Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

19
Dez16

Três feridos em tiroteio num centro islâmico de Zurique

António Garrochinho
 Polícia procura atiradores em fuga. 


Três feridos em tiroteio num centro islâmico de Zurique Reuters 

Três pessoas ficaram feridas esta segunda-feira após um tiroteio num centro islâmico em Zurique, na Suíça. A polícia local confirmou a existência de alguns feridos, mas não deu mais detalhes sobre estes incidentes. A zona onde ocorreu o tiroteio está cercada pelas autoridades. O jornal suíço 'Blick' revela que os atiradores estão em fuga. A mesquita seria frequentada sobretudo por muçulmanos de origem somali. As três vítimas foram encontradas numa rua contígua à mesquita. Não foram adiantadas informações sobre o seu estado de saúde.







 http://www.cmjornal.pt
19
Dez16

Camião abalroa mercado de Natal em Berlim. Vários mortos e 50 feridos

António Garrochinho





Ataque terrorista. Autoridades afastaram já possibilidade de ter sido um acidente

Um camião entrou por um mercado de Natal em Berlim, esta segunda-feira, tendo feito vários mortos e pelo menos 50 feridos, segundo a AFP citando fonte da polícia alemã.

O jornal alemão Build noticia a existência de nove mortos.

As autoridades alemãs, segundo os media locais, assumiram já não se tratar de um acidente, estado o caso a ser tratado como um ataque terrorista.

O mercado não se encontra próximo de estradas principais.

O caso está a ser relatado através das redes sociais e dos media locais, havendo ainda muito pouca informação disponível.



www.dn.pt

19
Dez16

Conheça a história do cientista que foi condenado duas vezes à fogueira na Inquisição

António Garrochinho













Miguel Servet nasceu em 1509 em Huesca, Espanha, de uma família descendente de judeus convertidos. Com habilidades notáveis, que incluíam o conhecimento do idioma grego, latim e hebraico, logo saiu de casa na intenção de dar continuidade aos seus estudos.

Considerado um homem de insaciável curiosidade e grande inteligência, ele se interessava por assuntos relacionados aos campos da Astronomia, Meteorologia, Geografia, Teologia, Jurisprudência, Matemática, Física, Anatomia e Medicina, bem como o estudo da Bíblia, o qual lhe rendeu uma condenação por morte em fogueira.

Em sua fase como Frei Juan de Quintana acabou se tornando confessor de Carlos I, aceitando-o como pupilo. Juntos, eles viajaram pela Itália e Alemanha contatando pessoas associadas à Reforma, que seriam de grande importância. Passada esta fase, ele viajou por algumas cidades da Europa Central, onde as pessoas eram mais voltadas ao protestantismo, e estabeleceu laços fortes, porém considerados controversos, com alguns dos líderes da Reforma, como Johannes Oecolampadius Basel, hereges e anabatistas perseguidos.

Em 1531, já havia escrito seu primeiro livro, em que apontava erros sobre a Trindade, argumentando que os dogmas propostos por ela não eram encontrados na Bíblia, mas sim em especulações de filósofos e teólogos tiradas de inúmeras citações bíblicas.

Suas ideias não passaram despercebidas à época, e por isso, católicos, bem como protestantes, proibiram seu livro. Sua relação outrora amigável com Oecolampadius deu lugar a uma grande inimizade. Após ser denunciado por ele, fugiu para Estrasburgo, na França. Perseguido pela Inquisição espanhola, que emitiu um mandou de prisão em seu nome, foi obrigado a se esconder sob uma identidade falsa em Paris, chamando-se Michel de Villeneuve (ou Michael Vilanovanus).

Trabalhando como professor de Matemática, que incluíam Astronomia, Astrologia e Geografia, em 1534 conheceu Juan Calvino, famoso reformista francês. Porque precisava de dinheiro, viajou até Lyon para publicar uma edição de “A Geografia de Ptolomeu”. Uma vez lá, conheceu o médico Symphorien Champier, que lhe influenciou a estudar Medicina. Logo, retornou a Paris onde entrou em contato com Andreas Vesalius, pai da Anatomia moderna, e juntos começaram a dissecar corpos sob a tutela de Johan Ghunter.

No entanto, enquanto ainda trabalhava lecionando Astrologia, acabou sendo descoberto pelas autoridades de Paris, e decidiu fugir para Lyon. Enquanto desfrutava de um tranquilo período de 12 anos, escreveu em segredo um livro chamado “Restauração do Cristianismo”, considerado extremamente herético e que só foi publicado no mesmo ano em que morreu, em 1553. No livro, ele discutia suas ideias contrárias ao papel do papado e Igreja em relação à salvação.

Durante todo este tempo ele se manteve em contato com Calvino, mas sempre preservando seu anonimato. Morando em Genebra, Calvino havia instaurado um governo teocrático e intolerante. A mesma doutrina havia funcionado com êxito na França e Países Baixos. Apesar de saber que Servet criticava a tese calvinista, lhe enviou uma cópia de seu livro, “Institutos da Religião Cristã”, que o outro devolveu com inúmeras observações e uma cópia da obra “Restauração do Cristianismo”.

Enraivecido, Calvino cortou a comunicação e, ao descobrir que o autor das cartas era Michel de Villeneuve, denunciou-o à Inquisição francesa. Uma vez preso, foi ajudado por alguns contatos – como o arcebispo de Viena – a organizar sua fuga. Logo, mesmo ausente, foi condenado a pagar uma multa de 1000 libras de ouro e a morrer na fogueira, onde seria queimado junto com suas obras.

No entanto, quatro meses depois, ele foi até Genebra, onde Calvino o esperava. Mais uma vez capturado, em um processo que durou meses sem defesa, ele tentou usar a religião a seu favor. Seu argumento que alcançou maior triunfo dizia “que nenhuma autoridade eclesiástica ou civil tinha o direito de impor suas crenças ou limitar a liberdade de cada um em ter e expor as suas próprias”. Apesar de válido, seu argumento não foi considerado, e foi condenado a uma morte lenta e dolorosa na fogueira. Amarrado à uma estaca, foi rodeado por todos os exemplares de seus livros e madeira, e ali queimou por cerca de uma hora até finalmente morrer.

A morte de Servet escandalizou muitos humanistas, e graças a dissidentes e intelectuais de séculos posteriores, suas ideias sobre liberdade individual de pensamento deram origem aos pilares da democracia moderna.

comunidademib.blogspot.pt
19
Dez16

VEJA VÍDEO COM ASSASSINO JUNTO AO CORPO - Identificado assassino do embaixador da Rússia. Era um agente da polícia turca

António Garrochinho
EMBAIXADOR RUSSO NA TÚRQUIA



Rússia já classificou ataque como um ato terrorista

O embaixador russo na Turquia morreu esta segunda-feira depois de ter sido atingido a tiro em Ancara, na inauguração de uma exposição. A Rússia já considerou que se trata de um ato terrorista: "É um dia trágico para a diplomacia russa", disse a porta-voz Maria Zakharova.

O atacante, abatido a tiro pelas forças de segurança, foi pouco depois identificado como um agente da polícia turca, segundo o presidente da câmara de Ancara, Melih Gokcek.

VÍDEO






No vídeo, segundo a tradução da BBC, é possível ver o atacante, de fato e gravata, gritar: "Não se esqueçam de Aleppo, não se esqueçam da Síria". Depois usou a frase "Allahu Akbar" (Deus é grande). Uma testemunha citada pela agência noticiosa francesa AFP diz que o homem falou mesmo em vingança.


O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo confirmou o ataque ao Russia Today e fontes da embaixada russa em Ancara indicaram que o ataque poderá ter sido perpetrado por islamitas radicais. Outras três pessoas ficaram feridas.

Numa primeira reação, os Estados Unidos condenaram o ataque. "Condenamos este ato de violência, qualquer que seja a sua origem", declarou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby.

Andrey Karlov ia falar na abertura de uma exposição sobre a Rússia vista pelos olhos dos turcos. O incidente acontece na véspera de uma reunião em Moscovo entre os chefes da diplomacia da Rússia, Irão e Turquia para discutir um cessar-fogo na cidade de Aleppo, norte da Síria.


No ano passado as relações entre Rússia e Turquia passaram por um período de grande tensão, depois de um avião russo ter sido abatido na área de fronteira entre Turquia e Síria. No entanto, já este ano, parece ter havido uma aproximação entre os presidentes Vladimir Putin e Erdogan.

Karlov começou a sua carreira diplomática em 1976, aos 22 anos. Foi embaixador na Coreia do Norte e desde 2013 estava colocado na Turquia.
 O ASSASSINO











www.dn.pt
19
Dez16

Ora f....Vão chatear o Camões!

António Garrochinho


Numa entrevista,  o humorista Ricardo Araújo Pereira referiu-se  a um sketch antigo dos Gato Fedorento onde usava a palavra "mariconço" e disse que se hoje usasse essa palavra, o sketch - na época muito bem aceite- seria,provavelmente, considerado inadmissível.
Eu achei a advertência de RAP bastante idiota mas, para meu espanto, dias depois percebi que ele tinha razão.
Na verdade as redes sociais incendiaram-se de indignação por causa do "mariconço". As pessoas discutiram encarniçadamente e surgiram as divisões. De um lado os indignados com o uso da palavra "mariconço". Do outro os que discutem o seu correcto significado .
Um país onde as pessoas se dividem entre as que se indignam porque um humorista usou a palavra "mariconço" e as que discutem o significado etimológico da palavra, não é para levar muito a sério. É que corremos o risco de chegar à conclusão que nesse mesmo país as pessoas não conhecem lá muito bem o conceito de Liberdade. Seja ela de expressão ou de movimentos.
Acontece, porém, que eu aprendi algo importante:mariconço, além de significar medricas,  tem uma conotação de cariz sexual. Dizem os revoltosos entendidos na matéria, que serve para classificar homossexuais. Não sabia e peço aos leitores desculpa pela minha ignorância. Mas, só por isso, valeu a pena acompanhar este debate.
Mas há  outras questões que me preocupam. A tentativa de alguns grupos tentarem limitar o uso de certas palavras, porque as consideram ofensivas  para o grupo onde se inserem, está a limitar a liberdade de expressão e a empobrecer a língua.
Nos últimos anos passou a ser politicamente incorrecto ( e até ofensivo) usar palavras como velho, cego, coxo, tuga ou  deficiente. Fiquei agora a saber que mariconço também não se deve utilizar. E muitas outras haverá, certamente, cuja perigosidade eu ainda desconheço, porque provavelmente estou desactualizado  no que ao manejo da língua concerne.
 Receio que expressões como " filho da puta" passem a ser interpretadas como um insulto à mãe do visado ou, como diz RAP, que as pessoas interpretem à letra quando alguém diz "estou f.....".
A repressão linguística provocada pela  febre controleira  da esquerda plural e intelectualóide  politicamente correcta, chateia-me e cansa-me.  Porque é inócua, cheira a Lavanda e apenas serve para ocupar mentes tinhosas ( não quero dizer que tenham "tinha", entendido?) dedicadas à especulação mas pouco produtivas para o que é essencial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Perante estas discussões, a minha reacção é "Ora f.... Vão mas é chatear o Camões!"

cronicasdorochedo.blogspot.pt
19
Dez16

A MÁFIA DO SANGUE, O PLASMA

António Garrochinho
OS PORTUGUESES JÁ POUCO SANGUE TÊM POR MOR DO SUGADO PELOS VAMPIROS.
AGORA TÊM A MÁFIA DO SANGUE E ESTÃO "PLASMADOS" COM O PRECIOSO LÍQUIDO VINDO DO ESTRANGEIRO ENQUANTO O RECOLHIDO EM PORTUGAL VAI PARA O LIXO !
ESTAMOS PODRES ? QUAL A RAZÃO DE TAL ?
JÁ SE ESQUECERAM DA LEONOR BELEZA , COM O "BLOOD" VINDO DA ÁUSTRIA !?
ELA ESTÁ MAIS VIVA VIVA QUE VIVA E NEM SEQUER FOI CONDENADA ENQUANTO OUTROS NÃO TIVERAM A MESMA SORTE E JÁ NÃO PERTENCEM CÁ AO NOSSO MUNDO.
António Garrochinho
19
Dez16

19 de Dezembro de 1901: Nasce Vitorino Nemésio, na Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores.

António Garrochinho


Poeta, ficcionista, ensaísta, cronista e crítico literário português, Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva nasceu a 19 de dezembro de 1901, na Ilha Terceira, nos Açores, e faleceu a 20 de fevereiro de 1978, em Lisboa. Entre 1911 e 1912, Vitorino Nemésio frequentou o liceu de Angra, onde cedo manifestou a sua vocação de poeta e prosador, estreando-se com o livro de versos Canto Matinal, em 1916. Em 1919, após um desaire escolar, iniciou o serviço militar como voluntário, partindo para o continente. Do ano seguinte data a peça em um ato Amor de Nunca Mais e a poesia de A Fala das Quatro Flores. Em 1921, em Lisboa, iniciou-se na atividade jornalística, na redação de A Pátria, a Imprensa de Lisboa e Última Hora. Em 1922, concluiu os estudos liceais em Coimbra e matriculou-se na Faculdade de Direito, onde, como revisor da Imprensa da Universidade, publicou o poema Nave Etérea. Transitará para o curso de Ciências Geográficas e, posteriormente, para Filologia Românica. Colaborou na fundação de Tríptico, em Seara Nova e na Presença. Correspondeu-se com Unamuno. Em 1934, doutorou-se com uma tese subordinada ao título A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Como leitor de Português na Universidade de Montpellier, conviveu com Marcel Bataillon, Robert Ricard, Pierre Hourcade, e iniciou correspondência com Valéry Larbaud. Publicou, em 1936, em francês, La Voyelle Promise e, em 1936, concorreu ao cargo de professor auxiliar da Faculdade de Letras de Lisboa, com uma tese intitulada Relações Francesas do Romantismo Português. Em 1937, fundou, com Alberto Serpa, a Revista de Portugal, uma revista eclética, atenta à atualidade filosófica e literária europeia. Como docente universitário, estagiou em França, na Bélgica, no Brasil, em Espanha, na Holanda, sendo distinguido com o grau de Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Montpellier e de Ceará. De 1938, data da publicação de O Bicho Harmonioso, a 1976, data de Sapateia Açoriana, desenvolveu uma intensa atividade poética que se afirma pela novidade relativamente ao cânone presencista, explorando as dimensões simbólica e imagética da linguagem, saboreada na sua materialidade, comedindo qualquer confessionalismo por um distanciamento irónico ou objetivo, características aliás recorrentes na sua obra ficcional, que, embora se enquadre nos moldes realistas pela linearidade do tempo e pelo poder de representação de espaços sociais, se complexifica pela rede de imagens de alcance simbólico que a entretecem. "Inclassificável" (cf. LOURENÇO, Eduardo - O Canto do Signo, p. 73) como crítico e como autor, Vitorino Nemésio manteve-se equidistante dos grupos que disputaram o espaço literário ao longo da primeira metade do século XX, e, embora refletindo na poesia e na prosa vertentes estéticas contemporâneas como o imagismo, o surrealismo, o existencialismo, manteve-se fiel à consciência de que a criação resulta, não de dogmas, mas de uma pluralidade que integra, como a existência, a contradição, o imprevisto, a renovação: "Não estaremos aqui todos para escrever do mais íntimo da vida, matar esta sede de expressão e de confidências que nos faz levantar todos os dias cedo no meio do deserto e ver água onde, na maior parte dos casos, nada mais há que a triste e fátua projeção dessa íntima secura?" (cit. in MOURÃO-FERREIRA, David - Sob o Mesmo Teto, Presença, Lisboa, 1989).

De entre as suas obras, são de destacar Festa Redonda (1950), Nem Toda a Noite a Vida (1952), O Pão e a Culpa (1955), O Verbo e a Morte (1959), O Cavalo Encantado (1963), Canto da Véspera (1966), e ainda o romance Mau Tempo no Canal (1944), que serviu de base para uma série realizada para a RTP Açores, por José Medeiros, apresentada, posteriormente, noutros canais.

Em 1966, Vitorino Nemésio recebeu o Prémio Nacional de Literatura.

-Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)


Vitorino Nemésio


VÍDEO


19
Dez16

19 de Dezembro de 1915: Nasce a cantora francesa Edith Piaf

António Garrochinho

Edith Giovanna Gassion nasceu em Paris em Dezembro de 1915. A sua vida foi marcada pelo infortúnio desde que nasceu, facto que exerceu uma influência decisiva no seu estilo interpretativo, lírico e lancinante ao mesmo tempo. Devido ao seu aspecto frágil ganhou o apelido que a fez ficar famosa internacionalmente: Piaf (pardal).

Filha de um contorcionista acrobata e de uma cantora de cabaré, a sua infância foi muito triste. Os seus pais separaram-se cedo, a sua mãe, alcoólica e doente, deixou a custódia de Edith com o pai (também alcoólico) e a avó paterna. Em função da precária situação económica da família, Edith ganhava umas moedas cantando nas ruas e cafés de Paris.

A situação piorou quando Edith, aos 16 anos, ficou grávida. Em 1932, teve uma filha chamada Marselle, que morreu com dois anos. A vida da cantora ficou marcada por esta tragédia. Piaf continuou a cantar nos cafés e clubes da Rua Pigalle, nos bairros menos recomendados da Paris daquela época.

A sua vida mudou quando, cantando na rua, Louis Leplée, proprietário do cabaré Gerny’s, um dos mais conhecidos de Paris, parou para a ouvir. Depois de um pequeno teste, Edith foi imediatamente contratada. O sucesso não demorou a chegar e ficou conhecida como “Mome Piaf” (pequeno pardal). O próprio Leplée instruiu Piaf para que esta se tornasse uma grande figura do cabaré. Em 1937, nascia uma nova estrela: Edith Piaf.

Contudo, a vida voltou a castigar a jovem Piaf, visto que Leplée foi encontrado morto no clube que dirigia. A cantora foi suspeita do assassinato. A imprensa  acusou-a e a elite parisiense  voltou-lhe as costas. Assim, Edith Piaf voltou a misturar-se com as pessoas dos piores bairros de Paris, levando uma vida desregrada.

A sua consagração aconteceu depois do final da Segunda Guerra Mundial, quando se tornou a musa de poetas e intelectuais da Paris existencialista e ganhou a admiração incondicional do público. Piaf voltou aos grandes cenários da França, da Europa e da América. Ficou amiga de Marlene Dietrich e tornou-se a grande dama da canção francesa, ajudando talentos emergentes como Charles Aznavour, Georges Moustaki, Yves Montand e relacionando-se com intelectuais como Jean Cocteau.

Em 1946, foi para Nova Iorque e conheceu o grande amor da sua vida, o boxeador Marcel Cerdan, falecido em 1949, quando o avião em que viajava caiu. Isto causou em Edith uma profunda depressão, superada através do álcool. Foi, porém, a época dos seus grandes sucessos: La vie em rose e Le trois cloches.

Em 1950, colaborou com Charles Aznavour em canções como Jezébel. Este também foi o ano em que triunfou no Olympia e, em 1956, também o fez no Carnegie Hall, em Nova Iorque. Depois de um acidente, Piaf ficou desfigurada e tornou-se viciada em morfina. Uma longa lista de doenças fora-lhe diagnosticada e, em 1959, constataram que a cantora tinha cancro.

Nos seus últimos anos, a cantora viveu longe dos palcos junto ao seu novo marido, o grego Theo Lambukas. Em Junho de 1961, Edith foi premiada pela Academia Charles Cross pelo conjunto da sua obra. Piaf morreu na quinta-feira, dia 10 de Outubro de 1963, em Plascassier, mas, fazendo fé no comunicado transmitido à AFP, todos acreditaram na data de falecimento constante no registo civil: sexta-feira, 11 de Outubro de 1963, às 7 horas da manhã. Desse modo, a data de sua morte coincidiu com a morte de Jean Cocteau, falecido ao meio-dia, enquanto preparava uma homenagem à cantora que o fascinara…

No seu enterro, o cortejo fúnebre foi acompanhado por mais de 40.000 pessoas.

Entre as muitas canções que popularizou podem-se destacar: Mon légionnaire, Je ne regrette rien, La vie em rose,Lês amants de Paris, Hymne a l’amour, Mon dieu e Milord.


wikipedia (imagens)

Édith Piaf 914-6440.jpg
 Edith Piaf em 1962


 Edith Piaf em 1951
VÍDEOS





19
Dez16

SAÚDE DEZ 2016 EM PORTUGAL

António Garrochinho



O utente tem 75 anos e uma insuficiência cardíaca grave no contexto de outras patologias crónicas relevantes. Foi pedido consulta de Especialidade do Hospital da área. Foi recusada: “Devolvido á origem. Não cumpre critérios de referenciação “.  O habitual. O mesmo texto, o mesmo conteúdo, o pedido para o Hospital S. João. Foi recusado:  “Devolvido á origem. Atendendo a que diariamente nos surgem pedidos de situações críticas e para uma melhor e atempada articulação com os vossos centros, penso que nesta altura, pelas alterações que nos descreve, talvez não se justifique uma consulta diferenciada de cardiologia. Fico contudo ao dispor para outros esclarecimentos”. A subtileza do “talvez” utilizada pelo senhor Professor.  “Devolvo” os esclarecimentos e os “cumprimentos”. Com  raiva. Os consultórios privados estão cheios de utentes  sem “critérios de referenciação”. As clinicas ou hospitais privados estão cheios de utentes resultantes da “articulação” com os centros de saúde. As urgências estão cheios desses utentes, e consta que até os cemitérios…

cris-sheandbobbymcgee.blogspot.pt
19
Dez16

Mantém-se o braço de ferro entre os manifestantes e o governo da Polónia sobre a controversa decisão de limitar a imprensa no parlamento.

António Garrochinho


O hemiciclo está ocupado há quatro dias.
O presidente Andrzej Duda tem realizado contactos para solucionar o impasse. Vai encontrar-se em breve com o presidente do parlamento e homem forte do partido no poder, Jaroslaw Kaczynski.
“Vamos permanecer aqui até vermos resultados, até o processo democrático ser restaurado. Vamos ficar aqui até a imprensa e o público ter acesso ao edifício, porque este é o templo da democracia”, explica um manifestante.
Jaroslaw Kaczynski foi alvo de uma tentativa de bloqueio em Cracóvia quando se dirigia para ver o tumulo do irmão Lech no dia do aniversário da sua morte.
Para tornar a situação mais tensa, esta segunda-feira chega ao fim o mandato do presidente do Tribunal Constitucional Andrzej Rzeplinski, considerado a besta negra do governo conservador.
Os opositores afirmam que a reforma que o governo propôs para o Tribunal Constitucional é uma tentativa do Partido Lei e Justiça se perpetuar no poder.
VÍDEO

pt.euronews.com
19
Dez16

IMAGENS E SUA EXPLICAÇÃO QUE O(A) PODEM SURPREENDER

António Garrochinho
Fotos sozinhas nem sempre são suficientes para nos dar uma verdadeira compreensão de algo, especialmente quando se trata de perspectiva. Claro que sabemos que o Burj Khalifa é grande, e com certeza, imaginamos que o maior radiotelescópio do mundo deve ser bastante impressionante, mas é só quando eles são comparados com outras coisas que podemos compreender a sua verdadeira escala .
Com isto em mente, um estudante universitário chamado Kevin Wisbith decidiu criar um projeto intitulado “Uma Perspectiva Rápida”.
Confira:
1. O maior petroleiro do mundo
O maior petroleiro já produzido foi o Knock Nevis, que se estendia por 458 metros. Se fosse colocado no lago principal do Central Park, em Nova York, sobraria apenas 106 metros de espaço extra na parte da frente e de trás.
2. O Pulmonoscorpius Kirktonensis 
Insetos pré-históricos eram maiores do que os insetos de hoje em dia devido aos níveis mais elevados de oxigênio. O pulmonoscorpius kirktonensis era uma espécie de escorpião que atingia até 60 centímetros de comprimento, ou do tamanho de um gato doméstico normal. Pessoalmente, estou feliz por essas coisas não existirem mais.
3. A rocha de 2,6 trilhões de dólares 
O asteróide Dionísio faz parte do cinturão de asteróides Apollo. O asteróide Dionísio tem cerca de 1,5 km de largura. O valor dos recursos estimados dentro do asteróide é de cerca de US$ 2.600.000.000.000. Se o asteróide fosse colocado em cima da ponte Golden Gate, ele nem mesmo ultrapassaria a extensão da ponte.
4. A estrela da morte
Embora a Estrela da Morte não exista na realidade, ela seria a maior máquina já concebida, ocupando cerca de 1/4 do comprimento da Flórida.
5. A Mina Mir
A Mina Mir, localizada na Rússia, é uma das minas mais profundas do mundo. A profundidade oficial é de 524 metros de profundidade. Se o segundo edifício mais alto nos Estados Unidos, a Willis Tower, que tem 526 metros de altura, fosse colocado na mina, a ponta só iria ficar para fora 2 metros.
6. B-2
O bombardeiro B-2 é um dos mais avançados e caros e aviões do mundo. O que a maioria das pessoas não percebe é o quão grande essa coisa realmente é. A envergadura de um B-2 é de 52 metros, 3 metros mais amplo do que um campo de futebol americano da NFL.
7. O Titanic
Quando o Titanic foi construído, ele era um dos maiores navios já feitos. Tinha um comprimento total de 268 metros. Desde então, a construção naval já percorreu um longo caminho. O porta-aviões dos Estados Unidos U.S.S. Ronald Reagan tem 332 metros de comprimento. Se o Titanic fosse colocado no convés do U.S.S. Ronald Reagan, o navio teria 64 metros de convés restante.
#8 Burj Khalifa
O Burj Khalifa é atualmente a estrutura mais alta do mundo. Ele mede 829 metros de altura. Se colocado em Nova York, se esticaria quase 305 metros a mais que o One World Trade e quase 400 metros a mais que o Empire State Building.
9. O maior radiotelescópio do mundo 
À medida que continuamos a busca por vida extraterrestre, continuamos a construir telescópios cada vez maiores. O maior radiotelescópio do mundo é o telescópio na província de Guizhou, na China, que tem 487 metros de diâmetro. Se colocado no centro de Las Vegas, cobriria metade do Mirage, todo o LINQ, e a maior parte do Venetian.
10. O motor do foguete M-1
O motor do foguete M-1 foi projetado na década de 1950 pelo programa espacial da NASA e teria sido o maior motor já construído, grande o suficiente para cobrir integralmente um carro Smart com 60 cm de sobra em cada lado. 


www.matacuriosidade.com.br
19
Dez16

O PINTOR MORREU

António Garrochinho


19 de Dezembro. O pintor morreu.
Aniversário do assassinato pela PIDE de José Dias Coelho, artista plástico e jovem funcionário do Partido Comunista Português. Foi sepultado às escondidas no Cemitério de Benfica.
Eram oito horas da noite, de 19 de Dezembro de 1961. José Dias Coelho, funcionário clandestino do PCP, seguia pela Rua dos Lusíadas. Cinco agentes da PIDE saltaram de um automóvel, perseguiram-no, cercaram-no e dispararam dois tiros. Um tiro à queima-roupa, em pleno peito, deitou-o por terra; o outro foi disparado com ele já no chão. Os assassinos meteram-no num carro e partiram a toda a velocidade. Só duas horas depois, quando estava a expirar, o entregaram no Hospital da CUF. «De todas as sementes deitadas à terra, é o sangue derramado pelos mártires que faz levantar as mais copiosas searas»: eis a legenda que José Dias Coelho dera à sua última gravura, criada um mês antes de ser assassinado, e representando o assassínio do operário Cândido Martins Capilé à frente de uma manifestação popular.
Para aprofundar o tema:
José Dias Coelho - Um artista revolucionário
José Dias Coelho, artista militante e militante revolucionário
O artista militante
O militante revolucionário
A arte de Dias Coelho
Prá frente, meu coração - de José Cardoso Pires
José Dias Coelho - A morte saiu à rua...

VÍDEO


19
Dez16

USAVAM ARTIMANHAS PARA EVITAR ESCUTAS E ARRESTOS JUDICIAIS - As manobras de Cunha Ribeiro para se defender do inquérito O

António Garrochinho



O ex-presidente do INEM só falaria ao telemóvel pela aplicação WhatsApp para evitar as escutas das PJ e terá doado aos filhos o imóvel comprado a Lalanda de Castro para evitar arresto judicial.


Luís Cunha Ribeiro terá tentado realizar-se diversas manobras para defender-se de uma eventual investigação judicial contra si. De acordo com a imprensa de hoje, o ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica não só terá falado através da aplicação WhatsApp para evitar eventuais escutas telefónicas da Polícia Judiciária (PJ) como terá doado o apartamento no Porto que adquiriu a Paulo Lalanda de Castro por um preço alegadamente abaixo do valor de mercado.

Segundo o Correio da Manhã, Luís Cunha Ribeiro teria a convicção de que o seu telefone estava sob escuta da PJ, o que terá levado o médico a recorrer a chamadas via Internet através da conhecida aplicação WhatsApp. Estas chamadas não serão captadas pelo sistema de escutas telefónicas da Judiciária.

A investigação judicial Operação O – foi aberta na sequência da reportagem de investigação da TVI sobre o negócio do plasma sanguíneo onde foram denunciados alegados favorecimentos da Octapharma — farmacêutica suíça que deteve durante mais de 12 anos o monopólio da venda de plasma e de medicamentos hemoderivados aos hospitais públicos. Nessa reportagem emitida em junho de 2015, era denunciado a utilização alegadamente gratuita por parte Luís Cunha de Ribeiro de um apartamento de luxo no centro de Lisboa, propriedade de Paulo Lalanda de Castro — o homem forte da Octapharma em Portugal.

Mais tarde, o Correio da Manhã noticiou que Lalanda de Castro teria vendido a Cunha Ribeiro um imóvel no Porto por um preço abaixo do valor de mercado. O valor registado na escritura será de 300 mil euros mas o apartamento valeria cerca de 500 mil euros.

São estes negócios imobiliários que estão na origem nas suspeitas de corrupção que são imputadas pelo Ministério Público e pela PJ a Lalanda de Castro e Cunha Ribeiro e que estão na origem da detenção de ambos. Estas seriam as contrapartidas por Cunha Ribeiro ter alegadamente favorecido a Octapharma num concurso de 2000 para a compra de medicamentos hemoderivados — concurso esse que está na origem do monopólio da farmacêutica suíça.

Imóvel doado aos filhos

Outro indício que demonstrará que Cunha Ribeiro temia uma investigação judicial, prende-se com a doação do duplex de 230 metros quadrados localizado na Alameda Eça de Queirós, no Porto, que realizaou aos seus filhos, segundo o Expresso. A doação ocorreu a 14 de setembro de 2016, já depois de o Correio da Manhã ter noticiado a 20 de agosto o negócio entre o médico e Lalanda de Castro, e visaria impedir que o imóvel fosse alvo de arresto no contexto de uma eventual investigação judicial. Esta alegada manobra não impediu que o imóvel fosse, de facto, alvo de arresto esta semana por parte do Ministério Público.

O duplex de luxo no Porto foi comprado em 2003 à empresa Convida (detida por outra sociedade, uma offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, de Paulo Lalanda de Castro) pelo preço de 300 mil euros. De acordo com o Expresso, a PJ não terá encontrado registos de qualquer transferência realizada entre os protagonistas do negócio. Daí a suspeita de que se tratará de uma venda simulada.

Cunha Ribeiro estava de férias há 11 meses

De acordo com o Jornal de Notícias (JN), Luís Cunha Ribeiro encontrava-se de férias há quase 11 meses no momento da detenção. Depois de ter apresentado demissão do cargo de presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, em dezembro de 2015, Cunha Ribeiro regressou ao Hospital de São João, no Porto (onde trabalhava antes de assumir o cargo em Lisboa), com as funções de “assistente graduado sénior de imunohemoterapia”, disse ao JN fonte hospital.

Porém, passado pouco mais de um mês, a 22 de janeiro de 2016, Cunha Ribeiro entrou de férias — até hoje. Sobre a ausência prolongada, a mesma fonte explicou ao jornal que esta se deve a “dias de férias acumulados” em cargos anteriores — no próprio Hospital de São João, no INEM e na Administração de Saúde de Lisboa — “e devidamente autorizados”. Uma situação que, de acordo com Carlos Ferrer dos Santos, advogado da Ordem dos Médicos da Zona Centro, não é assim tão legal quanto isso.

“Isso não tem suporte legal, não é possível”, disse ao JN. O Código do Trabalho permite passar férias de um ano para outro, mas só pode ser acumulado “o gozo de metade do período de férias vencido no ano anterior com o vencido em causa, mediante acordo entre empregador e trabalhador”. Contas feitas, Cunha Ribeiro nunca poderia ter direito a 11 meses de férias.

Na edição deste sábado, o JN avança também que, antes de ser detido, Cunha Ribeiro terá estado reunido com o secretário de Estado Fernando Araújo. A reunião teria sido marcada para discutir as novas funções que o ex-diretor do INEM iria exercer em breve, e em simultâneo, no Hospital de São João e na Administração Regional de Saúde de Lisboa. Apesar de o Ministério da Saúde ter desmentido esta versão, o JN dá a informação como segura, adiantando mesmo também terá estado presente o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Na quinta-feira, a TVI noticiou que Fernando Araújo, que foi diretor de Serviço no Hospital de São João, terá estado envolvido na adjudicação que o hospital fez à Octapharma para o armazenamento e fracionamento de plasma sanguíneo para produção de medicamentos hemoderivados.

Advogado de Lalanda já pediu revogação do mandado de detenção

Ricardo Sá Fernandes, advogado de Paulo Lalanda de Castro, pediu a revogação do mandado de detenção europeu do seu cliente por considerar que esta foi “ilegal” e “abusiva”. Tal pedido terá de ser apreciado por um tribunal alemão, já que o ex-líder da Octapharma em Portugal foi detido na Alemanha.

Ao Correio da Manhã, Sá Fernandes explicou que Lalanda manteve sempre as autoridades informadas do seu paradeiro e que se mostrou por diversas vezes disponível para prestar declarações no âmbito da investigação.

O advogado defende, por isso, que a detenção do ex-presidente da Octapharma na Alemanha não faz “qualquer sentido”. Caso a revogação seja aceite, Lalanda de Castro poderá regressar a Portugal em liberdade para ser constituído arguido. Seja como for, o pedido de Sá Fernandes vai atrasar a entrega de Lalanda de Castro às autoridades portuguesas.



observador.pt
19
Dez16

Cinco milhões para jovens "nem-nem"

António Garrochinho



Jovens "nem-nem" são aqueles que já não estudam e não têm emprego




Instituto do Desporto e Juventude cria concurso, que arranca terça-feira.

Na terça-feira abrem as candidaturas para um concurso dirigido a jovens "nem-nem" (nem estudam nem trabalham) que queiram criar um negócio ou instituição solidária. O "Empreende Já" é promovido pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e terá cinco milhões de euros para apoiar formação profissional de 630 jovens e os primeiros dois anos de 180 projetos. Funcionará em duas fases de candidatura.


 http://www.jn.pt

19
Dez16

Vinte autarquias vão aplicar IMI a triplicar em 2017 a prédios devolutos

António Garrochinho


Lisboa, Cascais, Sintra, Porto e Almada estão entre as câmaras que sinalizaram ao fisco que querem ter IMI a triplicar, o qual só pode ser aplicado às casas devolutas ou em ruínas


Ter uma casa em ruínas ou vazia por mais de um ano pode transformar-se numa fatura pesada em termos de imposto municipal sobre imóveis (IMI). As autarquias podem, nestes casos, aplicar uma taxa do imposto três vezes mais alta do que o normal e, em 2017, há 20 câmaras que o vão fazer. Entre estas estão algumas das maiores, como Lisboa, Porto, Cascais, Sintra ou Almada. As associações de proprietários queixam-se da medida, as autarquias argumentam que o objetivo é dinamizar a colocação de casas no mercado e a sua reabilitação. E que é por isso que também baixam a taxa ou isentam de IMI os que fazem obras e arrendam.


O número de autarquias que sinalizaram à Autoridade Tributária e Aduaneira que pretendem elevar ao triplo a taxa do IMI foi avançado por fonte oficial do Ministério das Finanças. "Foram identificados por 20 municípios prédios considerados devolutos para os quais é pretendida, com referência a 2016, a aplicação da taxa de IMI elevada ao triplo", precisou a mesma fonte oficial, em resposta ao DN/Dinheiro Vivo.


A aplicação desta taxa agravada está prevista há já alguns anos no Código do IMI, mas a medida ganhou neste ano novos contornos porque, pela primeira vez, as empresas fornecedoras de água, eletricidade e gás estão obrigadas a comunicar às autarquias uma lista da ausência de contratos de fornecimento ou de consumos muito baixos. Esta lista tem de chegar a 1 de outubro e identificar cada prédio urbano ou fração autónoma.


Com base nesta informação, as câmaras podem depois comunicar ao fisco se pretendem fazer uso da possibilidade de aplicar o IMI a triplicar ( face à taxa normal que definam para os restantes prédios urbanos) a estas casas devolutas ou em ruínas. No entanto, o agravamento do imposto não é de aplicação automática, uma vez que para os prédios serem considerados devolutos é necessário passar por um processo que inclui audição aos proprietários, dando-lhes oportunidade de justificar se o prédio tem ou não utilização.
Entre as duas dezenas de autarquias que sinalizaram esta intenção estão, segundo confirmou o DN/Dinheiro Vivo junto dos autarcas e através da informação disponível nos sites oficiais, Lisboa, Cascais, Almada, Sintra, Porto e Covilhã. A lei dá outra possibilidade aos autarcas para castigarem as casas degradadas, possibilitando-lhes, neste caso, que apliquem uma majoração de 30% na taxa. O número das câmaras que usaram esta opção é mais elevado.


O IMI a triplicar tem sido criticado pelas associações de proprietários. Para Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, é uma medida que é aplicada "de forma brutal" por algumas autarquias e que irá agravar ainda mais a situação de quem tem imóveis. "Temos associados que já tiveram de pagar este IMI a triplicar porque não conseguiram arrendar a casa", refere, acentuando que este é um agravamento a que alguns irão somar ao novo adicional ao IMI.


António Frias Marques, da Associação Nacional de Proprietários, dá conta do "zelo" que algumas autarquias colocam na fiscalização das casas e afirma que já sentiu na pele este IMI a triplicar, por causa de um prédio - onde reside uma inquilina - que a autarquia considera estar devoluto. "É um prédio que só pode ser alienado como um todo, e, sendo assim, entendemos que havendo uma fração ocupada, não está devoluto." Esta taxa agravada, garante, não se justifica porque não dinamiza a reabilitação nem estimula o arrendamento, já que estas casas estão em zonas sem procura ou em cidades onde há falta de oferta.


Luís Lima, presidente da APEMIP, é da mesma opinião e assinala que se em Lisboa e no Porto não é difícil arranjar uma casa, nos subúrbios as coisas são muito diferentes. "Quem dera aos donos conseguirem vendê-las ou arrendá-las", refere.


As autarquias contestam estes argumentos lembrando que o IMI agravado foi consagrado na lei para dinamizar a colocação de casas no mercado de arrendamento habitacional e a reabilitação dos edifícios. É por isso que o mesmo Código do IMI também lhes dá margem de manobra para reduzirem o imposto aos senhorios ou aos proprietários que têm casas em obras.


Em várias das cidades onde o IMI a triplicar é a norma, tem sido opção dos autarcas aplicar a taxa geral do imposto pelo mínimo (Lisboa) ou baixá-la (Porto, Cascais, Sintra e Almada). Em Lisboa, fonte da autarquia refere que foi concedida a redução da taxa dada aos senhorios que fizeram o pedido junto da autarquia e a isenção para quem reabilita os seus prédios


www.dn.pt
19
Dez16

Juiz manda adotar menina contra vontade do pai

António Garrochinho



Armando Sousa contesta ordem do tribunal que vai entregar a filha para adoção




Progenitor está desempregado e pediu mais seis meses para resolver a sua vida e ficar com a filha, mas o tribunal recusou e decidiu enviá-la para adoção.

Armando Silva tem 50 anos e não consegue arranjar um emprego estável. E por isso vai perder para sempre a filha de dois anos. O coletivo de juízes do Tribunal de Família e Menores do Porto não aceitou dar-lhe seis meses para criar condições que lhe permitam cuidar da filha, porque "mais seis meses na vida de uma criança que nem três anos tem, é muito". E, por isso, ela vai para a adoção.



 http://www.jn.pt

19
Dez16

Esta hospedagem na Hungria vai fazer você redefinir seu conceito de hostel

António Garrochinho


Já faz tempo que ficar hospedado em um hostel deixou de ser sinônimo de acomodação barata. Se por um lado os preços deste tipo de hospedagem costumam realmente ser mais econômicos, por outro há um clima diferente nestes lugares. E talvez um bom exemplo disso seja o encantador hostel Lavender Circus, localizado em Budapeste, na Hungria.
hostel1
O espaço simplesmente exala arte por todos os cantinhos. Cada quarto é decorado individualmente com desenhos feitos à mão – um mais bonito do que o outro. E, apesar de ser classificado como um hostel, o Lavender Circus se especializa em quartos privados e apartamentos para duas pessoas.
hostel2
Além do toque artístico nos quartos e áreas comuns, o hostel fica em um edifício histórico no centro de Budapeste. Durante a estadia, os hóspedes ainda contam com uma cozinha compartilhada e facilidades para lavar roupas e fazer café e chá a qualquer hora do dia.
As fotos falam por si. Espia só:
hostel3 
hostel4 
hostel5 
hostel6 
hostel7 
hostel8 
hostel9 
hostel10 
hostel11 
hostel12 
hostel13 
hostel14 
hostel15
Todas as fotos: Reprodução HostelWorld

vivimetaliun.wordpress.com
19
Dez16

UM MEDIDOR DE SAL - Sal Quanti: Luz vermelha para o excesso de sal

António Garrochinho



É um medidor de sal, uma espécie de caneta com um semáforo incorporado, inventado pela Universidade do Porto. O aparelho mede o teor de sal nos alimentos e nas refeições e avisa quando está acima do valor recomendado pela Organização Mundial da Saúde

SOM AUDIO




Num país onde 40% da população é hipertensa o aparelho é, ao mesmo tempo, uma ferramenta de saúde pública. O desafio partiu por isso da Direção-Geral da Saúde que também financiou a investigação e o primeiro protótipo. A patente já está registada.
A Universidade do Porto juntou esforços de vários departamentos, mecânica, eletrónica, engenharia. Carla Gonçalves, da Faculdade de Nutrição liderou o projeto. "Cabe na palma da mão e ainda pode ser miniaturizado. Tem o aspeto de uma caneta, pode ser mergulhado no pão ou na refeição e se o teor de sal for acima do recomendado, então acende a luz vermelha. Se estiver dentro dos parâmetros acende a luz verde".
Até agora, só é possível saber se um estabelecimento ou uma cantina cumpre o nível de sal adequado fazendo uma recolha de amostras. É depois enviada para um laboratório que há de dar o resultado. O processo, além de demorado, é necessariamente caro.
"Era muito importante podermos dispor de um instrumento rigoroso, simples e fácil de utilizar", diz Carla Gonçalves. O medidor de sal destina-se por agora a cantinas e empresas que servem um grande número de refeições. E é em refeitórios públicos que vão ser testados os primeiros 20 protótipos.
Falta agora encontrar quem produza o aparelho em larga escala e, quem sabe, um dia destes ainda pode ser acessível ao consumidor.
Para já, Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, está entusiasmado. "Estamos a consumir em excesso uma coisa que é terrível para a nossa saúde. As pessoas não fazem a mínima ideia do impacto que o sal tem, imediatamente, no nosso organismo. Se o vinho cheirar a rolha vai logo para trás, mas se a sopa estiver salgada pensa-se que o cozinheiro se descuidou nesse dia."

www.tsf.pt
19
Dez16

Lesados do BES: Mais de metade aceita solução encontrada

António Garrochinho


Os termos do acordo serão revelados esta segunda-feira pelo primeiro-ministro e preveem que os pequenos investidores possam recuperar até 75% do capital investido em papel comercial do Grupo Espírito Santo. Alberto Neves, representante dos lesados, diz que a maioria vai subscrever o plano.
"Esta solução, que deverá ter a aprovação de mais de 50% dos lesados, terá certamente pernas para andar". O dirigente a AIPEC esclarece ainda que o número total de lesados ascende a 1000.

SOM AUDIO



Sem querer detalhar os termos do acordo que será anunciado, Alberto Neves confirma as linhas gerais do entendimento alcançado pelo Governo, Banco de Portugal, CMVM e representantes dos lesados que têm vindo a público. Assim, quem investiu até 500 mil euros poderá recuperar 75% do investimento até um máximo de 250 mil euros. Para quem fez investimentos superiores a 500 mil euros deverá contar com um reembolso máximo de 50%. A devolução do dinheiro deverá ser feita de forma faseada e começará já no próximo ano.

SOM AUDIO



Para Alberto Neves, este "é obviamente um bom acordo" tendo em conta "as circunstâncias" e a "conjuntura que estamos a viver", concluindo que "não será o desejável, mas o possível".

O dirigente da AIPEC esclarece que o entendimento prevê que "as pessoas não poderão à partida litigar contra o Novo Banco, o Governo e o Banco de Portugal". Alberto Neves aconselha os lesados a procurarem apoio jurídico antes de subscrever o acordo.
A solução para os lesados do BES é apresentada esta tarde pelo primeiro-ministro.



www.tsf.pt

19
Dez16

Lançado concurso público para recuperar o Mercado do Bolhão

António Garrochinho




O vencedor do concurso fica obrigado a concluir "no prazo máximo de 480 dias" todos os trabalhos referentes às lojas exteriores e aos espaços de restauração do mercado
Contrato prevê valor máximo de 25 milhões de euros para a requalificação do mercado, que deve arrancar ainda em 2017


O concurso público internacional para requalificar o mercado do Bolhão, no Porto, por um valor máximo de 25 milhões de euros, foi hoje lançado através da publicação em Diário da República e no Jornal Oficial da União Europeia.
De acordo com aquelas publicações, o "contrato de empreitada de restauro e modernização do Mercado do Bolhão", a celebrar com a empresa municipal de Gestão de Obras Públicas (GOP) terá o prazo de 720 dias, ou seja, cerca de dois anos e o critério de adjudicação será "o mais baixo preço".
A Câmara do Porto indica, na sua página da Internet, que a obra deve "arrancar em meados de 2017" e que a "primeira fase do procedimento", de "qualificação prévia dos candidatos", deve estar concluída "até ao final de janeiro".

    "Nesta fase pretende-se selecionar os candidatos que cumpram com os requisitos técnicos e financeiros mínimos estabelecidos no concurso", explica a autarquia.
    A Câmara acrescenta que o vencedor do concurso fica obrigado a concluir "no prazo máximo de 480 dias" todos os trabalhos referentes às lojas exteriores e aos espaços de restauração, "de modo a permitir a entrega dos espaços aos locatários".
    Relativamente aos trabalhos no interior do mercado, é fixado o "prazo máximo de 600 dias", de forma a "permitir a instalação de todo o equipamento no edifício".
    Segundo o município, no exterior do Bolhão, "a intervenção compreende a reabilitação e consolidação estrutural das fachadas e das coberturas do edifício".
    No interior, os trabalhos incluem "a construção de um piso enterrado e respetivos acessos pedonais", bem como "de um piso intermédio" e de "todas as infraestruturas necessárias ao funcionamento do edifício (redes hidráulicas, elétricas e de telecomunicação, sistema de climatização e ventilação, sistema de produção de frio, sistema de segurança contra incêndio, etc.)".
    A isto, soma-se "a construção de um passadiço com dois tabuleiros e diversas obras de reabilitação e reforço estrutural".
    Os detalhes deste procedimento foram apresentados na reunião pública camarária de 15 de novembro e, na altura, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse que esperava lançar "nos próximos dias" o concurso da obra que pretende transformar o Bolhão num "mercado municipal de frescos preparado para o futuro".
    Naquela sessão, Rui Moreira frisou que todos os comerciantes vão ter de sair do imóvel durante as obras, até por questões de segurança, e recusou fazer a obra faseadamente, porque "demoraria uma eternidade".
    No fim de julho, a Câmara revelou que o centro comercial "La Vie" Porto vai acolher temporariamente, a partir do primeiro trimestre de 2017 e durante cerca de dois anos, os comerciantes do Bolhão.
    Uma parte das obras subterrâneas do mercado do Bolhão, orçadas em cerca de 800 mil euros, arrancaram em agosto para desvio "de várias infraestruturas" e, "sobretudo, de uma linha de água" que atravessa todo o imóvel para as ruas Sá da Bandeira e Fernandes Tomás, informou a Câmara em julho.
    Em comunicado, a autarquia esclarecia tratar-se de um procedimento necessário para permitir "o posterior avanço das obras que estabilizarão o edifício e que permitirão a construção da cave técnica".
    A Câmara acrescentava estar "em preparação o lançamento dos concursos públicos necessários para adjudicação das empreitadas seguintes" do Bolhão.
    O município citava as obras "para a construção do túnel entre a Rua do Ateneu e a futura cave do Mercado e a empreitada geral de restauro e modernização do Bolhão".
    O custo total da operação, incluindo a "adaptação do espaço do mercado temporário", as "empreitadas de desvio de águas e construção do túnel" e "todo o processo de criação de imagem e promoção do mercado" é "da ordem dos 27 milhões de euros", acrescentava a Câmara.
    VÍDEO



    www.dn.pt
    19
    Dez16

    Há quatro mil famílias à espera de casa do Estado

    António Garrochinho
    José Mendes: “Portugal fez um esforço extraordinário nas últimas décadas, reduzindo o número de barracas de mais de 70 mil para seis mil.


    A lista de espera para casa de habitação social no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) chega quase aos quatro mil pedidos. Este número corresponde a mais de 30% do total de 13 mil fogos disponíveis pelo IHRU.
    “Esta fila de espera tem critérios de prioridade: entram em linha de conta crianças, deficientes, idosos. Mesmo com esses critérios não quer dizer que as pessoas tenham casa amanhã”, disse na semana passada, numa entrevista ao PÚBLICO, o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente José Mendes. As famílias pagam rendas calculadas em função do seu rendimento líquido, algo que mudou recentemente (era calculado em função do rendimento bruto).
    Numa listagem enviada mais tarde ao PÚBLICO pelo IHRU, organismo que executa a política de habitação do Governo, com os pedidos desagregados por concelho, aparecem quase 500 em Lisboa, 600 em Almada e quase 400 na Amadora. Ao todo, o “parque da habitação social” em Portugal tem 120 mil fogos, distribuídos pelo IHRU, autarquias e organizações do terceiro sector, que também têm as suas próprias listas de espera (o IHRU só tem a listagem dos pedidos endereçados a este instituto).
    O IHRU tem outras alternativas para quem precisa de casa, mas cujo acesso imediato não é fácil. Uma delas é o Pro Habita, programa que o Governo vai reabrir com 5,5 milhões de euros, revelou ainda José Mendes. Porém, o Pro Habita, que estava congelado desde 2014, vai apenas destinar-se aos desalojados pelos incêndios na Madeira – “são 230 famílias que ficaram sem nada, sem casa e bens”, diz – e servirá também ao realojamento “decorrente das operações urgentes de renaturalização na Ria Formosa”.
    O Pro Habita faz concessão de apoios para construção de nova casa ou reabilitação em casos de “grave carência habitacional”. São situações “de necessidade de alojamento urgente", "de agregados sem local para habitar” por causa “da destruição total ou parcial das suas habitações ou da demolição”.
    Aqui se enquadrariam muitos agregados que ficaram de fora do Programa Especial de Realojamento (PER) de 1993. O secretário de Estado já admitiu a possibilidade de fazer um novo PER  para incluir essas famílias que hoje estão sem casa – mas não se comprometeu com datas nem valores, disse apenas que isso está dependente da avaliação das necessidades que o ministério fará em 2017 e do orçamento disponível. José Mendes afastou a possibilidade de incluir os “não PER” nesta “reabertura” do Pro Habita.




    www.publico.pt

    Mais sobre mim

    foto do autor

    Subscrever por e-mail

    A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

    António Garrochinho

    Links

  •