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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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02
Fev17

ANTÓNIO EUSÉBIO É O CANDIDATO ESCOLHIDO PELO PS À CÂMARA MUNICIPAL DE FARO

António Garrochinho


O presidente do Partido Socialista (PS) do Algarve e deputado à Assembleia da República foi ontem à noite, 27 de janeiro, eleito pelos socialistas farenses candidato à Câmara da capital algarvia com 86,2 por cento de votos favoráveis, segundo informou hoje em nota de imprensa, Luís Graça presidente do PS de Faro.

António Eusébio que foi durante 12 anos presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, onde impulsionou a modernização e transformação daquele concelho, foi o primeiro autarca a desenvolver e implementar o orçamento participativo no Algarve, sendo frequentemente reconhecido por muitos autarcas como um exemplo de boa gestão e de liderança.

Nascido em Faro, há 50 anos, no antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Faro, fez todo o seu percurso na capital do Algarve, tendo sido aluno do antigo Liceu João de Deus e da Escola Secundária Tomás Cabreira onde mais tarde viria a ser igualmente professor. É ainda docente da Universidade do Algarve.

Líder do PS no Algarve desde 2012 é atualmente deputado à Assembleia da República, sendo membro das comissões parlamentares de Economia, Educação e Ensino Superior e de Defesa.

A candidatura de António Eusébio, líder dos socialistas e autarca com provas dadas, representa a forte aposta do Partido Socialista para a vitória na Câmara de Faro e assenta numa estratégia de mudança e de progresso para o município de Faro, assente nas pessoas e nas qualidades ambientais, patrimoniais e culturais do concelho, impulsionadora de uma nova visão e ambição para a afirmação da Capital do Algarve enquanto principal polo de dinamismo empresarial, universitário e de coesão social.

barlavento.pt
António Eusébio, Mário Centeno e Luís Graça.




02
Fev17

ÚLTIMA HORA - Onda arrasta dez pessoas na praia da Costa Nova

António Garrochinho


Dez pessoas foram arrastadas pelo mar, esta quinta-feira cerca das 20 horas, na praia da Costa Nova, em Ílhavo. Quatro caíram à água e três delas foram resgatadas.

Uma mulher, com cerca de 40 anos, está desaparecida.
As três vítimas que caíram ao mar foram transportadas para o Hospital de Aveiro em hipotermia.
A previsão de agitação marítima levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar sob aviso vermelho, a partir do meio da tarde e até às 24 horas, sete distritos do litoral -- Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa.
No país há ainda vários avisos laranja e amarelos em vários distritos e algumas zonas das regiões autónomas, devido a agitação marítima, vento e chuva.

www.jn.pt
02
Fev17

Se encontrar uma fruta/vegetal com a etiqueta a começar com 8 NÃO COMPRE! O que isso significa…

António Garrochinho

É importante que saibas o significado do número 8 ao início, e depois disso de certeza que vais olhar mais para os rótulos nas frutas e vegetais, e evitar comprar os que começam com o número 8!

Algumas informações importantes podemos encontrar não só nas embalagens dos produtos confeccionados, mas também nas etiquetas daqueles frescos. As etiquetas não servem somente para colocar o logo da empresa, mas também para indicar o modo de cultivo das frutas ou verduras.

Veja como distinguir produtos cultivados com agrotóxicos, biológicos ou modificados geneticamente.

Nos adesivos têm um código chamado PLU que indica o modo de cultivo.

fruta_1

Se no adesivo tem 4 números foi cultivado em maneira tradicional, com pesticidas e fertilizantes.

fruta_2

Neste caso o número indica simplesmente o produto vendido: o 4011, por exemplo, são as bananas.

Se no adesivo estão cinco números e o primeiro é 8, o produto é OGM (Organismos Geneticamente Modificados).

fruta_3

Por exemplo uma banana geneticamente modificada terá o número 84011.

Se o adesivo tem cinco números e o primeiro é 9, o produto vem de cultura que não usa pesticidas.

fruta_4

Uma banana cultivada biologicamente terá o código 94011.

Existem alguns alimentos que estão muito mais sujeitos a tratamentos químicos: Veja quais são a seguir.

fruta_5

  • Morango

  • Maçã

  • Pêssego

  • Uva

  • Cereja

  • Espinafre

  • Tomate

  • Pimento

E outros que dificilmente são tratados quimicamente:

  • Abacate

  • Milho

  • Abacaxi

  • Ervilha

  • Cebola

  • Aspargo

  • Manga

  • Papaia (Mamão)

  • Kiwi

A partir de agora, fique de olho na etiqueta! É para o seu bem!


www.altamente.org
02
Fev17

10 megaconstruções

António Garrochinho

A humanidade é realmente incrível: com ou sem tecnologia avançada, fomos capazes de criar estruturas gigantes para os mais diversos propósitos. Confira algumas das mais interessantes que estão espalhadas pelo mundo.

Burj Khalifa

(Fonte da imagem: Reprodução/Burj Khalifa)
Este enorme arranha-céu é, oficialmente, o maior prédio já feito pelo homem. A gigantesca construção, localizada em Dubai, impressiona não apenas por sua altura de 829,94 metros, mas por sua arquitetura, baseada em uma flor-de-lótus.

Hidrolétrica de Três Gargantas

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Para o país com mais habitantes no mundo, é necessária uma forma de gerar quantidades de energia igualmente grandes. Por isso, a China criou a Hidrelétrica de Três Gargantas, que possui atualmente a maior represa do mundo.
A hidrelétrica também tem outras funções importantes: graças à sua represa, feita no rio Yang-Tsé – o maior do país –, é possível prevenir muitas enchentes, além de criar um sistema de transporte fluvial na área.

Arrozais em terraços de Banaue

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Considerados como um patrimônio mundial, esses arrozais de 2 mil anos de idade estão espalhados por toda a província de Ifugao, nas Filipinas. A aparência dada por essas construções à cordilheira é única: parece que as montanhas foram “fatiadas” em vários pedaços.
Acredita-se que essas construções foram feitas à mão, com quase nenhum equipamento para ajudar no processo. O sistema de irrigação utilizado por eles é igualmente antigo, mas funciona perfeitamente até hoje, permitindo que os nativos cultivem vegetais no local.

Minas de diamante de Mirny

(Fonte da imagem: Reprodução/Atlas Obscura)
As minas de diamante de Mirny, uma pequena cidade da Sibéria, mais parecem um enorme redemoinho que ocorreu em terra firme. Com 1,25 km de diâmetro e 525 metros de profundidade, essa é uma das maiores e mais perigosas áreas de escavação do mundo.
O perigo da mina não está no tamanho do local, mas sim no material que eles precisam atravessar para conseguir fazer as escavações: para passar pelo permafrost (solo formado de rochas permanentemente congeladas), é necessário usar muitos explosivos, já que fazê-las derreter é quase impossível.

Hotel Ryugyong

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
O Hotel Ryugyong tem uma história um tanto curiosa. Sua construção, iniciada em 1987, foi abandonada cinco anos depois devido a diversos obstáculos no projeto.
Por 16 anos, o enorme arranha-céu permaneceu incompleto, sendo considerado pelo povo da cidade de Pyongyang, onde o prédio foi erguido, um “hotel fantasma”. Isso até que, em 2008, a construção do Ryugyong foi retomada.
Hoje, o prédio está próximo de ser concluído, se destacando com facilidade em meio ao cenário da cidade, devido à sua altura de 330 metros e sua estrutura de aparência incomum.

Danyang–Kunshan Grand Bridge

(Fonte da imagem: Reprodução/Panoramio)
A Danyang–Kunshan Grand Bridge é uma das pontes mais incríveis do mundo, não por sua beleza, mas por seu tamanho. Certificada pelo Guinness como a mais longa ponte do mundo, sua estrutura percorre 164 km de terra e mar, ligando as cidades de Xangai e Nanquim.

Palm Islands

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Dubai não é apenas dona do prédio mais alto do mundo, como também do maior arquipélago artificial da Terra. As Palm Islands, como serão chamadas devido ao seu formato de palmeira, são gigantescas: a menor delas possui 5 km de diâmetro. Já a maior delas terá 12,5 km de comprimento por 7,5 km de largura.
As Palm Islands ainda estão em construção; de fato, apenas a menor das três “palmeiras” já está pronta. Quando o projeto estiver completo, um total de 520 km de praias será adicionado à cidade – espaço que será ocupado por mansões, hotéis, parques de diversões e todo o tipo de edifício.

A Grande Muralha da China

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Não há quem não conheça a Grande Muralha da China, uma das sete maravilhas do mundo, famosa por seu tamanho e beleza. A estrutura, que atravessa 8.851 km do território chinês, é tão grande que muitos acreditavam que ela era a única construção feita pelo homem que podia ser vista do espaço.
Algo que muitos não sabem sobre essa megaconstrução é que ela não é uma única estrutura, mas, na verdade, uma série de muralhas espalhadas por toda a China, passando até mesmo por países vizinhos, como a Mongólia e a Coréia do Norte.

Neft Daslari

(Fonte da imagem: Reprodução/TUTA)
O que começou como uma plataforma petrolífera comum cresceu rapidamente. Hoje, a construção é, literalmente, uma “cidade flutuante” que mais parece vinda de outro mundo, com uma população de 5 mil habitantes que vive a 50 quilômetros de terra firme.
Por estar no meio do mar do Azerbaijão, Neft Daslari tem tudo que uma pessoa comum precisa para viver, como casas, escolas, padarias e cinemas, que se entendem pelos 300 km de ruas da estrutura.

Viaduto de Millau

(Fonte da imagem: Reprodução/Flickr/tibchris)
Se a Danyang–Kunshan Grand Bridge é a ponte mais longa, esta é a mais alta. A estrutura atravessa o vale do Rio Tarn, na França, suspensa por cabos a uma altura de 343 metros no topo de seus pilares. Mas é bom avisar que, se você tem medo de altura, esta pode não ser a melhor rota para sua viagem.

www.tecmundo.com.br
02
Fev17

7 vezes em que os biólogos fizeram História

António Garrochinho


Da produção eficiente de alimentos à cura das mais desafiadoras doenças, a Biologia tem papel fundamental na construção da sociedade moderna, fazendo parte do nosso cotidiano e da nossa história. Listamos grandes contribuições feitas por biólogos no curso da história, que, até hoje, guiam pesquisas e a nossa forma de encarar o mundo.
1) Da Ciência para a História
Enquanto Alexandre, o Grande, expandia o que se tornou um dos maiores impérios do mundo, do Ocidente ao Oriente, seu professor, Aristóteles (384 a 322 a.C.), fazia também grandes contribuições para a Ciência e a História. Além de filósofo, Aristóteles foi autor de reconhecidas obras naturalistas, que documentaram cerca de 500 amostras de plantas e animais quatro séculos antes de Cristo.
O filósofo acreditava que conhecer a natureza era uma tarefa de grande importância para a humanidade. “As ideias, modelos e experiências desenvolvidas por Aristóteles ajudaram a moldar a história natural e a desenvolver a classificação do mundo natural”, explica o professor doutor José Luiz Goldfarb, especialista em História da Ciência.
Aristóteles e seu pupilo Alexandre, o Grande
Aristóteles e seu pupilo Alexandre, o Grande (Charles Laplante/CC)
2) A incrível viagem do Beagle
Enquanto os grandes impérios europeus buscavam territórios estratégicos no Novo Mundo no século 19, o navio HMS Beagle zarpou em 1831 sem saber que sua jornada de cinco anos mudaria a história da humanidade. Nele, estava o jovem naturalista britânico Charles Robert Darwin (1809 a 1882), então com 32 anos, que escreveu posteriormente a sua mais famosa obra, A Origem das Espécies, publicada em 1859, e escandalizou a sociedade ao declarar que todas as espécies evoluíram com base na seleção natural. Até o Homem.
Contemporâneo e colega de Darwin, Alfred Wallace (1823 a 1913) também desenvolveu teorias que apoiavam a teoria da evolução. Goldfarb comenta: “Ambos foram cientistas fundamentais, mas suas descobertas resultaram de processos da história e da cultura. Uma série de fatores corroborou para o desenvolvimento da teoria, inclusive as viagens europeias de reconhecimento do Novo Mundo. Se não fosse Darwin a lançá-la, seria outro”, acredita.
Não apenas a Biologia se apropriou das descobertas da seleção natural, mas o pensamento moderno como um todo, em diversas áreas do conhecimento. “As ideias de Darwin tiveram grande reflexo nas teorias econômicas e no pensamento liberal na época da Revolução Industrial”, conta o professor doutor Murilo Damato, especialista em Engenharia Hidráulica e Sanitária. “Ainda hoje, o mercado de trabalho estimula a competição e a lei do mais adaptado que sobrevive. A flexibilidade no ambiente de trabalho determina o profissional mais qualificado”, completa.
3) O monge e as ervilhas
Longe dos famosos jardins do Palácio de Versalhes, o pacato jardim do atual mosteiro de Brno, na República Checa, foi palco da descoberta da hereditariedade, teoria que hoje é pilar para projetos como a decodificação do genoma humano e a constante seleção artificial de alimentos.
Foi neste jardim que Gregor Johann Mendel (1822 a 1884) estudou a reprodução de ervilhas. Neste simples legume, Mendel viu uma espécie que se reproduzia rapidamente e com características marcantes, favorecendo a identificação dos genes. Apesar de sua obra ter sido publicada em 1865, foi apenas no século 20 que suas descobertas ganharam o devido destaque.
A teoria de Mendel junto com a seleção natural de Darwin consolidaram a base do nosso atual entendimento do que é a evolução da vida, escreve Charles van Doren em seu livro Uma Breve História do Conhecimento. Mestre em astrofísica e ex-editor da Encyclopædia Britannica, van Doren ainda afirma que Mendel foi o primeiro a perceber que a hereditariedade é muito mais complicada do que uma simples mescla de características do pai e da mãe de determinado indivíduo – ela também é o meio pelo qual a vida evolui.
4) Lutando contra o invisível
O leite pasteurizado, facilmente encontrado nos mercados e vendinhas mais próximos de você, leva no nome uma homenagem ao cientista francês Louis Pasteur (1822 a 1895), que dedicou boa parte de sua vida à química e à microbiologia. Em 1864, munido de seu microscópio composto, Pasteur desenvolveu um processo de aquecimento e resfriamento que matava as bactérias que azedavam vinhos e cervejas. A pasteurização de alimentos utilizada hoje pela indústria alimentícia é derivada da descoberta de Pasteur.
Este simples procedimento, nas suas diversas variações, revolucionou a luta dos seres humanos contra os micróbios, formas de vida que são invisíveis a olho nu, desde a conservação de alimentos até a vacina, desenvolvida também pelo próprio Pasteur.
O cientista francês Louis Pasteur
O cientista francês Louis Pasteur (Albert Edelfelt/Domínio público)
5) A primavera silenciosa
Quando a bióloga marinha Rachel Carson (1907 a 1964) publicou o célebre livro Primavera Silenciosa, em 1962, certamente não imaginou que influenciaria o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, e posteriormente o vice-presidente do país, Al Gore. Na época, não havia sequer uma agência de proteção ambiental nos EUA e a indústria química podia lançar até mesmo pesticidas não testados no meio ambiente. Isso mudou com a contribuição de Carson.
Com o livro da bióloga, o movimento ambiental global ganhou fôlego. “A questão ambiental antes de Rachel Carson era muito atrelada ao movimento da contracultura. Depois do livro, passou a ser estudada como ciência”, sinaliza Goldfarb.
Para Damato, é importante ressaltar outros biólogos relevantes à defesa do meio ambiente, como o norte-americano Eugene Odum (1913 a 2002), com importante trabalho sobre ecossistemas; o espanhol Ramón Margalef i López (1919 a 2004), que deu contribuições à ecologia aquática e à dinâmica de rios; e o brasileiro Samuel Murgel Branco (1930 a 2003), pioneiro da área de hidrobiologia aplicada.
6) DNA e sua dupla hélice, o código da vida
O DNA, hoje um termo popular em diversos contextos como investigação policial científica e em filmes de ficção científica, é uma descoberta relativamente recente. A estrutura de dupla hélice foi descoberta em 1953 pelo naturalista norte-americano James Watson (1928-) e pelo físico inglês Francis Crick (1916 a 2004).
Basicamente, o modelo explica como as características hereditárias são codificadas e passadas adiante. Hoje, o estudo do DNA e a sua dupla hélice é uma das mais poderosas ferramentas que a humanidade possui para entender o próprio ser humano e suas interações com a vida no mundo. Dele, surgiu uma ciência nova, a genética, que, segundo van Dorer, “é uma das vitórias do conhecimento do nosso século”.
Complementar ao estudo da molécula do DNA, a geneticista norte-americana Nettie Maria Stevens (1861 a 1912) proveu importante contribuição em trabalho coletivo de determinação de sexo por cromossomos em insetos, significativo para o desenvolvimento da teoria cromossômica, segundo a professora doutora Ana Paula Moraes Brito, historiadora da ciência.
7) Muitos biólogos e uma grande causa
Um esforço conjunto de toda a humanidade por uma causa: esta é a ideia por trás do Projeto Genoma, lançado em 1990 para desvendar o código genético dos organismos. A iniciativa concluiu o mapeamento dos genes humanos, carro-chefe do estudo, em 2003, e seus resultados já beneficiam diversas áreas do conhecimento. Um exemplo na área da saúde é a prevenção e tratamento de doenças genéticas, como a hemofilia.


veja.abril.com.b
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02
Fev17

Poderosas! Treze grandes descobertas femininas que mudaram o mundo

António Garrochinho



Apesar de toda repressão e machismo sofrido pelas mulheres, muitas delas mostraram que são tão capazes quanto os homens em diversas áreas do conhecimento. Ao contrário do que muita gente pensa, foram elas as responsáveis por grandes descobertas que mudaram o mundo, como a energia solar para casas, as escadas de incêndio e até a tecnologia sem fio! De olho em pessoas e descobertas inovadoras, o site Planeta Queijo listou dez invenções indispensáveis que foram feitas por mulheres. Pesquisamos mais algumas e preparamos uma relação com 13 feitos que facilitam a nossa vida até hoje. Confira: 

1. Tecnologia de transmissões sem fio 

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O wireless que usamos hoje para acessar a internet tem as suas bases na tecnologia desenvolvida por Hedy Lamarr para controlar torpedos por rádio durante a II Guerra Mundial. A tecnologia da Hedy lançou as bases tecnológicas para tudo, do Wi-Fi ao GPS. Ela também foi uma estrela de cinema mundialmente famosa. 

2. Kevlar 

A química Stephanie Kwolek inventou a super-forte fibra de Kevlar, usado para fazer coletes à prova de balas. A invenção de Kwolek é cinco vezes mais forte que o aço, e também tem cerca de 200 outros usos. 

3. A máquina de sorvete 

Nancy Johnson inventou a primeira máquina de fazer gelado em 1843. Apesar de simples, a sua máquina foi a base para as máquinas industriais usadas atualmente. 

4. Energia solar residencial 

Reprodução
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A física e de energia solar pioneira, Dr. Maria Telkes uniu-se com uma senhora igualmente incrível, a arquiteta Eleanor Raymond, para construir a primeira casa totalmente aquecida por energia solar em 1947. 

5. A escada de incêndio 

Este dispositivo, de modo vital tanto para a segurança pública e os hábitos tabágicos dos hipsters urbanos, foi inventado em 1887 por Anna Connelly. 

6. Sacola de papel 

Margaret Knight recebeu sua patente para uma máquina que poderia produzir sacos quadrados de fundo plano em 1871, depois de uma longa batalha legal com um maquinista companheiro, Charles Anan, que tentou roubar seu trabalho, argumentando que uma invenção tão brilhante não poderia ter sido inventado por uma menina. Além disso, quando Knight tinha 12 anos de idade, ela inventou um dispositivo de segurança para fábricas de algodão que é usado ainda hoje. Ao longo de seus 76 anos, Margaret registrou 87 patententes de suas invenções. 

7. O bote salva-vidas 

Incomodada com o número de mortes que ocorriam em grandes naufrágios marítimos, em 1880 Maria Beasely inventou o primeiro modelo de bote salva-vidas. Beasely também inventou uma máquina para fazer barris, o que a tornou uma pessoa rica e bem sucedida. 

8. Tecnologias de telecomunicações 

A física teórica Dra. Shirley Jackson foi a primeira mulher negra a receber um Ph.D. do MIT, em 1973. Enquanto trabalhava na Bell Laboratories, ela realizou uma pesquisa científica básica avanço que permitiu a outros para inventar o fax portátil, telefone de tons, as células solares, cabos de fibra óptica, e a tecnologia por trás identificador de chamadas e chamada em espera. 

9. Software de Computador 

Dra. Grace Murray Hopper, uma contra-almirante da Marinha dos EUA, também era um cientista da computação que inventou COBOL ", o primeiro programa de computador negócio user-friendly". Ela também foi a primeira pessoa a usar a expressão "bug" para descrever uma falha em um sistema de computador, depois de encontrar uma traça real causando problemas em seu computador. 

10. Para-brisas 

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O primeiro limpa pára-brisas foi inventado por Mary Anderson em 1903. O mecanismo era operado a partir de uma alavanca manual no interior do veículo. 

11. Aquecimento de carros 

O sistema de aquecimento nos automóveis foi inventado em Margaret Wilcox em 1893. O modelo da engenheira mecânica mandava o ar diretamente do motor para os pés do motorista, mas não permitia regular a intensidade. 

12. Máquina de lavar louças 

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A máquina de lavar louça mecânica foi inventada em 1886 por Josephine Cochrane. A sua máquina foi destacada na "Chicago World Fair" em 1893, e foi a base para os modelos que se seguiram. 

13. Cerveja 

Dessa você não sabia! A loira gelada que os homens tanto apreciam foi crida por mulheres. Segundo a pesquisa de Jane Peyton sobre as origens da cerveja, foram as mulheres que inventaram e aperfeiçoaram a bebida, já que eram as únicas a produzi-la há mais de 7000 anos na Mesopotâmia e na Suméria.

www.bonde.com.br
02
Fev17

8 INVENÇÕES DA 1ª GUERRA MUNDIAL

António Garrochinho

Com os cem anos de início da Primeira Guerra Mundial, estamos há alguns dias falando de, entre outros assuntos, certas inovações trazidas por ela. Afinal, para novos problemas, novas soluções, diz a premissa. Na lista abaixo, seguem mais algumas invenções surgidas nesse doloroso conflito; algumas que perduram até hoje (com devidas adaptações), e outras que já não são mais utilizadas:

Localizador acústico  
Grandes alto-falantes que amplificavam sons a quilômetros de distância. Monitorados por receptores, permitiam direcionar a plataforma para identificar aviões inimigos.


Gerador 
Um gerador de bicicleta para alimentar uma estação de rádio, produzindo energia para a comunicação por meio da antiga invenção da roda.


Veículo blindado 
A Cruz Vermelha fez uma incursão com um veículo experimental blindado. O experimento fracassou: as rodas estreitas e a carroceria muito baixa o fizeram atolar nos fronts enlameados.


Canhão 
Os engenheiros da guerra conseguiram elevar o poder das armas aumentando seu tamanho. Outro experimento falido: deste canhão da imagem, foram produzidas apenas 50 unidades, já que seu tamanho o tornava extremamente custoso e inoperante para a batalha.


Zeppelin 
Os alemães semearam o terror nos céus com seus enormes zeppelins, que tinham a vantagem de voar mais alto do que os aviões de defesa do território britânico e escapar das baterias antiaéreas.


Balões de observação 
Os balões de observação eram utilizados para vigiar as linhas de frente. Os observadores ficavam suspensos em uma pequena plataforma. Os balões eram feitos com tecido resistente e preenchidos com gás hidrogênio, o que os tornava inflamável e, portanto, vulnerável para a batalha.


Camuflagem I 
Na batalha corpo a corpo, qualquer coisa era feita para dissimular a presença e passar sem ser percebido diante do inimigo, como no caso da foto, uma árvore falsa.


Camuflagem II 
O barco britânico HMS Argus foi camuflado através de uma técnica de desenho cubista, a arte do momento, para “esconder” barcos em alto-mar.

seuhistory.com
02
Fev17

OS ÓCULOS

António Garrochinho

Óculos
A palavra óculos, surgiu do termo ocularium, da Antiguidade Clássica. Esse termo era utilizado para designar os orifícios feitos nas armaduras das cabeças dos soldados e que os permitia enxergar.

Liderados por Aristótelos, filósofos gregos, defendiam a idéia de que a percepção da imagem não tinha relação entre olho e cérebro. Acreditavam que a emoção residia no coração e, portanto, a visão tinha importância menor no aperfeiçoamento do ser humano. Os óculos hoje, são considerados acessórios de moda, mas, nem sempre foi assim, para chegar a este status atual, os óculos percorreram um longo caminho.

É possível encontrar algumas referência a existência dos óculos em algumas citações do filósofo chinês Confuncio, 500 anos AC. Este é o primeiro modelo de óculos de que se tem notícia.

Apesar de a peça ter sido fabricada no século XVIII, o modelo era usado na China desde 500 a.C.

Com lentes planas, serviam apenas como acessório e segmentador social: era usado pela elite ou como sinal de que a pessoa tinha algum tipo de problema mental.


Os primeiros óculos não tinham grau nas lentes, então eles eram usados como adorno, ou forma de discriminação social, principalmente no caso de doentes mentais.

A partir do século I d.C é que apareceram as primeiras lentes corretivas, feitas com pedras semi-preciosas como o cristal de rocha, que eram cortados em finas camadas que se transformavam em lentes de aumento para perto. Isto só foi possível graças ao matemático árabe Alhazen, que, perto do ano 1000 d.C., formulou uma teoria sobre a incidência da luz sobre espelhos esféricos e sua ação no olho humano. Os monges que trabalhavam nas grandes bibliotecas da Europa, foram grandes beneficiados com este novo artefato. Em 1270, na Alemanha, foi criado o primeiro par de lentes com aros de ferro, unidos por rebites. Era semelhante a um compasso, e não possuía hastes.

Neste mesmo século, em Florença, foi criado um outro modelo que fez grande sucesso, concedendo aos italianos a fama ligada aos óculos. Somente dois ou três séculos depois, após muitas pesquisas, foi possível o desenvolvimento de óculos mais seguros e confortáveis. Os modelos mais usados no século 15 eram o Pince-nez, que não tinha hastes e era ajustado apenas no nariz, e o Lornhons, que tinham haste lateral, mas não eram ainda apoiadas nas orelhas.

Somente no século 17 surgiram as hastes fixas para serem apoiadas nas orelhas.

O design dos óculos, foram ampliados com o uso do plástico e seus derivados, para a fabricação de armações, assim como o avanço da tecnologia na produção de lentes cada vez mais precisas, finas e leves.

No Brasil, os óculos surgiram na primeira metade do século XVI, com o processo de colonização portuguesa. Os religiosos, principalmente jesuítas, funcionários da Coroa portuguesa, colonos abastados e homens de letras”, conta Neto.

Podemos dizer, que os óculos são artefatos com grande valor para a qualidade de vida dos seres humanos. Possibilita o alcance da visão, o enxergar a vida. Imaginar a vida das pessoas sem a existência dos óculos é um exercício que pode nós mostrar o impacto que isto causaria na vida de tantos ao nosso redor.

Assim, os óculos já fazem parte da vida de milhões de pessoas em todo mundo já há muito tempo e provavelmente continuarão presentes, sendo os companheiros dos olhos, para que eles possam exercer com maior precisão a sua função de trazer formas, movimentos e cores à vida das pessoas. 


Fonte: centrodeolhoslondrina.com.br

02
Fev17

AS MELHORES FRASES DOS CLIENTES NO CENTRO DE ATENDIMENTO ZON TV CABO

António Garrochinho

- " A minha mulher não saiu de casa à espera que a viessem montar!"
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- "O senhor tem computador?"
- "Tenho sim... tá ao fundo da escada! É o da água ou o da luz?"
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"Boa tarde! Era para activar o meu desqualificador."
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"Bom dia! Eu quero ter o canal sexual em minha casa..."
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"Era para saber se já tinham motivado a minha tvbox!"
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Uma cliente: "Atão vieram cá montar a minha vizinha de cima e não me montaram a mim porquê?!"
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"Era só para dar o número do pib para descontar no banco."
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Uma cliente: "Era só para dizer que já me montaram... Aliás, acabaram mesmo agora de me montar, e por acaso fiquei muito satisfeita... fiquei mesmo, o que é foram-se logo embora sem me sintonizar os canais..."
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"Era só para activar a TVSporting..."
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Uma cliente: "Pois ... realmente montaram-me lá em cima e depois montaram-me em baixo e quanto a isso tudo bem. Só não gostei foi que me riscassem o chão todo!!!"
____________________
"Tenho a Superbox ligada"
_____________________
"Queria desistir da playbox"
_____________________
Despiste técnico:
Assistente: "Desligue e ligue a powerbox e já deve ficar a funcionar "
Cliente: "Já fiz e não dá nada !"
Assistente : "Depois de ligar a powerbox, que luzes é que tem acesas?"
Cliente: A da sala e a da cozinha, porquê, faz interferência?"
________________
Assistência Técnica rede móvel:
- O Sr. quer que eu tire o chispe?
____________________
Olhe, queria saber se já tenho o room service activado.
_____________________
Olhe, só liguei para dizer que se alguém me ligar pode deixar mensagem, porque agora vou desligar o telemóvel.
_____________________
Não tenho fax, eu quero é que me envie um fax por carta.
_____________________
Menina, queria que o meu número não aparecesse nos retrovisores dos outros telemóveis.
_____________________
Cliente: Olhe, queria alterar o meu tarifário para Hamburger Life.
_____________________
Cliente: Fiz uma chamada para outra pessoa e tiraram-me dinheiro do telemóvel. Mas então sou eu que pago?
_____________________
Assistente: A senhora deverá ligar o número do serviço para ouvir as suas mensagens .
Cliente: Ligo para esse número e peço para falar com quem?
_____________________
[dificuldade em captar rede]
Assistente: Experimente retirar a antena e voltar a colocá-la.
Cliente: Nem pensar! A antena vem agarrada e depois parto isto tudo... Dava cabo da minha vida.
_____________________
Cliente brasileira: Ponham um sambinha na música de espera! Estes fados são horriveis!
_____________________
Cliente: Queria saber se o meu número está conferencial ou não...
_____________________
[indicação de teclado bloqueado e de rede disponível]
Cliente: O meu telemóvel tem um garfo e uma colher no visor...
Assistente: Qual é a marca e o modelo do seu equipamento?
Cliente: É um Inox 510.
_____________________
Cliente: Que quer dizer isto... chamadas de emergência?
Assistente: Significa que o telemóvel da senhora não tem rede neste momento e só pode fazer chamadas de emergência.
Cliente: Ai, que alívio! Pensei que era para ligar para o Hospital. Estava aflita a pensar quem é que estaria nas emergências.
____________________
Cliente: Estou aqui com um problema no meu telemóvel...
Assistente: Qual é exactamente a situação?
Cliente: É que não me lembro do ping e o que é pior é que perdi o pum...
02
Fev17

VÍDEO - INTERVENÇÃO DE ANTÓNIO FILIPE NA ASSEMBLEIA DE REPÚBLICA Sobre a petição que solicita a despenalização da morte assistida

António Garrochinho





Senhor Presidente,
Senhores Deputados,
Em nome do Grupo Parlamentar do PCP cumprimento os subscritores desta petição.
É a primeira vez que o tema da eutanásia é objecto de debate nesta Assembleia. Certamente que não será a última. Iniciamos hoje um debate sobre um tema de grande importância e complexidade, debate que se pretende aprofundado e sério, sem preconceitos nem demagogia, e sobretudo realizado na base da tolerância para com as diferentes convicções que certamente se irão manifestar.
Não é neste debate de três minutos a cada grupo parlamentar que o tema da eutanásia terá o debate que se exige. É certo que a fase preparatória deste debate contou com a participação valiosa de diversas personalidades que nos ajudaram a reflectir sobre a matéria e que tornou muito evidente a sua complexidade e a diversidade de opiniões e de perspectivas que a rodeiam.
Para o PCP, o debate sobre a eutanásia não pode ser uma guerra de trincheiras entre os que querem ver a eutanásia reconhecida e regulada na lei custe o que custar e os que querem impedir esse reconhecimento e regulação a qualquer preço. Estamos a falar de algo de tão importante como a vida humana. O mais fundamental de todos os direitos fundamentais. O debate sobre a eutanásia não é um debate de religiosos contra ateus. Não é um debate de juristas contra médicos. Não é um debate em que alguma das posições tenha o monopólio da clarividência. Este debate deve decorrer no respeito pelas diferenças de opinião e o seu resultado futuro deverá ser um denominador comum que reúna um consenso razoável na sociedade portuguesa.
Porém, para que o debate de hoje tenha um sentido útil, há alguns aspectos que queremos deixar expressos desde já.
Partimos do pressuposto de que todos os intervenientes neste debate têm como objectivo primordial aliviar o sofrimento insuportável de seres humanos. É um objectivo generoso que todos certamente compartilhamos. Mas não encaramos a eutanásia como um sucedâneo dos cuidados paliativos. Independentemente de soluções legislativas que venham no futuro a ser adoptadas na sequência desta petição, nada pode substituir a necessidade de uma resposta eficaz – que ainda não existe – em matéria de cuidados paliativos.
Um segundo ponto que queremos deixar claro é que nunca aceitaremos soluções que possam conduzir a uma deriva economicista da eutanásia como forma de aliviar os encargos com a saúde ou a segurança social. Nenhum dos subscritores desta petição foi por esse caminho, mas não falta por este mundo quem o sugira ou mesmo quem o defenda.
Um terceiro ponto que importa sublinhar é que não tomamos as soluções legislativas adoptadas em outros países, de entre os poucos que até agora regularam a eutanásia, como modelos inquestionáveis. O balanço dessas experiências está por ainda por fazer, mas não negamos que as notícias que nos chegam designadamente da Holanda são um tanto perturbadoras quanto à possibilidade real de uma deriva conducente à banalização da eutanásia.
Temos pois de prosseguir a reflexão. Temos de falar uns com os outros e trocar experiências. A experiência e a opinião dos profissionais de saúde é decisiva, pois é sobre os seus ombros que recai uma responsabilidade inalienável nesta matéria.
A eutanásia tem um passado histórico que ninguém aqui pretende repetir, mas que não pode ser ignorado. A eutanásia foi usada como instrumento de eugenia e de supressão de pessoas a quem não se reconhecia dignidade para viver. Se aqui e agora o lembramos é para que fique muito claro que não é disso que estamos a falar, mas também para lembrar que se há condições indignas de vida, não há vidas indignas, porque todas as pessoas são iguais em dignidade e direitos.
Disse.

VÍDEO






www.pcp.pt
02
Fev17

ALGARVE - Concentração em S. Marcos da Serra pela paragem dos comboios

António Garrochinho


No dia 4 de fevereiro, pelas 11h, haverá uma Concentração em S. Marcos da Serra, na Estação da CP, para exigir a paragem do comboio nesta estação.
Este é mais um protesto da população de São Marcos da Serra que tem exigido que os comboios voltem a parar na estação da aldeia, pelo menos duas vezes por dia, em ambos os sentidos.
Ainda em setembro de 2016 foi enviado às entidades competentes, um abaixo-assinado, com centenas de assinaturas.
O problema arrasta-se desde 2011 quando os comboios deixaram de parar em S. Marcos da Serra, na sequência de alterações na oferta feita pela CP na Linha do Sul.
No entanto, dá-se “o caso singular”, como se dizia no referido abaixo-assinado, que os comboios continuam a parar na estação, para aguardar a passagem de composições em sentido oposto, embora não seja permitida a entrada ou saída de passageiros.
Atualmente, a freguesia dispõe apenas de dois autocarros por dia, que não circulam durante o fim de semana.

www.terraruiva.pt
02
Fev17

ROMÉNIA - O PORQUÊ DOS PROTESTOS ?

António Garrochinho


A Roménia vive uma nova crise política e assiste aos maiores protestos desde 1989, na sequência das reformas anti-corrupção aprovadas pelo governo de esquerda.
Vamos tentar perceber o que vai mudar e porque é que a nova lei está a provocar tantos protestos.

O que muda?

O governo social democrata anunciou uma nova lei que descriminaliza alguns atos de corrupção e particularmente os que têm impacto financeiro inferior a 45 mil euros.
Para além disso, foi também aprovado um projeto de lei que garante o perdão a cerca de 2500 condenados.

O que é que isto significa?

O Diretório Nacional Anti-Corrupção afirma que uma grande parte dos 2,151 casos que estão sob investigação serão arquivados, de acordo com a nova legislação.
A Roménia que é um dos países da União Europeia conhecidos pelo mais elevado índice de corrupção, tem vindo a ser elogiada nos últimos anos pelos esforços no combate a este fenómeno. Segundo o DNA, 1.250 pessoas foram enviadas perante a justiça só em 2015. Entre elas, há 16 deputados, 5 ministros, 5 senadores e 97 autarcas.

Porque muda a lei?

O governo argumenta que a mudança vai permitir reduzir a sobrelotação das prisões e adaptar o Código Penal às novas regras do Tribunal Constitucional, mas os críticos contestam.

O que argumentam os críticos?

Laura Stefan, uma especialista anti-corrupção do Expert Forum, disse à Euronews que as alterações à lei foram efetuadas com o objetivo de ajudar o presidente do partido Social-Democrata (PSD), Liviu Dragnea, que está sob acusação de abuso de poder e já foi condenado por fraude eleitoral.
“A pressa em aprovar o texto durante a noite foi exclusivamente para o favorecer a ele”, afirma Stefan, acrescentando: “Pensávamos que este tipo de coisas já não podia acontecer na Roménia, que as coisas tinham mudado”.

Porque é que as pessoas estão tão descontentes?

Os analistas consideram que os romenos estão revoltados porque estas mudanças significam um passo atrás nas reformas anti-corrupção. Mas também estão preocupados pela forma como o processo foi conduzido, com a aprovação de um decreto durante a noite e sem debate no parlamento.
“Aquilo que mais nos preocupa é a forma que o governo escolheu para fazer passar a lei”, diz Stefan. “Isto faz-nos voltar ao período anterior a 1990 quando as leis eram adotadas durante a noite e publicadas na gazeta oficial do regime. Deitamo-nos com uma lei e levantamo-nos com outra”, conclui.
O analista político, Radu Magdin afirma: É difícil defender o diploma, mas penso que as pessoas não estariam tão revoltadas se tivesse havido um verdadeiro debate”.

Como é que se chegou a esta situação?

Os protestos tiveram início na terça-feira à noite, pouco tempo depois de anunciada a aprovação de decreto lei de emergência que altera a legislação de luta contra a corrupção no país e leva à despenalização de crimes financeiros que causem danos abaixo dos 45 mil euros.
Milhares de romenos começaram, pouco a pouco, a sair às ruas de diversas cidades do país, para protestarem contra aquilo que consideram uma lei criada à medida para proteger o primeiro-ministro.

O que vai acontecer a seguir?

Radu Magdin explica: “Não creio que o PSD vá vacilar, e também não creio que os manifestantes se acalmem, mas também não penso que vamos assistir a coisas como a ocupação do parlamento ou algo semelhante, porque o governo podia usar isso a seu favor”. Acho que vai durar ainda alguns dias ou semanas e veremos quem se cansa primeiro. A situação é favorável ao PSD porque entretanto eles estão a aprovar o orçamento com medidas benéficas para a população. É um orçamento generoso economicamente. Vamos ver chover dinheiro. Eles estão a tentar compensar o descontentamento melhorando a imagem do governo, dizendo, vamos falar de economia e de coisas sérias para o país e paremos de falar de algo que já é um dado adquirido. O problema é que as pessoas que sairam à rua e o presidente não se conformam e provavelmente vão protestar até que o governo ceda”.

A posição do presidente

O presidente, Klaus Iohannis enviou na quarta-feira uma carta ao primeiro-ministro, Sorin Grindeanu, onde expõe o seu ponto de vista e argumenta contra a aprovação da lei. No documento pode ler-se:
“Tendo em conta o disposto no n.º 4 do artigo 4.º da Constituição da Roménia, nos termos do qual o Governo só pode adoptar decretos de emergência em situações extraordinárias que exijam uma pronta regulamentação, tendo em conta que o Governo adoptou esta Regulação na véspera do início da sessão ordinária do Parlamento, o que põe em causa a verdadeira necessidade desta ação, tendo em conta a incidência das disposições da Lei n.º 317/2004 sobre o Conselho Superior de Magistrados que confere a esta autoridade a competência para aprovar um projecto de regulamento sobre a actividade da autoridade judiciária, salientando que o Conselho Superior de Magistrados foi retirado do processo de tomada de decisão relacionado com a respectiva Portaria de Emergência, considerando que esta legislação foi também adoptada ignorando as opiniões profissionais anteriormente expressas no quadro jurídico, tendo em conta os efeitos profundamente negativos que esta Portaria de Emergência produz no funcionamento do Estado de Direito e implicitamente nos esforços da Roménia para combater o fenómeno da corrupção e garantir a integridade do público, solicito a revogação da Portaria de Emergência nº 13/2017 que altera e complementa a Lei nº 286/2009 sobre o Código Penal e a Lei nº 135/2010 sobre o Código de Processo Penal “.

A reação da União Europeia

Também a União Europeia já fez saber a Bucareste que a medida não é vista com bons olhos por Bruxelas. Em comunicado, os líderes da Comissão Europeia advertem o governo romeno nestes termos:
“O combate contra a corrupção precisa de avançar, não de parar. Estamos a acompanhar os últimos desenvolvimentos na Roménia com grande preocupação.
A irreversibilidade do progresso alcançado na luta contra a corrupção é essencial para a Comissão avaliar se em algum momento a monitorização pelo Mecanismo de Cooperação e Verificação (MCV) pode ser retirada.
O nosso relatório da MVC, publicado na semana passada, reconhece o resultado histórico alcançado até agora pelos procuradores e juízes na Roméncia no combate à corrupção. Ao mesmo tempo, torna claro que quaisquer medidas que possam prejudicar este progresso, ter um efeito de o enfraquecer ou de reduzir a gravidade da corrupção enquanto crime poderia ter um impacto em quaisquer avaliações futuras.
A Comissão adverte contra o retrocesso e irá analisar a fundo o decreto de emergência sobre o Código Criminal e a Lei de Perdões neste âmbito.”

VÍDEO


pt.euronews.com
02
Fev17

vídeo - 10 lugares incríveis que desaparecem quando a maré sobe

António Garrochinho


O mundo é um lugar fascinante e possui maravilhas feitas, tanto pelas mãos do homem quanto pela própria natureza, e alguns desses lugares se tornam ainda mais especiais porque podem ser vistos apenas em determinados momentos do dia ou mesmo do ano.


Conheça então os 10 lugares mais incríveis que desaparecem quando a maré começa a subir.

Para isto, assista ao vídeo abaixo, do canal Fatos Insanos:

tudorocha.blogspot.pt

02
Fev17

21 fotos impactantes feitas pelo fotógrafo de Hitler

António Garrochinho

21 fotografias coloridas impactantes tiradas pelo fotógrafo pessoal de Hitler nos guetos na Polónia ocupada pelos alemães em 1939 e 1940.

No final dos anos 1930 e início dos anos 1940, o fotógrafo alemão Hugo Jaeger desfrutou de um acesso sem precedentes ao mais alto escalão do Terceiro Reich, viajando com Adolf Hitler para manifestações de massa e o fotografando em lugares mais íntimos. As fotos que ele fez causaram tanta impressão que Hitler proferiu a famosa declaração, no primeiro trabalho de Jaeger: “O futuro pertence à fotografia em cores”.
Mas além da simples crónica das incessantes viagens de Hitler, Jaeger também documentou a maquinaria brutal do Reich, incluindo a invasão nazista da Polónia em 1939. Aqui está uma série de fotos de Varsóvia e da cidade de Kutno, a 75 milhas a oeste da capital polaca, tomada por Hugo Jaeger em 1939 e 1940.
Fotos feitas pelo fotografo de Hitler em cores
Uma mulher não identificada em Kutno, na Polónia ocupada pelos nazistas em 1939.
hitler
Varsóvia, na Polónia ocupada pelos nazistas em 1940. As placas diziam: “Zona de Tifo. Passagem permitida unicamente durante a viagem”.
nazis
Varsóvia, na Polónia ocupada pelos nazistas em 1940. O sinal adverte: “Zona de perigo, não proceda”.

holocaustopoloniaFotos feitas pelo fotografo de Hitler em coreshitlernazisholocaustopoloniaFotos feitas pelo fotografo de Hitler em coreshitlernazisholocaustopoloniaFotos feitas pelo fotografo de Hitler em coreshitlernazisholocaustopoloniaFotos feitas pelo fotografo de Hitler em cores
Sapienspopsapiens.net
02
Fev17

OLHÓ AVANTE ! - Opinião: amigos da onça

António Garrochinho




A realidade tem muita força. Sobretudo esse arreliador e desagradável poder de dinamitar as encenações que por aí vagueiam, fora e dentro de portas, sobre a União Europeia. Horas infindáveis de discursos, promessas e profissões de fé sobre uma «Europa» de coesão ou um euro amigo da economia fenecem perante a agenda que determina os objectivos que justificaram a criação da UE e determinam a sua existência. É possível que se continue a ouvir repetidas, por convicção ou posicionamento táctico, essa ambicionada ilusão de ver compatibilizada uma estratégia de desenvolvimento soberano com o diligente cumprimento de regras orçamentais impostas pela Comissão Europeia. Até é possível, como se tem comprovado, que haja quem alimente essa miragem de tomar como expectável que o cumprimento mais ou menos próximo das imposições dos centros que comandam o processo de integração europeia fosse reconhecido e traduzido em ganhos de soberania. Tudo em vão.
Pouco mais de uma semana passada sobre uma emissão de dívida pelo País a taxas de juro usurárias, eis de novo a voz dos instrumentos de dominação do costume a recolocar no sítio a ordem natural da coisa e a prevenir contra veleidades. De um lado, o Eurogrupo alertando para as provas julgadas insuficientes por essa instituição omnipresente que dá pelo nome de «mercados» que justificariam a sua desconfiança. Do outro, a inefável chanceler Merkel vociferando por mais exigências de «consolidação», ou seja pela receita que PSD e CDS na sequência dos PEC e pacto de agressão impuseram num passado recente. Ao que se soma, sob o seu comando e para o seu uso, as agências de rating programando os momentos e níveis de especulação mais adequados à insaciável estratégia de exploração, empobrecimento e dominação. Num país atrelado a metas e a uma trajectória de redução suicidária do défice que amputa o crescimento e o investimento e amarrado a uma dívida que consome os recursos nacionais, qualquer observação com a mínima de lucidez obriga a concluir que não há «saídas limpas» sem romper com constrangimentos e imposições externas, que da dívida ao euro submetem Portugal e comprometem a sua soberania.


Jorge Cordeiro 

www.avante.pt

02
Fev17

Finanças alertam para falsos emails enviados em nome do fisco

António Garrochinho



A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) lançou um alerta público a dar conta de que alguns contribuintes estão a receber falsos emails enviados em nome do fisco, solicitando que regularizem supostas dívidas fiscais.
Numa nota publicada no Portal das Finanças, a AT explica que a mensagem fraudulenta tem como objectivo “convencer o destinatário a descarregar um ficheiro com conteúdo malicioso”, procurando convencê-lo de que fazendo o download desse ficheiro poderia avançar com o processo de regularização tributária.
Para se visualizar o tipo de mensagem com que os atacantes tentam convencer os destinatários a dar esse passo, a AT divulgou uma imagem com a reprodução de um desses emails.
PÚBLICO -
Foto
Exemplo de uma mensagem fraudulenta (imagem divulgada pela AT) DR
A falsa mensagem é enviada como um “Aviso Importante”, assumindo o logótipo e a combinação de cores, azul escuro e branco, da autoridade tributária. No corpo de texto, o destinatário é informado de que existiriam processos de execução fiscal em seu nome, e que, não os regularizando, seria incluído na lista de devedores à AT, que estaria a ser actualizada pelos serviços da administração tributária.
Uma nuance: essa lista é pública quando um contribuinte singular tem dívidas acima de 7500 euros (ou dez mil euros, no caso das empresas), só que, nessa mensagem forjada, as alegadas dívidas que dariam lugar à entrada na lista negra não chegam a 2500 euros.

Assumindo falar em nome da AT, os atacantes vêm “recomendar” que o montante seja regularizado para o contribuinte evitar aparecer na lista que vai sendo actualizada no Portal das Finanças e apresentam o “total de débitos” numa determinada data. De seguida, sob a indicação “Download”, acompanhada do símbolo do E-Factura, o sistema da AT que nada tem a ver com a regularização de dívidas, aparece o link onde não se deve carregar. “Em caso algum deverá efectuar essa operação”, frisa o fisco.
Outro pormenor importante a ter em conta: neste falso email, o destinatário é tratado apenas por “Exm(a) Senhor(a)”, e não pelo nome completo e pelo respectivo número de contribuinte, como é prática nos emails autenticados da AT.
Acompanhando este alerta, a AT disponibiliza um folheto sobre a segurança informática, com recomendações e pormenores aos quais os contribuintes devem estar atentos para identificar emails fraudulentos ou janelas de autenticação falsas reproduzindo o Portal das Finanças.


www.publico.pt
02
Fev17

OPINIÃO: VERGONHA

António Garrochinho
Rui Sá *

Não era preciso saber ler os astros para prever o que, mais cedo ou mais tarde, iria acontecer na Escola Secundária Alexandre Herculano: o seu encerramento por força das degradantes condições em que estava a funcionar.
É evidente que o que mais custa é ver como uma escola com o prestígio e a história do "Alexandre" chegou a este ponto, com centenas de alunos, professores e funcionários obrigados a estudarem e trabalharem em condições vergonhosas. Situação que ocorre num quadro de diminuição do número de alunos, incentivada, aliás, pelas suas péssimas condições de funcionamento. O facto de o Governo PSD/CDS ter cancelado, em 2011, as obras previstas desde 2009 mais não significava do que a intenção, dissimulada, de fechar mais uma escola pública, tal como fez em todo o país e que, no Porto, tem outro expoente: a condenação à morte lenta do "meu" Infante.
Mas, desculpem-me os alunos, os pais, os professores e os funcionários do "Alexandre", maior vergonha do que o encerramento da escola é a hipocrisia com que o assunto tem sido tratado por diversos agentes políticos, pelo Governo e pela Câmara do Porto.
Rui Moreira, naturalmente incomodado porque, afinal e apesar da propaganda, no Porto, e em plena zona oriental (aquela que diz ser a sua prioridade...) há uma escola a funcionar nestas condições, procura sacudir a água do capote: "a culpa é do Governo"!
O Governo vem ao Porto dizer que, afinal, a Câmara é que tem a faca e o queijo na mão, dado que tem verbas inscritas nos fundos comunitários para recuperar a escola!
Os dirigentes do PSD e do CDS, principais responsáveis pelo cancelamento das obras, vociferam, agora, contra o estado a que a escola chegou, dizendo que a culpa é do Governo (até porque o CDS está na Câmara e parte do PSD também)!...
E o PS vê a careca a descoberto porque, afinal, e apesar das promessas e declaração de intenções, nada fez para além do show off. E a dureza desta crítica justifica-se porque o PS, em maio de 2016, levou ao "Alexandre" os seus deputados e vereadores da Câmara do Porto, lançou a petição pública "Não deixamos cair o Alexandre" e o líder da sua Concelhia e deputado afirmou que é tempo "para o Porto e para os responsáveis políticos se unirem em torno desta causa" apresentando garantias de que iria agendar uma reunião formal com o Ministério da Educação, "na qualidade de deputado do PS Porto e forçar a um compromisso do Governo". Pelos vistos, 8 meses passados e nada resultou, apesar do PS estar no Governo e ter imensas responsabilidades na Câmara do Porto...
Parece-me evidente que a resolução do problema passa pelo Governo, que tem a seu cargo a responsabilidade pela manutenção das escolas secundárias. Se a Câmara pode apresentar uma candidatura aos fundos comunitários, que o faça, mas naturalmente que a diferença entre o financiamento e o custo da obra tem de ser coberta pelo Orçamento do Estado. Atuem! E, por favor, poupem-nos a este indecoroso espetáculo!

*ENGENHEIRO

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02
Fev17

Hoje na História: 1979 - Aiatolá Khomeini volta ao Irão para liderar Revolução Islâmica

António Garrochinho


Sublevação iraniana levou grupo de religiosos fundamentalistas ao poder com discurso anti-ocidental que influenciou toda a região até os dias atuais
Em 1º de fevereiro de 1979, depois de 15 anos de exílio, o aiatolá Ruhollah Khomeini, líder espiritual da comunidade xiita iraniana, retorna a Teerão, onde é recebido como herói nacional.

Perguntado, ainda no avião, sobre a sensação ao retornar do exílio, respondeu tranquilamente que não tinha nenhuma. Apenas dois meses depois, instauraria uma república islâmica no Irão e liquidaria todos os principais atores do regime do xá Reza Pahlevi.
Wikicommons
Khomeini morreu dez anos após liderar insurreição no Irã
Khomeini morreu dez anos após liderar insurreição no Irão

Khomeini, que recebera o título de aiatolá (perito em religião e direito) em 1950, tivera de abandonar o país em 1964, quando a monarquia de Reza Pahlevi endureceu e a repressão pela polícia política Savak era feroz.
Filho de um antigo preso político do tempo do xá Reza Khan, que também acabou expulso, ele era um dos principais críticos do regime. Primeiro, fugiu para o Iraque, de onde foi obrigado a sair a pedido do xá, passando a viver na França.
Nessa altura, o governo francês propôs ao xá forjar um “acidente fatal que acabaria com Khomeini.” O xá rejeitou o plano, alegando que isto faria dele um mártir.
O estopim da revolução foi uma manifestação pró-Khomeini realizada em janeiro de 1978 na cidade de Qom, popular centro religioso. Tropas do xá reprimiram o protesto, matando 70 pessoas. Do exílio, Khomeini ordenou que, após 40 dias, fossem realizadas cerimônias em memória dos mortos, como é tradição no país.
Esses eventos, que se repetiam a cada 40 dias, se transformaram em protestos contra o governo e as potências ocidentais. O governo impôs a lei marcial. Seguiu-se uma greve geral que paralisou a economia do Irã.


 
Wikicommons

Khomeini voltou ao Irã em 1º de fevereiro de 1979, recebido como herói nacional
Em 16 de janeiro de 1979, o xá e a imperatriz Farah Diba deixaram o país e foram para o Egito, onde foram recebidos pelo presidente Anwar El Sadat. Embora oficialmente estivessem apenas em viagem de férias, na realidade a partida foi definitiva. A revolução popular, liderada simultaneamente pelos liberais, pela esquerda, pelo Exército e pelos mulás que agitaram o país, havia expulsado o soberano.
A Revolução Islâmica no Irão levou ao poder um grupo de religiosos fundamentalistas com discurso anti-ocidental que influenciou toda a região, acirrou disputas com vizinhos - a mais grave delas, a guerra contra o Iraque (1980-1988). Saddam Hussein recebeu apoio em armas e dinheiro dos EUA, enviados pelo presidente Ronald Reagan, disposto a derrubar o regime do aiatolá a todo custo. Não conseguiu, e Khomeini morreu no poder em 1989.


operamundi.uol.com.br
02
Fev17

Israel remove assentamento de Amona e autoriza mais 3 mil casas no território palestino ocupado da Cisjordânia

António Garrochinho


Remoção acontece em meio a protestos de colonos israelenses estabelecidos em terras privadas palestinas; ministro da Educação de Israel defende anexação total da Cisjordânia

Forças de segurança israelenses iniciaram nesta quarta-feira (01/02) a remoção dos colonos do assentamento judaico de Amona, construído em território palestino ocupado na Cisjordânia. A operação acontece em meio a protestos dos moradores do local e confrontos entre manifestantes e polícia.


Embora todos os assentamentos israelenses em território palestino sejam considerados ilegais perante a legislação internacional, a colônia de Amona foi declarada ilegal pela Justiça israelense por estar localizada em terrenos de propriedade privada palestina.
A ordem de remoção foi sentenciada pela Alta Corte de Justiça de Israel em 2014. Desde então, o governo israelense conseguiu vários adiamentos, até que na terça-feira (31/01) a corte ordenou que sua sentença fosse cumprida em 48 horas.
O Exército israelense ordenou que os moradores desocupassem o local, mas até o momento somente nove das 42 famílias que vivem no assentamento saíram pacificamente.


Assentamento de Amona, na Cisjordânia, está sendo removido pela polícia israelense
Dezenas de jovens que foram ao local nos últimos dois dias para mostrar seu apoio e resistir à expulsão entraram em confronto com a polícia, atearam fogo em pneus e acenderam fogueiras.

"A polícia continua negociando com os líderes da comunidade para convencê-los a sair", afirmou o porta-voz policial, Micky Rosenfeld. "Não está sendo uma evacuação pacífica. Atiram pedras, líquido ácido e há oficiais feridos", acrescentou.

Segundo o plano estipulado, a polícia removerá hoje todas as famílias e fechará as casas, que devem ser demolidas amanhã. O governo israelense apresentou uma proposta de realocação em terras próximas, também em território palestino ocupado.
 


Assentamento de Amona, na Cisjordânia, está sendo removido pela polícia israelense

O ministro de Educação israelense, Naftali Bennett, disse que os israelenses em Amona são “heróis” e defendeu a anexação total da Cisjordânia por Israel.
Após o início da “dolorosa” ação policial, Bennett afirmou que “das ruínas de Amona será construído um novo assentamento”. “Da derrota legal, vamos estabelecer um novo regime legal que irá regular todos os assentamentos, e desta perda vamos começar a aplicar a soberania do Estado de Israel em toda a Judeia e Samaria [denominação de Israel para a Cisjordânia]”.
Parlamento debate projeto de lei para legalizar 4 mil casas israelenses em território palestino
O parlamento israelense começou a debater nesta terça-feira (31/01) um projeto de lei para legalizar retroativamente cerca de 4 mil casas em construídas em território palestino e criticado pela ONU em dezembro de 2016. “Se promulgado, [o projeto de lei] teria consequências de longo alcance e prejudicaria gravemente a reputação de Israel”, disse o alto-comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein.
Zeid ainda afirmou que todos os assentamentos, independentemente se foram construídos com a aprovação ou não das autoridades israelenses, são “claramente e inequivocamente ilegais de acordo com a legislação internacional e constituem um dos principais obstáculos para a paz.


 
Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, disse sobre o avanço dos assentamentos israelenses que as Nações Unidas estão “prontas para apoiar o processo” de negociação da solução de dois Estados para a questão palestina.
“Mais uma vez, advertimos contra qualquer ação unilateral que pode ser um obstáculo à negociação de uma solução de dois Estados e apelamos às duas partes que voltem às negociações com base em resoluções do Conselho de Segurança e de acordo com a legislação internacional”, declarou em um comunicado.
Israel autoriza mais de 3 mil casas na Cisjordânia
O governo palestino e a ONU condenaram nesta quarta-feira (01/02) a aprovação por Israel de mais de 3 mil casas na Cisjordânia, anunciado na terça-feira pelo ministro de Defesa israelense, Avigdor Lieberman.
O porta-voz de Mahmoud Abbas, presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), afirmou que a medida desafia as resoluções da ONU e a legislação internacional. “Apelamos ao governo dos EUA a conter a esta política do governo israelense, que destruirá o processo de paz", disse em um comunicado Nabil Abu Rudeineh, porta-voz de Abbas.


Casas em construção no assentamento israelense de Ma'ale Adumim, no território palestino ocupado da Cisjordânia
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou na semana passada, quando o governo israelense aprovou a construção de outras 2.500 casas, que a presidência de Trump é uma "oportunidade formidável" depois das "enormes pressões" impostas pelo governo Obama. "Construímos e continuaremos construindo", declarou.
Saeb Erekat, secretário-geral do comitê executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), acionou o TPI (Tribunal Penal Internacional) para abrir uma investigação imediata sobre a política de assentamentos de Israel.
“Israel continua a sistematicamente violar os direitos do povo palestino e a dar luz verde e apoio aos colonos para que tomem mais terras palestinas e para aterrorizar a população palestina. Esta situação imoral não deve continuar a ser tolerada pela comunidade internacional. Isto tem que terminar”, disse Erekat em um comunicado.
Entre as 3 mil casas autorizadas nesta terça-feira, mais de 2 mil já estão prontas e o restante está em construção, segundo a agência de notícias Wafa. Os imóveis serão construídos em Alfei Menashe (700), Oranit (200), Nofim (50), Beit Arye (650), Efrat (30), Nokdim (150), Givat Ze'ev (150), Shavei Shomron (70), Karnei Shomron (100), Shilo (100), Metzudot Yehuda (100), Kfar Eldad (80) e Beitar Illit (650).

*Com Agência Efe

operamundi.uol.com.br
02
Fev17

os pseudo

António Garrochinho
E HÁ AQUELE REFINADO SECTÁRIO QUE ESTUDOU E METEU NOS "CORNOS" QUE ERA INTELIGENTE MAIS QUE NINGUÉM !

COMEÇA A MOSTRAR AS SUAS "MARAVILHAS" E CHEGA À CONCLUSÃO QUE NINGUÉM O ENTENDE MAS NÃO CONSEGUE DISCERNIR QUE AQUILO QUE ELE TEM COMO OURO NÃO PASSA DE MERDA VULGAR.

VÍCIOS, MANIAS, QUE ACUMULOU E FERMENTARAM DENTRO DELE NUMA AMÁLGAMA PSEUDO INTELECTUAL QUE NÃO SERVE A NINGUÉM MAS QUE ELE MANTÉM COMO SE FOSSEM JÓIAS RARAS A QUE POUCOS TÊM ALCANCE.

FALA, BARAFUSTA, TENTA IMPOR-SE COM O SEU VAZIO DA REALIDADE DA VIDA E COMO NINGUÉM LHE LIGA ISOLA-SE DENTRO DO SEU CASULO ELITISTA COM A MANIA QUE É DUMA CASTA INTELIGENTE QUE TUDO SABE.

ODEIA QUEM LUTA, QUEM PROCURA SOLUÇÕES, QUEM SE INDIGNA CONTRA OS "DOUTORES" DO GOVERNO E OUTRAS GENTES QUE ELE TEM COMO OS "ARIANOS DA SABEDORIA"

NUNCA SE RECONHECE NO POVO SIMPLES QUE PARA ELE NÃO PASSAM DE ANALFABETOS, GENTE SEM O MÁGICO CANUDO DO DOUTORAMENTO E DA SUPERIORIDADE INTELECTUAL.

SOFRE POR NÃO DOMINAR, POR NÃO O OUVIREM, E NINGUÉM SEGUIR OS SEUS DELÍRIOS PEQUENO BURGUESES.
É CACA !
António Garrochinho
02
Fev17

O Mundo com Trump no ano de 2017 - Wim Dierckxsens e Walter Formento

António Garrochinho



Um importante estudo que leva a sério as intenções de Trump na área económica, e procura estabelecer os cenários das repercussões que terão, seja nos EUA, seja no plano global. As perspectivas são sombrias. Mas não decorrem de eleição de Trump. Decorrem do quadro geral de um capitalismo em profunda crise.



O presidente recém-eleito afirmou que implementará políticas de investimento em infra-estrutura e aplicará cortes tributários. Se prosseguir nesse plano, levará a maiores défices fiscais e taxas de juro em alta nos Estados Unidos da América. Muitos norte americanos esperam o milagre económico de Trump, mas a verdade é que a Reserva Federal não estará sob o seu controlo até à segunda metade do ano de 2018. São os globalistas pró-Clinton que continuarão com o controlo e um grande poder, na Fed, de mudar as taxas de juro.

Este capital financeiro global também não ficará nos Estados Unidos porque a Reserva Federal (FED) já subiu as taxas de juro alguns dias depois do triunfo de Trump. A Fed considera que agora é o momento de aumentar as taxas de juro, anunciando três aumentos para 2017 e projectando mais três para 2018.
Claro que conforme a FED aumentar a taxa de lucro subirá a quantidade de dólares destinados ao serviço da dívida norte americana de 14 mil milhões de dólares. É obvio que os globalistas já têm um plano para enfraquecer Donald Trump e para destruir a economia norte americana.
A pergunta é se os globalistas conseguem construir a imputação da responsabilidade de Trump e suas políticas, ou se pelo contrário o grande público poderá ver claramente que é a elite financeira globalista que controla a mão que embala o berço da crise. Nesse caso o panorama abrir-se-ia para uma alternativa sistémica.


O Mundo com Trump
Introdução

O triunfo inesperado de Trump produziu também algumas reacções diversas no mercado. 1) em parte, os investidores assumem maiores riscos nas suas compras de activos (acções) em vez de títulos e compram dólares vendendo outras moedas e mesmo ouro. Existe este comportamento porque o presidente recém-eleito afirmou que implementará políticas de investimento em infra-estrutura e aplicará cortes tributários. Se prosseguir este plano, levará a maiores défices fiscais, e taxas de lucro em alta nos Estados Unidos.
O aspecto global da recalibração dos mercados centra-se nas tendências de investir em dólares à custa do euro e do yen, já que os dois estão em destaque em tipos de juros mais baixos e até negativos. 
Os fluxos de capital, obviamente, favorecem o dólar que reponta no mercado à custa do euro e do yen. O que poderia significar uma nova grande crise bancária na União Europeia e a sua entrada num eventual processo de desintegração, facto que não deixaria de ter um sabor a triunfo para o capital financeiro globalista, recentemente derrotado nas eleições dos Estados Unidos (já que a sua candidata era Clinton), e quem puder impor-se na crise da UE. Claro que o globalismo financeiro ficou ainda mais enfraquecido nos Estados Unidos ao perder agora o poder executivo, já tinha perdido o poder legislativo e o poder judicial, e nunca foi dominante no mercado interno nem no Pentágono. Embora continue a sê-lo no mercado mundial.

Este capital financeiro global também não estará tranquilo nos Estados Unidos porque a Reserva Federal (FED) já subiu as taxas de juro desde o triunfo de Trump. A FED considera que agora é o momento de aumentar as taxas de juro, anunciando três aumentos para 2017 e projectando mais três para 2018 e 2019. Muitos americanos aguardam o milagre económico de Trump, mas a verdade é que a Reserva Federal não está sob o seu controle até à segunda metade do ano de 2018, são os globalistas pró-Clinton que continuarão a ter o controlo e um forte poder na FED (2), de conseguir mudar as taxas de juro. Não seria estranho que o novo presidente em breve faça o esforço político de pôr fora de jogo a Reserva Federal, deixando nas mãos do Departamento do Tesouro (3) as suas funções essenciais. Senão terá de esperar até à segunda metade de 2018 o que poderá já ser demasiado tarde (4).

A Junta dos governadores da Reserva Federal tem sete lugares. Dois estão vazios desde 2014. Obama nomeou dois novos governadores mas foram recusados pelo Senado. Os cinco governadores em exercício são todos banqueiros, economistas e advogados de formação. O período da presidente, Janet Yellen, termina a 3 de Fevereiro de 2018 e o vice-presidente Stanley Fisher poderá ficar até 2020. O habitual é que ambos se retirem em 2018 e que Trump tenha possibilidade de nomear nesse caso pessoas que expressem os interesses dos sectores empresarial industrial, comercial e agrícola. O anterior implica que a partir de agora até princípios de 2018, a luta entre o neoliberalismo financeiro globalizado e o financeiro neoconservador e o nacionalismo industrialista será intensa; e se os globalistas querem causar um colapso financeiro para debilitar Donald Trump, terão de faze-lo o mais depressa possível, durante o ano de 2017 ou princípios de 2018 (5).

Claro que conforme a FED aumentar a taxa de juro aumentará a quantidade de dólares destinados ao serviço da dívida norte americana de 14 mil milhões de dólares. Os juros serão a parte do orçamento do Governo Federal que crescerá mais depressa. É óbvio que os globalistas já têm um plano para debilitar Donald Trump e para derrubar a economia americana, e vêm a executá-lo desde que Trump ganhou as eleições de 8 de Novembro de 2018 a partir de: anúncios de que a FED aumentaria a taxa de juro; das movimentações para que não atinja os 270 eleitores nos vinte colégios eleitorais a 19 de Dezembro de 2016; as mediáticas mobilizações de jovens nos grandes centros urbanos, a partir da denúncia da intromissão de hackers russos, etc.

No plano da economia, com o anúncio de um plano de fortes incrementos nas taxas de juro, tendem a provocar um colapso e farão o impossível através das principais corporações mediáticas sob o seu domínio para responsabilizar Trump e seus apoiantes económicos e políticos, pois o colapso é um processo e não um sucesso. O colapso/crack bancário implicaria sem dúvida processos de «bail-in», reduzindo ou praticamente eliminando o dinheiro-moeda para assim poder ter controlo sobre toda a população através das suas contas bancárias, facto que afectaria de modo directo todas as pessoas com contas próprias.
O plano dos globalistas quer acabar com o dólar como moeda internacional de referência e este colapso (crise) limitaria fortemente o peso do dólar no mercado internacional. Deste modo o valor do novo dólar já não seria controlado pela Reserva Federal, esta provavelmente teria que ceder esse papel ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e o dólar perderia muito do seu actual poder aquisitivo, mediante processos de desvalorização e inflação.
A pergunta é se os globalistas conseguirão construir a imputação da responsabilidade a Trump e suas políticas, ou se pelo contrário o grande público poderá ver claramente que é a elite financeira globalista quem controla a mão que embala o berço da crise. Nesse caso o panorama abrir-se-ia para uma alternativa sistémica (6).


Que irá passar-se no primeiro ano do governo de Donald Trump?

Para isso temos de analisar a próxima fase do ciclo de crédito e as implicações para as taxas de juro e de inflação. Um corte fiscal para estimular a produção nos Estados Unidos significará uma subida nas taxas de juro e com isso sobre os preços que vão subir. Nesse sentido poderíamos encontrar-nos com uma política «muito prudente» de Trump de não dar início à sua política fiscal ou de o fazer de um modo muito gradual. A subida de preços das matérias-primas dar-se-á de qualquer modo devido ao armazenamento contínuo de matérias-primas realizado pela China, cuja procura destas «commodities» entra em competição com a procura esperada que geram as quotas de infra-estrutura e re-industrialização anunciadas por Donald Trump.

Até Trump assumir, os bancos estão na fase inicial que marcará perdas em títulos, já que se verão obrigados a vender as suas carteiras de títulos para criar espaço para financiar os megaprojectos de infra-estrutura. A venda maciça de títulos que se aguarda vai implicar uma baixa de preço dos mesmos com as perdas bancárias correspondentes.

Os mecanismos por detrás dos fluxos de crédito bancário do sector financeiro ao produtivo são hoje diferentes das situações em tempos anteriores. A partir de 2008 o ciclo do crédito financeiro prolongou-se e foi distorcido artificialmente (7) devido a que à maioria dos maus investimentos acumulados (1999-2006), normalmente eliminados na fase de desaceleração do ciclo de crédito (2009-2014), lhes foi permitido persistir juntando-se-lhe toda uma emissão sem cobertura. Isto graças à supressão agressiva dos tipos de juro pela Reserva Federal que criou uma bolha de emissão de dinheiro não sustentada a taxas de juro zero e até negativas. Construiu-se assim uma bolha financeira várias vezes maior do que a que rebentou em 2008 nos Estados Unidos, com a queda do banco de investimentos Lehman Brothers, mas agora global.

Consequentemente, o crédito bancário acumulado dessa altura nunca se reorientou do uso improdutivo ao produtivo, mas ampliou-se sem parar em nome da engenharia financeira (bolha). Mas agora em 2017 os bancos têm de vender os seus títulos comprados a preços altos quando as taxas de juro estavam excepcionalmente baixas. Assim irão vende-los a fim de conseguir o espaço suficiente na sua carteira para poder oferecer empréstimos destinados à expansão da infra-estrutura e para financiar um défice fiscal em alta. A Sputniknews espera em 2017 uma venda maciça e consequentemente uma verdadeira queda no preço dos títulos do Tesouro. Tudo isso acontecerá em 2017, na hipótese de Donald Trump prosseguir os seus planos económicos.
Entretanto, os actores que apostam na actividade industrial, comercial e agrícola já anteciparam a baixa dos preços dos títulos em poder dos bancos. Anteciparam grandes perdas para os grandes bancos que receberam títulos emitidos à taxa de 0% e sem cobertura e que agora têm necessariamente que os vender. Pois o preço do título é o inverso da sua rentabilidade.
Dado que, antes dos planos expansionistas de Donald Trump, os rendimentos em títulos se encontravam em níveis invulgarmente baixos (devido às taxas de juro excepcionalmente baixas 0% ou negativas), agora aguardam-se grandes perdas bancárias no mercado de títulos.

Esperam-se grandes perdas para os bancos por estes terem de vender quando, tanto fora dos Estados Unidos (sobretudo Chineses) como os mesmos bancos dentro dos Estados Unidos, há uma pressão forte para investir em: a) grandes projectos de infra-estrutura dentro e fora dos Estados Unidos, b) pela politica da FED de elevar as taxas de juro por motivos geopolíticos na disputa entre os capitais financeiros dentro dos Estados Unidos, c) também como resultado das expectativas de inflação e d) como consequência da própria queda dos títulos.

A liquidação de títulos do Tesouro no exterior

Com efeito a baixa dos títulos do Tesouro não se define apenas por causas internas. Já mencionamos no nosso artigo anterior (8) que não só a China como os países asiáticos em geral, com excepção do Japão, estão a desfazer-se maciçamente dos títulos do Tesouro. Esta liquidação maciça de títulos é algo que Washington já temia há anos, porque poria a Reserva Federal na posição de ter de aumentar as taxas de juro. Um aumento nas taxas de juro reforçar-se-á principalmente se esta liquidação de títulos continua ou até se acentua nos próximos meses.
Trump já advertia que quando a FED aumenta com demasiada frequência as taxas de juro, o dólar ficará fortalecido ao haver uma procura forte da nota verde, pelo menos temporariamente, até ser trocada por ouro ou matérias-primas, aumentando o preço de ambos. No dia em que a presidência da FED acelerar o aumento das taxas de juro (o próximo aumento pode ser já em Fevereiro de 2017) Trump não poderá contar com Yellen e a sua «administração» para aplicar a expansão monetária que se ocupa em financiar o seu défice fiscal. Fará a pressão necessária sobre a FED para não aumentar as taxas de juro e talvez não espere por Fevereiro de 2018 para substitui-la de uma forma ou outra. Ele gostaria de substituir Yellen mas o seu mandato termina em Fevereiro de 2018 (9).


As consequências de um estímulo fiscal
Os títulos

O presidente eleito tem como projecto promover um estímulo fiscal substancial para a empresa privada industrial, comercial e agrícola. A diferença entre um estímulo monetário e outro fiscal encontra-se na inflação dos preços. O estímulo monetário tende a aumentar os preços dos activos, enquanto um estímulo fiscal tende a inflacionar os preços ao consumidor. Portanto, o estímulo fiscal leva com maior certeza ao aumento das taxas de juro devido à inflação dos preços. A subida nos rendimentos dos títulos produz-se ao vende-los a preços em baixa. A baixa no preço dos títulos causará perdas dolorosas para os bancos com fortes investimentos em títulos (principalmente os de curto prazo) que compraram na altura da sua maior valorização.
Isto junta-se a uma debilidade estrutural que todos os bancos carregam desde a crise de 2008 a que se somou um mundo de bancos e bancos centrais expostos à grande bolha financeira que se gerou para protelar o cenário de ganhadores e perdedores entre as grandes bancas financeiras transnacionais. Os grandes perdedores imediatos conseguiram atrasar a resolução da crise, produto da luta de interesses financeiros transnacionais, até poder construir-impor um cenário favorável na disputa.

É este o fundamento dessa grande bolha financeira que deixa todos os bancos centrais, todas as moedas internacionais, todos os grandes bancos expostos à crise da bolha financeira e que ao mesmo tempo lhes permitiu protelar a sua resolução desde 2008 até agora. Mas neste momento o terreno é muito mais complexo que em 2008, é de muito maior envergadura e já não existem só opções em esquemas financeiros mas emergiram já as opções alternativas anti financeiras e multipolares universais (10)

As acções

Pode esperar-se que a mudança de um estímulo monetário, durante o período pós crise de 2008 a 2016, a outro fiscal em 2017 afecte também negativamente os preços dos activos, pelas razões que adiante se esclarecem. Na fase expansiva, o dinheiro deve abandonar as actividades puramente financeiras. Todavia, não se pode ter simultaneamente um estímulo fiscal e uma reatribuição de recursos económicos ao sector privado não financeiro sem criar um poderoso efeito de preços sobre os relativamente escassos activos financeiros. Consequentemente, não se espera só uma queda nos preços dos títulos devido a um aumento nos rendimentos via juros dos mesmos, mas também nos mercados bolsistas haverá uma clara tendência para a subida de tal modo que os fundamentos das acções parecerão estar no seu melhor momento. Por isso, a euforia pós eleitoral com a vitória de Donald Trump nas bolsas de valores é um reflexo de um sentimento positivo, que vai à frente da realidade (11).

A expansão monetária e as taxas de juro

Os keynesianos argumentariam que as tensões que o sector financeiro enfrenta podem compensar-se com a expansão do crédito. Inicialmente pode ser este o caso, sempre que os bancos tenham espaço nas suas folhas de balanço para um acréscimo adicional de crédito. Entretanto, os efeitos inflacionários da expansão fiscal sobre os preços ao consumidor transformam-se numa força considerável e relativamente imediata, dominando rapidamente as considerações da política monetária. Isso deve-se a que um défice fiscal se traduz directamente num aumento da procura de bens e serviços através do aumento na despesa pública, elevando os preços à medida que se gasta dinheiro extra criado a partir do nada. O resultado será que o banco central aumentará inevitavelmente as taxas de juro a fim de proteger o poder aquisitivo da moeda (Tyler Durden, Trump versus China: Ciclos de Crédito e Ouro, www. GoldMoney.com., 3 de Dezembro de 2016).

O exemplo mais claro na memória presente para explicar as consequências da política económica de Trump, afirma Durden, é provavelmente a economia da Grã Bretanha na primeira metade dos anos setenta. A partir de 1970, o governo estimulou agressivamente a economia ao aumentar o défice fiscal a partir de uma baixa nas taxas de juro. O resultado foi uma subida no mercado bolsista que acabou em Maio de 1972. Os juros pagos pelos títulos do governo britânico tinham tocado no fundo no início desse ano. À medida que se percebia que a economia melhorava, o Banco de Inglaterra aumentou os tipos de juro com a inflação de preços como consequência. Os títulos vendiam-se a um preço menor ao mesmo tempo que os seus rendimentos cresciam. A especulação levou os mercados de valores a investir na propriedade comercial, quando os alugueres e os valores dos imóveis subiram devido à expansão da procura de escritórios, impulsionada por um boom económico artificial.

A inflação de preços acelerou-se até ao ponto em que as taxas de juro tiveram de ser aumentadas ainda mais, provocando um colapso no mercado imobiliário, o que obrigou ao resgate dos bancos envolvidos. Ao longo do ciclo, continua Durden, a taxa básica do Banco de Inglaterra tinha aumentado de 5% em Setembro de 1971 para 13% em Novembro de 1973, precipitando o colapso do mercado imobiliário. Os rendimentos dos títulos a longo prazo haviam duplicado para mais de 15% e fins de 1975 a bolsa de valores tinha perdido 75% do seu valor. A situação financeira do Governo britânico era tão má que teve de pedir dinheiro emprestado ao FMI.

Tudo isto sucedia na Grã-Bretanha entre 1970-1979, quando o mundo se encontrava ainda sem a maior emissão de dinheiro pelos bancos centrais sem apoio na economia real. Se estivesse no meio da crise da sustentação em ouro do dólar como moeda fiduciária, provocada pela decisão da Alemanha e França de 1967 de exigir os seus créditos aos Estados Unidos em ouro, facto que foi resultado da decisão dos Estados Unidos de propor o não reconhecimento da dívida, a não convertibilidade em ouro do dólar e a passagem à sustentação do dólar no comercio do petróleo com a Arábia Saudita (os chamados petrodólares). Tudo isto aconteceu quando a economia dos Estados Unidos era central e ainda o motor da economia mundial. Algo que deixou de acontecer a partir da crise de 2008 e que é o grande fundamento desta crise mundial.

Assim se nos apresenta o dilema de qual será o caminho que a política de Donald Trump seguirá na economia dos Estados Unidos numa situação quadro mundial totalmente diferente da de 1970/79.

Um provável colapso financeiro nos Estados Unidos em 2017

Donald Trump ao tentar seguir as políticas fiscais expansionistas da Grã Bretanha de 1970, está a gerar nos Estados Unidos todos os sinais de um ciclo semelhante, mas a uma escala muito superior. Mas há diferenças obvias, principalmente na alta carga da divida no sector privado. Na década de 70 os níveis da divida do sector privado eram baixos e tanto assim que os preços do imobiliário residencial no Reino Unido inicialmente não se viu afectado pelo aumento das taxas de juro. Hoje em dia, os bens residenciais nos Estados Unidos contam com hipotecas que alcançam 80% do valor da propriedade. De facto, o nível de divida do sector privado em geral nos Estados Unidos é agora tão grande que um aumento na taxa de juro dos fundos federais em uns dois ou três por cento já pode ser suficiente para o colapso tanto dos preços da habitação como no sector financeiro como um todo.

Um provável colapso financeiro da UE em 2017

Outra diferença importante é a interconexão dos mercados. O aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos traduzir-se-á sem dúvida na migração de euros a dólares procurando rendimentos crescentes de investimentos em dólares. Isso afecta particularmente a zona do euro. Os bancos da zona-euro vão enfrentar perdas no mercado de títulos (já que os seus investidores procurarão vende-los para investir em dólares.) potencialmente tão grandes que todo o sistema bancário europeu poderá cair e até a sua própria sobrevivência poderá ver-se ameaçada por esses desenvolvimentos. É provável que o BCE (13) continue a injectar dinheiro no sector financeiro numa tentativa desesperada de salvar os bancos, mas só poderá faze-lo enquanto o efeito da inflação de preços de um euro em queda não o obrigue a elevar também as taxas de juro.
Perante a ameaça de uma forte crise bancária a Comissão Europeia está a aumentar os controlos sobre a moeda em efectivo e os metais preciosos como o ouro e a prata. No quadro dos «ataques terroristas» como o que teve lugar este Natal em Berlim pretende-se limitar a possibilidade de operar com dinheiro em efectivo e antes de tudo desde e para o exterior. O anterior tem que ver com a implementação de um canal que fecha as oportunidades de fuga de dinheiro para fora. A posse de ouro tornar-se-á ilegal, o que implica num claro confisco da riqueza das pessoas. Ao tirar de circulação as notas de maior valor, limitar-se-á a possibilidade de guardar dinheiro fora do banco, debaixo do colchão. Todo o antecedente para preparar um «bail in» para o momento da bancarrota. (14)

Donald Trump e a sua «ligação» à Rússia em 2017

O novo presidente dos Estados Unidos anunciou que o seu próximo Secretário de Estado será Rex Tillerson, executivo da empresa petrolífera ExxonMobil, o homem que deu inicio ao «fracking», ao desenvolver petróleo e gás não convencional. O Departamento de Estado que vai dirigir está encarregado de toda a espécie de guerras económicas no mundo. Tudo isto num momento em que os dias do dólar parecem estar contados e que as moedas fortes estão cada vez mais situadas no Leste. Rex Tillerson tem uma ligação forte à dinastia Rockfeller, cuja fortuna na Standard Oil derivou para a fundação da ExxonMobil.

Tillerson e o seu controlo sobre o gás natural — que tem o poder de levar o preço do petróleo a uma queda livre — poderia resultar numa arma económica por excelência na guerra económica e na negociação comercial. A capacidade de controlar a oferta e a procura de energia será o principal jogo de poder. Putin poderá ser ou não um aliado neste processo já que a ExxonMobil tem também grandes investimentos na Federação Russa e interesses comuns para explorar o Árctico. Para o ano de 2017 será afastada uma guerra potencial com a Rússia e haverá paz neste ano (15).

Trump e a sua relação com a China e a América Latina

A Grã-Bretanha nos anos setenta, tal como como os Estados Unidos nos próximos anos, ambos têm um problema específico comum: o aumento de preço das «commodities» (matérias-primas) em geral e da energia em particular. A procura artificial gerada pela expansão fiscal nos Estados Unidos nos anos 1970-74 contribuiu para um aumento significativo no nível geral dos preços das «commodities». O mais notável foi o aumento no preço do petróleo, já que só em 1973 a OPEP subiu o preço por barril de US$ 3 para US$ 12. A subida dos preços das «commodities» pagou-se mediante a expansão monetária, como hoje. Mas hoje a China esta a levar a cabo vastos planos de infra-estrutura para toda a Ásia (16), o que a obriga a armazenar e consumir quantidades sem precedentes de matérias-primas industriais e energia. Estes planos da China e os BRICS também envolvem e contêm capitais financeiros globais com os quais somam e explicam que o 63% do PMB mundial se produza nas economias emergentes (não nos Estados Unidos). Os planos expansionistas de Trump entrarão em conflito com os maiores planos que a China já tem em marcha, elevando ainda mais os preços das «commodities» expressos em dólares. Isso, alem dos aumentos já vistos antes da entrada de Trump, piora ainda mais a perspectiva dos preços. Fica assim claro o porquê do conflito de interesses entre a China e os Estados Unidos na política económica de Trump. Isso poderá ter um efeito de carambola na América Latina. No conflito latente pelas matérias-primas é de esperar que, quase seguramente, a doutrina Monroe ressurgirá em força.

O ouro, o colapso sistémico e a perspectiva posterior

O ouro encontra-se preso em baixa temporal do seu preço, sendo a sua venda uma forma rápida para que os fundos de cobertura situados nos Estados Unidos comprem dólares com um preço e rendimentos em alta. Embora esta pressão possa persistir, sobretudo se o euro enfraquecer mais, consideramos que é essencialmente um efeito temporário de conjuntura. Em 2017 o ouro terá tendência a subir.
Entre 1970 e fins de 1974 o ouro subiu de $35 para $197.50, um aumento de mais de 500%. Durante esse período, como já mencionamos, a taxa básica do Banco de Inglaterra passou de 5% para 13%. A taxa de desconto da Fed subiu de 4,5% em 1972 para 8% em Agosto de 1974. Assim observamos que um aumento no preço do ouro foi acompanhado por um aumento na taxa de juro, o que contradiz os saberes da economia convencional de hoje.
A 21 de Janeiro de 1980 o ouro alcançou um preço máximo de 850 dólares, quando a taxa de desconto da FED se situou em 12%. A convicção actual de que um aumento das taxas de juro seria má para o ouro foi refutada por esses acontecimentos. A razão pela qual o ouro subiu não teve que ver com as taxas de juro, e teve tudo a ver com a aceleração da inflação de preços. A única forma de deter um aumento de preço do ouro era elevar suficientemente altos e fortes os tipos de juro como se tratasse de um golpe que pudesse colapsar a actividade económica, tal como fez Paul Volcker em 1980-81, e o que poderia chegar a fazer a Fed se continuasse nas mãos dos globalistas no ano de 2017.
Outra maneira de ver o preço do ouro em perspectiva é pensar nele em termos de preços das matérias-primas, que a longo prazo tendem a ser mais estáveis quando se medem em ouro, que quando se medem em moedas fiduciárias (18). Dada a perspectiva da subida dos preços das matérias-primas, já que tanto a China como os Estados Unidos competem pelas mesmas e aumentam a quantidade de dinheiro para as pagar, é mais lógico que o preço do ouro mantenha o seu nível de poder aquisitivo perante o aumento dos preços das «commodities» e não em relação à perda de poder aquisitivo das moedas fiduciárias.

Mas a China tem-se preparado para este momento histórico, empreendendo uma política de longo tempo de armazenamento de ouro desde 1983. A quantidade de ouro que o país já acumulou, além das reservas oficiais declaradas, é um segredo de estado, mas o cálculo é de pelo menos 20 000 toneladas. Em 2002, o Estado chinês provavelmente já tinha assegurado suficiente ouro físico para permitir que os seus cidadãos se unissem à iniciativa, porque nesse ano o Banco do Povo estabeleceu a Bolsa de Ouro de Xangai e levantou a proibição da propriedade privada do ouro na China.

Nos últimos catorze anos, os particulares e as empresas da China acumularam pelo menos outras 10 000 toneladas e a China converteu-se de longe no maior produtor e refinador de ouro. Podemos dizer que a China se preparou e aos seus cidadãos com tempo suficiente para o colapso do poder aquisitivo das moedas fiduciárias que a sua procura de «commodities» provavelmente provocará. A única coisa a fazer é desfazer-se dos seus títulos do Tesouro dos Estados Unidos acumulados no passado antes que estes fiquem sem valor, coisa que já está a acontecer de forma acelerada.
Além disso, a China tem vindo a desenvolver um esquema de poder produtivo, multipolar e à escala universal. Esquema que compartilha com a Rússia e a União Económica Euroasiática, com a Índia e a sua área de influência, com o Brasil-Argentina e a Unsasur-Celac, com a Africa do Sul e a União Africana, aos quais se juntam o Paquistão, Irão, Síria, Egipto e outros. Um esquema com moeda internacional centrada no yen e o cabaz de moedas Brics, com um Banco de Infra-estrutura e Desenvolvimento (BAII), um Fundo de fomento, um sistema próprio de compensação de intercâmbio, um plano de infra-estrutura e desenvolvimento que em breve chegará a Inglaterra como um comboio de carga de alta velocidade. Um plano de infra-estrutura, que tem na sua rota da seda o fim de chegar até aos Estados Unidos pela ponte terrestre que une a Sibéria e o Alasca, e que tem em sectores do poder dos Estados Unidos, os Rooseveltianos no Partido Republicano que promovem esta saída produtiva para o povo norte-americano. E que promovem também a re-institucionalização da Lei Glass Steagall como única forma de enfraquecer estruturalmente o capital financeiro global, ao impedir que a banca de financiamento de investimentos possa existir e sustentar as redes financeiras globais. Assim, Trump tem também uma via para a industrialização por meio desta articulação com os Brics.

Em contrapartida, os Estados Unidos estão muito mal preparados para enfrentar uma subida de preços das matérias-primas. As suas reservas de ouro, se forem como se pensa, o que é duvidoso (19) são insuficientes para assegurar um dólar em queda, e em qualquer caso a conversão em ouro de posições em dólares já não será fácil. Nos próximos anos e em termos de procura das «commodities» os Estados Unidos terão em qualquer caso de actuar como segunda figura a par da China (e não como em 1970, quando a Grã-Bretanha ocupava esse lugar), piorando potencialmente a situação dos preços em dólares.
Devido à continua procura não cíclica de matérias-primas por parte da China existe um risco significativo que nem sequer sendo uma depressão devida à liquidação da divida provocada por subidas significativas nas taxas de juro conseguirá controlar a inflação de preços expressa em moedas ocidentais. Ao contrário dos anos setenta, quando o dólar punha a música com que todos os outros dançavam, hoje a China, a Rússia e todas as nações vinculadas a elas pelo comércio neste momento já não dançam ao som da música do dólar. Consequentemente, a política monetária norte-americana já não exerce um controlo absoluto sobre a inflação dos preços mundiais, medida em dólares ou outras moedas fiduciárias.

Portanto as pressões inflacionárias (dos preços das matérias-primas) poderiam persistir, por mais que caiam os preços dos títulos do Tesouro (títulos de divida norte-americana) A possibilidade de que o conjunto de preços de dólares continue a ser inflacionário em meio de uma forte recessão económica dos Estados Unidos não pode afastar-se, mesmo se em 2018 a política monetária da Reserva Federal for já manejada pela administração Trump. Observamos aqui a conjuntura para um cenário de golpe que os globalistas poderiam dar alimentando este colapso e isto pode acontecer no período de tempo que vai de Janeiro de 2017 a princípios de 2018. Antes que esta possibilidade se torne realidade, a probabilidade de que provoquem um colapso sistémico na zona euro é um risco e uma ameaça ainda mais imediatos.
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Notas:
1. A denominação de «mercados» faz referência aos comportamentos dos grandes capitalistas que compõem «jogadas de poder» que arrastam após si pequenos empresários e governos.
2. Banco Central dos Estados Unidos (Estados Unidos da América)
3. Transferir o poder do controlo soberano da moeda do banco central (Reserva Federal) para o ministério da Economia (departamento do Tesouro). Um objectivo que tentaram também Abraham Lincoln entre 1861-65 e J. F. Kennedy entre 1961-63. Lincoln no tempo da guerra de Secessão dos Estados Unidos, secessão do domínio que a Grã-Bretanha exercia sobre as colónias norte americanas e guerra civil entre o Norte com um programa industrialista de desenvolvimento soberano e o Sul com programa agrário dependente articulado com grande indústria britânica. Kennedy em tempos da guerra fria do pós Segunda Guerra Mundial onde os Estados Unidos se impõem no Ocidente, subordinam a Grã-Bretanha e a Europa com o seu Plano Marshall de «reconstrução» como motor de desenvolvimento do seu poder industrial e as suas corporações multinacionais, no meio da guerra do Vietname, a revolução cubana, a crise dos mísseis e enfrentando a URSS num mundo geo-estrategicamente bipolar.
4. Michal Snyder, Why Fed Might Actually Raise Rates 3 Times em 2017.
www.silverdoctors.com, 21 de Dezembro de 2016.
5. John Maudin, Trump Appointees Could Make Up the Majority of the Fed in Two Years. www.marketoracle.co.uk, 20 de Dezembro de 2016.
6. Mac Slavo, Brandon Smith Warns the System is Crashing: «Prepare for Bank Confiscations, Shortages, Insurgency», www.silverdoctors.com, 27 de Dezembro de 2016.
7. O programa chamado de flexibilização quantitativa eq-2009/2014, que implica uma monstruosa emissão maciça da Fed sem apoio na economia real (bolha fictícia ou artificial) à taxa de 0% e com compra de divida má - títulos/lixo - aos bancos. Construindo uma grande bolha financeira cujo tamanho é pelo menos 10 vezes maior do que a que rebentou em 2008 com a queda dos Lehman Brothers. Que vai envolver todos os bancos centrais das grandes economias e suas moedas.
8. Eleições nos Estados Unidos em 2016. Ganhou o aprofundamento da crise global. Wim Dierckxsens e Walter Formento
19/12/2016: http://www.alainet.org./es/articulo/182448
9. Ele gostaria de substituir Yellen mas o mandato dela só termina em Fevereiro de 2018. Dan Steinbock Why Are Foreign Nations Dumping US Treasures, http://webcache.googleusercontent.com. 21 de Dezembro de 2018.
10. Geopolítica da Crise Económica Mundial. Globalismo versus Universalismo. Walter Formento e Wim Dierckxsens. Ed.Fabro. Setembro de 2016.ISBN 978-987-7-713-096-6
11. Tyler Durden. Trump versus China. Ciclos de Crédito e Ouro. www.GoldMoney.com. 3 de Dezembro de 2016.
12. É dinheiro que não se apoia em metais preciosos nem nada que não seja uma promessa de pagamento por parte da entidade emissora. É importante ter em conta que entendemos a confiança da comunidade como o conjunto da riqueza aparente que apresenta a comunidade emissora da moeda. É o modelo monetário que predomina actualmente no mundo, e é o dólar norte-americano, o euro e todas as outras moedas de reserva.
13. Banco Central Europeu.
14. Tyler Durden. A Europa Propõe Confiscar o Ouro na Queda no «Financiamento Terrorista» www.silverdoctors.com, 28 de Dezembro de 2016.
15. Aaron Dykes. O secretário de Estado de Trump Pick Will «Determina Guerra ou Paz com a Rússia». Com o seu poder sobre a energia. www.truthstreammedia.com.
28 de Dezembro de 2016.
16. A China anunciou em 2014 a criação da iniciativa Uma Cintura, uma Estrada (OBOR) um projecto económico que procura potenciar os fluxos comerciais entre a Ásia e a Europa, mas que também implica um claro objectivo político, criar e fortalecer vínculos com os países participantes e potenciar a sua influência na Ásia e na Europa (…) é um vasto plano de acordos comerciais e de infra-estrutura que supõe a construção de portos, aeroportos, estradas e gasodutos e a colaboração nos âmbitos de energia, finanças, ciência e tecnologia e I+D; prevê até a criação de uma área de integração económica. O projecto estaria apoiado principalmente pelo Banco Asiático de Investimento em Infra-estrutura (AIIB em inglês) liderado pela China, ao que se acrescentaria um fundo de 40 000 milhões de dólares vindos de Pequim. Se os números de investimento anunciados pela China se tomarem ao pé da letra estamos perante a iniciativa de diplomacia económica mais ambiciosa desde o Plano Marshall http://elordenmundial.com/2016/11/01/la nueva-ruta-la-seda-iniciativa-economica-ofensiva-diplomatica/
17. Idem Nota 10.
18. Ou seja, dinheiro que não se apoia em metais preciosos ou nada que não seja uma promessa de pagamento por parte da entidade emissora. É importante ter em conta que entendemos a confiança da comunidade como o conjunto da riqueza aparente que apresenta a comunidade emissora da moeda. É o modelo monetário que predomina actualmente no mundo, e é o do dólar norte-americano, o euro e todas as outras moedas de reserva.
19. O Dr. Paul Craig Roberts, ex-subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos durante o governo de Ronald Reagan afirma: os norte-americanos não têm ouro e não o podem entregar, e obrigaram a que a Alemanha aceite esses termos e deixe de o pedir visto não poderem entregá-lo.
Tradução: Manuela Antunes

www.odiario.info

02
Fev17

Negociações difíceis para descentralização

António Garrochinho


Governo quer acelerar o processo, mas PSD, CDS, PCP e Bloco de Esquerda colocam muitas reticências à proposta que serve de base à discussão.


Com prego a fundo no processo de descentralização, o governo tem um caminho difícil a percorrer à procura do consenso dos partidos. Nas últimas semanas tem havido várias reuniões entre Eduardo Cabrita, ministro com a pasta, e representantes das diferentes bancadas parlamentares, mas o processo negocial parece longe do fim.

SOM AUDIO



A jornalista Raquel de Melo explica as negociações entre partidos para a descentralização
A propor um pacote de medidas para assegurar quer a transferência de competências para as autarquias, quer a eleição através dos autarcas dos presidentes das Comissões de Coordenação Regionais (CCDR), o governo conta já com o travão do PSD. Luís Montenegro avisa que, no caso das CCDR, não vai ser fácil um entendimento.

Com quatro projetos de lei sobre descentralização já apresentados, e depois de um primeiro chumbo, o líder parlamentar social-democrata espera que "PS e governo escondam o rolo compressor e estejam disponíveis para viabilizá-los".

Já Álvaro Castelo Branco, do CDS, acusa o executivo de mera campanha autárquica, ao apresentar um projeto com "ideias genéricas" e com a promessa de definir mais tarde propostas concretas para as várias áreas, como a saúde ou a educação.

O CDS é a favor da descentralização e vai apresentar propostas concretas, mas só quando for o debate na Assembleia da República.

Noutra frente, PCP e Bloco de Esquerda reabrem um debate antigo: o da criação de regiões administrativas. Para os dois partidos da esquerda parlamentar, avançar com este processo nestes moldes é redutor e representa um passo atrás na intenção de avançar com a regionalização. Mas para o PSD relançar o debate das regiões agora está fora de causa.

Ainda assim, os quatro partidos não fecham para já portas a eventual entendimento e ficam à espera para avaliar proposta final do executivo socialista.

www.tsf.pt

02
Fev17

Governo com dificuldades para aprovar lei sindical da PSP

António Garrochinho




BE, PCP, PSD e CDS-PP só dão "luz verde" se o executivo admitir negociar a proposta. "Lei da rolha" é o principal obstáculo à aprovação do diploma, que precisa do voto de dois terços dos deputados.



Se à esquerda, BE e PCP deixam críticas ao artigo 3, que, entre outros pontos, impede os sindicatos de fazerem declarações que ponham em causa "os princípios da hierarquia de comando e da disciplina", à direita PSD e CDS-PP acompanham as dúvidas, mas criticam, sobretudo, a falta de diálogo prévio à elaboração do diploma.


SOM AUDIO


O jornalista João Alexandre explica o que está em causa na lei sindical da PSP

As cartas já foram colocadas em cima da mesa por parte dos vários grupos parlamentares: ou o governo aceita alterações à proposta aprovada em Conselho de Ministros - para alterar o regime do exercício da liberdade sindical da PSP - ou proposta de lei cai por terra.


Carlos Peixoto, deputado do PSD, diz que a proposta do executivo socialista até pode continuar a ser debatida na especialidade, mas, caso o governo se mostre pouco disponível para promover alterações, o texto irá mesmo merecer o chumbo dos sociais-democratas.


"Se o governo tiver uma posição fechada ou apenas parcialmente flexível, então aí, vai ter algumas dificuldades", afirma, sublinhando que, ao ter de ser aprovada por dois terços dos deputados, devia ter sido negociada: "Esta proposta devia ter sido discutida com o PSD e, portanto, o processo não começa bem".


O PSD defende ainda que é preciso travar a "lei da rolha que é introduzida pela nova redação do artigo 3º da proposta de lei".


Posição semelhante tem o CDS-PP, com Telmo Correia a defender que, sem um novo texto, será difícil aprovar o diploma: "A lei não foi consensualizada nem com os sindicatos nem sequer com os partidos que apoiam o governo. Não vemos como é que este problema se pode resolver, a não ser que seja feita uma nova lei diferente desta", admitindo, no entanto, "disponibilidade" para o debate.


Já o BE, pela voz da deputada Sandra Cunha, saúda a intenção de regular a atividade sindical, mas também deixa críticas à proposta.


"A proposta vai muito além da regulação e há artigos que limitam a atividade sindical e a liberdade de expressão dos membros dos sindicatos da PSP. Tal como está, esta proposta não pode ser aprovada pelo Bloco de Esquerda", diz a deputada.


Pelo PCP, o deputado Jorge Machado elogia o esforço feito para melhorar o sistema de folgas para trabalho no sindicato - os chamados créditos sindicais -, que passam agora a ser proporcionais à dimensão de cada sindicato, fazendo depender os créditos da representatividade das estruturas.


O deputado critica, no entanto, o que entende como a inclusão de restrições à liberdade sindical: "À boleia deste objetivo introduziu-se no diploma um conjunto de artigos que provocam limitações à liberdade sindical da PSP".


Assim sendo, vinca, o PCP está "disponível" para seguir com a discussão na especialidade, mas, caso o governo não aceite alterações à proposta, o voto contra está decidido: "Não havendo essas condições, naturalmente que iremos refletir isso no nosso sentido de voto".


Para ser aprovada, na votação final global, a proposta precisa da aprovação de dois terços dos deputados.


www.tsf.pt
02
Fev17

O VÓMITO VIRULENTO E AMARELO DE CARLOS SILVA - Se BE e PCP falharem “em nova TSU”, “caberá ao PS retirar as devidas consequências”

António Garrochinho


O líder da UGT não assegura que a actual solução governativa chegue ao fim. Carlos Silva aponta para as sondagens e para as eleições autárquicas como perigos que podem fazer tremer a actual solução governativa.
A actual solução governativa tem condições para chegar ao fim da legislatura?
O primeiro-ministro tem dado provas de grande resistência e grande resiliência, sobretudo porque é um habilidoso político, quando digo habilidoso, digo no sentido da política no seu termo mais profundo. Mas também resta saber, perante um quadro de eleições autárquicas que se aproxima e perante as sondagens a que todos estão sujeitos… Às vezes elevar muito as sondagens para o PS pode ser pouco benéfico para os partidos mais à esquerda, que poderão sofrer alguma erosão. Isso nos próximos meses vai ter de ser muito bem acompanhado. Mas também vai depender muito da forma como o PCP e o BE se posicionarem em relação a algumas matérias que vão ter de ser abordadas no Parlamento, nomeadamente as PPP [da Saúde] e outras questões que vêm por aí. Poderão colocar de novo em cima da mesa a necessidade de o PCP e o BE, de uma vez por todas, perceberem se estão, ou não estão, com a política do Governo que apoiam.
Concorda com quem defende que está na altura de renovar os acordos entre o Governo e os dois partidos da esquerda?
Deixo ao cuidado dos dirigentes do PS fazerem essa avaliação. Dir-me-á, mas também é dirigente. Mas como secretário-geral da UGT, nessa condição, prefiro não me pronunciar. Deve ser o PS a encontrar no seu seio aquilo que deve ser a sua responsabilidade governativa. O PS tem um programa de governo e o primeiro-ministro tentará levá-lo até ao fim. Sabe que precisa de apoios à esquerda, esses apoios falharam na questão da TSU. Se falharem noutros momentos e circunstâncias importantes para a governabilidade do país nos próximos meses, naturalmente, caberá ao PS e ao Governo retirar as devidas consequência.
A relação entre o Governo e o PCP não está um bocado como as relações entre a UGT e a CGTP? No início do seu mandato tentou uma aproximação à CGTP, houve uma greve conjunta, mas agora parece que estão muito mais afastados do que estavam nesse início de mandato.
Não devemos deixar de dizer aquilo que pensamos em cada momento e em cada circunstância. Há convergências quando é necessário ter convergências.
Não é esse o momento?
No final da semana passada o PCP decidiu suscitar uma apreciação [parlamentar] em relação à concessão da Carris à Câmara de Lisboa. Não passava pela cabeça, nomeadamente dos trabalhadores e das nossas organizações, que apoiaram este processo, que neste momento, depois da questão da TSU, o assunto fosse suscitado. Há momentos, e estamos a viver um momento atípico na vida do país, em que é necessário não nos encolhermos e dizermos o que pensamos. Há organizações que acham que têm sempre razão. A Concertação Social, por exemplo, é um espaço de partilha de opiniões e compromisso. Se alguém nunca assina um acordo de concertação social, qual é o espírito de compromisso que é emergente dentro dessa organização? Se nunca assina nenhum compromisso, significa que nunca será acusada pelos trabalhadores nem por ninguém neste país de ter tomado qualquer decisão. A UGT, no meio da discussão parlamentar, acabou por ser acusada de ser o mordomo – ou de estar sempre ao lado dos patrões, ou de estar do lado do governo, seja o do PS ou outro qualquer.
Não está?
Não. Estamos ao lado dos trabalhadores, estamos ao lado país, porque as empresas fazem parte do país e as empresas não são só os empresários. Costuma dizer-se, como disse o secretário-geral da CGTP, os empresários, os empregadores é que são os nossos adversários. Para nós não são adversários. Podem ser um complemento. Estamos no século XXI, uma empresa é o empresário, são os seus quadros intermédios e são os trabalhadores. Os trabalhadores precisam de emprego. Quem é que lhes dá emprego? É nesta articulação de respeito que estamos mergulhados. O Outubro de 1917 já foi há quase 100 anos, há ideias que não se perderam, mas temos de evoluir. É isto que defendemos na Concertação Social, princípio do compromisso sem ceder a chantagens.
A CGTP caiu na tentação da hegemonia depois desta solução governativa?
No início desta solução perguntaram: então agora qual é o papel da UGT? Fica relegada para um segundo plano? Os portugueses percebem bem o que é que é viver constantemente na agitação e o que é que é viver na necessidade de fazer sempre negociação. Durante o último ano tem havido poucos protestos, alguma estabilidade e paz social. Ainda bem. Há organizações que não percebem o que é a cultura do poder. Só sabem o que é a cultura do contrapoder e antipoder. E é a isso que estamos a assistir um pouco. Talvez um complexo de algumas organizações, nomeadamente sindicais e políticas, que tendo a necessidade de suportar um partido, o PS, que está no Governo, e apoiar a maior parte das suas políticas de governação... [Isso] coloca alguns desafios a que não estão habituados. E nesse aspecto a UGT sempre esteve habituada a lidar com o poder ou o contrapoder dentro daquilo que é a melhor forma de intervenção: respeito mútuo, sentido de compromisso e das negociações independentemente de quem governa, seja socialista, social-democrata ou democrata cristão ou outro qualquer. É a nossa forma de estar.


www.publico.pt
02
Fev17

NUM PAÍS....

António Garrochinho

Num país onde existem pensões abaixo dos 100 euros com aumento de 30 cêntimos. Num país há 40 anos constantemente adiado.
Num país onde onde políticos enriquecem em meia dúzia de anos, onde a corrupção é livre e o crime impune, andam os portugueses a serem gozados esperando submissos por aquilo a que se chama a falta de VONTADE POLÍTICA.
Para que os elegemos, quem os paga !?
Não haverá soluções ?
AG

02
Fev17

Gestores de falências com acesso a dados do Fisco e penhoras

António Garrochinho


Parlamento discute hoje lei que prevê acesso dos administradores judiciais a dados do Fisco, Segurança Social e das execuções

Os administradores judiciais - responsáveis pelo andamento dos processos de insolvência- vão ter acesso às bases de dados do Fisco, Segurança Social e plataforma informática dos agentes de execução (os responsáveis pelas penhoras nas cobranças de dívidas) para acelerar os casos de insolvências nos tribunais. Os administradores passarão ainda a aceder à lista pública de execuções, onde estão descriminados os nomes de devedores sem bens penhoráveis.

Uma medida que, segundo o Ministério da Justiça, visa "agilizar as respetivas consultas contribuindo para processos de insolvência mais céleres e com informação mais rigorosa e exaustiva relativamente aos bens da massa insolvente". A proposta é consensual nesse sentido, mas gera algumas dúvidas no que respeita à forma ou vezes que estas entidades externas podem aceder a dados que são pessoais.

A proposta de lei do Governo é hoje discutida na generalidade na Assembleia da República e pretende a equiparação destes profissionais - nomeados pelo juiz - aos agentes de execução. Para isso, passarão a ter acesso direto às "bases de dados da administração tributária, da segurança social, das conservatórias do registo predial, comercial e automóvel" e o acesso às "secretarias judiciais e demais serviços públicos designadamente conservatórias e serviços de finanças", pode ler-se no diploma aprovado em Conselho de Ministros em dezembro.

Estas alterações terão voto favorável do CDS/PP, conforme avançou a deputada Vânia Dias da Silva ao DN. E o voto favorável ou abstenção por parte da bancada social democrata: "contra não votaremos com toda a certeza", explica ao DN o deputado Carlos Peixoto. Curiosamente é do lado dos partidos da esquerda parlamentar que a matéria gera mais dúvidas. "Estamos ainda a decidir a posição que tomamos sobre a matéria", explicou António Filipe ao DN. Já o Bloco de Esquerda (BE) assume a "pertinência e necessidade da alteração proposta no que diz respeito à agilização das consultas e necessidade de maior celeridade nos processos de insolvência". Mas faz a ressalva: "deve ser assegurado o respeito escrupuloso dos princípios da proporcionalidade e adequação no acesso a estes dados", explica ao DN José Manuel Pureza. "A proposta tem e deve ser melhorada na especialidade".

O mesmo ponto foi aliás defendido nos vários pareceres pedidos a diversas instituições. A Ordem dos Advogados, ainda no mandato da anterior bastonária Elina Fraga, assumiu que "tem que se garantir ao máximo a proteção de dados, que todos os administradores fiquem obrigados ao dever de sigilo e confidencialidade e o uso exclusivo para o exercício em cada processo". E acrescentou ainda que "a consulta extra a dados dos cidadãos deve ser suscetível de pena disciplinar bem como eventual responsabilidade criminal e civil".

Já a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) defendeu, no parecer assinado pela presidente Filipa Calvão, que "estamos perante matéria que afeta claramente direitos, liberdades e garantias dos cidadãos permitindo o conhecimento de aspetos da vida privada, nomeadamente do seu património, por parte de um novo universo de profissionais". Não dando parecer negativo ao diploma, admitiu que "tendo em atenção que se trata de alargar o acesso a dados pessoais sensíveis não deverá ser feita através de decreto de lei e sim de lei". Em novembro, a mesma comissão, porém, assumia preocupação pelo número crescente de organismos com acesso a informação constante da base de dados da Autoridade Tributária. Considerou na altura que está a ser posta em causa a privacidade dos contribuintes.

O Conselho Superior da Magistratura considerou que será importante "clarificar se o acesso a que se refere este diploma é apenas a consulta ou se aos administradores serão dados poderes de inscrição e atualização da base de dados", explica. Concluindo que "a proposta apresentada permitirá reforçar os direitos dos administradores judiciais no exercício da sua atividade".

Já os próprios gestores de insolvência há muito que reivindicavam estas alterações. Com estas novas regras, um administrador judicial dispensa a autorização de um magistrado judicial para ter acesso a determinada informação. E assim conseguem mais rapidamente obter informação sobre os devedores insolventes e sobre os bens que estes têm em seu nome para posterior pagamento aos credores. Até aqui, os administradores só tinham acesso ao Citius (o sistema informático dos tribunais), passando a tramitar diretamente os seus processos nessa base de dados. Uma conquista também recente com pouco mais de um ano.

A partir do momento em que se dá início ao processo de insolvência, o devedor não deve fazer mais nenhum pagamento aos credores. E todos os pagamentos são feitos no âmbito do processo de insolvência, com a intervenção do administrador de insolvência.

Desde 2013 que os agentes de execução também passaram a ter o seu trabalho facilitado com as contas bancárias dos devedores a serem penhoradas sem autorização de um juiz. Com a revisão da lei processual civil basta agora que o agente de execução dê a ordem através de um sistema informático para que os titulares das dívidas numa ação executiva fiquem sem acesso ao dinheiro depositado nos bancos. Apenas com a autorização do Banco de Portugal e num prazo até dez dias.


www.dn.pt
02
Fev17

OS AMARELOS SEMPRE DO LADO DO PATRONATO - UGT diz ser prematuro falar numa subida do salário mínimo em 2018

António Garrochinho






Carlos Silva não dá como certo o aumento, apesar de o acordo com PS e Bloco de Esquerda o prever.

O líder da UGT, Carlos Silva, defende que é preciso "aguardar até ao final do ano para ver que condições é que há para avançar com o acordo que o PS sufragou com o Bloco de Esquerda para passar [o salário mínimo] para os 580 euros". Numa entrevista ao jornal Público, admite que tudo vai depender das condições económicas.

Carlos Silva revelou ainda que o sindicato foi "surpreendido" com a decisão do PSD de votar contra a descida da taxa social única (TSU) prevista no acordo de concertação social. "O PSD fez uma opção, sabendo que era uma opção política que tinha riscos. E o risco foi desapoiar aqueles que sempre apoiou", indicou.

O líder da UGT também criticou o governo por ter recebido primeiro a CGTP para lhe dar conta do plano B do governo depois do chumbo da descida da TSU. "Teria sido de bom-tom e até de algum cuidado e respeito institucional que tivessem sido recebidos os subscritores [do acordo de concertação] primeiro", indicou, confirmando o "desconforto".

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