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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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11
Jun17

As “passinhas do Algarve” na seca de 1875 ou o retrato social e económico da região – Lagos, Monchique e Portimão - 2ª parte

António Garrochinho


Face à calamidade que se abatera sobre o Algarve, na sequência de dois anos consecutivos de seca, o governo foi forçado a agir, para minimizar a catástrofe que ameaçava aniquilar os algarvios.

Assim, por determinação governamental o governador civil de Faro, José de Beires, visitou todo o distrito, entre 23 de Maio de 10 de Junho de 1875, recolhendo informações sobre o real estado agrícola e social da província, bem como eventuais medidas, para atenuar a fome e sede que aterrorizavam os nossos trisavós.
Nesta sequência e após percorrer Vila do Bispo e Aljezur, dirigiu-se para Lagos, onde, a 28 de Maio, segundo o periódico local “Gazeta do Algarve”, à semelhança dos concelhos anteriores e subsequentes, José de Beires se reuniu com a Câmara, Conselho Municipal, os 40 maiores contribuintes, párocos e regedores das freguesias.
Lagos era então o maior produtor de figo do Algarve, arrolando também uma importante produção de amêndoa. Todavia, ambas as colheitas ameaçavam ser ainda mais diminutas que no ano anterior, de má memória.
As figueiras, definhadas, quase não haviam rebentado e as esparsas e mal desenvolvidas folhas já se encontravam amarelecidas, como se estivéssemos no Outono.
Pelo exposto, estimava aquele magistrado que a colheita média atingiria, quando muito e caso a longa estiagem não tolhesse o pouco fruto que apresentavam, a quarta parte de uma produção regular.




No concelho de Lagos, já eram visíveis árvores secas, sendo que um dos maiores produtores locais estimava o valor da perda de figueiras e amendoeiras na ordem de 1:000$000 réis.
Por outro lado, como lembrava José de Beires, o progressivo aumento do calor nos meses de Verão poderia causar a morte a grande parte do arvoredo adulto, inviabilizando, caso se concretizasse, as colheitas durante vários anos, o que constituiria “o maior de todos os prejuízos”. Vejamos agora, guiados pelo seu relato, os prejuízos em cada freguesia.

Em Bensafrim:

“É a freguezia que confina com a serra, e que menos prejudicada se acha com a falta de chuvas. O arvoredo (figueiras) comquanto apresente um aspecto pouco productivo, não se tem perdido. Os cereaes serão um terço a menos de uma colheita regular. As sementeiras serôdias é que não produzirão a semente”.
Se, na área serrana do concelho, as consequências da estiagem não eram avassaladoras, o mesmo não acontecia junto ao litoral.

Na Luz:

“O arvoredo, principal riqueza d’esta freguezia, acha-se consideravelmente deteriorado, e algum está já perdido. As searas em péssimo estado. As únicas soffriveis são as que se encontram nas terras limpas de arvores, nas proximidades de Espiche e Almadena, e que constituem uma insignificante parte da freguezia. A producção media de cereaes foi calculada em duas sementes; e a do figo na quarta parte de uma producção regular. Do serôdio, nem a semente.”
Quanto à freguesia de Odiáxere:

“Arvoredo em geral pouco promete. As searas pela maior parte não produzirão a semente, só as que se acham nas varseas dão esperança de dobrar a sementeira. Os serôdios, ainda mesmo chovendo, pouco ou nada produzirão.”




Por fim as freguesias da cidade, em Santa Maria:

“É a freguezia que se acha em peiores circumstancias, por ser aquella onde apparece mais considerável perda de arvoredo. As searas nem feno produziram, são colhidas á mão, e assim levadas aos palheiros. Dos legumes nada ha a esperar.”

Em S. Sebastião:

“O arvoredo em mau estado. As searas só no paul produzirão 3 a 4 sementes, quando a producção regular é de 12 a 15. No resto da freguezia poderá esperar-se, quando muito, uma semente. A agua vae escasseando nas noras e poços.”
Os lacobrigenses, principalmente do litoral, estavam duramente afetados pelo longo estio, não só pelas parcas colheitas de cereais, mas também pela perda de arvoredo, inexistência de produtos hortícolas e até o abastecimento público poderia estar em causa a breve trecho.
A tudo isto juntavam-se os salários, que haviam descido comparativamente com anos anteriores. Quanto a medidas de mitigação, José de Beires sugeria a construção do primeiro lanço da estrada distrital de Lagos a Aljezur, o qual permitiria “occupar muitos braços disponíveis e remediar muitas necessidades”.
Feito o diagnóstico em terras de São Gonçalo, o governador prosseguiu para Monchique. Este concelho, pela sua localização serrana, apresentava algumas singularidades, desde logo não tinha amendoeiras ou figueiras, então a principal riqueza do Algarve, no entanto não era pobre, antes pelo contrário.
Nele abundavam castanheiros e pomares de laranjeiras, pereiros e outras árvores, as quais, face à abundância de nascentes de água, eram irrigadas frequentemente.
Em resultado, abastecia de frutas e madeiras de castanho toda a região, além de exportar quantidade expressiva para outros locais. Note-se que a reputação dos peros de Monchique chegou aos nossos dias.
A tudo isto e em oposição ao Baixo Algarve, ali havia chovido naquele Inverno, embora não tanto como o habitual, encontrando-se algumas nascentes esgotadas. José de Beires calculava que a disponibilidade de recursos hídricos apenas permitia irrigar metade dos terrenos, relativamente a anos regulares, existindo nos monchiquenses algum temor pela perda de árvores.




Observemos agora os principais danos em cada freguesia.

Sobre o Alferce escreveu o governador:

“É a freguezia menos productora do concelho. Tem cultura insignificante de cereaes, milho e feijão. Todas as sementeiras apresentam soffrivel aspecto, especialmente depois das ultimas chuvas que ali caíram. O arvoredo, cultura principal, não está tão desenvolvido como nos annos regulares. Receiam os proprietários perda de fructo porque as nascentes vão seccando, faltando por isso agua para regar todo o arvoredo”.
Na outra extremidade do município, em Marmelete:
“Tem boas searas, e as sementeiras serôdias podem dar uma producção regular, continuando a chover. O arvoredo, no mesmo estado do do Alferse”.

Quanto à vila:
Monchique tem poucas searas e essas soffriveis. O milho e feijão, como na freguezia do Marmelete. O arvoredo no mesmo estado. Alguns proprietários informaram ter já perdido algumas árvores, por falta de regas, e que o fructo é em geral escasso”.

Não obstante estas contrariedades, Monchique era o concelho menos atingido pela calamitosa seca.
Em situação diferente encontrava-se Vila Nova de Portimão, município examinado de seguida. Aqui abundava o pomar tradicional de sequeiro, a amendoeira, figueira e alfarrobeira, sendo os prejuízos provocados pela estiagem superiores aos de Lagos. Havia mais árvores secas e as que subsistiam apresentavam menos fruto, encontrando-se as folhas em queda adiantada, principalmente junto à costa.
As searas, na generalidade, nem feno haviam produzido, e sem ele faltava alimento para os gados. A juntar a tudo isto, os melhores terrenos apresentavam o pior aspeto.




Em termos de freguesias principiemos pela Mexilhoeira Grande, guiados pela pena daquele excursionista:
“A sua cultura principal é de arvoredo – figueiras, amendoeiras e oliveiras. Todas se acham em deplorável estado, havendo já a perda de muitas amendoeiras e figueiras. A producção d’estas será de uma vigessima parte de uma colheita regular. As oliveiras perderam toda a flor sem deixar fructo. Quanto a cereaes, bem poucos colherão um décimo de uma producção ordinária. A maior parte das searas apenas apresentam palha e tão curta que só pôde ser apanhada á mão. As sementeiras serôdias irremediavelmente perdidas”.


Já em Alvor:
“A sua riqueza principal consiste em vinhas. Apresentam abundância de cachos, mas receia se que a estiagem prejudique o seu desenvolvimento. As outras culturas não estão melhores do que as da freguezia da Mexilhoeira”.

Por fim, Vila Nova de Portimão:

“Exceptuando as searas da várzea do Boina, pertencente ao Reguengo, que estão superiores ás de um anno regular, todas as mais estão em idênticas circumstancias ás das outras freguezias. Do mesmo modo as sementeiras serôdias e o arvoredo, que em alguns sitios se acha já perdido”.
A situação económica e social dos portimonenses era pois periclitante, sem trigo, azeite ou frutos secos, a que se adicionava a ausência de forragens para os animais, quanto muito teriam uvas de Alvor. Ainda assim, por motivos que ignoramos, José de Beires não elencou qualquer medida de mitigação.
Melhor sorte não tinha Lagoa, na outra margem do Arade, para onde aquele magistrado se dirigiu, não pela ponte rodoviária, que se encontrava em construção desde o ano anterior, mas certamente pela barca de passagem, dado que primeira só ficaria concluída em Julho de 1876.
Mas estes eram outros constrangimentos de uma região em crise e sedenta de apoios para não sucumbir. Já em Ferragudo, o governador observou “as mais deploráveis condições” …

(continua)
Nota 1: As imagens utilizadas são meramente ilustrativas. Correspondem a postais ilustrados, da primeira metade do século XX.
Nota 2: Nas citações do jornal «Gazeta do Algarve», optou-se por manter a grafia e da época.


Autor: Aurélio Nuno Cabrita, engenheiro de ambiente e investigador de história local e regional, colaborador habitual do Sul Informação

sulinformacao.pt

11
Jun17

Confronto no Bilderberg 2017

António Garrochinho

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Não existe qualquer fotografia da reunião do Grupo de Bilderberg cujos trabalhos são confidenciais. A segurança da reunião não é garantida pelo FBI, nem pela polícia da Virgínia, mas por uma milícia privada e directamente pela OTAN.
O Grupo de Bilderberg foi criado, em 1954, pela CIA e pelo MI6 para apoiar a Aliança Atlântica. Tratava-se de reunir personalidades do mundo económico e mediático com responsáveis políticos e militares de maneira a sensibilizar a sociedade civil face ao «perigo vermelho». Longe de ser um lugar de decisão, este clube muito fechado tem sido, historicamente, um fórum onde os velhos deviam rivalizar entre si quanto à fidelidade para com Londres e Washington, e os mais jovens mostrar que se poderia ter confiança neles contra os Soviéticos [1].
Foi durante a reunião anual de 1979 que Bernard Lewis revelou aos presentes o papel dos Irmãos Muçulmanos contra o governo comunista Afegão. O islamólogo britânico-israelo-americano propunha aí, então, estender a «Guerra pela Liberdade» (sic) a toda a Ásia Central.
Foi em 2008, ou seja, com dois anos e meio de antecedência, que Basma Kodmani (a futura porta-voz da oposição síria) e Volker Perthes (o futuro conselheiro de Jeffrey Feltman para a Capitulação total e incondicional da Síria [2]) lá explicaram todo o interesse em apoiar os Irmãos Muçulmanos para dominar o Médio-Oriente. Eles sublinharam a «moderação» da Confraria face ao Ocidente com o contraste mostrado pelo soberanismo «extremista» do Irão e da Síria [3].
E, foi em 2013 que o líder do patronato alemão, Ulrich Grillo, aí advogou a organização de uma migração maciça de 800. 000 trabalhadores sírios para as fábricas (usinas-br) alemãs [4].

O Bilderberg 2017

O Grupo de Bilderberg acaba de realizar a seu encontro de 2017, de 1 a 4 de Junho, nos Estados Unidos. Contrariamente ao habitual, os 130 participantes não defenderam todos o mesmo projecto. Pelo contrário, no seguimento das intervenções de Donald Trump na Cimeira americano-árabe islâmica e na OTAN [5], a CIA e o MI6 organizaram, no primeiro dia, um debate opondo os partidários da luta contra o islamismo aos seus apoiantes. Tratava-se, bem entendido, quer de encontrar um compromisso entre os dois campos, quer de avaliar a extensão das dissensões e de não os deixar destruir o objectivo inicial da Aliança : a luta contra a Rússia [6].
Do lado anti-islamismo (isto é, não oposto à religião muçulmana, mas ao Islão político do tipo Sayyid Qutb), salientava-se a presença do general HR McMaster (Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente Trump) e da sua perita Nadia Schadlow. McMaster é um estratega reconhecido, cujas teorias foram testadas no campo de batalha. Schadlow trabalhou sobretudo na maneira de transformar as vitórias militares em sucessos políticos. Ela interessou-se muito pela reestruturação de movimentos políticos nos países vencidos. Em breve, ela deverá publicar um novo livro sobre a luta contra o radicalismo islâmico.
Do lado pró-islamista, notava-se pelos Estados Unidos a presença de John Brenan (antigo Director da CIA) e dos seus ex-subordinados Avril Haines e David Cohen (financiamento do terrorismo). Pelo Reino Unido, Sir John Sawers (antigo Director do MI6 e protector de longa data da Confraria) e o General Nicholas Houghton (antigo Chefe do Estado-Maior que preparou o plano de invasão terrestre da Síria). Pela França, o General Benoît Puga (antigo Chefe do Estado-Maior do Eliseu e comandante das Forças Especiais na Síria) e Bruno Tertrais (estratega neo-conservador do ministro da Defesa). Finalmente, pelo sector privado, Henry Kravis (Director dos fundos de investimento KKR e tesoureiro informal do Daesh) e o General David Petraeus (co-fundador do Daesh).
E como se este desequilíbrio não fosse suficiente, os organizadores tinham previsto a presença de peritos capazes de justificar o injustificável, tal como o Professor Niell Fergusson (historiador do colonialismo britânico).

A possível mudança de alianças

Algum tempo será necessário para se saber o que foi dito no decorrer desta reunião e para compreender as conclusões que tanto uns como outros tiraram. Mas, desde já, podemos constatar que Londres pressiona para uma mudança de paradigma no Médio-Oriente. Mesmo que o modelo da «Primavera Árabe» (reprodução da «Revolta Árabe de 1916», organizada por Lawrence da Arábia para substituir o Império Otomano pelo Império Britânico) seja abandonado, o MI6 espera criar uma nova “entente” com base no islamismo político.
De facto, enquanto Washington renovou a sua aliança com a Arábia Saudita e a convenceu a romper com a Irmandade em troca de 110 mil milhões (bilhões-br) de dólares de armamento [7], Londres pressiona por um entendimento entre o Irão, o Catar, a Turquia e os Irmãos Muçulmanos. Se este projecto avançasse, assistiríamos ao abandono do conflito sunita/xiita e à criação de um «crescente do islão político» indo de Teerão, a Doha, a Ancara, a Idlib, a Beirute e a Gaza. Este novo arranjo permitiria ao Reino Unido conservar a sua influência na região.
A única coisa que parece fazer o consenso entre os Aliados é a necessidade de abandonar o princípio de um Estado jiadista. Todos admitem que é preciso devolver o diabo à sua caixa. Quer dizer, acabar com o Daesh(E.I.), mesmo que alguns continuem com a Alcaida. É por isso que, inquieto com a sua sobrevivência, o auto-proclamado Califa fez chegar secretamente um ultimato a Downing Street e ao Eliseu.

Escolher o seu campo

Veremos nos próximos meses, se a viragem da Arábia Saudita é real. Isso seria uma boa notícia para os Sírios, mas uma má para os Iemenitas (que o mundo ocidental ignoraria então). Ela daria a possibilidade ao rei Salman de fazer evoluir o wahhabismo de uma seita fanática para uma religião normal. De imediato, o súbito conflito que opõe Riade a Doha, a propósito do Irão, funciona como uma polémica sobre o possível parentesco entre o fundador da seita, Mohammed ben Abdelwahhab, e a dinastia catariana dos Al-Thani; uma pretensão que enfureceu os Saud.
O projeto de ’islão político’ consiste em unir os Irmãos Muçulmanos aos Khomeinistas. Isso implica que o Irão, ou o Hezbolla, substituam por esta problemática a luta anti-imperialista. Se fosse para a frente, iria levar certamente o Irão a retirar-se da Síria. A Casa Branca leva isto muito sério e prepara-se para tal com receio. Donald Trump já designou Teerão como o seu novo inimigo, aquando do seu discurso em Riade, e acaba de nomear Michael D’Andrea (que organizou o assassinato de Imad Mougniyeh, em Damasco, em 2008) como responsável fe da secção iraniana da CIA [8].
A Rússia tinha-se preparado para uma eventual nova ordem no Médio-Oriente. Assim, ela manteve a sua ambição quanto a aceder(acessar-br) às «águas quentes» apoiando a Síria, e de poder manter a circulação através dos estreitos dos Dardanelos e do Bósforo (indispensáveis para entrar no Mediterrâneo) aproximando-se, para isso, do seu adversário hereditário, a Turquia. Todavia, a prazo, o islão político não fará mais do que causar-lhe problemas no Cáucaso.
Como sempre quando os jogadores batem as cartas na mesa, cada um deverá fazer o seu jogo. O Reino Unido defende o seu Império, a França a sua classe dirigente e os Estados Unidos o seu povo. No Médio-Oriente alguns irão bater-se pela sua comunidade, outros pelas suas ideias. Mas, as coisas nunca são assim tão simples. Assim, o Irão poderia não seguir os ideais do Imã Khomeini baralhando os meios e os fins. O que era, à partida, uma revolução anti-imperialista, inspirada pela força do Islão, poderia se converter numa simples afirmação da utilização política desta religião.

As consequências no resto do mundo

O MI6 e a CIA correram um grande risco ao convidar um não-atlantista para a reunião do Bilderberg 2017. O Embaixador da China, Cui Tiankai, que só deverá intervir no quarto dia do seminário, tem, pois, podido avaliar desde o primeiro dia as posições de cada membro da OTAN.
Por um lado Pequim aposta na colaboração de Donald Trump, na abertura dos Estados Unidos ao seu Banco Asiático de Investimento para as Infra-estruturas (AIIB), e no desenvolvimento de todas as sua rotas comerciais. Por outro, espera que o Brexit se traduza numa aliança económica e financeira com Londres [9].
O Embaixador Cui, que foi Director do Centro de Pesquisa Política do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, poderia, portanto, aparentemente, ficar satisfeito com uma simples destruição do Daesh(E.I.). Mas, ele não ignora que aqueles que organizaram o Califado para cortar a «Rota da Seda» no Iraque e na Síria, depois a guerra na Ucrânia para cortar «a Nova Rota da Seda», se preparam para, preventivamente, abrir uma terceira frente nas Filipinas e uma quarta na Venezuela, afim de cortar outros projectos de comunicação.
Deste ponto de vista, a China, que tal como a Rússia tem interesse em apoiar Donald Trump, quanto mais não seja para prevenir o terrorismo no seu próprio país, irá interrogar-se sobre as possíveis consequências a longo prazo de uma hegemonia britânica no «crescente do islão político».
Tradução
Alva

[1] “Aquilo que você não sabe sobre o Grupo Bilderberg”, Thierry Meyssan, Tradução David Lopes, Komsomolskaïa Pravda (Rússia) , Rede Voltaire, 29 de Abril de 2011.
[2] “A Alemanha e a ONU contra a Síria”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria) , Rede Voltaire, 28 de Janeiro de 2016.
[3Sous nos yeux. Du 11-Septembre à Donald Trump (Sob os nossos olhos, Do 11-de-Setembro a Donald Trump), Thierry Meyssan, Editions Demi-lune, 2017.
[4] “Como a União Europeia manipula os refugiados sírios”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 2 de Maio de 2016.
[5] “Trump avança os seus peões”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria) , Rede Voltaire, 30 de Maio de 2017.
[6] “A reunião de 2017 do Grupo de Bilderberg”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 3 de Junho de 2017.
[7] “Donald Trump contra o jiadismo”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Al-Watan (Síria) , Rede Voltaire, 23 de Maio de 2017.
[8] “A CIA prepara operações secretas duras contra o Irão”, Tradução Alva, Rede Voltaire, 6 de Junho de 2017.
[9] “O Brexit redefine a geo-política mundial”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 27 de Junho de 2016.


11
Jun17

“Entregues aos bichos…”

António Garrochinho


… ou quando campanhas de classe se identificam – evidente, inequivocamente! – com posições patrióticas, de luta por “um futuro de Portugal minimamente independente”.
As campanhas do PCP sob os lemas de Produção e soberania, de combate à submissão de Portugal à União Europeia têm-se sucedido, e encontraram uma indesejável evidente justificação na recente evolução que denuncia claramente uma estratégia em que se inserem os casos de “resolução” de problemas em unidades do “sistema bancário português”, sempre a fugir ao indispensável controlo público.
Nicolau Santos, na sua página 5 do caderno Economia do Expresso de hoje traça, em Banca: A agenda escondida da CE e BCE, uma clarificadora síntese da situação, a partir da compra do Banco Popular pelo Santander, anunciada esta terça-feira
 É, no entanto, de lamentar que, sendo o artigo esclarecedor, seja tão sintético que ignore campanhas e posições que esclareceriam mais e melhor. Como as comissões de inquérito da Assembleia da República, e particularmente os livros de Miguel Tiago e Ana Goulart, o possiblitariam. Ao menos, a referência a trabalho sério, responsável, atempado… e anterior aos ora sintetizados desenvolvimentos.


Este artigo encontra-se em: anónimo séc. xxi http://bit.ly/2sg96ze
11
Jun17

É urgente corrigir a enorme carga fiscal que incide sobre as pensões e os rendimentos do trabalho

António Garrochinho


Em média, 92% dos rendimentos dos portugueses declarados para efeitos de IRS são rendimentos do trabalho e pensões. Os rendimentos de Capital e de Propriedade fogem em larga escala ao pagamento de IRS (com excepção dos juros de depósitos bancários e dos dividendos de accionistas portugueses retidos pela banca). Por isso quando em 2013 Vitor Gaspar/PSD/CDS/”troika” aprovaram um enorme aumento de impostos foram principalmente os trabalhadores e pensionistas que tiveram de suportar o aumento brutal da carga fiscal. As medidas e propostas do actual governo representam uma reversão que não chega a ¼ do que é extorquido pelo sistema actual.







www.odiario.info
11
Jun17

Que se (lhe) faça justiça!

António Garrochinho


Há pouco, na madrugada insomne para que me deu a procura de informação (informar-SE, informar-SE!), corria e aproveitava a Economia do Expressoquando deparei, na discutível coluna dos “ALTOS E BAIXOS”, com uma cara que pouco tem aparecido e com uma notícia que, se não me deu alegria, me trouxe algum conforto:
Este ca valheiro é, como é bem dizer, um caso paradigmático. Depois de uma participação governamental “exemplar”, que terminou com esse “negócio já de si bastante polémico” de “ajuste directo a um mês das eleições legislativas”, teve logo logo o prémio de ser contratado para o Banco de Portugal para liderar a venda do Novo Banco, onde não se terá poupado a esforços negociais evidentemente muito bem remunerados. 
Face a este “sinal” vindo da PGR, sei que é esperar muito… mas que se (lhe) faça justiça!


Este artigo encontra-se em: anónimo séc. xxi http://bit.ly/2t8Ez2O

abrildenovomagazine.wordpress.com

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