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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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24
Nov16

Lenin - o revolucionário discreto Intelectual por excelência, o líder da Revolução Russa mudou o curso do mundo no século XX

António Garrochinho




Lenin, durante uma entrevista em Moscovo pouco antes de sua morte, ocorrida em 1924
A vida de Lenin apenas no final marcada por alguns anos cintilantes de Vladimir Ilitch Ulianov, que marcou seu nome na ´história com Lenin, filósofo, polemista e revolucionário de gabinete, um dia consagrado Czar. Durante 40 anos - de aproximadamente 1877, quando tinha 17 anos e tomou partido do marxismo contra os antigos regimes até 1917, quando foi chamado para dar " o último golpe" contra a dinastia dos Romanov -, sua existência se resume a uma única imagem: o homem que permanece sentado rascunhando enquanto sua companheira, Nadjeda Krupskaia, organiza fichas.



Aos 20 anos, Lenin já era o que seria 40 anos mais tarde: a aparência envelhecida, a silhueta magra e pequena, o paletó lustroso nos cotovelos, as botinas gastas, a cabeça grande demais para ombros tão estreitos, a fronte ossuda e os olhos mongólicos. Ele tinha crises de riso nervoso e uma voz rouca, cortando as sílabas e cindindo as frases. Sofria de uma timidez prodigiosa, que só superava por uma energia prodigiosa. E, para completar, Lenin, no início de sua carreira política, ainda era ofuscado por um combatente brilhante. Fazia-lhe sombra seu irmão Alexandre, "Sacha", quatro anos mais velho, um personagem surpreendente, que organizou um atentado contra o czar, mas foi preso antes de realizar seu intento. Julgado, foi condenado à morte e enforcado aos 23 anos de idade.












Lenin - que nasceu em 22 de abril de 1870, o quarto filho entre os seis do casal llia Ulianov e Maria Alexandrovna Blank - era taciturno perto de Georgi Valentinovitch Plekhanov, intérprete inconteste do marxismo durante longas estações e papa respeitado do socialismo russo. Da mesma forma parecia, perto do jovem Lev Davidovitch Bronstein, a quem chamavam Leon Trotski, e que, com um gênio excepcional e um talento para a história, organizou o supremo combate contra os palácios imperiais, depois forjou o Exército Vermelho. Sua companheira, Krupskaia, também era taciturna. À época do casamento, durante o exílio a que ele foi forçado na Sibéria, ela completara os 27 anos de idade - um a mais que o marido. Filha da pequena nobreza arruinada, ela e a mãe precisaram alugar quartos para sobreviver. Krupskaia foi apresentada a Lenin em 1893, em Okhta, em meio a uma festa, numa noite de carnaval. Foi tomada de admiração por aquele "revolucionário muito culto", autor de uma notável Discussão entre um social-democrata e um populista, inimigo dos hipócritas gentis e irmão de Alexandre Ulianov, que fora enforcado.

Lenin, que resistia a outro envolvimento amoroso porque não queria que nada o distraísse da revolução, sentiu-se à vontade diante dessa intelectual enérgica, professora na escola do bairro Smolensk, em Petrogrado e dirigente de círculos operários na periferia da porta Nevski. Seguro de sua dedicação à causa popular e de seu incontestável talento para reunir artigos e fichários, ele a contratou como sua secretária particular. Ela era taciturna, robusta, com gestos lentos e o rosto redondo e plácido, segura de si, os lábios grossos que mal sorriam.
Krupskaia foi sempre, mais do que esposa, mãe e irmã para Lenin. Eles se irmanavam no culto revolucionário, no ódio ao czarismo, na guerra contra a injustiça, na certeza de que "o primeiro inimigo é a burguesia". Ficava maravilhada ao observar o interesse dele pelo menor detalhe que fosse da vida operária, no afã de reunir tudo o que lhe rendesse uma visão do conjunto do cotidiano proletário, de maneira a descobrir "o melhor ponto pelo qual a propaganda revolucionária podia penetrar".

Lenin, por sua vez, ficou satisfeito ao encontrar alguém que cuidasse dele. Quando criança e jovem, foi sempre coberto de pequenos cuidados pela mãe, Kaia, e os mimos adoráveis continuavam. Além disso, sendo Krupskaia a melhor secretária do mundo, tornou-se para ele indispensável. Sempre esteve ao lado dele, até a morte. 

Uma única pessoa esteve perto de abalar essa tranqüila relação: a ardente Inês Armand, de rosto lindo e luminoso, durante seu exílio em Paris, principalmente nos anos 1909 e 1910. Ela era filha de uma atriz com um cantor de ópera. Criada por uma tia em Moscou, Inês Armand falava francês, inglês, russo e alemão. Ao piano, ela interpretava, diziam alguns, Chopin, Bach, Mozart. Chegou à revolução movida por uma extrema piedade pela condição operária, apesar de ser casada com um homem da alta burguesia. Tornou-se bolchevique lendo a obra de Lenin.

Nenhuma grande provação
Lenin passou a apreciar de forma mais do que racional aquele ser excepcional, que sabia aliar beleza e inteligência, energia e charme, sentido estético e dialética revolucionária. Krupskaia teve de lançar mão de toda sua paciência para contornar o problema. Passada a crise, a união do casal retomou toda a força. "Nosso casamento é um verdadeiro casamento pequeno-burguês", admitiu Lenin. O que importava mesmo era dedicar-se ao trabalho, à revolução. O único descanso autorizado pela dialética foi, em Paris, pedalar aos domingos nos campos da Île-de-France, ou, na Suíça, sair alguns dias, com uma mochila, pelas montanhas. Lenin parece velho tão precocemente que, aos 24 anos, os revolucionários do exílio o apelidaram de Stark, o Antigo. Foi, talvez, essa velhice que o preservou das tempestades vãs.
Além de não fazer questão de ser um herói, Lenin desprezava tudo o que pudesse levar a crer que o fosse. Ele nunca passou nenhuma provação terrível, coisa que, aliás, enfatizou cruamente. Preso em dezembro de 1895 por ter publicado um jornal subversivo, A causa dos trabalhadores, depois de passar um ano numa prisão de Petrogrado, escreveu francamente à irmã: "Pena já nos relaxarem, gostaria de terminar meus trabalhos". Repetiu essa mesma expressão muitas vezes. As prisões czaristas estavam, pois, longe de prefigurar um inferno. Os detentos políticos podiam ler à vontade, escrever o que queriam e até se dedicar a pesquisas eruditas. O jovem Ulianov não se privou de nada disso. Jamais se queixou das condições em que permaneceu encarcerado. Ao contrário, dizia à mãe: "Tenho tudo de que preciso e até mais". Naquele período, ele pôde dividir bem seu tempo entre os cuidados com o físico, o estudo de línguas e o trabalho; recebia tantas guloseimas e presentes que podia sonhar em "desbancar a cantina oficial".

Os três anos de exílio na Sibéria não foram mais severos: tendo chegado em maio de 1897 à sua residência forçada, em Chuchenskoie, Lenin escreveu que em casa sempre dormia "esplendidamente todas as noites". Descrevia a região como salubre e agradável; "o ar é bom, fácil de respirar", eis por que o lugar era chamado de "Itália siberiana". Ele dispunha de um quarto confortável numa casa campestre limpa. Os camponeses que o alojavam tinham todo o cuidado ao preparar suas refeições, lavar e arrumar suas roupas.

Abastecido de livros e documentos por Krupskaia, podia tranqüilamente continuar redigindo "tratados, artigos, obras". Traduziu em ritmo lento A teoria e a prática dos sindicatos ingleses, de Sydney e Beatriz Webb; recebia uma mensalidade do Estado para suas despesas pessoais; podia caçar em qualquer recanto da província, livremente. Comemorava Natal e Páscoa em companhia de outros exilados, fazia longos passeios aos arredores com seus novos amigos, entre os quais se incluía um operário finlandês.

Quando também Krupskaia foi presa, Lenin conseguiu sem dificuldades que, em vez ser exilada no norte da Rússia, como previsto pelas autoridades imperiais, ela fosse enviada a Chuchenskoie, para "encontrar seu noivo". Ao juntar-se a ele, veio acompanhada da mãe, Elisabeth Vassilievna, que permaneceu junto do casal por longos anos, encarregando-se de cozinhar. Krupskaia trouxe uma coleção inacreditável de livros, jornais, dicionários e gramáticas, mas também não esquecera de incluir na bagagem o chapéu de palha de Vladimir, um jogo de xadrez e um paletó de couro para a caça. Ao vê-lo, a futura sogra comentou, surpresa: "Meu Deus, como você engordou".
O casamento, muito burguês e ritual, foi celebrado em julho, e eles já começaram a trabalhar juntos, em especial na polêmica contra Edouard Bernstein (executor testamenteiro de Friedrich Engels, morto em 1895, que pretendeu "revisar", "modernizar" o marxismo), e a preparar a edição de um poderoso jornal socialista em toda a Rússia. Enfim, as cenas desse período são opostas às de uma prisão. Quando Lenin deixou Chuchenskoie, saiu vestido com um belo casaco de pele e equipado com uma valise suntuosa. 

A persistente propaganda

Como Lenin não gostava do confronto direto e físico, evitava militar no território da Rússia, como fez, na mesma época, um terrorista da Geórgia, nove anos mais novo do que ele. Tratava-se de Iossif Vissarionovitch Djougatchvili, que preferia ser chamado de Koba - alguém que a história registraria como Stalin. Aos riscos da vida clandestina, Lenin preferiu a tranqüilidade do exílio: Paris ou Londres, Munique ou Lausanne. Ele se petrificara sob a segurança e a silhueta de um simples funcionário que ninguém notava; de terno sempre escuro; bem barbeado, de bigodes caídos e olhos semicerrados. Funcionário do Marxismo e Cia. Taciturno, sempre taciturno. Fiel a esse estilo, preparou a revolução considerada como a mais espetacular de todos os tempos, com atividades de gabinete: escrevia, rascunhava, rasurava. Nada de heroísmo nem de equipe, em momento algum.

Ora lembra o rato de biblioteca, gordo e de dentes afiados, que rói pacientemente a casa, ora a aranha tecendo a teia. Muito cedo, unidades do jornal socialista Iskra, que ele dirigia, foram criadas na Europa e em toda a Rússia; imprensas socialistas de inspiração leninista surgiram em Petrogrado, Bakou, Novgorod. Redes clandestinas eram pacientemente organizadas para encaminhar o correio entre o exílio e a clandestinidade: Toulon-Alexandria-Odessa ou Anvers-Estocolmo-Vilna; refúgios para os siberianos foragidos foram instalados nas principais capitais européias. 

Grandes chefes socialistas, como Axelrode Pavel e Yuli Osipovich Martov, tinham de passar por seu intermédio para se corresponder com as células do Cáucaso, da Sibéria e da Rússia Branca. Ele pusera em funcionamento um vasto e eficaz aparelho que seria fundamental nos momentos históricos. Enquanto aguardava o tempo certo para a ação, contribuía poderosamente para expandir, com palavras de ordem, sua lenda de pai da revolução.
Há momentos em que lembra a formiga. Como no texto: "Eu afirmo: que nenhum movimento pode ser duradouro sem uma organização estável de chefes para manter-lhe a continuidade; que quanto mais as massas estiverem integradas na luta para constituir a base do movimento, mais é necessário ter tal organização e esta deve ser estável; que a organização deve ser composta essencialmente de pessoas que fazem da revolução um trabalho; que, num país de governo despótico, quanto mais limitarmos os membros dessa organização àqueles que fazem da revolução um trabalho... mais difícil será descobrir essa organização e maior será o círculo de homens e de mulheres pertencentes à classe operária ou às outras classes da sociedade em condições de ligar o movimento e de executar um trabalho ativo".

Uma formiga não esquece, principalmente, de acumular provisões. Lenin monopolizava todas as cotizações. Enquanto, para sobreviver, Georgi Valentinovitch Plekhanov precisava copiar endereços, Axelrode Pavel vender iogurtes, Leon Trotski fazer trabalhos artesanais, ele só podia se apoiar no movimento, portanto no sucesso da revolução. O segredo era a repetição, marcada pelo apelido magnético, descoberto em Londres no final de 1901, e formado, por contração, a partir de um primeiro apelido. Iliine, por sua vez resultante da junção de Ilitch e Ulian, derivado de Ulianov. A consolidação desse nome aconteceu de uma forma rígida, insistente, monótona, como uma ladainha. Por trás dos golpes mil vezes desferidos pelas mesmas palavras, um estilo, portanto, encontra-se sempre a mesma mão, o mesmo cérebro, o mesmo sistema e a mesma irresistível atração.

A revolução bolchevista, sob a luz dos ideais marxistas, foi a grande vitória desse rato, dessa aranha e dessa formiga. Ele mesmo, petrificado pela Medusa de seu sucesso, no dia em que a vitória foi consagrada, em Petrogrado, murmurou a Trotski: "Estou com a cabeça girando!" É possível, afinal ele tinha diante dos olhos o inacreditável. Da mesma forma, parecia sobretudo incrível que chegasse ao poder, antes trono, de uma das mais potentes autocracias de todos os tempos aquele homem de aparência modesta, a boca amarga, sacudido cada vez mais por um riso nervoso sempre mais difícil de reprimir, ainda que tivesse mostrado uma inigualável perseverança e uma incomparável paciência.

 Lenin transferiu a capital de Petrogrado para Moscou e viveu no Kremlin. Escolheu um aposento antes ocupado por um serviçal. Tinha uma empregada, Olympiada Jouraslova, ex-operária de fundição, sob a justificativa de que era dotada de um "poderoso instinto proletário". Ele se instalara num escritório estritamente funcional, sem cortinas, desprovido do luxo característico dos que os capitalistas ocupavam. Trabalhava diante de um móvel rústico, lotado de documentos e dossiês, muitas vezes também empilhados numa simples poltrona de junco. A rudimentar decoração se completava com um singelo aquecedor a carvão, um pequeno cartão dos confins russo-turcos e, numa parede, o retrato de Marx. Ele proibiu que expusessem sua foto pelo Kremlin. Quando ia ao barbeiro para cortar os cabelos, jamais passava na frente de ninguém. Fazia questão de esperar sua vez. Durante o inverno rigoroso de 1917-1918, ficou sem aquecimento, como todos os moscovitas: "Não tem mais madeira; eu também preciso fazer economia".

Ele sentia frio nos pés, mas não queria pele de urso - um simples feltro lhe bastava. Usava cotidianamente um de seus casacos mais velhos de emigrado. A mente pura, a razão pura deveriam permanecer despojadas. Assim foram Oliver Cromwell e Maximilien Robespierre. Lenin, o dialético, era dessa mesma linhagem. Passava as noites trabalhando em seus dossiês, redigindo notas sobre diferentes temas, para orientar seus ministros. Em quatro anos, ele foi algumas vezes ao teatro, mesmo assim com escolha a dedo das peças: Ralé, de Gorki, cujos exageros apreciava; Tio Vania, de Tchekhov, que ele conhecia; e O grilo da lareira, de Dickens, que achava muito burguês.

Nunca passava pela porta do Teatro Bolchoi, pois detestava vislumbrar aqueles sinais exteriores de opulência. Tampouco se dava ao trabalho de comparecer a exposições de pinturas futuristas, arte que denunciava como portadora de um espírito de degradação. Lenin só encontrava trégua na leitura, ao reler seu caro Leon Tolstoi, reencontrar Nicolas Nekrassov, professor de sua juventude, ou descobrir, com A alegria de viver, um certo Emile Zola, que imediatamente passou a ser um de seus escritores favoritos.

O poder, numa Rússia em desespero, consistia em pegar certas teorias no contrapé. Em política internacional, como na interna, o grande sonho só se realizava sob as máscaras. E foi em meio a uma grande tristeza que uma doença obscura atingiu o velho lutador. Do final de 1921 ao início de 1924, ele permaneceu semiparalisado, freqüentemente incapaz de falar, vítima de vômitos incessantes e de terríveis dores de cabeça. Cercado de mulheres que se tornaram também enfermeiras - Krupskaia, Maria, sua irmã e quatro secretárias - ele teve de abandonar a sorte da revolução a seus camaradas. Já em setembro de 1922, Stalin havia dito: "Lenin está Kaput" - decretando que o líder estava acabado. Lenin não era mais que uma sombra e assim permaneceria até o final. 


-Tradução de Mônica Cristina Corrêa

Cronologia

1870
22 de abril: nascimento, em Simbirsk

1887
1o de março: atentado contra o czar Alexandre III; entre os terroristas presos estava o irmão mais velho de Lenin, Alexander Ulianov, que foi condenado à morte

1889
Conseguiu graduar-se em direito, pela Universidade de Petrogrado

1895
Fundou a União para a Luta pela Libertação da Classe Operária

1897
Desterro na Sibéria

1900
Primeiro exílio, na Suíça; 21 de dezembro: lançamento do jornal Iskra (A Chama)

1903
Tornou-se o líder dos bolcheviques, no Partido Social-Democrata Russo

1909
Lançou Materialismo e empiriocriticismo

1917
Eclosão e triunfo da Revolução Russa

1918
Sofreu um atentado

1919
Congresso da III Internacional

1922
União das repúblicas socialistas soviéticas

1924
Morte, em Gorki

Advogado e escritor

Lenin nasceu em uma família que cultuava o intelecto; os filhos eram educados com senso de disciplina e amor ao estudo. A partir de 1887, cursou direito, na Universidade de Kazan. Expulso da faculdade por seus ideais, bem mais tarde conseguiu obter a graduação. Profissionalmente atuou como advogado por algum tempo, voltado à defesa de camponeses e operários. A essa atividade mesclava a de organizador de massas, via criação de núcleos de estudo e ação. O desejo de conhecer melhor outras realidades fez com que saísse de seu país em direção à Suíça, Alemanha e França. Ao voltar, foi preso e deportado para a Sibéria. Ao ser libertado optou pelo exílio, na Suíça, onde começou a atividade de editor de jornais para propaganda ideológica. Nessa época, escreveu uma de suas principais obras: O que fazer? Regressou à Rússia depois da revolução de 1905, mas logo teve de voltar ao estrangeiro, fugindo de perseguições. Viveu anos em Paris, nesse segundo exílio, período em que também escreveu muito; com destaque para a obra Materialismo e empiriocriticismo.
- Mirian Ibañez
www2.uol.com.br
24
Nov16

SOCIEDADES SECRETAS

António Garrochinho
Sociedades secretas sempre existiram e sempre existirão. Elas adentram o imaginário das demais pessoas que se perguntam quais segredos elas velam, que tipos de ritos e práticas elas ocultam. Em meio à tantos segredos, surgem várias teorias macabras por trás de sociedades malignas querendo dominar o mundo. O problema é que em alguns casos essas teorias se mostraram verdadeiras.

1ª parte



Illuminatis

[Imagem: The_Illuminati.jpg]

Na cultura popular e no mundo selvagem e estranho das teorias da conspiração, nenhuma organização secreta tornou-se tão conhecida como os Illuminati, que têm feito freqüentes aparições em livros, filmes e televisão. O grupo, como é popularmente entendido é mais ou menos um mito, mas a lenda remonta a uma organização real que existia na Alemanha no final de 1700. Na época, os membros do grupo apresentaram-se como uma ordem de livres pensadores iluministas. A imprensa se virou contra eles, e chegaram a ser considerados por muitos como uma força subterrânea de dissidentes com a intenção de derrubar o governo, e foram mesmo acusados de incitar a Revolução Francesa. O grupo se desfez logo em seguida, mas sua influência se manteve forte, e por anos após a sua dissolução haviam rumores de ainda estar funcionando em algum lugar nas sombras. Há quem diga que a essa sociedade é mais antiga ainda, e que sua real criação remete aos sobreviventes dos Hashshashins (citados acima) que foram para o Ocidente levando seus ensinamentos.

E, mais tarde, (em 1776) foi Adam Weishaupt , um estudante do ocultismo, que renovou essa ordem illuminati, ele estudou os ensinamentos de Hassan I Sabbah , cultivou também marijuana no quintal, através de alguns estudos (e da marijuana também) consegiu a "iluminação" (reparem que pus aspas), fundando a Illuminati, maçonaria, opus dei, nova ordem mundial, majestic 12, thule, nine unknown, conspiração ordem "Os antigos sábios iluminados" da Baviera (Alemanha) no 1º de Maio de 1776.

Graças à sua presença constante na cultura popular, os Illuminati continuaram a ser temidos até hoje. Teóricos da conspiração modernos têm afirmado que o grupo sobreviveu e agora opera como um governo sinistro nas sombras, direcionando a indústria mundial e a política como lhe aprouver. A família Bush, Winston Churchill, e o presidente Barack Obama têm sido nomeados como membros mais proeminentes, mas nenhuma evidência legítima de um grupo nunca foi descoberto. A simbologia Illuminati pode ser vista em vários lugares, como na nota de 1 dólar americano: A pirâmide e o "Olho que tudo vê". Inclusive um desses simbolos, "mariane" a representação da liberdade, que foi usada na revolução francesa (também a mesma da estátua da liberdade) pode ser vista na nossa nota do Real.

Engraçado como quase ninguém para se perguntar: "quem é essa mulher na nota". Illuminati, maçonaria, opus dei, nova ordem mundial, majestic 12, thule, nine unknown, conspiração Há quem diga que Bohemian Grove, um acampamento de 2.700 acres, localizado em Bohemian Avenue 20.601, em Monte Rio, na Califórnia, pertencente a um clube privado de homens sediado em San Francisco conhecido como Bohemian Club, seja um local de encontro dos atuais membros Illuminati. Em meados de Julho de cada ano, o acampamento hospeda por três semanas alguns dos homens mais poderosos do mundo, o que gera mais suspeita ainda.

O que eles fariam lá? Rituais Illuminatis? Decisões globais de uma agenda sinistra? O fato é que essas pessoas do alto escalão foram vistas nesse local praticando rituais no mínimo bizarros. Estariam os teóricos da conspiração certos? Membros famosos Goethe, Ferdinand de Brunswick, Isaac Newton, Leonardo Da Vinci e muitos outros rumores.

Hashshashin - A Ordem dos Assassinos

[Imagem: hashashin_by_zamroniagufan-d581d4b.jpg]

O Hashshashin ou Nizari, éra um grupo de assassinos muçulmanos misteriosos que operavam no Oriente Médio durante o século 13. O grupo era formado por muçulmanos xiitas, que se separou da seita maior e se uniram a fim de estabelecer um estado xiita utópico. Por causa do seu número ser pequeno, o grupo usou táticas de guerrilha em sua luta contra os seus inimigos, incluindo a espionagem, sabotagem e, o mais famoso, o assassinato político. O Hashshashin implantavam agentes altamente treinados dentro de fortalezas inimigas, com instruções para atacar somente no tempo certo. Eles eram conhecidos por sua extrema discrição em minimizar as vítimas civis, bem como a sua propensão para usar camuflagem para intimidar seus alvos. Como diz a história, os líderes inimigos, muitas vezes acordavam de manhã para encontrar uma adaga Hashshashin deitada no seu travesseiro, junto com um bilhete dizendo "você está em nossas mãos." Sua lenda cresceu rapidamente, e antes que os mongóis finalmente destruissem o grupo, eles se tornaram conhecidos como assassinos de aluguel, supostamente realizando trabalhos para os gostos do Rei Ricardo Coração de Leão.

Por volta da época de sua queda, a biblioteca que continha todos os registros Nizari foi destruída, muito do que se sabe sobre eles hoje assumiu o estatuto de mito. As lenda mais controversas centram-se na ideia de que o grupo utilizava drogas e outras substâncias tóxicas, "Hashshashin" traduzido como "usar haxixe", que alguns dizem que foram utilizados pelos membros na batalha. Isto tem sido amplamente desacreditado, mas o termo "Hashshashin", como se refere ao Nizari, se acredita ser a origem da moderna palavra "assassino".

A Sociedade Thule

[Imagem: THULE+SOCIETY.jpg]

Muitas organizações secretas são suspeitas de ter segundas intenções malévolas, mas a Sociedade de Thule é uma das poucas em que essas suspeitas foram comprovadas. O grupo foi oficialmente iniciado na Alemanha logo após o fim da Primeira Guerra Mundial. Tudo começou como uma espécie de grupo de descendência alemã que se envolveu com o ocultismo, mas rapidamente se transformou em uma organização que procurou transmitir a ideologia da raça ariana, e levou uma abordagem aparentemente racista em relação aos judeus e outras minorias. O grupo logo vangloriou-se ter mais de mil membros, e ainda teve seu próprio jornal propaganda. Em 1919, membros da Sociedade Thule formaram uma organização política chamada Partido dos Trabalhadores Alemães. Um jovem chamado Adolf Hitler tornou-se um membro e, eventualmente, assumiu o partido, que mais tarde se tornaria conhecido como Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou Nazi, o partido.

Mesmo antes da Sociedade de Thule tornar-se um veículo para o nazismo, os membros estavam envolvidos em algumas atividades bastante bizarras. O mais estranho foi o fascínio do grupo com a raça ariana, cuja origem eles tentaram localizar a terra mítica de Thule, que os gregos tinham reivindicado ter sido encontrada ao norte da Europa, perto da Islândia e Groenlândia. Além disso, eles realizavam sessões de comunicação com entidades espirituais e interdimensionais (há rumores de que utilizaram-se do conhecimento obtido através dessas comunicações para construir várias das super-armas encontradas em poder dos nazistas na segunda guerra) e realizavam orgias.

Membros famosos - Rudolf Hess, Arthur Rosenberg, Adolf Hitler

A Ordem dos Nove Ângulos (ONA)

[Imagem: nine+angles.jpg]

Order of Nine Angles (ou Ordem dos Nove Ângulos - ONA) é uma organização secreta satanista, formada inicialmente no Reino Unido, tendo se mostrado ao publico em geral nos anos de 1980 e 1990, depois de ter sido mencionada detalhadamente em livros de satanismo fascista. Atualmente, a ONA é organizada em torno de células clandestinas (chamadas de traditional nexions),conhecidas vulgarmente como "tribos sinistras"

A Ordem dos Nove Ângulos foi originalmente formada na Inglaterra em 1960, com a fusão de três templos neopagãos chamados Camlad, The Noctulians, e o Temple of the Sun. Após a emigração do líder original para a Austrália, foi afirmado que David Myatt assumiria a ordem e começaria a escrever os ensinamentos agora publicamente disponíveis da ONA. A ONA tem grupos e associados em diversos paises, como Estados Unidos , Europa, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Rússia, e Islândia.
O autor Nick Ryan afirmou que Anton Long, o autor de obras públicas da ONA, é um pseudônimo de David Myatt, uma pessoa que estava envolvida com o movimento neo-nazista na Inglaterra.

A Ordem postula o Satanismo como uma busca altamente individualizada que visa criar a excelência pessoal e a sabedoria, pela busca de desafios que permitam uma pessoa transcender seus limites físicos e mentais. Ela foi criada para envolver a árdua conquista de auto-domínio e auto-superação nietzschiana., com ênfase no crescimento individual através de atos práticos de risco, destreza e resistência. Os ritos de passagem, muitas vezes ligados à promoção de graduação, incluem viver por três meses de vida áspera em uma floresta desprovida de contato humano, e no pressuposto de que ocupações de difíceis desenvolvem a personalidade e a capacidade de liderança. Isso serve para auxiliar na evolução do indivíduo: " Este novo indivíduo será acirrado, franco, deleitado na exploração e na descoberta de possuir uma atitude essencialmente pagã de se viver. " Isso, por sua vez, levará à transformação da sociedade em uma civilização mais superior, mais refinada.


"O Satanismo é entendido pelos seus adeptos como um verdadeiro ocultismo, por seus métodos especiais. Isso é, um caminho específico em direção a um objetivo específico, que envolve um modo particular de se viver. O caminho específico, ou “ Caminho da mão Esquerda”, é uma meta escura e sinistra, especial para a criação de um novo tipo de indivíduo. Em um nível mais geral, o satanismo está preocupado com a mudança da nossa evolução e das sociedades em que vivemos. - criando, de fato, uma nova espécie humana e de uma civilização adequada a esse novo tipo de ser humano "

Os escritos da ONA toleram e incentivam o sacrifício humano como um meio de eliminar os mais fracos: Anton Long descreve isso como " um contributo para melhorar o parque humano, eliminando os inúteis, os fracos, e os doentes ". Este "abate" não serve apenas um propósito Darwiniano, mas também está ligado à promoção de um novo Aeon: "A mudança necessária significa que deve haver sacrifícios, ou abates coletivos, para que removam os inúteis e os prejudiciais para os mais evoluidos."Assim, o Satanismo verdadeiro, eles afirmam, requer uma viagem no reino do proibido e do ilegal, a fim de fazer contato com a "espera do acausal, das forças sinistras e do cosmos."A presença das energias acausais, através de abate, pretende criar um novo Aeon, cuja energia será usada para criar uma nova civilização.

A ONA tem a sua única ontologia e teologia do satanismo, com base nos axiomas de (1) uma bifurcação da realidade em um continuum do acausal e do causal, e (2) a existência de seres acausais neste continuum causal, sendo um desses seres convencionalmente conhecido como Satanás.

Skull and Bones

[Imagem: skull+and+bones.jpg]

Os Colégios Ivy League são conhecidos por suas muitas sociedades secretas e organizações estudantis, e o "Sull and Bones" de Yale é provavelmente o mais famoso. A sociedade explora novos alunos para a adesão a cada primavera, e o único pré-requisito real para a adesão é que o iniciado seja um líder do campus. Como tal, atletas, membros do conselho estudantil, e os presidentes da fraternidade são muitas vezes considerados. O "Skull and Bones" conta entre os seus membros, o Presidentes dos EUA, senadores e juízes da Suprema Corte, o que levou muitos a argumentar que o grupo funciona como uma espécie de organização clandestina para a elite política de alta potência. Não há como negar que o clube está bem financiado: uma organização de ex-alunos chamado Russell Trust Association financia suas atividades, e o grupo supostamente possui uma ilha no norte de Nova York.


Práticas secretas - Os membros da Skull and Bones já não são mantidos em segredo, mas as suas práticas ainda são. A ordem se reúne duas vezes por semana, mas o que se passa nas suas reuniões nunca foi revelado. Para a decepção dos teóricos da conspiração, os boatos têm vazado são relativamente inócuos. O grupo supostamente participou de uma série de brincadeiras, e já foi até processado pelo presidente da tribo Apache, que reivindicou que os Bonesmen (alcunha pela qual se refem aos membros) estavam na posse do esqueleto de Geronimo (haha esse você já ouviu falar). Além disso, o grupo é conhecido por alegadamente forçar novos membros à contar a sua vida sexual para o resto da sociedade, e de dar apelidos para cada iniciado. Em um rumor amplamente relatado, o Presidente George H. W. Bush seria supostamente conhecido como "Magog", um nome dado ao Bonesman com maior experiência sexual.

Membros famosos- George H.W. Bush, George W. Bush, John Kerry

A Mão Negra

[Imagem: BLACK+HAND.jpg]

A Mão Negra (Black Hand) é uma sociedade secreta de revolucionários políticos anti-imperialistas que foi iniciada na Sérvia em 1912. Foi formado como um braço de Narodna Adbrona, um grupo que procurou unir todos os povos eslavos da Europa sob um único país. Isso exigiu a separação da Sérvia da monarquia da Áustria-Hungria, que anexou o país alguns anos antes. Com isto em mente, o grupo começou a disseminar propaganda anti-austríaca e treinar sabotadores e assassinos para interromper a dominação política no interior da província. O plano era para incitar uma guerra entre a Sérvia e a Áustria, que lhes daria a chance de libertar o seu país e unir as diferentes nações eslavas como um todo.

Práticas secretas.

A Mão Negra seria completamente esquecida hoje se não fosse por seu envolvimento improvável em um dos maiores acontecimentos do século XX. Em 1914, o grupo projetou o assassinato do arquiduque austríaco Franz Ferdinand. O trabalho foi mal planejado, e só foi concluído quando um membro de baixo nível chamado Gavrilo Princip se deparou com o carro do arquiduque e atirou nele à curta distância matando-o. Ainda assim, os resultados do assassínio foram catastróficos. Dentro de dias, Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia, e depois dos aliados de ambos os países entraram na briga, a pequena disputa conseguiu se transformar na Primeira Guerra Mundial. O rescaldo da Primeira Guerra Mundial levou à Segunda Guerra Mundial, e isso levou à Guerra Fria, o que fez da Mão Negra uma das forças mais estranhamente influentes do século XX.

Majestic 12

[Imagem: MJ12.jpg]

Majestic 12 é o suposto codinome de um comitê secreto de cientistas, líderes militares e funcionários do governo, supostamente formado em 1947 por uma ordem executiva do presidente dos EUA, Harry S. Truman. O suposto objetivo do comitê era investigar a atividade Ufológica no rescaldo do incidente de Roswell, o suposto acidente da nave alienígena perto de Roswell, Novo México, em julho de 1947. O Majestic 12 é uma parte importante da teoria da conspiração em que um governo permanente encobriria informações sobre OVNI's. Todos os supostos membros originais do MJ-12 foram notáveis por suas realizações militares, governamentais e/ou científicas, e todos já estavam falecidos quando os documentos vieram à tona.

Os Cavaleiros do Círculo Dourado

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Os Cavaleiros do Círculo de Ouro foram uma sociedade secreta que floresceu nos EUA durante a Guerra Civil americana. No início, o grupo procurou incentivar a anexação do México e as Índias Ocidentais, que acreditava que iria ajudar o comércio de escravos minguante a florescer novamente. Mas uma vez que a guerra civil começou, o grupo mudou seu foco do colonialismo para apoio fervoroso ao governo confederado recém-criado. Os cavaleiros logo tiveram milhares de seguidores, muitos dos quais formaram exércitos de guerrilha e começaram a atacar as fortalezas da União no Ocidente. Nos estados do Norte, a misteriosa ordem tinha um impacto ainda maior. Muitos jornais e figuras públicas envolvidos em caça às bruxas, acusaram supostos simpatizantes do Sul, incluindo o presidente Franklin Pierce, de serem membros dos Cavaleiros do Círculo Dourado.

Diferente da maioria das sociedades secretas, o Círculo Dourado não se preocupava apenas com reuniões clandestinas e planos misteriosos. Em vez disso, o grupo formou exércitos, muitas vezes formados por renegados e bandos de emboscadores, a fim de transmitir a sua agenda pela força. Em 1860, um grupo de cavaleiros fez uma tentativa fracassada de invadir o México. Durante a guerra, eles roubaram diligências e tentaram um bloqueio do porto de San Francisco, e um grupo deles ainda conseguiu rapidamente tomar o controle do sul do Novo México.

Membros Famosos: ohn Wilkes Booth, Jesse James, Franklin Pierce

Os Cavaleiros Templários

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Os Cavaleiros Templários são um braço moderno da Maçonaria e não têm uma ligação direta com o grupo militar religioso original formado no século 12. Seu nome completo é "A União das Ordens Religiosa, Militar e Maçônica do Templo de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta." Seus membros não reivindicam uma conexão direta com o grupo medieval, mas apenas um empréstimo de ideias e símbolos. Para se tornar um membro deste grupo, você já deve ser um cristão Mestre Maçom. Esta organização é distinta, e não apenas um maior grau de Maçonaria. Apesar do aviso geral da Maçonaria de que nenhuma organização maçônica reivindica uma herança direta com os Cavaleiros Templários medievais, certos graus e ordens foram obviamente modelados na ordem medieval. Estes são melhor descritos como "ordens comemorativas" ou graus. No entanto, apesar das negações da fraternidade oficial, alguns maçons, não-maçons, e até mesmo anti-maçons insistem que certos ritos maçônicos ou graus, originalmente tenham influência direta dos Templários.

O Clube Bilderberg

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Os participantes incluíram Ben Bernanke, as famílias reais da Espanha e Holanda, funcionários do Banco Mundial e representantes de grandes corporações

O Clube Bilderberg não é uma sociedade secreta, por si só, mas opera sob um véu de mistério semelhante, o que o tornou assunto de inúmeras teorias da conspiração e críticas. O grupo foi iniciado em 1954, e desde então tem se reunido a cada ano como uma conferência exclusiva de apenas convidados, contando com vários líderes mundiais, capitães da indústria, e os magnatas da mídia. O grupo foi originalmente iniciado como um meio de lidar com um traço de anti-americanismo que se alastrava pela Europa após a Segunda Guerra Mundial, mas ao longo dos anos, parece ter se transformado em uma discussão mais ampla sobre alcançar o entendimento mútuo entre culturas.

O Clube Bilderberg se tornou polêmico por uma razão fundamental: não é permitido imprensa na conferência e não há detalhes significativos sobre os temas discutidos liberados oficialmente para o público. Esse tipo de sigilo, juntamente com a intensa segurança dos locais de reunião, que muitas vezes apresentam guardas armados, policiais e até mesmo aviões de combate patrulhando os céus acima, produziram uma série de teorias da conspiração centradas na conferência. A mais popular é que o grupo tenta orientar a direção da política pública, os mercados financeiros, e meios de comunicação em determinadas direções prescritas de sua escolha, talvez até com o objetivo de formar a chamada "nova ordem mundial". Estas alegações foram deixadas de lado pelo grupo, que diz reivindicar a compreensão global e o fim da proliferação nuclear como seus principais objetivos.

Filhos da Liberdade

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Os Filhos da Liberdade é o nome de um grupo organizado de dissidentes que existia na América antes da Guerra Revolucionária. O grupo não existia como uma sociedade secreta, no sentido tradicional, mas sim, era composto de facções menores de patriotas de todas as colônias que se uniram em prol de um objetivo comum. Quando eles se encontravam, era geralmente em Boston em torno de um Olmo, que desde então se tornou conhecida como a Árvore da Liberdade.

Foi ali que o grupo iria formular a sua resistência, o que incluiu a divulgação de panfletos e até mesmo algumas sabotagem e atividades terroristas. Este comportamento levou a coroa britânica à taxar os Filhos da Liberdade como sediciosos (que se revoltam contra a autoridade), e eram muitas vezes referidos pejorativamente como "Os Filhos da Violência." O grupo é mais notável hoje por ter plantado as sementes da revolução entre os colonos, com o protesto do "Stamp Act", e por cunhar a frase agora famosa "no taxation without representation." Os Filhos da Liberdade, em Boston eram o mais famoso braço do grupo, mas haviam facções espalhadas por toda as 13 colônias. Um grupo em Rhode Island, saquearam e queimaram o navio de comércio britânico Gaspee em protesto contra práticas desleais de comércio. Ainda assim, o mais famoso evento de engedrado pelos Filhos, continua a ser o Boston Tea Party, em 1773, quando membros do grupo se vestiram de índios e despejaram carradas de chá sobretaxados na baía de Boston.

Os Nove Desconhecidos de Ashoka

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Em 1923 no romance de Talbot Mundy chamado Os Nove Desconhecidos, ele propôs uma sociedade secreta fundada pelo imperador indiano Ashoka Maurya por volta de 270 a.C. para proteger e desenvolver o conhecimento, que, se caísse em mãos erradas seria perigoso para a humanidade. Ele confiou nove pessoas para proteger nove livros de conhecimentos secretos. Os nove livros confiadas a estes nove homens se diz conterem informações sobre temas que vão da guerra psicológica, fisiologia, microbiologia, alquimia, comunicação, incluindo a comunicação com dispositivos extraterrestres, gravidade e anti-gravidade, cosmologia, incluindo hiperespaço e viagem no tempo, luz e sociologia. Cada um dos nove é supostamente responsável pela guarda e proteção de um único livro.

Entre os teóricos da conspiração, os nove desconhecidos são frequentemente citados como uma das mais antigas e mais poderosas sociedades secretas do mundo. Excepcionalmente para a subcultura conspiracionista, a imagem do grupo é, em grande parte, embora não totalmente benigna. Teoristas também acreditam que os Nove são uma organização real que está trabalhando para o bem do mundo.

Rosacruzes

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Fundada por Christian Rosenkreutz, essa organização surge três séculos após a queda dos Templários.

Em 1614, surgiu um artigo intitulado “Fama Fraternitatis, a Declaração da Digna Ordem da Rósea Cruz”. O conteúdo deste artigo mostra com Christian Rosenkreutz fundou a Fraternidade Rosacruz depois de ter viajado pelo Oriente Médio com o objetivo de aprofundar seus estudos nas artes ocultas. Logo após de ter sido fundada a ordem, ele mais quatro integrantes iniciais construíram uma sede chamada “Casa do Espírito Santo”, onde os membros reuniam-se anualmente.

Ninguém sabe ao certo em que ano Chistian Rosenkreutz morreu pois, alguns livros afirmam que ele morreu com a idade madura de 150 anos. No entanto, antes de falecer, ele moldou sua sociedade secreta para que ele continuasse a existir por séculos com o objetivo de “salvar a humanidade” já que segundo eles , esta sociedade tinha o poder de curar. Christian foi sepultado na Casa do Espírito Santo. O artigo afirma que um dos rosacruzes descobriu a tumba em 1604 e encontrou inscrições estranhas e um manuscrito escrito com letras douradas. Sobre a porta da cripta havia uma inscrição, que foi interpretada como : “daqui a 120 anos eu voltarei”.

No interior da cripta, ele encontrou o corpo de Rosenkreutz perfeitamente preservado e vestido por trajeis rosacruzes. A partir da descoberta da cripta, surgiu uma onda de literatura rosacruz por toda a Europa, em 1616 surgiu um livro intitulado de “AS Bodas Alquímicas de Christian Rosenkreutz” O livro narra a estória de um casamento em que um dos convidados é morto mas, é trazido a vida por meios alquímicos, um dos personagens principais dos livro é uma misteriosa mulher chamada Virgo Lucifera, o que significa virgem de Lúcifer.

Apesar de hoje não existir mais a febre rosacruz, os integrantes modernos afirmam que Michael Maier, Sir Francis Bacon, John Dee, Mozart, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e Isaac Newton eram membros. São evidentes as ligações entre a Maçonaria e os rosacruzes, ambos possuem complicados rituais criados pelos alquimistas com o objativo de que pessoas externas não compreendessem seu verdadeiro significado. Leia essas palavras que aparecem em um poema de 1638 escrito por Henry Adamson, chamado A Trinórdia das Musas:

“Pois somos irmãos da Rosa Cruz
Temos a palavra maçônica e a segunda visão
Coisas que vão ocorrer predizemos corretamente.”


Hoje em dia tornou-se uma sociedade em que qualquer pessoa pode associar-se pagando uma taxa para receber os materiais de estudo. Os seus ensinamentos são basicamente os mesmos da Maçonaria.

Opus Dei

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Opus Dei é uma organização da Igreja Católica, que enfatiza a crença católica de que todos são chamados à santidade e que a vida normal é um caminho para a santidade. A ordem foi fundada na Espanha em 1928 pelo padre católico Josemaría Escrivá com a aprovação do Papa Pio XII. Quando o 'Código Da Vinci' de Dan Brown, foi publicado, alegou que o Opus Dei era uma organização secreta dentro da Igreja, cujo objetivo era derrotar o Priorado de Sião e aqueles que procuram descobrir a "verdade" sobre o cristianismo e a alegada linhagem real de Cristo. Fora do livro, tem havido uma grande controvérsia sobre o Opus Dei por causa da severidade de sua estrutura religiosa. Lembram-se no filme do Silas usando Cilício - um instrumento usado para a autoflagelação - na perna. Pois é, apesar da igreja abafar o caso, isso existe dentro da Opus dei.

Imagine sua mente sendo monitorada 24 horas por dia. Você está num lugar onde não é permitido ver televisão ou ir ao cinema. Até o jornal chega editado às suas mãos. Ninguém pode ter amigos do lado de fora e o contato com a família é restrito.

Pelo menos duas horas por dia, você tem de amarrar um cilício na coxa – espécie de instrumento de tortura com pontas metálicas que machucam a pele. Quanto maior for o seu desconforto, melhor: isso significa que a instituição está exercendo mais controle sobre você. Se doer demais, tudo bem, você poderá trocar de coxa na próxima vez. O importante é que a experiência não passe em branco. Tem de machucar, deixar marcas. Caso contrário, não “faz efeito”.

Se tudo isso já parece um pesadelo, saiba que ainda não acabou. Uma vez por semana, você terá também de golpear suas nádegas ou suas costas com um chicote. E ainda passará pelo que é chamado de “sinceridade selvagem”: contar aos seus superiores cada pensamento que passa pela sua cabeça, principalmente aqueles segredos mais íntimos, sobre os quais não se comenta nem no banheiro, de porta fechada e luz apagada. Se você não revelar tudo, mas tudinho mesmo, estará mantendo um “segredo com Satanás”.

“O aliciamento acontece na infância ou na juventude, pois é mais fácil doutrinar uma personalidade ainda em formação. Eles começam levando crianças para brincar numa espécie de clube e vão seduzindo aos poucos”, disse um ex-numerário, em entrevista para a revista Superinteressante. “Eu mesmo convidava colegas de escola para fazer parte do clube. Obedecia ao que o diretor mandava: ‘Não conte que é do Opus. Leve primeiro para conhecer o centro, faça com que a pessoa se envolva’. ”O Opus Dei não é feito só de numerários: há também os supernumerários. Esses podem se casar, ter filhos e viver em suas próprias casas, embora também recorram à penitência física – ou mortificação corporal – como uma forma de controlar instintos pecadores. Uma das funções secretas desses membros, de acordo com os críticos da organização, seria ocupar posições de liderança na sociedade – seja num cargo político, na direção de uma grande empresa, na presidência de um banco, na reitoria de uma universidade ou na chefia de um veículo de comunicação. Do alto desses postos de comando, a capacidade de expansão e o poder de influência do Opus Dei estariam assegurados.

Pode acreditar: numerários e supernumerários estão por toda parte, talvez bem mais perto do que você imagina. Afinal, é justamente essa a proposta do Opus – ser uma legião de homens e mulheres comuns, que se misturam ao mundo real para transformá-lo de dentro para fora. Do motorista de táxi ao ministro de Estado, da dona-de-casa à diretora de uma multinacional, todos devem ser engrenagens e trabalhar silenciosamente pelos objetivos da organização. Como dizia Josemaría Escrivá, fundador do grupo: “Seja santo. Santifique-se em seu trabalho. E santifique os outros com seu trabalho”.

Esse é o exército do papa. A Opus Dei frequentemente é alvo de investigadores de conspirações, que afirmam que esta organização está agindo em segredo para promover uma agenda sinistra.

Membros Famosos: Geraldo Alckmin, Ives Gandra Martins, Ruth Kelly, Paola Binetti, Adolfo Suárez.

Ordo Templi Orientis

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Ordo Templi Orientis é uma organização mística que foi iniciada no início do século XX.

O grupo foi criado nos mesmos moldes que os menos secretos maçons, e supostamente se baseiam em rituais e práticas ocultas como um meio para que os membros se movam de um nível de prestígio para outro dentro da organização. A filosofia geral do grupo é a crença na nova era de princípios e práticas esotéricas como um método de realização da verdadeira própria identidade.

O famoso ocultista e excêntrico Aleister Crowley, compôs grande parte da tradição do grupo, incluindo um manifesto chamado de Mysteria Mystica Maxima, e ele se tornou mais tarde o cabeça do grupo. Após sua morte, a influência e popularidade do Ordo Templi Orientis começou a diminuir, mas ainda existe hoje em dia, e tem várias ordens espalhadas pelo mundo, principalmente nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outras partes da Europa.

Como a popularidade de Aleister Crowley como uma figura da nova era tem continuado a crescer, mais e mais os ensinamentos da Ordo Templi Orientis vieram à luz. Como tal, o grupo faz muito menos tentativas de serem secretos hoje do que no passado. Isso não significa que eles não têm ainda algumas práticas bizarras. A principal delas é a fixação do grupo no sexo, especialmente os seus ensinamentos sobre a "adoração do falo" (Pênis) e a magia da masturbação.

Em Outubro de 1969, membros dessa polêmica seita foram à julgamento acusados de abuso de menores e tortura.

Maçonaria

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Embora sejam menos influentes e secretos hoje do que eram antes, os maçons continuam a ser uma das mais famosas organizações fraternais do mundo, com uma adesão em torno de 5 milhões de membros. O grupo foi fundado oficialmente em 1717, mas os documentos relativos à sua existência datam de 1300. Ela foi originalmente criada para ser uma irmandade, cujos membros compartilham certas ideias filosóficas fundamentais, entre elas a crença em um ser supremo. O grupo salienta retidão moral, e como tal eles também se tornaram conhecidos pelo trabalho de caridade e de serviço à comunidade.

Apesar destas práticas aparentemente inofensivas, os maçons não estão livres dos críticos. Os teóricos da conspiração têm focado eles à muito tempo, por supostamente estarem envolvidos em práticas ocultistas abomináveis, e houve mesmo grupos políticos inteiros baseados em torno da oposição ao grupo. Igrejas de todas as denominações também criticaram a organização, seus ensinamentos morais e crenças espirituais esotéricas tem sido ditos estarem em concorrência com a religião mais tradicional.

Com uma enorme quantidade de membros e diferentes lojas espalhadas pelo mundo, a Maçonaria moderna já não tem os mesmo princípios universais que tinha nos velhos tempos. Uma prática que se manteve constante é o método para a iniciação. Iniciados devem ser recomendados ao grupo por alguém que já é um maçom, e uma vez membro, deve passar por três diferentes graus de espera antes de chegar ao nível de "Mestre Maçom." Os membros também têm certos modos prescritos de saudação uns aos outros, incluindo apertos de mão, gestos e senhas, e não-maçons são sempre proibidos de comparecer às reuniões.

É comum ver em carros de membros, adesivos com um compasso e uma letra G, ou então "G.A.D.U." que é referente à "Grande Arquiteto do Universo", um termo genérico para se referir ao ser superior criador de tudo e todos -- um pré-requisito para entrar na maçonaria é crer em um ser superior, independente da religião, assim como citado anteriormente. E isso deu margem à algumas pessoas para especularem que entre os maçons de alto nível haveriam satanistas e praticariam adoração e ritos satânicos em troca de poder.

Algumas pessoas que afirmavam ser membros da maçonaria alegaram ter presenciado tais coisas, mas como a maçonaria negou e não há provas dos fatos afirmados, nem que sim e nem que não, ficou apenas na especulação. Existem lojas maçônicas (como são chamados os locais onde se reúnem) pelo mundo todo, cada uma com vários membros e opiniões diferentes e cada uma refletindo a sociedade local. Ou seja, tudo é possível. Tanto podem haver membros bem intencionados como pode haver algum fundo de verdade em algumas dessas histórias. Vai saber.

Membros famosos: Winston Churchill, Mark Twain, James Buchanan, Bob Dole, Henry Ford, Benjamin Franklin


 http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-megapost-sociedades-secretas-um-resumo-alargado#ixzz4QxAlMD32
24
Nov16

BOB MARLEY

António Garrochinho
Conheça toda a Historia do sempre eterno Bob Marley do dia seu nascimento ate sua morte. Na pequena ilha caribenha nascia um tal de Bob Marley. Robert Nesta Marley, nascido a 6 de fevereiro de 1945, no vilarejo de Nine Miles, localizado no município de St.Ann, ao norte da ilha.

























A criação desse menino dos olhos brilhantes coube, 
num primeiro momento à mãe Cedella Marley a ao avô materno, um myalman (curandeiro que pode afastar todos os maus de uma pessoa). Isso porque o pai, um oficial da marinha inglesa resolveu seguir seu caminho e abandonou a mulher assim que Bob nasceu. Bob também nunca fez questão de conhecer o pai. O pequeno Marley era dado a travessuras: gostava de cantar e, dizem, tinha o dom da adivinhação - batalhava um trocado lendo as mãos das mulheres da vizinhança. Quando Bob já tinha 8 anos de idade, Cedella se casou com Toddy Livingstone, já pai de Bunny Livingstone, figura importantíssima na carreira de Bob. Eles se mudaram da pacata Nine Miles para Kingston, capital da Jamaica. Foram morar em TrenchTown, um império de latas, a maior e mais perigosa favela da capital Jamaicana. Apesar de trabalhar como empregada doméstica, Cedella não media esforços para dar a melhor educação possível ao pequeno Marley, e colocou o filho para estudar em uma das melhores escolas particulares de Kingston. Bob ocupava seu tempo livre com suas 2 paixões, o futebol e a música, criando de maneira peculiar, sucessos do rhythm´n´blues americano. Aos 14 anos, como todo menino do gueto, começa a trabalhar como aprendiz de soldador para ajudar no orçamento da família. Mais isso durou pouco tempo, Bob sofreu um acidente com o maçarico e decidiu investir de vez na sua carreira de cantor(o sonho de sua vida).
O destino, então, o colocou de frente com o chinês Leslie Kong, empresário que estava investindo pesado em talentos locais e naquilo que viria a se tornar a Reggae Music. Ainda com 14 anos, Bob Marley grava seu primeiro compacto, "Judge Not". Reza a lenda que Bob Marley passou uma tarde inteira colocando moedas numa jukebox para ouvir sua voz. 


Aos 16 anos Bob monta o Wailing Wailers, junto com Bunny Livingstone(que adotaria o nome de Bunny Wailer) e seu vizinho e amigo Winston Hubbert McIntosh(mais conhecido como Peter Tosh). 

Eles trabalhavam seguindo as tendências do Ska e do rhythm´n´blues americano, o grupo emplaca seu primeiro sucesso " Simmer Down", que se tornou o Hino dos moradores de TrenchTown e de topo povo oprimido da capital Jamaicana.Bob Marley se casa com Rita, então vocalista do grupo feminino The Soulettes em 1966. Apesar do sucesso iminente a vida na Jamaica não estava fácil, e Bob decidiu ir morar nos Estados Unidos, mais precisamente no estado da Filadélfia, onde sua mãe já estava morando e trabalhando. 

Bob Marley começa a trabalhar em uma madereira, mas não esquece a mulher e os amigos do gueto, então 7 meses depois da partida ele esta de volta a Jamaica. 

A ilha que Bob Marley encontra é totalmente diferente, o pais vive sob o impacto da filosofia rastafari que pregava a volta de todos os negros à África, a negação de todos os prazeres do mundo moderno(chamado de Babilônia).Tudo isso graças a visita de Ras TafariMakonnen, que em 1930 se tornou o primeiro imperador negro da África, no pais da Etiópia. Depois de sua coroação Ras Tafari adotou o nome de Hailé Salassié e o título de "Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão conquistador da Tribo de Judá". Salassié afirmava ser de uma linhagem sagrada: descendida do casamento do rei judeu Salomão com a rainha de Sabá. A família de Davi, pai de Salomão, gerou nada menos que JESUS CRISTO. Os rastas vêem Salassié como o novo Messias, a reencarnação de Jesus Cristo. A partir dessa visita e da conversão de Bob Marley ao rasta farianismo ele e todos os que acreditavam em Salassié começam a deixar os Dread Locks crescerem. Bob viria a ser o principal pregador da religião rastafari. Sua eterna crença no imperador da Etiópia o transformou no maior símbolo da pregação rasta!. Em 1976 Hailé Salassié é assassinado por seus próprios soldados, abalado com a morte do profeta Bob Marley compõe e lança em poucas horas o single "Jah Live" sucesso absoluto na ilha. Em meio a esse clima Bob lança também Rastaman Vibrations e o super sucesso "War"(discurso de Hailé Salassié na Organização das Nações Unidas(ONU))que Bob transforma em musica.Em uma visita à Europa Bob Marley é apresentado ao filho do imperador Salassié, o príncipe Asfa WossenBob é presenteado com o anel do imperador, feito com pedaços que pertenciam ao místico anel do rei Salomão. 



Ainda na Europa Bob machuca o pé em uma partida de futebol, o ferimento se transforma em uma perigosa infecção e os médicos sugerem a Bob Marley a amputação do dedo infeccionado. Bob alega motivos religiosos para não se submeter a cirurgia. A infecção progride e toma forma de um câncer que se alastra por todo o corpo do cantor. Em 1980 Bob desmaia durante uma corrida no Central Park, em Nova York. O câncer se alastra para o celebro, pulmões e fígado. Bob se interna na clÍnica do Dr. Josef Issels, na Áustria para um tratamento com bases naturalistas. Sem resultados significativos Bob volta à Miami e sem os tão conhecidos DreadLocks, perdidos durante várias sessões de quimioterapia-, ele morre no dia 11 de maio de 1981. Aos 36 anos, Bob é cremado ao lado de um pote de maconha (erva que utilizava em rituais rastafari) e uma Bíblia aberta. Suas cinzas repousam em StAnn onde o cantor nasceu.

VÍDEO



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24
Nov16

APENAS UM MOMENTO

António Garrochinho
  • Apenas um momento
  • E tudo aconteceu num momento, um notável momento. Como todos os momentos, aquele não parecia ser diferente de qualquer outro. Mas na realidade, aquele momento particular não foi como nenhum outro. Naquele segmento de tempo algo espetacular ocorreu. Enquanto as criaturas da terra caminhavam ignorantes, Ele chegou. O céu se abriu e colocou seu bem mais precioso no inicio de uma forma humana.
DE JON LENNON

Pouco depois de meia-noite do dia oito para o dia nove de dezembro de 1980, o doutor Stephan Lynn, chefe da emergência do Hospital Roosevelt, na esquina da Nona Avenida com a Rua 59, em Nova York, saiu para falar com o batalhão de jornalistas aglomerados do lado de fora. - John Lennon foi trazido num carro de policia para o pronto socorro do Hospital Roosevelt esta noite, pouco depois das 23 horas. Ele estava morto ao dar entrada. Extensos esforços para ressuscitá-lo foram feitos mas, a despeito de transfusões e outras medidas, não foi possivel salvá-lo. Ele tinha sete ferimentos a bala no braço esquerdo, no peito e nas costas. Houve danos significativos nos principais vasos do peito que provocaram maciça perda de sangue, o que provavelmente resultou na sua morte. O óbito foi declarado às 23h 07m.
(Obs. A time line dos acontecimentos é meio estranha. Ele teria saído do estúdio 22h30, chegou no Dakota às 22h50. A polícia chegou rápido, pegou Lennon, levou pra o hospital onde morreu às 23h 07. Tudo num período de 17 minutos.Tempo curto para tanta coisa acontecer)
Às duas da madrugada, o porta-voz da policia, James T. Sullivan, falou com centenas de jornalistas apinhados na sala de imprensa do 20º distrito na Rua 82 Oeste.
No dia oito de dezembro, John Lennon cortou os cabelos ao estilo Teddy Boy do começo da carreira dos Beatles e voltou para posar numa sessão de fotos com a fotógrafa Annie Leibovitz, ilustração de uma entrevista dada à Rolling Stone no dia 5, na promoção do álbum Double Fantasy. Deu uma entrevista para a RKO Radio e, por volta de quatro da tarde, saiu com Yoko para o estúdio Record Plant de carona com a equipe da RKO porque sua limusine não apareceu. Quando ia entrar no carro, Mark Chapman chegou perto dele e estendeu uma cópia de Double Fantasy. John autografou e perguntou “É só isso que você quer?” (Chapman declarou mais tarde que pensou em matá-lo naquela hora, mas a gentileza de John o desarmou). Dai seguiu para o estúdio onde trabalhou até 10 e meia da noite na música de Yoko Walking On a Thin Ice. Yoko sugeriu que jantassem num restaurante vizinho, a Stage Deli, mas John disse que queria voltar ao Dakota primeiro. “A última coisa que ele teve na cabeça foi ver Sean antes que fosse dormir,” disse Yoko.
Centenas de pessoas se aglomeraram na frente do Dakota assim que a notícia se espalhou, cantando Give Peace A Chance. Muitos choravam, portavam velas e bastões de incenso. Lá dentro Yoko ligou para Paul McCartney e para Mimi, a tia que tinha criado John. Ringo, que estivera com John dois meses antes, pegou um avião nas Bahamas, com a noiva Barbara Bach, para Nova York e foi direto para o Dakota. Julian Lennon, filho do primeiro casamento, veio do País de Gales. Paul McCartney, pálido e abatido, falou com a imprensa na saída do Air Studio e pediu todo apoio a Yoko. Um comunicado dele emitido mais tarde disse que as diferenças entre os dois, na reta final dos Beatles, de 1968 a 1970, eram coisas do passado e que estavam se tornando grandes amigos outra vez. George Harrison estava gravando quando recebeu a noticia. Interrompeu e foi para casa. Mais tarde, num comunicado, disse: “Depois de tudo que passamos juntos eu tinha e ainda tenho um grande amor e respeito por John. Estou atordoado. Roubar uma vida é o roubo mais definitivo. O corpo de Lennon foi cremado dia 10 de dezembro no Ferncliff Cemetery em Hartsdale, Nova York. Não houve velório.
Mark Chapman alegou que vozes em sua cabeça mandaram matar John Lennon. Avaliações psiquiátricas decidiram que ele era perfeitamente são e podia ser julgado. No dia 24 de agosto de 1981, ele foi condenado a uma pena de 20 anos à prisão perpétua. No ano 2000, quando se completaram os 20 anos, ele pediu liberdade condicional pela primeira vez. Este e outros cinco pedidos foram negados. No ultimo pedido, em agosto deste ano, Chapman disse à junta de condicional que encontrou Jesus na prisão. Que está em paz, que sua vida mudou graças à experiência na prisão. “Achei que, ao matar John Lennon, eu me tornaria alguém. Em vez disso, me tornei um assassino e assassinos não são alguém,” disse ele. A junta de condicional decidiu que o gesto “premeditado, sem sentido e egoísta de conseqüências trágicas torna sua libertação inapropriada e incompatível com o bem estar da comunidade. Libertá-lo diminuiria a seriedade de seu crime e abalaria o respeito à lei.” Chapman está na Penitenciária de Attica, cidade no município de Wyoming, estado de Nova York. Tem bom comportamento, é auxiliar na biblioteca e recebe visita íntima anual de 44 minutos de sua mulher, Gloria Hiroko Chapman, residente no Havaí.
No dia anterior ao crime, um domingo, Chapman viu John Lennon pela primeira vez depois de dias de vigília à frente do Dakota (ele chegou a fazer um agrado a Sean Lennon, quando este saiu para passear com a babá). Ele começou a tirar fotos. Lennon não estava num bom dia, brigou e correu atrás dele para tomar a máquina. Yoko: - Gritei para John não fazer aquilo. Ele não pegou a câmera e, quando voltou, disse “Se alguém me acertar, vai ser um fã.

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24
Nov16

SEGREDOS DO IMPÉRIO BIZANTINO

António Garrochinho
Por mil anos depois da queda do Império Romano do Ocidente, o Império Bizantino se manteve fortalecido. Antigo e poderoso, logo se tornou conhecido como um labirinto de intrigas e segredos. Confira alguns:

10. Assassinatos de imperadores

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Como os bizantinos sabiam que um governante impopular sempre podia ser substituído, uma série de imperadores morreram de assassinatos violentos.
Constante II foi espancado até a morte com uma saboneteira enquanto tomava seu banho. Miguel III perdeu as duas mãos tentando bloquear uma espada. Nicéforo Focas foi advertido de um plano para seu homicídio e ordenou uma busca pelo palácio, mas sua esposa tinha escondido os assassinos em seu quarto, que nenhum guarda se atreveria a vasculhar. Eles esfaquearam Nicéforo naquela noite. A morte mais espetacular, no entanto, foi de Leão V, o Armênio (foto). Emboscado no dia de Natal por assassinos disfarçados de um coro de monges, ele usou uma pesada cruz do altar de uma igreja para se defender até que seu braço foi cortado e ele foi derrubado. Os assassinos, em seguida, jogaram seu cadáver em um banheiro.

9. Mutilação de rivais

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Os bizantinos acreditavam que a desfiguração desclassificava candidatos ao trono. Como resultado, os imperadores muitas vezes mutilavam seus rivais ao invés de simplesmente matá-los.
Cegar era uma prática popular, bem como cortar narizes e línguas. Nos últimos anos, a castração tornou-se a prática mais comum. João IV Láscaris viveu durante 40 anos depois de ser cegado. Já a Imperatriz Irene (foto) mandou cegar seu próprio filho rebelde no quarto onde ela tinha dado à luz a ele. O jovem morreu de seus ferimentos pouco tempo depois.
Basílio Lecapeno foi castrado quando menino para impedi-lo de causar problemas quando crescesse. Com o trono inalcançável para ele, Basílio tornou-se um cortesão poderoso e governou por uma série de imperadores fantoches.

8. Justiniano II

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O aterrorizante imperador Justiniano II foi derrubado pela primeira vez no ano 695. Rebeldes cortaram seu nariz e sua língua antes de exilá-lo para a Criméia. Implacável, Justiniano fugiu para a terra dos czares e começou a traçar um retorno ao poder. O novo imperador subornou os czares para assassinar seu convidado, mas Justiniano foi advertido desse plano e pessoalmente estrangulou os homicidas, antes de partir para a Bulgária em um barco de pesca.
Formando uma aliança com o cã búlgaro, Justiniano voltou a Constantinopla com um exército, executando uma terrível vingança sobre os seus inimigos. Recuperando o trono, ele governou por mais seis anos, usando um nariz de ouro e um intérprete para traduzir os murmúrios de sua língua cortada. Eventualmente, sua crueldade cresceu demais, e ele foi derrubado novamente em 711. Desta vez, seus oponentes o mataram.

7. Brigas de poder

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Hoje, a palavra “bizantino” pode se referir a uma atmosfera de confusão e intriga, o que foi certamente verdade no tribunal de Constantinopla. Lá, eunucos e cortesães disputavam influência e imperadores governavam através de favoritos poderosos.
Em um exemplo do século IX, o eunuco Estaurácio ajudou a já mencionada Imperatriz Irene a cegar seu próprio filho. Estaurácio logo foi derrubado pelo eunuco Aécio, que planejava fazer de seu irmão o imperador. Mas Aécio falhou em se proteger contra o ministro das Finanças Nicéforo, que orquestrou um golpe e reinou como imperador até que os búlgaros converteram seu crânio em um copo.
Esta sequência de ardis durou até Constantinopla cair. Mesmo quando os otomanos já estavam reunidos em volta dos muros da cidade, disse-se que o Grão-Duque Lucas Notaras continuava a fazer esquemas para garantir posições de corte lucrativas para seus filhos.

6. Guerra Civil

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No século IX, Miguel I foi forçado a renunciar seu trono por um trio de seus generais: Leão V, o Armênio, Miguel II, o Amoriano, e Tomás, o Eslavo. Leão V tornou-se imperador. Mas, quando se desentendeu com Miguel, seguidores do Amoriano mataram o governante no Natal. Tomás, o Eslavo se revoltou contra Miguel, o que provocou uma guerra civil que enfraqueceu muito o império contra os árabes.
Problemas semelhantes surgiram no século X, quando a rebelião de Bardas Focas foi derrotada pelo general Bardas Esclero. Quando o eunuco Basílio Lecapeno tramou contra Esclero, ele começou sua própria revolta em autodefesa. Lecapeno liberou Focas da prisão e o colocou no comando contra Esclero. Focas o derrotou.
Em seguida, Esclero, Lecapeno e Focas uniram-se contra o jovem Basílio II Bulgaróctone (foto). Com tantas lutas internas por poder, Basílio garantiu seu sucesso. Mais tarde, se tornou famoso por cegar milhares de prisioneiros e enviá-los de volta à Bulgária.

5. “Nascidos roxos”


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Os bizantinos consideraram o roxo por muito tempo como a cor imperial, com apenas membros da família real podendo utilizar certos corantes desse tom. Eventualmente, um imperador construiu uma sala especial com paredes feitas da pedra preciosa roxa pórfiro. Crianças nascidas nesta sala foram apelidadas de “porfirogênito”, que significava “nascido roxo”.
Tais bebês tinham um prestígio imenso e não deviam se casar fora do império, embora Vladimir de Kiev famosamente exigiu uma noiva nascida roxa como o preço por sua ajuda militar e sua conversão ao cristianismo.
Os nascidos roxos também atraíam grande lealdade do povo. Constantino VII, um porfirogênito, foi derrubado quando menino, mas seu status o protegeu e ele foi autorizado a permanecer como co-imperador por 24 anos.
Os dois últimos bebês nascidos roxos foram as irmãs Zoé e Teodora. Os cidadãos de Constantinopla se amotinaram a cada tentativa de removê-las do poder, e as duas dominaram o império até a morte de Teodora, em 1056.
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Como cidadãos da maior cidade da Terra, o povo de Constantinopla não tinha medo de expressar-se, muitas vezes através de violência.
No exemplo mais famoso, fãs das equipes Azul e Verde do popular esporte de corrida de bigas se uniram para liderar uma revolta contra Justiniano I. O imperador estava preparado para fugir, mas o dia foi salvo por sua esposa, Teodora, que proclamou que ela preferia morrer como uma imperatriz a viver como uma plebeia. Os rebeldes foram posteriormente massacrados.
Outro exemplo é de uma guerra civil particularmente sangrenta que foi terminada eficazmente por um motim. O grão-duque Aleixo Apocaucos estava inspecionando sua nova cadeia quando os presos políticos o assassinaram, minando sua facção.
As tendências assertivas dos cidadãos de Constantinopla sobreviveram inclusive a conquista otomana. Sultões chegaram a se encolher dentro do Palácio de Topkapi, enquanto uma multidão enfurecida rasgava seu vizir (ministro nomeado por um soberano de um reino muçulmano) em pedaços.

3. Eunucos

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Eunucos serviam o estado bizantino em várias capacidades, de cortesãos a sacerdotes e generais. O eunuco Pedro Focas tornou-se famoso por derrotar um guerreiro cita em um único combate.
Eles não eram vistos como ameaçadores, porque não tinham filhos para herdar seu status. Porém, eunucos como João Orfanotrofo (gerente do orfanato de Constantinopla) tornou-se notório por alavancar seus irmãos em bons cargos. O próprio João tornou-se tão poderoso que toda a sua família foi castrada e exilada por um imperador nervoso.
A castração era tecnicamente ilegal no império. Como resultado, muitos eunucos foram escravizados fora do império quando rapazes e depois castrados antes de atravessarem a fronteira. Mas não era incomum que pais bizantinos pobres castrassem seus filhos na esperança de que esses meninos mais tarde se fixassem em posições lucrativas na corte.

2. Escravos sexuais

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Múltiplas fontes do período alegam que eunucos eram frequentemente usados como escravos sexuais, porque mantinham uma aparência jovem. Esta prática era oficialmente proibida, mas a igreja tinha dificuldades em encontrar uma maneira de pará-la sem condenar a própria escravidão (e, assim, o imperador).
O problema é ilustrado em uma história sobre a vida de Santo André, que basicamente coloca a culpa nos eunucos do século X. Um personagem aponta que “se um escravo não obedecer, você certamente sabe o quanto ele vai sofrer, sendo maltratado e espancado”. Mas André insiste que “se os escravos não se curvam às paixões abomináveis de seus mestres, eles são três vezes abençoados, pois graças aos tormentos que você menciona, eles vão ser considerados mártires”.

1. Os zelotes

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Em 1341, o Império Bizantino passava por uma de suas guerras civis comuns. O novo imperador tinha nove anos, e João VI Cantacuzeno, amigo de seu pai, foi nomeado regente. A mãe do menino, Ana, e o grão-duque Aleixo Apocaucos formaram uma aliança para usurpar a regência, provocando um enorme conflito.
Desta vez, no entanto, algo diferente aconteceu. Na cidade de Tessalônica, o povo assumiu o controle da aristocracia. Chamando a si mesmos de “zelotes”, estes revolucionários defendiam os direitos dos pobres. Multidões violentas atacaram os ricos, e um conselho destes rebeldes governaram Tessalônica pela duração da guerra civil, permanecendo hostis à nobreza.
Os zelotes só foram derrubados quando João VI Cantacuzeno tornou-se imperador. Alguns dos zelotes convidaram o rei sérvio Estêvão Duchan para tomar a cidade, mas outros acharam esse ato antipatriótico e os combates internos começaram. Cantacuzeno tomou a cidade com facilidade e executou o líder zelote.
Fonte: hypescience.com
www.naturezabelavida.com.br
24
Nov16

Construções subterrâneas pelo mundo

António Garrochinho



Quem disse que só se pode fazer coisas incríveis sobre a superfície? Confira algumas das construções mais incríveis que estão bem abaixo dos nossos pés:

Coober Pedy – tentando fugir do calor infernal de 45 graus e manter as crianças a salvo dos dingos (espécie de cães selvagens), os australianos construíram uma cidade inteira sob a superfície. Ali você encontra de tudo: bares, restaurantes, igrejas, lojas, casas e até um cemitério. Atualmente moram cerca de 1600 pessoas e tem uma mina de opalas que é a maior e mais valiosa do mundo (sim, ela está ativa).



RÉSO - ou La Ville Souterraine (cidade subterrânea) fica em Montreal, no Canadá. É o maior complexo subterrâneo urbano do mundo. Possui cerca de 32km de extensão. Tem shoppings, casas, hotéis, escritórios, museus, universidades, igrejas, bancos, teatros e até metrô e ônibus próprios tanto acima, como abaixo da superfície. Estima-se que pelo menos 500mil pessoas circulem pela cidade todos os dias. Complexos de túneis são comuns no Canadá porque ajudam as pessoas a se locomoverem durante o inverno sem problemas, mas a RÉSO é uma cidade inteira embaixo da terra e totalmente moderna e funcional. Algumas rachaduras gigantescas já foram relatadas, mas todas resolvidas. O lugar é um ponto turístico de Montreal também.


Moose Jaw – outro complexo canadense, mas desta vez localiza-se em Saskatchewan. Por causa das baixíssimas temperaturas durante o inverno e também pelo fato de que essa estação durar mais tempo por lá, uma série de túneis foram escavados no começo do século XX. Ali os trabalhadores e viajantes podiam se esquentar e se locomover para certos pontos da cidade. Também foram usados para abrigar e proteger famílias inteiras de trabalhadores chineses que sofriam ondas de racismo durante o final do século XIX e começo do século XX. Durante a “Era da Proibição”, os túneis foram usados por mafiosos e contrabandistas para atividades ilícitas como venda de álcool, pequenos casinos e bordéis. Dizem as más línguas que Capone era uma das cabeças por trás da administração da máfia nos túneis e por isso eles ganharam o apelido de “The Chicago Connection” (A conexão de Chicago).


A cidade secreta de Beijing – uma cidade subterrânea foi construída em 1969 sob o comando de Mao Tsé-Tung na China. Era pra ser uma continuação de Pequim e ao mesmo tempo um abrigo nuclear. Depois que a guerra  os projetos se perderam e até hoje ninguém sabe se a cidade foi concluída e qual a real extensão pretendida. A cidade se localiza a apenas 18 metros abaixo da superfície, conta com vários andares, parte está inundada e ainda hoje recebe fornecimento de energia elétrica. Há túneis tão largos que permitem a passagem de tanques de guerra (talvez para desfiles cívicos e realocação de tanques). São como praças mesmo. Tem ainda mil abrigos antiaéreos e conseguia acolher 40% da população de Pequim da época. Ela conta com escolas, hospitais, lojas e até centros esportivos que nunca foram usados. Parte dela foi destruída para que pudesse ser construída uma nova rede de metrô em Pequim, mas boa parte ainda está de pé. Em 2000 foi aberta como ponto turístico e algumas cavernas foram transformadas em albergues para turistas,




Cidade dos Deuses – todo mundo conhece a necrópole de Gizé, lugar dos túmulos mais famosos de grandes faraós do Egito antigo em formato de pirâmides e a única das 7 maravilhas que ainda está praticamente intacta. O que poucos sabem é que há um complexo de túneis sob as grandes pirâmides. A coisa toda está sendo investigada desde a década de 70, mas nada ainda foi oficializado. Alguns equipamentos especializados detectaram túneis sob a superfície, mas chegar a eles já é outra história. Acredita-se que os túneis possam explicar alguns mistérios, como por exemplo o objetivo da construção da Esfinge (muitos acreditam que era um portal ou coisa do tipo). Alguns arqueólogos acreditam ainda que os túneis possam levar a uma metrópole sob as areias do deserto e revelar mais sobre a cultura do Egito antigo.

Xangai – sob o bairro de Chinatown na cidade de Portland, nos Estados Unidos, tem uma rede de túneis chamados de Xangai ou Cidade Proibida. A rede é gigantesca e conecta porões de várias lojas e hotéis. Inicialmente eram utilizados para transportar mercadorias com mais facilidade, mas acabou servindo também para outras finalidades menos nobres como tráfico de pessoas para trabalhos escravos em navios, prostituição e outros crimes terríveis cometidos no início do século XX. Hoje a situação é bem diferente e os túneis foram transformados em um ponto turístico.

Mina de Sal Wieliczka – localizada na cidade de Wieliczka, na Polônia, a mina é uma das mais antigas minas de sal do mundo (foi construída no século XIII) e estava ativa até 2007. Dentro é possível observar a evolução das técnicas de mineração ao longo dos séculos e obras de arte magníficas. Por muito tempo o sal, chamado de “ouro branco”, foi a maior fonte de renda da Polônia e essa mina eliminava o trabalho de se ter que secar o sal do mar, afinal era só escavá-lo. A mina já foi visitada por muita gente famosa incluindo Copérnico, Goethe e o Papa João Paulo II. Durante a Segunda Guerra Mundial foi ocupada pelos nazistas e transformada em armazém e fábrica de equipamentos e produtos militares, mas hoje é tombada e patrimônio da humanidade pela UNESCO. Ainda está aberta a turistas. Dentro dos extraordinários 300km de túneis e 3mil câmaras você pode encontrar esculturas de sal, salões para eventos, uma catedral e até mesmo um sanatório para pessoas alérgicas ou com problemas respiratórios que usam o lago subterrâneo para se curarem. Só 22 câmaras estão abertas ao público, a temperatura da mina gira em torno dos 14° e é constante. A câmara mais famosa é dedicada exclusivamente a Copérnico, o astrônomo polonês, onde há uma estátua de sal verde dele e também é a primeira de todas elas estando a 700 degraus abaixo da entrada.




Kish – localizada no Irã, a cidade tem vários nomes como Kariz e Kish. Acredita-se que tenha mais de 2500 anos de idade, 10mil m² de área e fica a 16 metros de profundidade. Foi concebida para ser um aquífero, mas agora está sendo convertida para uma cidade. O aquífero, possivelmente construído pelos antigos persas antes mesmo dos romanos pensarem em existir, distribuía água para regiões montanhosas e outras baixas ao redor. É a obra de engenharia mais antiga da humanidade que ainda está em funcionamento. Atualmente a transformação do aquífero em um complexo turístico está em andamento e contará com restaurantes e lojas modernos.


Burlington – temendo ataques nucleares durante a Guerra Fria, a Grã Bretanha construiu um complexo que poderia se tornar a nova capital do governo britânico. A 30 metros abaixo da superfície, 1km de comprimento e 200 de largura, construída aproveitando-se uma pedreira antiga, a cidade possui mais de 95km de estradas que a interligam a outros lugares, metrô próprio, gasodutos, sistema de esgoto, uma estação de tratamento de água, um pub, hospitais, lavanderia, padaria, um lago subterrâneo, um estúdio da BBC (11 funcionários podiam trabalhar com conforto lá e servia para que o primeiro-ministro pudesse se comunicar com o restante da população) e um abrigo para 4mil funcionários do governo (mas sem suas famílias). É totalmente à prova de bombas e fica a 2 horas de Londres. Foi desativado em 1991 e está abandonado desde então, mesmo que ainda custe aos cofres públicos um milhão de euros por ano. Curiosidade: a palavra-chave para ativar a evacuação de emergência dos militares e governo para Burlington era “laranjada”.


Derinkuyu – sob o solo da Capadócia, na Turquia, tem um segredo muito bem escondido. A cidade de Derinkuyu é uma maravilha do mundo antigo: com 7 níveis subterrâneos, 8km de extensão e 85 metros de profundidade, a cidade é na verdade um complexo criado provavelmente no século 7 a.C. e que tem uma estrutura magnífica que abriga lojas, templos, adegas, escolas, casas, armazéns, refeitórios, tubos de ventilação e um labirinto para confundir os invasores. Cerca de 600 portas ligam salas gigantescas, câmaras e instalações. Acredita-se que cerca de 20mil pessoas já viveram na cidade enquanto se escondiam de guerras e conflitos violentos. Ali elas não só podiam viver, mas também estudar e trabalhar normalmente. A cidade subterrânea tem ligação com a cidade de Kaymakli e possivelmente ajudou cristãos a se esconderem da perseguição romana. Toda a arquitetura respeita de certa forma a própria natureza e suas formas. É a maior cidade subterrânea da Capadócia (aparentemente era algo comum para eles, pois existem outras cidades subterrâneas por lá) e está aberta para visitação.



Cu Chi – localizados no Vietnã, esses túneis de 120km tiveram que servir de abrigo para os vietcongues durante a guerra do Vietnã. Ali foram improvisados hospitais, armazéns e qualquer outra instalação necessária para a guerra. Até um tanque foi encontrado por lá. Os túneis se espalham por todo o país e foram cruciais para a guerra. Nem o exército dos Estados Unidos e nem o do Vietnã do Sul conseguiram destruir esses túneis. Hoje é um museu e memorial.
Uma das entradas. Repare em como é estreita.




SubTropolis – com cerca de 4,5km² de área e estando a mais de 49 metros abaixo da superfície, este complexo é o maior armazém/estoque do mundo. Localizado nos Estados Unidos, o armazém estoca itens diversos para companhias diversas e setores governamentais americanos. Inclusive o serviço postal americano mantém um acervo de selos colecionáveis lá dentro. Há planos para a criação de uma fazenda de cogumelos e um estoque de petróleo bruto.


Repare na planta e em como esse lugar é colossal!


Do futuro – a cidade de Amsterdã está planejando construir em 2018 um complexo de túneis para abrigar lojas e estacionamentos. Tais túneis deverão passar por debaixo dos canais (pra quem não sabe, Amsterdã é uma cidade fundada num pântano e por isso tem canais com água pra todo lado).


umadblog.blogspot.pt
24
Nov16

O revolucionário

António Garrochinho
E ELE, O REVOLUCIONÁRIO HUMANO E HONESTO CHOROU, AINDA CHORA, A "GRANDE PESTE" DOS POLÍTICOS PROFISSIONAIS TODOS ELES VIVENDO ACIMA DA MÉDIA SERVINDO-SE DO PODER, ROUBANDO E MENTINDO, NUNCA GOVERNANDO PARA O POVO.
O ÂNIMO, A CERTEZA QUE TEM E QUE AFIRMA, É QUE NUNCA DEIXARÁ DE LUTAR PARA VARRER DA TERRA TAL DESONESTIDADE, TAIS CRIMES CONTRA OS QUE TRABALHAM E SÃO ÍNTEGROS.
A CORAGEM, A DIGNIDADE, É A SUA BANDEIRA
AG
24
Nov16

24 de Novembro de 1859: Charles Darwin publica 'A Origem das Espécies'

António Garrochinho


O livro sobre  A Origem das Espécies, obra científica  do naturalista britânico Charles Darwin, é publicado em Inglaterra no dia 24 de Novembro de 1859. A teoria de Darwin defendia que organismos vivos evoluem através de um processo a que chamou de “selecção natural”. Nela, organismos com variações genéticas que se adaptam ao seu meio ambiente tendem a propagar mais descendentes que organismos da mesma espécie aos quais faltam as variações, influenciando, por conseguinte a estrutura genética em geral das espécies. 

Darwin, que foi influenciado pelo trabalho do naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck e do economista inglês Thomas Malthus, constatou grande parte das evidências a favor da sua teoria durante a longa expedição de pesquisas a bordo do HMS Beagle nos anos 1830, que durou perto de cinco anos. Visitando lugares diferentes como as Ilhas Galápagos e a Nova Zelândia, Darwin adquiriu um conhecimento muito próximo da flora, fauna e geologia de muitas terras.

A ideia da evolução orgânica não era nova. Tinha sido aventada antes, entre outros, pelo avô de Darwin, Erasmus Darwin, um insigne cientista inglês e por Lamarck, que no começo do século XIX desenhou o primeiro diagrama evolucionário – uma cadeia que levava de organismo unicelulares ao homem. No entanto, só com Darwin que a ciência apresentou uma explicação prática do fenómeno da evolução. 

Darwin havia formulado a sua teoria da selecção natural em 1844, contudo mostrou-se cauteloso em revelar as suas teses ao grande público porque contradizia flagrantemente a versão bíblica da criação. Em 1858, com Darwin ainda em silêncio acerca das suas descobertas, o naturalista britânico Alfred Russel Wallace publicou por sua conta um artigo que resumia a essência da sua teoria. Darwin e Wallace pronunciaram uma conferência conjunta diante da Sociedade Linnean de Londres em Julho de 1858. Darwin resolveu então preparar a sua obra para publicação. 

Trazida à luz em 24 de Novembro de 1859, a primeira edição de  A Origem das Espécies  esgotou-se rapidamente. A maioria dos cientistas abraçou de imediato a sua teoria, visto que resolvia inúmeros quebra-cabeças da ciência biológica. Contudo, os cristãos ortodoxos condenaram o trabalho como uma heresia. A controvérsia quanto às  ideias de Darwin aprofundou-se com a publicação de uma série de livros sobre plantas e animais, em particular “A descendência do Homem e selecção em relação ao sexo” e “A expressão da emoção em homens e animais” nos quais expõe a evidência da evolução do homem.

À época da morte de Darwin em 1882, a sua teoria da evolução já era universalmente aceite. Em homenagem ao conjunto do seu trabalho científico, foi enterrado na Abadia de Westminster ao lado de reis, rainhas e outras ilustres figuras da história britânica. Subsequentes desenvolvimentos na genética e na biologia molecular levaram a algumas mudanças no entendimento da teoria evolucionista, porém as ideias de Darwin permanecem até hoje como essenciais no campo da biologia. 
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Capa do livro A Origem das Espécies, de 1859
Árvore de evolução de Darwin

Retrato de Charles Darwin - John Collier
24
Nov16

24 de Novembro de 1906: Nasce Rómulo de Carvalho (António Gedeão), químico e poeta português.

António Garrochinho


Poeta, autor dramático, cientista e historiador, nasceu a 24 de novembro de 1906, na cidade de Lisboa, e aí morreu a 19 de fevereiro de 1997, na sequência de uma operação cirúrgica delicada.
Personalidade multifacetada e homem de apurada cultura, licenciou-se em Ciências Físico-Químicas, na Universidade do Porto, e foi professor liceal para além de cientista, divulgador científico e investigador da História das ciências. 
Com o seu nome próprio, Rómulo de Carvalho é autor de numerosos volumes de divulgação da cultura científica, publicados, nos anos 50 e 60, na coleção "Ciência para gente nova", da Atlântida nos anos 70, nos "Cadernos de iniciação científica", da Sá da Costa, a que seguiriam nas décadas posteriores vários manuais escolares. No domínio da História da ciência em Portugal, são marcantes estudos como História dos Balões e A Astronomia em Portugal no Século XVIII. Elaborou também a obra História da Educação em Portugal.
Já com cinquenta anos de idade, começou a publicar literatura, sob o pseudónimo de António Gedeão. É contemporâneo da geração de "Presença", mas só se revelou na segunda metade do século, sendo saudado, no momento da sua revelação, por David Mourão-Ferreira como uma voz "inteiramente nova" no panorama poético dos anos 50 (cf. Vinte Poetas Contemporâneos, 2.a ed., Lisboa, Ática, 1980, pp. 149-153). Para essa originalidade concorriam, entre outros traços, a incorporação das tradições do primeiro e segundo modernismos, a opção por um estilo rigorosamente cadenciado e ritmado, a expressão da inquietação e angústia coletivas do Homem do pós-guerra ou o recurso frequente a uma terminologia ou imagística provenientes do domínio científico. Jorge de Sena (cf. estudo introdutório à segunda edição de Poesias Completas, Lisboa, Portugália, 1968) e Fernando J. B. Martinho (cf. Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50, Lisboa, Colibri, 1996, pp. 428-433) assinalam na poesia de António Gedeão a recorrência de dispositivos retóricos que permitem considerar no âmbito de um neobarroquismo a poesia do autor de Movimento Perpétuo.


Os poemas alcançaram grande popularidade, pela linguagem simples mas emotiva e carregada de uma inteligente sensibilidade, sempre atenta aos valores humanistas. É uma poesia que funde meios de expressão tradicionais com uma visão moderna do mundo, abordando a temática do sentimento da solidariedade, da denúncia do sofrimento e da própria solidão humana. Todo o ser do poeta se ergue num protesto denso de substância vital, e, sob este aspeto, a sua poesia deixa transparecer um compromisso direto, imediato e espontâneo com o drama social do homem e o segredo do mundo.
Vários dos seus poemas foram também divulgados através da música como, por exemplo, Calçada de Carriche, Fala do Homem NascidoLágrima de Preta e a canção Pedra Filosofal, composta e cantada por Manuel Freire, que teve um sucesso invulgar.
Por ocasião do seu nonagésimo aniversário, em 1996, Rómulo de Carvalho foi alvo de homenagens em vários pontos do país. Por decisão ministerial, a data do seu aniversário, 24 de novembro, passou a ser assinalada como o Dia da Cultura Científica.

Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)
 Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho 
é uma constante da vida 
tão concreta e definida 
como outra coisa qualquer, 
como esta pedra cinzenta 
em que me sento e descanso, 
como este ribeiro manso 
em serenos sobressaltos, 
como estes pinheiros altos 
que em verde e oiro se agitam, 
como estas aves que gritam 
em bebedeiras de azul. 
Eles não sabem que o sonho 
é vinho, é espuma, é fermento, 
bichinho álacre e sedento, 
de focinho pontiagudo, 
que fossa através de tudo 
num perpétuo movimento. 
Eles não sabem que o sonho 
é tela, é cor, é pincel, 
base, fuste, capitel, 
arco em ogiva, vitral, 
pináculo de catedral, 
contraponto, sinfonia, 
máscara grega, magia, 
que é retorta de alquimista, 
mapa do mundo distante, 
rosa-dos-ventos, Infante, 
caravela quinhentista, 
que é Cabo da Boa Esperança, 
ouro, canela, marfim, 
florete de espadachim, 
bastidor, passo de dança, 
Colombina e Arlequim, 
passarola voadora, 
pára-raios, locomotiva, 
barco de proa festiva, 
alto-forno, geradora, 
cisão do átomo, radar, 
ultra-som, televisão, 
desembarque em foguetão 
na superfície lunar. 
Eles não sabem, nem sonham, 
que o sonho comanda a vida. 
Que sempre que um homem sonha 
o mundo pula e avança 
como bola colorida 
entre as mãos de uma criança. 

António Gedeão, in 'Movimento Perpétuo'

VÍDEO


24
Nov16

24 de Novembro de 1957: Morre Diego Rivera, consagrado artista plástico mexicano

António Garrochinho


Morre em 24 de Novembro de 1957, aos 70 anos Diego Rivera, destacado artista mexicano, famoso por pintar obras de alto conteúdo social em edifícios públicos. Ele foi criador de diversos murais espalhados por cidades do México e dos Estados Unidos.
Na verdade, o nome completo do artista mexicano era Diego María de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera y Barrientos Acosta y Rodríguez. Facilitando a vida de jornalistas e do público, decidiu adoptar apenas Diego Rivera.
Nascido em 8 de Dezembro de 1886 em Guanajuato,  começou a partir de 1896 a fazer aulas na Academia de São Carlos, desobedecendo aos desejos do seu pai que queria vê-lo na carreira militar. No começo do século, recebeu bolsas de estudo para viajar até Espanha e conhecer obras de Goya, El Greco, Brueghel e ingressar no ateliê de Eduardo Chicharro, um dos mais importantes retratistas espanhóis.
Ao contrário de outros grandes artistas gráficos como José Clemente Orozco, artista filiado no Exército Constitucionalista, e de David Alfaro Siqueiros, alto oficial, Diego Rivera não teve participação directa no conflito político e militar da Revolução Mexicana de 1910. Em 1916, depois de passar por diversos países da América do Sul, fixa-se em Paris, onde mantém contacto com artistas como Picasso, Ochoa e Inclán, aderindo então ao cubismo. Em 1917, influenciado por Paul Cezanne, aproxima-se do pós-impressionismo, conseguindo chamar a atenção pelas suas telas de cores vivas.
Em 1920 empreende uma viagem à Itália onde aprofunda o estudo da arte renascentista. Quando toma conhecimento de que José Vasconcelos fora designado ministro da Educação do México, regressa ao seu país e participa em iniciativas artísticas ao lado de Orozco, Siqueiros e Tamayo.
Em 1927, Rivera é convidado para as cerimónias dos 10 anos da Revolução Bolchevique em Moscovo. Casa-se com a pintora Frida Kahlo em 1929, ano em que é expulso do Partido Comunista. Em 1930 é convidado para a realização de diversas obras nos Estados Unidos, onde a sua temática comunista desataria contradições, críticas e atritos com proprietários, governo e imprensa locais.
Em 1933 ocorre um dos episódios mais controversos da sua vida. O magnata John Rockefeller contrata Rivera para pintar um mural na entrada do edifício RCA em Nova Iorque. Era o principal edifício do Rockefeller Center. Situado na 5ª Avenida era um marco emblemático do capitalismo.
Rivera desenhou então o mural sob o tema O Homem na Encruzilhada de Caminhos ou o Homem Controlador do Universo. Estando para completá-lo, resolveu incluir um retrato de Lenine. A reação da imprensa foi imediata e virulenta. Rockefeller considerou o retrato como insulto pessoal, mandou cobrir o mural e ordenou que fosse destruído. De volta ao México em 1934, pintou o mesmo mural no 3º andar do Palácio de Belas Artes.
Em 1936 solicita ao presidente Lázaro Cárdenas asilo político a Leon Trotsky, o que se concretiza no ano seguinte, sendo recebido na Casa Azul de Frida Kahlo. Em 1940, já divorciado de Kahlo e afastado do dissidente soviético, volta a casar-se com ela.
Em 1946 pintou uma das suas obras mais importantes Sonho de uma Tarde Dominical na Alameda Central no Hotel do Prado. Integra com Orozco e Siqueiros a comissão de Pintura Mural do Instituto Nacional de Belas Artes.
Em 1950 ilustrou o livro Canto Geral de Pablo Neruda. Em 1952 realizou o mural A Universidade, a Família Mexicana, a Paz e a Juventude Esportista no Estádio Olímpico Universitário na Cidade do México.
Em 1953, Rivera cria uma obra-prima que se encontra no Teatro dos Insurgentes, Cidade do México. Tal obra tem um elevado significado pois cada imagem representa parte da história do México. O mural é feito de pequenos azulejos de vidro. A colocação esteve a cargo do mestre Luigi Scodeller.
Há uma cena em que aparece o popular comediante Cantinflas a receber dinheiro dos grupos abastadas da sociedade mexicana representada por capitalistas, militares, um clérigo e uma cortesã. Os pobres encontram-se do lado esquerdo representando os grupos exploradas. Atrás de todo o cenário vislumbra-se a antiga Basílica de Guadalupe.
Em Junho de 1954, morre Frida Kahlo e no ano seguinte casa-se com Emma Hurtado. Viaja para a União Soviética para uma intervenção cirúrgica. Falece em 24 de Novembro de 1957 em sua casa, actualmente conhecida como Museu Casa Estúdio Diego Rivera e Frida Kahlo. Os seus restos mortais foram colocados na Rotunda das Pessoas Ilustres, contrariamente à sua última vontade.


 Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Diego Rivera (fotografia de Carl van Vechten, 1932)

Frida Kahlo e Diego Rivera em 1932, foto de Carl Van Vechten
Detroit Industry, Mural Norte, 1932–33. Detroit Institute of Arts.
Mural  de Tlatelolco, Palacio Nacional, México
24
Nov16

poesia:António garrochinho

António Garrochinho
que saudades que tenho dos tremoços
dos tempos moços
mastigá-los salgadinhos
mais dos grados
do que miudinhos
com uma bejéca
enquanto de maneira dissimulada
discreta
se vê passar o borracho
logo a moral sobe
sai de baixo
esticando as pernas
em postura snob
e depois o sol
que tudo aquece
faz o resto
e como num passe de mágica
num gesto
na mona
o colesterol
se esquece, se desvanece
e outra paisagem
outra página
nos olhos aparece
enquanto a cerveja
a espuma no copo gelado
explode
António Garrochinho
24
Nov16

OLHÓ AVANTE ! - O julgamento que falta fazer

António Garrochinho



O julgamento que falta fazer


Terminou há dias o famigerado julgamento do ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), de um director operacional, de um agente e de uma «toupeira» do SIRP na Optimus, acusados de espionagem ilegal ao jornalista Nuno Simas e aos seus metadados. Foram considerados culpados de abuso de poder e violação de Segredo de Estado e os responsáveis, Silva Carvalho e João Luís, foram condenados, respectivamente, a quatro anos e meio e dois anos de prisão, ambos com pena suspensa.

Importa valorizar este julgamento – raramente aconteceram decisões condenatórias de ilegalidades ou crimes no Sistema de Informações da República. Este caso é uma excepção, um momento em que se cumpriu a Lei, no longo percurso de impunidades e ilegalidades da «comunidade de informações», cobertas pelo «cartel» do PS, PSD e CDS.

Mas agora, a questão que está colocada, em elementar respeito pela Lei e as instituições democráticas, é saber e decidir, nos planos judicial e político, o que vai acontecer com o montão de indícios de prova produzidos no julgamento, de que é o próprio Sistema de Informações que conflitua com a Lei e a Constituição, em fuga permanente ao controlo democrático e em exercício reiterado de acções ilícitas, tão criminosas como as condenadas neste processo.

Foi dito pelos principais réus que «90% do modus operandi dos Serviços é ilegal» e – desafiando o Segredo de Estado – que as operações ilícitas são coordenadas pelos seus directores, «sem registo», para que nada chegue ao Conselho de Fiscalização. Foi confirmado o «Manual de Procedimentos do SIS», que ensina uma panóplia de acções ilegais. Foi dito que existem «meios técnicos de escutas, seguimentos, de áudio e vigilância visual», cuja actividade é «sempre autorizada pelo Director Geral», a quem são «sujeitos os relatórios». Que os procedimentos operacionais ilegais continuam bem depois da saída de Silva Carvalho, em instruções para «acesso a facturas telefónicas», etc.

Estes indícios de gravíssimas ilegalidades – já que acções deste teor, no nosso País, estão reservadas e sob tutela das magistraturas –, impõem que a Justiça funcione, que se investigue a real dimensão da actividade criminosa no e do SIRP e se proceda em conformidade.

É este o julgamento que falta fazer.



Carlos Gonçalves 
24
Nov16

HOJE NO CM

António Garrochinho

Rede cobra 5 mil euros para passar no código Candidatos iam para o exame com microcâmaras e auriculares. Esquema rende 620 mil euros e envolve 7 escolas.


24
Nov16

Entrevista à "Renascença" - Jerónimo de Sousa: “Não pode haver aqui filhos e enteados”

António Garrochinho

Secretário-geral do Partido Comunista lamentou, em entrevista à Rádio Renascença, que o arrastar do processo da Caixa Geral de Depósitos poderá ter efeitos negativos para a recapitalização do banco.


O líder do Partido Comunista Português iliba o Governo no caso da Caixa Geral de Depósitos e defende que “nenhum compromisso contorna a lei”. Em entrevista à Rádio Renascença, Jerónimo de Sousa lamentou o arrastar de um processo que poderá ter efeitos negativos para a recapitalização do banco.
“Continuo a insistir que não pode haver aqui filhos e enteados em termos da declaração de rendimentos e de património porque todos nós o fazemos, todos aqueles que têm cargos políticos, que têm responsabilidades maiores em termos de quadros do Estado. Não se percebe tanta resistência”, explica o secretário-geral do PCP.
Quanto à responsabilidade do Governo neste caso, Jerónimo de Sousa prefere apontar o foco para o TC. “[O Governo] não tem a possibilidade de uma intervenção direta, tendo em conta que o poder institucional está nas mãos do Tribunal Constitucional. Portanto, o desfecho do processo está nas mãos da administração [do banco].”
A natureza do PCP continua a ser a de “um partido de luta”, mais do que de “um partido de protesto”, diz o secretário-geral do partido, rejeitando assim a ideia de uma atitude mais passiva. “Independentemente das convergências encontradas, designadamente em relação ao Governo do PS, há um elemento estratégico fundamental que vai determinar muito o futuro: é a luta dos trabalhadores e do nosso povo. A luta não está dispensada. Antes pelo contrário: justifica-se plenamente.

Em entrevista à Renascença, o secretário-geral do PCP não demonstra dúvidas em relação à forma como o Governo negociou com a nova administração da Caixa Geral de Depósitos. Jerónimo de Sousa iliba o executivo de responsabilidades no atraso na entrega de declarações de rendimento e património.
Ao não ter ainda entregado a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional, António Domingues deveria abandonar as funções que assumiu na Caixa Geral de Depósitos?
O que dizemos, e reafirmamos, é que é um processo que se arrasta, que acaba por ter efeitos negativos no processo da recapitalização da Caixa, que é fundamental. Em relação à questão de facto, nós não entendemos a resistência.

Mas não há uma linha vermelha para lá da qual não se pode passar? Porque já há semanas que dizemos que o processo se arrasta e a verdade é que ele continua a arrastar-se.

É evidente que podemos dizer que ainda está a correr o prazo previsto, mas este arrastamento não ajuda. Continuo a insistir que não pode haver aqui filhos e enteados em termos da declaração de rendimentos e de património porque todos nós o fazemos, todos aqueles que têm cargos políticos, que têm responsabilidades maiores em termos de quadros do Estado. Não se percebe tanta resistência.

Mas não acha que esta resistência está a retirar condições à administração para depois fazer o trabalho que tem que fazer?

Não consigo avaliar as consequências disso, mas aquilo que desejamos é que se resolva rapidamente. Quanto mais se arrastar, mais negativo será.

E o Partido Comunista pediu esclarecimentos ao Governo para saber até que ponto é que houve um compromisso que evitasse que estes administradores apresentassem as declarações?

Não, o nosso processo é de carácter político, portanto a nossa posição é de avaliação política e não temos nenhuma informação...

Mas não acha importante saber se houve um compromisso entre o Governo e a administração da Caixa?

Não temos essa informação, é evidente que não perguntámos.

Não levanta suspeitas ao Partido Comunista esta demora e esta posição que a administração tem tomado?

Isto é sempre muito subjectivo, mas o arrastamento, como digo, é incompreensível aos olhos dos portugueses porque trata-se de uma obrigação legal, a administração sabia ao que ia.

Mas no “sabia ao que ia” podia estar incluída a não obrigação de apresentar as declarações?

Ah, mas eu acho que nenhum compromisso contorna a lei, portanto, é evidente que aqui a lei tem que ser igual para todos. Não pode ter havido nenhum compromisso que se sobrepusesse à lei.

Não acha que neste caso se devia também responsabilizar o Governo pelo que se está a passar?

Creio que a responsabilidade neste caso concreto é do próprio e naturalmente das instituições, designadamente do Tribunal Constitucional.

E, portanto, o Governo está fora desta questão?

Não, não tem é a possibilidade de uma intervenção directa tendo em conta que o poder institucional está nas mãos do Tribunal Constitucional. Portanto, o desfecho do processo está nas mãos da administração [da Caixa].

Este Governo está a fazer um ano no final desta semana. Baseia-se num apoio parlamentar que não conhecíamos em democracia. O PCP, por exemplo, neste caso da Caixa e no das viagens da Galp, amoleceu um pouco as suas posições?

Não, porque o PCP tem em relação ao PS um compromisso que está definido na posição conjunta PS/PCP que converge em muitas matérias no seu conteúdo, mas simultaneamente tem como pressuposto e está inscrito que cada partido tem total liberdade, independência e autonomia para votar...

O facto de o Partido Comunista ter deixado de ser um partido de protesto para passar a ser uma oposição construtiva alterou bastante o discurso do PCP?

Em primeiro lugar, mais do que um partido de protesto, somos naturalmente um partido de luta, faz parte da história do nosso partido e até consideramos que, independentemente das convergências encontradas, designadamente em relação ao governo do PS, há um elemento estratégico fundamental que vai determinar muito o futuro: é a luta dos trabalhadores e do nosso povo. A luta não está dispensada. Antes pelo contrário: justifica-se plenamente.


rr.sapo.pt
24
Nov16

QUANDO DE TRATA DE TOSTÕES PARA QUEM TRABALHA TUDO É DIFÍCIL, QUANDO SE TRATA DE ENTREGAR MILHÕES AOS LOBISOMENS NÃO HÁ ENTRAVES ! Vieira da Silva admite "não ser tarefa fácil" acordo sobre salário mínimo

António Garrochinho


Ministro da Segurança Social diz não querer alimentar polémicas em torno da questão. "A minha função é trabalhar para que exista um acordo"

O ministro Vieira da Silva admitiu hoje, em declarações à Lusa, "não ser tarefa fácil" alcançar um acordo sobre o salário mínimo na Concertação Social, mas disse que seria "vantajoso" se fosse conseguido.

"Há cerca de 10 anos foi celebrado, pela primeira vez na nossa história, um acordo de médio prazo para a fixação do salário mínimo, mas foi a primeira vez que isso aconteceu e mostra bem que não é uma tarefa fácil", afirmou o governante, acrescentando: "Um acordo de médio prazo é vantajoso. Trabalharei no sentido de criar as condições para que tal seja possível, mas não é uma tarefa fácil".

O ministro do Trabalho e da Segurança Social falava em Baião, onde hoje participou numa reunião com representantes de instituições sociais do concelho, conjuntamente como os autarcas locais.

Questionado sobre se acredita ser possível alcançar um acordo entre os parceiros sociais sobre o valor do salário mínimo, na reunião da Comissão Permanente de Concertação Social agendada para quinta-feira, Vieira da Silva respondeu não se tratar de "uma questão de crença, de acreditar ou não".

"A minha função é trabalhar para que exista um acordo", reforçou.

O governante reconheceu que "os pontos de partida dos vários parceiros [sociais] são distintos", o que, precisou, não é novo "durante quase toda a história do salário mínimo".

"Tenho relembrado que a legislação portuguesa sobre o salário mínimo é muito clara. O salário mínimo é fixado pelo Governo ouvida a Concertação Social", declarou, recordando que a proposta do executivo, de 557 euros em 2017, é a que consta no programa do Governo.

Vieira da Silva disse não pretender "alimentar polémicas prévias às reuniões".

"Tudo mais que eu disser será lançar pontos para a polémica", terminou.

www.dn.pt
24
Nov16

AGORA CHAMAM-LHE GOVERNO PRESIDENCIALISTA A UMA FEROZ DITADURA - Erdogan a um passo de criar um regime presidencialista na Turquia

António Garrochinho

Parlamento Europeu vota para suspender negociações de adesão da Turquia à UE. Mas a Comissão Europeia e os líderes europeus não querem interromper os contactos com Ancara.


O Presidente Recep Erdogan continua a avançar com os planos de alteração da Constituição para transformar a Turquia num regime presidencial, que concentrará nas suas mãos muito mais poder do que tem agora – num momento em que se avolumam as preocupações com a sua deriva autoritária.


As negociações do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de Erdogan, com o Partido do Movimento Nacional (MHP), uma formação de extrema-direita, parecem estar a correr de forma excelente: segundo o Daily Sabah, um jornal turco perfeitamente alinhado com o Governo, a proposta que neste momento está a ser ultimada em comissão parlamentar pode ir a plenário já na próxima semana.

As mudanças que têm sido tornadas públicas revelam um sistema centrado no Presidente, bastante inspirado pelo norte-americano. Deixa de haver primeiro-ministro e as iniciativas legislativas têm de vir do Parlamento (unicameral) e não do Governo. Os ministros não podem ser deputados, e o Presidente pode (deve?) ser de um partido político. “Quando um Presidente abandona os laços com o partido, perde-se eficácia política e a estrutura política activa”, afirmou Erdogan numa visita recente ao Paquistão, citado pelo Daily Sabah.

O AKP tem 316 deputados e o MHP 40; não são suficientes para aprovar directamente a nova Constituição, já que os outros partidos votariam contra. Mas se o Governo obtiver entre 330 e 366 votos, a proposta de alteração constitucional pode seguir para referendo – que poderá realizar-se em Abril, segundo o calendário normalmente apontado. O AKP cita sondagens dizendo que 65% dos turcos aprovam estas mudanças.

Só estão previstas eleições presidenciais em 2019. Mas os planos do AKP são que Erdogan assuma os novos poderes presidenciais logo a seguir ao referendo, sem que se realizem eleições antecipadas.

Eurodeputados querem interrupção de negociações
Neste cenário, a maioria dos deputados europeus vota nesta quinta-feira a favor da interrupção das negociações de adesão da Turquia à União Europeia (UE), devido às purgas que levaram ao despedimento ou prisão de mais de 125 mil pessoas após a tentativa de golpe de Estado falhada de 15 de Julho. Recep Erdogan, no entanto, que avança rapidamente para a aprovação das alterações constituições que transformarão a Turquia num regime presidencialista, responde por antecipação: “Este voto não tem qualquer valor para nós, seja qual for o resultado.”


Na verdade, Erdogan tem razão. É mais uma tomada de posição do Parlamento Europeu, face
às notícias de abusos que vêm da Turquia diariamente. “Milhares de funcionários públicos foram despedidos. A liberdade de imprensa foi limitada. Media foram encerrados. Políticos, deputados eleitos em liberdade, estão na prisão. Estes desenvolvimentos são muito preocupantes”, disse Manfred Weber, líder parlamentar do Partido Popular Europeu, anunciando o sentido de voto da sua formação.

 “Com Erdogan, a Turquia está a tornar-se um regime autoritário”, afirmou Gianni Pittella, líder do grupo dos Socialistas. “A União Europeia perde credibilidade ao desviar o olhar da tentativa de Erdogan de instalar um regime autoritário”, corroborou Guy Verhofstadt, líder do grupo dos Liberais (ALDE).

Mas para que as negociações que se iniciaram em 2005 sejam interrompidas é preciso que o Conselho Europeu, os líderes dos países-membros da UE, assim o decidam. Mas o apelo da Áustria a suspender as negociações não teve eco nos outros países. A Comissão Europeia avisou que cortar os laços com a Turquia seria uma situação em que todos perdem: “A melhor forma de reforçar a democracia turca é envolver-se com a Turquia, manter os canais abertos”, afirmou no Parlamento Europeu Federica Mogherini, a alta representante para os Assuntos Exteriores.

www.publico.pt
24
Nov16

SERÁ VERDADE ? RANGEL RANGE OS DENTES E ATACA ! - Domingues negociou CGD na UE quando ainda estava no BPI

António Garrochinho


Comissão Europeia respondeu a perguntas de eurodeputado social-democrata

A Comissão Europeia confirmou ontem ter-se reunido com o atual presidente da CGD para debater a recapitalização do banco quando este ainda não tinha sido nomeado para o cargo e pertencia aos quadros do BPI (aos quais renunciou em 30 de junho, assumindo em 31 de agosto as funções de presidente do banco público).

Em resposta a uma questão do eurodeputado José Manuel Fernandes (PSD), a comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, salientou que "o novo plano de atividades para a CGD foi apresentado à Comissão pelas autoridades portuguesas, que também consideraram necessário que o então futuro conselho de administração da CGD (que, entretanto, foi nomeado) participasse em algumas das reuniões e fosse informado sobre requisitos em matéria de auxílios estatais."

A comissária, segundo a resposta divulgada pelo PSD, disse "ter sido contactada pelas autoridades portuguesas pela primeira vez em abril de 2016" sobre uma nova recapitalização" da CGD. E acrescentou: "Compete às autoridades nacionais decidir quem deve estar presente ao seu lado nas reuniões. O novo plano de atividades para a Caixa Geral de Depósitos foi apresentado à Comissão pelas autoridades portuguesas, que também consideraram necessário que o então futuro conselho de administração da CGD (que, entretanto, foi nomeado) participasse em algumas das reuniões e fosse informado sobre requisitos em matéria de auxílios estatais." José Manuel Fernandes questionou a indicação, como representante do banco público, de "alguém que à data ainda não tinha entrado em funções na CGD e, ainda mais grave, era administrador executivo de um banco privado e concorrente da mesma". O eurodeputado considerou ainda que tal põe em causa as regras de transparência e alertou para um possível conflito de interesses.

Segundo o grupo parlamentar do PSD no Parlamento Europeu, também a presidente da supervisão do BCE, Danièle Nouy, confirmou que esteve com Domingues numa ida sua a uma conferência a Lisboa (em maio) a pedido do próprio e que também esteve com ele na sede do BCE em Frankfurt.

Citado num comunicado do PSD, o eurodeputado Paulo Rangel considerou que "é importante que o primeiro-ministro, António Costa, esclareça tudo, mas tudo, e de uma vez, sobre a Caixa". Ou seja: "Que papel teve ele no acordo para a isenção de obrigação de entrega da declaração de rendimentos? E agora, com este novo esclarecimento, como mandatou alguém para negociar a recapitalização da Caixa quando esse alguém era ainda administrador de outro banco e nem sequer tinha garantido que aceitaria o futuro cargo na Caixa?"

José Manuel Fernandes, o autor das perguntas agora respondidas, questionou o governo, segundo o comunicado do seu partido: "Como pôde António Costa ter indicado para representar a CGD alguém que à data ainda não tinha entrado em funções na CGD e, ainda, mais grave, era administrador executivo de um banco privado e concorrente da mesma? Não põe isso em causa as mais elementares regras de transparência e de prevenção de conflitos de interesses?"

Convite já existia em abril

Em abril, Domingues já estava convidado para presidir à CGD mas a confirmação da nomeação arrastou-se devido a sucessivos chumbos (pelo menos oito) na UE em relação aos gestores que convidara para a sua equipa. O plano de recapitalização que negociou vai começar a ser aplicado no início do próximo ano.


www.dn.pt

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António Garrochinho

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