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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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19
Mai17

A sionista e o vestido

António Garrochinho

A ministra da cultura israelita Miri Regev,no Festival de Canes exibe um vestido que tinha como estampa Jerusalém.
A javardona sionista disse estar orgulhosa de exibir a veste que simbolizava a capital do seu país.
Do seu país ?
Assim se rouba um povo legítimo na sua terra, assim se assassina e caminha para a extinção do povo e da cultura palestiniana aos olhos de todo o mundo.


19
Mai17

Estaleiro para obras na Doca de Faro começa a ser montado na segunda-feira

António Garrochinho


A Doca de Faro vai receber obras e o estaleiro começa a ser montado já na próxima segunda-feira, 22 de Maio. A solução para a queda de mosaicos do revestimento do porto, que tem provocado abatimentos na zona envolvente, devido às infiltrações, «já foi desenvolvida» e a Docapesca vai investir 100 mil euros na reabilitação da doca.
Questinado pelo Sul Informação sobre o início dos trabalhos, o Conselho de Administração da Docapesca adiantou que «na sequência das visitas técnicas promovidas pela Docapesca com empresas da especialidade, foi já desenvolvida a solução a implementar, estando programado o início da montagem de estaleiro na próxima segunda-feira, dia 22 de Maio».
Na quarta-feira, a Docapesca emitiu um esclarecimento sobre o abatimento do dia 26 de Abril na Doca de Faro, que obrigou à interdição de uma parte do passeio na zona norte do porto.
Nesse documento, a Docapesca não referia quaisquer outras intervenções que não fossem para corrigir o abatimento do dia 26 de Abril e não adiantava data para o início das obras.
No entanto, em resposta ao Sul Informação, a entidade diz que a intervenção será mais alargada e «inclui uma solução que também visa a reposição dos mosaicos caídos em alguns dos locais referidos».

Segundo a Docapesca, «esta intervenção inclui-se no projeto de Reabilitação do revestimento da Doca de Recreio de Faro, previsto no Plano de Investimentos Específicos da empresa, para 2017, num valor total de 100 mil euros».
Este plano foi aprovado, segundo a empresa, em Fevereiro de 2017.
Num ofício enviado à Docapesca, Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, pediu uma intervenção alargada na Doca de Faro, que pudesse resolver também problemas como  o mau cheiro e o assoreamento do porto.
Sem adiantar datas, a entidade diz apenas que se encontra «a desencadear as diligências necessárias para o desenvolvimento das soluções possíveis, no que ao assoreamento diz respeito».



www.sulinformacao.pt
19
Mai17

FADO - JOSÉ MANUEL FERREIRA, COM IMAGENS DE SANTA BÁRBARA DE NEXE

António Garrochinho

LEIA MAIS.....
José Manuel Ferreira é natural de Lisboa, mas foi na cidade do Barreiro que viveu durante mais de 30 anos. Filho do Fadista de Lisboa, Pedro Ferreira começou a cantar o Fado aos 4 anos. 
Cedo se afirma como Fadista porém, no seu percurso musical como vocalista integra diversas bandas de música popular de raiz portuguesa, de originais e de covers, onde faz confluir o Fado, o pop, o Rock o Jazz e o Blues. José Manuel Ferreira além de Fadista é um exímio intérprete da musicalidade de Zeca Afonso e compositor de temas e poemas originais.
José manuel Ferreira participou em concursos de Fado e mais tarde pode apresentar parte do seu trabalho em alguns programas de televisão (V. Links- dossier de Imprensa). Tem actualmente cd’s editados e prepara-se para lançar álbum onde revisitará novos temas do Fado de Lisboa e apresentará temas e poemas originais.
Aos 38 anos mudou-se para a região do Algarve, onde reside actualmente.
Foi no Algarve que José Manuel Ferreira veio a consolidar a sua paixão pela música tradicional portuguesa resgatando para o palco outras sonoridades tradicionais da região, experimentando a arte e a técnica do tocar das charolas e do Adufo nos seus espectáculos de Fado.
Nesta terra, que acarinha, José manuel Ferreira é conhecido pelo seu amor às motas e ao Fado e abraçado por muitos como o Fadista motard.~

VÍDEO


19
Mai17

PCP acusa Rui Moreira, PS e CDS de "aliança espúria"

António Garrochinho


Ilda Figueiredo, a candidata do PCP, quer explicações de Rui Moreira e de Manuel Pizarro, do PS
Um documento põe em causa a imparcialidade da gestão de Rui Moreira num caso da empresa da família


"Espúria", segundo o dicionário, significa bastarda, ilegítima, falsificada. É esta a classificação que a candidata do PCP à Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, atribui, em declarações ao DN, à coligação, em vigor até há poucos dias, entre Rui Moreira, o atual presidente da autarquia, o PS e o CDS. A conclusão vem da sua leitura sobre os recentes acontecimentos a envolver Moreira e a empresa da sua família, a Selminho.
O Público revelou ontem que uma parcela do terreno que integra a área apresentada para construção pela Selminho é municipal", pelo que, segundo informações dos serviços da autarquia, "não admite a atribuição de direitos de construção" à empresa. O jornal refere que, "durante seis meses", a autarquia manteve esta informação "reservada ao gabinete da Presidência e aos serviços jurídicos".
Ilda Figueiredo, recordando que o processo entre a Selminho e a autarquia já tinha levantado suspeitas anteriormente e levado o PCP, em dezembro passado, sem conhecer este novo documento, a apresentar uma queixa ao Ministério Público (MP), considera que "deve ser responsabilizada a aliança espúria entre o movimento de apoio a Rui Moreira, o PS e o CDS, que governaram a câmara nos últimos três anos e meio".
Para os comunistas, deste processo "ressalta a falta de transparência da gestão de questões essenciais, que envolvem interesses pessoais de quem está na presidência da autarquia. Ilda Figueiredo estranha que o ex-vereador do Urbanismo, Manuel Pizarro do PS (e atual candidato socialista à câmara) "não tenha tido conhecimento" do documento publicado pelo diário. "Tanto Manuel Pizarro, como Rui Moreira, devem esclarecimentos e exigimo-los", disse. "O MP certamente vai averiguar tudo isto. Aguardamos a decisão, concluindo que a CDU tinha razão em apresentar queixa", acrescentou a candidata.
O movimento independente "Rui Moreira: Porto, o Nosso Partido" reagiu logo ao final da manhã, acusando os adversários do presidente da Câmara" de usarem "a lama, a difamação e a insídia" para "atingirem o bom nome e honra" do autarca no caso Selminho.
Numa nota de imprensa, o grupo de cidadãos que apoia Rui Moreira considera que, "de tudo o que é do conhecimento público, o presidente da Câmara não pode ter sido beneficiado em nada, nem ter agido em causa própria a seu favor", pela "simples razão de que de nada beneficiou".
Por seu lado, Manuel Pizarro garantiu desconhecer o documento revelado pelo Público. "Neste momento, há uma dúvida sobre se a forma como o terreno foi adquirido [pela Selminho] é, ou não, legitima. Isto, que eu desconhecia, é uma situação diferente da anterior. Antes, o que havia era um conflito, como tantos outros, entre a Câmara e um privado relativamente aos direitos de construção num determinado terreno", afirmou. Questionado sobre se a informação lhe foi ocultada pelos serviços, Pizarro disse não querer "fazer essa qualificação", admitindo "que o processo estivesse a tramitar nos serviços competentes e que haja para isso uma explicação".
Da parte do CDS/Porto a reação é de "tranquilidade". Fonte da distrital centrista garantiu ao DN que o clima político no partido, perante a notícia ontem divulgada, "é sereno e calmo". No entanto, sublinhou a "confiança absoluta" no diretor de urbanismo do município e sublinhou a sua "estranheza com o timing da publicação do documento".

Com Lusa

19
Mai17

19 de Maio de 1890: Nasce o poeta Mário de Sá Carneiro

António Garrochinho


Poeta e ficcionista, Mário de Sá-Carneiro constitui, tal como Fernando Pessoa e Almada-Negreiros, um dos principais representantes do Modernismo português. 


Nasceu em Lisboa, a 19 de maio de 1890, e morreu precocemente a 26 de abril de 1916, também em Lisboa. 


Iniciou os seus estudos em Direito na cidade de Coimbra, tendo partido depois para Paris, em 1912, para cursar também Direito, estudos que abandonaria pouco depois por se ter deixado seduzir por uma vida desregrada e de boémia. 


De temperamento instável e inadaptado, dedicou-se, na capital francesa, à produção de grande parte da sua obra poética. 


A figura de Mário de Sá-Carneiro assume uma importância basilar para a compreensão do modo como o Modernismo português se foi formando com caracteres próprios na receção das correntes de vanguarda europeias, processo de que a correspondência que estabeleceu com Fernando Pessoa dá um testemunho documental precioso e que culminaria com a publicação de Orpheu, em 1915. 


Os poemas que edita no primeiro número de Orpheu, destinados a Indícios de Oiro, são, a este título, significativos da sua adesão às estéticas paúlica e sensacionista, que na correspondência entre os dois grandes poetas fora gerada, glosando, então, em moldes muito devedores do simbolismo-decandentismo, a abjeção de um eu em conflito com um outro, reverso da sua frustração e insatisfação 


("Eu não sou eu nem o outro, / Sou qualquer coisa de intermédio: / Pilar da ponte de tédio / Que vai de mim para o Outro,..."), ao mesmo tempo que a publicação de "Manucure", no segundo número de Orpheu, revela uma incursão por uma forma poética mais próxima da escrita da vanguarda futurista, no que contém de autonomização do significante. 


Já antes de Orpheu, a colaboração de Mário de Sá-Carneiro na revista Renascença (1914) - onde Fernando Pessoa publica Impressões de Crepúsculo -, com a edição de Além (apresentado como uma tradução portuguesa de certo Petrus Ivanovitch Zagoriansky), instituíra a sua experiência poética na charneira entre a herança simbolista e as tentativas paúlicas e interseccionistas. 


Mário de Sá-Carneiro constitui ainda um paradigma da prosa modernista portuguesa pela publicação das narrativas Céu em Fogo e A Confissão de Lúcio, construídas frequentemente a partir do estranhamento de um narrador insolitamente introduzido em situações onde o erotismo, o onirismo e o fantástico se associam aos temas obsessivos do desdobramento e autodestruição do eu. 


O seu suicídio, com 26 anos (em 1916, Paris), parecendo vir selar aquele sentimento de inadaptação à vida, de permanente incompletude, de narcísico auto-aviltamento e, sobretudo, de consciência dolorosa da irremediável cisão do eu, consubstanciada na dramática tensão entre um eu, vil e prosaico, e um outro, seu duplo ideal, que alimentaram tematicamente a obra, nimbou-o para a posteridade de uma aura de poeta maldito, que deixaria um forte ascendente sobre a poesia contemporânea de gerações posteriores à sua. 


Com efeito, a mensagem poética do autor de Indícios de Oiro ecoa postumamente na literatura presencista da geração de 50 e até surrealista, passando por nomes absolutamente diversos como Sebastião da Gama, Mário de Cesariny ou Alexandre O'Neill.


Mário de Sá-Carneiro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (imagens)



Quase

Um pouco mais de sol ? eu era brasa,
Um pouco mais de azul ? eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe d´asa?
Se ao menos eu permanecesse aquém..
Assombro ou paz? Em vão? Tudo esvaído
Num baixo mar enganador d´espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho ? ó dor! ? quase vivido?
Quase o amor, quase o triunfo e a chama.
Quase o princípio e o fim ? quase a expansão?
Mas na minh´alma tudo se derrama?
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo? e tudo errou?
- Ai a dor de ser-quase, dor sem fim? -
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou?
Momentos d´alma que desbaratei?
Templos aonde nunca pus um altar?
Rios que perdi sem os levar ao mar?
Ânsias que foram mas que não fixei?
Se me vagueio, encontro só indícios?
Ogivas para o sol ? vejo-as cerradas;
E mãos d´herói, sem fé, acobardadas.
Puseram grades sobre os precipícios?
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí?
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi?
Um pouco mais de sol ? e fora brasa.
Um pouco mais de azul ? e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe d´asa?
Se ao menos eu permanecesse aquém?



Paris, Maio de 1913


VÍDEO


19
Mai17

19 de Maio de 1954: Catarina Eufémia é morta a tiro em Baleizão, numa manifestação de trabalhadores agrícolas por aumento do salário.

António Garrochinho


Ceifeira alentejana, Catarina Eufémia,  filha de José Diogo  e de Maria Eufémia, nasceu em 1928, na aldeia de Baleizão, concelho e distrito de Beja. Era uma assalariada rural pobre e analfabeta, como tantas outras mulheres do seu Alentejo natal. 


Casou ainda nova, em 1946, tendo depois três filhos. 


A sua vida teria sido anónima e esquecida como a de tantos outros alentejanos da sua condição se não tivesse acabado em circunstâncias tenebrosas, guindando-a a símbolo da resistência e contestação ao regime salazarista.


O Alentejo, naqueles tempos difíceis, era uma região de latifúndios e de emprego sazonal, onde as condições de vida dos camponeses sem terras e assalariados eram extremamente difíceis. Esta situação sócio-económica e laboral penosa e dura agitou as massas camponesas da região a partir de meados dos anos 40, vindo-se a agudizar nas duas décadas seguintes, gerando-se um permanente clima de agitação social no campesinato. 


Eram inúmeros tumultos e mais frequentes ainda as greves rurais, que acabavam sempre com a intervenção da GNR e eram devidamente vigiadas pela PIDE, em busca então de infiltrados e agitadores comunistas.


Numa dessas greves de trabalhadores agrícolas, ocorrida a 19 de maio de 1954 na aldeia de Baleizão, um grupo de camponeses dirigiu-se à residência do patrão. Entre esses trabalhadores rurais, contava-se Catarina Eufémia, grávida e com um filho de oito meses ao colo. 


Entre outras pretensões, reivindicava-se para as mulheres um aumento da jorna (salário de um dia de trabalho) de 16 para 23 escudos (o que representa na moeda atual - o Euro - um aumento de 8 para 11 ou 12 cêntimos), na campanha da ceifa. 


No entanto, a GNR apareceu, como tantas outras vezes, acabando por intervir duramente. Para além dos tiros para o ar, de intimidação e para dispersar a concentração de camponeses, outros houve que tiveram um destino mais cruel e sangrento. 


De facto, o tenente Carrajola, da GNR, no caminho do grupo de assalariados para a casa do patrão, matara Catarina Eufémia com vários tiros, que caíra para o chão com o filho ao colo. 


Este assassinato a sangue-frio foi uma das mais brutais ações do regime de Salazar, causando uma revolta surda e contida entre as massas rurais alentejanas. 


Catarina tornou-se, depois da sua morte trágica, como um símbolo, principalmente entre o Partido Comunista Português, como um modelo de mulher, mãe e militante. 


Muitas vezes se lhe jurou vingança, tal foi a raiva de dor que pulsou durante décadas no Alentejo por aquela morte estúpida e cruel, aparecendo também flores na campa de Catarina, no cemitério de Quintos, depositadas por desconhecidos. 


Os cantores de intervenção e os poetas opositores ao regime não deixaram também de cantar a pobre camponesa assassinada: 


José Afonso, Sophia de Mello Breyner ou José Carlos Ary dos Santos, entre outros. 


No imaginário popular e oposicionista, o assassinato de Catarina Eufémia era a demonstração clara da crueldade e brutalidade dos métodos e formas de resposta por parte do regime às desigualdades e injustiças que apoiava e mantinha.

Catarina Eufémia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. 

CATARINA EUFÉMIA

Sophia de Mello Breyner Anderson 


O primeiro tema da reflexão grega é a justiça
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente
Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método obíquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos
Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recuasse
E a terra bebeu um sangue duas vezes puro
Porque eras a mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua
Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste
E
 a busca da justiça continua


VÍDEOS
19
Mai17

A PARÁBOLA DOS FIGOS

António Garrochinho


PODE E É LONGA, MAS VALE A PENA IR ATÉ AO FIM.
PODRERIA TER ENCURTADO A COISA, MAS FOI ASSIM QUE ME CHEGOU.

Europa-

A PARÁBOLA DOS FIGOS
As regras pareciam simples e justas. E lá foram.
Jeremias, o alemão, com dois metros de altura, apanhava figos na copa das figueiras, a meia altura e no topo das árvores.
Pepe, o espanhol, com um metro e setenta e cinco de altura, apanhava figos na copa das figueiras e a meia altura das árvores.
Arquimedes, o grego, com um metro e cinquenta de altura, apanhava figos tão só na copa das árvores.
Jeremias, o alemão, sabendo que os seus amigos não chegavam ao topo das árvores, apanhava o máximo de figos possível na copa e a meia altura destas, deixando para depois os figos que se encontravam no topo das árvores.
Arquimedes, o grego, lembrou-se então de ir buscar um banco.
“Não pode ser, disse então Jeremias, o alemão, o combinado foi igualdade de armas e igualdade de oportunidades”. Nada feito, portanto.
Pepe, o espanhol, lembrou-se então de combinar com Arquimedes, o grego, que este subia para os seus ombros e quando estivesse cansado, trocariam de posição, e assim chegariam aos figos no topo das árvores.
“Não pode ser, disse mais uma vez Jeremias, o alemão, o combinado foi que ninguém terá ajuda de quem quer que seja”. E, portanto, nada feito.
No fim do dia, Jeremias, o alemão, tinha apanhado vinte e cinco quilos de figos; Pepe, o espanhol, dez quilos de figos e Arquimedes, o grego, tão só cinco quilos de figos.
Jeremias, o alemão, desatou, então, a insultar o espanhol e o grego e a chamar-lhes mandriões e preguiçosos. Não sabiam trabalhar, não eram organizados, nem diligentes, berrava o alemão.
Como Pepe, o espanhol, e Arquimedes, o grego, tivessem poucos figos, então Jeremias, o alemão, propôs comprar-lhes os figos. O alemão, daria ao espanhol, duas moedas pelos seus figos e ao grego, uma moeda pelos figos deste. Era pegar ou largar.
Pepe, o espanhol, e Arquimedes, o grego, sabiam que os seus poucos figos não lhes permitiam competir no mercado com o alemão Jeremias e a sua grande "produção". Assim, entre receber algum dinheiro ou não obter nenhum, aceitaram vender os figos a Jeremias, o alemão, pelo preço por este oferecido.
Jeremias, o alemão, tinha que transportar até ao mercado, quarenta quilos de figos.
Então, invocou a amizade de Pepe, o espanhol, e de Arquimedes, o grego, e solicitou a solidariedade dos dois. Estes acederam e todos três lá levaram até ao mercado quarenta quilos de figos.
No mercado, só Jeremias, o alemão, tinha figos à venda. Exigiu por cada quilo de figos uma moeda e vendeu-os todos.
Nesse dia, Jeremias, o alemão, levou para casa trinta e sete moedas; Pepe, o espanhol, duas moedas; e Arquimedes, o grego, uma moeda.
Resta dizer que as figueiras eram Portuguesas...!
Conclusão: Assim funciona a economia de mercado, na perspectiva ordo-liberal da Alemanha, ou de como se a Europa, sem a Alemanha, não é possível, se torna, com esta Alemanha, de todo impossível!
19
Mai17

As contradições no Império e os trafulhas à solta

António Garrochinho


É preciso um Macron brasileiro.
Alguns nunca pensaram ver um Presidente dos States criticado sistematicamente pela imprensa portuguesa Já tivemos Reagan , Bush ... e nada como agora . O Expresso Diário  dedicava-lhe há dias três editoriais num  e hoje o inconfundível Henrique Monteiro ex educador do povo volta ao tema. Andam eufóricos com a destituição de Trump . O pecadilho é este ter- se aproximado de Putin. Ainda confundem a Rússia de Putim com a URSS . O anticomunismo è visceral e está-lhes inscrito no ADN. Trump só foi bom quando bombardeou a Síria . Entre Trump , os Clintons os Bushs venha o diabo e escolha.
Estão também na campanha contra Temer que "aceitaram " quando se tratou de demitir Dilma , porque agora os seus amigos da Globo denunciaram Temer , a mesma Globo que teve um papel miserável na destituição de Dilma e que ainda há dias esteve em cruzada contra a greve geral. Temer está queimado bem como os seus mais próximos aliados. O PT é de novo ameaça por isso é preciso encontrar um candidato novo bem falante - um Macron brasileiro. E a globo já está em marcha.
Quem não desiste de um Macron português é o inefável Assis agora no papel de Valls :"Pela primeira vez em muito tempo emerge num grande país europeu uma solução política ousada e corajosa que apresenta como principal objectivo programático a defesa do projecto europeu”Francisco Assis deputado do PS no PE acerca do novo governo francês .
Magnifico !


foicebook.blogspot.pt
19
Mai17

CATARINA EUFÉMIA

António Garrochinho

Na vasta planície os trigos não ceifados.
Ao longe oliveiras batidas pelo sol.
Tu serena caminhas para os soldados
com a ideia, para todos um farol.
A brisa não se levantara.
Ias armada apenas da razão.
Contigo os milhões que têm, fome
contigo o povo que não come e que ali cultiva o nosso pão.
O monstro empunhava as armas de aço.
Tu pedindo a paz serena caminhavas
levando um filho no colo outro no regaço.
As armas dispararam, tu tombaste.
Com teu sangue a terra foi regada.
E ali à luz do sol que tudo ardia
dava mais um passo a nossa caminhada.
Na boca da mulher assassinada
certeza da vitória nos sorria.
o sol que o teu sangue viu correr
que teus camaradas viu ali aflitos
ouvirá amanhã os nossos gritos
quando o novo dia amanhecer
Que nessa terra heróica - Baleizão -
onde se recolhe o trigo branco e loiro
teu nome gravado em letras de oiro
tem já cada um no coração
Francisco Miguel
(Monumento em Baleizão no local onde Catarina foi assassinada)
Carlos Fonseca
Foto de António Garrochinho.

19
Mai17

Depositar esperanças num regresso de Lula é um erro grave

António Garrochinho



O resultado das lutas realizadas em 2017 terá um papel fundamental no futuro do Brasil. Há um enorme descontentamento e indignação na grande maioria da população contra o governo Temer, que se manifesta nas ruas, estádios de futebol, shows artísticos e que se condensou na greve geral de 28 de Abril. A luta de massas será decisiva. Portanto, depositar esperanças nas eleições de 2018 ou numa volta de Lula à presidência seria um erro grave. Os 13 anos de governos petistas já nos ensinaram o que não devemos repetir.

A Justiça no Brasil tem lado e, na grande maioria das vezes, esteve ao lado dos poderosos. No caso específico de Curitiba, entendemos que o juiz Sergio Moro age de forma parcial. Enquanto o Michel Temer, grande parte de seus ministros e parcela expressiva da Câmara e do Senado, estão envolvidos com a corrupção, o juiz monta esse espetáculo midiático como se Lula fosse o único responsável pela corrupção no Brasil. Por que não realiza o mesmo espetáculo com Aécio Neves, os ministros de Temer e os parlamentares corruptos? Para os amigos a justiça, para os inimigos, a lei.
Vivemos uma das mais graves crises de nossa história. Combina uma das maiores recessões desde a década de 30, uma crise social com mais de 14 milhões de desempregados, uma crise política profunda, o fim de um longo ciclo que se iniciou em 1978, com a greve da Scania, e fechou com o impeachment e a abertura de um novo ciclo que se iniciou embrionariamente com as jornadas de junho de 2013. O fim desse ciclo marcou também a derrota da política de conciliação de classes e a emergência de um governo puro sangue da burguesia e do imperialismo, que vem realizando um brutal ataque contra os trabalhadores, a juventude e o povo pobre dos bairros. Em contrapartida, há um enorme descontentamento e indignação na grande maioria da população contra esse governo, que se manifesta nas ruas, estádios de futebol, shows artísticos e que se condensou na greve geral de 28 de abril. Portanto, há um processo de lutas sociais em marcha e o centro de nossos esforços deverá continuar no sentido da organização e mobilização dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre dos bairros, até a queda do governo usurpador. Isso significar ampliar as lutas nas ruas, nos locais de trabalho, moradia e estudo. O resultado das lutas que realizarmos em 2017 terá um papel fundamental no futuro do País. Portanto, depositar esperanças nas eleições de 2018 ou numa volta de Lula à presidência é um erro grave. Os 13 anos de governo petistas já nos ensinaram o que não devemos repetir. Um eventual governo Lula seria ainda pior que o realizado no passado, com mais frustrações para os trabalhadores e a juventude. A aposta deve ser feita na luta de massas, na mudança da correlação de forças, na derrubada do governo, com a colocação dos corruptos na cadeia, confisco de seus bens e a conquista de um governo que seja baseado nos interesses populares.

*Economista, professor universitário e secretário geral do PCB


www.odiario.info

19
Mai17

BRASIL - como eu o vejo

António Garrochinho
NÃO ESTAVA COM MUITA DISPOSIÇÃO PARA TECER ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRISTE SITUAÇÃO QUE SE VIVE NO COLOSSO BRASIL ONDE NO PAÍS DOS GRANDES ABISMOS SOCIAIS E ONDE A CONSCIÊNCIA POLÍTICA E SOCIAL DEIXA MUITO A DESEJAR.
O POVO, SEMPRE O POVO, VIVE MOMENTOS DE LUTA DRAMÁTICOS PARA A SUA SOBREVIVÊNCIA.

Também aqui e resultado do acumular de anos de más políticas onde as preferências de Dilma na minha opinião não foram brilhantes, se luta para viver com dignidade num país que é rico e que tem recursos que só estão na mão de alguns e ignoram a grande massa dos que vivem em completa miséria.

Certo é que o afastamento de Dilma pelos golpistas e todo o reverso político levado a cabo pelos corruptos e pelos saudosistas da ditadura foi um duro golpe para aqueles que vivem na mais extrema pobreza e no seio da violência que não tem o mínimo respeito pela vida do ser humano.

Que o povo saiba fortalecer dentro do país que fala português os valores humanos e valorize a luta dos que já tombaram e hoje preconizam políticas de verdadeira igualdade para o povo brasileiro que de forma abnegada lutou e luta pela justiça e pela liberdade.

Qualquer cidadão do mundo minimamente informado sabe que o grande mal do Brasil é o capitalismo selvagem, as multinacionais, a violência e a corrupção, que de maneira selvagem e apoiado por cartéis de bandidos, sugam o povo e arruínam um país que tem um potencial único que lhe permitiria proporcionar aos seus autóctones uma vida ímpar.

É necessário que o corajoso povo brasileiro aposte nos que estão acima de suspeitas e que amem o seu país e o seu povo sem copiarem políticas de escravidão e servilismo ao grande capital interno e externo.

Inácio Lula e Dilma tomaram medidas positivas mas também erraram nas escolhas que fizeram enquanto foram governação.Os brasileiros terão que lutar para ir mais longe.

Agora o que urge é aniquilar os vampiros, os monstros da política, da polícia, do exército, da justiça que fazem do povo brasileiro um dos mais sofridos e vítimas do fascismo atroz do país que apesar de tudo é nosso irmão.

António Garrochinho
19
Mai17

'Bomba de proporções inimagináveis estourou nas mãos de Temer', diz jornal Página/12; veja repercussão

António Garrochinho


Denúncias contra Michel Temer (PMDB-SP), de que ele teria dado aval ao dono da JBS, Joesley Batista, para continuar pagando propina ao ex-deputado Eduardo Cunha, foi destaque nos principais veículos de imprensa internacionais
As denúncias contra o presidente brasileiro Michel Temer (PMDB-SP), de que ele teria dado aval ao dono da JBS, Joesley Batista, para continuar pagando propina ao ex-deputado Eduardo Cunha, foi destaque nos principais veículos de imprensa internacionais.

A informação, revelada pelo jornal O Globo após delação premiada de Batista, também implica o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Operação Lava-Jato. Além disso, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega (PT), foi citado como negociador de supostas propinas em seu partido.
Veja como a imprensa internacional tratou o assunto:
Página/12 – Argentina
“Uma bomba de proporções inimagináveis estourou nas mãos de Michel Temer e pode implodir seu governo”, começa a reportagem do jornal argentino Página/12. O periódico lembra que, logo após as denúncias, a oposição pediu o impeachment de Temer.
teleSUR – Venezuela
A emissora multiestatal já questiona o que aconteceria em uma eventual destituição de Temer, lembrando que a Constituição brasileira determina a convocação de eleições indiretas após 30 dias uma queda de Temer. No entanto, diz a emissora, “os movimentos sociais e a maioria da oposição no Congresso brasileiro reclamam eleições diretas no caso de o atual mandatário não eleito, Michel Temer, deixe o Palácio do Planalto”.
El Desconcierto – Chile
Para o site El Desconcierto, o Brasil está “on fire” (pegando foto): “O Fora Temer se escuta forte nas ruas depois da gravação do presidente pedindo para se comprar o silêncio de deputado corrupto”, diz o noticiário. “O país sofre novos terremotos políticos a cada semana, e o desta quarta pode significar o início da pior crise do atual mandatário.
Cubadebate – Cuba
“Temer compra silêncio de Cunha: empresa de carnes assegura ter gravações” é o título da reportagem do diário Cubadebate. “O presidente do Brasil, Michel Temer, suspendeu nesta quinta-feira toda sua agenda do dia devido ao escândalo de corrupção que o implica e mantém em suspenso o país.”
Agência Efe

Presidente Michel Temer é acusado de dar aval a propina a Eduardo Cunha; ele nega

Rússia critica 'interferências externas destrutivas' e se dispõe a buscar 'solução pacífica' na Venezuela

'Não renunciarei. Repito: não renunciarei', diz Michel Temer

Acompanhe os desdobramentos da crise política no Brasil após denúncias contra Temer

 
The New York Times – EUA
jornal norte-americano diz que Temer nega as acusações, mas lembra que o governo do presidente “tropeça de crise em crise desde que chegou ao poder há cerca de um ano, após uma longa batalha para derrubar sua antecessora de esquerda, Dilma Rousseff.  “Apesar da baixa popularidade, Temer vinha tentando ganhar apoio para medidas de austeridade”, disse o periódico.
Guardian – Reino Unido
Segundo o jornal The Guardian“gravações explosivas implicam o presidente Michel Temer em suborno”. “Protestos e panelaços (uma tradicional forma de protesto na América Latina) puderam ser ouvidos quando as alegações foram divulgadas na TV. Manifestantes também se reuniram fora do palácio presidencial gritando “Fora Temer””, afirma o jornal.
Le Monde - França
O francês Le Monde afirmou que "os dias do presidente da República parecem contados" e que a situação piora com o fato de Temer sofrer uma "megaimpopularidade".
La Nación – Argentina
O jornal argentino La Nacion, por sua vez, deu detalhes de como Temer teria autorizado o pagamento de suborno para manter o silêncio de Cunha. "Foi em 7 de março, às 22h30. O empresário Joesley Batista, um dos donos do maior frigorífico do país, o JBS, entrou no Palácio do Jaburu, residente do presidente do Brasil, e o viu ali, esperando", relatou o diário.
(*) Com Ansa

operamundi.uol.com.br

19
Mai17

Docapesca garante solução para abatimento na Doca de Faro «o mais rapidamente possível»

António Garrochinho


A Docapesca «está a desenvolver uma solução» para corrigir o abatimento de calçada que aconteceu na zona ribeirinha no norte da Doca de Recreio de Faro, no dia 26 de Abril, e que provocou uma fissura na muralha de suporte.
A entidade responsável pela manutenção dos  portos garante, em comunicado, que quer «repor as condições no local, o mais rapidamente possível e com os menores constrangimentos possíveis». A empresa não adianta, porém, uma data para o início dos trabalhos.

Segundo a Docapesca, «da avaliação realizada até agora pelos nossos serviços e desde que respeitados os limites da área isolada, a ocorrência não apresenta qualquer risco para pessoas e bens».
A entidade esclarece que tomou conhecimento deste abatimento de calçada na zona ribeirinha no dia 26 de Abril e que, no dia seguinte, «a Docapesca fez um levantamento da situação e informou, telefonicamente, no dia 28 de manhã, o Gabinete do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Faro sobre o sucedido, disponibilizando-se para a prestação de qualquer informação adicional».


A Docapesca diz estar «a desenvolver uma solução, em articulação com empresas especializadas», sendo que duas já estiveram no local e, esta quinta-feira, realiza-se nova visita, «com vista a solucionar a ocorrência com a maior brevidade».
No seguimento deste abatimento, a Câmara de Faro enviou um ofício ao Conselho de Administração da Docapesca, pedindo que a entidade tome medidas «com urgência» para resolver os problemas que afetam a Doca de Faro, como a queda de mosaicos, o mau cheiro e as infiltrações, que a tornam num «espetáculo degradante»
No entanto, neste esclarecimento enviado às redações, a Docapesca não refere quaisquer outras intervenções que não sejam para corrigir o abatimento do dia 26 de Abril.
Em Outubro do ano passado, a entidade responsável pelos portos adiantou ao Sul Informação que tinha «prevista uma ação de manutenção sobre as paredes em que os mosaicos de pedra caíram, a realizar em 2017».


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