Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

23
Mar17

FÁTIMA . ENTRADA LIVRE PARQUE DE CAMPISMO SÓ ! 1000€

António Garrochinho
FÁTIMA . ENTRADA LIVRE
PARQUE DE CAMPISMO SÓ ! 1000€
A ficção portuguesa continua em alta.
Agora são os '3 pastorinhos' a receberem o reconhecimento do Vaticano.
Donald Trump já reclamou, no Twitter:
" Quando é que o papa se lembra do 'Super Homem', do 'Batman' e do 'Homem Aranha ?...", pergunta ele e com razão.
[A imagem foi fanada ao Miguel Gonçalves Gonçalves que já a tinha fanado a outro e eu fanei a António Boronha.]
23
Mar17

A vida no deserto do Kalahari

António Garrochinho


O deserto de Kalahari - ou Kgalagadi, como é conhecido em Botsuana - se estende por 7 países - Botswana, Zâmbia, República da África do Sul, Zimbabwe, Namíbia, Angola e República Democrática do Congo (RDC). É chamado de "deserto", principalmente porque seu solo é poroso. Solos arenosos não podem reter a água de superfície, mas em algumas áreas a precipitação anual pode ser tão elevada como 250 mm, o que resulta numa cobertura de grama exuberante durante bom tempo.


O Kalahari não é um verdadeiro deserto que recebe pouca chuva, mas na verdade é um deserto fóssil. Então, não espere encontrar as dunas altas. A paisagem é mais um de capim dourado e pequenas dunas vermelhas.



Ao contrário do Saara, o deserto de Kalahari é coberto de árvores e rios efêmeros. A maior parte do segmento sul é ocupado pelo ébano vermelho e acácias e outras árvores. Mais ao norte a acácia dá lugar ao mato cerrado e mata seca. 


O Kalahari é um dos últimos paraísos da vida selvagem da África.  Os animais que vivem na região incluem as hienas marrons, leões, suricatos, várias espécies de antílopes, e muitos tipos de aves e répteis.  Vegetação no Kalahari consiste de pastagem seca e acácias raquíticas Gramíneas prosperaram no Kalahari durante o verão. Povos africanos conhecidos como San (ou bosquímanos) foram reconhecidos como os primeiros habitantes humanos do Kalahari.



Suas habilidades de sobrevivência e de adaptação ao áspero deserto de Kalahari tornaram-se lendárias. Hoje, apenas um pequeno número dosbosquímanos seguem o seu modo de vida tradicional no Kalahari.  A civilização moderna está ameaçando os recursos naturais do Kalahari.Empresas minerais descobriram grandes depósitos de carvão, cobre e de níquel na região. Além disso, uma das maiores minas de diamantes do mundo está localizado na Orapa no Makgadikgadi, uma depressão no nordeste do Kalahari .


O deserto do Kalahari também é um dos desertos mais traiçoeiros do mundo.Embora não se parece com um deserto, ele se comporta como um. Durante a curta estação chuvosa se ??transforma em um paraíso de vegetação exuberante e uma fauna colorida e animada.  No entanto, no momento em que as chuvas já se foram o Kalahari torna-se seco e mal humorado. Pode chover muito forte em um dia, a chuva que produz inundações leva tudo embora, enquanto no dia seguinte pode ser tão seco como sempre.





Na Namíbia e África do Sul, existem grandes fazendas, que podem ser de 20.000 a 40.000 ha, com criação principalmente de ovinos e avestruzes. E em Botsuana, embora haja algumas fazendas particulares, a terra é principalmente usada em uma base comum, com criação de cabras e gado.
  

suacasaaterra.blogspot.pt

23
Mar17

Os Segredos do Deserto de Gobi

António Garrochinho



O deserto de Gobi, o quinto maior deserto do mundo, localiza-se entre o norte e noroeste da China e ao sul da Mongólia, estendendo-se por uma área de 1 milhão 295 km². Ali existem diferentes ecossistemas, variações climáticas e topográficas. Sua amplitude térmica é espantosa. A média anual situa-se entre -2,5ºC +2,8º C, porém, em suas diferenças extremas a temperatura pode ser extremamente quente, 38, 39º C ou fria -47ºC. Seus ventos a 30 metros por segundo. É um dos mais preciosos sítios arqueológicos do mundo onde são encontrados fósseis petrificados a céu aberto. No passado, o Gobi foi uma movimentada rota de caravanas, a Silk Road - Rota da Seda, ao longo da qual floresceram cidades importantes.


















É o habitat de animais raros como camelo-bacteriano [de duas corcovas] e o cavalo-de-przewalski [Equus przewalski]. Também abriga uma criatura mítica, o Aka Allghoi Khorhoi [Olghoï-Khorkhoï], um verme monstruoso que mata suas vítimas com um ácido venenoso. Não tem cabeça nem patas e sua cor é vermelho sangue. A criatura movimenta-se de modo estranho, como que girando, É atraída pela cor amarela.Tocá-lo produz morte instantânea. Dele também se diz que dá choques elétricos. A criptozoologia, estudando esta criatura, conclui que se trata, de fato, de um verme muito fino, medindo cerca de 1 metro de comprimento. Sua existência foi documentada, pela primeira vez, em 1926. O criptozoólogo francês Michael Raynal identificou o verme da morte como uma espécie desconhecida de anfisbeno, um réptil que vive em túneis subterrâneos. Todavia, há quem discorde porque os répteis anfisbenos são criaturas inofensivas.


No Oriente, todo o povo sabe que o deserto de Gobi é um lugar de grande solenidade e mistério, guardado por monstros malignos porque aquele lugar foi escolhido como morada de deuses e semideuses que desceram das esfera espirituais da santidade e da bem-aventurança, tomando formas humanas nas areias douradas.

A mitologia asiática está repleta de criaturas de origem sobrenatural que se misturam e agem em meio aos homens. Um tênue véu entre dimensões espaciais é separa o visível do invisível no pensamento dos orientais. O "olho da alma" as vezes permite ao Iniciado, ao iogue mendicante, ao brâmane, ao monge budista, entrever o vulto diáfano dos imortais que continuam mantendo Silêncio para os ouvidos da Humanidade.


No Ocidente, acredita-se que os "donos do mundo" controlam seus semelhantes em virtude da autoridade com que se revestem justificados por direitos de nascimento ou por direitos civis de eleição. Para os orientais, a autoridade de alguns não são realizações terrenas. A "raça humana" é guiada através das Eras pela divina Providência. Os reis e todos os líderes que presidem as grandes, nações em todo o mundo, são eles próprios, governados pela Grande loja Branca [Great White Lodge], uma espécie de Conselho executivo composto de deuses, semideuses e super-homens. Seres que se reúnem a cada sete anos na cidade sagrada de Shamballa, no coração do deserto de Gobi.

O místico oriental diz que a Cidade Sagrada é constituída de uma substância etérica que somente pode ser percebida pelo Olho de Shiva [glândula pineal] desperto. O Templo da Grande Fraternidade Branca localiza-se em uma rocha Azóica [tempo remotíssimo, época da formação das rochas quando, segundo a ciência atual, não existia vida na face da Terra]. Este rochedo é chamado Ilha Sagrada porque, quando o deserto de Gobi era um vasto oceano, somente esta elevação pétrea aparecia, isolada, acima do nível das águas. Esta "ponta de pedra" jamais submergia.

Os filósofos asiáticos [hindus, tibetanos, chineses etc..] reconhecem numerosas mudanças, movimentos, alterações na face do planeta; uma delas é alteração dos pólos. Quando o corpo magmático deste globo começou a esfriar, os pólos solidificaram-se primeiro e, assim, em cada região polar ergueu-se uma ilha. Descendo destas regiões, os mortais do "primeiro sol" [Hiperbóreo] trouxeram ao mundo o germe de cada criatura viva. Quando a Terra atingiu um estágio ecológico de habitabilidade, a vida polar migrou para diferentes áreas continentais.


Sobre a calota do primitivo pólo Norte [que não se localizava no ponto atual] ergueram seu templo e consagraram toda a Ilha com a proteção dos encantamentos mágicos contra as possíveis incursões de vândalos. O lugar foi cercado de espíritos guardiões que assumiram forma de cobras. Eles formam o Anel dos Nagas, as serpentes angélicas. O primitivo pólo Norte situava-se, portanto, no deserto de Gobi. Para os orientais, é um lugar sagrado: morada e lugar de repouso dos imortais, berço onde todos os seres mortais têm sua origem. Cada nova raça ou espécie de ser que aparece na Natureza terrena, aparece, antes, o interior da Mongólia.

A raça ariana, da qual os modernos hindus e os anglo-saxões são sub-raças, surgiram em algum lugar da Ásia central. Embora os antropólogos ocidentais reconheçam essa origem eles não relacionam o fato à crença hindu de que "a Raça" migrou do deserto de Gobi a partir do deserto de Gobi, onde o primeiro homem branco foi gerado.

Roy Chapman Andrews* [1884-1960, norte-americano naturalista, zoólogo, explorador e escritor] em sua expedição de exploração do grande deserto da Mongólia, não encontrou a Sacred Gobina [a Cidade Sagrada] mas verificou o veracidade de muitas das lendas sobre o lugar. Todo o deserto era rico em fósseis e outras evidências de formas de vida extintas e estranhas, provavelmente os mais antigos e bem preservados fósseis do mundo. Os cientistas modernos não saberiam distinguir uma serpente comum dos Nagas, espíritos encarnados na forma de réptil. Mas as cobras estão lá, dezenas de milhares delas, exatamente como descrito na Escrituras Orientais.

Os Mahatmas, "as grandes almas", não são considerados seres que vivem isolados do que acontece entre os homens comuns; ao contrário, estes sábios são membros de uma fraternidade ativa que tem sido chamada de Trans-Himalayan Brotherhood [Irmandade Trans-Himalaica]. Não obstante, reúnem-se secretamente com os "Senhores do Mundo" para definir o destino da Humanidade. Os Mahatmas possuem, supostamente, o poder de separar suas almas dos seus corpos físicos. Enquanto, aparentemente, estão dormindo, sua consciência atravessa rapidamente o espaço. Eles vão para a Ilha Sagrada onde o Grande Conselho de Espíritos acontece. Na Índia muitas pessoas declaram que não apenas conheceram esses Grandes Adeptos mas que estiveram pessoalmente no Templo etérico que brilha e reluz na paisagem como sua cúpula que brilha com todas as cores do arco-íris.


* Roy Chapman escreveu:
Across Mongolian Plains (Atravessando as Planícies da Mongólia), 1921 
On the Trail of Ancient Man (Nas Pegadas do Homem Primitivo), 1926 
The New Conquest of Central Asia (A Nova Conquista da Ásia Central), 1932 
This Business of Exploring (Este Comércio da Exploração), 193


Gengis Khan

O nome do deserto de Gobi é indissoluvelmente ligado à vida e aos feitos do grande general, conquistador e homem-de-estado Gengis Khan, que recebeu o título de "Imperador da Terra". Em seu próprio tempo foi chamado de "Filho de Deus" e vitória marchava com ele e seus exércitos. Gengis Khan viajava em grande mas portátil castelo acomodado sobre as costas de numerosos elefantes. A edificação era equipada de modo a servir de residência, em tempos de paz e como fortaleza, nos dias de guerra.

Quando Gengis Khan avançava à frente de seus homens, sua fortaleza móvel eriçava-se repleta de lanças que choviam sobre o inimigo enquanto os elefantes avançavam destruindo a seus pés todos os obstáculos. Na Ásia, as guerras antigas tinham uma magnitude comparável às guerras mundiais atuais. Existe o registro de uma batalha que escapou das páginas da História. Quatro milhões de homens se enfrentaram no campo. O vitorioso Khan, na época, que era filósofo além de guerreiro, passou como um cometa nas terras da Ásia para desaparecer, como se fosse uma ilusão, no deserto de Gobi. Ele, que nasceu naquelas areias douradas repousa ali, sepultado em uma tumba em ruínas cuja localização somente é conhecida por uns poucos privilegiados.

Nos limites do antigo deserto, entre paredes de rocha e colinas de um lado e areias onduladas de outro, território atravessado raramente por ousadas caravanas, existe um monumento solitário em forma de pirâmide, hoje, decadente.Dentro de uma abóboda de cristal, neste lugar melancólico, repousa o corpo mortal de Gengis Khan, preservado em um misterioso fluido. A lenda popular diz que ele dorme e continuará a dormir na paz do deserto até o grande dia, quando Ásia vai se erguer plena de seu poder e expulsar os poderes opressores.

No advento deste tempo de libertação, o glorioso Khan vai despertar do seu sono milenar e nas areias, nas rochas, nas colinas, os espíritos dos homens de sua horda guerreira responderão ao chamado de seu comandante. Ralas e religião serão esquecidos e as legiões de vivos e mortos somente vão se deter em sua marcha de conquista quando Gengis Khan for, mais uma vez, Imperador da Terra.

Mas naquelas areias do Gobi, não somente o grande Khan espera o momento da ressurreição. Sob as dunas silenciosas repousam, também numerosas civilizações desconhecidas, insuspeitadas. A noite no deserto é insondável como a própria Ásia. Os espíritos dos heróis sepultados aguardam a realização da profecia, quando uma grande luz vai brilhar no deserto de Gobi e da Mongólia surgirá o Mestre dos Homens. Ele virá sozinho, cavalgando a tempestade armado com o poder da areia. E a áspera areia será sua adaga e as serpentes, as cordas de seus arcos. Os guerreiros serão como gafanhotos e o Império de de Khan ressurreto vai perdurar até que as areias desapareçam.



MAIS SEGREDOS DO DESERTO DE GOBI

Helena Blavatsky
Em seu Glossário Teosófico, a ocultista Helena Petrovna Blavatsky [1831 - 1891] fala deste oceano que, um dia, cobriu a paisagem do Gobi:

Oceano de Sabedoria ─ nome dado a certo reino da Terra, um mar interior. Em épocas remotíssimas, possuía doze centros, em forma de pequenas ilhas que representavam os doze signos do Zodíaco ─ dois dos quais permaneceram por séculos como "signos misteriosos ─ e que constituíam a morada dos doze hierofantes [grandes sacerdotes] e mestres da sabedoria. Tal Oceano existiu, durante séculos, na região em que, atualmente, estende-se o Deserto de Gobi. [BLAVATSKY, ]

Blavatsky menciona o deserto da Mongólia em muitos trechos de seus livros. Eis algumas informações recolhidas em vários volumes:

Annie Besant
O país fabuloso de Sambhala [Shamballa]: este país fica no deserto de Gobi. Seus lindes [limites, fronteiras] foram parcialmente descobertos por uma expedição americana. Mas não creio que seja encontrada a Ilha Branca, com seu grande templo de mármore branco, onde residem "Os Quatro". É aí que se realiza, a cada sete anos, a grande assembléia... à qual eu tive oportunidade de assistir. [BESANT, Annie. The Theosophist novembro, 1929 ─ p 151 Apud Blavatsky, 2007].
* ANNIE BESANT: 1847-1933

...de acordo com os Purânas, um mar de vinho cerca a ilha de Shambala, ali onde, no céu dos 33 deuses, existe o bosque Shâmali [ou Simbali]. No centro de um lago há um palácio; mas só pode ir lá com o auxílio da magia, isto é, do poder de dirigir o akâsa, de montar o "pássaro dourado".

[Em] The National Geographical Magazine [junho, 1933], Roy Chapman Andrews, em Explorations in The Gobi Desert, fala que em uma planície de cascalho [confirmou a existência e antiguidade] de gigantescas formas de vida, [datando-as em mais de 90 milhões deanos e ruínas de vetustas civilizações que remontam 20 mil anos] quando milhões de "pessoas misteriosas" percorriam o deserto... [BLAVATSKY VI, 2004 - p 228]



Os Filhos de Deus & A Ilha Sagrada

Maha-Chohan
Do cataclismo que afundou e destruiu a Lemúria sobreviveram os Filhos da Yoga e da Vontade. Essa Raça, que vivia nos quatro elementos: ar, fogo, água e terra, tinha poder ilimitado sobre os elementos; eram os Filhos de Deus, os verdadeiros Elohim [não os que gostaram das filhas dos homens], aqueles que comunicaram à Humanidade os mais estranhos segredos da Natureza e revelaram a Palavra Sagrada, agora perdida.

A ilha por eles habitada, crê-se, existe até hoje [a autora escreve na segunda metade do século XIX], como um oásis rodeado pela espantosa solidão do deserto de Gobi, cujas areais nenhum pé humano jamais palmilhou. Os hierofantes de todos os Colégios Sacerdotais conheciam a existência desta Ilha, porém a Palavra Sagrada só era do conhecimento do "Maha-Chohan" e do chefe de cada Colégio, e era transmitida ao sucessor somente da hora da morte do chefe.

Sanat Kumara
Não havia comunicação externa com a Ilha, só passagens subterrâneas que se dirigiam aos pontos cardeais, e só conhecidas pelos dirigentes dos Colégios, os Hierofantes. Estes [os hierofantes] eram de duas categorias distintas: os Instruídos pelos Filhos de Deus, da Ilha Sagrada, Iniciados na divina doutrina e aqueles que habitaram a perdida Atlântida. [Estes, atlantes] sendo de outra Raça [que se reproduzia sexualmente de pais divinos] nasceram com uma vista penetrante que devassava o oculto, independente da distância e dos obstáculos. Era a Quarta Raça mencionada no Popul-Vuh [escritura maia].


Melchizedek: Torkom Saraydarian em The Legend of Shamballa também escreve:

O deserto de Gobi era um grande oceano. No meio do oceano existia uma ilha chamada Ilha Branca e todo Aqueles que ali viviam tinham corpos feitos da substância da luz. A radiação dos seus corpos envolvia toda a ilha, que brilhava como um gigantesco diamante incrustado no azul marinho. Ali morava um rei chamado Jovem da Eterna Primavera ou, ainda, Melchizedek, Poderoso Rei da Virtude e da Paz, O Iniciador, o Guerreiro, Rigden Jyepo; e este rei é a Conexão entre o Cosmos e o planeta; ele é Sanat Kumara [SARAYDARIAN Apud HUNTER].


Os Muitos Nomes de Shamballa


Shamballa tem muitos nomes: Terra Proibida, Terra das Águas Brancas [que se refere ao alvos depósitos de sal dos lagos Tsaidam, a leste de Takla Makan],Terra dos Espíritos Radiantes, Terra do Fogo Vivo, Terra dos Deuses Vivos, Terra das Maravilhas, dos Mistérios. Para os hindus é Aryavarsha, onde moram os Devas. Shamballa é o nome em sânscrito e significa Lugar da Paz e da Tranqüilidade [LE PAGE, 1996]. Entre os mongóis, o deserto de Gobi é Shamo Gobi [onde Gobi = deserto], palavra relacionada ao deus Shamos, adorado no Oriente médio com a "estrela negra" [CHILDRESS/SHAVER, 1999].

filosofiaimortal.blogspot.pt
23
Mar17

23 de Março de 1935: Morre a escritora e jornalista portuguesa Ana de Castro Osório, autora de "As Mulheres Portuguesas", fundadora da Liga Republicana das Mulheres e do Grupo de Estudos Feministas.

António Garrochinho


Filha única de João Baptista de Castro e Mariana Osório de Castro Cabral de Albuquerque, Ana de Castro Osório nasceu em Mangualde, a 18 de Junho de 1872. Até aos 23 anos viveu em Setúbal, tendo publicado as suas primeiras crónicas no jornal semanal A Mala da Europa.

Foi ainda na cidade sadina que começou a compilar contos populares portugueses, a partir de narrativas orais que lhe tinham sido transmitidas por um pastor e uma velha rendeira da sua terra natal. Estes escritos foram primeiro publicados em folhetim, entre 1897 e 1935, sob o título "Para as Crianças". Dado o sucesso que alcançaram, foram mais tarde editados numa colecção de 18 volumes.

Em 1898, casou com Francisco Paulino Gomes de Oliveira, poeta e tribuno republicano. Anos antes, tinha recusado veementemente o pedido de casamento de Camilo Pessanha, de quem foi o grande amor. Contudo, a amizade manteve-se até à morte do poeta, em 1926.

Influenciada pelo marido, Ana de Castro Osório começou a dedicar-se às causas sociais e políticas, nomeadamente as que dizem respeito à protecção da criança e à condição da mulher. Em 1905, publicou "Às Mulheres Portuguesas", aquele que é considerado o primeiro manifesto feminista editado em Portugal.

Dois anos mais tarde, foi iniciada na Maçonaria, passando a militar na Loja Humanidade, e cria o Grupo Português de Estudos Feministas, a primeira associação feminista em Portugal. Antes de partir com o marido para o Brasil, em 1911, fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (1908) e a Associação de Propaganda Feminista (1911).

A criação desta agremiação resultou de uma cisão entre o grupo apoiante de Ana de Castro Osório, que defendia que os esforços se deviam concentrar na defesa do direito ao voto, e o de Maria Veleda, que considerava ser mais importante a luta pela independência económica.

Ainda em 1911, publicou "A Mulher no Casamento e no Divórcio", tendo colaborado com Afonso Costa, ministro da Justiça, na elaboração da Lei do Divórcio. Três anos mais tarde, após a morte do marido por tuberculose, a escritora regressou a Portugal e fixou residência em Lisboa. Morreu em Setúbal em 1935.

Fonte: JN
wikipedia (imagens)

23
Mar17

23 de Março de 1869: Nasce, Calouste Gulbenkian, mecenas e coleccionador de arte

António Garrochinho


Calouste Gulbenkian nasceu em Scutari, Istambul, a 23 de Março de 1869, filho de Sarkis e Dirouhie Gulbenkian, membros de uma ilustre família arménia cujas origens remontam ao século IV. 

Calouste Gulbenkian começou os seus estudos em Kadikoy (Calcedónia), primeiro na escola Aramyan-Uncuyan, depois na escola francesa de St. Joseph. Esteve em Marselha, a aprofundar os conhecimentos de francês. Foi no King's College de Londres, que se diplomou, com distinção, em engenharia (1887). 

Aos 22 anos, Calouste Gulbenkian viajou pela Transcaucásia e visitou os campos petrolíferos de Baku. Corria o ano de 1891. A jornada inspirou a escrita de um livro - «La Transcaucasie et la Péninsule d'Apchéron - Souvenirs de Voyage» - do qual alguns capítulos foram reproduzidos na «Revue des Deux Mondes» com o título «Le pétrole, source d' énergie». Detentor de uma fortuna colossal, o bem sucedido homem de negócios tornara-se num dos mais notáveis coleccionadores de arte do século XX.

A paixão de Calouste Gulbenkian pela arte revela-se cedo. É acima de tudo a beleza dos objectos que lhe interessa. Junta ao longo da vida, ao sabor das viagens e conduzido pelo seu gosto pessoal, por vezes após longas e laboriosas negociações com os melhores peritos e comerciantes especializados, uma colecção muito eclética, única no mundo. São hoje mais de 6000 peças, desde a Antiguidade até ao princípio do sec. XX. O seu apego às obras que vai adquirindo é tal que as considera suas filhas. 

 Em busca de tranquilidade, chegou a Lisboa em Abril de 1942, tendo passado os últimos treze anos da sua vida no Hotel Aviz, onde viria a morrer a 20 de Julho de 1955. 

Reconhecido pela boa hospitalidade “que nunca havia sentido em mais lado nenhum”, presenteou, entre 1949 e 1952, o Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa com um importante núcleo de azulejos oriundos do Médio Oriente, uma escultura egípcia do período ptolomaico, um torso grego do século V a.C., bem como um notável conjunto de arte europeia com obras de Lucas Cranach, o Velho, Van Dyck, Largillière, Hubert Robert, Reynolds, Hoppner, Dupré, Courbet e Rodin.

Fontes:www.gulbenkian.pt/
wikipedia (imagens)

23
Mar17

VÍDEO - O SURF NA NAZARÉ

António Garrochinho

A Red Bull apresenta no vídeo que ilustra este post uma compilação impressionante de imagens de surfistas cavalgando  algumas das ondas incríveis de Nazaré, em Portugal, que pode atingir alturas de 30 metros ou mais durante uma sequência de ondulações. 

VÍDEO



23
Mar17

Os mais terríveis instrumentos de tortura utilizados pela Inquisição

António Garrochinho



Você provavelmente estudou sobre a Idade Média, ou como ela também é conhecida: Idade das Trevas. Talvez na época você fosse uma criança, ou adolescente, e a professora não queria te chocar – ou desconhecia o assunto profundamente -, então provavelmente deixou de fora a parte mais pesada da coisa, que incluía torturas maníacas como nunca se viu, e que só devem encontrar paralelo nos delírios de Stalin, Pol Pot, ou dos carcereiros de Abu Ghraib.
Apesar de haver exceções, em sua maior parte o período foi exatamente isso: Trevas. Muitos historiadores colocam a culpa nas invasões bárbaras, e em como esses povos eram primitivos, mas o fato é que grande parte do atraso se deve aos sucessores do todo-poderoso Império Romano: a Igreja Católica. É só ver o rumo que tomou a Filosofia, as Artes e a Ciência para ver que estava tudo nas mãos da Igreja. Um caso clássico é o de Galileu Galilei, que teve de voltar atrás nas suas descobertas sobre a questão da translação da Terra, porque suas teorias iam de encontro ao pensamento (errôneo) imposto pela Igreja.
Também existiu o que ficou conhecido como Index Librorum Prohibitorum, que era uma lista de livros proibidos pela Igreja na época, administrada pelo Santo Ofício (que parece menos inócuo chamado por seu nome mais conhecido: Inquisição), que não por coincidência foi criado na mesma época que o protestantismo começou a assombrar a supremacia dos Católicos, por volta do século XVI. Para você ter uma idéia do atraso da Igreja, ela só foi abolir oficialmente o Index – que incluía em suas proibições, gente como os escritores Voltaire, Alexandre Dumas e Jean-Paul Sartre, e os cientistas Galileu Copérnico, Descartes e Pascal – no ano de 1966.
Mas essa escuridão cultural e conservadora foi uma das facetas mais amenas da Igreja Católica na Idade Média. Os piores momentos foram reservados aos distintos senhores responsáveis pelo Tribunal de Santo Ofício! Inicialmente, de acordo com relatos históricos medievais, a Inquisição foi criada para combater o sincretismo religioso, em 1184, que unia a fé católica a cultos pagãos e realizavam adivinhações utilizando coisas como plantas.
Mas as atribuições da Inquisição foram se tornando cada vez maiores. Além de iniciar uma campanha – é necessário que se entenda que mesmo tendo uma organização unificada, com um representante perante o Papa, os Tribunais eram mais ou menos independentes, assim como os Poderes Judiciários de hoje, sendo instalados onde tinham focos de heresias e outros pecados – contra o sincretismo, a Inquisição ficou a cargo de julgar crimes/pecados como heresias, adultérios, feitiçaria (esse levou muita gente pra fogueira), além de colocar a culpa nessa gente de toda a sorte de desgraça que ocorria no local em que estava instalado o Tribunal.
Logicamente, com tamanho poder, os Tribunais impunham punições políticas e econômicas, de forma a aumentar a expansão da Igreja na época. Dessa forma, as penas mais leves, geralmente vistas como alívio, era o confisco de bens, além de flagelos públicos, e desfiles com roupas de hereges. Com a vasta quantidade de penas aplicada, não é difícil entender porque a Igreja foi relativamente a instituição mais rica da história. Com ela, enriqueciam os reis que a apoiavam, como era o caso dos espanhóis.
E os relatos dizem que os Inquisidores eram eficientes. O mais famoso deles, o espanhol Tomás de Torquemada, foi o responsável por diversas campanhas contra judeus e muçulmanos na Espanha. E para chegarem a esse nível de eficiência, os inquisidores – a exemplo dos homens responsáveis pelo Gulag – eram criativos. Necessitavam espalhar o terror para que todos tivessem medo deles, e para isso abusavam de instrumentos sem precedentes na história humana, com o intuito de causar dor extrema, sem, contudo, matar o herege, dando tempo pra ele confessar seus pecados (ou dizer onde escondeu a herança dos avós dele)!
Dizem que a tortura nessa época não era tão comum quanto a gente pensa, mas fica difícil afirmar isso após dar uma olhada nessa lista de aparelhos que parecem ter saído de uma filme de Hellraiser, ou Jogos Mortais.
Arranca-seios
O Arranca-Seios
Este é um instrumento usado primordialmente em mulheres, geralmente acusadas de abortos ou de adulterarem. Seu uso era simples, e consistia em esquentar o aparelho numa fogueira, prende-lo no seio exposto da vítima, e depois arranca-lo vagarosa ou lentamente, dependendo do que o inquisidor queria causar. Logo depois se deixava a mulher sangrando para que pudesse morrer de hemorragia, ou que fosse levada a loucura pela dor.
A Serra...
A Serra
A imagem já explica toda a diabrura desse instrumento, mas tem um adendo: o fato da vítima ser virada de cabeça pra baixo tem uma explicação científica. Com o sangue descendo todo para o cérebro, a vítima não desmaiava enquanto sofria de dores extremas, como é normal no corpo humano. Ao invés disso, ela só morria quando a serra chegava no abdômen, quando os serradores paravam, e esperavam que a pessoa terminasse sua agonia, o que poderia durar horas. Seu uso era muito incentivado pelo fato de serras serem baratas e facilmente encontradas em muitos cantos.
O berço de Judas
O Berço de Judas
Esse instrumento era um pouco mais elaborado que o clássico empalamento popularizado por Vlad, o Drácula, mas parece muito pior, devido a lentidão com que a dor era infringida. A vítima era colocada com o ânus ou a vagina sobre a ponta do berço e era lentamente baixada através de cordas amarradas a ela. Parece simples, mas existe agravantes aí. Se ela demorasse a morrer – o que poderia levar dias – poderiam ser amarrados pesos nas suas pernas, para dar uma acelerada no processo. Mas se quisessem o efeito contrário, a vítima sofria sozinha. Fora que nunca lavavam o aparelho, o que produzia infecções dolorosas.
Rack
O Rack
A vítima era colocada nessa mesa, e cordas eram amarradas nos seus membros superiores e inferiores. Um algoz se punha a enrolar a corda vagarosamente, até que as articulações se deslocassem, o que causava dor extrema na vítima. Alguns algozes mais afoitos chegavam a arrancar braços e pernas, matando por hemorragia. Mais tarde foram incorporadas lanças para estocar a vítima enquanto ela ia sendo esticada…
A pera...
A Pêra
Esse era o instrumento favorito a ser usado contra adúlteras e homossexuais. Esse aparelho era inserido no ânus ou na vagina (ou boca, se ele fosse um mentiroso) da vítima e através daquele engenho na ponta, ele se abria em duas partes ou mais partes, dilacerando o interior do inquirido. Raramente levava a morte, mas na verdade ela era, geralmente, apenas o início das dores do acusado.
O Corta-Joelhos
Os joelhos do acusado eram colocados no meio dessas garras, para serem esmagados lentamente. Às vezes, o aparelho – um dos preferidos pelos espanhóis – era aquecido, para aumentar a dor da vítima. Outras partes do corpo eram colocadas nas garras, como os pulsos, cotovelos, braços, ou as pernas. A idéia era inutilizar as articulações da vítima, ou o método servir como o início da tortura, visto que não era mortal em grande parte dos casos.
Triturador de Cabeças
O Triturador de Cabeças
Outro preferido e aperfeiçoado pelos espanhóis! A cabeça do inquirido era coloca numa barra de ferro, com o queixo apoiado na barra – algumas tinham recipientes especiais para os globos oculares – enquanto seu crânio era lentamente esmagado. O primeiro a quebrar era o maxilar, e algumas dezenas de minutos depois, a morte, após dores lancinantes. O cérebro às vezes escorria pelo nariz, ou pelas orelhas no processo, podendo o método ser usado como tortura, caso o algoz escolha ficar horas parado, apenas fazendo perguntas.
Empalamento
Empalamento
Drácula, ou Vlad, O Empalador; foi o inventor desse aqui, na Romênia do século XV, de acordo com a tradição. A vítima era colocada sobre uma estava grande e pontuda. O tempo entre o início da punição e a morte, levava em torno de três dias. Alguns carrascos tinham cuidado para que a estaca entrasse no ânus e só saísse acima do queixo da vítima, o que aumentava a dor da vítima. Acredita-se que Vlad fez isso em torno de 20.000 a 300.000 vezes.
A dama de ferro
Dama de Ferro
Provavelmente o mais famoso e conhecido método de tortura medieval. A vítima era colocada dentro dessa câmara de madeira cheia de pregos e superfícies pontudas, que continha uma abertura para que se pudesse interrogar a vítima, ou enfiar facas. Os pregos de dentro da Dama não atingiam os pontos vitais, com o intuito de atrasar a morte do torturado. Geralmente as regiões furadas eram os olhos, braços, pernas, barriga, peito e nádegas.
Mesa de esviceracao
Mesa de Evisceração
O torturado era deitado numa superfície com os pés e mãos imobilizados e logo acima dele existia uma manivela com espinhos. Um carrasco fazia uma incisão na altura do estômago e com um gancho preso a uma corrente, e através dele era retirado um pedaço do intestino, que era preso na manivela. Aos poucos a manivela era girada, e o intestino era enrolado nela.


mrdiggs.wordpress.com
23
Mar17

57 ANOS DEPOIS DO MASSACRE DE NA ÁFRICA DO SUL

António Garrochinho
No dia 21 de março de 1960 milhares de negros sul-africanos foram brutalmente atacados pela polícia, durante uma manifestação que exigia o fim do racismo e da discriminação racial no país. O resultado foram 69 mortos e cerca de 180 feridos. O caso ficou conhecido como o Massacre de Sharpeville, nome da cidade, localizada na província de Gauteng.
O motivo do protesto foi a luta contra a Lei do Passe, uma lei que obrigava os negros a andarem com uma caderneta onde estavam delimitados os locais onde cada pessoa negra tinha permissão para andar.  Essa era apenas uma das muitas leis que formavam o conjunto de regras do sistema de Apartheide (separação), um regime de segregação racial aplicado na África do Sul.
O Apartheid foi um dos exemplos mais cruéis e evidentes do racismo. Onde a separação entre as pessoas de diferentes fenótipos era levada às ultimas consequências.


O racismo se realizou de diferentes formas no mundo, de acordo com o desenvolvimento histórico-social de cada região onde foi aplicado . No Brasil, por exemplo, as regras de segregação racial eram mais maquiadas, e tinham, inclusive a intenção de fazer parecer que não havia racismo aqui, que as diferentes classes sociais sempre conviveram de forma pacífica e harmoniosa. Sabemos que isto não é verdade. Inclusive aqui também havia (e ainda há) leis e “costumes” eu impediam os negros de circular pela cidade com liberdade. Até poucas décadas atrás, qualquer pessoa (principalmente negros) que fosse encontrada na rua sem carteira de trabalho e comprovação de que estava na rua em razão de seu emprego poderia ser preso como “vadio”.  Nada muito diferente dos jovens  que são detidos ou agredidos por estarem em grupos indo para as praias da zona sul da cidade.

No caso da África do Sul ou dos EUA, a burguesia conseguiu durante mais tempo impor regras de segregação racial mais evidentes: locais de brancos e locais de negros. Porém, em todos os casos, em virtude das crescentes resistências e insurreições, a burguesia foi sendo obrigada a maquiar seu racismo e implementar modos de segregação que fossem vistos como mais democráticos. Dessa forma, o racialismo, e suas políticas, foram sendo implantados, com o objetivo de divisor a classe trabalhara e nos colocar em briga entre nós mesmos.
O racialismo é a ideologia irmã do racismo, que defende que o mundo é dividido em raças, tal como defende o racismo e serve para que não percebamos que o verdadeiro inimigo é o sistema e não nossos “irmãos de classe”, que  possuem um vida de sofrimento e direitos negados, como nós.

Essas políticas receberam o nome de ações afirmativas, e tem suas origens na Índia, mas se popularizaram bastante nos EUA. A primeiras modificações das leis foram com presidente John F. Kennedy, se potencializaram com o Lyndon Johnson e se concretizaram com Richard Nixon, na década de 1970. Ao mesmo tempo em que Nixon criava “metas e cronogramas” preocupados com o aumento da representatividade de minorias e mulheres, ele também propagava seu lema de Lei e ordem (Law and order), que sob a máscara de “guerras às drogas” perseguiu, prendeu e matou milhões de negros.
Nesse sentido, essas políticas afirmam (da boca pra fora) que defendem o direito dos negros, quando na verdade dão uma máscara de humanismo ao capitalismo, mantendo o mundo dividido entre os que têm direitos e os que não têm. Para que essa fantasia pareça real eles até permitem que alguns negros (ou indianos, indígenas, chineses, latinos, mulheres, etc.) usufruam de suas vantagens. Então, aceitaram uma pequena elite negra, se isso garantir que  a estrutura capitalista não precisará ser derrubada. E para fortalecer essa estrutura utiliza-se a meritocracia, para que aqueles negros que não conseguirem tragam a culpa para si mesmos, mantendo o verdadeiro culpado, o sistema capitalista, intacto. Assim, mantém uma máscara de democracia e pluralidade em um sistema de ditadura e exclusão.

Não é atoa que até ONU abraçou o dia 21 de março como um dia para ser lembrado. Após 9 anos do massacre (1969), a ONU decidiu declarar este dia como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Interessante lembrar que nessa década vários burgueses e suas instituições começaram a “se preocupar” com a luta negra, indígena e das mulheres. Ao mesmo tempo essas mesmas pessoas eram massacradas pelos governos capitalistas, no caso do Brasil através da ditadura militar, inclusive.
Essa mesma ONU que diz se preocupar com a igualdade e o fim da discriminação racial mantém milhares de soldados armados no Haiti, por exemplo. Soldados esses que já receberam centenas de acusações de crimes aterrorizantes como, por exemplo, exigir favores sexuais à crianças, oferecendo em troca de água e comida, como já denunciamos tantas vezes .

Gostaria de lembrar as palavras de um desses lutadores contra o Apartheid, Stephen Bantu Biko: “Racismo e capitalismo são duas faces de uma mesma moeda”. É necessário conjugarmos a luta contra o racismo e a luta contra o capitalismo, pois não há igualdade dentro desse sistema que tem a opressão e a exploração como filosofia. Em todas as partes do mundo, os diferentes povos têm vivido a mais dura e cruel face deste sistema, sobretudo agora, quando ele está em crise. É necessário que os diferentes povos deem as mãos e nos coloquemos contra esse sistema que só gera sofrimento e dor, para nós, “os de baixo”.
Não esqueceremos os lutadores e lutadoras que deram sangue e suor na luta por liberdade e igualdade. Seguremos firmes na luta contra todo tipo de opressão. Contra o capitalismo e pela construção do socialismo.

www.marxismo.org.br
23
Mar17

Sapec: uma empresa chafarica?

António Garrochinho



Não estaremos perante um caso de negligência grave do grupo Sapec, com a complacência das autoridades?


O incêndio num dos tanques de solventes de uma fábrica em Setúbal no dia 21 de março passado ocorreu um mês após o dos armazéns de enxofre. Apesar de se tratar de empresas separadas e vizinhas, fazem parte do mesmo grupo: Sapec.
Se o incêndio de fevereiro lançou para a atmosfera quantidades brutais de dióxido de enxofre durante vários dias sem interrupção e a nuvem se dirigiu sobretudo para norte, tendo-se registado valores anormais de tóxicos no ar até na cidade do Porto, desta vez, no incêndio do tanque de solventes a nuvem tóxica foi empurrada pelos ventos dominantes sobretudo para sudeste.
A atitude das autoridades é sempre a mesma: não há perigo, está tudo controlado. Chamam a isto “não criar pânico”.
No incêndio de fevereiro ficou-se a saber que não há estações de controlo de qualidade do ar nas imediações daquelas fábricas e daquela zona industrial a 7 Kms da cidade de Setúbal, onde se localizam outras fábricas que utilizam também produtos perigosos e que oficialmente representam risco de acidentes industriais graves. Por isso são sujeitas teoricamente a medidas mais rigorosas de controlo: a diretiva SEVESO da União Europeia, nome da pequena cidade italiana perto de Milão onde no século passado ocorreu um dos acidentes industriais mais graves na Europa, comparável ao de Bhopal, na Índia.
Do mesmo modo se verificou que nas povoações à volta desta zona industrial também não há qualquer dispositivo de medição da poluição.
Em fevereiro assistimos à atitude patética da Sapec, com a cumplicidade das autoridades. Começaram por “garantir” , nos primeiros dias, que aquelas toneladas de dióxido de enxofre não representavam qualquer perigo para a população, para a seguir, sem qualquer explicação, mandarem encerrar escolas e lares de terceira idade. A estação mais próxima da zona industrial, situada no centro da cidade de Setúbal registava valores de poluentes centenas de vezes superiores aos normais.
O que esta sucessão de incêndios graves, em depósitos de produtos tóxicos e explosivos, em fábricas assumidamente perigosas, vem demonstrar é que não podemos ficar à espera do próximo incêndio e esperar pela sorte.
Gaba-se a Sapec e as autoridades de que se conseguiu evitar em ambos os casos o alastramento dos incêndios à totalidade dos armazéns e dos depósitos! E que também conseguiram evitar o alastramento a outras zonas das fábricas e , claro, a explosão das fábricas e o chamado efeito dominó: triste consolação!
Continuamos sem saber o que provocou o incêndio de fevereiro, o que falhou, que correções ou alterações devem ser feitas, e já apanhámos com o segundo incêndio. Agora também começaram por dizer que não havia problemas para a saúde: logo veio a saber-se que as tais autoridades mandaram avisar as populações de Alcácer do Sal e Grândola: e concluímos que afinal o aviso não foi comunicado às populações. Tudo ridículo e revoltante.
Perante o comportamento da Sapec face aos incêndios sucessivos só posso colocar uma dúvida: não estaremos perante um caso de negligência grave do grupo Sapec, com a complacência das autoridades? Não há estações de controlo da qualidade do ar junto das fábricas porquê? Porque os donos não querem? Com que direito?
A questão de fundo terá também que ser confrontada: que fazer para acabar com estas fábricas, potenciais bombas tóxicas que tantos males já causaram ao ambiente e a várias gerações? A sua reconversão e a garantia dos postos de trabalho, a substituição de substâncias tóxicas por alternativas mais seguras, a própria alternativa a adubos químicos e pesticidas merecem ser debatidas publicamente.

Sobre o/a autor(a)

Professor

www.esquerda.net
23
Mar17

QUE MARAVILHA ! OLHA QUE DOIS NO CAIXOTE QUE A GENTE PAGA - Sócrates será comentador político da RTP a partir de abril

António Garrochinho



"Confirmo que a RTP vai ter dois novos comentadores políticos: José Sócrates e Nuno Morais Sarmento", afirmou o diretor de Informação, Paulo Ferreira.

A notícia, avançada na edição de hoje do Diário de Notícias, refere que as negociações decorreram desde o início do ano e que cada programa será semanal e com duração de 25 minutos.

O diretor de Informação da RTP escusou-se, no entanto, a avançar com pormenores sobre os formatos previstos.

De acordo com o DN, a estreia do espaço de comentário político de José Sócrates será antecedida por uma grande entrevista em que o antigo primeiro-ministro pretende esclarecer alguns temas a propósito dos seus seis anos de governação.


www.rtp.pt
23
Mar17

GATO POR LEBRE

António Garrochinho
ESTE GOVERNO FAZ-ME LEMBRAR AQUELAS LOJAS COM AS MARCAS DA CONTRAFAÇÃO.

TÊM PRODUTOS DE VÁRIAS QUALIDADES E CONFORME AS BOLSAS.

PARA OS INCAUTOS VENDEM GATO POR LEBRE.

CLARO QUE O QUE É BOM ESTÁ SEMPRE GUARDADO PARA A SUA CLIENTELA ESPECIAL

AG
23
Mar17

Falo do que é físico – ANA HATHERLY

António Garrochinho

Falo do que é físico
Falo do que é físico porque não tenho outra realidade.
Falo do corpo
do mundo
do que ainda não sabemos e chamamos divino.
Falo do que é físico
porque tudo o que é real tem corpo e ocupa espaço.
Falo disso.
Falo do que existe
e tudo é tanto que nunca chega o tempo
nunca chega o fôlego.
Vejo até à asfixia
gente, coisas, o invisível.
Tudo me faz estar em permanente frêmito
sair para a rua de noite
e andar até cair de cansaço.
Pensando em tudo isso
extremamente sobreposto
como se uma grande dor não anulasse outra
como se fosse possível
pensar em mais de uma coisa de uma só vez
sentindo o simultâneo impossível
querendo abranger
a incontrolável voracidade dentro de tudo.
Corro por mim fora
como um grande atleta
campeão de barreiras e distâncias invencíveis
tentando vencer
mas tudo é enorme e intrincado
tudo em mim são olhos vigilantes
sem jamais pálpebra.
Mas tudo isso não chega.
Tudo é enorme
e morro tão depressa.




Este artigo encontra-se em: voar fora da asa http://bit.ly/2mtCTlL
23
Mar17

OS “TERRORISTAS”

António Garrochinho

(Joaquim Vassalo Abreu, 22/03/2017)

terrorismo
Ou o “Terrorismo”, vai dar ao mesmo. O que é, afinal, o “terrorista” ou o” terrorismo”? Em tese, e simplificadamente, será o ou quem provoca terror. Tão simples quanto isso.
Lembrei-me disto a propósito dos acontecimentos de hoje em Londres e estou ao escrever ao correr do pensamento.
Um indivíduo, desvairado, porque assim o desejou, porque lhe falharam os travões, porque queria chegar mais depressa a casa ou porque achava que se divertia abalroando peões, irrompeu sobre tudo o que aparecia na sua frente e parece que matou quatro pessoas. Coisa pouca, digo eu, para tanta hora de televisão e debates, sempre com os mesmos especialistas que dizem, recorrentemente, sempre a mesma coisa.
Quem é que de nós já não viu filmes vários, a que achamos sempre muita piada, em que o protagonista, o herói, em contra mão, abalroa tudo o que na frente lhe aparece, desvia, curva, faz pião e tudo e depois chega ao seu destino e é recebido em ombros? E dos abalroados? E dos que foram ribanceira abaixo?  E dos desgraçados todos que morreram, o filme fala? É, ui…tantos e tantos…e achamos piada e porquê? Porque aquilo não é realidade!
Pois não, a realidade é coisa curta e próxima. Tudo o resto é longínquo e não interessa.
Na América, um puto, ou não mais puto, que tem acesso livre a uma arma, pega numa caçadeira, irrompe por uma Escola a dentro, dispara e mata a torto e a direito. Que era traumatizado, vítima de “bullying”, teve infância difícil e não sei que mais, todos logo dizem. Os especialistas, os psiquiatras, os pedopsiquiatras e outros “atras”, mas…”terrorista”? Não, isso não! “terroristas” são os outros!
Poderia dar mais exemplos, das “Máfias” aos “Carteis” etc. mas, o que concluo é que o apelidar de “terrorismo” ou o “terrorista” depende sempre do lado de onde se vê e do qual se está.
Eu era pequenito ainda (8 anos) quando comecei a ouvir falar da guerra em África. Ouvia falar vagamente da guerra da Argélia mas, na altura, tratava-se de uma guerra que era nossa. Tratava-se de defender a nossa Pátria e Grei e diziam…” Angola é nossa e gritarei, é carne é sangue da nossa grei..”, ou coisa parecida, ouvia eu na TV da época. E os nossos iam combater os “Turras”, lembram-se? Diminutivo de “terroristas” era escusado dizer…
Mas os “Turras” combatiam quem e porquê, comecei-me a perguntar…
Entretanto veio a guerra do Vietnam, e quem eram os “Turras”? Os Vietcongs, os do Norte, os de Hanói, dirigidos por Ho Chi Min! Os do Sul, os de Saigão, apoiados pelos Americanos eram, para a nossa imprensa da época, os bons. Mas, como tive a sorte, como já aqui disse, de ter ido para um Seminário de Missionários cujos professores tinham corrido mundo, desde a África à América do Sul e da Ásia à Oceânia, sempre ao lado dos mais desfavorecidos, cedo aprendi que não era bem assim…
Aprendi que os invasores eram os Americanos! Abri os olhos e comecei a ter acesso a verdades e factos que a maioria não tinha. Por estar num Seminário, vejam lá…esse “ferrete” de que falava um Amigo no Facebook, mesmo depois de eu lhe explicar… E comecei a ter visão do que viria a ser mais tarde a “Teologia da Libertação”!
Mas o que é o “Terrorismo”, pergunto eu novamente? Será que, no final, há um bom e há um mau? Quando um Povo se revolta contra um invasor ele é que é o “Turra”, mas quando, dentro do próprio país, se mata a torto e a direito, será o quê? De modo que me surge a sacramental pergunta: Mas o que vale a Vida Humana, afinal?
E, mais uma vez concluo, que está mais que visto que a vida de um Americano vale muito para os Americanos, a de um Europeu vale muito para os Europeus, mas que as dos que atravessam o Mediterrâneo, dos Sírios, dos Afegãos, dos Iraquianos, dos Sudaneses, dos Paquistaneses, dos Indonésios, dos Egípcios e mesmo as dos do sul da América ou do sul da Europa, para Americanos e Europeus, ambos do Norte, pouco valem…ou não valem nada!
Um Homem é um Homem, uma Mulher é uma Mulher, uma Criança uma Criança, um Ser Humano um Ser Humano! Todos iguais! Diferentes na pele, na língua, na religião, nos costumes, no artesanato, na cultura, no folclore (como bem dizia Galeano), nos hábitos, nas tradições, mas no respeito pelos mais velhos, como os Índios, ou pelas hierarquias, como nas Tribos! Todos fazendo parte de um mundo multirracial e multicultural, mas habitado por SERES HUMANOS!
Mas todos com virtudes e defeitos e vicissitudes várias ao longo da História. Podem os Cristãos atirar a pedra quando fizeram as Cruzadas, promoveram a Inquisição e mais recentemente se envolveram na Pedofilia? Podem os Muçulmanos falar de cátedra quando exterminaram gente sem fim, em nome de impérios e incendiaram Alexandria?
Podem os Espanhóis algo dizer quando, para conquistar a América do Sul, exterminaram povos inteiros e que o digam os Cortez e Pizarros desta vida? E os Americanos? Sim, os Americanos, os arautos das Liberdades, que durante décadas e décadas tomaram de assalto todas as economias das Américas do Sul e fizeram assim como que um “Tratado de Tordesilhas” com os Russos para dividir a África? E o mundo? Eles, os polícias do mundo, que instalaram os seus porta-aviões, contratorpedeiros, submarinos e fragatas sem fim por todos os mares? Como falar de “Terrorismo” quando, em nome não se sabe ainda de quê, mas adivinha-se, invadiram por duas vezes o Iraque e deixaram um rasto de mais de 600 mil mortos? “Terrorismo”?
Mas quem foram e são os “Terroristas”, afinal, ou os responsáveis pela sua existência?
Não serão aqueles que promovem a pobreza, que promovem as guerras, a exclusão e que impõem tiranias e “tiranetes”?
A História repete-se, já dizia o nosso Pai quando, ainda pequenos, nos falava da Segunda Guerra Mundial… Onde estão os bons? Onde estão os maus?
E, já agora, qual é o Deus que a tudo isto preside?
(Nota: Escrevi de “chofre”, mas com o coração…com razão ou não…).

 estatuadesal.com
23
Mar17

DJICOISO / EUROGRUPO Carta Aberta ao Dijóôkaralhodjinome

António Garrochinho
dij e o vinho
Tive de interromper uma orgia (e logo a das terças, porra) para te dirigir estas palavras, pá. Mas trouxe o garrafão de carrascão para me ajudar durantes estes minutos de semi-abstinência. A coisa tem, portanto, de ser rápida.
Vamos lá conversar sobre esta cena que disseste: «europeus do Sul gastaram dinheiro em “copos e mulheres”»
Agora a sério, Adolf (trato-te assim por preguiça, e tu bem sabes como a malta do sul é preguiçosa – mas o nome até é o teu focinho). Noto que a tua frase assenta num saber de experiências feito. E toda a Europa passou a saber o que cá fazes cada vez que cá vens. Ao “sul”.
Na impossibilidade de o teres doutra forma, pagas por ele. E não há nada de errado nisso, homenzinho. A Holanda está, aliás, muito à frente nesse ponto (tu não és a Holanda, Adolf). Espero é que seja sexo consentido, pese embora esse teu ar de orgasmo em forma de soluço. Mas não nos meças pela tua pilinha, rapazote.
Ia dizer “pensa bem”, mas depois percebi que isso é conselho inútil. Transformar as tuas experiências por aqui (vulgo: turismo sexual – só pode, pá!) no que NÓS SOMOS é extremamente hilariante. Melhor, seria. Porque a frase diz tudo de ti. E nada de nós. A merda é que resulta ofensivo. Daí o “seria”. E aí toda a piada se vai. Manifesta a teu bel-prazer a tua forma de estar no mundo. Mas não entres por aí.
Passaste demasiado tempo com o anterior primeiro ministro, aquele, o das vénias. E com o gaspar, aquele, o das vénias. E a maria luis, aquela, a das vénias. Estás a ressacar, só pode. Portugal deixou de ser a tua puta; os teus donos pedem-te contas; o teu “pfffésdê trabalhista” (psd com coelho nos anos áureos da troika) perdeu 29 dos 38 deputados que tinha. Com jeitinho cabem todos num táxi.
Estás ressabiado, homem. E, mais uma vez, tal como faz o teu guru xóible, vai de marrar com o sol do sul. Ele nisso, justiça seja feita, dedica-nos mais tempo; é mais preciso. Não há cá desse conceito vago e indeterminado – povos do sul. O deutsche bank está com problemas? Portugal! Hoje torceu-se-me uma rodinha? Foi o Costa. Com o coelho nada disto acontecia (sempre de almotolia no bolso). Um nórdico torcia o pé e, lá vinha asinha: “Portugal?! Vai já para o quarto”.
Quanto à coisificação da mulher? Epá, acho francamente que deves passar a andar de coquilha (também deve haver para o teu tamanho), mas não pode ser um resguardo qualquer. Aconselho uma espécie de ferragem, que as mulheres do teu país saberão responder-te al dente, morenaço. Ao teu esparguete, pá! Acaso cá voltes, aqui aos países do sul, aconselho-te vivamente uma armadura. Imagina-nos todos bêbados e encharcados de mulheres – cena marada esse teu sonho húmido (sério que estou em pulgas para saber como as tuas palavras serão recebidas na Holanda).
Agora, deixando de lado os teus complexos, tu és a antinomia do ideal europeu. E dizes-te progressista? E holandês? És um farrapo de homem, cabrão. Bem sei que o anterior governo tuga fez de todos nós umas putas, soldados dos mercados. Estás a estranhar. Entranha, pá.
Aqui há mulheres e homens, espécie de holandês. Digo espécie porque não posso (seria falso) definir o teu país em função da tua triste existência.
Chega cá mais perto, Adolf. Não tanto, pá, mais para trás. Mais um pouco, agora encosta-te à direita. Mais, mais. Mesmo na extrema. Aí. Lado a lado com o geert wilders. Aí é que estás bem. Avante! (ups)
Olha, não somos a tua puta. Tu és a puta e o teu chulo é quem te paga luvas ao fim de cada mês. Vamos chamar-lhe “mercados”. A quem te ordena o discurso. Mas hoje tenho a indelével sensação que marraste de frente contra a parede. Foste tu, sem máscara. E o teu patrão é gajo para não ter gostado. Porque foste demasiado tu, sem peias. Foste aquele teu apelido. djisselcoiso. Os teus patrões terão torcido o nariz, sim, mas descansa; eles não prescindem de trastes.
Pá, andámos quatro anos a marchar a tua marcha e a dos teus donos. Portugal deve fazer-te imensa comichão, agora que não o comandas tanto (o governo tuga acabou de pedir a tua demissão). Liga ao coelho. Ambos padecem de 2,1% de défice.
Espanha será Espanha (verás), Itália (mais sul-sul não há), Grécia (tu e os teus patrões destruíram a Grécia; e haverá consequências, cá estaremos, putanheiro, para as ver – tu no goldman sachs, vai uma apostinha?)
E termino isto que tenho de retomar o bacanal.
Só mais uma coisa, não penses que nos tomas por parvos. Disseste o que disseste para obter este tipo de reacção. Estás a prazo no Eurogrupo e sabes isso (já só és ministro das finanças a prazo). Eu sei isso. A Europa sabe isso. Aposto no goldman sachs, que tanto conhece deste sul, ou não tivesse martelado as contas gregas. Sobram lá lugares para trastes como tu. Nós também lá temos um; fico curioso para saber das hierarquias. Mas, temo que, por mais traste que sejas, nunca serás tão reles quanto ele. Prezamos muito a qualidade, Adolf, e esse nosso traste é artigo trabalhado e sabido. Uma puta como tu, sim. Mas pior/melhor do que tu. E termino com este elogio ao teu trabalho. Ao pé do durão és um menino.
Quando voltares a Portugal apita. Vou-te esperar ao aeroporto e a seguir vamos juntos passear. Há imensa gente com ganas de te conhecer (estou a gozar, pá, achas mesmo que largava estes meus afazeres báquicos para te servir de guia?).


eucanhoto.wordpress.com
23
Mar17

GAMA

António Garrochinho
HOJE NA "ANTENA 1" (AGORA A DECORRER) O XUXIALISTA JAIME GAMA É ENTREVISTADO POR MARIA FLOR PEDROSO.
O SENHOR VAI EXPLICAR ENTRE OUTRAS COISAS O PORQUÊ DA ECONOMIA PORTUGUESA NÃO CRESCER.
OLHA Ò JAIME ! EU ANTECIPO-ME E MANIFESTO DESDE JÁ A MINHA OPINIÃO SEM CONHECER AS TUAS JUSTIFICAÇÕES.
E ECONOMIA PORTUGUESA NÃO CRESCE PORQUE ESTÁ REPLETA DE "GAMAS".
AG
23
Mar17

OUÇAM

António Garrochinho
OU OUVI MAL OU CERTO ( se errei peço desculpa pois hoje não estou nos melhores dias) NA ANTENA 1 O EDUARDO NASCIMENTO AQUELE CANTOR QUE CANTOU E AINDA CANTA AQUELA CANÇÃO "OUÇAM" QUE FOI AO FESTIVAL DA EUROVISÃO, DIZER QUE NA ALTURA ATÉ O CHAMARAM DE COMUNISTA.

Ò EDUARDO ! TÁ CALADO !

A CANÇÃO FOI SIM UMA MANOBRA DE BRANQUEAMENTO DO COLONIALISMO PORTUGUÊS ONDE PUSERAM LÁ O "PRETO" PARA TAPAR OS OLHOS AO MUNDO SOBRE AS QUESTÕES DE RACISMO E DO TERRORISMO COLONIALISTA QUE ALASTRAVA PELO MUNDO.

ESTA MANEIRA "HABILIDOSA" DE FALAR DO QUE SE PASSA E JÁ SE PASSOU NUNCA SE DESPE DO VENENO ANTI COMUNISTA.

António Garrochinho
23
Mar17

Da França que não é norte nem sul para falar do coração: Europa

António Garrochinho


Os ministros das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, espanhol, Luis Guindos, e grego, Euclid Tsakalotos, em dezembro de 2015 em Bruxelas. Declarações de Dijsselbloem sobre países do Sul da Europa revelam a existência de diferentes perceções e divisões na esfera de uma UE que aparenta encontrar-se num impasse
A França partilha os defeitos que não estão separados pelos pontos cardeais - o contrário do que sugeriu esta semana Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo.
Viajemos pela atualidade para nos encontrarmos. François Fillon candidato presidencial francês e conservador foi acusado de ter dado empregos fictícios à mulher e a dois filhos, como assessores, pagos por dinheiro público. Abriu-se uma investigação judicial, Fillon foi indiciado e o escândalo marcou, a ponto de aquele que era considerado o próximo hóspede do palácio do Eliseu, não chegar provavelmente à segunda volta.
Logo se soube que a prática de Fillon não era exclusiva do seu campo político. Entre outros casos, Bruno Le Roux, o ministro socialista do Interior, no governo Hollande, demitiu-se esta semana por questão similar. E, no entanto, ainda há dias Le Roux dera uma lição a Fillon: "Não devia haver cônjuges a trabalhar para os deputados". Fórmula de má-fé, pois se o ministro socialista se demitiu não foi por ter empregado a mulher, é certo, arranjara, quando era deputado, emprego para as filhas no Parlamento, ainda eram elas estudantes do liceu, de 15 e 16 anos.
O caso dos empregos andava pelas revelações, quando outro affaire atingiu François Fillon: "um amigo" pagara-lhe dois fatos, num dos alfaiates mais reputados de Paris. Soube-se a seguir que as despesas vestimentares de Fillon, no mesmo alfaiate e pagas pelo mesmo benemérito, atingiam cerca de 50 mil euros. "Et alors?", disse Fillon. Um conciso "e então? que parece confrontar o espanto da classe política à cada vez maior perplexidade dos cidadãos com o comportamento dos seus eleitos.
Por ironia, ontem, Le Canard Enchainé, o mesmo jornal que revelara o caso Fillon, contou que o socialista Pierre Moscovici, ex-deputado e ex-ministro e atual comissário europeu, também teve um amigo a pagar-lhe fatos no tal alfaiate parisiense. Achou que tinha desculpas: "Não estou embaraçado porque no meu caso são verdadeiros presentes, dados por verdadeiros amigos e num verdadeiro caso privado."
Ora, o problema é que há zonas cinzentas na explicação: o amigo de Moscovici é um negociante de vinhos, antigo fornecedor do Eliseu (palácio presidencial) e de Matignon (palácio do primeiro-ministro). Como impedir a opinião pública de pensar que a oferta dos fatos esperava uma simpatia em futuros fornecimentos de champanhe? É a velha questão da mulher de César...
As dúvidas podem ser mais ou menos fundamentadas, mas todas são corroídas pela suspeição quando os políticos se permitem esticar a corda: o amigo que pagou os fatos ao candidato presidencial François Fillon foi Robert Bourgi. Quem? Um dos mais infrequentáveis homem de negócios franceses. Sucessor de Jacques Foccart, o histórico homem-sombra das ligações do regime gaullista (o campo de Fillon) com presidentes africanos. Em 2012, Bourgi organizou a visita de Fillon por vários países africanos francófonos, Senegal, Costa do Marfim... Os interesses franceses são legítimos, cultural e economicamente importantes em África. Mas apoiar-se em Robert Bourgi? Em 2011 ele deu uma entrevista ao Journal du Dimanche onde contou ter carregado malas com dezenas de milhões de euros, dados por presidentes africanos a Jacques Chirac (Fillon foi seu ministro) e a Dominique de Villepin (Fillon sucedeu-o como primeiro-ministro)... Aceitar uma gravata que seja de um tal personagem?
A atualidade política-judicial francesa, com uma opinião pública cada vez mais desconfiada, calha bem ser conhecida até por este facto geográfico e histórico: acontece num grande país, que não é norte nem sul da Europa, é dos dois. A França partilha os defeitos que não estão separados pelos pontos cardeais - o contrário do que sugeriu esta semana Jeroen Dijsselbloem, o presidente do Eurogrupo. Mais do que instituição financeira que é, ela tem no nome símbolos: Euro e grupo. A unidade económica, política, histórica e cultural a que os dois termos aludem não se pode permitir deslizes irresponsáveis. Os tempos, oiçam os noticiários, não deixam.
As palavras de soberba de Trump para um país vizinho - "o muro vai ser feito, e os mexicanos nem sabem que eles é que vão pagá-lo" - não podem fazer escola na ideia Europa, que é todo o contrário disso. Ou, não sendo, deixa de ser Europa.


www.dn.pt
23
Mar17

VEM A PORTUGAL E COMO "ILUMINADA" RESOLVEU MANDAR UMAS PAPAIAS SOBRE O TTP, OU SEJA COMO ELES, OS CAPITALISTAS TRAVAM GUERRAS ECONÓMICAS QUE O POVO PAGA - Cecilia Malmström: "Nem sempre é fácil, até para os europeus, perceber como funciona a UE"

António Garrochinho


A comissária europeia do Comércio assume "preocupação" face aos "sinais" de que a administração Trump quer "desvincular" os EUA da Organização Mundial do Comércio e que pretende afastar Bruxelas dos acordos bilaterais a assinar com os países europeus.

Em entrevista ao DN e à TSF, Cecilia Malmström fala ainda das "dificuldades" da UE, prestes a iniciar as negociações do brexit. A comissária chega hoje a Portugal para um diálogo com os cidadãos sobre a política comercial e para debater o Livro Branco para o relançamento da UE, nos 60 anos do Tratado de Roma, num encontro a realizar, às 12.00, na Sala dos Espelhos do Palácio Foz
Está preocupada com a abordagem dos EUA em relação a alguns acordos internacionais de comércio, nomeadamente quando um conselheiro do presidente americano diz que os EUA vão abandonar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e cancelar o Acordo de Parceria Transpacífico (TPP) ou o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA)?
Donald Trump, durante a campanha, disse que não iria assinar o TPP e que iria renegociar o NAFTA. Foi isso que anunciou e é o que está a fazer agora. Prometeu isso aos eleitores e agora tem de o fazer. São preocupantes esses sinais, de quererem desvincular-se da OMC. Porque precisaríamos que os Estados Unidos fossem fortes nesta estrutura. Trabalhamos muito com eles. Ainda não vimos nada de concreto. Quando estiverem plenamente em funções, iremos abordá-los para ver como poderemos cooperar. Esperamos que continuem a ser um ator forte na OMC. Existem regras internacionais. Precisamos que todos os países trabalhem de acordo com essas regras. E isso também é bom para os EUA.
É possível negociar acordos de comércio na União Europeia isoladamente, país a país, como um responsável americano sugeriu?
Não. A União Europeia é uma unidade. Por isso se eles querem substituir o acordo de Parceria Transatlântica têm de fazê-lo com a UE. Vamos ter de lhes explicar também isso.
Esse tipo de afirmações pode ter por base alguma ignorância?
Para ser honesta, nem sempre é fácil, até mesmo para os europeus, perceber como funciona a União Europeia. Talvez eles não tenham tempo para se debruçar sobre isso. Ficaremos felizes se pudermos explicar-lhes. Veremos se, no entretanto, haverá um retomar das discussões para o TTIP. Neste momento estão congeladas. Teremos de esperar até que a administração americana esteja completamente em funções. O que, provavelmente, levará mais um ou dois meses.
Acredita que depois disso as negociações para o TTIP poderão avançar?
Não faço a mínima ideia. Também dependerá deles. Veremos.
Neste período, habitualmente caracterizado como desafiador, que expectativa tem sobre os encontros em Roma em relação ao futuro da UE?
Penso que, antes de mais, é uma oportunidade para os Estados membros e para os seus líderes, para se lembrarem que, sim, há desafios e dificuldades na UE. Mas estarmos juntos tem também muitas vantagens. Conseguimos muito no que diz respeito à paz, à prosperidade económica, tendo um papel de liderança no combate às alterações climáticas. Esta cimeira serve para lembrar o que já conseguimos e para começar a pensar um pouco no futuro e em como organizar a União que temos, para que funcione melhor e como se pode interagir melhor com os cidadãos, para pensarmos a que outras coisas deveremos dar prioridade. E, isto é algo que nos leva a uma discussão mais ampla, por toda a UE. Mas é também um momento para refletirmos, que é algo muito bonito o que criámos juntos.
... e o Livro Branco é a resposta necessária para os desafios que a UE tem pela frente?
O Livro Branco não dá qualquer resposta, mas alimenta a discussão que está a ser agora levada a cabo. Que tipo de Europa queremos, como deveremos focar-nos no futuro. Esta é a nossa contribuição para a discussão, que espero venha a ter lugar em muitos países. Eu e os meus colegas, na Comissão Europeia, mas também muitos ministros e muitas outras pessoas estão empenhadas, no Parlamento, na sociedade civil, entre os cidadãos, sindicatos, organizações de comércio ou empresas em darem os contributos para as questões que foram colocadas e alcançarmos o que é preciso agora. Será um período de discussão interessante. Talvez seja o que precisamos agora.
Numa altura em que são precisas respostas, a Comissão lançou cinco perguntas. Significará isto que já não é capaz de dar respostas?
Temos o brexit, temos dificuldades, temos eleições, temos os partidos populistas que ameaçam retirar os países da União Europeia. Por isso, não me parece que a resposta correta da Comissão seja apresentar um decreto a dizer o que devemos fazer. Em vez disso está a empenhar-se largamente a todos os níveis, perguntando que tipo de União querem. Claro que tem um ponto de vista sobre isso. E eventualmente faremos propostas. Mas penso que agora é o momento para debater, para refletir e nos empenharmos amplamente. De outro modo, teremos os críticos a dizerem que a Comissão decidiu sem ouvir as pessoas.
Seria capaz de apontar um cenário preferível?
Talvez até fosse capaz. Mas não é o momento para o fazer. Penso que essa resposta precisa de estar enraizada numa ampla discussão com os cidadãos, em que pode haver pontos de vista diferentes.
Em Portugal, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista tentaram impedir a adoção do Acordo de Comércio com o Canadá (CETA) pelas leis nacionais. Vê isto como uma mudança em Portugal no apoio à política europeia de comércio?
Esse é um assunto com o qual o governo português tem de lidar. Tivemos sempre o apoio muito forte do governo de Portugal durante as negociações para o CETA. É um bom acordo também para Portugal.
Quanto uma economia como a portuguesa pode beneficiar com este acordo?
Na realidade, muito. Portugal é um pequeno país, que sempre dependeu do comércio ao longo da história. Eu venho de um país semelhante, do Norte da Europa, também muito dependente do comércio. E, com o CETA, haverá um aumento do mercado de serviços, do mercado dos contratos públicos. Haverá um levantamento das tarifas, que são extremamente onerosas para as exportações portuguesas, nomeadamente em produtos como o calçado, máquinas e os químicos. O setor alimentar também beneficiará muito. Serão eliminadas tarifas nos vinhos, em alguns queijos que já são exportados por Portugal. Este acordo reconhece 20 denominações de origem em Portugal. O vinho, as amêndoas, a fruta, os queijos serão protegidos como produtos portugueses únicos. E isto é bom para as exportações. O acordo também oferece a possibilidade de, por exemplo, arquitetos ou contabilistas poderem mais facilmente trabalhar no Canadá.
Que resposta dá àqueles que pedem mais transparência e acusam Bruxelas de secretismo nas negociações com o Canadá?
Essas acusações não são propriamente justas. Todos os documentos das negociações com o Canadá estão online há vários anos. Fizemos alterações ao acordo, tendo em conta os pedidos dos cidadãos. As negociações começaram há sete anos e os documentos estão online há muito tempo. As negociações que estamos agora a levar a cabo foram alvo de grandes reformas, para as tornar mais transparentes. Temos publicado na internet os resumos de todas as negociações, para que todos as possam ver. Temos publicado as posições europeias, documentação de background, as propostas europeias que nós enviamos para os Estados Unidos e para qualquer outro Estado com quem estejamos a negociar. Por isso penso que mudámos muito a maneira como as negociações são conduzidas. Mas, obviamente, quando estamos a negociar questões muito difíceis não podemos ter lá as câmaras de televisão. Mas podemos incluir os cidadãos muito mais do que se fez no passado. Os cidadãos querem participar e isso é muito bom. Estamos realmente a fazer que as negociações de comércio sejam muito mais transparentes. É algo que é absolutamente necessário. Sou completamente a favor disso.
Está em condições de garantir que estes acordos não reduzem os padrões europeus em matéria social, ambiente, segurança alimentar ou saúde?
Se estamos a falar do Canadá, devemos saber que é um país com padrões muito elevados relativamente aos direitos dos consumidores, tal como a Europa. Mas isso está especificamente incluído no acordo. Vamos monitorizar os acordos de comércio, tal como sempre fazemos. O Conselho Europeu, que deu luz verde ao acordo, e o Parlamento, que o aprovou com larga maioria, também vão estar atentos. Estamos confiantes em relação a isso. Faremos um acompanhamento regular para nos assegurarmos que nada irá limitar, nem ameaçar os padrões ambientais ou de consumo na Europa - no acordo com o Canadá, mas também no futuro. Isto é claro como a água, em todos os mandatos que recebi do Conselho. Posso assegurar que isso [redução dos padrões] não irá acontecer.
A Comissão Europeia está a negociar cerca de 20 acordos de comércio. O acordo com o Japão tem sido a prioridade. Mas, para Portugal, o acordo com o Mercosul poderá ser dos mais interessantes. Quando é que a Comissão espera ter este acordo concluído?
Queremos fazer progressos em todos os acordos que estamos a negociar. Mas devo dizer que, este ano, além do CETA entrar em vigor, vamos concluir o acordo com o Japão, com o México e com o Mercosul. Estes serão os mais importantes que queremos concluir este ano. Estamos a trabalhar muito arduamente, com os nossos parceiros, para o conseguirmos.
Quando o ministro da Economia brasileiro diz que o acordo entre a UE e o Mercosul fica concluído em 2017, não está apenas a ser otimista, é uma realidade que vai acontecer?
É isso que pretendemos. Esta semana temos novas negociações. Estamos a fazer muitos progressos. O nosso objetivo preliminar é termos uma conclusão política até ao fim do ano. Mas teremos de ter um bom acordo para apresentarmos aos Estados membros e ao Parlamento Europeu. Poderemos precisar de um pouco mais de tempo para as "tecnicidades". Mas este é o nosso objetivo, que é amplamente partilhado com os nossos quatro parceiros e amigos do Mercosul.
Quando é que o acordo pode entrar em vigor?
Primeiro tem de estar completamente finalizado. Depois tem de ser transcrito do ponto de vista legal, para nos assegurarmos de que está de acordo com as nossas leis. Depois tem de ser traduzido. Com todos estes processos falamos de, pelo menos, mais um ano.
Como garante que, depois do acordo com o Mercosul, os cidadãos da UE continuam protegidos de fraudes como a que ocorreu agora com a carne brasileira?
Estamos a acompanhar de perto as investigações em curso no Brasil. Foi na sequência de uma intensa ação diplomática e em resposta a um pedido explícito da União Europeia, que as autoridades brasileiras confirmaram a suspensão das licenças de exportação, dos estabelecimentos envolvidos no inquérito. É importante esclarecer que esta questão não tem qualquer ligação direta com as negociações comerciais em curso entre a UE e o Mercosul. Esperamos que essas negociações cubram produtos agrícolas e incluam um capítulo moderno sobre medidas sanitárias e fitossanitárias, estabelecendo um quadro regulamentar rigoroso para todas as importações da UE provenientes dos países do Mercosul. Um futuro acordo de comércio livre entre a UE e o Mercosul não diminuirá, reforçará os nossos elevados requisitos regulamentares e normas de segurança alimentar para as importações agrícolas.
Que resposta daria a quem critica o acordo com o Mercosul, dizendo que deixará a porta da UE aberta para a entrada de produtos poucos saudáveis, como por exemplo carne fora de prazo?
A Europa tem os mais altos padrões do mundo quando se trata de segurança alimentar e estes padrões não estão em negociação em qualquer acordo comercial. Qualquer país que pretenda exportar para a UE, terá de assegurar que os seus produtos satisfazem essas normas, com ou sem um acordo comercial.
As mudanças de governo no Brasil e na Argentina têm alguma influência no andamento das negociações?
As mudanças de governo na Argentina fez que as coisas avançassem bastante. Eles estão muito empenhados nas negociações. O governo brasileiro também está muito empenhado. O que vai acontecer em futuras eleições, continua por se saber. O acordo é importante para a economia e para a sociedade no Brasil, na Argentina e também no Uruguai e no Paraguai. É também uma forma de nos aproximar das pessoas daqueles países. É um acordo económico mas também é um acordo estratégico.

www.dn.pt

23
Mar17

PRENDA-NOS, MATEM-NOS TODOS, LOUCOS, MISERÁVEIS, INOCENTES, MAS DEIXEM À SOLTA OS MANDANTES, OS SEM ROSTO QUE ESTÃO POR DE TRÁS DA CARNIFICINA DIÁRIA DE INOCENTES - Polícia britânica detém sete pessoas suspeitas de ligações a ataque de Londres

António Garrochinho



As autoridades fizeram raides em seis locais. Número de mortos revisto para quatro

A polícia britânica efetuou esta madrugada sete detenções numa operação relacionada com o ataque de Londres, que ontem fez quatro mortos (número foi revisto em baixa) e 40 feridos, dos quais sete estão em estado crítico, diz a BBC.
Segundo a Sky News, as autoridades invadiram uma casa no bairro de Edgbaston, Birmingham, e detiveram várias pessoas. Segundo uma testemunha afirmou à Press Association, um dos suspeitos da autoria do ataque em Westminster morava ali.
A polícia permanece no local, mas as estradas nas imediações do local onde decorreu o raide já foram reabertas.
Entretanto, o chefe da unidade antiterrorista da polícia de Londres, Mark Rowley, especificou que as buscas decorreram em seis locais, envolveram centenas de agentes e que foram efetuadas sete detenções.
Esclareceu ainda que na sequência do ataque em Westminster morreram quatro pessoas (ontem, um balanço oficial referia cinco vitimas mortais), nomeadamente uma mulher na casa dos 40 anos, um homem com cerca de 50, o agente da polícia Keith Palmer e o próprio autor do ataque.
Dos 40 feridos, 29 recebaram assistência médica e sete ainda estão hospitalizados em estado crítico, informou.
Mark Rowley indicou ainda que, até ao momento, não foram detetadas evidências que apontem para "novas ameaças terroristas".
A polícia referiu que acreditam saber a identidade do atacante, mas que não a irão revelar "nesta fase tão sensível da investigação".
A polícia britânica, que ontem afirmou estar a tratar o incidente ocorrido na quarta-feira junto ao parlamento britânico "como terrorismo até prova em contrário", declinou confirmar se a operação levada a cabo em Birmingham está relacionada com o atentado.
Segundo o mais recente balanço, quatro pessoas morreram e 40 outras ficaram feridas na sequência do ataque junto ao parlamento britânico, quando um homem ao volante de uma viatura atropelou vários transeuntes na ponte de Westminster e apunhalou depois um polícia.
As vítimas mortais são dois civis, um polícia e o atacante, que foi abatido pelas forças de segurança.
O chefe da unidade antiterrorista da polícia de Londres, Mark Rowley, recusou ontem comentar a identidade do atacante, mas sublinhou que a Scotland Yard trabalha na hipótese de que atuou "inspirado no terrorismo internacional".
A investigação, em que participam centenas de agentes, "está a avançar rapidamente", explicou.
A polícia está a concentrar a investigação na "motivação e preparação" do suspeito e de possíveis "associados", disse, salientando que estão a ser interrogadas centenas de testemunhas e analisadas imagens de câmaras de segurança.
O comandante confirmou que o Reino Unido não vai aumentar o nível de alerta terrorista e vai manter o nível "severo", o quarto numa escala de cinco.
Mark Rowley disse, no entanto, que as forças de segurança organizaram dispositivos adicionais em todo o país.

www.dn.pt

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •