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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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06
Nov16

AS BRUXAS DE ALJEZUR

António Garrochinho
Em 1929, um ritual de feitiçaria terminava com a morte de uma família de camponeses de Aljezur. O baile do Vidigal durou três dias, acabou em tragédia e nunca foi esquecido no Barlavento Algarvio. Há meses, foram encontrados os relatórios do município e da polícia a explicar os acontecimentos. História de uma manhã danada, que o povo transformou em lenda.

Escondida debaixo da cama, Custódia Tomé viu o pai matar a mãe à machadada numa manhã da primavera de 1929. A criança tinha então 4 anos, e demorou mais de meio século a contar o que tinha acontecido nesse dia no Monte Velho, uma fazenda isolada junto ao lugar do Vidigal, no interior do concelho de Aljezur. «Um dia, antes de morrer, a minha mãe contou‑me tudo», diz agora a filha, Manuela Fragoso, 62 anos. «Eu já tinha ouvido histórias sobre os meus avós, mas nada como o que ela me descreveu. Não posso saber quanto disto é real, mas sei que ela acreditava em tudo o que dizia. A única coisa certa é que começou tudo no baile do Vidigal. E acabou em tragédia.»
O Vidigal era uma comunidade isolada a sete quilómetros da vila algarvia, hoje um ermo desabitado e, segundo os locais, amaldiçoado para sempre. Em 1929, era palco de cerimoniais de bruxaria frequentes, a que o povo chamava bailes. «Quem entrava já não saía», dizem os antigos.
«Eram bailes sem música, mas onde toda a gente dançava nua dia e noite, sob o efeito de uma bebida alucinogénica», conta José António, o Cacetada, 78 anos.
Foi o pai, que na altura tinha 18 anos e trabalhava à jorna no Monte do Vidigal, que lhe contou a história. «Estava lá sempre uma bruxa de Bensafrim [aldeia de Lagos] a comandar as operações e à noite era uma barulheira de gente a gritar completamente histérica. Conta‑se que uma vez entrou dentro da casa uma gata faminta e lhe amputaram as quatro patas convencidos de que era um espírito maligno. Nestes eventos, as pessoas ficavam possuídas pelo demónio.»
No início deste ano, foi encontrado no sótão dos antigos Paços do Concelho um conjunto de papéis que ajudam a esclarecer a lenda. Debaixo de materiais de escritório, jaziam os arquivos da correspondência que a câmara de Aljezur tinha trocado com o Governo Civil de Faro e o Ministério do Interior, muitos deles marcados de confidenciais. Há uns meses, estes documentos serviram de base a uma reportagem publicada também na NOTÍCIAS MAGAZINE, sobre o abate de um avião nazi em Portugal durante a Segunda Guerra Mundial, a vinda de altas figuras do III Reich ao Algarve e a condecoração de quatro portugueses por Adolf Hitler. Mas o acervo escondia também uma série de relatórios oficiais sobre atividades de bruxaria no concelho no final dos anos 1920. Estão na posse da Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur – e é a primeira vez que vêem a luz do dia.
A história começa três semanas antes da tragédia. A 22 de abril de 1929, o autarca Basílio Nobre Marreiros enviou uma carta ao governador civil de Faro a pedir reforço policial para combater atos de feitiçaria no município: «Fui informado que em um monte desta freguesia se passaram atos de bruxaria. Dirigi‑me ao local e fui encontrar cinco criaturas, dando sinais de idiotice e mostras de fome, que fiz conduzir para esta vila. No dia seguinte, dirigi‑me a outro monte onde tive de deter mais oito pessoas, entre elas a histérica que sobre todos exercia perniciosa influência. Era uma mulher de virtude [nome dado à época a feiticeiras e curandeiras] de Bensafrim, que de há muito vem exercendo passiva influência sobre os nossos habitantes, através de rituais em que se usa o Livro de São Cipriano, o que cria graves animosidades entre pessoas da mesma família e vizinhos.» O relatório aponta outras cinco bruxas e um feiticeiro de Alte (Loulé) que usavam recorrentemente a obra. «Peço que me seja concedida autorização para apreender todos os livros no concelho, assim como julgo conveniente que se faça o mesmo em toda a república.»
Entre os cinco primeiros detidos estavam Luís Tomé, ou Luís Penico, a sua mulher, Adriana Marreiros, e a sogra, Maria Marreiros. Adriana tinha acabado de engravidar, o ritual serviu muito provavelmente para proteger a criança que carregava no ventre. Foram levados para Aljezur e, após dois dias em isolamento, os três haveriam de ser soltos e regressar ao Monte Velho, onde moravam. Semanas depois, Luís seria convocado para nova cerimónia, onde participaria o seu lado da família. Aconteceu no Monte do Porto da Silva, casa materna, de 15 a 17 de maio. Na manhã de 18, acreditando que Adriana estava possuída pelo diabo, assassinou‑a, grávida de quatro meses, à machadada. Quando a sogra correu em socorro da filha, o genro espancou‑a com um pau, até lhe tirar a vida. O último baile do Vidigal acabou em mortandade.
Deitada debaixo da cama, Custódia – a filha única do casal – assistiu a tudo. Depois o pai pediu‑lhe que saísse do esconderijo, prometendo não lhe tocar.
«O que a minha mãe contava», diz Manuela, «é que o pai encheu um copo com o sangue das duas mulheres e, com um dedo, lhe desenhou as cinco chagas de Cristo no peito, dizendo que agora estava protegida. E a seguir bebeu o cálice inteiro. Depois é que vieram as autoridades detê-lo.»
Desta parte da história não há qualquer relatório, apenas o relato da sobrevivente. Mas há alguns factos provados. O sogro do Penico vira tudo mas conseguira escapar‑se, fugindo para casa de um vizinho e chamando a guarda. Entretanto, o assassino levava a filha a casa dos padrinhos, Rosendo e Catarina Portela. «Pediu‑lhes que tomassem conta da pequena e sentou‑se na eira, à espera da polícia», lê-se num telegrama enviado pelo administrador do concelho ao governador civil.
A notícia espalhou‑se pelo município como a peste. No dia 20 de maio, a pedido do autarca de Aljezur, viajou de Lisboa o agente Miguens, da Polícia de Investigação Criminal, a antecessora da Judiciária. Também por isso, o caso mereceu cobertura da imprensa. Na edição de 28 de maio do semanário A Voz, um artigo chamado «As Bruxas de Aljezur» dava conta do homicídio e clamava pelo castigo dos feiticeiros que operavam no concelho: «É grave, muito grave, o que estas mulheres de virtude fazem no concelho de Aljezur. Para que não tenhamos de assistir amanhã a façanhas ainda mais funestas, as autoridades não deixarão certamente, em nome do decoro público, passar impunes estes crimes sociais. São perpetrados por meia dúzia de gente que diz ter poderes sobrenaturais, para enganar os papalvos.»
Miguens deu ordem de prisão a Penico e transferiu‑o para a cadeia de Lagos, onde, uma semana depois, o assassino confesso da mulher e da sogra se enforcaria com os lençóis. O auto refere ainda que a prática de bruxaria era frequente naquela região e reforçava a ideia de que era necessário apreender todos os Livros de São Cipriano à venda no concelho, o que viria de facto a acontecer. A 22 de junho, o agente da Polícia conseguia identificar a bruxa que tinha presidido ao fatídico baile do Vidigal. «Trata‑se de uma Maria Inácia Costa, residente em Bensafrim, concelho de Lagos, que há anos exerce o mister de “mulher de virtude”. É uma criatura perigosíssima, a quem o Luís Tomé, conhecido como Luís Penico, consultou várias vezes. Foi ela que o aconselhou a reunir toda a família, alegando que a mãe deixara de cumprir uma promessa e agora era necessário desfazer o enguiço.»
Aos poucos, ia‑se fazendo luz sobre o que se passara. Ao Monte do Porto da Silva tinha acorrido toda a família Tomé, mais alguns vizinhos que se juntaram aos rituais daqueles três dias de cerimónia.
«Tinham tomado um líquido qualquer e, após a ingestão, sentiram todos uma violentíssima impressão no cérebro», lê-se no relatório. «Não querem os sobreviventes dos horríveis acontecimentos declarar quem o preparou, com o receio de que a bruxa possa prejudicá‑los com sortilégios. Mas pela confissão de Luís Tomé sabemos ter sido Maria Inácia a preparar a seiva.» Sobre a constituição química, nem uma palavra. «Mas o meu pai sempre disse que tinham usado só limão, veneno para as formigas que atacavam os trigais», diz agora José António, padeiro da vila, o tal que era filho do rapaz que trabalhava no Vidigal. «Era um pó vermelho, comprava‑se na farmácia por 25 tostões e misturava‑se com vinagre.»
A casa onde o ritual aconteceu ainda existe, apesar de há muito ter sido remodelada. Fica na frente sul do vale do Vidigal e mal se dá por ela, escondida no meio do arvoredo. Maria Nunes, a atual proprietária, avança informações sobre o monte antigo, e o lugar preciso onde a bebida teria sido ingerida. «Há esta parte da casa que é de taipa, tinha a cozinha ao fundo e um quarto anexo. O que aconteceu só pode ter acontecido aqui», e aponta para o chão diante dos seus pés, uma assoalhada larga onde caberiam dez pessoas sentadas, senão mais. «O que sempre ouvi dizer foi que espalharam o trigo no chão e andaram três dias aos pulos, sem comer, e que acreditavam que estavam a ascender aos céus.» O habitante de um monte vizinho, Manuel Vicente, juntar‑se‑ia à família Tomé – e acabaria por ficar louco. Segundo vários relatos da população, impossíveis de verificar, houve vários habitantes daqueles montes que perderam a vida em situações bizarras. Sobre o Vidigal, começou a dizer o povo, tinha‑se abatido uma maldição.
O caso não terminou com a morte de Luís Penico, e ainda muita água rolou debaixo da ponte. A 22 de junho de 1929, Basílio Marreiros, o autarca, envia um telegrama ao Manicómio Bombarda, em Lisboa, a pedir o internamento de Manuel, o irmão do homicida, que também tinha estado no baile: «Absolutíssima necessidade internato imediato. Vítima bruxedos. Loucura furiosa. Influência perigosa. Rogo ida urgente referido louco.» O pedido é aceite de imediato e, um ano e meio depois, a 16 de dezembro, «o alienado» é transferido para o Manicómio Conde de Ferreira, no Porto, onde acaba por morrer. Augusta, a irmã mais nova, também é internada no Conde de Ferreira no final desse ano, mas não permanece mais de uns meses. O último relatório sobre o assunto, de 1930, esclarece que a loucura não abrandava e se manifestava «por atos de malvadez, já por mais de uma vez tentou assassinar os filhos, com quem vive». Muita gente lembra ainda hoje a figura da mulher quando saiu do hospital, vagueando pelas ruas, sem dizer coisa com coisa. Ficou louca para sempre.
Muita gente lembra‑se de Maria Inácia do Carmo, a Ti Maria Inácia Espírita, era assim que o povo a conhecia. «Íamos dar uma volta grande só para não vermos a bruxa. Toda a gente tinha um medo dela que se pelava.»
Francisca Norte e o seu irmão Adelino estão a almoçar junto à casa onde cresceram – e recordam a vida na aldeia em 1929. «Não havia estrada, nem água, nem luz. Ler quase ninguém sabia. A bruxa lia, por isso dizia‑se que era uma mulher de virtude.» Viúva, pobre, com três filhos para alimentar, arranjava sustento em mezinhas e crendices. «Aquilo era uma família que estava sempre suja, ela costumava usar saias compridas e avental, os cabelos despenteados.» De vez em quando, deixava a canalha entregue a si e desaparecia de carroça, semanas inteiras. Aljezur ficava a 23 quilómetros mas, para lá chegar pelos caminhos de lama, demorava‑se um dia inteiro. «Deve ter sido numa dessas viagens que aconteceu tudo.»
No início de 1930, uma delegação da freguesia de Bensafrim visitou a Câmara de Aljezur e pediu a Basílio Marreiros clemência em nome da feiticeira. O caso haveria de se resolver com a promessa de fim de conjuros e cerimoniais, mas nenhuma pena de prisão – até porque, como o administrador do concelho refere num ofício, a única voz que tinha acusado Maria Inácia era a de Luís Penico, que agora estava morto.
Custódia, a criança que viu tudo, cresceu aos cuidados dos padrinhos, sem carinhos de maior nem a solidariedade do povo. Aos olhos das gentes do Vidigal, era a última descendente de uma família maldita.
Não aprendeu a ler nem a escrever, os dias a semear feijão e nas mondas do arroz no verão. A sua libertação do passado foi o casamento, que lhe deu três filhos e estabilidade. «Só quando eu era adulta é que conseguiu contar‑me o que tinha sido a sua infância», diz Manuela Fragoso, filha da sobrevivente. «Ela sofreu muito.» Na verdade, a criança ainda tinha uma avó viva, a matriarca dos Tomé, mas laços nenhuns. «O Estado não deixou a minha bisavó ficar com a minha mãe por ter participado também nos bailes do Vidigal. E a verdade é que ela nunca gostou da minha bisavó paterna, tentou esconder‑me sempre da vista dela.» Nos montes do Vidigal também não voltou a pôr o pé. Custódia Tomé morreu há dois anos, acompanhada pelos três filhos e em paz.
Hoje, o Vidigal tem duas casas onde não vive ninguém e as ervas há muito que começaram a invadir as propriedades. No vale está escondido um cemitério do Neolítico, há quem vaticine que resulta daí tanta tragédia. Há 87 anos, numa manhã de maio, as bruxas organizaram o último baile que a povoação viu. Depois disso, a terra foi sendo engolida pelo esquecimento. Se não fosse o acaso de alguém entrar no sótão de uma casa algarvia, descoberto um molho de papéis antigos, a lenda tinha‑se tornado lenda para sempre. «Mas lá que aconteceu, aconteceu», diz José António, o padeiro. «E eu nunca acreditei em bruxas. Só sei que ao Vidigal não vou. Aquilo é uma terra de morte e de loucura. Mais vale não arriscar.»









 http://www.noticiasmagazine.pt/2016/as-bruxas-de-aljezur/#ixzz4PFTKXSSI
06
Nov16

EUA: assim funciona o sistema de assassinatos

António Garrochinho


EUA: assim funciona o sistema de assassinatos
Por Jeremy Scahill | Tradução: Inês Castilho

"As equipes de inteligência dos EUA coletam informações sobre alvos potenciais obtidas a partir de “listas de observação” e do trabalho das agências de inteligência, militares e policiais. Na época do estudo do ISR, quando alguém era colocado na lista de mortes, analistas de inteligência criavam um retrato do suspeito e da ameaça que aquela pessoa significava, juntando-os “num formato condensado conhecido como baseball card [semelhante a uma figurinha de um álbum de jogadores de futebol, numa aproximação cultural como o Brasil (Nota da Tradução)]. As informações eram em seguida articuladas, junto com dados operacionais, numa “ficha informativa sobre o alvo” a ser “enviada para escalões mais altos” para ação. Na média, indica um dos slides, demorava cinquenta e oito dias para o presidente assinalar um alvo. A partir daquele momento, as forças norte-americanas tinham sessenta dias para executar o ataque. Os documentos incluem dois estudos de caso que são parcialmente baseados em informação detalhada nos baseball cards.'

Quase dez mil “inimigos” de Washington já foram mortos por meio de drones. Como são escolhidos os alvos. Qual o papel de Obama. Por que tantos civis são liquidados “por engano”

O texto a seguir é um excerto do novo livro The Assassination Complex, de Jeremy Scahill & equipe do The Intercept (Simon & Schuster, 2016), que será publicado no Brasil pela Autonomia Literária, editora parceira de Outras Palavras.

Desde seus primeiros dias como comandante em chefe, o presidente Barack Obama fez do drone sua arma preferida, usada pelos militares e pela CIA para perseguir e matar as pessoas que seu governo considerou – por meio de processos secretos, sem acusação ou julgamento – merecedores de execução. A opinião pública tem colocado foco na tecnologia do assassinato remoto, mas isso tem servido frequentemente para evitar que se examine em profundidade algo muito mais crucial: o poder do Estado sobre a vida e a morte das pessoas.

Os drones são uma ferramenta, não uma política. A política é de assassínio. Embora todos os presidentes norte-americanos, desde Gerald Ford, mantivessem uma norma executiva que bania assassinatos por funcionários dos EUA, o Congresso evitou legislar sobre esse assunto ou até definir a palavra “assassinato”. Isto permitiu que os proponentes de guerras por meio de drones renomeassem assassinatos [assassinations] com adjetivos mais palatáveis, como o termo da moda, “mortes seletivas” [targeted killings].

mafarricovermelho.blogspot.pt
06
Nov16

10 Mistérios de Assassinatos Que Fizeram História

António Garrochinho


Os assassinatos de presidentes e reis não são os únicos crimes que mudam o nosso mundo. As vítimas destes 10 assassinatos não exerciam o poder nacional e foram mais rapidamente esquecidas. Mesmo assim, os seus assassinatos levaram a mudanças no sistema de justiça, educação, assuntos nacionais, sociedade e cultura. Alguns destes casos foram fáceis para as autoridades resolverem; outros permanecem um enigma. Todos eles fizeram história.

10- O Primeiro em Nova Iorque


Na noite de 22 dezembro de 1799, Gulielma Sands "Elma" deixou a sua casa numa pensão em Manhattan após confidenciar ao seu primo que ia casar-se com o seu colega pensionista, Levi Weeks. Ela não foi visto novamente até 02 de janeiro de 1800, quando o seu corpo foi descoberto.

A morte de Elma produziu uma lista de "primeiros" da história dos EUA. Para começar, foi o primeiro mistério de assassinato escandaloso de Nova Iorque. De acordo com os seus pensionistas companheiros, Levi e Elma eram amantes, o que era muito chocante em 1799. Panfletos e jornais proclamavam que Levi havia prometido casamento a Elma e que depois a assassinara. Fascinados, os nova-iorquinos leram que, na noite do crime, os moradores ouviram Elma e Levi a sair da casa ao mesmo tempo. Apenas meia hora depois, testemunhas ouviram gritos perto do poço. Essa foi também a área onde as pessoas alegaram que tinham visto um trenó puxado por cavalos a carregar dois homens e uma mulher. O cavalo e o trenó assemelhavam-se a uma propriedade do irmão de Levi, Ezra. No momento em que Levi foi a julgamento a 31 de março, as multidões gritavam: "Crucifica-o!"

Felizmente para Levi, o seu irmão tinha algo que ainda aparece de forma proeminente na justiça americana: dinheiro. Ezra contratou três advogados de defesa famosos, incluindo dois fundadores: o ex-secretário do Tesouro Alexander Hamilton e o futuro vice-presidente Aaron Burr. Ele também contratou o futuro Supremo Tribunal de Justiça Harry Livingston. Mais de um século antes do julgamento notório de OJ Simpson fazer o termo famoso, Levi foi defendido pela primeira legal "equipa dos sonhos".

Os advogados experientes de Levi conceberam uma estratégia para a criação de qualquer dúvida razoável, nas mentes dos jurados que ainda está em uso hoje. Eles apresentaram teorias de assassinato alternativas, lançando suspeitas sobre um outro pensionista, Richard Croucher, e até mesmo plausivelmente demonstraram que Elma poderia ter cometido suicídio. Eles atacaram o caráter de Elma, alegando que ela tinha dormido com o senhorio casado e estabeleceram álibis para Levi com as suas próprias testemunhas ao plantar dúvidas sobre testemunhas de acusação.

Em 1800, os ensaios poderiam correr até a madrugada e o sensacional julgamento de Levi terminou às 02h00, depois de dois dias de trabalho. Um juiz possivelmente cansado e irritadiço anunciou que a acusação não tinha provado o seu caso e deixou claro que Levi deveria ser declarado "não culpado." Dentro de 10 minutos, os jurados exaustos tinham a missão cumprida. De alguma forma, o funcionário do tribunal ficou acordado para transcrever tudo, fazendo julgamento registados pela primeira vez na América criminal.

A maioria dos nova-iorquinos continuaram convencidos da culpa de Levi (embora alguns mudassem de ideia meses depois, quando Richard Croucher foi condenado por estupro). Diz a lenda que a morte de Elma afetou a história americana de uma última forma: o primo de Elma supostamente lançou uma maldição sobre Hamilton, que foi morto a tiros num duelo famoso. O atirador foi desonrado, cuja vida e carreira nunca foram os mesmos. 

9- A Dama e o Toxicologista


Marie Cappelle era um membro elegante, realizado da aristocracia francesa. Ela ficou apavorada quando os seus parentes a fizeram casar-se com Charles Lafarge que, descobriu-se, vivia num castelo em ruínas infestado de ratos.

Enquanto Charles viajava a negócios, Marie enviou-lhe uma carta carinhosa e um bolo caseiro. Charles comeu o bolo, ficou gravemente doente e morreu. O arsénico foi encontrado no quarto de Marie, mas ela alegou que só o usava para matar os roedores terríveis.

Em 1840, Marie foi a julgamento por assassinato e argumentou sobre a sua culpa ou inocência, na disseminação pela Europa e América. O processo penal foi instaurado em farmácias locais, que descobriram o arsénico na comida que Marie tinha enviado a Charles, assim como no estômago dele. O advogado de defesa de Marie respondeu com uma carta do mundialmente famoso toxicologista de França, Mathieu Orfila. Um pioneiro no estudo forense de venenos, Orfila reclamou que a acusação tinha usado testes desatualizados. Ele alegou que só o novo teste inventado pelo químico britânico James Marsh poderia detetar com segurança o arsénico.

O tribunal ordenou ao Ministério Público que realizasse o teste de Marsh. Houve um tumulto quando os resultados não demonstraram arsénico no corpo de Charles. Os partidários de Marie pensou que ela iria sair livre mas, em vez disso, o tribunal realizou o teste Marsh novamente, desta vez pelo próprio Orfila. Embora Orfila tivesse estado primeiro envolvido no julgamento do lado da defesa, ele proclamou que, quando fez o teste de Marsh (mais corretamente do que os cientistas da promotoria), os resultados mostraram que o corpo de Charles continha arsénico, na verdade.

Para Marie, o julgamento significava um veredicto de culpada e condenação à prisão perpétua. Para o público, isso significava um novo entendimento que os forenses precisavam que poderia determinar a culpa ou a inocência. O testemunho de cientistas tornaram-se comuns nos tribunais, como o teste Marsh. Ao arsénico tinha sido dado o apelido de "pó de herdeiro", porque era popular entre aqueles que queriam matar um membro da família. Foi fácil chegar ao arsénico como veneno de rato e os seus sintomas mortais assemelhavam-se aos de doenças naturais. Após o julgamento de Lafarge, todos sabiam que mesmo pequenas quantidades de arsénico poderiam ser detetadas e usadas para prova de assassinato. Os assasssinos tiveram de procurar novas maneiras de realizar o crime perfeito.

8- Apanha-me se Puderes


Se gosta de histórias de detetives britânicos, deve muito a um certo par de calças. Em 1842, um par de calças foi roubado de uma casa de penhores, em Londres, por Daniel Good, que logo teve a polícia no seu encalço.

A polícia prendeu Good nos estábulos onde viveu como cocheiro e começou a busca pelas calças roubadas. Em vez delas, no entanto, encontraram um torso humano queimado, sem membros e com a cabeça debaixo de uma pilha de feno. Foi quando Good decolou, travando o policial dentro do estábulo. Até ao momento em que o polícia contatou os seus superiores, Daniel Good tinha ido embora.

O torso pertencia a Jane Jones. Ela estava grávida e era esposa de Good, que a tinha assassinado pois assim ficaria livre para  o seu mais novo amor. O público estava com medo deste assassino brutal e Scotland Yard dedicou nove divisões de rastreamento. Naqueles dias de pré-telefone, os oficiais de diferentes divisões encontraram-se para trocar pistas sobre o paradeiro dele. Infelizmente, esse sistema era ineficiente. A polícia conseguiu localizar o paradeiro dele, mas nunca foram rápidos o suficiente para o apanhar. Os jornais publicaram artigos sobre a incompetência da Scotland Yard. Finalmente, alguém reconheceu Daniel Good em Tonbridge, a cerca de 50 quilómetros (30 milhas) de Londres e informou a polícia de Tonbridge. Good foi preso, mas a Polícia Metropolitana de Londres e Scotland Yard não teve nenhum crédito.

Good foi executado em maio. Em agosto, a Scotland Yard tinha decidido melhorar a eficiência na captura de assassinos como Good através da criação da sua primeira força policial oficial, que se tornou conhecida como o Departamento de Investigação Criminal (CID).

7- Apontar Para o Assassinato


Thomas Farrow era gestor da Oil and Colour, uma oficina de pintura de Chapman, em Londres. Ele e a sua esposa, Ann, viveram acima da loja até março de 1905, quando um rapaz de recados descobriu que Thomas tinha sido espancado até à morte. Ann estava inconsciente e não foi capaz de identificar os seus agressores antes de também acabar por falecer.

Scotland Yard determinou que o assassinato havia ocorrido mais cedo naquela manhã e que o motivo tinha sido roubo. A loja e o apartamento tinham sido roubados e uma caixa de dinheiro vazia estava no chão. O Detetive Inspetor Charles Collins, chefe da divisão de impressão digital, examinou a caixa e encontrou uma impressão digital desconhecida, que não pertencia à polícia na cena do crime ou às vítimas, nem a quaisquer criminosos, cujas gravuras estavam em arquivo.

Dois irmãos, Albert e Alfred Stratton, logo foram dados como suspeitos. Na manhã do crime, um leiteiro viu os dois rapazes a correr para a loja de tintas e uma outra testemunha afirmou que tinha visto Alfred na área, naquele momento. Quando foram recolhidas as impressões digitais dos dois irmãos, a polícia descobriu que uma cópia do polegar de Alfred correspondia à da caixa.

Scotland Yard foi pioneira na recolha de impressões digitais para identificação de criminosos, mas até agora só tinha usado provas de impressão digital para uma prisão: o "assaltante bola de bilhar" que foi condenado por roubo depois de deixar a sua impressão digital numa janela recém pintada. A polícia estava preocupada com a hipótese dos júris não considerarem que meras impressões digitais poderiam ser usadas para considerar um suspeito de assassinato.

No julgamento, o inspetor-chefe Collins deu ao júri uma lição de identificação através das impressões digitais. Usando um quadro-negro e fotografias ampliadas das gravuras, mostrou como a impressão na caixa registadora e a impressão do polegar de Alfred eram idênticas de 11 maneiras cruciais. Ele também explicou como trabalhou com estampas criminais para fins de identificação. A sua apresentação convenceu o júri, que deu um veredicto de culpado. Scotland Yard foi tão influente que o sucesso de Collins abriu a porta para provas de impressão digital nas salas de audiência em todo o mundo.

6- O Clássico Assassinato


"Frankie e Johnny" é uma das baladas mais famosas de homicídio da América. Tem sido entoada por centenas de artistas, incluindo Leadbelly, Louis Armstrong, Mae West, Sam Cooke, Bob Dylan, Johnny Cash e até mesmo Elvis. A canção é baseada no assassinato do compositor africano-americano, Allen Britt, que foi morto pela sua namorada Frankie Baker, em 1899.

Frankie era uma bela prostituta, bem-sucedida, que usava brincos de diamante "tão grande como ovos de galinhas." Britt era o seu amante e cafetão. O casal chateou-se quando Frankie o apanhou com outra mulher. Ela pediu-lhe para voltar para casa com ela, mas ele foi a uma festa com a sua nova mulher. Britt chegou em casa muito tarde na noite, quando Frankie estava na cama. De acordo com Frankie, eles discutiram e, quando o seu amante veio para cima dela com uma faca para "cortá-la", ela agarrou na sua pistola que estava debaixo do travesseiro e atirou nele.

No seu julgamento, o júri concordou com a necessidade de Frankie de se defender. O juiz ainda lhe devolveu a arma dela. Mas muitos no seu bairro sentiam que havia outras respostas para o mistério do que aconteceu naquela noite no seu apartamento.

Poucos dias após o julgamento, uma canção chamada "Frankie matou Albert" foi composta por Bill Dooley. A canção, que evoluiu para a balada popular "Frankie e Johnny", foi apreciada por quase todos, exceto Frankie. Ela odiava a forma como as pessoas cantavam quando ela passava. Odiava as letras que proclamavam que ela matara Allen porque ele a traiu e não porque ela tinha que se defender. Há quem diga que a canção a perseguia, até fora de St. Louis. Finalmente, acabou no Oregon, executando um salão de engraxate.

Mesmo assim, a popularidade da história de Frankie assombrava. Foi a base para o filme de 1933, Loira, que começou a carreira de Mae West e Cary Grant. Frankie, com raiva, processou a Paramount Studios, mas perdeu. Ela processou Hollywood novamente pelo filme de 1936, Frankie & Johnny, mas perdeu novamente. Frankie morreu em 1952, antes que pudesse processar também o filme de Elvis Presley, Frankie e Johnny, em 1966.

5- O Secreto Massacre de Stanford


"Esta é uma forma horrível de morrer." Estas foram as últimas palavras de Jane Stanford, que foi envenenada em 1905. Foi um final inesperado para a co-fundadora amada da Universidade de Stanford. Em 1891, Jane e o seu marido Leland Stanford, um barão ferrovio e senador, criou a Universidade de Stanford como um memorial para o seu único filho. Dois anos mais tarde, o senador morreu e Jane assumiu-a.

Durante anos, Jane Stanford supervisionou quase todos os aspetos da sua gestão. Em 1904, estava prestes a ir contra o presidente Stanford David Starr Jordan, que não estava a criar a escola que Jane pensava que o seu marido tinha a intenção que fosse. Mas por essa altura, a garrafa de água diária de água mineral de Jane, ficou com um gosto amargo. Ela cuspiu a água e submeteu a garrafa de água a testes. Os resultados mostraram que a bebida havia sido atacada com estricnina. Assustada e doente, Jane fugiu para o ensolarado Havaí com a sua secretária de confiança, Bertha Berner. Ela parecia estar segura, mas, a 28 de fevereiro de 1905, bebeu mais um copo contaminado e, apesar dos melhores esforços dos médicos do Havaí, morreu de envenenamento por estricnina.

Se nunca soube que a mãe da fundação de Stanford foi assassinada, foi porque o presidente de Stanford queria que as coisas fossem dessa forma. Quando Jordan chegou ao Havaí para retornar o corpo de Jane para a Califórnia, anunciou que os médicos especialistas havaianos foram todos incompetentes e Jane tinha realmente morrido de causas naturais. Ele até pagou a um médico inexperiente, que nunca tinha examinado a Sra. Stanford enquanto viva, para escrever um relatório que dissesse que ela morreu de insuficiência cardíaca. Esta explicação prevaleceu até 2003, quando o professor de medicina de Stanford, Dr. Robert Cutler, publicou o seu livro investigativo A misteriosa morte de Jane Stanford, que usou provas médicas para mostrar que Jane tinha sido envenenada.

A secretária de Jane estava presente em ambas as intoxicações, mas foi dito que não tinha um motivo, uma vez que ela levava uma vida mais confortável com a sua entidade patronal do que sem ela. A pessoa que tinha um motivo era o presidente Jordan (embora seja difícil ver como ele poderia colocar o veneno na água mineral da Sra. Stanford). A visão de Jordan para Stanford tinha sido muitas vezes bloqueada por "uma velha inculta", como um membro da faculdade, chamada Jane. Em vez de ser demitido, Jordan ficou como presidente e a sua visão para a faculdade prevaleceu, com uma forte ênfase em ciências.

Nós nunca saberemos o que a Universidade de Stanford, a universidade mais intimamente ligada à tecnologia inventiva do Vale do Silício, teria sido se Jane tivesse permanecido no controle, assim como provavelmente nunca saberemos quem a matou.

4- A Peça de Teatro


A mais longa peça de teatro do mundo é um mistério de assassinato, por Agatha Christie. O Mouse Trap tem funcionado por mais de 60 anos e a sua trama é vagamente baseada num assassinato que chocou a Grã-Bretanha no tempo de guerra. Em 1945, um médico foi chamado a uma fazenda remota em Shropshire, Inglaterra, para examinar uma criança doente. O médico declarou que o menino havia sido morto há horas e uma investigação de assassinato começou.

Reginald e Esther Gough eram os pais adotivos de Dennis O'Neill, de 13 anos de idade, e de Terence, de 11 anos de idade. Os irmãos sofriam de desnutrição que beirava a fome e ambos tinham feridas ulceradas e cicatrizes que provavelmente proviam de golpes constantes. Quando o legista determinou que Dennis tinha morrido após lhe baterem muito, os Goughs foram presos.

No início, a história deles era que as lesões eram devidas ao fato dos rapazes lutarem entre si e que as suas feridas ulceradas eram tratadas. Mas, no julgamento, Esther Gough admitiu que Dennis estava morto quando ela chamou o médico e que ela tinha negligenciado os meninos por ordens do seu marido. Ele controlava a casa, batia na sua esposa e cruelmente batia nos meninos O'Neill quase todas as noites e deixava-os passar fome.

O júri só foi capaz de dar a Esther seis meses, por negligência, porque havia menos provas contra ela. Quando Reginald foi condenado por homicídio culposo, o público levantou um clamor e um tribunal de apelação mudou o veredicto do homicídio. A falta de proteção a Dennis e Terence tornou a chave para o mistério na famosa peça de Agatha Christie. Mais importante, resultou na Lei da Criança de 1948, que estabeleceu oficiais treinados em toda a Grã-Bretanha para garantir o desenvolvimento saudável das crianças adotivas e protegê-los de maus-tratos.

3- A Lei dos Três Strikes


Polly Klaas, de 12 anos de idade, vivia com a mãe em Petaluma, uma tranquila cidade no norte da Califórnia, que tem sido o local para filmes nostálgicos como American Graffiti e Peggy Sue Got Married. A 1 de outubro de 1993, Polly e dois amigos estavam numa festa de pijama quando um homem corpulento, com uma faca, entrou no quarto de Polly e disse às meninas que as mataria se elas gritassem. Ele amarrou todas as meninas e saiu com Polly.

Após o rapto, os voluntários procuraram na área de Petaluma, na esperança de encontrar Polly viva. Mais de dois mil milhões de imagens foram distribuídas em todo o mundo e o rapto foi destaque no programa de TV da América Most Wanted. A mídia chamava a Polly "A Criança dos Estados Unidos."

A 29 de novembro, a polícia prendeu Richard Allen Davis, que acabou por confessar e revelar detalhes que levaram à descoberta do corpo da menina numa encosta. Davis tinha estado na prisão durante quase 20 anos por raptar e violar mulheres. A revista People classificou o caso como "uma onda de crimes de um homem só".

A publicidade sobre Davis coincidiu com uma petição liderada por Mike Reynolds. A filha de Reynolds também tinha sido assassinada por um criminoso condenado e ele precisava de milhares de assinaturas para colocar uma iniciativa na cédula de votação de uma nova lei. Apelidada de "três strikes", esta lei obriga que qualquer um condenado por três crimes sirva automaticamente de 25 anos à prisão perpétua.

Reynolds não estava nem perto do total de assinaturas que precisava para obter o direito nas urnas, até à prisão de Davis. Depois disso, uma estação de rádio de San Francisco lançou uma petição de assinaturas e as pessoas faziam fila para participar. O assassinato de Polly também inspirou a Legislação Estadual da Califórnia para passar uma lei dos três strikes ela própria, que entrou em vigor em 1994. Em 1999, 24 estados, bem como o governo federal, tinham alguma forma da lei dos três strikes nos seus livros.

2- Um Assassinato Independente


Em 1996, a repórter Veronica "Ronnie" Guerin estava sentada no seu carro num engarrafamento em Dublin quando dois homens numa motocicleta pararam ao lado dela, a mataram e sairam em disparada. Este estilo de gangues chocou a Irlanda, mas ninguém ficou surpreso que Guerin tivesse sido alvejada.

Guerin era uma repórter de crime para a Sunday Independent, da Irlanda. A sua coluna expunha os crimes dos reis gangster de Dublin e os barões da droga que tinham atacado antes. Tiros foram disparados na sua casa e um estranho uma vez apontou-lhe uma arma à cabeça antes de disparar na perna. O lord das drogas John Gilligan deu-lhe um soco no rosto e ameaçou o seu filho de seis anos de idade. Mas as tentativas de intimidação apenas irritaram Guerin, que continuou a expor as histórias que os gangsters queriam escondidas.

O inquérito sobre o assassinato de Ronnie Guerin foi o maior da história da Irlanda. A suspeita caiu sobre John Gilligan porque ela tinha pressionado acusações de agressão contra ele e ele tinha dito a amigos que não ia deixá-la colocá-lo na cadeia. Os resultados da investigação foram longe de perfeitos mas, eventualmente, Gilligan, juntamente com a maioria dos homens que tinham conspirado para matar Ronnie, estavam na prisão ou por homicídio ou por tráfico de drogas.

Essa não foi a única mudança que o seu assassinato provocou. Por causa de Guerin, o Parlamento criou o Criminal Assets Bureau (CAB) para confiscar quaisquer bens que fossem adquiridos através de atividades criminosas. Eles também instituiram um programa de proteção à testemunha, de modo que aqueles que queriam testemunhar contra chefes da máfia não teriam mais nada a temer pelas suas vidas. Muitos criminosos fugiram da carreira na Irlanda. Em 2013, o Sunday Independent escreveu que CAB teve custos de bandidos irlandeses de 250.000.000 €. Outros países europeus adotaram a sua própria forma de CAB, permitindo que ainda mais criminosos pagassem o preço pelo assassinato de Guerin.

1- A Tomada Abaixo do Chefe


Neil Heywood era um expatriado britânico fino em Beijing, China, que dirigia uma empresa de consultoria que ajudou empresas britânicas a expandirem-se para a China. Em novembro de 2011, Heywood foi encontrado morto no Chongqing Sorte Holiday Hotel.

O chefe da polícia altamente respeitado de Chongqing, Wang Lijun, investigou a morte de Heywood. Wang não encontrou nenhuma evidência de homicídio e o veredicto da polícia era que Heywood morrera de envenenamento por álcool.

Em 2012, Wang apareceu num consulado americano na China, em busca de asilo. Ele admitiu que a esposa do seu chefe, Gu Kailai, tinha assassinado Neil Heywood. Quando contou a Bo Xilai sobre o assassinato, Bo queria o crime encoberto. O relacionamento deles havia deteriorado ao ponto em que Wang estava com medo do seu poderoso chefe. O programa anti-crime de Bo Xilai, a sua atenção para as necessidades dos pobres e os seus discursos comunistas fizeram dele um político muito popular no caminho certo para se tornar um dos governantes mais poderosos do país.

Wang nunca recebeu asilo, mas depois das suas acusações de assassinato, Bo foi retirado do poder e Gu foi a julgamento. Ela confessou que a sua amizade com Heywood (alguns disseram que eram amantes) começou na década de 1990, quando ele tinha ajudado o seu filho entrar em Harrow, uma escola aristocrática britânica. Heywood também fez negócios com Gu e Bo, que lhe deviam dinheiro. No seu julgamento, Gu afirmou que Heywood havia ameaçado prejudicar p seu filho a menos que lhe pagassem e que foi por isso que o envenenou.

Gu foi condenado pelo assassinato de Heywood e Wang e Bo foram condenados por terem encoberto o crime. Todos estão na prisão. Mas as perguntas permanecem sobre se o mistério do assassinato de Heywood realmente foi resolvido ou se os inimigos políticos de Bo a usaram para líder popular da ferrovia. Enquanto isso, o assassinato destacou a corrupção dos governantes da China, juntamente com os seus estilos de vida não exatamente comunistas da riqueza, influência de negócios e escolas de inglês extravagantes para os seus filhos. O escândalo agitou a ira do público e da agitação terminou a ascensão de Bo Xilai, o liberal mais poderoso e carismático da China, mantendo o poder em mãos mais conservadoras.

www.relativamenteinteressante.com
06
Nov16

HISTÓRIA - MULHERES COMUNISTAS - Teresa Flores

António Garrochinho


Entre tantas comunistas bravas e aguerridas que nos inspiram em nossa batalha diária revolucionária, anti-imperialista e feminista classista, vale a pena espichar os olhos à Latinoamérica e mais do que observar com atenção, reivindicar a história de luta de Teresa Flores.
tereza flores
Teresa Flores nasceu em 1891, num contexto social onde as mulheres sequer podiam ler e escrever. Primeira mulher dirigente sindical no Chile, passou a se interessar pelo debate de emancipação das mulheres trabalhadoras e impulsionou uma importante mobilização feminina no país, a Greve das Cozinhas (Huelga de las cocinas apagadas), liderada por inúmeras donas de casa que se negavam a cumprir o dever de cozinhar que recaía sobre suas costas, obrigando assim seus maridos a participarem das paralisações e de comparecer aos sindicatos para escutar o que as mulheres tinham a dizer. Essas manifestações culminaram em uma unidade entre as mulheres que lutavam pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, que fundam a Federação Obreira Feminina, cuja dirigente eleita foi Teresa Flores.
Em janeiro de 1912, Teresa é a única mulher a participar da fundação do Partido Obrero Socialista, que mais tarde veio a ser o Partido Comunista do Chile – de Pablo Neruda e Ramona Parra – o PCCh.
Desde as vitórias no Leste Europeu, passando pela história de luta da América Latina, nós mulheres comunistas temos muito o que dizer, muito a contar sobre nossas lutas. A nosotras, un feliz día.
“amiga nuestra, corazón valiente,
niña ejemplar, guerrillera dorada:
juramos en tu nombre continuar esta lucha
para que así florezca tu sangre derramada.”
(Neruda)
Por Mariana Pahim Hyppolito

feminagemblog.wordpress.com
06
Nov16

06 de Novembro de 1893: Morre, em São Petersburgo, o compositor russo Petr Ilitch Tchaikovski

António Garrochinho


Compositor russo, nasceu em 1840, em Votkinsk, na Rússia, e morreu em 1893, em São Petersburgo. Ficoucélebre pela inspiração melódica dos seus trabalhos e pela sua orquestração. É considerado o "pai" do balletclássico, como o demonstrou com o Lago dos Cisnes, com o Quebra-Nozes e com a Bela Adormecida.

Só com vinte e um anos é que despertou para a arte dos sons, depois de terminar o curso de Direito e de já seencontrar a trabalhar no Ministério da Justiça russo. A partir daí, resolveu dedicar-se inteiramente à música. Em1862, ingressou no Conservatório de Música de São Petersburgo e, dois anos depois, compôs uma aberturabaseada na peça de Aleksandr Ostrovsky, The Storm, que revelou o seu estilo musical. Em 1865, o irmão deRubinstein ofereceu-lhe o cargo de professor de harmonia no Conservatório de Moscovo. Depois desse momento,começou a dedicar-se à composição. Após um breve contacto com Mili Balakirev e com o "Grupo dos Cinco",viveu um período de intensa criatividade, em que compôs uma boa parte das suas obras mais importantes. Masesse esforço tão intenso acabou por originar uma grave doença nervosa.

Entre as várias obras que compôs destacam-se Symphony N.º 1 in G Minor (Winter Dreams), Opus 13 (1866); afantasia Romeo and Juliet (1869); a ópera cómica Vakula the Smith (1874); Symphony N.º 4 in F Minor, Opus 36(1877); a ópera Eugene Onegin (1877-78), baseada no poema de Aleksandr Pushkin; Piano Sonata in G Major,Opus 37 (1878); o trabalho para orquestra Suite N.º 1 in D Minor, Opus 43 (1878-79); The Maid of Orleans (1878-79); Violin Concerto in D Major, Opus 35 (1878); Serenade For Strings in C Major, Opus 48 (1880); CapriccioItalien, Opus 45 (1880); 1812 Overture, Opus 49 (1880); Manfred Symphony, Opus 58 (1885); a ópera A Rainha deEspadas (1888); o bailado A Bela Adormecida (1890) e Symphony N.º 5 in E Minor, Opus 64 (1888).

Tchaikovski morreu depois de a apresentação da Symphony N.º 6 in B Minor, Opus 74 (1893), que considerou asua obra-prima, ser um verdadeiro fracasso. Na altura, pensou-se que a sua morte teria sido causada pela cólera,mas, na segunda metade do século XX, segundo várias investigações, concluiu-se que ele se teria suicidado,devido ao fracasso da sua última obra.

Petr Ilitch Tchaikovski. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagens)
Petr Ilitch Tchaikovski em 1863
File:Tchaikovsky 1906 Evans.PNG

Petr Ilitch Tchaikovski
File:Sleeping beauty cast.jpg

O elenco original de "A Bela Adormecida"1890


VÍDEO

06
Nov16

06 de Novembro de 1929: Morre o pintor Columbano Bordalo Pinheiro

António Garrochinho


Pintor português, nascido a 21 de novembro de 1857, em Almada, Columbano Bordalo Pinheiro pertencia a uma família ligada às artes e era irmão de Rafael Bordalo Pinheiro. É considerado o pintor mais significativo dos finais do século XIX. Foi aluno de seu pai, Manuel Maria Bordalo Pinheiro, de Miguel Ângelo Lupi e de Simões de Almeida. Parte para França em 1881, descobrindo a obra de Degas e Maneie, mas também a de Courbet e Deschamps. Foi professor da Escola de Belas-Artes de Lisboa e diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea, vindo a falecer a 6 de novembro de 1929. Embora frequentando os naturalistas, os temas do amor pela Natureza não o atraiam, conservando-se essencialmente como um retratista, influenciado pela escola flamenga e pela vertente sombria dos mestres espanhóis. Em Concerto de Amadores (1882), uma obra da juventude, apresenta já as linhas de força que virão a ocupar o sentido plástico do seu espaço pictural. Os castanhos e os negros imperam, o tratamento do claro-escuro acentua a encenação dramática. O retrato de D. José Pessanha (1885) constitui uma variação de ocres e cinzentos e toda a composição assume uma postura sabiamente informal. Columbano foi uma testemunha angustiada do quadro político-social dos finais do século. O Retrato de Antero de Quental (1889) parece profetizar o fim próximo do poeta-filósofo, ao mesmo tempo que simboliza toda a geração dos "Vencidos da Vida".

Columbano Bordalo Pinheiro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
 
Auto retrato - Columbano Bordalo Pinheiro
Ficheiro:Columbano Bordalo Pinheiro 003.jpg
Um Concerto de Amadores - Columbano Bordalo Pinheiro
Grupo do Leão - Columbano Bordalo Pinheiro
Ficheiro:Grupo do Leão by Columbano Bordalo Pinheiro.jpg
06
Nov16

DESABAFO

António Garrochinho

A inveja e a mesquinhez está no ADN de muitos portugueses.
O sucesso de um português que singra na vida com transparência e dignidade incomoda muitos outros. Os que querem enriquecer rápido e não têm escrúpulos alguns.
Frustação?
Insucesso?
Desemprego?
Nada justifica tamanha inveja.
Critiquem, não votem na direita e nos governos do chamado arco da governação neo liberal que não criaram os postos de trabalho que deveriam ter criado, fecharam fábricas, empresas, venderam sectores fundamentais da nossa economia ao desbarato e aos estrangeiros.
Gente mesquinha e invejosa auto destrói-se e destrói os outros. Trabalhem, lutem, e mostrem a vossa obra. Não sejam chulos sempre à espera de enganar explorar o próximo mesmo aquele que se mata a trabalhar no duro para levar para casa meia dúzia de tostões.
Sejam honestos, unam-se com gente honesta e terão resultados. Deixem de lamber o cu a quem vos ignora e maltrata, a quem só se lembra de vocês em actos eleitorais precisamente para manter o ciclo de domínio onde a escravidão e a falta de respeito pelos que são íntegros é uma constante.
António Garrochinho
06
Nov16

06 de Novembro de 1919: Nasce a poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen

António Garrochinho


Poetisa e ficcionista, nascida em 1919, natural do Porto, frequentou o curso de Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. O seu nome encontra-se ligado ao projeto Cadernos de Poesia, tendo colaborado ainda, ao lado de nomes como o de Jorge de Sena, David Mourão-Ferreira, Ruy Cinatti, António Ramos Rosa, entre outros, entre adécada de 40 e 50, em várias publicações, como Távola Redonda e Árvore, que marcaram, na história da literatura contemporânea, a busca de uma terceira via, a do objeto literário em si enquanto projeto intrinsecamente humanista, num panorama literário dividido, até meados do século, entre o princípio social e o princípio estético do objeto artístico. Autora também de traduções, a sua obra recebeu os mais reconhecidos prémios literários, dos quais se destacam, por exemplo, o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores, em 1994, o Prémio Camões e o Prémio Pessoa, ambos em 1999, e o Prémio Rainha Sofia da Poesia Ibero-Americana, em junho de 2003. Desde a publicação de Poesia, em 1944, Sophia afirma-se no panorama da literatura nacional com uma conceção de poesia que, sem deixar de dar continuidade a uma tradição lírica que passa por autores comoCamões ou Teixeira de Pascoaes, recupera valores da cultura clássica, funde-os com um humanismo cristão,para contrapor um tempo absoluto a um "tempo dividido", numa aspiração à comunhão do homem com uma natureza de efeito lustral, produzindo uma impressão global de a temporalidade e de inexauribilidade da escrita. O privilégio da essencialidade, da unidade, implica ainda a consciência de que a literatura só cumpre a sua função social e de desalienação do homem quando repudia uma cultura de separação e persegue a "inteireza", "o verdadeiro estar do homem na terra", quando "estabelece a relação inteira do homem consigo próprio, com os outros, e com a vida, com o mundo e com as coisas" (cf. comunicação lida no 1.º Congresso de Escritores Portugueses, in O Nome das Coisas, 1977, p. 76). Deste modo, a poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen não deixa de relevar de um sentido ético, radicado num sentido cristão da existência, que impõe à escrita o assumir de uma função social, na denúncia da injustiça, da desigualdade, de qualquer tipo de alienação ou atropelo à dignidade humana, quer em volumes poéticos de maior empenhamento como Livro Sexto, quer em algumas das belíssimas narrativas de Contos Exemplares, como o conto "O Jantar do Bispo" ou "O Homem". Por outro lado, a poesia de Sophia vem resolver o impasse que as cisões do modernismo tinham imposto à palavra poética e apresentar-se como a evolução possível para a escrita poética pós-Pessoa, na medida em que"Enquanto em Pessoa a aspiração à unidade como totalização subjetiva coincide com um movimento de multiplicação e divisão [...], em Sophia a dispersão corresponde a um movimento, não subjetivo, que encontra plenitude em cada coisa, pois a plenitude está na relação e não na totalização por uma subjetividade". (LOPES, Silvina Rodrigues - Poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen, Lisboa, ed. Comunicação, 1989, p. 22). Política,católica, helénica, a poesia de Sophia remete o homem para um espaço utópico que, comparável ao lugarbuscado pelo casal que protagoniza o conto alegórico 'A Viagem' (in Contos Exemplares), não deixa de corresponder à imagem mais perfeita de uma felicidade humana terrena e possível desde que o homem contemporâneo readmita a sua fidelidade ao tempo, às palavras, à natureza, às coisas: "Ali parariam. Ali haveria tempo para poisar os olhos nas coisas. Ali poderiam respirar devagar o perfume das roseiras. Ali tudo seria demora e presença. Ali haveria silêncio para escutar o murmúrio claro do rio. Silêncio para dizer as graves e puras palavras pesadas de paz e de alegria. Ali nada faltaria: o desejo seria estar ali." Aprendizagem da simplicidade, a arte poética perfilhada por Sophia "É uma poética da experiência, da necessidade de mergulhar de olhos abertos e retirar da diversidade, profusão, estranheza, a forma simples e perfeita que é o poema. Sem que simplicidade e perfeição anulem em absoluto o caos, matriz de todas as formas" (LOPES, Silvina Rodrigues, op. cit., p. 44) ou,segundo as suas próprias palavras, numa das várias "artes poéticas" que formulou: "A poesia não me pede propriamente uma especialização pois a sua arte é a arte de ser. Também não é tempo ou trabalho o que a poesia me pede. Nem me pede uma ciência, nem uma estética, nem uma teoria. Pede-me antes a inteireza do meu ser,uma consciência mais funda do que a minha inteligência, uma fidelidade mais pura do que aquela que eu posso controlar. Pede-me uma intransigência sem lacuna. Pede-me que arranque da minha vida que se quebra, gasta,corrompe e dilui uma túnica sem costura. Pede-me que viva atenta como uma antena, pede-me que viva sempre,que nunca durma, que nunca me esqueça. Pede-me uma obstinação sem tréguas, densa e compacta. // pois a poesia é a minha explicação com o universo, a minha convivência com as coisas, a minha participação no real, o meu encontro com as vozes, as imagens." ("Arte Poética II" in Antologia, Lisboa, 1968, p. 231.).

Foi casada com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares, de quem teve cinco filhos. Esteve desde cedo ligada a movimentos de luta anti-fascista, tendo sido uma notória ativista contra o regime salazarista: apoiou, como marido, a candidatura do General Humberto Delgado; subscreveu o "Manifesto dos 101", um documento da autoria de um grupo de ativistas católicos contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política do Governo de Salazar; fundou e integrou a Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos; e, depois do 25 de abril, foi Deputada à Assembleia Constituinte. Desde sempre, foi público o seu apoio à causa timorense.

Na sua obra, que inclui, para além da poesia, a literatura infantil - sobretudo contos - e o ensaio, coexistem referências marcantes e recorrentes como o mar e a praia, a infância e a família, e ainda a civilização grega,reflexo da sua cultura clássica e da sua paixão por aquele país. 

Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa.

Sophia de Mello Breyner Andresen. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
wikipedia (Imagens)

 Ficheiro:Sophia Mello Breyner Andersen.png

Retrato de uma princesa desconhecida

      Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
      Para que a sua espinha fosse tão direita
         E ela usasse a cabeça tão erguida
    Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
     De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
     Servindo sucessivas gerações de príncipes
         Ainda um pouco toscos e grosseiros
            Ávidos cruéis e fraudulentos

         Foi um imenso desperdiçar de gente
        Para que ela fosse aquela perfeição
           Solitária exilada sem destino

          Sophia de Mello Breyner Andresen
06
Nov16

"Rusia ha enviado 100 toneladas de ayuda humanitaria a Alepo y EE.UU. ni una migaja de pan"

António Garrochinho



Soldados rusos reparten pan a la población en Palmira, Siria. Mikhail VoskresenskiySputnik

El portavoz del Ministerio de Defensa de Rusia, Ígor Konashénkov, afirmó que las Fuerzas Armadas rusas nunca recibieron la información acordada con EE.UU. sobre las organizaciones terroristas que operan en Siria.

Ígor Konashénkov, portavoz del Ministerio de Defensa de Rusia, se ha referido a las recientes declaraciones del Departamento de EE.UU., cuyo vocero ha considerado que las pausas humanitarias en Alepo carecían de sentido, informa RIA Novosti. "Rusia ha enviado 100 toneladas de ayuda humanitaria a Alepo y EE.UU. ni una migaja de pan", afirmó el general.

"En todo este tiempo, EE.UU. no pudo ni siquiera cumplir con las obligaciones acordadas durante nuestras conversaciones. Rusia nunca recibió ni los mapas ni las coordenadas de los objetivos o alguna otra información sobre las organizaciones terroristas que operan en Siria, desde el Estado Islámico hasta al Frente Al Nusra", comentó Konashénkov.

Rusia declaró una pausa humanitaria de 10 horas el pasado miércoles en Alepo. Fueron abiertos dos corredores humanitarios para la retirada de los milicianos y otros seis tantos para la evacuación de la población civil, heridos y enfermos. Sin embargo, las Fuerzas Armadas de Rusia denunciaron varios ataques de los rebeldes sirios a los corredores de evacuación, que hirieron incluso a oficiales rusos que forman parte de la operación militar.

El pasado 9 de septiembre, Rusia y EE.UU. llegaron a un acuerdo sobre el conflicto sirio, que incluía varios puntos como la delimitación de zonas específicas de operación, así como compartir de datos sobre la operación de los grupos terroristas en dicho país.

Actualidad RT
www.marchaverde.com.br

06
Nov16

Meia dúzia destes depois apoiados pelos senhores da guerra são a desgraça do mundo - Warren Buffett tem um valor próximo ao do resgate da troika a Portugal

António Garrochinho



É um dos homens mais ricos mundo e tem em carteira, disponível para investir, cerca de 76 mil milhões de euros. E isto acontece apesar da queda dos lucros da empresa que lidera.


Os números como sempre são difíceis de interpretar, mas se lhe disser que o resgate a Portugal foi de 78 mil milhões a comparação já ajuda.


O jornalista Hugo Neutel faz as contas à fortuna do multimilionário
Outros termos de comparação: o valor é equivalente a quase um terço do PIB português e dava para construir mais de 80 pontes Vasco da Gama.

registo audio



É esta a liquidez da Berkshire Hathaway, o império através do qual Buffett gere, há perto de meio século, participações em muitas empresas.

O número é avançado pela Bloomberg, que escreve que a companhia teve no terceiro trimestre do ano uma queda de 24% nos lucros.

As contas da companhia mostram nesse período um lucro de 7200 milhões de euros, impensável para empresas portuguesas, mas ainda assim curto quando comparado com os 9400 milhões obtidos há um ano.

Os mercados não estão, no entanto, muito preocupados com esta queda. Estão mais atentos à questão "e o que é que ele vai fazer a esta montanha de dinheiro?".

A resposta ninguém a conhece, mas o passado mostra que Buffet se dedica sobretudo à aquisição de empresas, na totalidade ou em parte.

O milionário, que apoia Hillary Clinton na corrida à Casa Branca, construiu um império que detém cerca de 90 empresas dos mais variados setores e participações relevantes em bancos, seguradoras e empresas globais como a Apple ou a Coca-Cola.

E, pelo sim pelo não, tem sempre de parte 20 mil milhões de dólares para fazer face a imprevistos.

www.tsf.pt
06
Nov16

Os barões assinalados do Portugalito

António Garrochinho



O nosso Portugalito, o Portugal que tem por brasão o Galo de Barcelos, agora em versão mais medíocre realizada pela putativa escultora Joana de Vasconcelos, que ostenta no seu currículo o feito raro de ter descoberto o caminho marítimo para Veneza em ferryboat, o que mais a notabilizou entre latoarias e outros bordados.

Nas florestas comunicacionais desse Portugalito pastam uns numerosos rebanhos de opinadores inexpressivos, alguns ignóbeis, com lugares cativos nos media suportados pelos plutocratas que aí esbanjam umas migalhas dos muitos lucros da sua actividade de empreendedores, acalantada pelo Estado que os favorece em nome da livre iniciativa.

São os barões assinalados do Portugalito. que mais não merece.

Alguns adquiriram um estatuto que lhes garante uma corte de anões que lhes aplaudem as tiradas, quanto mais obnóxias melhor, nada que faça mexer uma célula cinzenta basta  que sirva para manipular a opinião pública e provoque pressão política. De facto são bastante mais propícias a largas libações congratulatórias de preferência com os melhores uisques, a distinção anglo-saxónica a isso obriga, tintos seleccionados, por vezes uma cedência popularucha à sangria, mas essa com Barca Velha e Moet et Chandon, Cedências sim, mas sem enrugar o elitismo de pacotilha, a sua imagem de marca.

Um desses abencerragens é um que se autonomeia Vasco Pulido Valente, recorrendo a linhagem distante bastante mais sonora e adequada à petulância do personagem. Tem tido aparições eruptivas em vários jornais, com textos prevísiveis sobre os alvos a que aponta, sempre do centro para a esquerda, com a altivez de um aristocrata decadente a sofrer de gota. Textos escritos num português que procura imitar os dos grandes polemistas de antanho, onde de descobrem as cerziduras de tão laboriosa costura por mais que, de quando em quando, invente uma graçola pronta a usar pela direita sem ideias e ávida de bordões. A sua última, ainda não perdeu prazo de validade, foi ter chamado geringonça ao acordo entre os partidos de esquerda que colocaram o PS no governo da nação. As suas outras experiências, na política activa e na televisão, foram fugazes e reveladoras da personalidade tartamudeante parcialmente ocultada pelos seus textos desinspirados, amodorrados em banalidades quotidianas e frechadas nos seus inimigos de estimação, que são todo o mundo, mesmo o que lhe estende a mão. Todo o mundo excepto o Correia Guedes, vulgo Vasco Pulido Valente, que viaja o ego por entre a sua biblioteca de uísques.

Depois de algum tempo em silêncio ei-lo de volta a um jornal on-line onde fica bem entre os pares de jarras daquela mesa carunchosa. A fórmula não se alterou. Em Portugal só existe o VPV que tudo sabe, tudo leu e quase tudo bebeu. O que existe à sua volta é a mediocridade que não o merece a ele que desbarata prosas para a choldra ignara continuar a viver na frivolidade que não se comove com a sua má-língua.

Permite-se a tudo, permitem-lhe tudo mesmo os dislates mais obtusos, mais demonstrativos dos seus desequílibrios mentais por onde viaja ébrio de si-próprio, o que não desculpa de modo algum que na última crónica se permita escrever o que escreveu sobre um dos grandes intelectuais portugueses do século XX, Mário Dioníso.

Vasco Pulido Valente, tem uma alma latrinária, é um intelectual mediocre com mesquinha inveja de todo o mundo, de quase todos o mundo se exceptuarmos os clones que com ele partilham alcoois. O texto que escreveu sobre Mário Dioníso, entre outros textos mas este de um acinte miserável, comprovam á saciedade o grande vigarista intelectual que é, vivendo dos benefícios da vigarice intelectual não estar inscrita no Código Civil.

É a demonstração da senilidade do nosso Portugalito e de como a plutocracia o mantém ligado à máquina.

pracadobocage.wordpress.com

06
Nov16

'Sexo oral por biscoitos': As denúncias de abuso sexual contra soldados e funcionários da ONU

António Garrochinho


Maioria das denúncias vem da África, mas também há casos em locais como a Alemanha

Anders Kompass foi suspenso temporariamente de seu cargo na ONU após vazar documentosDivulgação
"A menina, de sete anos, nos disse que fez sexo oral em soldados franceses em troca de uma garrafa de água e um pacote de biscoitos."
O relato da criança citada acima faz parte das muitas denúncias de crimes sexuais cometidos por soldados e funcionários da ONU nos últimos anos. O depoimento foi registado por membros da Comissão de Direitos Humanos da organização, que divulgou este e outros casos em um comunicado elaborado em janeiro.
Na última sexta-feira, um informe foi divulgado como parte de uma nova política de "nomear e envergonhar" os responsáveis. A ONU adotou essa estratégia depois do escândalo envolvendo o abuso de crianças e adolescentes por seus soldados na República Centro-Africana, no ano passado.
O documento, apresentado pelo secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, lista 99 novas denúncias de abuso sexual cometido por soldados e funcionários da organização em missões internacionais em 2015, o que reflete uma alta em relação aos 80 casos registrados em 2014.
Dos 99 casos denunciados em 2015, 69 foram de abusos cometidos por soldados em missões de paz e 30 por funcionários da ONU em outros setores.

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E pela primeira vez foi divulgada a lista de países onde ocorreram as denúncias: Alemanha, Burundi, Gana, Senegal, Eslováquia, Madagascar, Ruanda, República Democrática do Congo, Burkina Fasso, Camarões, Tanzânia, Níger, Moldávia, Togo, África do Sul, Benin, Nigéria e Gabão.
Também houve acusações em países como o Haiti, devastado por conflito e terremoto
Também foram feitas denúncias contra funcionários de vários países europeus e do Canadá. A maioria dos abusos ocorreu na África, especialmente na República Centro-Africana. Também houve denúncias de exploração sexual no Haiti.
O relatório, porém, foi muito criticado pela ONG Code Blue, que monitora as denúncias contra soldados – os "capacetes azuis" – e funcionários das Nações Unidas.
"O que a ONU fez exatamente diante das mais de 1 mil denúncias de abuso sexual contra seus funcionários desde 2007? Debaixo da máscara de que toma alguma providência, o que realmente existe é a inércia", informou a ONG em um comunicado.
Ataques
O relatório da ONU pede que os países dos acusados julguem os culpados em seus tribunais e a criação de um banco de amostras de DNA de seus soldados para facilitar os processos criminais.
Mas, além dessas recomendações, pouca coisa mudou nos locais onde o órgão atua.
A ONG Code Blue acusou a ONU de inércia e de viver em um "universo paralelo de burocracia"
Investigadores da organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch, que visitaram a República Centro-Africana, denunciaram no mês passado a violação ou abuso sexual de pelo menos oito mulheres e meninas.
De acordo com a ONG, os ataques ocorreram entre outubro e dezembro de 2015, mais de um ano depois da eclosão do escândalo de abuso de menores por soldados franceses naquele mesmo país.
Uma adolescente de 14 anos falou com a Human Rights Watch:
"Eu passava pela base da Minusca (a missão da ONU no país) no aeroporto quando me atacaram. Os soldados estavam armados. Um segurou meus braços enquanto outro arrancou minha roupa. Jogaram-me em um pasto, e, enquanto um me segurava, outro me estuprou."
Outra jovem de 18 anos afirmou ter sido estuprada quando foi pedir comida na base dos soldados da ONU na República Democrática do Congo.
"Três homens armados se jogaram em cima de mim e disseram que me matariam se eu os denunciasse. Todos eles me estupraram", disse a jovem.
Vazamento de informações
Em dezembro de 2015, um painel independente acusou as Nações Unidas de negligência grave ao lidar com as denúncias de abuso sexual por parte de soldados e funcionários em suas missões.
O painel criticou bastante o fato de a ONU não tomar providências diante de um catálogo de denúncias, especialmente as de exploração sexual por parte de soldados franceses na República Centro-Africana.
Alto comissário para direitos humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein reconheceu em 2015 que a ONU demorou para passar informações a promotores na França
O general Romeo Dallaire, ex-comandante das tropas da organização em Ruanda durante o genocídio ocorrido em 1994, disse em 2015 que as denúncias de abuso de menores na República Centro-Africana lhe causava nojo.
— O caso vai totalmente contra a suposta razão pela qual as tropas são enviadas a campo em missão de paz.
As acusações de inércia contra a ONU só chegaram à imprensa internacional depois das revelações de um funcionário da organização, Anders Kompass, que, frustrado diante da falta de ação da instituição, vazou um relatório confidencial sobre denúncias de abuso e o entregou a promotores da França.
Críticas e burocracia
A ONG Code Blue também criticou o comitê de especialistas nomeado pelas Nações Unidas para melhorar sua atuação diante das denúncias de abuso.
Segundo a ONG, o comitê é formado pelos mesmos indivíduos que ocupavam cargos de responsabilidade quando as violações anteriores foram reveladas.
Relatório apresentado por Ban Ki-moon pede criação de banco com amostras de DNA dos soldados
"No universo paralelo da burocracia da ONU, os mesmos personagens que tiveram um papel ativo no fracasso da (missão na) República Centro-Africana agora supervisionam as mudanças para melhorar a situação. Quando as raposas estão encarregadas do galinheiro, o galinheiro está condenado", afirmou a Code Blue.
A ONG lembra ainda em seu comunicado as palavras do painel independente realizado depois do escândalo ocorrido no país africano.
"O fato de que o problema persiste, apesar de inúmeros relatórios de especialistas designados pela ONU nos últimos dez anos, só serve para aumentar a percepção de que a ONU está mais preocupada com a retórica do que com a ação."

noticias.r7.com
06
Nov16

EUA não deram à Rússia nenhuma informação sobre terroristas na Síria

António Garrochinho



O Ministério da Defesa russo emitiu no domingo (6) uma declaração dizendo que Moscou nunca recebeu dos EUA mapas ou coordenadas sobre qualquer organização terrorista na Síria.


"Durante todo este tempo, os EUA nunca cumpriram os compromissos que tinham assumido dentro dos acordos entre os EUA e a Rússia", disse o general russo Igor Konashenkov. "A Rússia não recebeu mapas, coordenadas das instalações ou qualquer outra informação sobre qualquer organização terrorista na Síria, do Daesh à al-Nusra." Comentando a declaração do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano John Kirby sobre a pausa humanitária na Síria, o major-general Igor Konashenkov disse que isso ressalta a diferença de entendimento entre a Rússia e os EUA relativamente à utilidade da pausa. John Kirby disse na sexta-feira (4) que os EUA consideram que os civis em Aleppo não beneficiam da pausa humanitária introduzida pela Rússia.

"Essas declarações mostram que nós e o Departamento de Estado temos um entendimento diferente da 'utilidade' das pausas humanitárias", disse o general Igor Konashenkov.

Ele sublinhou que para a Rússia as pausas humanitárias são antes de mais uma possibilidade de entregar ajuda às pessoas. "Ao longo de toda a operação antiterrorista na Síria, nós estamos prestando uma atenção especial à reconciliação entre as partes em guerra e à entrega de ajuda humanitária aos sírios", disse Konashenkov. "Só nos últimos meses, a Rússia entregou mais de 100 toneladas de produtos indispensáveis a Aleppo — alimentos, remédios e bens de primeira necessidade. Tudo isso era entregue aos civis de Aleppo sem limites, tanto na parte ocidental como oriental. Por sua vez, o Departamento de Estado não entregou uma única migalha de pão aos sírios com quem supostamente se preocupa tanto", destacou o representante do Ministério de Defesa russo. Nesta sexta-feira (4), em Aleppo está em vigor uma pausa humanitária. Estão funcionando seis corredores para a saída de civis da cidade e dois — para a saída de militantes.


Sputniknews

www.marchaverde.com.br

06
Nov16

Qual é o animal mais venenoso do mundo?

António Garrochinho


Não é nem uma cobra, nem um escorpião, é um caramujo chamado Conus geographus...

... um animal curioso que já foi responsável pela morte de 36 pessoas. Saiba mais sobre ele lendo nesse post.

O caramujo Conus geographus é natural do Oceano Pacífico, esse molusco se alimenta principalmente de peixes, por isso precisa de um veneno forte o suficiente para agir rápido sobre sua presa, afinal, os peixes poderiam fugir facilmente de um caracol sem a ação de uma toxina poderosa.

Saiba um pouco mais sobre esse animal assistindo ao vídeo abaixo, narrado em português de Portugal:
VÍDEO


Apenas 0,029 mg de veneno por quilo de massa muscular podem ser suficientes para que o caracol mate um ser humano. E 65% dos casos de picadas são fatais caso a vítima não receba socorro médico. Apesar disso, apenas 36 mortes foram registadas desde 1670.

tudorocha.blogspot.pt
06
Nov16

Kormaran o impressionante katamaran

António Garrochinho

DESTAQUE De catamara a voadeira o Kormaran impressiona 1
Projetar uma embarcação que opera bem em várias configurações sem sacrificar o desempenho foi um objetivo que quem trabalha na indústria buscou incessantemente por anos. Agora, o objetivo foi alcançado.
Criado pela empresa de alta tecnologia austríaca que leva o mesmo nome, o Kormaran é uma espécie de barco voadeira com sete metros de comprimento que assume outras seis configurações com o simples apertar de um botão. O dr. Oliver Kormann, que passou mais de uma década trabalhando na indústria automotiva alemã, usou a experiência adquirida para aperfeiçoar o design e a construção do Kormaran, feito de compósitos e ligas de última geração. As partes de fibra de carbono foram, inclusive, desenvolvidas com a mesma tecnologia de carros de Fórmula 1 e produzidas com o mesmo padrão de qualidade de um carro esportivo de ponta.
De catamara a voadeira o Kormaran impressiona 3
Sua velocidade máxima pode chegar a 44 nós no formato hidrófilo. Dependendo das condições do mar ele pode se transformar em um monocasco, um catamarã ou um trimarã, graças a acionadores controlados eletronicamente que reposiciona os pontões do casco.
De catamara a voadeira o Kormaran impressiona 4
O modo padrão do Kormaran é o de catamarã, mas com a potência de uma lancha. Usando os dois motores do casco, a sensação ao dirigir desta maneira é como se estivesse guiando um conversível, combinado com a agilidade e estabilidade de um catamarã. Ainda existe a opção de instalar motores ainda mais poderosos.
De catamara a voadeira o Kormaran impressiona 5
Às baixas velocidades, o modo trimarã é ativado e é possível deslizar por cima da água de maneira suave e elegante, sempre com uma ótima estabilidade. A facilidade de manobra é aumentada com um modo especial e o Kormaran anda até de lado para facilitar a atracagem. Um ajuste de altura ainda evita que as ondas batam no casco central ou na plataforma e permite a navegação até mesmo em águas mais rasas com os hidrofólios opcionais.
De catamara a voadeira o Kormaran impressiona 6
Esse sistema opcional, por sinal, vem com um terceiro motor que cria um poderoso jato de água central, proporcionando uma experiência única ao se elevar em até um metro acima do nível do mar, se separando do efeito das ondas, fazendo curvas com facilidade sem bater ou espirrar água, por um passeio longo, já que uma redução de até 80% na resistência da água possibilita o percurso de longas distâncias.
De catamara a voadeira o Kormaran impressiona 7
As possibilidades do Kormaran não terminam aí. No Bathing Mode (algo como modo para tomar sol), a embarcação abre uma plataforma de 3,35 metros de comprimento e 12 centímetros de largura das laterais até o seu centro, proporcionando um espaço para deitar e tomar sol.
De catamara a voadeira o Kormaran impressiona 2
No Modo Noturno as luzes vermelhas em LED são ativadas, junto com uma faixa de luz esverdeada, criando um ambiente perfeito para parar e observar as estrelas.
Ganhador de alguns prêmios por inovação, o Kormaran custa US$ 1.5 milhão em uma Primeira Edição Limitada, que pode ser personalizada.

 webnautico.com.br
06
Nov16

Fotografo registra como é a vida na cidade mais fria do mundo

António Garrochinho


Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

Localizada no coração da Sibéria, a aldeia de Oymyakon na Rússia é considerado o lugar habitado mais frio da Terra. Uma temperatura de -90 ° F (-67,7 ° C) foi registada em 1933 - a temperatura mais baixa registada para qualquer local habitado no mundo.

Fotógrafo neozelandês Amos Chapple fez uma visita à aldeia de 500 pessoas e capturou uma série de belas fotografias mostrando como é a vida dentro desta aldeia extrema.

Viajar para a aldeia geralmente envolve uma viagem de dois dias a partir de Yakutsk, uma cidade de 300.000 pessoas que tem temperaturas médias de inverno de -30 ° F (-34 ° C), tornando-a a cidade grande mais fria do mundo.

Moradores de Oymyakon lidam com desafios especiais que a maioria das pessoas de outros lugares do mundo não podem imaginar: há muito pouca água encanada devido ao terreno congelado, veículos automóveis são deixados em garagens aquecidas e devem ser continuamente ligados para não congelar, carne é o alimento principal devido à incapacidade da área para o cultivo.

Chapple diz que um dos principais desafios de filmar esse projeto - além da duradouro e do feroz frio do lugar - estava em operar sua câmera. As temperaturas eram tão frias que o foco e o zoom dos anéis de seus lente, às vezes, ficavam congelados no lugar.

Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

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Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple

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Oymyakon  a cidade mais fria do mundo nas fotos de Amos Chapple
marteeparaosfracos.blogspot.pt

06
Nov16

Milícias saem às ruas no dia 8 e prometem guerra se Trump perder

António Garrochinho


Membros dos Oath Keepers numa sessão de treino  |   




Alguns grupos paramilitares estarão a monitorizar assembleias de voto para impedir as fraudes que o republicano tem denunciado.

Se Hillary Clinton vencer as presidenciais de terça-feira, Chris Hill e os membros da Three Percent Security Force prometem uma marcha armada nas ruas de Washington. À iniciativa da milícia da Geórgia junta-se a de um outro grupo paramilitar anti-governo, os Oath Keepers, que se propõe ter membros junto às assembleias de voto para evitar as fraudes que o republicano Donald Trump tem vindo a denunciar. Com as sondagens a darem os dois candidatos praticamente empatados, crescem os receios de violência entre vigilantes armados e apoiantes da ex-primeira dama ou de confrontos com as autoridades.

A própria campanha de Trump tem desde agosto estado a pedir voluntários para atuarem como "observadores" no dia das eleições. "Ajudem-me a impedir a "Hillary Corrupta" de roubar estas eleições", pediam.

Mas não estamos a falar de uns voluntários comuns. Trata-se de homens armados, muitos deles antigos polícias ou militares na reserva. E até têm um nome de código para a missão de vigilância nas assembleias de voto: Operação Tamanco 2016. Os cerca de 30 mil membros dos Oath Keepers receberam instruções para se misturarem com os eleitores e tentar juntar provas de que houve fraude. Numa mensagem a que o The Guardian teve acesso, Stewart Rhodes, um dos dirigentes do grupo, explica que para tal, os seus homens podem ter de "usar uma T-shirt do Bob Marley, com uma folha de marijuana, os símbolo da paz ou a cara de Che Guevara". As instruções incluíam ainda a recomendação para não levarem as armas à vista.




Chris Hill, o fundador da Three Percent Security Force (assim chamada porque os seus membros acreditam que apenas 3% da população dos EUA combateu na Guerra de Independência contra os britânicos), também garante que os seus homens nunca irão disparar o primeiro tiro. Mas afirma estarem preparados para se defender.

Um dos grandes receios dos vários grupos paramilitares de direita e neonazis é que Hillary Clinton, se chegar à Casa Branca, se apresse a tornar a lei de posse de armas mais restritiva. "Oito anos de Obama foram maus, mas a caça às armas vai ficar muito pior se Hillary for eleita", garantiu Chris Hill ao New York Times. Vestido com um camuflado e de pistola Smith & Wesson calibre .40 à cintura, este homem de barba loura que dá pelo nome de código Blood Agent (agente de sangue) acredita que Trump é mesmo capaz de tornar a América grande outra vez, como reza o seu slogan de campanha. Uma América que Hill imagina como um sítio onde o aborto é ilegal, há aulas de cristianismo nas escolas e os imigrantes não vêm "roubar os empregos" aos americanos.

Com as eleições a chegar, Trump conta com o apoio da larga maioria dos eleitores deste sul profundo, onde uma população branca, rural e de classe média se revê na sua mensagem. Com a sua retórica incendiária, o republicano veio dar nova legitimidade a algumas ideias destes grupos armados, que defendem o direito a questionar as leis. Afinal, nos últimos meses, o republicano prometeu expulsar 11 milhões de ilegais dos EUA, banir a entrada de muçulmanos no país e construir um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes. E até chegou a vangloriar-se que "mesmo que desse um tiro a alguém em plena Quinta Avenida", os seus apoiantes não deixariam de votar nele. "Antes desta campanha, estas ideias estavam relegadas para uma franja da política americana. Agora foram legitimadas", explicou à Reuters Ryan Lenz, do Southern Poverty Law Center.

A defesa da violência entrou mesmo na política mainstream. "Se Trump perder, vou agarrar no meu mosquete", escreveu no Twitter o congressista do Illinois Joe Walsh na semana passada. Pela mesma altura, o comentador conservador Wayne Root confessava num comício de Trump no Nevada ter sonhado ver Hillary Clinton morta. Na apresentação do republicano, Root referiu-se à multidão que o ouvia como "os guerreiros de Trump" envolvidos "numa revolução popular". E em caso de vitória da ex-primeira dama prometeu que "os americanos de classe média, cristãos, proprietários de armas, pequenos empresários, veteranos e contribuintes", vão tomar a capital com "forquilhas, martelos pneumáticos e tochas".


Com os estados da América profunda pintados de vermelho republicano no mapa das intenções de voto, Trump concentra-se este fim de semana nos chamados swing states - estados que oscilam entre a direita e a esquerda, acabando por definir quem vence as presidenciais. Depois da Pensilvânia na sexta-feira à noite, ontem o milionário esteve na Florida, a tentar conquistar algum do voto hispânico que lhe escapa em grande parte. Hillary Clinton também está na estrada. A candidata democrata teve de multiplicar as ações de campanha quando as sondagens começaram a mostrar que a liderança que fechou a ter há umas semanas se esfumou nos últimos dias. Sobretudo em estados como o Ohio, que chegou a pender para o azul democrata, mas está agora cada vez mais laranja avermelhado.


Desde os anos 90

Os grupos paramilitares armados ganharam protagonismo nos anos 1990 nos Estados Unidos, alimentados pelos conflitos em Ruby Ridge, no estado do Idaho, e Waco, no Texas. A tensão culminou quando Timothy McVeigh, um simpatizante de uma dessas milícias, colocou uma bomba num edifício federal em Oklahoma City, tendo feito 168 mortos.

Nos anos seguintes, o número de milícias e seus simpatizantes diminuiu, mas nos oito anos de presidência de Barack Obama voltaram a aumentar de forma exponencial. Muito por receio que o presidente democrata viesse a limitar o acesso às armas - uma questão que se volta a colocar depois de cada tiroteio nos EUA - e reduzisse os poderes aos governos locais.



Segundo o Southern Poverty Law Center, que estuda a atividade de grupos extremistas, em 2015 existiam 276 milícias ativas nos Estados Unidos. Em 2008 eram 42. Recentemente, alguns destes grupos armados envolveram-se em confrontos com as autoridades devido a disputas pela posse de terras. Um dos casos mais mediáticos teve lugar no Oregon no início deste ano, quando uma milícia ocupou a reserva natural de Malheur durante mais de um mês. O seu líder, Ammon Bundy, acabou por ser detido quando o carro em que seguiu foi mandado parar pelo FBI. O facto de Bundy e seis outros membros do grupo armado terem sido ilibados pelo tribunal em finais de outubro, leva as autoridades a temerem novos episódios de violência.

www.dn.pt

06
Nov16

Quando a tripulação desse barco percebeu que era aquilo mesmo o que estavam vendo, já era tarde demais para escapar…

António Garrochinho


Vivemos em um mundo perigoso. As coisas mais incríveis e estranhas podem acontecer em qualquer lugar quando menos se espera. E não é muito difícil nos vermos vencidos pelos fenômenos ou acontecimentos que ocorrem, não podendo fazer muito para nos defendermos ou nos mantermos a salvo. Agora, imagine fazer parte da tripulação de um barco que navega no meio do oceano. Se alguma coisa acontecer, não há quase nenhuma escapatória ou chance de sobreviver. Mas o que aconteceu com a tripulação de que falamos neste artigo foi muito estranho, e aconteceu tão rápido, que eles quase perderam a vida.
Estes homens que vemos no barco viram algo estranho e incomum, como uma descoloração da água. Cheios de curiosidade, resolveram investigar o que estava acontecendo lá. Você não pode culpá-los por serem muito curiosos, já que a natureza humana é curiosa, como a dos leitores desta página. Continue lendo para conhecer a história desses aventureiros e não se esqueça de clicar em “Página Seguinte” para continuar.
 
 
De longe, parecia um banco de areia, mas conforme iam chegando mais perto, perceberam que era impossível que se tratasse disso. Parecia mais uma pedra pomes gigante flutuando na superfície da água. Era quase como se houvesse uma praia em metade do oceano, e por isso levaram o barco nessa direção para poder observar melhor.
Era extremamente estranho que houvesse areia flutuando na superfície da água. A tripulação tentou navegar no meio da areia, mas não era fácil como pensavam. Não era algo que se pode ver todos os dias. Até os mais experientes em navegação estavam perplexos.
 
Navegar pela lama foi bastante fantástico para os membros da tripulação, porque a superfície arenosa ia aumentando conforme iam avançando nela. Depois de um tempo, todos começaram a ficar muito nervosos. Então decidiram sair de lá, aumentando a velocidade do barco.
Uma vez que já tinham escapado do estranho cenário e haviam abandonado o terreno arenoso, a tripulação ouviu um forte ruído que vinha de onde eles tinham saído, e então viraram-se para trás. Quando olharam, viram numerosas bolhas que estouravam na superfície da água. De onde vinham essas bolhas? Quem ou o que as criava?
Esses jovens deveriam estar muito agradecidos por terem saído rapidamente daquele lugar. Descobriram em sua fuga que todo aquele cenário era um vulcão a ponto de entrar em erupção! Mesmo sabendo que conseguiram escapar com vida, tiveram muita sorte por ver esta erupção com seus próprios olhos…
Esta é uma das maravilhas da natureza mais belas que se pode contemplar. É uma aventura da qual muitas pessoas teriam inveja, já que é algo realmente espetacular e especial…
 
A erupção era impressionante e toda a fumaça começou a subir pelo ar. Um tempo depois, a fumaça toda ficou mais clara e a tripulação percebeu que algo estava surgindo na superfície da água. Quando olharam com atenção, não conseguiram acreditar no que seus olhos viam…
Não podiam acreditar que poderiam presenciar uma nova formação de terra surgindo no meio da água, diante de seus narizes. Uma nova ilha havia sido criada! Não conseguiam acreditar em sua descoberta!
Via: highrated

vivimetaliun.wordpress.com
06
Nov16

Suíça apreende carros de luxo do vice-presidente da Guiné Equatorial

António Garrochinho
LAURENT GILLIERON/EPA

Teodorin Obiang Nguema, o filho do Presidente, que em junho foi promovido à vice-presidência, está a ser investigado por corrupção e lavagem de dinheiro

Um Bugatti Veyron no valor de 1,8 milhões de euros, um Porsche de cerca de 748 mil e dois Ferrari encontram-se entre os 11 carros de luxo do vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodorin Obiang Nguema, apreendidos esta semana pelas autoridades suíças no âmbito de uma investigação preliminar sobre suposta corrupção e lavagem de dinheiro.
Os procuradores de Genebra indicam que usou dinheiro do seu país vindo da exploração de petróleo para adquirir bens de luxo, entre os quais se encontram também um jato privado e artigos que pertenceram a Michael Jackson.
As investigações a decorrerem na Suíça estão relacionadas com o processo existente na vizinha França, onde será julgado no ano que vem por acusações similares. Teodorin está contudo a contestar as acusações num tribunal das Nações Unidas e não deverá comparecer no seu julgamento em França
Filho do Presidente Teodoro Obiang Nguema, Teodorin, de 47 anos, foi promovido a vice-presidente em junho.
Apesar de não ser um país de língua oficial portuguesa, Quiné Equatorial é membro da CPLP desde 2014. A adesão do país à comunidade tem sido também contestada devido ao seu desrespeito pelos direitos humanos e pela aplicação da pena de morte.

expresso.sapo.pt

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