Algumas já foram apreendidas na posse de criminosos. Ministério Público já está a investigar. Dois agentes da PSP foram suspensos

A investigação foi primeiro desencadeada internamente, pela própria PSP, quando no início do mês uma destas pistola foi apreendida a criminosos, no âmbito de uma operação policial no Porto. Rapidamente foi constatado que a Glock pertencia a um lote especial que estava armazenado na Direção Nacional da PSP, a sede da Penha de França. Na verificação dos registos concluiu-se que havia, pelo menos, mais de meia centena de outras destas pistolas que não estavam no armeiro.
A Direção Nacional comunicou de imediato o caso ao Ministério Público (MP) que delegou na própria PSP a investigação.
Os dois agentes diretamente responsáveis pelas armas foram suspensos preventivamente alvo de processos disciplinares.
Como e para quem foram desviadas as armas é a pergunta que se coloca. O maior receio é estarem nas mãos de organizações criminosas e no mercado do tráfico internacional de armas.
A Direção Nacional tentou que o caso não viesse a público nesta fase, para não prejudicar a investigação, mas o ministério da Administração Interna, depois de o DN ter pedido alguns esclarecimentos à PSP, decidiu assumir publicamente a situação. Em comunicado, o MAI confirma o caso.