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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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21
Fev17

FREGUESIA DE SANTA BÁRBARA DE NEXE - VISITA DE PAULO SÁ DEPUTADO DO PCP PELO ALGARVE

António Garrochinho

Após uma visita à Escola EB1/JI de Santa Bárbara de Nexe, o PCP questionou o Ministro da Educação sobre um grave problema de insucesso escolar nesta escola.

A maioria dos alunos tem duas retenções, demorando seis anos a completar o 1.º ciclo, e as taxas de insucesso são muitíssimo superiores às taxas médias nacionais (1.º ano – Português: 64%; Matemática: 43%; 2.º ano – Português: 47%; Matemática: 53%; 3.º ano – Português: 39%; Matemática: 39%; 4.º ano – Português: 37%; Matemática: 58%).
Estas elevadíssimas taxas de insucesso e de retenção exigem a adoção de uma resposta integrada, que passa por uma redução do número de alunos por turma e o envolvimento, além dos professores, de psicólogos, terapeutas da fala e ocupacionais, assistentes sociais e outros técnicos no acompanhamento dos alunos. O texto integral da pergunta do PCP ao Ministério da Educação pode ser consultado no link em baixo.

21
Fev17

PCP questiona Governo sobre contratos a recibo verde na ARS do Algarve

António Garrochinho



O PCP questionou o Governo sobre a eventual contratação de 30 profissionais feita pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, nos últimos meses, com recurso a recibos verdes, «para fazer face a necessidades permanentes nos centros e extensões de saúde da região algarvia».


Os comunistas querem saber se a informação que lhes chegou corresponde à realidade e qual o número exato de contratos que foram realizados e quais as suas categorias profissionais, bem como a razão pela qual não foram abertos concursos de admissão com contrato sem termo, tendo em conta que se tratam de «necessidades permanentes dos serviços».
«Na opinião do PCP, é inadmissível que a ARS do Algarve – ou qualquer outro organismo público – recorra a recibos verdes para contratar trabalhadores para exercer funções que correspondem a necessidades permanentes dos serviços. A opção deve ser, naturalmente, a de contratar trabalhadores com vínculo efetivo à Administração Pública, garantindo-lhes todos os seus direitos laborais», defenderam os deputados comunistas, na questão que endereçaram ao ministro da Saúde.
Esta situação é vista com ainda maior estranheza pelo PCP tendo em conta que o Orçamento para 2017 prevê que o Governo apresente à Assembleia da República, «até ao final do primeiro trimestre de 2017, um programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública» para funcionários com contrato a termo certo que desempenhem funções não temporárias.
«O recurso a recibos verdes para a contratação de profissionais de saúde para a ARS do Algarve é totalmente incompatível com este objetivo de combate à precariedade laboral na Administração Pública», concluem os deputados Paulo Sá (eleito pelo Algarve) e Carla Cruz, signatários das questões dirigidas ao Governo.



www.sulinformacao.pt
21
Fev17

A memória pafiosa

António Garrochinho



memoria_pafiosa
Tinha um amigo, já falecido, que costumava dizer quando pretendia justificar-se da sua índole de grande pecador, fazendo referência ao Evangelho segundo S. Mateus,  que: “Se a carne é fraca, a minha é fraquíssima”. Por similitude, a nossa memória também é fraca, mas a memória dos trombeteiros pafiosos da direita é mais que fraquíssima.
Vem isto a propósito do rasgar de vestes com que o PSD/CDS querem surgir como grandes arautos da defesa da democracia, que dizem estar ameaçada porque a maioria à esquerda votou contra serem pedidos os SMS trocados entre Mário Centeno e António Domingues, na comissão de inquérito à CGD. O Presidente da dita Comissão, Matos Correia demitiu-se em protesto. Montenegro vocifera. A direita diz que a Assembleia da República é um alfobre de ditadores de esquerda e invoca os direitos das minorias que diz estarem a ser atropelados. E argumenta que sempre foram grandes democratas. E que, quando estavam em maioria, sempre permitiram que a minoria ouvisse quem quisesse, pedisse os documentos que quisesse, debatesse o que quisesse.
É espantoso como a direita pafiosa tem tanta falta de memória. Feitas algumas simples pesquisas, a imagem que ilustra este texto é elucidativa dessa enorme mentira. A direita impediu por variadas vezes, quando era governo e tinha a maioria na Assembleia da República, que depoimentos fossem prestados e que ministros e eminências pafiosas fossem ouvidas e questionadas no parlamento. A direita invoca agora direitos que negou às oposições quando era poder. A falta de vergonha é lancinante.
Mas o mais grave é que, ainda assim, as situações são diferentes. O que se nega agora à direita é a possibilidade de exercer o direito de aceder a conteúdos do foro privado, direito que iria colidir com o direito à privacidade, constitucionalmente consagrado, e que só pode ser postergado em casos de criminal gravidade que a lei prevê, e nos moldes que a mesma lei prevê.
E por falar em democracia, acresce ainda outro facto, esse sim, de especial gravidade. Não vi nenhum jornal, nenhuma televisão, nenhum orgão de comunicação social, elencar os casos do passado em que a anterior maioria cerceou à época as pretensões investigatórias parlamentares da oposição, destruindo assim o seu discurso de vestais puras e campeões da democracia.
O que diz tudo sobre a comunicação social que temos. Vergada, vendida, subterraneamente capturada pela agenda pafiosa que vai empolando e amplificando,cumprindo desse modo o seu objetivo de desgastar continuamente um governo que ainda não desistiu de querer apear antes do fim da legislatura.
Perante tal cenário de enviesamento informativo e de opinião parcial no espaço público, as lamúrias da direita pafiosa são de um espantoso ridículo e mais parecem o choro irritado do bebé a quem recusam o brinquedo preferido. E o brinquedo preferido deles, no momento, não é um cavalo de pau nem uma pista de carrinhos. São os SMS do Domingues.


estatuadesal.com
21
Fev17

FENÓMENOS NEM SÓ NO ENTROCAMENTO

António Garrochinho

À FORÇA DE CONTENUAREM JUNTOS
ENTRELAÇÁRAM OS PRESUNTOS
EM MIL BÊJOS E CARINHOS
E AO FIM DE NOVE MESES
ACONTECE RARAS VEZES
NACERAM VINTE PORQUINHOS
COISAS RARAS NUNCA VISTAS
NEM GALINHAS DE QUATRO CRISTAS
FOI ESPANTO CÁ NA ALDÊA
VÊO EM JORNÁS E REVISTAS
ARREGALARAM-SE MUNTAS VISTAS
TINHA SEMPRE A CASA CHÊOA
PERGUNTARÃO OS ATENCIOSOS
AQUELES MÁ CURIOSOS
DO QUÉ QUESTOU A FALAR
DE DOIS BÁCOROS BEM VIÇOSOS
QUE D´AMOR ERAM GULOSOS
E QUISERAM NAMORAR
COMO NÃ TINHA POCILGA
Ê E A MINHA MATILDA
PARA NÃO PAGAR MAIS IMI
COMO ELES ESTAVAM EM BRASA
VIVIAM NA NOSSA CASA
NA MESMA EM QUE NACI
ERAM MUNTO ASSEADOS
MÁS QUE CERTOS DOUTORADOS
COM GRAVATA E PÉS SEBÔSOS
DORMIAM EM LENÇÓIS E CAMA
E DESDE QUE GANHARAM FAMA
ERAM MUNTO PRESUNÇÔSOS
E ASSIM DESTA MANÊRA
Ê FUI ENCHENDO A CARTÊRA
COM A VESITA DE TANTO JORNALISTA
GRAVAÇÕES, FOTOGRAFIAS
REPORTAGENS TODOS OS DIAS
DESTA ESTÓRIA SENSACIONALISTA
SÓ NO CORRÊO DA MANHÈM
FORAM MUNTOS MÁS DE CEM
OS ÊROS QUÊ CÁ GANHEI
MAS SE AUMENTAR A NINHADA
ONDE MÊTO TODA A PORCADA
É CÔSA QUINDA NÃ SEI
António Garrochinho
21
Fev17

EUROPA QUER IMITAR A "GERINGONÇA"

António Garrochinho
Sem me julgar mais entendido do que outros sou surpreendido com esta notícia na imprensa que sinceramente me causa certa apreensão.
GOVERNOS EUROPEUS QUEREM IMITAR MODELO DA "GERINGONÇA"
Se os governos europeus querem este modelo algo de certeza vai mal para a maioria dos que trabalham e bem para os que governam.
E MAIS NÃO DIGO POIS PARA UM BOM BEBEDOR MEIA GARRAFA BASTA !
AG
21
Fev17

:) festival da canção - 1ª eliminatória

António Garrochinho

nome da canção: ALTERNE
intérpetre: Cherne (durão barroso)
nome da canção: MAMA É O QUE TU QUERES
intérprete : Guterres
nome da canção: TOMATES DAS HORTAS
intérprete: Paulo Portas
nome da canção: PENTÊLHO EM VOGA
intérprete: Passos Coelho
letra: Eduardo Catroga
nome da canção: CRÉDITO MAL PARADO
intérprete: Ricardo salgado
nome da canção: DOS MILHÕES É QUE ELE GOSTA
intérprete: Oliveira e Costa
nome da canção : SEM VERGONHA NA CARA
intérprete: Armando vara
AG
21
Fev17

Carrilho "ameaçou contratar atirador furtivo para matar Bárbara Guimarães"

António Garrochinho


Carrilho "ameaçou contratar atirador furtivo para matar Bárbara Guimarães"
    Diretora de programas da SIC e guionista dizem que apresentadora recebia SMS antes de diretos.


    Manuel Maria Carrilho terá enviado mensagens de telemóvel à ex-mulher, Bárbara Guimarães, já depois do divórcio e com ameaças de morte. A revelação foi feita, segunda-feira, por um guionista da SIC e confirmada pela diretora de programas do canal de televisão, durante mais uma sessão do julgamento em que o antigo ministro da Cultura é acusado de violência doméstica.
    João Vieira contou ao tribunal que a apresentadora de televisão recebia as mensagens "dois ou três minutos" antes de começar programas em direto. "O remetente eram números desconhecidos, mas toda a gente sabia que vinham do ex-marido", disse o guionista. João Vieira garantiu ter lido "muitas" dessas SMS e revelou que uma dizia que "iria ser contratado um "sniper" para matar" Bárbara Guimarães. "Outras diziam que o corpo dela era feio, que estava velha ou esquelética, que era uma puta, uma cabrona, que nunca mais iria ver os filhos ou voltar a casa", contou ainda o guionista, acrescentando que a apresentadora "chorava" antes de entrar nas galas em direto. "Depois recompunha-se, fazia a apresentação do programa e no intervalo voltava a chorar", relatou.
    Esta versão foi corroborada por outra testemunha do Ministério Público ouvida segunda-feira. Gabriela Sobral contou que Bárbara Guimarães estava "com medo" de apresentar a primeira gala do "Factor X". "Recebeu uma mensagem que dizia que ia estar uma pessoa na primeira fila que lhe iria dar um tiro", contou. A diretora de programas da SIC acrescentou que um dia se encontrou com Carrilho na "Pastelaria Versailles", em Lisboa, quando este estava com os dois filhos. "Levantou-se, chamou-me imbecil e outros nomes, apontou-me o dedo de forma agressiva e tive medo que me agredisse", contou Gabriela Sobral.



    21
    Fev17

    SERÁ QUE ESTE ACORDO RESOLVE O PROBLEMA ? PARECE QUE HÁ DÚVIDAS - Portugal retira queixa contra Espanha no caso Almaraz

    António Garrochinho








    A decisão resulta da reunião realizada em Malta, em 3 de Fevereiro de 2017, por iniciativa do presidente Jean-Claude Juncker, anunciou esta terça-feira a Comissão Europeia, em comunicado.
    Numa declaração conjunta assinada pelo primeiro-ministro português, António Costa e por Mariano Rajoy, os dois líderes sublinham os "enormes desafios económicos, sociais e geopolíticos que a União Europeia enfrenta neste momento".
    E acrescentam: "os litígios entre Estados-membros que são tradicionalmente aliados, devem ser resolvidos rapidamente, de forma consensual e num espírito de cooperação".
    No quadro desta resolução amigável, terá lugar nos próximos dias uma visita conjunta ao à central nuclear de Almaraz, que irá contar com a participação da Comissão Europeia. 
    "A visita e o processo de consulta permitirão às partes analisar e ter em conta as preocupações legítimas quanto a este projeto e acordar medidas adequadas para dar resposta a estas preocupações de forma proporcional", pode ler-se no mesmo comunicado.
    Em consequência, Portugal compromete-se a retirar a queixa contra Espanha, apresentada em 16 de janeiro de 2017, nos termos do artigo 259.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia. Já Espanha compromete-se a congelar a obra até obter luz verde de Portugal.
    Para o Governo português, o acordo com Espanha vai permitir conhecer o estudo de impacto ambiental. O ministro dos Negócios Estrangeiros nota que Portugal não abdica de voltar a apresentar queixa caso Espanha não cumpra o acordado.



    VÍDEO




    A Comissão Europeia congratula-se com este acordo, que considera ser um bom exemplo de como os Estados membros da União devem ultrapassar diferendos.
    Associação Zero espera para ver
    A associação ambientalista Zero considera que o acordo entre Portugal e Espanha "revela que a contestação está a dar algum resultado". Rui Berkemeier avisa no entanto que é preciso esperar para ver "o que é que o acordo nos traz", uma vez que poderá não resolver o problema.
    "Temos de ter mais informação porque este é um projeto que não tem qualquer sentido. Toda a sociedade portuguesa o tem protestado e já está completamente fora de tempo face ao que é o desenvolvimento das energias renováveis e aos perigos da energia nuclear", afirma o responsável da Zero.

    VÍDEO





    Rui Berkemeier espera que "Portugal saiba bem negociar esta situação" e "seja rígido na defesa dos interesses do nosso país". O ambientalista assinala que "toda a transparência é sempre bem-vinda" sublinha que a "questão de fundo não está resolvida".
    "O prolongamento do tempo de vida da central parece-nos que não faz qualquer sentido e é a continuação de uma aposta do governo espanhol em tecnologias que já deveriam estar abandonadas no dia de hoje", insiste Berkemeier.
    A associação ambientalista Zero denuncia os interesses em torno da energia nuclear e as pressões exercidas. "Esta central tem de encerrar. O seu tempo de vida está a chegar ao fim", afirma.
    "Ao não permitirmos a construção deste depósitos de resíduos estamos a dar uma sentença de morte à central que é o que pretendemos", conclui o representante da associação ambientalista.
    A avaliação dos impactos transfronteiriços
    Recorde-se que Portugal apresentou queixa em Bruxelas contra Espanha depois de os Governos dos dois países não terem conseguido chegar a acordo sobre a construção de um aterro nuclear na central de Almaraz, que Lisboa contesta.
    O Governo português defendeu na altura que no projeto de um aterro de resíduos junto à central nuclear de Almaraz "não foram avaliados os impactos transfronteiriços", o que está contra as regras europeias.Espanha compromete-se agora a não tomar medidas irreversíveis antes da visita técnica conjunta das autoridades portuguesas e dos representantes da Comissão Europeia.
    Nessa visita será também analisada a necessidade de realizar um estudo de impacto ambiental transfronteiriço, pedido por Portugal desde o início do processo.
    O processo para a construção do Armazém Temporário Individualizado (ATI) da Central Nuclear Almaraz teve início em 18 de novembro de 2015, quando o diretor-geral das Centrais Nucleares de Almaz-Trillo (CNAT) solicitou a autorização para a construção do armazém de resíduos nucleares, com o objetivo de resolver as necessidades de armazenamento do combustível gasto nos reatores.
    A funcionar desde o início da década de 1980, a central está situada junto ao Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.
    A decisão de Espanha deu origem a diversos protestos, tanto da parte das associações ambientalistas portuguesas e espanholas, como dos partidos políticos na Assembleia da República.
    Compromissos a que estão obrigados os dois países:
    Espanha:
    a) Partilhará com Portugal toda a informação pertinente em matéria de ambiente e segurança nuclear e facultará, se for caso disso, toda a informação necessária com vista a determinar a ausência de efeitos significativos do projeto no território português.
    b) Organizará, o mais rapidamente possível, uma visita das autoridades portuguesas às instalações, a fim de expor a tecnologia e as características de segurança propostas, além de todas as reuniões de informação e de esclarecimento necessárias. Esta visita irá contar com a participação da Comissão Europeia, designadamente representantes de alto nível do gabinete do Presidente Juncker e das Direções-Gerais do Ambiente e da Energia, que serão convidados para o efeito.
    c) Não emitirá nem executará a autorização para iniciar o funcionamento do armazém de resíduos nucleares até que as autoridades portuguesas tenham analisado as informações pertinentes e a visita se tenha realizado. A visita e o intercâmbio de informações terão lugar no decurso dos próximos dois meses. Durante este período, a Espanha abster-se-á de tomar quaisquer medidas que possam ser consideradas irreversíveis por qualquer das partes do acordo ou passíveis de comprometer o resultado da consulta a Portugal. Ao invés, este período deverá ser aproveitado para analisar e ter em conta, num espírito construtivo e de boa-fé, qualquer preocupação legítima formulada por Portugal quanto ao projeto, bem como para ponderar a possibilidade, no interesse de boas relações de vizinhança, de qualquer medida adequada que possa contribuir para dirimir as preocupações legítimas manifestadas por Portugal.

    Portugal:
    a) Comprometer-se-á, à luz dos contactos estabelecidos no sentido de uma resolução amigável, a retirar a sua queixa apresentada nos termos do artigo 259.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), sem prejuízo da possibilidade de recorrer ao artigo 259.º do TFUE no futuro.
    Além disso, Espanha e Portugal aceitam acelerar, em conjunto com a Comissão Europeia, os trabalhos do Grupo de Alto Nível em matéria de interligações no Sudoeste da Europa, a fim de desenvolver os projetos de interligação das redes de gás e de eletricidade necessários para assegurar as ligações entre Portugal e Espanha, bem como entre a Península Ibérica e os mercados europeus. Tal irá aumentar a segurança do abastecimento energético da Europa, melhorar a fiabilidade do sistema de eletricidade, aumentar a qualidade do serviço e reduzir as perdas de produtividade nos setores comercial e industrial.
    A existência de níveis ambiciosos de interligação reverterá em benefício da Europa, uma vez que a otimização do sistema irá conduzir a uma redução das importações de combustível e do preço da energia.
    21
    Fev17

    ENQUANTO LIXAVAM A VIDA À MAIORIA DOS PORTUGUESES - Fisco deixou escapar 10 mil milhões para offshores entre 2011 e 2014

    António Garrochinho


    O Público noticia hoje que durante quatro anos da legislatura anterior houve um conjunto de transferências bancárias que o fisco não controlou. Impostos terão ficado por cobrar e podem ser dados como perdidos. Agora, a Inspecção-Geral de Finanças está a investigar.
    Fisco deixou escapar 10 mil milhões para offshores entre 2011 e 2014
    Durante o Governo anterior, não foram divulgados dados de transferências para offshores.
    Entre 2011 e 2014, dez mil milhões de euros não passaram pelo controlo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Segundo escreve o diário, estas transferências para paraísos fiscais foram comunicadas pelos bancos, mas não tiveram qualquer tratamento por parte do fisco. 
     
    Em 2010, o Governo de José Sócrates tornou obrigatória a divulgação dos dados relativos a essas transferências, mas durante a anterior legislatura, com Paulo Núncio à frente da secretaria de Estado responsável pelos impostos, as estatísticas nunca foram publicadas no Portal das Finanças. Segundo o Ministério das Finanças explica ao Público, estas falhas foram identificadas quando entre o final de 2015 e início de 2016, o fisco decidiu retomar o trabalho de análise estatística e de divulgação dos valores destas transferências para offshores. Ao observar incongruências nos dados, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, quis esclarecer a origem dessas divergências.
    Entre 2011 e 2014 houve "20 declarações apresentadas por instituições financeiras que não foram objecto de qualquer tratamento pela AT", diz o Governo ao Público. É na soma dessas 20 declarações que se chega a 9,8 mil milhões de euros não controlados. Isto é, 490 milhões por declaração. Uma vez que se tratam de montantes muito significativos, além do controlo que está agora a ser feito pela inspecção tributária, está também em curso uma investigação da Inspecção-Geral de Finanças.

    Pelo caminho, é possível que tenham ficado impostos por cobrar. No entanto, o Governo nota que, mesmo que seja esse o caso, parte desse valor não poderá ser recuperado, já que algumas das discrepâncias são anteriores a 2013 e o prazo de liquidação do imposto já caducou.


    21
    Fev17

    O que é o CETA e o que é que se está a passar enquanto dormimos?

    António Garrochinho


    A grande maioria dos cidadãos europeus não sabe o que é 

    CETA. No entanto, ele foi aprovado esta semana pela 

    maioria dos deputados do Parlamento Europeu e terá 

    impactos significativos na sua vida.

    CETA: este nome diz-lhe alguma coisa? Se lhe disser que é a sigla inglesa para Acordo Económico e Comercial Global entre a UE e o Canadá, ajuda? Percebe o significado mas pouco ou nada ouviu falar desse acordo e desconhece o conteúdo ou as suas consequências? Não se preocupe, isso não significa que é uma pessoa desatenta ou desinformada. A grande maioria dos cidadãos europeus não sabe o que é o CETA. No entanto, e apesar disso, o CETA foi aprovado esta semana pela maioria dos deputados do Parlamento Europeu. Se pensa que não lhe diz respeito está muito enganado. O CETA terá impactos significativos na sua vida, nos seus direitos sociais e laborais, no meio-ambiente e na qualidade e segurança dos alimentos que irá ingerir. A Comissão Europeia negociou este acordo com as autoridades canadianas durante 8 anos. Sim, leu bem, 8 anos. Como é que chegamos ao final de tão longo processo sem que as pessoas saibam? Porque estas negociações decorreram em segredo, longe do escrutínio dos representantes dos cidadãos, mais longe ainda dos cidadãos, mas muito muito perto das multinacionais. 95% das reuniões da Comissão Europeia relativas a este acordo foram com multinacionais. Agora imagine quais são os interesses que este acordo defende acima de tudo, inclusive acima da democracia? Os das multinacionais. Mas os impactos, esses serão sobre todos nós.
    Dizem-nos que este acordo pretende facilitar o comércio entre a UE e o Canadá, harmonizando uma série de padrões de qualidade e segurança e de impacto ambiental, para que os produtos possam ser colocados nos mercados sem terem que passar por uma revisão desses mesmos padrões de acordo com as normas do país ou região que os importa. Prometem-nos a inevitabilidade do aumento das exportações, o crescimento da economia, o aumento do emprego, em suma, a felicidade para todos. Mas (quando nos prometem tanto há sempre um ‘mas’ nas entrelinhas), como é que é feita essa harmonização de padrões? É pelo mais elevado? Pelo que garante mais segurança, qualidade, menos impacto ambiental? Não. Quem tem os patamares mais baixos sobe-os, eventualmente, nalgumas matérias e quem tem os patamares mais elevados desce-os.
    Pois assim é. Quando não podem ganhar todos, e esta é uma questão de simples verificação matemática, alguém tem de perder. Para uns exportarem mais, tem de haver quem compre. A ideia base do acordo é que ambas as partes - Canadá e União Europeia - consigam colocar produtos no mercado a preço competitivo e, assim, aumentar as exportações. O preço competitivo está, obviamente, relacionado não apenas com a forma como se produz mas também com quanto se paga a quem produz.
    Um acordo desta natureza é, por isso, uma corrida para o fundo. Olhemos, por exemplo, para a produção de carne. No Canadá recorre-se de forma abusiva às hormonas e à produção intensiva, o que permite ter custos de produção abaixo dos existentes em muitos dos países europeus, ao que acresce um elevado custo para a saúde. Como podemos competir? Introduzindo o recurso às hormonas? Baixando ainda mais o preço do trabalho ou aumentado a precariedade? Nenhuma destas soluções é um ganho, perdemos duplamente. E na agricultura como poderemos competir com as produções dominadas pelos organismos geneticamente modificados? Estas são apenas algumas das perguntas. Poderíamos estendê-las a muitas outras áreas. Abrindo o mercado dos serviços, poderá uma empresa canadiana ganhar um concurso para distribuir leite escolar numa escola em Portugal? Como é que mantemos os postos de trabalho nesta corrida desenfreada? E que postos de trabalho. Se pensarmos no ambiente, não muda de cenário. Os termos do acordo de Paris não são levados em linha de conta, as fontes energéticas recuam anos a fio. Podemos ‘competir’ com um modelo de desenvolvimento sustentável que proteja as gerações futuras quando abrimos a porta à extração de gás de xisto ou à centralidade dos combustíveis fósseis em vez das energias renováveis?
    Se isto não fosse suficiente, este acordo prevê a criação de tribunais arbitrais para resolver litígios possíveis entre multinacionais e governos. Estes tribunais prevalecem sobre tribunais judiciais, sobre o direito comunitário e sobre as diferentes bases jurídicas nacionais. É um sistema de justiça paralelo onde prevalece a lei do mais forte. Se um ‘investidor’ não tiver os lucros esperados poder recorrer a estes tribunais. Quem perde aqui é a própria democracia.
    Apesar de tudo isto, este acordo foi aprovado esta semana no Parlamento Europeu.
    Mais de 3,5 milhões de cidadãos mobilizaram-se contra a sua aprovação, 2137 regiões declararam-se zonas livres. Sabemos que estes cidadãos continuarão a resistir. Falta um ano para a total implementação do acordo. Pelo caminho 38 parlamentos nacionais e regionais terão de pronunciar-se. O voto no Parlamento Europeu não é o fim. É uma parte do processo.
    Agora que já sabe o que é o CETA, pode decidir ignorar ou conformar-se, ou mobilizar-se para que prevalece a voz que não foi ouvida em todo o processo, a das pessoas. Se tiver dúvidas, procure informar-se. É das nossas vidas que estamos a falar.
    Artigo publicado em Beiras News a 19 de fevereiro de 2017

    Sobre o/a autor(a)

    Eurodeputada, dirigente do Bloco de Esquerda, socióloga.
    www.esquerda.net
    21
    Fev17

    TÁVA MÔRTO

    António Garrochinho

    TÁVA MÔRTO ERA O QUE JULGAVA
    O MANÉL CONHECIDO PELO FÁVA
    MAS FÔI AO BAILARICO
    CONHECEU LÁ UMA BAILARINA
    BEM CONSERVADA DE PELE FINA
    E ENTÃO FOI O BONITO
    COM TANTO RODOPIAR
    ALGO COMEÇOU A AUMENTAR
    LÁ NO MÊO DAS VERILHAS
    ERA VÊ-LO MUNTO VERMÊLHO
    MÁ MEXIDO CUM ESCRAVÊLHO
    QUAL MÔÇO DE NOVAS PILHAS
    PELA CENTURA ABRAÇAVA
    O SEU PÁR QUE ADORAVA
    E ELA SE DERRETIA
    TÁVA VIVO O MANUEL FÁVA
    HÁ MUNTO QUE NÃO SE ASSANHAVA
    E A TAL PERNA NÃ SENTIA
    O DESFÊCHO JÁ SE ADEVENHAVA
    ENTRE A PÁLMIRA E O FÁVA
    E DÊU EM CASAMENTO
    AGORA QUE SE HABETOOU
    POR AQUILO QUE NÃ DANÇOU
    DÁ Á PERNA TÔDO O TEMPO
    António Garrochinho
    21
    Fev17

    ESPECIAL SENHORAS - MODA INVERNO: 7 COMBINAÇÕES DE CORES PARA USAR NO FRIO

    António Garrochinho

    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: preto, cinza e marsala. Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    Dizem que a temporada outono/inverno é a melhor para se vestir e é o momento em que as mulheres mais capricham no visual. Então, já que o frio está chegando, já podemos começar a planejar o look outono/inverno 2016. Como a tendência são cores sóbrias, mas fortes, dá para apostar em peças que passeiem pelos tons de cinza, azul marinho, verde esmeralda, marsala e marrom. A seguir, você poderá conferir uma seleção de 7 combinações de cores para usar e abusar nos dias mais frios do ano!



    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: nude, vinho e azul navy. Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: cinza e mostarda. Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: azul serenity e rose quartz.Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: cinza claro, cinza escuro e rosa queimado. Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: nude areia, azum marinho e azul jeans. Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: nude e tons terrosos. Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    7 combinações de cores para usar no frio
    Cores prodominantes: preto, cinza e marsala. Foto - Reprodução/discovercolor.ru
    21
    Fev17

    dá um e tira dois

    António Garrochinho
    SEMPRE QUE O GOVERNO CEDE UM CÊNTIMO ARRANJA MANEIRA DE SACAR DOIS OU TRÊS !
    OS SENHORES DEPUTADOS NÃO SABEM ISSO ? SE SABEM PORQUE FICAM NAS COVAS EM DETERMINADAS SITUAÇÕES ?
    ASSIM HÁ SEMPRE MATÉRIA PARA "DISCUTIR" E NEM O PAI MORRE NEM A GENTE ALMOÇA .
    O GOVERNO QUANDO CEDE FICA BEM NA FOTOGRAFIA E OS DEPUTADOS QUANDO CALAM TAMBÉM.
    O CICLO É VICIOSO "TRABALHA-SE MUITO" MAS OS RESULTADOS NÃO APARECEM.
    QUEM ESTÁ SEMPRE A PERDER NA REALIDADE ?
    AG
    21
    Fev17

    EQUADOR O QUÊ?

    António Garrochinho

    Todas as prostitutas políticas (homens e mulheres) das televisões portuguesas, toda aquela seita de medíocres que comem da gamela do patrão cavernoso, não noticiaram honradamente a vitória à 1ª volta do candidato presidencial de esquerda (Lenin Moreno), no Equador, por grande vantagem.
    As imundas Judites, as Claras descerebradas, as gajas de Lourenço às cavalitas, os bácaros com Rodrigues na boca, toda esta bichesa engalanada não se deu conta de uma vitória da esperança no território da América-Latina. Os povos resistem e lutam contra o ódio e o racismo, pelo Socialismo.
    A luta de classes não encerrará para obras. O capitalismo será destruído pela crescente consciência de classe dos povos subjugados a interesses que nada lhe dizem.
    Guilherme Antunes (facebook)
    Foto de António Garrochinho.

    21
    Fev17

    21 de Fevereiro de 1513: Morre o papa Júlio II, " O Terrível", destacado mecenas renascentista

    António Garrochinho


    Nascido Giuliano Della Rovere, morre em 21 de Fevereiro de 1513 o papa Júlio II, pouco após a abertura do Concílio de Latrão V, convocado por ele. Durante o seu período como chefe da Igreja Católica, o papa apelidado de "O Terrível" empenhou-se em anexar territórios pontificais, contratou artistas de renome, como Miguel Ângelo e Rafael, e até criou a sua própria moeda.

    Graças ao apoio do seu tio Francesco della Rovere, papa em 1471 sob o nome de Sisto IV e quem confiou a Miguel Ângelo a incumbência de decorar a magnífica capela que levou seu nome — Capela Sistina — , Giuliano Della Rovere começou a sua caminhada para a trono de São Pedro: foi nomeado cardeal em 15 de Dezembro de 1471 aos 28 anos e bispo de Avinhão em 1474. Tendo constituído um imenso património, usa-o para criar uma influente rede. Diplomata hábil, estabelece vínculos com o rei da França Luís XI assim como com o imperador Maximiliano I, tendo em vista alcançar a tiara pontifical.

    Não rejeita os prazeres profanos como o atesta o nascimento de diversos bastardos. Todavia, muito pouco atraído pelo luxo, denuncia o nepotismo de Alexandre IV Borgia, o que o obrigou a esperar a morte dele para voltar a Roma e preparar a sua eleição. E ela ocorre em 1 de Novembro de 1503, após o breve pontificado de Pio III, papa por apenas 25 dias.

    O novo papa já tinha, à época, 60 anos. Notadamente mais apaixonado pelos combates do que pelas belas palavras; mais à vontade numa armadura do que sob a mitra; homem de acção, combatente até à alma, Giuliano iria  comportar-se como soberano temporal. A escolha do nome Júlio, que remete a Júlio César, era em si todo um programa.

    Preocupado em consolidar os Estados Pontifícios, reanexa, à frente do seu exército, a partir de 1504, a Romagna e outras possessões de César Borgia.  As suas excursões  valem a admiração de Maquiavel e o apelido de "O Terrível".

    Não tardou, porém, a  ferir-se em Veneza. A ‘Sereníssima República’ pretendia estender as suas possessões de Terra Firma e conquistar a Emilia-Romagna. Em 10 de Dezembro de 1508, o papa Júlio II constitui contra ela a Liga de Cambrai, com o rei da França Luís XII, o imperador da Alemanha Maximiliano I, Fernando o Católico da Espanha e a Saboia.


    Num dado momento, o papa volta-se contra os seus aliados e faz a paz em separado com a ‘Sereníssima’, tentando expulsar da Itália os "Bárbaros do Norte" — os franceses. Num acto de protesto, resolve deixar a barba crescer, jurando jamais cortá-la até que a Itália seja libertada.

    Júlio II, muito pouco interessado nos dogmas e na reforma da Igreja, vale-se das riquezas da Santa Sé em benefício dos humanistas e dos artistas, pondo em prática os conselhos do seu contemporâneo Maquiavel: "Todo o bom príncipe deve mostrar-se amante das virtudes, oferecendo hospitalidade aos homens virtuosos e homenageando aqueles que se excedem numa determinada arte".

    Faz importantes encomendas aos principais génios do seu tempo: Migule Ângelo, Rafael ou ainda Bramante. Abre novas artérias em Roma, entre as quais a Via Giulia. Empreende também em 1506 a construção da Basílica de São Pedro, um canteiro de obras de mais de 20 anos, sob a condução de Bramante.

    A Miguel Ângelo confia, além da decoração da Capela Sistina, a realização do seu próprio túmulo na igreja de São Pedro em Vincolo. Esse túmulo permaneceria inacabado, reduzido a uma escultura monumental de Moisés. A Rafael confia a decoração dos seus apartamentos.

    Essas obras, bem como o mecenato, além das despesas militares, acabaram por engolir as receitas da Santa Sé. Para remediar a situação, Júlio II multiplica a venda de benefícios eclesiásticos, as isenções e as indulgências — uma redução do tempo no purgatório prometido aos generosos fiéis após sua morte.

    Quanto às empresas financeiras, ele vale-se dos prudentes conselhos de seu fiel banqueiro Agostino Chigi, que o leva até a criar a sua própria moeda, o giulio.

    Estas medidas, continuadas pelo seu sucessor Leão X (João de Médicis) iriam escandalizar os fiéis, notadamente na Alemanha, e contribuir para a reforma luterana.

    O papa sempre evitou aparecer com os seus filhos para escapar às maledicências que acompanharam o seu predecessor Alexandre VI. No entanto, preocupado em consolidar as suas ligações, casa sua filha Felice Della Rovere, nascida em 1483 da sua relação com uma jovem aristocrata romana, com o filho de uma grande família romana, Giordano Orsini.


    Fontes: Opera Mundi
    wikipedia (imagens)




     
    Papa Júlio II - Rafael
    Juliano ainda cardeal (esquerda) com o seu tio, o Papa Sisto IV


    21
    Fev17

    21 de Fevereiro de 1804: Ocorre a primeira viagem de uma locomotiva a vapor

    António Garrochinho



    No dia 21 de Fevereiro de 1804 ocorre em Pen-y-Darren, no País de Gales, a primeira viagem de uma locomotiva a vapor.

    A locomotiva tinha sido concebida pelo engenheiro de minas Richard Trevithick, apaixonado pela motorização a vapor. Naquele dia, colocou dez toneladas de ferro e 60 pessoas acomodadas em cinco vagões. O trajecto era de 16 quilómetros e foi cumprido em quatro horas e cinco minutos.

    A ideia de fazer circular cargas pesadas sobre trilhos remonta às primeiras explorações mineiras.

    Desde a Idade Média, os exploradores perceberam que os carros de produtos pesados sofriam menos resistência à fricção quando rolavam sobre trilhos. Inicialmente, os trilhos eram de madeira e os veículos puxados a cavalo.

    Com o desenvolvimento da metalurgia, os trilhos de madeira foram sendo substituídos paulatinamente pelos trilhos de ferro, o que melhorava bastante o desempenho da tracção.

    No País de Gales, onde as fundições fabricavam produtos pesados, o transporte sobre via-férrea parecia ser a solução ideal. Restava o problema da tracção: deveria  limitar-se a carros puxados por animais?

    A invenção da máquina a vapor por James Watt em 1776 e os primeiros aparelhos movidos a vapor deixavam antever soluções mais eficazes.

    Samuel Homfray, proprietário de fundições em Penydaren, desafiou o seu amigo Richard Trevithick a construir uma máquina capaz de transportar 10 toneladas.

    Foi assim que concebeu a primeira locomotiva a vapor, com uma caldeira sobre uma carreta. O vapor sob pressão accionava um pistão que fazia girar uma grande roda exterior. Trevithick, todavia, deixou de explorar o seu invento, permitindo que outros a explorassem e a industrializassem.

    Em 1825, é inaugurada a linha Stockton & Darlington, em Midlands. Tratava-se das ferrovias mineiras com os seus cavalos e máquinas a vapor fixas transpostos para ambientes abertos. Além de transportar carvão, também levava passageiros.

    Esta linha, bastante rústica, foi uma experiência fundamental para a construção de uma primeira linha ferroviária comercial ligando Liverpool a Manchester.

    Para este grande projecto, organizou-se um concurso com uma recompensa de 500 libras esterlinas. O objectivo era seleccionar um projectista capaz de fazer rodar sobre trilhos uma máquina de menos de seis toneladas a uma velocidade de 16km/h.

    Entre os concorrentes, a máquina de Timothy Hackmorth atinge a velocidade de 30km/h. O seu construtor era um engenheiro que trabalhava na linha da Stockton & Darlington. Infelizmente, no dia do concurso, a sua máquina passou por diversas avarias, conseguindo, de qualquer forma, transportar 19 toneladas ao longo de 36 quilómetros a uma velocidade de 22km/h.

    Finalmente Georges Stephenson e o seu filho Robert é que ganham o prémio com a sua locomotiva The Rocket (O Foguete), mais eficaz e engenhosa, dotada de algumas artimanhas técnicas emprestadas da versão de Hackmorth.

    Tinha a aparência tradicional das locomotivas a vapor conhecidas na época, com uma caldeira horizontal, uma fornalha atrás e a chaminé à frente. A sua caldeira tubular multiplicava por quatro a produção de vapor em relação às caldeiras simples. Um recipiente contendo água e o carvão estavam atrelados na traseira da locomotiva. Com pouco mais de quatro toneladas rodava até 56km/h.

    Stephenson forneceu as primeiras locomotivas da linha Liverpool-Manchester, o que fez cair para metade o preço das mercadorias vendidas em Manchester. A ferrovia tornou-se bastante rentável. O sucesso foi tal que Stephenson não conseguia  atender aos pedidos.

    Em 1835, as locomotivas fabricadas por Sharp & Roberts já ultrapassavam a barreira dos 100 km/h. A despeito da necessidade de investimentos importantes, os promotores das estradas de ferro auferiam lucros colossais, tanto no transporte de mercadorias quanto no de passageiros.

    Fontes: Opera Mundi
    wikipedia (imagens)

    A máquina de Richard Trevithick


     


    A Locomotiva de Richard Trevithick de 1804

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