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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

23
Out16

OS 10 MELHORES GUITARRISTAS DE TODOS OS TEMPOS

António Garrochinho


Nesta seleção estão os 10 melhores guitarristas de todos os tempos, de acordo com a revista Rolling Stone. O posicionamento destes guitarristas é baseado em técnica, influência e impacto, dentre tantos fatores que os distinguem com muito sucesso pela história da música.
Veja também as guitarras e instrumentos musicais mais caros do mundo.
Pete Townshend entre os maiores guitarristas
Pete Townshend, do The Who, nasceu na Inglaterra em 1945, e começou sua carreira musical em 1962, ao conhecer o baixista John Entwistle em Ealing Art School, com formação da sua primeira banda The Confederates.
No The Who, gravou 11 discos de estúdio e 11 discos ao vivo. E Townshend ainda gravou 7 discos solos. As maiores influência para este guitarrista foram Link Wray, Lee Hooker, e Hank Marvin.
Duane Allman entre os melhores guitarristas de todos os tempos
E Duane Allman, de The Allman Brothers Band, nascido em Nashville em 1946, berço da country music americana, ocupa a nona posição nesta seleção. Com 14 anos, sendo impulsionado pelo irmão mais velho Gregg Allman, iniciou a tocar violão. No ano 1969 prestigiaram um show de B.B. King, e decidiram formar uma banda. A The Allman Brothers Band, de southern rock.
Eddie Van Halen um dos melhores guitarristas de todos os tempos
Eddie, do Van Halen, é de origem holandesa, com nascimento em 1955. No ano 1974, com influência de bandas como Deep Purple, AC/DC, Eddie e seu irmão Alex resolveram formar uma banda, o Van Halen. Eddie é considerado por tantos como um mestre em reffis, e teve participação especial em discos de grandes artistas como Black Sabbath.
Chuck Berry entre os maiores guitarristas da historia
Chuck Berry nasceu nos Estados Unidos, em 1926, e é aclamado como uma das maiores lendas vivas do Rock and Roll, e auxiliou na criação do estilo, sendo lançamento do seu primeiro disco em 1957, After School Session. O grande guitarrista entrou para galeria do Rock And Roll Of Fame, na sua primeira edição em 1986.
bb king entre os maiores guitarristas do mundo
B.B. King nasceu nos Estados Unidos, em 1925, e vivia em pobreza e praticamente sozinho aos 9 anos, com 35 centavos de dólar que ganhava diariamente em colheita de algodão.
Ele iniciou a tocar na esquina da igreja local para ter mais alguns trocados. No ano 1960 gravou seu primeiro álbum de estúdio, King of the Blues. E em 1987 teve nomeação para segunda edição do Rock And Roll Of Fame.
Jeff Beck entre os maiores guitarristas
Jeff Beck nasceu na Inglaterra, em 1944, e iniciou sua carreira musical como músico de estúdio, sendo que em 1965 integrou a banda Yardbirds, antiga banda de Eric Clapton. Então formou sua própria banda, The Jeff Beck Group, e no ano 1967 surgiu gravação do seu primeiro álbum, The GTO’s.
Keith Richards um dos maiores guitarristas de todos os tempos
Keith Richards nasceu na Inglaterra, em 1943, sendo um dos mais conhecidos no gênero Rock, com Mick Jagger formando o grande The Rolling Stones. Sua influência é por grandes nomes do blues como Willie Dixon, e Muddy Waters, e também é admirador de Chuck Berry.
Jimmy Page um dos melhores guitarristas de todos os tempos
Jimmy Page é nascido na Inglaterra, em 1944, e também como Jeff Beck foi músico de estúdio e integrante da banda Yardbirds, entre 1966 e 1968, momento em que os demais integrantes decidiram deixar a banda.
Mais adiante, Page convida Robert Plant, John Paul Jones e John Boham para formação do Led Zeppelin, banda que transformaria a história do pop rock mundialmente. Esta banda gravou seu primeiro disco em 1969, e com riffs pesados, Page repaginou o rock mundial; Led Zeppelin esteve na ativa até 1980.
eric clapton entre os melhores
Eric Clapton nasceu na Inglaterra, no ano 1945, e com 13 anos de idade recebeu da sua avó Rose, o primeiro violão e iniciava o estudo sozinho, e somente com o auxílio de um antigo gravador, com esforço para tirar blues antigos.
Muito se passou até formação do Cream, e com o final desta banda, nas últimas da década de 1960, Eric começava a sua dedicação à carreira solo, e são mais de 30 discos e clássicos como Cocaine.
jimi hendrix o melhor guitarrista de todos os tempos
Jimi Hendrix nasceu nos Estados Unidos, em 1942, e encarou infância pobre e sofrida, mas é líder na seleção dos 10 melhores guitarristas de todos os tempos.
No ano 1966 fundou Jimmy James and the Blue Flames, porém seu primeiro disco apenas viria um ano após, ao lado do baterista Mitch Mitchell e baixista Noel Redding, na gravação do álbum Are You Experienced, de clássicos como Purple Haze e Hey Joe.
Logo depois do lançamento do disco, o grupo se deslocou para Inglaterra, e a carreira de Hendrix finalmente decolou, tendo atenção de grandes nomes do rock inglês como Beatles e The Who.
No ano 1969 Jimi integrou o Woodstock, encantando mais de 500 mil pessoas presentes, com intercalação de efeitos que representavam bombas no meio da execução do Hino Nacional Americano. O falecimento deste grande guitarrista ocorreu em 1970, vítima de asfixia pelo afogamento em seu próprio vómito, segundo divulgação oficial.

top10mais.org
23
Out16

MUDANÇAS NA ÁREA DA DESIGNADA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE ALUNOS COM NEE

António Garrochinho


Lê-se no DN que o grupo de trabalho criado pelo ME com o objectivo de “apresentar um relatório com propostas de alteração ao Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, e respectivo enquadramento regulamentador, incluindo os mecanismos de financiamento e de apoio, com vista à implementação de medidas que promovam maior inclusão escolar dos alunos com necessidades educativas especiais” irá apresentar o seu trabalho em Novembro.

A informação disponibilizada na peça não é muito esclarecedora para além da intenção de reforçar a promoção de educação inclusiva adequando as respostas educativas às necessidades dos alunos, sempre que possível, junto dos seus colegas.
Como referi em Julho, este Grupo de Trabalho "Educação Inclusiva", como se autodesignou, teve a gentileza de me convidar para uma das suas sessões de trabalho da fase inicial. Com o conhecimento do Grupo divulguei na altura e aqui deixo umas notas sobre o sentido da minha participação. A sequência não obedece a critérios de importância ou ordem, apenas uma síntese telegráfica incompleta e em pontos por mais económica.
Em termos mais gerais.

. Sublinhar a importância e urgência da alteração do quadro legal, sobretudo o DL 3/2008.

. Aligeirar a presença de conteúdos “doutrinários” nos instrumentos legislativos. Os normativos dever ser “enxutos”, reguladores de medidas, recursos e procedimentos e estar, tanto quanto possível a salvo de “interpretações de doutrina”, os tão habituais, “cá para mim quer dizer" …)

. A resposta educativa à diversidade (educação inclusiva) não cabe num normativo específico e, por isso, importa pensar a coerência legislativa e não esquecer matérias como currículo, (a entretanto anunciada flexibilização do currículo parece-me positiva), organização e gestão de recursos, autonomia e organização das escolas, avaliação escolar, etc.

. Uma das maiores fragilidades do nosso sistema educativo é, do meu ponto de vista, a sua desregulação. Como tantas vezes afirmo, em matéria de trabalho com alunos com NEE e não só, convivem práticas e respostas de extraordinária qualidade com situações inaceitáveis. Parece-me imprescindível que se definam formas e dispositivos de regulação que não têm a ver com avaliação ou inspecção, são funções diferentes, mas com apoios e recursos verdadeiramente reguladoras do trabalho de professores e escolas. Existem muitíssimos profissionais nas escolas altamente competentes e experientes que podem integrar, por concurso por exemplo, estes dispositivos de regulação.

. Recursos técnicos e docentes suficientes e qualificados.
Em termos um pouco mais específicos entendo que o caminho passará:

. Por uma sólida e real autonomia das escolas como forma de melhorar a sua resposta a especificidades de contexto, incluindo as características dos alunos e dos recursos disponíveis

. Por repensar a existência de “conceitos” como “necessidades permanentes”, “elegibilidade” e uma infinidade de “instrumentos” como diferentes Planos (PEIs, PITs, CEIs, etc.). Talvez esteja errado, mas parece-me mais eficaz e económico que quando necessário tenhamos um Plano Educativo no qual consta o que é ajustado para UM determinado aluno, seja ao nível das aprendizagens, da transição para a vida activa ou dos conteúdos curriculares, é o seu Plano Educativo, ponto. Aliás, até tenho dificuldade em perceber alguns destes “conceitos” que, desculpem as boas práticas existentes, muitas vezes funcionam com ferramentas de exclusão.

. Repensar o modelo de Unidades de Ensino Estruturado, de Unidades de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência ou Escolas de referência para alunos cegos ou com baixa visão. O espaço não permite desenvolver a justificação mas já aqui a tenho referido que sem regulação e devidamente organizados alguns destes espaços são espaços de exclusão.

. Repensar o modelo de avaliação centrado na CIF. Trata-se de um instrumento de classificação, útil e competente para outros objectivos que não a avaliação em educação.

. Reforçar a competência das escolas e dos professores na decisão sobre medidas de natureza educativa incrementando também um real envolvimento e participação das famílias.

. Repensar o modelo de apoios especializados prestados por entidades exteriores à escola. Sendo de natureza educativa, a sua gestão será da responsabilidade das escolas. Sendo de outra natureza devem ser integrados no Plano Educativo do aluno e desenvolvidos em moldes diferentes do actual modelo que gera situações de ineficiência.

. Na mesma linha devem ser repensados os modelos de parceria com outras entidades também no que respeita, por exemplo, à preparação e transição para a vida activa em que, mais uma vez, a responsabilidade de decisão é das escolas, inalienável dentro da escolaridade obrigatória.

. Simplificar tanto quanto possível as “medidas de apoio”. Em termos muitos simples temos alunos que precisam de algum tipo de apoio para percorrer de forma bem-sucedida um trajecto semelhante ao de todos os seus colegas, os alunos para os quais seja necessário algum ajustamento curricular que não comprometam o acesso às competências globais do ciclo de estudos e os alunos para os quais seja adequado uma adaptação mais significativa dos conteúdos curriculares.
Questões como alterações na avaliação ou na matrícula são de outra natureza, não são medidas de apoio educativo.

Foram ainda abordadas outras questões, a sessão foi longa.
Como também referi na altura, pareceu-me e registei, existir uma genuína preocupação com a qualidade da resposta educativa para TODAS as crianças e a intenção de caminhar nesse sentido.
É também verdade que ao longo de 40 anos de lida neste universo muitas vezes tenho visto excelentes intenções serem substituídas, por diferentes razões, por opções e políticas inadequadas.
Como diz o Velho Marrafa lá no Alentejo, “deixem lá ver”. Estamos mais perto de saber.

atentainquietude.blogspot.pt

23
Out16

Velhos nos jardins

António Garrochinho


Na espuma dos dias, todos ignoram que um dia serão velhos, à espera que alguém não os deixe morrer sozinhos.
Uma tarde desta semana dispus-me a visitar alguns jardins de Lisboa. Porquê? Perguntam os leitores. Precisamente devido a uma questão que me foi suscitada, no decorrer da conversa que tive com um amigo: «Tu já viste a quantidade de velhos que estão sentados nos jardins de Lisboa, como quem espera, serenamente, pela morte?»
Pus os pés ao caminho, usando o privilégio de hoje ser dono do meu tempo e de praticar o método da observação da realidade social que me rodeia.
Príncipe Real, Estrela e Campo de Santana foram os alvos da minha observação. Nestes jardins de Lisboa podemos ver dois tipos de velhos: os que se sentam isolados nos bancos e os que se agrupam, à volta das mesas de pedra ou madeira, para jogarem às cartas.
Os primeiros são mais velhos do que os segundos. Olham para toda a gente que passa, como que dizendo «estou aqui». Os segundos constituem uma espécie de tertúlia, tendo o jogo como motivo para ali ficarem horas a fio, mas também para comentarem de tudo um pouco: política, futebol e problemas de família.
«Prepara-te que vais perder outra vez. Cá a gente joga muito. Vocês ouviram ontem aquela calhandrice de mais um Banco?». Assim se expressa Raimundo, enquanto com as cartas na mão mede o olhar dos seus adversários, procurando ler-lhes o jogo. Tem 73 anos. Recebe uma reforma «miserável», como classifica. Aquela mesa, os amigos e o jardim são a motivação que tem para se levantar cedo e, assim, atravessar cada dia. Como ele, muitos mais.
Faustino e Amélia são um casal, ele com 72 anos e ela com 70. Quando não chove vão para ali sentar-se, «nem sempre no mesmo banco», dizem-me. «Vemos passar os autocarros, as crianças e as pessoas a correr para o trabalho. Vemos os pombos e a mulher que vem varrer as folhas do chão. Depois damos uma volta ao jardim e vamos para casa, comer a bucha», descreve Faustino, com um sorriso resignado. Os filhos emigraram e levaram os netos. O que resta da família está lá para as terras de Lafões. São tão velhos como eles.
Mais adiante um velho está sentado noutro banco e fala sozinho. Aproximo-me. Chama-se Joaquim, tem 78 anos e diz estar a falar com os seus botões, pois é o que lhe resta. Vive só. A mulher com quem casou há mais de 50 anos morreu há um ano. Não tiveram filhos. Todos os dias senta-se ali, no banco do jardim a ouvir-se, pois diz não ter ninguém que o ouça.
Terminado este périplo, concluo que o meu amigo tinha razão. Os jardins de Lisboa estão cheios de velhos sozinhos, uns resignados e outros inconformados, razão porque se juntam, numa espécie de gueto.
Entretanto, em redor, a cidade movimenta-se sem neles reparar. Na espuma dos dias, todos ignoram que um dia serão velhos, à espera que alguém não os deixe morrer sozinhos.

www.abrilabril.pt
23
Out16

A LUTA É A FENPROF QUE A DETERMINA, NÃO OS CRETINOS DA DIREITA

António Garrochinho


Mário Nogueira Professor. Dirigente Sindical










Os mesmos que, na anterior legislatura, acusavam os sindicatos de banalizar a luta, apontam agora o dedo aos sindicatos por, alegadamente, não lutarem. Aqueles que garantiam ser a FENPROF quem mandava no Ministério da Educação são os que agora a acusam de não lutar contra esse mesmo ME. Quem antes acusava os sindicatos de só fazerem manifestações e greves, chegando a impor serviços mínimos ilegais para as evitar, andam irritados e insultam os sindicalistas por não fazerem manifestações e greves. Esta é uma situação curiosa, mas não estranha por vir de quem vem. A esses só uma coisa pode ser dita: quem determina a ação e a luta que a FENPROF desenvolve, bem como a oportunidade, é a FENPROF, os seus dirigentes e delegados, os professores seus associados e não os dirigentes, deputados, comentadores ou jornalistas que servem quem durante quatro anos tanto castigou os portugueses.
Poderia admitir-se que esta nova postura resultasse do facto de a direita, tomando todos por igual, julgar que a FENPROF estaria disposta a ser para outros o que, para si, são os que servem de calçadeira das suas políticas, mas não é essa a razão por que a direita quer ver a FENPROF na rua, na luta. A questão é outra: a direita percebe que tem vindo a perder apoio na sociedade portuguesa, como as sondagens têm demonstrado, e quer que outros façam o trabalho que a sua incompetência e as suas políticas tornam impossível.
É óbvio que ninguém, nem mesmo a direita, esperava ver a FENPROF lutar contra a reposição do valor integral dos salários; ou lutar contra o fim da PACC, das bolsas de contratação de escola ou contra a requalificação para onde o governo PSD/CDS já havia empurrado professores. Ninguém esperava ver a FENPROF lutar contra o fim dos “exames da 4.ª classe” impostos por Nuno Crato ou contra a eliminação da sobretaxa de IRS criada por esse mesmo governo. Decerto, não se esperaria ver a FENPROF lutar contra a gratuitidade dos manuais do 1.º Ciclo ou manifestar-se por terem sido repostos os feriados que PSD e CDS tinham roubado aos portugueses. Todos sabem, incluindo a direita, que medidas destas só foram tomadas porque também os professores e a FENPROF não baixaram os braços e lutaram. Da mesma forma, não se previa que a luta aumentasse por, em menos de um ano, o ministro da Educação já ter recebido mais vezes a FENPROF do que Crato em todo o mandato.
A FENPROF não baixou a guarda, e isso confirmou-se quando um dos críticos do seu alegado desaparecimento teve de reconhecer que o site da organização mantinha o tom de sempre, diferente estaria o seu Secretário-Geral que tinha desaparecido da comunicação social. Uma afirmação absurda, que tenta fazer supor que o dirigente não estará implicado no conteúdo do site, mas é ele que decide da sua presença nas televisões, rádios e jornais. Dir-se-ia que à falta de argumentos sérios, a direita nem evita expor-se ao ridículo na ânsia de tentar fazer crer que as políticas são iguais, as reações é que diferem, e, simultaneamente, empurrar outros para que façam o trabalho que não consegue, ajudando-a a voltar ao poder onde voltaria a sacrificar os portugueses.
Mas atenção, sendo verdade que o atual governo resolveu alguns problemas, há muitos outros, alguns de enorme importância, que não só estão a ser arrastados, como, a não haver pressão, poderão nem ser resolvidos. Essa pressão só a luta a exerce.
Os professores conhecem bem os problemas que urgem ser resolvidos. Há que: reorganizar os horários de trabalho, adequando-os às exigências da profissão, e distinguir sem equívocos o que são funções letivas e não letivas; combater o desgaste e o envelhecimento do corpo docente, criando um regime especial de aposentação; respeitar o trabalho realizado, contando o tempo de serviço prestado e descongelando as carreiras; dar estabilidade de emprego e profissional a quantos, há anos, trabalham em situação de precariedade, promovendo a sua vinculação; garantir que a escola continua a formar cidadãos para a democracia o que impõe a sua gestão democrática.
Estes são objetivos por que vale a pena lutar e, por eles, os professores, com a FENPROF, irão lutar. Aberta à negociação, a FENPROF apresentará propostas, procurando, pela via negocial, resolver o que até hoje não foi possível. Se por essa via não se encontrarem soluções, então a luta, na rua, será inevitável. Não para fazer o jeito à direita, mas precisamente para, na atual conjuntura, proporcionar melhores condições de trabalho e de vida aos professores.
Esta é uma luta que não pode ser adiada porque, certo mesmo, é que se um dia a direita voltasse ao poder os problemas não se iriam resolver. Pelo contrário, agravar-se-iam e a luta teria de ser muito mais forte.
Mário Nogueira
Secretário-Geral da FENPROF
abrildenovomagazine.wordpress.com
23
Out16

O livro A História Oculta do Sionismo, de Ralph Schoenman

António Garrochinho

O livro A História Oculta do Sionismo, de Ralph Schoenman A História Oculta do Sionismo 
O QUE É O SIONISMO? ENTREVISTA COM O AUTOR DO LIVRO "A HISTÓRIA OCULTA DO SIONISMO".
Ralph Schoenman
O escritor, de origem judaica, pede o fim de toda a ajuda ao Estado de Israel e acusa: “A liderança sionista colaborou com os piores perseguidores dos judeus durante o século XIX e o século XX, incluindo os nazistas”.
Ralph Schoenman foi diretor-executivo da Fundação pela Paz Bertrand Russel,papel através do qual conduziu negociações com inúmeros chefes de Estado. Com seu trabalho assegurou a libertação de prisioneiros políticos em muitos países e fundou o Tribunal Internacional dos Crimes de Guerra dos Estados Unidos na Indochina, organização da qual foi secretário-geral. Velho militante, fundou o Comitê dos 100, que organizou a desobediência civil massiva contra as armas nucleares e as bases americanas na Grã-Bretanha. Foi também fundador e diretor da Campanha de Solidariedade ao Vietnã e diretor do Comitê “Quem Matou Kennedy?” Tem sido líder do Comitê por Liberdade Artística e Intelectual no Irã e co-diretor do Comitê em Defesa dos Povos Palestino e Libanês e do Movimento de Solidariedade de Trabalhadores e Artistas Americanos. Atualmente é diretor executivo da Campanha Palestina, que clama pelo fim de toda ajuda a Israel e por uma Palestina laica e democrática.
Em seu livro The Hidden History of Zionism (A História Oculta do Sionismo),ele descreve quatro mitos sobre a história do sionismo:
Schoenman – O primeiro mito é o da “terra sem povo para um povo sem terra“.
Os primeiros teóricos sionistas, como Theodor Herzl e outros, apresentaram para o mundo a Palestina como uma terra vazia, visitada ocasionalmente por beduínos nômades; simplesmente, uma terra vazia, esperando para ser tomada, ocupada. E os judeus eram um povo sem terra, que se originaram historicamente na Palestina; portanto, os judeus deveriam ocupar essa terra. Desde o começo, os primeiros núcleos de colonos, promovidos pelo movimento sionista, foram caracterizados pela remoção, pela expulsão armada da população palestina nativa do local onde essa população vivia e trabalhava.
Schoenman – O segundo mito que o livro pretende discutir é o mito da democracia israelense. A propaganda sionista, desde o início da formação do Estado de Israel, tem insistido em caracterizar Israel como um Estado democrático no estilo ocidental, cercado por países árabes feudais, atrasados e autoritários.
Apresentam então Israel como um bastião dos direitos democráticos no Oriente Médio. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Entre a divisão da Palestina e a formação do Estado de Israel, num período de seis meses, brigadas armadas israelenses ocuparam 75% da terra palestina e expulsaram mais de 800 mil palestinos, de um total de 950 mil. Eles os expulsaram através de sucessivos massacres. Várias cidades foram arrasadas, forçando assim a população palestina a refugiar-se nos países vizinhos, em campos de concentração e de refugiados. Naquele tempo, no período da formação do Estado de Israel, havia 475 cidades e vilas palestinas, que caíram sob o controle israelita. Dessas 475 cidades e vilas, 385 foram simplesmente arrasadas, deixadas em escombros, no chão, apagadas do mapa. Nas 90 cidades e vilas remanescentes, os judeus confiscaram toda a terra, sem nenhuma indenização. Hoje, o Estado de Israel e seus organismos governamentais, tais como o da Organização da Terra, controlam cerca de 95% da terra palestina.
Pela legislação existente em Israel, é necessário provar, por critérios religiosos ortodoxos judeus, a ascendência judaica por linhagem materna até a quarta geração, para poder possuir terra, trabalhar na terra ou mesmo sublocar terra.
Como eu digo sempre, nas palestras em que apresento meus pontos de vista, em qualquer país do mundo (seja Brasil, EUA, onde for), se fosse necessário preencher requisitos parecidos com esses, ninguém duvidaria do caráter racista de tal Estado; seria notória a existência de um regime fascista.
A Suprema Corte em Israel tem ratificado que Israel é o Estado do povo judeu e que, para participar da vida política israelense, organizar um partido político, por exemplo, ou ter uma organização política, ou mesmo um clube público, é necessário afirmar que se aceita o caráter exclusivamente judeu do Estado de Israel. É um Estado colonial racista, no qual os direitos são limitados à população colonizadora, na base de critérios raciais.
O terceiro mito do qual falo em meu livro é aquele criado para justificativa da política de Israel, que se diz baseada em critérios de segurança nacional. A verdade é que Israel é a quarta potência militar do mundo. Desde 1948, os EUA deram a Israel US$ 92 bilhões em ajuda direta. A magnitude dessa soma pode ser avaliada quando observamos que a população israelense variou entre 2 a 3 milhões nesse período. Se o governo americano dá algum dinheiro para países como Taiwan, Brasil, Argentina, e a aplicação desse dinheiro tiver alguma relação com fins militares, a condição é que as compras desse material têm que ser feitas dos EUA. Mas há uma exceção: as compras de material bélico podem ser feitas também de Israel. Israel é tratado pelos EUA como parte de seu território, em todos os assuntos comerciais.
O que motivaria uma potência imperialista a subsidiar tanto um Estado colonial? A verdade é que Israel não pode mesmo existir sem a ajuda americana, sem os US$ 10 bilhões anuais. Israel é, portanto, a extensão do imperialismo na região do Oriente Médio. Israel é o instrumento através do qual a revolução árabe é mantida sob controle. É, portanto, o instrumento através do qual as ricas reservas do Oriente Médio são mantidas sob o controle do imperialismo americano. É também um meio através do qual os regimes sanguinários dos países árabes são mantidos no governo, graças ao clima de tensão gerado por uma possível invasão israelense.
O quarto mito a que me refiro no livro, que tem influenciado a opinião pública mundial, refere-se à origem do sionismo, à origem do Estado de Israel. O sionismo tem sido apresentado como o legado moral do holocausto, das vítimas do holocausto. O movimento sionista tem como que se “alimentado” da mortandade coletiva dos 6 milhões de vítimas da exterminação nazista na Europa. Esta é uma terrível e selvagem ironia. A verdade é bem o oposto disso. A liderança sionista colaborou com os piores perseguidores dos judeus durante o século XIX e o século XX, incluindo os nazistas.
Quando alguém tenta explicar isso para as pessoas, elas geralmente ficam chocadas, e perguntam: o que poderia motivar tal colaboração? Os judeus foram perseguidos e oprimidos por séculos na Europa e, como todo povo oprimido, foram empurrados, impelidos a desafiar o establishment, o statu quo. Os judeus eram críticos, eram dissidentes. Eles foram impelidos a questionar a ordem que os perseguia. Então, o melhor das mentes da inteligência judia foi impelido para movimentos que lutavam por mudanças sociais, ameaçando os governos estabelecidos. Os sionistas exploraram esse fato a ponto de dizer para vários governos reacionários que o movimento sionista iria ajudá-los a remover esses judeus de seus países. O movimento sionista fez o mesmo apelo ao kaiser na Alemanha, obtendo dele dinheiro e armas. Eles se reivindicavam como a melhor garantia dos interesses imperialistas no Oriente Médio, inclusive para os fascistas e os nazistas.
Schoenman – Em 1941, o partido político de Itzhak Shamir (conhecido hoje como Likud) concluiu um pacto militar com o 3º Reich alemão. O acordo consistia em lutar ao lado dos nazistas e fundar um Estado autoritário colonial, sob a direção do 3º Reich. Outro aspecto da colaboração entre os sionistas e governos e Estados perseguidores dos judeus é o fato de que o movimento sionista lutou ativamente para mudar as leis de imigração nos EUA, na Inglaterra e em outros países, tornando mais difícil a emigração de judeus perseguidos na Europa para esses países. Os sionistas sabiam que, podendo, os judeus perseguidos na Europa tentariam emigrar para os EUA, para a Grã- Bretanha, para o Canadá. Eles não eram sionistas, não tinham interesse em emigrar para uma terra remota como a Palestina. Em 1944, o movimento sionista refez um novo acordo com Adolf Eichmann. David Ben Gurion, do movimento sionista, mandou um enviado, de nome Rudolph Kastner, para se encontrar com Eichmann na Hungria e concluir um acordo pelo qual os sionistas concordaram em manter silêncio sobre os planos de exterminação de 800 mil judeus húngaros e mesmo evitar resistências, em troca de ter 600 líderes sionistas libertados do controle nazista e enviados para a Palestina.
Portanto, o mito de que o sionismo e o Estado de Israel são o legado moral do holocausto tem um particular aspecto irônico, porque o que o movimento sionista fez quando os judeus na Europa tinham a sua existência ameaçada foi fazer acordos, e colaborar com os nazistas.

xrop.blogspot.pt

23
Out16

As mentiras dos EUA tornam-se mais e mais audaciosas…

António Garrochinho


he Lies Grow More Audacious” 
Traduzido por mberublue
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<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="font-family: Impact, sans-serif; font-stretch: normal; line-height: normal; margin: 0px; position: relative;"><br /></h3><div class="post-header" style="font-family: Georgia, Utopia, &quot;Palatino Linotype&quot;, Palatino, serif; font-weight: bold; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1em;"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" id="post-body-2096801159341897575" itemprop="description articleBody" style="font-family: Georgia, Utopia, &quot;Palatino Linotype&quot;, Palatino, serif; font-weight: bold; line-height: 1.4; position: relative; width: 756px;"><div dir="ltr" trbidi="on"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><b>he Lies Grow More Audacious” </b></span></span></span><div id="yui_3_16_0_1_1402492488426_2256" style="box-sizing: border-box; text-align: justify;"><em style="box-sizing: border-box;"><span style="background-color: white;"><b><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;">Traduzido por </span><a href="http://btpsilveira.blogspot.com/" id="yui_3_16_0_1_1402492488426_2258" rel="noopener nofollow" style="border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: dotted; box-sizing: border-box; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;" target="_blank"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">mberublue</span></a></span></b></span></em></div><div class="wp-caption aligncenter" http:="" id="attachment_4202" obama-poodle4.jpg="" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; transition: all 0.5s ease-out;" uploads="" wp-content="" www.orientemidia.org=""><b style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: x-large;"><img height="523" src="" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px; border: 1px solid rgb(255, 0, 255); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px;" width="640" data-src="https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F-Wp5FUZGXV8g%2FU5emifu_3VI%2FAAAAAAAAwoY%2FwK1zW5DV4UY%2Fs1600%2FRussia%2Bex%25C3%25A9rcito%2Bver%2Bmelho%2BIIa%2BGG.jpg&amp;container=blogger&amp;gadget=a&amp;rewriteMime=image%2F*" class="lazyload-item" />de </b></div><div class="wp-caption aligncenter" http:="" id="attachment_4202" obama-poodle4.jpg="" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; transition: all 0.5s ease-out;" uploads="" wp-content="" www.orientemidia.org=""><div class="wp-caption aligncenter" http:="" id="attachment_4202" obama-poodle4.jpg="" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; transition: all 0.5s ease-out;" uploads="" wp-content="" www.orientemidia.org=""><span style="background-color: white;"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: inherit;"><b><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Wp5FUZGXV8g/U5emifu_3VI/AAAAAAAAwoY/wK1zW5DV4UY/s1600/Russia+ex%C3%A9rcito+ver+melho+IIa+GG.jpg" rel="noopener nofollow" style="border-bottom-color: transparent; border-bottom-style: dotted; box-sizing: border-box; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;" target="_blank">Gerald Celente a chama, “a presstituta”</a>. </b></span></span></span></div><div class="wp-caption aligncenter" http:="" id="attachment_4202" obama-poodle4.jpg="" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; transition: all 0.5s ease-out;" uploads="" wp-content="" www.orientemidia.org=""><span style="background-color: white;"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: inherit;"><b>Seja lá como a chamamos, a mídia ocidental é uma </b></span></span></span></div><div class="wp-caption aligncenter" http:="" id="attachment_4202" obama-poodle4.jpg="" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; transition: all 0.5s ease-out;" uploads="" wp-content="" www.orientemidia.org=""><span style="background-color: white;"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: inherit;"><b>coleção </b></span></span></span><b style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: x-large;">putas bem pagas. Eles mentem por dinheiro, por convites para jantares festivos, e convites para grandes contratos com bons honorários para escrever livros com enormes adiantamentos.</b><span style="background-color: white;"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: inherit;"><b><img alt="" alternate="" class="size-large wp-image-4202 lazyload-item" height="1024" src="" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px; border: 1px solid rgb(255, 0, 255); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; box-sizing: border-box; padding: 8px;" data-src="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/CxHI6eYXFn03PKWdZtuGglHGfK3CGFCgaHHLo7-IfC5nbL65BVPF_JUuGJ7FkxyovPy1hmyjO6E85o1qXN8eyZ8h3_jnXlwWbt6pvuCfNBdUY9lW54zLuGNwZJ9ShDzXCpY6FRc=s0-d" /></b></span></span></span></div></div><span style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;"><b>Observe a forma restrita pela qual Washington define a “comunidade mundial”. A “comunidade mundial” consiste no G-7 o Grupo dos Sete. É isto. Sete países formam a chamada “comunidade mundial”, a qual, na visão de Washington, é composta de seis países e do fantoche de Washington, o Japão. A “comunidade mundial” é feita dos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, França, Itália e Japão. Todos os outros 190 paises não fazem parte da “comunidade mundial” de Washington. Pela doutrina neocon, sequer fazem parte da humanidade. Toda a “comunidade mundial” não possui a população de apenas um dos países dela excluídos. Você pode escolher entre China e Índia. Não fiz os cálculos, mas provavelmente a massa terrestre da Rússia ultrapassa o total da massa terrestre da “comunidade mundial”. Então, que diabos é essa “comunidade mundial”? O conjunto dos países vassalos dos Estados Unidos forma a “comunidade mundial”. Alemanha, Inglaterra e França foram importantes no cenário do século XX. Suas histórias são objeto de estudos nas universidades. O padrão de vida de sua população é decente, embora não para todos. Seu passado é a razão de sua importância atual. Com efeito, estes países foram impulsionados pela história, ou pelo menos, pela história se tornaram importantes para o ocidente. O Japão, atualmente mero apêndice de Washington sonha tornar-se “ocidental”. É impressionante como pode um povo orgulhoso e guerreiro como o japonês anular-se até o nada. Bom. Como finalmente parei de gargalhar com a presumida desimportância da Rússia na derrota de Hitler, podemos retornar para a reunião do G-7. Desta vez o Grande Acontecimento da reunião foi a exclusão da Rússia, encolhendo o G-8 para tornar-se o G-7. </b></span><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-image: initial; border-radius: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px;"><img alt="" border="0" height="413" src="" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px; border: 1px solid rgb(255, 0, 255); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; box-sizing: border-box; display: block; max-width: 100%; padding: 8px;" width="640" data-src="https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F-ftmT6rdVfBM%2FU5epXaExYpI%2FAAAAAAAAwo4%2FVq-ouJWBhD4%2Fs1600%2FG7-flags-2014.jpg&amp;container=blogger&amp;gadget=a&amp;rewriteMime=image%2F*" class="lazyload-item" /></span><br /><span style="font-family: inherit;"><b>Bandeiras do G7 (ex G8) em Bruxelas, -4/6/2014 É a primeira vez em 17 anos que a Rússia não tem permissão para participar da reunião do grupo do qual faz parte. Por quê? A Rússia está sendo punida. Está sendo isolada dos sete países que o Idiota da Casa Branca houve por bem dizer que constituem a “comunidade mundial”. <obama a="" acesso="" acharam="" antigas="" ao="" base="" bravo="" conhecimentos="" conselho="" consiste="" crim="" da="" de="" departamento="" div="" e="" educa="" em="" est="" estado="" expulsar="" facilitando="" habitadas="" ia="" idiotas="" ignorantes="" imbecis="" incapaz="" invas="" m="" maior="" manter="" mediterr="" n="" na="" nacional="" naval="" ncias="" neo="" nia="" nomeou="" o="" obama="" os="" ou="" para="" parte="" poderiam="" por="" porque="" prov="" que="" r="" ria="" russas="" russos.="" s="" saber="" seguran="" seu="" ssia="" sua="" suficientes="" t="" tartur="" tirando="" tomar="" tornaria="" ucr="" washington.="">A Crimeia tem sido parte da Rússia desde que a Rússia finalizou a reconquista dos tártaros. Eu me recordo da etnia Tártara ou Tartarlar, quando de minha visita a Timur, ao túmulo de Tamerlão, o Grande, em  Samarkande (cidade do Uzbequistão. O nome quer dizer “cidade de pedra” – NT) há 53 anos. A cidade de Tamerlane atualmente foi convertida em um centro turístico. 53 anos atrás eu vi um lugar desolado e em ruínas, com árvores crescendo por cima do topo dos minaretes.</obama> Com o fracasso do plano de Obama de tomar a Ucrânia falhou, como se tornou comum em outros planos seus, os porta vozes de Washington para interesses privados resolveram aproveitar a oportunidade para demonizar Putin e a Rússia e restaurar a Guerra Fria. Obama e seus fantoches, ou vassalos, do Grupo dos 7, usaram a ocasião para ameaçar a Rússia com sanções reais, já que as sanções de fancaria da atual propaganda política não surtiram efeito. De acordo com Obama e seu poodle Cameron, Putin deve, sabe-se lá porque, evitar que a população russa da Ucrânia oriental proteste contra a subserviência a um governo neofacista em Kiev, apoiado por Washington e outros.</b></span></span></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 4px; position: relative; text-align: center;"><tbody><tr><td><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;"><img alt="" border="0" src="" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px; border: 1px solid rgb(255, 0, 255); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 8px;" data-src="https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F-bYTI6bkm3Q4%2FU5erUM6T1hI%2FAAAAAAAAwpI%2FZTjFVbzxkq4%2Fs1600%2FPetro%2BPoroshenko.30-5-14-caricature.jpg&amp;container=blogger&amp;gadget=a&amp;rewriteMime=image%2F*" class="lazyload-item" /></span></b></span></td></tr><tr><td class="tr-caption"><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></span></td></tr></tbody></table><span style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-bYTI6bkm3Q4/U5erUM6T1hI/AAAAAAAAwpI/ZTjFVbzxkq4/s1600/Petro+Poroshenko.30-5-14-caricature.jpg" rel="noopener nofollow" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;"><b>Supostamente Putin deveria abraçar fraternamente o oligarca, antigo ministro do governo derrubado pelo golpe patrocinado por Washington e colocado no cargo por falsos votos nos quais a participação da população votante da Ucrânia não passou de pequeno percentual do total. Putin deveria ainda beijar o oligarca corrupto nas duas faces, pagar as contas de gás natural da Ucrânia e esquecer todos os seus débitos. Adicionalmente, a Rússia em tese deveria repudiar o povo da Crimeia, rever sua adição à Federação russa e entregá-los aos assassinos do Pravy Sektor (Setor da Direita – partido ucraniano neonazista – [NT]) para que sejam eliminados como vingança pela vitória russa contra a Alemanha nazista, pela qual muitos ucranianos ocidentais lutaram. Em troca de tudo isso, a OTAN e Washington colocarão muitas bases de mísseis nas fronteiras russas como forma de proteger a Europa de mísseis balísticos intercontinentais iranianos que não existem.</b></span></a><br /><span style="font-family: inherit;"><b>Deveria ser então um jogo de ganha-ganha para a Rússia… O regime de Obama, usando suas muito bem pagas ONGs acabou por derrubar um governo democraticamente eleito, um governo que não era mais corrupto que qualquer outro da Europa ocidental, oriental ou que Washington. Na Inglaterra, França, Alemanha e Itália, os idiotas que as comandam estão sacudindo seus punhos fechados na direção da Rússia, ameaçando com mais sanções, desta vez reais. Será que esses dementes realmente querem que seu próprio fornecimento de energia seja cortado? Não há perspectiva, apesar da propaganda política enganosa, de que Washington possa suprir a energia de que a indústria alemã depende, ou a da qual dependem os europeus para não congelar no próximo inverno. Eventuais sanções contra a Rússia destruirão a Europa e terão pouco ou nenhum efeito sobre a Rússia. Esta já se movimenta, juntamente com China e o restante dos BRICS, para fora do mecanismo de pagamento em dólares. Na realidade o que o Bobo da Casa Branca, o neoconizado Conselho de Segurança Nacional, a mídia presstituta e o Congresso estão a fazer é apoiar e dar suporte às suas políticas com base apenas na presunção e na arrogância, o que está levando os Estados Unidos para o abismo.</b></span></span></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 4px; position: relative; text-align: center;"><tbody><tr><td><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BdnFrWzRt4g/U5er8RWvQAI/AAAAAAAAwpY/uKkvzTbSsPk/s1600/presstitute1.jpg" rel="noopener nofollow" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;" target="_blank"><span style="background-color: yellow; font-family: inherit;"><b><span style="color: black; font-size: large;"><img alt="" border="0" height="640" src="" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border-radius: 0px; border: 1px solid rgb(255, 0, 255); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.2) 0px 0px 0px; padding: 8px; position: relative;" width="483" data-src="https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http%3A%2F%2F2.bp.blogspot.com%2F-BdnFrWzRt4g%2FU5er8RWvQAI%2FAAAAAAAAwpY%2FuKkvzTbSsPk%2Fs1600%2Fpresstitute1.jpg&amp;container=blogger&amp;gadget=a&amp;rewriteMime=image%2F*" class="lazyload-item" /></span></b></span></a></td></tr><tr><td class="tr-caption"><span style="background-color: yellow; font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></span></td></tr></tbody></table><span style="font-size: large;"><span style="background-color: yellow;"><span style="font-family: inherit;"><b> Vocês escrevem o que dizemos</b></span><br /><span style="font-family: inherit;"><b>OBRIGADO, IMPRENSA CORPORATIVA</b></span></span><br /><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b>Nós não poderíamos controlar o POVO sem você</b></span><br /><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b>Mensagem do Ministério de Segurança Interna Um abismo assim é como um buraco negro. Você não consegue sair dele. As mentiras de Washington são tão claramente flagrantes e transparentes que Washington está destruindo a própria credibilidade. Considere, por exemplo, o caso da espionagem levada a efeito pela NSA. Documentos revelados por Snowden e Greenwald tornam bem claro que Washington não apenas espionou líderes governamentais e o povo comum, mas também empresas estrangeiras com o fito de privilegiar interesses comerciais e financeiros dos Estados Unidos. Nunca foi colocado em dúvida que os EUA roubam segredos comerciais chineses. Washington não apenas nega que os documentos apresentados provem alguma coisa, como posa de vítima e acusa cinco cidadãos chineses de espionar empresas norte americanas. Estas acusações descabidas e sensacionalistas têm apenas uma finalidade: propaganda política manipulada. De qualquer outra forma que se olhe, as acusações são totalmente sem sentido, se não simplesmente falsas. Claro que a China nem pensa em entregar cinco de seus cidadãos para gáudio dos mentirosos em Washington, mas é uma oportunidade de ouro para a mídia presstituta desviar os holofotes da NSA e assestá-los na China, que vem a calhar para substituir a NSA como vilã. Por que o Brasil, a China, a Alemanha e outros países espionados não emitem mandados de prisão contra os altos oficiais da NSA, contra Obama e contra os membros do Comitê de Fiscalização do Congresso? Por que permitem que os Estados Unidos sempre ataquem primeiro com sua propaganda manipulada para controlar as explicações? O povo dos Estados Unidos é muito suscetível à manipulação política dos fatos. Parecem mesmo gostar disso. Pense no ódio instigado até agora contra o sargento Bowe Bergdahl, um soldado dos EUA recentemente libertado pelo Talibã em uma troca de prisioneiros. A comemoração que se realizaria em sua cidade natal festejando a sua libertação foi cancelada por causa da sede de sangue desencadeada pelo ódio com o qual a mídia presstituta atacou Bergdahl. A engenharia do ódio erguida pela mídia contra Bergdahl tem feito acontecer uma enxurrada de ameaças contra a cidade de Hailey, Idaho. Mas afinal de contas, em que se baseiam os ataques contra Bergdahl? Aparentemente, a resposta é que Bergdahl, como a estrela do futebol americano Pat Tillman, que recusou um contrato de 3,6 milhões de dólares para se unir aos rangers do exército e entrar em combate pela liberdade no Afeganistão, adquiriu um monte de dúvidas sobre a guerra. Originalmente, a morte de Pat Tillman foi atribuída a uma ação heroica e ao fogo inimigo. Depois, verificou-se que Tillman foi abatido por “fogo amigo”. Muitas pessoas concluíram que ele foi abatido porque o governo não precisa de um herói esportivo falando mal da guerra. Como agora Bergdahl está fora do alcance da batalha e do fogo amigo, ele tem que ser abatido pela imprensa, exatamente como a Rússia, China, Irã, Putin, Assad, o povo da Crimeia e a população de língua russa na Ucrânia. </b></span></span><div style="box-sizing: border-box; text-align: justify;"><div style="box-sizing: border-box;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;">Nenhuma única virtude moral tem sido cultivada nos EUA, mas o cultivo do ódio e o ódio vão bem, obrigado.</span></b></span></div><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;">[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do  Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Reaganomics" rel="noopener nofollow" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;" target="_blank" title="Reaganomics">Reaganomics</a>. Ex-editor e colunista do Wall Street Journal,Business Week e Scripps Howard News Service. Testemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch e no  Information Clearing House, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, com pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.</span></b></span></div><div style="box-sizing: border-box;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></span></div><div id="yui_3_16_0_1_1402492488426_2319" style="box-sizing: border-box;"><a href="http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/06/as-mentiras-dos-eua-tornam-se-mais-e.html" id="yui_3_16_0_1_1402492488426_2318" rel="noopener nofollow" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;" target="_blank"><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><b><span style="color: black; font-size: xx-small;">http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/06/as-mentiras-dos-eua-tornam-se-mais-e.html</span></b></span></a></div><div id="yui_3_16_0_1_1402492488426_2316" style="box-sizing: border-box;"><span style="background-color: white; border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; font-family: inherit; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;"><b><span style="color: black; font-size: xx-small;"><a href="https://goo.gl/V3YYfB" rel="noopener nofollow" style="border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;" target="_blank">http://goo.gl/V3YYfB</a></span></b></span></div><div id="yui_3_16_0_1_1402492488426_2316" style="box-sizing: border-box;"><span style="background-color: white; border-bottom: 2px dotted transparent; box-sizing: border-box; font-family: inherit; text-decoration: none; transition: all 0.5s ease-out;"><span style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0.0235294); color: #979ca0; font-family: &quot;Segoe UI&quot;, Tahoma, sans-serif; font-size: 12px; font-weight: normal; white-space: nowrap;">xrop.blogspot.pt</span></span></div></div></div></div>
23
Out16

As mães invisíveis de antigamente

António Garrochinho





No final do século XIX e início do século XX, para destacar seus filhos nas fotografias, as mães se escondiam atrás de tecidos, criando um aparato para suporte das crias e que aos nossos olhos modernos pode parecer um tanto bizarro.


O mais interessante ao ver essas fotos é a diferença de ponto de vista com o passar de mais de 100 anos. Se antes era uma solução estética,  hoje em dia dá uma sensação clara de filme de horror.








noitesinistra.blogspot.pt

23
Out16

MALCOLM E LUTHER KING

António Garrochinho

Malcolm Little, mais conhecido como Malcolm X (19 de maio de 1925, Omaha, Nebraska — assassinado em 21 de fevereiro de 1965, Nova Iorque), foi um dos maiores defensores dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista.
Teve o pai, um pastor, assassinado pela Ku Klux Klan e sua mãe internada por insanidade. Viveu a adolescência nas ruas e enquanto esteve preso descobriu o islão. Malcolm faz sua conversão religiosa como um discípulo messiânico de Elijah Mohammed. Converteu-se ao islão, mudando o nome para El-Hajj Malik Al-Shabazz.
Martin Luther King e Malcolm X divergiam em pensamentos, King defendia uma "resistência pacífica" pelos negros e Malcolm defendia a separação das raças, independência económica e um Estado autônomo.
Malcolm foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965 durante seu discurso no Harlem. O processo da morte de Malcolm foi arquivado por falta de provas.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Malcolm_Little
23
Out16

A MAIOR MENTIRA DE TODAS

António Garrochinho



Pergunte a qualquer pessoa qual é a pior das atitutes humanas e 9 entre 10 responderão que é a mentira .

Faltar com a verdade, ser desonesto com fatos e notícias, esconder algo ou simplesmente mentir por diversão (ou por maldade) é coisa que não toleramos e consideramos, em muitos casos, a pior das traições. 

Mas, sendo intrínseca da natureza humana ela está, e sempre esteve, presente no cotidiano de nossas vidas enquanto espécie.
De fato a um dito popular que diz que:
"Uma mentira repetida várias vezes acaba se tornando verdade."

E parece que uma mentira, ou melhor dizendo uma invenção, saída das cabeças de homens de tempos remotos tornou-se a maior, mais sentida e respeitada mentira da história da humanidade:

A invenção de Deus.

Sim.
Homens do passado longínquo criaram, em suas mentes febris e assustadas com os "poderes da natureza", deuses poderosos e maravilhosos como a explicação do surgimento da vida e das demais coisas ao nosso redor.
Seres sobrenaturais e atemporais, raivosos e exterminadores, beliciosos e ciumentos; e que foram sendo enterrados, deixados de lado, conforme evoluíamos e melhorávamos nosso entendimento sobre os mecanismos microscópicos que coordenam o funcionamento de nosso planeta e de nossos corpos.
Fomos esquecendo e relegando o fantasiosismo ao passado e ao atraso mental de nossos predecessores.
No entanto um destes seres mitológicos resistiu até nossos dias. Saído da idade do bronze e caminhando até o século XXI, o século actual.
Composto pelos mesmos atributos já descritos de seus párias, todos puramente humanos diga-se de passagem, este deus antigo, fruto de crenças esdrúxulas, sobrevive em nossos dias como um mutante oferecendo facetas personalizadas dependendo de quem o procura.




Milagreiro, médico, dono dos bens materiais, combatente do mundo espiritual, etc; só depende deo quê se está procurando. É um herói, um fenómeno, um abrigo e um amigo. Mas, contudo, seu maior feito é o de carregar consigo os piores massacres, assassinatos inumeráveis, um conjunto medonho de preconceitos saídos das cavernas, ameaçar, punir, destruir e, mesmo com tudo isso, ser reverenciado como "pai amoroso".

Sim.
Um deus que nos tempos antigos era belicista, matava, fulminava, queimava homens vivos e que, da noite para o dia, resolve transformar-se em humano e apregoar a "paz, amor e o respeito", contradizendo a sua própria lei e a si próprio.

E depois de "fazer-se carne" para salvar a humanidade dele mesmo, ou de sua fúria, some novamente e deixa o maior império da época para levar sua palavra aos "quatro cantos do mundo".

Através da espada sua nova fé, agora remodelada por seu filho, que era ele mesmo ao mesmo tempo e separadamente, foi promulgada e estabelecida em todo mundo conhecido, e naquele que estaria para conhecer-se.
Caça às bruxas, inquisições, enforcamentos, morte na fogueira, afogamento, serras para partir o corpo ao meio, sarcófagos cheios de estacas de ferro, cruzes invertidas e toda sorte de engenhocas criadas com um único fim: punir os descrentes e enviar suas almas pecadoras às profundezas do inferno. Inferno esse saído das mentes de um povo moderno que nada sabia do tal deus até aquele momento e que resolveu, assim de uma hora para outra, "emendar" uma parte de sua cultura à daquele poderoso ser.




Sua fé cresceu e fincou-se ao terreno do imaginário humano e viu com o passar do tempo, semore estático em seu canto, a mentalidade humana mudar.
"Liberté, égalité, fraternité!" 
Ouviu o deus todo poderoso os homens gritarem e, do alto de sua onisciência, viu-se em um encruzilhada:

De um lado o velho mundo: o medo, a prepotência, a escravidão e a ignorância.
Do outro lado o novo mundo: de homens livres, de pensamento livre e igualdade entre os povos.
Muito a contragosto ele rendeu-se ao novo mundo, mas sua relutância deu lugar ao surgimento de uma nova oportunidade.
Agora ele não era apenas o deus de uma nação isolada no continente africano. Não, ele agora tinha o mundo inteiro e para adequar-se ao novo ideal humano ele converteu-se em Pai celestial!
Criador da humanidade.
Traído por um homem mal agradecido, uma mulher ingênua e uma serpente (falante!) invejosa. 

Aborrecido e irado condenou sua criação a tormentos sem fim para que ela pudesse reconciliar-se com ele. Tão bondoso e amoroso enviou seu filho para salvar sua amada criação retirada do barro.

Com esse aparato psicológico que enganava, e engana, homens sedentos de controle emocional ele transformou-se na mais benevolente, porém temível, força criadora do universo, digo do céu e da terra, pois o universo só foi descoberto algum tempo depois.

Seus crimes foram apagados, ou transformados em culpa dos seres humanos indignos de seu amor e carinho.




Até que um dia homens, infiéis e usurpadores, descobriram que suas histórias eram estranhas e confusas. Que ele não havia contado a seus profetas a história completa, nem 1/3 na verdade.

Que sob nossos pés não há pedras apoiando os cantos da terra, que as estrelas são sóis em galáxias distantes com seus próprios sistemas complexos, que dores de cabeça não são castigos, que acima de nossas cabeças, no céu, não há portinholas ou janelas para serem abertas com a intenção de conversarmos com anjos, ou qualquer coisa assim; que o planeta é indiferente as nossas vontades e anseios, que a vida tem caminhos diferentes, estranhos e profundamente mais complexos que o barro da criação, que o mundo microscópico é muito mais ativo e decisivo na jornada humana que a vontade deste arcaico deus e que todas as maravilhosas histórias que ele havia contado eram apenas mentiras....

Mas lembram-se do dito popular?
Repito sem medo:

"Uma mentira repetida várias vezes acaba se tornando verdade."

Já era tarde demais.

Toda a humanidade já estava infectada. Todos mergulhados na crença na fantástica, poderosa e perfeita criatura divina.

Cega em sua ilusão de que ele age a bel prazer, fazendo e desfazendo vidas humanas em um tal "plano" incompreensível, incoerente, insano, desrespeitoso, preconceituoso e confuso onde sua vontade é indiscutivelmente justificada enquanto nós somos joguetes, marionetes e merecedores de toda maldade, crueldade e perniciosidade advindas do poder eterno de tal criatura. Culpados sempre, de "crimes" cometidos por homens no Oriente Médio, milhares de anos atrás, que nada tem haver com nossa realidade.

E agora, tal qual a revolução francesa por direitos humanos, nosso tempo vê surgir pessoas que querem livrar a humanidade deste pensamento atrasado e delirante.

Não sem luta, não sem batalhas.

A maior mentira de todos os tempos, conjunto de mentiras diria eu, é a de que nos rendemos a um ser que não existe, que nos fez regredir à nossa condição de bestas ignorantes, apenas para agradar nossas próprias vontades e esconder nossos próprios medos. Separando-nos e convertendo-nos em menos que seres pensantes mas, em opressores de nós mesmos.


perigoreligioso15.blogspot.pt
23
Out16

MENTIRAS SOBRE A APARIÇÃO DE N. SRA. DE FÁTIMA EM PORTUGAL- Padre conta tudo!!!

António Garrochinho

Possivelmente, você já deve ter ouvido falar dos segredos de Fátima. Talvez você seja como eu e nunca tenha tido muito interesse no assunto. No entanto, vale a pena conhecer a opinião do Padre Mário de Oliveira sobre os supostos segredos que Maria de Nazaré teria revelado à três crianças em Portugal, em 1917. 
Não bastando o momento que a Igreja é assolada por escândalos de Pedofilia entre os padres católicos hoje se descobre que também as crianças de Aljustrel foram vítimas de uma “montagem” feita pelo clero de Ourém. 
A utilização de Jacinta, Francisco e Lúcia numa suposta aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, arruinou a vida das três crianças. “Foi um crime pelo menos tão grave quanto o da pedofilia”, considera o Padre Mário autor do livro “Fátima Nunca Mais”, onde apresenta provas que desmentem as aparições de Fátima. Tudo não passou de uma grande farsa do Vaticano em conluio com a igreja de Portugal, para prender as pessoas à fé católica no momento em que a igreja estava em baixa de fiéis, mesmo que tudo isso custasse a vida de pessoas inocentes. O seu interesse de enriquecer os cofres da igreja era maior que o amor pela vida das pessoas.
Esta “montagem”, fez com que Fátima seja hoje uma “galinha de ovos de ouro para a Igreja”,  “Fátima é uma empresa que dá muito dinheiro à Igreja em Portugal e ao Vaticano”.
Usaram crianças inocentes para mentirem sobre a aparição de alguma coisa que eles nunca haviam visto, e que após a grande farsa, trancaram as crianças para que não [voltassem atrás] descobrissem a mentira imposta a elas pela igreja, porque o fato já tinha ganhado terreno e isso levaria muitos devotos a fazer caminhada em busca das promessas de Fátima. O fato é que a [prisão incomunicável] e abandono das crianças em conventos portugueses custou a vida de duas delas, pois os horrores que elas ali viveram lhes trouxeram vários problemas de saúde, opressão, depressão e medo. Em consequência disso Francisco morreu em 1919 por problemas respiratórios [pneumonia] com apenas 11 anos de idade. Jacinta faleceu no ano seguinte aos 9 anos do mesmo problema. Lúcia continuou reclusa e incomunicável.
Mas o mais importante para a igreja perdura até nossos dias, Fátima hoje é uma empresa que arrecada a cada dia mais dinheiro que qualquer outra empresa portuguesa, tudo em razão das mentiras impostas pela igreja e que ela mesmo não tem interesse em se auto-desmascarar, pois se assim fizer empobrecerá tanto ela quanto o Vaticano.


Bento XVI sabe, enquanto teólogo, que as aparições de Fátima nunca existiram. A tese é defendida pelo Padre da Lixa, Mário de Oliveira, que disse ao site portugues SAPO que não vai acompanhar a visita do Papa a Portugal em virtude de continuar defendendo essa mentira.
É fácil notar que os interesses em Fátima são muitos” e só com uma mudança radical no modelo institucional da Igreja as aparições seriam reconhecidas como “um grande equívoco”.


www.vamoslaportugal.com
23
Out16

Herança da PàF: 3⁰ pior défice e 2ª maior dívida da UE

António Garrochinho


2015-07-29-passos-portas-cristas-marco-antonio
As notícias, que já conhecíamos, desmentem a retórica da extinta PàF. Portugal terminou o ano de 2015 com a 2ª MAIOR dívida pública (129% do PIB) e o  3º MAIOR défice orçamental (4,4% do PIB) da União Europeia.
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Quatro  países registaram excedentes orçamentais (Luxemburgo, Alemanha, Suécia e Estónia) e SEIS países registaram défices superiores a 3% (Grécia, Espanha, Portugal, Reino-Unido, França e Croácia). O país que registou o menor défice foi a Lituânia (-0,2% do PIB).
Os dados para Portugal são estes, e são bem claros (comparando 2012, 2013, 2014 e 2015):
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Nota: em 2012 o défice de Portugal era o 7º pior da UE (-5,7% do PIB) e a dívida era a 2ª pior (126,2% do PIB).
A política faz-se com verdade e os resultados têm rostos. Estes resultados têm, para o bem e para o mal, o rosto de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Assunção Cristas.
As estatísticas não enganam.

www.insonias.pt

23
Out16

Factos falsos sobre a 2ª Guerra Mundial

António Garrochinho







hitlermussa
A segunda guerra mundial foi um grande conflito militar global que durou entre os anos de 1939 a 1945, e envolveu a maioria das nações do mundo, incluindo todas as grandes potências mundiais. O conflito foi o maior e mais significativo confronto armado da história. A guerra serviu como terreno fértil para a evolução de estruturas de segurança, inteligência e tecnologia.
Bom, mas a coisa não foi exactamente como a maioria das pessoas pensam. Existem alguns mitos sobre a 2º Guerra Mundial que precisam ser desmentidos, até porque aprendemos na escola e na vida uma certa história, mas a verdade é bem diferente. Pensando nisso, separamos alguns fatos falsos sobre a 2º Guerra Mundial em que  muitos no mmundo acreditam.

1 – Os prisioneiros de guerra nazis foram punidos




Depois da guerra terminar, milhares de prisioneiros nazistas se safaram. Os EUA aprisionaram 400 mil deles em campos no estado do Texas e em outros locais. Se você pensa que eles fora tratados de forma semelhante a que eles tratavam os judeus, comunistas e homossexuais, você está redondamente enganado. Na verdade eles foram reunidos em campos de prisioneiros, mas receberam tratamento praticamente de turistas em um camping.
Eles comiam bem e recebiam até vinho e cerveja. É verdade que os prisioneiros tiveram que cumprir trabalhos forçados, mas eles consistiam em trabalho em fazendas, nada muito drástico como, como incinerar crianças de seu próprio povo. Muitos deles afirmaram que a vida nesses campos era melhor do que quando eram soldados alemães.
Eles foram devolvidos para Alemanha em 1946, sendo que alguns mantiveram contacto com os amigos norte-americanos que fizeram enquanto eram prisioneiros. Muitos acabaram se mudando para os EUA mais tarde, ganhando até cidadania americana. 

2 – A Segunda Guerra mundial foi uma guerra mundial

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Este mito diz que a Segunda Guerra Mundial começou quando os nazistas invadiram a Polónia e acabou quando os Estados Unidos devastaram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Mas o que chamamos de guerra mundial foi na verdade uma aglomeração de conflitos diferentes, muitos deles independentes e com duração que extrapolada nos anos de 1939 à 1945. Apesar de ter sido convencionado que a invasão á Polónia em 1939 marca o início da guerra, também é possível argumentar que ele não tomou sua forma característica até 1941, com a entrada dos EUA na guerra e a invasão de Hitler á União Soviética.
Podemos até adiar a data do início do conflito, já que o império do Japão tentava dominar a Ásia e o Pacífico e estava em conflito com a República da China em 1937, matando mais de 20 milhões de chineses. Outro fato importante que aconteceu em 1937 foi a entrada da Itália no pacto Antocomintern, que já havia sido assinado entre o Império do Japão e a Alemanha nazista no ano anterior. Assim foi formado o grupo que mais tarde seria conhecido como o Eixo. Em outras palavras, a Segunda Guerra Mundial seria melhor classificada como uma era na história do que como um conflito singular.

3 – Apenas o Eixo cometeu crimes de guerra, os Aliados tentaram impedi-los




 O Reino Unido e os EUA mataram entre 18 e 25 mil civis no bombardeio da cidade Alemã de Dresden. O ataque não tinha nenhum motivo “nobre”, mas sim apenas explorar as condições confusas da cidade. E Dresden foi apenas uma das cidades atacadas pelos Aliados pelo mesmo motivo.

Além disso, soldados e civis capturados pelos Aliados durante o conflito também foram massacrados. Existem relatos de soldados Aliados mantendo crânios japoneses como troféus de guerra, e também não podemos esquecer das bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki.

4 – A bomba atómica acabou com a guerra

PARA LÁ DE ESTAR MAIS QUE COMPROVADO E REGISTADAS AFIRMAÇÕES DE PARTICIPANTES REAIS NESTA CALAMIDADE QUE DISSERAM QUE A BOMBA NÃO TERIA NECESSIDADE DE SER LANÇADA E QUE FOI SIM UMA EXPERIÊNCIA

Para o Japão, as bombas nucleares não foram motivos suficiente par declarar a rendição. Um dos fatos que realmente motivou que isso acontecesse, de acordo com líderes japoneses, foi o ataque violento norte-americano no verão de 1945, que acabou matando 250 mil pessoas e deixou milhares feridos, um número semelhante aos ataques de Hiroshima e Nagasaki somados.
Foi nesse ponto que os japoneses perceberam que haviam perdido a guerra, mais ainda não pensavam em se render, muito pelo contrário, eles tentaram negociar um armistício (acordo que suspende temporariamente as hostilidades entre países), mas o presidente norte-americano Truman rejeito o acordo.

5 – Hitler tinha controle total das forças armadas alemãs


A imagem do Führer Hitler faz todo mundo pensar que ele tinha a Alemanha inteira na palma da mão. Na verdade, nem todos os sectores militares aceitavam no que estava acontecendo no país. A marinha alemã, a chamada Kriegsmarine, tinha a lealdade totalmente voltada ao Estado, mas não confiava nos políticos e nos partidos.
Erich Raeder, Grande Almirante da marinha durante a primeira metade da guerra, resistia activamente a qualquer tentativa de tornar a Kriegsmarine nazista. Ele ficou famoso por discussões aos gritos que chegavam a durar duas horas com Hitler. Infelizmente ele não conseguiu se manter no cargo por muito tempo, e em 1943, ele foi substituído por um sucessor mais amigável com o nazismo, mas mesmo assim a marinha deu um jeito de manter-se longe do nazismo.

nerdices.com.br

23
Out16

Conheça a última geração das ‘sereias’ de meia idade da Coreia

António Garrochinho


A província de Jeju, na Coreia do Sul, se tornou famosa por ter uma das rotas aéreas mais cheias do mundo no voo que liga Jeju à Seul. Mas este não é o único segredo desta ilha, que resguarda mulheres com um talento único, conhecidas localmente como Haenyo.
Essas mulheres da meia idade são capazes de nadar em profundidades de até 20 metros para chegar ao fundo do oceano. É lá que elas recolhem olmos do mar, ouriços, pepinos do mar e lulas sem usar tanques de oxigênio, o que requer que algumas vezes estas “sereias da meia idade” tranquem a respiração por dois minutos.
A maioria delas já passou dos 70 anos, pois muitas mulheres jovens deixam a ilha de Jeju para estudar e trabalhar na área continental do país, o que fez com que o número de profissionais do gênero diminuísse consideravelmente nos últimos anos. Por sorte, toda a beleza da profissão foi retratada pela fotógrafa Mijoo Kim, de Nova York, em uma série que ganhou o nome de A Mãe do Mar.
Espia só:
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Todas as fotos © Mijoo Kim

vivimetaliun.wordpress.com
23
Out16

CORIDAS DE BIGAS AO MELHOR ESTILO ROMANO MAS COM MOTOCICLETAS

António Garrochinho
Algo assim só podia acontecer na primeiro metade do século XX, quando as demandas não abundavam e o mundo parecia mais temerário. Mas seja qual fosse a razão, durante os anos 20 e 30, na Austrália, aconteceu uma série com as corridas mais perigosas e impensadas de todas. As mesma simulavam as bigas, carruagens romana de guerra de duas rodas, puxadas por dois cavalos, no Circo Máximo, só que os cavalos foram substituídos por motocicletas de alta cilindrada. Sério!


Os participantes não usavam capacetes, nem trajes de proteção e muitos se vestiam com togas romanas, correndo ao melhor estilo de Ben-Hur.
Corridas de bigas ao melhor estilo romano, mas com motocicletas 01
Chegou a existir uma versão mais segura na qual as motocicletas eram pilotadas por pessoas sentadas nas mesmas e um co-piloto montando na biga.
Corridas de bigas ao melhor estilo romano, mas com motocicletas 02
Não obstante, esta variante menos perigosa não atraiu muito público, motivo pelo qual os organizadores preferiam a versão em que as motocicletas eram controladas como cavalos.
Corridas de bigas ao melhor estilo romano, mas com motocicletas 03
No princípio as carroças era muito simples, um barril de madeira cortado com a forma de uma biga romana, e rodas de carros fixadas a um eixo duvidosamente preso à estrutura.
Corridas de bigas ao melhor estilo romano, mas com motocicletas 04
No entanto, à medida que o público foi crescendo começaram a encomendar elaborados desenhos com motivos em bronze e pinturas vermelho púrpura ao melhor estilo da Roma antiga.
Corridas de bigas ao melhor estilo romano, mas com motocicletas 05
As corridas terminaram de maneira abrupta quando o governo Australiano decidiu responsabilizar os organizadores pelos acidentes, que eram muitos.

VÍDEO


Algumas pessoas mantêm a velha tradição do motociclismo de carruagem ainda viva nos dias de hoje.
Corridas de bigas ao melhor estilo romano, mas com motocicletas 07
Alguns malucos, inclusive, desfilam com suas bigas modernas nas rodovias. É bastante impressionante.

VÍDEO

www.mdig.com.br
23
Out16

ALGARVE - PCP QUER NOVO CAIS PARA A CARREIRA FLUVIAL ENTRE VRSA E AYAMONTE

António Garrochinho

Uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, visitou recentemente o cais fluvial de Vila Real de Santo António (VRSA), acompanhado por representantes da Docapesca, por dirigentes da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e do Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante e pelo gerente da Empresa de Transportes do Rio Guadiana.

Devido ao desinvestimento ocorrido nos últimos anos nos portos comerciais e de pesca da região algarvia, o cais transfronteiriço, que serve as carreiras fluviais entre Vila Real de Santo António e a localidade espanhola de Ayamonte, atingiu um elevado estado de degradação. Por questão de segurança, o transporte de automóveis foi interrompido em novembro de 2015 e, mais tarde, em agosto de 2016, o cais foi também interditado ao transporte de passageiros.

Temporariamente, as carreiras fluviais foram transferidas para o cais de embarque vizinho, destinado às embarcações marítimo-turísticas, o qual, para o efeito, foi objeto de uma pequena obra de manutenção de emergência. Contudo, apesar desta obra, também este cais não apresenta condições adequadas de segurança e comodidade, não permitindo, além disso, o embarque/desembarque de automóveis.

Esta circunstância tem provocado sérios prejuízos à Empresa de Transportes do Rio Guadiana, nomeadamente no que diz respeito à impossibilidade de transportar automóveis entre Vila Real de Santo António e Ayamonte. A prolongar-se, esta situação poderá inclusivamente comprometer a viabilidade da empresa, colocando em causa mais de uma dezena de postos de trabalho.

Prejudicados são também os operadores das embarcações marítimo-turísticas, já que as carreiras fluviais têm prioridade no acesso ao cais, colocando constrangimentos à operação das marítimo-turísticas.

Por fim, também a Docapesca é prejudicada, já que perde a parte da receita que lhe cabe pelo transporte de automóveis.

Durante a visita, a delegação do PCP foi informada que a Docapesca decidiu lançar um concurso público para a construção de um novo cais flutuante e de uma ponte de acesso ao cais, obra que a concretizar-se permitiria ultrapassar o problema.

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou a Ministra do Mar sobre a construção de um novo cais em Vila Real de Santo António para as carreiras fluviais que operam entre esta localidade e Ayamonte e sobre as datas previstas para o início e a conclusão das obras de construção desse cais.

barlavento.pt



23
Out16

“A CAÇA AO HOMEM”

António Garrochinho

“A CAÇA AO HOMEM” por Luísa Lobão Moniz


A TVi está a dar um curso, com aulas todos dias, sobre “A Arte de Bem Caçar”.

Todos os dias aprendemos algo, e a história é simples: há um homem que é o principal suspeito da morte de duas pessoas e de tentativa de homicídio de outras duas.

O homem era querido por todos os que o conheciam.

Não é pobre nem analfabeto nem tinha comportamentos violentos com a mulher (segundo dizem).

 Após 10 anos na justiça conseguiu ter a guarda parental da filha.

E mais não sabemos a não ser que anda desaparecido por montes e vales e por casas abandonadas de onde tira cobertores e deixa calças com sangue.

Todos os dias o sumário da aula é “A caça ao homem”.

Como aluna não muito assídua, mas não em abandono escolar, tento perceber porque se emprega o verbo “caçar”.

Caçar pressupõe perseguição de animais para os prender ou para os matar, ou ainda, como diversão.

No fim de cada pseudo aula o jornalista promete que a próxima aula trará mais surpresas. Fiquem atentos no Telejornal.

Está o país inteiro a dar sugestões de como encontrar o homem, há declarações das várias polícias, há comentadores, psicólogos a dizer que se calhar ele é um psicopata. E logo se debitam as características de um psicopata, e os alunos dizem “se calhar é mesmo”.

Já lá vai uma semana e ainda ninguém pensou nas crianças que assistem em directo a “Caça ao Homem”

Vivemos a violência, ou as violências, das sociedades transmitida em directo pela televisão…

A maneira como este caso está a ser tratado, por algumas estações de televisão, está a contribuir para uma cultura de violência, não só por se estar sempre a falar destes casos violentos como pelo vocabulário que é empregue.

Tem sido tudo explicado sobre as tentativas de apanhar o tal possível assassino: a maneira como vão equipados e para onde se dirigem.

 Esta é uma boa aula para potenciais criminosos.

Se fosse uma perseguição talvez o homem já estivesse a responder perante um juiz, mas como é uma caça não há falta de lugares onde se possa esconder.

De tantos pormenores terem sido dados ao conhecimento público, não me espantaria que daqui a uns dias já toda a gente comece a opinar sobre as fraquezas das nossas polícias e começar a simpatizar com o “homem” que até consegue enganar tanta polícia.

“A caça ao homem” deve rever a matéria dada e tirar as conclusões sobre o efeito gerado pela repetição da mesma notícia, dia e noite.

Muitos potenciais marginais estarão a fazer os seus apontamentos para ter um Bom no próximo trabalho.

Muitas crianças aprendem que há violência boa, a dos polícias.

A violência sairá reforçada.

aviagemdosargonautas.net

23
Out16

Abdelkader Taleb Omar: “Não é uma ameaça, ou a ONU se move ou a guerra Marrocos vai explodir”

António Garrochinho


Primer ministro de la RASD, Abdelkader Taleb Omar.- VIRGINIA UZAL

O PRIMEIRO-MINISTRO DA REPÚBLICA ÁRABE SAHARAUI DEMOCRÁTICA, ABDELKADER TALEB OMAR, ADVERTE QUE O ESPAÇO PARA A DIPLOMACIA SE ESTÁ A ESGOTAR E CONVOCA A COMUNIDADE INTERNACIONAL A INTERVIR JUNTO DE MARROCOS PARA EVITAR DERRAMAMENTO DE SANGUE.

DAKHLA (Campo de Refugiados saharauis em Tindouf (Argélia) .– O primeiro-ministro da RASD (República Árabe Saharaui Democrática) Abdelkader Taleb Omar em resposta à primeira pergunta do jornalista lança o aviso: “ou a ONU se mexe ou o conflito vai explodir“. Este é um dos poucos elementos de pressão que a Frente Polisario pode fora de portas. E assim o tem feito. No entanto, Taleb Omar diz que agora é diferente e explica que o caminho diplomático que surgiu com o cessar-fogo de 1991 está quase esgotado.
Recebe o Público num edifício dos campos de refugiados em Dakhla. É cordial e agradece o apoio recebido pela sociedade civil espanhola e também dos jornalistas que vieram cobrir a décima terceira edição do Festival Internacional de Cinema – Fisahara, mas rapidamente entra no assunto. Insiste que hoje as tropas de Marrocos e da Frente Polisario estão à pouco mais de 120 metros entre eles. Até agora ninguém disparou, apesar do Reino Alauita ter violado o acordo de paz de 1991. Mas a paciência de um povo exaurido e condenado a viver na sala de espera da vida, tem um limite. A questão é até quando.

Há dois anos você disse que abril 2015 era o prazo para a ONU para redirecionar o conflito. Se não reorientasse a Frente Polisário poderia voltar às armas. Passou um ano e meio desde então. À primeira vista, tudo parece igual.

Há mudanças. Marrocos tem mostrado a sua fraqueza, expulsando o pessoal civil da MINURSO (Missão das Nações Unidas para um referendo no Sahara Ocidental), solicitou a entrada na União Africana após 32 anos de ausência, e violou o acordo de paz de 1991. A violação do acordo de paz levou que as tropas marroquinas e saharauis estejam a apenas 120 metros de distância. A qualquer momento tudo pode acontecer. É que já não há mais espaço de manobra.
O caminho que se iniciou em 1991 está à chegar ao fim. Ou temos um resultado com um processo pacífico da independência do Sahara Ocidental ou, se irá regressar novamente às armas. Estamos nessa situação. Algo tem que acontecer. É urgente que a ONU esteja ciente disso e se mova antes que o pior aconteça. As coisas estão a atingir limites onde eles têm de inclinar-se para uma posição ou outra.

A eficácia de uma ameaça de guerra desce quanto mais vezes for utilizada. E a Polisário tem repetido um slogan semelhante

Mas a situação é. assim As tropas de ambos os países estão muito próximas. Marrocos sempre fez crer que colaborava com a MINURSO, mas agora foi desmascarado e deixou claro que não quer um referendo sobre a independência do Sahara. Antes sempre disse que respeitava o direito internacional. Agora as coisas já estão claras para todos. Ou a ONU toma posições claras e ou Marrocos vai passar as linhas vermelhas que marcaram e a Polisário estará livre de responder. A nossa resposta será como temos tido recentemente: colocar o exército lá e avisar Marrocos que, se isso acontecer, haverá guerra. É uma demonstração de que os saharauis podem passar à acção.
“Marrocos não é uma grande potência. A história dos saharauis pode ser comparada com a história de muitos países, como Timor e Indonésia ou a Argélia e a França “

Não seria um bluff? Como um método de pressão?

Não. Os fatos estão lá. Há 120 metros de distância. Ou a ONU faz alguma coisa ou os saharauis estão dispostos a ir para a guerra.

Você acredita realmente que a Frente Polisario pode ir à guerra contra uma grande potência militar como Marrocos?

Marrocos não é uma grande potência. A história dos saharauis pode ser comparado com a história de muitos países, como Timor e a Indonésia ou a Argélia e a França. Eram poucos cidadãos comparativamente com as potências colonizadores, mas estes países ganharam graças à sua resistência e conseguiram impor os seus direitos legítimos à liberdade. O Sahara pode não ser a exceção. Hoje todo o mundo reconhece o nosso direito à autodeterminação e nenhum país reconhece a soberania marroquina sobre o Sahara. É uma força de ocupação. A questão é clara no direito internacional. Marrocos está lá à força. Os saharauis estão a sofrer mas estão unidos e determinados.

Mas reconhece que no papel parece uma derrota certa. Podem correr este esse risco?

Nós não partimos de algo teórico. Estivemos 16 anos na guerra contra Marrocos e nós estamos aqui. Os saharauis tinham milhares de prisioneiros de guerra marroquinos, recuperamos material de guerra e a e história assim o prova. Os saharauis têm demonstrado a sua capacidade de resistir. E podemos repeti-la. Estamos agora mais numerosos, mais experientes, mais conhecidos em todo o mundo. Antes ninguém sabia de nós e não tínhamos experiência.

Esta linha mais dura tem a ver com a eleição do novo presidente?

Nós somos uma organização com uma agenda política acordada por todos os membros. Os líderes podem vir ou ir, mas há uma agenda política. Você pode mudar o estilo, mas a política, não. São as condições e o desenvolvimento do conflito que estão a criar essas mudanças, não pessoas.

Fiquei muito surpreso que uma das condições para concorrer à presidência era ter sido dirigente durante a guerra.

A Polisário considera que ainda estamos num período de luta pela libertação. Para a libertação necessita-se a preparação do Exército e um dirigente militar com a experiência necessária. Portanto, é um requisito para este período de luta em que estão os saharauis. Por, isso escolheram um dirigente com experiência militar. Embora existam outras opções diplomáticas, não se descarta que todos devemos estar prontos para a guerra e, por isso, um dirigente com experiência.

E não é uma limitação ao direito de eleger um presidente de todos saharaui?

São os congressistas da Polisario que escolhem isto para mostrar que se mantêm esta linha de luta de libertação. O presidente é o comandante supremo das forças militares da Polisario. Um chefe deve saber dirigir e estar à altura ao nível militar. O exemplo não é que o líder deve comandar e estar em casa, mas sim que deve estar na frente das tropas militares. Somos um movimento de libertação que incentiva as pessoas com o seu próprio exemplo.
“A Polisario acredita que ainda estamos num período de luta pela libertação. Para a libertação necessita-se a preparação do Exército e um dirigente militar com a experiência necessária.”

Uma das grandes novidades neste conflito é a eleição do novo secretário-geral da ONU, o português, António Guterres. Foi aos campos de refugiados, o que é a sua opinião?

Ele esteva aqui e pensamos que se mostrou sensível às pessoas em dificuldades. Encontrou-se com os refugiados e com a gente. Era uma pessoa simpática, extrovertida, não colocou obstáculos entre ele e as pessoas. Esperamos que este espírito e personalidade se transforme em política.

Em Espanha, parece que a investidura de Mariano Rajoy está esclarecida. Irão pedir uma reunião com o novo governo para que coloque o foco sobre o conflito do Sahara durante a sua presidência no Conselho de Segurança?

Estamos muito interessados com o que acontece na Espanha, porque o que acontece lá nos afeta. Os governos passados têm-nos decepcionado. Tanto o PSOE e o PP e o PP pior que o PSOE. É uma realidade. Temos esperança de que as coisas vão melhorar devido às novas forças políticas que se expressam mais a favor do povo saharaui. No entanto, nós queremos sempre o melhor para a Espanha porque quando melhoram notamos e se pioram também. Quando a crise começou notou-se um grande declínio da ajuda. Nós desejamos o melhor para a Espanha e que tenha um governo o mais rapidamente possível.

É se o mesmo cenário se repete? Será que apoiam a oposição e não o governo?

O Partido Popular falou de forma excelente sobre nós enquanto esteve na oposição. Iam fazer o melhor dos melhores, mas já no poder fizeram outra coisa.

E com Unidos Podemos e cidadãos? falaram?

Todos expressaram posições excelentes em favor da causa saharaui. Tanto Unidos Podemos como Ciudadanos. Isso encoraja-nos, mas também esperamos que se concretize mais. A Comissão de Justiça aprovou a resolução para considerar os saharauis como os de países que tem uma relação histórica com a Espanha, como países da América Latina ou a Guiné. Esse é um passo positivo, mas exigimos que sejam reconhecidas as instituições e a situação geral do povo saharaui e não que só nos reconheçam individualmente.
” Estamos muito interessados com o que acontece na Espanha, porque o que acontece lá nos afeta. “

A Polisario receia que esta pode ser uma faca de dois gumes e um poderoso incentivo para deixar estes campos?

Essa diáspora já existe e sofre devido à documentação. As pessoas têm as suas aqui, e depois voltam. A decisão da Comissão de Justiça facilita a comunicação, mobilidade e estamos confiantes de que não vai significar uma separação. Nós não temos nenhum problema com a dupla nacionalidade. Os saharauis no exterior ajudam as suas famílias aqui e ajudam a reconhecer a causa saharaui noutros lugares. Vemos isso como um ponto positivo que reforça a luta saharaui. Aqueles que têm nacionalidade espanhola não arrancaram as suas raízes saharauis.

Um dos problemas que existe desde que o PP é é a alta taxa de recusas por parte de Espanha de vistos para atenção médica. Já se descobriu porquê?

É devido aos cortes que foram feitos na Espanha. Pode estar relacionada com a crise e as medidas que o governo PP impôs. Esperamos que, quando a situação melhore em Espanha, isto seja corrigido. E também coincidiu com a chegada do PP e as suas posições de linha dura em alguns aspectos. Antes o PSOE facilitava a obtenção de vistos de saúde e fortalecia a cooperação económica e ajuda humanitária aos saharauis. É uma diferença radical entre o PP e o PSOE, embora as posições políticas vão no mesmo sentido.

Será que a Frente Polisário não tem nenhuma responsabilidade? Não houve nunca medo que fossem para a Espanha por motivos de saúde e nunca mais voltassem?

Nenhum. Nós somos os mesmos Polisario. Agimos da mesma forma com os governos do PP como do PSOE. O que mudou são os governos da Espanha, não a Polisario. E não, não temos medo. Se a Polisario tivesse esse medo não facilitaria ou passaportes e autorizações. A Polisário continua a apresentar listas e pedidos para que as pessoas saiam. As pessoas que têm o passaporte vão e veem. É a mostra de que nós consideramos a nacionalidade como um elemento muito positivo. Nós encorajamos Espanha a facilitar vistos. Aqui todos são livres de se deslocar. As pessoas ficam aqui pela sua própria convicção e nada mais.
Via: POR UN SAHARA LIBRE http://bit.ly/2evTy0j
abrildenovomagazine.wordpress.com
23
Out16

Para uma melhor compreensão do problema sírio*

António Garrochinho


Está em curso uma gigantesca campanha de manipulação mediática em torno das operações de reconquista da cidade de Alepo pelo exército sírio. Entretanto, para quem queira ver o que está detrás da gritaria sobre “crimes de guerra”, “hecatombe” e o resto, a questão nada tem de “humanitária”. Do que se trata é, simplesmente, de preparar a opinião pública para uma intervenção ocidental em defesa dos fanáticos terroristas da Al-Nusra, agora transformados em “rebeldes moderados”.
O que está em causa em Alepo é uma parte da cidade, a zona Leste, não a cidade no seu todo, 1 milhão e duzentos mil habitantes na zona governada pelo regime sírio para cerca de 250 mil controlados pelos “rebeldes”. Essa parte é controlada por milícias em que a força dominante e predominante é a AL-NUSRA, agora autodesignada Fateh el Sham, pertencente à Al-Qaeda até há dias. A das Torres Gémeas! Designa-se Frente para a Reconquista da Síria… É o jihadismo mais fanático, cujo financiamento deve ter os seus canais assegurados pelos regimes feudais da Arábia e do Golfo (de que “ninguém” das agências ousa beliscar quanto a direitos humanos e não se ouve personalizar um “ditador” feudal sequer dos que por lá regem o poder; é o poder financeiro de alto calibre e portanto intocável!). Todos vemos que muitos dos jihadistas vieram de países da Europa e de outras paragens para derrubar o presidente sírio e implantar um “estado Islâmico” na Síria, talvez segundo o modelo saudita, quem sabe. Esses mesmos convertidos e fanáticos que atravessaram a Europa passaram pela Turquia e alinharam com os rebeldes autóctones no combate ao regime sírio. Alguém acredita que são pessoas que podem fazer na Síria uma democracia? E é legítima essa invasão de jihadistas para o “regime change” das potências ocidentais, que já gerou tantas desgraças e misérias no Iraque, na Líbia, no Afeganistão, etc. E à luz do direito internacional é legítima a interferência dos países ocidentais num país que não os agrediu? Os rebeldes são armados por quem? E combatem para quê? A guerra civil desencadeada serviu para algo mais do que para destruir e matar? Balanço? O governo sírio deveria poupar os “rebeldes” “moderados” de armas na mão e os terroristas de mãos nas armas? Para se deixar derrotar? Para o caos, a somalização? Vejam o programa “Going Underground” de 15 de Outubro, na Russian Television, pois pode-se ouvir o último embaixador britânico na Síria para se aperceber do que por lá vai. A guerra de fora, financiada, alimentada, promovida numa aliança tácita do fanatismo jihadista e do intervencionismo ocidental, é um desastre que desgraçou o povo sírio e transtornou a Europa. Para quê? Quanto aos rebeldes implantados em Alepo Leste pensem nesta ideia muito clara: Não serão eles que têm a população refém?
Não foi o representante da ONU para a Síria, S. Mistura, que disse que os mil “rebeldes” têm cativa a população na cidade; e que lhes assegurava a retirada de Alepo para deixarem em paz a população? Será que o governo sírio está impedido de ganhar a guerra por imposição da coligação ocidental/Arábia Saudita? Porquê? Para implantar um não-regime do tipo da Líbia? Ou um regime do tipo Qatar? Ou da Arábia Saudita? Diz-me com quem andas… Será possível que sejam recomendáveis rebeldes que estão aliados ou do mesmo lado contra o regime sírio com o DAESH e a AL-Qaeda? E, nesse caso, qual a consistência da apregoada luta contra o terrorismo pelas potências ocidentais? Sem perspectiva histórica, numa manipulação noticiosa casuística, a verdade é engolida e o leitor fica à nora, ou, pior, é enganado. Os rebeldes não se poderão render? Se são moderados, não deveriam libertar a população civil? Uma guerra não pode acabar? Ou esperam a intervenção da NATO para os fazer ganhar a contenda? A Síria é um país com um governo que está representado na ONU. É aceitável que se feche militarmente o espaço aéreo de um país soberano por diktat do Conselho de Segurança, como se fez na Líbia? E o brilhante resultado da intervenção da NATO nesse país não deve ser reflectido? O que pretendeu o representante da França no Conselho de Segurança? Rememorar o seu colonialismo argelino e a sua mortífera guerra colonial, ou o seu protectorado da Síria na época colonial? Os rebeldes entrincheirados em Alepo Leste não fazem de civis os seus escudos? Quantas vítimas inocentes na invasão do Iraque, na ocupação do Afeganistão, nos bombardeamentos da Líbia, nos ataques aéreos ao Iémen pela coligação saudita? Crimes de guerra? Pergunte aos “Médecins Sans Frontiéres” em Kandahar e no Iémen. As acusações ao exército sírio e às forças russas de “crimes de guerra” são pura propaganda no contexto que se sabe. Não foi a intervenção russa há pouco mais de um ano que tornou óbvia a prevalência do ISIS na luta contra Assad? Quem reconquistou Palmira e porque é que os órgãos ocidentais abafaram o significado dessa vitória contra o terrorismo? Num sentido humano geral a guerra é sempre crime. Do risco para a humanidade resultante do reacender da guerra fria, haja sangue frio para apurar quem atiça o fogo. Numa atitude imparcial, está à vista quem.
*Este texto foi publicado como Editorial do Novo Jornal, de Angola, em 21.10.2016
Via: ODiario.info http://bit.ly/2eGetNo
abrildenovomagazine.wordpress.com
23
Out16

A ROTA DA SEDA/Análise | Rota da Seda: Descobertas e reinvenção

António Garrochinho




Uma das mais inesperadas coisas que a China criou foi Portugal. No século XV um grande “best-seller” na Europa de então era o livro de viagens Marco Polo, o célebre mercador-aventureiro veneziano apelidado de “o homem das mil histórias” pelos seus contemporâneos. Por estas e outras vias se difundiu por entre os europeus a conhecimento (e a obsessão) sobre a Ásia Central e a Oriental.


Texto de Sandro Mendonça*


À Europa chegavam as notícias sobre riquezas distantes. As riquezas concentravam-se em Veneza, a Cidade-Estado que efectivamente monopolizava o estatuto de maior beneficiário desse grande e longo caminho terrestre. O sonho de chegar ao Oriente crescia bem como a sede de escapar ao atraso e isolamento europeus.
E essa camoniana epopeia aconteceu; uma tentativa de alcançar activamente por mar o que outros recebiam passivamente por terra. Um projecto animado por um instinto de concorrência económica e pelo ânimo de encontrar uma alternativa inovadora.
A China através da Rota da Seda provocou que, no outro extremo da Eurásia, Portugal se superasse. Sem os “Descobrimentos” esse país possivelmente não existiria hoje. O processo de expansão que se iniciou tornou o português uma língua global e mais rica, de ciência e de negócios. E ganhou-se também resiliência. Por exemplo, aquando da hegemonia filipina, Macau foi o único ponto do império que não cedeu, o derradeiro foco de resistência.

Mas a própria Rota da Seda é uma “invenção” recente
O nome “rota da seda” designa uma via de comunicação terrestre com quase 2500 anos. Atravessa o ventre da plataforma continental euro-asiática num percurso de cerca de 4000 quilómetros que compreende desertos e cordilheiras, historicamente trilhado por caravanas de mercadores e peregrinos. Por esse circuito se distribuíam bens preciosos, como sedas e especiarias, e tecnologias, como a bússola a que os navegadores dariam novos usos.
Contudo essa rota não é só um facto histórico; tem estado também envolta em mistérios, mitos e mal-entendidos. A “rota”, por exemplo, não era um percurso pré-definido; ela evoluía com o passar das gerações. Não era uma “linha” mas sim uma “rede”: um sistema de actividades multi-direccionais que integrava várias geografias.
Mais interessante: trata-se de expressão artificial de cunhagem recente. O autor foi o académico alemão Ferdinand von Richthofen (1833-1905), um perito em geografia que trabalhou como consultor em projectos que pretendiam explorar recursos minerais na China com a ajuda de caminho-de-ferro e de portos industriais. No enorme livro em cinco volumes que publicaria em 1877 aparece, então, o termo “Seidenstraße” pela primeira vez, o qual acabou por se popularizar no século XX.


A re-emergência de um conceito-desafio
Em Setembro de 2013, numa visita ao Cazaquistão, o Presidente Xi Jinping anunciou o plano para um “Cinturão Económico da Rota da Seda”. No mês seguinte, durante a cimeira da ASEAN (Association of Southeast Asian Nations) na Indonésia, anunciava a “Rota da Seda Marítima”. Em Maio de 2014, quando a China assumia a coordenação bianual da CICA (Conference on Interaction and Confidence-Building), a ideia foi a noção orientadora: uma forma pacífica e produtiva de “reconectar países que partilhavam um passado comercial comum” (segundo a TV oficial).
Muitos projectos económicos têm sido enunciados entretanto: programas de ferrovia de mercadorias até à Europa, de transporte de gás com a Rússia, de corredores económicos com a península indostânica, etc. Não há grande empresa chinesa, sobretudo de transportes e logística, e não há grande cidade ou província, sobretudo as do interior da China, que não ajuste os seus objectivos de médio e longo prazo a esta visão.

Uma faixa, um caminho, uma reinterpretação da globalização
Esta iniciativa estratégica, e o adensar espontâneo de interconexões que pode provocar, é financeiramente sustentado com a formação, em Outubro de 2014, do Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB), o qual agrega dezenas de países. A missão será alicerçar mega-projectos de infra-estruturas nas áreas das telecomunicações, energia e transportes. É complementado pelo “banco dos BRICS”, o New Development Bank, também com sede em Xangai.
Estas movimentações ocorrem ao mesmo tempo que se animam vários outros esquemas de re-configuração global. Ao nível das movimentações institucionais os EUA tentam dar corpo a tratados de livre comércio como o Trans-Pacific Partnership (TPP) e o Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP). Este último é visto em Washington como sinal da “viragem para a Ásia” (pivot) que a Administração Obama tem anunciado.
Por seu lado, o que a “nova rota da seda” tenta fazer é uma vertebração da Eurásia e uma reactivação do Índico, ou seja, uma espécie de “viragem para Ocidente e para o Sul”. Esta estratégia deve igualmente ser vista no contexto mais alargado de outros planos intra e inter-regionais: o eventual alargamento da passagem inter-oceânica da América Central, a possível rota Andina conectando ambas as costas da América do Sul, a corrida pela passagem marítima no Ártico. Isto é, a redefinição da globalização para o século XXI está em curso, mas ainda nos seus anos formativos.


Variedades e complementaridades das “novas Rotas da Seda”
Evidência de que o conceito “One Belt, One Road” é tomado como operativo é que a todo o tempo surgem extensões ao mesmo. Pode falar-se, portanto, de uma “rota da seda financeira”. Fala-se também de uma “rota da seda aérea” que reorganizará a governança da malha de ligações aéreas na região. Fala-se, ainda, de uma “rota da seda epistémica” para designar os processos de cooperação de ciência e educação que podem surgir no quadro de uma cooperação alargada e mais intensa virada para o capital humano e para a inovação. De facto, a Rota da Seda nunca foi apenas comércio: foi conhecimento e cosmopolitismo.
A terminologia “rota da seda” é, assim, uma linguagem tão descritiva como propositiva. É tanto uma designação de um passado de laços identitários como uma agenda transformacional para um futuro de novas interconexões económicas e tecnológicas.

* Professor de Economia, ISCTE Business School – Instituto Universitário de Lisboa. Lecciona em programas doutorais ministrados em universidades da China continental. É gestor do CYTED – Programa de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento na região ibero-americana
www.revistamacau.com


A Rota da Seda

rotse1A Rota da Seda, elo de ligação entre o Ocidente e o Oriente na antiguidade, cultivou uma civilização antiga e deixou um acervo de tesouros multicolores e invenções cheios da sabedoria de nossos ancestrais. Deixou ainda muitos mistérios à espera de exploração e descoberta. A comunidade acadêmica mantem muitas divergências sobre o período da exportação da seda ao Ocidente. Meng Fanren, pesquisador do Instituto da Arqueologia da Acadêmia de Ciências Sociais da China, considera que a exportação da seda ao Ocidente pode ser dividida em dois períodos tendo a dinastia Han (de 206 a.C a 220 d.C) como a linha de demarcação.
No período precedente da dinastia Han, a seda foi levada ao Ocidente através das vias populares, por exemplo através das mãos das minorias étnicas, principalmete as etnias nômades que habitavam as periférias da China antiga, porque estes povos “cavalheiros” atuavam nas vastas áreas e mantinham como intermédio, os contactos com outras nações além do oeste chinês. No entanto, a exportação da seda no próprio sentido iniciou-se só na dinastia Han, porque só a partir deste período, existiam claros origem da oferta, lugares destinatários e rotas do tráfico, e o negócio era vultoso, planejado, até organizado.
Segundo algumas documentações do Ocidente da época, a seda, além de ser bonita e agradável, protegia a saúde e tinha função contra bichinhos, chuva e trovoada, até à seda foram dadas várias funções mágicas, de maneira que os bruxos embrulhavam os amuletos com pano de seda. Nestas circunstâncias, as regiões desde a Ásia Central até ao Império Romano tinham grande demanda da seda e nesta “onda de procura”, o Império Romano foi o maior importador.
Mas, quando os romanos conheceram a seda? De acordo com documentações históricas ocidentais, no ano de 53 antes de Cristo, um do triunvirado do Império Romano Angito, Marcos Licínio Crasso, dirigiu suas tropas para travar uma batalha contra a Pártia e foi bloqueado pelo adversário. No momento crucial, soldados da Pártia estenderam sua bandeira bordada de seda. Esta, brilhando e agitando-se ao sol do meio dia, causou um pânico por entre os soldados romanos, que foram derrotados destrosamente. Historiadores ocidentais consideram que esse foi o primeiro contacto dos romanos com a seda. Até ao século IV, a procura de seda se penetrava para todas as camadas sociais do Império Romano, desde a classe da nobreza até o povo comum.

Início, desenvolvimento e fim da Rota da Seda

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Para conhecer a questão, é necessário conhecer em primeiro lugar a situação das comunições na Ásia Central nos tempos remotos. Em geral, a Ásia Central abrange cinco país tais como o Cazaquistão, a Quirguízia, o Tadjiquistão, o Uzbequistão e a Turcomênia. A região liga o continente euro-asiático e serve como via de comunicação entre o Oriente e o Ocidente. Mas, antes da dinastia Han, as regiões Oeste da China estavam muito fechachas pelos vastos desertos de Gobi e altas cordilheiras, que dificultavam a comunicação entre a Ásia Central e as planícies centrais da China.
Nos anos de 139 e 119 a.C, o imperador da dinastia Han do Oeste, Wudi, mandou duas vezes, seu emissário Zhang Qian às regiões Oeste em missão de abrir o caminho para o Oeste e unir as forças de vários reinos na região para combater os hunos no norte. Voltado das regiões Oeste, Zhang Qian comunicou detalhadamente a situação das localidades por onde ele tinha passado ao imperador e este tomou a decisão de unificar todas as regiões Oeste. Um caminho foi aberto assim atendendo às necessidades militares e políticas. Ele ligava-se à Ásia Central unindo-se em uma linha de comunicação euro-asiática a que veio a ser chamada de Rota da Seda.
A Rota da Seda percorreu um processo de desenvolvimento desde a sua abertura. A dinastia Han foi o período de abertura e desenvolvimento, mas, as agitações internas que se seguiram durante cerca de 400 anos, à que a separação do Império Romano e a decadência do Império da Pérsia que se associavam, estagnaram a Rota da Seda. Até à dinastia Tang, século 7, que administrava diretamente as regiões Oeste através de seus 16 comandos fronteiriços, a rede de comunicações e a administração da Rota da Seda foram aperfeiçoadas e a Rota atingiu seu apogeu.
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Mas, depois da rebelião de An Lushan e Shi Siming, dois generais da dinastia Tang, que aconteceu no ano de 755, durou 7 anos e marcou o início da decadência da mesma dinastia, a Rota da Seda começou a decair dia a dia. Desde o final da dinastia Tang e o início da dinastia de Cinco Períodos, uma outra rota da seda, isto é, a Rota da Seda Marítima, veio a substituir a antiga Rota da Seda e até o início da dinastia Song, por volta do século 10, a Rota da Seda terrestre quase chegou a seu fim. Na dinastia Yuan, fundada por Kublai Khan, a Rota da Seda terrestre ia reavivar-se, mas já encoberta de “brilhos do sol ao entardecer”, acabou com sua missão histórica juntamente com a extinção da dinastia Yuan.
A Rota da Seda ligava em si as principais civilizações e os principais países da época, por exemplo, na antiguidade, ela ligava quatro importantes impérios tais como o império da dinastia Han chinês, o Império da Pártia, o Império dos Kushana e o Império Romano; na Idade Média, ligava a dinastia Tang, a Pérsia, o Império Romano Oriental e a dinastia sasaniana, inclusive até o mundo árabe; e em outra categoria, ligava a civilização chinesa e as civilizações da região da Ásia Central, do Irã, das bacias de Eufrade e Tigris, da Ásia Menor (Anatolia), da Grécia e da civilização romana, e através destas últimas, ligava o norte da África, o Egito.Foi uma estrada concreta e real que contribuiu para o intercâmbio mercantil, que tinha a seda apenas como uma das principais mercadorias, e a divulgação das espécies.
No entanto, o seu papel que merece uma atenção todo especial reside ainda na sua contribuição, como uma via intangível, para o intercâmbio cultural, político, religioso e científico, por isso, a estrada foi chamada também de “rota de emissários”. Através desta via, realizavam-se as migrações dos povos nômades, exemplo disso, foi a migração ao Oeste dos hunos, dos Wusun, dos Rouzhi, dos mongois e dos Sai; realizavam-se as mesclas étnicas e culturais. Também através desta via, várias religiões se introduziram, exemplo disso foram o budismo, o zoroastrismo, o maniqueismo, o nestorianismo e o islamismo.
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Um fenômeno que queira chamar a atenção é que a Rota da Seda se estendia do norte da China até as estepes europeias, uma vasta região habitada principalmente pelos grupos étnicos nômades na antiguidade, e os intercâmbios realizados ao longo da via entre as nações nômades e os povos agrícolas possibilitavam drásticas transformações a ambas as partes, exercendo importantes influências para todos os setores socio-econômicos incluindo a urbanização, os meios de defesa e o desenvolvimento das etnias nômades.
Muitos exploradores percorreram a Rota da Seda como Marco polo que se encontrou com o neto do grande Genghis Khan que dominava a rota da seda na época. Neste sentido, a Rota da Seda não foi apenas uma via de comunicações nem uma questão relacionada apenas com o comércio de seda, mas sim mostrava um panorama da história e da sociedade daqueles tempos e uma miniatura das civilizações antigas dos mesmos tempos, ou melhor dizendo, as diversas civilizações da época deixaram aqui seus vestígios.

Fonte: China ABC
Edição Total: História Espetacular
www.oarquivo.com.br

Rota da Seda: Onde caravanas transportavam mercadorias e idéias



Poucas aventuras humanas instigam tanto a nossa imaginação quanto aquela que aconteceu ao longo da Rota da Seda




A rede de estradas conectava o Extremo Oriente ao Mediterrâneo, por seus caminhos passaram, entre o século 2 antes de Cristo até meados do século 16, milhares de caravanas de camelos que transportavam mercadorias do Oriente para a Europa e o mundo árabe, e vice-versa. O itinerário principal da Rota se estendia por 12 mil quilômetros, atravessando montanhas, desertos e estepes, da China até os portos de Antioquia, na Síria, e os de Bursa e Constantinopla (a moderna Istambul), na Turquia. Desses portos, a Rota prosseguia por via marítima, até Veneza.

A Rota da Seda não era apenas um itinerário comercial: era sobretudo um importante canal de comunicação entre os povos do Oriente e do Ocidente, pelo qual ocorria a transmissão, em mão dupla, de tecnologias, artes e religiões. Da China, através da Rota, chegaram invenções que revolucionaram a Europa: a tecnologia do papel, a impressão, a pólvora. Da Europa, foram para o Extremo Oriente os conhecimentos ocidentais das matemáticas, da medicina e da astronomia. Percorrendo-a, o Islão, nascido no Oriente Médio, se difundiu na Ásia Central e na Índia; o budismo, por seu lado, se propagou da Índia à China e ao Japão.



Cena de rua e mercado ao ar livre em Istambul.
Chamada Constantinopla na época da Rota da
Seda, essa antiga cidade devia boa parte da sua
prosperidade ao fato de ser um dos principais
entrepostos de comércio entre a Ásia e a Europa.

A Rota da Seda – expressão cunhada no século 19 pelo estudioso alemão Ferdinand von Richthofen – tornou-se assim o maior eixo comercial e cultural de todos os tempos. Até hoje, seu nome é sinônimo de exotismo, aventura, viagens a terras distantes. A seda – objeto por excelência do desejo dos ricos e poderosos da Europa e do mundo árabe –, da qual os chineses dominavam os segredos de fabricação, foi escolhida como símbolo dessa imensa rede de comunicação terrestre. Mas a seda estava longe de ser o único produto a transitar por ela. Sobre seus lombos, os camelos carregavam também enormes fardos de especiarias em direção aos mercados europeus: cravo, canela, ginseng, coentro, sândalo, noz-moscada, cardamomo, mirra, incensos, bem como outros tecidos, sobretudo o linho, e tapetes, ervas medicinais, chás, jóias, artefatos de metal e madeira, cerâmicas e porcelanas, obras de arte. Em direção à China seguiam produtos de beleza e maquilagem, diamantes, pérolas, corais e vidros de manufatura ocidental. O diamante era utilizado sobretudo como pedra de corte, enquanto os objetos de vidro eram vendidos como artigos de alto luxo até o século 5, quando os chineses aprenderam a arte da sua fabricação.

Junto às as caravanas, caminhando ao lado dos camelos nessas viagens que duravam meses e até mesmo anos, um número enorme de pessoas se movia. Eram comerciantes e mercadores das mais diversas procedências e nacionalidades, homens de guerra com seus exércitos, sacerdotes, exploradores, embaixadores e emissários, peregrinos religiosos, artistas. Foram eles que possibilitaram o intercâmbio não apenas de mercadorias mas também aquele outro, mais duradouro e fecundo, das idéias, das crenças religiosas, dos estilos artísticos, das escolas de pensamento. A Rota da Seda funcionou assim como um gigantesco caldeirão cultural no qual se encontravam e se fundiam as mais diversas expe- riências culturais – chinesa, indiana, iraniana, árabe, turca, egípcia, a grega e a romana clássicas.



Em Kashgar, no Noroeste da China, o mercado,
a economia e a vida cotidiana não são muito
diferentes do que eram nos tempos em que esse oásis
era um dos pontos mais importantes da Rota da Seda.

Os itinerários seguidos pelos viajantes ao longo da Rota da Seda mudaram com o tempo, segundo sobretudo a situação política dos vários Estados atravessados pelas caravanas. Mas aquela que é hoje chamada de rota principal permaneceu a mesma ao longo dos séculos. Ela partia da China (da sua antiga capital, Chang’na) e se estendia em direção noroeste, penetrando na Ásia Central, onde, nas imediações do oásis de Dunhuang, se bifurcava em dois percursos principais. O primeiro seguia pela borda sul do deserto de Taklamakan, o segundo pela vertente norte desse mesmo deserto. Ambos os percursos se reuniam depois na cidade de Kashgar. Daí, a Rota atravessava as montanhas da cordilheira do Pamir, e passava pelas cidades de Samarcanda, Bucara e Merv, situadas no atual Usbequistão. Seguia depois pelas margens do Mar Cáspio e atravessava o Norte do atual Irã, antes de entrar no atual Iraque. Bagdá, a capital, era uma das cidades mais importantes da Rota. O trecho final chegava finalmente a Alepo e Antioquia, na Síria. Um outro braço atravessava a Anatólia turca até os portos de Bursa e Constantinopla (atual Istambul). Nesses portos, as mercadorias eram embarcadas em navios em direção a Veneza: entreposto definitivo onde as mercadorias eram armazenadas e as negociações aconteciam. De Veneza, via terra, os bens eram distribuídos para toda a Europa.

Nem tudo foram flores na longuíssima história da Rota da Seda. Pela prosperidade que ela engendrava, e por causa do acesso que proporcionava a um grande número de riquezas muito cobiçadas, ela atraiu um grande número de imigrantes e de invasores. No século 6, tribos turcas originárias da Ásia Central lançaram uma onda de migrações bem sucedidas em direção ao Oeste que levaram a língua e os costumes turcos até as margens do Mediterrâneo. Os árabes muçulmanos, por seu lado, fizeram o caminho contrário, migrando em direção ao Leste, alterando de maneira decisiva o equilíbrio de forças e a distribuição das grandes religiões mundiais na Ásia Central e na Índia.



Ao atravessar as zonas limítrofes entre a China e
o Sul da Mongólia, a Rota passava por vários
santuários budistas mongóis, como o da foto acima.
Nesses lugares havia intenso intercâmbio cultural,
com troca não apenas de informações científicas
e culturais mas também filosóficas e religiosas.

Em meados do século 13, chegou a vez dos mongóis de Gengis Khan e seu filho Kublai Khan. As hordas bárbaras dos mongóis invadiram a China, toda a Ásia Central, e prosseguiram depois a leste até o centro da Europa. Pela primeira e única vez na história, a Rota da Seda ficou sob o domínio exclusivo de um vasto império, o mongol. Graças a isso mercadores e emissários europeus como Marco Polo puderam viajar, sob a proteção dos mongóis, até a China, estabelecendo contato direto entre essa nação e a Europa.

Na segunda metade do século 14, o poder passou para as mãos do líder tribal Timur (Tamerlão), mongol de língua turca, que estabeleceu sua capital em Samarcanda. Guerreiro impiedoso, Timur dominou boa parte da Ásia Central, estabelecendo um reinado baseado no terror e na violência. As tribos se revoltaram contra ele, e uma situação de instabilidade política se instalou, seguida de uma crise econômica e de declínio cultural. A Ásia Central, enfraquecida e desorganizada, não mais pôde assumir o controle de intermediação que era vital para o comércio regular entre o Oriente e o Ocidente.



A arte islâmica dos azulejos está bem
representada neste detalhe de uma cúpula
de edifício religioso situado no centro
histórico de Samarcanda, no Usbequistão.

A China se aproveitou dessa situação para se livrar dos longos anos de dominação mongol e para restabelecer valores chineses tradicionais. Em meados de 1426, a dinastia Ming fechou as fronteiras da China. Depois de ter sido a principal artéria de comunicação entre o Oriente e o Ocidente, a Rota da Seda foi cortada. Seu fechamento durou 1.500 anos, e foi um dos principais motivos que levaram os europeus a descobrir rotas marítimas para manter o comércio com as nações do Oriente. Foi também responsável pelo grande declínio sofrido nos séculos seguintes pelos países e populações situados ao longo da Rota. Cada uma daquelas cidades e oásis, devido às suas naturezas particulares e colocação geográfica, tinha se beneficiado em modo e medida diversa dos estímulos e influências provenientes do intenso tráfego internacional que por elas passava. Cada uma tinha desenvolvido não apenas uma história, mas também uma fisionomia cultural, artística e religiosa próprias, constituindo sínteses únicas. Todas essas extraordinárias experiências se dissolveram com a falta dos mercadores, peregrinos, religiosos e artistas que durante séculos as tinham promovido, deixando sinais tangíveis da sua presença. Essas cidades e oásis pouco a pouco foram sendo despovoadas, algumas foram inteiramente abandonadas, transformando-se em ruínas. O deserto, finalmente, se apossou da maior parte dos monumentos, escondendo-os sob uma camada de areia.

Foi apenas no final do século 19 e início do século 20 que esses lugares quase esquecidos começaram a ser redescobertos, graças ao trabalho de numerosos exploradores e arqueólogos, em sua maioria europeus. Suas atividades, no entanto, nem sempre eram ditadas por puro espírito científi- co: muitos estavam ali como agentes de seus respectivos go- vernos para explorar estradas e percursos utilizáveis para fins comerciais e militares. Foi, por exemplo, o caso típico da Rússia, que organizou inúmeras expedições à Ásia Central, sobretudo, à zona do deserto de Taklamakan com o objetivo – por sinal bem sucedido – de instaurar protetorados ou simplesmente de anexar nações. Tudo isso faz parte da história da criação do vasto império que se chamou União Soviética. Muitos desses agentes não se contentaram em ser pontas-de-lança de projetos de dominação da região: dedicaram-se também à pilhagem dos tesouros artísticos e culturais nela guardados.



A Grande Mesquita de Bucara, no Usbequistão,
chegou intacta até os nossos dias. Ela é um
dos mais impressionantes monumentos da arte
e da arquitetura islâmica de todos os tempos.

A Rússia não esteve sozinha no grande processo de pilhagem que ocorreu naqueles anos. Pinturas murais, esculturas, manuscritos e tantos outros tesouros que testemunham a pujança das antigas civilizações da Rota da Seda foram simplesmente embarcados “para casa” pelos exploradores estrangeiros. Para se ter uma idéia da quantidade de tesouros centro-asiáticos pilhados basta visitar hoje os acervos de dezenas de museus especializados no Japão, China, Índia, Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia, Suécia, Finlândia, Taiwan, Coréia do Sul e Alemanha.

Hoje, lentamente, as nações da Rota da Seda abrem suas portas aos visitantes estrangeiros, e procuram recuperar o que sobrou do magnífico patrimônio que o comércio da seda gerou.

Marco Polo, o grande aventureiro da Rota da Seda




Durante séculos, o império mongol controlou a
totalidade da Rota da Seda, possibilitando a
viagem de grandes aventureiros como Marco
Polo. Na foto à esquerda, um velho monge
budista mongol. À direita, uma garota mongol.

Em 1271, os comerciantes venezianos Nicolau e Mateus Polo partem para a China, através da Rota da Seda, para uma viagem que irá durar cerca de 20 anos. Com eles está o jovem Marco, destinado a passar para a história como um dos mais célebres viajantes de todos os tempos. Suas aventuras são descritas no livro O Milhão, e farão sonhar muitas gerações de leitores ocidentais.

A Rota está novamente aberta

A desintegração da União Soviética assinala um novo capítulo na longa história da Rota da Seda. Com ela, as antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central situadas na Rota da Seda – Casaquistão, Usbequistão, Guirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão – conquistaram a sua independência e reabriram suas fronteiras, fechadas ao mundo ocidental durante a dominação soviética. Hoje, é possível visitar livremente essas nações – todas elas de riquíssimo passado cultural – para conhecer o que sobrou dos grandes monumentos erigidos nos séculos em que a Rota se manteve ativa. Samarcanda e Bucara, no Usbequistão, por si sós valem a visita. Ambas possuem um patrimônio arquitetônico islâmico de tirar o fôlego.

A Roda da Seda e o Património Mundial



A partir de Chang’an, a antiga capital da China,
a Rota da Seda se estendia em direção noroeste,
acompanhando o traçado da Grande Muralha.

O Centro do Património Mundial da Unesco trabalha ativamente para inscrever a Rota da Seda na lista do Patrimônio Mundial dos bens culturais. Em agosto de 2003 e em julho de 2004, a organização enviou expedições de especialistas para investigar sobretudo a parte da Rota que se encontra em território chinês. Essas missões da Unesco na China concluíram que uma rota cultural pode ser definida em termos de espaço (a Rota passava por centenas de sítios, de monumentos, de construções, de edifícios) e de tempo (é possível estabelecer o início e o fim da sua utilização). Completada a investigação do trecho chinês da Rota (cerca de 4.450 quilômetros), a Unesco dará início a uma fase ulterior, ligada aos demais países da Rota, situados na Ásia Central até o Mediterrâneo.

.:: Revista Planeta
23
Out16

O COMBOIO MAIS LONGO DO MUNDO

António Garrochinho
A Austrália é famosa por suas intermináveis composições ferroviárias, como o trem de Pilbara, que transporta ferro desde as minas de Karratha até a região de Tom Price. A formação Pilbara geralmente costuma levar 320 vagões por viagem, não obstante, nada compara-se com a façanha da ferrovia da empresa de mineração BHP que liga as minas de ferro em Newman com o porto de Headland no oeste de dito país. Em 21 de junho de 2001 carregou uma formação de 682 vagões com 82.262 toneladas de ferro. A formação pesava mais de 100 mil toneladas, e foram necessárias 8 locomotivas GE AC6000 (6000 CV).


A formação percorreu 275 quilômetros, e segundo relatos de testemunhas visuais do acontecimento o solo tremia na sua passagem. De ponta e ponta a composição atingiu uns 7.353 km de comprimento.A razão pela qual forçaram as vias férreas a suportar semelhante nível de vibrações e temperaturas foi em parte um experimento. A General Electric, que fabricou as locomotivas utilizadas, desejava provar sua configuração "locotrol", na qual se emprega uma locomotiva tripulada na frente do trem e esta se sincroniza com outras locomotivas não tripuladas distribuídas ao longo da formação.

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E se tratássemos de trens de passageiros mais longos, também estariam na Austrália: é o trem The Ghan, que liga Darwin, capital do Território do Norte, no litoral norte da Austrália, com Adelaide, capital do estado da Austrália Meridional, na costa sul do país; regiões separadas por uns 3 mil quilômetros).

VÍDEO


A composição do The Ghan tem em geral entre 44 e 50 vagões com 1,1 quilômetros de comprimento. Geralmente empurrado por duas locomotivas este trem é basicamente uma cidade sobre trilhos, já que tem lojas, restaurantes, vagões que permitem a certos passageiros transportar seus carros, vários vagões de luxo e até um spa.

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www.mdig.com.br
23
Out16

10 terríveis crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos

António Garrochinho

A maioria dos americanos gosta de pensar que suas forças armadas são uma ferramenta para a preservação da liberdade e do bem-estar das pessoas de todo o mundo. Gerações de soldados norte-americanos tem, de fato, realizado façanhas nobres e heróicas em defesa desses valores.  No entanto, desde os primórdios da nação, encontrar-se com os militares dos Estados Unidos  quase sempre significou morte e destruição, em vez de liberdade e justiça. Desde a Revolução Americana até a atual  guerra contra o terror, os soldados americanos tem participado em inúmeras  atrocidades, de uma forma ou de outra, como veremos a seguir.


10 – O massacre de Balinga
Durante a Guerra Hispano-Americana, em 1898, as forças americanas capturaram as Filipinas. De certa maneira, os americanos foram vistos como libertadores, já que os filipinos vinham lutando contra o imperialismo espanhol durante anos; contudo, eles não estavam dispostos a servir novamente a outra nação estrangeira. Seguiu-se então a Guerra Filipino-americana.
Depois de sofrer pesadas baixas nas mãos de insurgentes filipinos na província de Samar, o General Jacob H. Smith buscou vingança contra a população civil. Ele ordenou aos seus soldados:  "Eu não quero nenhum prisioneiro. Desejo que todos sejam mortos e queimados, quantos mais vocês matarem e queimarem, mais ficarei satisfeito. "
As tropas do General Smith iniciaram uma campanha de genocídio. Todos os nativos com mais de dez anos de idade e capazes de portar armas foram executados, outros milhares foram levados para  campos de concentração.
Infelizmente, essas ações foram apenas um microcosmo da gigantesca brutalidade que foi a ocupação das Filipinas pelos americanos. Estima-se que pelo menos 34 mil filipinos  morreram como resultado direto da guerra, e outros 200.000 pela epidemia de cólera que se espalhou entre os refugiados e os jogados em campos de concentração.


9 – O massacre de No Gun  Ri
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Quando as forças norte-coreanas lançaram um ataque surpresa contra a Coréia do Sul em 25 de junho de 1950, soldados americanos mal treinados que estavam aquartelados em Tóquio foram levados para a península. A invasão criou uma enorme crise de refugiados, com milhares de  civis fugindo dos exércitos que se aproximavam. Temendo a infiltração de espiões que poderiam se apresentar como civis, o comando americano ordenou que nenhum civil coreano fosse autorizado a atravessar as linhas de batalha.
No mesmo dia que essas ordens foram emitidas, cerca de 400 refugiados que se encontravam em uma ponte, perto da aldeia de No Gun Ri, foram indiscriminadamente massacrados por forças americanas.
Os americanos  inicialmente negaram qualquer envolvimento no incidente, afirmando que suas tropas não estavam nas proximidades no momento do massacre. No entanto, mais detalhes do caso tem surgido nos últimos anos, graças aos depoimentos tanto de sobreviventes quanto de perpetradores do massacre. Como um veterano americano lembra: "Havia um tenente gritando como um louco, fogo em todos, matem todos ...  "
Infelizmente, este foi apenas o primeiro de muitos massacres realizados pelas forças americanas na Coréia, massacres que só vieram à tona nos últimos anos. Não houve justiça para os sobreviventes coreanos. A única pessoa a enfrentar acusações por crime de guerra na Coréia, o capitão Ernest Medina, foi absolvido pela corte marcial.


8 -  O massacre de  Gnadenhutten
Viver como colono na fronteira durante a Revolução Americana, era viver em um lugar isolado, brutal e violento. Linhas de frente eram inexistentes e não havia cavalheirismo na guerra de fronteira. Há certamente inúmeras atrocidades que a história nunca descobrirá, mas uma que se destaca é o massacre de Gnadenhutten.
Em 8 de março de 1782, 160 milicianos da Pensilvânia cercaram a aldeia de Gnadenhutten, no leste de Ohio. Os moradores da vila eram índios, cristãos, pacíficos e neutros na luta. No entanto, os milicianos os acusaram de conduzir ataques em toda a Pensilvânia e estavam dispostos a executar cada habitante da aldeia.
Os índios foram divididos em duas cabanas, uma para os homens e outra para as mulheres e crianças, e, em seguida, espancados até a morte antes de serem escalpelados. Ao todo, noventa e seis, dos cem índios,  foram escalpelados e mortos; toda a aldeia foi incendiada. Um sobrevivente se escondeu na mata, outros  três sobreviventes conseguiram avisar as aldeias vizinhas.


7 - O campo de prisioneiros em Andersonville

Você pode pensar que esta imagem seja a de um prisioneiro recém-libertado dos campos de concentração nazistas. Mas este homem, na verdade era um soldado da União, aprisionado no campo de prisioneiros em Andersonville, Geórgia, durante a Guerra Civil Americana.
A vida para os soldados de ambos os lados do conflito era uma experiência angustiante, não importa onde estivessem estacionados. No entanto, sem dúvida, o pior lugar para se estar em toda a guerra era a prisão militar do Acampamento Sumter, em Andersonville. Sendo a maior prisão da Confederação, o campo havia sido projetado para uma capacidade máxima de 10.000 prisioneiros. Em agosto de 1864, o número de presos chegara a 33.000.
As condições no campo eram um pesadelo. Os confederados estavam desesperadamente sem provisões para si mesmos, o que significava que os prisioneiros de guerra ficavam quase sem nada. Os homens não tinham abrigo do sol durante o verão escaldante ou da chuva fria de inverno. O pequeno riacho que corria através do campo tornou-se tanto um banheiro comum bem como a única fonte de água potável. Consequentemente, o número de mortes por doenças e fome subia drasticamente. Dos 45.000 homens mantidos na prisão, cerca de 12 mil morreram e foram enterrados em valas comuns ao redor do acampamento.

Quando a guerra terminou, Henry Wirz, o comandante de Andersonville,  foi preso, julgado por um tribunal militar e enforcado. Ele foi a única pessoa de ambos os lados do conflito, executada por crimes de guerra durante a Guerra Civil Americana.


6 – O massacre de Dachau
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O campo de concentração de Dachau, na Baviera, foi um dos campos de extermínio mais infames da II Guerra Mundial. Pelo menos 32 mil assassinatos documentados ocorreram lá, junto com milhares de vítimas desconhecidas que entraram no campo sem registros. Quando chegaram ao campo em 12 de abril de 1945, os soldados americanos se depararam com centenas de corpos espalhados por todos os lugares, o horror da cena levou muitos a perder o controle.

Durante o curso de libertação do campo, os soldados americanos mataram pelo menos cinqüenta guardas alemães. Alguns foram mortos tentando fugir, outros foram sumariamente executados. Embora esses assassinatos sejam obviamente indefensáveis dentro das regras modernas de guerra, essa atrocidade é sem dúvida a mais compreensível nesta lista. Ela é apenas um dos muitos casos de americanos que executam prisioneiros nazistas durante a invasão aliada, nenhum soldado foi processado por participar nessas mortes.


5 – O ataque à aldeia de Azizabad
Desde 2001, o Afeganistão tem visto constantemente mortes de civis nas mãos das forças americanas, seja por terra, por aviões de guerra e por ataques de drones. Um dos casos mais divulgados ocorreu na aldeia de Azizabad, na Província de Helmand, em 22 de agosto de 2008.
As forças americanas receberam informações de que Mullah Sidiq, um comandante talibã, estava a caminho de Azizabad, depois de ter emboscado tropas americanas. Durante a noite, aviões de guerra  AC-130  realizaram um ataque mortal na vila. As bombas mataram cerca de noventa civis, muitos dos quais eram crianças. Embora os Estados Unidos alegassem ter matado Sidiq no ataque e que a maioria das vítimas eram militantes do Talibã, Sidiq mais tarde surgiu ileso e investigações independentes concluíram que  se houvessem, eram poucos os militantes talibãs na aldeia.
Apesar da carnificina do evento, nenhum americano foi sequer processado por seu papel no ataque aéreo. No entanto, um afegão chamado Mohammed Nader foi condenado à morte pelas autoridades afegãs por ter fornecido informações  à OTAN que levaram ao ataque.


4 – O massacre de Kandahar

Este ataque é diferente, porque, ao contrário de outros na lista, foi realizado por um único soldado americano. Nas primeiras horas do dia 11 de março de 2012, o sargento Robert Bales sorrateiramente saiu de sua base no bairro de Panjawi, na província de Kandahar, e entrou em uma casa nas proximidades. Ele atirou em todos os dez residentes, matando seis. Bales retornou brevemente para a base antes de sair novamente para outra casa nas cercanias, onde ele matou mais doze e feriu outros dois. Das dezoito pessoas mortas naquele dia, nove eram crianças.
Após os assassinatos, Bales supostamente voltou para a base e prontamente confessou a seus superiores, simplesmente dizendo, "eu fiz isso."  Ele se declarou culpado em um tribunal militar, sendo, em agosto de 2013, condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.


3 – A prisão de Abu Ghraib
Semelhante a do Afeganistão, a ocupação americana do Iraque também testemunhou incontáveis atrocidades por parte das forças americanas. O mais conhecido desse  crimes foi o tratamento dado aos prisioneiros em Abu Ghraib. De outubro a dezembro de 2003, soldados norte-americanos, com pouca experiência em administrar uma prisão, realizaram atos incrivelmente sádicos sobre aqueles que lhes competia guardar. Muitos detidos foram humilhados, torturados, violados, sodomizados, e alguns até forma mortos nas mãos dos guardas.

Apesar de que houvesse atividades semelhantes ocorrendo em outras prisões iraquianas e afegãs, os abusos em Abu Ghraib só vieram à tona, tornando-se um escândalo mundial, em grande parte por causa da evidência fotográfica da tortura ( Cuidado: imagens chocantes ). Estas imagens de abuso foram amplamente divulgadas; publicações como The New Yorker  e 60 minutos denunciaram detalhadamente o crime. Como resultado, onze soldados foram condenados a penas de prisão, mas muitos dos soldados e empreiteiros privados supostamente envolvidos nos abusos nunca enfrentaram  julgamento.


2 – O massacre de Wounded Knee

Esta lista inteira poderia ser feita de injustiças horríveis perpetradas pelo governo dos Estados Unidos contra a população nativa americana do país. Uma das mais significativas foi o massacre de Wounded Knee. Este incidente na reserva Pine Ridge  foi o último grande conflito das Guerras Indígenas. Vinte  soldados foram agraciados com a Medalha de Honra após o massacre, mais do que em qualquer outra batalha única na história americana.
Em 29 de dezembro de 1890, a sétima cavalaria cercou um grupo de dacotas, incluindo mulheres e crianças, no Wounded Knee Creek. Os soldados exigiram que os dacotas entregassem suas armas, e estavam recolhendo-as quando a violência começou. Não está claro quem disparou primeiro, mas logo, um combate isolado entre os alguns nativos e militares americanos se transformou no caos, com o acampamento sendo atingido pelo fogo indiscriminado dos soldados. Os tiros de rifle e  dos canhões Hotchkiss ecoaram, ceifando centenas de vidas, soldados montados matavam à fio de espada os que tentavam fugir.
No momento em que tudo acabou, pelo menos 150 homens, mulheres e crianças do povo dacota tinham sido mortos e 51 feridos (4 homens, 47 mulheres e crianças, alguns dos quais morreram mais tarde); algumas estimativas colocam o número de mortos em 300. Vinte e cinco soldados americanos  também morreram e 39 ficaram feridos (seis dos feridos morreram mais tarde). Acredita-se que muitos tenham sido vítimas de fogo amigo, já que o tiroteio ocorreu em uma estreita faixa e em condições caóticas.


1 – O massacre de My Lai
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O massacre de My Lai é o crime de guerra mais famoso dos Estados Unidos e tornou-se uma espécie de referência com a qual todos os atos de selvageria militar americanos são comparados.
Em 16 de março de 1968 os homens da Companhia Charlie entraram na aldeia de My Lai, no Vietnã do Sul, para realizar uma missão de  "busca e destruição". Embora não houvesse sinais de tropas inimigas, os soldados receberam ordens para entrar na aldeia atirando. O incidente rapidamente transformou-se em violência e caos, com os homens da Companhia Charlie abrindo fogo contra os moradores desarmados da aldeia. Entre os aldeãos estavam muitas mulheres, crianças e velhos. Estima-se que mais de 300 civis foram mortos a tiros ou à baionetadas durante o curso de várias horas.
Apenas um soldado, William Calley Jr., foi condenado por participação no massacre. Ele cumpriu três anos e meio em prisão domiciliar. Talvez ainda mais perturbador do que a falta de punição pelo massacre de My Lai seja o fato de que o comportamento da Companhia Charlie foi aceito como normal entre as tropas americanas no Vietnã.  O coronel Oran Henderson comentou certa vez que “quase todas os soldados das companhias ansiavam por uma My Lai nas profundezas do seu coração” .

kid-bentinho.blogspot.pt
23
Out16

Semanada

António Garrochinho


Esta era a semana que Passos Coelho esperava há vários meses, setembro seria o ano da desgraça orçamental o que levaria a DBRS a baixar a notação da dívida soberana para lixo e daí a um segundo resgate era um passo. Voltaríamos a ver um filme que já passou no nosso país, os juros baixariam, a direita europeia faria as acusações do costume a Portugal e Passos exigiria eleições antecipadas, as tais eleições com que ele sempre sonhou. Só que Passos anda com azar e tudo sucedeu ao contrário.

Com o PSD sempre em queda nas sondagens, com a Assunção Cristas a subir, com um vice-presidente a emigrar e o Marco António mais escondido do que o Pedro de Arouca, resta a Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque fazerem pela vida. A deputada em part time lembrou-se de ser vice-presidente do PSD e fez umas declarações, Passos desatou a dar entrevistas e até vai deixar de fazer de morto na discussão do OE, promete fazer propostas, pelo que se espera que sejam as reformas de que tanto fala, cortes de vencimentos, de prestações sociais e de reformas.

Enquanto um Pedro tenta ressuscitar, o Pedro de Arouca anda desaparecido e até já circulam piadas na Net em que ele promete que só aparece quando o SCP for campeão nacional. Entre diretos de 24 horas por dia na TVI24 e na CMTV e declarações correr de uma senhora que é coordenadora não percebi bem do quê, só reparei que se chamava Fazenda, anda por aí muita confusão sobre se há ou não coordenação. Uma coisa é estranha, um MP que tanto gosta de mediatizar a investigação criminal faz agora de conta que nada tem que ver com o assunto.

jumento.blogspot.pt
23
Out16

REFLEXÃO DE UM PORTUGUÊS SOBRE HORÁRIO DE TRABALHO

António Garrochinho



Os alemães trabalham em média cerca de 1393 horas anuais. Os espanhóis trabalham em média cerca de 1691 horas anuais, o que dá cerca de 1 hora e meia a mais por dia do que os alemães. Os portugueses trabalham em média cerca de 1840 horas anuais, o que dá cerca de 2 horas a mais por dia do que os alemães. Os gregos trabalham cerca de 2032 horas anuais … o que é uma enormidade. 

Avaliemos a produtividade de trabalho por hora de trabalho, média do português em relação ao alemão. O alemão em média produz duas vezes mais por hora do que o português (produtividade de trabalho por hora de trabalho 68,8 para 126,9). Para os gregos é 68,2 e para os espanhóis é 99,8. 

Conclui-se portanto que para obter a mesma produção dos alemães ou trabalharíamos o dobro dos alemães (2600 horas anuais), o que seria impossível ou temos de aumentar a produtividade de trabalho por hora de trabalho. 

Mas dizem os especialistas de estudos de gestão que ao fim de um período de trabalho de seis horas, as capacidades de exercício profissional começam a reduzir-se drasticamente. Não por acaso certamente, as reuniões de trabalho de grandes empresas, onde se tomam as grandes decisões, se efectuam nas primeiras horas da jornada laboral. Assim a redução do horário de trabalho aparece como solução com o necessário aumento da produtividade do trabalho. 

O actual excesso de trabalho induzido por períodos de trabalho longos leva á exaustão física e psicológica, á ausência de períodos de repouso, á ausência na família, á ausência de auto-aprendizagem e desenvolvimento pessoal. E conduz, com resultados contraditórios ao desejado, á diminuição da intensidade do trabalho. 

Penso nos profissionais de saúde. Períodos prolongados e exigentes de trabalho, por vezes em turnos sucessivos, sem intervalos de repouso, com penosas deslocações incluídas, conduzem a comportamentos inadequados, a erros e a insatisfações. 

Mas isto é só uma reflexão de fim de semana de um não-economista ou gestor. 


CR

cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt
23
Out16

Loulé: Capicua apresenta concerto «Mão Verde» em estreia no Algarve

António Garrochinho



Capicua_MaoVerde












O Cine-Teatro Louletano vai receber o espetáculo infantil «Mão Verde», em estreia no Algarve e que conta com a presença de Capicua e Pedro Geraldes, nos próximos dias 27 e 28 de Outubro, às 10h30 e às 14h30, em espetáculos dirigidos às escolas, e dia 28 de Outubro, às 21h30, para o público em geral.
«Mão Verde» é um concerto temático em torno das plantas, da agricultura, da alimentação, dos cheiros das ervas aromáticas, da cor das flores, e com uma clara motivação ecologista.
Durante cerca de uma hora, entre momentos de interação com o público, haverá «canções alegres e com importantes mensagens, numa abordagem tão inteligente quanto engraçada dos temas quotidianos e do universo verde que nos rodeia. São rimas, histórias, rap e jogos de palavras, sobre batidas coloridas e acompanhadas por diversos instrumentos tocados ao vivo», diz a Câmara de Loulé.
Ter «a mão verde» nasce da tradução de uma expressão francesa, que significa ter jeito para as plantas e talento para a jardinagem. Assim sendo, «Mão Verde» é a celebração desse cuidado e «servirá para inspirar todos os pequenos jardineiros», acrescenta a autarquia louletana.
rapper Capicua, autora das letras e que dá voz ao espetáculo, vai ser acompanhada por Pedro Geraldes, autor das músicas e arranjos, que vai estar na guitarra, baixo, teclas, percussão e programações.
O concerto tem a duração de 60 minutos e custa 2 euros para escolas, que necessitam de se inscrever previamente, e 3 euros para famílias e público em geral. Os bilhetes podem ser comprados aqui.
Para mais informações e reservas os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604, de terça a sexta-feira, das 13h00 às 18h00, ou pelo email cinereservas@cm-loule.pt 

Além disso, podem consultar a sua página de facebook – www.facebook.com/cineteatrolouletano ou o seu websitehttp://cineteatro.cm-loule.pt.

www.sulinformacao.pt
23
Out16

Reformados, pensionistas e idosos vão-se manifestar em Faro

António Garrochinho



Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI, através da sua representação no Algarve, vai promover uma manifestação para exigir «o aumento real das pensões e a melhoria das condições de vida» no próximo dia 29 de Outubro, sábado, com início às 15h30, junto ao Mercado Municipal de Faro.
«Desde Maio de 2016 que a Confederação MURPI tem vindo a reivindicar um aumento intercalar das pensões com o objetivo de procurar recuperar parcelas do poder de compra perdido com a política de exploração e empobrecimento da troika e do Governo PSD/CDS», diz a organização da manifestação.
A Confederação MURPI diz-se também disponível para «continuar a lutar pelo aumento de todas as pensões».

www.sulinformacao.pt
23
Out16

BARALHO DE CARTAS por Luísa Lobão Moniz

António Garrochinho

By claracastilho 


O telemóvel é como um amigo de que ninguém se pode esquecer.

As fotografias, que se põem nas redes sociais assim como as conversas, revelam que as redes estão a substituir o convívio em que as pessoas conversam, com a boca e com os gestos, com as diversas posturas corporais, que por si só, falam dos nossos sentimentos.

Será que as nossas crianças estão a crescer com vergonha dos seus sentimentos?

O espanto, a partilha, uma mão no ombro, um olhar de cumplicidade estão a ser substituídos pelas redes sociais onde a nossa sensibilidade, a nossa capacidade de moderação e de auto-controlo não se desenvolvem, ficam num nódulo de comportamento que se manifestará, ou não, conforme as pressões exteriores.

As redes sociais transmitem os acontecimentos na hora…, tornam as pessoas dependentes do que escrevem e da leitura do destinatário.

“Não sabem? então eu mandei-vos por mail!”

 Escrevemos um mail e não passa pela cabeça de ninguém que não seja logo lido, mail mandado é mail, que sem dúvida, já foi lido…

Estamos a deixar crescer as nossas crianças numa sociedade em que predomina o imediato, a distância face à família, o medo e o sentimento de culpa.

Culpa porque não disse à mãe que o pai a violou, porque, se calhar, a culpa é da criança.

Culpa porque o gozam na escola porque ele é diferente…

Culpa porque os pais se vão separar.

Culpa de ser EU.

Nas redes sociais as nossas crianças podem ser seduzidas por estranhos, com pequenas coisas, e pequenas coisas que vão encher o seu ego.

Estas crianças sentem que há alguém que as quer conhecer, alguém que tem tempo para ela.

Há crianças que nunca deixam o telemóvel desde que se levantam até que se deitam, estão viciadas, já não conseguem comunicar com a família que se limita a dizer “estás sempre com o telemóvel, não fazes mais nada”.

Estamos a inverter os cuidados que a criança necessita.

Foi uma luta para que a criança percebesse que há outras actividades às quais se pode dedicar, empregar o seu tempo, ou seja, o tempo que o adulto precisa para realizar as suas actividades.

O adulto prefere estar sossegado sem ter que falar com as crianças, sem ter que sair de casa para ir a um jardim, ou para um parque infantil.

O adulto manipula as suas crianças conforme os seus interesses e não os da criança

 Em vez de ter dado atenção, em vez de ter partilhado o que gosta de fazer, em vez de a criança ter partilhado o que a preocupa, ergue-se um muro, devagar, entre as crianças e os adultos.

Não um muro de tijolo, mas de silêncio.

Não é uma voz zangada, não é uma voz autoritária, mas sim palavras de afecto, de carinho, que poderão transformar tijolos em sorrisos, em gestos de carinho.

 Transformar o muro de silêncio é urgente.

Todos ganhamos com isso, a sociedade será mais justa e poderá proporcionar às nossas crianças espaços públicos mais seguros.

Uma coisa é certa, o muro há-de cair a pontapé ou como um baralho de cartas.

A carta da culpa cai e faz cair a da vergonha, a carta do silêncio cai e faz cair a carta do tempo ao telemóvel…..

aviagemdosargonautas.net
23
Out16

IGNORÂNCIA OU NEGÓCIO !?

António Garrochinho

A IGNORÂNCIA, OU A ESPERTEZA PARA GANHAR DINHEIRO COM RITUAIS DE BRUXARIA AINDA GRASSA EM PORTUGAL NO SÉCULO XXI
Jovem morre a roubar caveiras para ‘vudu’
Homem de 22 anos saltou nu de muro do cemitério da Amora e acabou com o corpo espetado em gradeamento.

23
Out16

Homicida de Aguiar da Beira terá assaltado outra casa- Sangue encontrado no local.

António Garrochinho

O homicida de Aguiar da Beira, Pedro Dias, terá assaltado outra casa. 

A habitação localiza-se em Paços, no concelho de Sabrosa, Vila Real. Esta habitação, que se encontra desabitada, terá sido alvo de uma invasão durante a noite de sexta-feira. As portas foram arrombadas. O suspeito terá furtado uns binóculos e remexido em algumas roupas. O CM sabe que as autoridades encontraram também vestígios de sangue em várias zonas da habitação e sinais de terem sido feitas refeições recentemente. O alerta para as autoridades foi dado pelo caseiro da habitação perto da hora de almoço deste sábado. A moradia fica a escassos 500 metros da quinta dos cavalos que tem sido alvo de buscas das autoridades nos últimos dias. A Polícia Judiciária já foi chamada para analisar o caso. Militares da GNR também já estão na zona a fazer buscas. Este assalto acontece depois de na última terça-feira, Pedro Dias ter roubado uma casa em Tojais, Vila Real perto da A4 e da A24. 

VÍDEO




 http://www.cmjornal.pt

23
Out16

Magistrados querem criar comissões de proteção para idosos

António Garrochinho


Magistrados lançam associação para zelar por direitos dos mais velhos. Governo admite discutir modelo similar ao da proteção de menores



Um grupo de magistrados e profissionais ligados ao fenómeno da terceira idade lançou as bases daquilo que poderá ser uma futura "Comissão Nacional de Proteção do Idoso".

A experiência começou no distrito de Braga, com o envolvimento do Ministério Público e autarquias locais. O ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, reconhece ao JN que a ideia deve ser discutida.


 http://www.jn.pt

23
Out16

Ameaça real ou fictícia: Putin fala em "histeria anti-Rússia"

António Garrochinho


Porta-aviões Kuznetsov e restante frota russa deverá entrar na ZEE portuguesa pelas 15.00 de hoje. Será vigiado por uma fragata da Marinha e por um avião P-3  

Sem provas. Moscovo surge como principal suspeito quando algo corre mal no Ocidente: como o ataque informático de sexta-feira. Navios russos vão a caminho da Síria.

Ao mesmo tempo que a frota russa liderada pelo porta-aviões Almirante Kuznetsov cruzava o Canal da Mancha a caminho da Síria, com alguns tabloides britânicos a falar numa "invasão", do outro lado do Atlântico decorria um ataque cibernético que afetava sites como Twitter, eBay ou Spotify e a Internet perguntava, sem qualquer prova: "Está a Rússia por detrás deste ataque?"A histeria anti-Rússia no Ocidente, que o presidente Vladimir Putin já denunciou, parece estar para ficar. E Moscovo pode ser o principal beneficiário.

"De há algum tempo para cá que se criou esta histeria, acompanhada de ameaças veladas e abertas de parte a parte", diz ao DN José Milhazes, historiador e jornalista que viveu durante quatro décadas em Moscovo. "Esta não é a primeira vez que os russos enviam a frota do norte para o sul. É uma demonstração de força por parte de Moscovo, tal como qualquer coisa que a NATO faça, nem que seja aterrar um caça num aeroporto próximo do território russo, também o é", resumiu.

Os dez navios russos serão vigiados por uma fragata da Marinha portuguesa e por um avião P-3 durante a passagem ao largo de Portugal - segundo informação do Ministério da Defesa, pelas 19.00 de ontem encontravam-se ao largo de Brest (França), devendo entrar na Zona Económica Exclusiva portuguesa às 15.00 de hoje (caso tenham mantido a mesma velocidade de navegação).



Segundo Peter Apps, analista de política internacional da Reuters, com este destacamento de navios para a Síria "Moscovo quer claramente mostrar que pode imitar Washington, num exercício que poderá mostrar a renovada capacidade militar da Rússia". Na sua opinião, isto é também "uma oportunidade para lembrar a uma série de países da Europa que Moscovo não pode ser ignorado".



Ataque informático

Mas se a ida dos navios a caminho da Síria é difícil de passar despercebida, mais difícil é provar a responsabilidade de Moscovo nos ataques informáticos de sexta-feira - no qual os servidores de várias empresas foram abaixo por causa de um bombardeamento de pedidos de utilização. O alvo foi a sociedade Dyn, que redirige os fluxos de internet entre os browsers dos utilizadores e os sites que pretendem aceder. O grupo New World Hackers reivindicou o ataque no Twitter.

"A Rússia tem sido acusada de todos os pecados mortais", disse Putin num evento há dez dias, falando na existência de uma "histeria anti-Rússia" nos meios de comunicação ocidentais. Todas as atenções viraram-se de imediato para a Moscovo depois de último ataque, porque os russos terão estado por detrás dos ataques contra alvos do Partido Democrático, com os EUA a acusarem formalmente a Rússia de querer interferir com as eleições presidenciais norte-americanas. As teorias da conspiração dizem que os EUA poderiam estar por detrás deste último ataque, de forma a acusar novamente a Rússia.



A última polémica com os EUA prende-se com o facto de os russos terem visto negados os seus pedidos para observarem as eleições norte-americanas em três estados. Um responsável russo, citado pelo Russia Today, diz que os americanos veem os observadores "como uma ameaça".



VÍDEO


www.dn.pt
23
Out16

A "Dança dos Homens" Tradicional da Lousã

António Garrochinho


A "Dança dos Homens" (Dança das Genébres ou da Farrombana)



A dança é executada por dez homens,
 
 
 
seis vestidos com calça e camisa branca, gravata, banda de seda, de cor azul, à cinta, muitas fitas, também de seda, pendentes dos ombros e, a servir de coroa, na cabeça, grande capela ou capacete de forma cónica enfeitada com flores artifíciais   e fitas que lhes caem sobre as costas (complemento das que pendem dos ombros) encimada com um penacho de flores artifíciais de várias cores e de penas brancas;
 
 
Três, os mais novos, vestidos de mulher, saia e casaco branco, rede preta de malha miúda e flores na cabeça, trunfa de cabelo na nuca, e muitos colares e outros objectos de ouro pendentes do pescoço;

e, finalmente, o guardião, mestre ou ensaiador, vestido de soldado, com velha espada à cinta.






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 Dança dos homens





Dos seis primeiros, um toca a genébres cinco as bandurrase os três que fazem de mulher, os pandeiros.


genebres.jpg
Genébras 

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viola beiroa ou bandurra 


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 Pandeiro



À ordem do guardião, formam todos em linha de três, ficando ao centro os que vestem de mulher.
E a dança começa, ao som arranhado e chocalheiro da genébres, acompanhado pelas bandurras e pandeiros.
Ao som do quiau, carríquiau, carríquiau, quiau; carríquiau, carríquiau, quiau, quiau, e das bandurras com a sua afinação especial: vrrum, varravum, varravum; vrrum, varravum, varravum ..., dos pandeiros e do estrépido que todos os tocadores fazem com os pés, sempre a compasso, dão meia volta, outra meia, e volta completa, e deslocam-se, ora os homens, ora as mulheres, em compassos certos de dança e contradança.

Andam em roda, trocam os lugares, não deixando de se ouvir a genébres com o seu quiau, carríquiau, quiau, quiau; e, quando, os que vestem de mulher, estão em frente dos que tocam as bandurras, o da genébres, saltitando, sempre a compasso, simula o arrastar da asa do galo à galinha e vai roubar a dama de um dos companheiros.

Se alguma rapariga estranha à dança se aproxima, o da genébres, sem deixar de manter o compasso, vai aos saltos para ela, a imitar, mais uma vez, o arrastar da asa e tocando sempre: quiau, carríquiau, carríquiau, quiau, quiau ...


Ao som do último compasso, o guardião, que é o mestre-ensaiador, coloca-se em frente do grupo e desembaínha a espada.


É o fim da dança. Postos todos em seus primitivos lugares, suspendem o tanger dos instrumentos e fazem uma vénia.

O grupo toca e dança pela primeira vez em frente da Igreja e seguidamente nos lugares mais centrais e nas principais casas da povoação, onde lhes oferecem doces e vinho.

Na segunda-feira de festa almoça em casa do Tesoureiro, janta em casa do Juiz e ceia em casa da Escrivão.







fonte:site/lousanet/cultura/dancas-tradicionais
portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt
23
Out16

CLARO QUE NÃO VAI GANHAR ! ESTA CATATUA ABERRANTE, ALDRABONA DA ESCOLA DO PAULINHO DAS FEIRAS "O IRREVOGÁVEL, ASSUME TUDO O QUE LEVE LEVE DINHEIRO PARA A CARTEIRA - Assunção Cristas assume cargo de vereadora caso não vença as eleições em Lisboa

António Garrochinho

Além dos planos para a capital, na entrevista TSF/DN, a ex-ministra falou ainda sobre o Orçamento e sobre um PS sem o "mínimo de vontade de negociar".


GPS ligado, destino: Câmara de Lisboa. Assunção Cristas já traçou o caminho, que passa por reunir votos para ser presidente. Caso isso não aconteça, entra em prática o plano B: a líder do CDS será vereadora da CML, pelo menos até às próximas legislativas.

Seja como for, o CDS está focado num "projeto mobilizador". Para melhorar o quê? A mobilidade, por exemplo. É um dos maiores problemas, com uma rede de transportes "velha", com necessidade de investimentos muito avultados", explicou a ex-ministra.

Por vontade do CDS vem a caminho, também, um "programa contrastante com uma política de betão, que é muito anos 90" e uma atividade, na autarquia, "menos centrada em festas e foguetes". Palavras de Assunção Cristas, a propósito das "muitas" obras que decorrem na cidade, em simultâneo. Considera que "mostram pouco respeito pelos lisboetas", mas admite que Lisboa vai ficar melhor.

Noutros números, a líder do CDS, tenciona ocupar a cadeira que já foi de António Costa, mas está longe do atual primeiro-ministro quando a conversa é Orçamento do Estado. Considera que "ao enorme aumento de impostos" acresce agora a "soma de muitas outras medidas", que não contribuem para um alívio da carga fiscal.

E por mais que o CDS tente, o Partido Socialista está demasiado ocupado para ouvir propostas, queixa-se Assunção Cristas. Garante que a direção do CDS já apresentou vários projetos, mas os socialistas no Governo "não têm margem política, não têm espaço e não têm tempo para ouvir o CDS. Estão sim "focados em manter a sua arquitetura de apoios à esquerda".

Esta entrevista TSF/DN, não terminou sem a análise ao pior e melhor do orçamento. No maior erro, Assunção Cristas acrescenta "a tudo o que difícil nós já tínhamos, muita instabilidade e austeridade". Mas para Cristas tem também uma vantagem: o facto de existir. "Pior que este orçamento seria não termos nenhum".

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