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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

06
Mai17

A OESTE NADA DE NOVO

António Garrochinho


A loira fria que parece saída de uma lúgrube guarita de campo de concentração de mulheres num qualquer romance de guerra do Erich Maria Remarque, decidiu partilhar connosco um pensamento durante uma entrevista (ainda a entrevistam!!!). Disse que «não se chocaria com a privatização da Caixa Geral de Depósitos».
Pela primeira vez, desde há muito tempo, não me custa nada acreditar nas palavras da loira fria que parece saída de uma lúgrube guarita de campo de concentração de mulheres num qualquer romance de guerra do Erich Maria Remarque.
Claro que não ficaria chocada…
Tal como se privatizassem toda a segurança, toda a saúde, toda a educação, toda a água… todo o ar que respiramos… todos os rios… todas as sombras… todas as praias… todo o sol…
Acho mesmo - e isto numa desesperada tentativa de elevar a qualidade literária deste meu desabafo, citando Saramago - que ficariam felizes se privatizassem igualmente “a puta que os pariu”!!!
Samuel Quedas

06
Mai17

ESTA É A OPOSIÇÃO NA VENEZUELA

António Garrochinho


Isto é o que acontece no município de chacao / Caracas (única zona onde há manifestações) pois para mais surpresa é zona onde vivem os bilionários e OLIGARCAS VENEZUELANOS QUE OCUPA APENAS 8 % da capital, desde aqui se organizam as manifestações " pacíficas " onde os meninos mimados saem em vídeos gritando contra a " ditadura ", mas os que realmente lutam são claramente de classe baixa e vão sempre cobertos, estes são criminosos, ladrões de esquina, estupradores e sequestradores da nação e do Vizinho Colômbia, pagos por essa oligarquia que recebe fundos e ajuda dos EUA para organizar as desordens.
Pedem eleições, pois maduro ganhou não faz muito tempo, mas há possibilidade de ir a um revogá-la que o colocou Hugo chavez, são necessários para o efeito uma quantidade de assinaturas que não ultrapassa o meio milhão, mas a oposição nunca pega essas assinaturas, não porque não Haja quem lhe firme se não porque não lhes interessa ir para eleições, eles sabem que têm muitas chances de perder e perder significa dar mais anos e legitimidade para maduro.
Assim passam para os tumultos e mortes nas ruas em busca de uma guerra civil no estilo sírio e da Líbia, para mais tarde uma intervenção militar dos EUA que já a oposição a vindo a fazer desde há anos.

VÍDEO


06
Mai17

Estás feita: quem se mete com o Marcelo leva

António Garrochinho


(In Blog O Jumento, 06/05/2017)
MARIA_LUIS2
Parece que o Passos Coelho mandou a Maria Luís atirar-se a Marcelo Rebelo de Sousa, o que se compreende pois o PR tem preferido confiar nas previsões do governo no que nas da Dra. Teodora, que merecem a preferência dos devotos do Belzebu. (Ver notícia aqui)
O problema desta entrevista não está na celebração do divórcio entre Marcelo e o PSD, está sim no facto de a licenciada da Lusíada ainda não ter percebido ou não querer perceber que a política económica não é um domínio meramente técnico, algo que só pode ser avaliado por técnicos. É por isso que a senhora falhou, da mesma forma que falharam todas as entidades que ela considera técnicas e independentes. Aliás, considerar a Comissão Europeia como um órgão técnico e independente, só merece uma gargalhada, a senhora é mesmo ignorante.


estatuadesal.com
06
Mai17

PARA O RAIO QUE VOS PARTA MAIS O DIA DA MÃE!

António Garrochinho


Meus queridos filhos:

Ontem de manhã vocês perguntaram-me o que é que eu queria de presente de Dia da Mãe.
Disse-vos que não queria nada, que o Dia da Mãe não devia ser mais um pretexto para as marcas venderem coisas que na realidade não nos fazem falta nenhuma, mas que era menina para apreciar um dia de paz e sossego.
Vocês amuaram, disseram que isso não era presente, que eu tinha que escolher uma coisa para vocês comprarem.
Sentaram-se no computador e elucidaram-me sobre as ofertas disponíveis na Internet.

Tratamentos de estética, depilações definitivas, inscrições em ginásios, artigos de beleza, serviços de maquilhagem, cremes anti idade, roupas, adereços, lingerie, sapatos, máquinas de café, telemóveis e mais um monte de cangalhada inútil. Comum a todos, a promessa de deixarem qualquer progenitora com os olhos revirados de êxtase perante as generosas oferendas dos seus filhos queridos, que tanto lhe devem (confesso-me ainda ligeiramente aturdida com a promoção nos robots de cozinha da Fnac. Se eu fosse de dizer palavrões metia agora um aqui).

Ainda vocês não tinham acabado a pesquisa, já eu tinha chegado a conclusões capazes de me fazer saltar directamente para o último desafio da Baleia Azul:
Para estes senhores, as mães são umas velhas, feias, encarquilhadas, flácidas, mal cheirosas, peludas, cansadas e mal vestidas, para quem desejar um curso intensivo de boxe, um lugar cativo no Sporting ou um desconto de 50% na Gin Lovers é tão impensável como o Professor Marcelo dormir a sesta, e que têm em comum uma única ambição: serem mais giras. Seja na sala, na cozinha, no trabalho ou com as amigas, as Mães não sonham mais nada, não pensam mais nada, só em serem giras.

Isto, como é óbvio, é uma estupidez e eu apressei-me a esclarecer-vos porquê.
Quer dizer, se esses senhores acham que sou uma desmazelada com o aspecto de uma tartaruga mal amanhada deviam ver-me ao acordar.
Agora, estarem convencidos que a ideia de ficar mais gira me deixaria histérica de felicidade, isso ofende-me. Nem todas podemos, ou queremos, andar sempre impecáveis; nem todas vivemos para ser a rainha do baile. A beleza vem de dentro, não se julga um livro pela capa, e...
Foi quando vocês me interromperam:
- Mas qual é o teu problema, não gostavas de ser gira?




Ui!
Se eu não gostava de ser gira.
Os meus filhos perguntaram-me se eu não gostava de ser gira.
Meninos, cuidado, a mãe já passou dos quarenta. Perguntas dessas são perigosas, tocam aqui num nervo capaz de fazer o Etna parecer um estalinho de carnaval, percebem?
Pois se eu gostava se ser gira... Só para esclarecer, ser gira é passar os dias a cuidar de mim e ser magra e hidratada e ginasticada e elegante e cheirosa e bem vestida, certo?´
Gostava, claro. Gostava muito, era o meu sonho. Afinal é só isso que as mães querem, não é verdade? E gostava que não houvesse guerra, nem fome no mundo e de saber que a Europa não é um estado americano.
Ah, gostava mesmo. E vocês querem oferecer-me isso? Que bom!
Afinal parece que sempre me vão oferecer uma prenda. Pois seja. Aceito.
Mas para ficar mesmo gira tenho de ser eu a escolher o método. Posso, não posso?
É que descobri um inovador tratamento de SPA Caseiro e queria imenso experimentá-lo. Tem uma pequena desvantagem, os tratamentos têm de ser aplicados pelos filhotes, mas não faz mal, pois não? A mãe vai ficar gira.
Olhem, não me apetece esperar por domingo, começamos já amanhã, sim meus queridos?

O tratamento começa por volta do meio dia (mais coisa, menos coisa) com a sessão de Emagrecimento;

Está cientificamente provado que para perder peso temos que dormir bem. Por isso, quando acordarem façam o favor de ficarem quietos e calados. Agarrem-se aos telemóveis, à consola ou ao computador, não me interessa. Finjam-se de mortos. Não respirem. E não entrem na cozinha a não ser depois de eu ter acordado naturalmente. Esqueçam as aulas.
Depois do Emagrecimento passamos à Aromaterapia;
O cheiro do alho, da cebola e do refogado agarra-se-me às mãos e aos cabelos e faz-me sentir uma sopeira. Vocês já são crescidos, tratem do almoço. Ou jejuem, por mim tanto faz. Eu estarei sentada na sala com os pés em cima do sofá a ver uma série. Ou um filme. Ou a dormir, não sei, não me enervem, faço o que me apetecer.

Após os aromas, daremos então início à sessão de Manicura;
Cá em casa temos uma despensa e alguns armários onde podem encontrar o aspirador, detergentes e panos de várias cores e feitios que me rebentam as cutículas e as unhas todas. Já que eu estou a ficar gira e que vocês faltaram às aulas, limpem, lavem, arrumem e aspirem. Como deve ser. Ah, e a roupa, lavem a roupa! E estendam-na.
Para finalizar, teremos o meu favorito, o tratamento de Estética;
Como sabem, o stress faz imensas rugas. Poupem-me às vossas reclamações antes que eu fique com a tromba do Carrilho. Trabalhem calados e façam de conta que são invisíveis. Façam de conta que eu sou invisível. Não me chamem, não me perguntem nem as horas, e não me peçam nada, nem sequer licença se arrotarem.
Meus amores, no final deste dia maravilhoso acho que vou ficar tão gira que tenho que aproveitar e celebrar com os meus filhotes.
Sabem aquela festa no Urban onde tinham pedido para eu vos levar? Vou fazer melhor, vou convosco. Vamos divertir-nos à grande!

Até vou fazer o bigode e vestir um soutien. Talvez até lave os dentes.

Beijinhos

Mãe.

poiseuachoque.blogspot.pt
06
Mai17

Dezenas de milhares de pessoas participaram em Varsóvia numa marcha em “defesa da liberdade” que estaria ameaçada pelo Governo conservador dos nacionalistas de Jaroslaw Kaczynski.

António Garrochinho

A chamada Marcha pela Liberdade foi organizada pelo partido de centro-direita Plataforma Cívica (PO, sigla em língua polaca).
O líder da PO, Grzegorz Schetyna, apelou a “uma Polónia democrática, pro-europeia, de amigos e parceiros e não com inimigos.”
Representantes de outros partidos políticos marcaram também presença na manifestação.
PO superou, segundo uma sondagem do final do mês de abril, os conservadores do Lei e Justiça nas intenções de voto, com 31% das intenções contra 29%. É a primeira vez que o partido Lei e Justiça não figura no primeiro lugar das intenções de voto desde as eleições de 2015.
Segundo a câmara municipal de Varsóvia, governada pela PO, cerca de 70 mil pessoas participaram na Marcha pela Liberdade. Segundo a polícia, apenas 9 mil.
A manifestação é uma reação a um conjunto de leis do Governo tendo em vista o Tribunal Constitucional, o sistema de justiça polaco, a educação e outras instituições democráticas.
As reformas impostas pelo Governo têm sido motivo de preocupações na União Europeia, que fala em atentado contra o Estado de Direito.

VÍDEO




pt.euronews.com
06
Mai17

SE ELES SONHAM.....

António Garrochinho
SE JOSÉ "O CARPINTEIRO" SABE AINDA COMEÇA A JOGAR NO EUROMILHÕES E A SEGUIR O JUDAS COM O SEU INSTINTO MALVADO VAI INVESTIR OS TRINTA DINHEIROS TUDO NA BATOTA 
Três irmãos conhecidos entre os familiares e amigos como "os três pastorinhos", por se chamarem Francisco, Lúcia e Jacinta, fazem parte de uma sociedade constituída por 150 pessoas, que ganhou o segundo prémio do último sorteio do Euromilhões, de 396 416 euros (323 133 euros após o imposto de Selo). Cada um irá receber 2154 euros, quantia suficiente para o grupo Juntos pelo Euromilhões estar a preparar uma peregrinação a pé a Fátima, para agradecer o prémio, que apelida de "verdadeiro milagre". VIDEO‘Milagre’ dá prémio a irmãos Jacinta, Francisco e Lúcia Irmãos lideram grupo de 150 que ganhou prémio no Euromilhões superior a 300 mil euros. "Já tinha dito que nos ia calhar a sorte grande antes do 13 de maio", disse ontem ao CM Francisco Maximiano, de 51 anos, irmão das gémeas Lúcia e Jacinta, de 48 anos, e ‘líder’ da sociedade, criada há dois anos e quatro meses em Pataias, onde reside e detém a loja Zélimax. Os irmãos são de Santo Antão, Batalha, a 20 quilómetros de Fátima. Com o 7º ano e craque a matemática, Francisco Maximiano estudou as chaves do Euromilhões, criando uma sociedade. "Começámos por ser dez e já vamos em 150, cada um paga 2,5 euros por aposta e esta ‘brincadeira’ tem-nos dado prémios todas as semanas. Só falhámos o sorteio de 25 de abril", conta. Joga com 25 chaves múltiplas de seis números e duas estrelas. O boletim do sorteio de hoje já está registado: "Está por conta de Nossa Senhora", diz, a sorrir.


06
Mai17

Providência cautelar trava prospeção de petróleo na Costa Vicentina

António Garrochinho



Os trabalhos de prospeção de hidrocarbonetos  ao largo da Costa Vicentina foram suspensos pelo tribunal, no dia 4 de Maio, quarta-feira, na sequência de uma providência cautelar  interposta no final de Abril pela Câmara de Odemira. Os argumentos utilizados pela autarquia foram considerados válidos pelo juiz que avaliou o processo, o que significa que, pelo menos para já, o consórcio Eni/Galp está impedido de efetuar qualquer furo na concessão onde foi autorizado a dar início aos trabalhos, em Janeiro.

Em declarações ao Sul Informação o presidente da Câmara de Odemira José Alberto Guerreiro não escondeu a satisfação por ver a ação a avançar, mas alertou que «o facto da providência ter sido aceite não quer dizer que a situação esteja resolvida».
«Foi uma primeira análise, em que o juiz avaliou se havia matéria que justificasse a aceitação da providência e se o processo estava bem instruído. A partir daqui, as partes terão direito a apresentar os seus argumentos. Mas é um primeiro passo para que alguém julgue a validade dos nossos argumentos», lembrou.


Apesar de ainda haver um caminho a percorrer, José Alberto Guerreiro diz estar «convicto de que temos razão e de que vamos conseguir parar o processo».
A providência, que visa parar o licenciamento em si e nomeia, como tal, «quem vai fazer o furo e quem o autorizou», tem como principais argumentos «o não cumprimento dos dispositivos legais, nomeadamente a falta de um Estudo de Impacto Ambiental que nos parece que devia ser feito, o facto de o prazo da concessão estar esgotado e não considerarmos haver justificação para o prorrogar e também por causa da discussão pública, cujos prazos e démarches, na nossa opinião, não foram cumpridos».
«Esta nossa providência junta-se a outra apresentada pela PALP. É mais um passo para tentar parar a prospeção de petróleo. Eu defendo que o futuro deve passar por energias limpas», concluiu José Alberto Guerreiro.


www.sulinformacao.pt
06
Mai17

FOTOS ANTIGAS DE ESCRAVOS BRASILEIROS

António Garrochinho

VÍDEO - A ESCRAVIDÃO EM FOTOS






12 fotos raras de escravos brasil


12 fotos raras de escravos brasil

Lavagem do ouro, Minas Gerais, 1880.

Escravos na colheita de café,  1882 
12 fotos raras de escravos brasil

Negra com uma criança branca nas costas, Bahia, 1870. 
12 fotos raras de escravos brasil


Foto da Fazenda Quititi, no Rio de Janeiro, 1865. 

12 fotos raras de escravos brasil

Quitandeiras em rua do Rio de Janeiro, 1875

12 fotos raras de escravos brasil
12 fotos raras de escravos brasil

Interior de uma mina de ouro, 1888, Minas Gerais.

12 fotos raras de escravos brasil

A Glória- Rio de Janeiro, 1861 
12 fotos raras de escravos brasil


Escravos na colheita do café, Rio de Janeiro, 1882 

12 fotos raras de escravos brasil
Escrava com o filho, Salvador, em 1884 

12 fotos raras de escravos brasil

Vale do Paraíba, c. 1885 - a partida para a colheita do café
12 fotos raras de escravos brasil

Senhora na liteira com dois escravos, Bahia, 1860

12 fotos raras de escravos brasil

06
Mai17

PLANO DOS EUA/CIA E COREIA DO SUL PARA ASSASSINAR KIM JONG - UN

António Garrochinho



A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) denunciou um plano pela Agência Central de Inteligência (CIA) e os serviços secretos da República da Coreia para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-un, usando bioquímicos.
De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, a conspiração estaba na fase de 'execução', depois de as agências conseguirem infiltrar no país p um grupo de terroristas que iria executar o plano.
Segundo o texto, a trama se originou em junho de 2014, quando eles recrutaram um cidadão norte-coreano que trabalha na cidade russa de Khabarovsk, perto da fronteira com a Coreia Democrática.
O objetivo era matar Kim Jong-un em um evento público, com o uso de produtos bioquímicos, incluindo nano-radioativo e venenoso, que não requerem a proximidade com o alvo e cujos resultados letais aparecem após seis ou 12 meses, disse ele.
A RPDC afirmou que  é um crime  de forças hostis contra a segurança interna do poder do Estado, mas uma declaração de guerra.
Até agora, nem Seul nem Washington reagiram às alegações de Pyongyang.
O anúncio oficial vem dias antes das eleições presidenciais realizadas na Coreia do Sul, onde o favorito, democrata Moon Jae-in, defende uma abordagem para a Coréia Democrática.
Ações dos EUA e seus parceiros internacionais, bem como contínuas manobras militares ao largo da costa da península, são considerados mostras de hostilidade e ameaça latente para as autoridades desse país.
O governo da RPDC  testa frequentemente o seu programa de armas nucleares, com o objetivo de verificar as estratégias nacionais de defesa contra possíveis ataques.
PL

periodicodigitalwebguerrillero.blogspot.pt
06
Mai17

06 de Maio de 1856: Nasce o médico austríaco Sigmund Freud, fundador da psicanálise

António Garrochinho

Neurologista austríaco, nasceu a 6 de Maio de 1856, em Freiberg, Morávia (atual República Checa), e morreu a 23 de Setembro de 1939, em Londres. Freud fundou a Psicanálise e esta teoria teve um grande efeito na psicologia e na psiquiatria. Publicou, em colaboração com Josef Breuer, Estudos sobre a Histeria (1895); obra que contém a apresentação pioneira do método psicanalítico da livre associação. Desenvolveu teorias que dizem respeito a uma camada profunda da nossa mente: o inconsciente e a forma como este influencia as ações dos homens. As principais obras de Freud são: A Interpretação dos Sonhos (1899), Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905), O Inconsciente (1915), Introdução à Psicanálise (1916-1917), Psicologia das Massas e Análise do Ego (1923), Psicanálise e Teoria da Libido (1923), Neurose e Psicose (1924). No livro A interpretação dos Sonhos, Freud analisa a grande complexidade simbólica subjacente à formação dos sonhos. Em 1905 aparece o seu estudo mais controverso, no qual Freud apresenta a teoria que afirma que a repressão da sexualidade infantil está na origem de neuroses em adulto (de que o complexo de Édipo é um exemplo). Formulou os conceitos de «id», «ego» e «superego». As suas teorias levaram a uma maior aproximação ao tema da sexualidade. A partir dele, os comportamentos antissociais são compreendidos como um resultado, em muitos casos, de forças inconscientes.

Sigmund Freud. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagens)


Ficheiro:Sigmund Freud LIFE.jpg
Sigmund Freud, por Max Halberstadt, em 1922
File:Sigmund en Anna.jpg
Freud e a sua filha Anna em 1913
Freud e outros psicanalistas:esquerda para a direita sentados , Freud, Sàndor Ferenczi e Hanns Sachs (de pé) Otto Rank, Karl Abraham, Max Eitingon e Ernest Jones -1922
File:Freud and other psychoanalysts 1922.jpg
VÍDEO

06
Mai17

A MERCENÁRIA NA TSF

António Garrochinho


Ao sábado também há Curto, do Expresso. Bem podia vir em mangas de camisa (porque fato de macaco é para a plebe) ao menos isso. Mas não, vem de fatinho (sem gravata). Bravatas, isso é sobre o tema da vinda do Papa Francico à Fátima. Aquela senhora nacionalizada em 1917, que desceu do céu e aterrou sobre uma azinheira sem fazer um arranhão. Os pastorinhos, que estavam à sombra da dita árvore, provavelmente à espera do Zeca Afonso com o Grândola Vila Morena, testemunharam. Eram três e dali saiu azar para dois, morreram ainda infantes. Sobrou Lúcia, a mais velha das testemunhas em 13 de Maio desse 1917. Antes que o azar também se manifestasse nela refugiou-se conventualmente. Oh, pois. Por lá ficou, reclusa. Saiu em liberdades precárias, esporadicamente. Sobre Fátima era segredo. Não falava. Esse voto de silêncio de nada serviu, porque havia os que falavam e até inventavam. Passados tantos anos ainda resta uma porta para a invenção (existem os que chamam mentiras), o terceiro segredo lá da zona, de Fátima. Que o mundo vai acabar, que vem aí a guerra global com o nuclear e bum! Pois. Isso também sabemos nós, vulgos lorpas sem segredos. Um dia surgem uns quantos malucos e lá vai disto. Além do mais este mundo acaba todos os dias para milhentos de nós. Aqueles que morrem fazem parte do fim do mundo (para eles). Pois. Mas basta, por agora. Não se infira que daqui estamos a desrespeitar os crentes, nada disso. Estamos só a divulgar a nossa visão daquela negociata que é Fátima. Para outros não é assim. Está bem. Sejam muito felizes e tenham muita saúde, sorte e dinheiro para pagar os impostos com alcavalas para sustentarmos os faustos de milhentos parasitas que aterraram na política e ilhargas. Tipos incapazes de aterrar sobre azinheiras com medo de se arranharem. Cobardolas. Deviam era ter aterrado sobre catos, silvas, roseiras, cardos e urtigas. Raios os partam.

Agora por isso (dos raios) veio à lembrança a senhora Maria Luísa Albuquerque. Uma que não foi nacionalizada (não é nossa... senhora) mas que nos nacionalizou estritamente para si e nos trata como seus. Sim, essa que foi ministra do esbulho a que chamam finanças.

Diz ela, senhora de quem nós fomos, a patroa, que “"Não me chocaria que a CGD fosse privatizada", disse na TSF em entrevista. Tem aqui o link, pode saber mais por essa via. Resta dizer que a muitos de nós também não choca nadinha que ela pense assim. Uma mercenária como ela está sempre de pernas abertas para vender o que pertence a todos os outros e não só a ela ou ao partido que diz representar enquanto vice-presidente. Aliás, ela e Passos são como os Dupont, se um diz mata o outro(a) diz esfola. É um dito vulgaríssimo, sabemos, mas que querem, aqui não há daqueles que compraram ou ofereceram-lhes canudos de dótores. São da mula ruça… mas dizem-se e chamam-lhes doutores. Por cá simplificamos: são dótores. Antes do 25 de Abril de 1974 era muito bom pertencer à Mocidade Portuguesa, à Legião, à PIDE, à União Nacional, etc. Era um passo para o canudo, do estilo dos prémios que saíam no OMO e no TIDE (detergentes), atualmente e já há uns anos atrás o que está a dar é fazer parte dos partidos políticos do “Arco da Governação”. E até parece que o PSD nisso é campeão. Pois, OMO lava mais laranja. Apesar do TIDE lavar mais rosa. O que vai dar no mesmo. Pois.

"EXPRESSO CURTO"



paginaglobal.blogspot.pt
06
Mai17

06 de Maio de 1905: Nasce o Realizador e Actor de Cinema norte-americano, Orson Welles

António Garrochinho


Nasceu em Kenosha, no Estado de Wisconsin a 6 de maio de 1915 e faleceu em Hollywood a 10 de outubro de 1985, vítima de enfarte do miocárdio. Filho de uma pianista e de um inventor, já em criança "devorava" Literatura, especialmente obras de William Shakespeare e de Cervantes. Aos 12 anos, assistiu à morte quase simultânea de seus pais que lhe deixaram uma herança considerável. Depois de ter passado por diversos colégios internos e de ter viajado pela Europa, resolveu seguir uma carreira de ator. Em 1931, juntou-se ao grupo teatral Dublin's Gate Players, tendo atuado na Broadway. Em 1936, juntamente com John Houseman, fundou o grupo Mercury Theater que atuaria muitas vezes em radionovelas. Numa delas, em 1938, protagonizou um momento histórico: na noite de Halloween, Welles representou aos microfones da rádio a peça A Guerra dos Mundos de H. G. Wells. Um pouco por todo o país, houve momentos de pânico porque os ouvintes convenceram-se de que os marcianos tinham invadido a Terra. Em 1941, Hollywood convidou o elenco do Mercury Theater para participar num filme. Orson Welles tomou as rédeas do projeto, escrevendo, produzindo, realizando e protagonizando aquele que viria a ser considerado como o maior filme da História do Cinema: Citizen Kane (O Mundo a Seus Pés, 1941). Welles imprimiu uma nova linguagem fílmica, mas viu o seu trabalho boicotado pelo magnata William Randolph Hearst que achava que a personagem principal era baseada na sua figura. Daí para a frente, Hearst procurou não poupar esforços para fechar as portas de Hollywood a Welles. Dado que Citizen Kane não fora um sucesso, os produtores propuseram a Welles contratos onde lhe era retirado todo e qualquer controlo criativo. Contudo, tal não impediu que Welles continuasse a produzir obras de grande qualidade: seguiram-se The Magnificent Ambersons (O Quarto Mandamento, 1942) um drama centrado num conflito entre duas famílias, The Stranger (O Estrangeiro, 1946) sobre um criminoso de guerra nazi que se esconde numa pequena cidade americana e o film noir The Lady From Shangai (A Dama de Xangai, 1947) protagonizado por si e por Rita Hayworth. Após o fracasso deMacBeth (1948), decidiu ir para a Europa, fechadas que lhe estavam as portas em Hollywood. Aí marcou presença em diversos filmes de aventuras e pepluns, não se importando de protagonizar filmes de qualidade duvidosa para angariar dinheiro para realizar projetos pessoais. Um deles, o famoso Don Quijote, ficou inacabado e só seria lançado em 1992, sete anos após a sua morte. Regressou a Hollywood para realizar outro clássico: Touch of Evil (A Sede do Mal, 1958), um policial em que também participou como ator secundário, no papel de um obeso polícia corrupto. Voltou à Europa, onde assinou mais trabalhos de qualidade: Le Procès (O Processo, 1962), Falstaff (As Badaladas da Meia-Noite, 1966) e The Immortal Story (História Imortal, 1968). Como ator, associou-se a A Man For All Seasons (Um Homem Para a Eternidade, 1966), Casino Royale(1967) e The Kremlin Letter (A Carta do Kremlin, 1970). Os seus últimos trabalhos foram feitos para televisão e para anúncios publicitários, onde emprestou a sua voz característica.

Fontes: Infopédia
wikipedia (imagens)

Orson Welles fotografado por Carl Van Vechten, Março de 1937.
Orson Welles em "Citizen Kane"
VÍDEO 
06
Mai17

Trocos

António Garrochinho


"Não acredito!" A jovem da loja dos sumos da rua Nova do Almada olhou para mim, incrédula.

Duas horas antes, eu tinha entrado (não muito, porque aquilo é esconso) pela porta dentro, com uma nota na mão, a pedir trocos, para estacionamento. Não obstante a situação da caixa registadora, neste domínio, não ser brilhante, a jovem havia sido de uma grande simpatia e lá me arranjou um par de moedas.

Agora, duas horas e tal passadas, aí estava eu, com o dobro dos trocos na mão, a "devolver-lhe" a gentileza, pedindo uma nota "em troca". A jovem estava siderada com o meu gesto. Sorrimos - e ela era bonita - e eu fui à minha vida.

O meu carro, parcado em frente, lá estava, dentro da hora do estacionamento, naquele dia em que a app da Emel "não dava". Tudo perfeito!

Foi então que vi o pequeno envelope vermelho no pára-brisas, Dentro, a fatídica multa. Era uma zona para residentes! 60 euros a pagar! Afinal não eram trocos...

duas-ou-tres.blogspot.pt
06
Mai17

NÃO NÃO É MEDIEVAL, É UMA FESTA DE CASAMENTO NO MÉXICO

António Garrochinho

Nem flores, nem vestidos brancos longos, nem alianças, muito menos gritos "beija! beija!" e nem a primeira dança do pai com a noiva. Na verdade parece que se reúnem pra fazer um exorcismo coletivo. Na linha do tempo em 3:15 alguém quase mata o avô da família que depois é jogado pela janela. Coitado! Imaginem o prejuízo do promotor da festa!

VÍDEO

www.mdig.com.br
06
Mai17

Criam barreiras para prevenir os atentados com camiões

António Garrochinho

















Como proteger uma multidão de pessoas contra o ataque de um terrorista dirigindo um caminhão a toda velocidade? Na Alemanha estão testando um novo tipo de barreira desenhada especificamente para parar o caminhão em seco, seja qual for o seu tamanho. A julgar pelo vídeo, parece bastante efetiva. A prova da barreira aconteceu nos arredores de Uslar, na Baixa Saxônia, e virou notícia não pelo invento em si, senão porque o teste foi realizado sem autorização.


A companhia que desenhou as barreiras precisava comprovar a eficiência da mesma antes de passar pelo escritório de patentes, e para isso devia fazer um teste em condições reais. Assim reforçaram a cabine do caminhão com barras de aço, mas isso não evitou que o motorista, de 48 anos, ficasse gravemente ferido e teve que ser evacuado às pressas de helicóptero.

O choque foi feito com um caminhão de tamanho médio a 50 quilômetros por hora. A barreira não detém o caminhão no mesmo lugar, mas foi desenhada para impedir que o caminhão siga avançando mais alguns metros. Ainda é cedo para saber se essas novas barreiras serão instaladas nas ruas, mas após os horríveis atentados da França e Alemanha em que terroristas do Daesh usaram caminhões, não seria raro ver que logo estejam protegendo a entrada a eventos ou ruas dedicadas ao lazer com abundância de público.

VÍDEO



www.mdig.com.br
06
Mai17

16 Ilustrações que nos fazem refletir no mundo que estamos vivendo.

António Garrochinho
Estamos vivendo em um mundo cheio de dúvidas, principalmente sobre as atitudes dos humanos com o nosso planeta ou até mesmo com os próprios humanos.
Para fazer uma reflexão sobre alguns pontos do nosso mundo, o ilustrador italiano Marco Melgrati, criou um projeto trazendo imagens intrigantes que certamente farão você parar pra pensar sobre os assuntos. As imagens trazem a relação da humanidade com o meio ambiente, guerras entre países, entre marcas e até mesmo entre as próprias pessoas.
Ameaças de um futuro tão próximo.
Relacionamentos complicados.
O poder no comando das industrias.
A guerra está mais próxima do que você imagina.
Falta de seriedade em alguns casos importantes.
A verdadeira magia dos likes.
Prioridades
O atual relacionamento das pessoas.
Chamando a atenção quando estamos presos ao mundo tecnológico.
Um ato de mentiras.
O impressionante mundo das redes sociais.


www.matacuriosidade.com.br

06
Mai17

1º grande avião a jacto de passageiros totalmente chinês C919 já voa

António Garrochinho


1 grande avião de passageiros chinês C919 voa, procura rival Boeing & Airbus
O novo jato de passageiros bimotores de corpo estreito foi levado aos céus de Xangai na sexta-feira. O vôo inaugural havia sido adiado pelo menos duas vezes desde 2014 devido a problemas de produção, de acordo com a Reuters.
O produtor estatal do avião, a Corporação de Aeronaves Comerciais da China (COMAC), disse que há um mercado de US $ 2 triliões para o novo avião, que foi revelado pela primeira vez em novembro passado.
Um total de 23 clientes estrangeiros e nacionais fizeram pedidos para 570 aviões, diz a empresa.

VÍDEO



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06
Mai17

OS AMERICANOS NÃO CONSEGUEM LOCALIZAR UM ÚNICO DÓLAR DA FORTUNA DO TRAFICANTE "EL CHAPO"

António Garrochinho


Buscando bilhões de El Chapo, funcionários dos EUA "não conseguem encontrar um único dólar"
"Até hoje, as autoridades dos EUA não encontraram nem um dólar dos ativos de El Chapo", disse o procurador-geral do México, Raúl Cervantes, em entrevista à principal emissora local Televisa, segundo a Reuters .
As autoridades mexicanas disseram que só encontraram ativos menores do notório narcotraficante.
"Seu dinheiro não foi encontrado, porque ele não usou o sistema financeiro ", acrescentou Cervantes.
Guzman, líder do cartel de narcóticos de Sinaloa, o maior do mundo, está aguardando julgamento por 17 acusações criminais em uma prisão de segurança máxima em Manhattan. Ele escapou duas vezes da prisão no México.
As autoridades norte-americanas estão buscando mais de US $ 14 milhões em dinheiro proveniente de vendas de estupefacientes", alegando que El Chapo ganhou na sua carreira criminal de décadas, de acordo com os documentos do tribunal de Nova York.

Seja qual for o tamanho dos bens de El Chapo, o México está buscando recuperar a grande maioria deles por si mesmo enão entregá-los a um tribunal dos EUA.
"A parte do leão de qualquer um de seus bens apreendidos, legitimamente - por lei e acordo - pertencem ao México. É improvável que encontrem muito - certamente não os $ 14 milhões. O México nunca concordará em entregar os ativos ", disse Bruce Bagley, especialista em cartéis de drogas do México na Universidade de Miami, à Forbes.
A cifra de US $ 14 milhões é, de longe, a maior cifra de dólar jamais associada às atividades criminosas de Guzman. O Departamento do Tesouro dos EUA argumenta que o tráfico de drogas gera cerca de US $ 64 milhões anuais de vendas nos EUA.
Em 2009, as revistas Forbes estimaram o património líquido de Guzman em US $ 1 bilião. Em 2013, porém, a revista o retirou da lista quando seu paradeiro era desconhecido e seus bens eram muito difíceis de verificar.
A possibilidade de os Estados Unidos apreenderem a fortuna estimada de El Chapo levou o senador Ted Cruz (R, Texas) a sugerir a introdução de um projeto de lei, chamado de Lei El Chapo, para usar os recursos para construir a fronteira entre o México e os Estados Unidos do presidente Donald Trump parede.
"Ao alavancar todos os ativos criminosos de El Chapo e seus semelhantes, podemos compensar o custo da parede e fazer progressos significativos para alcançar os objetivos de segurança da fronteira declarados pelo presidente Trump", disse Cruz em um comunicado.
É improvável que o ato vá passar, no entanto, e certamente enfrentaria uma batalha política com o México, que se opõe veementemente à fronteira, e muito menos à idéia de pagá-la.

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06
Mai17

MUITO RUIDO

António Garrochinho
MUITO RUÍDO PARA NADA A NÃO SER COMO É CLARO SÓ PARA CAMPANHA ELEITORAL

DOS QUE SE DIZEM INDEPENDENTES MAS POR DETRÁS DO ARBUSTO TÊM O APOIO DE PARTIDOS QUE PREVIAMENTE NEGOCIADO OU NÃO É ESCONDIDO AO POVO O QUE POSSO DIZER É QUE NÃO GOSTO, DETESTO.
A situação da CMPorto é da responsabilidade das presidências e da responsabilidade dos eleitores.
Cada partido como é óbvio tem o direito de apresentar o seu candidato e ao fazê-lo que o faça de maneira transparente sem sujidade e as golpadas e mentiras que têm enganado os eleitores e o povo português.

AG
06
Mai17

ESPIRAL DA MORTE - VIDA ANIMAL

António Garrochinho
Isto parece até uma brincadeira dessas formigas mas na verdade ela decretaram sua morte...Espiral da morte. '-'

A espiral da morte das formigas é o exemplo perfeito do que pode acontecer quando os instintos dão errado. Formigas carnívoras cegas, principalmente formigas operárias, dependem de trilhas de feromônios deixadas pela formiga líder. Conforme a expedição de milhares de indivíduos se move, eles reforçam as trilhas. Entretanto, se uma delas se desviar do caminho estabelecido, pode se prender em um loop ao redor do grupo, levando as outras atrás dela. Isso às vezes leva a grandes vórtices giratórios.

Uma situação destas só pode ter um final feliz caso este vórtice seja interrompido. Do contrário, as formigas vão manter esta rotina até morrerem de exaustão ou fome.



06
Mai17

A FACILIDADE DA SOLIDARIEDADE VIRTUAL, como tantas vezes por aqui anda.. Chegou-me por mail, mas não façam um FADO…. INTERIORIZEM

António Garrochinho

Francisco Chico da Emilinha
A FACILIDADE DA SOLIDARIEDADE VIRTUAL, como tantas vezes por aqui anda..
Chegou-me por mail, mas não façam um FADO….
INTERIORIZEM
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O miúdo do restaurante !
Entrei e com muita fome no restaurante.
Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia, para comer e acertar alguns bugs de programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias, coisa que há tempos que não sei o que são.
Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?
Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
- Senhor, não tem umas moedinhas?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, eu compro um.
Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mails.
Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas malucas.
Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos.
- Senhor, peça para colocar margarina e queijo.
Percebo nessa altura que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, está bem?
Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar.
Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.
O peso na consciência, impede-me de o dizer. Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele. Então sentou-se à minha frente e perguntou:
- Senhor o que está fazer ?
- Estou a ler uns e-mail.
- O que são e-mail?
- São mensagens eletrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses):
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Senhor você tem Internet?
- Tenho sim, essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet ?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que ele pouco vai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar, apanhar, pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer.
Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Que bom isso. Gostei!
- Menino, entendeste o significado da palavra virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?! - Exclamo eu!!!
- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.
A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais velha sai todo dia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir a ser um médico um dia.
Isto é virtual não é senhor???
Fechei o portátil, mas não fui a tempo de impedir que as lágrimas caíssem sobre o teclado.
Esperei que o menino acabasse de literalmente 'devorar' o prato dele, paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um
-'Brigado senhor, você é muito simpático!'.
Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!
06
Mai17

Sem papas na língua

António Garrochinho

Não me peçam que compreenda mesmo que temporariamente as políticas neoliberais e as políticas xuxas nacionais ou internacionais e me incutam o receio da ascensão do fascismo. O fascismo, o moderno, já existe e foi sendo implantado mesmo na frente dos nossos olhos pelo simples mas grave motivo de que os portugueses não aproveitaram as oportunidades saídas do 25 de Abril e durante quatro décadas votaram sempre mal, acreditando em charlatões, vigaristas e corruptos.
Eu felizmente não me defronto com esse problema. Voto como comunista pois sei em quem deposito a minha confiança ! mas como todos os que vivem neste país tenho que suportar a burrice e logo as consequências dos que têm a mania doentia de que a direita capitalista é solução para quem trabalha e quer viver a vida com dignidade, onde haja justiça e as oportunidades sejam iguais para todos e não para meia dúzia de privilegiados já que os lacaios, o carneirismo ignorante mesmo votando no fascismo moderno, eles próprios não passam da cepa torta.
António Garrochinho
06
Mai17

A ARMADILHA DO MAL MENOR

António Garrochinho
AQUILO A QUE A DIREITA E AS POLÍTICAS DE TRAFULHA CHAMAM DE MAL MENOR LEVANDO OS ELEITORES A VOTAREM NA CONTINUIDADE DE GOVERNAÇÕES CORRUPTAS DE AUSTERIDADE, ROUBO DE DIREITOS E DE MISÉRIA ONDE SÓ OS POLÍTICOS INSTALADOS NA ÁREA DO PODER E O CAPITALISMO BENEFICIAM.
QUEM VOTA NAQUILO QUE LHE IMPINGEM SEM PENSAR, COMO O MENOR PREJUÍZO, CAMINHA SEMPRE E CADA VEZ MAIS PARA O ABISMO
AG
Foto de António Garrochinho.

06
Mai17

Os Mercados já votaram

António Garrochinho


Os Mercados :bancos,  companhias de seguros , fundos de aplicações e capitais estão em alta desde os resultados da primeira volta em França .

   

JOSÈ GOULÃO -ABRIL ABRIL


Medo, propaganda como pilar da mentira política e estado de excepção são os principais panos do cenário das eleições presidenciais francesas, nas quais a enxurrada de análises, pareceres, conjecturas e previsões é inversamente proporcional ao esclarecimento e consciencialização dos franceses sobre decisões determinantes para o seu futuro.
Mais do que isso, o discurso e os comportamentos da maioria dos políticos e dos media empenhados em dar credibilidade ao que não passa de uma farsa de democracia escondem os desmandos que irão atingir a generalidade dos cidadãos eleitores.
Este jogo perverso, em que se estrangula o direito das pessoas a decidirem sobre a sua vida enquanto são ludibriadas quanto às hipóteses de escolha, tem como provável vencedor o candidato que mais escondeu sobre si e as suas propostas: Emmanuel Macron, o falso socialista, falso centrista, ex-membro do staff de Sarkozy, ex-ministro de Hollande e que, apesar de há poucos meses ainda ter a pasta governamental da Economia, se apresentou «de fora do sistema» e «contra o sistema», prometendo uma «revolução política» que já está «em marcha».

Daí a designação do partido que formou – En Marche – uma entidade talhada para fazer eleger um presidente de laboratório capaz de agir como marioneta dos grandes interesses mundiais, projecto este que centralizou vastos apoios de bancos transnacionais, das grandes empresas da Bolsa de Paris e de diversas fundações, entre as quais a norte-americana New Endowment for Democracy (NED), conhecida pelo seu patrocínio de golpes de Estado «democráticos», da América Latina ao Médio Oriente, passando pela Ucrânia. Por isso se juntaram ao En Marche, como «conselheiros», alguns diplomatas neoconservadores norte-americanos alinhados com Obama, Hillary Clinton e as facções das agências de espionagem sob sua influência.
Não surpreende, por isso, que a finalíssima presidencial em França seja, afinal, uma réplica da recente catástrofe norte-americana que selou o esvaziamento da democracia enquanto instrumento da genuína capacidade popular de decidir.
A alternativa deixada aos eleitores, nos Estados Unidos como em França, nada tem a ver com os reais interesses e direitos das pessoas, apenas coloca uma baia entre duas roupagens para a mesma anarquia neoliberal: o nacionalismo de inspiração fascista, tirando proveito da degradação das condições sociais e de vida da maioria da população, assumindo frontalmente as suas orientações xenófobas e racistas; ou o neoliberalismo sem fronteiras, no caso francês ancorado no autoritário sistema económico, financeiro e monetário na União Europeia e teleguiado pela NATO.
Neste quadro teve um significado exemplar a manifestação de fraternidade entre o ex-futuro primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e o próximo presidente francês, Emmanuel Macron, testemunhada publicamente na Festa do Unità, por sinal o histórico jornal operário de que o americanizado Partido Democrático se apropriou, assaltando o património do dissolvido Partido Comunista Italiano (PCI).
Não é difícil estabelecer um paralelo entre os duelos Trump-Clinton, Le Pen-Macron, e mesmo Beppe Grilo-Renzi, como exemplos crus do esvaziamento da democracia representativa e da emergência de uma nova variante da alternativa bipolar; agora, o pensamento único neoliberal oscila cada vez mais entre o nacionalismo em ascensão e o sistema dirigente internacional sem fronteiras, que até aqui tem assentado numa bipolaridade entre a direita conservadora e os sociais-democratas da «terceira via», ao estilo de Tony Blair, François Hollande e Martin Schulz.
O caso francês é mais uma demonstração de como o pensamento único que sustenta a política de governo do capitalismo internacional, uma vez chegado ao estado de anarquia de mercado, está em transição para se instalar na extrema-direita; dispensa assim o recurso a formas mesmo adulteradas de social-democracia, pelo que os Partidos Socialistas vão implodindo em ritmo de dominó.
Assim sucedeu em Itália, na Grécia, na Alemanha através da coligação acrítica com Merkel, na Holanda, na Bélgica, agora em França, tal como existem indícios coincidentes no Reino Unido – pelo cerco anárquico a Corbyn – e em Espanha. No espaço dos países saídos da esfera de influência soviética há muito que o pensamento único já cristalizou na extrema-direita, ou mesmo no fascismo, podendo dizer-se que a democracia pluripartidária mal chegou a vigorar. Nem os países nórdicos escapam à tendência: basta atentar na deriva actual da social-democracia, que durante décadas dominou a ponto de se identificar praticamente com os Estados.
Não se estranhe que este fenómeno que ataca os partidos da social-democracia seja identificado como implosão. Retomando o caso francês, há muito que o ex-primeiro ministro Manuel Valls, conhecido pelas suas actuações xenófobas e anti refugiados idênticas às de Marine Le Pen, vem defendendo a transformação do Partido Socialista numa outra entidade e com outro nome.
«O nacionalismo não irá gerir o neoliberalismo, nem criar novas insónias na União Europeia, estas sim as verdadeiras inquietações geradas por Le Pen.»
Muito mais claro ainda foi o presidente cessante François Hollande, que em 2015 falava assim do Partido Socialista que o elegeu: «É preciso um acto de liquidação. É preciso um hara-kiri. É preciso liquidar o PS para criar o Partido do Progresso».
Se bem o pensou, melhor o fez, dir-se-á ao observar a situação do PS nas presentes eleições. Depois de preparado o terreno através da artimanha das primárias partidárias, uma ficção de democracia para descaracterizar e subverter a democracia, o processo culminou numa aberração que liquida, de facto, o Partido Socialista: foi escolhido um candidato que não chegou aos dez por cento, enquanto os barões do partido, entre eles o presidente Hollande e o ex-primeiro ministro Manuel Valls, fizeram campanha pelo candidato de outro partido que mal viu a luz do dia: Emmanuel Macron.
Aí está En Marche, criado em laboratório com sotaque norte-americano para fazer eleger um presidente de aviário, numa campanha onde o debate de ideias e de programas foi suprimido, substituído pelo duelo entre retratos de Photoshop animado pelo marketing de detergentes, num ambiente de medo suscitado pela combinação do terrorismo com o estado de excepção.
A esquerda, em torno de Mélenchon, quase conseguiu meter um pauzinho na engrenagem, mas a convergência dos efeitos do terrorismo, da austeridade, da supressão de direitos, do tratamento dado pelo governo à vaga de refugiados catapultou as grandes bolsas de excluídos, de trabalhadores revoltados, de desempregados e dos desfavorecidos das cinturas das grandes cidades para os braços de Marine Le Pen.
Marine Le Pen, essa sim ainda no exterior do sistema, não terá condições para fazer frente ao cilindro compressor da clique dirigente – direitas e restos do PS – pelo que a França e o resto do mundo farisaicamente preocupados com a xenofobia e o racismo da Frente Nacional poderão respirar de alívio. O nacionalismo não irá gerir o neoliberalismo, nem criar novas insónias na União Europeia, estas sim as verdadeiras inquietações geradas por Le Pen.
A tarefa será entregue a Emmanuel Macron, o candidato anti-sistema apresentado pelo próprio sistema, o eleito de Hollande, Valls, Juppé, Juncker, Merkel, Schulz, Sarkozy, Fabius, Fillon, Strauss-Khan, Lagarde, Schauble, Hillary Clinton, Obama, da NATO, da União Europeia, de Israel. Macron, o candidato da Fundação Rockfeller, dos banqueiros Rotschild, promovido de jovem dirigente da French-American Foundation para o staff de Sarkozy no Eliseu, e depois para ministro da Economia de Valls e Hollande, após o tradicional tirocínio conspirativo no conclave de 2014 do Grupo de Bilderberg.
Como ministro da Economia, Emmanuel Macron fez aprovar um novo pacote laboral persecutório e austeritário, através das condições autoritárias proporcionadas pelo estado de excepção que dura há mais de um ano e meio e sob o qual – que não se perca tal aberração de vista – se realizam as eleições presidenciais. Esse pacote laboral reproduz as exigências da comunidade dos grandes patrões franceses, os senhores do CAC 40 da Bolsa de Paris, os quais frequentaram os jantares da campanha de Macron na companhia dos dirigentes dos grupos de comunicação que possuem os principais jornais, rádios e televisões do país.
Nenhuma destas personalidades e entidades manifestou, em caso algum, inquietação com a xenofobia e o racismo praticados pelo governo de que Macron foi membro, sob a cobertura do estado de excepção, a pretexto do terrorismo e da crise dos refugiados. Condições e situações que, tudo o indica, prosseguirão com a «revolução em marcha» de Macron.
Por ora observamos a camada governante francesa repudiar o nacionalismo, a gestão do capitalismo neoliberal, o racismo e a xenofobia de Marine Le Pen enquanto apoia o neoliberalismo selvagem, o racismo e a xenofobia de Emmanuel Macron, afinal uma prática de fascismo em versão maquilhada num sistema esvaziado de democracia, gerido por um presidente produzido e formatado em laboratório.
Eis a escolha deixada aos franceses, tal como a apresentada aos norte-americanos; e que ameaça tornar-se a panaceia da época para valer ao estado de crise do capitalismo.

www.abrilabril.pt
06
Mai17

Que fazer: escolher Macron, escolher Martine Le Pen ou escolher não escolher? Texto 9A – “Frente Republicana”: a impostura em marcha! Macron ou Le Pen, o anti-republicano não é aquele que pensamos. Por Anne-Marie Le Pourhiet

António Garrochinho


Texto 9A. “Frente Republicana”: a impostura em marcha! Macron ou Le Pen, o anti-republicano não é aquele que pensamos

Por Anne-Marie Le PourhietJurista, especialista em Direito Constitucional, professora de Direito público na Universidade de Rennes I
Revista Causeur, publicado em 26 de abril de 2017
Texto 9A Frente Republicana a impostura em marcha
Manifestação de SOS Racismo contra Marine Le Pen, 24 de abril de 2017, Paris. SIPA.


Em toda a quinta República, nunca tivemos um candidato nas eleições presidenciais tão perfeitamente distanciado dos valores republicanos como Emmanuel Macron.

Sarko o ambíguo
Nicolas Sarkozy sem dúvida cultivou sempre uma ambiguidade exasperante sobre a questão do modelo republicano, permanentemente a mudar de posição ao sabor dos ventos e passando, muitas vezes dentro do mesmo discurso, desde belas frases à Lamartine escritas por Henri Guaino à promoção de interesses económicos globais com Alain Minc, de passagem com algumas provocações clientelistas suscetíveis de tirar o ar aos autênticos republicanos. A promoção da discriminação “positiva”, do secularismo “positivo”, elogio dos padres considerados como superiores aos professores, envio de Patrick Devedjian e Roselyne Bachelot à inauguração do CRAN (Conselho Representativo das Associações Negras) para aí decretar o advento do direito à diferença e o fim do modelo republicano (sim!), busca ativa e nomeação de “prefeitos muçulmanos” e até mesmo de um efémero e controverso “Comissário para a diversidade e a igualdade de oportunidades”. Tivemos o direito a tudo e ao seu oposto, tendo o apogeu da versatilidade sido alcançado quando o agitado presidente pediu a uma comissão presidida por Simone Veil para refletir sobre a inclusão da diversidade, da paridade de género, da “dignidade” (de quem? de quê?) e da Europa (qual?) no preâmbulo da Constituição. A dita Comissão sabiamente e felizmente deu um parecer negativo sobre esse projeto desastroso. Devo admitir, no entanto, que em fim de mandato e tendo em vista a campanha de 2012, Nicolas Sarkozy soube de novo republicanizar o seu discurso face à esquerda Terra Nova que a emparecia em grande desfile multicultural, com o seu elenco variado de ” direitos “categoriais “arco-íris”sem limites nem fronteiras.
Em 2017, as primárias da direita optaram, primeiramente e de forma clara, contra o multicultural e muito “acomodatício ” Juppé, e a favor do modelo republicano-conservador de François Fillon, apoiando-se firmemente nas duas “pernas” da identidade francesa, encarnadas por Bruno Retailleau e François Barouin, a rosa e a violeta.
O constante movimentar de Macron
À esquerda, as primárias ajudaram a esclarecer as coisas uma vez que, Emmanuel Macron tendo-se escapado com um “nem – nem” obscuro e Mélenchon tendo saltado para uma síntese bem coxa de Marx e Bourdieu, os militantes socialistas preferiram claramente um Hamon multicultural a um Vals a priori mais republicano, pelo menos no discurso.
Com Mélenchon, Hamon e Fillon agora eliminados, resta-nos pois um cara a cara Macron-Marine Le Pen com o qual se tenta fazer-nos acreditar que a República estaria do lado do primeiro quando é exatamente o contrário.
Arrependimento colonial indo-se ao ponto de acusar a República de Jules Ferry[1] de “crime contra a humanidade”, generalização das discriminações positivas, negação incrível e repetida da cultura francesa, negação de qualquer continuidade, culto do efémero, da mobilidade, elogio da globalização e do sem-fronteiras, pulverização dos “direitos” distribuídos a todas as comunidades, e até mesmo um programa para o ensino superior resumido à “generalização do Erasmus”, isto é, à necessidade de andar de um lado para outro dos jovens estudantes e de um turismo estudantil inconsistentes. Tudo isto não é senão desfiliação do republicanismo e confusão das referências na bolha macronista.
Além do aliciamento clientelista e comunitário destilado ao acaso por uma comunicação desordenada, é a própria candidatura que rompe completamente com a tradição republicana. A vacuidade e a contradição das suas propostas são claramente assumidas e reivindicadas por um personagem desfasado da realidade e que se dispensa tanto mais depressa do programa quanto ignora o que sairá nas urnas das legislativas, com o que na verdade não se importa. A sua profissão de fé da primeira volta é esclarecedora. Há nela apenas uma conversa oca nas duas primeiras páginas e um catálogo desenvolto de agente comercial preguiçoso na última.
Lembramo-nos que há alguns anos, um boémio parisiense tinha feito uma aposta no restaurante Castel, com o seu bando de noctívagos, que conseguiria casar com a herdeira famosa e bonita de um principado rochoso. O sedutor conseguiu alcançar os seus propósitos, condenando mais tarde a princesa humilhada a solicitar a Roma o vício de consentimento saído deste jogo de menino maldoso. Emmanuel Macron parece-se com ele. Ele provavelmente apostou consigo mesmo que um Bel Ami poderia tornar-se chefe de Estado, às custas dos eleitores e zombando da República.
Marine Le Pen, uma republicana
Pode-se seguramente discutir sobre a personalidade de Marine Le Pen e a qualidade da gente que a rodeia, bem sobre a boa fundamentação e a viabilidade política e jurídica de vários elementos do seu programa. Pode-se mesmo constatar que se propõe acrescentar às nossas leis republicanas regras que já aí se encontram e que a sua ideia de garantir as creches de Natal na Constituição é tão ridícula quanto o serviço nacional obrigatório de um mês proposto pelo seu rival! Mas nem a organização de um referendo europeu, nem a limitação importante da imigração, nem as medidas que atribuem uma prioridade de contratação aos cidadãos (aplicadas na Grã-Bretanha bem antes do Brexit) são contrárias aos valores republicanos. Não há nada na tradição e nos princípios republicanos, que imponha o direito de solo, que obrigue a abrir as fronteiras sem limites, que proíba a cota de imigração ou imponha a igualdade entre nacionais e estrangeiros. O Conselho Constitucional lembra-o: “nenhum princípio nem nenhuma qualquer regra de valor constitucional assegura aos estrangeiros direitos de carácter geral e absoluto no acesso e permanência no território nacional“. O direito de asilo é estritamente reservado pela República “a todo o homem perseguido por causa da sua ação a favor da liberdade” e o artigo 5º. da Constituição afirma solenemente que o Presidente da República é o “garante da independência nacional“. Em 1986, o Conselho Constitucional concluiu que as privatizações das empresas nacionalizadas deveria fazer-se em conformidade com este princípio.
Que se discuta pois honestamente e ponto por ponto, da qualidade, da oportunidade, da viabilidade e da eficácia das propostas dos dois protagonistas na segunda volta é uma exigência democrática. Mas que se pare com essa farsa de fingir que se está a opor uma pretensa frente republicana contra  uma candidata cujas preocupações estão seguramente menos distantes  da tradição Republicana que a personalidade e o catálogo do  seu rival. Michel Onfray teve toda a razão em realçar no jornal Le Figaro, em 24 de abril, a desonestidade intelectual e a hipocrisia daqueles que gritam contra um lobo que cuidadosamente fabricaram (Marine Le Pen) para fazer triunfar no final o ectoplasma pós-moderno (Macron) tão pouco republicano a que eles apelam de todo o coração.


Anne-Marie Le Pourhiet, Revista Causeur, «Front républicain»: l’imposture en marche! De Macron ou Le Pen, l’antirépublicain n’est pas celui qu’on croit. Texto disponível em :http://www.causeur.fr/emmanuel-macron-lepen-front-republicain-43973.html
[1] Jules Ferry, (1832-1893), republicano, maçon, positivista e anticlerical, foi o ministro da educação que tornou a escola francesa laica e republicana. Dissolveu os jesuítas, criou os primeiros liceus e colégios para meninas, tornou o ensino gratuito (lei de 1881) e obrigatório (1882).  https://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Ferry.

aviagemdosargonautas.net
06
Mai17

“O meu pai assistiu ao 13 de Outubro, mas não viu nada”

António Garrochinho


(Entrevista In Diário de Notícias, 05/05/2017)
sribeiro
Sérgio Ribeiro está à beira dos 81 anos. Economista de formação, foi professor e jornalista – trabalhou no Diário de Lisboa durante alguns anos, na secção de economia.
Sérgio Ribeiro, antigo eurodeputado comunista, conta que o seu pai, Joaquim Ribeiro – que dará nome a um Centro de Documentação – assistiu aos acontecimentos de 13 de Outubro de 1917 e garantia nada ter visto.

Quando combinámos esta entrevista estava em Fátima. Podemos saber o que foi lá fazer?
Estava no Colégio do Sagrado Coração de Maria. Fui lá pela 13.ª vez consecutiva. Convidaram-me uma vez, parece que não desagradei às freiras… e todos os anos me convidam. No ano passado houve um pequeno incidente com um pai que não gostou que eu tivesse sido convidado, e escreveu ao colégio a dizer que não deviam convidar gente como eu. Não sei porquê…
Gente comunista?
Sim… escreveu uma carta um pouco complicada, a que eu respondi em termos que acho civilizados. E este ano não esperava ser convidado.
Mas foi…
… e foi muito agradável estar com os miúdos.
Que idade tinham?
13 anos, na sua maioria. Estavam ali à minha frente e eu a lembrar-me dos primeiros que me ouviram ali, e que têm agora 26 anos.
E nestes encontros o que procura transmitir aos miúdos?
Duas coisas: primeiro, que na idade deles comecei a olhar à minha volta e via coisas de que não gostei e tentei fazer alguma coisa para mudar. Mas como nessa altura não havia liberdade, só opressão e perseguição, sofri as consequências. Foram desagradáveis, com prisão, com tortura, com morte, com assassinatos de amigos…[é o que vou relatando aos miúdos em linguagem que procuro acessível] mas que me deram uma enormíssima alegria… ter estado preso no 25 de Abril e ter saído para a liberdade. Ter nascido segunda vez.
Considera que começou aí a sua segunda vida?
Aquilo que eu vivi foi um parto, com toda a imagem do parto: da escuridão para a luz, através de um corredor. E depois ver os faróis dos carros, o meu pai e a minha mãe. Só saímos no dia 27, de Caxias.
Nessa sua infância e juventude aqui, a meia dúzia de quilómetros da Cova da Iria, o fenómeno Fátima era muito presente em toda a gente…ou não?
Não. Eu sinto-o quando vejo passar os peregrinos, claro. Mas veja: eu nunca conversei sobre Fátima com os meus vizinhos. Sei que Fátima tem uma influência muito grande, mas não de forma direta. O meu pai tinha 19 anos e assistiu ao 13 de outubro [“milagre do sol”].
Foi lá, à Cova da iria?
Sim, foi. O meu pai será o maior responsável pela minha posição em relação a Fátima. É uma versão contraditória da que vingou. O meu pai era comerciante em Lisboa, tinha muitos amigos. Alguns deles nos anos 40 e 50 vinham cá, dormiam cá em casa. Ele não era crente, era agnóstico. Sobretudo anticlerical. Batizou-me, só. Quando eu lhe fazia perguntas, com a curiosidade de miúdo, ele dava-me esta explicação: “Eu fui lá ver o que se passava. E não vi nada! Ou por outra: vi coisas que achei naturais.”Até fazia comigo esta experiência (das poucas vezes em que falámos do assunto) – “pega numa imagem qualquer, olha para isto fixamente durante uns minutos, olha para o céu, e vês a imagem refletida”.
E foi o que lhe aconteceu?
Sim. Isto no meio de uma massa de gente cria uma ilusão coletiva. Agora chama-se visão, como diz bem numa entrevista recente o D. Carlos Azevedo. Mas isso é contraditório! Como é que se explica que a partir de uma visão se canonize duas crianças? Como é que o D. Carlos Azevedo, por uma questão de rigor de linguagem – para evitar o ridículo – pactua com o ridículo da canonização de duas crianças que foram induzidas a ter visões pela prima mais velha…que era uma visionária.
Mas qual é a sua versão sobre os acontecimentos de Fátima?
Acho que é claríssima a evolução histórica de Fátima. Começou por ser reticente a aceitação da mãe de Lúcia, da Igreja, dos padres. A Igreja não deu aval durante muitos anos. Mas em contrapartida ia comprando terrenos à volta… a tese de Luís Filipe Torgal é claríssima, por ser comprovável. É um estudo histórico e científico. A Igreja ia mantendo as suas dúvidas, teve como grande estratega o padre Manuel Formigão…e numa primeira fase é reticente, muito no registo “se isto der… logo se vê. Se não der, não estamos comprometidos”.
Foi próximo do administrador do concelho da época, Artur de Oliveira Santos. Que relação tinha com ele?
Havia uma revista que se publicava em Portugal – Seleções de Reader”s Digest – que tinha uma secção chamada “O meu tipo inesquecível”. Se eu tivesse que escolher um tipo inesquecível para mim era o senhor Artur de Oliveira Santos, um amigo excecional. Era um homem de raiz operária. Depois era um homem culto, da propaganda republicana. E era um ativista político. A sua atitude era política.
E foi o administrador do concelho de Ourém naquela altura…
E é um dos grandes responsáveis por Fátima ter vingado. Porque se ele no dia 13 de agosto não tivesse ido buscar os miúdos, talvez as coisas fossem diferentes. Ele foi buscá-los para casa dele, tratou-os exatamente como tratava os filhos, que conheci muito bem. Era um homem excecional de bonomia, de bondade, mas de intervenção. Não fora isso, havia menos um argumento contra a República. Dou-lhe um exemplo: eu miúdo, no final da guerra, já voltado para as questões políticas, fui com o meu pai ao Cinema São Jorge, em Lisboa, ver um filme americano sobre Fátima, em que dão o retrato do Artur como um facínora.
Ainda hoje prevalece um pouco essa imagem…
Ou que é feita prevalecer. Isso é das coisas que me indigna. E é uma das minhas batalhas. Nesse dia, vejo o meu pai levantar-se e a gritar “é mentira!”. Isto no tempo do fascismo… na fase política de Fátima. Depois de a Igreja começar a aceitar, Fátima foi muito bem aproveitada pelo Estado Novo, naquele “casamento” Salazar-Cerejeira.
Como é que olha para o fenómeno da comemoração do centenário?
Estava à espera disto, não me surpreende literalmente nada. Já há uns anos escrevi para a revista Vértice sobre isso, dizendo que iria haver dois centenários muito importantes: o de Fátima e o da Revolução Soviética. São duas coisas que, na minha perspetiva, têm a ver como a história da humanidade se vai desenrolando. Assim como daqui a cem anos iremos viver o centenário de um momento de rutura, que pode ser amanhã se o Trump quiser.
Com a vinda do Papa, alguns amigos pediram-lhe para ficar em sua casa?
Desta vez não. À medida que os anos vão passando, as amizades também vão sendo mais seletivas. Alguns que poderiam vir, já morreram…
É também por essa noção de preservar a memória que quer deixar a Ourém o legado do seu pai e toda a sua biblioteca?
O meu pai foi uma figura tutelar para mim. Daí a minha intenção de assinar o protocolo com a câmara para criar o Centro de Documentação Joaquim Ribeiro. O que tenho em casa é só uma parte, fora o que está aí numa adega de um vizinho, com a documentação do Parlamento Europeu.
Quantos anos lá esteve?
Entre 1990 e 2000 e 2004-2005. Estive na comissão monetária que criou o euro, e tive o enorme prazer de votar contra o euro. Naquela altura diziam que eu era louco.
Foi preciso uma dose de loucura para ser comunista aqui?
Sinto-me daqui, sempre senti, mas para a maioria das pessoas eu não era daqui, era o menino que vinha de férias.
Até os poucos candidatos que o partido aqui consegue ter são maioritariamente católicos, é assim?
Faz parte dos nossos estatutos a liberdade religiosa, não se põem reservas. É verdade que temos uma ideologia que por vezes entra em contradição. Mas a vida é feita de contradições. Quer maior contradição que essa de dizer “não houve aparições, houve visões”? E então os videntes são canonizados a partir de um processo que é mais do que discutível? E um papa como o Papa Francisco sujeita-se ao ridículo de vir canonizar duas crianças a partir de processos que são ridículos?
Ainda acha que Fátima deveria ser concelho?
Claro. Esteve aprovado e foi vetado pelo Jorge Sampaio. Eu sempre disse que estava a correr-se um risco muito grande, porque o processo estava a ser mal conduzido. Fátima deveria ser um concelho não na lei geral mas pelo seu caso específico: uma terra que tem 9 mil habitantes e milhões de visitantes. Isto cria situações de gestão autárquica que tem de ser específica. Se a partir da concordata as receitas da Igreja estão isentas de IMI, como é que a gestão autárquica pode fazer face a esta especificidade? E por isso isto tinha de ser tratado com o mínimo de racionalidade. Mas em Fátima nada tem racionalidade.



estatuadesal.com
06
Mai17

AQUI NÃO HÁ MEDIDAS DE AUSTERIDADE !? PORQUE NÃO FINANCIA O VATICANO AS VISITAS DO PAPA JÁ QUE SÃO ELES A COLHEREM OS LUCROS ? - Segurança com "os meios disponíveis e necessários"

António Garrochinho



Primeiro-ministro diz que polícias e militares "estão perfeitamente preparados" para proteger o Papa Francisco na visita a Portugal

Representantes das forças e serviços de segurança e das Forças Armadas explicaram na quinta-feira ao primeiro-ministro o esquema de segurança montado para proteger o Papa Francisco durante a sua estada em Portugal.
O chefe do governo, António Costa, disse ontem em Belas (Sintra), que a reunião coordenada pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna (SGSSI), Helena Fazenda, permitiu conhecer o dispositivo policial preparado - com o apoio das Forças Armadas - para garantir a segurança do Papa nos dias 12 e 13 deste mês.
"É com muita satisfação que pudemos verificar que as nossas Forças Armadas, que as nossas Forças e Serviços de Segurança estão perfeitamente preparados para a operação", afirmou António Costa aos jornalistas, à margem da cerimónia comemorativa do nono aniversário da Unidade Especial de Polícia (UEP).
Note-se que o apoio das Forças Armadas é múltiplo. A Força Aérea disponibiliza dois caças F-16 para acompanhar o avião papal no espaço aéreo nacional. Será também uma aeronave C-130 a transportar duas viaturas - incluindo o Papamóvel - de Itália para Portugal, enquanto dois helicópteros EH-101 levam o Sumo Pontífice e respetiva comitiva da base aérea de Monte Real para Fátima - além de apoiar a Autoridade Aeronáutica Nacional a implementar as zonas de exclusão aérea. O Exército, por sua vez, disponibiliza o hospital de campanha - complementando os meios do Hospital das Forças Armadas instalados na base aérea de Monte Real - e, entre outras ajudas, dá apoio aos peregrinos e às entidades presentes através das unidades locais.
O encontro de quinta-feira na sede do SSI, em que participaram também as ministras da Justiça, Francisca van Dunem, da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, permitiu concluir que há "boas condições para receber o Papa Francisco e para que todos os que o pretendam fazer possam celebrar o centenário [das aparições] com toda a tranquilidade e com toda a segurança", observou António Costa - garantindo ainda que os operacionais têm "os meios disponíveis e necessários" para o sucesso da operação.
Dispositivo com várias fases
Precisamente ontem começaram a chegara a Fátima centenas de militares e dezenas de viaturas da GNR para montar e garantir a operação de segurança no local da peregrinação.
O porta-voz da Guarda, major Bruno Marques, informou que "a GNR montou o dispositivo de segurança às 10.00 com elementos de diversas valências da Guarda", mas sem adiantar números. "É um dispositivo que vai ter diversas fases, é uma força flexível e será adaptada de acordo com as necessidades operacionais", explicou o oficial, realçando que se trata de uma força multidisciplinar com a missão de garantir a segurança dos peregrinos e rodoviária.

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06
Mai17

Macron acelera em todas as sondagens enquanto Le Pen foge da catedral

António Garrochinho


Ontem foi o último dia de campanha e amanhã os franceses vão às urnas escolher o presidente. Estudos de opinião dão ao líder do En Marche! mais de 60% das intenções de voto

Antes de chegar, Marine Le Pen já estava a ser mal recebida. "Reims: cidade da reconciliação franco-alemã, cidade virada para a Europa, cidade da paz. Nem percam tempo". Foi com esta mensagem, escrita no Twitter, que o presidente da câmara, Arnaud Robinet, antecipou a chegada da candidata da Frente Nacional. E de facto a visita à emblemática catedral gótica, onde repousam os restos de vários reis franceses, não correu bem a Le Pen. Terminou com uma saída pela porta das traseiras para fugir às vaias e insultos dos manifestantes que a aguardavam no exterior do edifício.
Este foi mais um percalço num último dia de campanha que já não tinha começado bem. Nas primeiras horas da manhã de ontem, uma sondagem da Elabe confirmava a leitura da generalidade dos analistas. O debate televisivo de quarta-feira à noite não correu bem a Marine Le Pen. Comparando com o anterior estudo da mesma empresa, Emmanuel Macron aumentou em seis pontos percentuais a distância que o separa da adversária. A previsão aponta agora para que o candidato centrista consiga 62% dos votos contra 38% de Marine Le Pen. As quatro restantes sondagens divulgadas ontem vão todas no mesmo sentido: Macron a subir e sempre com percentagens entre os 60% e os 62% .
No que diz respeito à afluência às urnas, os estudos apontam para uma participação em redor dos 75%, o que para França é um valor especialmente baixo. A confirmarem-se estas previsões, será preciso recuar até às eleições de 1969 - quando Georges Pompidou derrotou Alain Poher - para encontrar uma participação mais fraca. Nesse ano apenas 69% dos eleitores foram às urnas.
Já depois das más notícias das sondagens e da fuga da Catedral de Reims, o dia continuou com uma nova polémica a envolver a candidata de extrema-direita. Vindos de Itália, começaram a chegar a França ecos da entrevista que Le Pen concedera na véspera ao Corriere della Sera. Durante a conversa o jornalista questionou-a sobre o porquê do apelo que François Fillon - o candidato d"Os Republicanos derrotado na primeira volta - fez ao voto em Macron. "Porque são uns merdas. Peço desculpa, mas não me ocorre outro termo", terá respondido a candidata segundo o relato do diário italiano. A equipa de Le Pen rapidamente desmentiu as declarações, acrescentando que nem sequer se tratara de uma entrevista como mandam as regras, mas sim de um conversa informal de copo na mão. Frédéric Chatillon, um empresário próximo da candidata, utilizou o Twitter para tentar esclarecer o que se passou. "Assisti à conversa com o Corriere. A Marine disse: Fillon apelou ao voto em Macron porque está na merda", explicou.
Lagarde primeira-ministra?
Emmanuel Macron garantiu ontem que já escolheu aquele que nomeará para chefe de governo caso seja eleito presidente, mas que não irá revelar de quem se trata antes das eleições. Entre as hipóteses masculinas, o nome mais óbvio é o de François Bayrou. Do ponto de vista político faria sentido. É alguém que sempre se disse do centro, tal como Macron, e que abdicou de uma quarta candidatura presidencial para apoiar o líder do En Marche!. Apesar de já ter experiência governativa - foi ministro da Educação entre 1993-97 de Édouard Balladur e de Alain Juppé -, é alguém que não é visto como fazendo parte do sistema, o que joga em seu favor. Sobre Bayrou, o candidato do En Marche! voltou ontem a garantir que "terá um papel importante no projeto político e governamental". Contra o líder do Movimento Democrático joga apenas o facto de ser homem e de Macron já ter dito que gostaria de ter uma mulher como primeira-ministra. Entre as hipóteses femininas as candidatas são menos óbvias, mas alguma comunicação social francesa, como a rádio Europe1, faz especulação com duas figuras, uma à esquerda e outra à direita, que seriam relativas surpresas: Ségolène Royal, ex-candidata presidencial pelos socialistas em 2007, e Christine Lagarde, a diretora do Fundo Monetário Internacional. Ambas já foram ministras e encaixam no perfil traçado por Macron: "experiência no campo político e competências para dirigir uma maioria parlamentar".
Em caso de vitória de Marine Le Pen, será Nicolas Dupont-Aignan a chefiar o executivo. Depois de ficar em sexto lugar na primeira volta, o líder do Debout la France (que pode traduzir-se por Erguer a França) declarou o seu apoio à candidata da Frente Nacional, aceitou o convite que esta lhe endereçou e desde então têm feito campanha juntos.
Para esgrimir os derradeiros argumentos na tentativa de convencer os eleitores ainda indecisos ou pouco motivados a ir votar, os dois candidatos concederam ontem de manhã entrevistas à RTL. Le Pen, que voltou a defender a saída do euro e o regresso do franco, sublinhou que o seu é "um projeto de proteção" e que o de Macron "é um projeto de desregulamentação". O candidato centrista, por seu turno, preferiu acusar Le Pen de tentar dividir o país. "O meu desejo é unir os franceses. É isso que me move e não a cólera", disse, numa alusão crítica ao tom usado por Le Pen, em especial durante o debate de quarta-feira. "A cólera surge da ineficácia política. Marine Le Pen explora o ódio", acrescentou.


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06
Mai17

Parlamento quer salas para vítimas de maus tratos em todas as esquadras

António Garrochinho


Resolução da Assembleia da República quer ainda reforço na formação dos agentes que recebem as queixas


O Parlamento quer que as vítimas de violência doméstica tenham salas de atendimento em todos os postos da GNR e esquadras da PSP do país. Em causa uma Resolução da Assembleia da República - que junta, num só documento, propostas do PS, CDS/PP, Bloco de Esquerda, PAN e PEV - que recomenda ao Governo que "reforce as medidas para a prevenção da violência doméstica e proteção e assistência às suas vítimas". Assim, os deputados sugerem ao Governo que faça uma "inventariação" das salas de atendimento à vítima existentes nos postos das duas forças policiais e, caso faltem, "garantir a cobertura total do território nacional".
Pede ainda que seja dada uma especial atenção aos casos em que os agressores domésticos sejam elementos das forças policiais. Esta parte concreta da proposta, da autoria do PAN e aprovada por unanimidade pelos restantes partidos incluídos na resolução, defende que "a inexistência de mecanismos de resposta aos casos de violência doméstica em que os agressores são elementos integrantes dos órgãos de polícia criminal, exponencia as dificuldades das vítimas na procura de ajuda". O deputado do PAN, André Silva assume ao DN que a solução poderá passar por "as hierarquias destas estruturas policiais estarem preparadas para afastarem estes agressores, em primeira linha, das salas de atendimento à vítima".
O Relatório de Segurança Interna não autonomiza os dados em que os agressores são polícias, apenas os dados gerais (ver caixa ao lado) mas o DN contactou a Associação de Apoio à Vítima (APAV) que garantiu ter conhecimento de vários casos. "A violência doméstica é transversal à sociedade e não é de todo uma novidade para a APAV casos em que os agressores ou mesmo agressoras são elementos das forças policiais", explica Daniel Cotrim. "E no casos destas vítimas, há uma particularidade: passam rapidamente da situação de risco para a situação de perigo". O técnico da APAV revela inclusive que "há muitas situações em que nem chega a formalizar a queixa-crime porque o elemento que recebe a vítima, quando se apercebe que o agressor é um colega, tenta resolver a situação "internamente"...". O texto da resolução admite ainda que "o tratamento de casos em que determinados agentes dos órgãos de polícia criminal assumam simultaneamente a posição de agressor e elemento de atendimento às vítimas de polícia criminal, é uma situação insustentável que potenciará naturais repercussões nefastas no respetivo atendimento e encaminhamento, as quais obstarão a um cabal e adequado tratamento das vítimas em apreço".
Fazer avaliação às forças de segurança da formação que lhes foi dada neste contexto e reforçar a formação desses agentes de segurança são outras das preocupações dos vários deputados. "Assim como a avaliação, externa e independente" da formação que foi feita aos agentes de segurança.
Em março deste ano foi divulgado um estudo - "Homicídio, femicídio e stalking no contexto das relações de intimidade" - que revela que um terço das 43 mulheres assassinadas pelos maridos nos últimos cinco anos, na Grande Lisboa - ou seja, 13 - já tinha apresentado queixa às autoridades. Mais de metade das vítimas estava em processo de separação (51,2%), por iniciativa delas, e a grande maioria das mortes (68,4%) aconteceu no prazo de dois meses após a separação. O trabalho foi desenvolvido pela Polícia Judiciária, em parceria com investigadores da Universidade do Minho e do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz e ainda pelo Ministério Público.


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06
Mai17

Estola bordada a ouro para o que diz defender os pobres - Papa: Estola bordada a fio de ouro oferecida por criadora de Viana

António Garrochinho


Viana do Castelo, 06 maio (Lusa) - Uma estola bordada a fio de ouro, com mais de mil lantejoulas e vinte mil pontos, confecionada por uma criadora de Viana do Castelo, vai ser oferecida ao papa Francisco, disse hoje à Lusa a artista.

Em declarações à agência Lusa, Isabel Lima revelou que a estola vai ser entregue no Santuário de Fátima na próxima quarta-feira, para ser oferecida ao Sumo Pontífice durante a peregrinação dos dias 12 e 13, como forma de agradecer "a bênção da sua presença entre os portugueses".
A artista de Viana do Castelo adiantou que a estola, em seda branca, "confecionada com a anuência do Bispo da Diocese de Viana do Castelo, Dom Anacleto de Oliveira, "tem desenhos bordados a ponto corrido e cheio, inspirados no manto de Nossa Senhora de Fátima e realça a beleza com processos associados à tradição da capital do Alto Minho".
"A criação de uma veste litúrgica de cor branca, usada nos tempos de Festas da Virgem Maria, dos Anjos e dos Santos Não Mártires, assinala o momento marcante do primeiro centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, do Anjo, e da canonização dos pastorinhos, Jacinta e Francisco", explicou a criadora, de 41 anos.
Isabel Lima disse que, após o anúncio da visita do papa a Portugal, a confeção da estola demorou "cerca de um ano, desde a conceção da ideia, aos contactos, ao registo de imagens no Santuário, ao estudo, à elaboração dos desenhos e moldes e à execução".
A professora de Educação Visual, Tecnológica e Expressão Plástica destacou que "a visão espiritual e ética de arte do papa Francisco", referindo que "a Igreja sempre utilizou a arte para demonstrar a maravilha da criação de Deus e da dignidade do homem, criador à sua imagem e semelhança".
"O papa Francisco, no seu livro "La mia ideia de arte", diz que não devemos ter medo de encontrar e utilizar novos símbolos, novas formas de arte, novas linguagens, mesmo aquelas que parecem pouco interessantes a quem evangeliza, mas que são todavia importantes para as pessoas. Para ilustrar o pensamento escolheu obras de vários artistas, entre eles um escultor argentino Alejandro Marmo, que utiliza matérias de rebotalho", sustentou.
Além da estola que será oferecida ao papa, Isabel Lima criou mais duas. Uma para o museu do Santuário de Fátima e, a outra, para ser envergada por um padre da Diocese de Viana do Castelo, no dia 21 maio, na Igreja da Sagrada Família, em Viana do Castelo, aquando da passagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima pela cidade.
Isabel Lima produz, há vários anos, peças de vestuário, acessórios de moda, mobiliário, artigos decorativos, todos inspirados no traje regional de Viana do Castelo.


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06
Mai17

Portugueses escravos dos nazis são homenageados em Mauthausen

António Garrochinho





Perto de 500 nacionais sujeitos a trabalhos forçados e a prisões estão identificados. O número vai crescendo, na investigação do Instituto de História Contemporânea

É uma investigação completamente nova a que uma equipa do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa está a fazer há dois anos, com financiamento da fundação alemã EVZ . Esta instituição debruça-se sobre o enorme conjunto de 12 milhões de estrangeiros submetidos a trabalhos forçados, que mantiveram a funcionar a economia de guerra alemã, ocupando o lugar dos homens mobilizados para as frentes de batalha. O foco dos historiadores deixou assim de ser o universo mais restrito dos prisioneiros de guerra e das vítimas diretas da ideologia nazi para entrar na mundo do trabalho.
Partindo de fontes muito variadas, estão identificados 70 portugueses internados nos vários campos de concentração do III Reich, 53 dos quais morreram antes do fim da Segunda Guerra, e mais 376 submetidos a trabalhos forçados, um quarto dos quais mulheres. O número está sempre a crescer, num conjunto muito heterogéneo onde se cruzam judeus, católicos, combatentes republicanos da Guerra Civil de Espanha, emigrantes em França e trabalhadores que, voluntariamente ou não, foram recrutados para grandes empresas, pequenas oficinas ou mesmo casas particulares, no quadro do esforço de guerra alemão.
No próximo domingo, Augusto Santos Silva estará em Mauthausen, o campo de concentração localizado perto de Linz (Áustria) onde foram internados muitos espanhois e italianos - e portugueses, em menor número. O ministro vai colocar uma placa de homenagem às vítimas portuguesas, lado a lado com as que já lá existem por iniciativa de outras comunidades. Com ele estarão os investigadores do IHC António Carvalho e Ansgar Schäfer. O coordenador da equipa de investigação, Fernando Rosas, não poderá ir, por razões de saúde.
A data é significativa, pois Mauthausen comemora neste fim de semana a libertação do campo precisamente há 72 anos. A 5 de maio de 1945, o 3.º Exército dos Estados Unidos entrou nas instalações, cujos principais responsáveis já tinham fugido. Entre os prisioneiros estava Simon Wiesenthal, que veio a ser o grande caçador de nazis.
A placa tem uma inscrição em alemão, português e inglês que diz simplesmente: "Aos portugueses de todas as origens e credos que foram vítimas da barbárie nazi. Reconhecimento do Estado Português por iniciativa do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros."
Tudo começou como começam as boas histórias: conversas de uns e de outros, algumas delas nascidas no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril, quando António Carvalho dirigia o departamento de Cultura da Câmara de Cascais. No final de uma conferência nesse primeiro andar sobre a antiga estação de Correios, a escritora Miriam Assor mostrou ao historiador uma pequena lista de portugueses mortos em campos de concentração. "Chamou-me a atenção o nome de José Augusto Rodrigues, porque estava referido que era natural de Cascais, tal como eu. Procurei no registo civil, depois no arquivo militar, e encontrei-o." Ao fim de algum tempo, já sabia uma grande parte da vida deste homem que era filho de um português e de uma francesa e que foi viver para Marselha com os pais, em busca de melhores condições, ainda antes dos 18 anos, isto é, antes da inspeção militar.
Também Cláudia Ninhos andava intrigada com histórias do mesmo género, surgidas nas suas investigações. Acabaram por conseguir formar uma equipa, escolhida a dedo por Fernando Rosas, em que se juntam três portugueses - os dois referidos e Cristina Clímaco, investigadora que vive e trabalha em Paris, e também o alemão residente em Portugal Ansgar Schäfer e o espanhol Antonio Muñoz. Assim conseguiram canais facilitados para os arquivos e autoridades de França, Alemanha e Espanha, essenciais para a investigação.
Depois de por duas vezes ter visto recusado financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a equipa não tinha condições para avançar. Mas Ansgar Schäfer lembrou-se da Fundação EVZ (Erinnerung, Verantwortung, Zukunft - Memória, Responsabilidade e Futuro), criada em 2000 na Alemanha com o apoio de todos os partidos representados no Bundestag. O objetivo era indemnizar as pessoas submetidas a escravatura e trabalho forçado e outras vítimas do nacional-socialismo.
Segundo o site desta Fundação (www.stiftung-evz.de), este universo envolve 8,4 milhões de civis não alemães e 4,5 milhões de prisioneiros de guerra. Entre 2001 e 2007, foram pagos 4,4 mil milhões de euros a 1,66 milhões de vítimas de quase 100 países. O capital da instituição é sustentado em partes iguais pelo governo alemão e pela Fundação Iniciativa da Indústria Alemã. Nesta última contam-se as grandes empresas que reconhecidamente beneficiaram de trabalho escravo naquele período histórico.
A partir do primeiro contacto com a Fundação EVZ, todas as dificuldades foram desaparecendo. Segundo os historiadores, nenhuma instituição, portuguesa ou estrangeira, recusou apoiar a investigação.
O trabalho pôde portanto avançar e começou a dar resultados. Por isso os investigadores insistem sempre que os números apurados até agora são apenas a ponta do iceberg que estão pouco a pouco a trazer à superfície. Basta pensar num dos casos complexos de identificar: os portugueses cujos nomes estão escritos como se fossem espanhóis, por se encontrarem num grupo dessa origem - o número de espanhóis é muito mais significativo do que o de portugueses. Ou aqueles que foram registados sem rigor, sem que fosse pedido que soletrassem os respetivos nomes.
Se para António Carvalho o caso de José Augusto Rodrigues, de Cascais, continua a ser o mais "próximo", Cláudia Ninhos tem um carinho especial por Ignacio Augusto Anta, nascido em Bragança em 5 de abril de 1906, de pai espanhol e mãe portuguesa. Alistou-se voluntariamente no exército português em 13 de novembro de 1925, combateu depois com as forças republicanas na Guerra Civil de Espanha, e foi capturado pelas SS em França, onde participava na Resistência durante a Ocupação. Sabe tudo sobre ele, ou pelo menos tudo o que a documentação permite conhecer. Foi o oficial português que atingiu a patente mais alta neste âmbito e acabou internado no campo de Schasenhausen, onde é recrutado para a divisão de matemáticos onde foram integrados prisioneiros de diversos campos. Explica António Carvalho que "este é o famoso campo onde foram reunidos os falsários para falsificarem moeda inglesa, um campo de operações especiais".
Ansgar recorda que "há nesse período um recrutamento ativo em Espanha, nomeadamente em Vigo, para trabalhar na Alemanha, e que muitos portugueses que enfrentavam o desemprego deste lado da fronteira foram até lá para se inscreverem. Como muitos portugueses não tinham passaporte, os alemães deixavam-nos entrar mas depois já não os deixavam sair
Como sublinham os historiadores em conversa com o DN, os registos dos carrascos são muito detalhados, indicando as cores do cabelo e dos olhos, a crença religiosa, a profissão, o local de origem. "Se a ficha sobrevive tem muita informação relevante", sintetiza António Carvalho. Cláudia Ninhos acrescenta: "Temos famílias inteiras de portugueses, mãe, pai, filhos, deportados para a Alemanha porque de alguma forma se envolveram na Resistência".
Mas realça Carvalho: "Nestes relatos não está nenhum dos casos que conhecemos da bibliografia, como os judeus de Salónica que se reivindicam de portugueses. Não estamos a falar destes grupos. Também temos judeus, mas os nomes de que estamos a falar não têm que ver com a realidade dos judeus, A esmagadora maioria são católicos."
A questão é que, antes do início da Guerra, houve portugueses que foram para a Alemanha com contratos de trabalho, angariados quer em Portugal quer na Galiza, por exemplo. Chegaram numa situação de imigração legal mas o contexto de guerra veio a retirar-lhes todos os direitos, incluindo o de abandonar o país. Muitos ficaram instalados em campos de concentração, nos principais ou nos mais pequenos que rapidamente se espalharam por todo o Reich. Havia mesmo situações em que dormiam no campo de concentração e saíam todos os dias para trabalhar em grandes fábricas. Mas também em carpintarias, campos agrícolas propriedade da igreja, casas particulares. Um trabalho escravo generalizado.
Já foram encontrados registos de portugueses em todos os grandes campos de concentração: Dachau, o primeiro campo que o nacional socialismo criou, perto de Munique; Buchenwald, Weimar; Neuengamme, Hamburgo; Auschwitz Cracóvia, na Polónia; Flossenbürg, na Baviera, próximo da fronteira com República Checa; Mauthausen na Áustria, perto de Linz; Ravensbrück, campo feminino a norte de Berlim; Bergen-Belsen, no norte da Alemanha, onde morreu Anne Frank; e Schasenhausen, o campo mais próximo de Berlim.
A investigação será revelada publicamente no outono, numa exposição no Centro Cultural de Belém, com inauguração prevista para 17 de novembro. Esse será o primeiro dia de um congresso internacional sobre o tema, que no dia 18 continuará nas instalações do Goethe Institut de Lisboa, uma das instituições que se juntaram no apoio ao projeto. Também a embaixada da Alemanha em Portugal está envolvida, tal como a da Áustria. O Ministério dos Negócios Estrangeiros, com o seu corpo diplomático, está também envolvido.


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06
Mai17

O QUE NOS ESCONDEM É DIFERENTE DA REALIDADE ! ORA AQUI ESTÃO OS INDEPENDENTES TIPO HOMEM INVISÍVEL - PS Porto em ebulição

António Garrochinho



Rui Moreira, apesar da polémica, ou um candidato próprio? Ainda este sábado os socialistas devem anunciar quem, afinal, apoiam na corrida à câmara do Porto. Manuel Pizarro já é o nome apontado como escolha por alguma imprensa

O PS realiza esta tarde, em Lisboa, a sua Convenção Nacional Autárquica, numa altura em que o apoio dos socialistas à recandidatura de Rui Moreira à câmara de Porto continua por esclarecer oficialmente.
Depois de o núcleo próximo do atual presidente da autarquia ter decidido esta sexta-feira descartar o apoio do partido, na sequência de declarações feitas por Ana Catarina Mendes, a concelhia do PS Porto ficou a braços com uma verdadeira tempestade política.
Em cima da mesa está a decisão que se impõe: ultrapassar o diferendo e continuar a apoiar Rui Moreira - que em entrevista à SIC, foi claro e esclareceu que não aceita que “o PS tente fazer crer que há uma coligação informal entre o partido” e o seu movimento - ou apresentar um candidato próprio?
O “Jornal de Notícias” avança que da reunião mantida esta madrugada, resultou a decisão de os socialistas apresentarem um candidato em nome próprio e que o escolhido foi Manuel Pizarro.
Espera-se que o próprio António Costa comunique a posição definitiva do PS nesta matéria. Quanto à convenção, a abertura está agendada para as 14h30, com as intervenções do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, do presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa, Marcos Perestrello, do secretário-geral da JS, Ivan Gonçalves, e da presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, Elza Pais.
Ao longo da tarde existirão, depois, vários painéis onde serão debatidos temas como a descentralização, os municípios, o ambiente, a habitação e direitos sociais, cultura e economia e inovação.
Ao final do dia, o encerramento da Convenção Nacional Autárquica do PS será feito pelo presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, e pelo secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa.

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