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Nov16
NISTO É QUE ELES SÃO BONS ! - Último grito da tecnologia militar dos EUA: um tiro custa 800.000 dólares
António Garrochinho
O contratorpedeiro USS Zumwalt, com os seus dois canhões principais, pode consumir num minuto munições no valor de 16 milhões de dólares - 20 projécteis, à razão de 800.000 por cada tiro.
O navio é descrito como o maior destroyer do mundo, com os seus 183 metros de comprimento e as suas 15.000 toneladas de arqueação. Estreou-se ao serviço da marinha de guerra norte-americana em Outubro, e os dois canhões principais ainda estão "em desenvolvimento".
Mas, mal foi lançado à água, já o Zumwalt se depara com um problema: segundo fontes da marinha citadas no site especializado Defense News, o Pentágono mandou suspender o desenvolvimento do Advanced Gun System (AGS) dos dois canhões, por ter percebido que lhe sairia cara a brincadeira e que não haveria orçamento que a sustentasse. Instados a comentar, os porta-vozes da marinha mantiveram o silêncio.
Um dos factores que tornaram os custos incomportáveis foi a redução dos planos megalómanos concebidos nos anos 1990. Nessa altura, o Pentágono planeou construir uma frota de 32 navios idênticos ao Zumwalt. Como isso custaria uma exorbitância, em 2001 reduziu os planos à construção de apenas três - dos quais o Zumwalt é o primeiro.
Com isto poupou muito dinheiro - mas, com a perda das economias de escala, elevou exponencialmente o custo unitário de cada navio e de cada uma das suas componentes. Os três custam muito menos do que os 32, mas cada um deles custa muito mais do que teria custado cada um dos 32.
A ideia inicial era ter as peças capacitadas para visarem alvos até uma distância de 120 quilómetros - a maior distância que algum vaso de guerra norte-americano consegue visar. Os projécteis de 155 mm, designados como LRLAP (Long Range Land Attack Projectile), pesam 100 quilogramas cada um e medem 2,20 metros. Ao serem disparados, seguiriam como todos os projécteis convencionais uma curva balística determinada por diversos factores (impulso, peso, etc.) e, ao aproximarem-se do alvo, começariam a ser guiados por um sistema GPS.
O fabricante é a conhecida multinacional do ramo militar Lockheed Martin, que propagandeia a precisão deste sistema de artilharia naval como especialmente adequada à intervenção em lutas de rua em cidades costeiras.
Aparentemente, a marinha orienta-se agora para instalar no navio sistemas de lançamento de mísseis que, sendo pouco mais caros, são muito mais avançados do ponto de vista da sua tecnologia do que os canhões.
Mas, mal foi lançado à água, já o Zumwalt se depara com um problema: segundo fontes da marinha citadas no site especializado Defense News, o Pentágono mandou suspender o desenvolvimento do Advanced Gun System (AGS) dos dois canhões, por ter percebido que lhe sairia cara a brincadeira e que não haveria orçamento que a sustentasse. Instados a comentar, os porta-vozes da marinha mantiveram o silêncio.
Um dos factores que tornaram os custos incomportáveis foi a redução dos planos megalómanos concebidos nos anos 1990. Nessa altura, o Pentágono planeou construir uma frota de 32 navios idênticos ao Zumwalt. Como isso custaria uma exorbitância, em 2001 reduziu os planos à construção de apenas três - dos quais o Zumwalt é o primeiro.
Com isto poupou muito dinheiro - mas, com a perda das economias de escala, elevou exponencialmente o custo unitário de cada navio e de cada uma das suas componentes. Os três custam muito menos do que os 32, mas cada um deles custa muito mais do que teria custado cada um dos 32.
A ideia inicial era ter as peças capacitadas para visarem alvos até uma distância de 120 quilómetros - a maior distância que algum vaso de guerra norte-americano consegue visar. Os projécteis de 155 mm, designados como LRLAP (Long Range Land Attack Projectile), pesam 100 quilogramas cada um e medem 2,20 metros. Ao serem disparados, seguiriam como todos os projécteis convencionais uma curva balística determinada por diversos factores (impulso, peso, etc.) e, ao aproximarem-se do alvo, começariam a ser guiados por um sistema GPS.
O fabricante é a conhecida multinacional do ramo militar Lockheed Martin, que propagandeia a precisão deste sistema de artilharia naval como especialmente adequada à intervenção em lutas de rua em cidades costeiras.
Aparentemente, a marinha orienta-se agora para instalar no navio sistemas de lançamento de mísseis que, sendo pouco mais caros, são muito mais avançados do ponto de vista da sua tecnologia do que os canhões.