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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

14
Abr17

A MENINA DOS OLHOS

António Garrochinho

Ela é a "mãe". É "mãe", disseram todos os imbecis televisionados de "pivots". Repetiram "ad nauseam" e continuá-lo-ão a fazer.
Assim foi designada a ordem para caracterizar a bomba apalhaçada que serviu para fingir que combate a sua soldadesca de "rabo de fora".
Os generais proxenetas do "ninho de cucos" estadunidense, hoje, resolveram-se por aqui. O orangotango louro vai-lhes fazer o frete amanhã num local qualquer onde o catolicismo não for palavra de ordem.
Guterres, o mais cobarde de todos os portugueses vivos, ficará de novo calado.
Guilherme Antunes
Foto de António Garrochinho.

14
Abr17

Quadras populares

António Garrochinho
Quadras Populares

Hoje não venhas tarde
Dizes-me tu com carinho
Ou compras um relógio novo
Ou amanhã vai de carrinho.

Fui sair com o meu amor
E dei-lhe um beijo na testa
Mais abaixo me disse ela
Mais abaixo é uma festa.

As meninas de Odivelas
São umas puras donzelas
As mamas dessas meninas
Também foram como elas.

Quando vejo uma Madame
Na rua a se "promenar"
Digo logo "jevuzéme"
"Savêvu Francês parlar".

Tu na terra e eu no mar
Ambos nós damos valor
Tu cavas no duro chão
Eu no mar sou pescador.
  
O ribeiro não corria
Quando o teu lenço lavavas
Parou a ver se aprendia
As cantigas que cantavas.

Mal de amor, raro se perde
É como a nódoa da amora
Só com outra amora verde
A nódoa se vai embora.

Cautela, ninguém se gabe
De ter tudo o que lhe apraz
Quem não tem nada é que sabe
A falta que tudo faz.

Há três coisas na vida
A que um homem nunca foge
Ao amor de uma mulher
Ainda não bebi nada "hóje".

Subi ao quinto andar
E atirei-me do segundo
Só porque quis ir tomar ar
Antes de ir pró outro mundo.

Na sala de anatomia
Deu-se um parto interessante
Uma pulga pequenina
Deu à luz um "Alifante".


 Mulher é livro fechado,
Mas fechado para valer...
Nunca confessa o pecado,
Faz do pecado viver
 
 Teve sabor a pecado
O beijo que te roubei.
Foi um gesto malcriado,
Mas te confesso... gostei.


 Desfolhaste o malmequer
A perguntar s'eu te queria.
Fizeste mal, oh mulher,
O malmequer não sabia
.


www.jose-lucio.com
14
Abr17

DEBAIXO DOS LENÇÓS

António Garrochinho



NÃ ME TÓQUES COM ESSES ENREGELADOS PÉZES
QUE ME DÁS ARREPIOS, FEZES
POR DEBAIXO DOS LENÇÓS
CALÇA AS PEÚGAS, PÕE A BORRACHA 

D´ÁGUA QUENTE
FAZ UMA ESFREGUEÇÃO D´ÁGUARDENTE
SENÃO É MELHOR DROMIR-MOS SÓS


António Garrochinho
14
Abr17

AS CONTAS DO SANTUÁRIO

António Garrochinho
Qualquer contribuinte, seja crente ou não - e a autarquia! - teria motivos para se sentir perturbado e... alguns, zelosos das suas obrigações perante o Estado (os outros, ao fim e ao resto!), indignados.





anonimosecxxi.blogspot.pt

14
Abr17

MENU MODERNO

António Garrochinho

VASSALOS DE CIRCUNSTÂNCIA
EUNUCOS, COVARDES, TRAIDORES
ESPALHANDO A FRAGRÂNCIA
DA MERDA PERFUMADA QUE A USAM OS DOUTORES
OS PSEUDO INTELECTUAIS DA INCONSTÂNCIA
DO FASCISMO MODERNO, ADORADORES


António Garrochinho
14
Abr17

Compreensão assustadora

António Garrochinho

Quem acompanha há muito as desventuras da Síria na situação de principal rival militar de Israel, conhece o ror de histórias mal contadas e o arsenal de mentiras que distorcem o que se passa no país. Por isso, o problema das armas químicas é um assunto recorrente.
Donald Trump

De Berlim a Bruxelas e Paris, de Atenas a Estocolmo, de Varsóvia a Lisboa perpassa uma comovente vaga de compreensão para com o até agora proscrito presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, por ter feito desabar mísseis sobre o território da Síria independente, ter destruído uns quantos adereços de uma base aérea e, sobretudo, ter assassinado um número indeterminado de civis, entre eles várias crianças.
Quando Trump proclamava, afinal mentindo, que desejava a paz na Síria e destruir o Daesh, juntamente com os outros alter ego do terrorismo dito de inspiração islâmica, o novo presidente norte-americano estava sob fogo cerrado dos aliados, que chegaram a pôr em causa a sua fidelidade à NATO.
Agora que Trump se acomodou à sábia mensagem do ministro português Santos Silva proferida em 22 de Março, em nome de todos os seus colegas da União Europeia, segundo a qual o exército sírio é pior que o Daesh, assiste-se ao regresso à normalidade. Isto é, os dirigentes políticos dos países da aliança repetem que não há solução militar para o problema sírio e, ao mesmo tempo, manifestam compreensão – se fosse com Obama ou com a senhora Clinton aplaudiriam sem reservas – pelos actos de guerra contra a Síria, mesmo que aqueçam ainda mais as costas dos mercenários assassinos do Daesh.
Parece contraditório? Não para as mentes privilegiadas de Santos Silva e colegas respectivos.
Tudo isto decorre das armas químicas que teriam sido usadas pelo exército sírio num recente ataque contra bases terroristas na província de Idlib, facto que está longe de provado e que, provavelmente, é uma deslavada mentira. Quem não se lembra da fábula das famosas e ainda desaparecidas armas de destruição massiva de Saddam Hussein?
As Nações Unidas e o seu secretário-geral nada fizeram para tirar este assunto de Idlib a limpo; limitaram-se a balbuciar qualquer coisa como a realização de um inquérito e, antes que tivessem a ousadia de passar à prática, Trump impôs a justiça do todo-poderoso complexo militar, industrial e tecnológico que nos governa. Foi assim, com algumas variantes para alívio das boas e inocentes consciências, no Afeganistão, no Iraque (em duas fases), na Líbia e mais alguns outros sítios, além de acontecer quotidianamente na Palestina.
«Tudo isto decorre das armas químicas que teriam sido usadas pelo exército sírio num recente ataque contra bases terroristas na província de Idlib, facto que está longe de provado e que, provavelmente, é uma deslavada mentira.»
Quem acompanha há muito as desventuras da Síria na situação de principal rival militar de Israel, conhece o ror de histórias mal contadas e o arsenal de mentiras que distorcem o que se passa no país. Por isso, o problema das armas químicas é um assunto recorrente.
O Eng. António Guterres tem em seu poder – e se não tem deveria procurá-lo no entulho da herança podre deixada pelo seu antecessor – um relatório de uma comissão independente chefiada pela jurista italiana Carla del Ponte, designada pela ONU, demonstrando, com toda a clareza, a posse de armas químicas e de produtos para as confeccionar pelos grupos de mercenários injectados na Síria.
Se ler o documento, de finais de 2012, o secretário-geral ficará a saber que os terroristas ditos islâmicos foram municiados e treinados para usar esse tipo de armamento na Turquia e na Jordânia, não directamente por países da NATO mas sim pelos seus famosos contractors, as empresas privadas de guerra em quem delegam os assuntos sujos, para surgirem de mãos limpas nos grandes areópagos comunicacionais.
Esta realidade, que o Eng. Guterres poderia ter a gentileza de partilhar com o seu ex-ministro Santos Silva, foi revelada através da própria CNN, em finais de 2012, pela jornalista Elise Labbott; a qual, como recompensa pelo excelente trabalho de investigação, foi relegada para dirigir um blogue. Também o Daily Mail online divulgou as mesmas informações, retomando a iniciativa de Labott, em Janeiro de 2013. Algum tempo depois essas notícias desapareceram, confirmando que estamos numa sociedade onde prevalece a liberdade de imprensa.
Em Agosto de 2013, o relatório da comissão de Carla del Ponte foi tragicamente confirmado, através de um massacre nos arredores de Damasco, no qual a localidade síria de Goutha foi totalmente dizimada por armas químicas – pelo menos 150 pessoas morreram. Quem se lembrar do episódio saberá que o regime de Damasco foi imediatamente acusado da chacina, sem quaisquer provas nem inquéritos, pelo que Obama logo preparou os seus mísseis, tal como Trump fez agora. Mas o anterior presidente não chegou a dispará-los, para desespero da sua secretária de Estado Clinton, por saber que a verdadeira autoria do massacre pela al-Nusra, ou al-Qaida, não tardaria a ser desmascarada.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas foi então envolvida no assunto, terá investigado a situação no terreno, confirmado a responsabilidade do grupo terrorista e tomado providências para destruição dos arsenais.
Que não terão sido as suficientes, em termos de futuro. Porque o episódio agora ocorrido terá resultado do facto de o exército sírio, num dos seus ataques contra os grupos terroristas, ter alvejado locais que estes usavam como paióis de armas químicas e produtos para as fabricar. Não há provas nem maneira de confrontar as versões em campo, mas o histórico da guerra imposta contra a Síria, a rogo de Israel e da NATO, deixa poucas dúvidas sobre o que aconteceu.
A reacção de Trump e a compreensão manifestada pelos seus aliados trazem um novo alento ao Daesh e aos terroristas «moderados», que viviam desesperados e desnorteados desde a estrondosa derrota em Alepo e o início das negociações políticas em Astana, juntamente com as de Genebra.
Quem estiver atento notará nestes comportamentos da nova administração norte-americana o dedo do recém-entronizado conselheiro de segurança nacional de Trump, o tenente general Herbert Raymond McMaster, conhecido como o «académico guerreiro». Foi o escolhido pelo establishment para suceder a Michael Flynn e Steve Bannon, despedidos dos cargos de conselheiros do presidente na sequência de conspirações de bastidores animadas por figuras associadas à política externa belicista da anterior administração.
Flynn e Bannon, defensores da procura de soluções políticas para problemas militares, foram acusados de agir como toupeiras de Putin, manobra em que desempenhou papel principal, mas sombrio, o vice-presidente Mike Pence, expoente dos falcões neoconservadores.
Rodeado agora por uma corte de guerreiros expurgada de quaisquer pombas transviadas, a figura de Trump surge com pleno fulgor, associando a sua idiossincrasia irresponsável, autoritária e arbitrária aos hábitos de guerra enraizados em Washington.
Tudo volta à normalidade.
Os aliados podem dormir descansados.
O mundo deve sentir-se ainda mais ameaçado.

José Goulão

www.abrilabril.pt
14
Abr17

COM OS MEUS BOTÕES

António Garrochinho

UMA BOMBA COMO ESTA QUE TRUMP LANÇOU E QUE COMO SE SABE É O MAIS PRÓXIMO DA BOMBA NUCLEAR NÃO SERÁ UM APALPAR DE PULSO À HUMANIDADE PARA UMA AGRESSÃO À COREIA DO NORTE E AO IRÃO JÁ QUE O NUCLEAR É MUITO COMPLICADO NA SUA UTILIZAÇÃO ?

SIM ! O APALPAR DE PULSO AO MUNDO TEM SIDO UTILIZADO PELOS CRÁPULAS E DÉSPOTAS ANTES DE INICIAREM AGRESSÕES E MORTANDADE.

SOBRE ISSO PERGUNTARIA O QUE ESTÁ GUTERRES A FAZER MESMO SE SABENDO QUE É UM CAPACHO DO FASCISMO E DO IMPERIALISMO NEM SEQUER SE DIGNA DEBRUÇAR SOBRE ESTES MOMENTOS TÃO GRAVES NO NOSSO MUNDO !

ESTARÁ A REZAR O TERÇO COM O FASCISTA DO MELÍCIAS AO MESMO TEMPO QUE TIRANDO CAGÁITAS DAS VENTAS ?

António Garrochinho
14
Abr17

ALGARVE - Trabalhadores da hotelaria e turismo em luta

António Garrochinho


Trabalhadores do sector da hotelaria e turismo manifestaram-se esta quinta-feira em Vilamoura, onde reivindicaram aumentos salariais, a negociação da contratação colectiva e o fim da repressão.


Trabalhadores da hotelaria e turismo exigem o fim da repressão
Trabalhadores da hotelaria e turismo exigem o fim da repressãoCréditos/

Por apelo do Sindicato da Hotelaria do Algarve, decorreu ontem uma manifestação, com início junto ao Hotel Crowne Plaza Vilamoura, e que percorreu o anel de hotéis junto à Marina de Vilamoura. Durante a manifestação, foi distribuído um comunicado aos turistas em várias línguas e os manifestantes receberam vários gestos de apoio.
Depois de percorrerem a principal zona turística de Vilamoura, os manifestantes concentraram-se junto ao Hotel Luna Olympus, onde intervieram Tiago Jacinto, coordenador do Sindicato da Hotelaria do Algarve, António Goulart, coordenador da União dos Sindicatos do Algarve, e Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN.
Uma moção aprovada pelos trabalhadores afirma que a actividade turística regista recordes consecutivos, enquanto os rendimentos dos trabalhadores «continuam a diminuir e a penosidade dos ritmos de trabalho não pára de aumentar», lembrando que só no ano de 2016 se verificou uma subida de 17% nos proveitos.
Os trabalhadores queixam-se do «bloqueamento que o patronato está a fazer à negociação e revisão da contratação colectiva», sublinhando que a generalidade dos trabalhadores perdeu, desde 2010, mais de 9% do poder de compra.
Na moção também é lembrado que, com as políticas «dos anteriores governos do PS, PSD e CDS», os trabalhadores viram os seus rendimentos reduzidos «por via da precarização dos vínculos laborais», do aumento de impostos, o corte no pagamento do trabalho suplementar às horas extras e feriados, a diminuição do valor das indemnizações e o «ataque» à contratação colectiva.
Os trabalhadores acusam ainda o actual Governo de não querer revogar «a generalidade das medidas anti-sociais e anti-laborais da troika e do anterior governo», bem como as «normas gravosas» da legislação laboral.
Destacam igualmente «o aumento da repressão exercida pelo patronato do sector nos locais de trabalho», não esquecendo o exemplo do despedimento de três  representantes dos trabalhadores do Hotel Crowne Plaza Vilamoura, decorrido o ano passado, por participarem numa acção onde exigiram a melhoria dos salários e das condições de trabalho. A sua reintegração é exigida.
A conclusão das negociações do contrato colectivo de trabalho, com a garantia da manutenção dos direitos, e a actualização das tabelas salariais são outras exigências contempladas na moção, em que se reivindica ao ministro do Trabalho a emissão de portaria de extensão que não exclua os associados deste sindicato, e se manifesta o propósito de «intensificar a luta reivindicativa».
A moção será enviada ao Presidente da República, ao Governo, à Assembleia da República e aos grupos parlamentares, assim como à Região de Turismo do Algarve e às associações patronais.


www.abrilabril.pt
14
Abr17

TEM A VER, TEM SIM SENHOR !

António Garrochinho

A GOVERNAÇÃO DOS PARTIDOS NEO LIBERAIS E DO FALSO SOCIALISMO ALTEROU POR COMPLETO O MODO DE ESTAR, DE SENTIR E DE AGIR DO POVO PORTUGUÊS.

SE ANTES ÉRAMOS MAIS EDUCADOS, MAIS CALMOS NA ABORDAGEM DE DETERMINADAS SITUAÇÕES QUE SURGEM NA VIDA DE TODOS NÓS, SE ANTES RECEBÍAMOS BEM OS ESTRANGEIROS, OS TURISTAS, SE ANTES PODÍAMOS CIRCULAR COM MAIS À VONTADE E LIBERDADE NAS RUAS DA CIDADE, VILA OU ALDEIA HOJE TUDO ISSO SE ALTEROU.

O EMPREGO, O TER TRABALHO E PÃO EM CASA FAZ MILAGRES NA CONDUTA DOS CIDADÃOS ENQUANTO A MISÉRIA O DESEMPREGO OS TORNA DESCONFIADOS, RUDES E OS LEVA À MARGINALIDADE EM MUITOS CASOS.

NAS ESCOLAS, NA INSTABILIDADE E NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES, EM CASA NA MANEIRA COMO OS PAIS SE RELACIONAM COM OS FILHOS E DESPREZAM A SUA EDUCAÇÃO TAMBÉM AQUI HOUVERAM GRANDES ALTERAÇÕES DEVIDO À INSTABILIDADE NA VIDA DOS CASAIS A BRAÇOS COM O DESEMPREGO, A HABITAÇÃO, A FALTA DINHEIRO PARA EDUCAR OS FILHOS E O ELEVADO CUSTO TRANSPORTES, DE CRESCES E INFANTÁRIOS.

HÁ QUEM NÃO VEJA A RELAÇÃO DO QUE AQUI DIGO QUANDO CULPO O PSD/CDS/PS NO AGRAVAR E DETERIORAR DA VIDA DOS PORTUGUESES MAS É UM FACTO.

A MENTALIDADE CINZENTA, CORRUPTA, E DESPROVIDA DE VERGONHA DOS MINISTROS E POLÍTICOS QUE HÁ QUATRO DÉCADAS ANDAM A ENCHER O BANDULHO E A ARRANJAR FORTUNA NUM ABRIR E FECHAR OLHOS ABRIU BRECHAS E IMPLANTOU VÍCIOS EM MUITA GENTE DO POVO.

NADA COMO ALICIAR A CORRUPÇÃO, ESPALHAR A CONFUSÃO E A MENTIRA E FAVORECER A INDISCIPLINA PARA CRIAR O CAOS ONDE DIVIDINDO SE REINA MELHOR.

António Garrochinho
14
Abr17

PCP quer tradições incluídas no novo plano do Sudoeste Alentejano

António Garrochinho


Parque cria dificuldades à apanha de marisco ou agricultura mas facilita grandes empreendimentos, acusam comunistas.
A revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina tem sido uma novela com episódios de avanços e recuos nos últimos cinco anos, e o PCP quer agora que o programa de ordenamento que se segue permita que se possam manter actividades tradicionais como a apanha de marisco, a pesca lúdica e por pequenos pescadores, a agricultura e as formas de turismo ambiental adaptadas à região.
Num projecto de resolução entregue no Parlamento esta sexta-feira, os comunistas propõem que se recomende ao Governo que na “recondução” do plano de ordenamento em programa especial “seja abandonada a perspectiva errada de ordenamento do território que opõe os hábitos, práticas e actividades tradicionais e autóctones à protecção da natureza e à salvaguarda dos valores naturais”.
O partido defende que devem ser enquadradas as actividades humanas realizadas no território do parque, como é o caso da apanha de marisco – de variedades como os percebes ou as lapas -, da pesca nos pequenos portos há décadas instalados nas brechas das arribas, da agricultura de subsistência, incluindo também a pastorícia ou a pecuária, mas também do turismo de natureza, tão comum no litoral alentejano.O deputado Paulo Sá conta que os proprietários que queiram fazer pequenas obras de arranjo das casas, agricultores que precisem de fazer abrigos para os engenhos agrícolas ou mesmo quem queira construir uma simples capoeira para galinhas “enfrentam enormes restrições e muitas burocracias, confrontam-se com uma multiplicidade de entidades a quem têm que se dirigir, e em muitos casos não conseguem autorização”. Estes casos foram reportados ao PCP durante visitas à região. Ao mesmo tempo, o plano de ordenamento estabelece zonas em que abre a possibilidade de serem construídos grandes empreendimentos para o turismo, afirma o deputado comunista.
“Como é que se admite essas grandes infra-estruturas ao mesmo tempo que se criam tantas dificuldades para quem lá vive?”, questiona-se Paulo Sá, argumentando que “até parece que se pretende desincentivar as pessoas de viverem lá”. A recondução do plano de ordenamento em programa especial tem que ser feito até 30 de Junho pela administração central e vai estabelecer novos regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais. Por isso, os comunistas também querem que na sua discussão sejam envolvidas “as autarquias, as associações de pescadores lúdicos e profissionais, de mariscadores, de agricultores e as associações ambientais”. “É uma boa oportunidade para se compatibilizar os valores da protecção ambiental com as actividades tradicionais que até contribuíram para a preservação do parque”, defende Paulo Sá.




www.publico.pt
14
Abr17

Uma sexta-feira santa com quatro anos - Um dos lados mais execráveis da política económica adoptada por Passos Coelho estava na forma doentia como esse primeiro-ministro ia adoptando uma agenda económica que não tinha sido apresentada aos eleitores.

António Garrochinho


Um dos lados mais execráveis da política económica adoptada por Passos Coelho estava na forma doentia como esse primeiro-ministro ia adoptando uma agenda económica que não tinha sido apresentada aos eleitores. Passos Coelho não arranjou argumentos de natureza económica para justificar as suas medidas de austeridade extremas, optou por uma estratégia que visava quebrar a auto-estima dos portugueses.

Há grandes semelhanças entre a forma como o governo de Passos Coelho tratou os portugueses e o que se passa com as mulheres que são vítimas de violência doméstica. Nestas situações o abusador tenta quebrar a auto-estima da vítima incutindo-lhe um sentimento de culpa, que a condiciona na resposta. Muitas vítimas de violência doméstica sentem.-se culpadas, chegam a pensar que são vítimas de violência por culpa própria, acabam por se sujeitar e na maior parte dos casos são incapazes de quebrar esse círculo vicioso.

O argumento usado por Passos Coelho e alguns dos seus ideólogos foi o de que a austeridade foi consequência do excesso de consumo. Os portugueses tinham culpa e deviam espiar os seus pecados, eram culpados por gastar o que não tinham, por ter férias em excesso, por gozarem mais feriados do que os alemães. Durante meses fomos comparados com os alemães, de um lado os gandulos que gostam de consumir o que é dos outros, do outro um povo exemplar, trabalhador, poupadinho e amigo do patrão, era o próprio primeiro-ministro e os seus ideólogos que justificavam a suas medidas como castigo merecido.

Não se tratava de uma política económica, era um castigo, uma auto-flagelação merecida por pecadores, os pobres e a classe média abusaram do crédito para consumirem acima do que podiam, tinham de expiar so seus pecados, a legislatura foi uma imensa semana santa, com um pecador convencido da culpa a assumir os seus pecados. O ministro das Finanças era o bispo, Passos Coelho o confessor que determinava o castigo que voltaria a abrir as portas do céu a um povo pecador.

Aos poucos o país vai saindo do pesadelo que lhe foi imposto, da manipulação psicológica que lhe foi imposta, o cidadão comum deixou de sentir um peso na consciência por gozar férias ou por usar o cartão de crédito. Acabaram-se as intervenções idiotas de Gaspar, os discursos irritantes do agora rico Paulo Portas ou as baboseiras económicas da iletrada Maria Luís. Aos poucos o país retoma a normalidade.


jumento.blogspot.pt

14
Abr17

Nova guerra na Coreia pode começar a qualquer momento

António Garrochinho



Wang Yi, ministro do Exterior chinês, declarou hoje (14) que o conflito em torno da Coreia do Norte pode ser desencadeado em qualquer momento.

A declaração de Pequim foi feita na sequência do brusco agravamento das relações entre Pyongyang e Washington. Nas últimas horas, ambos os países trocaram declarações duras e, como destaca a AFP, o apelo do chanceler chinês é destinado tanto aos EUA, quanto à Coreia do Norte.

Wang Yi advertiu que, em caso de conflito, não haverá um vencedor e aquele que provocar o conflito pagará um preço alto. O chanceler chinês sublinhou que o diálogo é a única solução possível.

Mais cedo hoje, o vice-ministro da chancelaria norte-coreana, Han Song Ryol, declarou que a situação na península da Coreia "está em um beco sem saída" e que Pyongyang não vai simplesmente esperar por um ataque preventivo dos EUA.

Anteriormente o canal NBC, citando uma fonte, havia informado que EUA podem levar a cabo um ataque preventivo contra a Coreia do Norte para impedir a realização de mais um teste nuclear de Pyongyang.

Os EUA enviaram há pouco à península da Coreia um grupo aeronaval de ataque encabeçado pelo porta-aviões USS Carl Vinson. A Coreia do Norte, tal como em muitas outras ocasiões, ameaçou Washington com um ataque nuclear.

Sputniknews

SINAIS DA GUERRA


- 60.000 japoneses estão sendo evacuados da Coreia do Sul

- Parte da população de Pyongyang foi evacuada para abrigos antinucleares no interior

- Trabalhadores e camponeses norte-coreanos estão recebendo armas do Exército Popular

www.marchaverde.com.br
14
Abr17

AGORA

António Garrochinho
HOJE MUITA GENTE HIPÓCRITA DERRAMA LÁGRIMAS DE CARPIDEIRA ENCOMENDADA, IDOLATRANDO UM BONECO DE MADEIRA INVENTADO PARA EXPLORAR A HUMANIDADE E ENCHER O CU DOS PODEROSOS DE LUXO, LUXURIA, JÓIAS E DINHEIRO, SAQUEADO A QUEM TRABALHA E TENTA SOBREVIVER NESTA SELVA DE MATERIALISMOS E INTERESSES.

AO MESMO TEMPO A CARNE DAS CRIANÇAS É REDUZIDA A CINZAS EM NOVAS HIROSHIMAS E NAGASAKIS.
NESTE MOMENTO MORREM CRIANÇAS SEM ÁGUA E TENDO COMO COMIDA A PRÓPRIA TERRA , INSECTOS E BICHOS PODRES,ENQUANTO O MUNDO DEITA FORA E DESPERDIÇA O QUE NÃO CONSEGUE CONSUMIR.

AG
14
Abr17

O SER "HUMANO"

António Garrochinho

HÁ GENTE QUE ESCREVE, QUE PÕE NA CARA UM SORRISO IMBECIL PERANTE A IMINÊNCIA DE GUERRA QUANDO SE TRATA DE ASSASSINAR NO MÉDIO ORIENTE, NA ÁFRICA, NA ÁSIA OU NA AMÉRICA LATINA.
PARA ESTA GENTE ISTO É COMO UM JOGO QUE EXISTE NO IPOD, NO COMPUTADOR, NA CONSOLA DE QUALQUER VIDEO GAME ONDE OS SEUS FILHINHOS SADIOS E RISONHOS SOLTAM GARGALHADAS ABATENDO OS MAUS DA FITA..

CHEGO A PERCEBER NESTES IMBECIS UM DESEJO PARVO, UM PRAZER EM ASSISTIR AO REBENTAMENTO DE BOMBAS QUE ESTILHAÇAM A CARNE DE GENTE INOCENTE.

ESTA GENTE DOENTE NÃO CONSEGUE MEDIR O SOFRIMENTO HUMANO JÁ QUE ESTÁ A "SALVO" DA MORTE EM PAÍSES ONDE NÃO EXISTEM CONFLITOS E BARBÁRIE.

NÃO IMAGINAM SEQUER QUE AMANHÃ PODEM SER ELES AS VÍTIMAS E CHEGAM A APLAUDIR A MORTE DE CRIANÇAS NA PALESTINA OU OUTRAS, SÓ PORQUE VIVEM EM PAÍSES COM CULTURAS DIFERENTES.

LAMBEM-SE, SABOREIAM O SANGUE DE GENTE IRMÃ QUE TEVE A INFELICIDADE DE NASCER EM PAÍSES POBRES E EM PAÍSES ONDE O IMPERIALISMO LHE ROUBA OS RECURSOS MATANDO SEM NÓ NEM PIEDADE.

MUITOS ATÉ CONSEGUEM DISCERNIR QUE AS VÍTIMAS DESSES PAÍSES NÃO TÊM QUALQUER CULPA PARA SOFREREM TAIS ATROCIDADES MAS EM NOME DO PODER DA GUERRA DA POLÍTICA BELICISTA DOS YANQUES, DOS SIONISTAS, DOS SANGUINÁRIOS DO DAESH, ASSISTEM AO HORROR COMO QUEM SE DIVERTE VENDO UM FILME DE COWBOYS OU PIRATAS.

GENTE DE MERDA QUE O QUE TEM NA CABEÇA É LIXO E ÓDIO A TUDO E A TODOS OS QUE OUSAM QUERER VIVER A SUA VIDA SEM SER DEBAIXO DAS PATAS DA ESCRAVIDÃO E DAS BOMBAS QUE LHES DESPEDAÇAM OS FILHOS.

COMO SE UM FILHO DE UM ÁRABE, DUM AFRICANO, DUM ASIÁTICO FOSSE DIFERENTE DOS EUROPEUS OU DOS FILHOS DE OUTROS PAÍSES ONDE A VIDA É MAIS PRÓSPERA E AINDA REINA A PAZ, E O PÃO.

António Garrochinho
14
Abr17

A CÂMARA MUNICIPAL CHEIA DE DINHEIRO E AS FREGUESIAS CHEIAS DE CARÊNCIAS- ESTA É A POL´TICA ELEITORALISTA DO PROF BACALHAU QUE ALÉM DE PAPA ALMOÇOS É MESTRE EM DIVIDIR E MENTIR ÀS POPULAÇÕES - Câmara de Faro muito perto de sair das "amarras" do

António Garrochinho

Câmara de Faro muito perto de sair das "amarras" do Reequilíbrio Financeiro e lançar plano de investimentos

O executivo farense vai levar a Reunião de Câmara, na próxima segunda-feira, 17 de abril, uma nova proposta de revisão orçamental para acomodar aproximadamente 8 milhões de euros provenientes do saldo da gerência de 2016 e cerca de 432 mil, referentes a juros de mora pelos atrasos nas transferências do IMI e IMT.
Segundo avança nota da autarquia, a nova proposta continua a consagrar como principal medida a liquidação do financiamento bancário contraído com o Plano de Reequilíbrio Financeiro, no montante de 4,94 milhões de euros. 
Se a proposta for aprovada, com o pagamento do Plano de Reequilíbrio Financeiro a autarquia vê cessarem imediatamente as obrigações excecionais que derivam da sua aplicação, passando a poder lançar obras aprovadas em orçamento e a decidir sobre a questão dos impostos municipais.
Mas há mais, o município deixa de estar obrigado a pedir autorização ao Governo para a realização de obras inscritas em orçamento, salienta nota da edilidade. 
A proposta apresentada pelo Presidente contempla também um valor global de cerca de 3,5 milhões, a investir na melhoria da rede viária e equipamentos públicos, na recuperação do parque escolar e desportivo e, ainda, no reforço dos apoios financeiros ao associativismo e juntas de freguesia. Este montante soma-se assim aos cerca de 3 milhões de investimento que o Orçamento de 2017 já contemplava.
No lote das intervenções mais significativas desta terceira edição do Programa “Faro Requalifica”, destacam-se o investimento, orçado em mais de 464 mil euros, na remodelação de escolas do primeiro ciclo, na construção de três novas salas para o ensino pré-escolar (EB1 de Bom João) e ainda no arranjo de todos os parques infantis do concelho.
Intervenções previstas – Programa Faro Requalifica III:
Requalificação do Campo Desportivo do Montenegro,
Construção do Polidesportivo da Conceição, 
Construção de Centro de Recolha Oficial Municipal (canil / gatil),
Requalificação de Parques Infantis,
Remodelação de Balneários em campos desportivos,
Construção da Casa Mortuária na Conceição de Faro,
Requalificação da Rua do Reitor Teixeira Guedes,
Reabilitação do Largo de São Pedro,
Reabilitação da Travessa do Alto,
Repavimentação do Caminho Rural 4194 (Estrada Falfosa / Parque das Cidades),
Repavimentação da Rua Poeta António Aleixo (Montenegro),
Repavimentação Rua da Azenha (Estoi),
Quartel dos Bombeiros Sapadores (elaboração de projeto de execução),
Construção do Centro Cultural da Bordeira, (elaboração de projeto de execução),
Requalificação da Alameda João de Deus (elaboração de projeto de execução),
Requalificação da Mata (elaboração de projeto de execução),
Construção de Campo de Futebol de 7 na Penha, (elaboração de projeto.de execução).
www.algarveprimeiro.com
14
Abr17

DISCURSO DIRECTO

António Garrochinho

A PALAVRA TERRORISTA FOI AMPLAMENTE APROVEITADA PARA RETIRAR A LIBERDADE AOS CIDADÃOS QUE OUSAM CONFRONTAR AS POLÍTICAS DOS USA E OS SEUS LACAIOS DE ISRAEL, ARÁBIA SAUDITA E DOS FANTOCHES COM ASPIRAÇÕES NEO COLONIALISTAS DA EUROPA E NO MUNDO.


A JUNTAR A ISTO ISTO,TEMOS NO MUNDO A MAIOR CONCENTRAÇÃO DE CANALHAS, DÉSPOTAS, AGIOTAS, E ASSASSINOS, QUE BEM PAGOS PELO CAPITALISMO OCUPAM OS LUGARES GOVERNATIVOS EM PAÍSES OUTRORA DEMOCRÁTICOS NA CHAMADA DEMOCRACIA BURGUESA DA EUROPA E NO QUE DIZ RESPEITO AO MÉDIO ORIENTE NÃO REPRESENTAVAM QUALQUER AMEAÇA PARA O MUNDO COMO NO CASO DA LÍBIA, DO IRAQUE, DO AFEGANISTÃO E AGORA DA SÍRIA.


AQUI NESTES PAÍSES EMBORA O SISTEMA POLÍTICO NÃO FOSSE PERFEITO A VIDA POLÍTICA E SOCIAL CONTINUAVA FAZENDO OS AJUSTES CONFORME AS TRADIÇÕES DOS AUTÓCTONES E ERA UM PROBLEMA QUE SE IRIA RESOLVENDO PELA LUTA DOS HABITANTES LEGÍTIMOS DESSAS NAÇÕES.


PROBLEMAS TODO O MUNDO TEM E NÃO É COM INGERÊNCIAS ASSASSINAS EM NOME DA DEMOCRACIA QUE O MUNDO TERÁ MELHORES DIAS.


A ESTRATÉGIA DO IMPERIALISMO FASCISTA DA AMÉRICA ESTÁ HÁ MUITO DELINEADA E É APLICADA POR "FASES" TODAS ELAS SEMPRE COM O MESMO OBJECTIVO QUE É DOBRAR O MUNDO AO DOMÍNIO AMERICANO ONDE OS JUDEUS INTERNOS E EXTERNOS DOMINAM A ECONOMIA E ESTÃO POR DE TRÁS DE QUASE TODOS OS GOLPES E CHACINAS QUE SÃO PRATICADOS NO PLANETA.


COMPARAR HOJE O SIONISMO ÀS POLÍTICAS NAZIS NÃO É UM DISPARATE MAS SIM UMA REALIDADE QUE INFELIZMENTE CONTINUA A FAZER VÍTIMAS INOCENTES NOS PAÍSES ONDE OS POVOS VIVIAM EM PAZ SEM AGRESSÕES A OUTROS, E SEM REPRESENTAR QUALQUER PERIGO PARA A EUROPA E O MUNDO.


AS RELIGIÕES, AS FILOSOFIAS RELIGIOSAS CAMUFLADAS, SÃO UM PERIGO PARA A HUMANIDADE E SÃO ELAS AS RESPONSÁVEIS PELA MORTANDADE QUE EXISTE NO PLANETA.


O PRÓPRIO POVO AMERICANO COMODISTA E IGNORANTE, ALHEIO QUE SE PASSA NO MUNDO E COMPLETAMENTE POLICIADO PELA CIA, PELO PENTÁGONO, PELO FBI, PELAS SECRETAS, E PELAS SOCIEDADES SECRETAS COMO O ILLUMINATI, SÃO ELES BONECOS SATISFEITOS E MANIETADOS PELAS GRANDES FORTUNAS APOIADAS POR ASSASSINOS E MERCENÁRIOS A MANDO DO SIONISMO RELIGIOSO E DO CRIACIONISMO FANÁTICO CATÓLICO.

SABIAMENTE EXPLORADO O TERRORISMO QUE EMSSOMBRA OS NOSSOS DIAS ESPALHA A MORTE, A EXPLORAÇÃO, A ESCRAVIDÃO A NÍVEL GLOBAL COM A BESTIALIDADE DO TERROR LIVRE JAMAIS EXISTENTE.
DOUTRINAS DE GUERRA EQUIPARADAS ÀS CRUZADAS, EXPANSÃO ISLAMISTA,NADA MAIS SÃO DO QUE ESTRATÉGIAS DE DOMÍNIO E ALIENAÇÃO PARA PERPETUAR A E DOMINAR O MUNDO COLOCANDO-O NA MÃO DA INDÚSTRIA DO ARMAMENTO, DA DROGA, DAS VIDAS DE DEBOCHE E LUXÚRIA DOS GOVERNANTES.

O TERRORISMO ACTUAL (NÃO CONFUNDIR COM A LUTA DE LIBERTAÇÃO DOS POVOS) TEM COMO OBJECTIVO SUBMETER OS POVOS AO DOMÍNIO DOS SENHORES DA GUERRA E DETENTORES DOS GRANDES NEGÓCIOS.

A LUTA DOS QUE NÃO ACEITAM A MENTIRA, A INJUSTIÇA, O CRIME, A MORTE E A MISÉRIA DOS SEUS POVOS, TEM QUE CONTINUAR A REFORÇAR-SE PARA ACABAR COM A CLASSE DOMINANTE E LIBERTAR OS DOMINADOS.


António Garrochinho
14
Abr17

ELES MAFIAM-SE ENTRE ELES PRÓPRIOS ROUBANDO OS INOCENTES FIÉIS - Donativos dos fiéis ao Patriarcado desviados dos fins para que são pedidos

António Garrochinho



Bispo do Mindelo já manifestou a sua tristeza porque o nome da sua diocese foi usado pelo Patriarcado de Lisboa para apelar à generosidade dos fiéis na Quaresma de 2011.
A Diocese do Mindelo, Cabo Verde, não viu uma moeda de cêntimo dos 245.719 euros com que os católicos da Diocese de Lisboa contribuíram para a chamada Renúncia Quaresmal de 2011, um peditório anual que o então cardeal patriarca, José Policarpo, anunciara ter como destino “outras igrejas mais pobres”, em especial a do Mindelo. O destino dos donativos da Renúncia Quaresmal constitui um dos segredos das Finanças do Patriarcado de Lisboa, cujos responsáveis se recusaram a fornecer ao PÚBLICO quaisquer esclarecimentos sobre o assunto.
Realizada anualmente em todas as igrejas do país durante a Quaresma (o período de 40 dias que antecede a Páscoa), a recolha dos fundos que os fiéis entregam aos párocos, habitualmente dentro de um envelope, no domingo anterior à Páscoa, tem sempre uma finalidade previamente anunciada pelo bispo local.
Embora essa finalidade seja muitas vezes apresentada de uma forma genérica pelos bispos, elencando vários destinatários, e recorrendo a fórmulas como “designadamente”, a divulgação da iniciativa pelas paróquias e pelos meios de comunicação da igreja define em geral qual o principal beneficiário da operação. No ano seguinte, o apelo à partilha quaresmal renova-se, mas os fiéis nunca sabem o que foi feito, em concreto, com os donativos reunidos no ano anterior. Prestação de contas é algo que ainda não está nos hábitos de muitas das estruturas oficiais da Igreja Católica portuguesa, apesar das tomadas de posição dos papas Bento XVI e Francisco em favor da transparência para com os fiéis e a sociedade.No caso da Diocese de Lisboa, a mensagem quaresmal escrita em 2011 pelo falecido cardeal José Policarpo era especialmente vaga em relação ao destino a dar aos donativos que aí pedia aos fiéis. “A nossa diocese continuará fiel à já longa tradição da Renúncia Quaresmal. Que destinaremos, mais uma vez, à ajuda da Igreja de Lisboa a outras igrejas mais pobres e a necessidades particularmente gritantes no seio da nossa Igreja diocesana”, escrevia o cardeal, concretizando: “No momento em que um sacerdote de Lisboa, o padre Ildo Augusto dos Santos Fortes, foi nomeado bispo da Diocese do Mindelo, em Cabo Verde, as necessidades dessa Igreja terão um lugar privilegiado no nosso coração e na nossa generosidade.”
O jornal Voz da Verdade, órgão oficial da diocese, escreveu então, citando a comunicação do cardeal: “A Renúncia Quaresmal de 2011 vai reverter em favor da diocese do Mindelo.”
E a agência noticiosa da igreja, a Ecclesia, anunciou, na mesma altura, que “o Patriarcado de Lisboa vai encaminhar para a Diocese do Mindelo, em Cabo Verde, os donativos das comunidades católicas que vai recolher durante o tempo litúrgico da Quaresma, por decisão de D. José Policarpo”. 
Passada a Páscoa desse ano, porém, nunca mais se falou do assunto, nem sequer foi divulgado o montante angariado. Nalguns meios da Igreja, todavia, em voz baixa e em privado, algumas dúvidas surgiram. Do mesmo modo que surgiram a propósito dos donativos recolhidos noutros anos.

Para onde foi?

“Ninguém sabe quanto é que foi para a Diocese do Mindelo, nem sequer se foi alguma coisa. Num outro ano anunciaram que era tudo para uma associação de apoio a crianças, mas o dinheiro só apareceu muito depois e foi quase arrancado a ferros. Em 2015 disseram que era para a Comunidade Vida e Paz e para a Casa do Gaiato do Tojal, mas a Vida e Paz só recebeu 50 mil euros dos 250 mil recolhidos”, contou ao PÚBLICO, recusando ser identificado, um membro influente de uma paróquia de Lisboa.
Outros católicos preocupados com a pouca transparência da gestão financeira e patrimonial da Igreja, e que pediram igualmente para não ser identificados, apontam o veterano ecónomo do Patriarcado, o cónego Álvaro Bizarro, como o principal responsável por estas situações. Conhecido como o “ministro das Finanças” da instituição, Bizarro é definido como alguém que “faz o que quer com os bens da Igreja, sem prestar contas a ninguém, nem ao próprio patriarca”.
Álvaro Bizarro foi, aliás, um dos alvos de uma denúncia por alegada burla qualificada na Cáritas Diocesana de Lisboa, cujo fundamento está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, conforme o PÚBLICO revelou em Março.

Patriarcado recusa esclarecer

Solicitada a esclarecer o destino dos fundos da Renúncia Quaresmal de 2011 e de outros anos, bem como o papel do cónego Bizarro no alegado desvio daquelas verbas para fins diferentes dos anunciados aos fiéis, a hierarquia da Igreja, através de um assessor de comunicação, Filipe Teixeira, limitou-se a informar, por escrito, no passado dia 30: “O patriarcado não está disponível para lhe prestar esclarecimentos sobre estes assuntos.”
No mesmo dia, contudo, o patriarcado publicou no seu site uma nota com o título “informação sobre as renúncias quaresmais”, na qual fornece alguns dados avulsos, por vezes incompreensíveis e contraditórios, que impedem uma análise clara por anos e destinos individualizados dos donativos recolhidos nas renúncias dos últimos seis anos.
Dos 245.719 euros reunidos em 2011, lê-se no texto, o patriarcado decidiu entregar um total de 50 mil euros à Diocese de Palai, na India, para ajuda à construção de um hospital, e usou 154.400 euros para “pagar a formação [em Portugal] de seminaristas de África (onde se incluem do Mindelo, Santiago e São Tomé e Príncipe) e da Índia, nos anos lectivos de 2010/2012”.
Dos mesmos 245.719 euros, acrescenta a nota, foi decidido “continuar a pagar a formação do clero autóctone desses países, como ‘ajuda às igrejas mais pobres’, tendo [o patriarcado] despendido em 2013/16 mais 605.600 euros”. Por último, a informação adianta que do mesmo total de 245.719 euros foram entregues à “Casa do Gaiato do Tojal, sem acordos com a Segurança Social, 80 mil euros”. 
Fazendo as contas, conclui-se, por via da confusa forma de apresentação das verbas, que, se assim fosse, o patriarcado faria o milagre de transformar o bolo de 245.719 euros recolhidos em apoios concedidos no valor de 890 mil euros.
Por outro lado, percebe-se que a Diocese do Mindelo, ao contrário do anunciado pelo Patriarca em 2011, não teve “um lugar privilegiado no coração e na generosidade” dos católicos de Lisboa: na nota agora difundida lê-se que parte do dinheiro foi usado na “‘ajuda da Igreja de Lisboa a outras igrejas mais pobres’, de entre as quais a diocese do Mindelo”. Directamente, todavia, não foi encaminhado para esta qualquer donativo, limitando-se o patriarcado a custear algumas das despesas dos três ou quatro seminaristas do Mindelo que frequentam os seus seminários, tal como fez com os mais numerosos seminaristas da diocese cabo-verdiana de Santiago, de São Tomé e Príncipe e da Índia, que também estudam nesses estabelecimentos.
Isso mesmo confirmou na semana passada o bispo Ildo Fortes, numa mensagem dirigida a um amigo — que chegou ao PÚBLICO através de terceiros e sem conhecimento do prelado —, onde diz que é uma pena terem-se servido dos pobres e do nome da sua diocese (sem nomear o Patriarcado de Lisboa) para apelar à generosidade e partilha privilegiada com o Mindelo, sem que lá tenha chegado o dinheiro. Em resposta ao PÚBLICO, no entanto, o secretariado da diocese recusou-se a prestar qualquer informação sobre a matéria. As repetidas tentativas então feitas para contactar directamente o bispo também não tiveram sucesso.

Números não batem certo

No respeitante à Renúncia Quaresmal de 2012 a nota do patriarcado diz que um “o montante de 286.251 euros” foi “destinado ao Fundo Diocesano Igreja Solidária” e que a sua gestão foi confiada à Cáritas Diocesana de Lisboa (CDL).
Sucede que o Relatório de Actividades da CDL relativo a 2012 dá conta do recebimento de 225.275 euros, entre Junho de 2011 e 15 de Janeiro de 2013, para o Fundo Diocesano Igreja Solidária e da entrega, em 2012, de 44.606 euros a 38 paróquias, através deste fundo, sem referir qualquer outro destino daquele total. No ano seguinte, os donativos atribuídos a partir do mesmo fundo somaram 39.537 euros. Em 2014 atingiram 49.012 euros.
Apesar dos valores despendidos nestes três anos com as paróquias não chegarem sequer a metade dos 286.251 euros angariados só com a Renúncia Quaresmal de 2012, importa notar que o financiamento daquele fundo diocesano foi assegurado, para lá dos donativos da Quaresma desse ano, com os lucros da recolha de roupa usada feita pela CDL e por dádivas de empresas. O PÚBLICO tentou esclarecer os mecanismos dos financiamentos no interior do patriarcado, mas não teve resposta.
Quanto a 2013, a nota do patriarcado diz que foram recolhidos 233.148 euros para “partilhar com igrejas irmãs (…) sem excluir situações de pobreza da própria família diocesana”. Uma vez mais, as contas apresentadas são incompreensíveis. Daquele valor, lê-se no texto, foram entregues 95 mil euros à Casa do Gaiato “para sustentação de cerca de 60 rapazes”, tendo ainda sido partilhados “com outras igrejas irmãs de Portugal, na formação dos seus alunos, entre 2010 e 2016, o montante de 646 mil euros”.
Já em 2014, a Renúncia Quaresmal proporcionou 285.950 euros para “apoiar a Ajuda de Berço”, sendo entregues, “por arredondamento, 300 mil euros” a essa associação. No ano seguinte, os 250.910 euros obtidos destinavam-se a “apoiar as instituições sociais diocesanas, designadamente as que acompanham os mais novos, como a Casa do Gaiato de Lisboa, ou pessoas sem-abrigo e fragilizadas, como a Comunidade Vida e Paz”. Deste modo, foram entregues 50 mil euros a esta última instituição, 10.910 foram para “resposta a necessidades emergentes”, 105 mil para o “Instituto de Beneficência Maria da Conceição Ferrão Pimentel”, conhecido pelo nome de Instituto da Sãozinha, e 85 mil para a “Casa do Gaiato do Tojal”.
Finalmente, em 2016, a Renúncia Quaresmal rendeu um total de 252.803 euros, que “será entregue a pessoas e instituições, no contexto da realização das obras de misericórdia, com o objectivo da valorização humana autónoma e livre dos beneficiários”.
Entre as entidades mais beneficiadas com os donativos quaresmais recolhidos pelo Patriarcado entre 2011 e 2015, no montante de um milhão e 274 mil euros, avultam assim a Casa do Gaiato de Lisboa, também chamada do Tojal, e o Instituto da Sãozinha, de Alenquer, que receberam 365 mil euros, ou seja 29%.
As duas instituições eram dirigidas havia vários anos, por decisão do cardeal José Policarpo, pelo padre Arsénio Isidoro, um sacerdote próximo do cónego Álvaro Bizarro e actualmente arguido num processo em que está indiciado pelo desvio de fundos daquelas instituições para a aquisição de bens de luxo, entre os quais um automóvel Porsche no valor de 150 mil euros.

Bispo do Mindelo diz que não recebeu nada

A gestão das Finanças do Patriarcado de Lisboa, assegurada há 25 anos pelo cónego Álvaro Bizarro, é indirectamente visada numa mensagem enviada pelo bispo do Mindelo, Ildo Fortes, a um amigo — após a publicação da nota do patriarcado sobre as renúncias quaresmais dos últimos seis anos — e que é do conhecimento de vários padres e leigos.
Dizendo-se triste com o que se passou, o prelado considera que se serviram dos pobres e do nome da sua diocese, em 2011, para apelar à generosidade e partilha privilegiada com o Mindelo, sem que lá tenha chegado o dinheiro.
Para além de afirmar que a diocese nada recebeu, Ildo Fortes — que não quis falar com PÚBLICO sobre o caso — explica naquela mensagem que o anterior patriarca de Lisboa prometeu ao seu antecessor, por escrito, que ofereceria a hospedagem a dois seminaristas do Mindelo por ano. As restantes despesas (propinas da Universidade Católica, saúde e tudo o que não é hospedagem e alimentação), são suportadas pela própria Diocese do Mindelo, afirma, sublinhando que, por isso mesmo, houve anos em que não mandou nenhum seminarista para Lisboa e que actualmente tem lá apenas quatro.
Tendo em conta que a hospedagem de um aluno nos seminários portugueses anda pelos três mil euros anuais, o bispo considera que o total gasto pelo Patriarcado de Lisboa com os seminaristas do Mindelo que frequentaram os seus seminários nos últimos anos representa uma quantia muito insignificante, quando comparada com os 245.719 euros da Renúncia Quaresmal de 2011.
De acordo com os dados disponíveis no sítio do patriarcado, o número de seminaristas de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e da Índia que frequentam actualmente os seus seminários é de 22 — número que não difere substancialmente do verificado nos anos anteriores. Quatro deles são provenientes do Mindelo, nove de Santiago (a outra diocese de Cabo Verde), três de São Tomé e Príncipe e seis da Índia.

Admitindo que cada um deles custa, no total, ao patriarcado quatro mil euros por ano (caso as respectivas dioceses não paguem nada, o que não sucederá com o Mindelo) a despesa anual fica-se pelos 88 mil euros, mas as contas do patriarcado não permitem confirmá-lo.
Em todo o caso, trata-se de um valor muito inferior ao total que o patriarcado afirma ter despendido: 154.400 euros para “pagar a formação de seminaristas de África e da Índia” entre 2010 e 2012; 605.600 euros “para continuar a pagar a formação do clero autóctone desses países” entre 2013 e 2016; e 646 mil euros para pagar a “formação dos alunos” de “outras igrejas irmãs de Portugal”, entre 2010 e 2016.


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