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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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02
Jun17

Outro temor dos EUA em relação à Coreia do Norte: artilharia pesada

António Garrochinho



Exercícios realizados por parte da artilharia da Coreia do Norte

Enquanto o mundo inteiro está focado em mísseis nucleares e de longo alcance, Pyongyang conta com armas letais que podem destruir as 17 bases militares norte-americanas estacionadas na Coreia do Sul.
A enorme artilharia norte-coreana aponta diretamente para as bases militares dos EUA, de acordo com a agência de notícias britânica Reuters, citando especialistas.

De acordo com um relatório revelado na semana passada, a Coreia do Norte tem um dos maiores arsenais de canhões de artilharia pesada, suficiente para devastar as bases norte-americanas e sul-coreanas
A agência divulgou algumas fotos e mapas da localização revelando a enorme extensão de armas norte-coreanas, protegidas por fortificações, estacionadas a poucos quilômetros da fronteira que separa as duas Coreias.

Os países ocidentais consideram que Pyongyang mantem em segredo absoluto a localização de sua artilharia, uma vez que mesmo fotografada por satélites, é deslocada de tempos em tempos, confundindo os observadores. Especialistas consultados pela Reuters estimam que a Coreia do Norte tem cerca de 13.600 armas e lançadores de foguetes na zona fronteiriça da península coreana.

De acordo com estes especialistas, o arsenal de armas inclui foguetes de médio e longo alcance, que passam por constantes atualizações tecnológicas e aperfeiçoamento, sendo impossível determinar com precisão sua potencialidade. As armas de longo alcance cobrem até 60 quilômetros, e são responsáveis pela maior parte da artilharia norte-coreana.

O país liderado pelo marechal Kim Jong-un também tem lançadores de foguetes capazes de atingir bases militares sul-coreanas. Vários sistemas lançador de foguetes (MLRS, por sua sigla em Inglês) podem disparar rajadas entre 12 e 22 foguetes de longo alcance de uma só uma vez, a uma distância superior a 60 quilômetros. Foguetes de médio e longo alcance podem transportar ogivas nucleares e atingir países que venham a apoiar um ataque norte-americano, como Japão e Austrália.

Para proteger sua artilharia de ataques aéreos, a Coreia do Norte tem construído centenas de bunkers na fronteira com a Coreia do Sul e no litoral.

Pyongyang defende seu programa nuclear, mísseis balísticos e outras medidas militares como uma resposta legítima a possível agressão estrangeira e denuncia os movimentos militares dos EUA e Coreia do Sul sobre o seu território nacional, considerando-os como uma ameaça à sua existência.

Os exercícios militares anuais realizados em conjunto pelos EUA e Coreia do Sul incluem sobrevoos de aeronaves norte-americanas na fronteira com ogivas nucleares, o que Pyongyang considera um tipo de “chantagem atômica”, obrigando o país a desenvolver armas nucleares para defender sua existência e soberania.

Comitê Brasileiro De Solidariedade à RPD Coreia - Coreia do Norte
www.marchaverde.com.br

02
Jun17

REGIME DA BURGUESIA

António Garrochinho

O Canadá é sempre apresentado à comunidade internacional com um próspero país, onde toda a gente vive bem, onde a “felicidade” se aproxima do mirífico caudal de mel, correndo pela luz excelsa do capitalismo.
MENTIRA! Importaria saber a quem servem essas iluminadas avenidas da sumptuosa produtividade dos que tudo constroem. Seria interessante ter-se o conhecimento das leis que protegem os direitos humanos canadenses, desde logo no sector determinante da abastança de uns; o trabalho.
O ditador do regime do Quebec, preocupado com as quebras de produtividade dos trabalhadores e com as suas insuportáveis exigências (eles que já têm uma vida tão fausta…), decretou a PROIBIÇÃO DA GREVE no seu território.
Diz o macaco fascista que não se pode dar ao luxo de perder (ele?) 45 milhões de dólares por dia. Este ditadorzeco deu um prazo de dias ao mundo do trabalho para chegar a acordo com os patrões. Caso isso não aconteça, ameaçou com a intervenção do governo e na imposição do seu parecer negocial. Para se ter uma pequena ideia da insensata medida, enquanto que os trabalhadores lutam por um aumento de 2,6%, o patronato chega apenas aos 1,9%. Já o patético governante, Philippe Cuillard, oferece só 1,8%.
Vista a farda que vestir, TODOS os regimes políticos da burguesia são autocráticos, repressivos e atentatórios dos interesses da maioria dos povos. Pactuar com doses bonitinhas de “migalha socialista” adormece o cidadão, entorpece (ou pode entorpecer) a consciência de classe do operário. Fá-lo ajoelhar, reverente, a oportunidade, eventual, de não juntar o seu estômago e o dos seus, aos episódios famélicos granjeados nos territórios “libertados do mal” no Iraque e no Afeganistão, na Ucrânia e na ex-Jugoslávia.
A Líbia como a antiga Polónia, a Síria como a cercada Leninegrado, eis TUDO o que a burguesia e o capitalismo tem para oferecer à Humanidade.

Guilherme Antunes (facebook)
Foto de Guilherme Antunes.

02
Jun17

VÍDEO - ELE RECUPEROU E FALA DA CRACOLÂNDIA E A DEPENDÊNCIA DA DROGA MALDITA

António Garrochinho


O crack não destrói apenas o usuário, arremete com toda cólera contra os familiares, que acabam se tornando codependentes da adição. É dessa forma que famílias inteiras acabam sendo arrastadas pelo vício de apenas uma pessoa. Pode parecer inverossímil, mas já me contaram sobre pai trocando brinquedo do filho por crack; um vizinho de bairro, quando notou que o filho estava "fumando a casa", fez um barraco no fundo do quintal e não permite que ele entre mais em casa. Todos acabamos tendo uma história triste para contar sobre este lixo.

A mais doída para mim foi a de uma amiga, mãe solteira, que viveu toda uma vida dedicada ao filho, que se viciou primeiro em cocaína e depois em pedra. No velório, depois de buscar o corpo do menino no IML, ela me disse:

- "Estou triste e envergonhada, triste que uma parte de mim se foi e envergonhada porque estou me sentindo aliviada." E quem é que poderia condenar esta mãe?

Eu fiz todo este preâmbulo em relação ao sofrimento familiar para falar sobre a polêmica sobre a cracolândia de São Paulo. Eu pretendia escrever um textão, mas daí descobri um ótimo relato na timeline de um amigo do Facebook, que mostra Márcio Américo, um escritor que já viveu o problema de perto, aliás, ele foi parte do problema e conseguiu evadir-se dos os flagelos da droga.
www.mdig.com.br
02
Jun17

EXTREMA DIREITA NAZI DOS POBREZINHOS - Jantar com Le Pen? Basta dar 75.000 euros para a campanha

António Garrochinho


Marine Le Pen lançou uma página de angariação de fundos para eleições parlamentares, propondo "empréstimos patrióticos" aos eleitores. Dependendo do valor, existem vários prémios. Até um jantar.

Depois da derrota nas presidenciais, Marine Le Pen candidata-se ao parlamento francês mas precisa de um “empréstimo patriótico“. Os eleitores que decidam contribuir para a campanha vão ser compensados pela própria candidata. Uma doação superior a 75.000 euros dá direito a um jantar com a candidata, mas os menos generosos podem ainda receber uma carta de agradecimento.
As eleições parlamentares terão lugar nos dias 11 e 18 de junho. A Frente Nacional está na linha da frente… dos métodos de financiamento. A página de angariação de fundos explica: “Os bancos não emprestam à Frente Nacional” e, portanto, os eleitores que queiram ver a sua voz “ouvida nas eleições legislativas”, poderão investir nesta campanha e ter mais tarde o retorno: democrático, monetário e ainda com “vantagens exclusivas”.
As contribuições dos eleitores são chamadas “empréstimos patrióticos” e podem ser feitas online. Os “patrocinadores” receberão depois um contrato do empréstimo que, de acordo com o site, tem condições “mais vantajosas do que muitos investimentos financeiros”. O tesoureiro do partido, Wallerand Saint-Just, estará por detrás de todo o processo.
Le Pen apresenta a campanha aos eleitores num vídeo na página
ECO - Economia Online

Mas as promessas não ficam por aqui. Existe ainda referência às “vantagens exclusivas” que os eleitores obterão consoante o valor da doação. Todos terão direito a receber uma carta de agradecimento assinada por Marine Le Pen e um certificado atestando o reconhecimento da sua ação cívica pela Frente Nacional. Doações acima de 15.000 euros dão acesso a um evento de prestígio com a presença da candidata. Àqueles que ultrapassem a fasquia dos 75.000 euros, Le Pen promete partilhar a mesa num jantar exclusivo.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa (mariana.barbosa@eco.pt)

www.sapo.pt

02
Jun17

Enfermeiros ameaçam parar blocos de parto a partir do próximo mês

António Garrochinho

Os enfermeiros ameaçam parar blocos de parto em todo o país a partir do próximo mês e deixar de exercer cuidados especializados em áreas como a saúde mental, anunciou hoje a bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

Enfermeiros ameaçam parar blocos de parto a partir do próximo mês
Ana Rita Cavaco falava aos jornalistas no final da cerimónia que assinalou em Lisboa o ingresso nos quadros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de mais 60 enfermeiros.
Segundo a bastonária, em causa estão cerca de 2.000 enfermeiros que em todo o país exercem funções de seis especialidades, mas que ganham como um enfermeiro não especializado.
"Até 2009 tínhamos uma carreira completamente estruturada, onde existia esta categoria de especialista que tinha um valor de salário diferente de um enfermeiro de cuidados gerais. A partir de 2009, essa carreira deixou de existir, foi negociada uma outra que nenhum enfermeiro reconhece ou quer e que acabou com essa categoria, mas nem essa entrou em vigor e os enfermeiros não têm carreira há oito anos", disse.
Um dos casos mais relevantes é o dos enfermeiros obstetras, que asseguram a maioria dos blocos de partos, os quais podem encerrar se os enfermeiros recusarem continuar a exercer a especialidade sem receberem como tal.
Mas este "é um problema que afeta todos os especialistas", disse.
"É um facto que há uma face mais visível desta luta que são os blocos de partos e é verdade que se eles cumprirem o que disserem, e são já vários enfermeiros de blocos de parto que têm enviado à Ordem essa vontade expressa de não assegurarem as competências de especialistas a partir de julho, os blocos dos partos do país vão parar", adiantou.
Mas existem outras especialidades que também estão a ser afetadas: os enfermeiros de saúde comunitária, nos centros de saúde, de reabilitação, pediatria, de saúde mental e psiquiátrica.
"Temos seis especialidades e se todos os enfermeiros dessas seis especialidades fizerem a mesma coisa, pois com certeza vão estar em muito maus lençóis todos os serviços deste país", estimou Ana Rita Cavaco.
A bastonária diz ter "muito respeito pelo que é preciso fazer a nível orçamental", mas defende mais "respeito pela vida das pessoas e pelo que os enfermeiros fazem. É a questão das prioridades: ou bancos ou vidas, dinheiro há".
Para a Ordem, "o problema é uma questão constitucional, uma vez que estes enfermeiros têm competências acrescidas".
"O Governo reconhece a mais-valia e a importância do enfermeiro especialista, até porque pediu à Ordem para criar mais especialidades", disse, revelando que, até final do ano, a Ordem deverá avançar com as especialidades de cuidados paliativos, enfermeiros de família e peri-operatório.
"Não temos gosto nenhum em regular e atribuir mais competências aos enfermeiros e depois isso não se traduzir naquilo que é justo e no que está a interferir na prestação de cuidados no terreno", declarou.
A Ordem apoia esta forma de protesto e já avisou que os conselhos de administração não têm competência para penalizar os profissionais que adiram a esta forma de luta.
"Os nossos pareceres do conselho jurisdicional são claros: os enfermeiros não estão obrigados a exercer as competências do título que a Ordem lhes dá se não houver o respetivo pagamento por essas competências especializadas, o que não há desde 2009, porque acabaram com essa categoria".
E deixa um aviso: "A regulação do exercício profissional compete a esta ordem profissional. Não há nenhum conselho de administração que possa agir disciplinarmente sobre estes enfermeiros, a não ser a Ordem, por causa de deixarem de exercer esta competências e a Ordem nunca o fará".
"É ao contrário, a Ordem está ao lado destes enfermeiros, pela segurança e pela vida das pessoas, e fará tudo o que está ao seu alcance para defender aquilo que estes enfermeiros estão a fazer. Se os blocos de parto vão parar, se outros serviços vão parar, temos consciência disso, mas já é tempo de resolver esta situação destes enfermeiros", adiantou.
A bastonária revelou que a Ordem tem estado a falar todas as semanas com o ministro da Saúde.


www.noticiasaominuto.com
02
Jun17

Justiça indiana declara rios Ganges e Yamuna ‘seres vivos’ com direitos equiparáveis aos das pessoas

António Garrochinho


Para a religião hindu, o Rio Ganges, que cruza a Índia, é sagrado. Um mergulho em suas águas, segundo tal crença, pode limpar a pessoa de todos os seus pecados, e até mesmo curar doenças – para os hindus a vida não é completa sem um mergulho.
O nível de poluição do rio, no entanto, é tão elevado, que em verdade suas águas provocam doenças e podem encerrar vidas. A fim de alterar o processo de poluição do rio e tentar salvar seu ecossistema e a própria vida do Ganges, uma alta corte indiana passou a considerar o rio um “ser vivo”, com direitos equiparáveis ao de pessoas.
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Além do Ganges, foi incluído como “ser vivo” também o rio Yamuna, em um procedente aberto pela Nova Zelândia, que realizou o mesmo processo com seu rio Whanganui. O processo correu no Tribunal Superior de Uttarakhand, estado ao norte da Índia, a pedido de um morador da cidade sagrada de Haridwar, para quem o Ganges “é como uma mãe que está sendo descuidada”.
INDIA-RELIGION-HINDU
INDIA FESTIVAL
A poluição no Ganges se dá tanto pelo despejo irregular de esgotos, inclusive de hospitais, quanto pelos rituais de cremação praticados em suas águas. O rio é considerado um dos cinco mais poluídos do mundo, com níveis de coliformes fecais mais de mil vezes acima do limite oficial.
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Que precisemos de leis para cuidar da natureza – especialmente de um rio que é considerado sagrado por sua própria população – diz muito sobre o ser humano. Seja como for, preserva-lo, seus direitos e sua própria vida, é também preservar a vida de todos os outros seres vivos. Que se torne um exemplo bem sucedido, afinal, todo rio é um pouco sagrado
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© fotos: divulgação


vivimetaliun.wordpress.com
02
Jun17

Ligação entre Coimbra e a Lousã vai ser feita através de autocarros elétricos

António Garrochinho


A solução é apresentada esta manhã pela Governo, que deixa cair de vez a hipótese do metro, projetada há mais de 20 anos.



Nem metro, nem comboio. Mais de 20 anos depois do projeto para o metro do Mondego, o ministro Pedro Marques apresenta esta manhã o sistema de mobilidade para os concelhos de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.
Chama-se metrobus, mas de metropolitano tem pouco. Projetado há 21 anos, o metro Mondego mal chegou a sair do papel. Agora em vez de um transporte em carris, a ligação Coimbra-Lousã será feita por autocarro elétrico.
A opção pelo autocarro elétrico surge depois de um estudo do LNEC, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, rejeitar a hipótese de qualquer transporte férreo. O relatório do LNEC argumenta que um transporte sob carris não permite atravessar a cidade, reduzindo a procura dos passageiros.

O jornal Público escreve que uma frota de 43 autocarros vai cobrir 41 quilómetros de linha que liga Serpins a Coimbra B. O projeto terá um custo de quase 90 milhões de euros. Com ele, desaparecem também os comboios que, até agora, faziam a ligação entre as estações de Coimbra A e Coimbra B. A ligação passa a ser feita de autocarro, sendo que todo o sistema passa a ser rodoviário.
No percurso suburbano, cada veículo terá 55 lugares sentados, já as ligações na cidade vão ser asseguradas por autocarros articulados com capacidade para 130 pessoas.
O projeto deixa cair a construção do túnel de Celas e aproveita o antigo percurso do Ramal da Lousã, desativado desde 2010.



www.tsf.pt
02
Jun17

Fotos de brincadeiras antigas mostram como a tecnologia mudou a infância

António Garrochinho


Basta alguém ter passado dos 30 anos para se lembrar perfeitamente de uma infância sem telefone celular, tablets ou computadores. Para estudar, se divertir e passar o tempo, não havia o virtual: além do mundo real, só mesmo a nossa imaginação – e ela, nossa imaginação, é quem sempre melhor nos acompanhava na hora das brincadeiras infantis.
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Talvez pareça espantoso, mas as crianças divertiam-se tanto ou mais, no passado sem virtualidade nem tanta tecnologia, quanto hoje. Livros, gibis, jogos, bonecos, correr, dançar, andar de bicicleta e brincar de forma geral – além, é claro, dos próprios amigos – faziam a felicidade da criançada.
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Essa seleção de fotos de crianças brincando pelo mundo em meados do século passado mostram como era a vida e as brincadeiras de então – e nos faz perceber o quanto a tecnologia transformou, para o bem e para o mal, a infância hoje.
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© fotos: reprodução/Bored Panda

vivimetaliun.wordpress.com
02
Jun17

Valorizar o trabalho

António Garrochinho

“A escravatura humana atingiu o seu ponto culminante na nossa época sob a forma do trabalho livremente assalariado.” George Bernard Shaw
“O trabalhador só se sente à vontade no seu tempo de folga, porque o seu trabalho não é voluntário, é imposto, é trabalho forçado.” Karl 
Marx
“Lutemos por um mundo novo … um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.”  
“Quando o trabalho é um prazer, a vida é bela! Mas quando nos é imposto, a vida é uma escravatura.” Máximo Gorky
“Um homem desejoso de trabalhar, e que não consegue encontrar trabalho, talvez seja o espectáculo mais triste que a desigualdade ostenta ao cimo da terra.”Thomas Carlyle




Este artigo encontra-se em: as palavras são armas http://bit.ly/2rMb0aJ

abrildenovomagazine.wordpress.com
02
Jun17

"Nos primeiros tempos, o dinheiro até lhes limpa as lágrimas". E depois?

António Garrochinho


A prostituição, aos olhos de quem a conhece de perto há décadas, está longe de ser o glamour que, inicialmente, as mulheres contam. Para lá do "isto até se faz bem" há um mundo de violência e de pobreza emocional.

"Nos primeiros tempos, o dinheiro até lhes limpa as lágrimas". E depois?


Assinala-se hoje, dia 2 de junho, o Dia Mundial da Prostituição. O tema tem, de quando em vez, flutuado na ordem do dia. Para isso muito tem contribuído a moção da Juventude Socialista - a defender a regulamentação da prostituição como profissão, estabelecendo-se direitos e deveres como acontece com os demais trabalhadores - aprovada no último congresso da juventude partidária. Sobre essa intenção dos jovens socialistas ainda não uma proposta concreta, esta apenas serviu de rampa de lançamento de um debate que está longe de ser consensual, dentro ou fora do Parlamento.
O Notícias ao Minuto esteve à conversa com Conceição Mendes, assistente social no Ninho, instituição que está a completar este ano 50 anos de existência e que se dedica a tentar ajudar a retirar mulheres da prostituição. Ao longo deste meio século, o Ninho já deu a mão a mais de nove mil mulheres, mostrando-lhes que é possível uma vida em que não tenham de vender o corpo.
"No Ninho encaramos a prostituição como um problema social e aspiramos ao seu desaparecimento. Podem considerar-nos redutores, utópicos, e até dizer que é a profissão mais velha do mundo, mas para falarmos de um assunto claramente, temos de definir conceitos", explica-nos Conceição, que trabalha com estas mulheres há mais de 30 anos. No último meio século, recorda-nos, Portugal passou por diferentes regimes jurídicos no que toca à prostituição, tendo até já experimentado, durante um século e com provas de insucesso, a regulamentação (entre 1858 e 1962). Depois, em 1963 passou a proibir-se.
"Criminalizavam-se as mulheres, eram equiparadas aos vadios. Como não tinham situação económica para se voltar, nem trabalho, nem família, ficavam sempre presas durante o máximo de três anos", lembra. Depois, em janeiro de 1983, entrou em vigor o atual código penal, onde o sistema é o abolicionismo e com o qual o Ninho se alinha sem quaisquer reservas.
O problema da legalização, aponta, "é que se mete tudo no mesmo saco". "Fala-se em 100 mil trabalhadores do sexo como se fosse o rapaz que está com as câmaras nos filmes pornográficos, a rapariga que está atrás de um balcão numa sexshop, as stripteasers, as alternadeiras (que bebem com os clientes a troco de dinheiro). Mete-se tudo no mesmo saco e o Ninho é completamente contra isso. As nossas mulheres passaram por várias situações dessas e, para nós, também deve ser definido o conceito de prostituição: práticas sexuais, hetero ou homossexuais, a troco de uma menção dentro de um sistema organizado".
Em relação ao lucro de quem vive da prostituição, Conceição desmistifica: "Não é dinheiro fácil, quando muito é dinheiro rápido". E, apesar de ser poder ganhar muito dinheiro, "a realidade é que há muita gente que lucra no sistema". "Desengane-se quem pense que, muitas mulheres, por si só, estão numa situação aflitiva e amanhã vão ali prostituir-se", frisa. E, feitas as contas, "é como elas dizem, o dinheiro quando se está na prostituição parece que não rende, é o comer fora, o álcool, as drogas, o dinheiro esvai-se por entre os dedos". 
Produto de marca branca versus produto de marca 
Conceição constata que, da experiência que tem, há mulheres que se prostituem em bares de luxo, a ganhar 300, 400 euros para estar duas horas com um cliente, e também mulheres que na rua ganham 10, 15 euros. Mas que, no que toca ao problema social que vivem, as realidades são as mesmas. 
"Há de tudo. Mas o que muda não são as histórias de vida das mulheres, o que muda é estarem num bar de luxo em que têm de estar bem arranjadas, têm de comprar as lingeries que os clientes preferem e os perfumes de marca. No fundo, é um produto que, em vez de ir ao supermercado e escolher o produto de marca branca, escolho o produto de marca e estou a pagar, além do produto, o marketing, a publicidade e por isso vou pagar mais", compara.
Há também, elucida-nos, "apartamentos de luxo que são autênticas fachadas, que têm sauna, marquesas para as massagens, os óleos. E há outras casas em que só há um colchão no chão, tudo porco em que as mulheres têm de andar com um lençol para meter lá em cima", exemplifica. 
"Aquilo que nós percebemos ao longo dos anos é que se se ganha muito também se gasta muito. Se estão na rua, contentam-se com um carro em segunda mão, se for um homem de um bar de luxo quer um carro de topo de gama. Porque as mulheres também compram muito a ilusão do amor. Todos nós precisamos de amar e de ser amados e elas não são diferentes. O objetivo das mulheres que estão na prostituição é sempre a saída, dizem que é por pouco tempo, até organizarem a vida. As mulheres, quer de 20 anos quer de 60, quando estão na prostituição, gostam pouco de si, existe muita pobreza emocional e afetiva. Não são só as questões económicas", descreve. 
Quando a mulher menos tem direito ao seu corpo é quando tem necessidade de o vender para o sobreviver
Para esta especialista, há argumentos do lado da defesa da legalização da prostituição que são puras falácias. "Toda a gente sabe que quem tem o dinheiro na mão é que manda", salienta, fazendo alusão ao facto de, acima da vontade da mulher, está o chulo e ainda o cliente.
"A questão da autodeterminação das mulheres, o direito ao corpo, isso são tudo falácias. Quando a mulher menos tem direito ao seu corpo é quando tem necessidade de o vender para o sobreviver. E podem dizer que há pessoas que o fazem porque querem e porque gostam. Eu não falo de uma realidade que não conheço. Não conheço nenhuma mulher que me tivesse dito que gostava daquilo que fazia. Nos primeiros tempos, o dinheiro até lhes limpa as lágrimas, porque nunca viram tanto dinheiro junto, mas a realidade por trás disso é que há uma vida fragilizada, lacunas mentais e emocionais e muita violência", descreve, sublinhando ser preciso aprofundar mais o problema.
"Não é ir a um bar, onde atrás está o dono ou o amigo do dono, em que a mulher diz o que o jornalista quer, que está tudo bem, que se ganha x por dia. É uma vida sem planos, não se olha para o dia de amanhã, é viver o dia a dia. Ganha-se gasta-se. Há mulheres que nos chegam aqui que têm que fazer psicoterapia durante anos. Na Holanda e na Alemanha, há muito tempo que as mulheres estão nas montras e não é por isso que se passou a olhar com outros olhos". 
Se não gostaria que isto fosse para as minhas filhas, porque é que hei-de lutar para que seja para os filhos dos outros?As mulheres, lá como cá, explica Conceição, não querem estar registadas nas finanças como prostitutas. "Podemos chegar à situação perversa de, se a prostituição for legalizada, pode até perder-se o subsídio de desemprego se o dono da casa achar que aquela pessoa satisfaz as condições e recusar três vezes aquele trabalho", alerta, prosseguindo: "Isto é quase uma caricatura mas no fundo, na Holanda e na Alemanha é o que acontece. Um industrial do sexo pode ir ao centro de emprego e dizer que precisa de pessoas".
Não se trata de uma questão de moralismo, posiciona-se. Trata-se, isso sim, de defender valores como: "Se não gostaria que isto fosse para as minhas filhas, porque é que hei-de lutar para que seja para as filhas dos outros?", argumenta.
"Que sinal estamos a dar ao jovens para uma sexualidade saudável se vamos legalizar o facto de se poder comprar o corpo como se de um objeto se tratasse? É tirar todo o caráter de humanidade à sexualidade. (...) A prostituição é uma violência. E depois dizem, é uma situação que existe, vamos ajudar as mulheres a prostituir-se melhor. Uma analogia com a escravatura: temos um autocarro para brancos e outro para pretos, o dos brancos tem ar condicionado e o dos pretos não. Vamos pôr ar condicionado no dos pretos também, mas o apartheid continua. Em relação ao tráfico, que aumenta com a legalização da prostituição, ele só existe porque existe prostituição. É a mesma coisa que lutarmos contra o tráfico de escravos e não lutarmos contra o sistema esclavagista". 
Como funciona o Ninho?
O Ninho é uma IPSS destinada a ajudar mulheres a sair da prostituição. Durante os 50 anos de existência, as mulheres chegam ao Ninho de várias formas. Há um centro de atendimento e um serviço de intervenção. “Há mulheres que procuram o Ninho, há umas que trazem outras. Nós também vamos aos locais e deixamos os nossos contactos, um cartão escrito em quatro línguas”, conta Conceição, explicando que não abordam as mulheres com uma atitude moralista ou de culpabilização, nem lhes tentam impor o seu ponto de vista. O Ninho ajuda as mulheres a (re)inserirem-se na sociedade, e isso vai desde ajudá-las a tratar do abono de família dos filhos de mulheres que ainda se estão a prostituir, por exemplo, a dar-lhes ferramentas para conseguirem um emprego depois de decidirem sair da prostituição, quando dizem “esta vida já não é para mim”.
O Ninho tem um lar, onde as mulheres podem estar com os filhos, e oficinas de treino. “Temos raparigas que o importante é voltar a estudar ou que têm capacidade para entrar imediatamente no mercado de trabalho. Como podem ser mulheres que precisam de adquirir essas competências que lhe permitam a reinserção. Temos umas oficinas de aprendizagem ao trabalho, estão aqui connosco das 9h às 17h, e à hora de almoço saem e vão almoçar ao lar onde temos uma cantina”,explica.
O Ninho tem ainda um protocolo com a Câmara de Lisboa. Há sempre 12 mulheres a trabalhar nos jardins da cidade. “Trabalham como qualquer outro trabalhador da Câmara. Tem recibo. Apesar de não terem um contrato de trabalho, é um protocolo, fazem descontos para a segurança social. Muitas delas nunca tinham feito descontos na vida”.
De salientar que, muito embora o Ninho se posicione contra a legalização da prostituição, a Rede sobre o Trabalho Sexual (RST), que junta uma boa parte de organizações que trabalham com prostitutas em Portugal, tem opinião contrária, pelo que luta para que a prostituição possa vir ser encarada como uma profissão.
 www.noticiasaominuto.com
02
Jun17

Conferência da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN decorre hoje, em Lisboa Trabalhadoras portuguesas ganham menos 16,7% em média

António Garrochinho


Um estudo sobre a situação actual das mulheres em Portugal, da CGTP-IN, vai ser apresentado hoje na conferência da Comissão para a Igualdade da confederação sindical.
Mulheres participam na manifestação promovida pela CGTP-IN e pelo MDM para assinalar o Dia Internacional da Mulher, que decorreu entre o Chiado e a Assembleia da República, em Lisboa, 8 Março 2013
Mulheres participam na manifestação promovida pela CGTP-IN e pelo MDM para assinalar o Dia Internacional da Mulher, que decorreu entre o Chiado e a Assembleia da República, em Lisboa, 8 Março 2013Créditos
O encontro realiza-se durante todo o dia no hotel Olaias Park, em Lisboa, com o lema «Valorizar o trabalho, efectivar a igualdade». A eleição da nova direcção nacional da comissão decorre a partir das 12h30, devendo ser anunciado o resultado pelas 16h30, antes da intervenção do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos. Em comunicado, a central informa que «são esperados mais de 250 delegados e delegadas de todo o País».
O estudo «Caracterização e dados sobre a situação actual das mulheres em Portugal» integra o plano de açcão da estrutura para os próximos quatro anos, a aprovar hoje. Segundo as conclusões do trabalho, «as mulheres trabalhadoras têm hoje, em média, níveis de habilitação superiores aos dos seus companheiros de trabalho homens sem que exista, no entanto, correspondência em termos salariais».
«Por exemplo, 41% dos homens trabalhadores licenciados estão classificados como quadros superiores, enquanto entre as mulheres a percentagem desce para os 29%», sendo que «o mesmo sucede relativamente aos bacharelatos (30% face a 19%), mestrados (45,5% face a 26,9%) ou doutoramentos (73% face a 67%)», conclui o estudo.
Segundo a CGTP-IN, «este padrão de diferenças salariais reproduz-se e até aumenta quando considerados os ganhos mensais, ou seja, considerando também o pagamento por horas suplementares ou extraordinárias, prémios e subsídios regulares, uma vez que os homens tendem a fazer mais trabalho extraordinário e a alcançar mais prémios». Neste caso, «o diferencial em termos do ganho mensal é de 20% em desfavor das mulheres trabalhadoras do sector privado».
Para a central sindical, na base desta situação estão «diversos tipos de discriminação, quer relativamente às actividades e profissões que desempenham – habitualmente associadas a baixos salários –, quer no acesso e ascensão na carreira, discriminações com origem em estereótipos de diversa ordem que são usados pelo patronato para as sujeitar a uma maior exploração».
A este propósito, a CGTP defende que o aumento do salário mínimo nacional «é também importante do ponto de vista da promoção da igualdade salarial entre mulheres e homens», estimando que, «se o salário mínimo fosse de 600 euros em 2016, o diferencial entre mulheres e homens em desfavor daquelas baixaria de 16,7% para 15%».
Analisando os horários de trabalho e a conciliação com a vida familiar e pessoal, o estudo nota que, apesar de os homens «trabalharem habitualmente, em média, mais tempo do que as mulheres na sua atividade remunerada, no trabalho não pago acontece o inverso»: se as mulheres trabalham oito horas e 35 minutos por dia no seu emprego remunerado e os homens nove horas e 22 minutos, no trabalho não pago (tarefas e responsabilidades no quadro doméstico e familiar), as mulheres com actividade profissional despendem mais uma hora e quarenta minutos por dia útil do que os homens.

Com Agência Lusa

www.abrilabril.pt
02
Jun17

UMA IRONIA SOBRE A QUADRATURA QUE APRESENTADA POR "HOMENS" MAIS ME PARECE OUTRA COISA.

António Garrochinho

QUADRATURA DO CÍRCULO, UM SALÃO DE MERETRIZES
A moderadora, a Carla, se é que modera alguma coisa mais me parece a barman afastada dos espectáculos onde se exige condição física e atributos carnais rijos e que foi remetida para servir os drinks às madames que animam a paródia que entra pela nossa porta dentro. 
A meretriz sofisticada a Pachêca de maneira inteligente vai dando entradas ao psd sem que deixe pousar a mão no ombro do parte dos carneiros de Camarate e dos irados seguidores da lamentável desgraça que é a travestida meretriz que reside em Massamá e que ainda se julga ministra .Ás vezes esta prostituta barbuda e inteligente diz umas coisas , diz mas não sente, trabalha bem no arame e as suas intervenções servem para dar mais fôlego aos seus companheiros do saque e da desgraça. Depois a outra a que é perita em manobras escuras e vai assegurando os seus clientes de alta roda, a Loba Xavier que é uma verdadeira actriz na arte da representação e na cativação dos clientes que vivem dos negócios escuros e da falcatrua do colarinho branco. Por fim a porteira do bordel , aquela que mesmo querendo ser simpática não consegue esconder a sua tendência para a cacetada e para a prática dura e pura que se reflecte no "ou pagas ou vais para a rua" Esta meretriz que por sinal tem também Coelho no nome mas pertence à escola xuxa da prostituição endinheirada mais parece uma madre perversa dos conventos duvidosos onde os castigos e as ameaças são o prato forte entre paredes. A Georgina Coelho amedronta, barafusta e sente saudades dos tempos da moca.
Ontem ouvi-as e como sempre fiquei enojado com o streap tease que a televisão dos donos disto tudo continuam a mandar para o ar. A barbuda maoista, sempre raposa, já vai enjoando com as suas análises de várias caras e rejubila ao falar da China já que lá no oriente o dinheiro de que ele gosta tanto é coisa que não falta, A Loba Xavier essa só mostra o cabedal a quem lhe pague bem e se possível em cash para não deixar rasto. A porteira bruta entreteve-se a falar da Venezuela onde não poupou Maduro que está a armar o povo e muito contrariado disfarçando a ira, disse que a Venezuela não tem solução a não ser (talvez) com uma guerra civil.
E pronto ! assim terminou a minha visita ao bordel televisivo onde nem sequer bebi uma cerveja pois os preços não são para a minha algibeira e marca que por lá se vende não é do meu agrado.
António Garrochinho
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