Há uma história em cada grão de areia: contos de vida e morte, fogo e água. Se você pegasse um punhado de areia de todas as praias, você teria toda a história do mundo entre os dedos de sua mão.
A partir de pedregulhos, montanhas e conchas de criaturas minúsculas do oceano, siga o caminho que a areia faz durante milhares de anos através de continentes inteiros para acabar presa entre os dedos dos nossos pés.
Para isto, assista ao vídeo abaixo, legendado em português do Brasil:
Leve aChorona-cinza(Laniocera hypopyrra) como exemplo, uma aveque vive nafloresta amazônica.Estasespécies tem penas brilhantes alaranjadascom bolinhas pretas em emplumadas. Paraum pássaroindefesoque não podeaté mesmo voarainda, vocêacha que issoé uma estratégiaevolutivaruim?Ou seja,a menos que ospredadoresconfundamcomoutra criaturatotalmente não é mesmo. Vejam o vídeo abaixo: VÍDEO
"Os filhotesdesta espéciese parecem com umataturana", disse GustavoLondoño, um pesquisador da UniversidadeICESIna Colômbia, "e que alagartaé conhecida por sertóxica."
Laniocerahypopyrra (adulto)
Londoñodescobriu aartimanhahá alguns anosna região deMadre deDios, noPeru.Ele notou quequando os ninhosdaschoronas-cinzassão perturbados, os filhotesnãoclamam poralimentoscomo a maioria dosjuvenisfazem.Em vez disso,os filhoteslevantam suascabeçasem movimentos parecidos como os das lagartas.
Em um estudo, publicado na edição de janeiro de 2015doAmerican Naturalist, a equipe de Londoñorevelar uma outradescoberta: Os filhotesexecutam a mesmadançaquando os paisretornam ao ninho. Esomente depois que osadultosoferecem umavocalizaçãosecreta queos filhotessabe que é seguropara largar oatoepedircomida.
Mas as choronas-cinzasnão são os únicosimpostoresque imitamespéciescompletamente diferentes, vejam algumas outras:
O LOUVA-DEUS "ORQUÍDEA"
Paraas abelhas, borboletas e outros polinizadoresna Malásia, escolher quais flores paraacariciaré um jogo perigoso. Isso porquealgumas dessas floresnãosão floresem tudo, masentre elas pode ter um assassino furtivo bemdisfarçado, o Louva-Deus.
OLouva-Deusorquídeacamufla-se contra uma orquídea (Phalaenopsis). Fotografe porBillCoster, Alamy.
Ao contrário doverde e marromusado pormuitas espéciesde louva-deuses, o Louva-Deus-orquídea(Hymenopus coronatus) variaentretons de rosae branco.Os insetostambém têmlobosem forma depétalasem suas pernas que lhes dãouma forma parecidas com as flores muito convincente. JamesO'Hanlon, da UniversidadeMacquarie, em Sydney,foi o primeiro ademonstrar que, na verdade, oLouva-Deus-orquídeaatraempresascomseusubterfúgio.Ele disse que éimportante notar queestes louva-deusnão estão simplesmenteà espreitaentre outrasflores,mas simficam de foradelas esperando as presas.
"Elesnão se escondem. Eles anunciama sua presençapara os polinizadores,eatraí-lospor conta própria", disse O'Hanlon.
Na verdade, quandodada a opção, os polinizadoreseram mais propensos avoarnas garras deumlouva-Deus-orquídeado que as próprias floresdoque elesimitam.
Porque mudar tantosua forma e cor, quando se pode muito bem seroanimal mímico mais incrívelnaTerra?
O polvomímicopode representaruma grande variedade decriaturas com suas habilidades incríveis. Fotografe porDavidDaCosta,Alamy
O polvomímico(Thaumoctopus mimicus), apenasdescoberto em1998, uminvertebradoimpressionante que até agora ele temsido um arsenal personificando equipado com as farpasvenenosasdeumpeixe-leão, as listras reveladores dasserpentes-do-mar, eo padrão denataçãode umpeixe-chatooumais conhecido como linguado.
Nem todos os animaisqueremesconder do mundo, é claro. Alguns, como oparasitaplanária (Leucochloridium paradoxum), realmentelongopara ser comido. Já existe um post em nosso blog específico para esse parasita, vejam Verme "Assassino" e Caramujo "Zumbi" ?
O verme Leucochloridium paradoxum se aloja na parte superior do caramujo, são aquelas coisas gosmentas verdes parecendo que vão estourar no pobre caramujo. Imagem – Themes of Parasitology
Isto porque o L.paradoxumpode completar o seuciclo de vidasomente se elede alguma formaencontrar o seu caminhopara o tratointestinalde um pássaro, não é uma tarefa fácilparaum golpe de sortequepassa a maior partede sua vidana terra.
Parachegarna barrigade um pássaro, L. paradoxumpega caronano corpode um caracol. Uma vez dentro docaracol,os parasitasdesenvolvemgrandessacos com suas crias, pulsando dentro depedúnculos ocularesdocaracol. Estessacos de crias,capturam a atenção dospássaros, fazendo assim esses pedúnculos ocularespalpitantesparecerem comcorpos delagartas,larvasouvermes.
Os vermesaté mesmo controlamo comportamento doscaracóis, tornando-os "zumbis" , forçando os pobres coitados a subirem as altashastes das gramas onde émelhorpara que as aves possam captura-los. Uma vez que aave comeo caracol, o parasitase move sobre asua próximavítima. Bizarro não?
O ano de 2016 não para de nos surpreender. Em pleno Natal, o mundo recebe em choque a notícia da perda de um dos seus maiores artistas, George Michael. Contestador, atrevido, ousado, numa época em que isso ainda não era moda, ele nos deixa órfãos de seu talento. Nunca iremos esquecê-lo,
George sabia como ninguém usar sua habilidade em atrair a atenção do seu público à serviço de causas importantes; seus vídeos entraram para a história por não serem apenas uma forma de divulgar seu trabalho, mas também por lançar moda, deixar claro o lado visceral e apaixonado do músico em transformar a música pop, muitas vezes considerada descartável pela crítica, em obra de arte.
Para homenageá-lo, o nosso Pop 5ive de hoje traz uma pequena e singela lista com alguns destes momentos eternizados por ele.
Salve George Michael!
Wake Me Up Befor You Go-Go
Antes de iniciar uma bem sucedida carreira solo, esse descendente de cipriotas tinha uma dupla que despontou para o sucesso com essa música alto astral e esse clipe que é bem a cara dos anos 80, com todo seu visual super mega over. Aumenta o som e vamos dançar!
Father Figure
O moço gostava de provocar; ele queria ser a figura paterna de uma mulher poderosa, ou seja, ele quer estar no controle, ele sussurra e, no meio de um cenário, modelos de cinta liga e muito tesão.
Faith
Aqui ele explora mais uma vez sua sexualidade, dando espaço para a famosa cena em que, usando um jeans apertado, balança o bumbum como ninguém. Quem nunca? Se você também suspirou, dá um joinha!
Freedom '90
Em seu segundo disco solo, George Michael dizia para ouvir sem preconceito. Ele queria mudar sua imagem e tentar provar a todos que sempre foi alguém preocupado em fazer música de verdade, tanto que resolveu queimar a famosa jaqueta dos seus clipes anteriores e explodir a jukebox que o consagrou em Faith. Ok, a letra de Freedom '90 era um desabafo e o vídeo, dirigido pelo então novato David Fincher, possuía os modelos mais badalados da época dublando o cantor. Um primor que acabou se tornando um verdadeiro hino dos anos 90.
Roxanne
Provando que era um grande cantor, George Michael resolveu gravar um disco apenas com canções imortalizadas por outros artistas. Roxanne,do The Police, aqui ganha uma nova roupagem. E o vídeo é de uma delicadeza e tristeza que nos deixa com os olhos marejados.
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Não temos dúvida de que o mundo ficou mais triste com a partida de George Michael. Ainda bem que seu trabalho é atemporal e ficará para sempre eternizado em nossa memória, coração e no mundo virtual.
A necessidade é a mãe da invenção, certo? Bem, nem sempre. Steven Johnson nos mostra como algumas das ideias e tecnologias mais transformadoras, como o computador, não vieram da necessidade, mas sim do estranho prazer de brincar. Compartilhe esta cativante exploração ilustrada da história das invenções. No fim das contas, você vai encontrar o futuro naquilo que mais diverte as pessoas.
Há aproximadamente 43 mil anos, um jovem urso-das-cavernas morreu nas colinas na fronteira noroeste da atual Eslovênia.
VÍDEO
Mil anos depois, um mamute morreu no sul da Alemanha. Alguns séculos depois, um abutre também morreu nas proximidades. Não sabemos quase nada sobre como esses animais morreram, mas essas diferentes criaturas dispersas no tempo e no espaço compartilharam um destino notável. Depois da sua morte, um osso de cada um dos esqueletos foi transformado por mãos humanas em uma flauta. Pense nisso por um segundo. Imagine que você é um homem das cavernas, há 40 mil anos. Você dominou o fogo. Você construiu ferramentas simples para caçar. Você aprendeu a fazer vestes com a pele de animais para manter-se aquecido no inverno.
Qual será sua próxima invenção? Parece ilógico inventar a flauta, uma ferramenta que cria vibrações inúteis nas moléculas do ar. Mas foi exatamente isso que nossos ancestrais fizeram. E isso se tornou surpreendentemente comum na história da inovação. Algumas vezes as pessoas inventam coisas porque elas querem se manter vivas ou alimentar seus filhos ou conquistar uma aldeia próxima. Mas, frequentemente, novas ideias surgem no mundo simplesmente por serem divertidas. E o mais estranho de tudo: muitas dessas invenções divertidas, mas aparentemente frívolas, acabaram por desencadear transformações muito importantes na ciência, na política e na sociedade. Veja o que pode ser a invenção mais importante dos tempos modernos: os computadores programáveis. A história padrão é que os computadores vêm de tecnologia militar, pois os primeiros computadores foram projetados especificamente para decodificar códigos durante a guerra ou calcular trajetórias de foguetes.
Mas, na verdade, a origem do computador moderno é muito mais divertida, e até musical, do que você imagina. A ideia por trás da flauta, de assoprar ar através de tubos para produzir sons, foi finalmente modificada para criar o primeiro órgão há mais de 2 mil anos. Alguém teve a brilhante ideia de provocar a emissão de sons pressionando pequenas alavancas com os dedos, inventando o primeiro teclado musical. Bem, os teclados evoluíram do órgão para o clavicórdio, o cravo e o piano até meados do século 19, quando um grupo de inventores finalmente teve a ideia de usar um teclado para gerar letras, em vez de sons.
De fato, a primeira máquina de escrever foi chamada originalmente de "o cravo de escrever". As flautas e a música levaram a avanços ainda mais poderosos. Há aproximadamente mil anos, no auge do Renascimento islâmico, três irmãos em Bagdá projetaram um dispositivo que era um órgão automatizado. Eles o chamaram "o instrumento que toca sozinho". Bem, o instrumento era basicamente uma caixa de música gigante. O órgão podia ser treinado para tocar várias músicas usando instruções codificadas por meio de pinos colocados em um cilindro giratório. Para a máquina tocar uma música diferente, era só trocar um cilindro por outro com uma codificação diferente. Este foi o primeiro instrumento desse tipo. Ele era programável. Bem, conceitualmente, esse foi um imenso salto adiante. Toda a ideia de "hardware" e "software" se tornou possível pela primeira vez com essa invenção. E esse conceito incrivelmente poderoso não veio para nós na forma de um instrumento de guerra, conquista ou necessidade, de forma alguma. Ele veio do estranho prazer de ver uma máquina tocar música. De fato, a ideia de máquinas programáveis foi mantida viva exclusivamente pela música por aproximadamente 700 anos.
Nos anos 1700, máquinas que faziam música viraram os brinquedinhos da elite parisiense. Em performances, foram usados os mesmos cilindros codificados para controlar os movimentos dos chamados autômatos, um tipo primário de robô. Um desses robôs mais famosos foi, adivinhem, um flautista automatizado projetado por um brilhante inventor francês chamado Jacques de Vaucanson. E enquanto Vaucanson projetava seu robô músico, ele teve outra ideia. Se você pode programar uma máquina para produzir sons agradáveis, por que não programá-la para tecer lindos padrões de tecidos? Em vez de usar os pinos do cilindro para representar notas musicais, eles representariam fios de diferentes cores. Se você quisesse um novo padrão para seu tecido, bastava programar um novo cilindro. Esse foi o primeiro tear programável. Na época, era muito caro e demorado produzir cilindros, mas meio século depois outro inventor francês chamado Jacquard teve a brilhante ideia de usar cartões de papel perfurados em vez de cilindros de metal. O papel se mostrou uma forma muito mais barata e flexível de programar o dispositivo.
Esse sistema de cartões perfurados inspirou o inventor vitoriano Charles Babbage a criar sua máquina analítica, o primeiro computador verdadeiramente programável já projetado. E cartões perfurados foram usados por programadores de computador até o final da década de 1970. Então, faça-se a seguinte pergunta: o que realmente tornou o computador moderno possível? Sim, o envolvimento militar é uma parte importante da história, mas a invenção de um computador também exigiu outras peças: caixas de música, robô de brinquedo tocador de flauta, teclados de cravos, padrões coloridos de tecelagem, e essa é só uma pequena parte da história.
Existe uma longa lista de ideias e tecnologias transformadoras que vieram de brincadeiras: os museus públicos, a borracha, a teoria das probabilidades, os seguros e muito mais. A necessidade nem sempre é a mãe da invenção. Um estado de espírito lúdico é fundamentalmente exploratório e busca novas possibilidades no mundo ao nosso redor. E, devido a essa busca, muitas experiências que começaram por simples prazer e diversão por fim nos levaram a grandes avanços.
Bem, eu acho que isso tem efeitos na forma como ensinamos as crianças na escola e como encorajamos a inovação em nossos locais de trabalho, mas pensar sobre o brincar e o prazer dessa forma também nos ajuda a ver o que vem a seguir. Pense nisto: se você estivesse sentado em 1750 tentando imaginar as grandes transformações na sociedade que ocorreriam nos séculos 19 e 20, máquinas automatizadas, computadores, inteligência artificial, uma flauta programável que entretinha a elite parisiense teria sido uma pista tão poderosa quanto qualquer outra coisa da época. Na melhor das hipóteses, parecia um divertimento, nada que pudesse ser útil de alguma forma séria, mas acabou se tornando o início de uma revolução tecnológica que mudaria o mundo. Você encontrará o futuro naquilo que mais diverte as pessoas.
Cícero nasceu numa antiga família da classe equestre, duma povoação do interior do Lácio, a quem tinha sido dada a cidadania romana somente em 188 a.C., e que nunca tinha por isso participado na vida política de Roma. O pai proporcionou aos dois filhos, Marco, o mais velho, e Quinto, uma educação muito completa, sendo que Marco Túlio, após ter estudado na escola pública e ter chegado à maioridade, foi entregue aos cuidados do célebre senador e jurista romano Múcio Cévola que o pôs a par das leis e das instituições políticas de Roma.
Durante a Guerra Social do princípio do século I a.C (91-88 a.C.) Cícero passou brevemente pela vida militar, passo necessário para poder participar plenamente na vida política romana, tendo estado presente numa campanha militar sob o comando do cônsul Pompeu Estrabão, pai de Pompeu o Grande. Regressado à vida civil, começou a estudar filosofia com Filão, o Académico, mas a sua atenção centrou-se na oratória que estudou com a ajuda de Molo, o principal retórico da época, e de Diodoto, o Estóico.
Cícero é considerado o primeiro romano que chegou aos principais postos do governo com base na sua eloquência, e ao mérito com exerceu as suas funções de magistrado civil. O primeiro caso importante que aceitou foi a defesa de Amerino, um escravo liberto, acusado de parricida por um favorito de Sila, nessa época ditador de Roma. Esta acção corajosa levou-o a sair prudentemente de Roma, após a conclusão do pleito, tendo viajado durante dois anos, oficialmente para se restabelecer de uma doença. Em Atenas reencontrou o seu colega de escola Pompónio Ático, com quem estabelecerá a partir daí uma longa, e muito célebre, Correspondência. No Oriente concluiu a sua formação filosófica e retórica.
Regressado a Roma em 76 a.C. após a morte de Sila, começou a sua carreira política, sendo nomeado questor da Sicília no ano seguinte, província que governou com sucesso. De regresso a Roma aceitou dirigir, em 70 a.C., o processo que a população da ilha intentou contra o pro-pretor da ilha, Verres, por corrupção. Venceu o processo obrigando este a sair de Roma. No ano seguinte (69 a.C.), cinco anos depois de regressar da Sicília, foi eleito edil e mais tarde, cumpridos os dois anos de intervalo entre magistraturas, foi escolhido para pretor (66 a.C.), discursando pela primeira vez a partir da Rostra - a antiga plataforma dos oradores no Fórum de Roma - em defesa da Lex Manilia, que pretendia entregar a Pompeu o governo de várias províncias orientais, como base para atacar o rei do Ponto, Mitríades VI Eupator, em luta contra Roma no norte da península da Anatólia (Ásia Menor).
No fim da sua actuação como pretor, decidiu concorrer ao consulado, tendo por isso recusado a nomeação para o governo de uma província do império, o pagamento normal para o exercício do cargo de pretor. Foi eleito cônsul em 62 a.C., para o exercício do ano seguinte. Nesse cargo conseguiu destruir a Conjuração de Catilina, tendo sido declarado Pai da Pátria por essa actuação em defesa das instituições republicanas.
Mas o regresso triunfal de Pompeu a Roma, e a institucionalização do primeiro Triunvirato, fez com que as ambições políticas de Cícero sofressem um rude golpe, fazendo com que voltasse às actividades forense e literária. Mas a actuação de um seu inimigo político, P. Clódio, que criticava a actuação de Cícero durante a conjuração de Catilina, devido à execução dos conjurados sem julgamento, fez com que abandonasse voluntariamente Roma (58 a.C.) e a Itália indo para o exílio na Grécia, por onde deambulou, até que se instalou em Tessalónica no norte da província, o que não impediu a votação de uma lei que o desterrava. A perseguição de P. Clódio continuou, atacando a família mais próxima e as propriedades de Cícero, até que Pompeu interveio e conseguiu, com a ajuda de parentes e de amigos de Cícero, que o Senado se decidisse a chamá-lo do exílio. Quando regressou (57 a.C.), o Senado foi recebê-lo às portas da cidade, sendo a sua entrada quase uma procissão triunfal.
Seis anos mais tade (51 a.C.), devido a uma lei de Pompeu, que obrigava os senadores de nível consular ou pretoriano a dividirem as províncias vagas entre si, foi governar a Cilícia. Aí, nas costas meridionais da Ásia Menor, antigo centro da pirataria do Mediterrâneo oriental, lutou vitoriosamente contra tribos rebeldes das montanhas, recebendo dos seus soldados o título de Imperator. Demitiu-se e regressou a Roma por volta do ano 50 a.C., com intenção de reclamar a realização de um triunfo. Mas o começo das lutas entre Pompeu e César, que deram origem à Guerra Civil, impediram a sua efectivação.
Foi o período mais crítico do ponto de vista moral e político da vida de Cícero.
Querendo manter-se neutral na feroz luta política da época tentou agradar aos dois campos, sem conseguir agradar a nenhum deles. Mas manteve-se sempre mais perto de Pompeu, e do partido senatorial, do que de César, e do partido popular, e de facto acabou por se decidir, mas muito timidamente, pelo campo senatorial. Após a batalha de Farsalia (48 a.C.), e a fuga consequente de Pompeu e a morte deste no Egipto, recusou-se a comandar tropas e regressou a Roma, governada por António enquanto representante pessoal de César. Cícero passou então a dedicar-se integralmente à filosofia e à literatura, sendo desta época o tratado De Republica.
Os empréstimos feitos a Pompeu, naturalmente não pagos, empobreceram-no, tendo necessidade de pedir a assistência do seu velho amigo Ático, e de se divorciar da sua mulher, Terência, casando com Publilia, uma jovem de meios. Nessa período, Túlia, filha do seu primeiro casamento, morreu, o que provocou o divórcio da sua segunda mulher, que não terá mostrado suficiente pesar pela morte da enteada. Estes factos provocaram a publicação de De Consolatione.
O assassínio de César em 44 a.C. trouxe-o de novo para o centro da actividade política. Tentou recuperar a influência política, e a direcção do partido senatorial, mas António ocupou o lugar de Júlio César, e a Cícero só lhe restou escrever as orações contra o sucessor de César conhecidas como Filípicas. A sua oposição a António granjearam-lhe o interesse de Octávio. Cícero não se deixou enganar pelo filho adoptivo de César, e as resoluções do Senado contra António tiveram origem nele. Mas Octávio, eleito cônsul, chegou a acordo com António e Lépido, antigo general de Júlio César, formando-se o segundo triunvirato. Cícero retirou-se com alguns familiares para Túsculo, a sul de Roma. Aí teve conhecimento que Octávio o tinha abandonado e que António o tinha colocado na lista dos proscritos, uma declaração de morte. Viajou para Fórmio, na costa adriática, com intenção de embarcar para a Grécia. Mas acabou por ficar afirmando «Moriar in patria soepe servata» (Morra eu na pátria que tantas vezes salvei), o que aconteceu às mãos de soldados comandados por um seu antigo cliente. Cortaram-lhe a cabeça e as mãos e, por ordem de António, pregaram-nas na Rostra.
A ilha mais temida na baía de São Francisco foi, durante muito tempo, a ilha-prisão de Alcatraz. A prisão de segurança máxima construída em 1934 foi fechada em 1963.
A ilha de Alcatraz deve o seu nome ao termo espanhol alcatraces, ou seja, pelicanos. É um enorme bloco de rocha de cinco hectares, sem vegetação. Ela foi comprada aos mexicanos em 1847 e sete anos mais tarde abrigou o primeiro farol na costa do Pacífico.
Eternizado em livros e filmes, o nome Alcatraz tornou-se sinónimo de local impossível de se escapar. No início, eram transportados para lá os desertores da Guerra Civil americana. Mais tarde, os que se negavam a prestar serviço militar.
A ilha foi administrada pela Secretaria da Guerra dos EUA até 1934, passando oficialmente então à pasta da Justiça, como prisão de segurança máxima. Embora tão próximos da civilização, a possibilidade de chegar até ela era praticamente impossível.
Em cada cela, de escassos seis metros quadrados, havia uma cama, uma pequena mesa e um vaso sanitário. Os presos raramente podiam ouvir rádio ou ver televisão e recebiam visitas apenas uma hora por mês. A vigilância era total e quem infringisse as duras regras ia para a solitária, uma cela onde se ficava completamente às escuras, 24 horas por dia.
A rotina era fixa: acordar às 6h30, café meia hora depois, seguido de trabalho. Depois vinha o almoço, às 11h40, e mais trabalho. O jantar já era servido às 16h20 e às 21h30 eram apagadas as luzes.
Concebida para cerca de 500 prisioneiros, Alcatraz nunca teve mais de 250 presos, que passavam em média dez anos na ilha. Dos 11576 prisioneiros que passaram pela ilha em 30 anos, 34 tentaram fugir em 14 tentativas diferentes; 23 foram capturados poucas horas depois, seis foram mortos ainda na ilha e cinco são oficialmente dados como desaparecidos. Presume-se que morreram afogados nas águas frias da baía de São Francisco.
Até o mafioso Al Capone passou uma temporada na prisão que foi tema de vários filmes de Hollywood. Alcatraz, Fuga Impossível (1979), realizado por Donald Siegel e protagonizado por Clint Eastwood, é o mais famoso deles e conta a história real dos únicos que conseguiram fugir da prisão, considerada na sua época a mais segura dos Estados Unidos. Trata-se da história de Clarence Anglin, o seu irmão John e Frank Morris, que desapareceram da ilha em 11 de Junho de 1962 e nunca mais foram vistos.
Em 1996, foi a vez de Nicolas Cage e Sean Connery transformarem Alcatraz em cenário da aventura, A Rocha. Desde 1973 são permitidas visitas turísticas à ilha.
Em geral, a festa de Réveillon mais bombástica e colorida é a de Dubai tendo como centro o gigantesco Burj Khalifa. Mas este ano a preferência parece ter recaído também sobre duas outras festas da passagem de ano: Sidney e Londres. Este vídeo dos fogos de artifício da cidade mais populosa da Austrália está tendendo agora com quase meio milhões de visualizações. As imagens foram feitas na primeira fila desde a Baía de Sydney destacando a grande Ponte e a Opera House.
VÍDEOS
A BBC publicou os fogos da noite da passagem de ano, que teve início no Thames Embankment à medida que os relógios do Big Ben atingiram a meia-noite.
A BBC também publicou um vídeo 360º da exibição de fogos de artifício (só dá para ver no Chrome ou no aplicativo do Youtube para celulares e tablets).
No planeta Terra há uma quantidade inimaginável de ilhas em distintas partes de água. Nos mares, oceanos e lagos estão porções de terra que contam muitas histórias, lendas e segredos interessantes.
Algumas ilhas são muito semelhantes às que conhecemos como o paraíso. Mas em outras, você vai viver um pesadelo se você se atrever a pisar em seu território, como na Ilha Sentinela do Norte.
Mas esse post é sobre a ilha de Poveglia, localizada em Veneza, norte da Itália. A superfície do seu território compreende mais do que apenas terra e cascalho. Ela tem uma história oculta que está muito longe do romantismo que envolve a famosa cidade italiana.
Ela também é conhecida como a “Ilha dos Mortos”. Com esse nome, você pode ter uma ideia das histórias que assombram o local.
No século XIV, a ilha foi o lar da fortaleza “The Octagon”. Naquela época, se espalhava por toda a Europa a maior pandemia já conhecida pela humanidade: a Peste Negra, que matou uma quantidade inimaginável de pessoas.
Entre as medidas tomadas em Veneza incluía levar os mortos para a ilha de Poveglia, onde os corpos eram cremados em valas comuns para evitar a propagação da peste, e os que eram suspeitos de terem contraído a doença eram colocados em quarentena na ilha.
Às vezes, eles eram queimados vivos, e em outras vezes eram abandonados à sua sorte entre as pilhas de cadáveres.
160 mil pessoas foram trazidas para a ilha. Lendas dizem que os gritos eram ouvidos em vários quilômetros ao redor.
Como resultado de cremações em massa, metade da ilha é coberta de restos de corpos.
Há uma lenda que diz que foi construído um hospital psiquiátrico e os médicos lançavam pacientes dementes do topo da torre. No entanto, não existem documentos que apoiem a veracidade desta história.
A verdade é que a ilha de Poveglia tem a marca da morte, e é um dos destinos preferidos para os fãs do paranormal e inexplicável. Lá você pode encontrar o equilíbrio certo entre lendas, mitos e versões reais.
As visitas são proibidas. Não há barcos para velejar em suas margens, mas os mais ousados podem se atrever a entrar no local clandestinamente.
É um pensamento que pode ter atravessado a sua mente, o que não é surpresa dado o número de publicações que cantam seus louvores, mas nem tudo são flores…
1. Uma cidade encruzilhada
Há dois fatores únicos que contribuem para as tensões em Dubai.
O primeiro é o seu crescimento explosivo. O dinheiro que ali flui a tornou uma cidade de luxos; No entanto, esses luxos têm um preço.
O segundo é que 90% da sua população vem de outros países. Com uma população estrangeira tão grande, é fácil esquecer que ele é parte dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e, consequentemente, sujeitos às leis dos EAU. Enquanto qualquer país tem o direito de governar a si próprio como quiser, o desafio é que essas leis são geralmente muito diferentes do que essas pessoas poderiam esperar, portanto, algo que elas consideram normal pode colocá-las cadeia.
2. Censura
Dubai bloqueia conteúdos que contradizem “a ética e a moral dos EAU.” Embora isso seja direcionado principalmente para jogos de azar, pornografia e drogas ilegais, tem sido usado para bloquear sites de notícias e blogs que eram críticos aos EAU e sites que apoiam a comunidade LGBT.
3. Seu comportamento é monitorado
Dubai tem um Código de Conduta que policia o modo de falar e vestir das pessoas. Palavrões e gestos rudes são ilegais. Isso pode ser uma surpresa desagradável quando os visitantes vêm de países onde esses comportamentos não são restritos.
Por exemplo, um americano foi preso por xingar um trabalhador através do telefone.
4. Perseguição às mulheres
Embora o Código de Conduta diz que tanto os homens como as mulheres devem se vestir adequadamente em locais públicos, as mulheres que não são cobertas às vezes são perseguidas. Uma atriz egípcia foi atacada por outra mulher que achava que ela estava vestida indecentemente. Embora as mulheres estrangeiras não devam usar abayas e nicas, em alguns outros países do Oriente Médio, por vezes, as mulheres estrangeiras que não estejam cobertas são confundidas com prostitutas, o que acaba muitas vezes acabando em assédio.
5. Beber é ilegal
Beber é ilegal para os muçulmanos nos EAU e severamente restrito para os não-muçulmanos.
Os não-muçulmanos só estão autorizados a consumir ou transportar álcool se eles possuírem uma licença para fazê-lo, apesar de estabelecimentos licenciados muitas vezes não verificarem se as pessoas têm as autorizações corretas para beber.
Embora Dubai seja um local de férias popular, os que consomem alcóol podem receber uma multa, deportação, ou até 6 meses de cadeia.
6. Nada de excesso de demonstrações amorosas
Enquanto dar as mãos é permitido para os casais, de acordo com o Código de Conduta de Dubai “, beijar e acariciar são considerados uma ofensa à moral pública.”
Dois britânicos foram presos por beijar em público.
7. Lugar terrível para homossexuais
Você pode ser preso por até 10 anos se fizer sexo gay consensual em Dubai. Casais que foram flagrados o fazendo foram direto para a cadeia.
8. Escravidão
O reluzente horizonte de Dubai tem um custo. Embora os Emirados Árabes Unidos sejam um dos 10 países mais ricos do mundo, suas torres são construídas sobre as costas dos trabalhadores migrantes da Índia, Paquistão, Bangladesh e China, que se submeterem a regimes de escravidão em troca de promessas de riqueza e uma vida melhor.
Ao entrar em Dubai, no entanto, seus passaportes são apreendidos e eles trabalham em condições que são “perigosas ao ponto de ser mortal.” Os empregadores retém salários por meses, e eles vivem em campos de trabalho apertados com banheiros transbordando e pouca comida.
Passos Coelho prometeu que o Diabo viria em setembro, mas ele não apareceu. Soube o CR, de fonte segura, que o Mafarrico enviou uma mensagem ao líder do PSD dizendo que com o calor que estava em Portugal, preferia manter-se no Inferno, porque estava mais confortável.
Não veio. Ou melhor... ele esteve em Portugal, mas ninguém o viu.
No entanto, o CR está em condições de confirmar que o Diabo foi avistado num bacanal com Marilú e Paulo Portas. O local não pode ser divulgado por razões de segurança, mas a foto obtida pelo "We Have Kaos in the Garden" confirma a sua presença. Há, no entanto, um pequeno pormenor. A foto, como se pode ver, foi tirada em 2014, na altura em que Marilú, Portas e Coelho infernizavam o país. Foi neste dia que Marilú e Passos se familiarizaram com o Demo, mas apesar de toda a intimidade, o Diabo recusou-se a aparecer publicamente em Portugal.
Entrevistado em exclusivo pelo CR, disse:
"Adoro bacanais. Ficarão para sempre na minha memória aqueles em que participei com Marilú e Paulo Portas, mas neste momento quero preservar a minha imagem. Essa foto já me vai causar dano, pois não é este o momento oportuno para ser visto na companhia de Marilú, disfarçado de Pedro Passos Coelho. O meu amigo Paulo Portas, de quem tenho imensas saudades, que me perdoe, mas tenho de ser realista e refrear os meus ímpetos. Com o Costa não se brinca".
E lá foi à vida, com ar malicioso de quem ia para uma sessão de BDSM com a sua castigadora preferida.
O secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, confirmou que pelo menos 60 presos que cumpriam pena no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), foram mortos durante a rebelião que começou no início da tarde desse domingo e terminou após mais de 17 horas de duração, informou Agência Brasil.
A autoridade disse que as mortes foram resultado de disputa entre os grupos criminosos a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que estariam travando uma disputa na região.
Aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do Amazonas. Desde o segundo semestre de 2015, líderes da facção criminosa amazonense vêm sendo apontados como os principais suspeitos pela morte de integrantes do PCC, grupo que surgiu em São Paulo, mas já está presente em quase todas as unidades da federação. A rebelião teve início na tarde desse domingo. Agentes penitenciários da empresa terceirizada Umanizzare e 74 presos foram feitos reféns. Parte desses detentos foram assassinados e pelo menos seis deles foram decapitados e tiveram corpos arremessados por sobre os muros do complexo. As autoridades estaduais ainda não sabem ao certo quantos presos conseguiram fugir do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Poucas horas antes do início da rebelião no Compaj, dezenas de detentos tinham conseguido escapar de outra unidade prisional de Manaus, o Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat). O próprio secretário chegou a afirmar a jornalistas que a fuga do Ipat pode ter servido como “cortina de fumaça” para acobertar a ação no Compaj. “[A rebelião] Foi gerida com negociação e com respeito aos direitos humanos”, disse Fontes. Ele assegurou que os líderes da rebelião serão identificados e responderão pelas mortes e outros crimes, informou Agência Brasil.
O "CDS" NO PRESÉPIO DE NATAL PÕS O PORTAS COMO ANIMAL SENDO A CRISTAS A VAQUINHA A VIRGEM COM CINTO DE CASTIDADE E JOSÉ CONTRA SUA VONTADE ALGO ESTRANHO NA CABEÇA TINHA
Á VOLTA TODO O STAF ERAM OS BORREGOS DA PAF EM RELIGIOSA ADORAÇÃO PASSOS COELHO DE MASSAMÁ ANDAVA DE CÁ PARA LÁ NUMA AZÁFAMA DE AFLIÇÃO
DOS MAGOS REIS ENREGELADOS E DA VIAGEM CANSADOS DE UM DELES SAIU UM BRADO COMO É QUE O COELHOTE PODE SER ANJO SE O TROCA TINTAS MARMANJO SÓ TEM NA BOCA O DIABO
NO MEIO DE TAL REBOLIÇO MARCELO AMEAÇA UM FEITIÇO E RUGE COMO UMA ONÇA OU SE DEIXAM DE MARIQUICES DE MENTIRAS, VIGARICES OU CHAMO JÁ A GERINGONÇA
Os terroristas que tiveram de abandonar os distritos do leste da cidade de Aleppo, deixaram um grande número de armas, a maioria das quais de fabricação norte-americana. A este respeito, um novo palco para discussões assumem as alegações de que as armas poderiam ser entregues, inclusive sob o pretexto de ajuda humanitária.
Nas zonas libertadas de Aleppo, o exército sírio tem encontrado enormes estoques de armas e munições, na sua maioria de fabricação americana.
– Encontramos um esconderijo de armas, o custo aproximado é estimado em milhões de dólares. A maioria – da indústria americana. No entanto, isso não nos surpreende, uma vez que Damasco tem repetidamente salientado que os terroristas em Aleppo, conhecidos como “oposição moderada”, recebiam dinheiro de várias monarquias árabes do Golfo Pérsico. Além disso, algumas armas foram saqueadas dos armazéns do exército sírio. Um vídeo com duração de quase oito minutos, mostra centenas de caixas com armas diferentes. Há armas de pequeno porte, morteiros, minas, lançadores de foguetes, veículos blindados, e muito mais. Além disso, há cartões de registro dos militantes e computador hard-drives, discos rígidos, que, segundo os autores do vídeo, contém todas as informações sobre a identidade dos extremistas, que lutaram contra o exército sírio.
A este respeito, vale a pena lembrar a controvérsia que girava em torno da entrega de ajuda humanitária à cidade durante a operação para libertá-la dos militantes. Em seguida, Damasco insistiu que apenas o militar sírio tivesse acesso à inspeção de caminhões que transportam ajuda humanitária. Esta foi a principal razão para as diferenças entre o governo sírio e os escritórios privados das Nações Unidas, bem como um número de organizações humanitárias internacionais.
A Turquia também anunciou a disponibilidade de apresentar evidência de que os norte-americanos forneceram assistência militar para o ISIS (organização proibida na Rússia). A este respeito, será interessante ver a reação do governo dos Estados Unidos, bem como de uma série de organizações internacionais, que, juntamente com os Estados Unidos declararam em uníssono sobre os crimes de Damasco e Moscou contra comboios humanitários.
As autoridades sírias há vários anos acusam o Ocidente, especialmente os EUA, de fornecer armas à chamada ” oposição moderada”. Extremistas recebem armas do vizinho Líbano e da Turquia.
Quem deixou os distritos do leste de rebeldes em Aleppo deixaram ações com um grande número de armas, a maioria dos quais foi produzido nos Estados Unidos. A este respeito, um novo palco para as discussões assumir as alegações de que as armas poderiam ser entregues inclusive sob o pretexto de ajuda humanitária.
Nas zonas libertadas de Aleppo, o exército sírio tem encontrado enormes estoques de armas e munições, na sua maioria de fabricação americana. Este “News”, disse uma fonte sênior nos serviços de segurança sírios.
– Encontramos um esconderijo de armas, o custo aproximado do que é estimado em milhões de dólares. A maioria – da indústria americana. No entanto, isso não nos surpreende, uma vez que Damasco tem repetidamente salientado que os terroristas em Aleppo, que se referem à oposição moderada, a oferta do território turco à custa do dinheiro de várias monarquias árabes do Golfo Pérsico. Além disso, algumas armas foram saqueados dos armazéns do exército sírio. Sabemos e reconhecemos – disse a fonte.
Mais cedo no mesmo canal no YouTube postou um vídeo com duração de quase oito minutos, o que mostra centenas de caixas com armas diferentes. Apesar do fato de que o tiroteio ocorreu durante a noite, pode-se distinguir pequenas armas, morteiros e minas para os próprios morteiros, lançadores de foguetes, veículos blindados, e muito mais. Além disso, na visão do operador obter cartões de registo militantes e computador hard-drives, discos rígidos, que, segundo os autores do vídeo, contém todas as informações sobre a identidade dos extremistas, que lutaram contra o exército sírio. É relatado que o tiroteio foi feito nos distritos do leste de Aleppo.
A este respeito, vale a pena lembrar a controvérsia que girava em torno da entrega de ajuda humanitária à cidade durante a operação para libertá-la dos militantes. Em seguida, Damasco insistiu que apenas ao militar sírio fosse dado acesso à inspeção de caminhões que transportam ajuda humanitária. Esta foi a principal razão para as diferenças entre o governo sírio e os escritórios privados das Nações Unidas, bem como um número de organizações humanitárias internacionais.
A Turquia também anunciou a disponibilidade de apresentar evidência de que os norte-americanos forneceram assistência militar para o LIH (organização proibida na Rússia). A este respeito, será interessante ver a reação do governo dos Estados Unidos, bem como de uma série de organizações internacionais, que, juntamente com os Estados Unidos, acusaram em uníssono sobre os crimes de Damasco e Moscou contra comboios humanitários.
As autoridades sírias há vários anos acusam o Ocidente, especialmente os EUA, de fornecer armas à chamada “oposição moderada”. Extremistas recebiam armas do vizinho Líbano e Turquia.
Alguns deles foram grandes monarcas e conquistadores, outros, por mais incrível que pareça, eram pessoas comuns, e mesmo assim conseguiram entrar nesse Ranking.
Descubra agora quem foram os pais que tiveram mais filhos na história, e claro, quantos filhos cada um deles teve!
Para isto, assista ao vídeo abaixo, do canal Fatos do Mundo:
Espetáculos de fogo de artifício por toda a região ou as prestações musicais de Aurea, em Albufeira, dos Virgem Suta, em Faro, ou dos Anjos, em Vila Real de Santo António, foram algumas das maneiras de entrar em 2017 no Algarve.
De Lagos, a Vila Real de Santo António, passando por Portimão, Albufeira, Armação de Pêra, Monchique, Faro, Tavira, Olhão, Lagoa, Quarteira e Alcoutim, veja algumas das fotos das festas de passagem de ano.
O regime do gasóleo profissional alarga-se, a partir de hoje, a todo o país, incluindo os postos de abastecimento na fronteira do Alentejo e do Algarve com a Andaluzia, após o período experimental que vigorou desde 15 de Setembro até ao final do ano, anunciou esta segunda-feira o gabinete do ministro Adjunto.
No decurso do período experimental, que decorreu em quatro zonas de fronteira com grande movimento de transporte de mercadorias (Quintanilha, Vilar Formoso, Caia e Vila Verde de Ficalho), registou-se «um significativo aumento de vendas de gasóleo, de perto de 400 mil litros entre Setembro e Novembro (de acordo com os dados mais recentes)», acrescentou aquele Ministério.
O regime do gasóleo profissional permite que o preço de gasóleo tenha, em postos de venda situados em cidades de fronteira, uma carga fiscal equivalente à praticada em Espanha, eliminando o diferencial que existe relativamente aos impostos específicos sobre combustíveis.
O Governo afirma responder, assim, «a uma reivindicação de décadas por parte das empresas de transporte de mercadorias, aguardando apenas a manifestação do interesse, por parte dos operadores do setor dos combustíveis, em terem postos aderentes ao gasóleo profissional».
Na prática, o novo regime permite às transportadoras rodoviárias beneficiar do reembolso de impostos sobre combustíveis de modo a que o custo do abastecimento de cada litro de gasóleo em Portugal seja similar ao que se verifica em Espanha, que é tradicionalmente mais competitivo devido à menor carga fiscal.
O Governo estima que este reembolso de impostos às empresas de transporte de mercadorias tenha para o Estado um custo de cerca de 150 milhões de euros por ano, que poderá vir a ser compensado pela arrecadação fiscal resultante da preferência das empresas por abastecer em Portugal e não em Espanha.
O Governo, através do Ministério do Mar e do Programa Operacional MAR 2020, já pagou a pescadores e armadores de 46 embarcações de pesca de sardinha 1 milhão de euros, valor que, dividido, dá 1920 euros por pescador, devido às cessações temporárias na pesca de sardinha e crustáceos, no período máximo de dois meses.
Esta foi a primeira tranche de apoio público, paga a 30 de Dezembro, inserida nas medidas de gestão da pesca de sardinha e na Portaria 283-A/2016, de 31 de Outubro, assinada por Ana Paula Vitorino, ministra do Mar.
Para este apoio, são elegíveis «os proprietários das embarcações da pesca do cerco com descargas de sardinha em pelo menos 5 por cento do total do pescado descarregado nos últimos três anos, e os pescadores que trabalharam a bordo da embarcação abrangida pela cessação temporária durante pelo menos 120 dias nos dois anos civis anteriores à data de apresentação do pedido», explica o Ministério do Mar.
O período de paragem pode ser escolhido pelo armador entre 1 de Novembro de 2016 e 3 de Março de 2017. «A maioria das embarcações abrangidas optaram por recorrer à cessação temporária nos meses de Janeiro e Fevereiro», revela o Ministério.
Esta entidade diz registar «positivamente a atuação e colaboração das organizações de produtores e dos serviços envolvidos para a concretização deste pagamento».
As candidaturas em controlo administrativo pelo Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas (IFAP) no final do mês de Dezembro estão previstas ser pagas até ao final do corrente mês de janeiro.
No lagostim a cessação temporária ocorreu em Outubro e também se enquadrou na medida de gestão desta espécie.
«A paragem temporária da sardinha, como se destaca na Portaria 283–A/2016, coincide com o período de recuperação da espécie, com os fundos comunitários do MAR 2020 também a aplicarem-se na vertente social e de apoio aos pescadores», conclui o Ministério do Mar.
O atirador não se encontra entre os agota detidos, pelo que prossegue a caça ao homem na Turquia
Oito pessoas foram detidas esta segunda-feira em Istambul por suspeitas de envolvimento no atentado na noite de fin de ano, que causou 39 mortos e 69 feridos, numa discoteca da capital da Turquia.
As detenções foram o resultado de uma operação da brigada antiterrorista da polícia de Istambul e os indivíduos detidos estão neste momento a ser questionados pelas autoridades. Segundo a AP, o atirador – que tudo leva a crer ser oriundo do Uzbequistão ou o Quirguistão –, não se encontra entre os detidos, prosseguindo a caça ao homem.
Entretanto, o ministro do Interior turco anunciou também que dezenas de pessoas foram detidas no país na última semana, por suspeitas de ligações ao autoproclamado Estado Islâmico (Daesh), que esta manhã reivindicou a autoria deste atentado. De acordo com o governante, 147 pessoas foram inquiridas pela polícia turca na sequência de contactos com o Daesh e 25 delas foram detidas.
A autoria do atentado na discoteca Reina foi assumida pelo Daesh em comunicado. O grupo jiadista explica que o ataque foi uma ação para “vingar a religião de Deus” e uma “resposta às ordens do líder do grupo terrorista Abu Bakr al-Baghdadi”.
O atentado – que causou 39 mortos e 69 feridos, pelo menos três dos quais graves – ocorreu na madrugada de domingo quando um homem invadiu a discoteca e disparou centenas de tiros contra as pessoas que se encontravam no local. Algumas testemunhas relatam que o atacante saltou para as águas do Bósforo, colocando-se em fuga.
Nesta altura, 38 das 39 vítimas mortais já estão identificadas. Pelo menos 25 delas eram cidadãos estrangeiros de França, Rússia, Israel, Tunísia, Líbano, Índia, Bélgica, Jordânia e Arábia Saudita.
A Itália deve abandonar a zona euro. A Itália tem urgência em salvar a sua economia
Jean-Luc Gréau[1], L’Italie doit sortir de l’euro. Il ya urgence si elle veut sauver son économie
Revista Causeur.fr, 29 de Dezembro de 2016
O banco Monte dei Paschi em Siena, dezembro de 2016. SIPA. 00785620_000014
A rejeição da reforma proposta por referendo, em 4 de dezembro, puniu desta forma toda a política de ajustamento económico e social de Matteo Renzi imposta pela sua pertença à zona euro. Basicamente, o povo italiano intuitivamente partilhou a nossa análise: o país não pode restabelecer a sua situação económica através da aplicação das chamadas reformas estruturais. A aposta estúpida e suicida da manutenção na moeda única está já francamente perdida.
O fracasso nas urnas veio na pior altura. O governo de transição, instalado após a demissão de Matteo Renzi enfrenta uma falência não declarada do sistema bancário. Este é um governo sem legitimidade que deve tratar desta falência sob o olhar arrogante da Chancelaria de Berlim, que assumiu o poder na Europa durante a crise do euro. A sua responsabilidade ultrapassa as fronteiras da Itália: um resgate bem-sucedido seria eliminar a ameaça de uma nova crise na zona euro, subjacentes à crise bancária. Um falhanço poderia pôr em causa a experiência do euro. Poderia também, tendo em conta a importância económica da Itália, a terceira maior economia da zona euro, provocar um terremoto comparável ao da falência do Lehman Brothers e de vários outros bancos de ambos os lados do Atlântico. Algumas pessoas pensam que o banco de Siena, Monte dei Paschi (2), que está no centro do furacão, poderia entrar na história, da mesma forma que o Lehman Brothers.
Podemos salvar os bancos italianos?
Recordemos os dados da falência bancária: 360 mil milhões de créditos de cobrança duvidosa ou impossível, uma vez que 200 mil milhões se referem mesmo a cobrança muito complicada senão mesmo impossível, consistindo principalmente de empréstimos para pequenas e médias empresas. Os créditos de cobrança difícil estão avaliados em 16% do total: a Itália está imediatamente a seguir à Grécia (47%), que sobrevive graças a um gotejar de liquidez constante da Europa, mas pior que a Espanha (6%), cujos bancos salvaram-se no entanto ao custo de injeções de 60 mil milhões de fundos públicos espanhóis e europeus. Oito bancos estão em causa, entre os quais o famoso Monte dei Paschi já citado, terceiro banco na Itália pela importância da sua atividade. No dia seguinte ao referendo de 4 de dezembro, a sua nacionalização estava na ordem do dia.
Mas porque é que não se poderia fazer com a Itália o mesmo que se fez com a Espanha? Bastaria, segundo os peritos contabilísticos especializados, 70 ou 80 mil milhões de euros de fundos públicos. Formalmente, existem dois obstáculos.
Um obstáculo financeiro primeiro: a Itália também apresenta a segunda maior dívida pública europeia, ou seja 133 por cento do PIB, logo a seguir à Grécia que tem uma divida de 200% do PIB! Um substancial resgate levaria a uma nova deriva da dívida pública que enormes esforços de austeridade já consentidos não conseguiram reduzir, pela falta de crescimento económico.
Mas há também um obstáculo político: a zona euro está sujeita desde 1 de janeiro de 2016 a novas regras da união bancária. Regras que incluem uma devastadora inovação: não podem ser injetados fundos públicos a menos que, previamente sejam imputadas perdas aos credores dos bancos que se quer resgatar, em conformidade com uma regra imposta por Berlim. No entanto, o que são os credores? Os outros bancos que emprestaram a estes mesmos bancos que se quer resgatar mas também e especialmente aos seus clientes, que subscreveram empréstimos a seu favor! São milhões, os italianos que depositaram a sua confiança nos seus bancos como parte de uma política de poupanças que é uma especificidade da península na Europa. Na Itália, país de baixa fertilidade, os rendimentos da poupança aparecem como um complemento da pensão futura. Portanto, a partir deste dado qual é o governo que se atreveria a impor perdas substanciais à massa de clientes dos bancos?
O Fundo Europeu de Estabilidade que permitiu a manutenção no euro da Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Chipre, poderia ser um último recurso. Deveria, no entanto, obter o consentimento das autoridades europeias, colocado sob a supervisão de Berlim. Ora, a opinião pública alemã não quer de modo nenhum que a sua economia venha a resgatar a dos seus vizinhos em situação de falência. Consequentemente, o resgate do banco aparece problemático a partir do duplo ponto de vista financeiro e político.
O caminho da cruz da Itália
As elites económicas, políticas e mediáticas italianas assemelham-se às nossas. Elas andaram a fazer de fanfarrões da globalização feliz, até a ascensão da China, após a sua entrada na OMC, em 2001. Mas a economia italiana, é ainda mais centralizado do que a nossa sobre a produção industrial de forte intensidade de mão-de-obra, e não resistiu ao ataque de concorrentes mais baratos na Ásia, ou mesmo de alguns países mediterrânicos.
O euro tem desempenhado um papel duplamente arrasador: impedindo tanto a desvalorização face aos seus concorrentes de todo o mundo como face à Alemanha. É a cruz que a Itália tem levado nos ombros durante todo o seu calvário que começou em 1999. A produção italiana per capita voltou ao seu nível de 1997. Enquanto isso, a Itália, como os Estados do Sul da Europa e a França, acumulou défices comerciais relativamente à Alemanha que atingem um total de 359 mil milhões de euros, enquanto a Alemanha tem à sua frente 754 mil milhões de euros de créditos sobre todos os seus parceiros na zona euro! Toda a gente compreenderá imediatamente que a vizinha Itália não tem senão uma alternativa: carregar a Cruz até a crucificação final, sob o olhar dos legionários merkelianos ou rejeitá-la.
Uma passagem do ano sem champagne
Na véspera da passagem do ano, para 2017, é o destino imediato do banco Monte dei Paschi que mais importa. O BCE acaba de a puxar o sinal de alarme sobre “a brutal deterioração da posição de liquidez” do banco de Siena. O ‘buraco’ na contabilidade é largamente superior ao que foi anunciado pelos dirigentes, as retiradas dos depositantes totalizam 20 mil milhões de euros desde 1 de Janeiro, incluindo 2 mil milhões desde 1 de Dezembro. São necessárias decisões urgentes.
Uma coisa é certa: na noite de S. Silvestre os dirigentes italianos não irão abrir garrafas de champanhe.
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[1] Agradecemos ao autor e à revista Causeur a disponibilização deste texto para ser editado na língua de Camões.
(2) Criado em 1472, será o banco mais antigo do mundo moderno.
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Leia o original na revista Causeur.fr clicando em:
Parece que afirmaste numa entrevista à Rádio Renascença que “tenho fortes dúvidas e, sobretudo, que seja desejável que o Governo chegue ao fim da legislatura”. Também se sabe que, desde o início, não concordas com a actual convergência política do Bloco de Esquerda e do PCP com o PS (que me perdoem os Verdes, se, por motivos óbvios, os incluo no PCP) no apoio a um governo da responsabilidade deste último partido.
És militante do PS e Eurodeputado nas listas, claro, do PS. Já foste um brilhante líder do Grupo Parlamentar do PS. E a divergência, até pelas responsabilidades políticas que continuas a ter, é um teu legítimo direito. Diria mesmo: um dever. O PS é um partido livre e não concordo com aqueles que te estão a atacar com uma linguagem básica que é pouco própria de democratas. Mas, sou franco, também eu não concordo com as posições que vens defendendo. E direi aqui porquê.
Convergência na ideia de esquerda
Não concordas, desde o início, com esta solução política, apesar de também (suponho) não teres concordado com a governação do PaF. Mesmo assim, não tendo o PS obtido uma maioria que lhe permitisse governar sozinho, entendeste que se deveria dar essa oportunidade à coligação que obteve mais votos nas eleições, independentemente de haver uma manifesta maioria de esquerda no Parlamento disposta a viabilizar um governo que praticasse políticas diferentes (à esquerda) das anteriores. Partias, assim, do princípio de que, independentemente da formação de maiorias no Parlamento, a legitimidade para governar caberia a quem tivesse obtido mais votos nas eleições. E terias razão se esse resultado terminasse, depois, em aprovação do programa de governo no Parlamento. O que não viria a acontecer, tendo-se formado, pelo contrário, nesse mesmo Parlamento, uma maioria política disposta a apoiar uma alternativa de governo. Mas admites, creio, que a solução parlamentar encontrada é constitucional e que, na verdade, os governos saem das maiorias que se formam no Parlamento. De resto, como sabes, o sistema representativo é assim que funciona.
Mas não concordaste com esta solução porque, dizes, as mundividências e os programas políticos do PS e dos dois outros seus parceiros são divergentes em pontos essenciais (não ouso dizer inconciliáveis porque isso seria reconhecer que a palavra comum “esquerda” não se lhes aplica, sendo, pois, politicamente inútil como traço-de-união). O que é verdade. Mas é natural que assim seja, sendo até desejável porque a representação à esquerda se torna mais ampla e inclusiva, reforçando a densidade política do próprio Parlamento. Mas, se vejo bem, este discurso ainda se situa na esfera identitária e na da “ética da convicção”. Identidades e convicções diferentes, não há dúvida. E, na verdade, nenhuma destas forças políticas deixou sequer de afirmar, para dentro e para fora, a sua verdadeira identidade, escondendo as diferenças. Bem pelo contrário, as diferenças têm sido claramente exibidas, sem traumas nem duplos sentidos.
Assim sendo, a convergência no apoio a esta solução governativa dá-se, pois, não na esfera identitária ou da “ética da convicção”, mas na esfera da “ética da responsabilidade”, ou seja, na esfera do compromisso e no quadro de, pelo menos, uma ideia minimalista de esquerda que possa funcionar realmente como traço-de-união entre as três forças políticas (e não só para rejeitar, mas também para construir). E creio que até agora ninguém poderá dizer que não é esta a ideia inspiradora da sua acção política, nem que seja por oposição à política que estava a ser seguida. Portanto, “ética da responsabilidade”, sim, mas num quadro de referência que tem a ideia de esquerda como colante. E nem sequer é difícil defini-la, esta ideia, como sabes. Basta ler o livrinho do mestre Bobbio.
O conceito de “coligação” (ou, neste caso, acordo), de resto, inclui esta dupla assunção (“ética da convicção” e “ética da responsabilidade”), convergindo para uma ética pública, a única que pode permitir que forças diferentes apoiem uma mesma solução governativa. O que, depois, pode acontecer é que as forças que integram este bloco convergente exibam ou silenciem, com maior ou menor evidência, as suas próprias posições de princípio sobre as políticas executadas (ou não). Neste caso, elas têm vindo a ser assumidas frontalmente, o que, no meu modesto entendimento, é não só um valor em si próprio como também se revelou estratégia inteligente que, de resto, evidencia um escrupuloso respeito pelo voto dos próprios eleitores. Além disso, permite evitar a já tão cansativa “coscuvilhice” dos media à procura de divergências estratégicas, já que toda a gente as conhece.
A superação da “conventio ad excludendum”
Acordos entre partidos muito diferentes, as famosas “grandes coligações”, têm-se vindo a verificar, desde 1966, na Alemanha entre o SPD (partido irmão do PS) e a CDU, partidos claramente alternativos para soluções de governo. E, em 1981, se não erro, o próprio Mitterrand incluiu no seu governo quatro ministros comunistas. Acresce que hoje já nem sequer vivemos em regime de bipolarismo estratégico-militar que ponha com a mesma acuidade a questão do acesso aos segredos militares. E também é verdade que a tendência crescente, que se tem vindo a verificar, para a fragmentação do quadro partidário, rompendo com a lógica do bipartidarismo em alternância, nem sequer aconselha pragmaticamente excessiva rigidez programática e ideológica (de todas as partes).
Diferenças e divergências? É claro que existem. Mas estes dois partidos nem sequer fazem parte do governo, estando, de resto, a revelar-se exemplarmente leais ao compromisso assumido, defendendo com coerência as políticas adoptadas. Ou seja, no meu entendimento, este compromisso, mais do que assumido em nome da “ética da convicção” (embora tenha sido em nome dela que a abertura se fez), é assumido em nome da ética pública, um terreno para onde converge realmente o interesse geral e onde se sentem confortáveis as forças que integram esta solução. Ou seja, tudo isto tem um sentido e é perfeitamente enquadrável dentro das categorias clássicas da política. Com a vantagem de ter promovido uma lógica de inclusão política num ambiente que, pelo contrário, vivia em permanente lógica de exclusão. Que se estava a tornar tão matricial que Passos Coelho e o sagaz Paulo Portas nem sequer a integraram como variável na sua estratégia pós-eleitoral. A estupefacção de Passos Coelho (de Portas e até mesmo de Cavaco) é a isto que, no essencial, se deve.
Esta convergência, perfeitamente admissível e até desejável, provocou, em Portugal, finalmente, a queda do nosso “Muro de Berlim”: todas as forças com representação parlamentar poderem efectivamente vir a fazer parte de soluções governativas. E isto é um valor em si enorme, independentemente dos conteúdos programáticos (as “policies”) que venham a estar em causa. E, sobretudo, se isso for feito assumindo cada força política a sua própria matriz e distinguindo claramente, na sua acção e no seu discurso, responsabilidade e convicção, no quadro de uma efectiva e assumida ética pública. Que o Muro tenha sido derrubado pelo PS deve, no meu modesto entendimento, ser motivo de orgulho e não de vergonha. Vergonha, sim, seria continuar a alimentá-lo!
Outra coisa são os resultados. Mas esses ver-se-ão no fim do mandato, no fim de um concreto exercício politico, superada que ficou essa “convention ad excludendum” que marginalizaria, por puro preconceito politico, da solução governativa um milhão de eleitores e uma consistente representação parlamentar.
Por outro lado, desejar que esta solução não chegue ao fim do mandato parece-me inaceitável num quadro em que existe uma maioria parlamentar que resultou de um sistema eleitoral proporcional, como o nosso. Com que argumentos, sendo este um governo do PS, tendo um Primeiro Ministro excelente (como parece defenderes, na recente entrevista à RR e no artigo do “Público”, de 29.12.16) e estando o governo em funções somente há cerca de um ano? Afinal, trata-se de um governo do teu partido, de um PM que elogias e de políticas que, até na tua óptica, se têm mantido no quadro de referência do PS, resistindo também com dignidade e eficácia aos embates com a Comissão Europeia!
Uma pergunta incómoda e uma sugestão
A pergunta de um milhão de euros é, então, a seguinte: porque é que continuas tão disruptivo? Sou directo e objectivo: para te manteres no topo da agenda pública e te capitalizares politicamente. Mas, meu Caro Francisco Assis, se assim for, e ainda que legítimo, o teu discurso tem um fraco valor político, mas também hermenêutico!
Porque tenho consideração por ti, pela tua inteligência e preparação intelectual – tendo até já publicado, juntos, e com outros amigos, um livro sobre a “Terceira Via” – , e porque sei que a hermenêutica te interessa, vindo, como vens, da filosofia, aqui te deixo o repto (um pouco interesseiro, confesso) para, em vez de perderes tempo com intervenções disruptivas e até um pouco tablóides (embora num tabloidismo político tão sofisticado que até convoca para a discussão a poesia), vir discutir um meu documento, “Um novo paradigma para o socialismo”, que circula no espaço público (designadamente, neste Jornal). É disso que mais precisamos, com esta onda de populismo a bater insistente e rumorosamente à nossa porta. Só com um esforço de clarificação da identidade do socialismo democrático nos tempos de mudança que correm poderemos ajudar a esquerda a tornar-se realmente hegemónicano nosso país, nem que para isso seja necessário, convocar, não o marxismo-leninismo, mas esse brilhante marxista italiano chamado António Gramsci. Prometo que ajudarei na tarefa.
A PJ e o SEF investigaram perto de 50 traficantes que exploraram mais de 200 estrangeiros em trabalhos agrícolas
Ion Lizera viajou da Roménia para Portugal, em setembro de 2015, com o marido e dois filhos menores. Tinham promessas de boas condições de trabalho na apanha de fruta, pagamento de 30 euros por dia e alojamento "digno". Quando chegaram ao destino, em Beja, juntamente com outros 12 romenos, o sonho começou a desmoronar-se. Ion e a sua família teriam que dividir o quarto com 19 pessoas, cada uma com um colchão velho para dormir, em cima de paletes de madeira, um pequeno espaço para guardar os seus pertences dentro de um saco de plástico e apenas uma casa de banho em toda a residência, onde estavam outros 40 compatriotas que tinham vindo em busca de um pedaço de vida melhor. Raramente recebiam dinheiro, sempre muito menos que o prometido, e ainda tinham que pagar "comissões" avultadas ao gangue que o tinha contratado.
Nos últimos três anos o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da PJ investigaram cerca de meia centena de suspeitos de tráfico de pessoas para trabalharem, em condições muito próximas da escravatura, em explorações agrícolas um pouco por todo o país. Foram identificadas mais de 200 vítimas.
Dos casos investigados pelo SEF, com sentenças transitadas em julgado, houve seis condenações com penas suspensas entre 3 e 5 anos de prisão (a moldura pena deste crime vai de três a 10 anos de prisão). Do lado da PJ, sem estes dados sistematizados a tempo de responder ao DN, há conhecimento de apenas uma condenação a prisão efetiva de quatro anos, num acórdão de 2014.
Ion foi umas das 50 vítimas de tráfico salva por uma das maiores operações de sempre das autoridades portuguesas, cuja acusação foi concluída no final do ano, com 26 arguidos (17 estão presos preventivamente) por trafico de seres humanos e associação criminosa. Dois deles, de nacionalidade romena, estavam em fuga, mas foram em dezembro capturados pela UNCT, um na Suécia, outro na Bulgária. Ion até teve sorte por estar com a família, pois as mulheres que vieram sozinhas foram obrigadas a prostituir-se.
"Este grupo de indivíduos recorria a ameaças físicas e psicológicas, tanto aos trabalhadores que se encontram em Portugal como aos seus familiares residentes na Roménia, para que os primeiros se sentissem a viver permanentemente num clima de medo e terror, procurando assim evitar aquilo que seria a normal contestação dos trabalhadores que vieram para Portugal para trabalhar em determinadas condições que lhe foram prometidas no País de origem e quando aqui chegados se vêm confrontados com outro tipo de situação que não aquela que esperavam, transformando-se rapidamente que quase escravos de uma organização que não olha a meios para atingir os seus fins", escreveu na acusação a procuradora Felismina Carvalho Franco, da 4ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), titular do inquérito.
Entre os 26 arguidos estava um português, advogado, responsável pela criação das empresas de recrutamento, a que recorriam os proprietários agrícolas. Criou empresas com nomes inspirados como "Fábula Divinal", "Pilar Fiel" ou "Etnifenómeno" e movimentava as contas bancárias a pedido do grupo criminoso.
Para já as autoridades ainda estão a dar o benefício da dúvida aos proprietários, que têm alegado desconhecer a situação dos seus trabalhadores estrangeiros e até, algumas vezes, levavam-lhes comida porque se apercebiam que estavam famintos. "Os proprietários contratam as empresas para prestar esse serviço e têm dito que desconheciam a situação dos trabalhadores. No entanto, tenho em conta que este é um crime que tem tido alguma divulgação através das investigações policiais, começa a perder espaço o argumento do desconhecimento", diz ao DN um investigador da PJ que tem trabalhado nestes casos. E não poderá ser de outra maneira, pois Portugal foi um dos 10 países da União Europeia (UE) que transpôs a diretiva de criminalização dos "utilizadores de serviços" das vítimas de tráfico de seres humanos, podendo ser incluídos os donos das explorações. Em novembro passado o Ministério Público já acusou um proprietário que explorou 23 nepaleses.
Segundo o SEF, este fenómeno está espalhado por "diversas regiões do país, como Trás-os-Montes, Santarém, Alentejo em função da sazonalidade de várias culturas agrícolas como a apanha da castanha, da azeitona, ou frutos vermelhos". As vítimas têm maioritariamente nacionalidade romena, nepalesa e búlgara, havendo casos pontuais outras nacionalidades.
Os exploradores têm, de acordo ainda com o SEF, nacionalidade romena, nepalesa e portuguesa.
Notando uma tendência de crescimento para este tipo de criminalidade - a ONU também já alertou para este aumento - que aproveita a livre circulação na UE para explorar os mais pobres e vulneráveis, o SEF tem definida uma estratégia que assenta em três pilares: "Prevenção, estando atento aos diversos indicadores associados ao fenómeno do Tráfico de Seres Humanos, a fim de recolher, analisar e difundir informação que permita eventuais investigações pró-ativas, ou agir reativamente em função de contextos constatados; Proteção, no sentido de garantir todo o apoio necessário às eventuais vítimas de TSH, assegurando o acolhimento e acompanhamento das mesmas; Investigação, a fim de proceder criminalmente contra traficantes e redes organizadas envolvidas neste tipo de crime".
O governo aumentou o Indexante de Apoios Sociais, que estava ‘congelado, nos 419,22 euros desde 2009 e à boleia do IAS aumentam também várias prestações pagas pela Segurança Social, uma delas é o subsídio de desemprego. O valor máximo que pode ser pago a um desempregado está fixado em 2,5 Indexantes de Apoios Sociais. A subida deste indexante, a partir deste mês, de 419,22 para os 421,32 euros fará com que o limite deste subsídio passe dos atuais 1048 euros para 1053,3 euros.
o IAS serve de referência a várias prestações, nomeadamente ao Rendimento Social de Inserção, à atualização das pensões, ao subsídio social de desemprego (que pode corresponder a 80% ou a 100% do IAS) ou ao subsídio de doença, já que a lei determina que o valor mínimo não pode ser inferior a 30% do Indexante. Os subsídios sociais no âmbito da parentalidade, o abono de família (o pré-natal e o ‘geral’) e a atribuição de bolsas de estudo estão também deponentes do IAS.
A ministra que tutela as polícias sublinha que o número de agentes "é superior ou mesmo muito superior à média da OCDE".
Constança Urbano de Sousa admite, no entanto, que pode existir "uma má gestão desses recursos". Dá como exemplo "vários polícias a realizar algumas tarefas que na realidade não deveriam ser eles a realizar".
SOM AUDIO
Foi com base neste diagnóstico que a ministra da Administração Interna traçou como objetivo libertar para trabalho operacional perto de 600 agentes hoje afetos às messes, tanto da PSP como da GNR. O DN noticiava há duas semanas que, destes agentes, só 50 estarão em condições de fazer patrulhas.
Em entrevista esta manhã na TSF, a governante explicou que "muitos desses agentes que realizam tarefas que não são de polícia como tirar cafés, ou servir às mesas, ou descascar batatas numa cozinha, e que podem ser realizadas por outra pessoa, não vão diretamente da cozinha ou da messe para a rua. Podem ir da cozinha para um serviço menos exigente sob o ponto de vista físico, como fazer notificações ou outro trabalho administrativo e aquele polícia jovem que está a fazer esse trabalho administrativo, esse sim, pode ir para a patrulha".
A ministra confirmou também que o nível de alerta face à ameaça terrorista se mantém e que há novos dispositivos de segurança à semelhança do que acontece noutros países. Constança Urbano de Sousa diz que as forças "estão atentas, vigilantes" numa postura preventiva.
Escutado pela TSF, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, admite que uma reorganização da PSP poderá ajudar a pôr cobro às necessidades que hoje são sentidas um pouco por todas as esquadras.
O dirigente da maior associação sindical de polícias diz que esta reorganização é urgente e deixa uma proposta: a polícia deve deixar de ter algumas das competências que hoje lhe são atribuídas.
A polícia turca divulgou, esta segunda-feira, um vídeo gravado pelo atirador que provocou a morte a 39 pessoas, em Istambul, na madrugada da passagem de ano.
As imagens foram captadas pelo suspeito na praça Taksim, um local emblemático na cidade, antes de perpetrar o atentado terrorista (o momento não foi especificado). O homem, vestido de preto, filma-se a si próprio e mostra o que o rodeia.
Segundo o Mirror, o vídeo foi difundido pela polícia um dia após o ataque ser reivindicado pelo Estado Islâmico. O protagonista ainda não terá sido identificado pelas autoridades, mas estas admitem estar perto de conhecer a sua identidade.
As primeiras informações veiculadas dão conta de que o suspeito será natural do Uzbequistão ou do Quirguistão, mas há agora novos indícios de que este possa ser oriundo de Xinjiang, na China.
Abdullah Agar, um especialista em terrorismo que viu as filmagens do ataque, não tem dúvidas ao afirmar que o atacante terá recebido treino militar e que se revela alguém “determinado, fiel, prático, de sangue frio e que sabe obter resultados”.
“Provavelmente já disparou em zonas de conflito. Ele não hesitou em disparar sobre pessoas inocentes. É um verdadeiro assassino”, explicou o especialista.
Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, começou o ano com uma entrevista a uma rádio que tem nos jovens o público alvo. Recordou os campos de férias, Cambridge e contou ser um "melómano". Um quê?
Foi nos campos de férias da juventude que Tiago Brandão Rodrigues desenvolveu um talento imprescindível na política: perante uma plateia, evitar o silêncio, dizer qualquer coisa. O treino do ministro da Educação foi adquirido ao som de "O Anzol" dos Rádio Macau, naquela parte da música em que se canta "já não há nada de novo aqui/debaixo de sol". Ora, o miúdo Tiago Brandão, segundo recordou ontem o ministro, acrescentava: "em cima do Sol, ao lado do Sol, dentro do Sol." Ao mesmo tempo que acompanhava com uma coreografia.
Como era de esperar, mais do que uma conversa política, a primeira entrevista de 2017 do governante decorreu no ministério debaixo de uma descontraída anarquia, quer por parte dos entrevistadores, cinco jornalistas da "Rádio Miúdos", quer pelo próprio titular da pasta da Educação. Tiago Brandão, contou o próprio, já foi "feliz a fazer rádio", mais precisamente na Rádio Universidade de Coimbra, onde apresentou o programa "Polissemias", duas horas semanais de conversa política. O mais aproximado que a Rádio Miúdos tem é o "Aqui Há Histórias", "para ouvir três vezes por dia, em casa, na escola ou onde quiserem. Histórias para miúdos, todos os dias".
Mas, vamos à questão que se impõe ao ministro da Educação. Pedro: "Ouve rádio?" "Sou um melómano", começou por dizer Tiago Brandão Rodrigues, não evitando o franzir do sobrolho de Pedro, talvez intrigado com o significado da expressão. "É alguém com uma paixão pela música", explicou Brandão Rodrigues, recordando o tempo em que passeava com o walkman pelas ruas de Paredes de Coura. Uma nota para os leitores mais jovens: o walkman foi um gadjet muito cool nos anos 80 e 90, do século passado. O ministro revelou ser fã de Sérgio Godinho e da música popular brasileira, tudo "depende do estado de espírito".
A pergunta mais "incómoda" da manhã acabou por sair da boca do Miguel, o correspondente da Rádio Miúdos em Beja, que ontem fez uma viagem a Lisboa e até ficou surpreendido com os "dez andares" do Ministério da Educação. "O que vai fazer para melhorar as escolas do Baixo Alentejo?" Aqui o ministro já teve de polir mais o discurso, dizendo haver sempre "coisas para melhorar" e, assim a modos que um anúncio para telejornal, no próximo ano o ministério terá 200 obras em curso para "requalificar as escolas". Só não disse se algumas destas serão no Baixo Alentejo.
"Quantas pessoas trabalham no Ministério da Educação?", quiseram saber os repórteres. "Mais de 150 mil, desde professores, funcionários até às equipas do ministro e dos dois secretários de Estado". Ou seja, muita gente, não no edifício da 5 de Outubro, em Lisboa, precisou o ministro, mas espalhada por todo os país, em escolas e serviços do ministério. Em concreto, continuou a conversa, "o que faz o ministro da Educação?". Pensa, disse Brandão Rodrigues, "de que forma a educação tem que ser ministrada nas escolas, pensa em políticas, pensa nas ideias, não só sobre educação, mas também para a juventude e desporto, para que cada vez mais jovens possam praticar desporto".
Este parece ser um ponto de honra no programa ministerial, já que o ministro - um ex-praticante de karaté - fez uma resolução para 2017: voltar à atividade física, apesar de no ministério "haver hora para entrar, mas não para sair". Será complicado.
A emissão especial da Rádio Miúdos passou ainda por diretos dos gabinetes dos secretários de Estado João Costa e Alexandra Leitão. Neste intervalo, o ministro e os entrevistadores tentavam combinar um método para acelerar o ritmo da entrevista, como, por exemplo, saber as perguntas de antemão: "Sabes", explicou Tiago Brandão ao Pedro, "os jornalistas, às vezes, dizem o que é se vai falar antes de se falar". A ideia era fazer uma espécie de jogo de "ténis de mesa". "Ping-pong", entendeu o Pedro. "Não", corrigiu o ministro, "diz-se ténis de mesa e não ping-pong".
E o que é que o miúdo Tiago Brandão Rodrigues queria ser quando fosse grande?
Ministro nunca esteve nos seus horizontes, porque o miúdo Tiago tinha duas paixões: a música, mas sem muito jeito para a interpretação, e a biologia. "Diz-se que há dois tipos de biólogos: os de bota, que exploram a natureza, e os de bata, que trabalham nos laboratórios. Acabei por ser um de bata". Hoje, a bata está pendurada.
Tiago Brandão Rodrigues usa fato. De ministro.
A Rádio Miúdos, com sede no Bombarral, começou em novembro de 2015. Música portuguesa (não só infantil mas também pop, rock, fado e música tradicional), música em crioulo e brasileiro (para chegar aos PALOP), histórias, contos, passatempos interativos e entrevistas fazem parte da sua oferta. Uma das prioridades da emissora que só funciona online é incutir a cultura portuguesa às crianças de origem lusa que vivem fora do país.
Este projeto já recebeu vários prémios nacionais e internacionais, sendo o mais recente atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian, na última edição do concurso "Faz ideias de Origem Portuguesa 2015, um concurso de empreendedorismo".