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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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15
Jun17

NEM UM BERBIGÃO !!!!! - Rota do Petisco das Terras da Ria começa hoje…e já conseguiu um “milagre”

António Garrochinho

NEM UM BERBIGÃO
Bacalhau esteve ao lado do governo PSD Passos Coelho nas demolições na Ria Formosa e agora em tempo de eleições a visão que tem sobre a ria são os petiscos mas não merece comer um único berbigão da nossa Ria Formosa.
Damásio Ferreiro



O presidente da Câmara de Olhão, o presidente da Câmara de Faro e o vereador da CDU António Mendonça


Rota do Petisco das Terras da Ria começa hoje…e já conseguiu um “milagre”


Se não tivesse mais nenhuma virtude – e tem muitas -, a nova Rota do Petisco das Terras da Ria já poderia, pelo menos, anunciar ter sido responsável por uma quase milagre: é que ontem, ao início da noite, no lançamento oficial no Museu de Faro, conseguiu colocar lado a lado, e sorridentes, os presidentes das Câmaras de Faro e de Olhão…
Aliás, tanto Rogério Bacalhau, edil social-democrata de Faro, como António Pina, edil socialista de Olhão, deram conta disso nos breves discursos que proferiram, entre sorrisos ou mesmo gargalhadas dos convidados. A Rota do Petisco «tem a vantagem de juntar o que geralmente está afastado» disse mesmo António Pina.
«Temos muito a ganhar por trabalharmos em conjunto», acrescentou o autarca olhanense, que chegou mesmo a agradecer à associação Teia d’Impulsos, que organiza a Rota do Petisco, «por ter impulsionado a união entre Olhão e Faro».
Rogério Bacalhau, por seu lado, fez questão de sublinhar o interesse que o evento tem para fomentar a economia e os negócios locais, nomeadamente na vertente do turismo gastronómico, nos dois concelhos vizinhos.
Esta apresentação teve o condão de ser muito ecuménica do ponto de vista político, uma vez que também por lá estiveram representantes de outros partidos, como o vereador António Mendonça, da CDU, que é de novo candidato.


Questões políticas e de (má) vizinhança à parte, a primeira edição da Rota do Petisco nas terras da Ria Formosa começa hoje, dia 2 de Junho, e prolonga-se até 9 de Julho, em 34 restaurantes e pastelarias das duas cidades (e arredores). São 34 boas razões para «percorrer as ruas de Faro e Olhão com o apetite bem desperto e diversão no horizonte».
Ontem, nos claustros do antigo convento que alberga o Museu Municipal de Faro, alguns dos petiscos, ao som de Tércio nanook ou do DJ Nuno Silva, foram dados a provar aos convidados e a verdade é que…não sobrou nada! Um bom augúrio para o mês que, quem gosta de comer bem e de conviver, poderá agora dedicar a percorrer, se não todos, pelo menos a maioria dos estabelecimentos aderentes a esta Rota do Petisco das Terras da Ria.
O conceito é simples: petisque aqui e acolá por um preço módico. Os estabelecimentos aderentes oferecem uma ementa especial ao preço de 3 euros por “Petisco” (petisco + bebida) e a 2 euros o “Doce Regional” (sobremesa + bebida) a quem apresentar o passaporte da Rota do Petisco para ser carimbado.
Este passaporte custa 1 euro e pode ser adquirido nos restaurantes e pastelarias participantes ou num dos Postos de Informação da Rota do Petisco: Postos de Turismo de Faro e de Olhão, Centro Náutico da Ilha de Faro e Museu Municipal de Olhão.
O valor pago na aquisição do passaporte reverte integralmente para o apoio dos 12 projetos sociais apoiados pela Rota Solidária.
Com o passaporte da Rota do Petisco, os petiscadores dão… mas também recebem. «Ao angariar pelo menos 12 carimbos, recebe automaticamente um brinde e fica habilitado a um dos prémios da Rota do Petisco. E há ainda mais ofertas e descontos a descobrir!», conta a Teia d’Impulsos.



Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação



15
Jun17

Imaginem se lhe dão maioria absoluta ! - PS chumba regresso ao subsídio de desemprego por inteiro

António Garrochinho



PSD e CDS, que aplicaram a medida quando estavam no Governo, abstiveram-se na votação das propostas do BE e do PCP. Lei da nacionalidade baixou sem votação.
Com o voto contra do PS, o BE e o PCP viram ser chumbadas as suas propostas para acabar com o corte de 10% no subsídio de desemprego após 180 dias de concessão. No momento da votação, o deputado social-democrata Hugo Soares gritou para a bancada do PCP: “É o PS que chumba! Andam a brincar com isto!” Ao que João Oliveira, líder parlamentar comunista, replicou: “Quando em vez de 15 deputados tivermos 89 a gente conversa!” É que tanto PSD e CDS se abstiveram na votação, apesar de terem sido os partidos do governo que aplicou esta medida, em Março de 2012.
Os dois projectos do BE e do PCP estavam na comissão desde Março, para onde tinham baixado sem votação a seu pedido por estarem conscientes da oposição do executivo, e um mês depois o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma espécie de travão ao corte do subsídio de desemprego ao fim de seis meses, apenas para os desempregados que recebiam um apoio que ficaria inferior a 421 euros, ou seja, ao Indexante de Apoios Sociais – que já foi promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa.
Nas votações desta quarta-feira foi ainda aprovada a recomendação do CDS-PP para que o Governo possa bloquear o acesso a sítios online e aplicações classificadas como potencialmente perigosas e impróprias para crianças e jovens.
Mas o PCP viu chumbado o projecto de lei de criação de gabinetes pedagógicos de integração escolar e ao PEV foi recusada a contratação de psicólogos para as escolas assim como a elaboração de uma estratégia de sensibilização sobre o cyberbullying.


www.publico.pt
15
Jun17

VÍDEO - VEJA COMO A ARANHA TECE A SUA TEIA

António Garrochinho

As aranhas tem muita habilidade com sua teia. Ela usa essa arma mortal a fim de pegar sua presa.


Veja nessa matéria rápida como elas fazem isso e se utilizam dessa poderosa arma para garantir o seu alimento.

Sem mais delongas, vamos ao vídeo:



tudorocha.blogspot.pt
15
Jun17

Rússia está pronta a conceder asilo a ex-diretor do FBI caso seja perseguido nos EUA

António Garrochinho

Durante seu discurso na Linha Direta, o presidente russo Vladimir Putin disse que o ex-diretor do FBI James Comey não se distingue muito de Edward Snowden e que a Rússia está pronta a conceder asilo a ele caso seja perseguido nos EUA.

O presidente da Rússia foi questionado sobre o testemunho do ex-chefe do FBI sobre as ligações da administração Trump com a Rússia.

Comey declarou que a Rússia alegadamente exerceu influência nas eleições nos EUA, disse Putin, mas ele não apresentou nenhumas provas do que afirmou. Ao mesmo tempo, Comey disse que Moscou não interferiu na contagem de votos.

"Nós temos nossa opinião e expressamo-la abertamente, a Rússia não realiza qualquer atividade clandestina de sabotagem", disse Putin.
O formato de Linha Direta estreou em 2001, durante o primeiro mandato de Putin. Em 2013, no seu terceiro mandato (o primeiro depois de Dmitry Medvedev ter ocupado o cargo presidencial), a conversa durou 4 horas e 37 minutos.


Sputniknews


www.marchaverde.com.br
15
Jun17

Em Portugal não há doentes imaginários. Em Portugal é considerado um insulto dizer a alguém que ele está com boa saúde.

António Garrochinho
Em Portugal não há doentes imaginários. Em Portugal é considerado um insulto dizer a alguém que ele está com boa saúde. Ou que parece estar. A resposta é uma lista de achaques e de consultas marcadas para várias especialidades atirada à cara do energúmeno que ousou tal ofensa à doença. Os portugueses têm o maior armário da casa cheio de caixas de remédios. Acredito que muitos portugueses foram à escola apenas para lerem as bulas dos medicamentos. O medicamento é sagrado. 
É, pois, compreensível a luta de vida ou morte dos edis e outros chefes locais para a sua terra albergar a sede da Agência Europeia do Medicamento. Oferecer a oportunidade dos eleitores se aviarem de pílulas e xaropes mesmo ali e por conta da Europa é eleição garantida. Ter farmacêuticos, analistas, médicos, aviadores de receitas vindos de Londres ao pé da nossa porta levará, com certeza, muitos dos nossos compatriotas a aprender línguas estrangeiras.
As eleições autárquicas, além das curas para as doenças, puxam sempre pelos brios regionais. O Porto quer a Agência em nome da descentralização – Biba o Porto e o Norte! Coimbra quer a Agência porque é o Centro e tem universidade. Aguarda-se a todo o momento que Vila Real, a Guarda, Viseu, Santarém e Beja apresentem as suas candidaturas em nome do Interior sempre preterido e despovoado em favor do Litoral. Têm todas as cidades a vantagem de bons ares, especialmente a transmontana Vila e a beirã Guarda. E haverá ainda que atender as zonas fronteiriças de Chaves, Vilar Formoso, Elvas, que poderiam servir os dois países vizinhos.
Temos novela, falta um Molière.


Carlos Matos Gomes

Foto de Carlos Matos Gomes.

15
Jun17

RÚSSIA vs USA

António Garrochinho
NA RÚSSIA PRENDERAM-SE 100 MANIFESTANTES, NA AMÉRICA ESSE É O NÚMERO DE MORTOS A TIRO EM UNIVERSIDADES, EM ESCOLAS, EM SUPER MERCADOS OU NA RUA DURANTE UMA SEMANA.
Sobre os milhares de manifestantes presos nos USA, sobre a pena de morte, sobre os erros judiciários que condenam à cadeira eléctrica inocentes, o jornalixo ocidental não fala.
Que gente servilista que faz da boca o cu de outros.

AG
15
Jun17

UMA HISTÓRIA DE GAMANÇO - Governo desconhece acordo entre executivo anterior e EDP

António Garrochinho


Mexia e Manso Neto foram constituídos arguidos a 2 de junho
Alteração à lei faz depender taxa mais baixa nas rendas da energia de proposta da EDP. Reguladores não conhecem contrapartidas

Sem a documentação que define os termos do acordo feito com a EDP, o governo desconhece quanto ainda terá de pagar à elétrica em rendas de energia. Ou até quando haverá obrigação de pagar pelos custos para a manutenção do equilíbrio contratual (CMEC).
Em causa está a alteração feita pelo anterior executivo, em 2013, ao método que determina a compensação à empresa, "em conformidade com os pressupostos e a metodologia constantes da proposta apresentada pela EDP". Mas nem no decreto-lei publicado na sequência do Memorando de Entendimento com a troika nem na portaria subsequente, que permitiu reduzir de cerca de 7% para os 4,72% atuais a taxa nominal que define o custo das rendas, se explicita os termos dessa "proposta". Nem há documentos conhecidos que o façam, garante fonte próxima do processo.
Ou seja, nem o governo nem a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sabem aquilo que foi acordado com a elétrica para o futuro. Tendo em conta a redação da portaria (85A/2013, art.º 1.º) que faz depender a atual taxa de 4,72% do que ficou definido pela "proposta apresentada pela EDP", prevê-se, porém, que haja condições a cumprir. E há suspeitas de que essas contrapartidas possam ter que ver com garantias de potência, que acabem por prolongar no tempo ou aumentar o valor a pagar pelas rendas. Para valerem, esses pressupostos terão de estar explícitos num documento oficial cuja existência o governo e reguladores desconhecem. Tanto a ERSE como a Autoridade da Concorrência (AdC) já levantaram questões sobre o valor pago pelo Estado à elétrica - 2500 milhões em dez anos -, agora sob investigação por suspeitas de ter cobrado rendas excessivas. O governo quer recuperar esse montante, que, segundo o Expresso, acredita que rondará os 500 milhões.
Terão sido estas situações que levaram o atual executivo a não assinar nenhum dos acordos anuais das rendas de energia (veja ao lado como funcionam os CMEC). E mesmo o anterior governo, que pediu uma auditoria de sistemas independente, deixou por aprovar os contratos emitidos depois de alterada a lei. O relatório chegou no ano passado, tendo sido entregue já ao atual governo com a recomendação de rever o mecanismo de cálculo (revisibilidade dos CMEC, na linguagem técnica) por terem sido detetados ganhos anormais nas centrais. O que significa, na prática, que estão por decidir - e, naturalmente, por pagar - as rendas desde 2014, estando em causa um valor anual que ronda os cem milhões de euros.
Tudo isto poderá ajudar o Estado a recuperar os 500 milhões pagos a mais. Tal como deverá influenciar a definição das rendas futuras, assegurando valores mais favoráveis ao consumidor - o que tem particular relevância num ano em que as revisões anuais serão substituídas por um ajustamento final a dez anos.
De acordo com a mesma fonte, a poupança que o anterior governo diz ter feito nestes contratos, superior a 200 milhões, na verdade não passou de um diferimento dos custos relativos a 2012 e 2013 para este ano e para o próximo. Conforme se lê no Decreto-Lei n.º 32/2014, de 28 de fevereiro: "O montante não repercutido dos ajustamentos anuais... é repercutido, em partes iguais, nos proveitos permitidos de 2017 e 2018." Sem esse diferimento, acrescenta, neste ano, em vez do aumento de tarifas mais baixo da última década, teria sido mesmo possível reduzir os preços da energia.


www.dn.pt
15
Jun17

há gente que precisa mesmo de um desenho...

António Garrochinho



A propósito deste post, sobre o uso de tomate no plural, várias pessoas me vieram perguntar o que era isso do figo. Ora bem: às vezes há pessoas que precisam mesmo que lhes façam um desenho...

 (foto 1: KunstNet)


 (fotos 2 e 3: Zypern1000)
Em italiano, "fica" significa "figo" e "vulva" (mas não experimentem isso em casa, porque é calão grosseiro). Já se disserem "Feige" a alemães para se referir ao que já sabem, vão dar-se um ar levemente poético e prazenteiro. Em Viena, "mit der Feige hausieren" ("levar o figo de casa em casa") é uma expressão idiomática para prostituir-se.

E agora entra D.H. Lawrence em cena para explicar mais detalhadamente, nas palavras com que Herberto Helder o entendeu:
(e aqui no original)

Figos

A maneira correcta de comer um figo à mesa
É parti-Io em quatro, pegando no pedúnculo,
E abri-Io para dele fazer uma flor de mel, brilhante, rósea, húmida,
desabrochada em quatro espessas pétalas.

Depois põe-se de lado a casca
Que é como um cálice quadrissépalo,
E colhe-se a flor com os lábios.

Mas a maneira vulgar
É pôr a boca na fenda, e de um sorvo só aspirar toda a carne.

Cada fruta tem o seu segredo.

O figo é uma fruta muito secreta.
Quando se vê como desponta direito, sente-se logo que é simbólico:
Parece masculino.
Mas quando se conhece melhor, pensa-se como os romanos que é
uma fruta feminina.

Os italianos apelidam de figo os órgãos sexuais da fêmea:
A fenda, o yoni,
Magnífica via húmida que conduz ao centro.

Enredada,
Inflectida,
Florescendo toda para dentro com suas fibras matriciais;
Com um orifício apenas.

O figo, a ferradura, a flor da abóbora.
Símbolos.

Era uma flor que brotava para dentro, para a matriz;
Agora é uma fruta, a matriz madura.

Foi sempre um segredo.
E assim deveria ser, a fêmea deveria manter-se para sempre
secreta.

Nunca foi evidente, expandida num galho
Como outras flores, numa revelação de pétalas;
Rosa-prateado das flores do pessegueiro, verde vidraria veneziana
das flores da nespereira e da sorveira,
Taças de vinho pouco profundas em curtos caules túmidos,
Clara promessa do paraíso:
Ao espinheiro florido! À Revelação!
A corajosa, a aventurosa rosácea.

Dobrado sobre si mesmo, indizível segredo,
A seiva leitosa que coalha o leite quando se faz a ricotta,
Seiva tão estranhamente impregnando os dedos que afugenta as
próprias cabras;
Dobrado sobre si mesmo, velado como uma mulher muçulmana,
A nudez oculta, a floração para sempre invisível,
Apenas uma estreita via de acesso, cortinas corridas diante da luz;
Figo, fruta do mistério feminino, escondida e intima,
Fruta do Mediterrâneo com tua nudez coberta,
Onde tudo se passa no invisível, floração e fecundação, e maturação
Na intimidade mais profunda, que nenhuns olhos conseguem
devassar
Antes que tudo acabe, e demasiado madura te abras entregando
a alma.

Até que a gota da maturidade exsude,
E o ano chegue ao fim.

O figo guardou muito tempo o seu segredo.
Então abre-se e vê-se o escarlate através da fenda.
E o figo está completo, fechou-se o ano.

Assim morre o figo, revelando o carmesim através da fenda púrpura
Como uma ferida, a exposição do segredo à luz do dia.
Como uma prostituta, a fruta aberta mostra o segredo.

Assim também morrem as mulheres.

Demasiado maduro, esgotou-se o ano,
O ano das nossas mulheres.
Demasiado maduro, esgotou-se o ano das nossas mulheres.
Foi desvendado o segredo.
E em breve tudo estará podre.
Demasiado maduro, esgotou-se o ano das nossas mulheres.

Quando no seu espírito Eva soube que estava nua
Coseu folhas de figueira para si e para o homem.
Sempre estivera nua,
Mas nunca se importara com isso antes da maçã da ciência.

Soube-o no seu espírito, e coseu folhas de figueira.
E desde então as mulheres não pararam de coser.
Agora bordam, não para esconder, mas para adornar o figo aberto.
Têm agora mais que nunca a sua nudez no espírito,
E não hão-de nunca deixar que o esqueçamos.

Agora, o segredo
Tornou-se uma afirmação através dos lábios húmidos e escarlates
Que riem perante a indignação do Senhor.

Pois quê, bom Deus! gritam as mulheres.
Muito tempo guardámos o nosso segredo.

Somos um figo maduro.
Deixa-nos abrir em afirmação.


Elas esquecem que os figos maduros não se ocultam.
Os figos maduros não se ocultam.

Figos branco-mel do Norte, negros figos de entranhas escarlates do Sul.
Os figos maduros não se ocultam, não se ocultam sob nenhum clima.
Que fazer então quando todas as mulheres do mundo se abrirem na
sua afirmação?
Quando os figos abertos se não ocultarem?



D. H. Lawrence
in As Magias
tradução de Herberto Helder

conversa2.blogspot.pt
15
Jun17

GOT TALENT - VÍDEOS

António Garrochinho
Há sempre mágicos aparecendo nos programas de talentos e possivelmente outra vez um se sagre vencedor da versão britãnica do Got Talent. Mas ainda que seus números sejam interessante é quase sempre mais do mesmo. No entanto os gêmeos idênticos franceses Tony e Jordan decidiram mudar isso e certamente você nunca viu a magia dessa forma. Eles surpreenderam os jurados com o desempenho utilizando uma tela digital enorme que parece um portal de onde eles fazem as coisas cobrarem vida. Veja que legal e inovador.


A grande atração do episódio de ontem foi um garoto de 16 amos, chamado Christian Guardino, que cantou o clássico do soul de 1960, "Who's Lovin' You" do grupo Jackson 5. O garoto é bom e como sabe que é exibiu preciosismo antes de merecer o botão dourado de Howie Mandel.

Outra atração de destaque foi a nigeriana Kechi, uma das apenas duas sobreviventes da queda de um avião que matou 107 pessoas e que lhe deixou marcas de queimaduras terríveis. Algumas pessoas nas redes sociais comentam, não sem razão, que ela tem muito talento e que não precisava apelar para o "coitadismo" quando Simon Cowell perguntou o que ela iria cantar e em vez disso ela decidiu contar sua história triste.
www.mdig.com.br
15
Jun17

A HISTÓRIA DA HOSPEDEIRA QUE SOBREVIVEU A UMA QUEDA DE MAIS DE 10 MIL METROS DE ALTURA

António Garrochinho

Quando eu li esta história pela primeira vez na Reader's Digest, um livro-blog de bolso que saciou a curiosidade de gerações e mais gerações de jovens ávidos por informação em uma época onde ainda nem se cogitava a existência da Internet, minha primeira reação foi de incredulidade e também de um pouco de decepção ao pensar que a minha revista preferida tinha se rendido ao sensacionalismo para conquistar mais leitores, algo como o clickbait da atualidade.

A história da aeromoça que sobreviveu a uma queda de 10 mil metros de altura
Acontece que em 26 de janeiro de 1972 tinha tudo para ser outro dia de trabalho a mais na vida da aeromoça Vesna Vulovic. Não foi assim evidentemente. No final daquele dia ela foi a única sobrevivente do acidente do vôo 367. O avião em que voava explodiu no ar e ela seguia com vida depois de cair sem paraquedas de uma altura de mais de 10.000 metros. Eu sei parece impossível, mas dê mais um crédito ao MDig e continue lendo até o fim.

O episódio teve várias leituras. A primeira é que Vesna guarda desde esse dia um recorde do Guinness que dificilmente será superado. Ninguém jamais na história conseguiu sobreviver a uma queda livre sem paraquedas de semelhante altura com o acréscimo de que o fez dentro de um artefato. A segunda leitura dos acontecimentos que aconteceram é mais complicada de explicar. A pergunta é simples: como conseguiu sair com vida? Para tentar entender devemos retroceder no tempo até aquele mês de janeiro. Uma manhã como outra qualquer na vida de Vesna Vulovic.
Vesna, até o infinito e ao além
A história da aeromoça que sobreviveu a uma queda de 10 mil metros de altura
Nossa protagonista levantou-se naquela manhã e arrumou-se para ir trabalhar. Nesse dia o vôo 367 da companhia iugoslava JAT devia fazer a rota Estocolmo-Copenhague-Zagreb-Belgrado. Ironias do destino, Vesna não fazia parte deste voo, mas um erro com outra colega que tinha o mesmo nome acabou incluindo-a na tripulação.

Depois das duas primeiras escalas, o vôo iniciou a ida para Zagreb com 28 pessoas, 5 membros da equipe de tripulação e 23 passageiros. Com normalidade absoluta decolou e tomou velocidade de cruzeiro. Alguns minutos mais tarde e segundo o relatório oficial, aconteceu uma explosão no compartimento de bagagem da parte dianteira do avião. Como conseqüência, o McDonnell Douglas DC-9 partiu literalmente em dois.

O avião caiu e se rompeu em pedaços de uma altura de 10.160 metros, acabando no despenhadeiro de uma montanha nevada localizada à altura de Srbská Kamenice, na República Checa. A cena era dantesca, como em qualquer acidente deste tipo, mas neste caso com uma excecção: havia uma sobrevivente, Vesna era a única dentre as 28 pessoas que partiram de Copenhague. A primeira pessoa que entrou em contato com ela foi Bruno Henke, o homem que a resgatou dentre os escombros e a fuselagem.
O relatório oficial: parte do acidente
A história da aeromoça que sobreviveu a uma queda de 10 mil metros de altura
Antes de voltar à situação da aeromoça convém falar dos relatórios e o ocorrido nos dias posteriores. No dia seguinte do acidente, na manhã do 27 de janeiro de 1972, um homem anônimo ligou ao diário Kvällsposten (Suécia) alegando que era um croata membro de um grupo nacionalista separatista. O homem indicou que seu grupo tinha colocado uma bomba no avião. Pouco tempo depois deste telefonema foi o próprio governo iugoslavo que acusou de atentado a Ustacha (organização ultra nacionalista croata).

Passariam dois anos até a conclusão que em 7 de maio de 1974 deliberou o relatório oficial da comissão de investigação. Declararam que efetivamente aconteceu uma explosão no compartimento de bagagem da parte dianteira do avião. Ademais e segundo o serviço secreto de Tchecoslováquia, acabaram apresentando como provas partes de um relógio despertador encontrado 10 dias após o acidente, restos que segundo os pesquisadores eram de uma bomba.

Mesmo assim e depois de dois anos de investigações não foram encontradas provas de que realmente tenha sido um ataque terrorista de um grupo em concreto. Também não encontraram as caixas pretas. O relatório concluiu que a explosão foi o resultado da bomba. Sem mais. Caso fechado de maneira oficial até hoje, pronto e não se fala mais disso.
Como Vesna conseguiu sobreviver?
A história da aeromoça que sobreviveu a uma queda de 10 mil metros de altura
De acordo às pesquisas Vesna caiu aproximadamente 10.160 metros. O brutal acidente deixou à aeromoça com fratura de crânio, três vértebras (uma perdida por completo) que a deixaram paralisada temporariamente da cintura para baixo e as duas pernas quebradas. Ficou em coma durante 27 dias, razão pela qual teve amnésia desde então e não recorda nada desde o começo do vôo até passadas várias semanas já quando recobrou consciência no hospital. Mas tinha sobrevivido.

Como? Com o tempo ventilou-se diferentes teorias e pontos de vistas de profissionais e especialistas no assunto para dar veracidade à queda de Vesna. A maioria acabou validando que um carrinho enroscado no corpo da mulher a sustentou de não ser ejetada do avião, a isto há que somar que depois do impacto a parte traseira do avião onde se encontrava Vesna não sofreu grandes danos, pelo que é possível que ajudou a amortecer e proteger a queda da aeromoça.
Ademais, o atrito do ar contra a fuselagem teria reduzido a queda, desta forma a jovem não atingiu a velocidade limite ou terminal -velocidade máxima que atinge um corpo se movendo no seio de um fluído infinito sob a ação de uma força constante-.

Finalmente, o fato de que o avião tenha caído em um despenhadeiro de uma montanha com neve também ajudou a que o impacto não fosse maior, teria caído em um ângulo em que parte do avião foi deslizando enquanto entrava em contato com a terra em vez de impactar de cheio.

Em definitiva, aconteceu todo este cúmulo de casualidades para que a afortunada aeromoça se livrasse do fatal desfecho. E mesmo assim, parece muita sorte, mas ninguém se atreve a dizer que não é possível porque a prova irrefutável é que Vesna ainda está viva.
A explicação de Vesna sobre o pouco que ela lembra
A história da aeromoça que sobreviveu a uma queda de 10 mil metros de altura
Um tempo depois a aeromoça explicaria em uma entrevista o seguinte:
O homem que me encontrou me disse que eu estava na metade do avião. Estava com a cabeça baixa e um de meus colegas falecido em cima de mim. Tinha uma parte de meu corpo e uma perna no avião e o resto fora. Um dos carrinhos de serviço estava literalmente fixado sobre minha coluna, isto foi provavelmente o que me fez permanecer no interior do avião. O homem que me encontrou me disse que tinha sido muito sortuda, ele serviu o exército alemão como médico durante a Segunda Guerra Mundial e sabia como tratar de um ferido de minhas características no lugar do acidente.
Vesna é um caso de extrema sorte, um milagre se existissem. Não só conseguiu sobreviver a semelhante queda, depois do terrível impacto encontrou uma pessoa, Bruno Henke, que sabia tratar com a gravidade de sua situação já que era médico.
A história da aeromoça que sobreviveu a uma queda de 10 mil metros de altura
Durante o longo processo de reabilitação a aeromoça continuou trabalhando para a empresa aérea JAT, ainda que atrás de uma mesa de escritório. Vesna finalmente recuperou-se de todas as lesões e voltou a andar. Inclusive voltou a trabalhar como aeromoça já que como ela mesma disse nas entrevistas, não tinha nenhum medo de voar porque não se lembra do acidente, já que na queda ele deve ter desmaiado uma série de vezes.

Sua história converteu-se na de toda uma heroína nacional na antiga Iugoslávia. Em 1985 chegaria o reconhecimento pelo qual é mundialmente famosa. Passou a ingressar o Livro Guinness dos recordes por essa tremenda e inverossímil queda em uma cerimônia em Londres e que teve Paul McCartney para a entrega do prêmio.
A história da aeromoça que sobreviveu a uma queda de 10 mil metros de altura
 Hoje e já com 68 anos, Vesna vive retirada em um pequeno apartamento em Belgrado.
A teoria checa
Em janeiro de 2009 a revista Tagesschau publicou uma reportagem sobre uma investigação feita pelo jornalista Peter Hornung-Andersen junto a Pavel Theiner e Tim van Beveren. Um trabalho onde jogavam por terra a versão oficial dos fatos. Os jornalistas argumentavam que o avião realmente foi derrubado por erro pela Força Aérea Tchecoslovaca a poucos metros do solo, não aos 10.000 metros da investigação oficial.

Segundo explicaram os jornalistas, a investigação foi avalizada por documentos que tinham em seu poder, documentos desclassificados tanto da Aviação Civil como do Arquivo Nacional Tcheco que não eram públicos anteriormente. O trabalho supostamente dizia que todas as evidências sobre a altura teriam sido falsificadas e inventadas pela polícia secreta tchecoslovaca.

Estes documentos expunham como possibilidade que o avião teve problemas e que por esta razão desceu muito rápido, talvez com a intenção de uma aterrissagem forçada (ou não). O que confirmavam é que o avião, ao mudar de rota repentinamente, teria aparecido nos radares e por não estar identificado, a Força Aérea teria agido derrubando-o a 800 metros do solo.

Finalmente expunham como motivo principal do engano os próprios acontecimentos, modificando a história por uma realidade alternativa, uma cortina de fumaça, onde aparece a imagem e incrível história de Vesna e seu grande recorde. Os jornalistas concluíam o trabalho denunciando que muitos dos documentos com informação importante sobre o caso tinham sido destruídos.

Que disseram as Autoridades da Aviação Civil Checa? Desmentiram todos e cada um dos pontos como se tratasse de uma conspiração. Enquanto isso, a protagonista desta história de recordes, montagens e, acima de tudo, sobrevivente de um acidente, não sabe o que dizer sobre este disse que disse:

- "Sobre a reportagem dos jornalistas não posso dizer nada, nem sim nem não. A última lembrança que tenho é o de antes do acidente no momento do embarque em Copenhague e depois de sair do coma no hospital. A verdade é que não sei o que dizer quando as pessoas me dizem que tenho sorte... a vida é tão difícil, mas cada vez que penso no acidente, a única coisa que me vem à mente é um sentimento de culpa por ter sobrevivido e choro, é então quando acho que talvez deveria ter morrido e pronto."


www.mdig.com.br
15
Jun17

OLHÓ AVANTE ! - FOCO INFECCIOSO

António Garrochinho

Carlos Gonçalves 

Foco infeccioso

O Sistema de Informações (SIRP) é de há muito um foco infeccioso do regime democrático. O ambiente político em que foi formatado pelo PS/PSD/CDS e o anticomunismo, de confronto com o Portugal de Abril, resultaram neste modelo e na sua experiência, tão inquinados que tudo o que tocam é afectado ou infectado por maleitas, com perigos de degenerescência democrática.

Vejamos os factos. Foi atribuída ao SIRP, por PS, PSD e CDS a possibilidade de acesso a metadados de comunicações, com recurso a um estratagema de decisão do Supremo Tribunal, para fazer crer que foi corrigida a inconstitucionalidade que travou o processo anterior. Mas o conflito com a CRP mantém-se, porque não se trata de metadados de processo crime. Agora, para reverter esta violação da CRP, é necessária uma nova decisão do Tribunal Constitucional, que o PR (ao contrário de Cavaco) não vai pedir. Por isso, este é um combate que teremos de prosseguir por outros caminhos.

A tentativa falhada de nomear um novo Secretário Geral do SIRP, mais que um ajuste de contas no PS e uma guerra PSD-PS, pôs a nu: o escândalo mediático de factos mal apurados; a conspiração no Sistema de Informações, com apoio de serviços de “países amigos”, para travar uma escolha de meses(!); e a degradação do SIRP, enredado em politiquices e ilegalidades.

A iniciativa frustrada de eleger Teresa Morais do PSD para o Conselho de Fiscalização, recusada pelo PS por razões que não serão só de personalidade, deixa claro que se o CFSIRP não serve para nada, então bem pode continuar mais uns meses sem sequer fazer de conta que está vivo, ficando à espera de uma barganha de lugares entre PS e PSD, para Secretário Geral e sabe-se lá que mais. Confirma-se assim a iniquidade e ineficácia do modelo de eleição do Conselho por ⅔ e de um SIRP que é uma desgraça para o regime democrático e a soberania e segurança do País, em contradição insanável com os respectivos comandos constitucionais. É urgente a refundação democrática do SIRP


15
Jun17

há mais vida ...

António Garrochinho
HÁ MAIS VIDA PARA LÁ DAS ELEIÇÕES. EXISTEM OS PRINCÍPIOS, OS VALORES, A HISTÓRIA DOS QUE ABNEGADAMENTE LUTARAM E LUTAM POR UMA SOCIEDADE IGUAL E MAIS JUSTA.

SÓ QUEM NÃO QUER VER OU AGE POR MÁ FÉ, QUER DETURPAR E FAZ POR IGNORAR A INTEGRIDADE E HONESTIDADE DOS COMUNISTAS QUANDO OCUPAM LUGARES DE GESTÃO E TÊM RESPONSABILIDADES DE GOVERNAÇÃO NOMEADAMENTE NAS AUTARQUIAS.

OS COMUNISTAS SÃO ESSENCIAIS NA GOVERNAÇÃO E NÃO PODEM SERVIR DE APOIO A OUTRAS POLÍTICAS QUE SE REVELAM INJUSTAS E INCAPAZES DE RESOLVER OS PROBLEMAS DE QUEM TRABALHA.

OS COMUNISTAS NÃO PODEM SER VISTOS COMO MEROS BOMBEIROS, NADADORES SALVADORES, NAS SITUAÇÕES EXTREMAS EM QUE AS POLÍTICAS NEO LIBERAIS DO ps/psd/cds NOS COLOCAM HÁ DÉCADAS.

António Garrochinho
15
Jun17

TODOS À LUTA !

António Garrochinho
HOJE EM PORTUGAL, OS COMUNISTAS NÃO VIVEM A AMARGA VIDA DA CLANDESTINIDADE. MERECEM RESPEITO TODOS OS QUE LUTARAM, OS QUE FORAM ASSASSINADOS, PARA QUE HOJE HAJA LIBERDADE.

HOJE OS COMUNISTAS TÊM QUE SE LIBERTAR DESSE TEMPO ATROZ E DIVULGAR A MENSAGEM DA UNIDADE E DA SOLIDARIEDADE.

SEI QUE É DIFÍCIL ESQUECER, APAGAR, TANTO SOFRIMENTO MAS SE QUEREMOS VENCER TEMOS QUE OMBREAR TODOS, COMO UM SÓ, NAS LUTAS, NOS DIAS DIFÍCEIS QUE SE APROXIMAM.

AG
15
Jun17

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

AGORA ESTÁ NA "MODA" HOMENAGEAR OS ANTIGOS COMBATENTES, OS QUE FORAM OBRIGADOS A IR PARA A GUERRA PARA NÃO SEREM PRESOS E ASSASSINADOS PELA GNR, PELA PIDE/DGS DE CÁ.

MERAS MANOBRAS ELEITORALISTAS COM BONECOS E BUSTOS E FALSA PROPAGANDA JÁ QUE MEDIDAS POLÍTICAS DE APOIO ÀS VÍTIMAS SÃO INEXISTENTES A NÃO SER PARA OS ALTOS CARGOS E PATENTES

SUCEDEM-SE OPINIÕES UMAS SIMPÁTICAS OUTRAS DESFAVORÁVEIS A QUEM POR EXEMPLO FUGIU DA GUERRA COLONIAL, A QUEM EMIGROU, A QUEM TEVE MEDO DE MORRER.

EU TAMBÉM LÁ ESTIVE, NA GUINÉ, NA FLOR DA IDADE, E TENHO RESPEITO POR TODOS OS QUE TOMBARAM, OS QUE VIERAM MUTILADOS, OS QUE FUGIRAM E OS QUE SEMPRE DENUNCIARAM O COLONIALISMO.

MAIS DO QUE A MISÉRIA ATRIBUÍDA (salvo erro) POR PAULO PORTAS (que eu próprio desprezei de receber) EM MODO DE SUBSÍDIO AOS QUE FORAM COMBATER EM TERRAS AFRICANAS E OUTRAS, O QUE IMPORTAVA FAZER E CONCRETIZAR É O APOIO REAL E VERDADEIRO AOS QUE REGRESSARAM COM MUTILAÇÕES E OUTRAS SEQUELAS QUE DESTRUÍRAM E DESTROEM FAMÍLIAS E REMETEM PARA UMA EXISTÊNCIA MISERÁVEL HOMENS OU MULHERES A QUEM NÃO LHES FOI POSSÍVEL ESCOLHER.

REAFIRMO QUE RESPEITO TODOS EXCLUINDO OS SAUDOSISTAS DAS POLÍTICAS DO IMPÉRIO ULTRAMARINO E QUE AINDA HOJE NÃO RECONHECEM NO OUTRO SER HUMANO, O DE COR, O SEU IRMÃO, TAMBÉM ELE INJUSTIÇADO.

A GUERRA, TODAS AS GUERRAS, NÃO SÃO OS FILMES DE HOLLYWOOD E QUANDO SÃO INJUSTAS E VISAM ESCRAVIZAR OUTROS POVOS TÊM E TERÃO SEMPRE A MINHA CONDENAÇÃO.

DEIXEM-SE DE MANOBRAS DA BANHA DA COBRA E APOIEM OS QUE SOFRERAM E SOFREM COM AS POLÍTICAS DO FASCISMO, DA DITADURA SALAZARISTA/MARCELISTA E NÃO SEMEIEM O ÓDIO NO MEIO DE QUEM TANTO SOFREU E SOFRE.


António Garrochinho
15
Jun17

FARO - 40 carros destruídos e um bombeiro ferido no incêndio da rent-a-car no Patacão

António Garrochinho




















O fogo começou numa zona de pasto, mas depressa alastrou às viaturas da rent-a-car Zitauto, que estavam estacionadas, em depósito, num terreno nas traseiras da Direção Regional de Agricultura, no Patacão (Faro). Em poucos minutos, 40 automóveis foram afetados pelas chamas.
Jorge Perestrelo, que trabalha na Direção Regional de Agricultura, viu o início do incêndio e contou aos jornalistas que começou com «uma pequena chamazinha no pasto», passou para «fumo e labaredas» e, «quando cheguei ao local, dez minutos depois, já se ouvia rebentamentos nos automóveis».
De acordo com esta testemunha, aquele estacionamento é apenas utilizado durante a época baixa e, «no Verão, está completamente vazio de carros».
Mas para já ainda não estava e o fogo causou avultados danos à rent-a-car algarvia Zitauto. O prejuízo só não foi maior porque várias pessoas auxiliaram os responsáveis da empresa, conduzindo viaturas para longe das chamas.






Abel Gomes, 2º Comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro, adiantou, no local, que ainda não são conhecidas as causas do incêndio, mas um fogo «que se inicie num veículo tem uma propagação muito rápida e, se tiver combustível anexo, as chamas propagam-se com mais velocidade».
Além da velocidade de propagação das chamas, os bombeiros tiveram de enfrentar outro problema: «as dificuldades no acesso». O Sul Informação constatou que, para os carros dos bombeiros conseguirem chegar ao local do incêndio, a vedação do terreno teve de ser destruída.
Um dos bombeiros que esteve no combate às chamas ficou ferido sem gravidade, foi assistido pelo INEM no local, mas Abel Gomes explicou que «não foi devido ao incêndio em si, sofreu um entorse e teve de ser levado para o hospital».
Pela frente dos bombeiros, estão ainda várias horas de trabalho, uma vez que segundo o responsável, «os trabalhos de rescaldo são demorados», neste tipo de situação.
O alerta para este incêndio foi dado às 14h18 e estiveram no local 51 bombeiros, de seis corporações, apoiados por 18 veículos, GNR e INEM.
Armando Santana, presidente da ARA – Associação de Empresas de Rent-a-Car do Algarve, contactado pelo Sul Informação, não quis estabelecer comparações entre os dois casos.
«Ainda ninguém sabe o que se passou. No que afetou o parque da Luzcar, há dois anos, terá sido alguém que tentou roubar combustível. Mas, desta vez, à hora que foi e com pessoas lá, esta possibilidade é pouco provável. Não seria a primeira vez que um curto-circuito num carro novo causava um incêndio», considerou.
Os automóveis estavam depositados num terreno agrícola com pasto à volta, algo que ajudou à propagação do incêndio. Armando Santana reconhece que é um problema, mas «a única coisa que nós, enquanto associação, podemos fazer é sensibilizar as autoridades para que se gerem sinergias, de modo a criar mais condições de segurança».
Ainda assim, conclui, «mesmo num parque pavimentado, no caso de haver um curto circuito, não deixaria de ocorrer o incêndio, embora pudesse não alastrar da mesma forma. O que é preciso é que o setor público e privado se juntem para encontrar uma solução» para o parqueamento dos veículos das rent-a-cars.


www.sulinformacao.pt
15
Jun17

O que está por detrás do cerco ao Qatar?

António Garrochinho


A Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos (EAU) avançam com a justificação de que o Qatar apoia grupos jihadistas mas a Arábia Saudita, que se encontra por detrás da ideologia wahhabi, também os apoia, nomeadamente na Síria.

 
                          
O alcance do bloqueio ao Qatar e interdições diversas a dezenas dos seus altos cargos dirigentes, promovido pela Arábia Saudita e por outros membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), irá definir-se nas próximas semanas. Sendo certo que o pano de fundo dos recentes acontecimentos é mais a disputa da influência maioritária na região, tão rica em petróleo e gás natural, cruzamento terrestre e marítimo de rotas comerciais, entre a Arábia Saudita e o Irão.
Mas, vamos a factos, ao que é certo.

É certo que Donald Trump, aludindo ao presente bloqueio ao Qatar, naquele seu jeito de cowboy pretensioso, entrou na disputa diplomática entre o Qatar e os vizinhos do Golfo Pérsico ao dizer que a sua visita à Arábia Saudita «já está a dar resultados».
Numa série de tweets, Donald Trump disse que os líderes do Médio Oriente prometeram combater o extremismo e já estão a fazê-lo, ao cortarem relações com o Qatar. «Durante a minha recente visita ao Médio Oriente, disse que não podia haver financiamento da ideologia radical. Os líderes apontaram o dedo ao Qatar» e «a minha viagem já está a dar resultados. Eles disseram que iriam optar pela linha dura quanto ao extremismo. Talvez este seja o início do fim do horror do terrorismo», escreveu, sugerindo que foi ele quem incentivou o isolamento do Qatar. Já em 20 de Maio, ao ser recebido de forma imponente em Riade, Trump apoiara a Arábia Saudita ao mesmo tempo que atacava o Irão.

É certo que o Kuweit, a Turquia e a Rússia desde o primeiro dia se pronunciaram no sentido de haver negociações entre as partes para não agravar ainda mais as tensões no Médio Oriente. Os dois primeiros ofereceram-se como mediadores. E a Al-Jazeera, face à sucessão de tweetsde Trump, interrogava-se, então, se não estaria a ocorrer uma mudança de política externa norte-americana em relação ao Golfo Pérsico.

É certo que a Al-Jazeera, para além de instrumento das «primaveras árabes» de 2011 e apoiante da acção de grupos terroristas, também tem sido muito crítica dos EUA e da Arábia Saudita, tratando bem o Irão, o Hezbollah ou o Hamas. E que a Arábia Saudita exige o fim deste canal.

É certo que particularmente a Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos (EAU) avançam com a justificação de que o Qatar apoia grupos jihadistasmas a Arábia Saudita, que se encontra por detrás da ideologia wahhabi, também os apoia, nomeadamente na Síria, sendo claro que a acusação pretende ser um pretexto para uma guerra económica e talvez militar contra o Qatar, visando também o Irão.

É certo que o principal apoio a grupos fundamentalistas por parte do Qatar são os «Irmãos Muçulmanos», também eles criados pelos sauditas para agirem nas «primaveras árabes», tendo agora rompido com a Arábia Saudita, que passou a apoiar apenas grupos mais fanáticos e terroristas.

É certo que a Arábia Saudita comprou material militar aos EUA no valor de 110 mil milhões de dólares, facto que o Qatar classifica de verdadeiro «suborno» aos EUA para alinharem preferencialmente com os seus opositores.

É certo que no território do Qatar está sediada a maior base militar dos EUA na região, Al Udeid, a pouco mais de 30 quilómetros da capital, Doha, construída nos anos 90 e que conta com onze mil soldados norte-americanos e a maior pista de aterragem do Golfo Pérsico, de 3,8 quilómetros, e com o Centro de Operações Aéreas Combinadas, responsável pela supervisão do funcionamento da Força Aérea dos EUA no Afeganistão, Síria, Iraque e em outros 17 países.

É certo que na Síria grupos apoiados por ambos os países se digladiam ferozmente entre si como estando a disputar zonas de influência.

É certo que, já desde as «primaveras árabes» de 2011, Arábia Saudita e Qatar procuravam controlar a região MENA (Médio Oriente e Norte de África), começando pela Tunísia para acabar na Síria. Mas já antes, nos anos 50, este despique ocorreu com o apoio da Arábia Saudita à «Irmandade Muçulmana», começando a ser inimigos com a Guerra do Golfo.

É certo que o Qatar disputa o domínio de influência sobre os países do CCG e desafia as estratégias da Arábia Saudita, ao assumir um perfil de relacionamentos internacionais diferenciado com o Irão, rompendo com a lógica Sunitas versus Xiitas, mas também com os EUA e a Rússia, por interesses comuns no abastecimento internacional de gás natural, de que Qatar e Rússia são grandes produtores, e com grandes ambições em investimentos na Europa, particularmente em França.

É certo que na recente cimeira árabe, Donald Trump colocou o Hamas dentro do mesmo quadro de organizações terroristas no discurso que fez em Riade. E, de facto, o Qatar tem laços estreitos com o Hamas. O presidente da comissão política do Hamas, Khaled Mashal, reside no Qatar.

É certo que o Qatar, para além deste seu expansionismo económico, detém uma influência política e cultural através da estação Al-Jazeera, que faz com que a Arábia Saudita a queira encerrar.

É certo que o Qatar, no início da agressão à Síria em 2011, financiou e armou rebeldes mas agora, como o confirma o Financial Times, negociou tréguas com o Irão que permitiram a retirada de populações sitiadas, duas pelas forças sírias e duas outras por forças que confrontam militarmente o regime.

É certo que na recente guerra de agressão da Arábia Saudita contra o Iémen, o Qatar, sem a condenar, ficou numa posição distanciada.

É certo que a Arábia Saudita, apesar do seu imenso poderio económico (petróleo) e militar, tem vindo a perder na guerra da Síria, está encalhada nos ataques ao Iémen e nas derrotas sucessivas do Daesh, e isso desequilibra o seu peso face ao Qatar.

É certo que o Ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emiratos Árabes Unidos (EAU) avisou o Irão de que não deve explorar as divisões agora acentuadas no seio do CCG.

É certo que o Grupo de Bilderberg, que tem sido um instrumento de promoção nas elites dominantes de muitos países das políticas da NATO, após a sua criação em 1956 pela CIA, norte-americana, e pelo MI6, britânico, na sua última reunião de dias 1 a 4 de Junho deste ano, na sua sede, na mansão apalaçada gigante em Chantilly, no estado de Virgínia, nos EUA, terá registado no seu seio um confronto singular, a propósito do Médio Oriente, entre diferentes facções imperialistas.
«É visível que enquanto Washington deu mais força à consideração de Teerão como grande inimigo, consolidou a sua aliança com Riade, garantindo o romper com a Irmandade em troca de 110 mil milhões de dólares de armamento.»
Segundo o jornalista Thierry Meyssan, Londres estava a pressionar para uma mudança de paradigma no Médio Oriente que, mesmo que o modelo das «primaveras árabes» (sucedâneas da revolta árabe de 1916, organizada por Lawrence da Arábia para substituir o Império Otomano pelo Império Britânico) seja abandonado, o MI6 espera criar uma nova entente com base no islamismo político. E avança que o único consenso entre os «Aliados», ali tão bem representados neste grupo ultrassecreto, é a «necessidade de abandonar o princípio de um Estado jihadista. Todos admitem que é preciso devolver o diabo à sua caixa. Quer dizer, acabar com o Daesh (E.I.), mesmo que alguns continuem com a Al Qaeda». O secretismo do areópago levará, porém, o seu tempo a integrar o argumentário dos analistas
A agência de notícias do Qatar tinha feito, no início deste conflito, uma notícia atribuindo ao Emir Tamim declarações favoráveis para com o Irão e pretendendo que a sua própria família, os Al-Thani, fosse descendente do pregador Abdelwahhab, o fundador do wahhabismo. A Arábia Saudita reagiu de imediato em todos os seus canais de TV e o Qatar acabou por declarar que o sítio da Internet da sua agência tinha sido atacado por hackers e retirou a notícia. O Qatar chegou mesmo a pedir a «ajuda» do FBI norte-americano para lançar luz sobre este caso.
Na realidade, este episódio não foi mais do que a parte visível do iceberg: o Qatar poderia estar a participar com o Reino Unido numa tentativa de reorganizar o Médio-Oriente que poderia alterar todas as actuais alianças aí existentes
É visível que enquanto Washington deu mais força à consideração de Teerão como grande inimigo, consolidou a sua aliança com Riade, garantindo o romper com a Irmandade em troca de 110 mil milhões de dólares de armamento. Londres pressiona por um entendimento entre o Irão, o Qatar, a Turquia e os Irmãos Muçulmanos.
Ainda segundo Thierry Meyssan, que não tem escondido algum apoio a Trump, «se este projecto avançasse, assistiríamos ao abandono do conflito sunita/xiita e à criação de um “crescente do islão político”, indo de Teerão, a Doha, a Ancara, a Idlib, a Beirute e a Gaza. Este novo arranjo permitiria ao Reino Unido conservar a sua influência na região
Não terá sido por acaso que o Irão foi há dias, pela primeira vez, alvo de atentados reivindicados pelo Daesh, tendo o Irão acusado disso a Arábia Saudita e os EUA, e prometendo retaliações. Já em Março, o Daesh divulgara um vídeo em língua farsi onde pedia aos membros da minoria sunita do Irão que atacassem os símbolos religiosos e políticos da República Islâmica.
O atentado agora perpetrado contra o Mausoléu do Ayatollah Khomeini é um ataque contra um dos principais destinos turísticos da cidade de Teerão e de peregrinos que ali vão celebrar o líder da revolução iraniana que criou a República Islâmica, com ayatollahs como guardiões do regime. É um acto de desespero, também com acções em vários países europeus, contra a perda de posições do Daesh no seu «Califado» do Iraque e da Síria.
Por outro lado, a China sabe que quem criou o Califado o fez também para cortar a «Rota da Seda» no Iraque e na Síria, e lançou depois a guerra na Ucrânia para cortar «a Nova Rota da Seda», se pode estar a preparar para, preventivamente, abrir uma terceira frente nas Filipinas e uma quarta na Venezuela, a fim de cortar outros projectos de comunicação.
A agência de notícias chinesa, Xinhua, sustentava há dias que em nome da justiça e da paz, Washington e os seus aliados têm visto nas últimas décadas as suas estratégias, ditas de combate ao terrorismo no Médio Oriente, realizarem-se uma após outra, em alguns casos com contra-ataques brutais que ceifaram muitas vítimas inocentes e provocaram a catástrofe humanitária dos refugiados que caiu sobre vários países europeus.
Mas a China destacou sempre a importância de se criar uma ordem política e económica global mais justa, atendendo ao desenvolvimento desequilibrado de diferentes partes do mundo face ao actual arranjo injusto posterior à Guerra Fria, que trouxe o desespero e o ódio, criando apenas de fundamentalismo e paranoia. Enquanto se manteve ao lado das vítimas do terrorismo, estando sempre pronta para trabalhar com o ocidente e para promover o desenvolvimento comum na comunidade do futuro.
Donald Trump descreveu a luta contra o terrorismo como uma batalha entre «o bem e o mal», exortando os líderes árabes a fazer sua parte para «expulsar» o terrorismo dos seus países num discurso semelhante ao que o seu antecessor, Barack Obama, fizera em Junho de 2009, quando também prometeu redefinir as relações da América com o mundo árabe, o que não se realizou de facto.
Os EUA sabem que qualquer mudança na política real no Qatar não afectará a sua base militar. Isso está para além da disputa actual. Os laços americanos com os Estados do Golfo, especialmente com a Arábia Saudita, são mais importantes que isso. E o Qatar, com a referida base militar, serve os EUA e a CIA. Há uma apreensão dentro do mundo islâmico, talvez porque a nova estratégia dos EUA se basear num cisma entre xiitas e sunitas no mundo islâmico e particularmente no Médio Oriente, onde o conflito da Arábia Saudita com o Irão se agravou.
O bloqueio ao Qatar vai ter profundas consequências negativas para o seu povo e Washington e Riade podem até esperar, com isso, poder trabalhar para a mudança da direcção política do Qatar. Mas Doha conta com o apoio do Irão e da Turquia, bem como com a simpatia da China e da Rússia, sendo que estas têm procurado arrefecer os ânimos e feito apelos ao diálogo.
A base militar de Al Udeid, numa situação de crise acentuada, bem como o imenso material militar que os EUA venderam à Arábia Saudita, poderá até levar a uma invasão do Qatar pela Arábia Saudita e outros estados do CCG e à própria ocupação da Síria e do Irão. Ocupação em que Israel desempenharia seguramente um papel importante.


Este artigo encontra-se em: antreus http://bit.ly/2t3lhg4

abrildenovomagazine.wordpress.com
15
Jun17

Mais depressa se apanha um cobarde que um coxo

António Garrochinho


(Marco Capitão Ferreira, in Expresso Diário, 14/06/2017)
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Durante meses a fio, o país assistiu ao sinuoso exercício de contorcionismo do governador Carlos Costa em torno da avaliação de idoneidade do Dr. Ricardo Salgado.
Valeu tudo. Desde fingir que não existiam instrumentos mais do que capazes para impedir o descalabro que o Banco de Portugal bem sabia que aí vinha e de todos escondeu, até aceitar pareceres esdrúxulos que fazem por justificar injustificáveis presentes de 14 milhões de euros, dados a um presidente de um banco por um seu cliente.
Em vez de usar um dos muitos instrumentos existentes, Carlos Costa tentou convencer o país que tinha inventado um instrumento novo, de sua graça “persuasão moral”, que no fundo se traduzia em não sorrir tão efusivamente quando recebia o Dr. Ricardo Salgado.
Ficámos a suspeitar, nesse dia, que os requisitos para ser segurança privado num supermercado são mais apertados do que para presidentes de bancos.
Esta semana Rui Cartaxo foi constituído arguido por crimes económicos ocorridos enquanto presidia a empresas públicas do setor da energia. Mesmo que queiramos dar a Carlos Costa o benefício da dúvida, no caso do Novo Banco a que Rui Cartaxo hoje preside, o Banco de Portugal não é apenas regulador, é também por via do Fundo de Resolução, o dono.
É verdade que o é “a meias” com o ministério das finanças, mas essa é fraca desculpa, ou melhor, mais uma fraca desculpa para a inação de Carlos Costa. Nada o impede de ordenar duas coisas simples: aos seus serviços que iniciem o processo de reavaliação da idoneidade mas, mais importante, ao Fundo de Resolução que informe, por escrito, se mantém a confiança acionista e como justifica essa eventual decisão. Nada mais simples.
Se não o fizer, assim se prova que o problema não é Carlos Costa não poder, é Carlos Costa não querer. O problema não é falta de poderes, é falta de coragem. E para essa, temo bem, não há cura legislativa que se conheça.
Rui Cartaxo pode ser apenas arguido, o que é muito longe de estar acusado ou sequer condenado, mas admitir que se possa manter em funções, em nome e por conta do Banco de Portugal, que representa, ou devia representar os 3,9 mil milhões de euros que o país tem empatados no Novo Banco, é uma decisão que pesa sobre a cabeça de Carlos Costa e só dele. Nada que o incomode. Se errar, pagamos nós. Outra vez.


estatuadesal.com
15
Jun17

Câmaras reclamam receita total de multas

António Garrochinho


ANMP vai enviar ao Governo texto com dúvidas e observações.
As câmaras querem ficar com a receita total das multas de estacionamento, nos casos em que o ilícito tenha sido detetado por fiscais ou pela Polícia Municipal. A proposta do Governo passa por repartir o proveito das infrações leves, reservando 35% para o Estado e dando 65% às autarquias.

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