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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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01
Nov16

O "Pai da Canábis". O cientista que descobriu os segredos da erva

António Garrochinho

Mechoulam dá uma aula com as estructuras químicas da canábis atrás de si, Circa 1964. Cortesia de Zach Klein, do seu documentário 'The Scientist'
Este artigo foi originalmente publicado na VICE Colômbia.
Em 1980, uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo publicou um estudo que deveria mudar a vida de 50 milhões de epilépticos em todo o mundo.
As descobertas da investigação, realizada em parceria com a Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, eram, no mínimo, encorajadoras. Os cientistas administraram doses diárias de 300 miligramas de canabidiol, o componente não-psicoativo mais importante da erva, num grupo de oito pacientes epilépticos. Quatro meses depois do começo do tratamento, quatro deles pararam de ter convulsões e três outros viram a frequência dos ataques diminuir.
Parecia promissor, claro. Por muitos motivos, porém, as coisas não avançaram na direcção esperada. "Quem é que se importou com as nossas descobertas? Ninguém!", conta-me o químico búlgaro Raphael Machoulam, franzindo a testa, sentado no seu sofá. "Isto, apesar de muitos dos pacientes serem crianças que tinham 20, 30, 40 convulsões por dia. E o que é que se fez? Nada! Durante os 30 anos seguintes ninguém usou a canábis para tratar a epilepsia".
Procurei Mechoulam durante um ano. Como qualquer pessoa interessada no uso médico da canábis, formei na minha cabeça uma imagem mítica deste cientista. Uma figura meio Karl Marx, meio Syd Barrett. Uma mente revolucionária que desafia as convenções do seu tempo e altera, para sempre, a nossa percepção do mundo.
Alguns meses atrás, Norton Alberláez, o empresário colombiano que projectou o sistema regulatório da canábis medicinal no Colorado, nos Estados Unidos, tinha-me dito que as investigações do especialista em química orgânica tinham acrescentado um peso fundamental ao seu lobbyde regulamentação em terras norte-americanas. Enquanto isso, Juan Manuel Galán, um senador do Partido Liberal colombiano, avançou-me em Novembro último, que tinha viajado para Jerusalém, onde Mechoulam mora, para se encontrar com o cientista no seu laboratório, de forma a pedir-lhe informações para o seu projecto de lei que tem como objectivo legalizar a erva medicinal – aprovado pelo Senado colombiano em Dezembro e que será debatido pela Câmara dos Representantes neste mês de Março.
Todos aqueles com quem falei sobre o cientista concordavam estavam de acordo num ponto: Mechoulam é o pai da canábis moderna.
Mechoulam no seu laboratório, na Universidade Hebraica, Jerusalém. Fotografia de Elior Rave
Raphael Machoulam, de 85 anos, mora numa casa pequena, sóbria mas elegante, no oeste de Jerusalém, onde o prédio de mármore e as árvores no jardim da frente fazem com que te esqueças que Israel está em alerta militar permanente. Todos os dias conduz o seu Peugeot prateado pelos arredores da cidade onde passou as últimas cinco décadas a decifrar os mistérios químicos da erva, principalmente o modo como o corpo humano interage com os compostos encontrados na planta. Raphie, como lhe chamam os seus colegas, isolou e especificou a estrutura molecular dos "canabinóides", os compostos químicos da erva. Em particular, decifrou o tetraidrocanabinol (THC), a molécula responsável pela moca da canábis, e o canabidiol, o principal composto não-psicoativo da planta, que carrega várias qualidade medicinais.
No começo do século XX, com a proibição gradual da canábis nos EUA, o mundo moderno voltou as costas às investigações levadas a cabo em torno da planta sagrada e poderosa usada por médicos, xamãs e druidas ao longo de três mil anos. A Pen-T'sao Ching, a mais antiga farmacopeia existente, regista o uso da cannabis na China por volta de 2700 a.C. para tratar dores reumáticas, prisão de ventre, transtornos reprodutivos femininos (como endometriose) e malária. De maneira similar, o pai da cirurgia chinesa, Hua Tuo, desenvolveu um componente anestésico de vinho e erva durante o século I a.C. Registos semelhantes estão em documentos e relatos da Índia, Oriente Médio, África e até Europa, onde em 1838, William Brooke O'Shaughnessy, um médico irlandês, publicou – após experiências com animais e humanos – um livro intitulado On the Preparations of the Indian Hemp, or Gunjan. No Tibete, em 6 a.C., a canábis era usada em rituais budistas tântricos para "facilitar a meditação", enquanto os assírios a usavam como incenso.
Raphael Mechoulam não sabia nada disso quando começou sua pesquisa, há mais de 50 anos. Filho de um casal judeu búlgaro perseguido pelos nazis (o seu pai, um médico importante, sobreviveu a um campo de concentração), Mechoulam saiu da Europa em 1949, logo depois da formação do Estado de Israel. Lá estudou química, fez mestrado em bioquímica, serviu o exército, estudou pesticidas e completou o doutoramento em 1963 no Weizmann Institute em Rehovot – o mesmo lugar onde viria a descobrir os segredos da cannabis.
Mechoulam tinha descoberto o composto psicoactivo responsável pela moca da erva.
"Tinha 34 anos quando comecei a procurar temas de investigação", diz quando lhe pergunto sobre a origem do seu interesse pela canábis. Confesso que esperava que me respondesse com algo relacionado com uma fase hippie dos anos 60 – "estava a fumar uma ganza no meu laboratório, quando..." –, mas Mechoulam deu-me uma resposta bastante directa. Disse que só consumiu canábis uma vez na vida e o que o motivou foi, na verdade, o facto de ser um assunto inédito no campo científico. "Um cientista tem que escolher um tema original, um que não tenha outras 50 pessoas a trabalhar nele", salienta. O tema também tem que ter um impacto substancial e social. Nessa época, li muitos artigos em inglês, russo, francês e alemão para tentar descobrir algum problema inexplorado, até que percebi que havia poucos conhecimentos químicos sobre os componentes da canábis. Achei isso surpreendente: enquanto a morfina tinha sido isolada do ópio e a cocaína da folha de coca, ninguém tinha estudado a química da planta da marijuana. Era muito estranho".
Um dia, o jovem químico apareceu no escritório do director da Faculdade e pediu que o ajudasse a conseguir um pouco de produto. O director não pensou duas vezes. Pegou no telefone e ligou para a polícia, que doou cinco quilos de haxixe marroquino que os oficiais tinham apreendido recentemente vindo do Líbano (Mechoulam conta este facto de uma forma bastante engraçada no seu documentário biográfico, The Scientist, realizado por Zach Kelin). Pouco tempo depois isolou, um a um, todos os componentes da planta.
Quais desses componentes eram a causa de toda a estimulação mental que aterrorizou os governos e legisladores no século XX? Era apenas um, ou a combinação de todos? Para responder a essa pergunta, Mechoulam e a sua equipa testaram cada um individualmente em macacos. A primeira descoberta surpreendente foi que apenas um deles, o tetraidrocanabinol (THC), tinha efeito único. Os primatas pareciam bêbados, sedados.
Mechoulam tinha descoberto o composto psicoactivo responsável pela moca da erva. Para confirmar, levou uma grande dose de THC para casa e pediu à sua esposa, Dalia, que a colocasse na receita de um bolo. Naquele dia, o pai da cannabis ficou mocado pela primeira e única vez. Também conseguiu provar um fenómeno que hoje guia as investigações sobre canábis medicinal: cada pessoa reage de forma diferente ao THC. Ele percebeu isso quando olhou à sua volta: um dos seus amigos falava sem parar, outro parecia em transe, um terceiro não conseguia parar de rir. Um deles parecia paranóico.
Enquanto ouvia esta história, lembrei-me de um debate sobre cannabis medicinal a que assisti uma vez, integrado no Congresso Nacional de Psiquiatria na cidade colombiana de Armênia. Na ocasião, três psiquiatras disseram que estavam preocupados com como os media falavam sobre a marijuana medicinal, particularmente depois de o Ministério da Saúde colombiano ter assinado um decreto que regulamentava a droga. O crescimento da simpatia política em relação à canábis estava, segundo os membros do painel do debate, a gerar uma falsa sensação de segurança sobre a erva. Para os psiquiatras, o novo foco de atenção da comunicação social gerado por esse debate político obscurecia os estudos, que provavam que um em cada 10 adolescentes que experimentavam marijuana desenvolviam episódios psicóticos e comportamentos abusivos em relação a drogas. Falei sobre esta discussão com Mechoulam.
"Nem o THC nem o canabidiol são tóxicos. No entanto, desde o século sexto, sabemos que a erva pode causar episódios psicóticos. Além disso, há provas de que 10% dos consumidores de marijuana desenvolvem um vício, apesar de não ser tão forte quanto o da morfina, por exemplo. Mas além de transtornos psiquiátricos ou a possibilidade de vício, não há evidência de nenhuma doença causada pela canábis".


Todos os debates correspondem puramente ao uso recreativo da droga, refere Mechoulam. Para ele, uma coisa é debater os riscos envolvidos em fumar erva para apanhar uma moca e outra coisa muito diferente é explorar as aplicações medicinais dos seus componentes, em particular o THC e o canabidiol. A primeira é algo que Mechoulam prefere deixar para os sociólogos. Mas a segunda ocupou uma grande parte da vida dele e dos membros da Sociedade Internacional de Investigação dos Canabinóides, uma rede crescente de académicos que, sob a sua tutela, confirmaram em laboratórios as razões por trás do uso histórico da planta.
É provável que a maior descoberta de Mechoulam não seja nem o THC nem o canabidiol. Depois de um curto frenesim nos anos 70, e enquanto todas as forças policiais do mundo perseguiam o cultivo e consumo de erva, a ciência gradualmente perdeu interesse nos canabinóides. Mas Mechoulam não parou de fazer perguntas. No final dos anos 80, começou a investigar as formas como o THC interagia com o sistema nervoso.
"Depois de descobrirmos o THC, começámos a estudar o metabolismo e as maneiras como o corpo humano reage aos seus componentes", recorda. "Uma equipa de Oxford afirmou que o THC trabalhava de uma maneira não-específica. Mas nós, com a ajuda de uma jovem investigadora, mostrámos que, na verdade, isso é muito específico".
A investigadora referida pelo cientista é Allyn Howlett, doutorada em neurociência, que em 1988 descobriu que o cérebro da maioria dos animais tem um receptor no sistema nervoso designado especificamente para interagir com o THC. Chamou-lhe CB1. Encontrar o CB1 foi como encontrar a fechadura para uma chave em particular – uma descoberta seguida por uma questão perturbadora: como era possível que o sistema nervoso tivesse um receptor designado especificamente para reagir a um composto da erva? O corpo humano evoluiu para interagir com uma planta específica? Deus (ou Darwin) estava a sugerir que homem e a marijuana foram feitos um para o outro?
Em Dezembro de 1992, Mechoulam relatou a descoberta de um composto produzido pelo corpo humano, localizado dentro e à volta do cérebro, que se ligava ao receptor que ele tinha descoberto anos antes. Foi como se, de repente, tivesse descoberto outra chave que se encaixava perfeitamente na fechadura.
A resposta que Mechoulam encontrou gerou um turbilhão científico que, até hoje, é abastecido com biliões de dólares da indústria farmacêutica. "O nosso sistema nervoso tem muitos receptores neurais e esses receptores estão ligados a algumas substâncias produzidas pelo nosso corpo [dopamina, ou serotonina, por exemplo]", explica. "Mas esses receptores não foram criados para terem uma ligação com um arbusto. Se esse fosse o caso, teríamos milhões deles, cada um para uma espécie de planta da Terra".
Por outras palavras, se o corpo humano tem receptores específicos para isso, significa que o nosso corpo produz canabinóides.
Em Dezembro de 1992, Mechoulam relatou a descoberta de um composto produzido pelo corpo humano, localizado dentro e à volta do cérebro, que se ligava ao receptor que ele tinha descoberto anos antes. Foi como se, de repente, tivesse descoberto outra chave que se encaixava perfeitamente na fechadura. A descoberta era tão importante que a molécula merecia um nome à altura. Um membro da equipa, entusiasta do misticismo hindu, baptizou-a de anandamida, do sânscrito "ananda", que significa alegria suprema.
Com a descoberta do CB1 e da anandamida (e mais tarde a descoberta de um receptor similar, o CB2), tornou-se evidente para Mechoulam e para a sua equipa que o corpo humano continha um sistema de receptores e compostos muito similares aos encontrados na erva. Deram-lhe o nome de sistema endocanabinóide. Desde então, duas perguntas não têm deixado dormir os investigadores: que função preenche esse sistema dentro do equilíbrio frágil e quase perfeito que mantém os humanos saudáveis? E como pode a erva ser usada para tratar doenças relacionadas com esse sistema?
"O sistema endocanabinóide é muito importante. Quase todas as doenças estão ligadas a ele de uma forma ou de outra. E isso é muito estranho. Não temos muitos sistemas que estejam envolvidos com todas as doenças", diz Mechoulam, explicando pacientemente o que, sem dúvida, já explicou muitas vezes antes. De que doenças estamos a falar?
"De todo o tipo! Doenças do pulmão, coração, fígado, rins: tudo depende de quão intensamente os receptores são estimulados. Veja-se a dopamina, por exemplo. Se o nosso corpo tem pouca dopamina, podemos desenvolver Parkinson; se tem muita, podemos sofrer de esquizofrenia. É a mesma coisa com os canabinoides. O receptor CB2 é um protector. Isso protege o corpo de várias coisas. O CB1 trabalha de maneiras diferentes, dependendo se a dosagem é alta ou baixa. Por outras palavras, desde que os níveis de anandamida – e outros endocanabinóides descobertos desde então – se mantenham estáveis, o corpo humano realizará as suas funções correctamente. Se esses compostos se desequilibram, a ciência pode usar canabinóides como o THC e o canabidiol para curar muitas doenças".
O professor garante que há pistas de que esse sistema está relacionado a certos tipos de cancro. "Mas não temos ainda a certeza", salienta, franzindo a testa. "Não temos provas, porque os estudos clínicos sobre isso não estão a ser feitos! Conhecemos pessoas que estão a consumir THC e dizem que se curaram de cancro. Mas além disso, não sabemos nada. Precisamos de mais investigações! Precisamos de mais estudos clínicos".
Esse é um sentimento que repete em todas as conversas, entrevistas ou aulas que dá. Mechoulam é um activista da ciência da canábis. O homem sábio, apesar de ignorado durante décadas, insiste que a humanidade não é digna do que os canabinóides têm para oferecer. Hoje, soa ligeiramente mais optimista, graças ao interesse recente de académicos e empresas farmacêuticas pelos seus estudos.
"Estou curioso", digo no final da nossa entrevista, "como é que uma máquina de lucro como a indústria farmacêutica ignorou todas essas descobertas?".
"É simples", responde, "quem quer uma primeira página do New York Times a dizer: 'Merck factura milhões com erva'?".


01
Nov16

ESPECTACULAR - A HISTÓRIA DO ROCK EM VÍDEO - 15 MINUTOS ESPECIAIS

António Garrochinho
01
Nov16

ALGUNS RETRATOS DE FAMOSOS DO MUNDO NA SUA INFÂNCIA

António Garrochinho


Todo o mundo gosta de rever fotos da infância, de quando todos os sonhos são permitidos (como deveriam ser sempre) e a vida é uma página em branco. 

Esse exercício se torna ainda mais curioso com fotos de pessoas que ficaram famosas nas mais diversas áreas, pela forma como as suas ações – boas ou más – marcaram a vida de outras pessoas.

É interessante ver como alguns famosos já mostravam seus traços de personalidade desde criança – prestar atenção, por exemplo, à pose rude e dura de Hitler ou ao ar desencanado de James Dean – ou como outras estão iguais passados tantos anos, como Pelé ou Madonna. Por outro lado, na época em que foi tirado cada retrato, estaríamos todos bem longe de imaginar o que seria daquelas crianças.



Marilyn Manson



Amy Winehouse


John Lennon


Marilyn Monroe


Martin Luther King


Madonna


Kurt Cobain


Adolf Hitler


Dilma Rousseff


Frank Sinatra


Jimi Hendrix


Johnny Depp


James Dean


Michael Jackson


Raul Seixas


Walt Disney


Ayrton Senna


Frida Khalo


Roberto Carlos


Andy Warhol


Caetano Veloso


Albert Einstein


Pelé



www.hypeness.com.br
01
Nov16

O estranho caso da recusa do BE

António Garrochinho





E muito menos rompem com as convenções e com o conveniente consenso entre certas personagens e os meios dominantes, que condenam e isolam países cuja luta pela emancipação dos povos e contra a exploração que é tratada com o jargão da intolerância (regime, ditadura…) tão à flor da pele das narrativas jornalísticas.






O BE recusou integrar a delegação para a visita institucional a CubaCréditos

No passado dia 24 de Outubro, foi conhecida a informação de que o Presidente da República visitaria Cuba acompanhado por uma delegação parlamentar da Assembleia da República incompleta. O Bloco de Esquerda (BE) recusara o convite de Marcelo Rebelo de Sousa.
Note-se bem: o verbo usado em todos os meios de informação foi exactamente aquele – recusar. Poderia ter sido outro – declinar, por exemplo. Ou outra fórmula – pedir escusa, por exemplo. Recusou, portanto.
Para todos os efeitos, o BE tomou uma posição política muito concreta sobre a primeira visita de um Presidente da República português a Cuba, precisamente num raro contexto político internacional, caracterizado por um processo – aliás muito complexo – de evolução das relações entre Washington e Havana, e pela condenação esmagadora do bloqueio económico, comercial e financeiro à ilha caribenha na Assembleia Geral das Nações Unidas (191 votos a favor, duas abstenções – dos próprios EUA e de Israel).
O partido começou por confirmar a informação, «escusando-se a fazer mais comentários ou a avançar qualquer justificação para a sua decisão», segundo um despacho da Agência Lusa datado das 17:54 horas desse dia, citando uma «fonte oficial» não identificada.
A generalidade dos meios de informação em linha replicou, no mesmo dia, o «take» da Lusa. Apenas o Público acrescentou este interessante parágrafo:
«Durante o processo obrigatório de autorização da Assembleia da República para esta visita, que incluiu um parecer da Comissão de Negócios Estrangeiros, o partido não exprimiu qualquer opinião contra a viagem do Chefe de Estado».
À noite, porém, o BE apresentava as suas justificações, através de uma notícia no seu sítio oficial, Esquerda.Net, publicada às 20:20 horas, que começa por anunciar a visita do Presidente da República à «ilha, cujo regime recentemente retomou relações diplomáticas com os Estados Unidos».
Sublinhemos do jargão do imperialismo – de resto frequente na Imprensa – a expressão «regime». Só esta daria pano para mangas para indagar mais das justificações do Bloco para a recusa do convite, acerca das quais a notícia não adianta senão:
a) Que o BE «sempre limitou muito a sua participação em visitas de Estado (…) a visitas a países com fortes comunidades portuguesas ou de língua portuguesa, com poucas excepções»; e
b) «acresce que, nos dias 28 e 29 de Outubro, os deputados do Bloco encontram-se reunidos nas jornadas parlamentares do partido».
A atitude – legítima – do BE e as justificações que avançou justificariam, se tomadas por outras forças do espectro político-partidário português, um pouco mais de curiosidade jornalística, para não dizer um pouco mais de empenho profissional para explicar aos cidadãos por que razões mais exactas um partido de Esquerda recusou participar na visita em causa.
Quase todos os jornais impressos do dia seguinte assobiam para o lado, omitindo uns (Diário de Notícias), reduzindo a notícias breves – casos do Jornal de Notícias e do Público – embora o segundo acrescente a justificação oficial da escassa participação do BE «neste tipo de visitas, privilegiando os PALOP», ou tratando o assunto de forma muito ambivalente1 na rubrica «Sobe e desce», caso do Correio da Manhã, colocando Catarina Martins a «descer».
O jornal i é o único a desenvolver o tema, com título «BE não vai a Cuba. Tem mais que fazer» e rendendo-se às justificações oficiais, citando apenas «fonte oficial» e sem que nenhuma das deputadas, ou nenhum dos deputados, omnipresentes nas páginas dos jornais e nos canais de televisão e estações de rádio, desse a cara por elas, mesmo quando escreve:
«Não se trata aqui, afirma o Bloco de Esquerda, de uma tomada de posição política semelhante à que o partido fez quando recusou participar na visita oficial a Angola, cujo regime é abertamente combatido pelo Bloco. Apesar da forma crítica como o partido vê o regime cubano – que sempre foi considerado modelo pelo Partido Comunista –, fonte oficial garante que não é isso que está em causa».
O que estará afinal em causa? Se esperávamos uma resposta (consta que é para dar respostas que os jornalistas trabalham e os media servem), os jornais contentaram-se com as explicações sumárias e superficiais e renunciaram ao seu papel de procurar ir mais longe.
Na verdade, seria muito importante saber que outras deslocações de presidentes da República o BE acompanhou e que interesse relevante revestiam; que falta faria nas jornadas parlamentares um – apenas um – deputado, se o BE tivesse integrado a comitiva, e se nas jornadas parlamentares anteriores todos os eleitos estiveram presentes.
Também seria muito importante que, a pretexto deste caso, os media explicassem as razões pelas quais o BE é o único partido que não integra o Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Cuba e como trata Cuba no quadro das suas relações internacionais.
Seria ainda muito importante que os media ajudassem a compreender o que pensa e como age o Bloco em relação ao criminoso bloqueio imposto pelos Estados Unidos, com a complacência, durante décadas, da chamada comunidade internacional, que há mais de meio século asfixia e faz sofrer o povo cubano.
Tão preocupados com a geografia das simpatias do Partido Comunista Português e dos seus membros, escrutinadas até à náusea em cada entrevista, em cada «análise» e, com frequência a despropósito, em inúmeras notícias e reportagens, os media pouco ou nada importunam outras forças sobre «modelos» e experiências apreciadas noutros países.
E muito menos rompem com as convenções e com o conveniente consenso entre certas personagens e os meios dominantes, que condenam e isolam países cuja luta pela emancipação dos povos e contra a exploração que é tratada com o jargão da intolerância (regime, ditadura…) tão à flor da pele das narrativas jornalísticas.
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1 Na edição do dia 25 de Outubro, o posicionamento editorial do Correio da Manhã sobre o assunto (a «descer») é justificado por o BE ser «o único partido com assento parlamentar que não envia um representante» com Marcelo Rebelo de Sousa. Contudo, no espaço «Dia a dia» da edição do dia 28, o mesmo jornal destila o seu ódio contra Cuba e critica acidamente a boa-disposição exibida por Marcelo Rebelo de Sousa no encontro com Fidel Castro: «Chegar aos 90 anos com saúde bastante para ver como as democracias continuam a praticar a genuflexão perante uma ditadura que tenta exportar-se para países vizinhos é para lá de divertido». Eis como o CMexime o BE de tal pecado: «Escapou o Bloco de Esquerda, capaz de encontrar desculpa airosa para não integrar a comitiva presidencial».

www.abrilabril.pt
01
Nov16

01 de Novembro de 1755: Terramoto de Lisboa

António Garrochinho

Na manhã de 1 de novembro, dia de Todos os Santos, ocorreu um violento terramoto em Lisboa, Setúbal e no Algarve. Na capital, onde se fez sentir mais intensamente - estudos posteriores levaram os geólogos a concluir que teria atingido uma intensidade de cerca de 9 graus na escala de Richter - foi acompanhado por um maremoto que varreu o Terreiro do Paço e por um gigantesco incêndio que, durante 6 dias, completou o cenário de destruição de toda a Baixa de Lisboa.

Este trágico acontecimento foi tema de uma vasta literatura, que se desenvolveu um pouco por toda a Europa ede que é exemplo o poema de Voltaire Le Désastre de Lisbonne (1756).

Lisboa já havia sentido, recentemente, alguns terramotos, como o de 1724 e o de 1750, este último precisamente no dia da morte de D. João V, mas ambos de consequências menores.Em 1755, ruíram importantes edifícios,como o Teatro da Ópera, o palácio do duque de Cadaval, o palácio real e o Arquivo da Torre do Tombo cujos documentos foram salvos, o mesmo não acontecendo com as bibliotecas dos Dominicanos e dos Franciscanos.Ao todo, terão sido destruídos cerca de 10 000 edifícios e terão morrido entre 12 000 a 15 000 pessoas.

Foi neste contexto de tragédia e confusão que Sebastião José de Carvalho e Melo, então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, revelou as suas grandes capacidades de chefia e organização ao encarregar-se da restituição da ordem; enquanto as pessoas influentes e a própria família real se afastavam de Lisboa, Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) passou à prática a política de enterrar os mortos e cuidar dos vivos. Impediu a fuga da população ao providenciar socorros e ao distribuir alimentos. Puniu severamente os que se dedicavam ao roubo de habitações e de imediato começou a pensar na reconstrução de Lisboa.Neste mesmo ano, Manuel da Maia, engenheiro-mor do reino, já se encontrava a estudar o problema da reconstrução e levantava a questão de construir uma nova cidade sobre os escombros da antiga ou construir uma nova cidade em Belém, zona menos sujeita a abalos sísmicos. Escolhida a primeira das soluções, foi adotado um modelo em que eram proibidas as obras de iniciativa particular; os proprietários dos terrenos foram obrigados a reconstruir segundo o plano geral num espaço de 5 anos, sob pena de serem obrigados a vender os terrenos.

De um total de 6 plantas traçadas pelos colaboradores de Manuel da Maia, a escolhida foi a de Eugénio dos Santos, arquiteto do Senado da cidade, que chefiou os trabalhos até 1760, altura em que faleceu e foi substituído por Carlos Mardel, arquiteto húngaro imigrado em Portugal.À cidade medieval de ruas estreitas deu lugar um traçado racional de linhas retilíneas em que os prédios têm todos a mesma altura. De toda a cidade pombalina,assim designada por ter resultado da iniciativa do marquês de Pombal, destaca-se a praça do Comércio,majestosa "sala de entrada" na cidade, com a estátua equestre de D. José I, monarca da altura, da autoria do escultor Machado de Castro.

Terramoto de 1755 e Reconstrução Pombalina. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
Wikipedia (Imagens)


Gravura em cobre de 1755 mostrando Lisboa em chamas e o tsunami varrendo o portoFicheiro:1755 Lisbon earthquake.jpg
Ruínas de Lisboa. Após o terramoto os sobreviventes viveram em tendas nos arredores da cidade, como ilustra esta gravura alemã de 1755



Ficheiro:Lisbon1755hanging.jpg

Resultado de imagem para relatos do terramoto de 1755

Ficheiro:Convento do Carmo ruins in Lisbon.jpg
Ruínas do Convento do Carmo

VÍDEOS
Lisboa antes do terramoto de 1755



01
Nov16

01 de Novembro de 1512: inauguração do tecto da Capela Sistina

António Garrochinho


No dia 1 de Novembro de  1512 Miguel Ângelo apresentou o seu monumental fresco do tecto da Capela Sistina às autoridades do Vaticano. Cinco milhões de pessoas visitam aquele que é considerado um dos maiores tesouros artísticos da Humanidade. 

Consta que Miguel Ângelo aceitou a incumbência de pintar o tecto da Capela Sistina contrariado, por se considerar sobretudo um escultor e pensando que resultava de uma conspiração dos seus rivais para o desviar da obra para a qual havia sido chamado a Roma, o mausoléu do Papa.

O resultado seria deslumbrante. Ao longo dos 1100 metros quadrados do tecto do templo, Miguel Ângelo apresentou algumas das mais poderosas imagens de cenas do Antigo Testamento, consideradas como um dos maiores tesouros artísticos do mundo - os nove painéis centrais mostram as histórias de Génesis, da criação à queda do ser humano, o dilúvio e o renascimento posterior da Humanidade com a família de Noé.

A obra, encomendada pelo Papa Júlio II, foi realizada pelo artista ao longo de cinco anos (entre 1508 e 1512) e faz hoje 504 anos que o Pontífice escolheu o dia de Todos os Santos para a inaugurar.

Actualmente, a Capela Sistina é vista por cerca de duas mil pessoas por dia (mais de cinco milhões por ano), que visitam o templo tornado uma enorme atracção turística, o que, aliás, tem gerado algumas críticas. O Vaticano admite até, futuramente, limitar o número de entradas.

Além de diversas cerimónias religiosas, no espaço ali tem ainda lugar o conclave em que os bispos elegem o novo Papa.

Localizada no Palácio Apostólico da Cidade do Vaticano, residência oficial do Papa, a Capela Sistina foi criada entre 1477 e 1480, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento.

Para além dos frescos de Miguel Ângelo, conta ainda com pinturas de outros grandes artistas do Renascimento como Rafael, Bernini e Sandro Botticelli.

Fonte: Expresso
Vista do tecto da Capela Sistina
Ficheiro:God2-Sistine Chapel.png
A criação do Homem - Miguel Ângelo


VÍDEO

01
Nov16

UM IMPERADOR IDIOTA

António Garrochinho


O presidente francês François Hollande propôs que o futuro centro de armazenamento de reservas do Museu do Louvre, que deverá abrir em 2019, acolha também o património ameaçado no Iraque e na Síria.

"A missão principal do centro de Liévin será acolher as reservas do museu do Louvre", localizado em Paris, mas deverá ter também "outra vocação ligada a acontecimentos, dramas e tragédias que ocorrem no mundo e onde há obras em perigo por causa de terroristas e porque bárbaros decidiram destruí-las", sobretudo "as que se encontram na Síria e no Iraque", declarou Hollande, depois de ter revelado a maqueta do futuro centro.
Esta decisão poderá ser tomada em dezembro numa conferência internacional sobre a preservação do Património em Perigo, a realizar no Abu Dhabi, que reunirá representantes de 40 Estados, disse o presidente francês.
Este idiota presidente francês julga–se um qualquer Imperador que pode extorquir tesouros e riquezas de outros países como se fazia na época colonial. A estratégia é conhecida. Em vez de parar com a guerra nesses países citados, evitando alimentar esses terroristas e bárbaros, e sim destruindo-os, o oportunismo de Hollande leva-o a querer engordar o património francês. UM ESCARRO.

cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt

CR 

01
Nov16

OS COSTUMES MAIS BIZARROS E ESTRANHOS DO MUNDO

António Garrochinho


   No mundo afora existe milhares de culturas e religiões, cada uma com seus costumes e bizarrices. Nós decidimos listar algumas que particularmente acho super bizarro. Algumas chegam a dar dó de quem as pratica. Então fique com esse post magnifico de bizarrices

Traição com assentimento do marido

   No povo Aranda, da Austrália, são realizados rituais de dança nos quais as mulheres , levadas por seus próprios maridos , procuram despertar o interesse sexual em homens desconhecidos. O homem eleito pela mulher durante o ritual , mantém relações sexuais com ela , com assentimento do marido.


Proeminência dos lábios vaginais

   Em Botsuana, a cultura Tsuana considera que a proeminência dos pequenos lábios vaginais resulta em grande atração sexual. Assim , a partir da puberdade as meninas começam a puxá-los e podem mesmo valer-se de outros recursos para aumentá-los, como matar um morcego , queimar suas asas e passar a cinza sobre cortes feitos em volta dos pequenos lábios , de forma a torná-los ” tão grandes quanto as asas de morcego “.


Duelos

   Praticado entre os séculos 15 e 20 nas sociedades ocidentais, o duelo é um combate consensual entre duas pessoas, com armas letais equivalentes, de acordo com regras explicita ou implicitamente expostas, em razão de alguma questão de honra.
   O duelo normalmente nasce do desejo de uma das partes, o desafiante, de reparar um insulto à sua honra.    O objetivo do duelo não é simplesmente matar, mas sim restaurar a honra pelo envolvimento voluntário em uma situação de risco de morte.
   Embora fosse geralmente ilegal, na maioria das sociedades o duelo era socialmente aceito, os participantes raramente eram processados e, se fossem, não eram condenados.
Somente cavalheiros detinham a honra necessária para participar de um duelo. Se um cavalheiro fosse insultado por alguém de classe inferior, ele não o desafiaria para um duelo, simplesmente o surraria com um chicote, bengala ou ordenaria que alguns de seus servos o fizessem.
   Hoje, os duelos são ilegais em quase todos os países do mundo.

Sacrifício Humano

   Sacrifício Humano é o ato de matar uma pessoa como oferenda a alguma divindade ou outro poder, normalmente de origem sobrenatural. Era uma prática comum em várias culturas antigas, com o ritual variando entre elas. As vítimas eram mortas seguindo-se um ritual de forma a supostamente agradar os deuses ou espíritos.
   As vítimas podiam variar desde prisioneiros até crianças ou virgens, que eram mortas queimadas, decapitadas, enterradas vivas e etc.

Seppuku

   Também conhecido como hara-kiri, o seppuku é o suicídio ritual pela retirada das vísceras através de um corte na barriga. Era parte importante do bushido, o código dos samurais, e era cometido pelos guerreiros a fim de evitar que caíssem nas mãos inimigas ou para atenuar a vergonha.
   Um daimyo (senhor feudal) tinha o poder de ordenar que algum de seus samurais cometesse o seppuku. Em alguns casos permitiam-se que guerreiros em desgraça cometessem o seppuku ao invés de serem executados. Samurais femininos só podiam cometer o ritual sob permissão.
   O seppuku era visto como um ato de honra e coragem, admirável em um samurai que reconhecera sua derrota, desgraça ou ferimento fatal.
   Com o tempo desenvolveu-se um complexo ritual para o seppuku. O samurai banhava-se e era vestido com roupas brancas. Comia seu alimento favorito e, quando terminado, seu tantõ (punhal) era colocado sobre seu prato. Então o guerreiro preparava-se para a morte escrevendo um poema da morte. Com seu kaishakunin (auxiliar de confiança) ao lado, ele abria seu quimono e cravava a faca no abdômen, abrindo um corte da esquerda para a direita. No mesmo momento o kaishakunin faria então um daki-kubi, ou seja, deceparia a cabeça do samurai com um único golpe de espada.
   O seppuku foi proibido no Japão em 1873, mas nunca parou de ocorrer.

 Eunucos

   Eunucos são homens castrados. O termo “eunuco” é usado geralmente para se referir à homens castrados que designam algum papel social em função disso.
 Os primeiros registros de eunucos datam de 21 A.C. na antiga Suméria. Desde os eunucos desempenharam vários papéis em diversas sociedades diferentes. Desde cortesãos, cantores (os famosos castrati), especialistas religiosos, oficiais do governo e comandantes militares
   A função mais comum, no entanto, é a de serviçal íntimo da corte (eunuco vem do grego “guardião da cama”). Na visão da época a castração os tornavam serviçais mais submissos e mais fieis.

Chanzú

   Do chinês “pés atados” o Chanzú foi uma prática comum na China durante cerca de 1000 anos. Meninas, na faixa dos quatro aos sete anos, tinham os pés atados com bandagens apertadas de forma que não pudessem crescer. Com o crescimento natural, os pés comprimidos se quebravam e cicatrizavam, num círculo que só terminava na fase adulta, ficando completamente deformados.
   Os “Pés de Lótus”, como eram chamados, não passavam dos 10 cm de comprimento, e eram visto como sinal de status social e elegância.
   O processo era complexo e deveria ser repetido a cada dois dias. Os pés eram untados em uma mistura de ervas e sangue de animal a fim de prevenir qualquer necrose. As unhas eram aparadas para evitar infecção. Em seguida a menina tinha os pés massageados. Bandagens eram imersas na mesma mistura de sangue e ervas. Cada um dos dedos era então quebrado e enrolado firmemente na bandagem úmida. Com a secagem, estas se contraíam e puxavam os dedos na direção do calcanhar.
   A cada novo processo as bandagens eram presas mais fortes, tornando o ritual sempre doloroso.


Enterro Celeste

   Enterro celeste ou, ritual da dissecação, era uma prática comum no Tibet. O cadáver era cortado em pequenos pedaços e colocado no alto de uma montanha, ficando exposto aos elementos e aos animais (especialmente aves de rapina). Em tibetano a prática é conhecida como jhator, que significa literalmente “dar as almas aos pássaros”.
   A maioria dos tibetanos são adeptos do budismo, que prega o renascimento. Não há necessidade de preservar o corpo, que é agora vazio. Como o terreno tibetano é rochoso e muitas vezes difícil de cavar, o enterro celeste tornou-se uma forma prática de se livrar do corpo. A prática é considerada um ato de generosidade,
   Os jhator tradicionais são feitos em áreas específicas do Tibet. O processo completo é longo e caro e quem não pode paga-lo simplesmente tem o corpo deixado em alguma pedra, onde apodrecerá e será  comido por animais.
   O governo chinês proibiu a prática em 1960, mas a legalizou novamente em 1980.


Sati

   O Sati (ou Suttee) é um costume hindu no qual a viúva se sacrifica queimando-se viva junto do marido em sua pira funerária.
   Não se sabe a origem exata do costume. Embora ele seja associado com os indianos, práticas semelhantes ocorreram também entre os egípcios, chineses e vikings. A maior parte dos indianos nega que seja um costume hindu, visto que não consta nada a seu respeito em nenhum de seus textos sagrados.
   O sati é supostamente um ato voluntário. Argumenta-se, no entanto, que muitas mulheres podem ver-se impelidas a cometê-lo por pressão da sociedade e dos familiares
   Visto com horror pelos ocidentais o sati foi proibido pelo governo britânico em 1829, mas nunca foi extinto de fato. Desde a independência da Índia, em 1947, cerca de 40 casos foram noticiados. O mais recente deles aconteceu em 1987. A jovem Roop Kanwar, de 18, estava casada a apenas 8 meses quando seu marido faleceu em decorrência de uma apendicite. Os vizinhos disseram que no dia seguinte, durante seu funeral, a viúva apareceu, vestida com seu traje de casamento, sentou-se na pira, com a cabeça do marido no colo, e ordenou que acendessem as chamas. Cerca de 40 testemunhas foram presas acusadas de envolvimento na morte, mas ninguém testemunhou e, após 9 anos de disputa, os acusados foram inocentados.

Auto-Mumificação

   A auto-mumificação foi prática corrente entre um pequeno grupo de monges budistas do norte do Japão conhecidos como Sokushinbutsu. A fim de alcançar o status de Buda, os monges tiravam sua própria vida através de um processo de mumificação.
   Por um período de três anos o monge se alimentava de uma dieta especial composta somente por nozes e sementes, acompanhada por um programa de atividades físicas rigorosas. Esse período visava acabar com toda a gordura de seu corpo.
   Nos próximos outros três anos ele se alimentava somente de cascas de árvores e raízes e tomavam um chá venenoso feito da seiva da árvore de Urushi, que contém urushiol, substancia normalmente usada para embeber a ponta de lanças e flechas. Esse processo causava fortes vômitos e a perda sistemática dos fluidos corporais.
   Finalmente o monge se trancava em uma tumba de pedra, pouco maior que seu corpo, onde permanecia imóvel na posição de lótus. Sua única conexão com o mundo exterior eram um tubo de ventilação e um sino.     À cada dia ele tocava o sino uma vez. No dia que o sino não tocasse, seus amigos saberiam que ele estaria morto.
   O processo longo e doloroso requeria muito de seus praticantes, mas nem todos tinham sucesso no fim. Algumas tumbas, quando abertas, conservavam apenas o corpo apodrecido de seu hóspede


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01
Nov16

PESSOAS VERDADEIRAS, MITOS OU LENDAS DA HISTÓRIA QUE CONTINUAM FASCINANDO

António Garrochinho



7 Leônidas I


Quem foi?


Rei de Esparta (“O Leão de Esparta”) durante o período 491 a.C. e 480 a.C. e um dos caras mais durões que já existiu! Conta a História que não tinha medo de nada e era mais inteligente que os principais filósofos da época, apesar de ser um brutamontes que podia arrancar a cabeça de um homem usando as mãos nuas.


Por que foi Fascinante?

Imagine você, um rei, recebendo a mensagem de que um Exercito de 1 milhão de Homens está cruzando o estreito e se dirigindo as suas terras! Quando eles chegarem lá, vão matar todos: suas mulheres, suas crianças e os idosos! Você tem duas opções: correr feito um louco desvairado e sobreviver ou pegar 300 dos seus melhores homens e elaborar uma puta de uma estratégia bélica para parar essa rapaziada! Mas como 300 homens poderiam parar 1 milhão? É nesse ponto que Leônidas mostra o desgraçado de uma figa que era!
Dizem que quando Leônidas recebeu essa notícia não pensou duas vezes: era certo que iria lutar! E o mais foda: os exércitos de Xerxes I apanharam feito um cão sarnento na batalha do desfiladeiro de Termópilas. Os espartanos matavam aos milhares, já os persas não conseguiam matar um esparto sequer! Era uma estratégia, um conhecimento de guerra tão absurdo que os Espartanos só perderam porque Efialtes traiu seu povo. Ele mostrou aos exércitos persas um caminho secreto para cruzar o desfiladeiro e conseguir encurralar os Espartanos. E mesmo assim, depois de encurralados, os Espartanos resistiram por mais dois meses e mataram mais 20 mil persas!


6. Imperador Amarelo



Quem foi?

É um dos Cinco Imperadores, reis lendários, sábios e moralmente perfeitos que teriam governado a China após o período de milênios regido pelos também lendários Três Augustos ou Três Soberanos. O Imperador Amarelo é um enigma: era tão sábio e inteligente que as histórias da sua origem divergem de forma brutal. Para uns, uma criança prodígio que virou Imperador, para outros, um ser celeste e ainda, para outros, um ser pandimensional.

Por que foi Fascinante?

Ninguém sabe ao certo qual é a origem do Imperador Amarelo. A História oficial fala sobre uma criança prodígio que sabia tudo sobre tudo que cresceu e virou imperador. Outras lendas dizem porém que o Imperador Amarelo era um ser Celestial. Falam que ele sobrevoava a Terra quando viu o povo chinês aflito e resolveu descer para ajudar. Há também aqueles que dizem que ele apareceu, assim, do nada, no palácio imperial e a partir daí começou a pôr a mão na massa para ajudar os xingui lingui’s.
No entanto, independente de onde ele veio, foi o Imperador Amarelo o responsável por passar toda a base da cultural oriental: ele que inventou a engenharia das construções orientais, a escrita, os códigos de ética e moral, a medicina, etc… praticamente tudo que descende da cultura oriental foi iniciado pelo Imperador Amarelo.  Se inventar uma base para qualquer area do conhecimento já é difícil, imagina criar a base de todas as áreas de conhecimento de uma cultura?
Um fato interessante sobre a Lenda e vida do Imperador Amarelo foi a sua morte: Aos 110 anos, depois de passar sua vida ensinando e governando com sabedoria o seu povo, o Imperador Amarelo ficou satisfeito com o trabalho e percebeu que não era mais necessária sua intervenção. Construiu então um caldeirão, do qual conta a lenda que saiu uma luz intensa que rasgou os céus. Tempos depois, um dragão desceu, espantando a todos os presentes. Huang Di subiu no dragão e esse voou, desaparecendo nos céus. Se isso aconteceu mesmo, ninguém sabe, assim como, ninguém faz idéia do que realmente acontece já que as histórias são impregnadas de um misticismo absurdo.  Sabe-se contudo que o imperador Amarelo desapareceu. Uma das teorias científicas para explicar o fato é que o Dragão era uma figura de linguagem para explicar um meteorito que caiu próximo ao palácio do Imperador, causando um terremoto e que este tenha ficado soterrado.


5. Miyamoto Musashi




Quem foi?

Um Samurai tão motherfuckers que era invencível! E claro, criador do estilo de luta com duas espadas chamado Niten Ichi Ryu.


Por que impressionou ?

Era Tokugawa (1603-1868) Miyamoto Musashi – também conhecido como “Santo da Espada”(1584-1645) é um dos heróis nacionais do Japão. Vivendo num período histórico de transição, em que os tradicionais métodos dos samurais eram aos poucos substituídos por armas de fogo (ainda primitivas), ele simbolizou o auge do bushido (caminho do guerreiro), no qual um homem com uma espada na mão representava o máximo da realização individual.
Vários espadachins percorriam o país, alguns simplesmente procurando um adversário famoso como forma de promoção, outros realmente buscando aperfeiçoar sua técnica. Musashi – uma versão real do Kenshin do Samurai X – era um destes aventureiros. Como narra na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nunca foi derrotado em combate, apesar de ter enfrentado mais de 60 oponentes, algumas vezes mais de um simultaneamente.
Musashi nasceu na aldeia de Miyamoto, província de Mimasaka, e se chamava “Shinmen Musashi No Kami Fujiwara No Genshin”. De seu pai, Shinmen Munisai, um “goushi” (pequeno fidalgo rural, algo entre um camponês e um samurai), teve as primeiras lições com a espada. Aos treze anos, travou seu primeiro duelo, vencendo o então famoso espadachim Arima Kihei (que era uma lenda na região…até o Musashi fazê-lo comer a saborosa terra do campo).
Mas sua maior proeza talvez seja a de ter criado um estilo de luta com duas espadas, chamado Niten Ichi Ryu, onde seus discípulos e praticantes têm acesso aos katas e estratégias que o tornou imbatível pelos 60 duelos. Vale lembrar que, apesar do estilo Niten Ichi Ryu ser conhecido pela luta com duas espadas, contém técnicas com a espada maior (tachi seiho), espada menor (kodachi seiho) e o bastão longo , o bojutsu.
A fama de Musashi se espalhou tão rapidamente que não tinha lugar no Japão que o garotinho conseguia descansar sem ser desafiado. E foram muitas tentativas de derrotá-lo… e até de matá-lo… sem sucesso porque enquanto ele tivesse seus dois braços e suas duas pernas, dificilmente alguém conseguiria.
Entre os maiores duelos podemos citar aqueles que são considerados “lendários” entre os feito dos Samurais:
Em 1604, aos 21 anos, Musashi Sensei ressurge em Kyoto e sua fama se espalha pelo Japão ao vencer três duelos contra a importante família Yoshioka que, décadas antes, tinha sido instrutora de Kenjutsu do antigo shogun Ashikaga.
Foram três duelos. Nos dois primeiros enfrentou os chamados “irmãos kenpo”, Seijuro e Denchijiro. Após vencê-los, os partidários dos Yoshioka já não viam mais Musashi Sensei como um oponente, mas como uma ameaça. Queriam vingança, e para isto armaram um terceiro embate contra Matashichiro, filho de Seijuro, um garoto de 13 anos. Matashichiro contaria com a ajuda dos demais alunos da escola. Relatos falam do embate de Musashi Sensei contra 60 oponentes armados com espadas, lanças, arco e flecha e até mosquetes.
Musashi Sensei abateu Matashichiro e todos os alunos da academia Yoshioka que se colocaram em seu caminho. Este foi o fim da, uma vez orgulhosa, academia Yoshioka e o início da lenda de Miyamoto Musashi.
***** Em 1604, aos 21 anos, Musashi Sensei ressurge em Kyoto após o seu sumiço depois do termino da Batalha de Sekigahara e sua fama se espalha pelo Japão ao vencer três duelos contra a importante família Yoshioka que, décadas antes, tinha sido instrutora de Kenjutsu do antigo shogun Ashikaga.
Foram três duelos. Nos dois primeiros enfrentou os chamados “irmãos kenpo”, Seijuro e Denchijiro. Após vencê-los, os partidários dos Yoshioka já não viam mais Musashi Sensei como um oponente, mas como uma ameaça. Queriam vingança, e para isto armaram um terceiro embate contra Matashichiro, filho de Seijuro, um garoto de 13 anos. Matashichiro contaria com a ajuda dos demais alunos da escola. Relatos falam do embate de Musashi Sensei contra 60 oponentes armados com espadas, lanças, arco e flecha e até mosquetes.
***** Monges guerreiros do templo Hozoin, famosos por seu estilo de Sojutsu (ou Yarijutsu – técnica de luta com lança);
***** Muso Gonnosuke, fundador do estilo de Jojutsu (técnica com bastão) Shindo Muso Ryu, também praticado no Instituto Niten. Gonnosuke criou o Jojutsu depois de perder o primeiro embate contra Musashi Sensei, como uma possível forma de vencê-lo. Existe um relato sobre uma possível segunda luta entre os dois, onde Gonnosuke teria empatado com Musashi Sensei, sem nenhum dos dois se declarando vencedor;
***** Shishido Baiken, um especialista na kusarigama, a foice com corrente. É uma arma exótica e de uso difícil, que também é praticada em alguns dos estilos ensinados no Instituto Niten.
***** O mais famoso e importante duelo de Musashi Sensei aconteceu em 1612, quando enfrentou Sasaki Kojiro, fundador do estilo Ganryu e conhecido como um dos mais habilidosos samurais de todos os tempos.
Diferentemente de Musashi Sensei, que vinha desenvolvendo seu próprio estilo a partir de suas experiências de combate, Kojiro vinha de uma notória e famosa linhagem. Estudou a espada com um famoso mestre da época, Toda Seigen, do Chujo Ryu e com Kanemaki Jisai, seu discípulo. Jisai foi o mestre do famoso Itto Itosai, fundador do Itto Ryu, um dos estilos mais importantes da época.
Na época do duelo, Kojiro era instrutor de Hosokawa Tadaoki, um importante senhor feudal. Musashi Sensei conseguiu permissão para duelar com Kojiro através de Nagaoka Sado, um antigo amigo de sua família que era conselheiro do senhor Hosokawa.
O duelo aconteceu na ilha de Funajima. A estratégia de Musashi Sensei para esse duelo foi deixar o oponente esperando. Duas horas depois do combinado para o duelo, ele partiu em um bote. Musashi Sensei sabia que Kojiro utilizava uma espada extralonga gigantesca e fazia uso da distância que conseguia impor com essa arma. Para anular essa vantagem, Musashi Sensei fez uma longa espada de madeira à caminho do duelo com Kojiro utilizando um remo quebrado.
O embate foi rápido porém intenso. Ambos atacaram simultaneamente. O golpe de Musashi Sensei sobre o crânio de Kojiro com a pesada espada-remo foi certeiro. Conta-se que o golpe de Kojiro chegou a cortar o lenço que Musashi Sensei usava amarrado na cabeça e fez um corte superficial em sua testa. Mesmo após cair, Kojiro tentou ainda um segundo golpe, visando as pernas de Musashi Sensei, que saltou para evitar o golpe e acertou Kojiro com força nas costelas, matando então seu oponente.
Assim, segundo relatos, se deu o possível duelo mais célebre entre samurais.
Nesta época, Musashi Sensei estava se aproximando da idade de 30 anos. O duelo contra Kojiro teve um grande efeito sobre Musashi Sensei. Conforme contou em sua obra, o Livro dos Cinco Anéis (Gorin No Sho), refletiu sobre as vitórias que alcançara até então, mas não conseguiu descobrir por que vencera tantos duelos. Teria sido sua aptidão física? Ou a falta de preparo de seus adversários? Ou talvez a vontade divina?
Musashi Sensei conta no Livro dos Cinco Anéis que aos 50 anos finalmente alcançou a compreensão total da estratégia. O nível de comprensão alcançado no Caminho foi tão profundo que, conforme suas palavras, foi capaz de perceber o Caminho em tudo. Podemos constatar isto vendo as obras de arte que deixou. Algumas de suas obras de pintura, escultura e caligrafia chegaram até nossos dias. Ao alcançar a perfeição técnica na espada, alcançou também a perfeição nesses Caminhos.
No final de sua vida Musashi Sensei se isolou na caverna de Reigando, onde se dedicou à meditação e à prática ininterrupta de seu estilo. Lá escreveu O livro Dos Cinco Anéis, deixando os ensinamentos de seu estilo ao discípulo Terao Magonojo.
Musashi Sensei faleceu no dia 19 dia de maio de 1645. A seu pedido foi enterrado com a armadura completa na vila de Yuji, próximo à montanha de Iwato. Conta-se que durante seu funeral um forte trovão se fez ouvir dos céus, como se estes dessem as boas-vindas ao poderoso guerreiro.


4. Leonardo Da Vinci
























Quem foi?

Um polímata que foi uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta, músico, etc, etc, etc… é tanto talento que cansa até listá-los.

Por que foi Fascinante? 

Leonardo é um homem um zilhão de anos na frente da sua época. Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.6 Segundo a historiadora de arte Helen Gardner, a profundidade e o alcance de seus interesses não tiveram precedentes e sua mente e personalidade parecem sobre-humanos para nós, e o homem em si [nos parece] misterioso e distante.
Nascido como filho ilegítimo de um notário, Piero da Vinci, e de uma camponesa, Caterina, em Vinci, na região da Florença, foi educado no ateliê do renomado pintor florentino, Verrocchio. Passou a maior parte do início de sua vida profissional a serviço de Ludovico Sforza (Ludovico il Moro), em Milão; trabalhou posteriormente em Veneza, Roma e Bolonha, e passou seus últimos dias na França, numa casa que lhe foi presenteada pelo rei Francisco I.
Leonardo era, como até hoje, conhecido principalmente como pintor. Duas de suas obras, a Mona Lisa e A Última Ceia , estão entre as pinturas mais famosas, mais reproduzidas e mais parodiadas de todos os tempos, e sua fama se compara apenas à Criação de Adão, de Michelângelo. O desenho do Homem Vitruviano, feito por Leonardo, também é tido como um ícone cultural, e foi reproduzido por todas as partes, desde o euro até camisetas. Cerca de quinze de suas pinturas sobreviveram até os dias de hoje; o número pequeno se deve às suas experiências constantes – e frequentemente desastrosas – com novas técnicas, além de sua procrastinação crônica. Ainda assim, estas poucas obras, juntamente com seus cadernos de anotações – que contêm desenhos, diagramas científicos, e seus pensamentos sobre a natureza da pintura – formam uma contribuição às futuras gerações de artistas que só pode ser rivalizada à de seu contemporâneo, Michelângelo.
Leonardo é reverenciado por sua engenhosidade tecnológica; concebeu ideias muito à frente de seu tempo, como um protótipo de helicóptero, um tanque de guerra, o uso da energia solar, uma calculadora, o casco duplo nas embarcações, e uma teoria rudimentar das placas tectônicas, entre outros grande Um número relativamente pequeno de seus projetos chegou a ser construído durante sua vida (muitos nem mesmo eram factíveis), mas algumas de suas invenções menores, como uma bobina automática, e um aparelho que testa a resistência à tração de um fio, entraram sem crédito algum para o mundo da indústria. Como cientista, foi responsável por grande avanço do conhecimento nos campos da anatomia, da engenharia civil, da óptica e da hidrodinâmica.
Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado em 1926 seu QI foi estimado em cerca de 180.

3. Nikola Tesla



Quem foi?

O maior gênio da História até agora.





Porque impressiona ?

Quase toda nossa tecnologia atual depende direta ou indiretamente de uma das invenções de Tesla. Nikola Tesla (Nicola Tesla ou Никола Тесла) (Smiljan, Império Austríaco, 10 de Julho de 1856 — Nova Iorque, 7 de Janeiro de 1943) foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e electrotécnica, de etnia sérvia nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina, no território da atual Croácia. Era súdito do Império Austríaco por nascimento e mais tarde tornou-se um cidadão estadunidense. Tesla é muitas vezes descrito como um importante cientista e inventor da modernidade, um homem que “espalhou luz sobre a face da Terra”. É mais conhecido pelas suas muitas contribuições revolucionárias no campo do electromagnetismo no fim do século XIX e início do século XX. As patentes de Tesla e o seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência eléctrica em corrente alternada(AC), incluindo os sistemas polifásicos de distribuição de energia e o motor AC, com os quais ajudou na introdução da Segunda Revolução Industrial.
Depois da sua demonstração de transmissão sem fios (rádio) em 1894 e após ser o vencedor da “Guerra das Correntes”, tornou-se largamente respeitado como um dos maiores engenheiros electrotécnicos que trabalhavam nos EUA. Muitos dos seus primeiros trabalhos foram pioneiros na moderna engenharia electrotécnica e muitas das suas descobertas foram importantes a desbravar caminho para o futuro. Durante este período, nos Estados Unidos, a fama de Tesla rivalizou com a de qualquer outro inventor ou cientista da história e cultura popular, mas devido à sua personalidade excêntrica e às suas afirmações aparentemente bizarras e inacreditáveis sobre possíveis desenvolvimentos científicos, Tesla caiu eventualmente no ostracismo e era visto como um cientista louco. Nunca tendo dado muita atenção às suas finanças, Tesla morreu empobrecido aos 86 anos.
A unidade de SI que mede a densidade do fluxo magnético ou a indução magnética (geralmente conhecida como campo magnético ”B”), o tesla, foi nomeada em sua honra (na Conférence Générale des Poids et Mesures, Paris, 1960), assim como o efeito Tesla da transmissão sem-fio de energia para aparelhos electrónicos com energia sem fio, que Tesla demonstrou numa escala menor (lâmpadas eléctricas) já em 1893 e aspirava usar para a transmissão intercontinental de níveis industriais de energia no seu projeto inacabado da Wardenclyffe Tower.
À parte os seus trabalhos em electromagnetismo e engenharia electromecânica, Tesla contribuiu em diferentes medidas para o estabelecimento da robótica, controle remoto, radar e ciência computacional, e para a expansão da balística, física nuclear, e física teórica e mais um bilhão de coisas as quais, ou posteriormente roubaram sua patente e tomaram sua autoria (como foi o caso do rádio) ou esconderam porque a tecnologia era avançada e poderosa demais (tal eram as máquinas de terremoto, máquinas de controlar o clima e até um possível teletransporte, entre outras engenhosidades), como foi o caso JP Morgan, que tomou as patentes de Tesla e vendeu para o Governo Americano após sua morte.
E tem mais: Tesla estudava em média 11 horas por dia  (dormia apenas 3 horas), conseguia memorizar livros inteiros com apenas uma leitura, falava sete línguas, fazia cálculos avançadíssimos de cabeça (de integral tripla, passando a cálculo Diferencial à Newton-Raphson e por aí vai) e o mais impressionante de tudo: não dava a mínima para o dinheiro! Tesla simplesmente não dava a mínima para o lado financeiro das coisas! Ele inventava porque queria ajudar o mundo e nada mais. Recusou propostas bilionárias para trancafiar o seu conhecimento em um cofre e não permitir que a Humanidade conhecesse o que ele tinha a oferecer – tal como a Corrente Alternada. Assim, como de costume, aquele que faz o bem é condenado, Tesla teve que passar seus amargos últimos dias na miséria e aturando zombarias e desdenho da comunidade científica que o classificava como “louco” e até “falso Gênio”. O QI de Tesla não pode ser determinado, acredita-se porém que ficava em torno de 210.



2. Jesus


Quem foi?


Filho de Deus, um homem com uma sabedoria imensa ou um ET, dependendo do seu ponto de vista sobre Jesus. De qualquer modo, independente de quem ele realmente era, não deixa de ser fascinante.


Por que é Fascinante?


Yeshua ou Yehoshua, dispensa comentários, mesmo porque vivemos em um país Cristão e então, provavelmente você, querendo ou não, já teve contato com a sua história, tem seus costumes e hábitos influenciados pela doutrina que ele criou, enfim, sua vida já foi influenciada por ele, você sendo teísta partidário do Cristianismo ou não.
O Fascinante de Jesus não está no fato de ele ser ou não Filho de Deus, está nas palavras, nos ensinamentos. Dois mil anos atrás quando todos ainda tinham valores completamente distorcidos sobre direitos humanos, ética, moral, respeito ao próximo, esse homem, apenas usando a palavra, conseguiu cativar multidões e fazê-los abandonar suas vidas particulares para segui-lo. É impressionante observar que, desde pequeno, Jesus já possuía uma sabedoria e inteligencia superior às autoridades intelectuais da época.
Seus ensinamentos se estendem até hoje e praticamente todo o Ocidente foi influenciado por eles. Com certeza, a pessoa mais influente da História.

1. Siddhartha Gautama


Quem foi?


Um iluminado, um ilusionista filosofo ou ET dependendo do seu ponto de vista.


Por que era Fascinante?


Gautama tinha tudo, mais tudo mesmo para viver maravilhosamente bem durante sua vida toda. Ele era um príncipe, tinha três palácios, uma linda esposa, súditos, servos, poder e tudo mais que a riqueza poderia comprar. Sua vida era vazia de preocupações e adversidades. Mas, mesmo com tudo isso a disposição, Gautama percebeu que não era isso que ele queria para vida.
O rei Suddhodana sempre quis proteger o filho dos infortúnios do mundo e assim, até sua fase adulta, Gautama só conheceu a felicidade. Sua ingenuidade era tanta que não sabia o que ocorria fora dos portões do palácio, nem que as pessoas adoeciam e envelheciam. Quando entrou em contato com todas essas adversidades que os humanos teriam que passar durante suas vidas,  Siddhartha voltou o seu foco para encontrar uma saída à todo e qualquer tipo de sofrimento, através de uma busca motivada por uma preocupação existencial com a condição humana.
Aos 29 anos fugiu do seu palácio para encarar suas inquietações. Em sua vida ascética pedindo esmolas na rua, Gautama começou a se deparar com uma realidade assustadora de sofrimento. Resolveu então procurar “mestres”. Aprendeu com dois eremitas as doutrinas védicas e técnicas meditativas. Tempo após fez parte de um grupo de iogues e quase morreu devido ao extremismo que adotou, se desfazendo de todos os bens materiais, sendo entre eles, a própria alimentação. Após quase morrer por ter desmaiado devido a fraqueza enquanto banhava-se em um rio, Gautama lembrou-se de um momento na infância em que tinha estado a observar seu pai a arar o campo. Ele atingiu um estado concentrado e focado, feliz e abençoado, o Jhana. A partir daí decidiu mudar o seu caminho. Encontrou a filosofia do Caminho do Meio e tempo depois, começou a meditar embaixo da Arvore Bodhi e e jurou nunca mais se levantar enquanto não tivesse encontrado a verdade.
E ele alcançou, depois de 49 dias de meditação, Siddhartha atingiu o Nirvana, transcendeu a realidade, tornando-se Budha (Desperto). Fundou a filosofia “As Quatro Nobres Verdades” e viajou pela Índia por 45 anos para ensinar sua doutrina. Contam as lendas que dificilmente uma pessoa não se convertia após ver Budha discursar. Um caso que ilustra a afirmação anterior foi quando o seu pai, ao saber de sua iluminação, pediu para que Gautama fosse visitá-lo: para isso enviou 10 000 homens, com toda poupa e oferendas à Budha. Diante dos 10 000 homens Budha discursou sobre o Dharma. Nenhum deles voltou para dar notícias ao rei, todos se converteram de imediato. O rei, então, enviou um amigo próximo de Siddharta, Kaludayi, para chamá-lo de volta. Kaludyi, todavia,  também escolheu se tornar um monge ao encontrar e escutar Budha. No entanto, ao contrário dos 10000 homens, Kaludyi ainda conseguiu transferir a mensagem que era o proposito da sua viagem. Isso nos mostra que a conversão sofrida pelos seguidores de Budha era radical: os 10 000 homens até esqueceram que tinham viajado para avisar Budha que seu pai gostaria que ele voltasse para casa.

ahduvido.com.br
01
Nov16

“Este mundo é pequeno demais para nós dois”: conheça os duelos mais famosos da história - parte 1

António Garrochinho


Duelo1
Se você já assistiu a filmes de faroeste, como os de John Wayne e Sergio Leone, conhece bem os duelos: desentendimentos nos saloons, cada cowboy conta vinte passos e dispara. Bem, para começar o Velho Oeste real não era tão hollywoodiano assim (dê uma olhadinha nessa matéria), mas esses filmes mostraram ao mundo uma dramática e “ritualizada” maneira de resolver certas diferenças. Mas isso vem de muito antes.
Duelos pela “reparação da honra” foram, ao longo da história, parte da vida – e razão da morte – de muita gente. Quem era desafiado poderia até recusar, claro, mas ficaria marcado como covarde para sempre.
O desafio era lançado; as armas escolhidas; quase sempre ao amanhecer; a presença de “padrinhos” (encarregados de levar as armas e tentar a reconciliação); às vezes, até médicos de prontidão. Aí, sim, o pau podia comer entre os dois. Matar não era, necessariamente, o objetivo final: antes de mais nada, o duelo era para recuperar a honra, sem mortes. Mas, claro, “acidentes” aconteciam.
Duelo2
Confira alguns dos duelos que entraram para 

a história.

1552. Isabella de Carazi versus Diambra de Petinella
Em Nápoles, Itália, duas jovens da nobreza, Isabella de Carazi e Diambra de Petinella, se apaixonaram pelo mesmo homem, um tal de Fabio de Zeresola. Nenhuma das duas queria abrir mão do rapaz e decidiram resolver o triângulo amoroso em um duelo de espadas. O trágico evento contou até com a presença do vice-rei espanhol, Marqués del Vasto, e só terminou com a morte de Isabella.

1598. Ben Johnson versus Gabriel Spenser
Por motivos que não chegaram até nós, o dramaturgo inglês Bem Johnson, autor da comédia “Volpone” e grande rival de Shakespeare, duelou contra o ator Gabriel Spencer. Resultado: a morte de Spencer e a prisão de Johnson, que só conseguiu se safar ao se converter ao catolicismo – e doar todas as suas propriedades para a Igreja.

1804. Aaron Burr versus Alexander Hamilton
Este duelo entrou para os anais da política. O vice-presidente dos Estados Unidos Aaron Burr acusou o ex-secretário do Tesouro Alexander Hamilton de insultá-lo em um artigo. Hamilton alegou não se lembrar do incidente, recusou-se a pedir desculpas e foi desafiado para um duelo. No dia e hora marcados, Hamilton foi até o local resolver pacificamente a questão. Porém, foi recebido com um tiro no estômago e morreu na tarde seguinte.

1806. Charles Dickinson versus Andrew Jackson
Charles Dickinson – não é o escritor homônimo – era um homem violento e que gostava de resolver as coisas na bala. As estimativas de duelos que participou variam de 5 a 100. Um tal de Andrew Jackson, que viria a ser o sétimo presidente dos EUA, acusou o valentão de insultar sua esposa e o desafiou para um duelo. Resultado: a surpreendente morte de Dickinson e uma bala alojada próxima ao coração de Jackson, que nunca pode ser extraída.

1837. Aleksandr Pushkin versus Georges d’Anthès
O romancista russo Aleksandr Pushkin – autor de “Boris Godunov” e “Eugene Onegin” – estava irritado com os rumores que corriam “a boca pequena” de que sua esposa o traía com o próprio cunhado, um oficial francês chamado Georges d’Anthès. Resolveu tirar a limpo a história e desafiou o oficial. Pushkin estava confiante, afinal, era um duelista experiente. Mas o destino foi cruel: atingido na barriga por um tiro de d’Anthès, morreu dois dias depois do fatídico duelo.

1832. Évariste Galois versus Perscheux d’Herbinville
O matemático francês Évariste Galois, responsável pelas bases do que ficou conhecida como a “Teoria de Galois”, era um ávido republicano em época de monarquia, o que lhe dava inúmeras dores de cabeça – além de seguidas prisões sob acusação de “conspiração contra o rei”. Após uma delas, Galois travou um duelo com Perscheux d’Herbinville. Acabou morto. Alguns dizem que o duelo foi pela disputa do coração de uma dama. Mas, o que correu pelas ruas de Paris, é que essa história foi um pretexto para encobrir as razões políticas de sua morte.

super.abril.com.br


 



 
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Tecnologia do Tradutor

O Velho Oeste americano foi um lugar diferente de tudo que estamos acostumados hoje em dia. Lá, os xerifes cuidavam das cidades, os bandidos roubavam caravanas e duelos eram feitos para decidir os mais diversos problemas. A importância dessas disputas com armas era tanta, que acabaram moldando a história do Velho Oeste e criando suas histórias mais famosas:

Wild Bill Hickok

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Um dos nomes mais notórios do Velho Oeste é o de Wild Bill Hickok. Ele foi xerife, lutou na Guerra Civil Americana e se tornou jogador de pôquer profissional.
Mas sua grande fama não veio de nenhuma dessas realizações. Ele se tornou uma lenda quando participou de um duelo contra seu melhor amigo. Como desejava fazer uma carreira no pôquer, Bill não podia ter fama de devedor, pois isso não caia bem em nenhum lugar. Porém, seu amigo, chamado David Tutt, afirmava para todos que Wild lhe devia dinheiro.

Para quitar a dívida pela força, David roubou o relógio de Bill, o que causou um grande constrangimento público. Sem acharem uma solução para a disputa, os dois partiram para uma resolução definitiva. Seguindo o clássico modelo de duelo, os dois foram para a rua. A uma distância de 70 metros, os homens pararam frente a frente. Após o último aviso de Bill, David sacou sua arma. 

Dois tiros foram disparados, um de cada participante. Tutt errou, mas Bill foi certeiro, acertando seu amigo no peito. Poucos minutos depois, David morreu e Wild Bill saiu vitorioso, tornando-se, a partir daquele momento, um dos homens mais lendários de todo Velho Oeste americano.

Four Dead In Five Seconds

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Em abril de 1881, 75 mexicanos fortemente armados chegaram a cidade de El Paso, Texas, buscando por dois companheiros que haviam sumido fazia alguns dias. Os dois tinham vindo em busca de gado roubado. Por isso, o prefeito da cidade permitiu que os homens armados entrassem nos limites do município para fazerem a busca.
Em pouco tempo, os dois corpos foram encontrados e o julgamento dos suspeitos foi marcado. Porém o clima da cidade ficou pesado, ainda mais pelo fato de dezenas de mexicanos armados estarem circulando pelas ruas.
Dallas_Stoudenmire
Dallas Stoudenmire, um lendário xerife americano, que se envolveu em diversos duelos, tendo derrotado ao menos dez inimigos em sua carreira de homem da lei, saiu do fórum e foi jantar do outro lado da rua. Ao mesmo tempo, Constable Krempkau, que estava trabalhando de tradutor para os mexicanos e George Campbell, um ex-xerife, também apareceram no lugar. Sem aviso, John Hale pegou a arma de George e atirou em Krempkau.

Rapidamente, o xerife sacou sua arma e saiu para o duelo. Seu primeiro tiro acertou um espectador mexicano na cabeça, que morreu na hora. Em seguida, Hale, que estava escondido atrás de um pilar, levou um tiro no meio da cabeça graças a destreza do xerife, mas a luta não parou por aí.

Krempacu, que acreditou ter sido acertado por Campbell, disparou duas vezes contra o mesmo, o derrubando. Antes que Campbell pudesse se recuperar dos dois tiros, o xerife disparou contra ele, acertando o estômago. Assim, em cincos segundos, quatro homens estavam mortos.
minilua.com


Duelo no OK Curral marcou Velho Oeste




"Era um amigo leal e um bom camarada. Um dentista que a necessidade tornou um jogador. Um cavalheiro que a doença tornou um vagabundo. Um filósofo que a vida transformou em um espírito cáustico. Um louro alto e magro, quase morto pela bebida, e ao mesmo tempo o mais astuto jogador e o mais nervoso, rápido, mortal homem com um revólver que eu já vi." (Wyatt Earp, o melhor xerife que o Velho Oeste conheceu, sobre Doc Holliday.)

Os personagens desta história são Doc, Wyatt e seus irmãos, Virgil e Morgan; a gangue inimiga dos Clanton e o OK Curral. O Duelo do OK Curral é o episódio mais célebre da história daqueles tempos.

Uma das últimas ocasiões em que Doc Holliday empunhou seu revólver para atirar em alguém foi em 1884, 130 anos atrás -ele tinha 33. Estava em Leadville, EUA, no Hyman's Saloon, jogando pôquer. Entra um desafeto, Billy Allen, que havia testemunhado contra ele no Duelo do OK Curral. Doc viu que Billy estava procurando encrenca.

 
Os corpos de Tom McLaury, Frank McLaury e Billy Clanton, mortos durante o Duelo no OK Curral, no Arizona, em 1881
Os corpos de McLaury, McLaury e Clanton, mortos durante o Duelo no OK Curral, no Arizona, em 1881


Ele sacou sua arma e atirou, errando por pouco. Billy virou-se para fugir, mas tropeçou na soleira da porta e caiu sobre seus joelhos e mãos. Atirando por sobre o balcão, Doc acertou-lhe um dos braços. Quando ia atirar novamente o bartender segurou sua mão. Billy escapou.
Doc era tuberculoso. Ainda no inverno de 1884, temendo um surto de pneumonia, se mudou para Denver, onde esperava encontrar uma temperatura mais amena. Isso não ajudou. Mas lá, no ano seguinte, encontrou um velho amigo, Wyatt Earp, grande lider no famoso duelo.


LADRÕES DE GADO


Isso nos leva a Tombstone e ao OK Curral. Quando chegaram à cidade, no Arizona, em 1880, os Earp -Wyatt, Virgil e Morgan- encontraram Doc Holliday, que estava lá atraído pelo clima seco.
Logo tornaram-se grandes amigos. E ao mesmo tempo desgostaram da gangue dos Clanton -Ike e Billy Clanton, Tom e Frank McLaury e Billy Claiborne, conhecidos como os "Cowboys". Virgil, que se tornou delegado da cidade, desconfiava que eles eram ladrões de gado em grande escala. Roubavam no México para vender no Arizona.

Wyatt Earp (1848-1929), um dos protagonistas do duelo
Wyatt Earp (1848-1929), um dos protagonistas do duelo


Virgil logo determinou que ninguém poderia andar armado na cidade, e isso provocou os primeiros atritos sérios entre as duas partes.
O dia 25 de outubro de 1881 Ike Clanton passou bebendo. Ele ia de um saloon a outro, gritando ameaças aos Earp e a Holliday. Topou com Holliday, que o enfrentou: "Ouvi dizer que você vai me matar, Ike. Pegue sua arma e comece". Virgil, delegado, Wyatt e Morgan, que ele havia nomeado seus auxiliares, estavam presentes. Virgil disse a Ike e a Doc que os prenderia se continuassem com aquilo.
Virgil os afastou, mas Ike continuou gritando: "Eu o mato amanhã, quando os outros virão à cidade". E para Wyatt: "Diga a seu amigo que ele será um homem morto amanhã". Wyatt respondeu: "Não se meta com Doc, ele te mata antes que você comece".

(Essa narrativa deve muito ao trabalho dos historiadores Casey Tefertiller e Jeff Morey, publicado originalmente na edição de outubro de 2001 da "Wild West Magazine".)
No 26 de outubro de 1881, os Earp acordaram cedo e Virgil, da janela de seu hotel, viu Billy Clanton entrar na cidade acompanhado de Billy Claiborne. Eles encontraram os irmãos McLaury e Ike Clanton. Virgil e Morgan desceram e os confrontaram.

Ike, armado, recorreu ao fuzil, mas Virgil Earp deu com seu revólver na cabeça dele e o levou, sangrando, ao juiz Wallace, que o multou em US$ 27,50 por carregar armas na cidade.
Wyatt entrou na sala e disse: "Seus malditos ladrões de gado. Vocês têm ameaçado nossas vidas. Acho que seria justificado se atirasse em vocês em qualquer lugar. Mas, se estão ansiosos por uma luta, irei a qualquer lugar na Terra para lutar contra vocês."
"Lutar é meu negócio", respondeu Clanton, "e tudo que preciso são quatro pés de terreno [1,20 m]."

30 SEGUNDOS DE DUELO

Embora tenha ficado conhecido como o Duelo de OK Curral, não foi lá que o tiroteio ocorreu, mas numa ruazinha próxima, a Fremont.
Virgil deu um rifle curto para Doc esconder sob sua longa capa cinza, e Doc entregou a ele sua bengala. O xerife John Behan correu para eles e disse: "Pelo amor de Deus, não vão para lá ou serão todos mortos". Virgil respondeu que ia desarmá-los.

Quando Doc e os Earp estavam a aproximadamente 5 m dos Clanton, ficaram surpresos ao ver que eles ainda tinham seus revólveres e os fuzis estavam em suas selas. Virgil ergueu a bengala e gritou: "Levantem as mãos, rapazes. Quero desarmá-los".

Os tiros começaram quando Billy Clanton e Frank McLaury engatilharam suas armas. Não se sabe quem começou a atirar, mas foi uma bala de Doc a primeira a acertar um alvo, atingindo a cintura de Tom McLaury, enquanto a bala de McLaury perfurou o paletó de Wyatt.

Billy Clanton atirou em Virgil, mas seu tiro se perdeu. Virgil foi atingido na perna por um tiro de Frank McLaury.
Billy Claiborne fugiu assim que o tiroteio começou. Ike Clanton correu para uma loja de fotografias e, da janela, tentou um último tiro em Wyatt antes de desaparecer. Billy Clanton foi atingido no peito, provavelmente por Morgan, e no pulso direito, mas continuou atirando.

Morgan caiu e gritou "fui atingido" quando uma bala entrou por um ombro e passou para o outro. Seriamente ferido, Frank McLaury usou seu cavalo como cobertura e atirou em Morgan.
Agachado na rua, ele viu que Doc se aproximava, levantou-se e disse "eu o peguei agora". E atirou, acertando um dos lados de Doc. "A bala me atravessou", gritou Doc. Frank cambaleava na rua quando Morgan e Doc atiraram. Morgan atingiu um lado da cabeça de McLaury, e Doc o seu peito. McLaury continuava a respirar quando Holliday correu até ele e gritou: "O filho da puta atirou em mim, quero matá-lo".

Mas a luta havia acabado para Frank McLaury. Seu irmão Tom estava em uma das esquinas da rua Fremont, morrendo junto a uma base do telégrafo. Tom e Billy foram levados para uma casa próxima, onde sobreviveram por apenas alguns minutos.

O duelo havia durado 30 segundos. Morgan, Virgil e Doc estavam feridos; Wyatt era o único que nada sofrera.

VERSÕES CONFLITANTES


Assim que o tiroteio acabou, os repórteres dos dois jornais locais, "Epitaph" e "Nugget", entraram em ação. E a conclusão a que se chegava lendo a cobertura dos dois era que o lado da lei estava certo.

Mas não demorou para essa situação mudar, quando o xerife Behan, Ike Clanton, Billy Claiborne e vários de seus amigos contaram uma história muito diferente: Doc e Morgan teriam atirado em Tom Mc Laury desarmado.
Depois que os dois lados apresentaram suas versões, o panorama era este: para os Earp, foi legítima defesa; para os "Cowboys", tratou-se de assassinato. Behan foi a principal testemunha da acusação, que tentava levar os irmãos Earp a julgamento.

Para o promotor Wells Spicer, não havia condições de mandar o caso a júri. E esse foi o fim do Duelo do OK Curral.
Estamos novamente com Doc no encontro com Wyatt Earp em 1885: sua saúde estava muito deteriorada -poderia ser descrito, e foi como se apresentou aos olhos de Earp, como um esqueleto que tossia, de pernas trêmulas.

Em 8 de novembro de 1887, Doc acordou com a vista clara e pediu uísque. O copo foi dado a ele, que bebeu com prazer. Então, olhando para os pés descalços, disse: "Isso é engraçado". E morreu.

Ele sempre acreditou que morreria calçando botas.

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01
Nov16

E AGORA EM VÍDEO UM NAVIO QUE TANTO O É NA HORIZONTAL COMO NA VERTICAL - TUDO ESTÁ PREPARADO PARA QUE SEJA UTILIZADO NAS DIAS POSIÇÕES

António Garrochinho


A engenharia mundial realmente surpreende a cada dia, neste artigo iremos deixar a conhecer uma das mais impressionantes invenções, e não pense que é atual, e que foi colocada em funcionamento a poucos dias, pois a invenção que nada mais é do que um navio que passa da posição vertical para a horizontal, foi construída há 50 anos.
O Flip (Floating Instrument Platform) foi construído pelos Estados Unidos, e tudo dentro dele tem duas posições de uso, para quando ele fica ou na posição vertical ou na horizontal, no interior do navio os banheiros possuem duas pias, nos quartos, as camas são posicionadas de acordo à posição do Flip, assim como tudo dentro da estrutura que foi adaptada para ficar em duas posições, uma verdadeira obra cheia de curiosidades.
Confira o vídeo que a BBC Brasil divulgou sobre a comemoração dos 50 anos do Flip:

VÍDEO

linkkando.com

01
Nov16

Árvores do "Bem"

António Garrochinho


Pesquisei por aí e encontrei um artigo muito interessante sobre quais árvores podemos plantar nas ruas, que não danificam calçadas e/ou redes elétricas.
Algumas estão até ameaçadas de extinção.

Resultado de imagem para árvores indicadas para plantar em calçadas


Existem excelentes dicas. Incluem mais de vinte tipos de árvores que você pode plantar em calçadas (com alguns cuidados), que não vão "incomodar", pois o plantio da árvore errada pode provocar muita dor de cabeça no futuro, como tubulações de água e esgoto estourados, calçadas levantadas, problemas na rede elétrica, galhos que ameaçam cair a qualquer momento, frutos pesados que caem sobre carros, ramos espinhentos que atrapalham os pedestres, sujeira e mal cheiro advindo de frutos, folhas ou flores caídos, entre muitas outras situações desagradáveis a perigosas.



01 - Noivinha: Euphorbia leucocephala.

Embora, ela tenha outros nomes populares, além de Noivinha. Ela é conhecida também com os seguintes nomes: mês de maio, neve da montanha, cabeça branca, leiteiro-branco, cabeleira-de-velho, flor-de-criança, chuva-de-prata.Durante o mês de maio, suas folhas verdes, ficam brancas, tornando-a linda e encantadora. Em junho suas folhas já voltam a colocaração verde normal. É uma árvore de porte pequeno, que não atinge 3 metros. Não agride a calçada e nem prejudica a fiação elétrica.


02 - Ipê. Tabebuia sp:


Ipê-amarelo demora um pouco para crescer, mas transforma a paisagem (Foto: Wikimedia Commons)
Os ipês são de grande porte, com raízes profundas que não danificam as calçadas e exige poucos cuidados. É vastamente usado como árvore decorativa devido à sua florescência colorida e anual.Gênero de árvores, em sua maioria nativas, decíduas, de tronco e ramagem elegantes, madeira resistente e florescimento exuberante nas cores amarelo, branco, rosa e roxo. Atingem de 10 a 35 metros, dependendo da espécie. São adequados para calçadas sem fiação elétrica.


03 - Jacarandá Mimoso - Jacarandá mimosaefolia

Um verdadeiro clássico. Árvore decídua, de floração exuberante. Ideal para arborização de ruas, praças e avenidas. Sua altura é de 8 a 15 metros. Suas raízes são profundas, não danificam calçadas e nem redes subterrâneas. Por atingir 15 metros, melhor ser plantada contra a rede elétrica. (Fotografia de Tim Blimbim)


04 - Extremosa ou Resedá - Lagerstroemia indica.

Arvoreta largamente utilizada na arborização urbana. Tem florescimento esplendoroso, é decídua e tolerante a podas drásticas. Atinge 8 metros de altura.

05 - Manacá da Serra - Tibouchina mutabilis

Belíssima arvore, em que é possível admirar flores em três cores diferentes simultaneamente, branca, rosa e roxa, de acordo com a idade da flor. Atinge 6 metros de altura.


06 . Alfeneiro – Ligustrum lucidum

Uma das espécies mais cultivadas na arborização urbana do sul do Brasil. Oferece boa sombra, mas a floração de muitos exemplares ao mesmo tempo pode intensificar os casos de alergia à pólen.


07 - Magnolia - Magnólia spp

Essa espécie de magnólia, além de bela e perfumada faz lembrar os ipês rosas, são muito interessantes para arborização urbana por seu porte pequeno. Decíduas e próprias para o clima subtropical e temperado. Alcançam de 5 a 10 metros de altura. 

08 - Pata-de-vaca - Bauhinia foficata

Árvore brasileira, nativa da Mata Atlântica, de porte médio com uma das mais belas flores e folhagens. Possuem raízes profundas que não estouram as calçadas. Uma ótima opção para ser usada como decoração e em regeneração de matas degradadas.


09 - Quaresmeira Tibouchina granulosa

É uma árvore nativa de pequeno porte, raízes profundas, ela é elegante e bela e apresenta uma linda floração roxa que ocorre duas vezes por ano, possui um fruto pequeno. É uma das principais árvores utilizadas na arborização urbana no Brasil.


10 - Murta-de-cheiro, Dama-da-noite, Jasmim-laranja, Murta, Murta-da-índia, Murta-dos-jardins – Murraya paniculata

A murta-de-cheiro é um arbusto grande ou arvoreta, que pode alcançar até 7 metros de altura. Muito utilizada para a formação de cercas-vivas, a murta-de-cheiro apresenta ramagem lenhosa e bastante ramificada. Suas folhas são pinadas, com 3 a 7 folíolos pequenos, elípticos, glabros, perenes,Durante todo o ano produz inflorescências terminais, com flores de coloração branca.

11 - Ipê-Mirim (Stenolobium stans) 
Pode chegar a sete metros de altura, tem floração entre os meses de janeiro e maio.(Fotografia de Nicodemos Rosa)

12 - Candelabro (Erytrina speciosa)

Sua altura varia de quatro a seis metros. A floração vermelha acontece entre junho e setembro. Fotografia de Luciana Yoshime (Flickr)

13 - Flanboyant Mirim (Caesalpinia pulcherrima)

Tem altura média de três a cinco metros. Sua floração é bastante diversificada, aparecendo nas cores: rosa, vermelha, amarela e branca, entre os meses de setembro e maio.

14 - Cambuci (Campomanesia phaea)

Com altura entre três e cinco metros, esta árvore tem flores grandes e brancas. Mas, seu principal destaque são os frutos, que costumam aparecer entre os meses de fevereiro e março. Ela dá o nome ao bairro paulistano e está em extinção.

15 - Pitangueira (Eugenia uniflora)

Sua altura varia de dois a quatro metros. A árvore produz pequenos frutos e flores brancas, ideais para alimentar abelhas.

16 - Jabuticabeira (Eugenia cauliflora)


Esta espécie pode chegar a dez metros de altura. Ela costuma florescer entre a primavera e o verão, produzindo grandes quantidades de frutos.


17 - Escova-de-garrafa - Callistemon ssp

Espécies de árvores de pequeno porte, nativas da Austrália, e muito resistentes à seca. Floração exuberante.A bela floração da Chuva-de-ouro.

18 - Cinamomo - Melia azedarach

Árvore bastante utilizada na arborização urbana. Indicada para clima subtropical. Floração ornamental e frutos atrativos para avifauna. Alcança até 20 metros de altura.Também conhecido como santa-bárbara e lilás-de-soldado, o cinamomo, além de produzir lenha, é ornamental; os frutos são redondos e carnosos.


19 - Amoreira-preta - Morus nigra

Árvore frutífera, muita atrativa para os passarinhos. Atinge 10 metros de altura.


20 Jasmim-manga - Plumeria rubra

Árvore de flores muito perfumadas e aspecto escultural. Ideal para calçadas, praças e parques. Atinge 6 metros de altura.


21 - Cerejeira-do-japão - Prunus serrulata

Árvore decídua, de grande valor ornamental, por ser florescimento espetacular. Própria para clima subtropical e temperado. Alcança 6 metros de altura. Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, neutro, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Planta de clima temperado, necessita de estações bem marcadas para florescer de forma satisfatória. Por este motivo não é indicada para regiões equatoriais e tropicais, salvo em regiões de altitude elevada. Seu crescimento é moderado e a floração é precoce. Não tolera encharcamento e podas drásticas. Resiste ao frio, geadas e curtos períodos de estiagem. Multiplica-se por enxertia, estaquia e mais facilmente por sementes. (Cerejeiras em avenida de Maria da Fé MG. Fotografia de Leonardo Bueno)


22. Aroeira – Schinus molle e Schinus terebinthifolius

Árvores belas e atrativas para avifauna. São de pequeno porte, atingindo de 8 a 10 metros de altura.


23. Pau-fava – Senna macranthera

Árvore nativa e de pequeno porte, com floração ornamental e aspecto elegante. Atinge até 8 metros de altura. (Foto: Mauro Guanandi)


24. Canafístula-de-besouro – Senna spectabilis

Árvore decídua, nativa do nordeste, de florescimento ornamental e pequeno porte. Alcança 9 metros de altura.

A lista não para por aí. Você também pode usar uma variedade de coníferas, que apesar de seu formato geralmente cônico a colunar, desde à base, são escolhas interessantes para calçadas largas. 

As palmeiras, em sua maioria (com exceção das entouceiradas, espinhentas e as de porte gigante), são muito indicadas para ornamentar ruas, avenidas e calçadas. A diversidade de árvores é enorme e você pode gostar justamente de uma que viu em algum lugar. Veja as características que uma árvore para arborização de calçadas deve ter:

– Não possuir raízes superficiais ou agressivas
– Não ter frutos ou flores grandes
– Não possuir espinhos
– Não ser tóxica
– Não ser de grande porte (mais de 20 metros de altura)
– Não possuir madeira frágil, suscetível à quebra ou ataque de cupins (evite árvores de crescimento muito rápido)
– Não ser invasora



Fonte parcial das informações: site www.jardineiro.net e ecovidabomdespacho.com
salsacompimenta.blogspot.pt
01
Nov16

actividade parlamentar do PCP no Parlamento Europeu - PERGUNTA ESCRITA À COMISSÃO EUROPEIA DE MIGUEL VIEGAS NO PARLAMENTO EUROPEU - Atentado à liberdade de expressão

António Garrochinho



Na semana passada, foi aprovada na comissão AFET do Parlamento Europeu uma resolução apelando a um incremento da capacidade institucional da UE destinada a contrariar a chamada "propaganda inspirada pelo Kremlin".
A Rússia representa hoje um obstáculo aos objectivos de hegemonia dos Estados Unidos que pretende impor o seu domínio mundial. A situação da Síria onde, no quadro da lei internacional a Rússia tem dado apoio ao governo em exercício nas suas acções de legítima defesa contra forças extremistas e apoiadas pelo exterior, impedindo até ao momento que se repitam as operações de derrube do poder verificadas na Líbia, no Iraque, no Afeganistão ou ainda na Ucrânia, representa um libelo acusatório contra o comportamento servil da UE e a sua cumplicidade com as atrocidades cometidas no médio oriente e em África.
A aprovação de tal resolução em plenário, remete para o próximo passo que parece ser a proibição dos órgãos de informação russos, tais como a RT ou o Sputnik, dentro do espaço da UE através de satélite e da internet.
Pergunto à Comissão Europeia se confirma esta intenção e como justifica este verdadeiro atentado à liberdade de expressão.


cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt

01
Nov16

UMA MANADA DE BÚFALOS APARECE DURANTE UM PROTESTO DE NATIVOS AMERICANOS

António Garrochinho
Uma manada de búfalos selvagens apareceu durante um protesto realizado pela nação Sioux de Standing Rock, em Dakota do Norte, nos Estados Unidos, que se manifesta desde a semana passada contra a construção de um oleoduto em terras sagradas, cuja propriedade é garantida por tratados internacionais. A construção deste oleoduto de 1.600 km e que atravessa quatro estados está a cargo de uma companhia texana e pretende transportar o petróleo até Illinois, destruindo os mananciais de água de muitas reservas de nativos americanos, além de destruir zonas consideradas sagradas há gerações.


Manada de búfalos selvagens aparece durante protesto de nativos americanos
O vídeo mostra o momento em que um manifestante dá seu ponto de vista sobre a resposta militarizada do governo, enquanto ao fundo aparece uma manada de búfalos.

Para muitos povos nativos americanos, o búfalo (ou Tatanka Oyate, "povo búfalo") é um poderoso símbolo de sacrifício e serviço à comunidade, pois sacrificam sua carne para ser aproveitada pelos povos indígenas, que a sua vez rendem-lhes tributo e consideram-nos um animal sagrado.

O presidente da nação Sioux de Standing Rock, Dave Archambault II, pediu aos manifestantes que mantenham os protestos pacíficos, apesar de que no lugar apareceram esquadrões do batalhão de choque que utilizam gás lacrimogêneo, balas de borracha e inclusive posicionaram atiradores de elite.

- "A polícia anti-motim avançou contra contra os protetores da água com tanques hoje. Seguimos rezando pela paz". No entanto, Archamabault advertiu que - "Não nos renderemos nesta luta. Como gente desta terra, todos precisamos de água. Isto é a respeito da água, de nossos direitos e de nossa dignidade como seres humanos".
VÍDEO

www.mdig.com.br
01
Nov16

O Reino de Jerusalém

António Garrochinho



O Reino de jerusalém foi um dos grandes estados cruzados de outremer (Nome que os franceses davam aos estados latinos do oriente e significa além mar.) criado durante a 1º cruzada em 1099 juntamente com o condado de Edessa , o principado de Antioquia e o condado de trípoli, o reino em seu auge abrangia diversas cidades e castelos sendo um das mais importantes além da capital jerusalém , a cidade de acre a qual foi a última a cair juntamente com o reino em 1291 (O reino de Jerusalém quase fora totalmente conquistado por saladino , mas com a terceira cruzada a cidade de acre foi reconquistada e denominada capital do reino , sendo que a própria jerusalém caíra em 1187).

A Primeira Cruzada e a fundação do Reino


Com a proclamação do Papa Urbano II no concílio de Clermont em 1095 foi decretado que a terra santa precisava ser retomada dos ''infiéis'' e com isso já iriam também atender o apelo do imperador Bizantino Alexio I para ajuda-los a expulsar os turcos seljúcidas que estavam ameaçando a cristandade e perseguiam os peregrinos na terra santa , a expedição conhecida como cruzada finalmente foi lançada com exércitos franceses , ingleses , italianos entre outros. 

Com o suporte dos bizantinos os cruzados que conseguiram chegar até Constantinopla puderam acampar na área e tiveram o apoio militar de Alexio I até o leste da anatólia , chegando na síria os exércitos dos francos capturaram Antioquia , Edessa , Trípoli e finalmente o maior prêmio de consolo para os francos... Jerusalém , com o bem sucedido cerco a cidade Godofredo de Bulhão , um dos líderes da cruzada , se torna o primeiro rei franco na cidade, porém morre no ano seguinte e seu irmão Balduíno I assume o trono.


A expansão do Reino e o auge de Outremer

Com a liderança de Balduíno I o reino expande suas fronteiras com a captura de acre , Sídon e Beirute. Um patriarca latino finalmente é instalado na cidade e a população aumenta com a chegada de mais imigrantes europeus e peregrinos , Balduíno falece em 1118 sem herdeiros e seu primo o sucede no trono , Balduíno de Bourg que também era conde de Edessa , no seu reinado a cidade de Tiro fora anexada ao reino de Jerusalém. 


A paz reinará em Outremer por mais algumas décadas porém Zengi , um atabeg  (governador) de mossul conquistará a cidade de Edessa em 1143 , conquistando assim um dos primeiros estados criados pelos francos. Com o objetivo de retomar Edessa é lançada a Segunda Cruzada porém essa é totalmente fracassada com a emboscada dos seljúcidas aos francos na anatólia.

Durante o reinado do rei Amalrico I de Jerusalém (1163-1174) o reino se aproximou mais do Império Bizantino e ambos os estados tentaram lançar uma invasão não bem-sucedida no Egito , como consequência Cairo fora conquistado por Nur al-Din , líder turco de Damasco , fora unificado e assim se encerrava as rivalidades entre os muçulmanos temporariamente e ambos puderam investir contra os francos e para piorar o general de Nur al-Din , Shirkuh que comandará o Egito , morrerá em 1169 e foi sucedido como vizir por um homem que iria mudar para sempre o destino do Reino de jerusalém.....Saladino.

Os Principais Defensores dos Reinos latinos do oriente


As ordens militares fundadas em Outremer foram sua maior defesa contra os sarracenos , tais como os Templários (Defensores dos peregrinos) , Hospitalários  (Atuavam nos hospitais ajudando os feridos) e posteriormente os Teutônicos criados a partir dos vários alemães presentes na 3º Cruzada , estes últimos tiveram papel mais importante em sua cruzada fora da terra santa nas chamadas cruzadas do norte contra os pagãos que resistiam a cruz cristã nas terras geladas do báltico. Sem eles provavelmente o domínio franco na terra santa não teria durado nem metade do que durará.

A ascensão de Saladino e a queda de Jerusalém

Após o fracasso da segunda cruzada o reino de jerusalém permaneceu por mais algumas décadas de paz porém em 1171 com a morte do califa fatímida do Egito Al-Adid , os turcos assumiram de vez o trono do Egito e Saladino se tornou sultão em 1174 com a morte de Nur Al-Din e acabou por tomar Damasco , complicando ainda mais a situação de Outremer que ficará cercada e vulnerável aos ataques de Saladino. 


Enquanto isso em Jerusalém o filho do falecido amalrico I , Balduíno IV que sofria de lepra (o mesmo retratado no filme Cruzada de Orlando Bloom) defendeu o reino dos ataques que saladino infligiu ao reino primeiramente tentando tomar Ascalon e outras cidades porém Balduíno IV conseguiu intercepta-lo e derrotou o exército muçulmano de Saladino na Batalha de Montgisard que por ora poupou o reino de Jerusalém.


Após alguns anos de paz no reino Saladino retomou as investidas contra Outremer desta vez após outra batalha travada contra os francos , ambos os lados se declararam vitoriosos , porém alguns meses depois Saladino conseguiu com bastante agilidade capturar Alepo e então proclamar uma Jihad (Guerra Santa) contra Outremer.Agora com a terra santa sob ameaça, os grãos mestres templários e hospitalários   foram novamente buscar ajuda no Ocidente com os reis da frança e Inglaterra o e o Sacro imperador Romano para uma grande cruzada. 

Em Jerusalém o rei Balduíno IV morre em 1185 e o seu sucessor Balduíno V acaba por morrer também no ano seguinte antes de completar nove anos de idade após isso Sibila , a mãe de Balduíno V ,reivindica o trono para si e seu marido Guy de Lusignan que apoiavam uma política de agressão contra Saladino, enquanto isso o sultão muçulmano preparava um exército para atacar o Reino de Jerusalém com todas suas forças. 

Em 1 de julho de 1187 Saladino atravessou o Jordão e assim daria ínicio a Batalha de Hattin que seria o maior desastre para o exército do reino que fora completamente emboscado e cercado pelas tropas de Saladino , centenas de templários e hospitalários caíram nessa batalha e graças a esse desastre a terra santa ficou praticamente indefesa , daí que se percebeu que as ordens militares eram mais necessárias do que nunca para proteger a terra santa.

Após a batalha algumas cidades e castelos se rendiam sem ao menos lutar , Acre se rendeu em 10 de julho , Sidon no dia 29 e Beirute em 6 de agosto. Jaffa resistiu porém não conseguiu sair bem sucedida e como consequência sua população foi morta e os sobreviventes vendidos como escravos e Ascalon também ofereceu certa resistência porém se rendeu em 4 de setembro. O maior objetivo de Saladino era claramente Jerusalém , suas tropas iniciaram o cerco a cidade em 20 de setembro.

Saladino tinha desejo de exterminar toda a população porém Balião De Ibelin , um nobre e influente cruzado , o advertiu que se não fizessem um acordo honroso os cruzados iriam queimar e destruir todos os templos e santuários da cidade que também eram muito importantes para os muçulmanos assim Saladino concordou e ofereceu um salvo conduto aos 20 mil cristãos da cidade , então no dia 2 de outubro de 1187 as tropas do líder muçulmano entram triunfantes na cidade, e quanto aos sobreviventes todos foram para a costa após olhar pela última vez a grandiosa cidade , alguns grupos foram para Antioquia , outros para Tiro e por fim Trípoli.

A Terceira Cruzada e a retomada do Reino de Jerusalém

Com a perda de Jerusalém o Ocidente sentiu ainda mais a necessidade de uma grande cruzada para recuperar a terra santa de Saladino , com isso a terceira cruzada é lançada em 1190 , com a presença do brilhante rei Inglês Ricardo Coração de Leão os cruzados imediatamente recuperam Acre em julho de 1191 , depois Ricardo segue para Jaffa e Ascalon , Saladino o encontrou na Batalha de Arsuf onde as ordens militares foram de crucial importância para a grande vitória sobre os muçulmanos.

Ricardo estava perto de Jerusalém porém os grãos mestres o aconselharam que mesmo se tomasse a cidade não conseguiria mante-lá pois sem o controle do interior e da importante rota de Damasco de nada adiantaria o controle da cidade , em 1192 Ricardo faz um acordo com Saladino a qual Jerusalém permaneceria sob seu domínio porém estaria aberta as peregrinações cristãs , no ano seguinte Saladino falece e seu império se divide em várias facções rivais.

O sucesso da terceira cruzada fez com que o reino de Jerusalém fosse ressuscitado porém agora com a capital em Acre. após décadas de uma certa paz em Outremer o papa lança a quarta cruzada porém essa nada fez para ajudar a terra santa pois os venezianos que estavam responsáveis pelos navios desembarcaram em Constantinopla e a tomaram , criando o reino latino de Constantinopla até 1261 quando os bizantinos retomam sua capital.

As Últimas Cruzadas

A quinta cruzada lançada em 1215 tinha como objetivo novamente Jerusalém porém primeiramente precisava tomar o Egito para que quanto a cidade fosse capturada não corresse mais perigo. Os cruzados atacaram e tomaram a cidade de Damieta que servia de acesso a capital Cairo em 1219 o reino muçulmano entrou em crise e decidiram que trocariam Damieta por Jerusalém porém os cruzados não aceitaram e continuaram a investida contra a capital no mesmo ano não sabendo que os muçulmanos iriam interceptá-los e assim abriram as eclusas dos canais de irrigação e inundou todo o exército, em 1221 os cruzados entregaram Damieta e voltaram a Acre.

Oito anos após a quinta cruzada o sacro imperador romano Frederico II que tinha prometido ajudar os cruzados no egito na quinta cruzada demorará demais a chegar e por isso o papa o excomungou , Frederico II negociou com Al-Kamil (O Sultão egípcio na Época) para uma sexta cruzada a qual ele teria o controle de Jerusalém e uma trégua de dez anos com os muçulmanos e assim em 29 de março de 1129 Frederico é coroado Rei de Jerusalém , o imperador ficaria na cidade por somente dois dias , o reino agora poderia usufruir de dez anos de trégua.

Os Mamelucos e o fim do Reino de Jerusalém

Em 1239 a trégua termina sem qualquer ameaça imediata a Outremer , Al-Kamil falecera um ano antes e o Egito novamente estava dividido em várias facções e a rivalidade entre Cairo e Damasco só aumentava. Em 1244 a guerra entre as duas cidades rompe novamente e os reis de Outremer decidem se aliar ao governador damasceno Ismail , que prometerá dar aos fracos parte do Egito se seus rivais no Cairo fossem derrotados. Porém eles não contavam que Al-Salih (líder do Egito) acabara de iniciar o recrutamento de um exército de escravos militares que se convertiam ao Islã, Os Mamelucos.

Al-Salih ainda contava com a ajuda dos Korezmianos , mercenários vindos da pérsia , em junho do mesmo ano 12 mil korezmianos entraram na síria tentando capturar Damasco porém ao ver suas grandes muralhas partiram rumo a Outremer conseguindo capturar Jerusalém das mãos dos cristãos e se juntaram com o resto do exército do líder muçulmano em Gaza , após a fracassada sétima cruzada liderada pelo Rei Luís IX da França contra o Egito , os Mamelucos finalmente tomam o poder no Egito em 1257 sob a liderança de Qutuz.

Em 1258 os mongóis liderados pelo neto de Gengis Khan , Hulagu, chegam ao oriente médio e tomam Bagdá , dois anos depois é a vez de Aleppo e Damasco caírem , os Francos estavam desesperados e enviaram cartas ao Ocidente em busca de ajude , porém os Mamelucos tomam iniciativa e lutam contra essa nova ameaça e os vencem na Batalha de Aint Jalut , a sudeste de Nazaré.

Outremer nada sofrerá com a invasão mongol , pelo contrário ambos até cogitaram uma possível aliança contra os Mamelucos porém esta falhou , no mesmo ano Qutuz é assassinado pelos seus próprios aliados e Baibars toma a liderança dos Mamelucos , a partir do ano de 1265 os muçulmanos iniciam uma completa ofensiva contra Outremer para expulsarem os francos definitivamente da terra santa começando com a captura de Cesareia e Haifa no mesmo ano e a captura de Antioquia em 1268 e somente Acre , Trípoli e a fortaleza templária de Tortosa resistiram.

No Ocidente , os cristãos estavam dispostos a organizaram uma nova cruzada contra os Mamelucos porém todo o dinheiro arrecadado para a mesma fora investido contra os rebeldes na Sicília e assim se acaba toda a esperança da recuperação da terra santa, em 1289 os muçulmanos ocupam trípoli e o a última cidade dos francos no Oriente , Acre, finalmente viria a cair em 1291 , os sobreviventes da capital do reino de Jerusalém partiram para a ilha de Chipre , onde os templários possuíam diversos castelos e fortificações e por lá passaram o resto da vida , quarenta anos depois do cerco a Acre um viajante Alemão só viria a encontrar alguns camponeses vivendo solitariamente nos campos em que um dia já fora o grande reino de Jerusalém , assim acaba não só o reino mas toda a presença cristã na terra santa que durará quase 200 anos.

Referências Bibliográficas:

Os Templários - História e Mito , Michael Haag.


historiaespetacular.blogspot.pt
01
Nov16

HISTÓRIA RECENTE - Euskadi Ta Askatasuna (ETA).

António Garrochinho


Este não é um post fácil. Escrever sobre uma luta criminalizada e um movimento satanizado deve andar próximo daquilo que se pode chamar uma “maluqueira” ou até um “crime”. Mas a verdade é que não podia deixar passar esta oportunidade e assinalar uma data que me merece  toda a atenção: o 50º  (hoje o 58 º) aniversário do movimento de libertação do País Basco Euskadi Ta Askatasuna (ETA).
Com o aparecimento da ETA, a luta pelo estabelecimento de um Estado Basco independente ganhou um fôlego novo. Até então resumia-se ao Nacionalismo Burguês, de cariz Democrata-Cristão (mais Cristão que Democrata) quando não Fascista. A base teórica era uma mistura de etnocentrismo com o chauvinismo Carlista, tudo muito Burguês e Aristocrático, com uma escassa base popular de apoio centrada nos proprietários agrícolas das zonas de Gipuzkoa e de Bizkaia. Em suma, falamos de um Nacionalismo reaccionário e estrategicamente autonomista, que levava as massas populares e trabalhadoras a alienar-se da legítima luta pelo estabelecimento de um Estado Basco.
Este Nacionalismo desembocaria, na sangrenta Guerra Civil de Espanha, em dois lados opostos: os Réquétés, fundamentalistas religiosos e defensores do Feudalismo e do Clericalismo, ao lado do Fascismo; e o Eusko Gudarostea, enquadrado pelo autonomista e Democrata-Cristão PNV mas onde foram integrados milhares de operários e camponeses revolucionários, desejosos de derrotar o Fascismo e conseguir a independência do País Basco. A frouxa liderança Burguesa deste exército levou-o à capitulação ante os Fascistas Italianos na Traição de Santoña.
A ETA surge assim no final dos anos 50 como a alternativa independentista, revolucionária e popular ao Nacionalismo Basco autonomista e Burguês, centrando as suas razões ideológicas no conceito Marxista-Leninista de auto-determinação e ainda  na  língua euskera (proibida pelo Fascismo) e no território onde ela é tradicionalmente falada, Euskal Herria  com as suas sete províncias (Bizkaia, Gipuzkoa, Lapurdi, Zuberoa, Araba, Nafarroa e Nafarroa Beherea), como fundamentos teóricos e históricos para a sua luta, reclamando justamente para si a herança dos gudariak da Guerra Civil, traídos pela Burguesia.
Seguindo essa linha ideológica e inspirando-se nas várias guerras e movimentos de libertação nacional da época, a ETA assumiu-se como a dianteira do movimento independentista Basco, lançado-se na luta armada contra o Estado de Madrid. Rapidamente ganhou o reconhecimento e o apoio de vastas camadas da população Basca, começando a mover-se em Euskal Herria com a mesma destreza e liberdade que os guerrilheiros do IRA na Irlanda do Norte ou da OLP na Palestina.
De lá para cá, a organização tem passado pelas mais complexas situações. Porém, parece claro que vive hoje o momento mais difícil da sua história. Ceifada de alguns dos seus cérebros, com grandes dificuldades financeiras e pouca capacidade para atrair novos activistas, o futuro da ETA é incerto e, com ele, o futuro de toda a luta pela independência e auto-determinação de Euskal Herria e do seu povo. Esta situação foi causada não pelo afastamento dos Bascos quanto à sua situação nacional e consequente  impopularidade da ETA e dos seus objectivos (como afirma Madrid). A causa é sim uma intensa repressão de Madrid contra os independentistas Bascos, ligados ou não à ETA.
As sucessivas campanhas repressivas do Estado de Madrid têm visado não somente a ETA mas  todo o movimento da esquerda albertzale, com repetidas prisões de activistas de várias organizações (amiúde seguidas de torturas e espancamentos), ilegalizações das mesmas (não há hoje um único partido legal próximo dos objectivos independentistas e revolucionários propostos para Euskal Herria), censura de várias orgãos de comunicação social e por aí fora. Pelo meio ficam ainda nas nossas memórias os GAL, assassinos a soldo do PSOE e nunca reprimidos convenientemente pelo Estado de Madrid.
Tratam-se de atitudes repressivas e de cariz fascizante em plena UE, que se diz “democrática”, e que passam ao lado da maioria das populações. A actual luta da ETA, patente no seu discurso, é precisamente contra estes métodos de repressão e pela convocação de um referendo em Euskal Herria sobre o futuro desta Nação. Referendo que Madrid rejeita.
Outro ponto importante da luta da ETA e de todos os independentistas Bascos prende-se com a situação dos prisioneiros políticos, colocados em prisões ao longo de todo o território do Estado Espanhol, a largas centenas de kilómetros dos seus familiares e bastas vezes em duvidosas condições no que refere à sua segurança.
Em Portugal a causa Basca está, como em toda a Europa, diabolizada. Afirmar simpatia pela luta dos Bascos e pela ETA é caso para insinuações de “ligações ao terrorismo” e consequente investigação policial, mesmo quando não há nem se pretendem ter as tais “ligações”, como é o caso. As corriqueiras notícias sobre “bases da ETA” em Portugal são apenas alarmes lançados pelo Estado contra aqueles que defendem a auto-determinação Basca. Uma das causas para este fenómeno de alheamento quanto à luta de Euskal Herria é a sociedade Portuguesa, formatada por compêndios e jornaleiros de duvidoso rigor historiográfico, que não reconhece as lutas independentistas Basca, Galega e Catalã como gémeas da luta Portuguesa em séculos passados contra o domínio de Madrid.  Mais, é hoje forçoso reconhecer que o Estado de Madrid (com as suas históricas pretensões expansionistas sobre a totalidade da Península Ibérica) é uma ameaça à independência da República Portuguesa. Assim é obrigação de todos os Portugueses tomar mais atenção a esta luta do povo Basco, independentemente da opinião que se tenha sobre a ETA.
Pela Independência e pelo Socialismo. Gora Euskal Herria askatuta!

conspiracaodosiguais.wordpress.com
01
Nov16

O velho foi à viola - Segunda-feira, 27 de Julho de 1970. Um inusitado toque de clarim interrompe a rotina matinal na prisão de Caxias.

António Garrochinho


Segunda-feira, 27 de Julho de 1970. 

Um inusitado toque de clarim interrompe a rotina matinal na 

prisão de Caxias. 


Por Diana Andringa em Caminhos da Memória.


O funeral de Salazar no Mosteiro dos Jerónimos, partida para Santa Comba Dão











Um toque diferente, desconhecido, num tom lamentoso que não lhe conhecíamos.
Numa cadeia, ganham-se mil ouvidos: habituamo-nos aos sons ciciados da chegada de um novo preso, ao esforço de distinguir qual a cela onde o colocam (da parte da frente, com o rio ao longe? Da de trás, tendo como única visão o muro e as pernas do guarda republicano andando nele?), à frase «Prepare-se para ir à António Maria Cardoso», que pode significar, para aquele a quem é dita, uma sessão de tortura, seja a pancada, o sono ou a estátua, o seu regresso («Quantas horas passou em interrogatórios? 
Quantas noites?»), à tosse que anuncia esse regresso, ao assobio longínquo de um camarada, identificando-se com uma canção comum (no nosso caso, uma coladera), até às crises de asma de alguém que necessita socorro, numa cela próxima. Então, um toque de clarim, a uma hora inabitual, desperta de imediato a atenção e a ansiedade. 
Lá em baixo, na guarita, o jovem guarda republicano olha, também ele, o lado de onde o som surgiu.«Que toque é este?», perguntamos-lhe, gritando.Olha-nos e encolhe os ombros. 
Não como quem não quer responder à pergunta gritada por aqueles que tem o dever de guardar, mas como quem não sabe. 
E ouvimo-lo repetir a pergunta para a guarita seguinte: «“Que toque é este?»Do outro lado chega uma resposta, para nós inaudível. 
Mas o jovem ouve-a e repete-a para nós: «“É o toque dos mortos!»Para que, numa cadeia, toque o clarim por alguém que morreu, é que esse alguém é pessoa de importância. E a ansiedade e a curiosidade crescem. Gritamos, de novo, para o guarda: «E quem é que morreu?»
Tal como da primeira vez, ele repete, para a guarita seguinte, a nossa pergunta. 
E tal como da primeira vez, a resposta escapa-nos. Mas – tal como da primeira vez – o jovem que nos guarda logo no-la repete: «Foi o velho! O velho foi à viola!» 
Não houve necessidade de perguntar mais nada. O «velho» com direito a clarim só podia ser um: Salazar. E logo nos abraçámos a rir, enquanto ouvíamos, vindos de outras celas, gritos de regozijo. 
Que a morte, tantas vezes desejada, do ditador, nos fosse anunciada pelo jovem que devia guardar-nos aumentava a ironia da notícia.
A cadeia explodiu em gritos, risos, murros nas paredes, comunicando de cela em cela, na velha caligrafia prisional – «Um toque é “a”, dois são “b”, três “c” e por aí adiante…» –  a morte do antigo Presidente do Conselho.
Os mais lúcidos lembraram que já havia outro, Marcelo Caetano. 
Mas, nesse dia, a alegria prevaleceu. Mesmo quando a visita foi cancelada, mesmo quando nos cortaram os minutos de música diária, porque «o país está de luto». «De luto?», respondemos nós. «O vosso talvez esteja, o nosso país está em festa!»
E, desafinadas ou não, ergueram-se as vozes dos presos e ouviram-se pela Cadeia,  nesses minutos sem música, canções de resistência.
(Publicado no nº 26 da colecção Os anos de Salazar/ O que se contava e o que se ocultava durante o Estado Novo , coordenada por António Simões do Paço.)
www.esquerda.net
01
Nov16

SALAZAR O DITADOR RETRATATADO COM HUMOR

António Garrochinho



Em 1889 e sob o signo de Touro nasce António de Oliveira Salazar, no seio de uma família pobre: a sua infância foi passada a trabalhar para ganhar dinheiro para o bilhete de carreira até Viseu, onde estudava no Seminário para ser o "futuro padre Salazar". Contudo, o Diabo Destino tinha outros planos para Portugal; em Viseu a sua irmã ficava na casa de Felismina de Oliveira, uma jovem ruiva que logo despertou o fogo adormecido no jovem Oliveirinha, fazendo desistir da carreira de padre. Entretanto, também se divertia a seduzir Hermínia, a irmã mais nova de Felismina. Quando tirou a virgindade a ambas resolveu que estava na altura de "dar o bazo" e, em 1910, ingressou na Faculdade de Direto da Universidade de Coimbra, onde se tornou um aluno brilhante e de mérito. Alias, Salazar sempre fora uma criança muito precoce, e aos 8 anos já tinha 9.

Com o assassinato de D. Carlos I, o Oliveirinha inicia a sua demanda contra os republicanos, que também atacavam a Igreja católica, organização que o tinha sob sua alçada. A sua voz fininha valeu-lhe a alcunha de "Biscoitinho", nome afectuoso pelo qual até os seus inimigos mais figadais o tratavam, enquanto faziam Bullying com ele por causa dos seus "sapatos rotos e gastos". Oliveirinha ficou tão perturbado com estes eventos que jurou a Deus que lhe iluminasse o futuro e que, um dia, quase ninguém na porra deste país teria dinheiro para comprar sapatos! E que, um dia, todos aqueles que fizessem Bullying com ele, iriam sofrer as consequências.

Em 1918, torna-se professor de Ciência Económica, adoptando o título de "Professor Doutor", e, em 1926, é convidado para ser Ministro das Finanças, cargo que renuncia após 13 dias porque ninguém queria satisfazer as suas tendências ditatoriais: o Oliveirinha queria controlo total sobre tudo e que todos lhe dessem satisfações. Mandaram-no ir tomar no c.... Em 1928, é novamente convidado para esse mesmo cargo, desta vez aceita e as suas vontades são cumpridas, em 1932, já é Presidente do Ministério, e nunca mais abandonará o poder: ser ditador é um cargo vitalício.

Nesse ano de 1932, Salazar ganhou o primeiro prémio na Grande Lottaria Do Ditador Modernno, cujo prémio consistia em tornar-se ditador absoluto do país e mandar em toda a gente por um dia. Infelizmente o promotor da lotaria, a Santa Casa Da Misericórdia, esqueceu-se de antever alguns pormenores e a primeira medida que Salazar tomou quando chegou ao poder foi mudar o prémio da lotaria: em vez de um dia, o vencedor podia ser ditador até morrer.

desciclopedia.org
01
Nov16

Patrão fora, dia santo na loja

António Garrochinho
O Primeiro-ministro está fora há vários dias. Marcelo também. Primeiro esteve na Colômbia. Agora está no Brasil na Cimeira da CPLP. Tudo bem. Isto faz parte das obrigações de ambos e parece que não desdenham da companhia um do outro e da sincronização das agendas, pelo menos até ver. Nada de inédito.
O inédito, sim, é que a substituição do primeiro-ministro quando ele se ausenta ou está impedido é entregue a Augusto Santos Silva, de acordo com a escolha do próprio António Costa, o que não tem vindo a acontecer. Santos Silva tem estado mudo e quedo.
Com Costa fora, Passos Coelho anda todo divertido a fazer o gosto ao dedo. Ele desdobra-se em iniciativas. Reúne com os parceiros sociais para propor alterações ao orçamento de Estado para 2017. Esta é de almanaque. Que esperança terão os parceiros sociais de verem as suas propostas aprovadas?! Mas o Coelho ainda não viu que já não risca nada?! E como podem os ditos parceiros colaborar nesta farsa triste e miserável de andar a brincar às reuniões com um tipo que ainda finge ser o que já não é? Está tudo alucinado. E depois, como nada pode dizer sobre o sucesso do controlo do deficit, a crítica que faz ao governo é que este “falhou nas previsões”. Ora, um tipo que em todos os anos que governou apresentou sempre orçamentos retificativos, ele, o campeão-mor de todos os falhanços de previsões, tem o distinto topete de vir falar em falhas de previsão?!
Para tornar a farsa ainda mais ridícula, no fim dos encontros lá está a comunicação social em peso, as televisões todas de microfone em riste para ouvir as declarações de um farsante disfarçado de primeiro-ministro, como se de tais declarações viessem grandes contributos para a governação.
Tudo isto é deprimente e simultaneamente doentio e sintomático do estado da Nação. Está mauzinho mesmo. E ninguém considerar isto uma anomalia, nos grandes meios de comunicação social, é ainda mais doentio. Já ninguém tem sentido critico e a noção das proporções perdeu-se. Ou então está toda a gente hipotecada aos interesses que o Passos defende e prossegue o que ainda é bem mais grave e funesto.


01
Nov16

O PCP continuará a intervir e a lutar pela salvaguarda do direito à habitação

António Garrochinho



INTERVENÇÃO DE JERÓNIMO DE SOUSA, SECRETÁRIO-GERAL, VISITA E CONTACTO COM A POPULAÇÃO DO BAIRRO DA BELA VISTA.

A primeira palavra que vos queremos dirigir hoje é de agradecimento pela forma generosa, aberta e solidária como receberam o PCP no vosso bairro, como nos mostraram as vossas casas, o vosso trabalho, a extraordinária evolução que a Bela Vista teve.

O PCP tem aprendido muito com a população deste bairro. Não só sobre a situação da habitação social em Setúbal e no País, sobre a dureza das vidas que a política de direita quer condenar à pobreza, ao desemprego, à precariedade, à discriminação e à falta de esperança. Mas penso que os meus camaradas da organização de freguesia de S. Sebastião, da concelhia de Setúbal, os camaradas eleitos na Junta, na Câmara, na Assembleia de Freguesia, na Assembleia Municipal e na Assembleia da República, partilham do sentimento que vos quero transmitir: aprendemos muito convosco sobre como a solidariedade, a unidade, a dignidade, podem transformar um bairro inteiro.

Convosco reforçámos a nossa convicção de que quem desiste é que perde sempre. Porque a população da Bela Vista nunca desistiu de lutar contra as alterações à lei da renda apoiada, nem mesmo quando parecia que o Governo do PSD e do CDS estava de pedra e cal e que tinham toda a força do mundo.
A vossa luta mostra como a unidade, a persistência e a organização podem mover montanhas. O que desejamos é que continuem a confiar na vossa força para, unidos e organizados, tomarem nas vossas mãos os destinos das vossas vidas, não só sobre a casa e o bairro, mas também sobre o emprego, a escola, a saúde, os transportes, sobre a sociedade em geral.

Mostra como é importante ter no poder quem esteja ao lado das populações e da justiça: penso que todos reconhecerão que não é elogio em causa própria se disser que o facto de a Junta e a Câmara serem de maioria CDU, de o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República nunca ter largado este problema, foram um contributo decisivo para o avanço legislativo que foi possível relativamente à renda apoiada.

Há sempre muita gente pronta a dizer que os partidos são todos iguais, que os políticos andam cá para se encher, que nem vale a pena ir votar. Mas a vossa luta mostra o contrário: mostra que há um Partido, o PCP, que nunca vos abandonou; mostra que os eleitos do PCP têm por vós, pelos vossos problemas, opiniões e propostas o mais profundo respeito; mostra que vale a pena dar mais força ao PCP e à CDU, porque esta força será sempre posta ao serviço do povo e do País.

Mostra que valeu a pena o povo ir votar no ano passado nas eleições para a Assembleia da República, e com o seu voto derrotar o Governo do PSD e do CDS que tanto mal fez ao País, abrindo uma nova fase na vida política nacional, com uma nova correlação de forças na Assembleia da República que permitiu alterar o regime do arrendamento apoiado, profundamente injusto e que esse mesmo governo ainda mais agravou. Um regime profundamente desumano aquele que PSD e CDS impuseram e mantiveram e que conduziu a uma ainda maior precarização do direito à habitação.

Não só mantiveram os elevados valores de renda, incomportáveis para os moradores atendendo aos seus rendimentos, como introduziram mecanismos que conduziam ao despejo, fragilizando e desprotegendo os moradores e o seu direito à habitação. Muitos moradores, com baixos rendimentos tinham receio de terem de abandonar as suas casas. Viviam numa enorme ansiedade e perante o risco de poderem vir a perder a habitação onde residem, não baixaram os braços, nem se resignaram. Organizaram-se, criaram uma comissão, apresentaram propostas, lutaram pelo seu direito à habitação.

O direito à habitação é um direito constitucional conquistado pelos trabalhadores e pelo povo.

Não temos dúvidas! Foi a acção, a intervenção e a luta dos moradores de há muitos anos, que possibilitou que a alteração à lei da renda apoiada recentemente aprovada na Assembleia da República incorporasse muitas das propostas e das reivindicações dos moradores.

O PCP há muito que tinha vindo a denunciar as injustiças do regime da renda apoiada e a propor alterações no sentido de assegurar a acessibilidade à habitação. A implementação da lei de 1993 e posteriormente a lei imposta por PSD e CDS conduziu a brutais aumentos de rendas, de 300%, 400% e até de 600%, insuportáveis para os moradores dos bairros com baixos rendimentos.

A intervenção do PCP, com as suas propostas e contributos, foi determinante neste processo para que a alteração à lei contemplasse disposições que introduzem mais justiça, particularmente:

– A possibilidade das autarquias poderem terem os seus próprios regulamentos atendendo às suas especificidades, e que não poderão conduzir a normas menos favoráveis quanto ao cálculo do valor de renda nem às garantias de manutenção do contrato de arrendamento;

– A eliminação de um conjunto vasto de mecanismos que conduziam ao despejo dos moradores e a redução dos impedimentos para aceder à habitação social;

– A consideração do rendimento mensal líquido para o cálculo do valor da renda ao invés do rendimento mensal bruto, como era até aqui;

– O aumento das deduções para o cálculo do valor de renda por dependente, para os idosos e para as famílias monoparentais;

– A possibilidade da actualização do valor de renda sempre que haja lugar a alterações de rendimento e da composição do agregado familiar;

– A redução da taxa de esforço máxima para o valor de 23%;

– A garantia de uma maior estabilidade nos contratos de arrendamento apoiado com uma duração de 10 anos, renovando-se igualmente por iguais períodos, em vez da renovação por períodos de dois anos;

– A adequação da habitação a atribuir a pessoas com mobilidade reduzida, entre outras, como o alargamento do conceito de dependente, o alargamento dos critérios de excepção e do período de ausência de habitação.

Embora as alterações introduzidas na lei não correspondam na íntegra à proposta do PCP, nem seja a proposta do PCP, dão mais garantias na protecção dos moradores e na salvaguarda do seu direito à habitação, eliminam o conjunto vasto de mecanismos que facilitavam o despejo e respeitam o quadro de autonomia das autarquias locais.

Consideramos que as alterações à lei podiam e deviam ter ido mais longe, nomeadamente no que respeita à inclusão de critérios ainda mais vantajosos para os moradores no que respeita ao cálculo do valor de renda e à taxa de esforço máxima.

Propusemos que no apuramento do rendimento mensal líquido não fossem considerados os rendimentos não permanentes, como subsídios, prémios e remunerações resultantes de horas extraordinárias, nem fosse considerado o abono de família; que as deduções estivessem indexadas ao salário mínimo nacional e não ao indexante de apoios sociais e que para os idosos fosse considerado um valor parcial dos valores das respectivas reformas, pensões e complemento solidário para idosos quando os montantes fossem iguais ou inferiores a três salários mínimos nacionais, propostas estas que foram rejeitadas com os votos contra do PS, PSD e CDS e a abstenção do BE. Propusemos ainda que a taxa de esforço máxima fosse de 15%, igualmente rejeitada por PS, PSD e CDS.

Mais uma vez agradecemos o vosso acolhimento e mais uma vez registamos que tudo isto só foi possível, graças, em primeiro lugar, à vossa luta, à luta dos moradores, de que nós fomos expressão no plano institucional com a nossa intervenção, proposta e contributos. Mais uma vez reafirmamos que o PCP não perderá de vista a necessidade de continuar a acompanhar, a intervir e a lutar pela salvaguarda do direito à habitação, acessível para os moradores.


elcomunista.net
01
Nov16

JUDITE REVOLTADA COM O DIRETOR DA TVI

António Garrochinho

Jornalista foi substituída na condução da entrevista a António Costa.

A relação entre Judite Sousa e o diretor de Informação da TVI, Sérgio Figueiredo, está cada vez mais tensa. 

A pivô da estação de Queluz de Baixo foi afastada da condução da entrevista ao primeiro-ministro, António Costa, transmitida no dia 20 de outubro, e não gostou. 

Indignada com a situação, decidiu mostrar o seu desagrado através das redes sociais. "Durante 14 anos construí um programa na RTP que se chamava ‘Grande Entrevista’. A marca perdura [...]. Na TVI fiz dezenas de entrevistas. Essa área estava-me confiada pelo José Alberto Carvalho. Entretanto, muita coisa aconteceu", disse a jornalista, de 55 anos.

Judite Sousa, que mais tarde eliminou a publicação, tem estado pouco presente na redação da TVI e o mal-estar com alguns colegas tem sido constante. A hipótese de ser afastada novamente do ecrã, tal como aconteceu depois da morte do filho, André Bessa, em junho de 2014, está em cima da mesa.

CM tentou obter uma declaração de Sérgio Figueiredo, mas sem efeito. Também Judite Sousa se mostrou incontactável até ao fecho desta edição. Já José Alberto Carvalho respondeu que não tem "nada para dizer". 

Atualmente, a diretora-adjunta da TVI conduz o ‘Jornal das 8’ aos fins de semana e o programa ‘Olhos nos Olhos’.

Entrevista irrita Judite Sousa 
No passado dia 20 de outubro, António Costa foi entrevistado por José Alberto Carvalho e pelo diretor de Informação da estação de Queluz de Baixo, Sérgio Figueiredo.

Foi esse trabalho que motivou o desagrado de Judite Sousa.  Há muito que a jornalista se mostra descontente com as suas funções na TVI

www.flashvidas.pt
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01
Nov16

MILHARES E MILHARES NAS RUAS EM MARROCOS - Vídeo e som audio

António Garrochinho

SOM ÁUDIO


O rei de Marrocos encarregou o ministro do interior de tentar acalmar os ânimos da população que está a sair às ruas em várias cidades e já anunciou a abertura de um inquérito para apurar o que se passou.
Mouhcine Fikri, um vendedor de peixe de 31 anos, morreu na sexta-feira à noite em Al-Hoceima, esmagado por um camião do lixo, quando tentava opor-se à apreensão e destruição da sua mercadoria por agentes da cidade.
As circunstâncias da sua morte, filmadas por um telemóvel e difundidas na internet, chocaram a população. Uma foto da vítima, inanimada, com a cabeça e um braço visíveis no mecanismo de compactação do lixo, foram largamente difundidas nas redes sociais, que espalharam o apelo a manifestações em todo o país.
Domingo, milhares de pessoas participaram no funeral do jovem homem, prestando homenagem ao "mártir Mouhcine" e caminharam várias horas entre o calmo centro da cidade de Al-Hoceima até à localidade de Imzouren, onde foi enterrado o corpo.
Nessa mesma noite, uma multidão invadiu o centro de Al-Hoceima, segundo constatou um jornalista da AFP no local.
"Criminosos, assassinos", gritavam os milhares de manifestantes. O protesto, com forte preponderância berbere e reivindicativo da herança rebelde da região, decorreu até às 21:30 locais sem incidentes.
Outras manifestações de menor dimensão aconteceram em várias cidades do Rif (região montanhosa do Norte de Marrocos), mas também em Casablanca, Marraquexe e Rabat, onde mais de um milhar de pessoas desfilou gritando "Somos todos Mouhcine!", empunhando a foto da vítima e um cartaz provocador: "Bem-vindos ao COP22, aqui esmagam-se pessoas".
Atualmente em visita oficial à Tanzânia, o rei Mohammed VI enviou domingo a Al-Hoceima o seu ministro do Interior, Mohammed Hassad, que apresentou "as condolências e a compaixão do soberano à família do defunto".
O rei deu instruções "para que seja realizado um inquérito minucioso e aprofundado", depois de o Ministério do Interior ter anunciado na noite do incidente a abertura de um inquérito, em conjunto com o Ministério Público local.
A vítima recusou-se a obedecer a uma ordem da polícia, tendo em seguida sido intercetado, com uma "quantidade considerável de espadarte, uma espécie interdita à pesca" dentro do seu carro, recapitulou o ministro numa entrevista à AFP, acrescentando que a decisão foi a de destruir a mercadoria e que as questões que se colocam dizem respeito ao que se passou depois.

vídeo


www.tsf.pt
01
Nov16

Quase 4200 notas falsas retiradas de circulação no 1.º semestre

António Garrochinho




A nota mais falsificada em Portugal é a de 20 euros, mas no conjunto da zona euro é a de 50

Durante o primeiro semestre do ano foram retiradas de circulação 4197 notas contrafeitas de euro, representando 1,3% do total de notas contrafeitas detetadas na área do euro, revelou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP).

A denominação mais contrafeita foi a de 20 euros, contrariando o que se verificou ao nível do Eurosistema, onde a denominação de 50 euros foi a mais contrafeita.

No conjunto do Eurosistema foram retiradas de circulação um total de 320.311 notas de euro durante a primeira metade do ano.

"O número de contrafações permanece muito baixo em comparação com o número, crescente, de notas genuínas em circulação (cerca de 19 mil milhões)", destacou o BdP no seu Boletim Notas e Moedas.

E acrescentou: "As contrafações detetadas em circulação no primeiro semestre de 2016 são de qualidade regular e podem ser facilmente identificadas, recorrendo apenas a uma observação cuidada dos elementos de segurança da nota de euro, através da metodologia "Tocar -- Observar -- Inclinar", e sem necessidade de instrumentos auxiliares de verificação".

www.dn.pt
01
Nov16

PCP: OE2017 não é o que o país precisa mas integra orientações e medidas positivas

António Garrochinho

O Partido Comunista Português (PCP) considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) não é "aquela que o país precisa" mas integra "orientações e medidas que dão resposta a prementes problemas" dos cidadãos.

A proposta de Orçamento, "não sendo aquela que o país precisa", abre "a possibilidade, a não desperdiçar, para repor e conquistar direitos", declarou hoje o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa.

O líder comunista falava na sede do partido, em Lisboa, no final de uma reunião do Comité Central do PCP, centrada na análise da situação política e social do país, com o OE2017 como pano de fundo para a discussão.

O voto favorável dos comunistas na votação na generalidade do Orçamento visa, adiantou Jerónimo de Sousa, "possibilitar uma intervenção na especialidade com o objectivo de limitar aspectos negativos" que o documento comporta e inscrever "novos avanços que são necessários à melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo português".

"Da confirmação dessa perspectiva e da ponderação do conjunto de implicação decorrentes no plano mais geral para a vida do país dependerá a avaliação final que o PCP venha a assumir sobre esta matéria", prosseguiu o líder do PCP, abordando a votação final global do Orçamento do Estado.

Na especialidade, os comunistas irão levar a discussão matérias como o "aumento de dez euros de todas as pensões, incluindo as mais baixas", ou o "fim das restrições aos direitos e retribuições dos trabalhadores da administração pública".

O PCP, adiantou o seu líder, irá também bater-se pelo aumento do número de escalões de IRS, o cumprimento da lei das Finanças Locais ou o combate à precariedade.

"Independentemente da versão final que o Orçamento do Estado para 2017 venha a revelar, chama-se a atenção para aquilo que se vai tornando cada vez mais óbvio: a necessidade de uma rutura com a política de direita que abra caminho a uma política alternativa patriótica e de esquerda", concretiza Jerónimo de Sousa.

O Orçamento é debatido na generalidade no parlamento na quarta-feira e na quinta-feira e desce depois à especialidade para novas discussões e eventuais alterações.

www.jornaldenegocios.pt
01
Nov16

1 DE NOVEMBRO

António Garrochinho



COMO HOJE É FERIADO HÁ QUE APROVEITAR NÃO VOLTEM NOVAMENTE OS "PAFIANOS LARANJA" E OS FUNDAMENTALISTAS CATÓLICOS DO CAGUEM DENTRO DA SANITA (cds) OS QUE ESTRANHAMENTE TIRARAM O TAPETE AOS SANTOS ANULANDO O FERIADO, OU MELHOR RETIRANDO UM DIA DE DESCANSO AOS QUE AINDA TRABALHAM NESTE PAÍS. ESSA FOI A GRANDE IDEIA POIS OS TRABALHADORES SÓ ESTÃO BEM É COM A "CANGA" QUE É PARA NÃO TEREM TEMPO PARA PENSAR !

O FERIADO É BOM PARA OS COMERCIANTES PRINCIPALMENTE, OS PEQUENOS, OS DO COMÉRCIO LOCAL QUE PRECISAM DE VENDER E TÊM AS LOJAS CÁ NA TERRA QUE LÁ EM CIMA NÃO SE VENDE NADA. (NÃO SE SABE). :)

CLARO QUE O NEGÓCIO É NEGÓCIO E HÁ POR AÍ MUITO OPORTUNISTA DESDE A VENDA DE FLORES ATÉ À ABERTURA DO PINGO DOCE, DO CONTINENTE, NO 1º DE MAIO MAS ISTO DE ARRANJAR UNS COBRES É SUPERIOR À FÉ.

OU NÃO É ?

VAMOS LÁ Ò TÓINO NÃO SEJAS TÃO SARCÁSTICO, NÃO IRONIZES, POIS PODERÁ HAVER ALGUÉM QUE NÃO INTERPRETE O TEU HUMOR, A TUA MANEIRA DE ESCÁRNIO E MAL DIZER E TE ACUSE DE TERRORISTA LUSITANISTA (esta inventei agora para rimar com jihadista, é assim que se escreve ?)

Valha-me a santa inocência, padroeira da liberdade e da inteligência

Antonio Garrochinho
01
Nov16

AS FIBRAS, A LINHA, A PROPAGANDA - SEMENTES: O CONSUMO É EXCESSIVO E NÃO HÁ CONTROLO DOS RISCOS

António Garrochinho


Os médicos estão preocupados com as sementes. Há cada vez mais pacientes com problemas associados a um consumo excessivo e não há controlos de qualidade que assegurem as boas condições destes alimentos.

Sementes como quinoa, girassol, sésamo e chia fazem parte das refeições de um número cada vez maior de pessoas, mas, de acordo com os clínicos, há quem esteja a abusar destes alimentos, em especial por causa dos riscos desconhecidos: é que as sementes chegam ao mercado sem passarem por controlos de qualidade como acontece com outros alimentos.

“São produtos vendidos em supermercados, em casas comerciais sem controlo de qualidade nenhuma, induzindo nas pessoas a ideia de que podem consumir à vontade, que é muito saudável, e que não desencadeia qualquer tipo de situação ou sintomas colaterais, mas isso não corresponde à verdade”, salientou o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, José Cotter, em declarações à agência Lusa.

Para o  médico, há cada vez mais pessoas a consumirem sementes “indiscriminadamente” e “excessivamente” com “o objetivo principal de estimular o intestino”.

Em consequência, são cada vez mais os pacientes a acusar “sintomas de mal-estar”, como muita flatulência ou oclusão intestinal (nos casos mais graves), quando “a solução do problema é reduzirem a ingestão” de sementes.

“É muito frequente” aparecerem nas consultas de gastroenterologia doentes com este tipo de sintomas, garantiu José Cotter.

O risco pode ser minimizado com o aconselhamento clínico, pois há sementes que estão contra-indicadas em doentes com determinadas patologias, como a doença de Crohn ou perturbações no tubo digestivo.

“O que pode ser verdadeiramente preocupante” é os consumidores acharem que “as sementes são a panaceia dos maus hábitos alimentares”, complementou a bastonária da Ordem dos Nutricionista, Alexandra Bento.

Cevada, aveia, arroz e trigo são sementes que fazem parte do “dia alimentar”, continuou a especialista, mas “há novas sementes” (como as de abóbora, quinoa, sésamo, trigo-sarraceno ou linhaça) que as pessoas acreditam terem “um valor nutricional acrescido” e consomem-nas em excesso.

“As sementes são saudáveis” e “importantes para alimentação”, porque são ricas em fibras, vitaminas, minerais e outros fitoquímicos, salientou a nutricionista, mas não se pode é pensar que vão resolver os problemas alimentares: “A alimentação saudável é aquela que se pauta pelo equilíbrio, pela variação e pela variedade de alimentos”.

O risco desta “nova moda” é a maneira como as sementes estão a ser ingeridas. O consumo pode ser “perigoso e incorreto” se for feito “sem a diluição perfeita, sem a trituração necessária” e de forma exagerada”, só porque pensa que é “tremendamente saudável, insistiu Alexandra Bento.

A especialista salientou ainda que é preciso acautelar que sejam cumpridas as regras de controlo em termos da legislação.

Como normalmente “as sementes são consumidas cruas ou minimamente processadas”, é fundamental acautelar o processo industrial para “evitar a contaminação inicial ou durante o processo de armazenamento e distribuição das sementes”, um controlo “muito importante para que não haja risco de micotoxinas”, substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos.

A bastonária lembrou ainda que compete ao consumidor ter cuidados em casa, como ver os prazos de validade.

“As sementes podem estar no dia alimentar com conta peso e medida”, concluiu.

ptjornal.com
01
Nov16

O QUE EU ACHO É QUE O VAN GOGH NÃO BATIA BEM, OU O MAIS CERTO É CRIAR AQUI O MARKETING DE MAIS UMA NOTÍCIA PARA VENDER PAPERS :) - Van Gogh cortou a orelha quando descobriu que o irmão se ia casar

António Garrochinho


 


Martin Bailey procurou traçar o rumo da cama do famoso quarto do pintor e descobriu que poderá estar numa pequena vila holandesa.




As teorias sobre o que terá levado Van Gogh a cortar uma das suas orelhas multiplicam-se. Há quem diga que não era capaz de desenhar na perfeição a orelha no seu auto-retrato e que, num acto de desespero de artista, a terá cortado. Outra teoria mais popular afirma que terá sido consequência de uma intensa discussão com o pintor francês Paul Gauguin. Agora, de acordo com um estudo sobre a sua vida em Provença, França, surge uma nova teoria: o irmão ia casar-se e o pintor não aguentou.
Theo van Gogh, irmão mais novo de Vincent, era um negociador de arte, o mais leal confidente e apoio financeiro do artista holandês. Vincent ter-se-á sentido ameaçado pelo casamento e temia que isso significasse o fim da relação próxima entre os dois, inclusive o apoio financeiro do irmão.
Martin Bailey, historiador de arte e autor do livro Studio of the South, que será lançado em Novembro, acredita que Vincent recebeu uma carta do irmão a dar notícia do casamento a 23 de Dezembro de 1888, a mesma data em que a discussão com Gauguin aconteceu.
Depois de cortar a orelha, Van Gogh embrulhou-a num papel, dirigiu-se ao seu bordel preferido, onde a entregou a uma das mulheres que conhecia. Uma outra historiadoraBernadette Murphy, detalha que a mulher desmaiou ao abrir o “presente”. Van Gogh saiu e a polícia foi chamada ao local.
O casamento aconteceu, mas o episódio marcou o primeiro Natal do casal. Theo, que planeava passar a época com a sua noiva, acabou por visitar o irmão no hospital. Depois de sair do internamento, a 7 de Janeiro, Vincent escreveu uma carta a Theo em que dizia, referindo-se a um dos temas que constavam nos seus quadros: “Os dias bons vão voltar e vou regressar aos pomares em flor”. 
Para além da teoria sobre o que terá levado à mutilação mais famosa do mundo da arte, o investigador acredita que a cama pintada por Vincent Van Gogh em 1888, numa das suas obras mais conhecidas, “O Quarto em Arles”, pode ter resistido a um século de história e ainda existir. A possibilidade já chamou a atenção do Museu Van Gogh, que quer acompanhar de perto a investigação do historiador.
Martin Bailey seguiu o rasto da peça de mobiliário e descobriu que a cama poderá estar numa pequena vila holandesa. O investigador espera conseguir encontrar a peça que, depois de o artista se ter suicidado em 1890, acabou, ironicamente, nas mãos da mulher de Theo.
A mulher levou a cama de volta para a Holanda, usando-a numa casa de hóspedes que geria no país natal. Só em 1937 voltou a haver notícias sobre a cama, quando o sobrinho de Jo, também chamado Vincent, recebeu um pedido para emprestar obras de arte, destinadas a um possível museu instalado na casa de Arles onde viveu Van Gogh. Na carta de resposta, Vincent respondeu: “Posso dar-lhe a cama que aparece na pintura do quarto.”
O projecto do museu nunca se chegou a concretizar, uma vez que o edifício foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial e a cama foi oferecida a uma vila holandesa perto de Arnhem, em 1945. Bailey veio a descobrir, depois, que se tratava da vila de Boxmeer, onde ainda poderá estar nos dias de hoje, possivelmente na casa de alguém que não conhece a sua história. O historiador também admite a possibilidade de o dono se ter desfeito dela. “Mas permanece a possibilidade intrigante de que a cama ainda sobrevive em Boxmeer, uma testemunha silenciosa da história de Van Gogh em Arles”, conclui Bailey.

www.publico.pt
01
Nov16

O QUE EU ACHO É QUE O VAN GOGH NAÕ BATIA BEM, OU O MAIS CERTO É CRIAR AQUI O MARKETING DE MAIS UMA NOTÍCIA PARA VENDER PAPERS :) - Van Gogh cortou a orelha quando descobriu que o irmão se ia casar

António Garrochinho

 


Martin Bailey procurou traçar o rumo da cama do famoso quarto do pintor e descobriu que poderá estar numa pequena vila holandesa.




As teorias sobre o que terá levado Van Gogh a cortar uma das suas orelhas multiplicam-se. Há quem diga que não era capaz de desenhar na perfeição a orelha no seu auto-retrato e que, num acto de desespero de artista, a terá cortado. Outra teoria mais popular afirma que terá sido consequência de uma intensa discussão com o pintor francês Paul Gauguin. Agora, de acordo com um estudo sobre a sua vida em Provença, França, surge uma nova teoria: o irmão ia casar-se e o pintor não aguentou.
Theo van Gogh, irmão mais novo de Vincent, era um negociador de arte, o mais leal confidente e apoio financeiro do artista holandês. Vincent ter-se-á sentido ameaçado pelo casamento e temia que isso significasse o fim da relação próxima entre os dois, inclusive o apoio financeiro do irmão.
Martin Bailey, historiador de arte e autor do livro Studio of the South, que será lançado em Novembro, acredita que Vincent recebeu uma carta do irmão a dar notícia do casamento a 23 de Dezembro de 1888, a mesma data em que a discussão com Gauguin aconteceu.
Depois de cortar a orelha, Van Gogh embrulhou-a num papel, dirigiu-se ao seu bordel preferido, onde a entregou a uma das mulheres que conhecia. Uma outra historiadoraBernadette Murphy, detalha que a mulher desmaiou ao abrir o “presente”. Van Gogh saiu e a polícia foi chamada ao local.
O casamento aconteceu, mas o episódio marcou o primeiro Natal do casal. Theo, que planeava passar a época com a sua noiva, acabou por visitar o irmão no hospital. Depois de sair do internamento, a 7 de Janeiro, Vincent escreveu uma carta a Theo em que dizia, referindo-se a um dos temas que constavam nos seus quadros: “Os dias bons vão voltar e vou regressar aos pomares em flor”. 
Para além da teoria sobre o que terá levado à mutilação mais famosa do mundo da arte, o investigador acredita que a cama pintada por Vincent Van Gogh em 1888, numa das suas obras mais conhecidas, “O Quarto em Arles”, pode ter resistido a um século de história e ainda existir. A possibilidade já chamou a atenção do Museu Van Gogh, que quer acompanhar de perto a investigação do historiador.
Martin Bailey seguiu o rasto da peça de mobiliário e descobriu que a cama poderá estar numa pequena vila holandesa. O investigador espera conseguir encontrar a peça que, depois de o artista se ter suicidado em 1890, acabou, ironicamente, nas mãos da mulher de Theo.
A mulher levou a cama de volta para a Holanda, usando-a numa casa de hóspedes que geria no país natal. Só em 1937 voltou a haver notícias sobre a cama, quando o sobrinho de Jo, também chamado Vincent, recebeu um pedido para emprestar obras de arte, destinadas a um possível museu instalado na casa de Arles onde viveu Van Gogh. Na carta de resposta, Vincent respondeu: “Posso dar-lhe a cama que aparece na pintura do quarto.”
O projecto do museu nunca se chegou a concretizar, uma vez que o edifício foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial e a cama foi oferecida a uma vila holandesa perto de Arnhem, em 1945. Bailey veio a descobrir, depois, que se tratava da vila de Boxmeer, onde ainda poderá estar nos dias de hoje, possivelmente na casa de alguém que não conhece a sua história. O historiador também admite a possibilidade de o dono se ter desfeito dela. “Mas permanece a possibilidade intrigante de que a cama ainda sobrevive em Boxmeer, uma testemunha silenciosa da história de Van Gogh em Arles”, conclui Bailey.

www.publico.pt
01
Nov16

A DITADURA E A DEMOCRACIA DE FACHADA DE QUE OS FANTOCHES DA EUROPA GOSTAM ! Polícia turca deteve diretor de jornal da oposição Cumhuriyet

António Garrochinho




Terão sido emitidos, ao todo, 13 mandados de detenção contra jornalistas e responsáveis do jornal diário

A polícia turca deteve o diretor do jornal da oposição Cumhuriyet, informaram hoje os meios de comunicação social estatais, enquanto a CNN Türk indica que foram emitidos 13 mandados de detenção contra jornalistas e responsáveis pelo diário.

Murat Sabuncu foi detido enquanto as autoridades procuravam pelo presidente da comissão executiva, Akin Atalay, e pelo jornalista Guray Öz, de acordo com a agência noticiosa pró-governamental Anadolu.

Mas, segundo o jornal, que diz ignorar as razões por detrás das detenções, Guray Öz já havia sido detido.

O Cumhuriyet, fundado em 1924, com uma tiragem de cerca de 50 mil exemplares, não é dos diários mais vendidos da Turquia, mas figura entre os mais prestigiados, sendo conhecido pelo jornalismo de investigação e uma linha de oposição ao Governo, com uma posição de centro-esquerda.

Os agentes detiveram Sabuncu na sua residência, alvo de uma rusga, tal como sucedeu com o redator Guray Öz, detido numa rusga à sua casa em Ancara, segundo a edição digital do jornal.

Também foi feita uma rusga à casa de Akin Atalay que se encontra no estrangeiro.

Murat Sabuncu foi nomeado diretor do diário depois da demissão de Can Dündar, jornalista que passou um ano em prisão preventiva acusado de "espionagem" por publicar imagens do que foi descrito como um envio de armas por parte da Turquia para grupos 'jihadistas' na Síria junto à fronteira entre os dois países. Sabuncu está agora fora da Turquia.

"O golpe contra a democracia chegou ao Cumhuriyet", comentou o próprio jornal referindo-se às detenções de hoje, em alusão ao estado de emergência, instaurado após o golpe militar fracassado de julho, o qual facilita as operações contra a oposição turca.

No sábado, um decreto emitido ao abrigo do estado de emergência, ordenou o encerramento de 16 jornais, duas agências de notícias e três revistas, a maioria relacionados com o movimento da esquerda turca, uma corrente política a que o Cumhuriyet não está ligado.

Segundo o diário pró-governo Sabah, as operações contra o Cumhuriyet surgem no âmbito de uma investigação às atividades do jornal relacionadas com o movimento de Fethullah Gülen, que o Governo acusa de ter fomentado a alegada tentativa de golpe de Estado de julho passado, e com militantes da causa curda.

O Governo turco lançou em julho uma purga contra os suspeitos de ligações a Fethullah Gülen, com a oposição a acusar o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de se aproveitar da situação para ajustar contas com os seus detratores.

A Repórteres Sem Fronteiras classifica a Turquia no 151.º lugar (em 180) do índice mundial de liberdade de imprensa.

www.dn.pt
01
Nov16

DESACORDO ORTOGRÁFICO

António Garrochinho

JÁ QUE MUITOS "INTELIGENTES" SAUDOSISTAS DO PASSADO EM TERMOS DA CARTEIRA RECHEADA E DE IDEIAS POLÍTICAS QUE MANIFESTAM O SEU " AMOR" À CULTURA PORTUGUESA NADA FAZEM, NADA FIZERAM, PARA JOGAR PARA O LIXO ESTE ACORDO ONDE FOI PORCAMENTE RETALHADA ESTROPIADA A NOSSA LÍNGUA, A NOSSA MANEIRA DE ESCREVER, E ONDE UM (FACTO) SE LÊ E SE ESCREVE COMO SE FOSSEM UMAS CALÇAS E UM CASACO (FATO) SABE-SE LÁ PORQUE CARGA DE ÁGUA (TALVEZ NEGÓCIOS DE MONTA) E ONDE POR PREGUIÇA JÁ NADA SE ESCREVE COMO NOS ENSINARAM OS NOSSOS ANTEPASSADOS, DANDO ASSIM LUGAR AO ASSASSINATO DA NOSSA CULTURA COM A DESCULPA DE NOS EQUIPARARMOS AO ESTRANGEIRO, A PARTIR DE AGORA REPUDIANDO TODOS ESTES ATROPELOS, VOU ESCREVER (MERDA) SEMPRE EM MAIÚSCULAS PARA COMPENSAR A ESCRITA DE novembro OU OUTRO MÊS QUALQUER EM MINÚSCULAS A QUE ALEGREMENTE O JORNALIXO, AS ESCOLAS (ALGUMAS) ADERIRAM.
( MERDA para o adotaram)
.

António Garrochinho
01
Nov16

PARIDOS DO SUJO BURACO

António Garrochinho

O JORNALIXO MERDOSO (não poderia ser de outra maneira derivado ao recipiente de onde foi nascido) PORTUGUÊS, PARIDO PELO BURACO DO CÚ AMERICANO, NAS TONELADAS DE PAPEL QUE DESPERDIÇA, NOS ORDENADOS PAGOS A IGNORANTES SEM QUALQUER QUALIFICAÇÃO PARA BOTAR PALAVRA E ESCREVER O QUE ESCREVEM, OCUPA ANOS, MESES, HORAS, MINUTOS, SEGUNDOS, A FALAR DOS MAIORES ASSASSINOS DO MUNDO COMO SE ELES FOSSEM O DEUS, OS ANJOS DA PAZ, OS INTELIGENTES DO UNIVERSO .
ESTES PORCOS QUE MATARAM A DEONTOLOGIA, A INDEPENDÊNCIA E A SABEDORIA E ABANDONARAM O DEVER DE NARRAR E EXPLICAR O QUE SE PASSA NO NOSSO PAÍS E NO MUNDO E PROMOVEM TODOS OS DIAS UMA CAMBADA DE ANALFABETOS QUE SÓ SABEM DO PLANETA A GEOGRAFIA DA AMÉRICA (MUITOS NEM ISSO) QUE AGRIDEM, ASSASSINAM, ENGANAM TUDO O QUE NÃO TENHA O SEU EMBLEMA YANQUE, TÊM NOS LACAIOS PORTUGUESES OS FILHOS BASTARDOS QUE LHES LAMBEM O CÚ.
E O PIOR É QUE ESTA ESCUMALHA QUE SE AUTO ROTULA DE JORNALISTAS ADORAM E SÃO LOUCOS PELO SABOR DAS FEZES SAÍDAS DO BURACO SUJO DO TIO SAM.
A PROVA É QUE NÃO SABEM NEM ASSENTAM NOS JORNAIS, NÃO ANUNCIAM NA TELEVISÃO OUTRA COISA QUE NÃO A DIARREIA IMPORTADA DOS CAMÓNES DE PISTOLA À CINTURA.
António Garrochinho
01
Nov16

Nova tática do PSD pode tornar votações numa roleta-russa

António Garrochinho


Momento da aprovação do OE 2016, em 16 de março deste ano, com a esquerda unida contra a direita. 

Na generalidade, o OE 2017 já está virtualmente aprovado e na votação final, dia 29, ninguém duvida de que o mesmo acontecerá. Mas nas votações artigo a artigo o PSD poderá baralhar o jogo

A discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2017 entra nesta semana numa segunda fase, que incluirá a votação da proposta na generalidade, passando-se depois para discussão na especialidade. Na votação, marcada para sexta-feira, ninguém espera outra coisa senão aprovação - os partidos da plataforma de esquerda que apoia o governo do PS já disseram que votarão a favor e isso viabiliza o diploma. E também está tudo encaminhado para que o destino seja o mesmo na votação final, no dia 29.

Contudo, na especialidade, há condições para alguma imprevisibilidade. Está nas mãos do PSD e depende de uma decisão que, segundo várias fontes do grupo parlamentar, ainda não foi tomada.

Em março deste ano, quando se discutia o OE 2016 (o que está em vigor), o PSD adotou um procedimento sintetizável em poucas palavras: não apresentar nenhuma proposta de alteração; votar contra todas as propostas originais do governo; e abster-se em todas as propostas de alteração que fossem levadas a votos na fase da especialidade (votações artigo a artigo). Tudo independentemente do conteúdo das propostas e da sua origem (mesmo as do PS e até - aconteceu nalguns casos - provenientes da própria bancada laranja, designadamente dos deputados eleitos pela Madeira).

Este procedimento teve uma consequência: com o PSD na verdade ausente (a abstenção sistemática tem esse efeito prático), o PS, segunda maior força, passou a ter a faca e o queijo na mão para decidir tudo, controlando em absoluto, por exemplo, as propostas vindas do BE e do PCP que passavam ou as que não passavam.

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Ora, num aspeto do procedimento o PSD já mudou entretanto de perspetiva: desta vez apresentará mesmo propostas de alteração na especialidade. Foi Pedro Passos Coelho quem o anunciou, dizendo que serão propostas "estruturais". Ninguém se admirará, por exemplo, se os sociais-democratas insistirem em repor a trajetória descendente anual que, no governo Passos/Portas, tinham lançado para o IRC (e que o governo de António Costa interrompeu, para aplauso do PCP e do BE).

Se o PSD confirmar essa intenção de apresentar propostas de alteração ao OE durante a fase da especialidade, então dificilmente poderá depois manter o procedimento de abstenção sistemática em relação a todas as outras propostas. E, entrando assim no jogo - o que acontecerá porque ninguém percebeu a eficácia da postura no OE 2016 -, o equilíbrio de forças altera-se completamente no plenário.

Suponha-se, por exemplo, que alguém avança mesmo com a proposta de aumentar dez euros todas as pensões (e não apenas, como está no OE 2017, as pensões entre 275 e 628,8 euros). Nada no que o PSD - e o CDS - disseram até agora os impede de votar a favor de uma proposta assim. E, somando-se a estes dois partidos o BE ou o PCP, então a proposta passará - com o consequente impacto orçamental e pondo assim em xeque os esforços do governo para reduzir o défice.

Esta é uma situação virtual que mostra a diferença entre um PSD ausente e um PSD presente. Um PSD presente tem todo o potencial para criar problemas dentro da "geringonça", nomeadamente se alguém à esquerda do PS insistir em propostas que nas negociações prévias não ficaram acolhidas. São fatores em ponderação na direção da bancada e na direção do partido. A palavra decisiva pertencerá a Pedro Passos Coelho.

A votação na generalidade será na sexta-feira, encerrando dois dias de debate. No essencial, o acordo das esquerdas está feito, mas ainda se negoceiam mudanças (por exemplo, nas deduções do IRS por despesas escolares).

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CGD: "Um valente imbróglio"

Por iniciativa do BE, o debate será "envenenado" pela controvérsia em torno dos salários e dos deveres de transparência dos administradores da CGD. Os bloquistas proporão na especialidade que os gestores sejam reconduzidos de novo para dentro do Estatuto de Gestor Público, com ordenados não superiores ao do primeiro-ministro. Uma ideia condenada ao chumbo - pelo menos por conjugação de PS, PSD e CDS - mas que, entrando via proposta do Orçamento, se manterá na agenda.

O facto de os administradores do banco público terem deixado de estar obrigados a declarar os seus rendimentos no Tribunal Constitucional (onde são consultáveis) foi denunciado há uma semana por Marques Mendes na SIC. Ontem, o ex-líder do PSD considerou que em todo este processo o governo "agiu com reserva mental", tendo o privilégio sido dado aos gestores porque estes o pediram. O executivo está assim envolvido num "valente imbróglio" e "a melhor solução seria os gestores da CGD "tomarem a iniciativa e disponibilizarem-se a apresentar voluntariamente as declarações de rendimentos".

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António Garrochinho

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