NOS DOMÍNIOS DO REALISMO FANTÁSTICO
"Senhor, Vós me fizestes poderoso e solitário, deixai-me adormecer no sono da terra". Esses versos se aplicam também ao Egito, o antigo trono da divindade. Num sentido, ele foi "poderoso e solitário" entre as nações. No limiar da nossa era de sangue e lágrimas, esgotada e desiludida, ele adormece no "sono da terra", não sem ter anunciado o silêncio de Deus, isto é, a perda do oráculo que seria substituído por esses anjos negros de natureza enigmática, inspiradores das falsas intuições."
(Jean-Louis Bernard - As Origens do Egipto)
Tudo o que se relaciona ao Antigo Egito ainda se constitui em um grande mistério. Apesar de todos os nossos conhecimentos, ainda nos resta muito a descobrir, uma vez que é sabido que tudo aquilo que até hoje lá foi encontrado não representam nem 30 por cento do que ainda jazem ocultos sob as suas milenares areias. As tumbas encontradas nos Vales dos Reis e das Rainhas, a Oeste do Nilo, foram catalogadas sob a codificação KV. Na foto acima, uma antiga descoberta, precisamente a tumba KV35, no interior da qual foram encontradas essas três múmias. A do centro foi supostamente atribuída à da Rainha Hatshepsut, grande soberana da XIX Dinastia. Mas tudo são suposições, uma vez que não foram encontradas quaisquer identificações sobre elas. (FOTO: © DCI)
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Tudo atesta de forma concludente e incisiva que aqueles céticos os quais ainda afirmam que "nada mais resta a ser encontrado nesses sagrados cemitérios" acham-se redondamente enganados. E mais uma vez para provar isso, foi encontrada recentemente (em 2005 e de modo puramente acidental) uma outra sepultura real, muito bem escondida nas profundezas do subsolo - dessa feita catalogada sob número KV63 e tendo demandado um ano de escavações.
Ei-lo novamente, fotografado durante as escavações da KV63! Tudo, como sempre, sob a estrita vigilância, intervenção e aguda supervisão do Dr. Zahi Hawass - Chefe do Conselho Curador de Antigüidades do Governo Egípcio,
No misterioso interior da KV63 foram encontrados alguns sarcófagos inexplicavelmente vazios e, portanto, sem conter as suas respectivas múmias, além de desprovidos de quaisquer identificações. Porém, pelo local em que foram encontradas, o Vale dos Reis, evidentemente tratava-se certamente das sepulturas e dos últimos locais de repouso de algumas pessoas muito importantes dentro da antiga História Egípcia? Não! O detalhe mais estranho era que não se tratava de uma tumba convencional, mas, sim, de uma espécie de depósito com 2,5 metros por 4,5 metros escavado na rocha, ao contrário das demais, mediante um profundo fosso.
Na foto, outro sarcófago encontrado no interior da tumba KV63.
Havia, porém, um sarcófago que se destacava dos demais......
.... Pelo fato de ser o único a conter a múmia muito danificada de uma mulher misteriosa. (FOTO: © AFP/Getty Images)
Lamentavelmente, as condições adversas em que a tumba se encontrava não permitiram que a múmia estivesse bem conservada. Tudo foi praticamente reduzido a pó, somente podendo ser identificados alguns poucos adornos e ossos do seu esqueleto.
Mas, pela delicadeza dos seus belos traços fisionômicos gravados no sarcófago, muitas suposições foram levantadas.
Pois, na História Egípcia até hoje existe um enorme mistério: antigas inscrições referiam-se a uma rainha chamada Kiya, pouco conhecida e que fora a mãe do faraó Tutankhamon, o famoso faraó-menino, o último soberano da XVIII Dinastia!
Alguns esparsos relevos egípcios sempre mostraram aos arqueólogos a imagem da misteriosa Rainha Kiya, porém sua tumba, como também as circunstâncias do seu desaparecimento do cenário histórico, nunca foram inteiramente esclarecidos e desvendados.
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Pouco se sabe sobre essa misteriosa personagem e o pouco que restou da chamada "Inquisição Egípcia, quando o faraó Akhenaton foi deposto pelos perversos e ambiciosos sacerdotes de Amon em conluio com o famigerado general Horemheb, foram alguns fragmentos de relevos sobre Kiya encontrados em Amarna, uma vez quer os sediciosos, além de promoverem uma sangrenta matança dos seguidores de Akhenaton, ainda destruíram tudo o que se relacionava a ele, inclusive uma cidade inteira cujo nome era Akhet-Aton - "O Horizonte de Áton" - precisamente a atual Amarna. A partir daí, explica-se: - a perda de Akhenaton foi para o mundo "A perda do oráculo divino - a compreensão verdadeira de Deus - que seria substituído até hoje por esses anjos negros de natureza enigmática, inspiradores das falsas intuições". Entenda quem puder! Mas, supõe-se que Kiya tenha sido uma esposa secundária de Akhenaton, freqüentemente mencionada nos relevos de Amarna como "A Favorita" e "A Grande Esposa Bem-amada", justamente pelo fato de ter dado ao rei um filho homem (talvez dois, o outro teria sido Semenkhkare) e que teria morrido ao dar à luz a Tutankhamon durante o décimo-primeiro ano do reinado de Akhenaton. Sabe-se, em contrapartida, que Akhenaton não era monógamo e que a esposa principal daquele faraó, Nefertiti, deu-lhe apenas filhas.
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Kiya era uma mulher realmente bela, assim como foram todas as mulheres do Antigo Egito, porém suspeita-se que tenha sido uma princesa Mitaniana que veio a desposar Akhenaton. Seja lá o que tenha sido, há, porém, nisso tudo um detalhe bastante revelador e que sobretudo salta aos olhos:
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Alguns esparsos artefatos arqueológicos encontrados em alguns outros lugares, notadamente nas ruínas de Amarna, revelam que Kiya era uma mulher de meia-idade. Mas os descobridores da tumba KV63 logo atribuíram a múmia encontrada como sendo a dessa rainha, levando em conta a opinião do sempre presente Dr. Zahi Hawass: - " Anuncio hoje minha crença que a KV63 é, de fato, a tumba da mãe de Tutankhamon, a Rainha Kiya. A identificação da KV63 como o local de repouso final da Rainha Kiya ajuda a solver o enigma da localização da tumba de Tutankhamon no Vale dos Reis: a KV63 fica em frente à KV62, ficando claro que por razões afetivas foi colocada perto da do rei Tutankhamon". Uma conclusão baseada apenas nas proximidades das tumbas??? É sempre bom relembrar que em uma tumba anteriormente encontrada, precisamente a KV55, a múmia ali encontrada fora também atribuída à Rainha Kiya, mas logo voltaram atrás quando constataram que se tratava de.... Um defunto do sexo masculino!
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Porém, com a devida vênia e muito embora respeitemos a opinião do Dr. Hawass, discordamos inteiramente da sua afirmação. No interior da KV63 foi encontrada essa bela pintura, cujas cores ainda hoje são nítidas e vibrantes, mostrando o rosto de uma bela e misteriosa jovem......
..... Assim como também esse Vaso Canopo com a face de uma jovem MUITO IMPORTANTE na História do Egito, exposto no British Museum, o qual igualmente nos atesta que a múmia certamente pertenceu a uma menina muito bela da XVIII Dinastia, e NÃO a uma mulher de meia-idade! Sigamos então as pistas:
Pois, o mais surpreendente de tudo é que os arqueólogos, na pressa de rotular a múmia como sendo da rainha Kiya, não atentaram para esse clamoroso detalhe também encontrado no interior da tumba KV63. Não precisa ser egiptólogo para constatar que esse fragmento de um relevo nos mostra uma pista avassaladora: aqui podemos claramente ler ".... PA-ATEN"! Era, evidentemente, parte de um nome anteriormente ali gravado e que nos leva de pronto a suspeitar da verdadeira identificação daquela misteriosa múmia:
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Precisamente a jovem ESPOSA DE TUTANKHAMON, ANKH-SE-PA-ATEN! Quando Akhenaton foi deposto, logicamente os sediciosos ambicionavam o trono. Porém, de modo a não criar muito tumulto e manter as aparências, depois de fazerem sair de cena sua bela esposa Nefertiti conduziram ao trono o jovem TutankhATON, talvez filho de Akhenaton e Kiya e o seu sucessor direto. TutankhATON, que foi então obrigado a mudar de nome para TUTANKHAMON, como sabemos, foi discretamente assassinado através de uma conspiração de modo a permitir que o ambicioso general Horemheb posteriormente assumisse o trono do Egito. Sua esposa cuja nome era ANKH-SE-PA-ATEN, foi logo obrigada a desposar um velho e decrépito sacerdote de Amon cujo nome era AY e também forçada a mudar de nome para ANK-SEN-AMON, uma vez que o Deus ATON fora banido e a idólatra religião de AMON voltara a imperar no Egito. Essa bela jovem era certamente uma "pedra no sapato" dos traidores e, tal como seu marido, deve ter sido discretamente eliminada. Sua múmia jamais foi encontrada e ela, como bem convinha à conspiração, repentinamente desapareceu da História sem deixar quaisquer traços.
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A graciosa e bela esposa de Tutankhamon certamente deve ter sido sepultada por antigos seguidores da deposta religião de Aton - ou MESMO pelos sediciosos, juntamente com outras vítimas daquela suja conspiração. E neste último caso, que outro lugar mais conveniente e mais discreto para se livrar do seu corpo? Daí a tumba KV63 ter estado tão bem escondida, sem quaisquer cuidados e identificações. Tudo muito lógico. No que, aliás, também concorda o arqueólogo Díaz-Montexano: - "Sempre se defendeu que a KV63 seja um enterro secundário, o re-enterro de vários indivíduos, provavelmente da mesma família, cujas tumbas originais foram destruídas, seja por ladrões de tumbas ou fanáticos religiosos, levando-se me conta a época que compreende os tempos do odiado Akhenaton até os tempos do rei-menino Tutankhamon". Além do mais, Kiya, uma rainha, jamais teria tido uma sepultura deste tipo.
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Seja lá o que tenha sido, de tudo isso, porém, nos resta uma lição: lá no distante Egito, bem por sobre os chamados Vales dos Mortos, onde repousam todas as milenares sepulturas dos reis e rainhas, muitas delas ainda a serem devidamente reveladas, o topo da montanha foi esculpido sob a forma de um rosto colossal, possivelmente parte de um "gigante-deitado"!
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Rotacionando-se a imagem e colocando-a em negativo, podemos constatar que se trata mesmo de um rosto, muito embora já bem desgastado pelo tempo. Isso se torna bastante significativo, pois podemos deduzir que seria uma espécie de "sinal", querendo significar que onde quer que existam essas "marcas", existem sepulturas muito antigas! E quantas delas existem, de fato, espalhadas pela face da Terra? Claro que os antigos egípcios devem ter seguido uma velha Tradição, na verdade uma Tradição perdida na noite dos tempos e, verdadeiramente, muito mais antiga do que a sua prodigiosa civilização. Aliás, essa mesma Antiga Tradição Egípcia nos revela que o uso e a ciência da mumificação remontavam aos perdidos tempos dos "gigantes" - isto é, aqueles que a sua Religião denominava os Netheru, ou "deuses"!
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Pois é! Nessa magistral foto de Marcia Foletto para o Jornal O GLOBO na sua edição de 19 de novembro de 2006, podemos ver algo verdadeiramente surpreendente (e equivalente) na Cidade do Rio de Janeiro: a misteriosa montanha da Pedra da Gávea na sua extensão Norte! Como se não bastasse no seu topo existir um colossal rosto de granito, podemos constatar que o seu prolongamento igualmente representa uma outra face: a face (como também o corpo!) de um nítido "gigante-deitado"! E quem por acaso vir isso de perto, assim como o fizemos durante as nossas antigas pesquisas, poderá constatar que, tal como nas velhas múmias egípcias, esse "gigante" também tem as mãos cruzadas ao peito!!! Note-se a forma de uma pirâmide, quase na extremidade esquerda da imagem.
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E rezam as mais antigas tradições de que exatamente ali, no interior da Pedra da Gávea que seria oco, existiriam os sarcófagos de dois soberanos celestes que, advindos das estrelas distantes, há muitos milênios atrás tiveram sua NAVE VOADORA abatida em um confronto com outros habitantes das estrelas na região litorânea onde hoje se situa a Cidade do Rio de Janeiro. Meramente uma lenda da qual os índios, os primeiros habitantes do Brasil, já mencionavam nos tempos da colonização do país? ? Pode ser que NÃO, já que a experiência nos demonstra nem sempre as lendas são mesmo lendas. Basta apenas e tão-somente que alguém, nelas acreditando, um dia qualquer - e assim como já aconteceu por inúmeras vezes no decorrer da História - simplesmente se disponha a devidamente interpretá-las, explorar e procurar.
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