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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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13
Out16

SEGREDOS OBSCUROS DA IGREJA CATÓLICA

António Garrochinho


Ao longo da sua longa história, a Igreja Católica tem sido abalada por escândalos que vão desde a criação da Ordem dos Templários, o julgamento de Galileu até a Madre Teresa??. Ao longo do século 20 e 21, muitos escândalos vieram à tona, mesmo com a Igreja tentando mantê-los em segredo.
Confira 5 segredos obscuros da Igreja Católica e se surpreenda:
O escândalo dos Orfãos de Duplessis
Nos anos de 1930 e 1940, uma revolução conservadora inaugurou uma era na cidade de Quebec no Canadá, conhecida como ” A Grande Escuridão”. Liderados pelo Premier Maurice Duplessis, o período foi marcado por atos de corrupção sem precedentes e de repressão, muito dos quais envolvendo a Igreja Católica.
A partir dos anos 1940, o governo Duplessis, em colaboração com a Igreja Católica começou a diagnosticar crianças órfãs com problemas mentais que elas não possuíam. Como resultado desses falsos diagnósticos, milhares de órfãos foram enviados para instituições psiquiátricas da igreja, que recebiam subsídio do governo.
Diversos orfanatos foram convertidos em manicómios para crianças para que a Igreja Católica pudesse ganhar mais dinheiro com os subsídios. Cerca de 20 mil crianças foram erroneamente diagnosticada e presas desta maneira.
Para piorar a situação, muitos dos órfãos não eram exatamente órfãos. Alguns deles eram simplesmente os filhos de mães solteiras levados à força para a custódia da Igreja, que desaprovada a própria existência do parto fora do casamento. Depois de serem internadas, as crianças eram submetidas a uma vida de pesadelo, que incluía o abusos sexuais, terapia de eletrochoque e lobotomias forçadas.
Algumas crianças foram usadas em testes de drogas e outras experiências médicas.Muitos morreram como resultado de seu tratamento. Na década de 1990, cerca de 3.000 sobreviventes do escândalo dos Orfãos de Duplessis trouxeram a história a tona. O Governo fez um acordo monetário com as vítimas mas a Igreja Católica tentou abafar seu papel no escândalo mantendo-se em silêncio.
O escândalo das Crianças Britânicas
Durante os séculos 19 e 20, em torno de 150.000 crianças britânicas foram enviadas para a Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Rodésia.
O esquema de tráfico infantil tinha como objetivo a criação de colónias de caucasianos (brancos). As crianças britânicas foram escolhidas para serem enviados pois de acordo com referências da época elas eram um “bom estoque de pessoas brancas.”
Entre os anos 30 e início dos anos 60, a Igreja Católica enviou pelo menos 1.000 crianças britânicas e 310 crianças maltesas para escolas católicas na Austrália, onde muitos foram forçadas a trabalho escravo principalmente no ramo da construção.
Além de trabalhos forçados, inquéritos posteriores descobriram que muitas das crianças enviadas pela Igreja eram brutalmente espancadas, estuprados. Muitas crianças passavam fome e eram alimentadas com restos e no chão, como animais. Décadas mais tarde, em 2001, a Igreja Católica na Austrália confirmou os crimes cometidos e emitiu um pedido de desculpas.
O roubo de crianças na Espanha
Na década de 1930, o regime fascista de Francisco Franco procurou purificar Espanha através do roubo de bebés de pais “indesejáveis”. O regime dizia que os bebés deveriam ser criados em um ambiente “politicamente aceitável”. O regime inicialmente direcionou às crianças de esquerdistas, mas atingiu também mães solteiras. Aproximadamente 300 mil bebés acabaram roubados de seus pais.
O esquema de roubo de bebés foi realizado com a grande colaboração da Igreja Católica da Espanha. Depois de Franco subir ao poder, ele se declarou o defensor da Espanha católica. Assim, a Igreja controlava a maior parte dos serviços sociais na Espanha. Isso permitiu que milhares de crianças fossem roubadas de seus pais por médicos católicos, padres e freiras.
Em muitos casos, os enfermeiros em hospitais católicos levavam os bebés recém-nascidos de sua mãe para serem examinados. A enfermeira, então, voltava com um bebê morto mantidos no gelo com o propósito de convencer a mãe que o bebê tinha morrido. Depois que os bebés eram roubados de suas mães, eram vendidos em um mercado negro de adoções.
Depois da morte de Franco, em 1975, a Igreja manteve seu controle nos serviços sociais na Espanha e continuou o esquema. Os sequestros de crianças só diminuíram no fim de 1987, quando o governo espanhol começou endurecer os critérios de adoção. Estima-se que cerca de 15 por cento das adoções na Espanha entre 1960 e 1989, faziam parte do esquema de seqüestro.
Lavagem de dinheiro Nazista no Banco do Vaticano
Em 1947, um agente do Tesouro dos EUA chamado Emerson Bigelow escreveu um relatório altamente confidencial, que alegou que a Igreja Católica tinha contrabandeado ouro nazista através do banco do Vaticano. O próprio relatório foi “perdido”, mas uma carta escrita por Bigelow explicou que ele continha informações de uma fonte confiável revelando que a Croácia tinha contrabandeado cerca de 350 milhões de francos suíços em ouro para fora do país no final da guerra.
De acordo com Bigelow, aproximadamente 200 milhões de francos ficaram no Banco do Vaticano sob custódia. Um porta-voz do banco do Vaticano negou as alegações, mas a Igreja Católica permanece envolvida em ações judiciais sobre a sua suposta lavagem de ouro nazista. Em 2000, uma ação coletiva foi movida por cerca de 2.000 sobreviventes do Holocausto e familiares que buscavam a restituição do Vaticano até US$ 200 milhões, utilizando os dados de Bigelow e outros documentos recentemente liberados por agências de espionagem que alegam que o Vaticano tinha ouro confiscado dos judeus no regime Nazista. A ação está parada na justiça dos EUA até hoje.
Os manicómios de Maria Madalena
Com base em seus dogmas ultraconservadores sobre a sexualidade, muitas mulheres foram presas pela Igreja Católica suspeitas de prostituição ou “promiscuidade”. Elas eram aprisionadas em instituições para doentes mentais dirigidas pela Igreja conhecida como Manicômios de Maria Madalena. Inicialmente, as mulheres recebiam “tratamento” devido ao seu comportamento pecaminoso ou por serem promiscuas. Muitas mulheres foram enviadas para os manicómios por suas próprias famílias.
As principais instituições desse tipo se encontravam na Irlanda. Lá as mulheres eram presas  e forçadas a fazerem trabalho escravo, principalmente relacionadas a lavagem de roupas, durante sete dias por semana. É claro que a Igreja estava sendo paga pelo trabalho das mulheres. Essas lavandarias geravam um grande lucro para a igreja local. As mulheres presas também era espancadas, má alimentadas e sofriam abuso sexual. Estima-se que mais de 30.000 mulheres foram presas nessas instituições.
Os manicómios foram operados na Irlanda do final do século 18 ao final do século 20. Eles só se tornaram uma questão de debate público em 1993, quando 155 corpos foram descobertos em uma vala comum no norte de Dublin. As autoridades que administravam o manicómio haviam enterrado as mulheres em segredo, sem dizer a suas famílias ou mesmo das autoridades que eles tinham morrido.
Em 2013, as autoridades irlandesas concordaram em pagar, 45.000 mil dólares como indemnização para cada sobrevivente após o Comitê contra a Tortura das Nações Unidas pedisse ao governo para tornar uma atitude.

teech.com.br
13
Out16

HISTÓRIA- ESPIÃO FRANCÊS QUE AFUNDOU NAVIO DA GREENPEACE PEDE DESCULPA

António Garrochinho



Rainbow Warrior, o navio da Greenpeace afundado em 1985 por agentes secretos franceses
Rainbow Warrior, o navio da Greenpeace afundado em 1985 por agentes secretos franceses
Trinta anos depois de ter afundado o navio da Greenpeace, ataque que vitimou o fotógrafo português Fernando Pereira, Jean-Luc Kister pediu desculpas e diz que o episódio vai ficar para sempre na sua consciência.
Em entrevista ao site de investigação Mediapart, Jean-Luc Kister diz que este é o momento certo para pedir desculpas à família do fotógrafo Fernando Pereira, sobretudo à filha Marelle, à Greenpeace e ao povo da Nova Zelândia, avança o The Guardian.
“Nós não somos assassinos. Tenho o peso na consciência de um homem inocente que foi morto. É tempo de expressar o meu profundo arrependimento e as minhas desculpas”, lamentou o antigo agente francês.
O episódio remonta a 1985, quando um navio da Greenpeace, atracado em Auckland, na Nova Zelândia, foi bombardeado e onde acabou por se afundar.
Rainbow Warrior ia em direção de Atol Moruroa, uma ilha no Pacífico Sul da Polinésia Francesa, onde França estava a planear uma série de testes nucleares.
Depois de se terem feito passar por turistas suíços para visitar o navio, que estava aberto ao público, a equipa de 12 agentes franceses fez explodir duas bombas quando a maioria da tripulação estava ainda a dormir.
A primeira bomba provocou um grande buraco no casco do navio e a segunda explodiu precisamente quando o fotógrafo português regressou ao barco para ir buscar as suas câmaras.
Fernando Pereira, na altura com 35 anos de idade, ficou preso na cabine e acabou por morrer dentro do navio afundado.

Fernando Pereira, fotógrafo português que morreu no barco afundado da Greenpeace
Fernando Pereira, fotógrafo português que morreu no barco afundado da Greenpeace
Kister, que em entrevista ao canal neozelandês TVNZ chegou a comparar a operaçãocomo usar luvas de boxe para esmagar um mosquito”, afirmou que, na altura, os políticos franceses recusaram outras sugestões para lidar com o protesto da Greenpeace.
“Tínhamos de obedecer às ordens, éramos soldados”, adiantou o membro da agência secreta francesa DGSE.
Greenpeace já reagiu às declarações de Kister, dizendo que o ataque “foi um crime e não um acidente”.
“As desculpas de Jean-Luc Kister não vão trazer o Fernando de volta mas provam, mais uma vez, que o nosso camarada foi um homem inocente sacrificado em nome do raciocínio absurdo do Estado”, afirmou à AFP Jean-François Julliard, diretor-geral da Greenpeace França.
Inicialmente, França negou o envolvimento neste episódio e descreveu-o como um “ataque terrorista”.
Documentos lançados em 2005, e posteriormente publicados numa investigação do The Guardian, mostram até que os franceses tentaram culpar os serviços secretos britânicos pelo sucedido.
A responsabilidade do governo francês foi rapidamente comprovada, tornando-se esteincidente num autêntico fiasco político.
Em 1987, sob pressão internacional, o país acabou por pagar 8,2 milhões de dólares à organização ambiental, o que ajudou a financiar um novo navio, e também pagou à família do fotógrafo português.
Só em 1996 é que os franceses interromperam os testes nucleares no Pacífico Sul, motivo que originou o inicial protesto da Greenpeace.
Da equipa dos 12 franceses envolvidos no ataque, apenas dois foram presos e condenados a 10 e 7 anos de prisão por homicídio involuntário – Dominique Prieur e Alain Mafart – penas das quais se libertaram passados apenas dois anos.
Quanto aos restantes, a Greenpeace afirma que “a maioria dos envolvidos simplesmente desapareceram”.
zap.aeiou.pt
13
Out16

Os 12 lugares e cofres mais bem guardados do mundo

António Garrochinho




De acordo com a pirâmide de Maslow, a segurança é um item essencial para sobrevivência. Com a falta dela, as pessoas passam a viver sob o stress constante que afeta tanto a saúde mental quanto a física. Entretanto, atualmente esse conceito se tornou muito relativo, considerando que existem algumas pessoas que nunca se sente protegidas, independentemente das precauções que adotem.
Por outro lado, também há aqueles que exageram na dose. Ainda que grande parte dos governos do mundo inteiro possua cofres de segurança máxima, também existem alguns depósitos e ambientes que são tão protegidos quanto uma base militar. A seguir, você confere os 12 lugares mais seguros do planeta.

12. Prisão de Alcatraz

Essa é a prisão mais bem guardada do planeta, pois serve de alojamento para os criminosos e terroristas mais perigosos. As celas do local são todas feitas de concreto puro e possuem poucas janelas com vista para o céu.
A maioria dos prisioneiros fica confinada em solitárias e não pode fazer nenhum gesto sem acionar diversos sistemas complexos de detecção de movimento. Não que existam muitos corajosos que tentem enfrentar as várias torres armadas e cães treinados para atacar a qualquer sinal de fuga.

11. Cofre Mórmon

O cofre Mórmon, também conhecido como Cofre de Registros das Montanhas de Granito, é propriedade da a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Com 182 metros, o local foi construído na lateral de uma rocha gigantesca localizada em Little Cottonwood Canyon, em Utah.
Embora seja rodeado por pedras – tecnicamente quartzo, não granito –, não pense que é possível dinamitar tudo e invadir, visto que o complexo foi montado para aguentar um ataque nuclear e possui portas idênticas àquelas utilizadas no banco, que são programadas para fecharem automaticamente sob impacto.
Ainda que existam alguns empregados dentro do cofre, ele não é aberto ao público e nem aos membros da igreja. Agora, surge a pergunta: que arquivo ou tesouro supersecreto estaria guardando esse grupo religioso debaixo de sete chaves e sob uma montanha inteira? Supostamente, apenas alguns papeis monótonos sobre genealogia e outros documentos paroquiais.
Ainda assim, uma caverna capaz de sobreviver a um apocalipse parece uma solução um pouco exagerada para proteger alguns documentos corriqueiros, o que fez com que algumas pessoas suspeitassem que o cofre esconde muitos itens misteriosos.
Por exemplo, alguns detratores dos mórmons creem que o lugar esconde documentos históricos discrepantes sobre a religião, os quais estão sendo guardados para evitar que a igreja seja atacada ou possivelmente prove que toda ela é uma fraude.
Os líderes mórmons desmentem as teorias da conspiração e dizem que a reserva possui apenas microfichas e microfilmes que estão sendo restaurados e convertidos para mídia digital.

10. Pionen Bunker

O Pionen Bunker é um data center gigantesco que hospeda os servidores dos principais sites e serviços do mundo. Um de seus clientes mais famosos é a Wikileaks – organização apátrida responsável pelos principais vazamentos e escândalos governamentais na mídia.
Primeiramente, o lugar foi um centro de defesa civil construído na White Mountain em Stockholm, Suécia, sendo utilizado para proteger departamentos do governo local em caso de ataques nucleares.
Tempos depois, o Pionen Bunker foi comprado pelo provedor Bahnhof e convertido em um data center defendido por uma porta de 40 cm de espessura, que só pode ser acessada por meio de um pequeno túnel e capaz de aguentar uma bomba de hidrogênio.
As salas do local parecem ter saído de um filme de espião, pois possuem painéis com computadores de última geração, sala de conferência flutuante e paredes de puro granito – a Batcaverna mandou lembranças.

9. Cofres da JPMorgan and Chase

A JPMorgan and Chase, uma das maiores companhias de gestão de participações sociais, possui alguns dos cofres mais bem guardados do mundo. Um deles está localizado à cinco andares debaixo do nível das ruas de Manhattan, Nova York. Ele possui quase o mesmo tamanho que um campo de futebol e armazena um imenso carregamento de ouro.
Ainda que sua extensão seja impressionante, algumas pessoas estão mais preocupas com a sua proximidade com o Federal Reserve Bank, visto que os dois depósitos estão posicionados de frente na mesma rua. Algumas mentes conspiratórias acreditam que os dois superbancos estão interligados através de um túnel subterrâneo e que o governo dos EUA e a JPMorgan estão mancomunados para manipular a economia do país.
A localização da outra caixa-forte da companhia era um mistério, até que, em março de 2013, o site financeiro Zero Hedge descobriu que ela estava situada abaixo do complexo empresarial de Londres. Por coincidência ou não, o banco subterrâneo também está perto de uma reserva governamental, o Banco da Inglaterra. Além disso, o túnel subterrâneo que conecta os dois fecham aos fins de semana.
Como todo cofre de primeira grandeza, os dois reservatórios da JPMorgan podem sobreviver a um ataque nuclear direto.

8. Arquivos Secretos do Vaticano

Assim como a caixa-forte dos mórmons, a dos católicos é muito bem guardada. Afinal, se os livros de Dan Brown estão certos, alguns dos papéis armazenados por lá podem destruir a igreja católica e expor algumas contradições que vem sendo pregadas há milhares de anos.
É claro que os oficiais católicos defendem que não há nada de ilegal escondido nos labirintos centenários que servem como depósito. Todavia, o arquivo é vigiado 24 horas por dia pela Guarda Suíça do Papa. Dizem que ele contém salas com fileiras de prateleiras recheadas com documentos que datam desde o século 8.
Para homenagear os 400 anos da reserva – e reduzir as suspeitas sobre o lugar –, em 2012 a igreja católica colocou centenas de artefatos do Vaticano à mostra nos Museus Capitolinos. Alguns dos papéis mais notáveis são os documentos da corte sobre o julgamento dos cavaleiros templários, a acusação de heresia de Galileu Galilei e um pedido de divórcio feito pelo rei Henry VIII.
Ainda assim, essa é apenas a ponta do iceberg. Muitos criticam a igreja, pois apenas clérigos e estudantes qualificados podem entrar no arquivo, sendo que até mesmo aqueles que adentram o local não podem conferir alguns itens sem conseguir aprovação prévia.
Há uma lenda urbana que diz que a igreja católica esconde alguns livros que validam a religião mórmon e contradizem a bíblia. Mas também existem aqueles que creem que o arquivo esconde as primeiras coleções de pornografia já encontradas.

7. Air Force One

O projeto do avião Air Force One foi pensado para se transformar em uma Casa Branca móvel para o presidente dos Estados Unidos em casos de ameaças. O que faz o aeroplano altamente seguro é que ele não precisa pousar para encher o tanque de combustível.
Além disso, todos os equipamentos a bordo são protegidos com um escudo eletromagnético e o avião pode voar sobre zonas com alto teor de radiação – em casos de ataque nuclear. A partir do Air Force One, também é possível travar radares e até mesmo lançar mísseis perseguidores de calor.

6. Caixa-forte da KFC

Enquanto a maioria dos cofres guarda ouro ou relíquias religiosas, para um império de fast food norte-americano, nada é mais importante do que sua receita secreta. A Kentucky Fried Chicken (KFC) armazena com prioridade máxima sua fórmula que consiste de 11 ervas e pimentas secretas utilizadas em seu frango frito Colonel Sanders original.
Em 2009, a lista recebeu uma arca atualizada na sede da KFC, em Kentucky. Durante os cinco meses em que a ela estava sendo construída, a receita foi escondida em uma instalação misteriosa e transportada no maior estilo agente secreto, com direito a maleta presa no pulso, óculos escuros e tudo.
Agora, o maior tesouro da KFC está armazenado sob segurança de ponta, o que inclui detectores de movimento, câmeras de vigilância e guardas 24 horas. Uma vasta parede de concreto protege o cofre e o sistema de segurança está conectado diretamente a um servidor de backup.
Aparentemente, nem mesmo o presidente da rede sabe qual é a receita do frango, sendo que atualmente apenas dois executivos da KFC possuem permissão para usar a caixa-forte, mas ninguém sabe quem são eles. Além disso, eles evitam que os fornecedores tentem adivinhar os ingredientes, pois realizam pedidos utilizando várias companhias diferentes.
Naturalmente, todo esse sistema de proteção é para aumentar o hype da marca e aumentar sua publicidade. Todavia, em 2001, a empresa processou um casal que afirmou ter encontrado a fórmula em uma de suas antigas casas. Se você ficou curioso para descobrir como se prepara esse frango secreto, não deixe de conferir o preparado do Tudo Gostoso.

5. Cofre da Igreja da Cientologia

A Cientologia é mais uma das religiões que armazenam seus segredos em uma caixa-forte impenetrável. Ela fica localizada em um complexo subterrâneo no deserto do Novo México, apenas algumas horas de distância de carro de Roswell – lugar famoso pela aparição de OVNIS.
Dentro da caverna, escavada para suportar uma bomba de hidrogênio, estão cascadas de titânio contendo placas de ferro e discos de ouro inscritos com os ensinos fundamentais da cientologia. Tudo isso é protegido por três portas de aço inoxidável que pesam mais de 2.267 kg. No solo acima do depositório, estão marcados símbolos especiais que só podem ser visualizados do céu.
Muitas pessoas desconfiam que as formas geométricas servem como meio de comunicação extraterrestre. Alguns antigos frequentadores da igreja confirmaram as suspeitas, explicando que as marcas são feitas para que os futuros cientologistas que visitarem a Terra vindo de outros planetas possam encontrar o local.
Todavia, outros dizem que os símbolos não servem como sinalizadores para aliens, e sim como um “ponto de retorno” para L. Ron Hubbard, o fundador da religião. Segundo eles, o homem precisa encontrar uma maneira de voltar para a base depois de reencarnado.

4. Silo Internacional de Sementes da Esvalbarda

Embora, tecnicamente, a Noruega seja a dona do Silo Internacional de Sementes da Esvalbarda, seus fundadores foram a Global Crop Diversity Trust, a Fundação Bill e Melinda Gates e outras organizações e governos. Além disso, os noruegueses garantem a entrada de qualquer pessoa que esteja utilizando um de seus depositórios no local.
Como o próprio nome sugere, o reservatório é usado para guardar uma imensa variedade de sementes, em uma tentativa de preservar a diversidade da colheita e assegurar que a humanidade tenha uma fonte de alimento independente do desastre que atinja a Terra.
A reserva está localizada em Esvalbarda – um dos lugares mais remotos do mundo. O território é uma imensa pedra no Círculo Polar Ártico, e o cofre fica situado em uma antiga mina de cobre.
Como se a paisagem isolada não fosse o bastante, o armazém de sementes é defendido por portas à prova de impacto, sensores de movimento, cabines pressurizadas e um metro de aço reforçado com concreto. Seu clima único e posição geológica deve manter as amostras a salvo de qualquer desastre – causado pelo homem ou não – durante centenas de anos.
Há suspeitas de que filantropos renomados como Gates estão construindo vacinas de esterilização em massa sob o disfarce de ajuda humanitária, enquanto o plano verdadeiro seria criar um tipo de raça superior. Tudo indica que as semente se encaixam de alguma forma para o controle global e o despovoamento da Terra.

3. Cofre da Iron Mountain

O cofre da Iron Mountain em Germantown, Nova York, guarda registros no subterrâneo e presta serviços para clientes globais. Antigamente, o lugar era uma mina abandonada, usada como uma fazenda de cogumelos.
Tirando proveito da paranoia gerada pela Guerra Fria, a companhia de segurança, aberta na década de 1950, oferece uma maneira de abrigar documentos corporativos evitando inclusive ataques nucleares.

2. Cofres dos bancos suíços

Quando se pensa em segurança, os cofres suíços são os melhores, pois fornecem anonimato completo para os clientes e não fazem muitas perguntas. Ainda que as caixas de depósito sejam bem guardadas, a verdadeira proteção dos itens vem dos banqueiros que atendem com uma paciência digna de um médico. Algo essencial, visto que grande parte de seus clientes nem são cidadãos suíços, e sim oficiais corruptos, ditadores, mafiosos e políticos desonestos.
Brechas na lei Suíça que afetem esses clientes são muito raras, uma vez que o governo local é especificamente rigoroso com qualquer violação de confidencialidade bancária ou comercial. Seu um dos banqueiros relatar um caso suspeito, ele pode acabar preso ou tendo que pagar uma multa muito milionária.

1. Antwerp Diamond Center

A Antwerp Diamond Center, na Bélgica, é muito conhecida por duas razões: por ser o depósito de diamantes mais impenetrável do mundo e, ironicamente, por ter sido vítima de um assalto incompreensível, em 2003.
Originalmente, o cofre guardava coleções de 1,5 mil mercadores de diamantes, armazenando cerca de 70% desse minério no planeta. Claro que os donos da caixa-forte tomaram sérias providências para proteger os itens com equipamentos de segurança, o que incluia detectores de calor, sensores sísmicos, campos magnéticos, radares Doopler e uma trava com mais de 100 milhões de combinações possíveis.
A porta de entrada para a caixa forte pesava três toneladas, tendo sido construída a partir de aço sólido. Para vazá-la, eram necessárias pelo menos 12 horas de perfuração ininterrupta. Todavia, todas essas medidas não foram o bastante para impedir que uma gangue italiana conhecida como “The School of Turin” invadisse o lugar e roubasse US$ 100 milhões (pouco mais de R$ 300 milhões) em diamantes e tesouros.
Em uma ação digna do filme “11 Homens e Um Segredo”, eles conseguiram desligar os alarmes e invadir o cofre. Os funcionários da Antuérpia só perceberam o roubo no dia seguinte, quando encontraram o local aberto e saqueado. O espólio nunca foi recuperado, mas a polícia conseguiu prender um homem, Leonardo Notarbartolo, baseando-se nas amostras de DNA encontrada na cena do crime.
Na época, ele informou que os vendedores de diamantes contrataram sua equipe e encomendaram o assalto, e que tudo fazia parte de um plano elaborado para dar um golpe na companhia de seguros.
Depois disso, a Antwerp Diamond Center aprimorou suas medidas de segurança com uma caixa-forte ainda melhor. Porém, o caso de 2003 mostra que nenhum cofre é bom o bastante para impedir uma mente criminosa determinada.

m.megacurioso.com.br
13
Out16

Conheça os 12 melhores zoológicos do mundo

António Garrochinho


A natureza sempre traz muita felicidade pra gente. Nâo tem como não brincar com um cachorro, gatinho, pássaro, ou o quer que seja e não dar um leve sorriso!
Mas esses animaizinhos fofos também tem suas versões “gigantes”. Quem nunca olhou para um tigre e só viu um gatão, e pensou: quero adotar um desse. Infelizmente você não pode (que bom!). Mas o que você pode é visitá-los nos zoológicos.
Pensando nisso, abaixo você vai encontrar uma lista com 12 dos melhores zoológicos do mundo, com atrações e histórias totalmente diferentes e bem legais.
Vídeos adicionados por António Garrochinho

1. Jardim Zoológico de Berlin

O Zoológico de Berlin é o mais antigo e visitado de toda Alemanha e o mais popular em toda a Europa. Criado em 1844 com ajuda do Rei Frederick William IV da Prússia, que colocou no lugar sua coleção privada de animais (mais de 850 animais). Apesar de ter sofrido danos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo mais de 100 animais e boa parte do local destruídos, ele foi reconstruído e alguns animais foram colocados no Tour Animais da Bíblia, por mostrar animais de referências bíblicas.
Ele tem hoje 1500 espécies de animais e mais de 15.000 animais no total. O lugar também abriga o maior aquário do mundo, com mais de 250 tanques em exposição.
Ficou bem famoso em suas estratégias de conservação de animais, e programas de reintrodução. Com isso acabou criando duas “celebridades” do mundo animal: Knut, o famoso filhote de urso polar, e Bao Bao, o panda mais velho mantido em áreas cativas.
Abaixo você pode ver um vídeo do Knut. O filhotinho viveu até seus 4 anos, quando infelizmente não sobreviveu a uma doença autoimune. Porém, o legado do Zoológico continua. Que tal fazer uma visitinha a mais fofuras como essa por lá?





2. Zoológico de Toronto

O Zoológico de Toronto é o maior do Canadá e um dos maiores do mundo. Hoje ele tem 491 espécies de animais e mais de 16.000 animais.
Lá você também pode encontrar vários animais em perigo de extinção como o Gaur (um tipo de bisão indiano), Elefantes africanos, Linces, entre inúmeros outros.
Entre as atrações, existem algumas únicas como o passeio à camelo, e tanques onde é possível encostar em arraias.
Mas o foco do lugar não é somente os animais: o parque também é um dos maiores recicladores de telefones celular na América do Norte.
O Zoológico toma parte em diversos esforços de conservação. Dois exemplos seriam o resgate de ursos polares e pesquisas para encontrar uma cura para um fungo mortal que afeta os sapos.



3. Zoológico do Bronx

Apesar de relativamente pequeno, o Zoológico do Bronx que está no meio de Nova Iorque é uma dos melhores e mais antigos dos EUA, e o maior zoológico localizado em região metropolitana do mundo. Ele foi aberto ao público em 1899, e em apenas 4 anos se tornou o primeiro do Hemisfério Oeste a ter leopardos de neve. Tem hoje 650 espécies e mais de 6.000 animais.
É muito reconhecido por seus programas de preservação da vida selvagem O lugar é tão importante que a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem tem lá no local sua sociedade de veterinário, que cuida de mais de 15.000 animais localizados nos vários zoológicos do país.
O Zoológico do Bronx tem formas muito legais de assistir os animais, entre elas grandes rios profundos para dividir os animais predadores das suas presas, e um pequeno carro sobre trilhos, o Wild Asia Monorail para ver seus habitats naturais em um tour guiado bem tranquilo, passando por tigres, rinocerontes e elefantes.
Ficou famoso em 2013 depois que uma espécime de cobra Egípcia conseguiu fugir do seu local. A busca durou 7 dias, até que foi encontrada em um lugar mais escuro dentro do próprio Zoológico. Mas pode ficar tranquilo que não houveram mais casos. Dá pra ir lá tranquilo! (=
O local trabalha para se tornar um lugar mais sustentável: recentemente instalaram banheiros que usam privadas de compostagem que vai economizar milhões de litros de água todos os anos, além de gerar adubo para plantações.



 4. Zoológico de San Diego

O Zoológico de San Diego fica localizado perto do centro de San Diego. Hoje ele tem 800 espécies e quase 4000 animais expostos.
O clima ensolarado do sul da California é ideal para muitos animais. Então quase todas maiores exibições são feitas em céu aberto. Como o chão é cheio de altos e baixos e tem grama muitos visitantes acabam escolhendo o tour guiado dentro do ônibus.
Umas das atrações mais famosas e impressionantes é a Odisseia dos Elefantes. É um trajeto que conta a história das espécies de elefante ao longo do tempo, partindo da Era Pleistocene até os elefantes modernos.
O Zoológico é muito ativo nos seus esforços de conservação e preservação. Muitas espécies são criadas em cativeiro para serem liberadas nos seus habitats naturais quando apropriado.



5. Zoológico de Londres

O Zoológico de Londres, localizado ao norte do Parque Regent, é o zoológico científico mais antigo do mundo. Foi aberto em 1828 para servir para estudos científicos. Só foi abrir para o público em 1847. Ele tem 755 espécies de animais e mais de 16.000 animais como um todo.
Os pontos mais famosos do local são frutos de seu espírito de inovação, como a Casa de Répteis, Aquário Público (com pinguins) e Zoológico de Estimação (onde é possível encostar e interagir com os animais). Em todos os casos foram o primeiro do mundo a fazer cada uma das coisas. A arquitetura do local ainda se mantém, sendo uma arquitetura Vitoriana.
Por expandir as espécies de animais, hoje conta com alguns como o Dragão de Komodo, Tartarugas de Galápagos, uma grande variedade de répteis, tigres, gorilas entre outros. Entre seus projetos de conservação, o mais recente é o Programa Tigre S.O.S que tem como objetivo levantar fundos para ajudar a salvar o Tigre da Sumatra.




6. Zoológico de Wellington

O Zoológico é o primeiro da Nova Zelândia. Hoje ele tem cerca de 100 diferentes espécies e mais de 500 animais. É considerado um pequeno Zoológico.
Tem um trabalho muito dedicado na preservação de animais nativos da própria Nova Zelândia (como o famoso pássaro nacional com risco de extinção, o Kiwi), assim como animais da região Ásia Pacífico. Um dos mais famosos foi o movimento “Liberte os Ursos”, que buscava proteger os ursos do Sudeste Asiático.
É o primeiro do mundo a ter o selo carboNZero, que certifica seus esforços para reduzir seu impacto ambiental, buscando a sustentabilidade, como reduzir gastos, reciclar e reutilizar, e captar água de chuva para alguns processos. Quem disse que inovação não pode acontecer em lugares como museus?



7. Zoológico de Pequim

O Zoológico está localizado no distrito de Xicheng  e foi criado em 1906 durante a dinastia Qing, com um grupo de apenas 12 macacos, 2 papagaios e uma ema. Hoje ele tem 950 espécies e mais de 14.500 no total.
As atrações famosas normalmente são focadas em raros animais chineses. O mais famoso são os Pandas Gigantes. Também é possível ver outros como o tigre do sul da China, o Jacaré chinês e a grande Salamandra chinesa.
Além dos animais também tem um cenário lindo composto por áreas, jardins floridos, entre outros.



8. Zoológico da Filadélfia

O Zoológico da Filadélfia foi o primeiro zoológico da América, criado em 1874.  Hoje tem cerca de 350 espécies e mais de 1300 animais no total.
A reserva de Primatas PECO é considerada uma exibição obra-de-arte  no mundo. Fica em uma pequena área com regiões abertas e fechadas que abrigam 10 espécies diferentes dos primatas. Também é um lugar para amantes de gatos visitarem as Cachoeiras do grandes Felinos, que tem hoje 12 espécies como os Leões Africanos, Tigres, Jaguares, entre outros.
Tem uma excelente reputação pela preservação em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção, assim como pela simulação de ambientes naturais que criam para seus animais.
Se o dia não for o suficiente, você pode acampar por lá no que será uma grande experiência para toda a família.



9. Zoológico de Singapura

Apesar de Singapura ser uma ilha pequena, tem um parque urbano, um jardim botânico e um zoológico de se orgulhar. Este foi aberto em 1973. Hoje tem mais de 300 espécies e mais de 2500 no total.
Ele é considerado um dos melhores pela forma como os animais são mantidos e apresentados: é o pioneiro no conceito do Zoológico aberto, que não tem nenhuma jaula, e não tem barreiras visíveis entre os animais e os visitantes, utilizando para isso a vegetação e recursos naturais. Somente nos casos de animais mais ferozes que existe paredes de vidro.
Logo ao lado do Zoológico existe um Safari Noturno, o primeiro do mundo e uma das melhores atrações turísticas do país.



10. Zoológico da Basiléia

O Zoológico da Basiléia é localizado na Suíça. É um dos pontos turísticos mais importantes do país, estando em todos os guias turísticos.
Tem mais de 600 espécies e quase 7.000 no total, algumas delas que não podem ser encontradas em nenhum outro zoológico do mundo. Entre eles podemos citar o Hipopótamo pigmeu, o Rinoceronte indiano e o Okapi.
Seu programa de conservação em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção é um dos mais bem sucedidos do mundo. Eles conseguiram com sucesso garantir a que muitas espécies não acabassem através desse programa.



11. Zoológico de Schönbrunn

O Zoológico de Schönbrunn, localizado na cidade de Vienna na Áustria, é o mais antigo do mundo. Foi aberto em 1752 e fica localizado na linda paisagem cênica do Palácio de Schönbrunn. Com isso é possível que você possa aproveitar não só ver seus animais favoritos, como observar uma arquitetura magnífica. Por isso foi considerado uma Local de Herança Mundial pela UNESCO.
Tem mais de 700 espécies e 900 animais no total. Entre esses os principais são os elefantes, pandas, leões-marinhos e jaguares.
Tem grandes esforços na conservação em etapas bem iniciais de espécies, tendo obtido vários “primeiros”, incluindo o primeiro nascimento de elefante em cativeiro no ano de 1906.


12. Zoológico de Edinburgo

O Zoológico de Edinburgo é localizado na Escócia. Ele tem 171 espécies de animais. Dentre as atrações turísticas do país fica em segundo lugar, perdendo apenas para o famoso castelo de Edinburgo.
Ele foi o primeiro zoológico do mundo a conservar e criar pinguins, além de ser o único no Reino Unido a ter koalas e pandas gigantes.
Apesar de ser muito famoso pelos dois pandas gigantes emprestados da China, o grande trunfo do lugar são os pinguins. O zoológico tem mais de 100 de diversas espécies. Uma das atrações mais populares é a Parada dos Pinguins, momento em que os animais são liberados para desfilar um pouquinho sua fofura, como você pode ver no vídeo aqui em baixo.

VÍDEO

blog.viajemaispagandomenos.com.br
13
Out16

Conheça alguns dos insetos mais surpreendentes do mundo

António Garrochinho


Muitas pessoas consideram os insetos como as criaturas mais nojentas e terríveis do planeta e podemos entender bem porque isso acontece.

Afinal, eles são o grupo de seres mais bem adaptados e abundantes do mundo, representando mais da metade dos organismos conhecidos, com mais de 1 milhão de espécies catalogadas pela ciência e muitos deles incomodam a nós seres humanos, seja com picadas ou espalhando doenças.

Mas nosso foco aqui será um pouco diferente. Conheça alguns dos insetos mais surpreendentes do nosso mundo.

Mantis Flor


Mantis de flores são as espécies de louva deus que imitam flores. Seu comportamento varia, mas geralmente caminham até uma flor adequada e ali permanecem imóveis até a presa chegue dentro de seu alcance. O que acontece depois você já sabe não é?

VÍDEO


Gafanhoto do Deserto


Potencialmente é um dos insetos mais destrutivos. Ameaçou a produção agrícola na África, Oriente Médio e Ásia durante séculos. É capaz de comer seu próprio peso a cada dia, para se ter uma ideia, um único enxame de gafanhotos do deserto pode ter 740 km² de tamanho e é capaz de consumir 423 milhões de plantas em um único dia.


Besouro Taurus


O Besouro Taurus [ou Besouro Rola Bosta] é considerado um dos insetos mais fortes em termos de força proporcional, podendo carregar 1.142 vezes o seu tamanho. Isso seria o equivalente a um adulto conseguir empurrar seis ônibus de dois andares cheio de pessoas dentro do veículo. 


Gorgulho Girafa


Nativos de Madagascar, os machos usam seus pescoços anormalmente longos para atacar outros machos durante a época do acasalamento. As fêmeas, de pescoço mais curto, enrolam uma folha para fazer um ninho de tubo para o seu único ovo. O pescoço do gorgulho girafa pode crescer até cerca de 2,5 centímetros de comprimento. Para as fêmeas dessa espécie, suas costas vermelho-vivo são tão atraentes como o seu pescoço.

Besouro Bombardeiro

Conhecidos como Besouros Nervosos ou Besouros Bombardeiros, são insetos que disparam jatos de uma substância superquente pelo traseiro quando se sentem ameaçados.



Como você pode ver, os besouros-bombardeiros são equipados com duas glândulas nas extremidades de seus abdomes, que contêm diferentes substâncias químicas que provocam explosões na forma de spray, ejetado a temperaturas de até 100ºC.

Besouro Golias


Deve ser assustador imaginar um bicho desses indo em sua direção, não é mesmo? O Besouro Golias é considerado um dos maiores mais pesados insetos do mundo. Vive em toda África e chega a atingir os 15 cm de comprimento.


Esse inseto é tão grande quanto a mão de uma pessoa adulta. Os machos ainda possuem chifres em forma de "Y" que utilizam para lutar com outros machos por território e na época do acasalamento. Seu peso pode alcançar os 100 gramas. Um detalhe interessante é que esse animal é um ótimo escalador e voa muito bem, apesar de seu tamanho e peso.

Treehopper


Esse pequeno inseto é semelhante a uma cigarra, mas possui uma estrutura estranha na sua parte traseira, que lhe confere uma aparência muito bizarra. Os cientistas não sabem ao certo para que isso serve.

Alguns acreditam que esses "incrementos" não apresentam nenhuma função fisiológica e podem funcionar como defesa contra os predadores, como pássaros, por exemplos. Outros afirmam que se parece uma formiga, que geralmente não é a comida preferida dos predadores.


Também existem aqueles que acreditam que as projeções possuem alguma função atrativa na reprodução da espécie, mas nada ainda é comprovado. E como os ornamentos possuem cerdas, pode ser também que exista uma função sensorial nessa estrutura.

Besouro-Tigre


Proporcionalmente, é o ser vivo mais veloz do mundo. Consegue correr a 8 km/hora, o que daria cerca de 490 km/hora se ele tivesse o tamanho de um ser humano. Sua velocidade é tamanha que o besouro precisa parar e olhar ao seu redor para se localizar após dar uma corridinha.

Apesar de gostar de caçar suas presas no chão, esse inseto alado é bem habilidoso e também pode abater qualquer coisa do seu tamanho em pleno voo. Suas mandíbulas são capazes de decepar partes do corpo de outros insetos como se fosse manteiga 

Por ser um caçador tão voraz e efetivo os agricultores aprenderam a usar esse besouro para combater pestes em plantações, e ele realmente é capaz de dizimar tudo por lá!

tudorocha.blogspot.pt
13
Out16

A prova de força ou o perigo de uma Guerra Mundial

António Garrochinho



Para Thierry Meyssan, o conflito sírio pode degenerar a todo o instante em Guerra Mundial. Os Estados Unidos não estão, mais, em posição de cumprir os seus compromissos como se viu com o acordo do Eïd, no entanto, não querem abandonar o seu objectivo (impedir o desenvolvimento da China e da Rússia afim de manter uma ordem mundial unipolar). Moscovo e Pequim, por seu lado, estimam estar agora em posição de força. Aproxima-mo-nos do momento chave de mudança da ordem mundial ou da Guerra nuclear.



Moscovo jamais acreditou na sinceridade de Washington. No entanto, desde 30 de Junho de 2012, não parou de se amarrar a acordos, que nunca foram respeitados. Agora, já não considera os Estados Unidos como o senhor do mundo, mas como um império em declínio. Consciente das enormes capacidades militares do Pentágono, nomeadamente nucleares, entende conduzir suavemente Washington à desistência, evitando que se enfureça e desencadeie uma Guerra Mundial.

Ao conduzir, passo a passo, os Estados Unidos para a assinatura da cessação das hostilidades do Eid, na Síria, a Rússia pretendia limitar um pouco mais as opções do seu «parceiro». De facto, apesar das suas declarações edificantes, Washington não foi capaz de separar qualquer «moderado» dos «extremistas». Ora, o acordo previa que os moderados, designados por John Kerry, seriam integrados no dispositivo de luta contra os jiadistas, depois seriam incluídos no governo de unidade nacional do Presidente Bachar al-Assad [1]. Washington não tem mais que duas opções : ou retirar-se do conflito sírio, ou entrar em guerra frontal contra a Rússia, à escala mundial.


Washington tornou público, então, extractos escolhidos de uma discussão entre John Kerry e representantes da oposição de salão síria, pretensamente gravada «à sua revelia», a 22 de Setembro em Nova Iorque [2]. Nela se ouve o Secretário de estado deplorar que o Congresso dos EUA recusa enviar soldados para derrubar a República Árabe Síria, e aconselhar os opositores a encontrar um outro poder militar para fazer o trabalho em seu lugar e levá-los ao poder. Este novo padrinho só poderia ser a Aliança, já estabelecida, da Arábia Saudita, de Israel, da Jordânia, do Catar e da Turquia. Por outras palavras, Washington renuncia à guerra, mas nada muda realmente no terreno. Ela prosseguirá sob a responsabilidade exclusiva dos seus vassalos.

Pelo seu lado, longe de temer a prova de força, a Rússia mantém as suas pretensões na Síria e secretamente implantou-se militarmente no Iémene durante o verão. Sábado, ela disparou um míssil terra-mar sobre o HSV-2 Swift, o catamarã fura- vagas do exército dos Emirados Unidos e destruiu-o. Embora, segundo a imprensa atlantista o míssil tenha sido disparado pelos Hutis e o porta-estandarte da Marinha Emirati só tenha ficado danificado, os factos desmentem-na. A mensagem era destinada tanto à OTAN como às petro-ditaduras do Golfo: a Guerra geral é possível e Moscovo não fugirá.

Considerando que o contencioso não se limita à Síria, mas que os problemas se acumulam dessde há anos, Moscovo considera que a Terceira Guerra mundial já foi desencadeada mesmo se ela só se desenrola sobre um território limitado, a Síria. Desde há cinco anos que 129 Estados e 16 organizações internacionais apoiam os Estados Unidos contra a Síria, a Argélia, o Irão, a Rússia, a China e a Coreia do Norte. Vladimir Putin revoga o acordo russo-americano sobre a limitação do plutónio militar; uma decisão que ultrapassa a dissuasão nuclear. Submetendo um projecto de lei à Duma, ele sublinha que o acordo sobre o plutônio só será retomado quando Washington mantiver os seus compromissos: retirada das armas instaladas pela OTAN nos antigos Estados soviéticos, revogação das sanções anti-russas que se somaram desde a lei Magnitsky até ao golpe de Kiev; todas as reivindicações que nos levam 15 anos para trás.

Washington pensou que podia limitar o espaço e a influência russas; que podia prometer, não cumprir, e vir com desculpas. Era uma possibilidade quando do afundamento da URSS. Mas não é mais o caso hoje em dia.

Thierry Meyssan [Rede Voltaire] Intelectual francês, presidente-fundador da Rede Voltaire e da conferência Axis for Peace. As suas análises sobre política externa publicam-se na imprensa árabe, latino-americana e russa. Última obra em francês: L’Effroyable imposture: Tome 2, Manipulations et désinformations (ed. JP Bertrand, 2007). Última obra publicada em Castelhano (espanhol): La gran impostura II. Manipulación y desinformación en los medios de comunicación (Monte Ávila Editores, 2008). - Rede Voltaire | Beirute (Líbano)

Tradução Alva

www.marchaverde.com.br
13
Out16

COMO ELES COMBINAM OS TACHOS NOS BASTIDORES - Deputados exaltam-se depois de Bilhim . revelar que foi escolhido por Seguro

António Garrochinho


Bilhim revela que a sua nomeação foi combinada entre Passos e António José Seguro. O PS não gostou e criticou o facto de o ex-presidente revelar conversas "secretas". PSD e CDS saíram em defesa do ex-presidente da Cresap. 

O antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, escolheu João Bilhim para presidente da comissão que organiza os concursos para dirigentes no Estado por indicação do então secretário-geral do PS, António José Seguro. A revelação, feita esta quinta-feira por João Bilhim no Parlamento, deu origem a reacções exaltadas, em particular por parte do deputado do PS Ascenso Simões.
 .
João Bilhim, que deixou de ser presidente da muito polémica comissão que organiza os concursos para dirigentes no Estado esta semana, está a ser ouvido na comissão de Orçamento e Finanças. Foi em resposta a uma pergunta da deputada do PSD que teve oportunidade de esclarecer como foi escolhido para o cargo, no início da legislatura da coligação PSD/CDS.

"Eu fui contactado pelo então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que me convidou para presidir a esta comissão e disse: 'senhor professor, o seu nome foi-me dado pelo dr. António José Seguro', afirmou Bilhim. O professor universitário acrescentou ainda que contactou o então secretário-geral do PS, que confirmou: ‘fomos nós que pusemos o seu nome’ .A declaração motivou uma troca acesa de palavras entre o deputado do PS, Ascenso Simões, e a presidente da Comissão, Teresa Leal Coelho.

Ascenso Simões começou por negar a declaração de João Bilhim. "Entendeu mal. Quando aqui nos vem dizer que o secretário-geral do PS o indicou aquilo que posso dizer é que podia ter dito: 'fui sondado' e tudo bem. Mas mesmo que tenha sido assim quero-lhe dizer que o senhor hoje fez um mau serviço à Cresap e a si próprio". "Vir à Assembleia contar conversas de natureza particular e secreta é um dos maiores erros que pode fazer a si e que pode fazer à Cresap", sentenciou.

Teresa Leal Coelho, presidente da comissão parlamentar, tomou então a palavra para insistir na seguinte ideia: a forma de escolha do presidente da Cresap foi na altura divulgada publicamente, não constituindo propriamente um segredo. "Pode não ter sido maciçamente divulgado mas foi público", reiterou.

Uma intervenção que levou a um protesto de Ascenso Simões, que acabou por pedir a palavra em "defesa da honra".

João Bilhim, por seu lado, referiu de forma clara que nunca aceitaria o cargo sem a aprovação de António José Seguro porque é militante do PS. "Eu era militante do PS", começou por referir, salientando que nunca votou no PSD e no CDS. "Não poderia de maneira nenhuma aceitar este cargo se o meu secretário-geral não me dissesse alguma coisa", argumentou, sugerindo que isso seria "traição".


www.jornaldenegocios.pt
13
Out16

Se conduzir, não ouça mentecaptos

António Garrochinho


por Amato
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Hoje estava a ouvir uma senhora na rádio que dizia que os desafios de Guterres enquanto Secretário Geral das Nações Unidas eram enormes por, segundo ela, ter que lidar com uma política expansionista da Rússia na Crimeia e na Síria. Realmente, de quando em vez, muito mais frequentemente do que seria desejável, apanha-se com cada mentecapta nos media que chega a ser aterrador. Talvez radique aqui a razão de ser de muitos acidentes de viação. Confesso que, eu próprio, dei um pronunciado ziguezague na via não tendo chocado com outra viatura por uma unha negra.

Para a mentecapta senhora, que refira-se, a talhe de foice, é professora de faculdade!, o problema do mundo é a Rússia ter uma política expansionista particularmente na Síria! Não, a política externa dos Estados Unidos nem é expansionista nem tem qualquer problema. As guerras criadas ao longo deste novo milénio pelos americanos não têm qualquer problema. O problema é a intervenção russa.

Sem a intervenção russa, a Síria estaria seguramente dominada por esta altura pelo Estado Islâmico. A intervenção russa permitiu libertar, aliás, muitas cidades importantes e estratégicas do controlo dos terroristas. Relembro aqui a libertação da cidade de Palmyra.

Mas para a mentecapta senhora, o problema de António Guterres é a Rússia... É preciso ter cuidado: se conduzir, não ouça mentecaptos. Pode originar sinistros.

portodeamato.blogs.sapo.pt
13
Out16

OS TEMPOS DA ESCOLA

António Garrochinho


Em mais um interessante trabalho no ComRegras, Alexandre Henriques analisa a carga horária dos alunos portugueses e conclui, tal como já era conhecido, que o trabalho nos primeiros anos de escolaridade é mais volumoso que nos anos do secundário.
Algumas notas começando por referir que sendo necessário ter em atenção as idades dos alunos e equilíbrio curricular na definição da carga horária, parece ainda mais significativo e a merecer atenção séria repensar o tempo total que os alunos passam na escola.
Tal como se passa com os adultos na sua vida profissional, os nossos miúdos estão mais tempo na escola que os alunos da maioria dos países europeus. Estamos no tempo da "escola a tempo inteiro".
No entanto, ainda há quem insista que os miúdos trabalham pouco, não devem brincar.
O tempo passado na escola é apenas uma variável entre muitas que influenciam a qualidade do trabalho. Assim sendo, mais tempo na escola não significa melhores resultados escolares. Aliás, como se passa noutros países que olham para a escola como escola e não como uma estrutura que, além de escola, guarda crianças e jovens. Sendo certo que a ocupação de crianças e jovens é uma questão importante, não pode ser resolvida à custa do prolongamento sem fim da estadia dos alunos na escola. Como também disse, o tempo da escola também deve considerar a idade dos alunos
Por isso, a mais séria reserva com a ideia de uma "escola a tempo inteiro" que deveria transformar-se num objectivo de educação a tempo inteiro na qual o trabalho no tempo "escolar" fosse potenciado com os recursos necessários, com currículos e apoios adequados, com autonomia escolar a sério, etc. Se assim fosse, talvez a “carga horária” que os nossos alunos mais novos têm pudesse ser diferente.
Não seria preciso mais tempo global se tivéssemos melhor tempo e melhor distribuído.
Talvez fosse o tempo de iniciar uma reflexão sobre estas matérias, envolvendo e ouvindo vários actores, estudando experiências de outros sistemas e, eventualmente, de uma forma tranquila, oportuna no tempo, repensar o calendário escolar. Não é fácil pois a natural conflitualidade de interesses criará alguma dificuldade. Veja-se as mais recentes propostas da Confap, vão sistematicamente no sentido de prolongar a estadia dos miúdos na escola
Nesta reflexão deveria estar incluída a discussão dos benefícios e eventuais efeitos negativos da criação de uma “pausa” a meio do primeiro período modelo existente em vários países.
No entanto, de uma forma mais global creio que seria interessante reflectir sobre os tempos da escola olhando para todos os aspectos e não apenas a “carga curricular”.

atentainquietude.blogspot.pt

13
Out16

MORREU DARIO FO

António Garrochinho


Morreu aos 90 anos Dario Fo 

Dramaturgo e actor Dario Fo nasceu a 24 de Março de 1926 em Santiago, Varese, no norte de Itália. Além de pintor e arquitecto foi sobretudo conhecido pelo seu trabalho como dramaturgo o que lhe valeu o Nobel da Literatura em 1997.


Foi activista político com especial relevância nas convulsões dos "Anos de Chumbo", entre os anos 70 e 80, quando criou a organização "Socorro Vermelho Militante" para proporcionar assistência legal aos presos políticos da esquerda.

Contestatário contra a opressão e exploração, sempre defendeu a desobediência civil, tendo sido notória a sua obra "Aqui Não Paga Nada". 

Das suas obras, podem destacar-se "Isabel, Três Caravelas e Um Castelo", "Dario e Deus", "O Papa e a Bruxa" e uma das suas obras primas "Morte acidental de um Anarquista", apresentada em 1970, em que recorda a estranha morte do combatente Giuseppe Pinelli, que em 1969 se atirou da varanda da sede da Polícia de Milão, onde estava detido. 

Nos anos dos governos de Berlusconi os seus espectáculos e monólogos destinaram-se a ridicularizar aquele governante corrupto. 
13
Out16

Putin pede a oficiais que façam regressar famílias. Teme-se guerra

António Garrochinho


Em causa está a tensão entre russos e norte-americanos, sobretudo por causa do conflito na Síria.


A Rússia está a pedir a todos os seus oficiais e altas figuras da sociedade para que façam regressar ao país os seus familiares. A decisão surge na sequência do aumento da tensão diplomática entre o país e os Estados Unidos. Refere o Daily Mail que uma guerra global poderá estar iminente.
Os apelos terão surgido depois de Putin ter cancelado uma visita a França, já após uma tensa discussão devido ao papel do país no conflito sírio e dias depois de se ter sabido que o Kremlin tinha movido mísseis nucleares para a fronteira polaca.
O ex-líder soviético, Mikhail Gorbachev, já terá avisado que o mundo está num “ponto perigoso” no que diz respeito ao crescimento da tensão entre russos e americanos.

www.noticiasaominuto.com
13
Out16

GNR DÁ ORDENS PARA MATAR A SANGUE FRIO / MEU IRMÃO NÃO É UM MONSTRO DIZ IRMÃ DO SUSPEITO/VIZINHOS FALAM DO SUSPEITO (vídeo)

António Garrochinho




"O meu irmão não é um monstro" Irmã de Pedro Dias falou com o CM e saiu em defesa do homicida. Vizinhos de Pedro Dias chocados com os homicídios Pedro Dias, de 44 anos, é filho de Arouca onde todos conhecem a família por serem simpáticos e caridosos. Os conhecidos não querem acreditar que Pedro se tenha envolvido nesta situação. A família de Pedro Dias, que reside numa casa no centro de Arouca, esteve durante todo o dia de ontem recolhida, com portas e janelas fechadas, mas a irmã falou ao CM para sair em defesa do homicida. "O meu irmão não é um monstro", disse. Na cidade todos falam do assunto e garantem que a família "tentava evitar" as confusões em que Pedro se envolvia com frequência. 

O homicida, de 44 anos, cresceu em Arouca e desde tenra idade começou a criar problemas que resvalaram para a pequena criminalidade. 

Esteve na África do Sul, onde recebeu treino militar e, de regresso a Portugal, abriu uma empresa de criação de animais e explorava uma quinta em várzea, Arouca, onde há dois anos a GNR apreendeu armas, diversas munições e animais exóticos. "O Pedro já chegou a cortar uns pinheiros que não eram dele e vendeu-os. Ele fazia esse tipo de coisas, mas a família amparava as confusões", diz ao CM Adelino Pinho, amigo da família, uma das mais conhecidas da cidade. "Ele não precisava de roubar nem de fazer estas coisas porque a família tem grandes possibilidades – o pai é engenheiro agrónomo e a mãe professora –, mas era conflituoso. 

Muita gente aqui da terra, pela consideração que tinha pela família, deixava passar certas coisas", remata. 

Pedro Dias, que tem licença de pilotagem de aviões, estava a viver em Fornos de Algodres, na Guarda, com a namorada e o filho bebé, de 6 meses. Tem outra filha de 14 anos.



GNR dá ordem para matar fugitivo 
Mortes a sangue frio determinam medidas excecionais. Polícias vigiam zona de forma mais discreta.
VIZINHOS FALAM SOBRE O SUSPEITO

VEJA O VÍDEO






 http://www.cmjornal.pt
13
Out16

Luta pelos salários com greve forte em Sines

António Garrochinho


20161013ManutencaoSinesGreve















A luta dos trabalhadores do consórcio de empresas que assegura a manutenção na refinaria de Sines da Petrogal mantém-se com determinação, como ficou claro na adesão praticamente total à greve de hoje, por aumentos dos salários e do subsídio de refeição.
Convocada pelo SITE Sul, a paralisação abrange todo o dia e foi confirmada pelos trabalhadores, num plenário realizado ao início da manhã, depois de ter sido dada informação sobre uma reunião, ontem, com a administração do consórcio (empresas EFATM/ATM, CMN e AC Services).
FONTE: FIEQUIMETAL
13
Out16

Alerta vermelho: mercados norte-americanos à beira do abismo

António Garrochinho



Os analistas estão apreensivos com a "preocupante" conjugação de fatores que pode influenciar as bolsas A seguir 

As bolsas dos Estados Unidos podem vir a colapsar em breve. O último alerta foi dado pelo HSBC, com base numa análise aos mais recentes dados técnicos. Segundo o banco, há uma tempestade perfeita a aproximar-se perigosamente dos mercados norte-americanos. A nota emitida pelo HSBC é clara: “A agressiva pressão vendedora do dia 11 de outubro leva-nos a emitir um alerta vermelho. Há agora uma grande probabilidade de o mercado bolsista registar uma queda severa”, avisou o analista Murray Gunn. O alerta partiu da observação do comportamento dos índices norte-americanos nas últimas semanas. 

O HSBC coloca a fasquia do Dow Jones nos 17,992 pontos, enquanto a marca limite do S&P 500 será de 2,116 pontos. De acordo com os analistas, se os índices negociarem abaixo desses valores, haverá razões para alarme. O S&P fechou ontem nos 2,539 pontos enquanto o Dow Jones marcava 18,144. “Enquanto esses níveis permanecerem intactos ainda há uma ligeira esperança. Mas assim que os níveis forem ultrapassados e os mercados fechem abaixo desses números, o que nos parece cada vez mais provável, será um sinal claro de que os “ursos” vão começar a atacar.” Os receios em torno de um “bear market”, ou seja, uma tendência prolongada de desvalorização das ações, começaram a acentuar-se no mês passado. 

Na visão dos analistas, o mercado está a dar sinais de que em breve vai ressentir-se da “perigosa combinação” de fatores de risco que marca a atualidade. A lista de preocupações inclui o resultado das eleições nos Estados Unidos, a incerteza em torno da evolução da política monetária dos bancos centrais, as elevadas expectativas dos investidores sobre a temporada de apresentação de resultados que teve início na semana passada, e também alguns fantasmas que pairam sobre a Europa, como o Brexit e o referendo em Itália que vai determinar a permanência de Matteo Renzi à frente do Governo. “Há de facto uma série de fatores que estão a ser conjugados que poderão criar uma situação complicada nos mercados. Podemos juntar vários cenários. 

As eleições poderão ter algum impacto mas não serão o motivo mais importante”, aponta Gualter Pacheco, analista da GoBulling. Segundo o especialista, os maiores riscos estão noutro extremo. “A política dos bancos centrais tem estado a sustentar os mercados, nomeadamente a nível de dívida, e no dia que os bancos centrais deixem de intervir, não sei como é que o mercado irá reagir. 

E se houver uma subida das taxas de juro é de esperar que as bolsas sofram, porque com as taxas perto de zero os investidores acabam por arriscar e investir mais em ações. Se as taxas de juro forem subindo é natural que haja muito dinheiro a sair das bolsas”, alerta. Em quem votam os mercados? Ainda assim, a tradição não joga a favor das bolsas norte-americanas. 

A história mostra que os mercados têm tendência a perder valor no último ano do mandato de um presidente, independentemente do partido. Desde 1900, o S&P 500 cai em média 1,8% no final de uma estadia de oito anos na Casa Branca. O pior resultado aconteceu em 2008, no final do mandato de George W. Bush, quando a bolsa tombou 41%. Até agora o S&P 500 conta com uma valorização de 5,7% desde o início do ano. 

Segundo as análises dos especialistas, a volatilidade relacionada com as eleições depende das expectativas dos investidores em relação ao vencedor. Quando as bolsas sobem entre 31 de julho e 31 de outubro, significa que os investidores acreditam que o próximo presidente eleito será do mesmo partido que o chefe de Estado que está de saída. Se as bolsas caírem, é porque a expectativa é a inversa. Desde 31 de julho as bolsas perderam 0,64%. As mesmas análises concluem que no primeiro ano de mandato de um presidente, os índices sobem em média 8,2%. 

Quando a vitória pertence a um Democrata os ganhos ultrapassam os 17%, enquanto uma vitória Republicana significa uma queda de 1,8%. Dia 8 de novembro é altura de começar a fazer contas.

www.dinheirovivo.pt
13
Out16

1500 euros por noite para ficar a 30 km de Fátima e do Papa

António Garrochinho


Centenário das aparições. Há novos hotéis, mas operadores compraram quartos um ou dois anos antes e esgotaram a capacidade

Fátima já ensaia à pequena escala o que será a esperada enchente de 12 e 13 de maio do próximo ano, no centenário das aparições. No santuário vive-se hoje a última grande peregrinação antes dessa data e da vinda do Papa Francisco, mas à volta a cidade começou a movimentar-se e a mudar desde há muito, sobretudo desde 2015, quando se tornou público que o Papa gostaria de estar presente nas celebrações. Nessa altura, esgotaram os primeiros quartos nos hotéis. A partir daí, começou uma corrida contra o tempo, que hoje já pode custar 1500 euros por noite nas cidades à volta.

Numa pesquisa feita no Booking, ontem à tarde, saltava à vista que as poucas unidades disponíveis se situam a mais de 20, 30 ou 40 km de Fátima, o que não quer dizer que os preços baixem à medida que nos afastamos do santuário. Em Leiria (onde a taxa de ocupação é bastante elevada) merece destaque o preço para 12 de maio de uma suite no Lisotel, a 32 km do santuário e a 7 km de Leiria: 1488 euros; ou também do hostel Most Art Boutique, que tinha apenas um quarto para a noite de 12 de maio do próximo ano, ao preço de 450 euros. À margem dos hotéis e do crescente alojamento local, vive ainda algum negócio paralelo. Em Fátima, correm ofertas informais de quartos que particulares alugam por mil euros a noite, mas ninguém arrisca dar a cara a falar do assunto.

Mas Alexandre Marto, vice-presidente da ACISO - Associação Empresarial Ourém-Fátima, acredita que essa é uma imagem de Fátima que não corresponde à realidade: "O alojamento local está legalizado. Houve um trabalho enorme desde os anos 1980 até hoje, não apenas no esforço pela requalificação dos hotéis, mas também de legalização do alojamento local." Por isso mesmo acredita que "Fátima deve ser dos destinos mais escrutinados pelas diversas entidades", ao contrário da ideia que muitas vezes persiste.

"A capacidade hoteleira de Fátima está esgotada para maio de 2017 como está todos os anos", refere o vice-presidente da ACISO, desvalorizando as notícias "cíclicas" que apontam para duas realidades: a lotação das cerca de seis mil camas nos hotéis da cidade e a especulação que cresce à volta do arredamento de um quarto das unidades hoteleiras.

Quando se refere ao preço dos quartos por noite, Alexandre Marto sublinha estarmos numa terra mediática que "tem os preços mais baixos do país. A rendibilidade para as unidades hoteleiras é bastante limitada", considera. Quando aponta esse "esforço constante, nos últimos anos, por parte dos hoteleiros locais, em quererem atualizar-se e requalificar os hotéis", o vice-presidente da ACISO acredita que "isso deve-se em parte à alteração do perfil do cliente, que é cada vez mais exigente, cada vez mais internacional".

Basta olhar para os números: 70% dos hóspedes que ocupam os hotéis são estrangeiros, de modo que não é difícil perceber essa relação forte, quase estratégica, que existe entre hoteleiros e operadores turísticos. Alexandre Marto é um dos primeiros, também, e lembra que, nessa qualidade, "há mais de um ano que falámos com os operadores". São eles que compram a um ou dois anos de distância a esmagadora maioria dos quartos, e por isso sobra uma ínfima percentagem para o cidadão comum.

Concorrência nas residências

Sete anos separam a visita de um Papa a Fátima, muito tempo na vida de uma cidade que respira negócio. É esse, aliás, o tempo que medeia o programa de comemorações, e o princípio de uma revolução comercial na terra. O exemplo paradigmático que o DN contou esta semana, a propósito do hotel que esgotou a lotação mesmo antes de estar pronto (o Áurea só será inaugurado no início de maio de 2017, dias antes da peregrinação), é replicado noutras áreas, como as residências para seniores, um filão com muita concorrência. Há várias em construção e já com pré-inscrições.

Isso mesmo confirmava nesta semana Mónica Vieira, diretora técnica da Qualisenior - Residência Geriátrica. "Esperamos abrir em dezembro ou no início de janeiro", afirmou. O vice-presidente da ACISO sustenta que os muitos investimentos que estão a ser feitos em Fátima "não são apenas para 2017, mas para 20 ou 30 anos". Ao mesmo tempo, o presidente da associação, Domingos Neves, fala de uma "dinâmica crescente, que reforça a captação de novos investimentos e de uma diversidade de negócios, por sua vez fatores de atração de públicos residentes nos concelhos limítrofes". "Acredito que esta dinâmica será imparável nos próximos anos", frisa o proprietário da Clinifátima, uma unidade de saúde privada que já fez o percurso inverso - cresceu para Leiria.

Preparar o pós 2017

Na verdade, a preocupação das diversas entidades envolvidas na comemoração do centenário (em parceria com o Santuário de Fátima) é o dia seguinte, como fica claro na conversa com o presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca. "Há muita coisa que está a mudar, há muito. Mas obras de qualificação, de modernização e de valorização continuarão a ser desenvolvidas todos os dias", sublinha o autarca.

O último ano foi pródigo na abertura de bares e restaurantes que conferem a Fátima um registo cosmopolita, como A Pregaria da Iria, o Combo ou as tabernas que nasceram nas duas principais avenidas da cidade. Em breve chega também o McDonald"s. A tradição ainda é o que era, mas o Tia Alice já não é a única marca da terra.

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13
Out16

Professores em cidade dos EUA levam alunos a pé pra casa depois das aulas para que eles cheguem em segurança

António Garrochinho


 Cinco professores da Whitney Achievement Elementary School, de Memphis, EUA, estão dando uma lição de cidadania fora da sala de aula. Eles levam os alunos a pé até suas casas para garantir a segurança destes.
Este ato heróico foi descoberto através de uma foto divulgada no Facebook que se tornou viral. Uma residente da cidade, Tabitha Tudy Jones, registrou o momento em que o professor Carl Schneider estava conduzindo as crianças até seus lares.
Essa rotina pouco usual começou há três anos com o objetivo de garantir que os quase 200 alunos da instituição caminhassem uma milha e meia até sua comunidade sem correr perigo. Hoje os professores Kevin Sullivan, Auriel Rolle-Polk, Allison Thompson e Valeria Bostick são os demais solidários ao projeto.
A diretora da escola Debra Broughton comenta: “quando inauguramos a escola, nós reconhecemos que havia uma necessidade na comunidade para as crianças conseguirem chegar em casa com segurança”. O caminho de algumas dessas crianças até casa passa por zonas algo perigosas e a escola colocou a segurança como prioridade. Só não esperava que os professores fossem tão longe.
Carl Schneider conta que essa atitude ajuda a quebrar os limites formais entre professor e aluno e a construir um relacionamento mais aberto com as crianças. “Nós conseguimos conhecer melhor as crianças e conversar sobre o que elas fizeram no fim de semana ou o que aprenderam na escola nesse dia”, conclui Carl.
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Todas as imagens via Facebook
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13
Out16

FACTOS SURPREENDENTES SOBRE O MUNDO ANTIGO

António Garrochinho
Durante nossos anos de escola, aprendemos muito pouco sobe o Mundo Antigo, que em nossos currículos escolares basicamente só inclui Grécia e Roma Antigas. Mesmo sobre as civilizações mais conhecidas, acabamos recebendo informações não muito precisas e até opostas à realidade. É uma pena que normalmente apenas muito tempo depois de sairmos da escola percebemos quão interessante é aprender sobre a cultura e os costumes de civilizações que vieram bem antes de nós.
Vamos tentar suprimirr essa falta listando fatos surpreendentes sobre o Mundo Antigo que, até mesmo se tivéssemos estudado a fundo quando éramos estudantes, provavelmente ainda não conheceríamos:

10. As civilizações antigas tinham mais relações entre si do que nós imaginávamos



Romanos na China, indianos na Grécia, africanos na Inglaterra. Não se trata de turismo ou de movimentos migratórios atuais, e sim uma realidade no Mundo Antigo. Através de uma série de mecanismos, as pessoas do mundo antigo viajavam muito mais do que nós poderíamos imaginar. À exceção de uma vaga noção da Rota da Seda, que ligava o Oriente à Europa, não temos a menor ideia de quão extensas e empreendedoras as civilizações antigas eram.
Houve, claro, os exploradores fenícios, que provavelmente circunavegaram a África dois milênios antes de Vasco de Gama. Os cartagineses exploraram todas as terras ao norte até a Groenlândia e ao sul até a Serra Leoa, além de terem sido os responsáveis por difundir a cultura mediterrânica no continente africano.


Graças a Alexandre, o Grande, a cultura helenística alcançou todas as regiões até o território onde hoje ficam o Paquistão, a Índia e o Afeganistão. Depois da morte de Alexandre, os seus generais dividiram as conquistas do macedônio, o que marcou o início de séculos de transfusão cultural durante os quais cidades inteiras em estilo grego foram construídas na região de Báctria (hoje Afeganistão). Os reinos indo-gregos e greco-bactrianos conseguiram unir culturalmente o Ocidente e o Oriente, como observado em relíquias híbridas como estátuas de Buda vestindo toga e elementos da arquitetura grega encontrados no Paquistão. Com base em características como essas, é possível considerar que pelo menos alguns gregos se converteram ao budismo e misturaram suas crenças com as religiões indianas.
Os romanos também chegaram longe. Eles possuíam tropas em toda a extensão de seu império, o que incluía lugares um tanto quanto exóticos e afastados como a Mauritânia (país que fica na costa noroeste da África), uma terra conhecida por seus cavaleiros. Ao servir no exército romano, os mauritanos, assim como muitos outros guerreiros de territórios dominados por Roma, lutavam nos mais diversificados lugares – desde a Grã-Bretanha até a região da Dácia (no norte dos Bálcãs, atual Romênia, Moldávia, entre outros países). No entanto, o corpo militar romano não era o único local onde era possível encontrar essa improvável mistura cultural.
Há evidências da existência de postos romanos de comércio na região de Kerala, na Índia, já no século I aC. Durante o reinado do imperador Nero, exploradores romanos seguiram o curso do Rio Nilo e, acredita-se, podem ter viajado quase até a fronteira do Sudão do Sul com a Uganda, no coração da África Central. Porém, o feito possivelmente mais incrível dos romanos foi alcançado no ano de 166 dC. Os produtos de origem chinesa e romana já vinham, durante um bom tempo, sendo comercializados através de intermediários, provavelmente despertando curiosidade, tanto a leste quanto a oeste. Em 166 dC, embaixadores romanos a mando de Marco Aurélio traçaram a rota que as mercadorias faziam e foram capazes de chegar até a capital chinesa. Isso praticamente 12 séculos antes de Marco Polo.

9. Indianos antigos já realizavam cirurgias plásticas



Ao contrário do que acontecia com gregos e romanos, muitos guerreiros na Índia Antiga não usavam capacetes de proteção no campo de batalha. Dada a natureza das guerras antigas, partes do rosto dos guerreiros, como orelhas e narizes, tinham uma tendência a ficar seriamente prejudicadas. Para lidar com esses traumas, os médicos hindus realizavam procedimentos que não ficavam devendo em praticamente nada em comparação com técnicas de cirurgia moderna.
Com os ferimentos de guerra, bem como punições severas para crimes menores levando embora os narizes de muitos indianos da época, os cirurgiões locais se tornaram hábeis em realizar procedimentos de rinoplastia. Os médicos especializados cortavam um pedaço de pele da testa do paciente, o qual era, em seguida, dobrado e implantado em cima das aberturas nasais para criar o novo nariz. Eram inseridos tubos ocos para formar as narinas enquanto o paciente se recuperava da operação. Cirurgias bem-sucedidas no nariz têm sido registradas desde o ano 500 aC.
Um procedimento mais horripilante, porém capaz de salvar vidas, era uma forma de sutura que os cirurgiões indianos empregavam. Costurar uma ferida intestinal ou abdominal era especialmente complicado naquela época porque o tradicional esquema de agulha de costura poderia perfurar e danificar ainda mais os órgãos feridos, impedindo a cura e abrindo espaço para uma infecção. A solução? Formigas bengali.
Elas mordem qualquer coisa que tocam com mandíbulas que mais parecem grampeadores de escritório. Os cirurgiões juntavam as partes do órgão danificado e cuidadosamente liberavam as formigas para morderem a região. Este processo funcionava exatamente como os modernos grampos cirúrgicos de hoje em dia. O médico, na sequência, cortavam os corpos das formigas, deixando as mandíbulas no corpo do paciente. No decorrer do tempo, o sistema imunológico da pessoa lentamente absorveria as mandíbulas, à medida que fosse se recuperando do ferimento.

8. Os gregos e os romanos praticam controle de armas



Pode ser difícil de acreditar se você tiver visto recentemente à sequência do filme “300” ou qualquer outro que possua as batalhas antigas como elemento principal da trama, mas cidades gregas possuíam um rígido mecanismo de controle de armas. Apesar da natureza muitas vezes bélica da sociedade grega (ou talvez justamente por causa por causa dela), o porte de arma era proibido nos espaços públicos das polis antigas.
Uma máxima era seguida à risca – pelo menos em tese – pelas autoridades da Grécia Antiga: “As leis governam por si só. Quando as armas governam, elas matam a lei”. A proibição do porte de armas ajudou a garantir a igualdade em uma sociedade democrática ou republicana. A possibilidade de pessoas usarem suas armas para a intimidação era muito grande e prejudicaria a sociedade civil. Se alguém quisesse estar na cidade, deveria deixar suas armas do lado de fora. O porte de armas na assembleia pública ou ágora era considerado uma subversão às regras.
Para se ter uma ideia de quão a sério os gregos levavam o controle sobre o armamento de sua sociedade, o legislador grego Charondas, de Catania, na Sicília, responsável pela proibição da posse de armas de sua região, um dia voltou do interior para a cidade sem remover sua adaga. Ele tinha acabado de retornar de alguns conflitos contra bandidos na zona rural, mas a lei de Charondas era tão absoluta quanto seu comprometimento com ela. Tendo violado sua própria lei, Charondas acabou se suicidando publicamente com a mesma adaga da qual ele se esqueceu de se livrar ao retornar à cidade.












E, quando em Roma, faça como os… gregos. Os habitantes da Roma Antiga também eram proibidos de andar com armas dentro dos limites de sua cidade. Além de uma simples transgressão da lei, o porte de armas dentro do centro de uma cidade romana, ou seja, dentro dos pomérios, também era considerado um crime religioso.

7. Nero instituiu o sistema de combate ao fogo e brigada de incêndio



Isto  é que é uma má reputação. A história popular gosta de se lembrar do imperador romano Nero por duas coisas que ele não fez: por começar e por comemorar um incêndio que destruiu grande parte da cidade de Roma. Para piorar a situação, isso é basicamente tudo que nos foi ensinado sobre esta figura histórica – pouquíssimo é comentado sobre os feitos que Nero efetivamente realizou, como, por exemplo, a implementação de reformas radicais para proteger a cidade de Roma de futuros incêndios.
Após o famoso incêndio de 64 dC (que Nero não começou), o imperador voltou para Roma de sua casa em Antium e organizou uma força-tarefa para ajudar os romanos afetados. No entanto, as verdadeiras inovações de Nero vieram durante a fase de reconstrução da cidade. Para prevenir futuros incêndios que pudessem causar tantos estragos assim, Nero implementou uma rigorosa legislação antifogo.
Antes de Nero, Roma era essencialmente um barril de pólvora no tamanho de uma cidade de grande porte. As ruas estreitas e os prédios de madeira construídos um em cima do outro permitiam uma rápida propagação do fogo, a ponto de sair do controle em instantes. A reconstrução que ocorreu após o Grande Incêndio seguiu as ordens de Nero: ruas muito mais largas, casas e edifícios construídos com pedra ou tijolos e limite de altura para as edificações.
Além disso, os aquedutos mais antigos foram desviados para um melhor fornecimento de água para o consumo da população para o combate a incêndios. Talvez mais importante de tudo, Nero formou uma grande brigada de vigias noturnos dedicada a manter a paz e o combate a incêndios. Graças aos planos do imperador, o desenvolvimento urbano de Roma tornou-se muito mais disciplinado e cuidadosamente planejado do que era antes.

6. A república como modelo de governo não foi inventada apenas em Roma



Roma? República. Grécia? Democracia. Índia? Bem… Alguém sabe? Isso só comprova o fato de que a maioria de nós não recebeu muita educação em relação às estruturas governamentais da Índia Antiga. Enquanto a Índia Antiga certamente teve seu quinhão de déspotas, a região foi também o lar de um grande número de pequenas repúblicas.
Uma quantidade significativa de cidades indianas abraçou os ideais republicanos, como a representação política e a tomada de decisão coletiva, mais ou menos ao mesmo tempo em que a mais famosa república de Roma foi fundada. De acordo com o que se sabe hoje em dia, porém, os princípios republicanos de Roma e da Índia foram desenvolvidos de forma independente. Os primeiros registros de governo de estilo republicano na Índia datam de algum momento entre os anos 600 e 480 aC.
Apesar dos tamanhos reduzidos, algumas repúblicas indianas conseguiram até mesmo sobreviver ao contato com Alexandre, o Grande, no século 4 aC, e às tentativas de conquista posteriores do conhecido Império Gupta, que dominou o subcontinente indiano entre aproximadamente os anos de 550 e 320 aC. Mesmo tendo enfrentado dois dos maiores conquistadores da antiguidade, as repúblicas da Índia foram capazes de manter seu caráter de governo relativamente intocado até que a subversão e a desunião internas fez o que Alexander e Chandragupta não conseguiram: dar um fim às repúblicas.
Ao invés de força das armas, os reis vizinhos utilizaram táticas mais sutis como espiões e propaganda para fomentar a desordem entre os rivais republicanos. Como se confirmou na sequência, esse foi um plano muito bem bolado, dada a natureza já um tanto turbulenta das repúblicas. Divididas, as assembleias que regiam o sistema desmoronaram. Enquanto isso, facções rivais afirmavam o poder através de guerras civis e alianças com poderes externos, que, eventualmente, conseguiram dominar a região.

5. Em Roma, a sexualidade não era progressista e a homossexualidade não era aceite



A licença sexual que de fato existia na sociedade romana antiga certamente não se estendia a qualquer coisa semelhante à homossexualidade moderna. Perguntar a opinião de um habitante da Roma Antiga sobre a homossexualidade seria como lhe pedir para se posicionar sobre a internet. O romano hipotético não teria o que falar em ambos os casos porque nenhum deles existia na Roma Antiga.
A sexualidade romana não era caracterizada por gênero, e sim determinada pelo “papel” que a pessoa desempenharia. Para um homem, o papel de ativo, penetrador, era geralmente aceitável, independentemente do sexo da pessoa penetrada. Ser passivo era considerado uma aberração para os homens (parece-lhe um discurso conhecido?), independentemente do gênero do seu parceiro. Como resultado, era perfeitamente possível para um homem e uma mulher cometer um ato “monstruoso” juntos.
O sexo oral realizado na mulher é uma excelente ilustração da mentalidade romana da época. Embora hoje muitos possam argumentar que o ato de cunilíngua está longe de ser considerado passivo por parte do homem, os romanos viam as coisas de uma forma diferente. Eles acreditavam que, em tal ato, a mulher estava simplesmente usando a boca do seu parceiro sexual para o prazer próprio, o que era considerado o fracasso da masculinidade. O sexo oral feito no homem (ou felação) era visto da mesma maneira. Um homem fazendo sexo oral em outra pessoa estava “sendo usado”. Isso era considerado uma desgraça, independentemente do gênero do seu parceiro sexual.
Em outras palavras, a sexualidade, para os romanos antigos, estava longe de ser progressista. A dicotomia ativo-passivo criou uma sexualidade altamente restritiva. As mulheres só poderiam ser penetradas enquanto os homens só poderiam ser penetradores. Praticamente qualquer outro ato sexual que fugisse dessa lógica era proibido. Além disso, enquanto era natural um homem querer penetrar qualquer coisa que se movesse, ele seria considerado anormal, pervertido e afeminado se quisesse dar prazer à sua esposa.

4. As últimas palavras de Julius César




Muitos acreditam que, prestes a morrer devido à ação de seus assassinos, Júlio César tenha pronunciado as famosas palavras: “Et tu, Brute?” (“Até tu, Brutus?”). Mas a verdade é que o controverso ditador de Roma jamais disse existe tal coisa. William Shakespeare inventou a fala para que a sua versão fictícia de Júlio César a recitasse. Entretanto, até mesmo na peça de Shakespeare, “Até tu, Brutus?” não é a última fala de Júlio César (e sim “Então caia, César”).
Mas e quanto ao personagem real e histórico de César? Ele era, de fato, de classe alta e tinha tido uma educação formal. Na Roma Antiga, isso significava que Júlio César provavelmente se comunicava em grego – e não em latim, como insinua a famosa frase. Na realidade, Júlio César não estava muito familiarizado com o latim.
O único escritor antigo que menciona quaisquer últimas palavras do imperador nem mesmo era contemporâneo de Júlio César. Ele sugere que a vida do político romano terminou com um suspiro em grego dirigido a Brutus: “Kai su teknon”, uma frase de difícil tradução, mas cuja versão mais aceita significa “até você, meu filho?”. As fontes são confusas porque, afinal, trata-se de uma fofoca de 2 mil anos de idade, mas alguns rumores diziam que Brutus era filho bastardo de César (outros o consideram filho adotivo), enquanto outros ainda se referem a eles apenas como amigos.
Alguns historiadores afirmam que a frase, na realidade, nem se refere a Brutus, mas sim a todos que conspiraram contra ele e planejaram sua morte. Neste caso, a tradução da frase viraria uma espécie de ameaça e seria algo mais próximo a “Vocês serão os próximos, crianças”. Uma alternativa, embora menos poética, conta que César teria puxado sua toga sobre a cabeça enquanto seus agressores o esfaqueavam até a morte.

3. Os “povos bárbaros” eram simplesmente pessoas que não falavam grego



Apenas o pensamento de “povos bárbaros” já traz à mente seres violentos e figuras terríveis tanto reais (como Átila, o rei dos hunos) quanto fictícios (como Conan, o bárbaro). No entanto, não era preciso matar pessoas inocentes ou destruir cidades inteiras para receber esse título. Isso porque, para os gregos antigos, “bárbaros” eram simplesmente os indivíduos que não falavam grego. Eles consideravam que o modo como os estrangeiros conversavam entre si se assemelhava a um balbuciar (“bar-bar-bar”) e apelidaram quem viesse de fora de “barbaroi”

Na Grécia antiga, o termo não tem a conotação que carrega hoje (ou seja, de seres brutos e não civilizados). Os gregos não eram nacionalistas ao extremo a ponto de ignorar as glórias de outras civilizações, como a egípcia, a persa etc. Essas civilizações eram reconhecidas como magníficas, mas os seus habitantes de língua não grega ainda assim eram chamados de “bárbaros”. Os antigos romanos usavam o termo “bárbaro” da mesma maneira que os gregos. Aqueles que não viviam dentro do Império Romano e que fossem incapazes de falar latim eram chamados de bárbaros. Foi apenas no momento histórico em que a Antiguidade passou a dar lugar à Idade Média que o rótulo de “bárbaro” começou a assumir o seu significado pejorativo de selvageria, que mantém até hoje.
A religião cristã ocidental usava o termo para denominar todos os indivíduos que não se encontravam dentro de seus limites – ou seja, de eslavos a árabes, todos eram considerados bárbaros. Aqueles que não correspondiam ao padrão da cristandade eram “grosseiros” e “incultos”. O escritor francês Michel de Montaigne resumiu bem o significado histórico da palavra quando escreveu: “cada homem chama ‘barbárie’ aquilo que não é a sua própria prática”.

2. Os romanos não inventaram a crucificação



Embora as narrativas que contam a paixão de Cristo tenham contribuído para fazer com que a execução por crucificação seja sinônimo de Roma Antiga em muitas mentes, a prática provavelmente se originou na Pérsia por volta do ano 500 aC. A partir daí, a punição extrema se espalhou para terras mais distantes como a Índia, o Egito, Cartago, a Macedônia, algumas terras celtas, assim como para Roma, entre outras regiões.
Pelo menos uma passagem do Velho Testamento bíblico sugere que os judeus da época já empregavam uma punição semelhante. Alexandre, o Grande, também havia mostrado a popularidade do ato ao invadir a cidade de Tiro e crucificar 2 mil de seus habitantes homens adultos, no século 4 aC. Na verdade, eram os cartagineses que talvez fizeram o uso mais extensivo da crucificação, e é provável que tenha sido a partir deles que os romanos adotaram a prática. Ao contrário de Cartago, que ocasionalmente crucificava seus próprios generais caso perdessem uma batalha, Roma não costumava crucificar seus próprios cidadãos.
Considerada a mais extrema sentenças de morte, a execução por crucificação era uma punição longa, cruel e dolorosa que os governantes do Império Romano reservavam para os seus piores criminosos, como Spartacus e seus companheiros rebeldes (além de, claro, Jesus). Os romanos, que viviam sempre com medo de revoltas de escravos devido à ampla utilização de tal forma de trabalho, responderam à revolta liderada por Spartacus com uma das maiores crucificações em massa da história. Na ocasião, aproximadamente 6 mil escravos rebeldes foram mortos na cruz ao longo da estrada de Roma a Cápua no ano de 71 aC.
Embora a crucificação fosse considerada demasiadamente abominável para ser usada contra os próprios cidadãos romanos, a prática não foi oficialmente abolida dentro do império até 438 dC.

1. A queda de Roma não acabou com o Império Romano



Aprendemos na escola que, ao menos teoricamente, a dominação romana terminou em 476 dC, quando a cidade caiu e foi tomada por invasores hérulos, um povo germânico do sul da Escandinávia. No entanto, o novo saque a Roma nem foi um incidente tão significativo assim. A então capital do império, Constantinopla, há muito tempo já havia superado Roma em questão de riqueza, população e importância.
Na época de sua “queda”, a importância de Roma já tinha até sido suplantada, a oeste, pela cidade de Ravenna, a capital do Império do Ocidente. Outra razão pela qual a queda de Roma não foi tão catastrófica como se imaginava foi o general Flávio Odoacro, rei da tribo germânica dos hérulos, que depôs o último imperador romano do Ocidente. O militar bárbaro não queria, na realidade, mudar muito as coisas, ele só queria estar no comando. Odoacro fez questão de reconhecer o verdadeiro imperador em Constantinopla e manter o status quo.
Para um habitante qualquer de Roma, a vida continuou como de costume durante décadas após o fim do reinado do último imperador de Roma. Isso porque as tribos germânicas que passaram a governar a região já haviam feito parte do Império Romano como Estado-cliente – cuja população correspondia a uma considerável parte do contingente militar romano e era considerada “quase cidadãos”. Quando uma coalizão de bárbaros e romanos finalmente derrotou os hunos em 451, foi incrivelmente difícil dizer qual parte dos soldados era composta de romanos e quem dali era bárbaro.
O que de fato sacramentou o fim do Império Romano não foram as invasões estrangeiras, mas sim uma série de guerras civis que assolaram suas fronteira. O exército romano, com seu armamento, suas vestimentas e seus generais bárbaros, começou a lutar contra si mesmo cada vez mais, reduzindo o Império do Ocidente a incontáveis reinos rebeldes com apenas uma frágil união sob o comando de um punhado de senhores da guerra.
Independentemente do declínio do Império Romano do Ocidente, o do Oriente sobreviveu por mais mil anos, governando até grandes porções de terra hoje pertencentes à Itália em vários momentos durante esse tempo. 

hypescience.com
13
Out16

CASOS DE HISTERIA COLECTIVA QUE FICARAM NA HISTÓRIA

António Garrochinho
Você já deve ter ouvido falar sobre a histeria coletiva, mas caso não saiba nada sobre isso, prepare-se para conhecer uma das mais intrigantes situações psicológicas que podem se desenvolver na mente humana.
Os surtos de histeria coletiva (também conhecidos como a doença psicogênica de massa) acontecem quando um grupo de pessoas passa a ter sintomas, perturbações ou reações semelhantes, de forma solidária a qualquer fato, imaginário ou exagerado.
Nessa lista, reunimos os mais impressionantes surtos coletivos na história, desde situações de pânico, até reações desproporcionais a qualquer ocorrido do quotidiano. Confira abaixo tudo o que a mente humana é capaz de criar com um pouco de influência externa.

1. A epidemia de riso na Tanzânia

Rir pode ser perigoso. Ao menos é o que você vai constatar após conhecer a história bizarra de histeria coletiva que ocorreu na Tanzânia. Inexplicavelmente, uma piada contada dentro de um colégio interno fez com que a população de diversas cidades na região de Tanganyika tivesse crises de riso incontroláveis.
O fato ocorreu no ano de 1962 e, por mais incrível que possa parecer, só terminou 18 meses depois de ter começado. Segundo pesquisadores, os alunos entraram em crises de riso após ouvir a piada, transmitindo a histeria para seus pais, que a transmitiram para moradores de áreas próximas.
As risadas causaram diversos sintomas derivados do próprio riso incontrolável, como dores, desmaios, problemas respiratórios, erupções cutâneas e até mesmo ataques de choro.

2. A Tragédia do Cine Oberdan

A história aconteceu em abril de 1938 em São Paulo e teve um final assustadoramente trágico, no entanto, começou de uma forma curiosa. Segundo relatos de presentes no local, um pânico tomou conta de uma das salas do Cine Oberdan por conta de um grito de fogo.
No entanto, nunca houve qualquer sinal de incêndio. Muitos atribuíram o ocorrido a certo momento do filme em que dois aviões se chocavam, o que teria motivado o grito de um espectador. Mesmo sem sinais de fumaça, a sala lotada de crianças foi invadida pela histeria coletiva, o que resultou em dezenas de pessoas pisoteadas e mais de 30 mortos.
Sapatos deixados pelo caminho na confusão Fonte da imagem: Reprodução/São Paulo Antiga
A versão oficial da policia é um pouco diferente, mas não muda a desproporção entre o fato e a reação do público. Segundo a conclusão dos investigadores, uma das crianças sentiu uma forte dor de barriga durante o filme e, após diversas tentativas desesperadas de encontrar o lanterninha, o menino resolveu ir sozinho ao banheiro.
Embora ele não tenha conseguido chegar ao destino a tempo, o jovem (que acabou fazendo suas necessidades no caminho) seguiu até o sanitário, onde as luzes estavam apagadas. Vendo uma pilha de jornais, ele resolveu fazer um tipo de tocha para visualizar o ambiente. A porta entreaberta permitiu que um espectador visse a luz da chama. Ele então teria gritado, o que gerou todo o pânico no local. O incêndio jamais existiu, mas as consequências da histeria aniquilaram famílias inteiras.

3. O rio de água doce

O Mahim Creek é um dos rios de água salgada mais poluídos da Índia. Ele recebe toneladas de esgoto e resíduos industriais todos os dias. No entanto, em 2006 a notícia de que sua água havia ficado doce e potável se espalhou, sem que haja qualquer explicação para o boato.
Mahim Creek Fonte da imagem: Reprodução/Flickr Ian Gethings
Em poucas horas, mais rumores de que outros rios haviam se tornado potáveis na região começaram a surgir. Enquanto autoridades temiam surtos de doença e tentavam alertar as pessoas de que não deveriam beber a água, dezenas de moradores já haviam coletado água em garrafas plásticas.
No dia seguinte, aqueles que acreditavam no boato diziam que as águas haviam se tornado salgadas novamente. Não existem dados sobre os danos causados após o episódio.

4. A epidemia do inseto

Em 1962, uma misteriosa doença surgiu em uma fábrica de tecidos dos Estados Unidos. Após boatos de que insetos existentes no galpão transmitiriam um vírus extremamente resistente, dezenas de trabalhadores passaram a apresentar os sintomas da suposta doença, como náuseas, tonturas, vômitos e sonolência.
No entanto, nunca foi encontrada qualquer evidência de que estes insetos existiram realmente, nem mesmo mordidas nos corpos dos indivíduos infectados. Pesquisadores acreditam que a ansiedade e a tensão causadas pelos boatos foram responsáveis pelos sintomas.

5. A Guerra dos Mundos

Essa é possivelmente a história de histeria coletiva mais conhecida do mundo. Em 1938, uma adaptação de A Guerra dos Mundos foi transmitida pela rádio Columbia Broadcasting System, no entanto, não foi recebida da forma esperada.
Dirigido e narrado por Orson Welles, o episódio foi ao ar em meio à tensão dos momentos que antecediam a II Guerra Mundial. Alguns ouvintes não sabiam que a narração se tratava de uma leitura de peça de ficção e, ao ligarem o rádio no meio da transmissão, acreditaram que aquilo se tratava de um boletim de notícias.
Até o final da tarde, o que era apenas ficção havia se tornado realidade: milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades como Nova York e Nova Jersey, em pânico com a suposta guerra que havia começado. A polícia levou horas para acabar com a confusão, que virou noticiário em todo o mundo.

6. O homem-macaco assassino

Em 2001, rumores começaram a circular por toda a Índia de que uma estranha criatura metade homem e metade macaco aparecia durante a noite atacando pessoas. Dezenas de relatos oculares inconsistentes começaram a surgir, mas mesmo sem qualquer comprovação de existência da criatura, a histeria tomou conta da região.
Fonte da imagem: Reprodução/Listverse
A polícia registrou três casos de pessoas que morreram e mais 15 que que machucaram gravemente ao saltar de janelas, acreditando terem visto a criatura em seus quartos durante a noite. nenhuma evidência foi encontrada.

7. Onze pessoas e o diabo

Em Paris, no ano de 2010, um caso de histeria coletiva completamente sem sentido chocou o mundo. Um homem, ao levantar-se nu no meio da noite para esquentar a mamadeira de seu filho, foi confundido pela própria esposa com o “Diabo”.
Ao vê-lo, ela começou a gritar por socorro, chamando o homem de diabo. A irmã dele, ouvindo os gritos feriu a mão do rapaz com uma faca. Outras 10 pessoas da família ajudaram as mulheres a expulsarem o homem do local. Inexplicavelmente, nenhum deles reconheceu o indivíduo para desfazer a confusão.
O rapaz então tentou voltar ao apartamento. Com isso, todos que moravam no local começaram a saltar da janela, tentando fugir do que eles acreditavam ser o demônio. Na confusão, várias delas se machucaram e um bebê de quatro meses morreu. A polícia não encontrou qualquer droga no local, nem mesmo evidências de cultos religiosos ou obscuros no apartamento.

8. O atentado terrorista que nunca existiu

Em Melburne, Austrália, uma funcionária do aeroporto internacional da região desmaiou na escada rolante. Sem qualquer motivo aparente, isso foi confundido por outros funcionarios com um ataque terrorista. O sistema de ar condicionado foi desligado para evitar que o suposto gás não se espalhasse pelo local.
A perícia jamais descobriu qualquer sequela de substâncias tóxicas no local, no entanto, mais de 50 pessoas foram levadas ao hospital apresentando sintomas semelhantes aos da funcionária que havia desmaiado – e que, na verdade, apenas teve um mal súbito.

9. O espírito cearense

Em 2010, uma escola no interior do Ceará teve suas aulas interrompidas após um caso de surto coletivo. Dezenas de alunos entre 12 e 19 anos diziam ver o espírito de um estudante que havia morrido.
Vários adolescentes entravam em um tipo de transe ao estar dentro da escola, o que fez com que um boato de que a instituição seria assombrada surgisse. Psicólogos, parapsicólogos e até mesmo um padre foram chamados para conversar com os alunos e explicar o que estava acontecendo.
Mesmo com a ajuda dos profissionais, os casos de desmaios e sintomas semelhantes a convulsões só aumentaram, o que fez com que a escola tivesse que ser fechada por um período. Após o intervalo, o caso aparentemente se resolveu.

10. A dança da morte

Em 1518, um caso de histeria de dança incontrolável surgiu em Estrasburgo, na França. Fao Troffea, uma moradora da região, começou a dançar na rua, aparentemente sem motivo e sem qualquer música tocando.
Fonte da imagem: Reprodução/ClipTank
Relatos dão conta de que seus passos fervorosos duraram entre quatro a seis dias, sem interrupção. Em uma semana, 34 pessoas já haviam se juntado à dançarina e em menos de um mês havia mais de 400 pessoas dançando frenéticamente nas ruas. A maioria dessas pessoas acabaram morrendo de exaustão ou por causas como ataques cardíacos e derrames.
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13
Out16

BEBIDAS QUE SOBREVIVERAM AO TEMPO E SÃO AS MAIS ANTIGAS DO MUNDO

António Garrochinho
Econtrar objetos históricos é sempre uma descoberta interessante porque, em geral, eles carregam consigo a lembrança dos acontecimentos e dos lugares por onde passaram. No caso das bebidas, elas trazem um ar de mistério acerca das pessoas que a produziram e aquelas que pretendiam consumi-la.
Ainda, a partir de vinhos, uísques, champagnes e gins, é possível entender seu método de produção, além dos rótulos, que revelam mais detalhes da sua história. Depois de tantos anos, nem todas as bebidas ainda estão adequadas para consumo, mas, com um pouco de sorte, historiadores, colecionadores e curiosos conseguem encontrar garrafas que resistiram ao tempo e ainda podem ser degustadas. !

1. Jarra de vinho

As garrafas da imagem de abertura dessa matéria e essa jarra de vinho são as mais antigas evidências arqueológicas da produção de vinhos que já foram encontradas. As peças têm cerca de 7 mil anos e foram descobertas na década de 1960 na área de Haiji Firuz Teoe, no Irão.

2. Vinho romano

Essa garrafa de vinho datada da metade do século 4 estava enterrada em um sarcófago romano na região que hoje corresponde a Speyer, na Alemanha. O objeto foi encontrado em 1867, e uma análise demonstrou que cerca de um terço de seu conteúdo era azeite de oliva, um ingrediente muito utilizado para prevenir a oxidação do vinho.

3. Vinho alemão

Vinhos Rüdesheimer Apostelwein datado de 1653 (à direita) e 1727 (à esquerda). As garrafas e os rótulos são da década de 1950.
A cidade de Bremen, na Alemanha, é famosa por ter uma cave onde estão armazenadas 12 pipas de vinho que datam dos séculos 17 e 18, sendo que cada uma delas recebeu o nome de um apóstolo. Os barris mais antigos datam de 1653, mas o vinho não pode mais ser consumido.
A pipa mais famosa é a de Judas, que guarda um vinho produzido em 1727 que ainda pode ser provado e é considerado por alguns como o melhor vinho do século 18. Curiosamente, a bebida produzida ali nunca foi vendida, mas era periodicamente engarrafada e oferecida como presente pelo governo de Bremen para os chefes de estados e realezas que visitavam a cidade.

4. Vinho húngaro

O vinho húngaro Tokaji pertenceu à cave real dos saxões e foi engarrafado na década de 1680.

5. Vinho espanhol

Massandra é a cave mais antiga da Ucrânia e era lá que estava o vinho Sherry de la Frontera, produzido em 1775 na Espanha. Em 2001, a garrafa foi retirada da coleção e leiloada em Londres por 43,5 mil dólares.

6. Vinho francês

Assim como o Sherry de la Frontera, o vinho Chateau Lafite Rothschild alcançou um valor altíssimo em um leilão, sendo vendido por 156 mil dólares em 1985. A garrafa é original de 1787 e acredita-se que tenha pertencido ao presidente americano Thomas Jefferson.

7. Champagne

O champagne mais antigo do mundo foi encontrado em 2010 entre os destroços de um navio nas águas das ilhas Aalanda, que ficam entre a Suécia e a Finlândia. Pelo menos três das garrafas recuperadas eram da vinícola Veuve Cliquot e possivelmente datadas entre 1782 e 1788. E a boa notícia é que elas ainda estavam em bom estado para serem consumidas.

8. Rum

Acredita-se que essa seja a garrafa de rum mais antiga do mundo. No que ainda resta do rótulo, é possível deduzir que o Vieux Rhum Anglais foi produzido pela Caves du Grand Hotel Tirollier em 1830.

9. Whisky

Estima-se que essa pequena garrafa do whisky Glenavon Special Liqueur seja a mais antiga do mundo. A análise da embalagem comprovou que a bebida data da metade da década de 1850. A garrafa pertencia a uma família escocesa e foi colocada em leilão em 2006, sendo vendida por 29 mil dólares.

10. Gim e whisky

Esse lote da destilaria Hannis é composto de um garrafão de gim, dois garrafões de whisky e mais dois garrafões de whisky de centeio, que era a especialidade da empresa. A bebida foi destilada em 1863, colocada em barris de carvalho e mantida lá por 50 anos antes de ser engarrafada.

11. Absinto

O absinto Edouard Pernod, produzido na região de Lunel, na França, é o mais antigo exemplar intacto da bebida, tendo sido produzido na década de 1870.

12. Whisky inglês

Quando essas garrafas de whisky foram encontradas, o estado do rótulo original não permitia sua identificação. Mas graças às etiquetas da cave que diziam “Whisky do Exército e da Marinha – metade do século 19” foi possível identificar sua origem. Provavelmente elas datam da década de 1870 ou 1880 e pertenciam ao estoque da famosa loja inglesa Army and Navy, fundada em 1872 e conhecida por fornecer todos os tipos de produtos para oficiais do exército e da marinha britânica.

13. Coca-Cola

Além das bebidas alcoólicas, uma garrafa de Coca-Cola também faz parte da lista de bebidas mais antigas do mundo. Esse exemplar nunca foi aberto e estima-se que a bebida tenha sido produzida entre os anos de 1902 e 1905.

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13
Out16

FAMÍLIAS INFLUENTES NA NOSSA HISTÓRIA

António Garrochinho

No decorrer dos séculos, algumas famílias ganharam destaque na História mundial pelo seu grande poder e renome. Elas mudaram o destino de suas nações ou mesmo da economia internacional. As famílias foram listadas pelo fundador do site List Verse, que esclareceu que ela dá uma visão ampla de algumas das mais poderosas famílias históricas, não excluindo as casas reais. 

8 – Família Rothschild

A família Rothschild — muitas vezes referida como Os Rothschilds — é uma dinastia de origem judaica alemã que comanda o sistema bancário e financeiro internacional, estabelecendo operações em toda a Europa e sendo enobrecida pelos governos da Áustria e do Reino Unido.
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A ascensão da família à proeminência internacional começou com Mayer Amschel Rothschild (1744-1812 — foto acima), cuja estratégia para o sucesso era manter o controle de seus negócios nas mãos da família, permitindo-lhes manter total discrição sobre o tamanho de sua riqueza e realizações de negócios.
Mayer Rothschild manteve com sucesso a fortuna com casamentos arranjados com cuidado entre os membros estreitamente relacionados à família. O quarto filho dele, Nathan Mayer Rothschild, começou seu negócio em Londres em 1811, onde o império ainda perdura até hoje. Seus negócios foram tão importantes que até evitaram grandes crises financeiras na Inglaterra.
Atualmente, temos até alguns membros da família Rothschild radicados no Brasil, como o Barão Philippe de Nicolay Rothschild, banqueiro francês e proprietário de uma exclusivíssima vinícola de champanhe, na região francesa de mesmo nome (Champagne).

7 – Plantageneta

A Casa de Plantageneta foi uma casa real fundada por Henrique II da Inglaterra, filho de Godofredo V de Anjou e de Matilde (filha de Henrique I). Os reis de Plantageneta foram os primeiros a governar o Reino da Inglaterra no século 12.
No total, 15 monarcas da família governaram a Inglaterra de 1154 até 1485. Uma cultura inglesa distinta e um impulso nas artes surgiram durante a era Plantageneta, incentivados por alguns dos monarcas que eram patronos do "pai da poesia inglesa", Geoffrey Chaucer. A arquitetura também ganhou características específicas, como a apresentada na Abadia de Westminster.
Houve também progressos duradouros no setor social, quando João I da Inglaterra assinou a Magna Carta (foto acima), que influenciou no desenvolvimento do direito comum e direito constitucional. As instituições políticas, como o Parlamento da Inglaterra, tiveram origem na era Plantageneta assim como instituições de ensino renomadas mundialmente, incluindo a Universidade de Cambridge e de Oxford.

6 – Família Nehru-Gandhi

A Nehru-Gandhi é uma família política indiana, que dominou o Congresso Nacional Indiano na maior parte do início da história da Índia independente. Três membros da família (Pandit Jawaharlal Nehru, sua filha Indira Gandhi e seu filho Rajiv Gandhi) foram primeiros-ministros da Índia, sendo que Indira e Rajiv Gandhi foram assassinados.
Um quarto membro da família, Sonia Gandhi (viúva de Rajiv), é atualmente a presidente do Congresso, enquanto seu filho, Rahul Gandhi, é o mais novo membro da família a entrar na política ativa quando concorreu e ganhou um cargo na câmara do Parlamento da Índia em 2004.
Vale destacar que a família Nehru-Gandhi não está relacionada ao líder da independência indiana Mahatma Gandhi.

5 – Família Khan  

Genghis Khan foi o fundador, governante e imperador do Império Mongol, o maior império em área contígua da História, que se estendia a partir da Ásia Central, Europa Central até o Mar do Japão, Sibéria, Índia,  Indochina e o planalto iraniano e, por fim, ao oeste até o Levante e Arábia.
Ele chegou ao poder unindo muitas das tribos nômades do nordeste da Ásia. Depois de fundar o Império Mongol e ser proclamado "Genghis Khan" (Khan = governante), começou as invasões e ataques de Kara-Khitan Canato, Cáucaso, Império Khwarezmid, Xia Ocidental e dinastias Jin.
Durante sua existência, o Império Mongol eventualmente ocupou uma porção substancial da Ásia Central. Antes de Genghis Khan morrer, ele nomeou Ogedei Khan como seu sucessor e dividiu seu império entre seus filhos e netos. Ele morreu em 1227 depois de derrotar os Tangutes.
A figura foi enterrada em uma cova anônima em algum lugar na Mongólia, em um local desconhecido. Seus descendentes passaram a dominar outras regiões para o Império Mongol nas áreas citadas acima.

4 – Dinastia Júlio-Claudiana  

A dinastia Júlio-Claudiana normalmente refere-se aos primeiros cinco importantes imperadores romanos: Augusto, Tibério, Calígula (também conhecido como Caio), Cláudio e Nero, ou à família a que pertenciam. A dinastia governou o Império Romano a partir de sua formação, de 27 a.C. a 68 d.C., quando o último da linha, Nero, cometeu suicídio.
O nome Júlio-Claudiano deriva do apelido de Augusto, pertencente à família Julia, e de Tibério, um Claudius de nascimento subsequentemente adotado. Os sucessores de Augusto são conhecidos por esse nome devido aos casamentos idealizados por ele entre a sua família, os Julii, e os patríciosClaudii.
Os reinados dos imperadores Júlio-Claudianos suportaram algumas características semelhantes: todos chegaram ao poder através de relações indiretas ou adotadas. Cada um expandiu o território do Império Romano e iniciou grandes projetos de construção.
Segundo as fontes, eles eram geralmente amados pelas pessoas comuns, mas os historiadores antigos descrevem os imperadores Júlio-Claudianos como cruéis, loucos, sexualmente perversos e tirânicos.

3 – Família Zhu

"Zhu" era o nome de família dos imperadores da dinastia Ming. Foi Hongwu (Zhu Yuanzhang — imagem acima) que optou por usar o Ming (que significa “brilhante”) para o nome dinástico. A dinastia Ming foi a governante da China de 1368 a 1644, após o colapso da Dinastia Yuan Mongol.
A Ming foi a última dinastia na China governada por Hans étnicos. Ela foi uma das mais estáveis e duradouras da história chinesa. Após Hongwu e Yongle, alguns dos imperadores Ming se destacaram como grandes governantes.
O curto reinado do imperador Xuande (1426-1435), no entanto, foi considerado por estudiosos posteriores como uma idade de ouro do bom governo e patrocínio das artes. Xuande foi ele próprio um artista talentoso e poeta, reunindo um grupo de artistas na corte.
Embora a primeiro capital Pequim tenha entrado em queda em 1644, devido a uma rebelião liderada por Li Zicheng (que estabeleceu a dinastia Shun, logo substituída pela dinastia Qing), os regimes leais ao trono Ming sobreviveram até 1662.

2 – Família Ptolomeu

A dinastia ptolomaica era uma família real macedônia helenística que governou o império no Egito por cerca de 300 anos, de 305 a 30 a.C. Ptolomeu, um dos sete guarda-costas que serviram como generais e deputados de Alexandre, o Grande, foi nomeado sátrapa (governante de província) do Egito após a morte de Alexandre em 323 a.C.
Em 305 a.C, ele declarou-se rei Ptolomeu I, sendo mais tarde conhecido como "Soter" (salvador). Os egípcios logo aceitaram os Ptolomeus como os sucessores dos faraós do Egito independente e a família governou a região até a conquista romana de 30 a.C.
O membro mais famoso da linha foi a última rainha, Cleópatra VII, conhecida por seu papel nos combates políticos romanos entre Júlio César e Pompeu, e mais tarde entre Otaviano e Marco Antônio. Seu suicídio na conquista por Roma marcou o fim do domínio Ptolomeu no Egito.

1 – Dinastia Capetiana

Não, esta não é a dinastia do capeta. Na verdade, a dinastia capetiana se refere a qualquer um dos descendentes diretos de Hugo Capeto da França. O Rei Juan Carlos da Espanha e Grão-Duque Henri de Luxemburgo são membros desta família, ambos pela ramificação Bourbon da dinastia. Essa é a maior casa real europeia.
Ao longo dos séculos anteriores, os capetianos se espalharam pela Europa, governando toda forma de unidade provincial de reinos até feudos. Além de ser da família real mais numerosa na Europa, é também uma das mais incestuosas, especialmente na monarquia espanhola.
Muitos anos se passaram desde que os monarcas capetianos governaram grande parte da Europa, no entanto, eles ainda permanecem como reis, bem como outros títulos. Atualmente dois monarcas ainda dominam a Espanha e Luxemburgo.
O membro da família legítimo atual é Louis Alfonso (foto acima), o duque de Anjou, que também detém a alegação legitimista ao trono francês. No geral, dezenas de ramos da dinastia Capeto ainda existem em toda a Europa.

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13
Out16

5 dos objetos mais misteriosos e inexplicáveis já descobertos na história

António Garrochinho


Ao longo dos séculos, o ser humano tem se mostrado cada vez mais curioso e dedicado a desvendar os milhares de segredos que rondam nosso mundo e nossa história. E isso, aliás, tem sido presenciado a todo momento, especialmente devido a objetos antigos, descobertos em escavações, que denunciam o modo de vida e outros detalhes sobre épocas passadas.
Acontece, no entanto, que muitos desses artigos – encontrados há bastante tempo – não puderam ser interpretados até hoje e intrigam a comunidade científica. São estátuas, manuscritos e outras coisas que os historiadores até hoje não conseguiram explicar e que, por isso mesmo, costumam estar cercadas de teorias e histórias sinistras. 

1. A lista de reis sumerianos


Encontrada em sítios arqueológicos do Iraque,  a lista de reis sumerianos, como o nome indica, reúne nomes de supostos monarcas que governaram esse povo em uma época muito distante… muito mais distante que você pode imaginar.
Conforme estudiosos, garantem que essa tábua histórica, escrita em vocabulário cuneiforme, conte com pelo menos 4 mil anos! Mas não é só sua idade que chama atenção. Há uma passagem, em seu texto, que relata partes de um suposto dilúvio que teria varrido a Terra, bem parecido com o descrito na Bíblia cristã, em Gênesis.
Os monarcas dos sumerianos que vieram antes desse evento devastador, aliás, são chamados de “antediluvianos”. Estão nessa categoria dinastias como a de Isin, cerca de 1763 a.C e 1753 a.C. Esse fator, claro, já deu nó na cabeça de muita gente, contradizendo, inclusive, a história de que tudo que está  contado na Bíblia é uma parábola…
Será mesmo que o dilúvio aconteceu?

2. “Rongorongo” – a misteriosa escrita da Ilha de Páscoa



A Ilha de Páscoa, que se encontra em território chileno, guarda inúmeros segredos e tesouros arqueológicos, como as famosas esculturas Moais. Acontece, no entanto, que os glifos de animais e símbolos antropomórficos (com imagens humanas) são um mistério ainda maior para os cientistas.
Isso porque esses símbolos, quando juntos, forma a escrita “rongorongo”, que quer dizer “recitar, declarar ou cantar”; e fazia parte da língua Rapanui. Aliás, o contrário do que possa parecer, esses símbolos nasceram já no século 18 (o que para a história não é muito tempo assim) e entraram em completo desuso somente dois séculos depois.
Acontece que os estudiosos do assunto, até hoje, não conseguiram decifrar as mensagens escritas em rongorongo, presente em pelo menos 26 objetos de madeira, encontrados na Ilha.  O mais impressionante para os pesquisadores, no entanto, é que os símbolos que remetem às figuras humanas não têm nada a ver com algum objeto da realidade.

3. Codex Gigas, a Bíblia do Diabo



Ao longo dos séculos a história sempre esteve cheia de registros que comprovam o temor que o ser humano tem do chamado “sobrenatural”. Há cultos e cerimônias em todas as partes do mundo para louvar e agradecer as bençãos dadas pelo Ser Supremo, que recebe nomes variados, mas que no final acaba sendo um só.
No entanto, não é só o Bem a parte temida dessa história. Pelo sim, pelo não, muitas tradições incluem em suas celebrações referências e até o culto do Mal, para que ele seja conhecido pelas pessoas e para que, ao ser lembrado, não haja de maneira vil sobre a comunidade.
Uma das histórias mais curiosas sobre essa crença é a chamada “herdeiro das trevas” que trata sobre a criação da Bíblia do Diabo. Dizem que o livro data do século 13 e foi feito na região onde hoje é a República Tcheca. Aliás, a parte mais chocante sobre essa lenda (não dá para falar se foi verdade ou não frente aos fatos mirabolantes que você vai conhecer já, já) é que a tal bíblia foi confeccionada por um monge, em pagamento de um pacto com satã!
O livro, aliás, é todo revestido com pele humana e tem uma figura gigantesca do demônio em suas páginas. Mas as bizarrices envolvendo esse objeto você termina de conferir em uma outra matéria que fizemos sobre a Bíblia do Diabo. Clique para ler.

4. Dodecaedro romano


Esse, com certeza, é um dos objetos mais controversos do mundo. Isso porque, ao decorrer dos anos, pesquisadores de todas as partes não conseguiram chegar ao um consenso sobre a função desse artigo, que já foi muito encontrado em sítios arqueológicos da França, da Suécia e de outras partes mais antigas da Europa.
Há quem diga, por exemplo, que o dodecaedro se trate de um instrumento de guerra, de um castiçal, de um brinquedo antigo, um medidor do tempo – já que não existia o relógio – ou mesmo de um símbolo religioso. As especulações, como você pôde ver, são inúmeras e a única coisa que os estudiosos conseguiram definir sobre eles é que, invariavelmente, esses objetos  são ocos, possuem 12 faces (como sugere a forma geométrica) e têm entre 4 e 12 centímetros de diâmetro. Eles também são encontrados em pedra ou bronze.

5. Homem lagarto sumério


Encontradas no sítio arqueológico de Ubaid, um dos mais famosos do Iraque, essas estatuetas são uma verdadeira “mina de ouro” para os pesquisadores da região. Assim como a Lista dos Reis Sumérios, comentada no início, estudiosos acreditam que esses objetos tenham, pelo menos 4 mil anos!
O mais “engraçado” desses artigos é que eles representam uma série de lagartos humanoides. Muitas teorias por aí juram que essas esculturas representam o famosos reptilianos, que supostamente costumam vagar por aqui em algum momento da história.
Parece improvável demais para você? Bom, pelo menos enquanto não descobrem o verdadeiro sentido das estátuas, esse é uma versão dos fatos que vem perturbando muita gente!
Fonte: Listverse

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13
Out16

CASOS DE CANIBALISMO COLECTIVO NA NOSSA HISTÓRIA

António Garrochinho

Na realidade, muitas poucas espécies comerão outros de sua espécie. Algumas exceções existem, mas para a maior parte, este é um tabu de natureza versus um criado pelos homens.
Ainda, a prática existe ao longo dos anos. Nos últimos 20 anos, houve casos de assassinos em série matando pessoas e então comendo as mesmas. E até indivíduos fazendo uma refeição de seus vizinhos.
Na maioria dos casos, estes indivíduos terminam ficando loucos e pedem ajuda. Mas, o que acontece quando uma comunidade inteira, ou cultura, se envolve no hábito de comer outros seres humanos… a dúvida é o que causa isto.
Para descobrir, após pesquisa, há 2 principais razões, de grupos de pessoas que comeram outras pessoas: a cultura e a necessidade. O interessante é que estas 2 razões não existem isoladas uma da outra.

Povo Asmat de Nova Guiné



Frente Revolucionária Unida (RUF)


Povo Maori




Cerco de Maarat, ou Ma’ arra


Partido Donner




Time de Rúgbi Stella



Senhor Jonathan Franklin




Tribos Indianas do Oeste do Caribe



top10mais.org
13
Out16

OS SEIS EXÉRCITOS MERCENÁRIOS MAIS FAMOSOS DA HISTÓRIA

António Garrochinho

As inúmeras e sangrentas batalhas que foram travadas ao longo da história, geralmente são apenas duas partes que são retratadas no conflito. Existe um tipo específico de combatentes, no entanto, que frequentemente se envolveram em guerras, não para defender uma bandeira ou uma nação, mas para lutar por quem pagou mais.
Os mercenários ainda são retratados de diversas formas em livros e filmes – Deadpool, um sucesso recente, é conhecido como "mercenário tagarela" – e geralmente são relacionados a uma atitude pouco ética. No entanto, esses grupos são bem mais antigos do que se pode imaginar e foram usados de forma frequente nas mais diversas situações – inclusive para proteger o Papa.
Vejaos 6 exércitos mercenários mais tradicionais da história:

6 – Os 10 Mil

Talvez o grupo mais antigo da lista, "Os 10 Mil" eram soldados gregos, veteranos da Guerra do Peloponeso, são citados na obra "Anábase", de Xenofonte. Em 401 A.C. eles foram contratados por Ciro, O Jovem, um príncipe persa que queria tirar seu irmão Artaxerxes II, então rei, do poder.
Com a morte de Ciro durante a batalha – e, portanto, o fim da garantia de pagamento –, o grupo mercenário foi forçado a se retirar da guerra, mas foram duramente perseguidos pelas tropas reais. Mesmo assim, resistiram heroicamente e conseguiram retornar para o território neutro com 70% da quantidade original de soldados. A história serviu de inspiração para o filme "Os Selvagens da Noite" (The Warriors).

5 – A Companhia Branca

Um grupo composto por ingleses, germânicos, bretões e húngaros, reconhecidos pela altíssima habilidade com lanças e arcos de longo alcance, A Companhia Branca ficou conhecida como um dos principais exércitos mercenários que lutaram em guerras na Itália durante o século 14. Em um país dividido entre lordes medievais, o grupo sempre serviu a quem pagava mais – mesmo que isso significasse batalhar com quem os havia contratado anteriormente.
O grande diferencial era que esses soldados gostavam de lutar em climas adversos e durante a noite, quando se beneficiavam de suas táticas que consistiam basicamente de ataques surpresa.

4 – A Guarda Suíça

Quem visita o vaticano e vê a Guarda Suíça, com seus uniformes listrados, defendendo o Papa, dificilmente imagina que eles começaram como um bando de mercenários que ganhou reconhecimento durante o período da Renascença, entre os séculos 15 e 19, participando de importantes eventos, como a Revolução Francesa.
As tropas foram pioneiras na especialização do uso de lanças e alabardas – armas usadas até hoje pelos soldados no Vaticano, que começaram a prestar o serviço de proteção papal em 1506.

3 – Os Tigres Voadores

Oficialmente o grupo é conhecido como "Grupo de Voluntários Americanos", mas foi impossível fugir do apelido "Tigres Voadores" quando os pilotos norte-americanos resolveram ajudar os chineses contra as investidas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.
Antes dos Estados Unidos entrarem efetivamente no conflito, alguns soldados foram liberados para fazer uma participação paga nos combates que aconteciam do outro lado do pacífico. Em torno de 100 pilotos "mercenários" popularizaram a famosa pintura de tubarão nos caças P-40, abatendo 296 aviões japoneses antes do encerramento do grupo em 1942.

2 – A Grande Companhia Catalã

Com o fim das batalhas das chamadas "vésperas sicilianas", uma revolta ocorrida em 1282 contra o reinado de Carlos I, o soldado catalão Roger de Flor ficou desempregado e resolveu juntar um bando para lutar pela Europa. O primeiro cliente foi o imperador bizantino Andrónico II, que precisou da ajuda d'A Grande Companhia Catalã para conter a invasão otomana.
O comportamento errático dos mercenários, no entanto, fez com que os bizantinos resolvessem contratar outro grupo para emboscar e assassinar os soldados de De Flor – o que foi feito, incluindo a morte do próprio líder.

1 – A Guarda Varegue

Descendentes diretos dos Vikings, a Guarda Varegue serviu como guarda pessoal dos imperadores bizantinos durante muito tempo, defendendo Constantinopla das eventuais rebeliões e revoltas por quase dois séculos. O grupo originalmente era composto de soldados que brigavam bastante e bebiam com a mesma intensidade, mas, aos poucos, ingleses, dinamarqueses e soldados da região da normandia começaram a integrar as tropas.
Por ser um grupo extremamente seleto e que demandava uma grande quantia de dinheiro tanto para trabalhar quanto dos potenciais recrutas, A Guarda Varegue garantia que seus soldados concentrassem verdadeiras fortunas – e poder também, já que um dos membros mais conhecidos, Haroldo Sigurdsson, chegou a ser rei da Noruega.
FONTE(S) 
13
Out16

O refugiado sírio detido esta semana na Alemanha por suspeitas de preparar atentados terroristas foi encontrado morto na cela

António Garrochinho


O refugiado sírio detido esta semana na Alemanha por suspeitas de preparar atentados terroristas foi encontrado morto na cela onde estava, na prisão de Leipzig, no leste do país.
Jaber al-Bakr, de 22 anos, tinha sido detido na madrugada de segunda-feira, com a ajuda de vários compatriotas que o entregaram às autoridades, depois de ter escapado a um cerco policial.
Al-Bakr ter-se-á suicidado, apesar da vigilância apertada a que estava a ser sujeito. Foi encontrado enforcado na cela.Al-Bakr era suspeito de estar a preparar um atentado terrorista de grandes proporções na Alemanha, que iria ser levado a cabo muito em breve.Segundo informações ainda não confirmadas, depois de preso, Al-Bakr terá denunciado como cúmplices aqueles que o entregaram, uma pista que a polícia alemã vai ter de levar muito a sério.



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pt.euronews.com
13
Out16

Hoje: Le Monde diplomatique (edição portugesa) debate o OE de 2017

António Garrochinho



O jantar debate promovido pelo Le Monde diplomatique - edição portuguesa, conta com a participação de João Paulo CorreiaPedro Filipe Soares e Carlos Carvalhas, e com a moderação de Nuno Teles

É a partir das19h30 no restaurante Real Fábrica (Rua da Escola Politécnica, nº 275, junto ao Largo do Rato, em Lisboa). 

Inscrevam-se através do email [mondediplopt@gmail.com] e apareçam. 

São todos muito bem-vindos.

ladroesdebicicletas.blogspot.pt
13
Out16

13 de Outubro de 1943: Segunda Guerra Mundial, a Itália declara guerra à Alemanha nazi

António Garrochinho


Caiu como uma bomba a notícia, transmitida no dia 13 de Outubro de 1943, de que o governo da Itália havia declarado guerra contra o seu ex-aliado e parceiro do Eixo, a Alemanha nazi, juntando-se aos aliados na luta contra a Wehrmacht.


Quando Benito Mussolini regressou a Roma depois de mais um encontro com Adolf Hitler, em 19 de Julho daquele ano, viu um cenário muito pior do que os destroços deixados pelo primeiro ataque aéreo dos aliados contra a capital italiana. Líderes fascistas rebeldes, encabeçados por Dino Grandi, Giuseppe Bottai e o conde Ciano, seu genro, exigiram a convocação do Grande Conselho Fascista, que não se reunia desde Dezembro de 1939. 


O ‘Duce’ foi alvo de violentas críticas pelo desastre que ocasionara ao país e, por 19 votos a 8, foi aprovada uma resolução exigindo a restauração da monarquia constitucional com um parlamento democrático. Determinava também que o comando das Forças Armadas fosse restituído ao rei. Na noite de 25 de Julho, Mussolini foi chamado ao palácio real pelo rei Victor Emanuel. Lá, foi sumariamente destituído do seu cargo e conduzido preso numa ambulância para um posto policial. 


O rei não poupou tempo para trazê-lo de volta à realidade: “Meu caro Duce, nada mais adianta. A Itália está desmantelada. Os soldados não querem continuar a lutar. Neste momento, és o homem mais odiado da Itália”, afirmou. 


Nem um só tiro foi disparado – nem mesmo por parte da milícia fascista – para salvá-lo. Houve, ao contrário, júbilo geral, e o próprio fascismo caiu por terra com o seu fundador. 


Roma, cidade aberta 


Com a deposição de Mussolini, assume o seu lugar o marechal Pietro Badoglio, seu antigo chefe do estado-maior. O marechal formou um governo apartidário, de generais e civis. O partido fascista foi dissolvido, os fascistas afastados dos postos-chave e os antifascistas postos em liberdade. Badoglio iniciou então negociações com o general Eisenhower, tendo em vista uma rendição condicional da Itália aos Aliados, que se tornou realidade com a permissão do governo italiano, em 8 de Setembro, dada às tropas aliadas de se estabelecerem em Salerno no sul do país, fundamental para empurrar os alemães para o norte. 


Os alemães também partiram para a acção. A partir do momento em que começou a vacilar, Hitler planeou invadir a Itália para impedir que as tropas aliadas ganhassem uma base de operação que permitisse alcançar facilmente a região balcânica ocupada pelos nazis.No dia da rendição da Itália, Hitler resolve lançar a operação “Axis”, destinada a ocupar a península. Assim que as tropas alemãs entraram em Roma, o marechal Badoglio e a família real escaparam para Brindisi, ao sudeste, onde estabeleceram o governo. 


No dia 13 de Outubro, Badoglio pôs em marcha o passo seguinte do seu acordo com Eisenhower: declarou guerra ao seu antigo parceiro e dispôs-se a cooperar totalmente com o que restava das forças italianas a fim de expulsar os invasores de Roma. A operação foi extremamente lenta, descrita por um general britânico como “uma escalada morro acima”: mau tempo , cálculos errados, consolidação de posição de cada região capturada esperando a junção das tropas, fizeram do avanço sobre Roma uma eternidade. Declarada Roma cidade aberta, salvaram-se os tesouros artísticos ali existentes e libertou-se a Itália do fascismo.

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

O rei Victor Emanuel III


Benito Mussolini
13
Out16

13 de Outubro de 1925: Nasce Margaret Thatcher a Dama de Ferro

António Garrochinho


Nasceu no dia 13 de Outubro de  1925, em Grantham, Lincolnshire. Na Universidade, estudou Química e Direito.No início dos anos 50 fez a sua entrada na política, assumindo-se como um elemento destacado da ala direita do Partido Conservador. Foi eleita pela primeira vez para o Parlamento em 1959.

Depois de ter a seu cargo a pasta da Secretaria de Estado da Educação (1970-1974), tornou-se líder do Partido Conservador, em 1975. A vitória nas eleições de 1979 elevou-a à posição de primeira-ministra. Ocupou o cargo de 1979 e 1990, sendo eleita para três mandatos consecutivos. Em consequência, é reconhecida como uma das figuras mais marcantes da cena política internacional dos anos 80.

Adepta de uma política de rigor orçamental e de uma intervenção reduzida do Estado na economia, diminuiu a despesa pública e praticou uma política de austeridade, tendo como fim reduzir a inflação. Em contrapartida, o desemprego triplicou. A popularidade de Thatcher só aumentou quando em 1982 mandou, com êxito, tropas inglesas para as Ilhas Malvinas para impedir que estas fossem ocupadas pela Argentina. Esta vitória assegurou a sua reeleição em 1983.O segundo mandato ficou marcado pela histórica greve dos mineiros (1984-1985), que terminou com a derrota dos grevistas, embora tivesse abalado o Governo; por uma firme política monetária e por uma série de privatizações; no plano externo, pelo vincar da posição britânica no seio da NATO e pela resistência a determinadas políticas da Comunidade Económica Europeia. Em 1984, Thatcher escapou por pouco a uma bomba do IRA, que explodiu durante um congresso partidário.Nova vitória eleitoral em 1987 tornou-a no único político do Reino Unido desde há mais de século e meio eleito por três vezes consecutivas para o cargo de primeiro-ministro. Começou entretanto a ficar isolada no próprio Partido Conservador. Em virtude da crescente oposição interna, renunciou em 1990 à liderança do partido e ao seu lugar no Governo, sendo substituída por John Major. Tendo sido feita baronesa pela rainha Isabel II, a sua atividade política passou a desenvolver-se na Câmara dos Lordes. Faleceu a 8 de Abril de 2013.

Margaret Thatcher. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (imagens)






VÍDEO
13
Out16

Fim da sobretaxa de IRS é obrigatório

António Garrochinho


A CGTP-IN quer que os subsídios de Natal e de férias sejam pagos na totalidade no ano que vem e quer, também, outra política fiscal e o alargamento dos escalões do IRS. Para a central sindical, o fim da sobretaxa de IRS, no dia 1 de Janeiro de 2017, é obrigatório.

VÍDEO
Via: Entrada – CGTP-IN http://bit.ly/2e8Bx74
abrildenovomagazine.wordpress.com
13
Out16

OLHÓ AVANTE ! - O taxímetro da coerência

António Garrochinho





Na luta contra a luta do sector do táxi valeu tudo. Alguma comunicação social até descobriu, nalguns casos pela primeira vez, que havia trabalhadores explorados e que eram explorados pelos patrões... «do táxi». Convergindo, alguns esquerdistas do burgo, dos que se dedicam à grande revolução que abalará o facebook, alinharam pelo mesmo diapasão, atacando o PCP por estar solidário com a luta dos «patrões».

Uns não sabem, e os outros ignoram, que há uma razão para o PCP ser hoje respeitado por todo o sector do táxi... (que já agora, escapa a simplismos, e inclui diversas classes e camadas, reflectindo realidades tão diversas como as cooperativas, o pequeno ou médio patrão, o trabalho por conta de outrem, múltiplas formas de precariedade, etc.)

A razão desse respeito é a coerência. A luta contra a exploração dos trabalhadores do sector é uma luta de sempre do PCP, como o é a luta por considerar o táxi como uma parte importante de um sistema de transportes públicos, lutas que agora convergem com a luta contra a entrega do sector às multinacionais e aos monopólios. E o PCP afirma-o frontalmente, no seio da luta e em solidariedade com a luta. Que distância entre as hipócritas preocupações de alguns e a seriedade do Secretário-Geral do PCP quando se dirigiu aos profissionais do sector do táxi no passado dia 30 de Agosto e sublinhou que «As condições de trabalho no sector do táxi estão cada vez mais degradadas. Cada vez é preciso trabalhar mais horas por rendimentos menores. Cresce a exploração e degradam-se as condições de trabalho. E a situação é ainda mais grave nos novos sectores que o Governo quer legalizar, onde a precariedade e a sobre-exploração são a norma. Precisamos de combater este modelo. Não queremos uma sociedade organizada com base nos baixos salários e na precariedade, onde toda a riqueza produzida pelo trabalho é concentrada nas mãos de meia dúzia.»

A luta contra a submissão nacional às multinacionais e aos monopólios é uma luta onde os trabalhadores têm como aliados outras classes e camadas da população. Mesmo em sectores, como é o caso do táxi, onde, por enquanto, o nível de organização dessas outras classes e camadas supera a dos trabalhadores.

Manuel Gouveia 


13
Out16

A PINTURA DE LAURI BLANK

António Garrochinho

Despertar

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Ventos de colheita

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First Kiss of Spring

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O beijo

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Vênus

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Sonho de Primavera

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Abraço do Céu

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Prelúdio

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wildflowers

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Promessa

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de seda chinesa

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quedas abraço

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dailyartcocktail.com
13
Out16

FOTOGALERIA - O lago Titicaca, onde quem não paga taxa fica à deriva

António Garrochinho


No lago mais próximo do céu, um povo vive no meio da água em ilhas feitas de plantas. Todas as casas têm de ser reconstruídas a cada 30 anos. 

Quem falhar à comunidade é deixado à deriva.


É o maior lago da América do Sul em volume de água e, no alto dos seus 3.812 metros, é o que fica mais próximo do céu. Titicaca fica nos Andes, entre as fronteiras do Peru e da Bolívia. E há séculos que se tornou na casa de uma civilização com raízes nos uros, um povo que na era pré-colombiana descobriu uma forma de construir casas que lhes permitissem viver em total liberdade.

O que estas casas têm de particular é que estão construídas no meio de um lago. Mas não flutuam neste lago navegável do Altiplano andino: as casas são erguidas em ilhas artificiais (também elas chamadas de uros) que estão “ancoradas” ao fundo do lago. De trinta em trinta anos, estes nativos bolivianos e peruanos tecem uma planta aquática chamada totora que, em zonas mais densas, formam uma espécie de “tapete” na superfície”. Depois de tecer o tapete, que terá entre 2 e 3 metros de espessura, os nativos constroem vivendas com o calo da mesma planta. Quando a planta se começa a decompor lança um gás que permite à ilha flutuar mesmo que as raízes morram. Isso é bom porque mantém as famílias em segurança, mas também as obriga a reconstruir as ilhas artificiais de três em três décadas. Duas dessas ilhas são especiais: uma serve para os nativos tomarem banho e é coberta de cal em cada utilização para evitar o mau cheiro; outra é a cozinha, que tem de ser ao ar livre para evitar incêndios.

Cada comunidade é composta por pelo menos trinta ilhas artificiais, embora possam ter mais conforme o número de famílias que a compõem. Das 2.300 pessoas que habitam nesta região do Altiplano, 40% mora dentro do lago Titicaca. Se alguma das famílias não pagar o imposto ou faltar às regras da comunidade a sua ilha é desatada das outras.

No entanto, os uros não vivem isolados: é em terra firme que estão as escolas, as igrejas, o consultório médico e todos os outros serviços que utilizam. Por isso é que também constroem barcos em tudo semelhantes a moliceiros, mas também eles feitos de totoras. É o mesmo barco que usam para pescar, caçar pássaros ou vender as suas peças de artesanato (como gorros, sacos “chuspas” ou almofadas). Estes produtos são uma das maiores atrações turísticas da região: quem quer visitar os uros tem de navegar num catamarã a partir da cidade de Puno (Peru) acompanhado por um guia.

Visitar a comunidade do lago do Titicaca é visitar um mundo que começou há vários séculos nas mãos dos uros, uma civilização que já está extinta (o seu último membro morreu em 1950). Quem hoje mantém esta tradição são os nativos de origem aimara, com quem os uros mantinham relações comerciais. Os atuais habitantes do lago Titicaca resultaram do cruzamento destes povos ou ainda dos quechuas, mas o lago já era usado quando Manco Capac (primeiro rei de Cuzco) e Mama Ocllo (uma figura mitológica ligada ao sol) fundaram o Império Inca.











 





















































observador.pt
13
Out16

Orçamento: o que falta saber

António Garrochinho
Orçamento: o que falta saber

Documento é conhecido na próxima sexta-feira.
Na véspera da aprovação do Orçamento do Estado para 2017, antecipamos o que pode resultar de um exercício condicionado pela chantagem europeia.
O Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) é aprovado amanhã em Conselho de Ministros e dá entrada na Assembleia da República na sexta-feira, um dia antes do prazo constitucional e da entrega do documento em Bruxelas.
«A suspensão parcial de fundos estruturais e de investimento

para Espanha e Portugal dependerá em larga medida das

propostas de Orçamento para o próximo ano»
 VALDIS DOMBROVSKIS, VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA

Bruxelas é uma das pedras no caminho do País, e o OE2017 é um novo momento de confronto entre a solução política e as regras europeias. Ainda ontem, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, veio relançar a pressão sobre Portugal, ao repetir que a suspensão dos fundos estruturais, no âmbito das sanções impostas aos estados ibéricos por ultrapassagem do limite do défice em 2016, está dependente da avalição do documento que chegará às mãos dos comissários depois de entregue no Parlamento. Um procedimento novo e simbólico, que contrasta com o que se passou nos últimos anos, em que os Orçamento passaram pelo visto prévio de Bruxelas.
Mas internamente também se têm desenhado linhas de pressão à política de recuperação de rendimentos, com o patronato a usar a subida do salário mínimo nacional como moeda de troca para travar outros avanços, nomeadamente no plano da justiça fiscal.
O equilíbrio difícil, em que o Governo insiste, entre o cumprimento das imposições europeias e as respostas aos problemas do País é indissociável da proposta que será conhecida até ao fim da semana. Reunimos algumas das matérias em aberto, das medidas que já se conhecem e outras que resultam do Orçamento de 2016.
As pensões vão aumentar, falta saber quanto (e quais)
O aumento das pensões de reforma é uma das dúvidas que mais têm sido discutida nos últimos dias. A aplicação da lei, que esteve suspensa nos últimos anos, implica um aumento igual à inflação, que deverá ser inferior a 1%. Parece haver acordo do Governo para um aumento extraordinário, mas o valor e o alcance não estão fechado.
Aumento extraordinário proposto para todos os pensionistas (PCP) ou para pensões até 845 euros (BE)
O PCP avançou com a proposta, que mantém, de aumento de 10 euros para todos os reformados. Já o BE começou por limitar esse aumento para os 628 euros, passando entretanto para os 845 euros. O Governo já demonstrou abertura para um aumento, mas a concretização é uma das incógnitas do OE2017.
Emprego público: enorme desafio
Os trabalhadores das administrações públicas e do sector empresarial do Estado foram dos mais afectados pelos cortes e congelamentos salariais, e com o travão na contratação pública. O Governo tem, para 2017, o desafio de continuar a trajectória já assumida de reposição dos rendimentos no Estado.
«O congelamento dos salários e das progressões na careira é

uma história que se repete há vários anos»

ANA AVOILA, COORDENADORA DA FRENTE COMUM DE SINDICATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Apesar do fim dos cortes concretizado este ano, ainda não se conhecem os termos em que a recuperação salarial dos trabalhadores do sector público vai evoluir. Matérias como aumentos salariais, trabalho suplementar, o descongelamento das progressões nas carreiras ou o desbloqueamento da negociação colectiva no sector empresarial do Estado são uma das grandes incógnitas.
A reposição do subsídio de Natal para os trabalhadores do sector público e para os reformados pode ver avanços no OE2017. Resta saber se em definitivo ou se é introduzida a possibilidade de opção entre o pagamento por inteiro ou a manutenção dos duodécimos para todos os trablhadores.
Política fiscal: até onde se vai buscar a quem mais tem?
Quando se fala de Orçamento, fala-se inevitavelmente de impostos. O OE2017 não é excepção, mas continua sem se saber o que vai acontecer à tributação das grandes empresas e dos grandes grupos económicos, nem em relação aos escalões do IRS. No entanto, tem sido noticiado que apontam para alterações nas deduções fiscais em sede de IRS, nomeadamente de despesas com educação.
O Governo já revelou que os impostos sobre o consumo vão sofrer alteração. Uma taxa sobre bebidas açucaradas (refrigerantes) pode avançar, assim como sobre outros bens de consumo. Já o imposto sobre o património imobiliário deve ter os seus termos conhecidos na próxima sexta-feira, depois da polémica lançada pelo anúncio atabalhoado e incompleto da medida.
Os Verdes revelaram hoje que apresentaram propostas de incentivos fiscais à utilização de transportes públicos. Esta manhã, Heloísa Apolónia, à saída de um encontro com o Executivo, revelou que o Governo está disponível para incorporar a medida no Orçamento.
Novos apoios para MPME
Os ecologistas avançaram com outra proposta, que também terá sido acolhida pelo Governo, de redução da taxa de IRC sobre micro, pequenas e médias empresas (MPME) instaladas no Interior do País. Heloísa Apolónia avançou ao Público que a ideia é que as empresas com um volume de negócios até 12 500 euros tenham uma redução de 4,5 pontos percentuais no imposto.
Também o Pagamento Especial por Conta (PEC) pode sofrer alterações. O fim deste imposto é uma reivindicação que as MPME têm vindo a fazer há muito. O PCP já apresentou várias propostas de eliminação do PEC, que os comunistas caracterizaram como «um verdadeiro imposto antecipado», para as MPME. Falta ainda saber qual vai ser a solução encontrada.
Medidas iniciadas em 2016 devem ter continuidade no OE2017
A redução do IVA da restauração, dos 23% para os 13%, o fim dos cortes nos salários na Administração Pública já estão em vigor, mas em 2017 passam a contar para o ano inteiro. Mas há outras medidas iniciadas no Orçamento deste ano que passam para o próximo.
Manuais escolares gratuitos no 1.º ciclo
Neste ano lectivo, os alunos do 1.º ano já receberam os seus manuais. No próximo serão mais anos de escolaridade abrangidos, mas ainda falta saber quantos mais. A secretária de Estado Adjunta e da Educação já assumiu que, pelo menos, os alunos do 2.º ano vão ser abrangidos.
Sobretaxa do IRS acaba em 2017
A Assembleia da República já tinha aprovado o fim da sobretaxa no final de 2015, mas 2017 será o ano em que o imposto extraordinário criado em 2013 pelo governo do PSD e do CDS-PP chega ao fim. A eliminação tem sido faseada e, neste ano, a taxa para o primeiro escalão já foi zero.
Prestações sociais são actualizadas depois de sete anos de congelamento
O Orçamento para 2016 já previa o descongelamento do Indexante de Apoios Sociais (IAS), o que se deve concretizar no OE2017. O IAS, que tem um valor de 419,22 euros desde 2009, serve para calcular o valor e o limiar de rendimentos a partir do qual os beneficiários têm acesso às contribuições sociais não contributivas, como o Rendimento Social de Inserção ou o Complemento Solidário para Idosos.
13
Out16

Os “países amigos”, as sanções e o Pinóquio.

António Garrochinho
A CE instaurou ações junto do “Tribunal de Justiça da UE” por vários Estados não terem apresentado os relatórios sobre o controlo dos navios sob bandeira, segundo a Diretiva 2009/15 da CE. Portugal é um deles.

É mais uma da burocracia da UE no seu melhor! No momento de profunda crise financeira, económica e social, com a “Europa” em profunda estagnação, afundanço dos ativos financeiros, aumento da pobreza, desemprego que oscila décimas em torno de valores intoleráveis, os burocratas dedicam-se a fazer valer os seus poderes pelas ameaças de procedimentos e sanções em questões secundárias.

Na realidade, usam os poderes discricionários que partidos que voltaram as costas aos interesses nacionais e populares lhes concederam. Mas isto é apenas um sintoma da degradação do capitalismo.

Consta que Napoleão em Moscovo perante o descalabro que atingia o exército face à perspectiva de retirada por terras geladas e devastadas dedicou o seu tempo a redigir leis para o Código Civil, que aliás formalizavam a liquidação de  avanços da Revolução Francesa… A UE aqui chegou.

Muitos devem estar esquecidos (os media fazem por isso) das histórias que os “europeístas” PS, PSD, CDS, mais os “radicais de esquerda” vendiam acerca dos países amigos, eufemismo para a UE (a CEE) e a NATO (o “atlantismo”).
O maná dos “amigos” eram as ajudas e os fundos que iriam por os portugueses a viver “à grande e à francesa”. Pois, mas as ajudas e os fundos estruturais do capitalismo não passam do “queijo na ratoeira” de que os burocratas se servem para impor a sua agenda reaccionária, a favor da oligarquia.

Os fundos e ajudas dos “países amigos” – vê-se a amizade que têm pela Grécia e Portugal, e os comentários sobre os países do Sul – colocam os povos na situação das crianças da história do Pinóquio, seduzidos com bolos e brincadeiras. Ele e outras crianças foram assim levados para a “Terra dos Brinquedos” onde não havia constrangimentos eram só facilidades e boa vida, porém foram por fim transformados em animais de trabalho.
Pinóquio não ligou à vozinha que lhes dizia que tudo aquilo acabaria em triste fim. 

Tal como em Portugal os avisos do PCP se transformaram comunicação social numa inaudível “vozinha” ante vozearia da propaganda “europeísta”. E podia ser esta “A história da UE contada às crianças”…


Via: FOICEBOOK http://bit.ly/2dY29ve
abrildenovomagazine.wordpress.com

13
Out16

Obras fantásticas patrimónios da humanidade e destruídas pelos humanos

António Garrochinho


bosra-siria
Além de ceifar a vida de milhares de pessoas, as guerras reduzem ao pó a infraestrutura dos locais afetados, incluindo o legado arquitetônico de civilizações milenares.
No caso de guerras como a do Afeganistão e do Iraque e, principalmente, conflitos que afetam o Oriente Médio, há 7 monumentos históricos que foram afetados para sempre. Conheça um pouco sobre cada um deles.

Grande Mesquita de Samarra, Iraque

Construída no século IX, já foi a maior mesquita do mundo. Foi bombardeada em 2005 durante um ataque da OTAN.

Budas de Bamiyan, Afeganistão

Foi considerado o legado mais espetacular da cultura budista. As maiores figuras de Buda do mundo foram destruídas pelos talibãs.

Cidade Antiga de Bosra, Síria

Capital do império árabe romano, possuía um grandioso teatro romano do século II, que sucumbiu ao bombardeio com morteiros.

Grande Mesquita de Alepo, Síria

Erguida em 715, já foi uma das maiores do mundo, até ser reduzida a escombros durante a guerra civil síria em 2013.

Nimrud, Iraque

Uma das cidades mais antigas da região, abrigo de estátuas monumentais e joias, foi saqueada após a invasão do Iraque em 2003.

Túmulo de Jonas, Iraque

Centro de peregrinação para cristãos e muçulmanos, a tumba do profeta foi destruída pelo ISIS em 2014.

Palmira, Síria

Uma cidade maravilhosa, declarada Patrimônio Mundial e que abrigou a arquitetura mais vanguardista de sua época, foi devastada pelo ISIS.

Fonte: Codigo Nuevo Imagem destaque: Waj/Shutterstock.com  Imagens no corpo do texto (de cima para baixo):  IgorF [GFDL or CC BY-SA 3.0], via Wikimedia Commons; Tor Pur/Shutterstock.com; Waj/Shutterstock.com; Gabriele Fangi, Wissam Wahbeh [CC BY 3.0], via Wikimedia Commons; Homo Cosmicos/Shutterstok.com; Roland Unger [GFDL or CC BY-SA 3.0], via Wikimedia Commons;OPIS Zagreb/Shutterstock.com
13
Out16

Fotos raras mostram a menina (hoje idosa) que serviu de modelo para “Alice no País das Maravilhas”

António Garrochinho
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O nome dela é Kathryn Beaumont e as semelhanças com a famosa Alice, que vive no País da Maravilhas, são evidentes e têm uma explicação – a inglesa foi, em 1951, data de estreia do filme, a menina que serviu de inspiração para criar o desenho da protagonista de um dos filmes mais emblemáticos da Disney.
Kathryn tinha apenas 10 anos quando chamou a atenção de Walt Disney, que não só quis que a menina interpretasse as vozes de Alice e Wendy, personagem central em “Peter Pan”, como o encanto pelos seus traços físicos o levou a escolher Kathryn para servir de modelo real para Alice.
As fotos agora reveladas mostram o detalhe e o esforço com que eram produzidas as animações nos estúdios da Disney, onde os artistas produziram cerca de 25 segundos de animação por semana, num trabalho minucioso e onde nada era deixado ao acaso.
Depois do sucesso do filme, Kathryn terminou os estudos e se tornou professora, além de trabalhar como atriz e dançarina, até se aposentar na década de 90. Em 1998, foi nomeada “Lenda Disney“, pela The Walt Disney Company, num sinal da sua importância pra gigante de animação.




www.pavablog.com
13
Out16

SÃO PEDRO DA COVA UMA HISTÓRIA DE SOFRIMENTO E DE LUTA - A HISTÓRIA DA VILA QUE TEM UMA MINA DENTRO

António Garrochinho


Na terra mineira a 20 quilómetros do Porto, as memórias da "escravatura" do trabalho no subsolo não são esquecidas. São memórias de fome, opressão e doença.

Enquanto descia às profundezas da terra, gasómetro na cabeça e saco de farnel na mão, os 16 anos de vida de Manuel Reis não puderam amparar-lhe a tremeliqueira das pernas. 
De repente, o rosto cândido e pálido enegreceu-se até à cor do carvão. Até à cor do medo. 
Lá no fundo, onde a luz não chega, passaram-lhe para a mão uma pá e pronunciaram meia dúzia de palavras. 
E ele começou a acartar carvão. 
Foi a primeira vez de um vaivém de duas décadas nas profundezas das minas de São Pedro da Cova. 
Manuel regressa agora ao complexo mineiro, 45 anos depois do dia que ninguém apaga da memória: 25 de Março de 1970, a data de encerramento das minas. 
As pernas já não tremem, mas os olhos humedecem quando recorda a “vida de escravidão”. 
Durante os quase dois séculos em que funcionaram, as minas de carvão foram o principal sustento de famílias inteiras nesta freguesia de Gondomar. Mas foram também sinónimo de miséria e de fome, de doença e de morte. 
E mudaram para sempre São Pedro da Cova.

Nesta terra mineira a 20 quilómetros do Porto, nunca quiseram enterrar as dores de outros tempos. 
A exploração a que milhares de trabalhadores foram sujeitos desde 1795, quando o carvão de pedra (antracite) foi descoberto na freguesia, escreve-se a letras garrafais. 
Recordar para não esquecer. 

Para Serafim Gesta, investigador local que adoptou o pseudónimo de Mazola e é autor de vários livros sobre São Pedro da Cova, as minas não são apenas um objecto de estudo. 
Estão-lhe gravadas no ADN há gerações, desde os “pioneiros do carvão”. “Tenho das minas as memórias mais tristes que pode haver. Memórias de morte. 

Estou a ver o meu avô morrer, com uma medalha ao peito, mas pobre, cansado, miserável, tuberculoso. O meu pai tísico, depois de muitos anos de mina. E a minha mãe a perder a vida à minha frente, a sujar os lençóis de sangue. Silicose: 100% de pó.”


Esta vida feita no subsolo dificilmente pode ser descodificada por quem não a testemunhou. 
Palavras de Manuel Reis, 89 anos de idade e quase 20 de mina: “Mesmo que houvesse um filme, esta mocidade não acreditava. 
Era realmente horrível.” Manuel Teixeira Bento acena em sinal de concordância. 
Mostra nas mãos cicatrizes feitas pelo carvão que por algumas vezes o atingiu, mas não se deixa abalar à chegada ao complexo onde trabalhou dos 14 aos 24 anos. 

Volta e meia vai até lá, sozinho. “Parece que foi noutra vida.” A avó criou-o desde que tinha um mês. Vivia numa casa de madeira “com dois quartinhos e uma cozinha” no bairro mineiro. Manuel trabalhava numa fábrica de tacos na Corujeira, no Porto. Um dia, a empresa que explorava as minas bateu à porta da avó e fez-lhe um ultimato. “Disseram-lhe que ou eu ia para as minas ou nos tiravam a casa. Fui obrigado a ir.”

O monopólio da Companhia das Minas, empresa que explorou o complexo de São Pedro da Cova a partir de 1921 e até ao encerramento definitivo, era estrangulador. 

Além de ser uma das poucas empregadoras da região, a empresa era proprietária das casas onde boa parte dos trabalhadores viviam e, para terem direito à habitação, todo o agregado familiar era obrigado a trabalhar na mina a partir de tenra idade. 
Foi assim que “quatro ou cinco gerações inteiras” foram condenadas ao trabalho no complexo mineiro, aponta o presidente da junta de freguesia local, Daniel Vieira, que acrescenta mais ramificações desta dependência: a cantina onde os trabalhadores iam buscar caldo e broa, a água e a luz da igreja paroquial, o cinema, a escola, o campo de futebol utilizado pela equipa local, a associação desportiva com uma biblioteca e a banda de música estavam também sob a alçada da Companhia das Minas.



Maria de Almeida foi trabalhar na mina com 21 anos

Do pátio da sua casa, Maria de Almeida aponta para os terrenos quase baldios a poucos metros de distância como se ainda vislumbrasse o rebuliço e os pés descalços e ouvisse o som constante da mina a laborar. 
Tiritando com a recordação, pega no seu “cadastro” (a sua ficha de trabalhador), prova de um tempo de “escravatura”: “Passámos ali uns bocadinhos amargados, passámos. 
Mas não havia coisa melhor. 
Até ir para a mina, não achei melhor.” Até ir para a mina, aos 21 anos, Maria corria para o Porto todos os dias porque trabalhava numa fábrica de farinha de pau, em Campanhã. “Eram duas horas para lá e duas para cá, a pé e sempre a correr para chegar a horas. Ganhava dez escudos. 
Ora, eu assim antes preferia a mina. Era ruinzinho, mas sempre era perto. 
Tinha de se fazer pela vida.”

Analfabetismo e baixos salários

Até finais da II Guerra Mundial, as minas de São Pedro da Cova, que chegaram a empregar 1800 pessoas, eram as mais importantes do país, às quais se juntavam as do Pejão, em Castelo de Paiva, as do Couto Mineiro do Lena, em Porto de Mós, e as do Cabo Mondego, na Figueira da Foz. 

Esta freguesia de Gondomar foi um influente centro industrial de onde, na década de 30 do século XX, se extraía 70% da produção nacional de carvão. O emprego chegava não só para “a maioria da população” da freguesia — uma “força de trabalho não qualificada, com elevadas taxas de analfabetismo e, portanto, propensa a salários baixos”, aponta o historiador Jaime Guedes, autor da tese de mestrado Minas e Mineiros em São Pedro da Cova —, mas também para os “malteses”, homens e mulheres oriundos de outros locais do país que vinham encontrar na terra mineira a sua oportunidade.

Esses, aponta Serafim Gesta Mazola, “chegavam muitas vezes sem saber ler nem escrever, em busca de um jardim do éden que produzia todas as riquezas”. Não podiam vir mais enganados: “Davam-lhes duas tábuas compridas e dois bancos para as pôr em cima e era lá que eles dormiam. 
Lá ou em carqueja. E, mal chegavam a São Pedro da Cova, perdiam a identidade. Se vinha do Covelo era o Chico do Covelo, se andava mais mal arranjado, era o Zé badalhoco. 

Isto, parecendo uma insignificância, diz muito sobre a forma como eram tratados os trabalhadores.” A triste sina não era exclusiva dos “malteses”: de dentro ou de fora da freguesia, com trabalhos à superfície ou no subsolo, “todos foram miseravelmente explorados”, sublinha o autor, cujo livro Um Grito Que Rompe o Silêncio, uma compilação de depoimentos de quem trabalhou nas minas, vai ser agora reeditado pela junta de freguesia local.

Rosa Martins de Sousa, filha de mineiro e britadeira, britadeira se tornou. Suspira demoradamente ao recordar a casa onde vivia com os sete irmãos. “Tão pequenina” que a obrigava a dormir no chão — e muitas vezes no mesmo quarto dos rapazes. “A minha mãe, coitadinha, não tinha como nos separar.” 
Aos 15 anos, foi para as minas. 
Só saiu de lá em 1970, mais de três décadas depois. 
Cumpriu quase todas as tarefas destinadas às mulheres, mas é do trabalho nos tanques de lama, onde tinha de fazer o desmonte do carvão e transportá-lo depois em gigas levadas na cabeça, que mais más memórias guarda: “A gente pegava às oito e às oito e meia já era preciso tirar a roupinha toda. 

Se chovia, não nos deixavam abrigar. 
No terreiro, andávamos de joelhos a partir o carvão miudinho, à feição de o botar para o fogo, e quando nos queríamos levantar já nem sentíamos as costas. 
Mas preferia isso à lama.”



Rosa Martins de Sousa trabalhou nas minas mais de três décadas

Os trabalhadores das minas laboravam sob vigia constante dos capatazes, responsáveis por definir o volume de trabalho que cada um devia cumprir por dia. “De manhã ia pela mina e dizia: ‘Tu tens de botar x [carvão], tu mais x, tu mais x.’ 

Se eles não botavam, eu tinha de participar deles e ficavam sem salário ou eram castigados”, recorda António Aguiar, antigo capataz com “mais de 90 anos”. “Custava-me fazer aquilo. Mas ganhava-se melhor e eu precisava do dinheiro.” Entre os encarregados, havia “os maus e os menos maus”, conta Rosa Martins de Sousa: “Havia uma mulher capataz que até era capaz de dizer para a gente ir para um sítio abrigadinho quando chovia. 

Mas se a gente não fizesse o serviço, ela pegava no caneco da água e deitava fora. 
A gente ficava o dia todo sem beber.” Medo das consequências? “A gente tinha medo era de ficar sem o salário. 

Numa altura, o capataz achou que eu estava a falar durante o serviço e castigou-me. 
Fui para casa. 
Não havia remédio. 
Quando fui receber, vi que queriam cortar-me meio dia. 
Era só um quarto. 
Fiquei cega! 
Fiz tanto barulho que me pagaram. Não me deixava vergar”, responde Maria de Almeida.

Além do trabalho fisicamente esgotante, não havia garantias de segurança e, no subsolo, os “homens toupeira” estavam expostos à poeira causadora de silicose, doença pulmonar crónica e incurável que vitimou um número incalculável de pessoas em São Pedro da Cova. Manuel Reis andou pouco tempo na frente das marcas (onde se davam as explosões), mas a pré-reforma que conseguiu aos 57 anos conta parte das consequências da mina: foi aposentado por doença profissional, com “10% de silicose”. 

Debaixo de terra, a terra era outra. 
Trabalhava-se sem qualquer protecção contra o pó, às vezes com parte do corpo dentro de poços. 
Em alguns locais, o calor era de tal forma insuportável que, apesar do perigo extra de queimaduras, muitos dos mineiros preferiam trabalhar quase sem roupa, conta Manuel Teixeira Bento: “Era uma tangazita e tronco nu. 

A gente tinha uns calções, mas como se suava muito às tantas aquilo roçava nas pernas, com a areia do carvão, e fazia cieiro. Era doloroso. Então a gente enrolava os calções e ficava só com uma espécie de cinto, a tal tangazita.”

Não era raro que alguns mineiros se automutilassem: “Mesmo em prejuízo do dinheiro, que lhes fazia muita falta, pegavam num machado ou noutro objecto e cortavam-se nos pés, nos tornozelos ou nos pulsos para terem direito a uma semana de descanso”, conta em voz revoltada Serafim Gesta Mazola. 

Repouso só concedido em situações limite como esta. 
Ou quando o médico, por indicação da Companhia das Minas, dispensava os trabalhadores que apresentavam “sinais de silicose”. “Mandava os homens embora sem qualquer justificação, sem lhes dizer que estavam doentes, para evitar pagar indemnizações. 
Era cúmplice da empresa. 
O mais trágico é que, muitas vezes, essas pessoas estavam tuberculosas e, como não sabiam, acabavam por contaminar toda a família”, denuncia o investigador.

Há um amontoado de caixotes de cartão no escritório de Mazola. 

Além do espólio do Museu Mineiro, criado em 1989 com a missão de valorizar e divulgar o património local, é ali que se guarda uma parte significativa da história das minas, diz orgulhoso e frenético enquanto puxa de um processo quase secular de um antigo trabalhador. 

Em 1930, Joaquim Júlio de Magalhães escreveu uma carta ao director das minas: “Encontro-me doente já vai para meio ano, deito sangue pela boca e mal posso trabalhar”, lê-se na ficha do trabalhador número 105. 
Pedia à empresa a misericórdia do descanso. 
Tempos depois, o homem acaba por morrer. “São às dezenas e dezenas os casos como este”, lamenta o sampedrense. Manuel Reis e Teixeira Bento confirmam. 

A companhia não mostrava qualquer preocupação com a saúde dos trabalhadores. 
E, quando morria um homem no fundo, tudo se fazia para que passasse despercebido, conta Teixeira Bento, tirando a boina por breves instantes como quem homenageia os esquecidos: “Eles só estavam preocupados com o trabalho, que não podia parar. 

O morto era metido numa berlinda e mandado para a farmácia da mina discretamente. 
Parecia um sapo ali dentro, encolhido e escondido.” Manuel Reis traz na memória um desses dias. Não sabe se houve silêncio ou gritos. Um amigo morreu-lhe à frente. 
Soterrado por uma chaminé tombada. “Nós tínhamos um fio que contactava com o exterior e puxávamos quando acontecia alguma coisa. 
Naquele dia, fui puxar e aquilo não funcionava. 
Vim a correr até cá acima. 
Mas já não havia nada a fazer.”



Serafim Gesta tem, a par do Museu Mineiro, o maior espólio sobre a vida nas minas


Entre a PIDE e o PCP

Foi precisamente a morte de um trabalhador, em 1923, a motivar a primeira grande greve geral nas minas de São Pedro da Cova. “Foi uma greve muito significativa, relatada durante quase dois meses em vários números do jornal A Batalha, da Confederação Geral de Trabalhadores, uma organização anarco-sindicalista”, conta Daniel Vieira. Esta foi também uma greve que gerou “grandes movimentos de solidariedade, inclusive ao nível internacional”. 

O presidente da junta — que pertence à CDU desde 1982, apenas com a interrupção de um mandato, de 97 a 2001 — fez das lutas operárias nas minas locais objecto de estudo da tese de mestrado concluída no ano passado. Estudou a influência do Partido Comunista Português (PCP) na criação de uma consciência política e sentimento de revolta e na transformação desses factores em protesto na greve geral de 1946. “Deparei-me com uma greve que tinha como principal razão os salários baixos. 

A PIDE interrogou os mineiros. 
Nos arquivos da polícia política encontrei uma expressão repetida muitas vezes. 
Eles diziam: ‘Temos fome, não podemos trabalhar com fome’.”

O fardo da ditadura era evidente e apoiado por “vários movimentos, como a Legião [Portuguesa], a União Nacional e a própria PIDE, que tinha um coio de informadores locais”, conta Serafim Gesta Mazola. 

Com a crescente influência do PCP, que se reorganiza nos anos 40, os comunistas tornam-se aliados dos trabalhadores de São Pedro da Cova e, a partir de 1946, são várias as referências no Avante!, órgão oficial do partido, à greve nas minas. Além disso, “distribuem já comunicados aos mineiros, falando das condições de trabalho e fazendo apelos à mobilização e consciência de classes”, concluiu o presidente da junta de freguesia, também ele neto de um mineiro e de uma britadeira.

José Carlos Almeida foi durante alguns anos responsável da organização central do PCP no distrito do Porto e acompanhou de perto as lutas desta freguesia: “Os mineiros de São Pedro da Cova foram, a par dos pescadores, a classe de profissionais do Norte com um papel mais destacado nas lutas operárias.” Ainda que fossem muitas vezes motivadas por questões económicas, como sucede na greve de 46, as batalhas dos mineiros tinham “consciência política associada”, considera. “As pessoas mais activas não eram espontâneas, estavam organizadas partidariamente. 

O PCP tinha uma célula em São Pedro da Cova.” José Carlos Almeida não se recorda de muitos nomes — “a maioria usava pseudónimos” —, mas não esquece os bastidores da organização. “Reuníamo-nos muitas vezes com o organismo local num tasco em frente ao sanatório, à beira da estrada. 

A gente fazia a redacção de um texto apontando uma orientação, imprimia num copiógrafo e assinava ‘a organização local do partido’. Para os mineiros, era uma coisa muito importante.”












  A ESCOLA
 A ENFERMARIA

A FARMÁCIA

A conclusão de Daniel Vieira aponta exactamente no sentido de uma intervenção dos comunistas na freguesia: “Fiz entrevistas a ex-mineiros e contaram-me que, como muitos deles não sabiam ler, encontravam-se em tascos ou mercearias locais e havia um companheiro do PCP que lhes lia o Avante! em voz alta.” A greve geral de 1946, acrescenta, significou uma importante conquista de direitos: “Fiz uma comparação das condições de trabalho e dos salários dos mineiros, e verifica-se, de facto, um aumento salarial. Foi uma greve com efeitos.”




O medo da repressão da PIDE era grande e a contestação quase sempre discreta. Mas arriscavam — e, volta e meia, uns panfletos contestatários apareciam pela freguesia. Manuel Reis preferia manter-se discreto. 

Conhecia bem o destino de quem não o fazia. 
Certo dia, já não sabe precisar em que ano, a polícia entrou pelo complexo dentro em busca de “desertores”. 
Foi uma grande zaragata. “Nessa altura, magoei-me de propósito para ir para casa. 
Não dava para reclamar muito... Quem o fazia, às tantas, desaparecia. 
Um dia chegávamos ao serviço e já não estava. 
Todos sabíamos que tinha sido levado pela PIDE.”
Com mais ou menos intervenção, havia entre os trabalhadores das minas um sentimento comum de injustiça e revolta. Afinal, todos trabalhavam em condições de segurança e higiene precárias, tinham salários miseráveis, sofriam castigos e repressão. 
Foi também essa realidade, explica o docente de História Jaime Guedes, a responsável pelo reforço de “laços de solidariedade” e pelo desenvolvimento de uma “identidade mineira, como o trabalhador que partilha experiências penosas e luta por melhores condições de trabalho”.

O fecho

No início dos anos 1960, o declínio do carvão, que vinha acontecendo desde o final da II Guerra Mundial, torna-se cada vez mais evidente, com a ascensão de outros combustíveis mais económicos, nomeadamente o fuel oil, derivado do petróleo. Por essa altura, as minas do Pejão já ultrapassavam as de São Pedro da Cova como as mais influentes do país. E, na freguesia de Gondomar, a capacidade de atrair trabalhadores era cada vez menor, também graças à vaga de emigração dos anos 60. A mina tinha deixado de ser rentável.

Seria essa a principal razão invocada pela Companhia das Minas no “aviso ao pessoal” afixado nas janelas do escritório no dia 4 de Março de 1970, onde se comunicava o encerramento da empresa. “Por manifesta impossibilidade económica de continuar com a exploração destas minas, em virtude do cancelamento das expedições para a Central da Tapada do Outeiro, e se terem gorado as negociações com a Companhia Portuguesa de Electricidade para a sua integração, sou encarregado de transmitir a todo o pessoal que a Exmª. Administração desta Companhia resolveu, ontem, parar a laboração destas minas a partir do dia 25 do corrente mês (exclusive).” O anúncio caiu como uma bomba. O complexo que por mais de dois séculos foi o maior empregador da freguesia ia fechar — e se isso significava a boa notícia do fim da “escravatura”, deixava também um gigante ponto de interrogação no ar: como seria o futuro daquelas quase mil pessoas, homens e mulheres iletrados, que só sabiam o ofício das minas, alguns com idade avançada, muitos deles doentes, portadores de silicose, pobres?




Manuel Reis e Manuel Teixeira Bento de volta ao complexo mineiro abandonado

Era uma realidade camuflada pela empresa a todo o custo. 
Com a conivência do Estado Novo. 
A miséria que apodrecia a terra mineira não devia ter eco e isso significava ter em acção permanente os serviços de censura. A edição censurada de um artigo do jornal O Século, com publicação prevista para o dia 21 de Março de 1970, é disso espelho. Parágrafos inteiros são riscados a azul: referências à fome, à miséria, às doenças de que os mineiros sofrem e ao futuro incerto dos mil trabalhadores (e dos cerca de quatro mil que constituem os agregados familiares respectivos) quase desaparecem. “Tenho 30% de silicose nos pulmões e isso não me facilita a ida para outro emprego, além de que não sei outra profissão. 

Vivo numa casa da companhia e também não sei para onde ir. Tenho nove filhos que vivem todos do meu trabalho, só o mais velho anda a trabalhar no Porto. 
São apenas 64 escudos por dia aquilo que eu ganho. 
Pouco, mas o suficiente para se ir vivendo. 
A casa era de graça... E agora? Vou pagar renda de casa? 
Eu que tenho seis filhos na escola... Emigrar? Razão tinham os centos deles que o fizeram há mais tempo e que insistiram comigo para que fosse também. 
Agora é tarde, com os meus 30% de silicose no corpo já não me aceitam nem aqui nem lá fora.” 
Este testemunho, por exemplo, foi completamente eliminado. 
O texto publicado, em contraponto, faz questão de referir que as minas “fomentaram o bem-estar social e material da terra e contribuíram para o seu progresso, progresso esse com que todos lucraram”.

A Companhia das Minas permaneceu na freguesia até 1972, para finalizar o desmantelamento da estrutura — fechou as portas, mas prolongou o monopólio que detinha na vila. 

Os bairros mineiros continuavam a pertencer à empresa e os habitantes eram obrigados a pagar rendas por casas minúsculas e sem condições. 
Em alguns casos, as indemnizações demoravam a ser pagas. Na esmagadora maioria, os mineiros eram prejudicados na avaliação médica e tinham, por isso, menos direitos.
Esta névoa no lugar do futuro não derrubou o povo de São Pedro da Cova, talvez empurrado pela inevitável esperança de que o fim da “escravatura da mina” lhes trazia ou por um sentimento que Maria de Almeida resume numa frase curta: “Pior do que aquilo não havia de ser.”

Estávamos nos anos 70 e Portugal vivia o fim de uma longa e castradora ditadura. E isso sentia-se no ar. “As pessoas foram perdendo o medo e os sentimentos de injustiça e revolta cresciam de ano para ano”, descreve Serafim Gesta Mazola. O 25 de Abril de 1974 foi o empurrão. Mas “a verdadeira revolução” chegou a São Pedro da Cova pouco mais de um ano depois: 22 de Maio de 1975, o dia em que a população local ocupou os terrenos do antigo complexo mineiro e iniciou um dos processos revolucionários mais quentes do país.

António José Correia estava lá. 
Homem da companhia local Teatro Círculo, viveu sempre em São Pedro da Cova, mas nunca foi condenado às minas. “A minha família não teve esse destino, mas todos os meus amigos eram filhos de mineiros, toda a vida aquilo fez parte de mim.” Fazer parte do grupo que iniciou a “revolução” na freguesia foi, por isso, mais do que natural. 

Sem líderes assumidos, o núcleo que planeou a invasão dos escritórios da empresa — completamente deixados ao abandono — era constituído por professores da escola secundária local, actores do Teatro Círculo e um grupo mais político, maioritariamente composto por militantes do PCP. “Desde o fecho das minas, as pessoas tinham na cabeça que aquele espaço devia pertencer à freguesia. 
Pessoas daqui deram o sangue lá. 
Muita gente morreu, muita gente ficou doente. 
Nós queríamos, ao menos, devolver-lhes o que lhes pertencia”, desenvolve José Teixeira das Neves, militante comunista e primeiro presidente da comissão administrativa de São Pedro da Cova.




José Teixeira das Neves e António José Correia: os homens que fizeram "a revolução" na freguesia

Foi um processo verdadeiramente intenso. 
Um dia após a invasão, duas mil pessoas juntaram-se no complexo mineiro e em plenário nasceu o Centro Revolucionário Mineiro (CRM). 
Decidiu-se, por exemplo, que as rendas das casas dos bairros mineiros passariam a ser pagas ao próprio CRM, que constituiria um fundo financeiro para usar em benefício da população. Fizeram-se obras nas casas dos antigos trabalhadores, reconstruíram-se ruas, ergueram-se parque infantil, teatro, farmácia e posto médico. 

Num segundo plenário, juntaram-se “umas cinco mil pessoas” no campo de futebol, lembra José Teixeira das Neves. 
O envolvimento e o entusiasmo da população era grande. 
Nos escritórios do complexo mineiro, onde o CRM constituiu sede, foram descobertos os “cadastros”. Permitiu revelar finalmente os verdadeiros índices de silicose que os consumiam. “Isso subiu-lhes a reforma. E deu outras a viúvas sem nada.” Durante três anos, não houve um dia em que a sede do CRM não estivesse ocupada 24 horas por dia. “Muita gente disponibilizou a vida para aquilo. Dormíamos lá. Fazíamos vigília constante”, recorda António José Correia. 
Vivia-se o pico do Verão Quente e as sedes do Partido Comunista eram frequentemente incendiadas. “Nunca tivemos problemas de maior, mas era preciso manter os olhos abertos.”

Manuel Correia Fernandes lembra-se bem do dia em que tudo começou. O arquitecto, responsável pelo processo SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local) em São Pedro da Cova, estava em casa, no Porto, quando três pessoas da freguesia de Gondomar lhe bateram à porta. “Era o chefe da brigada SAAL e talvez vissem em mim uma espécie de autoridade”, recorda com um sorriso. “Fui com eles ao quartel-general na Praça da República comunicar ao oficial de dia que tínhamos ocupado os escritórios. Ele olhou para nós e disse que estava tudo bem, que não tínhamos de fazer nada. Foi tão insólito quanto isso.”

A intervenção SAAL, projecto arquitectónico e político criado poucos meses depois do 25 de Abril de 1974, durou menos de dois anos na terra mineira, mas teve “uma dimensão política e social enorme, bem maior do que a verificada no Porto”. Ao chegar ao local, Correia Fernandes — que contava com o apoio de um grupo de estudantes de Arquitectura previamente instalados — deparou-se com um imenso “bairro clandestino”. O Bela Vista, com mais de mil casas construídas pelos antigos trabalhadores que iam abandonando os bairros mineiros, foi o território definido para a intervenção do SAAL — e a missão era complexa. “O normal nas operações SAAL era fazer casas. Ali, o desafio era completamente diferente”, recorda o arquitecto. 
Ajudar os cidadãos a alterar as habitações para que pudessem ser legalizadas e intervir no espaço público (iluminação, água canalizada e saneamento não existiam), construindo alguns equipamentos comuns foram as intervenções prioritárias. Foi um período “impressionante”. “Havia muitos estudantes de Arquitectura e arquitectos que passavam o dia em São Pedro da Cova. 
Dormiam nos escritórios ou nas casas das pessoas de lá. Criaram-se relações sociais e humanas comoventes.”
Comoção. 
Palavra que resume bem o sentimento de António José Correia e José Teixeira das Neves ao pisar o agora completamente degradado escritório da Companhia das Minas. 
Não entravam no complexo desde que o CRM se extinguiu. 
Foram sete longos anos de uma luta que beneficiou muita gente. Mesmo não tendo cumprido um dos principais objectivos: o de expropriar o complexo e fazer com que passasse a ser propriedade da freguesia. “Estar aqui e olhar para isto assim... dá aquela mágoa. É como se a gente tivesse perdido um filho”, matuta António José Correia. Falta a voz ao companheiro de luta José Teixeira das Neves, para quem o sucesso dos projectos do CRM era uma questão muito pessoal: “Nunca trabalhei aqui, mas a minha família sim. 

No último dia em que o meu pai trabalhou nas minas mandou um recado para o chamarem. Estava sentado em cima dos canos de água e não podia com o gasómetro nem com o machado. Tinha nove anos e vim buscar-lhe as ferramentas. Marca sempre a gente. O meu pai era um homem exemplar. Morreu aos 55 anos por causa da silicose. Tinha 100%”, recorda emocionado. “Perder isto custou.”



O cinema como arma política

A bravura e a vida dos homens e mulheres de São Pedro da Cova fora documentada em As Minas de S. Pedro da Cova, filme mudo de 40 minutos que a Invicta Filmes realizou em 1917. Mas o documentário que marcou a freguesia — despertando a Europa para a sua existência — foi outro. O realizador Rui Simões chegou à terra em 1976, a convite da Direcção-Geral de Educação Permanente, liderada por Alberto Melo, que tinha em curso uma campanha de alfabetização de adultos. “Fui convidado a realizar uma formação que levasse as tecnologias ligadas à imagem e ao som ao núcleo que sustentava São Pedro da Cova, o Centro Revolucionário Mineiro”, recorda. 

Foi a partir do trabalho realizado nessas sessões que o filme São Pedro da Cova, repartido em três curtas-metragens de 15 minutos, se desenvolveu: “Limitei-me a coordenar e a ser uma espécie de mestre de cerimónias no meio dos desejos deles.” O realizador, que criou entretanto a produtora Real Ficção, lembra-se perfeitamente do primeiro impacto que a vila lhe causou: “Foi o pior possível. Tudo aquilo era muito pobre, as crianças ainda de pé descalço. Na altura foi muito chocante, era talvez das aldeias mais deprimentes do país.” Em antítese com esse cenário, Rui Simões deparou-se com “uma vontade de evoluir notável”: “Tinham uma linguagem forte, consciente, lúcida em termos de classe. Tinham perfeita noção de que tinham sido explorados e, apesar de não terem formação para fazer mais nada, havia uma força revolucionária muito grande. 

A história sempre se fez a partir dos que mais sofreram, são os que mais puxam para a frente.” O cinema como “arma política” era nessa altura um medicamento de efeito lento. Mas houve efeitos que cedo se manifestaram: em 1977, o filme realizado em 36mm e a preto e branco foi a única produção portuguesa seleccionada oficialmente para o Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Há uma bruma especial que paira sobre São Pedro da Cova. À história negra junta-se um carregado sentimento de orgulho. 

Opressão, miséria, fome e medo esmorecem perante o brio de ter combatido. De ter sobrevivido. “É difícil explicar. Há por aqui um sentimento de pertença único, muito criado pelo trabalho, mas não só”, considera Daniel Vieira, dando um exemplo de um comportamento típico das gentes da freguesia que espelham bem essa ligação: “Quem vive em freguesias de Gondomar diz geralmente que é de Gondomar, mas quem vive em São Pedro da Cova, freguesia de Gondomar, diz só que é de São Pedro da Cova.” A “herança pesada” dos quase dois séculos de mina não se rasura. 

Os níveis de qualificação dos sampedrenses continuam baixos, a população maioritariamente envelhecida também. São quase 17 mil pessoas. “Às vezes, costumo perguntar se alguém conhece alguma região que tenha recursos naturais e seja rica”, desafia Daniel Vieira. “Em quase todas, foi gente de fora explorar esses recursos e quando eles deixaram de ser rentáveis foram-se embora. Aconteceu aqui. Foi retirada muita riqueza de São Pedro da Cova, mas nenhuma ficou por cá.” 


www.publico.pt 

MARIANA CORREIA PINTO (texto) e MANUEL ROBERTO (Fotografia)


Bairro da Bela Vista onde os mineiros foram construindo casas clandestinas

VÍDEOS

os vídeos foram recolhidos do youtube por António Garrochinho



















13
Out16

‘As mulheres mais bonitas são as que lutam!’

António Garrochinho


‘As mulheres mais bonitas são as que lutam!’
 Todas as “Lindas” são “Tontas”?
Semiótica de certa inteligência monstruosa na ética e na lógica do mercado. 
 
Máscaras da “beleza” burguesa. Como se fosse pouca a avalanche repressora que a ideologia da classe dominante descarregou, historicamente, contra as mulheres, chegou o capitalismo com a sua criatividade e rapidamente as converteu em massa explorada com caráter decorativo e estigma de “cabeça oca”. A burguesia levou séculos a confiar o voto político às mulheres, por exemplo.
“No comportamento perante a mulher, despojo e escrava da voluptuosidade comum, manifesta-se a infinita degradação na qual o homem existe para si mesmo… Do carácter desta relação depreende-se até que ponto o homem se tornou e se concebe como ser genérico: a relação entre homem e mulher é a mais natural das relações entre os dois géneros do ser humano”. Marx  (traduzido do castelhano)

Convertidas em seres supérfluos, servis e dóceis, as mulheres do ideal burguês deverão assumir, além do mais, um mandato mercantil útil para reforçar o consumismo. Foram habilitadas culturalmente para fazer as compras de pequenas coisas. Nunca o “caro”, nunca o “eletrodoméstico” de “alta gama”, nunca as coisas que o homem compra. Os publicistas sabem bastante dessas trapaças ideológicas. Essa “capacidade” de compra estabelece o grau de êxito que as mulheres devem conquistar no torneio burguês do êxito social, a aceitação e a admiração de outras mulheres.
Especialmente para a burguesia, a mulher (que se torna, também, propriedade privada) depende – sua ontologia– da quantidade de dinheiro que o marido lhe dá para gastar nas coisas “do dia-a-dia” e na roupa que veste para decorar bem a sua personagem. Chamam-lhes “senhoras”.

Mas há um reduto ideológico (de falsa consciência) no qual se produzem e reproduzem as patologias mais humilhantes do capitalismo. É um reduto histriónico no qual as mulheres se vêem obrigadas a ser “tontas” rendíveis. Isso vê-se na “tele” nos “diários”… em todos os media e em todos os horários. É o reino do individualismo e da veneração do mercado que procura nas mulheres “lindas” a sua presa predileta porque, segundo reza a moral mercenária da publicidade, “o lindo vende”. A isso se deve a profusão histérica de estereótipos que a burguesia impõe às mulheres para as aprisionar numa prisão ideológica invisívelaramada com anti valores de mercado e condutas convincentes para pôr a salvo as instituições da família, as igrejas e o estado burguês – O fetichismo da beleza feminina e o seu valor de mercado: vestidas ou nuas.

Trata-se de um reduto ideológico no qual se amassam convicções e condutas que, para cúmulo, conta com a cumplicidade de algumas mulheres e muitos homens. As mais colonizadas procuram a fama na farândola mediática burguesa. Com ou sem êxito, nas artes do exibicionismo das “lindas”, os princípios do mercado predominam, para além do imaginável, na própria vida diária, inclusive no quarto de banho onde entram centenas de produtos “indispensáveis” para manter o modelo de “beleza” ordenado pelos “media”. Trata-se de uma “tontice” imposta que envolve grande astúcia mercenária e uma moral de vendedor que, para se vender a si mesmo, conta com muitos clichés e muito pouco tempo. A “lindura” de mercado dura pouco porque a velocidade do consumismo é uma máquina produtora de desejos humanos infindáveis.

As “lindas” “tontas” são esse cliché que tem tido êxitos mercantis retumbantes. Dizem alguns que é uma forma de “sex appel” que condimenta magnificamente a imposição dos valores burgueses e todas essas aplicações, decadentes e humilhantes, que cada um de nós vê nas ruas na aparência mais cruel que a realidade impõe. Há pessoas que passam a vida inteira sem se aperceberem do papel que lhes é imposto por um sistema económico enfermo, também, como “mercadorias humanas”. Do seu disfarce, aquelas mulheres que representam (com vontade ou sem ela) o papel de “tontas” “lindas” vão medindo com uma vara burguesa a quantidade e a qualidade as suas vitórias sedutoras mais rendíveis. Poderá haver por detrás da aparência de “tontas”, inteligências mercenárias muito brilhantes escondidas entre os traços efémeros da sua “lindura”. Garantidas as regras do negócio, algumas contentam-se com a “fama”, outras aspiram a ser “divas”, pensando que se pode ser “bela”, “tonta” e, além do mais, “madura”. “Velha” é um termo que a burguesia usa quase exclusivamente para as mulheres proletárias.
Por tudo isso é que as lutas de género (que são realmente de classe) no mundo apresentam, com graus diversos, um caráter revolucionário fundamental. É especialmente com essas lutas, não exclusivas de mulheres, que se destrói sistemática e profundamente a ideologia da classe dominante e todas as suas ratoeiras opressoras por mais subtis ou sedutorasque se apresentem. A pesar disso, não contamos ainda com uma corrente crítica internacionalista capaz de gerar repúdios contundentes contra o modelo de humilhação com que a burguesia submete não poucos milhões de mulheres. Em todo o mundo e em pleno século XXI. É necessário sermos conscientes, sensíveis, solidários e proativos nas lutas emancipadoras que não são só de “género” porque são fundamentalmente de classe. É necessário desenvolver uma praxis revolucionária que censure e combata todo o modelo de opressão por mais “lindo” que pareça e abraçando sempre – com força amorosa e força científica – todas as vítimas. Ainda que o “lindo” e o “tonto” façam pensar a essas vítimas serem intocáveis, reverenciáveis ou superiores.

Uma longa lista de lutas, lutadoras e lutadores sociais enriquece a perspetiva revolucionária que nos aproxima de um mundo liberto, por fim, do capitalismo e de toda a parafernália grotesca que nos tem imposto, também, com as suas mercadorias humanas e ideológicas. Nessa longa lista de frentes da luta que se desenvolve, de maneira desigual e combinada, há um reportório de críticas que se impulsiona cientificamente porque aprendeu a não ser vítima das chantagens morais, éticas ou estéticas que a ideologia burguesa exerce fundamentalmente, para nos imobilizar e dominar.

Um dia virá em que os povos deixarão de ser vulneráveis à guerra psicológica que usa “o lindo” e o “tonto” (entre milhares de subterfúgios) como estratégias de amolecimento, como ratoeiras para gerar solidariedades que, tarde ou cedo, operarão contras as vítimas. Nada mais anticristão. Um dia aprenderemos a deixar de ser usados pela lógica do mercado ainda que se apresente em “roupas interiores” com gestos sugestivos ou com “formosa” “tontice” imposta, dessa tanta sucataque ajudou a vender num mundo afogado com mercadorias que procuram milhões de compradores compulsivos.
Por Fernando Buen Abad Domínguez
(Trad. CS/LA)


Via: GPS & MEDIA http://bit.ly/2esRI3p
abrildenovomagazine.wordpress.com

13
Out16

Jerónimo de Sousa: “O fascismo não nasce por geração espontânea; há setores do capital que o alimentam”

António Garrochinho

No contexto da preparação do XX Congresso do Partido Comunista Português o seu Secretário-Geral, Jerónimo de Sousa, concedeu ao jornal Avante!, órgão do Comitê Central, uma rica entrevista, onde analisa o quadro político de Portugal, da Europa, os desafios do PCP e do movimento comunista. 
Ao falar sobre a ascensão de tendências neofascistas, o líder comunista afirma que, para este fenômeno acontecer, “o adubo é espalhado pelos círculos mais reacionários do imperialismo recorrendo aos poderosos meios de que dispõe, designadamente a nível ideológico, no plano da comunicação social”, e acusa: “sem querer generalizar, a verdade é que é o próprio capital que está interessado no surgimento destas forças obscurantistas”. Para Jerónimo é preciso, na construção de uma alternativa ao neoliberalismo, “alargar a frente social de luta”.
Principal dirigente de um forte partido comunista, que se liga às massas e, ao mesmo tempo em que reafirma sua identidade e seu caráter de classe, mostra capacidade de flexibilidade tática, o operário metalúrgico Jerónimo de Sousa valoriza de forma prioritária o trabalho de construção partidária: “a organização tem a ver com o Partido que temos e com o Partido que somos: um partido marxista-leninista cuja organização está fundamentalmente direcionada para os principais destinatários da nossa ação, da nossa luta e do nosso projeto”. Leia abaixo a íntegra da entrevista.
Ruptura que propomos exige o alargamento da frente social de luta
No início da terceira fase de preparação do XX Congresso do PCP, que se realiza em Almada nos primeiros dias de dezembro, o Avante! entrevistou o Secretário-geral do Partido, Jerónimo de Sousa, sobre muitos dos temas presentes nas Teses – Projeto de Resolução Política. O resultado foi uma longa conversa na qual se abordou o Partido, o País, a União Europeia e o mundo, a resistência e a luta dos trabalhadores e dos povos e o combate dos comunistas portugueses pela Democracia Avançada, o socialismo e o comunismo.
Todos os congressos são diferentes, pelo momento em que se realizam e pelas questões a que têm que responder. Em que medida é que a atual situação política se refletirá no XX Congresso?
Na primeira fase de preparação do Congresso verificou-se na reflexão e na contribuição dos militantes do Partido uma atenção particular à nova fase da vida política nacional e é natural que também nesta fase de discussão das Teses/Projeto de Resolução Política, bem como no próprio Congresso, a questão surja novamente com relevância.
Como compatibilizar a valorização (ainda que relativa) do que foi possível alcançar através da atual solução política com a afirmação da política patriótica e de esquerda que, como se aponta nas Teses, esta solução está muito longe de representar?
Queria começar por fazer um sublinhado para um elemento que é indispensável ter presente na discussão e avaliação da situação política, que é o conteúdo da Posição Conjunta do PS e do PCP, que demonstra o importante papel do PCP na solução política resultante das eleições legislativas de 4 de outubro e da nova correlação de forças na Assembleia da República e comprovou a possibilidade de afastar o PSD e o CDS do governo. Em segundo lugar, não se perdeu a oportunidade de repor direitos e rendimentos usurpados pelo governo PSD-CDS e, em terceiro, a Posição Conjunta é a afirmação clara de que, perante um governo do PS, com o programa do PS, cada partido mantinha a sua independência e autonomia. O PCP não abdicou da sua proposta de uma política alternativa patriótica e de esquerda nem do seu compromisso primeiro e principal, que é com os trabalhadores e com o povo.
É preciso que se tenha presente que não há um governo de esquerda nem das esquerdas e não há nenhum acordo de incidência parlamentar. Há, sim, uma posição conjunta que define o grau de convergência e o nível de compromisso.
A dada altura afirma-se que “é fundamental evitar que a política do governo PSD-CDS regresse, seja pelas mãos destes partidos ou do PS”. Existe este risco? Como pode o PCP, em coerência com os seus princípios, impedir o regresso da política de exploração e empobrecimento?
Não há fatores mais determinantes para impedir o regresso à política de exploração e empobrecimento do que a luta dos trabalhadores, a convergência de democratas e patriotas e o reforço do PCP nos planos político, social e eleitoral. O Governo do PS, embora de forma limitada e insuficiente, tem assumido o compromisso de repor direitos e rendimentos, o que não deve ser desvalorizado. Estamos a falar de questões como a recuperação de salários, a reposição de feriados, as 35 horas na Administração Pública, a reversão de privatizações que estavam em curso e políticas educativas, onde se releva a garantia da gratuidade dos manuais escolares no primeiro ano do primeiro ciclo, resultante de uma proposta do nosso Partido.
É um conjunto de questões que, gostaria de relembrar, constituíam objetivos de vastos setores de trabalhadores portugueses e das próprias populações, atingidos nos seus rendimentos e direitos, que consideravam que era importante derrotar e afastar o governo PSD-CDS e simultaneamente dar resposta a estes anseios e a estas aspirações.
Quer isso dizer que o PS alterou a sua natureza?
Mesmo com hesitações e contradições, o PS acabou por contribuir para se abrir uma nova fase da vida política nacional, mas não alterou a natureza da sua política e das suas opções programáticas características da política de direita, expressas nas conhecidas orientações estratégicas de subordinação ao processo de integração capitalista da União Europeia e aos interesses do capital monopolista. Mas sendo tudo isto verdade, é também uma evidência que os círculos de decisão da União Europeia e do capital não gostam da solução política atual e por isso vão continuar a pressionar e a chantagear, com a conivência do PSD e do CDS. Inevitavelmente, vão acentuar-se as contradições no seio do próprio PS, com um desfecho imprevisível.
Nas últimas semanas têm sido conhecidos dados e indicadores relativos à situação econômica do País e à medida que se prepara o Orçamento do Estado para 2017 têm subido de tom a chantagem e a ingerência externas. Como é que o Partido se situa neste quadro político complexo?
Consideramos decisiva a continuação da reposição de direitos e rendimentos e pensamos que uma inversão dessa política teria efeitos profundamente negativos, e reações já não só da parte do PCP mas também de amplos setores de trabalhadores, que continuam a ter expectativas de que o aprofundamento da linha de reposição de direitos e rendimentos se vá manter. Mas a União Europeia tem vindo a fazer pressão e a exercer chantagem sobre o Governo português, colocando a tônica no déficit, no que foi logo seguida pelo FMI, que faz ameaças focadas precisamente nas questões que tratam da reposição de direitos e rendimentos.
Refere a competitividade, mas do ponto de vista patronal, visando o aumento da exploração, a desregulação das leis laborais e a redução dos salários, ao mesmo tempo que aponta à questão do aumento das pensões e reformas. No fundo, não têm grandes preocupações econômicas, mas apenas a perspectiva classista visando pressionar o Governo do PS a uma linha de cedência em relação particularmente aos direitos dos trabalhadores nos planos individual e coletivo.
Mas as opções do PS são também um problema, certo?
Sim, esse é um problema de fundo, o facto de o Partido Socialista achar que é possível, com a “leitura inteligente” dos tratados, instrumentos e regras impostas pela União Europeia, encontrar soluções para os problemas do País. O que a vida mostra é precisamente o contrário. Vejamos por exemplo a questão da dívida, que o PCP entende ser fundamental renegociar. Os dados da execução orçamental publicados recentemente demonstram que não há grandes alterações em termos de receita e de despesa, mas depois há uma fatia de leão – milhares de milhões de euros – para pagar o serviço da dívida. Estas verbas seriam decisivas para aumentar, por exemplo, o investimento público orientado para o crescimento econômico. Esta é uma contradição que está colocada.
E não ficamos só pela dívida…
Sim, há também as consequências do Tratado Orçamental e da política do euro, que constituem constrangimentos objetivos a que Portugal encontre respostas necessárias a esse mesmo desenvolvimento, ao crescimento econômico, ao aumento do emprego, à aposta na produção nacional. O período que se segue, até à aprovação do Orçamento do Estado, certamente que trará novos episódios… Mas também aqui quero lembrar a Posição Conjunta do PS e do PCP, em que assumimos o compromisso de examinar a proposta de Orçamento do Estado, sem, é evidente, decidir do sentido de voto sem conhecer os conteúdos.
 A Política Patriótica e de Esquerda “é não só necessária como possível”, diz-se no capítulo 2 das Teses, e no seguinte assume-se que a sua construção é um “processo complexo e eventualmente prolongado”. Quais as suas grandes dimensões e como se poderá concretizar?
A pergunta estabelece, e bem, uma ligação entre a política alternativa e a alternativa política, ou seja, entre a política alternativa e um governo capaz de a concretizar. Nas Teses analisa-se o que significaram décadas de política de direita, com o aprofundamento do retrocesso econômico, social e democrático e a nova fase da vida política nacional aí está para dar mais razão ao PCP, que tem afirmado a necessidade de uma inadiável ruptura com esse rumo imposto ao País.
Estávamos a falar anteriormente de como, no atual quadro político, são claras as limitações para dar resposta decisiva aos problemas nacionais decorrentes dos constrangimentos externos e internos. A ruptura que propomos exige a determinação e a ação incessante das forças políticas que lhe queiram dar corpo, o alargamento da frente social de luta, onde a classe operária tem um papel decisivo, a participação massiva de todas as classes e camadas antimonopolistas, a partir dos seus problemas e anseios concretos, e o aprofundamento do diálogo com democratas e patriotas sem filiação partidária.
Ou seja, é um processo que vai mais para além dos partidos…
Nós não vemos a política alternativa a vencer tendo apenas em conta os partidos políticos. Do nosso ponto de vista, este processo tem que ser mais alargado. Daí que esse diálogo com democratas e patriotas, com todos aqueles que tenham designadamente na Constituição da República e no seu projeto referência e ponto de partida, nos pareça um elemento de grande valor e importância. Um diálogo com clareza de propósitos e respeito pelas diferenças, visando a superação de preconceitos e de qualquer ambição hegemônica. Vemos a construção da alternativa como um processo complexo e eventualmente prolongado, com avanços e recuos, mas também com desenvolvimento súbitos, em sentido positivo ou negativo.
Salvar a Europa implica derrotar a UE 
A evolução da União Europeia é analisada com profundidade nas Teses. Numa passagem, afirma-se que os últimos quatro anos demonstraram “ainda com maior clareza a natureza de classe da EU”. Queres explicar?
Neste período acentuou-se um processo que é ditado pelos interesses e necessidades do grande capital na fase imperialista. Afirmou-se um espaço e instrumentos de domínio dos grandes monopólios e transnacionais europeias, concentrou-se o poder nas grandes potências e aprofundou-se os pilares do neoliberalismo e do militarismo e, mesmo com todas as contradições, do federalismo. Os tratados, regras e mecanismos da UE sufocam e amarram países como Portugal, que esses centros de decisão consideram periféricos. O aprofundamento dos três pilares da UE desencadeou uma sucessão de crises da União Europeia, das suas políticas, das suas estruturas e das suas orientações, em si mesmo expressão da crise estrutural do capitalismo.
O que está hoje em debate é a possibilidade de reconfiguração ou até a desintegração, já não apenas da zona euro, como também da própria União Europeia. O caso do Reino Unido, e da vitória no referendo da saída da UE, é paradigmático. Ao contrário do que repete a propaganda oficial, “Mais União Europeia” não significa “mais Europa”, muito pelo contrário. O aprofundamento do processo de integração capitalista surge como um dos principais fatores da regressão social, com desemprego e pobreza em massa, e o regresso da guerra, do terrorismo, do racismo, da xenofobia, dos nacionalismos e do fascismo, que começa a ser um perigo real.
Sempre que se fala em crise e em UE o Partido refere a “crise na e da EU”, ou seja, a crise já não está só nos países da UE mas é uma crise da própria UE. Quais as implicações desta realidade?
Se pudesse fazer uma síntese, diria que a crise na e da União Europeia demonstra que mudanças de fundo não são possíveis de operar num quadro de uma “reforma” da UE, seja lá o que isso for, perante a sua inamovível matriz política e ideológica e particularmente a sua natureza de classe. Do nosso ponto de vista, “salvar a Europa” implica precisamente derrotar a UE e os interesses que ela promove e protege.
Nos últimos anos, o euro esteve no centro do debate político, em Portugal como um pouco por toda a União Europeia. Confirmaram-se as posições do PCP?
As Teses são percorridas pela confirmação de que o euro é um projeto político da União Europeia que serve claramente os objetivos de intensificação da exploração e domínio econômico decorrentes da natureza e evolução do processo de integração capitalista. A realidade comprova que o euro não foi nenhum “escudo protetor” contra a crise, foi antes, em si mesmo, um fator de crise econômica e financeira. Descendo à terra, isso é demonstrado pela expressão brutal de 130 milhões de pobres e de cerca de 30 milhões de desempregados.
Neste período, o euro não resolveu nenhuma das contradições que lhe estão subjacentes, antes as agravou. O exemplo da Grécia confirma que não há “reforma democrática” ou “leituras inteligentes” que alterem a natureza do euro e da União Econômica e Monetária. Países como Portugal são encurralados por não terem moeda própria nem um banco central emissor e prestamista de último recurso que possa assistir ao Estado.
Nas Teses afirma-se também que hoje a questão já não é entre sair ou ficar no euro, mas a de romper com a submissão ao euro. O que mudou em relação há quatro anos?
Nestes quatro anos o que se alterou foi a consciência de muitos portugueses que, não dominando o conhecimento das regras e mecanismos que estão associados ao euro e à União Econômica e Monetária, apreendem hoje melhor o posicionamento do PCP quanto à necessidade de nos libertarmos da submissão ao euro como condição para o desenvolvimento econômico e a soberania nacional. Há uns anos, dizer isto seria quase uma blasfêmia, mas hoje são muitos e muitos os portugueses que, não sendo do Partido, reconhecem que há um problema em que o euro não é resposta, antes pelo contrário, constitui um fator de bloqueio ao crescimento e ao desenvolvimento econômico. A mesma moeda para países tão diferentes, com graus de desenvolvimento econômico tão diferenciados, com realidades totalmente opostas, inevitavelmente teria este resultado.
A crise que atualmente se vive na Alemanha não pode deixar de ser tida em conta em qualquer conversa cujo assunto seja a União Europeia. O que pode acontecer se aquela bolha rebentar?
Há especialistas que, com rigor, adiantam a possibilidade de vir a ocorrer uma nova crise com consequências ainda mais graves do que a anterior. O caso da Alemanha é um exemplo extremo dessa possibilidade real da ocorrência de um processo de implosão do próprio euro devido às consequências que ele está a ter para as economias da zona euro. Existe esse problema na Alemanha, com todo o significado que tem, mas num país como o nosso essas consequências serão ainda mais dramáticas.
O PCP contrapõe à União Europeia “novas formas de cooperação na Europa”. Que formas são estas?
Nas Teses, que partem da realidade concreta e da correlação de forças atualmente existente nos países da UE, adianta-se a necessidade de construção de novas fórmulas de cooperação entre os países da Europa, sendo que os processos de integração não são neutros do ponto de vista de classe. São necessárias rupturas democráticas e progressistas no plano nacional, mas também internacional, que tenham como objetivo a edificação de um novo quadro político e institucional e uma cooperação econômica de solidariedade, paz e amizade entre os povos e entre estados soberanos e iguais em direitos.
Que alterações teria que haver nos países europeus para que essas fórmulas fossem possíveis?
Implica a derrota do processo de integração capitalista, que só será possível com a conjugação de fatores convergentes como o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e dos povos, a evolução da consciência política sobre a natureza de classe da União Europeia, a afirmação soberana do direito ao desenvolvimento dos estados europeus, a rejeição de imposições, a alteração da correlação de forças política e institucional nos estados-membros, ou pelo menos na maioria deles, e a articulação e cooperação das forças progressistas e de esquerda, com destaque para os comunistas, visando a ruptura com o processo de integração capitalista. Temos a ideia de que a União Europeia não é reformável e a realidade objetiva que estamos a viver dá-nos razão.
Resistir é já vencer! 
Na avaliação que fazemos da situação internacional, continuamos a referir a coexistência de “perigos e potencialidades”. Relativamente ao último congresso, como se desenvolveu esta relação dialética?
De uma forma sintética, gostaria de começar por dar uma nota que considero importante: o valor e a grande qualidade da análise feita no XIX Congresso sobre a evolução do sistema capitalista no aprofundamento da sua crise estrutural.
A crise do capitalismo é global, extensível a todo o planeta e é lá no centro imperialista que se situa o problema. Reconhecendo a crise do capitalismo, não podemos, no entanto, ter a ilusão de que o capitalismo ficou a lamber as suas feridas. Pelo contrário, procurou responder à sua própria crise com uma ofensiva perigosa de carácter intervencionista, belicista, imperialista e a nossa preocupação é que a escalada possa conduzir a uma generalização de conflitos militares com desenvolvimentos e desfechos que, sendo imprevisíveis, podem ser profundamente inquietantes.
Em relação à pergunta em concreto, podemos dizer que apesar das tendências em sentido variado, em que recuos coexistem com processos de avanço progressista, o que se conclui da luta dos trabalhadores e dos povos em termos globais é uma contínua e tenaz resistência que assume uma grande importância. As nossas Teses reafirmam no essencial o que temos dito: resistir é já vencer! Num contexto com tantos perigos e tantas ameaças, a luta de resistência que muitos povos travam é de valorizar.
Mas as nossas Teses afirmam também que independentemente dos fatores objetivos é necessário criar as condições subjetivas, e aqui sublinho o desenvolvimento das lutas dos trabalhadores e dos povos, o reforço dos partidos comunistas e revolucionários, o alargamento da frente anti-imperialista. Essas condições podem não estar reunidas em muitos países em que a relação de forças é profundamente desfavorável aos trabalhadores e às forças revolucionárias e progressistas.
 A relação de forças varia de país para país…
Daí esta contradição: apesar destes perigos imensos e da sua acentuação – o caso da América Latina é paradigmático – temos simultaneamente a luta de resistência travada por milhões de seres humanos em diversos pontos do planeta. Há fatores objetivos em desenvolvimento que podem conduzir à superação do capitalismo, mas as condições subjetivas ainda não estão reunidas. Há aqui um processo que tem de ser desenvolvido a partir do nacional para o internacional. As nossas Teses referem que é do terreno nacional, mobilizando os trabalhadores e o povo para a defesa dos seus interesses e direitos, que irradia depois a dimensão internacionalista da nossa própria luta; não nos fixamos apenas na nossa pátria, embora seja o terreno prioritário da nossa ação e da nossa intervenção, para também darmos cumprimento à dimensão internacionalista do nosso Partido.
E cada vitória, cada conquista é sempre mais um estímulo à luta dos povos…
Precisamente. A propósito, cabe dizer que o Partido tem vindo a reforçar o seu prestígio internacional. Muitos partidos comunistas e forças progressistas vêm ter conosco procurando perceber, conhecer a realidade do nosso País, conhecer melhor o Partido, como aliás se verifica na Festa do Avante!. As inúmeras delegações que recebemos não vêm só ver a Festa, vêm para conhecer melhor o Partido que faz aquela Festa.
Os perigos da guerra e do fascismo surgem neste capítulo com particular incidência. Existe um real perigo de ascenso do fascismo no mundo e particularmente na Europa?
Estamos a viver um tempo em que se agudiza a luta de classes, em que se intensifica a ofensiva ideológica em vários domínios, tentando ocultar a natureza do capitalismo e a alternativa de emancipação social do ideal comunista. É neste quadro que se fomenta o obscurantismo, valores antidemocráticos e reacionários, em particular na Europa como referiste. As políticas de intensificação da exploração e de empobrecimento, o desemprego, a precariedade, a opressão, designadamente a opressão nacional, a estigmatização que hoje é feita aos imigrantes, são campo fértil para a propagação da ideologia xenófoba e racista das forças de extrema-direita e grupos de cariz fascista.
O adubo é espalhado pelos círculos mais reacionários do imperialismo recorrendo aos poderosos meios de que dispõe, designadamente a nível ideológico, no plano da comunicação social. A questão é esta: o fascismo não nasce por geração espontânea; há setores do capital que o alimentam. Sem querer generalizar, a verdade é que é o próprio capital que está interessado no surgimento destas forças obscurantistas.
A evolução da situação internacional, diz-se nas Teses, confirma algumas das principais teses do marxismo-leninismo. Queres explicitar?
As leis que regem o capitalismo na sua fase imperialista põem em evidência, nomeadamente, a lei da baixa tendencial da taxa de lucro; a financeirização da economia; a lei da pauperização relativa ou até mesmo absoluta; o aumento do exército de reserva de mão-de-obra; a lei do desenvolvimento desigual; a agudização das contradições imperialistas e a acentuação do caráter parasitário, decadente, do capitalismo. Daí esta afirmação de confirmação das teses do marxismo-leninismo num quadro em que o capitalismo revela as suas contradições e a própria evolução da crise.
As nossas Teses relevam a contradição entre o trabalho e o capital, a contradição entre o carácter social da produção e a sua apropriação privada, a contradição entre os avanços fascinantes da Ciência e da Técnica que poderiam resolver grandes problemas da humanidade e que são apropriados pelo capital. Estes são apenas alguns exemplos das contradições que convergem para o estreitamento da base social de apoio ao capitalismo.
Reforçar a organização é tarefa permanente 
A necessidade de reforçar o Partido, que perpassa todo o documento, e em particular o capítulo IV, é uma preocupação permanente. Que balanço será apresentado ao Congresso pelo Comitê Central?
Num quadro em que há a necessidade permanente de fazer e refazer a organização, é preciso ter sempre em conta a realidade concreta em que trabalhamos e lutamos. O Partido tem um rico patrimônio de experiências de organização, pelo que não é preciso descobrir a pólvora, mas sim concretizar as medidas e orientações que estão definidas. A organização tem a ver com o Partido que temos e com o Partido que somos: um partido marxista-leninista cuja organização está fundamentalmente direcionada para os principais destinatários da nossa ação, da nossa luta e do nosso projeto.
Pode dizer-se que muitas das medidas apontadas nas Teses já vêm de anteriores congressos. É verdade, mas a verdade é que também não deixou de ter validade a ação prioritária do reforço da organização do Partido nas empresas e nos locais de trabalho. É um fato que encontramos dificuldades, pois a realidade social é totalmente diferente da que existia há alguns anos. Falamos muito em precariedade, em centenas de milhares de trabalhadores com vínculos precários, com limitação de direitos individuais e coletivos, desde o direito de sindicalização ao direito à greve, etc., etc… Que fazer? Desistir desses trabalhadores? Não!
Estamos a fazer um esforço para direcionar o nosso trabalho de organização para junto desses trabalhadores e a experiência que temos deixa-nos por vezes surpreendidos pelo grau de aceitação e percepção que revelam do papel do Partido na defesa dos seus interesses e direitos.
O recrutamento e os quadros são outras prioridades apontadas…
No anterior congresso lançamos uma campanha de recrutamento e as Teses agora em discussão propõem uma nova campanha. Isto não é novidade, mas é crucial para o nosso Partido. A questão da política de quadros é uma questão fundamental, pois deles depende muita da ação do nosso Partido. Faz parte da nossa vida ter em conta a atualidade e a validade desta orientação de trazer, de formar e responsabilizar mais quadros do Partido para o trabalho de organização, é uma linha estratégica. Nós precisamos de mais quadros intermédios, de quadros que agarrem tarefas, que assumam responsabilidades para dinamizar o trabalho de organização.
Outra ideia que importa ter presente: o reforço do Partido faz-se lá onde se dá o conflito de classes, onde se trava a luta e se destacam os lutadores, se libertam energias e evolui a própria consciência de classe. É certamente um trabalho de grande exigência, sempre inacabado, mas profundamente realizador e naturalmente sempre aquém do que gostaríamos de alcançar. Há partidos comunistas que perante as dificuldades do trabalho de organização nas empresas e locais de trabalho desistiram. Encontraram uma solução mais fácil, abandonando esta frente e fixando a organização nos locais de residência. Nós também aprendemos com os outros, e a verdade é que essa opção foi profundamente negativa para muitos partidos comunistas.
Creio que é importante perceber que esta questão da organização não é uma tarefa momentânea. O reforço da organização do Partido é uma tarefa permanente. Persistir, persistir sempre na ação, na intervenção, na organização do Partido junto dos destinatários principais da nossa ação e da nossa luta é um elemento decisivo. Onde agarramos a tarefa com força, conseguimos resultados; onde tivermos dificuldades em encontrar quadros capazes de ir para esse combate, as dificuldades subsistem.
As Teses dizem, e isso tem sido alvo de alguma especulação, que embora se tenha avançado no recrutamento houve uma redução do número de efetivos. Como se explica isto?
Em primeiro lugar, creio que é importante lembrar que desencadeamos, a partir de 2003, uma campanha de contatos visando a atualização de dados. Tratou-se de uma ação de grande importância porque clarificou com realismo o número de militantes do Partido, que estavam considerados em número, mas que por razões muito diversas – morte, emigração, afastamento… – não estavam ligados à sua organização. Esse processo continua, pois persistem dezenas de milhares de militantes do Partido que ainda não foram contatados. Temos a convicção de que muitos estão em condições de reintegrar as fileiras do Partido, mas não podemos contabilizá-los até ao esclarecimento da sua situação.
Embora conscientes das dificuldades que temos, o fato de termos conseguido nestes quatro anos mais de cinco mil novos militantes, com a particularidade de cerca de 70 por cento terem menos de 50 anos, é um resultado que nos dá confiança, mostrando a real possibilidade que existe de o Partido conseguir novos membros e de os integrar no trabalho partidário.
De qualquer modo, no processo de atualização de dados temos de ter em conta a campanha de contatos, que continua. O objetivo é o apuramento de todas as situações, para com verdade podermos dizer quantos militantes somos, quantos militantes temos.
As medidas prioritárias para o reforço são, no essencial, as mesmas desde há muitos anos. Quer isto dizer que não se avançou tanto quanto seria desejável e possível, ou há outra explicação?
Nós temos a convicção de que existem reais possibilidades de reforço da organização do Partido, de recrutamento, de surgimento e formação de novos quadros. Se formos capazes de intensificar os nossos esforços, destacando quadros para este trabalho, estamos em condições de no XX Congresso mostrar insatisfação, naturalmente, mas também os avanços registados. Isto não é um slogan, é uma afirmação consciente de que o Partido, por razões da vida, da situação política, da sua ação e intervenção, das suas propostas, do seu prestígio, está em condições de alargar o número de militantes, a sua influência política e social, e até mesmo eleitoral. Seja a discutir o que for – eleições, luta – a organização do Partido tem de estar presente. O que aqui está em causa é a necessidade de encontrar respostas para o presente e de garantir o futuro do Partido. Esta é a grande questão que está colocada.
A realização do Congresso, em si, pode ser um contributo para o reforço do Partido?
O Congresso não é só o que se passa nos três dias em que se realiza. Todo o processo de preparação e de reflexão que existiu na primeira fase recebeu muitas contribuições, algumas aparentemente modestas, mas de grande valor. A forma como discutimos as Teses é também uma marca da diferença do nosso Partido. Não temos a tese ou a moção do chefe que os militantes subscrevem, não sujeitas a alterações dos congressistas ou militantes; o que temos é um trabalho de envolvimento do coletivo partidário, com a sua contribuição para aprofundar, melhorar as Teses – Projeto de Resolução Política.
Há quem se surpreenda com o resultado das votações que existem nos nossos congressos; sucede é que isso não é resultado de um acontecimento momentâneo, antes resulta de um processo de envolvimento, de discussão e participação dos militantes que culmina no próprio congresso. Por isso a resposta à pergunta é que as diferentes fases de preparação do congresso são um elemento para reforçar o Partido, reforçar a sua unidade e a sua coesão.
É um momento aglutinador…
Exato. O sentimento que se tem é que as preocupações, as dúvidas, esta ou aquela opinião diferente têm sempre subjacentes a preocupação saudável de como contribuir para ter um Partido mais forte. Este é o sentimento geral que existe nas intervenções dos militantes.
Estando a falar nisto, não podemos deixar de colocar a questão, que tanto tem animado certa comunicação social, relativamente à criação do cargo de secretário-geral adjunto. O que tens a dizer sobre isso?
Eu ainda tenho a capacidade de me surpreender com a imaginação fértil da comunicação social. Um jornal dito de referência “manda o barro à parede”; um segundo jornal pega; um terceiro vai mais longe; e um quarto dá por adquirida essa ideia… O que tenho a dizer ao Avante! é que tal “notícia” não tem nenhum fundamento.
Este grande furo afinal saiu furado…
É verdade. Nunca tal esteve em cima da mesa.
É, no entanto, legítimo admitir que o aparecimento dessa falsa questão não seja inocente. Quando o Partido diz que “os trabalhadores, o povo e o País” precisam de um PCP mais forte, isso leva-nos para uma questão de fundo: em que medida o reforço do Partido influi na situação do País?
O capital não tem dúvidas nesta matéria: o partido que mais teme é o PCP, pela sua natureza, pelo seu projeto, pelos seus objetivos. Um partido que tem na sua própria natureza e identidade uma dimensão de classe; que tem uma profunda ligação às massas; que tem uma forma diferente de estar na política, com os seus militantes e os seus eleitos; que está sempre na primeira linha da luta por reivindicações e anseios justos; que não vive da comunicação social, pois embora não abdique de aí participar confia mais nas próprias forças. Respondendo à pergunta, somos um partido organizado, um partido de luta. O capital não tem medo da luta, tem medo é da luta organizada. Por isso não temos outra alternativa a não ser reforçar o Partido, a sua organização e a sua intervenção.
Atualidade do Programa do PCP 
Voltando à preparação do XX Congresso: O Comitê Central decidiu não colocar à discussão o Programa do Partido. Porquê?
A decisão foi tomada, fundamentalmente, tendo em conta a avaliação que o CC fez das alterações que se verificaram no XIX Congresso, e da conclusão de que o Programa continua a ter uma grande atualidade, assim como os Estatutos, não havendo por isso nenhuma razão de fundo que justificasse alterá-los. A defesa que fazemos de uma política patriótica e de esquerda integra-se bem no Programa de Uma Democracia Avançada – Os Valores de Abril no Futuro de Portugal. Temos um Programa que procura enquadrar a atual etapa histórica que estamos a viver, mas mantém o objetivo supremo de uma sociedade nova, do socialismo e do comunismo. Se relermos o nosso Programa, e é importante relê-lo, encontramos a justificação para a decisão de não o alterar.
Como decorreu a primeira fase de preparação do Congresso? Que balanço fazes da participação dos militantes nessa fase? Que importância tem esta discussão na formação ideológica dos militantes e na unidade do Partido?
Não há balanço numérico, mas há balanço qualitativo. A questão da nova situação política e a atual fase da política nacional, como já referi, concentrou muitas atenções e opiniões, havendo no essencial acordo e compreensão, a par da preocupação. A questão do Partido, nas suas diversas dimensões, esteve também muito presente nas discussões: organização, fundos, independência financeira, preocupações relativamente à divulgação e venda do Avante!. E também as grandes questões internacionais centraram as atenções, naturalmente, como a atual crise do capitalismo, bem como preocupações relativamente aos países que se afirmam na via da construção do socialismo, mas manifestando simultaneamente a compreensão do papel que alguns tiveram, com todas as diferenças e opinião crítica que temos em relação ao seu funcionamento e às suas concepções, para impedir a ordem única do imperialismo, a sua hegemonia, em importantes pontos do planeta. Estes foram os temas essenciais em debate.
Na discussão é importante não só haver concordância, mas também contribuição. As preocupações transmitidas pelos militantes são muito importantes para a reflexão coletiva.

Fonte: Avante!
www.resistencia.cc
13
Out16

GNR suspende buscas mas assassino continua a monte

António Garrochinho



Desmobilizado dispositivo em São Pedro de Sul.

A GNR descartou a possibilidade de Pedro Dias ter sido avistado num posto de abastecimento esta quarta-feira, em Montalegre. Esta hipótese tinha sido colocada por testemunhas que denunciaram à GNR a presença naquela vila do homem suspeito de matar duas pessoas em Aguiar da Beira. 

Duas mulheres tinham relatado à GNR que avistaram Pedro Dias num posto da vila transmontana pouco antes das 10 horas da manhã a abastecer um Ford Fiesta branco. 
Estariam duas pessoas nesta viatura. 
A informação foi descartada depois da visualização das câmaras de vigilância da bomba de gasolina. Em comunicado, a GNR, que realizou diversas ações de busca na zona de São Pedro do Sul, no sentido de localizar e deter o principal suspeito da prática dos crimes ocorridos na zona de Aguiar da Beira, afirma que "foram empenhados no terreno diversos meios e valências da GNR, não tendo sido registado qualquer contacto com o suspeito, desde as 15:00 horas de ontem".    "Face aos resultados obtidos até ao momento, vamos proceder à desmobilização do dispositivo neste local, mantendo-se a segurança às populações, através de ações de patrulhamento", acrescenta.

VÍDEO






http://www.cmjornal.pt
13
Out16

Recebe 5 mil euros por mês e critica aumento das pensões

António Garrochinho




Vítor Bento foi o último presidente do BES e reformou-se do Banco de Portugal


Vítor Bento, o último presidente do BES e antigo homem forte da SIBS, recebe uma pensão acima de 5 mil euros mensais relativa às funções que desempenhou no Banco de Portugal. Esta quarta-feira, surpreendeu ao manifestar-se contra a proposta do PCP de aumentar em 10 euros as pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. 

No entender do economista, subir as pensões sem ter a garantia de que vamos poder pagar esse aumento no tempo é um erro, "porque estamos a criar expectativas que não vamos poder cumprir". 

No ano passado, Vítor Bento completou 61 anos e entregou o pedido de reforma ao fundo de pensões do Banco de Portugal. 
O economista reformou-se no topo da carreira do regulador, com o nível 18. "É um pouco como a fábula dos três porquinhos. Isto é, se nos esforçarmos por construir uma casa de pedra, resiste mais ao sopro do lobo do que se estivermos a construir uma casa de palha", disse à Renascença. Sobre as propostas previstas para o próximo orçamento, Vítor Bento acrescentou que "teria dificuldade em imaginar uma política mais agressiva contra o investimento".


http://www.cmjornal.pt
13
Out16

HUMOR

António Garrochinho

Sábado, como de costume, levantei-me cedo, vesti-me silenciosamente, bebi café e até fui dar um passeio com o cão.
Em seguida fui até à garagem e engatei o barco de pesca no meu Jeep.
De repente, começou a chover torrencialmente.
Havia até neve misturada com a chuva, ventos a mais de 80 km/h .
Liguei o rádio e ouvi que o tempo iria ser de frio e chuva durante todoaquele dia.
Voltei imediatamente para casa. Silenciosamente, despi-me e deslizei para baixo dos cobertores. Afaguei as costas da minha mulher e disse-lhe baixinho:
- O tempo lá fora está terrível.
Ela, ainda meio adormecida, respondeu:
- Acreditas que o camelo do meu marido foi pescar
com este tempo ?
Foto de António Garrochinho.

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