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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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05
Dez16

A MEDICINA MACABRA

António Garrochinho



Estas são algumas das práticas médicas mais arrepiantes e mais terríveis do passado.
A medicina moderna é incrível. Chegamos a um ponto em que remover um dente não fará você  morrer de amigdalite. Estas são algumas das práticas médicas mais arrepiantes e mais terríveis do passado.
Pulmões de ferro
Antes que houvesse uma vacina para a poliomielite, os pacientes eram colocados dentro dos pulmões de ferro, que simularam a respiração. Uma vez lá dentro, seria como estar em um aparelho de tortura medieval, onde paciente é incapaz de se mover por semanas a fio, vendo apenas o seu reflexo no espelho.

Bronzeamento para bebês
O raquitismo é uma doença causada pela falta de vitamina D, o que leva ao enfraquecimento dos ossos. Agora, quem sofre com a doença geralmente toma suplementos de vitamina D. No passado, a cura incluía o bronzeamento artificial, que era utilizado até mesmo em bebês.
Doutores da peste
Por volta de 1800, esses médicos aterrorizantes eram frequentemente chamados para tratar os surtos de peste bubônica. Para se protegerem, eles usavam máscaras assustadoras com bicos longos e, em seguida, os enchiam com flores, acreditando que a doença se espalhava através do cheiro. Seus tratamentos incluíam açoites (porque a praga era muitas vezes vista como um “castigo de Deus”) e sangramento com sanguessugas.
Divulsor de uretra
O dispositivo acima faria qualquer homem se encolher. Se a uretra de um homem ficava muito estreita para o fluxo de urina, os médicos inseriam um divulsor na parte superior do pênis. Em seguida, um parafuso separava as lâminas e alargava a uretra – o sangramento era considerado um bom sinal.
Guilhotina de amígdalas
Antes dos antibióticos, a amigdalite era fatal. Para evitar os dedos mordidos por seus pacientes conscientes, os médicos enfiavam uma guilhotina aterrorizante goela abaixo dos desavisados.
Sanguessuga artificial
Quando um médico não tinha sanguessugas, eles usavam um sanguessuga artificial. As lâminas rotativas criavam uma ferida na pele do paciente, enquanto o cilindro era utilizado para produzir um vácuo que aspirava o sangue.
Fórceps para hemorróida
Se uma pessoa sofria de hemorróidas no passado, tinha que enfrentar esse instrumento adorável que firmemente agarrava e esmagava hemorróidas externas para restringir o fluxo sanguíneo e eliminá-las. Hemorróidas internas eram puxadas por um gancho, naturalmente.
Cirurgia plástica
Pode ser difícil de acreditar, mas a cirurgia plástica básica existe desde os tempos antigos. Contudo, até recentemente, era extremamente básica. Estas máscaras assustadoras eram projetadas para esconder lesões faciais.
Cadeiras de rodas
O aparelho do Dr. Clark foi anunciado em 1878 para permitir que as pessoas com problemas de coluna vertebral caminhassem por alguns minutos – ou mesmo horas. Na verdade, a estrutura de madeira era tão pesada que até uma pessoa saudável mal conseguia se mover, e muito menos aqueles com problemas de coluna vertebral.
Berço para loucos
Principalmente usado em hospitais psiquiátricos, esse berço impedia que os pacientes andassem ou sentassem. Por volta do século 20, essas gaiolas cruéis foram abolidas e substituídas por camisas de força e salas acolchoadas.
Alicate dental
Se você acha que a odontologia moderna é dolorosa, dê uma olhada no quão evoluídos nós estamos. Esse alicate era usado para a extração de dentes. Claro, isso foi antes da invenção da anestesia…
Anel de castidade
Durante a era vitoriana, a masturbação era vista como algo não-saudável. Em uma tentativa de acabar com a prática entre os homens, os médicos inventaram esse anel. Colocado em volta do pênis, cada vez que um homem ficava um pouco excitado, as pontas afiadas logo acabavam com a sensação.
Heroína e cocaína como xarope para tosse
Antes que suas propriedades viciantes fossem descobertas, tanto a heroína quanto a cocaína eram usadas para combater a dor. Durante alguns anos, a heroína até se tornou um xarope para a tosse feito pela Bayer.
Próteses
Próteses eram referenciadas até mesmo no Egito Antigo. Até nos dias mais modernos, elas mais pareciam algo saído de um mundo steampunk: eram desconfortáveis, impraticáveis, e muitas vezes envergonhavam o proprietário.
Osteótomo
Em uma tentativa de curar dores de cabeça, os médicos usavam uma técnica chamada trepanação para perfurar um buraco no crânio de um paciente. O osteótomo era usado para realizar o referido furo. Felizmente, temos agora paracetamol. [Distracify]


misteriosdomundo.org
05
Dez16

Os 4 piores castigos que os professores aplicavam nos alunos

António Garrochinho


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Com certeza você já deve ter ouvido histórias dos seus avós sobre como era a escola de antigamente. Regras rígidas, obrigação de comportamento exemplar, e professores extremamente exigentes. Bem, tanto no ensino público quanto privado muitas coisas mudaram. Talvez seja por isso que seu avô costuma dizer “no meu tempo não tinha isso!”. Entretanto, definitivamente ele não deve sentir falta das formas de punição aplicadas naquela época.
Você vai conhecer agora, aqui no Ultra Curioso, os 4 piores castigos que os professores aplicavam nos alunos de antigamente. Na verdade, como você vai poder constatar, provavelmente o “comportamento exemplar” dos alunos daquela época não eram embasados apenas no respeito, mas também no medo. Punições físicas e psicológicas eram frequentemente utilizadas, deixando sequelas no estudante para sempre.
Confira a matéria, e agradeça veementemente por não ter sido um estudante desses tempo idos.

1. A palmatória

PALMATÓRIA
A palmatória (ou férula) era uma das formas de disciplinar mais usadas e cruéis de antigamente. O artefato de madeira, que se consiste em uma haste encabeçada por um círculo (semelhante a uma colher de pau) cheia de pequenos furos, era usada para bater nas mãos do estudante quando este cometia um erro. A palmatória fazia surgir na mão uma série de doloridas bolhas, que causavam muita dor ao aluno.

2. Ajoelhando no milho

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Fazer o aluno ficar por alguns minutos ajoelhado no milho era outra forma de castigo muito usada pelos professores antigamente. A criança que cometia a “infração” era obrigado a ficar ajoelhado no grão normalmente na frente da turma toda, até o mestre decidir que já era suficiente. O milho invariavelmente cortava e perfurava a pele dos joelhos.

3. Reguadas

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Esse era outro castigo comum. Normalmente durante testes orais, de matemática por exemplo, o aluno era levado para a frente da sala e submetido às questões do professor. Se ele estivesse recitando a tabuada, por exemplo, qualquer erro era digno de uma reguada no bumbum ou na mão do aluno. “dois vezes dois, quatro, dois vezes três, sete” e dá-lhe reguada nesse momento.

4. Chapéu de burro

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O chapéu de burro era um espécie de castigo de psicológico, onde o aluno que cometia um erro era posto no canto da sala usando um chapéu com orelhas de burro, sendo ridicularizado pelos colegas e até pelo professor.


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05
Dez16

O SUPLÍCIO DOS CORPOS: EXECUÇÕES DO ANTIGO REGIME EM INGLATERRA E FRANÇA

António Garrochinho

História
O SUPLÍCIO DOS CORPOS: EXECUÇÕES DO ANTIGO REGIME EM INGLATERRA E FRANÇA
Para os amantes da história, aqui fica esta "revelação" acerca destes episódios sempre traumáticos, mas comuns a quase todos os antigos regimes monárquicos. Revelam-se neste blog, algumas das execuções e suplícios emblemáticos do antigo regime em França e Inglaterra, como o de Mary Stewart, a Rainha da Escócia e outros.

Texto: Português
Fonte: Rainhas Trágicas





O suplício dos corpos: execuções em Inglaterra e França no antigo regime – Parte I:


Por: Renato Drummond Tapioca Netp
Em abril de 1786 uma grande multidão de parisienses se reuniu no pátio da Salpêtrière, para onde todos aqueles que fossem acusados ou suspeitos de perturbar a ordem da cidade de Paris eram enviados. Na ocasião mencionada, o povo se dirigia àquele prédio, construído no século XVII, para presenciar o castigo que seria aplicado a Jeanne de La Motte, declarada pelo parlamento e pelo rei como culpada na trapaça que ficaria conhecida no século XIX, graças à obra do romancista Alexandre Dumas, como “o caso do colar de diamantes”. Jeanne foi acorrentada em um poste, com as costas nuas, para ser açoitada por seus crimes. O executor da tarefa, o carrasco Samson, lhe aplicou vários golpes com um chicote cujas cerdas estavam recheadas de pregos. À medida que os golpes atingiam o corpo da vítima, deixavam cortes profundos na sua carne. Terminada essa etapa, ela seria marcada com um ferro em brasa contendo a letra “V” de voleuse (ladra). Jeanne, que até então permanecia firme, se desesperou ao ver qual seria o próximo castigo e se agitou descontroladamente em suas correntes. Como não permanecia imóvel, o ferro lhe atingiu no busto e escorregou até a região do ventre, deixando uma marca grotesca no seu corpo. Depois disso, Samson gritava em alto e bom som para toda a multidão: “que assim pereçam os inimigos de Luís XVI”.
O castigo de Jeanne de La Motte
O castigo de Jeanne de La Motte
O exemplo que acaba de ser citado se enquadra no que Michel Foucault chamou no primeiro capítulo de sua obra “Vigiar e Punir” (1975) como suplício público, quando o corpo do condenado era violado na presença popular para mostrar a todos qual era o destino daqueles que desafiassem a ordem vigente. Esse tipo de punição era mais característico dos antigos regimes monárquicos, especialmente na França, governada por um rei absolutista até a revolução de 1789. No capítulo “O corpo dos condenados”, Foucault oferece ao leitor o exemplo do suplício de Robert Damiens, condenado em 1757 pela tentativa de assassinato de Luís XV, avô de Luís XVI. A pena de Robert foi muito mais severa que a de Jeanne de La Motte, pois foi banhando em chumbo derretido e óleo fervente, para depois ter cada parte do seu corpo atada a cavalos que, ao som de um tiro, correram cada qual para uma direção, esquartejando a vítima. No início do século XIX, “com inúmeros projetos de reformas, nova teoria da lei e do crime, nova jurisdição moral ou política do direito de punir, abolição das antigas ordenanças, supressão dos costumes” (1987, p. 12), os suplícios foram desaparecendo enquanto método de punição, “a despeito de algumas grandes fogueiras” que ainda eram mantidas.
O que teria contribuído então para o gradual desparecimento do suplício na virada do século XVIII para o XIX? Para Michel Foucault, existe uma tendência superficial em considerar a “humanização” dos castigos como justificativa para tanto. Porém, a reposta para essa questão talvez consista no fato de que o corpo deixou de ser o alvo principal da repressão final, dando lugar à “alma” do indivíduo. O espetáculo do processo punitivo é assim suprimido.
O cerimonial da pena vai sendo obliterado e passa a ser apenas um novo ato de procedimento ou de administração. […] A punição pouco a pouco deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então terá um cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam pouco a pouco de ser compreendidas, ficou a suspeita de que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecerem com criminoso, os juízes aos assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração (FOUCAULT, 1987, p. 13).
Na primeira metade do século XIX, as potências europeias estavam mergulhadas em um processo de reconfiguração política e econômica após a Revolução Francesa e o Império Napoleônico. Essa reorganização afetou inclusive os padrões de sociabilidade e a rejeição de tudo aquilo que pudesse ser considerado bárbaro ou selvagem, incluindo as práticas punitivas aplicadas aos presos no século passado. A execução pública passa a ser “vista então como uma fornalha em que se acende a violência”.
Execução pela guilhotina
Execução pela guilhotina
No antigo regime das monarquias europeias, centrado na figura de um rei autocrático, cabia ao soberano o direito de vida ou morte sobre os seus súditos. Enquanto na Inglaterra o sistema penal era marcado por uma maior rigidez, na França a reclusão ordenada segundo a vontade régia tinha por finalidade conduzir o indivíduo ao arrependimento pela privação de sua liberdade. Através da chamada lettre de cachet, o monarca francês poderia conceder a uma determinada comunidade o direito de organizar seu próprio policiamento, prestando assim um serviço à coroa. Durante a Revolução Francesa, milhares de pessoas foram executadas em praça pública em prol da segurança nacional, incluindo o rei e a rainha da França, Luís XVI e Maria Antonieta, além dos próprios instigadores da Revolução, Danton e Robespierre. Essa fase sangrenta deixou uma marca profunda no imaginário popular, relacionada ao medo gerado pela desordem civil instaurada com a queda do regime absolutista e ascensão da primeira república.
O instrumento utilizado para ceifar vidas durante aquele período era a guilhotina, sugerida pelo médico francês Joseph-Ignace Guillotin, por ser um método de execução mais “humano” do que o enforcamento ou o uso do machado. Estes últimos meios poderiam prolongar a agonia da vítima por muitas horas. A decapitação pelo machado, por exemplo, era muito comum na Inglaterra durante o século XVI e XVII. De acordo com G. R. Elton, foram necessários nada menos do que três golpes de machado para seccionar a cabeça de Mary Stuart, em 1587. Após o primeiro golpe, que atingiu o lado do crânio, a rainha da Escócia ainda estava viva. Dessa forma, a guilhotina oferecia, com sua lâmina losangular, uma execução mais rápida e um corte certeiro, abreviando o suplício do condenado a uma fração de segundos. Comparada à França, as práticas punitivas na Inglaterra moderna eram muito mais severas, especialmente durante as guerras de religião no século XVI e a guerra civil no século XVII.
A execução de Mary Stuart
A execução de Mary Stuart
Num levantamento de execuções de membros da realeza, nobreza e altos funcionários do estado, do filósofo Thomas More (1535) até o rei Carlos I (1649), a única vítima que teve uma pena mais “humana” foi Ana Bolena, primeira rainha decapitada da história inglesa. Para a morte de sua segunda esposa, condenada em 1536 por traição e adultério, o rei Henrique VIII designou um espadachim francês, que separou a cabeça da soberana com apenas um golpe rápido e limpo de espada, diante de uma plateia de alguns espectadores, parados na Torre de Londres, espécie de palácio, tesouraria, fortaleza e prisão. Assim como a Bastilha na França, a Torre era um símbolo da soberania da monarquia inglesa e do medo que inspirava nas pessoas. Por outro lado, os membros das classes mais subalternas não tinham o mesmo destino: “o condenado era arrastado sobre uma grade (para evitar que a cabeça arrebentasse contra o pavimento), seu ventre aberto, as entranhas arrancadas às pressas, para que ele tivesse tempo de as ver com seus próprios olhos ser lançadas ao fogo” (FOUCAULT, 1987, p. 16). Por fim, era decapitado e os membros do seu corpo expostos em postes pela cidade.





O suplício dos corpos: execuções em Inglaterra e França no antigo regime – Parte II

Por: Renato Drummond Tapioca Neto
A execução pública na Inglaterra e na França da Idade moderna tinha por finalidade prolongar o suplício da vítima o máximo possível e deveria ser realizada em local público. Após os processos revolucionários do século XVIII (Revolução Industrial na Inglaterra e Revolução Francesa), as noções de civilidade vão se alterar bruscamente. O novo século vai ser marcado pela repressão dos sentidos e daqueles instintos naturais que deixavam o homem mais próximo dos animais. Isso vai interferir inclusive no próprio tratamento para com os presos em penitenciárias e também nas penas de morte. É a certeza de que será punido por suas atitudes que deve desviar o indivíduo da vida criminosa. O essencial da pena, a partir de então, não será mais punir e sim “corrigir” o infrator e reeduca-lo para a vida em sociedade, “uma técnica de aperfeiçoamento recalca, na pena, a estrita expiação do mal, e liberta os magistrados do vil ofício de castigadores” (FOUCAULT, 1987, p. 14). As práticas punitivas foram se tornando, assim, mais pudicas. “Não tocar mais no corpo, ou o mínimo possível, e para atingir nele algo que não é o corpo propriamente” (FOUCAULT, 1987, p. 15).
Nesse processo, a própria relação castigo-corpo tomou uma nova dimensão: as penas físicas passaram a consistir em prisões, trabalho e servidão forçados, em contraste com os suplícios, bastante empregados nos séculos passados. Sendo assim, qualquer intervenção sobre o corpo físico, seja através do enclausuramento ou pelo trabalho obrigatório, tem por objetivo privar o indivíduo do seu direito a liberdade. Conforme nos diz Michel Foucault:
Segundo essa penalidade, o corpo é colocado num sistema de coação e de privação, de obrigações e de interdições. O sofrimento físico, a dor do corpo não são mais os elementos constitutivos da pena. O castigo passou de uma arte das sensações insuportáveis a uma economia dos direitos suspensos. Se a justiça ainda tiver que manipular e tocar o corpo dos justiçáveis, tal se fará à distância, propriamente, segundo regras rígidas e visando a um objetivo bem mais “elevado” (FOUCAULT, 1987, p. 15).
Mesmo as sentenças de morte sofreram uma mudança, com a eliminação do caráter de espetáculo e cena que tinha em séculos atrás e também com a supressão da dor:
Ao se aproximar o momento da execução, aplicam-se aos pacientes injeções de tranquilizantes. Utopia do pudor judiciário: tirar a vida evitando de deixar que o condenado sinta o mal, privar de todos os direitos sem fazer sofrer, impor penas isentas de dor. O emprego da psicofarmacologia e de diversos “desligadores”, fisiológicos, ainda que provisório, corresponde perfeitamente ao sentido dessa penalidade “incorpórea” (FOUCAULT, 1987, p. 15).
Execução pública na Inglaterra;
Execução pública na Inglaterra.
O corpo deixou então de ser o alvo principal da execução, que passou a atingir a vida do criminoso. “Não mais aqueles longos processos em que a morte é ao mesmo tempo retardada por interrupções calculadas e multiplicada por uma série de ataques sucessivos” (FOUCAULT, 1987, p. 16). Uma morte rápida e quase indolor, em detrimento dos suplícios, em que se morria “mil mortes”. A guilhotina, nesse período, passou a ser o instrumento preferido do sistema penal francês para ceifar vidas, graças à sua ação aparentemente “indolor” no corpo da vítima. Através dela, a morte é reduzida a um acontecimento quase instantâneo. “Quase sem tocar o corpo, a guilhotina suprime a vida, tal como a prisão suprime a liberdade, ou uma multa tira os bens” (FOUCAULT, 1987, p. 17). Dessa forma, o corpo que sofre não é mais o físico e sim o corpo jurídico, possuidor, entre outros direitos, do de existir.
Contudo, Michel Foucault ressalta que algo dos suplícios ainda permaneceu no século XIX, pelo no menos por algum tempo, na França. Até 1832, os parricidas, regicidas e outros a eles assemelhados, eram conduzidos até o cadafalso cobertos por um véu negro e depois tinham as mãos cortadas. Ou seja, um pouco do antigo cerimonial de execução ainda prevaleceu nas primeiras décadas dos anos 1800. Assim, “o último vestígio dos grandes espetáculos de execução é sua própria anulação: um pano para esconder um corpo” (FOUCAULT, 1987, p. 17). Na época da sobriedade punitiva, o grande espetáculo da punição física e do corpo supliciado dá lugar a um senso de pudor. O próprio discurso médico higienista colaborou para isso. Porém, nem todos os países adotaram com a mesma rapidez a supressão dos suplícios físicos. A Inglaterra, onde as práticas punitivas eram dotadas de estrema severidade, foi bastante reacionária ao cancelamento dessa forma de tortura física, “talvez por causa da função de modelo que a instituição do júri, o processo público e o respeito ao habeas-corpus haviam dado à sua justiça criminal”, mas principalmente porque “ela não quis diminuir o rigor de suas leis penais no decorrer dos grandes distúrbios sociais do período 1780-1820” (FOUCAULT, 1987, p. 18).
O histórico de revoluções e guerras civis que aconteceram na Inglaterra desde a Guerra das Duas Rosas (1455-1485) até o início do século XIX talvez explique também um pouco dessa severidade do sistema penal inglês. Com a ascensão da dinastia Tudor, em 1485, houve vários levantes populares e rebeliões contra o governo, especialmente após o processo de reforma religiosa iniciada pelo rei Henrique VIII em 1534. De acordo com Lawrence Stone, com base nos arquivos da Torre de Londres, estima-se que mais de 70 mil súditos tenham sido executados por traição em seu reinado, incluindo duas de suas seis esposas, Ana Bolena (1536) e Catarina Howard (1542). A sucessora de Henrique, sua filha Maria I, depois da morte do irmão Eduardo VI tentou trazer o país de volta para o catolicismo, punindo aproximadamente 300 protestantes ingleses que não aderiram à Sé de Roma, nos autos de fé da inquisição. Coube à rainha Elizabeth I encontrar um ponto de equilíbrio na política religiosa do país, ao decretar o anglicanismo como religião oficial do Estado. O que, entretanto, não impediu a própria Elizabeth de ordenar a execução de cerca de 700 ingleses na chamada Revolta do Norte, no princípio da década de 1570.
Estima-se que o rei Henrique VIII tenha ordenado a execução de 72.000 pessoa em seu reinado, entre elas, duas de suas esposas.
Estima-se que o rei Henrique VIII tenha ordenado a execução de 72.000 pessoa em seu reinado, entre elas, duas de suas esposas.
Porém, a partir da década de 1570 um grupo de religiosos, os chamados puritanos, cresceu cada vez mais e passou a controlar determinados seguimentos da vida social, instituindo regras de conduta moral para regularizar modos religiosamente inaceitáveis do seu ponto de vista. No século XVII, esses grupos religiosos, melhor representados pelos quakers e metodistas, se colocaram contra os abusos da igreja anglicana, pregando a restauração da fé cristã original. Essas noções de moralidade religiosa interferiram, inclusive, no próprio sistema penal, apesar dos esforços do Estado em contrário. A severidade e o rigor nas penas na lei inglesa persistiram até as primeiras décadas do século XIX. Não obstante, a prática da tortura persistiu no sistema penal francês, apesar do suplício público ter-se reduzido consideravelmente entre os anos de 1760-1840. Da mesma forma, o poder sobre o corpo do criminoso não deixou de existir totalmente, uma vez que, como esclarece Foucault, castigos como prisão ou trabalhos forçados “nunca funcionaram sem certos complementos punitivos referentes ao corpo: redução alimentar, privação sexual, expiação física, masmorra” (1987, p.19).
Contudo, a reforma no sistema penitenciário foi alvo de críticas durante a primeira metade do século XIX. Afinal, na prisão os detentos permaneciam mais bem alimentados e protegidos do frio que muitos pobres, a despeito de terem sido privados de sua liberdade. O afrouxamento da severidade no sistema penal foi visto durante muito tempo como se fosse um fenômeno quantitativo: ora, se há menos sofrimento e suavidade nas penas, consequentemente haveria mais respeito à “humanidade”. Porém, o que houve na verdade foi um deslocamento do objeto ao qual se aplica a ação punitiva. De acordo com Michel Foucault:
Se não é mais ao corpo que se dirige a punição, em suas formas mais duras, sobre o que, então, se exerce? A resposta dos teóricos — daqueles que abriram, por volta de 1780, o período que ainda não se encerrou — é simples, quase evidente. Dir-se-ia inscrita na própria indagação. Pois não é mais o corpo, é a alma. À expiação que tripudia sobre o corpo deve suceder um castigo que atue, profundamente, sobre o coração, o intelecto, a vontade, as disposições. Mably formulou o princípio decisivo: “Que o castigo, se assim posso exprimir, fira mais a alma do que o corpo”. (FOUCAULT, 1987, p. 20).
O corpo e o sangue são, assim, substituídos no aparato da justiça punitiva para dar lugar a uma forma de castigo praticamente incorpórea, que atinja mais à vida do indivíduo pela privação de sua liberdade.
A partir da década de 1570 um grupo de religiosos, os chamados puritanos, cresceu cada vez mais e passou a controlar determinados seguimentos da vida social, instituindo regras de conduta moral para regularizar modos religiosamente inaceitáveis do seu ponto de vista. Execução do rei Carlos I na chamada Revolução Puritana.
A partir da década de 1570 um grupo de religiosos, os chamados puritanos, cresceu cada vez mais e passou a controlar determinados seguimentos da vida social, instituindo regras de conduta moral para regularizar modos religiosamente inaceitáveis do seu ponto de vista. Execução do rei Carlos I na chamada Revolução Puritana.
A partir do século XIX, com a ascensão do capitalismo e de uma classe industrial, surge então uma ideia de controle social pautada na correção dos indivíduos ao nível de suas atitudes, comportamentos, disposições, ou mesmo do perigo que possam representar para os outros membros da sociedade. Essa ideia de penalidade, baseada na reclusão em um local (edifício ou instituição), tinha por finalidade criar indivíduos dóceis e úteis, reintegrados à vida social como soldados do Estado. Dessa forma, a dupla “vigiar e punir”, que durante as monarquias inglesa e francesa da Idade Moderna, foi o ideal máximo do sistema penal, deu lugar à dupla “vigiar e corrigir”, para servir a um determinado propósito. Contudo, a falha desse modelo reside na ilusão de que o indivíduo “corrigido”, uma vez que tenha passado pela prisão, será aceito pela população sem mácula do preconceito gerado pelo comportamento que levou determinada pessoa ao cárcere. Por outro lado, as prisões, antes de controlar a violência, se tornaram um lugar onde ela é disseminada de forma quase descontrolada, fomentando a revolta no homem justamente pela privação de sua liberdade, meio adotado pelo sistema penitenciário como uma forma de respeitar o corpo do criminoso. Se nas monarquias absolutistas o suplício dos corpos era a forma de castigo adotada pelo sistema penal, na contemporaneidade um novo objeto de tortura, talvez mais cruel, foi adotado como alvo: a alma do preso.

Referências Bibliográficas:
CARLYLE, Thomas. História da Revolução Francesa. – São Paulo: Melhoramentos, 1961.
ELTON, G. R. England under The Tudors. – London: The Folio Society, 1997.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. – Petrópolis: Vozes, 1987.
GAULIA, Cristina Tereza.  Vigiar e Punir – História da violência nas prisões. Revista da EMERJ, Rio de Janeiro, v. 16, n. 62, p. 37 – 64, abr. – set. 2013.
HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções, 1789-1848. Tradução de Maria Tereza Teixeira e Marcos Penchel. 32ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.
STONE, Lawrence. Causas da Revolução Inglesa 1529-1642. Tradução de Modesto Florenzano. – Bauru, SP: EDUSC, 2000.
ruilyra.blogspot.pt
05
Dez16

PÂNICO - NOTÍCIA

António Garrochinho
Algures, num país ocidental, um homem que, porventura, terá sido confundido erradamente com um Banqueiro que bateu recordes de lucros em plena crise financeira, ou, talvez, com um Administrador que recebeu salários pornográficos de alguma empresa com capitais públicos, ou, quiçá, com um Político corrupto apostado na adjudicação de elefantes brancos para a engorda de empresas de construção civil, ou, possivelmente, com um Jornalista venal, pago para glorificar personagens semelhantes aos anteriormente descritos, ...
... foi barbaramente espancado ...
.... possivelmente por uma hoste de indivíduos sem-abrigo e sem uma enxerga para dormir, ou, quiçá, por um grupo de desempregados com filhos a chorar de fome, ou, talvez, por um ajuntamento de precarizados sem dinheiro para alugar um minúsculo Tê Zero, ou, porventura, por uma juventude que já compreendeu que nunca terá um futuro.


citadino.blogspot.pt
05
Dez16

Mistérios Indígenas: entre América do Norte e do Sul

António Garrochinho



O que teriam vindo europeus pré-cristãos e pagãos buscar nas Américas? Além de metais preciosos, que segundo a lenda, Salomão e navegantes hebreus teriam vindo buscar na Amazônia, numa colônia no Rio Solimões, certamente a sabedoria dos mistérios indígenas seria uma motivação.

INDIOS DA AMÉRICA DO NORTE

Os indios norte americanos desenvolveram-se como caçadores nómadas,hábeis tanto em territórios planos e secos, presentes no interior e oeste americano, quanto em aldeias estáveis em florestas densas nos EUA do lado atlântico e no Canadá. Algumas etnias indígenas norte-americanas desenvolveram escrita própria. O assunto é extenso, então me limito a analisar somente um caso, o dos índios Mandan.
Quando os exploradores ingleses e espanhóis chegaram ao Velho Oeste dos EUA encontraram uma etnia chamada Mandan, que ainda tem sobreviventes vivos. O que impressionou os europeus foi que este povo tinha pele clara e alguns tinham olhos claros. Um irlandês que estava numa expedição teria reconhecido palavras galesas (do País de Gales, Inglaterra) entre as palavras mandans. Um desenhista fez o retrato de uma índia alourada de olhos azuis, que posto abaixo. Os estudiosos atuais negam que isto seja devido a uma visita e miscinegação européia, pois "não há evidência de estadia de europeus antes de Colombo". Eu pergunto: mas isto não é uma evidência?

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  índia Mandan desenhada no início do século XIX

Nem todos os Mandan eram louros, entretanto, somente um grupo. Segundo os Mandan, um ancestral seu chamado "Chifre-Vermelho", há muitas gerações, havia feito contato com viajantes estranhos, altos e ruivos, que diziam ter vindo do mar. Um dos exploradores ingleses da época colonial aventou a hipótese de que os Mandan teriam se miscigenado com uma população galesa imigrante, pois havia a lenda no País de Gales de um clã que deixou a Ilha Britânica no ano de 1123 DC e seguiu uma rota marítima viking, em direção às Terras do Ocidente. Alguns mandans foram fotografados e, ainda no século XX, viam-se os sinais fenotípicos de mistura com tipo caucasiano europeu.

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  índia Mandan                                    Cacique Mandan

Além deste fato fantástico (que leva à seguinte questão: por que europeus viajaram em busca dos Mandan, justo no outro lado seco e poeirento da América, se havia tantos índios e lugares mais aprazíveis do lado leste dos EUA?), o que vai nos interessar, ainda comentando a colocação do Kaliks sobre o duplo, é a religião dos Mandan (que é viva até hoje, nas reservas):
Os Mandans acreditam que acima de tudo, está Wakantaka, o Grande Espírito, que costuma aparecer sob a forma de um Búfalo. Acreditam que o Cosmo é feito de vários planos, um sobre o outro, e que o xamã entra em transe e vai subindo, de um para o outro (nada diferente dos nossos índios daqui). E acreditam que o ser humano tenha quatro almas - na verdade, quatro corpos - pois para o índio é estranho que o branco pense que temos um corpo e uma alma ou espírito incorpóreos. Ou seja, para os índios, tanto a alma quanto o espírito são corpos, são corpóreos, e, portanto, sõ temos corpos, diferentes corpos. E este modo de ver se parece muito com o modo oriental, principalmente hindu, que fala dos Sharira, ou Sthula, ou Rupa, palavras em sãnscrito que significam "corpo". E quando falamos, na antropofia, assim como na teosofia, em corpo físico, corpo etérico, corpo astral ou corpo do Eu (raramente usado entre antropósofos, mas não seria incorreto), estamos nos alinhando com este modo de ver indígena-hindu. Então, para os Mandan, temos quatro corpos, além do físico. Acima do físico, um corpo menos físico que é ligado à terra onde nascemos, que é adquirido quando nascemos e devolvido quando morremos à Mãe Terra - que tem este nome mesmo, "Mãe". E temos mais outros tres corpos que pertencem ao vento, aos pássaros e ás estrelas, respectivamente. Se parece muito com a visão TupiGuarani. Os Mandan achavam importante que a distinção entre estes corpos fosse vivida e compreendida, e isto não podia ser compreendido intelectualmente, mas por experiencia. Eles eram, ou ainda são (?), educados a pensar que um homem não é um corpo físico, mas um homem é um arranjo de vários corpos um acoplado ao outro, sendo um deles imortal. E daí é que vinha a coragem dinte da morte e da dor física que o branco invasor não compreendia nos índios. A coragem diante da morte em batalha vinha do fato de que o índio compreendia que ele é imortal, e matar o seu corpo, ou mutilá-lo não é atingi-lo em seu cerne. Mas o índio não suporta o sofrimento decorrido de separa-lo de sua cultura e de sua terra, porque ele se sente parte disto, e isto é matá-lo, e isto ele teme.


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O índio norte-americano não foi passivo e feminino quanto o sul-americano: correu sangue

Agora um parenteses. Desde as tribos norte-americanas da região do atual México e América Central, veio subindo América acima o hábito de se praticar rituais com uma planta que, aí sim, penso que um europeu pagão daria tudo para ter, uma planta mágica. Uma planta mágica dada pela Mãe Terra, que na verdade era uma mulher-estrela que se sacrificou e veio a existir sob a forma de planta. Quando esta planta mágica é ingerida, num rito complexo, a pessoa tem os seus corpos dissociados, ou seja, ela se separa em seus componentes, é des-integrada, experiencia que é ao mesmo tempo prazerosa e terrivelmente dolorosa, uma experiencia iniciática. E assim, a pessoa percebe sua ligação com a Terra, através do seu corpo-duplo ligado à terra, a sua ligançaõ com seus ancestrais, pois há um corpo onde isto está registrado, e a sua ligação com o Cosmo inteiro e com o Grande Espírito. A desintegração incompleta é normal em todas as pessoas, diziam os xamãs Mandans. Assim, uma pessoa comum fala uma coisa, pensa outra e quer outra. E isto é uma doença normal. Mas a desintegração produzida pela planta é radical e total, como um estado de loucura - ela acentuava mil vezes a cisão interna comum do ser humano. A pessoa para chegar a este grau de percepção teria que ser um xamã, um pajé, e muita coragem, e havia ritos destinados a isto. Entre os Mandan, que nem sempre usavam esta planta, mas tinham outras plantas equivalentes com o mesmo uso, os ritos iniciáticos nos pareceriam terríveis e todo jovem, até certa idade, deveria passar por alguns deles, pelo menos os comuns: um deles consistia em dependurar o jovem em ganchos pela pele das costas, depois de um jejum de quatro dias, e depois decepar o seu dedo mindinho com um machado. Ele teria então a experiencia da desintregração de seus corpos-almas e a certeza de sua identidade como parte do Todo Wakantaka, como parte da Mãe Terra, dos ancestrais e do solo sagrado, experiencia mediada pela Mulher Peyote, que é o espírito da planta mágica, cuja foto mostro abaixo:

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Peyote, Lophophora williamsii

Arqueólogos encontraram sinais do uso do Peyote em inscrições no deserto do Arizona e no México em datas superiores a 3 mil AC.  É considerada a planta mais poderosa do mundo em termos "alucinogénicos". Para um xamã, não são alucinações o que a planta produz, mas a libertação na tela mental de imagens ocultas ancestrais que o Peyote, uma entidade em si, mostra. Podemos imaginar uma comunidade de galeses (ou seja, celtas de religião druídica), hereges à conversão cristã medieval, fugindo para uma comunidade indígena na América, em busca de uma vida tranquila, por um lado, mas de sabedoria, por outro. Estas pessoas européias compreenderiam perfeitamente o imaginário de um índio, pois, diferentes do europeu moderno e catolicizado, ainda não tinham perdido o élan mágico celta que formou o substrato do espírito europeu antigo. Este élan mágico foi totalmente reprimido até ser sufocado, pela Igreja e depois pelo racionalismo moderno, gerando uma mentalidade arrogante e estreita, que é o qeu se chama Cristandade Moderna-Ocidental, que resultou no espírito do colonizador. A planta mágica só crescia aqui, não seria possível levá-la também, a não ser como extrato seco para uso temporário.

AGORA, O OPOSTO, NA AMÉRICA DO SUL

Enquanto o Peyote é uma planta mágica do deserto, que cresce em lugares secos, ermos, quentes de dia, gelados de noite, com pouca chuva, aqui na América do Sul a "rainha das plantas mágicas' é uma que só cresce na floresta equatorial e tropical, na abundância de chuvas e de matas e de formas de vida animal que a polinizam, na verdade é um gigantesco cipó: o Yagé.

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  Banisteriopsis caapi, o Yagé ou Ayahuasca

O Peyote induz a um estado introspectivo, no qual o xamã permanece horas a fio na mesma posição, parado, vivenciando a desintregração de suas almas-corpos e, ao mesmo tempo, sua conexão com as coisas e seres. É uma experiência "para dentro". O Yagé, ao contrário, induz a uma experiência dionísica estática, um êxtasis, de cores, sons e formas, no qual o xamã tem vontade de dançar, cantar, vomitar, correr, pular, saltar, rir, gritar, voar, ele é dilacerado para fora. Os indígenas Desana, citados ontem, utilizam o Yagé para vivenciarem os seus duplos, suas conexões com os seres e os mahsé. As duas plantas são utilizadas para ritos iniciatórios, assim como para reverenciar os mortos, para curar doenças, para se comunicar com os espíritos das plantas e dos animais para se pedir alguma coisa, para os espiritos que regem a chuva, etc, etc..Da mesma forma que o índio norte americano, o pajé sul-americano afirma que o que vê e ouve não é o que o caraíba chama de "alucinação", mas são entidades reais que se revelam como são, uma vez que a planta mágica separa os corpos, abre as almas, desfaz a racionalidade normal e libera o inconsciente, como diria Jung. Os psicólogos não compreendem, por exemplo, como é possível que diferentes indivíduos que experimentam a planta, inclusive brancos, vêem a mesma coisa, infalivelmente jaguares e cobras, por exemplo. Eu experimentei e vi, como parte da minha pesquisa de campo, em 2003. Atualmente, o uso do Yagé ou Ayahuasca se tornou uma religião de brancos, o Daime, muito mal compreendida pelo espírito racional do europeu moderno, mas que seria muito bem compreendida pelo antigo celta pagão. Não quero dizer com isto que todos deveríamos agora consumir Ayahuasca para sermos brasileiros, mas sim que deveríamos ter uma profunda compreensão do que significa este tipo de religiosidade, que é resgatada, em nossa cultura moderna sul americana. Talvez fique mais fácil compreendermos um outro mistério aqui ligado à sul América: o fato de múmias egipcías terem impregnação de folhas de coca, planta que só cresce nos altiplanos da América do Sul....Bem, eles vieram aqui buscar.

A EXTIRPAÇÃO DA RELIGOSIDADE INDÍGENA JUNTO COM OS ÍNDIOS DAS AMÉRICAS
A identidade da alma brasileira foi reprimida, ou camuflada, assim como a identidade da alma latino-americana como um todo , pela cultura dominante do colonizador. Exceções a isto ocorreram no México, por exemplo. O México é um país indígena. Sempre menosprezado pelo norte-americano, desde a colonização inglesa, como "terra indígena", dominada pela Espanha. Tanto que os EUA simplesmente tomaram quase metade do México para si, o que hoje seriam 4 estados do sul dos EUA. Nos filmes sobre o "álamo", o mocinho branco americano é atacado por selvagens mexicanos morenos que querem impedi-los - veja que atrevimento! - deles tomarem a terra deles. Por causa deste trauma do século XIX, o povo mexicano sempre viu com desconfiança a idéia de que sua identidade é "ocidental" e "branca" - que é assumidamente a norte-americana -, e fez questão de assumir, o mexicano, o seu lado puramente "americano", ou seja, indígena. E isto dura até hoje e se vê na arte mexicana, na música, na religião, e em pintores como Frida Kahlo, Diego Rivera e os nacionalistas del Mexico. Em outros paises, como Argentina, Chile, Uruguai, Venezuela, vingou a filosofia de Sarmiento, um dos presidentes da Argentina que tinha afinidade com as idéias pré-nazistas do francês Gobineau (que veio ao Brasil e do que viu aqui deduziu a questão da pureza racial ariana e do mal que faria a mistura de raças). Sarmiento escreveu sobre a mistura racial e pureza racial nas Américas de fala espanhola - ele mesmo era de família hispânica tradicional, embora pobre. E quando se tornouu presidente da Argentina, no meio do século XIX, implantou uma "limpeza étnica" que consistia, por exemplo, na caça e extermínio de indígenas dos pampas, liberando as terras para as estâncias. Implantou um programa de facilitação aos imigrantes europeus e dificultamento para ascenção de negros.

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Militares argentinos, divertindo-se caçando índios 

Por isto, países como a Argentina e Chile, até hoje, têm menos índios do que teriam, são os sobreviventes. E a identidade nacional destes países, assim como no Brasil, foi construída artificialmente a partir do processo de "branquização", que consistiu no estimulo da imigração "desde que não de origem africana e oriental". E as elites brancas assumiram cargos de poder e a dianteira intelectual e assim determinaram a identidade nacional afim à européia. Por isto, em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, e até mesmo em Manaus, há teatros e prédios que imitam Paris, pois o progresso destes países (ideal positivista republicano do século XIX) só ocorreria se houvesse uma Europa implantada aqui. O índio, antigo habitante do paraíso das Américas, foi relagado à condição de pária, semelhante ao Dalets da India, um pedinte de esmolas nas grandes cidades, ou sub-empregado, ou um exilado no que sobrou de sua própria terra, até que algum governante decida tomá-la novamente (como ocorre agora no governo Dilma). E a população americana, em geral, demontra o quanto foi bem sucedido o processo de branquização do século XIX, ao declarar-se "ocidental" e seguir os padrões culturais do colonizador e reagir com estranhamento à afirmação: "Voce não é ocidental".

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Madona - pintor indígena Juan de La Cruz, Equador

Quem somos? Não somos quem comumente pensamos que somos, nem somos quem disseram quem somos.
Na mensagem anterior a esta, falei da vertente negra da Alma brasileira, na Umbanda. Agora, nesta falei da vertente indígena,
que tem como uma de suas manifestações a religiosidade do ayaohuasca. Na verdade, somos isto, e muito mais...
Aikó Porã

Wesley




www.pindorama.art.br
05
Dez16

A TRIBO HIMBA DA NAMÍBIA

António Garrochinho


"A tribo Himba é uma das mais fascinantes de África. É um perfeito matriarcado. Aí quem mandam são as mulheres. Elas são as donas dos filhos, das casas, do gado e de todos os apetrechos que existem nas aldeias.

Vivem na Namíbia e em parte do Deserto do Namibe em Angola. São criadores de gado excepcionais. Sabem tanto de gado como os Massai do Kenia ou os Dinkas do Sudão. A principal base da sua alimentação é o leite e a carne.


A primeira impressão que se tem deste povo é a de que para eles o tempo parou. Mulheres nuas e suas longas tranças, corpos pintados com uma tinta naturalmente vermelha e muitos adornos. Elas amamentam bebés, riscam gravetos para fazer fogo e cozinham em panelas de ferro. Este povo manteve as tradições centenárias quase intactas, ainda que os que habitam a Namíbia tivessem sofrido a influência dos missionários e da marcha do progresso.


De acordo com esta jovem da Tribo Himba que teve acesso a educação e a civilização, uma dessas tradições é o hábito das mulheres de cobrirem o corpo com um óleo avermelhado, mistura de banha de boi com uma pedra local, espécie de argila, que protege a pele do vento e do sol, bem como o dos penteados sumamente elaborados, enfeitados com peças de couro de metal, também eles untados com a mesma mistura, fazendo-as despender todos os dias várias horas a cuidar da sua beleza. São elas quem mais impressionam, pelo porte altivo.


Ela explica ainda que as mulheres Himbas são peritas na arte e por via disso são a alma da tribo, porque mantêm a economia das suas casas e criam os filhos à sua maneira, com um carinho desvelado. Elas deslocam-se aos grandes centros urbanos namibianos como a capital Veendoek de quando em vez com o objectivo de venderem a sua arte e no final regressam ao seu mundo rústico.


Vestem-se com peles rusticamente curtidas, sem nunca querer usar qualquer peça de vestimenta europeia. Quando os missionários alemães que colonizaram a Namibia lhes quiseram fazer ver a "vergonha" de andar vestidos assim, os Himbas retiraram-se para o mais profundo do deserto, e assim, não se deixaram contaminar com a ridícula forma de pensar dos missionários, que nunca entenderam que a religião que lhes estavam impondo, ia acabando ou modificando as suas ancestrais raízes.




As himbas também comandam uma sociedade poligâmica, em que cada mulher pode ter relações sexuais com vários homens. Enfim, são belezas africanas que muito teriam a ensinar aos entendidos, no campo da cosmética, quanto aos segredos de como possuir uma pele lisa, aveludada, e sem defeitos.

VÍDEO




informativo79.blogspot.pt
05
Dez16

PCP saiu reforçado do XX Congresso e Jerónimo de Sousa saiu consagrado…

António Garrochinho


O PCP saiu reforçado deste congresso, com Jerónimo de Sousa a equacionar correctamente aquilo que, para alguns, seria uma contradição insanável, o de estar, por um lado, a apoiar um governo minoritário do Partido Socialista, e, por outro lado, ao nível do discurso, comportar-se como um partido da oposição, não se eximindo a fazer a denúncia de algumas e importantes posições governamentais. Em boa verdade, pode dizer-se que, desde o início do processo da viabilização de um governo minoritário do PS, com o apoio dos dois partidos à sua esquerda, essa contradição nunca existiu, pois o PCP não fez um acordo de incidência parlamentar para toda a legislatura e, por outro lado, soube traçar as linhas vermelhas da sua colaboração, que não poderiam ser ultrapassadas. O que o PCP pretendeu, ao propor um entendimento à esquerda, para viabilizar um governo minoritário do PS, foi a necessidade urgente de bloquear a possibilidade da ascensão da direita ao poder, assim poupando os portugueses a mais quatro anos de dura austeridade e à continuação da sonegação de direitos, ao nível laboral e ao nível da Saúde, da Educação e da Segurança Social (as tais linhas vermelhas, entre outras).

Jerónimo de Sousa deixou o congresso tranquilo. Não houve, não há, nem haverá nenhum recuo do Partido Comunista Português, a nível ideológico, político e programático.

Um outro aspecto importante, que o congresso assinalou e registou, foi a afirmação inequívoca da necessidade urgente de Portugal sair do euro, começando-se desde já a preparar essa saída, matéria que o PCP, anteriormente, sempre abordou com cautela, porque, entre os comunistas, quer do topo, quer da base, e também entre o seu tradicional eleitorado, não haveria uma unanimidade absoluta e garantida. Pela minha parte, direi que esta proposta só pecou por tardia, mas que vem muito a tempo, e até, talvez, mais amadurecida, para vir a mobilizar os militantes, simpatizantes e os trabalhadores para esta inevitabilidade, que já está a ser assumida pelos economistas marxistas e os economistas keinesianos e tamém por muitos portugueses que já perceberam que, com uma moeda forte – que não pode servir de esteio a uma política orçamental nacional, independente dos poderes de Bruxelas e do BCE – o crescimento económico do país será sempre fraco e débil, assim aumentando a exposição dos portugueses a mais austeridade, austeridade essa, que teria de passar por fortes desvalorizações dos salários e das pensões e (isto é uma opinião pessoal) pela entrega progressiva dos pilares do Estado Social aos privados. E os lobies dos grupos económicos – ligados às instituições privadas, que gerem hospitais, e às que gerem estabelecimentos do ensino secundário e do ensino universitário, bem como o poderoso lobie das seguradoras – estão à espera que a cereja lhes caia em cima do bolo. Uma proposta recente, que anda por aí, escondida e envergonhada, de tentar mudar o estatuto público da Universidade de Coimbra, para se constituir numa Fundação, é uma das cerejas desse bolo. É que, através das leis, é mais fácil privatizar uma fundação do que uma universidade pública. Esta e outras “manhosices” vão ser a massa com que os privados querem fazer o pão. O Estado Social tem um potencial de negócio enorme, que nenhum grupo económico português iguala em valor. São muitos milhares de milhões de euros, que estão em causa. Mas, além disso, ficariam comprometidos os direitos dos portugueses, em relação à Saúde, à Educação e à Segurança Social.

Em relação ao congresso do PCP, uma palavra final. Este congresso foi o congresso da consagração de Jerónimo de Sousa, como Secretário-Geral do Partido Comunista Português. Um líder de elevado mérito, que conseguiu manter intacta a matriz original do partido. Vai ficar na galeria da História do PCP e na memória dos militantes, dos actuais e dos futuros. Impressiona a sua modéstia e humildade, modéstia e humildade que são apanágio dos grandes líderes.


Alexandre de Castro



Via: Alpendre da Lua http://bit.ly/2h3boYP
05
Dez16

A caminho do caos?

António Garrochinho



(Joseph Praetorius, in Facebook, 05/12/2016)

A aventura exploratória, sob pretensa égide liberal, iniciada com a certeza próxima da queda do muro de Berlin, atingiu o limite de resistência do tecido social. Em tal aventura todos os recursos organizacionais do sistema se comprometeram. E, por consequência, deles não há nada a esperar do ponto de vista de quem trabalha e deixou de conseguir viver, alojar-se, alimentar-se, sustentar os filhos e educá-los, manter a estabilidade das respectivas famílias, manter até a casa onde a família vive. Não há neste sentido grande diferença entre a flagelação financeira das famílias e a flagelação pela guerra nas pobres terras onde esta foi levada por gente ébria de poder e lucro fácil.


Nesta embriaguez, o Estado transformou-se num instrumento de exploração, mecanismo odioso de extorsão, primeiro problema das comunidades, onde a todo o momento se discute – e põe em causa – a pretensa desproporção do sistema público de saúde, por exemplo, única solução para o risco de cancro que se abate generalizadamente sobre a população, onde se prevê que nas próximas décadas atinja uma em cada duas pessoas, de uma forma ou de outra. Sem que a indústria farmacêutica deixe de fazer disso um negócio protegido pelo Estado e em que os próprios recursos do Estado se exaurem. Sendo certo que nenhum sistema privado de saúde assente nas seguradoras se quer envolver nas despesas correspondentes, às quais sempre oporá o “esgotamento do plafond”, remetendo os doentes para o sistema público, de supetão. Em números imprevisíveis para a gestão do sistema público. E o Estado nada faz, dirigido como está por funcionários ou agentes dos grupos de interesses em que tais seguros se enquadram.
Grupos nos quais se enquadram bancos em falência iminente, mas tratada sempre de modo muito pouco (ou nada) liberal. O profissional liberal médio afasta-se tendencialmente dos bancos onde os saldos podem ser congelados ou penhorados a qualquer momento. E as pessoas perderam até a possibilidade de trabalharem com êxito. Recordo as criaturas da inspecção tributária emboscadas, à espera da hora de encerramento dos bares de convívio, para apreenderem o dinheiro em caixa, deixando os infelizes sem dinheiro para pagarem sequer as horas de trabalho nocturno. Também nada adianta esperar seja o que for de tribunais de funcionários, para quem o arbítrio mais selvagem traduz a ordem natural do mundo, comungando, portanto, como tenho dito, na degenerescência irrecuperável de tudo e produzindo irregularmente as minutas da erística para a frustração de direitos.
Nenhuma esperança resta pois senão nas franjas organizacionais até agora marginalizadas pelo sistema político. Essa esperança é a da possibilidade da vida individualmente considerada. Essa esperança exige o desaparecimento desta perspectivação monstruosa das coisas, que devora vidas, países, estados e povos, continentes, até. Essa esperança contenta-se com o desaparecimento de tal coisa. E parece-lhe que tal desaparecimento bastará para que tudo o que é lícito seja possível. É neste ponto que estamos. Não noutro.
Debalde o sistema notará que falta a esta vaga qualquer programa ou ideia que possa discutir-se. O sistema perdeu a legitimidade para discutir. A projectada aliança de Renzi e Berlusconi, como a candidatura de Valls demonstram, aliás, a incapacidade de discutir seja o que for. Não há nada para discutir. As populações, os estados, os países e os continentes foram até agora meros objectos desta gente.
Chegou o momento. Lixo com isto. (Não esquecendo a cassação de direitos políticos dos que isto geraram ou dirigiram). É uma questão prévia. Inegociável, porventura. Tanto dá que venha à direita como à esquerda, que nenhuma distinção destas faz grande sentido no caos. Francisco de Roma, o Patriarca do Ocidente (neste estado) percebeu isto perfeitamente, tanto quanto parece. Mas parece também ter sido o único. As explosões da jacquerie já começaram. Vão estender-se em explosões por simpatia.

A propósito deste texto, remeto para a excelente entrevista ao Prof. Mário Bruno Sproviero: ‘Entropia: “Progresso” para a destruição’ e que pode ser lida na íntegra aqui.

estatuadesal.com

05
Dez16

ESPECIAL - NOSTALGIA - VEJA VÍDEOS DOS ANOS 50/60/70/80 - PARTE (1)

António Garrochinho
Michel Delpech – Chez Laurette

Mais um grande artista francês que nos deixou este ano. Michel faleceu no dia 2 de Janeiro de 2016.
Jean-Michel Delpech conhecido artisticamente por Michel Delpech,nasceu em 26 de Janeiro de 1946 em Courbevoie, França.


George Harrison: Something

Há 15 anos que faleceu George Harrison. A nossa pequena homenagem.



The Animals – Please Don’t let me be Misunderstood.

The Animals foram uma banda de rock britânica dos anos 60 formada em Newcastle por Eric Burdon (vocais), Alan Price (orgão), Hilton Valentine (guitarra), John Steel (bateria) e Bryan “Chas” Chandler (baixo).



The Beatles

Mais um concerto dos Beatles, este gravado nos anos 60 na Austrália.


Mireille Mathieu & Gianni Morandi – Caruso 

Mireille Mathieu e Gianni Morandi no seu melhor.
Mireille Mathieu
Nasceu em Avignon, sul da França, no ano de 1947, Mireille Mathieu é filha de um operário chamado Roger e da dona-de-casa Marcelle, que enfrentaram grandes dificuldades economicas para criar seus quatorze filhos.




The Platters

Hoje vamos ver um espectáculo com os Platters originais dos anos 50. Vamos ouvir, Only You, Great Pretender, Smoke Gets In Your Eyes, Twilight Time, & He’s Mine.


Joe Dassin – Salut

Joe Dassin nasceu em 5 de Novembro de 1938, e faleceu em 20 de Agosto de 1980 por problemas cardiacos. Imortalizado por canções em língua francesa, o seu nascimento no entanto ocorreu em Nova Iorque. Local onde seus pais tinham emigrado. O pai era actor e tinha nacionalidade Russa. Este facto seria determinante para que em plena guerra-fria no pós segunda guerra mundial, se visse obrigado a abandonar os Estados Unidos.Foi acusado de colaborador comunista. A mãe era música de nacionalidade Húngara
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Paul Anka – The Very Best of Paul Anka

Para os apreciadores de Paul Anka, os seus principais sucessos. Mais de 2 horas de canções que fizeram uma época musical.




Clodagh Rodgers – shake me 1969 BBC

Clodagh Rodgers Nasceu na Irlanda,em 5 de Março de 1947. Cantora e actriz britânica ficou conhecida com a canção “Jack in the Box,  a qual representou o Reino Unido no Festival da Eurovisão da Canção em 1971, onde terminou em quarto lugar. Continuou gravando diversos singles e álbuns para várias editoras obtendo algum sucesso.





David Cassidy “Could it be forever?”

Como é bom recordar bonitas canções como esta de David Cassidy. Lembram-se da Partridge Family que passava nas nossas televisões nos anos 60? Pois David, era dos principais elementos da banda.




GIANNI MORANDI
Extracto da transmissão da televisão Italiana RAI, em 1 de Junho de 2011 na Arena de Verona.



Otis Redding – Try A Little Tenderness

Otis Redding nasceu em 9 de setembro de 1941 tendo falecido em 10 de dezembro de 1967. Foi um influente cantor de soul, conhecido por seu estilo passional e pelo sucesso póstumo “(Sittin’ On) the Dock of the Bay“.
Nasceu em Macon, Geórgia, e começou a trabalhar na indústria musical no começo dos anos 60, gravando “These Arms of Mine”, que se tornou um hit. Em seguida editou “Mr. Pitiful”, “I Can’t Turn You Loose”, “(I Can Get No) Satisfaction” e “Respect”.
Redding compunha a maioria de suas músicas, prática que não era muito comum na época. Ás vezes em parceria com Steve Cropper (do grupo Booker T & the MG’s). Em julho de 1967 ele apresentou-se no influente Festival Pop de Monterey.
“(Sittin’ on) the Dock of the Bay” tornou-se famosa um ano depois da morte de Redding em um acidente de avião em Wisconsin, juntamente com sua banda de apoio The Bar-Keys.Tony Renis e Domenico Modugno

Para quem gosta de música Italiana hoje está de parabéns. Vamos ver Tony Renis e Domenico Modugno durante o festival de Sanremo de 1968.



Années 60 avec Sylvie Vartan, Françoise 

Hardy, Sheila et France Gall



Como é interessante recuar até aos anos 60 e ouvir alguns dos sucessos da época com Sylvie Vartan, Françoise Hardy, Sheila, France Gall e Claude François.






The Byrds Mr. Tambourine Man

The Byrds foram uma banda rock formada nos Estados Unidos em 1964 na cidade de Los Angeles.
Consistindo em uma mistura entre o folk rock de Bob Dylan, e o som pop dos Beatles, a banda é considerada uma das mais importantes e influentes do rock na década de 1960. Durante sua carreira ajudaram o desenvolvimento de generos como folk rock, space rock e rock psicodélico.




Barry Gibb: The last Bee Gee goes it alone

O sobrevivente dos Bee Gees, Barry Gibb. Que história triste…dos 4 irmãos do grupo só existe um.

FRANK SINATRA
Hoje vamos ver um espectáculo gravado num dos canais de TV dos Estados Unidos datado de 1965. Iremos ouvir, “Fly Me to the Moon,” “Please Be Kind,” “Too Marvelous for Words,” “Everybody Has a Right to be Wrong,” “The Gal That Got Away”
Além de Frank Sinatra, teremos a excelente orquestra de Count Basie. Curiosamente no próximo mês de Dezembro se fosse vivo, Frank faria 100 anos de idade.




05
Dez16

AS LEIS

António Garrochinho
EM DEMOCRACIA AS LEIS SÃO PARA CUMPRIR ! PONTO FINAL. DISSE ANTÓNIO COSTA.
ESQUECEU-SE DE DIZER QUE OS QUE FAZEM AS LEIS FAZEM-NAS POR MEDIDA, A MEDIDA DELES, E MESMO ASSIM SÃO ELES QUE NÃO AS CUMPREM.
PONTO FINAL
AG
05
Dez16

ESCULTURA HIPER REALISTA NO MUSEU DAS ARTES EM BILBAO

António Garrochinho
O que, a princípio, parece uma imagem comum de uma avó segurando um bebé é, na verdade, bastante longe disso. Porque estas são realmente hiper-realísticas esculturas da exposição de Escultura Hiperrealista 1973-2016 no Museu de Bellas Artes de Bilbao.
A exposição detém 34 obras dos 26 artistas que representam o movimento do hiperrealismo. Tudo começou nos anos 60 e 70, quando vários escultores se interessaram por uma forma de realismo baseada em uma representação realista da figura humana. No entanto, o que torna as obras de arte dessa credibilidade tão raras são as habilidades exigidas dos artistas. Porque eles não só têm de dominar a parte de escultura, mas também a fundição e pintura.
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Fonte:Demilked

www.matacuriosidade.com.br
05
Dez16

12 curiosidades sobre a Nasa

António Garrochinho



01 – NASA é a sigla da National Aeronautic and Space Administration (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), uma agência do governo dos Estados Unidos criada em 1 958.

02 – O governo dos Estados Unidos resolveu criar a NASA após o lançamento do primeiro satélite espacial soviético, o Sputnik I. Alarmado com a defasagem aeroespacial do país, o Congresso achou que devia criar pelo menos uma agência para fazer frente aos russos. Além da NASA, ele criou a ARPA, uma agência cujo objetivo era desenvolver tecnologia espacial para aplicações militares.

03 – O primeiro programa da agência foi o Mercury, que tinha como objetivo suplantar os soviéticos na corrida espacial e preparar as bases para levar o primeiro ser humano à Lua. O Mercury foi seguido pelo Gemini e o Apollo. Um dos primeiros astronautas formados pelo Mercury foi John Glenn.

04 – Quatro anos após o seu surgimento, a NASA enviou o primeiro norte-americano a orbitar a Terra, o norte-americano John Glenn.

05 – Localizado no estado da Flórida, o Cabo Canaveral foi escolhido como ponto de lançamento por ser um dos locais em território norte-americano mais próximos do Equador e dessa maneira permitir o lançamento de um foguete com a menor energia possível.

06 – Com 17 mil metros quadrados, a área de visitantes só foi aberta em 1 992 aos 79 milhões de dólares. Detalhe: ela foi projetada pela Walt Disney Imageneering.

07 – O Cabo Canaveral abriga o Centro Espacial Kennedy, a base de onde parte os foguetes em direção ao espaço. Com mais de 50 quilômetros de comprimento e 10 de largura, ele emprega 17 mil pessoas.

08 – O código da área do Centro Espacial Kennedy é 321, a mesma ordem da contagem regressiva para o lançamento de foguetes.

09 – O orçamento anual da NASA é de 18 biliões de dólares.

10 – A NASA possui vários projetos de exploração e pesquisa espacial com órgãos estrangeiros. Um deles é a Estação Espacial Internacional, em conjunto com a Rússia, Canadá, Japão e outros 11 países.


11 – Os astronautas usam fraldões durante o lançamento dos foguetes. Como não podem ir ao banheiro até a chega ao espaço/Estação Espacial Internacional, eles fazem as necessidades nesses fraldões.


12 – Das cinco maiores tragédias espaciais de todos os tempos, três envolveram astronautas treinados pela NASA. A última foi a explosão do ônibus espacial Columbia, em 2003, que matou todos os sete astronautas a bordo.

coisasinteressantes.net

05
Dez16

Um dos maiores lagos do mundo simplesmente desapareceu! É chocante o que está a acontecer com o planeta Terra!

António Garrochinho

O Lago Poyang, maior lago de água doce da China, perdeu quase 90% do seu volume em consequência da seca na bacia do Yangtze, que é uma das piores já registadas. Atualmente é possível andar em lugares onde a profundidade era de até 25 metros.



O lago costumava ter uma área de 4.400 km². Maior parte dos lugares secos ganharam aparência desértica.


Segundo a imprensa chinesa, o lago está com um volume de cerca de 740 mil quilómetros cúbicos de água, o que é 87% menos que os 25 milhões de quilómetros cúbicos que ele costuma ter em períodos húmidos
.


Todas as fotografias utilizadas neste artigo são de novembro de 2016, e elas mostram que as partes que não assumiram aparência desértica se tornaram verdes prados rapidamente dominados por mamíferos.


www.worldnoticias.com
05
Dez16

Português mata e cimenta turco

António Garrochinho



Tribunal de Hamburgo diz que Alfredo disparou em defesa.

Português mata e cimenta turco
Alfredo é português e tem 52 anos 


 
Durante anos, Alfredo, de 52 anos, terá sido ameaçado pelo turco Ercan Cincin. Este exigia-lhe o pagamento de mil euros por mês para ‘proteção’ à Casa Alfredo, o restaurante italiano que o emigrante explorava em Hamburgo, Alemanha. Em setembro do ano passado, numa luta, Alfredo matou o turco com um tiro na cabeça e enterrou o corpo no chão do estabelecimento, cimentando-o. Foi agora absolvido pelo tribunal, que deu razão à tese de legítima defesa.
Alfredo descreveu meses de terror. Os juízes deram como provado que só desde 2014 foi forçado a entregar 25 mil euros ao turco, para proteção - um esquema mafioso que as autoridades conseguiram identificar em Hamburgo a partir deste caso. Cincin, de 49 anos, terá chegado a ameaçar as filhas e mulher do emigrante luso.
A 30 de setembro de 2015, Alfredo e o turco discutiram. Cincin levava consigo uma pistola e, de forma ameaçadora, pousou-a na mesa. Na luta que se seguiu, a arma caiu ao chão e foi agarrada pelo português. O disparo à cabeça foi imediato. "Com medo", concluiu o tribunal, Alfredo arrastou o corpo para uma despensa e nas horas seguintes enterrou-o no chão do restaurante, colocando-lhe uma placa de cimento por cima.
Alfredo - que foi espancado pela família da vítima à porta do tribunal - recebe várias ameaças de morte desde que foi absolvido, em setembro. O Ministério Público pedia apenas uma pena de 3 anos e meio.

www.cmjornal.pt
05
Dez16

Olhão recebe Ano Novo junto à Ria Formosa com muita festa

António Garrochinho


A Passagem de Ano em Olhão promete, mais uma vez, atrair milhares de olhanenses e forasteiros à zona nobre da cidade, para receber em ambiente de festa o ano que se avizinha.
A escolha da Câmara Municipal em relação ao local da festa que se pretende para todos os olhanenses e visitantes, voltou a recair sobre o Jardim Pescador Olhanense, junto à Ria Formosa, cenário privilegiado para o espetáculo de fogo de artifício marcado para a meia noite.
A festa começa, no entanto, mais cedo, com muita música proporcionada pelos grupos olhanenses Iris e Gerações. Estes últimos são os primeiros a subir ao palco, pelas 22h00.
A partir das 23h30, os Iris levam até à meia noite os milhares de pessoas aguardados no recinto, altura em que haverá lugar ao espetáculo pirotécnico, após o qual a banda promete continuar com a animação.
O grupo Gerações volta à 1h00, e a festa continua pela noite dentro.
O programa de animação de Passagem de Ano proporcionado pela Autarquia olhanense tem entrada livre.
cartaz

planetalgarve.com
05
Dez16

Mais de três mil condutores multados por não saberem circular em rotundas

António Garrochinho


Alterações introduzidas em 2014 ao Código da Estrada estipulam que só se deve usar a faixa da direita quando se vai sair das rotundas

Desde 1 de janeiro de 2014, data em que entraram em vigor mais de 60 alterações ao Código da Estrada - uma delas estipulando que só se deve circular à direita numa rotunda antes de sair - foram multados 3195 condutores por circularem numa rotunda de forma incorreta. Os números, da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, são avançados esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias. De acordo com as estatísticas, também foram multados 1909 recém-encartados ou profissionais que circulavam com uma taxa de álcool no sangue superior a 0,2 gramas por litros - a redução da taxa de álcool para recém-encartados e profissionais foi outra das medidas implementadas no "novo" Código da Estrada.
Logo no primeiro ano de vigência das novas regras, foram multados 1104 condutores por circulação incorreta nas rotundas, e o número subiu em 2015 para 1127. Em 2016, 964 condutores já foram "apanhados" a sair das rotundas utilizando a faixa errada.
Confrontado com estes números, Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal, diz que "em Portugal continua a conduzir-se mal e a fiscalização, devido à falta de efetivo nas polícias, é má".
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária ainda não tem dados sobre os ciclistas, que tiveram direitos aumentados com as alterações de 2014, mas o JN adianta que terá havido, em 2014 e 2015, um aumento ligeiro do número de acidentes envolvendo velocípedes.


www.dn.pt
05
Dez16

A PROPÓSITO....Ò ANTÓNIO COSTA VOCÊ DORME BEM PARA O LADO DO SALÁRIO MÍNIMO ? - António Costa: Salários na Caixa "estão fixados" e "não vamos mudar"

António Garrochinho


"Tenho a certeza que [António Domingues] não se queixou de nenhuma interferência da parte do Governo." O primeiro-ministro afirmou que as remunerações que foram estipuladas para a Caixa servem para permitir que o banco tenha uma gestão profissional.
António Costa: Salários na Caixa "estão fixados" e "não vamos mudar"

"Os vencimentos [na Caixa Geral de Depósitos] estão fixados. A legislação está em vigor, não a vamos mudar", afirmou António Costa à margem da visita à fábrica da Renova em Torres Novas, numa declaração transmitida pela SIC Notícias. O primeiro-ministro salientou que os salários estipulados para a Caixa não o foram tendo em vista alguém em particular, mas sim para garantir que "a CGD tenha uma gestão profissional, para que possa recrutar no mercado. É uma opção".

O primeiro-ministro salientou que "o que é essencial é concentrarmo-nos no que é importante: que a nova gestão execute o plano de reestruturação da Caixa".

Quanto às críticas de Pedro Passos Coelho, António Costa recusou-se comentar, afirmando que "a Caixa tinha problemas escondidos há vários anos. Hoje são problemas assumidos. O estado de negação nunca resolveu nada a ninguém." E recordou que "tivemos uma saída limpa, que nos orgulhou. Mas depois disso já tivemos dois bancos" que precisaram de ser resgatados, referindo-se ao BES e ao Banif.
"Temos uma Caixa que precisava de ser capitalizada. E tínhamos um Governo que estava em negação", acrescentou. O primeiro-ministro disse que o essencial agora é que o plano de recapitalização do banco estatal seja implementado para que a Caixa seja o "grande pilar do sistema financeiro. É esse o plano que temos para a Caixa. O resto são pequenos incidentes que não alteram o que é essencial."

Questionado sobre se António Domingues tinha razão ao queixar-se de interferência política, António Costa disse: "Tenho a certeza que não se queixou de nenhuma interferência da parte do Governo. Num estado democrático os parlamentos são órgãos soberanos. Ninguém pode queixar-se do Parlamento aprovar uma lei." Desta forma, o primeiro-ministro descartou qualquer interferência do Executivo.

"A vida num Estado democrático é esta. Temos de viver com as leis gostemos delas ou não", acrescentou.
Como o Negócios avançou a 1 de Dezembro, Paulo Macedo aceitou o convite do Governo para liderar a CGD, substituindo António Domingues que se demitiu depois de várias semanas de polémica sobre a entrega da sua declaração de rendimentos no Tribunal Constitucional.


05
Dez16

Grécia: Sem reformas não há euro, ameaça Schäuble

António Garrochinho


À entrada no Eurogrupo, os ministros das Finanças da Zona Euro mostram-se reservados acerca das negociações sobre a Grécia. Mas os gregos estão otimistas.
Sem implementar as reformas estruturais necessárias, a Grécia vai ter de sair da moeda única. As palavras duras vêm do ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble, numa entrevista ao jornal alemão Bild am Sonntag citada pelo britânico The Guardian. “Atenas tem de implementar finalmente as reformas necessárias”, afirmou Schäuble. “Se a Grécia quer ficar no euro, não existe forma de contornar isso, mesmo independentemente do nível da dívida”.
As declarações chegaram na véspera da reunião desta segunda-feira do Eurogrupo onde se deverá voltar a discutir uma possível reestruturação da dívida grega, após já ter sido anunciado na sexta que vão ser discutidas medidas de curto prazo para aliviar o peso da dívida.
O ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, tem apelado a ação rápida para aliviar a dívida da Grécia, visto que a situação “é tão crítica como no verão de 2015”, quando a Grécia entrou no seu terceiro resgate financeiro. O jornal grego Kathimerini  escreve que o Governo antecipa que a instabilidade na Europa — em particular na sequência do referendo italiano — faça com que um novo agravamento da crise grega seja ainda mais indesejável, acelerando assim o processo de alívio da dívida.
É certamente um dos temas a ser discutido no encontro entre os ministros da Zona Euro que acontece esta segunda-feira em Bruxelas. À chegada à reunião, o ministro das Finanças francês, Michel Sapin, sublinhou que a França considera que a posição da Grécia é “legítima”. A Grécia “já fez grandes esforços”, e “a partir do momento em que a Grécia mantenha os seus compromissos, também a Europa deve manter os seus em relação à Grécia”, afirmou Sapin.
Por seu lado, Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, afirmou: “Vamos discutir primeiro medidas de curto prazo e estou bastante confiante de que teremos progressos. Depois discutiremos metas fiscais a médio prazo que sejam exigentes mas também credíveis.”
O ministro das Finanças italiano, Pier Carlo Padoan, não vai participar no Eurogrupo desta segunda-feira na sequência do anúncio de demissão do primeiro-ministro Matteo Renzi. Alguns analistas apontam a possibilidade de Padoan vir a ser escolhidfo pelo Presidente italiano para dirigir o Governo de transição em Itália.
eco.pt

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António Garrochinho

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