há os que prestam culto ao diabo como lobisomens com rabo outros a jeová sem nada conhecerem da vida de lá que não existe, que não há e a de cá a que destroem, conspurcam com feitiços estúpidos, rituais de bruxos com a maldade e o ódio estampado nos rostos murchos mensageiros falsos apalhaçados saudosistas da inquisição eles próprios incenerados de qualquer amor no coração morrem sem saber nada mas na vida infernizam os sãs aqueles que querem viver livres bastando que o sol lhes sorria todas as manhãs
Pietro Arentino (Itália, 1492-1556): autor de "Diálogo das Prostitutas" e conhecido no seu tempo como "secretário do mundo", Arentino influenciou muitos outras poetas, inclusive Bocage, onde é citado no soneto Já Bocage não sou... (Outro Arentino fui, a santidade manchei). Filho de um sapateiro com uma prostituta, desenvolveu uma obra mordaz e pouco moral, o que rendia um certo temor da nobreza da época. Caso atípico na história literária, foi protegido por esses nobres, inclusive, muito admirado pelo Papa Leão X e por outros importantes religiosos, que o protegiam, obteve um prestígio que lhe rendeu vida tranquila e fortuna. Além dos poemas, escreveu peças teatrais, comédias e tragédias. Seus versos, talvez pelo caráter pornográfico, são poucos estudados no Brasil, onde seus livros são muito raros.
Lord Byron (Inglaterra, 1788, 1824): exerceu grande influência sobre os poetas românticos, tendo uma vida extremamente atribulada, em razão das numerosas amantes (segundo alguns, a primeira delas teria sido uma babá, quando Byron tinha nove anos!), geralmente casadas, das dívidas (apesar de seu título de nobreza) e denúnicas de incesto, quando se enamorou da irmã, com quem teria tido um filho. Começou a publicar seus poemas ainda muito jovem, obtendo grande fama e prestígio, pela força e qualidade de seus versos, que tiveram grande repercussão na Europa. Em 1823, Byron se une às tropas gregas na luta contra a Turquia, vindo a falecer no ano seguinte, após sucessivos ataques epiléticos. Adorado na Grécia, seu coração foi retirado e enterrado em solo grego, enquanto que seus restos mortais foram enviados à Inglaterra. Sua vida e obra representou o ideal de liberdade do homem romântico, influenciando poetas em todo mundo, como Álvares de Azevedo, no Brasil. Além dos poemas, escreveu a peça "Dom Juan". Não são muitas as traduções e biografias do autor em português, sobretudo pela dificuldade de tradução dos poemas.
Arthur Rimbaud (França, 1854-1891): como Bukowski, a poesia de Rimbaud é sinônima da própria vida do poeta, característica esta comum aos escritores malditos. De caráter simbolista, sua poesia foi escrita quando ele era ainda adolescente. Rebelde, fugia de casa com frequência. Aliou-se à Comuna de Paris, onde, provavelmente, tenha sido abusado sexualmente por soldados bêbados, época em que passou a beber em grandes quantidades e marcar seu estilo com roupas velhas e cabelos longos. Após conhecer o poeta simbolista Paul Verlaine, tornaram-se amantes e passaram a viver uma vida desregrada, regada a absinto e haxixe. Ciumento e passional, Verlaine chegou a atirar contra Rimbaud, durante uma bebedeira. Por essa relação tumultuada, e com a interferência da própria esposa, Verlaine ficou preso durante dois anos. Rimbaud desenvolveu uma série de atividades, dentre elas, tráfico de armas na África, adquirindo um carcinoma no joelho, o que lhe causou a amputação da perna. Morre com apenas 37 anos, após o agravamento de seu estado de saúde.
Marquês de Sade (França, 1740-1814): escritor libertino, deu origem ao termo sadismo, que designa perversão sexual e prazer com a dor do outro. Tece críticas à sociedade urbana e à religião, propondo uma nova ordem moral. Dentre seus livros estão 120 dias de Sodoma, Justine, A Filosofia na Alcova e Diálogos entre um padre e um moribundo, a maior parte deles escritos enquanto esteve encarcerado. Pode ser considerado um dos pioneiros na discussão da Revolução Sexual e da prática homossexual, assunto que foi abordado pela pensadora Simone di Beauvoir no ensaio "É preciso queimar Sade?". Morreu no hospício, aos 74 anos.
Charles Bukowski (Estados Unidos, 1920-1994): nascido na Alemanha, mudou-se para Los Angeles ainda criança. Sua vida é sua obra. Sem afeto familiar e com o rosto deformado pela acne, viveu e escreveu sobre prostitutas, mendigos, bêbados e miseráveis. Tinha repulsa ao trabalho formal e se alcoolizava com frequência, porém, desenvolveu o gosto pela leitura. Escreveu em quartos de pensão, recebendo verbas miseráveis por mês, alimentando-se uma vez ao dia. Com o passar dos anos, foi reconhecido e traduzido mundialmente, inclusive, sendo sua obra adaptada para o cinema. Entre seus livros estão Crônicas de um amor louco, Notas de um velho safado e O Amor é um cão dos diabos.
O poeta simbolista francês Paul Verlaine (1844 -1896) amava em desespero a Arthur Rimbaud.
Verlaine e Rimbaud
São os dois primeiros à esquerda em uma mesa de bar em Fanton-Latour, em 1872 - na Wikipedia.
Verlaine conheceu o alcoolismo, a pobreza, a prisão e cunhou, em 1864, a famosa expressão 'POÈTE MAUDIT' para aqueles poetas que enfrentaram as inúmeras interdições existentes no mundo dos bem-aventurados e burocratas da vida, a saber os convencionalismos literários e sociais, além, claro, das censuras provenientes de tais enfrentamentos.
Rimbaud por Verlaine
Um Hino à Marginalidade Poética
A voz dos botequins, a lama das sarjetas,
Os plátanos largando no ar as folhas pretas,
O ônibus, furacão de ferragens e lodo,
Que entre as rodas se empina e desengonça todo,
Lentamente, o olhar verde e vermelho rodando,
Operários que vão para o grêmio fumando
Cachimbo sob o olhar de agentes de polícia,
Paredes e beirais transpirando imundícia,
A enxurrada entupindo o esgoto, o asfalto liso,
Eis meu caminho – mas no fim há um paraíso.
A tradução é de Guilherme de Almeida publicada por Beatniks Cuiaba
Verlaine em um café, fotografia de Dornac, publicada por Taringa
Meu Sonho Familiar
Muitas vezes, o sonho estranho me surpreende de uma ignota mulher que eu amo e que me adora, e que a mesma não é, certamente, a toda hora, não sendo outra, porém, e me ama e me compreende.
Todo o meu coração deixo que ela o desvende. Ela somente o faz transparente e o avigora, E se eu sofro, se a dor minha fronte descora, ela é o consolo ideal que sobre mim se estende.
É ela trigueira, ou loira, ou ruiva? – Eu o ignoro. Seu nome? Apenas sei que ele é doce e sonoro como o de quem se amou e da vida fugiu.
Seu olhar, como o olhar de uma estátua, é sem alma, e tem na sua voz, grave, longínqua e calma, a inflexão de uma voz cara que se extingiu.
A tradução é de Onestaldo de Pennafort publicada por Escamandro
É a força de um querer que desabrocha e o povo brinca e canta e ri, sem ais
É milho rei, é trigo loiro São frutos ruivos, é alegria! São cachos de uvas, é seiva, é sangue! É a natureza a sorrir, pulsante A mãe terra a parir o pão e o vinho, que o homem fecundou
Os braços que a amanharam, hoje dançam e os olhos que marejaram, hoje brilham...
Dedicava-me a cozinhar pratos do seu [Jean Gabin] país para os muitos amigos franceses que trazia consigo. Renoir era um deles. Gostava muito de couves recheadas, tinha um apetite voraz e quase sempre se ia embora depois de ter acabado de comer. Nesse tempo eu era conhecida em Hollywood como uma mulher pouco convencional nas maneiras: as pessoas podiam vir e partir da minha casa quando desejassem. Nada de cerimónias nem de sobremesas; algo que Renoir muito apreciava. Era um convidado assíduo, e cada vez que vinha, preparava-lhe couves recheadas.
Pensar que a atriz da minha predileção cozinhava couves recheadas para o meu cineasta favorito, deixa-me um sorriso nos lábios. Não fizeram um filme juntos, mas partilharam várias refeições, e isso tem um valor mais afetivo do que qualquer relação profissional. Começar por esta “curiosidade” um texto sobre Marlene Dietrich é apenas uma forma de garantir que é meu. Não me tome o leitor por arrogante, mas duvido que fora desta sala de estar com lareira onde escrevo, no dia em que passam 115 anos sobre o seu nascimento, existam muitas mais pessoas que organizassem um olhar biográfico sobre a individualidade de Dietrich a partir deste relato informal. Justamente, e aproveitando o ímpeto de o arrancar da trivialidade, saber por tal excerto retirado da autobiografia da atriz (Nehmt nur mein Leben, 1979) que cozinhar era um dos seus maiores prazeres, quebra, desde logo, a ideia errónea da mulher fria e distante, inapta para qualquer tarefa doméstica, que muitos filmes transmitiram. Vejam-na no papel de uma mãe diligente em Blonde Venus (A Vénus Loira, 1932) e depois conversamos…
Não me proponho aqui analisar cada um dos filmes em que entrou, ou especular sobre aspetos paralelos ao seu percurso. Isso será empresa para outra ocasião. Além do mais, tenho a certeza que lhe causaria irritabilidade, como manifesta repetidas vezes, numa voz alquebrada mas ainda rigorosa, em Marlene (1984): seja o que for que Maximilian Schell lhe pergunte nesse impressivo documentário, em que nunca somos permitidos a ver-lhe o rosto envelhecido, ela responde, rabugenta, “está escrito no meu livro.” Por isso mesmo, recorrerei várias vezes a ele para completar este pequeno trabalho, feito através da retina do coração, no conhecimento biográfico da mulher que aconteceu ter contribuído para uma certa consciência de que o cinema tem uma costela de Eva.
Com a espontaneidade simples de quem venera, confesso que Marlene Dietrich me causou fascínio desde a primeira vez que a vi, nas imagens em movimento de Shanghai Express (O Expresso de Xangai, 1932). Já sabia que era um ícone, mas os ícones nem sempre provocam emoções intensas ou sinceras. São lampejos do passado, que reconhecemos pela evidência. Mas ela não. Apanhou-me de surpresa na sala escura maior da Rua Barata Salgueiro. Primeiro, um vulto estranhíssimo, ornamentado de penas negras, com o rosto velado numa rede. Depois, um corpo tangível, de voz e gestos lânguidos, protagonista de um dos mais belos planos de alguém a fumar. Sim, aquele com a luz primorosamente afirmada no seu rosto – não descodificamos bem se é essa luz que lhe trabalha o desenho da face, se é a sua expressão que doutrina a claridade. Uma luz que se diz só Josef von Sternberg ter sabido aplicar-lhe. Aceito que sim. Dietrich é a primeira a declará-lo, assumindo-se como respetiva criação do mestre: «O olho por detrás da câmara, esse olho que ama a criatura cuja imagem impressiona a película é a origem do efeito prodigioso que a dita criatura produz, provocando a adulação e a paixão dos espectadores de todo o mundo.»
Shanghai Express (O Expresso de Xangai, 1932) de Josef von Sternberg
Poder-se-ia dizer que, neste ponto, o meu texto gera um impasse com o título do dossier – “E elas criaram o cinema.” Então afinal Marlene é um produto de Von Sternberg? Mil vezes não. A atriz nascida em Berlim, a 27 de Dezembro de 1901, devota de Goethe e Rilke, e impelida para a escola de teatro de Max Reinhardt no desejo de recitar estes autores (e fugir às aulas de violino), foi um ser de carisma singular. Von Sternberg descobriu-o confortavelmente sentado na plateia, durante a peça Duas Gravatas, de Georg Kaiser, em que Dietrich interpretava uma personagem norte-americana, apenas com uma deixa: “Vamos, venha jantar comigo!” O realizador, na altura prestes a lançar-se no projeto do primeiro filme sonoro alemão, Der blaue Engel (O Anjo Azul, 1930) – que, como sabemos, viria a ter uma versão inglesa – alguma coisa terá percebido nela, no modo como pronunciou por diversas vezes a mesma frase ao longo da peça. A atriz foi convocada para um teste, que se espelharia em muitos dos seus outros papéis, além desse Lola Lola. Refiro-me às performances musicais, claro. Era o piano que acompanhava a sua voz, e não o contrário.
Pediram-me que me empoleirasse no piano, que enrolasse uma meia no tornozelo e cantasse o tema que levava preparado. Mas eu não tinha preparado nenhuma canção. Se não ia conseguir o papel, para quê levar uma partitura? Na realidade, para que é que tinha ido ali? Só havia uma resposta; porque me tinham pedido que o fizesse.
Von Sternberg era um homem paciente: “Já que não trouxe uma canção, cante o que quiser.”, disse-me.
“Gosto de canções americanas.”, respondi, encolhida.
“Então cante uma canção americana.”
Ligeiramente aliviada, pus-me a explicar ao pianista a canção que queria cantar. Naturalmente, não a conhecia.
Von Sternberg interrompeu-me com um tom que não admitia réplica: “Esta é a cena que quero. Está perfeita. Vou filmá-la de seguida. Volte a fazer exatamente o que fez junto ao pianista: explique-lhe o que deve interpretar e a seguir canta-lhe uma canção.”
Screen Test para Der blaue Engel (O Anjo Azul, 1930) de Josef von Sternberg
A partir deste momento, estava lançada na aventura do cinema, nas grandes produções, pela mão do seu estimado mestre. A ribalta propriamente dita chegaria logo a seguir, com Morocco (1930), em Hollywood. E é curioso como alguns biógrafos de Dietrich assumiram que mesmo antes de Der blaue Engel ela já era uma atriz “célebre”… Há, efetivamente, qualquer coisa egrégia que estava lá antes de tudo. Mas este é o facto, e o seu livro faz a correção a todo esse tipo de verdades fabricadas. Assim, sublinhe-se, quando Sternberg a escolheu para este filme, escolhia uma desconhecida. Mas uma desconhecida de caráter disciplinado, interessada por cada detalhe técnico da produção de um filme e amante da França. Era ainda uma criança quando a Alemanha declarou guerra a esse país, no primeiro conflito mundial, e já então assumia uma posição política antagónica com a consciência nacional. As aulas de Francês que cedo entraram na sua formação, ministradas por uma professora que era também objeto da sua idolatria, Marguerite Breguand, eram a maior alegria que tinha no colégio, visto como uma prisão. Não admira por isso que tenha sido ela, mais tarde, nas lides de Hollywood, a figura solicitada para auxiliar Jean Gabin (como fizera também com René Clair), fugido da França ocupada, na sua nova vida americana. Tornou-se tradutora pessoal, mas também sua professora de inglês. Repare-se que, para subsistir num país estrangeiro e continuar a fazer cinema, Gabin precisava de aprender a língua, e de alguém que lha ensinasse com o pleno entendimento da sua condição.
Na América do Norte estávamos todos fora do nosso país: vivíamos em terra estrangeira e tínhamos de nos adaptar a costumes e ideias desconhecidas. Gabin, que nisto era muito francês, repelia toda a intrusão estrangeira no seu lar. Eu tinha de cozinhar e falar em francês com ele, e só estávamos com atores e realizadores franceses. Gostava muito daquela vida. Sentia-me simplesmente como em minha própria casa. Existe uma espécie de desejo, nostalgia, frustração de um lar, que me atrai para os franceses e que devo à minha juventude.
Gabin era o homem, o super-homem, o homem de uma vida. O ideal que procuram todas as mulheres.
Martin Roumagnac (1946) de Georges Lacombe
Dietrich amou-o tal como amou Ernest Hemingway e Noel Coward, amitiés amoureux que faziam as delícias da imprensa cor-de-rosa, mas que só através das suas palavras se podem aceder sem as armadilhas da superficialidade mediática. Uma mulher que ama os amigos não é bem vista, e ela fazia questão de se manter fiel à pouca convencionalidade das suas maneiras. Com Josef von Sternberg foi diferente. Havia um sentido de deferência. O homem que a chamou para Hollywood, afastando-a da Alemanha de Hitler, foi o seu maior protetor, conselheiro, porta-voz, crítico e pacificador. Dietrich não era um espírito sossegado, mas ele tinha a fleuma necessária para moldar os vestígios da sua juventude numa desarmante maturidade cinematográfica. Quem a viu em Morocco, a partilhar o grande ecrã com Gary Cooper, desconfia que aquela era a sua primeira produção americana? Ao proferir, de olhos semicerrados e cigarro na mão direita, “Husband? I never found a man good enough for that.”, inaugura a pose que lhe valeu o epíteto de femme fatale – justamente neste filme em que usa calças, sempre com a mão esquerda no bolso, e surge numa magnífica elegância andrógina, chegando a beijar uma mulher. Beijos mais doces do que vinho. No cinema há muitas femme fatale, é certo, mas não creio que haja alguma como Marlene, que pela inteligência do corpo, enquanto presença e atitude, consegue definir sozinha a carga erótica de uma cena. Não eram precisos malabarismos carnais, bastava uma canção, um olhar intimidante, o cigarro entre os dedos. A bem dizer, Dietrich abominava qualquer indício de pornografia, e o cinema era a primeira manifestação desse controlo performativo. Também por isso lhe fazia tanta confusão o burburinho sobre a natureza afetiva das suas amizades, acima mencionadas.
Com Von Sternberg, é sabido, manteve uma das mais profícuas colaborações da história do cinema, como o comprovam, para além dos títulos já referidos, Dishonored (Desonrada, 1931), o soberbo The Scarlet Empress (A Imperatriz vermelha, 1934), e The Devil Is a Woman (O Diabo é Uma Mulher, 1935) – este último o seu preferido, como escreveu nas memórias, e a derradeira vez que trabalhou com o cineasta.
Morocco (1930) de Josef von Sternberg
Depois disso, ao longo da carreira foram vários os realizadores de renome que lhe deram o papel principal nos seus filmes. Ainda antes de The Scarlet Empress, Rouben Mamoulian foi o primeiro a atrever-se a “ocupar o lugar” de Von Sternberg, com The Song of Songs (Cântico dos Cânticos, 1933), e logo de seguida, Frank Borzage, com Desire (Desejo, 1936), Ernst Lubitsch, com Angel (O Anjo, 1937), René Clair, com The Flame of New Orleans (A Condessa de Nova Orleães, 1941), Raoul Walsh, com Manpower (Discórdia, 1941), William Dieterle, com Kismet (1944), Georges Lacombe, com Martin Roumagnac (Desespero, 1946) – aqui, Dietrich ao lado de Jean Gabin –, Billy Wilder, com A Foreign Affair (A Sua Melhor Missão, 1948) e Witness for the Prosecution (Testemunha de Acusação, 1957), Alfred Hitchcock, com Stage Fright (Pânico nos Bastidores, 1950), Fritz Lang, com Rancho Notorious (O Rancho das Paixões, 1952). Marlene detestou trabalhar com Lang. Apesar de compatriota, revelou-se-lhe um controlador dos gestos que, como ela afirma no seu livro, “Hitler não teria desaprovado”… Na verdade, mesmo que num ou noutro momento não fosse tratada com a dignidade devida, todos desejavam o carisma de Marlene Dietrich nas suas narrativas e nos cartazes dos filmes (ainda que, no início da década de 1940, figurasse entre os nomes apontados pela Associação dos Exibidores Independentes da América como “undiserable at the box office”, ao lado de Greta Garbo, Joan Crawford ou Katharine Hepburn). A odiosa colaboração com Lang resultou, apesar do obstáculo pessoal, numa belíssima despedida aos papéis de protagonista, com a característica cena em que canta uma canção.
A young man is full of adventure
and eager to do what he can
he maybe a joy
but don’t send a boy
to do the work of a man.
Get away, get away,
Get away, young man, get away…
Rancho Notorious (O Rancho das Paixões, 1952) de Fritz Lang
Quem também já passara a juventude e ainda a chamaria para um filme seu, embora num papel secundário, seria o grande – até fisicamente – amigo Orson Welles. Em Touch of Evil (A Sede do Mal, 1958), por uma última vez, dá uso à expressão enigmática dos seus olhos semicerrados, conjugados com o fumo do cigarro, sempre aceso, sempre a roubar a nossa atenção. Aqui, no entanto, ao contrário de em Morocco, já lhe vislumbramos compaixão no semblante… Por fim, Judgement at Nuremberga (O Julgamento de Nuremberga, 1961), de Stanley Kramer, que diz ter sido um belo encontro com Spencer Tracy, encerraria uma carreira levada com dedicação, mas também alguma distância: “Sou insensível à admiração dos desconhecidos. A celebridade, que pode modificar completamente a personalidade de um ser humano, nunca me fez mossa”.
Morreu em Paris, a 6 de Maio de 1992, num apartamento da Avenue Montaigne. O mesmo onde escreveu as memórias que aqui recuperei e muitas outras (da II Guerra Mundial, por exemplo). Agradeço ao seu livro este bocadinho.
Touch of Evil (A Sede do Mal, 1958) de Orson Welles
Os excertos da autobiografia deMarlene Dietrich aqui citada provêm da edição portuguesa da mesma: Marlene D., tradução de Filipa Rosa de Morais, Publicações Dom Quixote, 1986.
O assassino em massa Charles Manson, condenado a prisão perpétua pelo envolvimento nos crimes Tate-LaBianca, nos Estados Unidos foi levado para um hospital, esta terça-feira. A notícia está a ser avançada pelos meios de comunicação norte-americanos, sem detalhes concretos sobre a condição de saúde de Manson.
O site TMZ adianta que foi levado para um hospital em Bakersfield, na Califórnia, a cerca de uma hora da cadeia onde cumpre a pena.
Recorde-se que Charles Manson era o líder de um grupo responsável pelos chamados crimes Tate-LaBianca, que chocaram o mundo em 1969. A 9 de agosto desse ano, alguns dos elementos da “Família Manson” invadiram uma casa alugada pelo realizador Roman Polanski em Los Angeles, assassinando a atriz e esposa do realizador, Sharon Tate, que estava grávida, e outros quatro amigos do casal.
No dia seguinte, os mesmo indivíduos invadiram a casa de Rosemary e Leno LaBianca, mataram o casal. Tal como tinham feito na noite anterior, deixaram mensagens nas paredes com sangue das vítimas.
Com 37 anos, Manson foi inicialmente condenado à morte, em 1971, mas com as mudanças na legislação, a pena foi alterada, em 1972, para prisão perpétua. vídeo
Físico e matemático inglês, nasceu no dia 4 de Janeiro de 1643, em Lincolnshire, e morreu em 1727, em Middlesex. É conhecido pela formulação das três leis do movimento, consideradas os princípios da Física Moderna, de onde resultou a formulação da Lei da Gravitação.
Newton estudou no Trinity College de Cambridge. O seu trabalho científico sofreu forte influência do seu professor e orientador Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, Descartes, dos trabalhos de Fermat sobre retas tangentes a curvas; de Cavalieri, das concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.Os trabalhos realizados sobre a teoria da gravitação foram expostos na obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, publicada em 1687, onde Newton mostra que a Lei da Gravitação é universal. Como matemático, inventou o cálculo infinitesimal e descobriu o teorema do binómio. Em 1668, completou o seu primeiro telescópio de refracção, com que observou os satélites de Júpiter. A partir de 1672 passou a fazer parte da Royal Society, onde apresentou a sua teoria intitulada Nova Teoria sobre a Luz e a Cor, na qual enuncia que a luz branca é composta por muitas cores, tendo chegado a este resultado através de um prisma ótico. Todas as suas investigações sobre a luz e a cor foram reunidas na obra Óptica.
A história mais popular relacionada com Newton é a da maçã. Se por um lado essa história é um mito, o facto é que dela surgiu uma grande oportunidade para se investigar mais sobre a Gravitação Universal. A referida história envolve muito humor e reflexão. Diz-se que a maçã bateu realmente na cabeça de Newton, quando este se encontrava num jardim, sentado por baixo de uma macieira, e que o seu impacto fez com que, de algum modo, ele ficasse ciente da força da gravidade. A pergunta não era se a gravidade existia, mas se ela se estenderia tão longe da Terra que poderia também ser a força que prende a Lua à sua órbita. Newton mostrou que, se a força diminuísse com o quadrado inverso da distância, poderia então calcular correctamente o período orbital da Lua. Ele supôs ainda que a mesma força seria responsável pelo movimento orbital de outros corpos, criando assim o conceito de "gravitação universal". O escritor contemporâneo William Stukeley e o filósofo Voltaire foram duas personalidades que citaram a maçã de Newton em alguns dos seus textos..
Isaac Newton. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (imagens)
Newton retratado por Godfrey Kneller 1689 (com 46 anos de idade)
Newton (1702), por Godfrey Kneller, na National Portrait Gallery, Londres
O Colégio Real dos Nobres foi instituído na cidade de Lisboa por Carta Régia de D. José I, de 7 de Março de 1761. Este estabelecimento de ensino recebeu, juntamente com a carta de criação, os estatutos que definem a sua composição: reitor, vice-reitor, prefeito dos estudos, vários vice-prefeitos e cem porcionistas. O ingresso dos colegiais efectuava-se mediante petição ao rei, com indicação da filiação, nacionalidade e idade. Eram requisitos essenciais estar qualificado com o foro de moço fidalgo, ter entre 7 e 13 anos, e efectuar o pagamento de uma pensão anual.
O Titulo VII dos Estatutos estipula o elenco das disciplinas a serem ministradas: latim, grego, retórica, poética, lógica, história, francês, italiano, inglês, matemática, arquitectura militar e civil, desenho, física, arte de cavalaria, esgrima e dança. A gestão financeira estava a cargo da Junta da Administração das Rendas e da Economia do Colégio (Estatutos, Título XVIII).
O Colégio dos Nobres iniciou efectivamente a sua actividade a 19 de Março de 1766, após ter sido dotado dos bens necessários à sua manutenção, por carta de doação feita em 12 de Outubro de 1765, tendo constituído parte significativa do seu património os bens confiscados aos Jesuítas e à Casa de Aveiro. O Alvará de 13 de Março de 1772 considerou mais 12 disposições sobre a disciplina interna do colégio, e a Carta de Lei de 10 de Novembro do mesmo ano extinguiu o ensino das ciências matemáticas. A partir de 1771, por Alvará de 4 de Junho, a administração e direcção do Colégio ficou cometida à Real Mesa Censória e, posteriormente, pela Lei de 21 de Junho de 1787, à instituição que lhe sucedeu, a Real Mesa da Comissão Geral sobre o Exame e Censura dos Livros. Com a extinção desta última, pela Lei de 17 de Dezembro de 1794, a instrução pública e o Colégio dos Nobres passaram a estar sob a alçada do Ministério do Reino.
Apesar de ter rendimentos próprios, os ordenados dos professores do Colégio passaram a ser pagos pelo subsídio literário conforme o estabelecido pelo Decreto de 16 de Junho de 1792. Em 1823 surgiu a questão da anti-constitucionalidade de uma instituição vocacionada para o ensino exclusivo de determinada classe social, daqui resultando a criação de uma comissão para propôr a reforma do Colégio. Pelo Decreto de 4 de Janeiro de 1837, publicado no Diário do Governo a 12 de Janeiro, foi determinada a extinção do Colégio dos Nobres, e tomadas providências acerca dos colegiais (recebidos no Colégio Militar), dos professores e empregados (integrados em novas escolas públicas) e dos rendimentos do estabelecimento (aplicados às novas escolas).
A Fontana del Nettuno em questão (existem outras) fica em Bolonha. Projetada por Tommaso Laureti e construída por Giambologna, é uma obra-prima renascentista. Quatro nereidas cuidam de golfinhos, representando os Quatro Grandes Rios, o Nilo, o Ganges, o Danúbio e o Amazonas. No alto Netuno, Rei dos Mares (sorry, Aquaman) observa e comanda, de posse de seu tridente, que entre outros poderes é uma das poucas coisas que pode ferir o Super-Homem, mas acho que estou misturando mitologias.
A estátua maravilha visitantes desde 1565 quando foi inaugurada, mas o Facebook, o Bastião Moral e Guardião dos Bons Costumes determinou que ela é ofensiva.
Elisa Barbari, uma blogueira local resolveu usar uma foto da estátua na capa de sua página “Histórias curiosidades e visões de Bolonha”, mas a turma de estagiários puritanos do Mark não gostou. A imagem foi apagada e o Facebook se justificou:
“[A página] apresenta uma imagem com conteúdo sexualmente explícito e que mostra em grau excessivo o corpo, se concentrando desnecessariamente em partes do corpo. O uso de imagens ou vídeos de corpos nus ou decotes profundos não é permitido, mesmo que o uso seja por razões artísticas ou educacionais”.
Não é a primeira vez que o Facebook tem esse tipo de atitude retardo-moralista, outro dia até a Pequena Sereia foi censurada por conter nudez.
Claro que ninguém está defendendo que arte deva ser imune a bom-senso: não é por ser arte que a Melhoramentos deva vender cadernos com L’Origine du monde, do Coubert na capa, embora fosse vender feito água (eu avisei que o link é NSFW, certo?).
Só que pombas, é uma estátua pública renascentista, e pra piorar o cetro do Netuno é uma mixórdia, como era estilo naquela época. O Facebook está chilicando por quase nada.
Uma última curiosidade: Giambologna, que não valia nada, queria fazer o Netuno com proporções motúmbicas, só de zoeira, mas quem havia encomendado e estava pagando era a Igreja, na pessoa do Cardeal Legal Charles Borromeo e, quando descobriram, mandaram segurar a onda e economizar no bronze do bilau.
Giambologna assim o fez, e niponificou as proporções da genitália estatuesca, mas mexeu na posição do braço esquerdo para que de um ponto específico da praça (marcado com uma pedra preta que ele mandou instalar) fosse criada uma ilusão de ótica que o braço era na verdade, bem… o tentáculo de Netuno.
Por acaso você sabe como são colocados aqueles navios imensos no mar logo após saírem da fábrica? Caso nunca tenha visto irá adorar o vídeo de hoje que mostra o exato momento onde alguns desses gigantes são literalmente lançados ao mar para iniciarem suas “vidas” de navegação.
A princípio parece que o trabalho vai por água a baixo, parece que os navios afundam pela velocidade que entram na água mas no final sai tudo bem, o único problema é que quem aciona a buzina deve estar amarrado pra não dar com a cara no chão.
VÍDEO
Realmente deve ser um momento complicado para todos que estão envolvidos no trabalho, se algo sai errado, se o navio sai desalinhado do estaleiro ou algo parecido pode acontecer um desastre, lidar com esse tipo de lançamento requer uma série de cuidados para evitar acidentes que podem ser irreversíveis.
Durante um deslizamento de terra próximo de Ronchi di Termeno, no norte da Itália, uma casa de fazenda escapou por pouco da destruição quando enormes rochas vieram montanha abaixo.
Embora, a princípio você possa pensar que os moradores desta casa não têm sorte, na verdade o contrário é verdadeiro, pois ninguém se machucou e danos materiais são reparáveis.
Para eles, apesar da destruição, o mundo ainda é óptimo. Veja abaixo as fotos do estrago:
E como se não bastasse a rocha que passou logo ao lado da casa, uma outra rocha parou pouco antes de atingir a casa em cheio.
Olhando estas fotos fica fácil de concordar que devemos viver nosso dia como se fosse o último, pois não sabemos o que pode acontecer no próximo minuto.
A mina de sal em Hallstatt existe desde o tempo dos celtas e pode abrigar nossos segredos milênios por vir
Gravadas com estranhos pictogramas, linhas e marcas em forma de cunha, elas ficaram enterradas no deserto do Iraque por milênios. Deixadas pelos sumérios há cerca de 5 mil anos, as tábuas de argila dão uma ideia do que acredita-se ser o registro escrito mais antigo de um povo que desapareceu há muito tempo.
Embora tenha demorado décadas para que arqueólogos conseguissem decifrar o misterioso idioma preservado nas placas, elas deram uma amostra de como era a vida na aurora da civilização.
Tábuas semelhantes e pedras esculpidas também foram desenterradas em locais habitados por outras importantes civilizações que há tempos desapareceram - desde os hieróglifos dos antigos egípcios até às inscrições dos maias da Mesoamérica.
As histórias e detalhes que elas continham resistiram ao teste do tempo, sobrevivendo durante milênios para serem desenterradas e decifradas por historiadores modernos. No entanto, há temores de que futuros arqueólogos não tenham acesso ao mesmo tipo de registro imutável quando eles buscarem por vestígios da nossa civilização.
Atualmente vivemos em um mundo digital no qual a informação é armazenada em listas de pequenos registros com uns e zeros eletrônicos que podem ser editados ou até apagados por simples toques acidentais em um teclado.
"Infelizmente nós vivemos em uma época que vai deixar poucos registros escritos", explicou Martin Kunze, idealizador do projeto Memória da Humanidade, ou MOM (Memory of Mankind, no original em inglês).
Image captionO vento vindo do Sol pode criar a bela aurora boreal, mas uma tempestade solar feroz poderia apagar todos nossos dados armazenados
O MOM é uma colaboração entre acadêmicos, universidades, jornais e bibliotecas cujo objetivo é criar uma versão moderna das tábuas deixadas pelos sumérios.
O plano deles é reunir o conhecimento acumulado de nossa era e guardá-lo debaixo da terra nas cavernas de uma das minas de sal mais antigas do mundo, nas montanhas da região de Salzkammergut, na Áustria.
"O principal objetivo do que estamos fazendo é armazenar a informação de uma maneira que seja legível no futuro. É um 'backup' do nosso conhecimento, da nossa história", disse Kunze.
Criar uma "cápsula do tempo" pode parecer arcaico em uma era na qual a maior parte do nosso conhecimento flutua na nuvem da internet. No entanto, um deslize para uma era escura tecnológica não é algo que pode ser ignorado.
Perigo virtual
O advento da internet fez com que seres humanos tivessem, ao alcance de seus dedos, mais acesso à informação do que em qualquer outro período da história. Entretanto, os enormes repositórios de conhecimento que construímos são perigosamente vulneráveis.
Cada vez mais as informações vêm sendo armazenadas digitalmente ou remotamente em servidores ou discos rígidos.
A situação fica mais séria quando levamos em consideração que alguns artigos científicos hoje são publicados apenas online. Catálogos completos de imagens de telejornais, programas de TV e filmes são armazenados digitalmente. Documentos oficiais e legislações governamentais ficam em bibliotecas digitais.
Todavia, uma conferência de cientistas especializados no tempo do espaço sideral, junto com funcionários da agência espacial americana Nasa e do governo dos Estados Unidos, alertou para a natureza frágil da informação digital.
Partículas carregadas descartadas pelo Sol durante uma poderosa tempestade solar poderiam desencadear surtos eletromagnéticos com o potencial de tornar nossos dispositivos eletrônicos inúteis, além de apagar todos os dados armazenados em cartões de memória.
Tempestades assim são uma ameaça real, e elas acontecem com relativa frequência. Um relatório publicado pelo governo britânico no ano passado destacou que fortes tempestades solares têm acontecido a cada 100 anos.
Image captionAs tempestades solares liberam grande quantidade de partículas que se espalham pelo Sistema Solar, atingindo até planetas mais distantes, como Plutão
A última grande tempestade do tipo a atingir a Terra, conhecida como o Evento Carrington, foi em 1859 - acredita-se que esta foi a maior tempestade em 500 anos. Ela acabou com sistemas de telégrafo no mundo todo e produziu faíscas em torres elétricas.
Na era da internet, um evento como esse poderia ser catastrófico.
Mas há outras ameaças também - hackers ou funcionários descuidados que poderiam adulterar esses registros digitais ou apagá-los de uma só vez.
Também há a possibilidade de nós perdermos o acesso a essas informações. A tecnologia tem mudado de maneira tão rápida que formatos de mídia têm se tornado obsoletos cada vez mais rápido. Minidiscs, VHS e o antigo disquete tornaram-se antiquados dentro de décadas.
Daí surge o desejo de guardar uma cópia impressa dos nossos documentos mais importantes. Infelizmente, até as maneiras mais tradicionais de armazenar dados dificilmente são capazes de manter a informação segura por mais de alguns séculos.
Enquanto temos alguns manuscritos que sobreviveram centenas de anos - e no caso de papiros, milhares de anos -, a menos que eles sejam guardados em condições adequadas, a maioria se desintegra e vira pó depois de algumas centenas de anos. Jornais podem se decompor em até seis semanas se forem molhados.
"É bem provável que no longo prazo os únicos traços das nossas atividades hoje sejam o aquecimento global, o lixo nuclear e latinhas de Red Bull", disse Kunze. "A quantidade de dados está sendo inflada rapidamente, então o real desafio é selecionar o que queremos guardar para nossos netos e para aqueles que vierem depois deles."
Esse é o motivo pelo qual Kunze e seus colegas buscaram inspiração nas tábuas de pedra deixadas pelos sumérios.
Arquivo permanente
A equipe do MOM tem como meta criar um arquivo permanente do nosso modo de vida ao gravar, em placas quadradas de cerâmica com 20 centímetros de diâmetro, documentos oficiais, detalhes da nossa cultura, artigos científicos, biografias, livros populares, novas histórias e até mesmo imagens.
Isso é possível por meio de um processo descrito por Kunze como "microfilme de cerâmica", o qual ele diz ser o sistema de armazenamento de dados com maior duração do mundo.
As placas planas de cerâmica são cobertas por uma camada escura e um laser é usado para fazer inscrições nelas.
Cada uma dessas placas tem espaço para 5 milhões de caracteres - algo semelhante a um livro de 400 páginas.
Image captionAo contrário de tábuas de pedra, a tecnologia torna-se obsoleta rápido demais
Elas são resistentes a ácidos e alcalinos, e podem suportar temperaturas de 1300°C. Um segundo tipo de placa também pode ter fotos coloridas e diagramas impressos com 50 mil caracteres. Após a gravação de dados, elas são seladas com um esmalte transparente.
As placas são então empilhadas dentro de caixas de cerâmica e guardadas dentro das escuras cavernas da mina de sal em Hallstatt, na Áustria.
O lugar, que poderia ser descrito como o local de repouso da cápsula do tempo definitiva, é impressionante. Com a luz certa, as paredes ainda reluzem com os restos de sal, que ajuda a extrair a umidade e secar o ar.
O sal tem uma propriedade semelhante à plasticina que ajuda a selar fraturas e rachaduras, tornando a tumba à prova d'água. Enterrados sob milhões de toneladas de pedra, os registros poderão sobreviver por milênios e até mesmo por idades do gelo, segundo Kunze.
Valor inestimado
Em algum futuro distante depois que a nossa civilização tiver desaparecido, esses registros poderiam ter valor inestimado para quem os encontrasse.
Eles poderiam dar a culturas menos avançadas que a nossa o acesso a conhecimentos esquecidos, ou ser uma rica fonte de informação histórica para civilizações mais avançadas, garantindo que nossas conquistas, e nossos erros, possam ser estudados.
Mas esses registros também podem ter valor no curto prazo.
"Nós estamos tentando criar algo que não será apenas uma coleção de informações para um futuro distante, mas algo que também será um presente para nossos netos", afirmou Kunze.
"O MOM pode servir como um 'back-up' do conhecimento no caso de eventos como guerras, pandemias ou um meteorito que nos faça retroceder séculos dentro de duas ou três gerações. Uma sociedade pode perder habilidades e conhecimento rapidamente - no século 6, a Europa perdeu, em sua maioria, a capacidade de ler e escrever dentro de três gerações."
Conteúdo das placas
Os arquivos do MOM já têm uma amostra eclética do que é a nossa sociedade. Entre as informações gravadas nas placas de cerâmica estão livros resumindo a história de países ao redor do mundo.
Cidades e vilarejos também pediram para ter suas histórias locais incluídas. Mil dos livros mais importantes do mundo - escolhidos com a ajuda de um algoritmo da Universidade de Viena - também serão impressos nas tábuas.
Museus estão incluindo imagens de objetos preciosos de suas coleções que são acompanhadas de descrições do que aprendemos com esses itens.
Image captionAs placas são empilhadas em caixas de cerâmica que guardam nosso conhecimento em pedra para futuras gerações descobrirem
Também há placas com fotos de fósseis - dinossauros, peixes pré-históricos e ammonites (gênero de moluscos cefalópodes) - acompanhadas de descrições do que sabemos sobre eles.
Muito do material incluído nas placas está em alemão, mas há também placas em inglês, francês e outros idiomas.
Um punhado de celebridades também foi imortalizado nas criptas de sal. O ator e cantor David Hasselhoff, mais conhecido pelo seu trabalho no seriado de televisão Baywatch, conta com um registro longo, assim como a cantora alemã Nena, que ficou famosa com o hit dos anos 80 99 Red Balloons.
Junto com eles, há também uma placa detalhando a história de Edward Snowden e o vazamento de informações secretas da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), dos EUA.
A Universidade de Viena também tem colocado dissertações de doutorado premiadas e artigos científicos nas placas.
Nesse arquivo também estão placas que descrevem modificação genética e patentes de bioengenharia, explicando as descobertas feitas por cientistas modernos e como eles chegaram a essas conclusões.
Junto das pesquisas científicas, objetos do nosso dia a dia como máquinas de lavar, telefones celulares e aparelhos de televisão também estão sendo representados como um registro de como é a vida nos dias de hoje.
As placas também servem como um alerta e apontam locais onde resíduos nucleares foram despejados para que futuras gerações possam evitá-los ou limpá-los caso tenham desenvolvido a tecnologia necessária.
Jornais foram convidados a enviar editoriais diários para que um repositório de opiniões, assim como fatos, seja preservado.
De muitas maneiras, o problema real é o que não incluir. "Nós provavelmente temos 0.1% da literatura antiga, mas no mundo moderno publicar algo é tão fácil como postar algo na internet ou no Twitter", explicou Kunze.
"Publicações sobre ciência, voos espaciais e medicina - coisas nas quais realmente investimos - acabam perdidas em meio à massa de dados que produzimos. O Grande Colisor de Hádrons produz algo como 30 Petabytes de dados por ano, mas isso é igual a apenas 0.003% do tráfico anual da internet. Um fragmento aleatório de 0,1% dos nossos dados do presente dariam uma visão bem distorcida do nosso tempo."
Para resolver este problema, Kunze e seus colegas estão organizando uma conferência em novembro do ano que vem para reunir cientistas, historiadores, arqueólogos, linguistas e filósofos para criar um processo de como selecionar o conteúdo para o projeto.
A equipe também espera deixar imortalizado vestígios do cotidiano e incentiva membros do público a criar suas próprias placas.
"Estamos gravando receitas de cozinha, histórias de amor e acontecimentos pessoais", disse Kunze. "Em uma das placas uma menina incluiu três fotografias de sua primeira comunhão e escreveu um pequeno texto sobre isso. Elas dão ideias da vida diária que serão bastante valiosas."
Tuítes preservados
O MOM não é o único projeto que encara a difícil tarefa de preservar o conhecimento acumulado da humanidade. Bibliotecários ao redor do mundo também estão tentando lidar com o complicado problema de como salvar a informação da idade moderna.
A Universidade da Califórnia Los Angeles, por exemplo, está arquivando tuítes relacionados a grandes eventos e preservando-os em seus arquivos.
"Estamos selecionando tuítes do Cairo no dia da revolução de 25 de janeiro, por exemplo", explicou Todd Grappone, bibliotecário-associado da universidade.
"Nós estamos traduzindo-os para diversos idiomas e salvando-os em formatos que devem continuar sendo acessíveis no futuro. Estamos fazendo isso apenas digitalmente no momento, já que temos cerca de 1 mil vídeos feitos com telefones celulares apenas desse evento, mas o valor disso é enorme."
Outro projeto, chamado de Projeto Humano de Documentação (Human Document Project, em inglês), tem como objetivo gravar informação em pastilhas de tungstênio e nitreto de silício.
Inicialmente, eles estavam gravando essas pastilhas com dezenas de pequenos códigos de QR - um tipo de código de barra bidimensional - que podem ser lidos usando smartphones. Agora, eles dizem que os discos finais levarão informações escritas de uma maneira que podem ser lidas utilizando um microscópio.
Image captionPequenas fichas, espalhadas pelo mundo, guiarão futuras gerações até o arquivo subterrâneo que guarda nosso conhecimento
Leon Abelmann, pesquisador da Universidade Twente em Enschede, na Holanda, é um dos idealizadores do projeto. Segundo ele, a meta é produzir algo que conseguirá sobreviver por um milhão de anos. Agora eles estão começando a colaborar com o MOM.
"Nós ficaríamos muito felizes se encontrássemos informações deixadas por uma forma de inteligência que foi extinta há milhões de anos", disse ele.
"Então acreditamos que seres inteligentes do futuro também ficarão felizes. O simples fato de que precisamos ter uma visão afastada de nós mesmos pode fazer, espero eu, com que percebamos que as diferenças entre nós são triviais."
Localização
Enterrar essas placas debaixo de uma montanha, porém, pode fazer com que seja improvável que gerações futuras consigam encontrá-las. Por isso, o MOM gravou pequenas fichas com um mapa localizando onde os arquivos estão.
Essas fichas estão sendo distribuídas para todos os participantes do projeto para que, assim, eles possam enterrá-las em locais estratégicos ou passá-las para as próximas gerações.
Para garantir que a pessoa que encontre as placas consiga, de fato, ler o que está gravado nelas, a equipe do MOM tem criado sua própria versão da Pedra de Roseta, que foi fundamental para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios, com milhares de imagens etiquetadas com seus nomes e significados.
Todo este esforço demonstra o tamanho da pretensão do que o grupo deseja realizar. Os indivíduos que encontrarem essa mina de ouro de conhecimento podem ser bem diferentes de nós.
Em alguns milhares de anos a civilização pode ter avançado para além de nossas previsões ou pode ter retrocedido para uma era das trevas. Talvez nem sejam humanos os descobridores de nossas memórias. "Poderia ser uma outra forma de vida inteligente", disse Kunze.
Nós nunca saberemos o que os arqueólogos do futuro pensarão da nossa civilização quando eles tirarem o pó dessas placas daqui milhares de anos, mas podemos ter a esperança de que, assim como os sumérios, nós não seremos esquecidos.
Durante muito tempo Marques Mendes fez de informador do regime, era o “garganta Funda” oficioso do governo de Passos Coelho, que se servia dele para ir testando a opinião pública com fugas de informação convenientes. Com a queda de Passos o tempo de antena de Marques Mendes na SIC perdeu qualidade e interesse. Mas eis que ainda há uma ilha do PSD com informação confidencial, à falta de Passos Coelho parece que Marques Mendes passou a ser o Garganta Funda do Sr. Costa, do BdP. O problema é que as inconfidência do banco em relação ao Novo Banco podem custar muitos milhões ao país. Só mesmo neste país cheio de bandalhos é que um qualquer Marques Mendes vem para a televisão divulgar o que o governador do bano central vai fazer. Uma vergonha para o país, para o BdP e para o seu governador. (In Blog O Jumento, 03/01/2016)
Comecemos pelosESCALÕES. Pelo segundo ano consecutivo, as taxas gerais do IRS que incidem sobre os escalões anuais de rendimento coletável foram atualizados. Em 2017, o limite de cada um dos cinco escalões avançou 0,8%. Esta subida tem especial relevância entre as pessoas que ao longo de 2017 tiveram aumentos ou acréscimos salariais na medida em que minimiza o impacto da subida de um escalão para outro.
Na SOBRETAXAdo IRS a grande diferença será sentida já em janeiro pelos trabalhadores e pensionistas que auferem rendimentos anuais coletáveis (ou seja, deduzidos dos descontos para a segurança social ou de uma dedução específica de 4104 euros) entre 7.091 e 20.261 euros. É que para estas pessoas, a sobretaxa foi efetivamente eliminada – e a última vez que terão de fazer contas a este extra do IRS será quando entregarem a declaração anual do imposto.
Para os restantes contribuintes tudo se manterá quase igual durante os meses em que terão de fazer retenção na fonte, ou seja, o desconto mensal será igual ao que fizerem em 2016, a diferença é que este acabará em junho (3º escalão) ou em novembro (4º e 5º escalões). Seja como for, as contas da sobretaxa apenas ficarão totalmente arrumadas em 2018, quando for feita a entrega da declaração do IRS. Nessa altura, as pessoas que passam recibos verdes serão também chamadas a pagar este adicional ao IRS, que entrou no nosso sistema fiscal em 2011 e regressou em 2013.
Para todos os que mantêm a sobretaxa em 2017, há que ter em conta que a subida do salário mínimo de 530 para 557 euros vai reduzir ligeiramente a retenção na fonte.
Nas FATURASnão há mudanças de relevo, a não ser que os contribuintes podem conferi-las ligeiramente mais cedo, porque as empresas que as passam terão de enviá-las às finanças até ao dia 20 do mês seguinte (um adiantamento de cinco dias face aos prazos que vigoraram até 2016). Mas há uma nova fatura a que deve começar a dar atenção e a associar-lhe o seu NIF: a que comprova a compra do PASSE porque este título dos transportes públicos vai ajudar a reduzir o IRS: em 2017, a totalidade do IVA suportado é dedutível.
Costuma colocar uma cruzinha na parte da sua declaração que assinala que quer CONSIGNAR 0,5% da sua coleta de imposto a uma instituição de solidariedade ou entidade religiosa? Então saiba que a partir deste ano pode fazer a escolha da instituição no Portal das Finanças, antes da entrega da declaração. Se, quando avançar para esta obrigação declarativa, se esquecer de mencionar o destinatário, o sistema informático da AT encarrega-se de ‘repescar’ a indicação que já lhe tinha dado antes, através do Portal.
A escolha da entidade à qual o sujeito passivo pretende efetuar a consignação (…) pode ser feita, previamente à entrega ou confirmação da declaração de rendimentos, no Portal das Finanças.
O PRAZO para a entrega da declaração do IRS vai sofrer ligeiros acertos em 2017. Os contribuintes deixam de estar divididos em 1ª e 2ª fases e podem cumprir esta obrigação entre 1 de abril e 31 de maio, independentemente do tipo de rendimentos que auferem.
Este ano conte também com a ENTREGA AUTOMÁTICA da declaração do IRS. Ainda não será para todos, mas é um primeiro passo. Os contribuintes com rendimentos exclusivos de trabalho por conta de outrem e de pensões, sem dependentes a cargo, nem deduções relativas a ascendentes e que não paguem pensões de alimentos terão a sua declaração totalmente preenchida pelo fisco. Esta versão será provisória e ficará a aguardar o ‘ok’ do visado, mas torna-se definitiva quando o prazo da entrega arrancar. O contribuinte poderá, no prazo de 30 dias posteriores à liquidação, fazer uma declaração de substituição.
Os CASAIS (casados ou unidos de facto) podem fazer a declaração em conjunto ou em separado independentemente da data da entrega. Uma e outra coisa deixam de estar ligadas porque esta exigência legal foi revogada.
Mas para manter a isenção ‘intemporal’ do IMI (atribuída a pessoas de rendimentos mais baixos e com património imobiliário de valor reduzido) é MESMO preciso entregar a declaração do IRS dentro do prazo.
NO ALOJAMENTO LOCAL há duas alterações a ter em conta: é possível, pela primeira vez, optar por tributar estes rendimentos a uma taxa única de 28% (igual à das rendas) ou então manter o regime que já vinha do passado, só que em vez de 15%, o fisco passa a tributar 35% dos valores obtidos com esta atividade.
1 - Depois de quatro anos e meio de governo PSD/CDS em que os rendimentos dos trabalhadores e pensionistas foram fortemente atacados, com cortes reais nos salários e pensões que se estimam em cerca de 16% e 8%, respectivamente, e com um enorme aumento da carga fiscal, nomeadamente em sede de IRS, em 2016 e 2017, com a nova fase da vida política nacional, teve início a recuperação dos rendimentos perdidos, ainda que de forma insuficiente, através de uma política de devolução dos salários roubados na Administração Pública, com o aumento do salário mínimo nacional, ainda que aquém do necessário, do descongelamento das pensões de centenas de milhares de pensionistas e reformados e do desagravamento fiscal, com a devolução da sobretaxa de IRS e a redução do IVA da restauração de 23% para 13%, entre outras medidas.
2 - As subidas de preços de bens e serviços essenciais que têm nos últimos dias vindo a ser anunciadas, nomeadamente no que se refere à electricidade, aos combustíveis, às portagens, às comunicações e aos transportes públicos - aumentos que serão projectados em cadeia nos preços de outros bens essenciais, nomeadamente na alimentação - constituem para o PCP motivo de preocupação e discordância. Na verdade, o peso crescente destas despesas nos orçamentos familiares, como o último inquérito às despesas das famílias demonstram, irá absorver uma parte significativa da reposição do rendimento dos trabalhadores e dos reformados e pensionistas iniciada em 2016, impedindo e limitando desta forma a melhoria das condições de vida da nossa população.
3 – No passado mês de Dezembro foram divulgados os primeiros resultados do Inquérito às Despesas das Famílias de 2015/2016, realizado entre Março de 2015 e Março de 2016, que constitui a edição mais recente da série de inquéritos quinquenais sobre orçamentos familiares (OF) iniciada na década de 60. Um dos objectivos principais deste inquérito quinquenal é o apuramento da estrutura das despesas familiares e a consequente actualização dos ponderadores do índice de Preços no Consumidor (IPC).
Os resultados agora apurados permitem concluir que as despesas em “Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis” representam 31,8% das despesas familiares, enquanto os “Transportes” representam 14,7% e os “ produtos alimentares e bebidas não alcoólicas” representam 14,4%.
Em conjunto, estes três grupos de despesas representam, hoje, em média 60,9% do total das despesas familiares, enquanto em 2000 representavam 53,5%. Quase 2/3 das despesas familiares são hoje preenchidas com estes três grupos de despesas: habitação, transportes e alimentação.
Os resultados dos últimos inquéritos às Despesas das Famílias permitem concluir também que, desde o início da década de 90, como resultado da política de privatizações que entregou aos grandes grupos económicos nacionais e internacionais os sectores mais rentáveis da nossa economia e, como resultado dos cortes que sucessivos governos efectuaram nos apoios à saúde e à educação, as despesas em “Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis” aumentaram 2,6 vezes na estrutura das despesas familiares, passando de 12,4% para 31,8%, as despesas em comunicações aumentaram 3 vezes, as despesas em saúde aumentaram quase 2 vezes e as despesas com educação quase quadruplicaram.
4 – Não é possível ignorar as consequências destes aumentos. A dimensão das consequências destes aumentos não pode ser avaliada ignorando a política de saque de rendimentos, praticada durante o Governo PSD/CDS-PP. E muito menos ignorando que estes aumentos conduzirão à acumulação dos lucros de algumas grandes empresas como acontece nos sectores da energia, dos combustíveis e das telecomunicações, quando a dimensão do mercado interno é limitada pelo baixo nível dos rendimentos da maioria da população o que conduz a maiores dificuldades no escoamento da produção das empresas, particularmente das Micro, Pequenas e Médias Empresas.
O que Portugal precisa é de uma política patriótica e de esquerda que rompa com a matriz que há décadas é responsável pela estagnação do rendimento dos trabalhadores e dos pensionistas e reformados.
O que Portugal precisa é de uma política que melhore o poder de compra dos salários, das pensões e das reformas, que eleve o bem estar das famílias portuguesas.
As notícias que encontrei on-line são escassas e chapa5, certamente que os nossos mediadivulgaram amplamente este caso, as pessoas é que andam distraídas.
Foi encontrado morto o alto funcionário da NATO responsável pelas questões financeiras ligadas ao terrorismo,Yves Chandelon supervisionava as contas da organização cujo ‘buraco negro’ é de 250 mil milhões de euros. Foi encontrado sem vida com uma pistola na mão e, segundo os peritos na matéria, os que usam este tipo de suicídio, com o disparo a arma solta-se-lhes da mão. Acontece ainda que o suicidado tinha três pistolas registadas em seu nome e a que o suicidou não era nenhuma delas. A vida é complicada e a morte por vezes ainda mais…
Para esta organização terrorista Portugal contribui anualmente com 43.059.398 euros.
Aqui há uns “posts” aproveitava um texto JPacheco Pereira para sublinhar a utilidade de ler (ou ouvir) o que outros que não pensam como nós escrevem (ou dizem). À maneira de confirmação, e estando a folhear o Expresso, não muito vocacionado em perder tempo com a iniciativa de edição de livros sobre Estaline dessa fonte (porque tanto está em leitura sempre e cada vez mais atrasada…), tropecei nesse sublinhado do prefácio de Paulo Portas:
Não que fosse impensável que Paulo Portas escrevesse coisas destas, mas porque é abordagem da evolução da guerra de 1939-45 que não se esperaria ver divulgada, em sublinhado, debaixo de fotografia deste personagem. Já mais de muitas vezes e em muitos lados se podem encontrar versões em que se contrariam as que dão este devido relevo à resistência do povo soviético durante a guerra… e em que se escamoteia a decisiva, porque apoiada por essa resistência, intervenção do Exército Vermelho e contribuição para a vitória dos “aliados”.
Sem Estaline(de bom ou mau)grado, a História seria outra!
E qual seria ela? Não especulemos, mas não deixemos de ler e de reflectir sobre a História.