virgindade

O deputado egípcio Ilhamy Agina tornou-se alvo de crítica e caiu no ridículo entre a sociedade daquele país por dizer, numa entrevista, que as universidades deveriam fazer testes de virgindade às mulheres que quisessem ser admitidas.

Agina, um deputado polémico devido a outras intervenções sobre sexo e sobre as migrações, disse ao jornal Youm 7 na quinta-feira que a virgindade das mulheres deveria ser um pré-requisito à entrada no ensino superior.

Segundo o deputado, esta medida ajudaria a acabar com os casamentos costumeiros não registados (ao abrigo dos costumes e das tradições e não da lei), muito comuns entre os jovens egípcios que não têm dinheiro suficiente para um casamento formal.

"Qualquer rapariga que entre na Universidade deve ser examinada para provar que é donzela"
Os seus comentários, tal como em outras ocasiões, motivaram duras críticas nas redes sociais.

"Eu não disse que ainda não batemos no fundo, que o pior ainda está por vir?", comentou no Twitter o advogado dos direitos humanos e dissidente Gamal Eid.

"Temos um deputado obcecado com o sexo", escreveu o dissidente e jornalista liberal Khaled Dawoud.

Já esta sexta-feira, Agina disse à agência France Presse que os seus comentários foram mal interpretados e que, por isso, decidiu fazer um boicote aos media.

"As pessoas têm vindo a atacar-me desde ontem [quinta-feira], estão irritados e por aí fora. Decidi não lidar com os media", disse o deputado.


"Eu não fiz uma exigência, eu fiz uma sugestão. Há uma grande diferença entre uma exigência e uma sugestão", salientou.

Agina disse que foi questionado sobre o papel que o governo deveria ter para acabar com os casamentos costumeiros, e que por isso propôs os testes de virgindade.

"Eu disse 'bem, o governo não tem o direito de perguntar a uma rapariga ou a um homem se teve um casamento costumeiro. (...) Mas se calhar, se calhar... apenas como uma sugestão que poderia ou não ser aplicada: o governo poderia dizer aos hospitais universitários para fazerem testes de droga e de virgindade'", explicou o deputado, acrescentado que depois as universidades poderiam informar os pais dos alunos.


Não é a primeira vez que Agina faz declarações polémicas.

O deputado já defendeu a mutilação genital feminina, uma prática ilegal, mas ainda largamente praticada no Egito.

"Somos um povo cujos homens têm disfunção erétil... se parássemos de fazer a circuncisão (sic) feminina, então precisaríamos de homens mais fortes", disse no início do mês.

No domingo, Agina disse que os 168 migrantes que se afogaram no Mediterrâneo a 21 de setembro "mereceram morrer".

www.dn.pt
30
Set16

“as guerras do ópio a nível global”

António Garrochinho



Ministro alerta o Imperador: “Majestade, em breve, vosso império estará falido. Quanto tempo ainda vamos tolerar este jogo com o diabo? Logo não teremos mais moeda para pagar armas e munição. Pior ainda, não haverá soldados capazes de manejar uma arma porque estarão todos viciados.” (aqui)
São destruídos diariamente milhares de seres humanos sob o efeito de estupefacientes, lares perdidos para sempre, países debilitados social e economicamente. E tudo isto entrou na rotina. Fomentam-se guerras financiadas pela droga, os bancos enchem a burra, a indústria de armamento reforça-se e os media dão-lhes cobertura com hipócritas lamentações ou fingindo ignorar.
Sempre que aparece quem se rebele contra este flagelo planetário, os media de imediato metralham o insurgente. Raramente se estabelece um paralelo, se é que se tem estabelecido, entre as guerras do ópio que abalou a China e a guerra global de que sofre toda a humanidade e, tal como então, a quem aproveita o sofrimento deste genocídio consentido. (aqui)


Via: as palavras são armas http://bit.ly/2dBjECA
30
Set16

Homem abatido em tiroteio que feriu militar da GNR (IMAGENS/VÍDEO)

António Garrochinho
 Três fugitivos foram travados em Porto Alto. 

Um deles barricou-se em café.

 A GNR deteve o homem que se barricou na manhã desta sexta-feira num café de Porto Alto, Samora Correia. O suspeito tinha estado envolvido numa fuga à GNR que resultou em tiroteio em que morreu um dos fugitivos e ficou ferido um militar. VIDEOO momento da detenção de fugitivo à GNR Homem barricou-se em café de Porto Alto após tiroteio que matou cúmplice. 

Duas horas depois dos militares da GNR montarem cerco ao local, conseguiram deter o homem. O caso começou perto das 10h00, na ponte Vasco da Gama, em Lisboa, quando três indivíduos que seguiam numa viatura desobedeceram a uma ordem de paragem e se puseram em fuga aos militares. 

A viatura acabou por se despistar no Porto Alto, no concelho de Benavente, no distrito de Santarém, tendo um dos homens saído do carro e disparado em direção ao carro descaracterizado em que seguiam os militares, ferindo um deles. Na resposta, o homem foi baleado, acabando por morrer no local. VIDEOGNR cerca assaltante em fuga Perseguição policial fez um morto em Porto Alto. Os outros dois indivíduos puseram-se em fuga, tendo sido um deles capturado. 

O terceiro elemento barricou-se num café situado junto a um hipermercado no Porto Alto, tendo a zona sido evacuada.

Havia a possibilidade de existirem reféns, mas no café escolhido pelo fugitivo apenas existia uma empregada, que conseguiu fugir.  

As autoridades conseguiram entrar dentro do café e, com elas, entrou também um elemento do INEM. Não se ouviu qualquer disparo durante a detenção do suspeito, que já se encontra sob custódia das autoridades. 

O bairro onde tudo aconteceu foi cercado pelas autoridades, que montaram um forte dispostivo de segurança. No local estiveram militares do Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, unidade especializada em casos de contra-terrorismo ou tomada de reféns. Identidades reveladas Familiares dos três homens que protagonizaram esta fuga violenta às autoridades revelaram à CMTV as suas identidades. 

Trata-se de Francisco Manuel Candeias, de 24 anos,  Jorge Emídio, de 21 anos e Fernando da Silva, de 29 anos. 
São familiares entre si e vivem na zona de Camarate. 
Estiveram juntos ontem à noite e saíram de carro, não havendo ainda explicação para a fuga às autoridades. 
Não foi ainda apurado qual dos três é a vítima mortal. 

GNR revela versão oficial 

O major Pinto Reis, da GNR, explicou entretanto que os três não obedeceram à ordem de paragem das autoridades durante uma operação de trânsito, tendo os militares iniciado uma perseguição. 

O carro em que os fugitivos seguiam despistou-se em Porto Alto. 

Um dos três homens saiu do carro a disparar contra os militares e foi atingido pela GNR. 

Acabou por falecer. Um dos militares ficou ferido, depois de atingido com dois tiros nas pernas e outro no braço. Não corre perigo de vida. Os outros dois homens fugiram a pé. 

Um deles foi interceptado, pouco depois, o outro barricou-se num café. A unidade das operações especiais entrou no estabelecimento e deteve o indivíduo, que não ofereceu resistência. A GNR e a PJ estão agora a investigar o caso.






























VÍDEO




http://www.cmjornal.pt

30
Set16

AS GOLPADAS E OS MILHÕES - PGR avalia eventual violação de segredo de justiça com Cavaco Silva

António Garrochinho


Cavaco Silva com Fernando Lima, no tempo em que este era seu assessor de imprensa 

Ex-assessor do então presidente diz que este foi informado por magistrado de escutas do processo. Ministério Público "não deixará de tomar providências que entender necessárias"

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou ao DN que está a avaliar uma eventual violação do segredo de justiça que envolve Cavaco Silva, quando este era presidente da República, na sequência de uma acusação do seu antigo assessor Fernando Lima, no livro de memórias Na Sombra da Presidência - Relato de 10 anos em Belém.

"A matéria em questão está a ser objeto de análise", sublinhou o gabinete da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, na resposta enviada ao DN, depois de uma questão colocada por este jornal, a 7 de setembro, quando do lançamento do livro.

Segundo esta mesma nota da PGR, "o Ministério Público não deixará de tomar as providências que entender por necessárias no âmbito das respetivas competências".

Em causa está uma breve passagem do livro de Fernando Lima, em que este antigo assessor de imprensa de Cavaco Silva sinaliza que o chefe de Estado à época tinha conhecimento de matéria presente no processo Face Oculta.

Segundo Fernando Lima, o presidente da República foi informado por um magistrado de que o seu genro constava das escutas desse caso. "Quando a transcrição das escutas do Face Oculta foi divulgada, em fevereiro de 2010, para Cavaco Silva não constituía uma novidade que nelas constasse o nome de Luís Montez. Em meados de outubro de 2009, fora informado por um magistrado de que esse processo incluía uma alusão ao seu genro, uma vez que no negócio da PT/TVI estava ainda previsto ser-lhe atribuída uma das rádios da Media Capital, pertencente à Prisa", registou o autor do livro num parágrafo. Sem desenvolver mais sobre este caso. Também a PGR foi sucinta na sua resposta ao DN.

Já na altura, contactado pelo DN o Gabinete do Sacramento, atual gabinete do anterior presidente da República, fonte oficial escusou-se a responder ao pedido de comentário ao conteúdo do livro, em particular sobre aquele parágrafo.

O processo Face Oculta surge no livro de Lima para justificar uma tese: a de que José Sócrates, então primeiro-ministro socialista, queria "ter tudo quanto vive sob controlo", na descrição de António Barreto, que o autor do livro usava. Lima falava num "perfil agressivo" de Sócrates, que se tornava cada vez "mais nítido", começando "a ser detetados sinais da vocação "controleira" do poder socrático".

Essa vocação, defende o antigo assessor de Cavaco Silva - que esteve com ele primeiro em São Bento e depois em Belém -, passava pelo negócio PT/TVI, no qual estaria previsto atribuir "uma das rádios da Media Capital, pertencente à Prisa", a Luís Montez, um empresário ligado ao setor das rádios (e atual acionista do grupo proprietário do DN).

O nome de Cavaco Silva nunca tinha sido mencionado, até à publicação do livro de Fernando Lima, como conhecedor de matéria constante do processo do Face Oculta, que envolveu várias figuras socialistas, nomeadamente José Sócrates, Armando Vara, José Penedos e Paulo Penedos.

Aliás, em março de 2014, nas alegações finais do julgamento do Face Oculta, o magistrado do Ministério Público João Marques Vidal afirmava que "o poder político da altura estava informado não só da existência das escutas como da existência do processo", mas à época o "poder político" identificado pela comunicação social só passava pelos nomes de Sócrates e Vara. Sem sombra de Cavaco.

Enquanto o antigo ministro do PS e ex-administrador do Millennium BCP foi julgado por tráfico de influências, acabando condenado a cinco anos de prisão efetiva, Sócrates não foi acusado de nada.

www.dn.pt
30
Set16

os ministros

António Garrochinho
Os ministros
têm sonhos sinistros
de tal sinistralidade
que se tornam verdade
os ministros
comem
dormem
por norma
avantajam os seus corpos
de tal forma
que parecem porcos

António Garrochinho
Foto de António Garrochinho.

30
Set16

QUANDO QUER DESCANSAR UM POUCO VOCÊ PROCURA UM BANCO NÃO É ? VEJA ESTES, ALGUNS DELES BEM LINDOS

António Garrochinho


Quem não gosta de um banquinho num bom local público? Neste post você verá alguns bancos bem legais instalados em vários lugares do mundo. Alguns são bem criativos.

Parque em Vöcklabruck, Áustria

bancos_01
 Assento que se mantém livre da água
bancos_02
 Newcastle, Inglaterra
bancos_03
 
 

Paprocany Lake Shore
bancos_04
 Kiev, Ucrânia
bancos_05
 
 Park Bench, Massachusetts
bancos_06

Alleswirdgut, Luxemburgo

bancos_07
 Kiev, Ucrânia
bancos_08
 
 
bancos_09
 Teclado sem barra de espaço
bancos_10
 Londres
bancos_11
 Copenhagen, Dinamarca
bancos_12

Sydney, Austrália

bancos_13
 Projeto Tulipa
bancos_14
 Marselha, França
bancos_15
 Bangkok
bancos_16
obutecodanet.ig.com.br
30
Set16

O comediante e músico Mike Phirman decidiu usar as mãos para realizar uma incrível interpretação de sincronia labial .

António Garrochinho


Se você já viu "Mogli: O Menino Lobo", em quaisquer de suas versões, deve se lembrar da Kaa (Casca) a cobra que tem uma voz sedutora e olhar penetrante, que tenta hipnotizar o menino-lobo cantando "Trust in Me" ("Confie em mim") e cuja dublagem da última versão, lançada este ano, foifeita por Scarlett Johansson. Bem, o comediante e músico Mike Phirman decidiu usar as mãos para realizar uma incrível interpretação de sincronia labial da antológica cena. Se você acha que fantoches de mão são coisas bobas, ache novamente. Talvez você corra para o espelho mais próximo para experimentar por si mesmo.





www.mdig.com.br

30
Set16

Diabo Bank

António Garrochinho



Desde Julho de 2015, o valor das acções do Deutsche Bank caíram mais de 65%. Neste momento, muitos jornais falam da necessidade de ajuda pública Mas assumir que precisam de ser salvos é algo muito complicado para os alemães, e até já há quem diga que o Deutsche Bank não é a Grécia.

O último ano e meio tem sido fatal para a fama de profissionalismo, exigência e excelência das grandes empresas alemãs. Se juntarmos o Deutsche Bank com a VW, temos banqueiros alemães a suicidarem-se com monóxido de carbono.
O colosso DB está em perigo. Os alemães, como são frios, são muita bons nos testes de stress, é assim que eles nos enganam. Se há alguma coisa que podemos ensinar aos alemães é saber ver os indícios de que vem lá chatice da grossa com um banco e vamos ter de pagar. Neste momento, devia estar uma troika de portugueses em Berlim, composta por: um lesado do BPN, um do BES e outro do Banif.

Ao longo destes anos, os portugueses tornaram-se perdigueiros do – vem lá mais uma bronca com um banco. Se um José Gomes Ferreira de olhos azuis vos diz que o banco está sólido, tremam, amigos alemães. Se o presidente do vosso banco diz que não precisa de ajuda, lembrem-se de nós ou de Chipre. Se a vossa chanceler diz que não vai um tostão dos contribuintes para salvar o banco, comecem a armazenar salsichas. Acreditem nos PIIGS.
É num momento como este que vemos a grandeza de um homem como Schäuble. Com chatices tão grandes lá em casa e só se preocupava connosco. Os nossos noticiários estão repletos da preocupação europeia com o nosso défice, porque o José Gomes Ferreira não sabe ler jornais em alemão.

Custa a acreditar que, depois de todas as lições de moral que deram nos últimos anos aos povos do Sul, haja escândalos como o da VW ou de pré-bancarrota, como o DB. A única explicação que tenho é que estas empresas são geridas por aqueles alemães que vieram viver para o Algarve. Ou então foi o Subir Lall e aquela malta da troika que esteve cá a vigiar, entre outros, o estado do nosso sistema financeiro que andou de olho no DB.

O problema é que não é o Deutsche Bank que é demasiado grande para cair, o resto é que é demasiado pequeno se ele cair. O diabo, afinal, pode chegar em Outubro, sob a forma dos anjos do arauto.

Chegamos à triste conclusão que a banca alemã esteve a viver acima das suas possibilidades e as suas possibilidades eram infinitas. Não sei se é possível fazer como a VW, e o euro recolher à oficina para corrigir um defeito de fabrico. Este problema com o DB faz lembrar 2008 e perceber como, rapidamente, nos esquecemos de 2008.

João Quadros

Jornal de Negócios,

30
Set16

UM EURO E VINTE

António Garrochinho

LI A JORNALISTA RUTE SOUSA CAVACO NO "SAPO24" ONDE A SENHORA DIZ QUE UM JORNAL DIÁRIO A 1 EURO E 20 CÊNTIMOS É UM LUXO UMA PECHINCHA.

ESTÁ ENGANADA A SENHORA ! LER LIXO, LER O QUE SÓ UMA PARTE PENSA E DECIDE, ENCARAR COM ERROS ATRÁS DE ERROS, COM NOTICIAS TENDENCIOSAS, DETURPADORAS DA REALIDADE, NOTÍCIAS QUE OCULTAM SEMPRE O ESSENCIAL E A VERDADE É CARÍSSIMO E INÚTIL, A QUANTIA QUE NOS SAI DA ALGIBEIRA É UMA FORTUNA PARA PAGAR O QUE NÃO PRESTA.

CULTIVEM-SE SENHORE(A)S JORNALISTAS, NÃO SE PONHAM NO ALTO DO ESCADOTE FAZENDO DOS OUTROS OS POBREZINHOS DA ILITERACIA, SEJAM HONESTOS, INFORMEM COM INDEPENDÊNCIA, E PODE SER QUE MEREÇAM O EMPREGO, O ORDENADO, E O EURO E VINTE TALVEZ JÁ SEJA SUPORTÁVEL DE GASTAR.

DEIXEM DE LAMBER AS BOTAS AO CAPITAL, A DEONTOLOGIA JORNALÍSTICA ESTÁ PELA HORA DA MORTE E VOCÊS É QUE SÃO OS CULPADOS.

SE NÃO CONSEGUEM SER AGENTES DE INFORMAÇÃO HONESTOS BEM PODEM IR PARA A AGRICULTURA, A CONSTRUÇÃO, A INDÚSTRIA, QUE ESSAS PRODUZEM, CRIAM RIQUEZA. AS QUE NÃO FORAM DESTRUÍDAS PELOS QUE VOCÊS IDOLATRAM E RASTEJAM AOS PÉS.

TOMÁ LÁ QUE JÁ ALMOÇASTE !


António Garrochinho
30
Set16

RIA FORMOSA - DIRECTOR DO POLIS MANDOU CARTAS PARA DEMOLIÇÕES SEM AVISAR O MINISTRO

António Garrochinho
Confirmando-se que o Presidente da Polis Ria Formosa agiu sem autorização prévia e sem conhecimento do Ministro do Ambiente, então este deve extrair desse facto as devidas consequências e demitir imediatamente o Presidente da Polis Ria Formosa.
O diretor do Polis da Ria Formosa enviou as cartas para a demolições de casas na Ilha da Culatra sem avisar o ministro do Ambiente, enquanto este respondia de…
OBSERVADOR.PT|DE VÍTOR MATOS, MIGUEL SANTOS

30
Set16

30 de Setembro de 1791: A Ópera "A Flauta Mágica", de Mozart, estreia com sucesso em Viena

António Garrochinho


No dia  30 de Setembro de 1791, num teatro do subúrbio de Viena, uma ovação triunfal acolhe A Flauta Mágica (Die Zauberflöte), uma ópera plena de fantasia e no idioma alemão, acessível ao público popular.
Contudo, o compositor, Wolfgang Amadeus Mozart, não teve tempo de saborear o sucesso. Doente, extremamente debilitado, morre no seu leito dois meses mais tarde, aos 35 anos.
Repetidas vezes, Mozart compusera obras em língua alemã, que nunca tiveram maior destaque. Algumas delas, inspiradas na mitologia, pareceram fracas e convencionais, outras mais destacadas, como “O Rapto do Serralho” (1782), apoiavam-se unicamente sobre a fibra cómica.
Durante o grande período de criação de óperas que iam de Idomeneu (1781), Rei de Creta (1781) a Cosi fan tutte (1790), Mozart  apoia-se quase que somente em libretos italianos, notadamente aqueles de Lorenzo Da Ponte, compondo partituras dentro do espírito das obras italianas que gozavam, então, de ampla predileção entre o público.
Génio combativo, ele resolveu enfrentar o gosto popular. Transmitiu o seu desejo de mudar de género musical a um director de grupo teatral, Emmanuel Schikaneder, com quem estava ligado por forte amizade. O director, que se apresentava em cenas da periferia de Viena, pede-lhe então a composição de uma ópera em alemão. Mozart mostra-se imediatamente sensível à ideia.
Com A Flauta Mágica, ópera em alemão que alterna palavras e música, é quebrada por fim a concha em que se encerrava o mundo italiano dos salões vienenses e das cortes reais.
Em A Flauta Mágica, ópera carregada de fantasia e mistério, o príncipe Tamino, o caçador de pássaros Papageno e a Rainha da Noite disputam as preferências do público numa encenação repleta de efeitos especiais.
O libreto desta obra feérica, redigido por Schikaneder, está cheio de alusões à franco-maçonaria, uma ordem de iniciação maçónica nascida algumas décadas antes na Inglaterra e à qual pertencia Mozart.

A Flauta Mágica é um verdadeiro percurso iniciático. Há cenas em que se assiste aos padres reunidos como numa loja maçónica.
Valendo-se do concurso de Schikaneder, autor do libreto, e de um outro maçom conhecido pelo nome de Gieseke, Mozart fez alternar cenas cómicas e cenas sérias, o que confere à sua obra um clima mágico e que incorpora também um conteúdo filosófico.

A música de A Flauta Mágica ressoa directamente no espírito dos ouvintes. Excertos vertiginosos, como o da  Rainha da Noite, são sucedidos por passagens narrativas como a ária do caçador de pássaros Papageno, e de cantigas “uma mulher, apenas uma menina”.
Marchas solenes, estrondo de trovões, mas também duetos com repetição de palavras e ainda de instrumentos inesperados como a charamela ou o carrilhão juntam-se à diversidade do conjunto. Não há lugar a enfado no curso daquelas duas horas e tanto de divertimento musical e de espetáculo cénico.

A Flauta Mágica seria levada à cena mais de 100 vezes no ano que se seguiu. Infelizmente, o seu genial compositor não teve tempo de desfrutar do enorme êxito da peça visto que faleceu em 5 de Dezembro de1791, pouco tempo depois da primeira apresentação, quando concluía o Requiem, a sua derradeira obra-prima.
O público moderno pôde assistir à A Flauta Mágica, belamente filmada pelo cineasta sueco Ingmar Bergman, e a vida de seu autor, romanceada por Milos Forman, no premiadíssimo filme Amadeus.


 Fontes: Opera Mundi
 wikipedia (imagens)


Wolfgang Amadeus Mozart
 Papageno


VÍDEO


30
Set16

30 de Setembro de 1936: É constituída a Legião Portuguesa

António Garrochinho


Organização miliciana portuguesa criada em 1936 e que perdurou até ao 25 de abril de 1974, a Legião Portuguesa dependia dos ministérios do Interior e da Guerra. A sua criação favoreceu a subordinação do Exército ao Estado Novo. A Legião estendeu a sua organização aos diversos distritos, onde era chefiada por um comandante distrital.As estruturas locais eram compostas por batalhões, terços, lanças, secções e quinas. A Legião dispunha de vários serviços, como o Serviço de Informações, a Brigada Naval e a Força Automóvel de Choque.A criação da Legião Portuguesa encontrou alento, a nível externo, na consolidação das experiências ditatoriais alemã e italiana,na difusão do autoritarismo e no deflagrar da Guerra Civil de Espanha; internamente, assentou na mobilização da direita radical, mobilização que o eclodir da guerra na vizinha Espanha favorecia.Nos primeiros anos do seu funcionamento, a Legião Portuguesa agregou as forças da direita radical. Este foi um período delicado do relacionamento entre Salazar e os militares - existiu uma tensão constante entre as bases da milícia (direita radical) e os esforços de Salazar para "normalizar" a Legião. Neste contexto, em 1938, Casimiro Teles procedeu a uma verdadeira reorganização da milícia. Afastou a maioria dos seus comandantes anteriores e remodelou serviços e corpos especiais, levando à subordinação total da Legião ao Exército. A Legião Portuguesa foi o único organismo político português que com o eclodir da Segunda Guerra Mundial se posicionou ao lado das pretensões alemãs.Salazar, porém, queria calar as manifestações abertas de germanofilia e atribuiu à Legião funções na organização da Defesa Civil do Território (DCT), para fazer recair a sua atenção sobre a ordem interna e a repressão da agitação social gerada depois de 1942. A partir de 1944, a Legião viu aniquilados os resquícios do radicalismo que a tinha caracterizado nos primeiros anos da sua existência. Foi definitivamente transformada num serviço auxiliar das estruturas do regime, nomeadamente no que diz respeito ao seu Serviço de Informações.

Nos anos 50 e 60, a ação da Legião Portuguesa ficou marcada pelo papel do seu Serviço de Informações e da sua densa rede de informadores, bem pelo desempenho da polícia de choque repressão de manifestantes e instituições tidos por oposicionistas do regime.

Legião Portuguesa (1936). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 
wikipedia (imagem)


Bandeira de hastear da Legião Portuguesa

O juramento dos membros do movimento nacional legionário era o Compromisso do Legionário que consistia no seguinte:

Como legionário, juro obediência aos meus chefes na defesa da Pátria e da ordem social
e afirmo solenemente pela minha honra que tudo sacrificarei, incluindo a própria vida, se tanto for necessário,
ao serviço da Nação, do seu património espiritual, da moral cristã e da liberdade da terra portuguesa.

Legionários em Lisboa
30
Set16

61.ºaniversário da morte de James Dean

António Garrochinho

Ator norte-americano, de nome completo James Byron Dean, nascido a 8 de fevereiro de 1931, em Marion, no estado de Indiana, e falecido a 30 de setembro de 1955, em Cholame, no estado da Califórnia, vítima de um acidente de automóvel. A sua imagem continua a ser um símbolo da juventude rebelde e idealista. Aos 9 anos,com a morte de sua mãe, foi educado pelos tios. Após concluir os estudos liceais, instalou-se em Los Angeles,onde chegou a matricular-se no Curso de Direito, tendo desistido pouco depois. Juntou-se a um workshop liderado pelo ator James Whitmore, a que se seguiu uma participação na série televisiva de cariz religioso Family Theatre(1951). Fez depois figurações nos filmes Fixed Bayonets (Baionetas Caladas, 1951), Sailor Beware (O Marujo Conquistador, 1952), Has Anybody Seen My Gal? (Viram a Minha Noiva?, 1952) e Trouble Along the Way(Barreiras Vencidas, 1953). Decidido a mudar de ares, foi para Nova Iorque, onde se matriculou no Ator's Studio.Aí deu razão toda a sua rebeldia, tendo sido chamado a protagonizar a peça Beat the Clock (1954). Mas foi aforma como interpretou o papel de chantagista árabe na peça The Immoralist (1954) que mostrou como a sua carreira no cinema seria promissora. Elia Kazan sentiu que Dean era um ator à imagem de Marlon Brando e apostou nele para protagonizar East of Eden (A Leste do Paraíso, 1955), uma adaptação do romance de John Steinbeck, onde deu corpo a Cal, um jovem irrequieto em permanente conflito interior que busca conquistar a aceitação do pai. O filme foi um sucesso absoluto, catapultando a carreira de Dean, que foi nomeado para o Óscar de Melhor Ator no seu filme de estreia como protagonista e levando a Warner a propor-lhe um contrato de sete anos. Seguiu-se Rebel Without a Cause (Fúria de Viver, 1955), um título que ganharia aura de culto,especialmente entre o público adolescente e juvenil que olhava para Dean como um ícone. Quase em simultâneo,integrou o elenco do épico The Giant (O Gigante, 1956), representando a personagem Jett Rink, um operário que singra na vida a ponto de se tornar um magnata do petróleo. Findas as rodagens deste título, Dean procurou tirar uns dias de folga para se dedicar à sua grande paixão: a velocidade. Para tal, adquirira um Porsche 550 Spider,que conduziu a alta velocidade em direção a um evento automobilístico em Salinas. Num cruzamento, embateu lateralmente noutro veículo e despistou-se, tendo morte imediata. A sua morte provocou ondas de comoção nos Estados Unidos e coincidiu com a estreia comercial de Fúria de Viver. Quando foi nomeado postumamente para Óscar de Melhor Ator pela sua participação em O Gigante, era convicção geral que Dean ganharia o prémio, mas acabou por ser Yul Brynner a sair vencedor.

James Dean. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
File:James Dean - publicity - early.JPG
James Dean em 1953
File:James Dean and Porsche Speedster 23F at Palm Springs Races March, 1955.jpg


James Dean em Palm Springs 1955

VÍDEOS


30
Set16

"Cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis"

António Garrochinho


por Amato
Depois de publicar a parte da citação de Almeida Garrett que é mais conhecida, mais popular, digamos, dei comigo a revisitar o Viagens na Minha Terra. A citação em causa vem logo no terceiro capítulo e pareceu-me insuficiente. Com efeito, tanto o texto que a precede, como aquele que a ela se segue, são de uma riqueza tão assinalável que me parece indesculpável que não se lhes dê iguais honras de destaque.

Todo o parágrafo, que transcrevo em seguida, é de uma beleza muito rara no universo dos livros escritos em português, normalmente abundantes de um provincianismo que não permite reflexões deste género. Saliente-se antes ainda a incontornável pergunta que ecoa por entre as linhas do texto:

“No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana?”

Bravo, Garrett!

Não: plantai batatas, ó geração de vapor e de pó-de-pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos-de-ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, estas horas contadas de uma vida toda material, maçuda e grossa, como tendes feito esta que Deus nos deu, tão diferente do que a que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai: reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. — No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico. — Que lho digam no Parlamento inglês, onde, depois de tantas comissões de inquérito, já deve de andar orçado o número de almas que é preciso vender ao Diabo, o número de corpos que se têm de entregar antes do tempo ao cemitério para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeiro — seja o que for; cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis.

— Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra

Viagens na Minha Terra, Livros de Bolso Europa América
 portodeamato.blogs.sapo.pt

30
Set16

ANTIGA NEO-NAZI FALA PELA PRIMEIRA VEZ EM TRIBUNAL

António Garrochinho

A última sobrevivente conhecida de um grupo neonazi acusado de assassinatos racistas quebrou o silêncio.
Pela primeira vez desde 2013, a ser julgada no Supremo Tribunal Regional em Munique, Beate Zchaepe proferiu uma curta declaração.
Afirmou que se identificava com a ideologia neonazi, mas que agora “julga as pessoas pelo comportamento e não pela origem ou pela filiação política”.
“Estou arrependida”, declarou.
Beate Zschape arrisca a prisão perpétua.
Em dezembro negou, num texto lido pelo advogado, qualquer participação nos nove assassínios ocorridos entre 2000 e 2007. Mas admitiu uma responsabilidade “moral” por não ter sido capaz de “influenciar” os seus cúmplices já mortos.

VÍDEO


pt.euronews.com
30
Set16

Os eurodeputados

António Garrochinho


Antes de mais e a título de declaração de interesses devo dizer que só sou nacionalista naquilo que à nação diz respeito e  mesmo assim ainda sofro de um pequeno problema, que se prende com a costela espanhola, costela que dava para ter a nacionalidade do o país vizinho. Isto significa que só mesmo no que diz estritamente respeito à nação invoco sentimentos nacionalistas e nesse conceito não incluo chutos na bola e muitos outros domínios onde o nosso fervor nacionalista nos ajuda esconder outras misérias bem mais nacionais.

Não ficarei muito preocupado se António Guterres chega ou não a secretário-geral da ONU, percebo que seja um excelente emprego e um final de carreira brilhantes, mas confesso que o antigo primeiro-ministro é o desempregado português que menos me preocupa. Fiquei mais incomodado quando ele fez uma saída estratégica, a tempo de ir para a ONU, e nós tivemos de aturar o Barroso. Essa coisa do prestígio não me convence, a não ser que me expliquem onde está o prestígio granjeado pelo Gana, pelo Egipto e por outros países que tiveram cidadãos na liderança da ONU. 

O que me traz aqui não é a necessidade de protestar contra a última atleta da maratona, uma tal Kristalina que tem como única virtude tornar mais cristalino o papel de certas personagens que se pavoneiam na nossa praça, os deputados europeus do Parlamento Europeu, um grupo de gente escolhida pelos nossos partidos para irem ganhar umas massas em Estrasburgo em vez de nos chatearem em Lisboa, o que no caso de deputados como Ana Gomes não tem dado muito resultado.

Mas, quando vejo  um obscuro deputado europeu tirar o tapete ao seu partido, deixando Passos Coelho a falar sozinho no seu suposto apoio a Guterres, acho que há algo de errado. Em Portugal os deputados representam os programas dos partidos, têm disciplina de votos e só beneficiam de liberdade de voto em questões de consciência. Mas em Bruxelas parece serem deputados por conta própria.

Um líder partidário que anda há meses a sugerir que o primeiro-ministro não tem suficiente influência na Europa para defender os interesses do país, que com pompa e circunstancia diz que vai usar a sua influência no PPE para ajudar a candidatura de Guterres e agora é confrontado com um dos seus eurodeputados a organizar o apoio a uma candidata golpista que andou na sombra a preparar o melhor momento para o golpe?

Otal deputado, Mário David, ainda se justifica assegurando que "Não recebo lições de patriotismo de ninguém». Faz muito bem, o problema não está no patriotismo, o problema é que ele não foi eleito com os votos do partido da direita búlgara onde milita a Kistalina e não é deputado europeu pior conta própria. Pode dizer que representa os seus eleitores portugueses, mas nesse caso alguém de lhe dirá que nunca o ouviram na campanha eleitoral a dizer o que iria fazer.

Afinal, quem representam os deputados europeus, não representam o país pois são eles que decidem o que são interesses nacionais, não representam o seu partido e deixam o líder a fazer figura de urso. Enfim, parece que estão lá para se encherem de dinheiro, para terem relações que lhes venham a assegurar bons negócios e, eventualmente, para defender a denominação de origem das sandes de courato!

É engraçado, quando tanto mal se fala dos nossos políticos os artistas de Estrasburgo costumam ficar esquecidos, logo eles que são os que melhor ganham!

jumento.blogspot.pt
30
Set16

Jardim Patrão Joaquim Lopes em Olhão, depois de anos ao abandono será que vai ser destruido por António Pina, com a ajuda do Ministro do Ambiente?

António Garrochinho


 Resultado de imagem para fotos do jardim Patrão Joaquim LOpes em Olhão

A foto  retirado do Cine 31, é dos primórdios do jardim  Patrão Joaquim Lopes e construído em 1968 pelos nossos antepassados.
Era esse Jardim conhecido  pelos olhanenses como Jardim dos Patinhos, devido ao tanque que aí existia e que dava esplendor ao busto do Nosso Herói Nacional Patrão Joaquim Lopes. esse lago foi destruido e aterrado,depois do 25 de Abril  por um  ex.presidente da CMO,  F.Leal.Tal medida atentatório às nossas memórias,mas que  nada  nos espanta pois esse ex presidente da CMOlhão,nada tem a ver com o passado olhanense, pois veio de Tavira à reboleta até dar em seco na Fuzeta, daì essa aventesma destruir uma coisa construída pelos nossos antepassados nada de espantar , de espantar sim  o resto da vereaçao do PS e a dita oposição na vereação da CMOlhão na Junta de Freguesia de Olhão, e na Assembleia Municipal se terem calado e consentido, e assim foi aterrado o tanque que tinha peixes e patinhos para gáudio e divertimento das nossas crianças.
Em substituição desse   espaço a CMOlhão construíu essa vergonha que podem ver nesta foto retirada de um artigo do Olhão Livre em 2013 que dá para imaginar a vergonha que a C.MOlhão deixou  chegar esse Jardim.
,


Mas hoje fala-se à boca cheia em Olhão,  que o actual presidente da CMOlhão quer dar a machada final ao Patrão Joaquim Lopes  derrubando as cerca de 80 árvores existentes nesse Jardim Patrão Joaquim Lopes, para dar lugar a mais lugares de estacionamento automóvel  um calçadão a imitar Quarteira,  e espaços de restauração e comércio.
 
Para essas medidas criminosas de substituir árvores por automóveis,  conta agora  com um Jakpoot de 2 milhões de € dado pelo ministro do Ambiente em troca do seu silêncio, face às  81 demolições previstas nas Ilhas do Hangares e Farol que o ministro do ambiente anunciou esta semana.
Além da destruição do Jardim o presidente da CMOlhão quer correr com os pescadores mariscadores e viveiristas, do actual Porto de Abrigo da Pesca artesanal  situado nessa Zona Ribeirinha de Olhão, para no seu lugar dar lugar a uma nova Marina nome pomposo, como eles tanto gostam de chamar aos portos de Recreio sempre na mira das  grandes negociatas; Quem será desta vez o felizardo dessa  vergonhosa,  corrida dos pescadores do local que lhes pertence historicamente, para dar lugar a 220 embarcações de recreio-
Afinal de contas e sendo a Ria Formosa um Parque Natural,  será que algum cientista ou ambientalista, e capaz de dizer qual a capacidade de carga, para as embarcações de recreio a motor na Ria Formosa no Concelho de Olhão?
 Este ano a navegação nos cada vez mais estreitos canais de navegação, já foi um caos como será com mais 220 embarcações de recreio a navegar todos nos meses de Julho e Agosto, a velocidades muitas vezes superiores às velocidades permitidas pelo actual  P.O.O.C. que limita a navegação na Ria Formosa a 12 nós.

A  noticia da requalificação da Zona Ribeirinha pode ler nesse extracto de noticia do Diárioonline.

"O Ministério do Mar, através da Docapesca Portos e Lotas, S.A. e em cooperação com o Município de Olhão, vai lançar o concurso público para o Contrato de Concessão da Requalificação, Modernização e Exploração do Porto de Recreio de Olhão.

O concurso prevê uma ampliação inicial de 60 postos de amarração e, complementarmente, autoriza-se a ampliação para acolher um total de 500 postos de amarração, ou seja mais 220 lugares.

O Porto de Recreio situa-se junto da frente marginal da cidade de Olhão e a sua exploração vai ser estabelecida em regime de exclusivo por um prazo de 35 anos.

Estão previstas obras de melhoramento, reparação, renovação, requalificação, infraestruturação, e ordenamento da zona terrestre do porto de recreio, que inclui áreas portuárias, áreas comerciais, instalações de apoio e serviços operacionais, num total de 25470 metros quadrados, conforme acordado com o Município de Olhão.
Extrato da noticia do Diarioonline 

Perante esta noticia o que vão fazer os filhos de Olhão vão mais uma vez ficar parados, e em silêncio e deixar que sejamos estrangeiros a tomar posição contra as medidas da CMOLhão,  como já fizeram aquando o arranque da calçada portuguesa na Zona  Histórica da Barreta?
Será que  o crime de abate de cerca de 80 árvores e da destruição do Jardim Patrão Joaquim Lopes, vai deixar sem resposta pela parte da Junta de Freguesia de Olhão que é actual detentora desse espaço verde??
Que posição vão tomar face a esta gravidade e atentado  aos interesses da população de Olhão, os deputados da Assembleia Municipal de Olhão?
Pela nossa parte podem crer que não nos vamos calar e denunciaremos ao mundo através de todas as formas possíveis e imaginárias e mais esse ataque que é destruição do nosso património que nos foi deixados pelos nossos antepassados.
Olhão fez-se a si próprio à conta do esforço dos nossos antepassados e não vai ser um aprendiz de ditador, apoiado pelo ministro do Ambiente,  que  vai  destruir esses património que os nosso antepassados nos legaram.e que deixaram chegar a esse abandono que há anos no Olhão Livre andamos a alertar conforme pode ver carregando aqui.
olhaolivre.blogspot.pt
30
Set16

VÍDEOS/IMAGENS - CONHEÇA ANIMAIS FOFOS E SIMPÁTICOS MAS QUE PODEM MATAR

António Garrochinho


Muitos animais são fofinhos, tão lindos que dá até vontade de dar um abraço e levar para casa ... mas tome cuidado...


Alguns deles podem até mesmo te matar, conheça 5 animais que podem ser bem fofinhos, mas são super perigosos para nós seres humanos.

Para isso fique com essa excelente matéria do Canal Jovem Casal:

VÍDEO


Saiba mais um pouco sobre eles:

5) Nycticebus



Também chamado de Slow Lóris, pertence ao único gênero de primatas venenosos e atualmente algumas espécies correm o risco de entrar para a lista de animais em extinção, principalmente por conta do tráfico e venda ilegal. Pode ser encontrado no Subcontinente indiano, Sudeste asiático, China e no Arquipélago Malaio.

Distribuição do Nycticebus pelo mundo.
Os Lóris são extremamente bem adaptados à vida noturna: possuem grandes olhos e andam lentamente pelos galhos das árvores para não atrair a atenção de presas e predadores. É capaz de matar um homem adulto com uma mordida. Mesmo assim é fácil encontrar no YouTube vídeos de pessoas que os mantêm em casa, e é impossível não simpatizar com os pequenos mamíferos.

O desmatamento e a medicina tradicional, que utiliza os animais para o tratamento de doenças nos países onde são encontrados, são grandes problemas. O tráfico de animais também faz a população dos primatas diminuir. Eles são retirados das florestas para serem vendidos como animais de estimação ou são levados para cidades asiáticas, onde turistas podem tirar fotos com eles.


Um dos problemas para transformar os Lóris em animais de estimação são as glândulas de veneno localizada nos braços. Eles misturam uma secreção com saliva e a espalham por todo o seu corpo. isso serve como um repelente para insetos e de grandes predadores, como ursos, por exemplo. Porém, esse veneno provoca necrose quando entra em contato com o sangue e uma mordida do primata pode causar um choque anafilático e até matar uma pessoa.

Para evitar o envenenamento, os traficantes removem os dentes dos pequenos primatas. Esse procedimento é feito em condições de higiene precárias, pode gerar infecções e muitas vezes acabam matando os pobres animais.


4) Ursos



Os Ursídeos fazem parte de uma família de mamíferos plantígrados, da ordem dos carnívoros e onívoros, geralmente de grande porte, compreendendo os ursos e o panda, além de também o panda-vermelho. Algumas características comuns dos ursos são pelagem espessa, rabo curto, o olfato desenvolvido e as garras não retráteis. Os Ursídeos são geralmente animais omnívoros.




Ultimamente vem sendo relatado um bom aumento no ataque de ursos a seres humanos. Pessoas são rasgadas por ursos, esse é o resultado do encontro entre nossas duas espécies. Muitos sentem vontade de agarrá-los porque são "bonitinhos", mas se esquecem o tamanho estrago que um animal desse porte pode causar aos seres humanos.

Veja a seguir uma breve compilação de ataques ferozes de ursos a seres humanos:

VÍDEO


3) Macacos 



O termo Macaco tem origem africana e é utilizado como designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropoides. Existem muitas raças de macacos: cebus, saguis, babuínos, macaco-de-cheiro, macaco-prego, coatá, bugios, chipanzés, orangotangos e muitos outros.

Os macacos normalmente são animais de temperamento forte e facilmente ficam irritados. Além disso, seu comportamento é muito instintivo. Se uma pessoa irritar ou perturbar um macaco ele certamente tentará mordê-la, arranhá-la ou lhe machucará de outra forma. 

Muitos macacos costumam "atacar" pessoas para roubar sua comida, objetos brilhantes, óculos ou até mesmo brinquedos. Objetos cheirosos ou barulhentos também prendem a atenção dos macacos, o que aumenta ainda mais o risco de um símio ser agressivo ao encontrar um ser humano.

Dito isso, veja o resultado negativo do encontro entre alguns macacos agressores e pessoas que agiram da forma errada ou simplesmente deram azar de topar no caminho do animal errado:

Vídeo 1: Jovem faz gesto obsceno e é atacado pelo macaco

VÍDEO


Vídeo 2: Macacos Vampiro atacam homem embriagado que invadiu sua "área" no Zoológico

VÍDEO 



2) Tamanduá


Os tamanduás, conhecidos popularmente também como papa-formigas, vivem nas florestas e savanas da América Central e do Sul, desde o Belize até a Argentina. Alimentam-se de formigas e principalmente de cupins, que retiram dos cupinzeiros com a sua longa língua [que chega a medir 50 cm de comprimento - alojada dentro de um focinho também afunilado]. Para desfazer os cupinzeiros, os tamanduás têm garras fortes e curvas nas patas dianteiras, que lhes dificultam o andar.

Um tamanduá adulto pode pesar 45kg e medir 1,80 metros de comprimento, incluindo a cauda, que pode chegar à metade desse tamanho. Suas fêmeas têm um único filhote por ano, muito pequeno e frágil, que é carregado nas costas da mãe até cerca de um ano de idade, tornando-se, assim, muito vulneráveis aos predadores. Outro grande problema que pode afetá-los é a destruição do seu habitat.

Os tamanduás são quase cegos e surdos, por outro lado possuem um olfato excelente. Eles podem sentir o cheiro de uma presa ou predador a dezenas de metros de distância. Quando está com raiva, ele pode virar uma fera realmente mortal usando suas garras que normalmente utiliza para se alimentar dos formigueiros. Dê uma olhada em como ela é:


Essas mesmas garras podem ser usadas para matar seres humanos. Em 2012 um homem brasileiro foi brutalmente atacado e morto por um tamanduá. O animal que é aparentemente dócil causou contusões até o pescoço e oito perfurações na perna que levaram a danos graves nas artérias femorais do homem, e ainda dois furos profundos em seus braços.

Em 2010 também foi relatado um incidente semelhante em que um homem sangrou depois de um tamanduá-bandeira ter atacado sua artéria femoral.

1) Elefante



Atualmente existem três espécies de elefantes no mundo, duas africanas e uma asiática. Também havia os mamutes, mas eles já foram extintos. Os elefantes são os maiores animais terrestres da atualidade, com a massa entre 4 a 6 toneladas e medindo em média 4 metros de altura, podem levantar até 10.000 kg. As suas características mais distintivas são as presas de marfim.


São animais herbívoros, alimentando-se de ervas, gramíneas, frutas e folhas de árvores. Dado ao seu tamanho um elefante adulto pode ingerir entre 70 a 150 kg de alimentos por dia.


Devido ao seu porte os elefantes têm poucos predadores. Exercem uma forte influência sobre as savanas, pois mantêm árvores e arbustos sob controle, permitindo que as pastagens dominem o ambiente. Eles vivem cerca de 60 anos e morrem quando seus molares caem, impedindo que se alimentem de plantas.

E por que eles podem ser tão perigosos e agressivos?



Como os elefantes são pressionados pelos seres humanos a viver em espaços cada vez menores, muitas vezes eles acabam invadindo lugares habitados por humanos apenas para sobreviver – à procura de comida e água.

Os elefantes precisam de um grande espaço para viver, com muita vegetação e água abundante. Quando áreas com essas características são ocupadas por plantações humanas, os elefantes ficam felizes em incluir em sua dieta milho ou outros alimentos plantados para o consumo de pessoas.

E é aí que mora o perigo: às vezes os animais se tornam mais do que felizes com as comidas descobertas a ponto de invadir aldeias e destruir barracos ou casas ao sentir o cheiro desses alimentos.

Observe no vídeo abaixo como os elefantes podem ser violentos quando estão com raiva:

VÍDEO


Estima-se que apenas na Índia o número de mortes de humanos relacionados a conflitos com elefantes cheguem as 300 pessoas por ano, contra cerca de 200 elefantes abatidos.

tudorocha.blogspot.pt
30
Set16

Barcos afundados por submarino alemão no Algarve são tema de palestra em São Brás

António Garrochinho


No dia 24 de Abril de 1917, o submarino alemão SM U-35 afundou quatro barcos ao largo do Algarve, entre Lagos e Sagres. Quase cem anos depois, este momento da história vai ser recordado na palestra «Projeto U-35» que o investigador Augusto Salgado dará no Museu do Trajo de São Brás de Alportel, no dia 4 de Outubro, às 14h30.
Este é um episódio pouco conhecido, cujos contornos estão a ser desvendados, desde 2014, por uma equipa de investigadores coordenada por Augusto Salgado e Jorge Russo , que está a analisar os destroços deixados pelos ataques.
Naquele dia de 1917, em plena I Guerra Mundial, o submarino alemão afundou o cargueiro a vapor norueguês SS Torvore, os navios SS Nordsoen e SS Vilhelm Krag e o veleiro italiano Bieneimé Prof. Luigi.
Aos comandos da embarcação germânica estava o comandante Lothar von Arnauld de la Perière, «conhecido como “o às dos ases” e que poderá ser o responsável pelo maior volume de afundamentos realizados até hoje, em toneladas», segundo a Câmara de São Brás de Alportel. Só este submarino, terá sido responsável por colocar no fundo do mar 20 vapores e 3 veleiros, tendo em conta os registos existentes.
«Os estudos aos destroços dos navios afundados ao largo da região algarvia, iniciados em 2014 sob coordenação de Augusto Salgado e Jorge Russo, permitem reunir um vasto conjunto de informações relevantes a nível arqueológico, histórico-geográfico e tecnológico. As análises concretizadas neste âmbito pelo Centro de Investigação Naval e a Escola Naval, as entidades responsáveis por esta investigação, representam um importante contributo para o conhecimento da estratégia de guerra submarina da Alemanha, nesta época», acrescentou a autarquia são-brasense.
«Pelo seu contributo para um melhor conhecimento da História da Europa, o trabalho desenvolvido pelo Projeto U-35 concedeu ao Centro de Investigação Naval e à Escola Naval o galardão Adopt a Wreck Award 2015, atribuído pela Sociedade Náutica de Arqueologia (Nautical Archaeology Society). Este projeto está integrado nas comemorações dos 100 anos da I Guerra Mundial», concluiu a Câmara.

www.sulinformacao.pt
30
Set16

HISTÓRIA - Ucrânia lembra 75 anos do massacre de Babi Yar

António Garrochinho


No período de dois dias, quase 34 mil judeus 


foram mortos no 

maior fuzilamento em massa feito pelos nazistas

Vasily Mikhailovsky ainda se lembra muito bem daquele dia no final de setembro de 1941. Ele tinha 4 anos quando, de repente, apareceram folhetos na Kiev ocupada pela Alemanha. Eles convocavam os judeus a se reunirem num local específico na periferia da cidade. Era um dia de outono ensolarado. "Um grande número de pessoas se colocou a caminho", recorda Mikhailovsky. "Eles puxavam carrinhos com seus pertences."

Mikhailovsky estava com sua babá, Nadia. A mãe havia morrido logo após o seu nascimento. O pai fora capturado pelos alemães como soldado do Exército Vermelho, mas conseguiu escapar. Em seu retorno a Kiev, foi morto a tiros.


Liderança ucraniana e comunidade internacional 


homenageiam vítimas com um amplo programa em 2016
O administrador do prédio disse a Nadia que levasse "a criança judia para Babi Yar". Nadia, que, na memória de Mikhailovsky, "não era particularmente bonita, mas muito, muito simpática", obedeceu a instrução. Na manhã seguinte, os dois fizeram o caminho até a ravina, localizada a sete quilômetros de distância, juntamente com milhares de outros.
"Eu estava muito feliz porque pensei que era uma manifestação, como no Primeiro de Maio ou no dia da revolução", diz Mikhailovsky, em entrevista à DW. "Eu dizia para Nadia: 'Compra para mim um balão ou uma bandeirinha. Mas aquele não era um dia de festa".
"Como gado"
O que aconteceu naquele dia foi, em vez disso, o maior fuzilamento em massa realizado pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. No período de dois dias, quase 34 mil judeus foram executados em Babi Yar.
Quando Mikhailovsky e Nadia se aproximaram das demais pessoas na ravina, os soldados se alinhavam na beira da estrada e forçaram as pessoas para dentro da área das execuções. "Eles batiam nas pessoas, as empurravam a coronhadas e cassetetes e as tocavam como gado", recorda-se Mikhailovsky. "Em algum momento, chegamos a uma espécie de cancela."
Ele ainda se lembra de como Nadia mostrou seu passaporte para o policial e disse "eu sou ucraniana, eu sou ucraniana". Um dos guardas a agarrou pelo colarinho e a arrastou para o outro lado da cancela. "Ele apontou para uma pequena passagem e disse 'vá e coloque a criança ali'", diz Mikhailovsky.
Enquanto esperavam, podiam ouvir o que acontecia às pessoas que haviam chegado ao fim da passagem. "Ouvimos gritos e choro, mas os aviões que voavam sobre nós abafavam o barulho", conta Mikhailovsky. "Em algum lugar sobre nós tocava música."
Discussões sobre monumentos
Durante décadas, o que aconteceu naquela ravina não fez parte da história oficial da Ucrânia. No início, as autoridades soviéticas se negaram a reconhecer o massacre. Quando elas finalmente ergueram um monumento – uma enorme estátua de bronze com figuras curvadas em sofrimento – as vítimas foram simplesmente denominadas de "cidadãos soviéticos".



Quando a União Soviética chegava a seu fim, grupos judeus ergueram um monumento de formas mais simples, perto da ravina onde ocorreu a tragédia. Após a independência do país, o governo de Kiev começou a lembrar o evento com cerimônias oficiais.
Neste ano, por ocasião do 75º aniversário, a liderança ucraniana e a comunidade internacional homenageiam as vítimas com um amplo programa, que inclui conferências, exibições de filmes, concertos e exposições. Grupos judaicos querem construir perto do local um grande museu do Holocausto.
Mas a lembrança do ocorrido também gera polêmicas. Os judeus não foram os únicos a serem assassinados em Babi Yar durante a Segunda Guerra Mundial. Também ciganos da etnia rom, prisioneiros de guerra soviéticos, doentes físicos e mentais estão entre as vítimas.
No entanto, a esmagadora maioria dos mortos era de origem judaica. Alguns observadores temem que, com a ênfase no caráter multiétnico da vala comum, o papel de Babi Yar como um dos principais monumentos do Holocausto possa ser diluído.
Outra dificuldade é que alguns grupos nacionalistas na Ucrânia querem homenagear vítimas que tiveram um papel controverso durante o Terceiro Reich. Os nazistas também assassinaram membros de uma organização nacionalista ucraniana em Babi Yar. Historiadores ocidentais acusam o movimento de ter participado do Holocausto. No entanto, as tentativas de incluir a organização na comemoração oficial fracassaram.
"Esta data especial deve ser usada para incentivar uma ampla discussão sobre o Holocausto, o ódio racial e seus perigos", diz Adrian Karatnycky, da organização judaica Ukrainian Jewish Encounter. "Ela deve honrar os mortos, mas também ensinar os sobreviventes."
Viver com o passado
Mikhailovsky é um dos três sobreviventes de Babi Yar que ainda estão vivos. Depois que ele escapou daquele terror, Nadia o encontrou num orfanato que escondia várias crianças judias.
Mikhailovsky acabou sendo acolhido por uma família. Seu pai adotivo salvou duas mulheres judias durante a guerra, a atual esposa de Mikhailovsky e a mãe dela. Mikhailovsky ainda vive no apartamento de sua família. Ele fica apenas a cem metros da estrada através da qual ele, Nadia e todos os outros tiveram que caminhar para Babi Yar.
Mas hoje ele não pensa mais nisso. Ele está mais preocupado com o destino das pessoas no leste da Ucrânia – principalmente as crianças, afetadas pela guerra, como ele foi 75 anos atrás. "Como essas pobres crianças lidam com isso? Especialmente aquelas que perderam os pais?", ele pergunta. "É terrível ser um órfão, você não pode imaginar como isso é ruim."
operamundi.uol.com.br

30
Set16

Manaca. “Só se dizem disparates sobre o autogolo”

António Garrochinho

Na semana de Vitória-Sporting em Guimarães, faz-se ligação directa para Toronto, onde mora o homem do autogolo mais falado em Portugal, o do título de campeão em 1979-80

Manaca no Sporting

Ya
. Colecione a palavra ya, é a da moda. De quem? Carlos Alberto Manaca Dias. O saudoso Manaca. Em 15 anos de 1.ª divisão, a jogar como lateral ou central, marca por seis equipas. Extraordinário registo para um defesa. Começa na Sanjoanense e vai por ali fora: Sporting, Vitória FC, Braga e Vitória SC até desaguar no Estoril. Ao todo, 23 golos. E um autogolo, aquele de maio 1980. Esse lance permite a vitória magra do Sporting em Guimarães (1-0) e impede o Porto de se sagrar tricampeão nacional pela primeira vez. No deve e haver, a tranquilidade de Manaca é superior à indignação portista. Ei-lo, Manaca ao vivo e a cores desde Toronto, no dia seguinte ao seu 70.º aniversário.
Boa tarde, Manaca, tudo bem?Ya [comece a colecioná-los já]. Boa tarde aqui, boa noite aí. Aqui são três da tarde, aí oito da noite. Você não janta?
Já vou, já vou. Só depois do Porto-Boavista.Aqui o dia está meio nublado e vou aproveitar a segunda parte do Porto-Boavista para dar um passeio aqui na plaza em frente à minha casa. Um passeio curto. Quero ver o Sporting-Estoril daqui a nada.
Muito bem. Sporting-Estoril é daqueles jogos que lhe diz muito.Ya [olha, outro], tem razão. Marquei um golo pelo Estoril, em Alvalade. Sabia?
Errrrrr, não.No ano em que o Sporting foi campeão com o Malcolm Allison, em 1982. Aquilo era uma super-equipa: Meszaros, Manuel Fernandes, Jordão.

VÍDEO
E o Estoril?No banco, um grande, grande, grande senhor chamado Jimmy Hagan. Já morreu?
Ya.A gente pensa que é novo e esquecemo-nos que os outros eram já muito mais velhos que nós. Lembro-me tão bem desse jogo. No treino de quinta-feira, senti um rasgão na perna. O Jimmy Hagan examinou-me a olho nu e disse-me para pôr gelo, gelo e mais gelo. Nunca mais treinei. No domingo, almocei com a equipa e fui para o Estádio José Alvalade. Cheguei lá e equipei-me a pedido do Jimmy Hagan. Subimos ao relvado. Ele mandou-me fazer uns exercícios. Isto, aquilo, etecetera. Às tantas, pára o treino e diz-me ‘já estás pronto para jogar’. E joguei. O tempo todo. Sem dores.
E marcou?Sim, o 2-2. Pergunte ao Manuel Fernandes, ele lembra-se bem. Nos últimos minutos, o Jordão fez o 3-2. Nessa jornada, a equipa-sensação do Rio Ave, em quarto lugar, ganhou nas Antas.
E o Estoril, quem jogava lá?Abrantes na baliza. Na defesa, Teixeirinha, Paris, José António e Fernando Santos.
O Fernando Santos?Ya, esse mesmo, o nosso selecionador. Mande-lhe um abraço e força para o Mundial-2018. Ganhámos o Euro-2016 com muita categoria. Estou à espera de mais alegrias. Boa gente, o Fernando Santos. Cumpridor, humilde, trabalhador. Subimos de divisão, da 2.ª para a 1.ª, em 1981. O treinador era o José Torres, outro homem com quem aprendi muito. Era divertido treinar com ele. Juntava-se a nós e apanhava caneladas nos treinos. Ria-se imenso e queria estar no meio de nós, sem aquela separação entre treinador e jogador. Torres e Hagan, os melhores que vi. Adiante.
Bora.Vitinha, Vieirinha, eu, Diamantino, José Abrantes e Hélio.
No banco, Hagan.Hagan, grande Jimmy Hagan. O homem tinha uns 60-e-tal anos e puxava por nós com uma força. Antes dos treinos, ele dizia-me: ‘Manaca, tu vais à frente do pelotão para seres um exemplo’. Eu respondia-lhe que não queria ser um exemplo e ele insistia: ‘Tens de ser, todos os clubes tem um líder. Tu tens 34 anos, dá o exemplo.’ Ele tinha quase o dobro da minha idade e fazia aqueles exercícios na boa. Puxava por nós. Quer saber uma boa?
Ya.Depois do 25 de Abril, as contas do presidente do Estoril ficaram congeladas e não havia com que pagar os salários aos jogadores. Um belo dia, antes do treino, o Hagan apareceu lá com uma mala, entrou no balneário, reuniu os jogadores e perguntou-nos um a um: ‘Tu, quanto é que te devem?’ Dizia-se um número, ele abria a mala, tirava dinheiro e entregava em mão. Isto é o Jimmy Hagan.
25 de Abril de 1974. Nesse dia, o Manaca estava retido em Espanha.Verdade. Tínhamos sido eliminados pelo Magdeburgo, na RDA. A vez que estive mais perto de chegar a uma final europeia. Aquele era o nosso ano: o Sporting foi campeão, ganhou a Taça de Portugal e só foi travado nas meias-finais. Por manifesto azar, diga-se. O jogo de cá foi de sentido único para nós. Atacámos até mais não e só empatámos. O Dinis falha um penálti, o Bastos dá-lhes o golo num atraso de longe para o Damas e eu marquei o golo, de cabeça. Lá, perdemos 2-1 e não merecíamos sair daquela forma. Fomos melhores durante os 180 minutos.
Isso é dia 24.Ya. Acaba o jogo e um dirigente do Sporting diz-nos que há uma revolução em Portugal. Pouco depois, um dirigente da Alemanha Democrática também nos diz, sem parar,revolution revolution revolution. Fomos dormir. Pouco. Quando acordámos, só podíamos viajar para Espanha. A nossa fronteira estava fechada. Esperámos, esperámos e esperámos perto de Elvas e só fomos para casa de autocarro. Tudo junto, umas sete horas de espera. Mais a viagem de autocarro. Chegámos completamente derrotados a casa.
VÍDEO
E a ressaca da revolução.Havia muita coisa por fazer. E outras mal feitas. Não se podia andar tranquilamente de carro, apanhávamos sempre filas imensas. Como morava em Loures, ia sempre para Lisboa e parava na Alameda das Linhas de Torres para a revista. Saía do carro e tal. Enfim.
Esse é também o ano do Di Stéfano no Sporting.Sim, a pré-época do Di Stéfano.
Porquê tão pouco tempo?Boa pergunta. Nem chegou a dois meses. O Di Stéfano tinha uma forma especial de falar com os jogadores e tinha uma ideia de jogo bastante própria. Fazia os jogadores acreditarem no seu potencial e até mais além. Mas nunca percebi a razão daquele desenlace. Se me perguntassem na altura ou agora, eu diria a mesma coisa: ‘O que foi que este homem fez de errado para ir embora um mês e meio depois de ser contratado?’ Ainda não entendi se prevaleceu a vontade do Di Stéfano ou dos dirigentes. Não foi a primeira nem a última vez que isso aconteceu.
Nessa altura, era a segunda experiência no Sporting. Como chegou a Alvalade?Jogava no Sporting da Beira e o Sporting de Lisboa interessou-se por mim, mas só depois de Porto e Benfica. Naquele tempo era menor e não tinha qualquer hipótese de escolha. Esse pelouro pertencia aos meus pais. Ora bem, o meu pai era sportinguista e está a ver, não está? Acabou por juntar o útil ao agradável, até porque eu também era, e sou, do Sporting.
Equipa do Sporting Clube de Portugal, 1973/74
Equipa do Sporting Clube de Portugal, 1973/74 (Manaca é o primeiro a contar da esquerda de pé)
No Sporting, chegou, viu e venceu?[atenção, o ya vai falhar] Nããããão. Cheguei numa altura em que o Sporting tinha acabado de ganhar a Taça das Taças e toda a defesa do Sporting estava a preparar-se para o Mundial-66.
Mas o Manaca não era avançado?Em Moçambique jogava como interior. Marcava muitos golos e até ganhei duas Bolas de Prata como melhor marcador no Sporting da Beira.
Então recuou no terreno, foi?Ya. Defesa-direito, esquerdo ou central. Eu queria era jogar. Diziam-me para fazer de defesa-direito e eu fazia. Foi assim que fui bicampeão nacional e venci quatro Taças de Portugal pelo Sporting.
Seis títulos pelo Sporting é dose. Porque é que saiu de Alvalade?Saí três vezes e voltei outras três. Primeiro saí emprestado para a Sanjoanense. Depois saí porque tínhamos problemas internos de balneário. Esses problemas obrigavam-nos a repensar. Tocavam diretamente a nós, africanos. Nessa altura, o Sporting tinha uns oito ou nove africanos, de Moçambique, Angola. Na equipa principal jogavam eu, Dinis e Alhinho. Nós não aceitámos determinadas peripécias e decidimos sair, já que acabávamos o contrato no mesmo ano.
Que tipo de peripécias?Ahhhhhhhhh! Não quero falar disso, por uma questão de consciência tranquila. Só lhe digo que nos sentíamos a mais. Então se estamos a mais, ficam vocês. Nunca nos arrependemos disso. Tínhamos a consciência tranquila do que estávamos a fazer. Não sou camaleão.
Leão, só?É isso mesmo. Sou leão. E sou leão de juba negra, o maior leão de África. Mas esse clube aperta-me o coração. Já nessa altura. E agora também.
E o que aconteceu nessa época?Com o consentimento de Dinis e Alhinho, tive um almoço com o dr. Sousa Marques, o diretor do departamento de futebol. Todos eles sabiam o que se estava a passar. E saímos os três. Eu para o Vitória de Setúbal, o Dinis e o Alhinho para o FC Porto.
E volta ao Sporting em 1977?Sim, porque algumas pessoas, as das peripécias, já não estavam lá.
E porquê só um ano?Os números não me agradaram.
Saiu para onde?Vitória de Guimarães.
O Vitória oferecia-lhe mais que o Sporting?Exatamente.
A sério?Se eu dissesse os números, você acharia ridículo. Vou contar-lhe só isto: o Sporting tinha um director chamado Abraão Sorin. Certa vez acabei o meu contrato e ele: “Ó Manaca, o Sporting não tem nenhum contrato para apresentar. Ficas a ganhar o mesmo mais dois anos. Se quiseres, tudo bem. Se não quiseres, não jogas em lado nenhum.” Naquela época, não havia livre circulação de jogadores. Vou dar-lhe um caso: o Sochaux queria contratar-me e fez uma proposta. Como não havia cláusula de rescisão, eram os treinadores e dirigentes quem decidiam o nosso futuro. O Juca virou-se para mim e disse-me ‘não quero que tu saias’. Ponto.
Como é que resolveram essa situação?Como é que acha que resolvi? Isto era como na época dos escravos. O que faziam os escravos?
As equipas portuguesas deixaram de contar com os africanos. Contratam meia dúzia de argentinos, meia dúzia de brasileiros e misturaram com croatas e sei lá. As equipas perderam identidade e deixaram de lado alguns princípios. Quando os quiserem recuperar, já será tarde.
Quais princípios?Repare só: diz-se que o Sporting esteve em Angola para abrir academias, ok? Vão para lá e a primeira coisa que fazem questão de pedir é três milhões de dólares aos angolanos. Quer dizer, queriam que lhes pagassem? Mas o interesse é só dos angolanos? Onde é que o Sporting quer ir assim? Não vai a lado nenhum. O Sporting veio cá a Toronto e não me lembro de ter pedido três milhões de dólares aos canadianos. Estão a pensar o quê? Que Angola é a república da banana do passado? Que eu saiba, o Benfica também tem uma coisa dessas [academia] e não me lembro de ter pedido dinheiro. Que eu saiba…
Sporting-Benfica. Qual foi o primeiro dérbi?Foi para a Taça de Honra, no Restelo. Empate 1-1 e eu faço o golo, na sequência de um canto. O jogo foi a penáltis e ganhámos ao Benfica de Coluna, Eusébio. Mas também gosto de Sporting-Belenenses.
Então?É uma das minhas melhores histórias. O Sporting ganha 1-0 no Restelo a um Belenenses forte. O prémio de vitória era de 300 escudos ou algo parecido. Não era grande coisa. A verdade é que o Sporting não jogou bem e, quando nós pensávamos que íamos receber o prémio, recebemos uma carta da direção do Sporting a dizer: “Exmostátátátátá nome do fulano, devido ao resultado do jogo com o Belenenses, o prémio que deveriam receber reverte para uma multa pela falta de aplicação.”Olha só, belas épocas, hein! Agora tem graça contar, na época não teve graça nenhuma. 300 escudos era muito. E os maçaricos, como eu, é que pagavam. Os mais veteranos, não.
Falta de aplicação. Assim obriga-me a perguntar pelo autogolo em Guimarães?Ya, já sabia. Vou levar com essa pergunta até ao fim da vida. Disparates, é tudo disparates. Olhe, quantos autogolos já se marcaram em Portugal esta época?
Contá-los é difícil.Esta época, só. Olhe lá aquele do Porto com a Roma, por exemplo. Alguém fala disso?
Não.Good. Porque é que não falam de outros autogolos, então? Porquê só desse?
Porque é o do título de 1979/80.O do título? Nãããããã. Quem é campeão antes de acabar o campeonato? Ninguém. O Porto julgava-se campeão e pensava que ninguém iria roubar-lhe o tri. Se o Porto não empatasse com o Varzim, na jornada anterior, não estaríamos aqui a falar disso. O Porto não cumpriu o seu papel e depois quis lavar a roupa suja onde não existe. E eles falaram muita coisa.
Eles, quem?Eles: Pinto da Costa e Pedroto. Estou muito acima deles para pactuar com essa canalhice e vergonha do futebol português. É triste alguém ter o desplante de tratar os outros de forma reles, com tanto desprezo.
Alguma vez os confrontou?Para quê? Estou a ver o lance agora mesmo. É um cruzamento e eu salto, de costas para a baliza, entre o Manuel Fernandes e o Jordão. Insisto: de costas para a baliza. Ouça, é um autogolo como qualquer outro. O FC Porto quer é um bode expiatório. Eu próprio já fiz autogolos no Sporting.
Mais?Ya. Um com o Hibernian, na Escócia, para a Taça UEFA. Perdemos 6-1, uma noite para esquecer. Fiz um autogolo. Um cruzamento, a bola tocou-me no peito e foi lá para dentro. O Damas nem a viu. É azar. Em Guimarães, também foi assim, azar. Não fiquei rico, não fiquei pobre, continuo a ser o que sou. Sou um defesa. Só que um autogolo de um preto está comprado, um autogolo de um branco é má sorte.
Na outra baliza, o Manaca também acertava.Ya.
Como?Livres diretos ou de cabeça. Ou de peito. Lembro-me de um golo com o peito, pelo Estoril. Ao Braga, na Amoreira. Lembrei-me agora mesmo, assim de repente. Foi engraçado falar e o lance aparecer-me na memória.
O Manaca marcou aos três grandes.Ya. Até marquei dois golos no mesmo jogo ao Porto. Um foi de cabeça, em antecipação ao Rui. O outro de livre direto. Por falar nisso, estou a lembrar-me de um golo pelo Vitória. Ao Sporting, no Bonfim. Na baliza, o Damas. Como o conhecia bem, sabia as virtudes e defeitos nos lances de bola parada. Puxei a bola para o poste mais próximo e ele não defendeu.
Com tantos golos, como nunca foi à seleção?Fui convocado uma vez. O Sporting recebeu um telegrama da federação e um dirigente do clube pediu-me para estar atento. Só que, nessa semana, dei uma entrevista. Naquele tempo, o Juca e o Pedroto eram os selecionadores. Acima deles, havia um comandante. Manuel da Luz Afonso. Acho.
Quando jogou nos Estados Unidos contra Pelé
Quando jogou nos Estados Unidos contra Pelé (Manaca à direita de Pelé) @D.R.
Sim, o homem do Mundial-66.Ya. Era o general lá do sítio [seleção], tinha mais boca como treinador do que como dirigente. Mandava em tudo. Eu dou a entrevista e digo que admitia muito mais o Juca ou o Pedroto a dizer-me o que quer que fosse a respeito de futebol do que ele, Manuel da Luz Afonso. Quer dizer, ele era um doutor. Os doutores não podem treinar a seleção, não é? O futebol é para indivíduos do futebol. Não é para doutores. A partir daí, fui banido. Os meus companheiros diziam-me sistematicamente para não falar daquela maneira porque nunca mais ia ser chamado. E então? Se me perguntaram a opinião, tenho de a dar. Eles ficaram torcidos, claro. E nunca mais me chamaram. Aliás, preferiam meter um médio a lateral-esquerdo do que a mim. Quando isso acontece, o futebol está virado do avesso.
E o Manaca como treinador?Quase levei o Peniche à 1.a divisão.
O quê, o Peniche?Ya. Acabámos esse campeonato da zona centro em segundo lugar, atrás da Académica, e fomos para a liguilha, juntamente com Penafiel, Chaves e Marítimo. Quem ganhasse o grupo, subia. O Peniche deu luta até ao fim e acabou em segundo, com os mesmos pontos do líder Penafiel. O problema foi perder 6-4 nos Barreiros a uma jornada do fim. Ainda ganhámos 4-1 em Chaves, com o segundo bis seguido do júnior Forbs, aquele que depois jogou no Sporting, mas nada feito.
Uyyyyy, quase sobe à 1.a divisão com o Peniche. Tem outros momentos marcantes?Joguei com o Pelé, um enorme jogador, único. Quando se fala mais de um jogador do que de outros, está tudo dito. Aquela fotografia foi tirada em Nova Iorque, num Cosmos vs Boston. Na minha equipa, estavam Eusébio, Simões, Nelson e Calado.
Qual foi o resultado?O jogo foi equilibrado, o Eusébio estava do meu lado. O resultado? Não importa. [e ri-se]
Obrigado e boa noite, Manaca.Já é tarde aí. Boa soneca

observador.pt
30
Set16

PJ tem 500 incendiários identificados. Nenhum é pirómano

António Garrochinho


A base de dados da Polícia Judiciária reúne, desde 1997, perfis de 500 incendiários. A nenhum foi traçado um diagnóstico de piromania, mas a maior parte sofre de doença mental.
Há oito anos que os bombeiros de Proença-a-Nova não enfrentavam um inferno assim. As temperaturas, pensavam eles, tinham trazido de volta os violentos incêndios numa zona caracterizada por si só como perigosa, por ser rica em pinhal. Mas, dias depois do maior fogo deste verão no concelho, ficariam incrédulos. Não tinha sido o calor o rastilho do fogo, mas um ex-colega da corporação: José, 46 anos, foi detido por suspeitas de ter ateado 16 fogos no concelho. Preso preventivamente, é agora um dos cerca de 500 incendiários detidos que constam na base de dados da Polícia Judiciária. Mas não é pirómano.
“Geralmente os incendiários são indivíduos que vivem na floresta e que, quando assumem o que fizeram, consideram o seu comportamento pouco grave, porque ‘não mataram ninguém’, como costumam dizer. Acham que a floresta volta a crescer depois e que não é grave. Nalguns casos, os fogos resultam de fogueiras feitas a horas indevidas, noutros são situações mais graves, de doença mental. Mas não existem pirómanos em Portugal. Aliás, mesmo em termos internacionais é muito raro”, afirma ao Observador a psicóloga da Polícia Judiciária, Cristina Soeiro.
José tem 46 anos e foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) na segunda quinzena de setembro. O juiz considerou que os 16 fogos que terá ateado eram indício suficiente para que ficasse em prisão preventiva a aguardar o desenvolvimento do processo. José foi também o 72.º detido neste ano de 2016 por suspeita do crime de incêndio florestal. E terá sido responsável por uma área ardida de “um milhão de metros quadrados, composta por povoamento de pinheiros, eucaliptos, sobreiros e oliveiras”, especificou a PJ em comunicado. Mesmo assim, não é considerado pirómano.



Foram as suas mãos que escreveram em dezembro uma carta aos responsáveis pelos Bombeiros Voluntários de Proença-a-Nova, onde entrara há doze anos transferido da Sertã, depois de ter mudado de casa. José, casado e com filhos, trabalhava como mecânico numa oficina que até tinha acordo com os bombeiros. Na carta que enviou ao Comando, explicava que teria que se retirar das funções de bombeiro voluntário por “problemas pessoais”. Fonte dos bombeiros explicou ao Observador que José sofria de uma doença “que não o incapacitava fisicamente”, e que tinha “muitas consultas marcadas”. Teria chegado à conclusão de que não era possível conciliar as duas coisas.
Em Proença-a-Nova ninguém percebe o que passou pela cabeça de José. “Sempre foi um homem prestável, super acessível, tranquilo, e nunca nos passou pela cabeça que pudesse fazer isto”, disse o comandante dos bombeiros Tiago João Serra Marques, que assinou já um comunicado na tentativa de manter os seus homens motivados. “Não queremos que associem os bombeiros aos incendiários”, esclareceu ao Observador. “O corpo de bombeiros vive um momento de consternação e de tristeza”, escreveu no comunicado que divulgou na rede social Facebook.
Não se sabe porque é que José provocou 16 fogos — mas por prazer não foi. Segundo a psicóloga clínica Diana Frasquilho, a piromania é “uma perturbação do controlo de impulsos e foi mais recentemente classificada como uma perturbação de controlo de impulsos e de conduta, por incluir não só problemas relacionados com o controlo das emoções e comportamentos, mas também por esses problemas se poderem manifestar em comportamentos que violam os direitos de terceiros (como por exemplo agressão, destruição de propriedade) ou normas da sociedade ou figuras de autoridade”, esclarece.
Diana Frasquilho explica, por outras palavras, que, para ser diagnosticada a piromania a alguém, tem que haver “presença de múltiplos episódios de provocação deliberada e propositada de incêndios, antecedidos por tensão ou excitação afetiva antes do comportamento”. Ou seja, “o comportamento incendiário é motivado pelo fascínio ou atração pelo fogo e seguido pela sensação de prazer (ao provocar o incêndio)”. O pirómano aprecia as “qualidades estéticas do fogo”. Um prazer que o incendiário que procura “ganhos monetários”, expressar “raiva ou vingança” ou que esteja mesmo em “delírio ou alucinação” não sente. E é essa a diferença entre um pirómano e um incendiário, mesmo que este sofra de uma outra doença mental.
A psicóloga da PJ, Cristina Soeiro, diz que só é possível diagnosticar esta patologia quando todas as outras doenças mentais “são descartadas”. Por isso, em Portugal ainda não houve um diagnóstico semelhante.
José integra agora a base de dados da Polícia Judiciária, que reúne cerca de 500 incendiários. Criada em 1997, esta base permite à polícia perceber que tipo de incendiários existe em Portugal. Permite também monitorizar se há reincidências. De acordo com declarações de Cristina Soeiro ao Observador, nos últimos anos os incendiários que aparecem obedecem a três perfis diferentes.
Incendiario-perfil-clinico
A PJ chama incendiários de história clínica ao grupo de homens e mulheres detidos por suspeita de serem os autores de incêndios florestais a quem foram detetados problemas psicológicos. Os problemas mais frequentes resultam do álcool, da depressão ou do défice cognitivo. Estes incendiários, explica Cristina Soeiro ao Observador, são responsáveis por 55% dos fogos. Neste grupo há ainda 8% dos suspeitos do sexo feminino. A maior parte das mulheres que provocou um fogo, fê-lo por atravessar uma depressão ou em resposta a uma questão amorosa. Já os mais jovens deste grupo atuam por impulso ou por vandalismo, constata a psicóloga da PJ.
A taxa de reincidência também não é reduzida. 17 % destes incendiários são reincidentes, ou seja, já estavam referenciados pela polícia por crimes idênticos. “Têm uma visão muito simplista do mundo e não têm noção da gravidade dos seus atos”, explica Cristina Soeiro.
Incendiario-perfil-retaliatorio
No grupo dos incendiários retaliatórios estão 43% dos incendiários registados pela PJ. Aqui encontram-se homens e mulheres que cometeram o crime de incêndio por vingança, como por exemplo em casos de partilhas. De acordo com a psicóloga Cristina Soeiro, neste grupo os suspeitos agem com um motivo para cometer o crime.
Normalmente, conhecem os donos dos terrenos que escolhem para queimar e querem atingi-los por uma questão de vingança. 10% dos suspeitos integrados neste grupo são do sexo feminino.
Incendiario-perfil-beneficio
Os incendiários de benefício têm uma intenção económica, ou seja, procuram um benefício quando ateiam um fogo. Segundo a PJ, são uma minoria e representam apenas “1,6% dos incêndios criminosos”, diz Cristina Soeiro.
Os psiquiatras Pedro Oliveira e Joana Mesquita, coordenados pelo psiquiatra Victor Mota, analisaram 2834 perícias médico-legais feitas entre 1986 e 2011 no Hospital Conde Ferreira e na Unidade Funcional de Psiquiatria e Psicologia Forense do Hospital de Magalhães Lemos e traçaram uma análise sócio demográfica e clínica. Daqui, selecionaram 92 relatórios clínicos relativos a incendiários. A maior parte (56%) autores de incêndios florestais.
O trabalho, feito em 2013, concluiu que na maior parte (52,2%) dos casos analisados as pessoas em causa sofriam de debilidade mental, 39,1 % de alcoolismo e 17,4% de psicose. A 12% foi diagnosticada epilepsia e a 9,8% perturbações na personalidade. “Não foi encontrado nenhum indivíduo com diagnóstico de piromania”, lê-se nas conclusões do estudo apresentado no VI Congresso Internacional da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Psicologia da Justiça, em 2013.
Contactado pelo Observador, Pedro Oliveira explicou que o trabalho partiu mesmo da ideia de que em Portugal há um número elevado de incêndios com mão criminosa. Ressalva-se que o trabalho destes psiquiatras assentou em incêndios florestais e urbanos, mas as conclusões não se distanciam daquelas a que o gabinete de Psicologia da Polícia Judiciária já chegou: a maior parte dos incendiários sofre de doença mental, mas não é pirómano.
“O presente estudo, efetuado em 92 perícias médico-legais realizadas ao longo de 25 anos, corrobora o conhecimento prévio relativo às características sócio demográficas e clínicas mais habituais dos incendiários com doença mental”, lê-se.
Da amostra de doentes, os psiquiatras conseguiram perceber que a maior parte destes incendiários (94,6%) são homens, de 38 anos, sem ocupação profissional e solteiros. Os que se encontravam a trabalhar têm baixas qualificações e dedicavam-se à agricultura ou construção à civil. Aqui a taxa de reincidência foi de 6,5%.
Nalguns casos, o crime de incêndio estava associado a outros crimes, como danos, agressão, homicídio, coação sexual ou ameaça. Para a psicóloga da PJ, Cristina Soeiro, a taxa de reincidência combate-se não com a aplicação de medidas privativas da liberdade, como tem sido sugerido, mas com tratamento. “De que serve prender um incendiário com doença mental se depois esta doença não é tratada?”, interroga-se.

Pedro Oliveira explica que os resultados mostram a raridade de pirómanos que existe. “Este meu estudo é a prova disso, são mais frequentes os débeis mentais e alcoólicos, que são mais de 89%”, acrescenta. Na piromania, lê-se no estudo, “os incêndios são ateados pelo prazer de ver arder e pela satisfação do fogo em si. Os efeitos destrutivos das chamas produzem no pirómano um certo bem-estar e uma sensação gratificante, que o liberta da tensão”.
“Não é de todo surpreendente a não existência de um verdadeiro pirómano na nossa amostra”, conclui-se.
Nos incendiários estudados, os motivos de incêndio prendiam-se principalmente com negligência, acidentes e ganhos primários, “sobretudo no contexto de vingança e delírio”. Tal como os incendiários registados pela PJ, apenas uma minoria agiu motivada por ganhos financeiros.



De acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a 31 de agosto deste ano tinham sido registados 10.288 fogos, menos 3.194 do que no mesmo período de 2015 mas com uma área ardida bem maior: este ano arderam 107.128 hectares de florestas. Em 2015, no mesmo período, tinham ardido 58.601 hectares.
Quando anunciou este número, o comandante nacional operacional da ANPC, José Manuel Moura, afirmou que a área ardida estava acima da média dos últimos dez anos, com valores semelhantes a 2013 e 2010, mas inferiores a 2003 e 2005.
O comandante dos bombeiros de Proença-a-Nova, onde José foi preso, também refere que este ano foi “anormal” em termos de número de ignições. E que não se via um ano assim desde 2003. O último grande incêndio foi registado perto das propriedades da família de José, nos primeiros dias de setembro. José, ex-bombeiro, foi detido pouco depois.
Texto de Sónia Simões, ilustração de Andreia Reisinho Costa.
observador.pt
30
Set16

Futebol inglês. Mais três líderes de clubes envolvidos em escândalo de corrupção (os vídeos)

António Garrochinho
Tommy Wright, Jimmy Floyd Hasselbaink e Massimo Cellino foram apanhados em gravações secretas dos jornalistas do The Telegraph


O The Telegraph divulgou esta quinta-feira gravações de mais três líderes de clubes de futebol ingleses a negociar subornos com jornalistas disfarçados de empresários desportivos.




Depois da demissão do treinador da seleção inglesa de futebol, Sam Allardyce, na sequência de uma investigação do jornal britânico The Telegraph que provou que o técnico recebeu subornos, o futebol inglês continua envolvido em polémica. Novas revelações, avançadas esta quarta-feira por aquele jornal britânico, engrossam a lista de envolvidos no escândalo.


De acordo com a investigação publicada agora, o treinador do Queens Park Rangers (que joga na segunda liga inglesa), Jimmy Floyd Hasselbaink, foi filmado pelos repórteres do The Telegraph, disfarçados de investidores asiáticos, num encontro num restaurante. Durante a reunião, o treinador mostra-se aberto à possibilidade de contratar jogadores da empresa fictícia dos jornalistas, e negoceia o suborno. Hasselbaink aparece no vídeo a tentar subir o preço do negócio até às 55 mil libras (perto de 64 mil euros).


VÍDEO





No escândalo está também envolvido Massimo Cellino, o dono do Leeds United — outro clube que joga na segunda liga inglesa –, que é filmado a negociar com os repórteres a possibilidade de entrarem como investidores no seu clube. Durante as negociações, Cellino propõe à empresa fictícia que fique com 20% do Leeds United, e ainda explica como deve ser feito o negócio de forma a contornar as regras da FA relativas à posse de jogadores por empresas externas.

VÍDEO




O terceiro envolvido divulgado agora pelo The Telegraph é Tommy Wright, um treinador-adjunto do Barnsley FC, que foi filmado a aceitar 5 mil libras em notas, para ajudar os repórteres, disfarçados de empresários, a obter uma parcela do passe de alguns jogadores do clube. Durante a conversa, o treinador-adjunto do Barnsley garante que, além dos jogadores do seu clube, irá procurar outros jogadores que os jornalistas pudessem também comprar.

Entretanto, Tommy Wright já foi suspenso do clube, que anunciou “uma investigação interna relativa às alegações”. Já um porta-voz do treinador-adjunto negou “categoricamente” todas as acusações de atos “contrários à lei, à FA ou à FIFA”.

VÍDEO




Na terça-feira, o The Telegraph publicou a primeira parte da investigação, relativa ao selecionador britânico, Sam Allardyce. Nos vídeos divulgados pelo jornal, Allardyce aparece a negociar 400 mil libras para aconselhar os supostos empresários a contornar as regras da FA nas contratações de jogadores.

Mais tarde, a FA demitiu o selecionador, considerando que o comportamento de Allardyce foi “inapropriado para um selecionador da Inglaterra”. O presidente da FA, Greg Clarke, disse ao jornal que a associação não tem poder para “erradicar as irregularidades financeiras”. “Não temos poderes judiciais, por isso não podemos obter uma ordem do tribunal para fazer uma coisa dessas”, explicou o responsável. O Telegraph, entretanto, já concordou em passar à polícia algumas das informações obtidas durante a investigação, que durou mais de dez meses.

Num comunicado conjunto, a FA, a Premier League e a Liga Inglesa de Futebol já anunciaram que “o futebol inglês leva a administração do jogo de forma extremamente séria”, e garantiram que “quaisquer alegações serão investigadas”, e que as autoridades serão informadas caso sejam encontradas “provas de crimes”.


observador.pt
30
Set16

só o mármore

António Garrochinho
Só o mármore imortalizado
pela mão, pela arte dos homens
consegue um sono descansado
livre de pesadelos, de vampiros, de lobisomens


António Garrochinho
Foto de António Garrochinho.

 
30
Set16

O COLECTIVO, O POVO, O QUE TRANSFORMOU E PODE TRANSFORMAR.

António Garrochinho

NUM COLECTIVO REVOLUCIONÁRIO QUE QUER A SOCIEDADE SOCIALISTA E QUE REPRESENTA OS QUE TRABALHAM, OS QUE ENSINAM, OS QUE CRIAM, AS ELITES NÃO PODEM EXISTIR COMO TAL.

VAMOS SER REALISTAS ! MARX, LENINE, CHE GUEVARA E OUTROS REVOLUCIONÁRIOS APESAR PERTENCEREM A EXTRACTOS SOCIAIS COM RECURSOS ECONÓMICOS E COM NÍVEIS DE EDUCAÇÃO INTELECTUAL, SENDO MAIS LÚCIDOS E POLITIZADOS, LUTARAM PARA A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO (E MUITO CONSTRUÍRAM) QUE AINDA HOJE É PRECISO TRANSFORMAR.

UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA E IGUAL NÃO SE CONSTRÓI COM SLOGANS DE OCASIÃO E CONVENIÊNCIA.

A UNIDADE ENTRE OS REPRESENTADOS E REPRESENTANTES TEM QUE TER VERDADE.
SÓ ASSIM VENCERÃO OS QUE LUTAM E QUEREM UM MUNDO MELHOR.

PARA ISSO É PRECISO A UNIDADE REAL COM TODOS OS EXPLORADOS, OS MENOS ESCLARECIDOS, OS QUE AINDA ESTÃO DEBAIXO DAS PATAS DO FASCISMO E DO CAPITALISMO POR NÃO SE SABEREM LIBERTAR.

É PRECISO HUMILDADE REVOLUCIONÁRIA, PRÁTICA REVOLUCIONÁRIA. MOSTRAR NO TERRENO, COM AS PESSOAS, TODAS AS PESSOAS, QUE A SOCIEDADE SOCIALISTA É PARA TODOS .


30
Set16

CERA, SÓ CERA

António Garrochinho

AGORA QUE SE AVIZINHA A VISITA DO PAPA XICO AO CIRCO DOS MILAGRES E CONSTATANDO QUE DERIVADO AOS INCÊNDIOS, AOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA AGRICULTURA, AS ABELHAS PASSAM POR TEMPOS DIFÍCEIS, NÃO PRODUZINDO O DOCE MEL E A CERA PARA PAGAR PROMESSAS E CENTROS DE MESA EM BANQUETES SOFISTICADOS DOS MANDANTES, RECOMENDO QUE SE PROCEDA À EXTRAÇÃO DA CERA NOS OUVIDOS, VULGO ORELHAS, DOS NOSSOS GOVERNANTES QUE CONTINUAM COM FALTA DE OUVIDO PARA O ZÉ POVINHO..
CERA DA CASA É O QUE NÃO FALTA JÁ QUE POUCO PRODUZIMOS ( OS FACHOS VENDERAM E DESTRUÍRAM TUDO) E POUCO EXPORTAMOS, AO MENOS APROVEITEMOS A MERDA DOS BURACOS LATERAIS QUE RODEIAM A MASSA ENCEFÁLICA DOS QUE ENCHEM AS ALGIBEIRAS SEM PRECISAR DE APARIÇÕES.

António Garrochinho
Foto de António Garrochinho.

30
Set16

Ela captou um dia na vida da sua vovó viúva de 83 anos e o resultado é pura nostalgia

António Garrochinho


A fotógrafa eslovena Anja Tomšič passou um dia inteiro registrando a rotina da sua avó de 83 anos, que vive sozinha em uma fazenda. Apesar da avançada idade, a idosa levanta cedo todos os dias, toma seu café, e passa a manhã alimentando os animais do local.
Depois de almoçar, a avó de Anja volta ao trabalho e, segundo a neta, se descansar por 15 minutos é muito. “Ela está sempre em movimento, não para um minuto. Ela cuida de tudo sozinha!”, disse. A senhora ainda encontra tempo para ir à igreja e ao cemitério, para visitar o túmulo do marido.
dsc0990-57d86327ef956__880
O resultado é um delicado ensaio, que retrata a força e a solidão de uma senhora viúva que não desiste da vida, mesmo diante das dificuldades que uma idade avançada carrega.
14a-57d864fc8ec9d__880
20091029-_dsc0907-57d86524cb745__880
lajtrummm-57d8685ca775f__880
1a-57d8638bda81b__880
dsc0974a-57d862f334c5b__880
20091104-_dsc1190-57d86808517e4__880
dsc0832-57d8623ad7922__880
kal2-57d8681c92272__880
dsc0960a-57d862c2a0a6c__880
dsc0958a-57d862acd326d__880
dsc0917a-57d8628c21e41__880
dsc0911-57d8626e3e4dd__880
kal2-57d8681c92272__880
kok-57d86845647a1__880
20091104-_dsc1148-57d86718e254c__880
20091104-_dsc1147-57d866f56955d__880
20091104-_dsc1126-2-57d866c5bb0f3__880
20091104-_dsc1115-57d86652474d0__880
20091104-_dsc1104-57d865f8e062d__880
20091104-_dsc1096-57d865c8bb17a__880
20091104-_dsc1088-57d8659cb5e52__880
13d-57d864d1b4100__880
11a-57d864abb49da__880
10-57d8647d7ae10__880
7a-57d86438e6496__880
5a-57d8640f25361__880
4b-57d863e5960b8__880
Todas as fotos © Anja Tomšič

vivimetaliun.wordpress.com
30
Set16

Maiores de 18 anos podem acabar o secundário na internet

António Garrochinho


Objetivo é que os adultos estudem fora da escola, através do computador 

Projeto-piloto de ensino recorrente a distância arranca em Lisboa e Mangualde e para já apenas com o curso de Línguas e Humanidades. Aulas são à noite

Terminar o ensino secundário, quase sem pôr os pés na escola vai ser possível já este ano. O projeto-piloto lançado pelo Ministério da Educação esta semana vai ter lugar na Secundária de Camões, em Lisboa, e no Agrupamento de Escolas de Mangualde, avançou o ministério ao DN. O ensino secundário recorrente à distância vai ser testado nestas escolas e, por exemplo, no Camões apenas vai funcionar o curso de línguas e humanidades, com o mesmo programa do ensino recorrente feito presencialmente.

Ainda não há alunos inscritos - só na quarta-feira a informação do projeto chegou às escolas - mas as expectativas são, no caso de Lisboa, que se chegue aos 40 a 50 alunos. O mote é apelativo: "O ensino secundário à distância de um clic", assim anuncia a Secundária de Camões.

O objetivo é captar os jovens que tendo mais de 18 anos não têm o ensino secundário e não podem ir à escola assistir às aulas. Esta deslocalização do ensino pode ajudar quem trabalha a voltar a ter tempo para estudar e terminar pelo menos a escolaridade obrigatória. O ensino recorrente a distância insere-se também no Programa Qualifica - que veio substituir os centros para a qualificação e o ensino profissional -, criado para aumentar as qualificações dos portugueses, já que 62% dos adultos (cerca de três milhões de pessoas) entre os 25 e os 64 anos não completaram o ensino secundário.

Na escola Camões, em Lisboa, a expectativa "é forte", porque esta é "única alternativa ao ensino recorrente noturno para terminar o secundário", aponta o diretor João Jaime Pires. "Tendo em conta que os cursos noturnos são cada vez menos, este modelo por ser o futuro", acrescenta o responsável.

Para já, o projeto vai ser aplicado apenas a um curso, mas João Jaime Pires acredita que pode ser alargado já no próximo ano a Ciências Socioeconómicas. Assim que as disciplinas deste curso sejam atualizadas ao currículo do ensino recorrente, indica.

Quem se inscrever este ano vai ter aulas de português, história, inglês, MACS (matemática aplicada às ciências sociais), literatura portuguesa e filosofia. As disciplinas vão ser divididas em três módulos. O ano letivo no ensino recorrente a distância é igual ao ano letivo comum, ou seja, quem quiser fazer o secundário vai demorar na mesma três anos a concluí-lo.

O Camões vai "desafiar alunos do Algarve a Coimbra para fazer esta equivalência", já que se trata de promover o ensino longe da escola sede e são a escola escolhida mais a sul para aplicar o programa. Ao longo do curso estão previstas sessões presenciais, mas estas podem ser feitas pelos alunos nas escolas de proximidade que vão trabalhar em articulação com a sede. João Jaime Pires aponta para cerca de três sessões por cada disciplina, uma por cada módulo. Estas sessões servirão essencialmente para a aplicação de testes ou apresentação de trabalhos, esclarece.

Em casa, os alunos vão ter sessões em que todos estão ligados à mesma hora com o professor (sessão síncrona) e que no liceu Camões estão previstas para decorrer entre as 18.45 e as 23.25. "Não serão mais de três disciplinas por dia", adianta o diretor.

Existem também sessões assíncronas, em que os estudantes e professores utilizam as tecnologias em tempos diferentes, "desenvolvendo metodologias de trabalho não simultâneas", explica a portaria publicada em Diário da República.

A secundária Camões está a preparar a oferta usando também a experiência que a secundária Fonseca Benevides, também em Lisboa, já tem nos ensino a distância para alunos em itinerância ou impedidos de frequentar a escola por algum motivo (por exemplo por doença). "Embora o programa seja diferente daquele que é feito para o público regular vamos estar em articulação com eles."

O diretor do Camões acredita ainda que este modelo pode ser o futuro das vias alternativas para conclusão do secundário e até para permitir ter vários conteúdos online para serem usados por outros públicos. "Em três, quatro anos, o Ministério da Educação vai ter uma plataforma onde estarão as aulas das disciplinas todas do secundário, que podem ser utilizadas por quem tem dificuldades, por atletas de alta competição ou militares. Estes são alguns casos podem beneficiar."

www.dn.pt

30
Set16

O "BOMBEIRO" TOTÓ

António Garrochinho
CRISTOVÃO NORTE O "PAPAGAIO LARANJA" DO ALGARVE ELEMENTO DA CRIADAGEM DO PROF. BACALHAU DONO DO PSD NO ALGARVE NÃO SE POUPA NA VERBORREIA FACEBOKIANA.
BOTA PALAVRA SOBRE TUDO, E A MENTIRA É A SUA "BÍBLIA" QUOTODIANA. É NAS DEMOLIÇÕES, É NAS PORTAGENS, É NOS INCÊNDIOS, É NO RAIO QUE O PARTA !
BOM ALUNO DA VIGARICE NEO LIBERAL, XULO COMPLETO DO POVO, É UM CAMALEÃO DE UMA GENÉTICA DESPREZÍVEL.
LI HÁ DIAS UM TEXTO DO "ILUSTRE ILUMINADO" SOBRE OS INCÊNDIOS NA SERRA DE MONCHIQUE.
NÃO CONSEGUI LER ATÉ AO FIM, TAL O FEDÔR DAS AFIRMAÇÕES DO BOMBEIRO TOTÓ DO CAPITALISMO E DO FASCISMO MODERNO.
AINDA CONTINUO A QUESTIONAR PORQUE SE ACABOU COM A CARREIRA DOS GUARDAS FLORESTAIS, PORQUE SE CONTINUA A PRIVILEGIAR A CULTURA DOS EUCALIPTOS, PORQUE NUNCA SE IDENTIFICAM OS PAGANTES DOS MEIOS AÉREOS QUE ATEIAM OS FOGOS NA NOSSA FLORESTA ? QUEM SÃO ESTES CRIMINOSOS ? ONDE ESTARÃO FILIADOS POLITICAMENTE ? SERÃO DA MESMA EQUIPE DE BOMBEIROS DO OLIVEIRA E COSTA, DO DIAS LOUREIRO, DO
DUARTE LIMA ?
Ó CUSTÓVO ! VAI PENTEAR MACACOS, VAI TRABALHAR MÓ !
António Garrochinho

Foto de António Garrochinho.

30
Set16

Ria Formosa. Ministro contou tudo sobre as demolições no Parlamento?

António Garrochinho

João Matos Fernandes garantiu no Parlamento que o processo de demolições na Ria Formosa estava a ser avaliado caso a caso. Um dia depois anunciava demolições, para surpresa de BE e PCP.

"Estamos a avaliar o risco, a avaliar os processos caso a caso", garantiu Matos Fernandes. Um dia depois anunciava demolições


A frase

“Não tenho nenhuma resposta acabada para lhe dar, com certeza que não passarão 15 dias até que a tenha. Não posso, em momento algum, senhor deputado, dizer-lhe que não vai haver demolições nas ilhas Barreira, porque objetivamente há casas que estão em risco e o Governo não pode fazer de conta que não as conhece. Não temos nenhuma sanha demolidora. Não temos nada contra ninguém. Estamos a analisar os processos casa a caso.”
João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, em resposta a Paulo Sá, do PCP, na comissão parlamentar do Ambiente, sobre as demolições de casas na Ria Formosa. Dia 27 de setembro de 2016, um dia antes de as demolições serem anunciadas publicamente pelo próprio ministro.

A tese

Bloco de Esquerda e PCP não gostaram de ver João Matos Fernandes a garantir, na terça-feira, que o Governo estava a estava “a avaliar o risco” no terreno e a ponderar “os processos caso a caso” e um dia mais tarde dar conta que o processo de demolições na Ria Formosa vai avançar até ao final de outubro.
Os comunistas foram os primeiros a reagir. “O ministro [Matos Fernandes], questionado na comissão, disse que os processos estão ainda a ser avaliados caso a caso e que teria mais informações para dar dentro de 15 dias. Curiosamente,no mesmo dia, a Sociedade Polis deliberou a posse administrativa e demolição coerciva de habitações nas ilhas barreira”, insurgiu-se o deputado comunista Paulo Sá.
Os bloquistas reagiram esta quinta-feira e levaram o tema ao plenário. “Depois do ministro do Ambiente ter referido há dois dias que todos os processo estavam a ser analisado”, começou por dizer o deputado João Vasconcelos, “somos agora confrontados com situações em que muitos moradores da Culatra estão a receber cartas da parte da Polis [encarregada de requalificar o litoral] para uma execução coerciva e a posse administrativa das habitações”. “É incompreensível. [As populações] sentem-se indignadas e enganadas“.
Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, assumiu, em declarações à agência Lusa, que fora chamado para uma reunião, na segunda-feira — 24 horas antes da comissão parlamentar — onde lhe foi comunicado que as demolições iam avançar. “O senhor ministro tinha dito que não tomaria nenhuma posição sem ouvir os autarcas.[Afinal], a decisão já estava tomada“.
Mesmo as associações de proprietários da ilha da Culatra não esconderam a surpresa com o anúncio de Matos Fernandes e lamentaram a “falta de diálogo” do Governo.
O grupo parlamentar do PCP já avançou com um pedido de audição do ministro, com “caráter de máxima urgência“, por causa das alegadas contradições sobre demolições na Ria Formosa entre o Governo e a Polis. No Parlamento, o Bloco de Esquerda exigiu que o processo fosse “suspenso”, “devidamente analisado e ponderado, em diálogo com os principais interessados”.
Entretanto, em declarações aos jornalistas no final da reunião de Conselho de Ministros, João Matos Fernandes negou ter ocultado decisões sobre demolições na Ria Formosa e esclareceu: o que estava em avaliação no momento das eram possíveis demolições do lado do mar na ilha da Culatra e não as 81 que terão lugar do lado da Ria, em Farol e Hangares.
“O que estava de facto em equação neste momento era haver ou não demolições do lado do mar. E rapidamente se concluiu que não haveria demolições do lado do mar, porque um conjunto de intervenções que foram feitas levaram a que o risco, neste momento, não exista”, garantiu o ministro, acrescentando que em relação às demolições que vão avançar, a decisão “estava já tomada“.

Os factos

Quando foi ao Parlamento, na terça-feira (27 de setembro), José Matos Fernandes não afastou a possibilidade de existirem demolições na Ria Formosa. “Não posso, em momento algum, senhor deputado, dizer-lhe que não vai haver demolições nas ilhas Barreira [que inclui a ilha da Culatra], porque objetivamente há casas que estão em risco e o Governo não pode fazer de conta que não as conhece”, foi a explicação do ministro.
O mesmo ministro do Ambiente salvaguardou, ainda assim, que o Governo estava a avaliar esse risco e “os processos caso a caso”.
Quando falou ao Parlamento, o ministro não sabia que já tinham sido enviadas cartas para 81 demolições de casas, porque o diretor do Polis as remeteu na mesma tarde em que o governante falava aos deputados. Só o informou disso mesmo nessa noite.
Na véspera da audição, e segundo o relato do presidente da Câmara de Faro, o ministro já tinha comunicado o plano de demolições na região.
Já na quarta-feira (28 de setembro), 24 horas depois da comissão parlamentar, em declarações ao jornal Diário de Notícias (edição que sairia na quinta-feira), o mesmo ministro do Ambiente anunciava que as obras de demolição de 81 habitações na ilha da Culatra iam avançar, na sua maioria, até ao final de outubro.
Ora, o PCP aponta as incongruências das declarações de Matos Fernandes. Os comunistas receberam indicações na segunda-feira, um dia antes de o ministro ter ido ao Parlamento, de que a Polis poderia estar a ser retomar o processo de demolições na Ria Formosa. Na terça-feira, em sede de comissão e com base na informação de que dispunham, os comunistas perguntaram ao ministro “de forma clara e direta” qual era o estado do processo, explica Paulo Sá, deputado comunista, ao Observador. E receberam uma resposta “inequívoca”.
“As declarações do ministro são conhecidas”. José Matos Fernandes disse que “os processos estão a ser analisados casos a caso”, que “não tinha uma resposta acabada para dar” e que não passariam “15 dias” até que a tivesse.Segundo o governante, “estava tudo por decidir”, reitera Paulo Sá.
O deputado do PCP sublinha que, além de ter assistido ao esclarecimento do ministro do Ambiente “presencialmente”, analisou posteriormente as declarações de José Matos Fernandes “em todo o seu detalhe” e chegou à conclusão de que o governante admitiu“de forma inequívoca”, perante os deputados, “que nada estava ainda definido”.

Errado

Não, o ministro não contou o que sabia aos deputados e ocultou informação sobre a parte da decisão que já estava tomada, sob a forma de uma resposta vaga. Para esta conclusão é indiferente o facto de o ministro não saber que as cartas a informar os proprietários já tinham seguido: a decisão de demolir as casas voltadas para o lado da Ria já estava consolidada, com o seu aval, em relação a 81 construções e não referiu esse facto aos deputados.No momento em que esteve na comissão parlamentar, só havia que decidir em relação às casas voltadas para o mar. Quando falou num prazo de 15 dias para anunciar a decisão, deu a entender, de forma enganadora, que o processo estava muito mais atrasado.
Em menos de quatro dias, o ministro do Ambiente viu-se envolvido numa contradição evidente: na segunda-feira, reuniu com os autarcas e divulgou o plano que o Governo mantém para a Ria Formosa; na terça-feira, garantiu no Parlamento que o processo de demolições estava a ser analisado “caso a caso”; na quarta-feira, Matos Fernandes dizia ao Diário de Notícias que 81 casas iam ser demolidas na Ria Formosa, apanhando completamente de surpresa PCP, Bloco de Esquerda, autarcas e moradores; esta quinta-feira, à saída do Conselho de Ministros, vinha esclarecer que o que dissera estava relacionado com o facto de ainda estarem em avaliação possíveis demolições do lado do mar.

observador.pt

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •