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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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20
Mai17

Camões

António Garrochinho


Camões
Vítima de reis foi Camões
que fez príncipes cabrões
hoje não há quem não o exorte
morreu na miséria o coitado
só foi rico quando sepultado
em pedras de fino corte
dom Juan diziam que era
mas muitos viam nele a fera
um perigo no amor
passou por ser desterrado
e com um olho vazado
escreveu o Lusíadas mor
em terras lusas de fina grei
quem tinha olho era rei
mas sofreu tramas, perseguição
e morreu quase esquecido
mesmo de tanto ter escrito e fod....
só a morte lhe deu a mão

António Garrochinho
20
Mai17

VEJA O INTERIOR DO TREM MAIS LUXUOSO DO JAPÃO

António Garrochinho
Se chama Shiki-Shima, e em fevereiro fez sua viagem inaugural. A passagem mais barata para embarcar neste trem de luxo custa 9.500 reais. Mas se você quiser desfrutar de toda a opulência disponível vai ter que desembolsar 28.500 reais por pessoa. As fotos do trem falam por si só. O Shiki-Shima é um comboio turístico que percorre o norte de Japão entre as cidades de Tohoku e Hokkaido. Seu trajeto percorre a espetacular paisagem natural da costa japonesa em uma viagem de três dias em que os luxos a bordo são uma parte a mais da experiência.

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O interior do Shiki-shima: o trem mais luxuoso do mundo que atravessa o Japão 01
O trem é um autêntico hotel com rodas. Só tem espaço para 34 passageiros repartidos em 17 cabines duplas. Os camarotes mais luxuosos têm comodidades como lareira ou uma ducha fabricada com madeira aromática de cipreste japonês. O vagão principal é todo de vidro para oferecer uma vista completa dos arredores enquanto desfrutamos de música de piano ao vivo.

Inclusive ainda que você tenha o dinheiro para pagar uma passagem no Shiki-Shima terá que esperar um pouco. Todas as viagens estão lotadas até março de 2018. As reservas podem ser feito na própria página do trem.
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O interior do Shiki-shima: o trem mais luxuoso do mundo que atravessa o Japão 02
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O interior do Shiki-shima: o trem mais luxuoso do mundo que atravessa o Japão 14
Fonte: Nikkei.

www.mdig.com.br

20
Mai17

A CRISTAS NÃO GOSTA DE SER CRITICADA NO FACEBOOK ! - Cristas irrita-se e critica oposição por escrever no Facebook

António Garrochinho


Foi um Conselho Nacional a ferro e fogo. A líder do CDS fez uma intervenção final zangada e a responder às críticas da oposição, dirigindo-se directamente a Filipe Lobo d’Ávila e a Raul Almeida por usarem as redes sociais para a censurarem. Falta de rumo na liderança e a centralização dos esforços do partido na campanha em Lisboa foram algumas das farpas atiradas a Assunção Cristas, segundo relatos feitos ao PÚBLICO.
Nuno Magalhães, líder parlamentar, Telmo Correia, presidente do Conselho Nacional e João Rebelo, da comissão executiva do CDS, foram os dirigentes que saíram em defesa de Assunção Cristas e ao ataque aos elementos da lista alternativa ao Conselho Nacional liderada por Filipe Lobo d’Ávila. Este parlamentar e Raul Almeida, ex-deputado, foram acusados de prejudicar o partido ao publicarem críticas à líder nas redes sociais e ao fazerem declarações à imprensa no mesmo sentido. A recente proposta de alargamento em 20 estações da rede do metro de Lisboa, lançada por Cristas no Parlamento, foi alvo de críticas no Facebook. Também há dias Pedro Pestana Bastos usou a mesma rede social para apontar, como um "erro", a coligação autárquica, com o Partido Popular Monárquico (PPM) e o Movimento Partido da Terra (MPT), em Lisboa.
Filipe Lobo d’Ávila, ex-secretário de Estado da Administração Interna, questionou o rumo do partido, considerando que o CDS não se está a diferenciar dos outros partidos. Não por falta de propostas, mas por não conseguir afirmar-se junto do eleitorado como um projecto alternativo. O deputado criticou ainda a concentração de esforços de Assunção Cristas na sua candidatura em Lisboa, mais “preocupada” com Fernando Medina e a deixar António Costa “à solta”, apontando ainda o facto de a líder não ter associado à proposta das 20 estações de metro o custo que a concretização da medida implicaria. Tal como outros dirigentes locais, o líder da lista opositora a Cristas expressou a necessidade de a presidente ouvir mais o partido e as suas estruturas.
Raul Almeida referiu-se à coligação com o PPM e com o MPT em Lisboa, criticando o líder desta última força política por condenar o excesso de turistas na cidade, quando foi um ex-secretário de Estado do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, a estimular o turismo na capital.
Dos vice-presidentes de Cristas, só Adolfo Mesquita Nunes fez uma intervenção para defender a líder, salientando as suas qualidades. Nuno Melo, outro vice-presidente, esteve ausente do Conselho Nacional. Também já não tinha participado nas jornadas parlamentares do CDS, no início de Maio em Aveiro, e há quem note a sua falta em várias reuniões da comissão executiva do partido. Nem o porta-voz do CDS, João Almeida, nem o líder da Juventude Popular fizeram qualquer intervenção na noite de quarta-feira.
Da lista opositora ao congresso, o conselheiro nacional Rui Barreira, do CDS de Guimarães, também se queixou da falta de aproximação às estruturas e mostrou desconforto pelo facto de a direcção ter canalizado fundos, que podiam ser para a campanha local, para a candidatura em Lisboa.
No discurso final, Assunção Cristas elevou a voz e dirigiu-se aos dois principais críticos, dizendo que as críticas lhe podem ser feitas pessoalmente. Lembrou ao ex-deputado estar disponível para o atender por telefone e a Filipe Lobo d’ Ávila recordou que os dois se cruzam todos os dias no Parlamento.
O Conselho Nacional aprovou 37 coligações autárquicas, incluindo a de Lisboa com o MPT e PPM, segundo a agência Lusa. No final da reunião, Telmo Correia disse à Lusa – único órgão de comunicação social presente, já que os jornalistas não foram convocados – que “há sempre quem tenha opiniões diferentes” e que o partido “é profundamente democrático”, sublinhando que “o CDS em muitas matérias tem conseguido liderar a agenda”. Relativamente à coligação em Lisboa, Telmo Correia salientou a sua importância, desvalorizando “uma ou outra declaração que pode gerar polémica, que pode ser mais feliz ou menos feliz".


www.publico.pt

20
Mai17

apesar

António Garrochinho
apesar de viver mal não amouxo
apesar de estar cansado e coxo
apesar de estar velho, estou bem
apesar da idade das borgas, no defeso
apesar de viver sem vintém
não afrouxo
apesar de velho e teso
das algibeiras porém

António Garrochinho
20
Mai17

Se Eu Tivesse Um Chicote - JOAQUIM LAGOEIRO

António Garrochinho

MEMÓRIA DO POETA E ESCRITOR!
Foto de Júlio Vintém.


Se Eu Tivesse Um Chicote - JOAQUIM LAGOEIRO
Se eu tivesse um chicote
chicote de fios de aço
eu nem sei o que faria
mas não fazia o que faço!
Certos homens que eu conheço
sem alma e sem vergonha
veja você, suponha:
se eu tivesse um chicote!...
(Posso vir a construí-lo
de fino, profundo traço!),
mas se eu tivesse um chicote
chicote de fios de aço
Homem que viva do homem
decerto não haveria...
Se eu tivesse um chicote
eu nem sei o que faria.
Se eu tivesse um chicote
o meu braço e outro braço
o que faria nem sei
-mas não fazia o que faço!

20
Mai17

ARMAS

António Garrochinho

ARMAR O POVO NÃO !
As armas devem estar nas mãos dos que apregoam a democracia, a igualdade de oportunidades e direitos, as armas devem estar nos sovacos dos guarda costas dos polícias à paisana, dos gangsters, dos exércitos mercenários que invadem outros povos e lhes roubam os recursos e a vida.
As armas já não estão nas mãos dos povos que se querem libertar, que defendem o seu território, a sua terra, esses são terroristas ! agora tudo é terrorista, tudo é equiparado ao Daesh, à Al Qaeda.
As armas devem estar nas mãos dos adolescentes que compram metralhadoras como quem compra uma pastilha elástica e se matam nas escolas, nas ruas, as armas estão em boas mãos quando estão nas mãos dos cartéis da droga e na mão dos polícias de choque que disparam e matam nas manifestações de trabalhadores desarmados que reivindicam o pão.
As armas estão em boas mãos quando servem o Estado ! esse nunca é terrorista, esse que manda os polícias e a tropa para cima dos manifestantes, esse Estado "democrático" onde cada ministro tem dúzias de guarda costas sedentos de distribuir porrada.
As armas servem para encher a conta bancária dos que as fabricam e espalham pelo mundo do crime.
ARMAR O POVO NÃO ! O povo não pode ter armas para se defender de quem o rouba e assassina ! dos monstros e das aberrações, dos ditadores, que o roubam e exploram ! no máximo pode consegui-las no mercado negro para se matar entre  si próprio.
António Garrochinho
20
Mai17

RIR É O MELHOR REMÉDIO

António Garrochinho


Elementos da ASAE destacados de Lisboa para o Alentejo, entraram numa tasca pedindo um café e um bolo.
O taberneiro deu-lhe o café, pegou no bolo com a mão e colocou-o em cima do balcão.
Acto imediato foi chamado à atenção pelo inspetor que o autuou como ditam as normas.
Apressadamente, o alentejano ligou para um compadre que tinha uma tasca ali perto e avisou-o:
– Compadre a ASAE esteve aqui. Tome atenção que também são capazes de o ir visitar…
Ainda o alentejano estava a acabar de falar e os inspetores, já entravam pela porta do vizinho adentro.
– Bom dia. Quero um café e um bolo. – Diz um deles.
Com todo o cuidado, o alentejano deu-lhe o café e com a tenaz tirou o bolo e colocou-o num pires.
Entretanto o inspetor ,depois de ter tomado o café e comido o bolo, reparou que o homem tinha um cordel preso na braguilha e perguntou:
– Oiça, para que é esse cordel?
Explica o alentejano:
– Então, quando vou fazer xixi, abro a braguilha, puxo o cordel e faço o servicinho… Nunca chego a tocar com a mãos só a pensar na higiene!
Espantado com a máxima higiene mantida pelo alentejano, curioso perguntou:
– Então e depois como é que mete isso pra dentro?
Resposta do taberneiro:
– Ahh! isso é com a tenaz dos bolos…
E depois os alentejanos é que são parvos!!!
20
Mai17

Preço médio do pescado vendido nas lotas do Algarve é o mais alto a nível nacional

António Garrochinho


O preço médio do pescado comercializado nas lotas da Docapesca do Algarve cresceu 67,4% nos primeiros quatro meses de 2017 face ao período homólogo do ano passado, subindo de 2,48 para 4,16 euros por quilo, o preço mais elevado a nível nacional.

Segundo os dados hoje divulgados pela Docapesca, no mesmo período e também em comparação com 2016, o valor transacionado em lota aumentou de 12,1 milhões de euros para 15,2 milhões, o que representa um incremento de 25,3%, apesar da descida de 25,1% em volume, de 4.865 para 3.643 toneladas.
As lotas do Algarve representaram um quarto (25%) do valor transacionado em todo o País, superior ao seu peso em volume, que foi de 16,3% do total nacional.
O preço médio mais alto registou-se em Vila Real de Santo António (€10,85), seguindo-se Santa Luzia (€6,67), Fuzeta (€6,23), Albufeira (€5,86) e Tavira (€5,85), mas as maiores subidas face a 2016 ocorreram nas lotas de Quarteira (190%), Olhão (121,2%), Fuzeta (56,1%), Lagos (49,2%) e Sagres (35,9%).
A análise quanto ao valor transacionado em lota revela que o mais elevado foi registado em Vila Real de Santo António (3,3 milhões de euros), seguindo-se Portimão (2,9 milhões), Olhão (2,2 milhões), Quarteira (2,1 milhões) e Santa Luzia (904 mil).
As maiores subidas foram na Fuzeta (139,7%), em Albufeira (70,2%), em Vila Real de Santo António (50,7%), em Santa Luzia (49,6%) e em Portimão (47,4%).
No que respeita ao volume, Portimão lidera com 1.366 toneladas. Olhão registou 722 toneladas, Quarteira 448 toneladas, Vila Real de Santo António 303 toneladas e Sagres 266 toneladas.
Os maiores crescimentos em volume de 2016 para 2017 registaram-se na Fuzeta (53,5%, Albufeira (48,8%), Vila Real de Santo António (44,7%), Portimão (43,7%) e Santa Luzia (23,4%).
O pescado comercializado em todas as lotas da Docapesca nos primeiros quatro meses de 2017 atingiu o valor de 60,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 17,8% em comparação com o período homólogo do ano passado (51,4 milhões de euros).
Este crescimento deve-se ao aumento em 12,5% do preço médio, que subiu no primeiro quadrimestre do ano para 2,7 euros por quilo (mais 30 cêntimos) e também da maior quantidade de pescado, que passou de 21.398 toneladas para 22.398 toneladas (+4,7%).


www.sulinformacao.pt

20
Mai17

ENTREVISTA - PCP VAI NEGOCIAR COM O GOVERNO O AUMENTO DAS PENSÕES

António Garrochinho

João Oliveira. "Aumento das pensões de reforma deve ser assegurado em 2018"



João Oliveira, líder parlamentar do partido, diz que "há condições para avançar" em várias propostas.

Aumento das pensões, mais investimento e novas contratações na educação e na saúde, aumento dos impostos sobre os lucros das empresas, fim dos cortes no subsídio de desemprego - estes são alguns dos temas que o PCP vai levar para a mesa das negociações com o governo ao longo dos próximos meses.

A direção do PCP reuniu esta semana com António Costa para começar a preparar o orçamento...

A reunião não foi sobre o Orçamento de 2018 - colocámos um conjunto de matérias que ultrapassa em muito o orçamento. O que levámos à reunião foi uma apreciação global sobre a situação do país, medidas que foram tomadas, problemas que persistem, medidas que precisam de ter desenvolvimento e outras que precisam de ser tomadas - a precariedade, as questões relacionadas com a contratação coletiva, com as longas carreiras contributivas, política fiscal, eliminação de cortes que se mantém, o salário mínimo nacional, os serviços públicos, a saúde, a educação, os transportes. Falámos de soluções para responder aos problemas, em alguns casos sinalizando divergências com medidas que o governo tomou e as preocupações que isso nos levanta - em relação às questões da banca, da contratação coletiva, com a perspetiva de adiamento desta discussão. E falámos de outras questões, de aspetos mais específicos, medidas do último orçamento que ainda estão por concretizar - o preço de gás de botija, a abertura dos museus ao domingo, a contratação de profissionais na área da saúde e educação. Foi uma reunião onde foi colocado um conjunto de questões muito alargado, algumas têm, obviamente, um enquadramento no orçamento mais óbvio, outras não precisam de ficar à espera do orçamento para poderem ser resolvidas.

Em relação às medidas que têm um enquadramento orçamental mais óbvio, que caderno de encargos é que o PCP apresentou ao governo?

O que sublinhámos foi a necessidade de termos uma discussão sobre o orçamento de forma profunda e fundamentada, com a profundidade e o rigor que o Orçamento do Estado exige.

Isso implica uma discussão até quando?

A perspetiva que tem sido avançada de que o orçamento devia ficar fechado em julho nunca nos foi colocada pelo governo. O orçamento não pode ficar fechado, de maneira nenhuma, a cinco meses da sua aprovação. Não nos parece que as eleições autárquicas devam condicionar o orçamento.

O PCP quer o IRS com dez escalões. O ministro das Finanças deve ter ficado assustado...

A discussão dos escalões já decorre há dois anos e já há mais tempo que defendemos os dez escalões. No próximo orçamento há condições para avançar em muita coisa em matéria de política fiscal, não só no IRS. O PCP não discute este ou aquele aspeto mais ou menos segmentado, fazemos uma consideração global. A questão da justiça fiscal não pode ter em conta só o IRS, tem que ter em conta o IRC, o IMI, o IVA. Há matérias como a derrama estadual em sede de IRC... Tem sido uma questão que o PCP tem discutido com o governo nos últimos dois anos, há condições para avançar no próximo orçamento. É um avanço. Porquê? Porque significaria maior receita fiscal para o Estado, tributando as empresas com mais de 35 milhões de lucros.

Mas isso foi falado na reunião de quarta? Há recetividade do governo?

Sim. É um elemento que registamos positivamente, a disponibilidade do governo para considerar esta proposta. Tal como em relação ao IRS e a um conjunto de matérias que têm ficado em aberto e em que há possibilidade de avançar. Os escalões, mas também as deduções, o mínimo de existência - que é uma matéria significativa -, a aplicação de taxas liberatórias em sede de IRS. Quem viva de dividendos de ações paga uma taxa liberatória de 28% independentemente de ter 10 mil ou 100 mil euros de rendimento anual. É uma injustiça para com os trabalhadores que são sujeitos a taxas de IRS diferenciadas. O fim das taxas liberatórias para os dividendos do capital seria um avanço do ponto de vista fiscal.

Tem alguma ideia do custo, em termos de receita fiscal, dos 10 escalões de IRS? O governo determinou um montante de 200 milhões de euros para a revisão dos escalões...

Só é possível fazer uma avaliação quando as propostas estão concretizadas na sua fórmula final. Mas ideia de condicionar a discussão da política fiscal a um espartilho de 200 milhões para esta medida, ou para a outra, ou 600 milhões em dois anos, é uma ideia de limitação na solução de um problema que existe. E o ponto de partida com que cada um inicia esta discussão não é pouco importante. Um exemplo: há um ano o PCP estava sozinho a exigir o aumento das pensões, o governo dizia que não havia margem, outros diziam que já havia aumento do complemento solidário para idosos, e o fim dos cortes, e que era aquilo que era possível... Nós continuámos a insistir e durante muito tempo batemo-nos sozinhos por isso. E a verdade é que quando chegámos ao final do orçamento havia efetivamente uma proposta de aumento das pensões aprovada.

O que é que o PCP pretende em relação ao mínimo de existência?

Estamos a falar do limite a partir do qual as pessoas não pagam IRS, que tinha uma fórmula de cálculo indexada ao salário mínimo nacional (SMN). O anterior governo alterou essa fórmula e transformou a indexação ao salário mínimo num valor absoluto. Com as subidas do SMN chega um momento em que os trabalhadores que recebem o salário mínimo passam a pagar impostos. Esta situação que o PSD e o CDS criaram não pode ser.

Mas defende a reindexação ao SMN?

As soluções podem ser variadas, pode ser uma indexação ao SMN, ao Indexante de Apoios Sociais, em função de um outro valor. A nossa preocupação é que não haja uma solução injusta para quem tem rendimentos muito baixos.

O que é que o PCP pretende para a área da educação e da saúde?

Há problemas muito diferenciados. Alguns já tiveram consideração nos últimos orçamentos, é preciso que a sua concretização se efetive durante o ano de 2017. Exemplos: contratação de médicos de família, de médicos para o interior, formação dos médicos internos que ficaram sem vagas de especialidade, contratação de enfermeiros de acordo com as necessidades dos serviços - este é um problema gravíssimo que tem implicações brutais do ponto de vista das condições de trabalho. São exemplos de coisas que estão no orçamento e que precisam de ser concretizadas. A mesma coisa em relação a questões da Educação. A falta de assistentes operacionais nas escolas é um problema dramático. Esperamos que o programa de combate à precariedade na Administração Pública dê resposta a uma parte destas situações, mas é preciso ir mais longe - está aprovada no orçamento a necessidade de revisão dos critérios do rácio aluno/assistente operacional. Por outro lado há problemas que são transversais, que têm que ver com o investimento - na saúde, na educação, nos transportes. A falta de investimento público em algumas das funções do Estado está a determinar prejuízos diretos às pessoas.

O PCP tem posto o acento na necessidade de alterar as leis laborais. Mas tem esbarrado muitas vezes na oposição do PS e do governo. Como é que se resolve este impasse?

A forma como se resolve este impasse tem que ser com mais luta dos trabalhadores. Isso é incontornável. Sem luta dos trabalhadores exigindo a resolução concreta deste - e de outros problemas laborais - não há governo nenhum que avance. Por outro lado, se o PCP em vez de 15 deputados tiver 86 também facilita... Há matérias em que é clara a divergência com o governo. E as matérias de legislação laboral são aquelas onde as divergências se têm tornado mais claras. A contratação coletiva é uma matéria central para os trabalhadores no seu dia-a-dia. Até agora não foi possível criar condições para que as alterações à legislação laboral, particularmente em matéria de contratação coletiva, pudessem avançar. Mas houve outras matérias em que houve avanço - o combate à precariedade. Nunca tinha sido possível aprovar na Assembleia da República medidas de combate à precariedade na Administração Pública. Nesta legislatura foi possível.

O prolongamento do subsídio para os desempregados de longa duração é para continuar?

Essa medida vem de 2016, continuou em 2017, teve um impacto significativo na vida de milhares de trabalhadores, a perspetiva é que se mantenha.

E o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego?

É outra matéria em que temos vindo a insistir. Já foi discutida com alguma profundidade no orçamento para 2017. Vamos continuar a insistir. Há uma restrição de um direito que tem de ser invertida, é um dos cortes que tem de ser eliminado.

O PCP tem alguma nova proposta em termos de apoios sociais?

Há matérias que devem continuar a ser consideradas. Há um conjunto de apoio sociais onde tem havido avanços que, não correspondendo integralmente às propostas do PCP, contaram com o nosso contributo. O mês passado muitos milhares de crianças receberam uma bonificação no seu abono de família proposta pelo PCP. Ainda que a nossa perspetiva relativamente à reposição dos escalões do abono não tenha sido integralmente acolhida - é uma matéria na qual continuaremos a insistir. Tal como em relação à consagração plena da trajetória de aumento das pensões de reforma, que deve ser assegurada. Houve um primeiro aumento em janeiro deste ano, haverá um aumento extraordinário em agosto. É preciso consolidar essa perspetiva de aumento das pensões de reforma em 2018. Esperamos que se consolide essa trajetória, que resultou da insistência do PCP, quando muitos a davam por perdida.

Já negociou dois orçamentos, vai no terceiro. Nesta altura está no mesmo ponto em que estava nos outros anos ou o caminho está mais estreito?

Não sei se é uma questão de largura ou de estreiteza do caminho. É um problema de uma contradição que tende a acentuar-se. Quanto mais se procura avançar na resposta aos problemas, quanto mais se vai tornando clara a dimensão das expectativas que os portugueses têm na resolução dos problemas concretos das suas vidas, e ao mesmo tempo nos confrontamos com obstáculos à concretização dessas soluções, percebemos que há um caminho que vai tornando a contradição cada vez mais evidente. A questão não é a de isso conduzir a um beco sem saída porque não há becos sem saída em política. É uma questão de saber como é que essa contradição é superada. Se vencem os constrangimentos, naturalmente as expectativas transformam-se em insatisfação e descontentamento, em revolta com a falta de respostas.

E para onde é que pende a balança?

Nós fazemos por que ela penda para o lado da resolução dos problemas. Em relação a alguns aspetos não há dúvida de que o governo continua amarrado a constrangimentos que tornam essa contradição uma preocupação de facto. Quando vemos o governo amarrado aos constrangimentos do euro, do Tratado Orçamental, aos critérios que nos impõem as instituições europeias, isso deixa-nos a preocupação da contradição que se vai avolumando. A perspetiva que temos é que essa contradição deve ser superada resolvendo os problemas do povo português. Com a consciência de uma coisa: isso pode permitir saltos em frente enormíssimos. Por exemplo, os dados económicos que agora foram conhecidos, do primeiro trimestre. São dados positivos? São. Devem deixar-nos descansados? Não. Porque eles não resultam de alterações estruturais na economia, podem ser dados de mera conjuntura. Mas o que isto torna evidente é o valor das medidas que o PCP defende e propõe para o país, até do ponto de vista da recuperação económica. Não há dúvida de que estes dados de crescimento têm uma ligação muito próxima com as medidas de devolução de direitos e rendimentos.

Há pouco falou da luta dos trabalhadores, o líder do PCP já apelou à participação na jornada nacional de luta de 3 de junho, da CGTP. O PCP está com um pé no poder e outro na rua?

Estamos onde sempre estivemos, ao lado dos trabalhadores e do povo português. Seja na rua, seja na Assembleia.

Vai negociar um quarto orçamento de Estado nesta legislatura?

Isso não depende nem da minha vontade nem da minha opinião. O que temos vindo a dizer é que a correlação de forças que existe na Assembleia da República espelha a vontade de mudança que o povo português expressou nas últimas eleições. Julgo que este ano e meio que passou confirma integralmente o acerto da análise que o PCP fez logo na noite das eleições.

Essa leitura manter-se-á válida até ao fim da legislatura?

Da nossa perspetiva ainda há um caminho muito longo a fazer até que essa exigência de mudança esteja completamente correspondida. Há tantas e tantas medidas que é preciso ainda aprovar para corresponder a essa exigência que eu diria até que é pouco tempo aquele que há pela frente.

Haverá outra legislatura a seguir...

E por isso é que é preciso que uma nova correlação de forças na Assembleia da República seja ainda mais favorável aos trabalhadores e ao povo português, diria eu com mais força do PCP.

E veremos, em algum momento, os líderes do PS, do PCP e do BE juntos?

De quinze em quinze dias estamos todos juntos na Assembleia da República nos debates com o primeiro-ministro.


www.dn.pt
20
Mai17

O Juiz e o polícia do mundo

António Garrochinho


Ingerência grotesca do Império .
 Não há nenhum membro do governo ou magistrado da Arábia Saudita , por exemplo , sancionado pelos E.U. A . São os direitos humanos e a democracia medidos em barris de petróleo dominados pelo Império .
No entanto na última quinta-feira, o governo norte-americano sancionou oito magistrados do Supremo Tribunal da Venezuela, considerados por Washington como culpados por usurpação do poder dos congressistas há algumas semanas
A sanção por parte do Departamento do Tesouro norte-americano contra Maikel Moreno, presidente do Supremo, e outros sete magistrados é um espelho das manobras dos E. U para desestabilizarem o país nunca noticiadas pela imprensa dominante e dita de referência .Nunca são noticiados os financiamentos descobertos ,ilegais aos manifestantes nem os paramilitares colombianos que foram presos em acções de sabotagem. Esperemos por tais notícias  no Publico do Belmiro ou no Expresso do Balsemão / Globo 


foicebook.blogspot.pt
20
Mai17

Governo socialista é "quase mais papista que o Papa"

António Garrochinho


Jerónimo de Sousa, desvalorizou "o maior ou menor otimismo" do primeiro-ministro ou do Presidente da República, classificando o Governo socialista de ser "quase mais papista que o papa" no que toca ao défice, em que "cada décima são menos 200 milhões de euros" nos serviços públicos, num comício autárquico da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta comunistas, "Os Verdes", Intervenção Democrática e independentes, em Queluz, Sintra.

"No processo de elaboração e debate do próximo OE, lá estaremos, mas também com a nossa iniciativa legislativa no quadro das nossas atribuições na Assembleia da República, prontos a prosseguir a nossa luta para resolver os problemas do país e continuar a garantir com a nossa iniciativa e proposta o prosseguimento do caminho da reposição de rendimentos e direitos, e da elevação das condições de vida do povo", afirmou.
O líder comunista prometeu "propostas de política fiscal, de eliminação de cortes e restrições de direitos", mas também "valorização plena das pensões de reforma, investimento público e reforço de meios financeiros humanos e técnicos necessários ao bom funcionamento dos serviços públicos e aumento da qualidade da resposta à efetivação dos direitos à saúde, à educação e à cultura dos portugueses".
"O PCP não transigirá perante a política de direita, tal como não contribuirá para instalar ambientes de apatia e conformismo que limitem o papel insubstituível da luta dos trabalhadores e do povo", vincou, numa semana em que se realizou uma primeira reunião formal e exploratória com vista ao OE2018, quarta-feira, entre responsáveis do PCP e António Costa, na residência oficial do chefe do Governo socialista, em São Bento.
Jerónimo de Sousa criticou a "direita do comentário e os partidos políticos do anterior Governo" por "diabolizaram a recuperação do horário das 35 horas e a reposição dos feriados", destacando que "o desastre não se confirmou", nem "as profecias dos que não se conformam com a derrota do governo anterior e da sua política".
Porém: "há muito a fazer! não podemos exultar, pelo que foi conseguido, porque estamos ainda longe de repor condições de vida perdidas nestes últimos anos ou porque neste último trimestre crescemos 2,8%, comparativamente ao início de 2016, sabendo nós, como sabemos que partimos de um patamar muito baixo, resultado de um longo período de regressão e estagnação económica", segundo o secretário-geral do PCP, justificando com a conjuntura favorável (turismo, baixa no petróleo, desvalorização do euro, baixas taxas de juro, retoma nos mercados das exportações).
"Ao apontar um défice das contas públicas para 2017 de 1,5% do PIB, em 2018 de 1% do PIB, visando atingir em 2021 um excedente de 1,3% do PIB, o Governo, assume um objetivo que vai muito para lá das atuais regras que impõem de forma arbitrária um défice máximo de 3% do PIB, limitando assim, de forma significativa as políticas de reposição de direitos e rendimentos dos trabalhadores e do povo português, as opções do necessário investimento público e de dinamização do aparelho produtivo, da economia nacional e do crescimento económico e do emprego", lamentou.
Jerónimo de Sousa questionou se "vai o governo prosseguir por muitos mais anos a política de congelamento de salários e a adiar indefinidamente o descongelamento das carreiras dos trabalhadores da Administração Pública? Arrastar por anos a reversão do brutal saque fiscal que o anterior governo promoveu aos rendimentos do trabalho, nomeadamente em sede de IRS? Manter os baixíssimos níveis de investimento necessário ao desenvolvimento do País e deixar degradar as funções sociais do Estado e dos serviços públicos?"
Segundo o líder comunista, "as próximas eleições autárquicas constituem uma batalha política de grande importância pelo que representam no plano local, mas também pelo que podem contribuir para dar força à luta" e "afirmar a alternativa, patriótica e de esquerda de que o país precisa".
"Fosse outro o resultado [das eleições legislativas de 2015] e o quadro seria muito diferente. De facto, a existência de uma relação de forças em que PSD e CDS-PP estão em minoria, e em que, ao mesmo tempo, os grupos parlamentares do PCP e do PEV condicionam decisões e são determinantes e indispensáveis à reposição e conquista de direitos e rendimentos, pesa, e pesa bem, na balança das medidas a favor dos trabalhadores e do povo e do desenvolvimento do país", congratulou-se.
Para o secretário-geral do PCP, "tivesse sido derrotada como foi a coligação PSD/CDS, mas tivesse sido possível a formação de um governo maioritário do PS com uma outra correlação de forças na Assembleia da República que não a que existe e muitos dos avanços conseguidos não estariam concretizados", pois "o que se tem conseguido vai para além do que o governo PS admitia no seu programa eleitoral e de governo".


www.noticiasaominuto.com
20
Mai17

MODELO PORTUGUÊS LEVA MADONNA A MUDAR-SE PARA LISBOA

António Garrochinho










Madonna está em Portugal desde domingo e tem partilhado várias imagens da capital com os fãs nas redes sociais. A presença da rainha do Pop parece ser algo definitivo uma vez que já inscreveu as filhas numa escola e o filho já treina no Seixal. No entanto, a ligação a Lisboa pode estar relacionada com Kevin Sampaio, o modelo português que ficou conhecido depois do lançamento do videoclip "Bitch I'm Madonna', segundo avança a revista Flash!. O jovem era o "menino bonito de Madonna" e em 2015 a imprensa internacional adiantou que os dois mantinham um relacionamento. No videoclip é possível ver a rainha do Pop a beijar o modelo. Na altura, o casal foi fotografado em Nova Iorque em clima de cumplicidade junto dos filhos da cantora.

VÍDEO

 

 http://www.cmjornal.pt
20
Mai17

Três franceses que trabalham no ramo da cibersegurança, incluindo um pirata informático, criaram um software que poderá eliminar o vírus WannaCry - Estima-se que os hackers que lançaram o ataque informático tenham amealhado até esta sexta-feir

António Garrochinho



Três franceses que trabalham no ramo da 
cibersegurança, incluindo um pirata informático, 
criaram um software que poderá eliminar o vírus 
WannaCry, que afetou mais de 300 mil computadores 
em pelo menos 150 países. 

O WanaKiwi ajuda a reaver os ficheiros raptados e 
a recuperar o controlo do computador.
O software WanaKiwi foi disponibilizado gratuitamente na internet esta sexta-feira, exatamente 
uma semana depois de o WannaCry ter lançado o pânico em vários países. 

Este malware, software malicioso, ameaça bloquear definitivamente os ficheiros dos utilizadores 
que não paguem um resgate em uma semana.
Segundo o Público, o WanaKiwi procura na memória do computador os números primos 
utilizados pelo software malicioso para criar a chave necessária para desencriptar os ficheiros. 
O WanaKiwi procura automaticamente os ficheiros infetados e impede que o WannaCry infete 
novas pastas.

Contudo, esta ferramenta apenas funciona se os dispositivos infetados não tiverem sido 
desligados, pois reiniciar o computador pode apagar os números primos da memória do 
computador, e se as vítimas usarem o WanaKiwi antes de o vírus ameaçar prender os ficheiros 
para sempre.

Os inventores deste software são Adrien Guinet, um especialista em cibersegurança, Matthieu 
Suiche, um pirata informático e Benjamin Delpy, que trabalha no Banco da França, segundo a 
Reuters.

O WanaKiwi "deve trabalhar com qualquer sistema operativo desde o XP até ao Win7", disse 
Suiche à Reuters. A ferramenta já foi testada e funcionou com computadores que têm o 
Windows 7, o Windows XP e 2003. Se funcionar com o Windows 2008 e Vista poderá ajudar 
todos os aparelhos vulneráveis ao vírus.
"Esta não é uma solução perfeita, mas até agora é a única solução manejável para ajudar 
organizações a recuperarem os seus ficheiros se tivere sido infetadas e não tiverem cópias de 
segurança", continuou Suiche.
Até esta quarta-feira, metade dos dispositivos infetados pelo WannaCry globalmente estava 
na China e na Rússia, segundo a Reuters, que cita a empresa de cibersegurança Kryptos Logic.
Estima-se que os hackers que lançaram o ataque informático tenham amealhado até esta 
sexta-feira 94 mil dólares com o pagamento de resgates.
20
Mai17

Susto em Alverca com explosão de carro que matou condutor

António Garrochinho


A Polícia Judiciária está a investigar a morte de um homem na sequência de uma explosão, seguida de incêndio, de uma viatura, em Alverca, esta sexta-feira de manhã.

Fonte da PSP confirmou ao JN que não houve despiste da viatura em causa, uma carrinha que transportava pneus, e que causou a morte do condutor.
A explicação da PSP esclarece a primeira versão avançada pelo Comando Distrital de Operações e Socorro de Lisboa, que dava conta de um despiste de uma viatura seguido de incêndio.
Cerca das 12 horas, o corpo da vítima estava ainda na viatura, enquanto decorrem no local as perícias da Polícia Judiciária.
Fonte da PJ confirmou ao JN que está a investigar as causas do incêndio na viatura, mas escusou-se a revelar mais pormenores, como a identidade ou nacionalidade da vítima.
Segundo testemunhos recolhidos pelo Jornal de Notícias no local, a carrinha estava parada em frente ao prédio, com os quatro piscas ligados, quando explodiu. "Foi um estrondo enorme", sentido a vários metros de distância, dizem as testemunhas, que viram "uma grande nuvem de fumo negro".
A explosão da viatura destruiu a porta de um cabeleireiro situado no prédio e causou também estragos dentro do estabelecimento. Um notário situado no prédio ao lado foi também afetado.
O alerta chegou aos Bombeiros de Alverca às 8.06 horas. "Recebemos uma chamada para um despiste, mas quando chegamos ao local encontramos uma viatura a arder, com uma vítima carbonizada no interior", disse o comandante dos bombeiros, Alberto Fernandes.
"Temos relato de testemunhas que falam numa explosão", confirmou Alberto Fernandes.
O incidente aconteceu num prédio à face da Estrada Nacional (EN) 10, KM 128, perto do cruzamento da Avenida Infante D. Pedro, em Alverca, no concelho de Vila Franca de Xira.


www.jn.pt
20
Mai17

Temer acusado de corrupção e organização criminosa

António Garrochinho


Brasileiros protestaram nas últimas noites contra o presidente Temer na Avenida Paulista, em São Paulo
Procurador-geral classifica as conversas do presidente de "estarrecedoras". Delator Joesley Batista cita também Lula e Dilma

O presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB), foi ontem formalmente acusado de corrupção, organização criminosa e obstrução à justiça pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por provas entretanto consideradas "consistentes" por Edson Fachin, o juiz relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal. Janot classificou as conversas de Temer com o delator Joesley Batista, dono do gigante da área alimentar JBS, de "estarrecedoras". Até ao meio da tarde de ontem já tinham avançado 12 pedidos de impeachment do presidente e três partidos abandonado a base aliada do governo.
"Os elementos de prova revelam que alguns políticos continuam a utilizar a estrutura partidária e o cargo para cometerem crimes em prejuízo do Estado e da sociedade", escreve o procurador-geral no pedido de abertura de inquérito, em que diz que Temer e o ex-senador do PSDB Aécio Neves tentam travar o avanço da Lava-Jato. Defende Janot que nas gravações efetuadas por Batista, em março, num encontro com Temer no porão do Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente, é claro que o chefe do Estado avaliza o pagamento de subornos a Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados pelo PMDB e hoje detido na Lava-Jato, em troca do seu silêncio. "Tem de manter isso, viu?", afirma Temer na conversa.
Na reunião, Temer indica o nome do seu amigo e colega de partido Rodrigo Rocha Loures para resolver na esfera pública um problema da JBS. A polícia tem imagens de um encontro entre Loures e um subordinado de Batista num restaurante onde o primeiro recebe uma mala com 500 mil reais do segundo. Loures, que estava em Nova Iorque até ontem, à chegada ao aeroporto de São Paulo ouviu um coro de "ladrão" na área de desembarque.
Em depoimentos prestados aos investigadores da Lava-Jato e ontem revelados em vídeo, o delator disse que pagou 4,7 milhões de reais (cerca de 1,5 milhões de euros) a Temer entre 2010 e 2017 e que ao longo dos anos, no total, terá transferido cerca de 400 mil milhões de reais (à volta de 120 mil milhões de euros) em subornos a políticos de diversas correntes.
O presidente Temer mantém, no entanto, a decisão anunciada na véspera de não renunciar ao cargo - afirma que nunca comprou o silêncio de ninguém, pondera uma ofensiva jurídica para responder às acusações de que é alvo e já encomendou a análise dos áudios a peritos, por suspeitar de uma conspiração. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ao jornal O Globo que "era melhor que não tivesse existido áudio, mas a tempestade já passou".
No Congresso Nacional, a oposição protocolou oito pedidos de impeachment, a que Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados e aliado de Temer, pode ou não dar continuidade. Três partidos já abandonaram a base de sustentação de governo e outros, como o PSDB, hesitam. Para Temer cair, há o caminho da renúncia, do impeachment e do chumbo das contas de campanha presidencial de 2014, em análise no Tribunal Superior Eleitoral, dia 6 de junho. Nesse caso, iniciar-se-ia depois a discussão processual sobre a realização de eleições diretas, por voto popular, ou indiretas, pelos congressistas.
À margem do Congresso Nacional, o juiz do mensalão, Joaquim Barbosa, considerado um ícone da luta contra a corrupção, defendeu que os brasileiros peçam a renúncia imediata de Michel Temer. E a advogada Janaína Paschoal, uma das subscritoras do pedido de impeachment de Dilma, há um ano, também se declarou a favor da queda do atual presidente da República.
Por intervenção do Banco Central, a Ibovespa, Bolsa de São Paulo, e o preço do dólar, tiveram ligeira subida ontem, após uma quinta-feira de enorme pressão, com perdas equivalentes às do início da crise global de 2008. As agências de classificação de risco Fitch e Moody"s veem maior incerteza no Brasil após esta crise.
Os vídeos da delação de Joesley Batista envolvem também os ex--presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, e dois ministros de Temer, os titulares das pastas da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, e Indústria, Marcos Pereira. Conta o dono da JBS que passou 150 milhões de dólares para as campanhas de Lula e Dilma ao longo dos anos, através do ministro da Finanças de ambos, Guido Mantega.
Joesley afirmou ainda num dos anexos da sua delação que em março de 2016 o deputado do PTN João Bacelar lhe pediu para comprar o voto de cinco deputados contra o impeachment de Dilma, nas vésperas da votação. Cada deputado custaria cinco milhões de reais (perto de 1,5 milhões de euros), ao que Joesley contrapropôs o preço de três milhões (900 mil euros aproximadamente) por parlamentar.

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