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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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14
Mar17

O OVO CÓSMICO DO ALGARVE

António Garrochinho
Português ovo cósmico inexplicável

Uma pedra intrigante foi encontrada por Peter Daughtrey, um pesquisador britânico e autor do livro "Atlantis e da Cidade de Prata" em Silves, Algarve, Portugal. As suas características notáveis ??tornam-no único em sua classe.
Ele refere-se ao objecto como uma enorme pedra que é cerca de 2 metros de comprimento, com cerca de 7000 anos, e se assemelha a um ovo da criação cósmica. E este ovo exposto no Museu em Lagos tem algo nela que a conecta aos mitos bem conhecidos.

Esta pedra tem um símbolo que tem semelhanças surpreendentes com o desenho da dupla hélice do DNA, e muitos destes chamados ovos de criação são mostrados com uma cobra ou serpente enrolada em volta dele.

O ovo da criação cósmica é um motivo mitológico encontrado nas histórias da criação de todo o mundo. Na mitologia grega, isso é chamado o ovo órfico. ovos semelhantes podem ser encontrados na China, Egito e todo o mundo antigo. Ele é usado para explicar os princípios da vida na Terra. Muitos dos antigos acreditavam que os próprios deuses enviaram o ovo cósmico para a terra e a humanidade nasceu dele.
O ovo da criação cósmica

Esta pedra  foi localizada perto de uma área onde Peter acredita que existiu a Atlantis que foi: a pequena cidade de Silves.

O museu classifica esta pedra como "Menir de pé". Os menires podem ser encontrados espalhados ao longo da costa oeste de Portugal, e em todo o resto do mundo. Muitos destes menires apresentam entalhes ou símbolos estranhos, muitos ainda a serem decifrados.

Mas esta não é pedra original, é realmente uma escultura. Você pode ver que o símbolo que tem. O ovo inteiro teve que ser esculpido.

Quem fez isso deve ter tido as ferramentas para fazê-lo. O bronze como ferramenta não é era suficiente. O escultor deve ter tido uma outra forma de conhecimento da metalurgia, a fim de fazê-lo. Em adição a isto, a característica central, se assemelha a uma vara.

A vara era um símbolo do poder em muitos mitos. Moisés teve uma e haste e a haste Mesopotâmia foi considerado como um símbolo do poder dos deuses.

Não só se assemelha ao caduceu de Hermes na mitologia grega, mas também a uma dupla hélice, os blocos de construção de DNA.

Mas o modelo da hélice dupla só foi descoberto em 1953. Então, como poderia haver tal um símbolo gravado em um ovo de pedra que alguns dizem foi esculpido cerca de 7000 anos atrás? 

conspiraciones1040.blogspot.pt
14
Mar17

O HISTERISMO DA ESPIONAGEM

António Garrochinho
SIM ! TODA A VIDA HOUVE ESPIONAGEM MAS NÃO PODEMOS CAIR NO RIDÍCULO E NA DISCUSSÃO SUPÉRFLUA.
Uma sociedade em completo histerismo, demasiado terror para nos esconder o essencial.

É A TELEVISÃO INTELIGENTE QUE OUVE AS NOSSAS CONVERSAS E MANDA PARA O TRUMP.

É O MICRO ONDAS QUE ESPIA E PLAGIA AS NOSSAS RECEITAS FAVORITAS E MANDA PARA A VIZINHA.

É O AUTOCLISMO QUE SE DELICIA COM AS NOSSAS PARTES ÍNTIMAS.

Não haverá mais nada para discutir, para tentar resolver, para nos ocupar o pensamento e nos fazer cair na realidade em lugar de andarmos entretidos com estas patranhas que nos desviam a atenção dos nossos problemas reais ?
António Garrochinho
14
Mar17

14 de Março de 1883: Morre o filósofo e historiador alemão Karl Marx, em Londres, autor de "O Capital"

António Garrochinho

14 de Março de 1883: Morre o filósofo e historiador alemão Karl Marx, em Londres, autor de "O Capital"
Filósofo alemão nascido em Trèves (Renânia) a 5 de Maio de 1818. Acerca dele se afirmou: «No século dezanove foi o pensador que teve, de longe, a influência mais directa, deliberada e poderosa sobre a Humanidade» (Isaiah Berlin). Sensível aos problemas sociais da época, foi influenciado pelas doutrinas do socialismo utópico de Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen e pelas teorias da economia política de Adam Smith e David Ricardo, que tentou superar.O pensamento de Marx define-se essencialmente em oposição ao idealismo hegeliano, embora dele retome a concepção dinâmica da realidade e os princípios da dialética, reinterpretando-os à luz de uma concepção materialista. A crítica fundamental que faz a Hegel é a de que este apenas se apercebeu do desenvolvimento espiritual abstracto, quando a ideia não é mais que «a matéria, trasladada e transformada na cabeça do homem», provocando, simultaneamente, uma inflexão no agir filosófico, afastando-o do domínio puramente teorético para o inserir na esfera da intervenção prática - «até ao presente, os filósofos só se têm preocupado com a interpretação do mundo segundo várias óticas. Todavia, o problema está em ser capaz de o transformar».Recusando a transposição hegeliana do facto empírico para o plano metafísico, defende que não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas o seu ser social que determina a consciência. É a partir dessa premissa que Marx constitui o sistema do materialismo histórico, segundo o qual os processos económicos estão na base de toda a evolução da humanidade, considerando todas as restantes manifestações socioculturais como meras superestruturas ideológicas, estritamente determinadas pelas relações de produção vigentes.
A história das sociedades é encarada como um longo processo dialético em que as classes oprimidas, vítimas de relações de produção desiguais, se revoltam contra as classes dominantes, instaurando uma nova ordem económica. A luta de classes percorre, portanto, todo o devir da humanidade, desde a antiguidade (sociedade esclavagista em que se opõe ao homem livre o escravo), passando pela sociedade feudal (oposição entre suserano e servo), até à sociedade capitalista, na qual a revolução do proletariado, através da abolição da propriedade privada e da coletivização dos meios de produção, suprimirá todos os antagonismos, instaurando o comunismo e a sociedade sem classes.
Marx debruçou-se em particular sobre a formação e a essência do capitalismo considerando que este se fundamenta numa apropriação indevida da mais-valia gerada pelo trabalho numa lógica de acumulação e concentração de riqueza que deixa completamente de lado a função social do trabalho e reduz o proletariado a um estado de alienação em que o trabalho deixa de ser um fator de realização pessoal. A religião, que classifica como «ópio do povo», associa-se a esse processo de alienação, prometendo aos proletários uma satisfação extramundana em troca da sua submissão à ordem estabelecida.
Marx morreu em Berlim a 14 de Março de 1883. O seu sistema, desenvolvido em grande parte em colaboração com Friedrich Engels (1820-1895) e imbuído de objetivos sociais reformistas e emancipadores, marcou decisivamente toda a filosofia política contemporânea.

Karl Marx. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.

wikipedia (Imagens)


Karl Marx em 1875




14
Mar17

14 de Março de 1804: Nasce Johann Strauss (pai), autor da Marcha Radetzky

António Garrochinho


Johann Strauss ou Johann Baptist Strauss foi um compositor austríaco. Nasceu em Viena no dia 14 de Março de 1804, foi o primeiro grande compositor da família Strauss. Após uma formação autodidacta, tornou-se violinista na orquestra de Michael Pamer, conhecido compositor de música ligeira. Mais tarde, regeu a orquestra de Joseph Lanner.

Casou com Maria Anna Streim, em 1825, na igreja paroquial de Liechtenthal, em Viena. O seu casamento foi instável com as suas ausências prolongadas, levando a um afastamento gradual entre o casal e, mais tarde, Emilie Trampusch tornou-se sua amante  e teve com ela seis filhos.

Apresentou pela primeira vez ao público vienense uma valsa da sua autoria, Täuberlwalzer (1826), baptizada, segundo a moda da época, com o nome do local onde se realizou a estreia. Fundou o seu próprio grupo (1830) e passou a ser visto como o maior músico austríaco da época e ganhou prestígio internacional a partir do momento em que passou a realizar (1833) frequentes apresentações pela Europa. Nomeado director dos bailes imperiais (1833), escreveu 18 marchas, entre as quais a célebre Marcha Radetzky, mais de 150 valsas e inúmeras polcas, quadrilhas e outras peças de dança, todas notáveis pelo brilho melódico e rítmico.

Strauss morreu em Viena no dia 25 de Setembro de 1849 de "escarlatina" que contraiu a partir de um de seus filhos ilegítimos. Foi enterrado no cemitério ao lado do seu amigo Döblinger Josef Lanner. Em 1904, os seus restos mortais foram transferidos para o túmulo no Cemitério Central de Viena.
wikipedia (imagens)
 Ficheiro:Johann Strauss I (2).jpg
File:Johann Strauss I (1).jpg
Johann Strauss em 1837


VÍDEO 
14
Mar17

A DOIDA ! - Cristas aprovou projecto de resolução do BES sem o ler

António Garrochinho


O Conselho de Ministros nunca se discutiu "com profundidade" os eventuais problemas no Banco Espírito Santo (BES). A garantia veio da líder do CDS-PP, Assunção Cristas, que explicou ao jornal Público que houve apenas "uma referência" do então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sobre o tema. A líder centrista adiantou um detalhe polémico: Cristas foi contactada "durante as férias" pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, para assinar "com urgência" - "sem conhecer o dôssier"- a resolução do Banco de Portugal sobre o BES.
"Estava no início de férias e recebi um telefonema da ministra das Finanças a dizer: 'Assunção, por favor vai ao teu email e dá o OK, porque isto é muito urgente, o Banco de Portugal tomou esta decisão e temos de aprovar um decreto-lei'. (...) Como pode imaginar, de férias e à distância e sem conhecer os dossiês, a única coisa que podemos fazer é confiar e dizer: 'Sim senhora, somos solidários, isso é para fazer, damos o OK'. Mas não houve discussão nem pensámos em alternativas possíveis — isto é o melhor ou não —, houve confiança no Banco de Portugal, que tomou uma determinada decisão", explicou Cristas. 
"É aí que critico um bocadinho esta coisa de não termos nada que ver, o Conselho de Ministros não tem nada que ver, mas no fim da história é ele que tem de aprovar o decreto-lei", lamentou a líder centrista.
Quanto à questão do Conselho de Ministros, Cristas explica que nas reuniões em que esteve presente nunca se discutiu o BES "com profundidade". "Não posso garantir tudo porque, de vez em quando, havia um ou outro Conselho de Ministros em que eu não estava, por razões de representação do ministério. Mas discussão em profundidade do problema do BES, das soluções, das alternativas, das hipóteses, isso nunca aconteceu", disse Cristas ao Público.
Contudo, a líder centrista recorda-se de uma referência por Pedro Passos Coelho à questão de injectar 12 mil milhões de euros da troika no Estado, tal como defendia o socialista António José Seguro na altura. Contudo, o ex-primeiro-ministro não quis usar porque não se sabia se poderia haver problemas no BES.


www.sabado.pt
14
Mar17

AMAL pondera avançar com Plano Juncker no Algarve

António Garrochinho




A AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve vai avaliar a possibilidade de concretizar um “Plano Juncker” de âmbito intermunicipal. Este cenário surgiu depois de um encontro, na passada sexta-feira, com o Banco Europeu de Investimento (BEI), que apresentou este plano de investimentos europeu aos municípios algarvios.



Segundo a AMAL, «neste encontro foram analisadas as inúmeras modalidades de financiamento do plano, nomeadamente do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, com vista a investimentos públicos na região do Algarve».
O Plano de Investimento Juncker «é uma resposta política da União Europeia com o objetivo de criar investimento, através da aplicação de financiamentos e assume duas componentes – o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) para empréstimos diretos ou intermediados e sistemas de garantias e partilha de risco para os setores público e privado», acrescenta a Comunidade Intermunicipal do Algarve.
Os setores do ambiente, infraestruturas, inovação e as PME’s (Pequenas e Médias Empresas) são prioritários na avaliação das candidaturas, assegurou Kim Krellgaard, do Escritório de Representação do Grupo BEI, e o financiamento apresenta «taxas de juros muito baixas com longos períodos de retorno (20 a 30 anos), o que torna muito atrativo o recurso a este tipo de apoio ao investimento público e privado», garantiu.
Mediante a mobilização de recursos financeiros e da tentativa de aproximar o financiamento do investidor, através da criação de ferramentas de comunicação facilitadoras e da agilização dos procedimentos, o FEIE oferece condições para aplicar recursos do orçamento comunitário em situações consideradas de risco.
A Comunidade Intermunicipal do Algarve vai promover uma primeira avaliação junto dos municípios, segundo o seu presidente, Jorge Botelho, «no sentido de perceber em que medida se pode reunir um conjunto de projetos, com um valor superior a 50 milhões de euros, em áreas como a mobilidade e transportes, da energia e das infraestruturas urbanas,para se avançar para um financiamento através da linha BEI».
A AMAL explica que «essa avaliação para além das intenções de investimento deve estudar a figura jurídica de assegure uma candidatura comuum a nível regional».
O Plano Juncker ambiciona mobilizar cerca de 315 mil milhões de euros, até ao ano de 2018, quando termina o período de vigência do plano, o qual se pretende alargar até 2020.
A sessão que teve lugar na sede da AMAL, em Faro, contou ainda com a presença de João Faria, em representação da Comissão Europeia em Portugal e Catarina Dantas Machado, European Semester Officer, bem como do Presidente da CCDR, Francisco Serra.



www.sulinformacao.pt
14
Mar17

CML e governo assinam acordo para construção de 14 novos centros de saúde

António Garrochinho



O programa "Lisboa, SNS mais próximo" vai contar com um investimento da câmara de 30 milhões de euros, beneficiando cerca de 305 mil utentes. Mas a construção de novos equipamentos vai chegar a todo o país.
No total, são 63 centros de saúde. O objetivo do governo é que as autarquias comparticipem parte do valor das obras para tornar o processo mais rápido. Mas nem todas estão disponíveis.
O Jornal de Notícias avança que o Porto é um dos concelhos que ainda não chegou a acordo com o ministério. O programa, que deve durar três a cinco anos, quer substituir os centros de saúde que funcionam em prédios de habitação, sem espaço para novos equipamentos e com pouca acessibilidade. Alguns sem elevadores com salas de espera pequenas e gabinetes onde não cabe um aparelho de raio X.
Só este ano vão ser investidos 34 milhões de euros, entre obras de remodelação e a construção de novas unidades. O concelho de Lisboa avança com o maior pacote. São 14 novos centros de saúde construídos de raiz. Ainda não se sabe quando vão arrancar as obras.


www.tsf.pt

14
Mar17

Turismo criou mais de 27 mil novos empregos só no ano passado

António Garrochinho


As empresas ligadas ao turismo - hotelaria, restauração e agências de viagens - geraram quase um terço de todos os postos de trabalho criados em Portugal

O boom do turismo não para - Grupo Pestana, Vila Galé, Hoti e Pine Cliffs são apenas algumas das empresas que têm, neste momento, ofertas de emprego ainda para preencher. Mas também há agências de viagem ou de animação turística a contratar mais trabalhadores para conseguirem responder a uma procura cada vez maior. Só em 2016, o turismo gerou mais de 27 mil postos de trabalho, um terço do total de 82 mil empregos criados no país. Ao todo, de acordo com os números da Segurança Social a que o DN/Dinheiro Vivo teve acesso, há nada menos de 330 224 pessoas a descontar para a indústria do turismo, desde a restauração ao alojamento. São mais 9,1%.
"Há um crescimento significativo no número de pessoas declaradas à Segurança Social. O turismo voltou a criar emprego, invertendo a tendência dos últimos anos", confirmou ainda recentemente Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo. Não surpreende - no ano passado nasceram 4455 novas empresas só no alojamento e na restauração (+3,2%). E os números do emprego até podiam ser bem melhores, não fora a grande sazonalidade que ainda marca a atividade. No verão, por exemplo, "o Algarve está cheio de turistas e os hoteleiros e restaurantes desesperam por cozinheiros, empregadas de andares ou empregados de mesa", queixam-se os empresários; no inverno, muitos hotéis fecham. "A atividade turística tem essa característica. Temos de trabalhar para garantir que a atividade é sustentável todo o ano", considera Ana Mendes Godinho.
A esmagadora maioria dos novos postos de trabalho - mais de 19 mil - foram criados pela restauração, cujo negócio beneficiou do impulso proporcionado pela descida do IVA de 23% para 13% e pelo aumento do consumo das famílias. Foi uma subida de 9%. Sozinha, a restauração representa já 70% do emprego no turismo, isto é, mais de 230 mil postos de trabalho.
O alojamento dá trabalho a 66 mil pessoas, 20% do total do setor. São mais 5433 novos empregos do que em 2015 (+9,1%). O alojamento tem ganho novo gás com o arrendamento de curta duração e abertura de novos hotéis - só neste ano está prevista a abertura de mais 40 e em Fátima estão três hotéis a ser construídos para receber a visita do Papa Francisco. Já as agências de viagens respondem por uma fatia mais pequena de 4%. Mas, em percentagem, as empresas de animação turística foram as que mais cresceram: 15,4%.
A Segurança Social não revelou os dados por regiões, mas, tendo em conta os números da ocupação hoteleira, é no Algarve, em Lisboa, no Porto e nos Açores que o turismo está a criar mais emprego. 2016 foi, na verdade, um ano de recordes para o turismo: 19,1 milhões de hóspedes, um aumento de 9,8%, e 53,5 milhões de dormidas, mais 9,6%. As receitas turísticas chegaram a um máximo histórico de 12,7 mil milhões de euros. Foram mais 1,22 mil milhões do que em 2015. Um aumento de 10,7%, o maior crescimento dos últimos dez anos.
Tudo o que mexe com o turismo está a crescer, desde a restauração ao imobiliário e à construção. E, pelas reservas já feitas, 2017 promete bater novos recordes, com mais turistas e melhores preços, prevê Raul Martins, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP). Não surpreende, por isso, que mais de duas dezenas de empresas estejam nesta semana na BTL à procura de trabalhadores.


www.dn.pt
14
Mar17

O maior acervo online sobre a história da Ditadura no Brasil

António Garrochinho


A imagem pode conter: 1 pessoa, sapatos, campo de beisebol e atividades ao ar livre
Quando se tem um passado tão sombrio quanto foi a ditadura militar no Brasil, o país passa a viver um dilema: é preciso seguir em frente e, no entanto, jamais esquecer de tais horrores, para que eles possam permanecer assim (e cada vez mais) como somente lembranças. Foi em memórias dos mortos e em tributo aos torturados (e para que justamente nunca esqueçamos os crimes cometidos pelo estado no período) que criou-se a plataforma Memórias da Ditadura, o maior acervo online sobre a história da ditadura no Brasil.
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Para além da enorme função didática e como fonte de pesquisa que possui – oferecendo memoriais aos mortos e desaparecidos, informações diversas sobre o contexto internacional durante os anos de chumbo, e ainda detalhada pesquisa a respeito da repressão, prisões, anistia e abertura – a plataforma se aprofunda em aspectos específicos e importantes dentro do tema, como a perseguição ao movimento negro, aos indígenas e à comunidade LGBT no contexto do regime militar.
O velório do estudante Edson Luis, assassinado pelas forças militares
O velório do estudante Edson Luis, assassinado pelas forças militares
Repressão na missa para Edson Luis Repressão na missa para Edson Luis
A facilidade que as ditaduras oferecem à corrupção (pelo difícil acesso a qualquer informação oficial relativa aos mandos e decisões de um governo autoritário), a educação durante o regime, os militares que não apoiaram o golpe, a história de pessoas que resistiram (e das pessoas que fizeram parte do governo militar), além de panoramas artísticos e até mesmo uma elaborada linha do tempo do regime militar ainda compõem, entre documentos, textos, fotos e vídeos, as Memórias da Ditadura.
A passeata dos Cem Mil
A passeata dos Cem Mil
A importância é gigantesca, afinal, não só muitos ecos da ditadura permanecem agindo no Brasil, como só somos capazes de tentar não repetir nossos maiores erros se olharmos para suas consequências de frente, para além de orientações ideológicas, sabendo, através de fatos, reconhecer o horror em um de nossos piores passados.
MOVIMENTO ESTUDANTIL DE 1968 - PASSEATA DOS CEM MIL.
MDitadura2
© fotos: divulgação


vivimetaliun.wordpress.com
14
Mar17

A PARTIDARITE

António Garrochinho


A confiança nos partidos políticos em Portugal é bastante limitada. Segundo o indicador "Confiança nos Partidos Políticos" do Portal da Opinião Pública da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a percentagem de portugueses que confia nos partidos está abaixo dos 20% desde 2006. Nesta segunda década do século XXI, o valor médio tem rondado os 15%, com oscilações entre os 9% (maio de 2013 e junho de 2014) e os 18% (novembro de 2012). Valores tão baixos aproximam-nos dos nossos vizinhos onde a confiança nos partidos tem sido tradicionalmente mínima, como em Espanha (7%), Itália (6%) ou França (8%). Uma realidade muito distante da Escandinávia ou da Holanda (onde os valores andam nos 40%) ou mesmo da Alemanha (cerca de 30%). Temos, pois, uma democracia consolidada, mas onde os principais protagonistas - os partidos políticos - não merecem a confiança dos eleitores.
E como responderam os partidos a esta progressiva e continuada perda de confiança? Mudaram? Abriram-se? Ficaram mais transparentes? Preocuparam-se de alguma forma? Não. Decidiram, sim, reforçar ainda mais o assalto às instituições do Estado e colonizar toda a atividade pública. Perdida qualquer veleidade de independência, qualquer respeito pelo mérito ou reconhecimento pela sociedade civil, os partidos políticos deturparam o espírito da democracia republicana e passaram a sujeitar tudo às conveniências dos seus aparelhos.
Comecemos pelo Tribunal Constitucional. Por razões históricas, os dez juízes eleitos pela Assembleia da República são parte de um sistema de quotas que dá metade à direita (o PSD, de vez em quando, entrega um lugar ao CDS) e metade à esquerda (o PS tradicionalmente dava um lugar ao PCP, agora deu ao BE). Mas acrescem três juízes cooptados. Rapidamente os partidos também passaram a escolher os juízes cooptados. Já o presidente e o vice-presidente do Tribunal Constitucional são supostamente eleitos pelos juízes. Como se viu o ano passado, os partidos decidiram agora que também são eles que indicam o presidente (PSD) e o vice-presidente (PS) do Tribunal Constitucional. Os juízes obedeceram.
Depois temos os reguladores. Primeiro com o governo Sócrates, depois com o governo PàF (com a distribuição explícita de lugares entre o PSD e o CDS) e agora com o governo Gerigonça, as nomeações para as autoridades "independentes" foram estritamente partidárias. Em breve teremos mesmo as autoridades metarreguladoras. Na Autoridade da Concorrência, por exemplo, o PàF dividiu o conselho de administração entre dois lugares para o PSD e um para o CDS. No Conselho Consultivo do Banco de Portugal, o atual governo distribui dois lugares para o PS, um lugar para a direita e outro lugar para o BE (a direita ficou chocada com Francisco Louçã; eu acho que é um sinal positivo dos tempos o BE ser parte da dança das cadeiras).
Mas o caso da Entidade Reguladora da Comunicação é ainda mais interessante. Os partidos já não se limitam a indicar as suas quotas para o Conselho Regulador: dois para o PS e dois para o PSD. Segundo notícias publicadas, o PSD exige também escolher já o quinto elemento (o tal a ser cooptado), assim como o seu presidente e vice-presidente (os tais que deviam ser eleitos pelo mesmo Conselho Regulador). Podemos prever que inevitavelmente os novos membros do Conselho Regulador aceitarão as ordens dos partidos respetivos.
A crescente impopularidade e desconfiança dos partidos foi, pois, acompanhada por uma asfixia cada vez mais presente por parte dos aparelhos partidários. Tudo são despojos. Todos os lugares do Estado, incluindo reguladores independentes e cooptações, são escolhidos pelos chefes. Qualquer indicação de dissonância com as linhas gerais dos partidos é ativamente combatida e suprimida.
Por um lado, é claro que a desconfiança da opinião pública e a partidarite se alimentam mutuamente. Mas, também, este processo de "bastardização" das instituições do Estado só é possível porque a sociedade civil consente. Ou seja, não gosta, desconfia dos partidos, mas absolutamente nada faz para mudar o estado das coisas. Por exemplo, os nomeados para o Tribunal Constitucional ou para as autoridades reguladoras limitam-se a obedecer aos partidos porque não têm qualquer espaço na opinião pública para fazer diferente. Talvez fosse bom a sociedade civil refletir na sua cumplicidade com a partidarite, seja por abstenção, seja por preguiça, em vez de persistir na crítica inconsequente aos partidos. Quem não exige também não pode esperar melhorias.

Professor de Direito na Texas A&M University

Nuno Garoupa

www.dn.pt
14
Mar17

Agricultura do Alqueva irá ter água mais barata

António Garrochinho


Anúncio da redução do preço aos agricultores será feito hoje pelo ministro

O preço da água do regadio do Alqueva vai baixar. O anúncio será feito hoje pelo ministro da Agricultura Capoulas Santos, durante a reunião do Conselho de Acompanhamento do Regadio (CAR) do Alqueva, e corresponde a uma reivindicação dos agricultores, mais acentuada numa campanha agrícola, como a atual, marcada pela seca. Os preços da água baixam entre 20 a 33%, consoante as características do fornecimento, sendo revogada a norma legal que definia o valor até agora.
Na última reunião do CAR, em julho, o governante tinha prometido que o preço da água iria reduzir, embora sem adiantar valores. Agora, segundo o gabinete do ministro da Agricultura confirmou ao DN, a decisão está tomada e os preços fixados serão hoje comunicados. Assim, para beneficiários diretos, aqueles que dependem da infraestrutura principal do Alqueva, o preço do fornecimento em alta pressão será de 0,0590 por metro cúbico, uma redução de 20% em relação ao preço anterior que vigorava desde 2010 e que se cifrava em 0,0736/m3. No caso da baixa pressão, o preço por metro cúbico passa a ser de 0,032, menos 33% do que estava fixado, 0,0475/m3. No que toca aos perímetros de rega confinantes o novo preço é 0,030 por metro cúbico, o que significa uma redução de 33%. Nestes casos, os agricultores beneficiam ainda de um desconto nos primeiros três anos após o primeiro fornecimento de água à respetiva área regada. No primeiro ano, o desconto será de 60%, no segundo 40% e no terceiro 20%.
Um dos objetivos com esta medida é "aumentar o rendimento dos agricultores reduzindo os custos de um dos mais importantes fatores de produção, a água", referiu fonte do gabinete do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Regional.
No CAR do Alqueva participam diversas organizações agrícolas. Uma dessa associações, a Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG), através do seu presidente José Núncio, mostrou-se satisfeita, em julho passado, com a garantia dada pelo ministro de que o preço da água do Alqueva para regadio iria baixar em 2017.
O Ministério está convencido que esta redução das tarifas de água irá "criar melhores condições de competitividade para as culturas de regadio no Alqueva, dando continuidade à trajetória ascendente das exportações, procurando reduzir importações".
O Alqueva ainda deverá vir a beneficiar num futuro próximo de um projeto de ampliação no âmbito de um financiamento do Banco Europeu de Investimento, ao abrigo do plano Juncker, para melhor o Plano Nacional de Regadio. A candidatura portuguesa foi aceite e está atualmente na fase de discussão técnica dos projetos apresentados.

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