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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

29
Jun17

Pois meus caros eu que sou mais ou menos como o Salvador, digo tudo o que me apetece na hora em que me apetece

António Garrochinho
Zélia Sofia Freire 


« Pois meus caros eu que sou mais ou menos como o Salvador, digo tudo o que me apetece na hora em que me apetece, porque com 42 anos e com o que já trabalhei e contribui para este pais me dá esse direito, afinal sou daquelas que sempre deu lucro desde que nasceu, vou ser curta e grossa porque tenho pouco tempo para falar mal ainda por cima de quem tem qualidade que é o caso do Salvador a quem agradeço do fundo do meu coração, até porque a minha família é toda da zona afectada e eu encontrava-me no local durante a tragédia. Para todos os que aqui estão a comentar a falta de educação do salvador, metam os vossos conceitos de educação num sítio que eu cá sei porque as famílias das vítimas estão a marimbar-se para os vossos conceitos, conceitos de educação têm vocês com os rabos sentados no sofá a verem um espectáculo que vos garanto que as famílias das vítimas não viram porque têm mais em que pensar e estão a sofrer, coisa que vocês não estão, senão nem vinham comentar a falta de educação do salvador. Peidos todos dão e então? Não é correcto dizer? Também não é correcto as câmaras fecharem os olhos a uma série de legislação para obterem votos dos grandes proprietários, mas em relação a isso não vêm comentar, comentam sim o facto de o rapaz a quem deviam estar agradecidos pelo seu acto de generosidade, e não foi o único que teve além de ter sido um dos primeiros a fazê-lo, a ter dito "peido" numa actuação. Cambada de hipocritas sem um pingo de vergonha na cara é o que são algumas pessoas que perdem tempo a dizer mal do rapaz. Tenham vergonha e vão lavar roupa ou fazer algo de útil. Ah e nas próximas eleições levantem o rabo do sofá e larguem o facebook e vão votar ou manifestem-se contra o que têm de se manifestar. Há honestamente alturas na vida em que tenho vergonha do povo má lingua do meu país, alguns de vocès envergonham-me profundamente. Um grande agradecimento ao Salvador e a todos os artistas, que com ou sem peido contribuíram para esta causa. Espero do fundo do coração que aquelas terras maravilhosas renasçam mais fortes, porque o seu povo é forte ou não fosse o sangue que me corre nas veias. Morreu gente sim, há famílias inteiras sem nada e não é não falando ou não dizendo "peido" que se respeitam as famílias seu bando de hipocritas, é trabalhando e agindo. Espero poder mudar-me para aquela terra magnífica dentro de 2 meses, opção que já tinha sido tomada antes mesmo largando uma vida inteira e uma carreira mas agora ainda me dá mais ânimo, pois poder trabalhar para o renascimento de uma sociedade mais forte e preparada, se alguns tivessem assistido ao vivo não vinham para aqui dizer barbaridades e preocuparem-se com coisas fúteis e boa educação
29
Jun17

BBC Acha que a Pedofilia é Apenas Outra "Orientação Sexual" Semelhante a ser Gay ou Transgênero

António Garrochinho

A British Broadcasting Corporation (BBC) está brincando com fogo, permitindo que um autor anônimo publique artigos em sua plataforma que visam minimizar a total depravação da pedofilia. Semelhante ao que a publicação de extrema esquerda Salon tentou fazer vários anos atrás (juntamente com o New York Times), a BBC parece concordar com este autor de que a pedofilia não é necessariamente uma desordem a ser tratada com desdém, mas sim uma orientação sexual como o homossexualismo que simplesmente exige "ajuda".


Não seria a primeira vez que a BBC entrou no ringue no lado errado da questão, tendo já empregado uma personalidade de televisão popular chamado Jimmy Savile, que teria abusado sexualmente de pelo menos 500 meninos e meninas, bem como se envolvido em necrofilia, ou sexo com cadáveres.

Jimmy Savile

O homem pateta de cabelos longos e estranhos sempre pareceu desligado para muitos que o conheciam e, no entanto, a BBC aparentemente o manteve na folha de pagamento até sua morte em 2011. Outros na mídia, incluindo um apresentador de rádio do The Guardian, fizeram nada mais que elogiar e louvar Savile por sua "incansável" filantropia. Mas muitos indivíduos perspicazes percebiam o estratagema como uma cobertura para o segredo sombrio e sujo de Savile, que a BBC nunca falou ou de qualquer modo condenou.

Apesar de sua morte, o legado de Savile aparentemente ainda vive na BBC, a qual está mais uma vez dando uma plataforma para um depravado sexual minimizar o mal das relações ilícitas entre adultos e crianças. Embora o indivíduo anônimo reconheça a pedofilia como errada, o tom do seu artigo realmente pinta os predadores infantis como vítimas em vez de predadores. A visão societária atual dos pedófilos, diz o artigo, é que aqueles que são "denunciados" potencialmente enfrentarão "violência" e "ataques físicos" - e que isso precisa mudar.



Se a pedofilia não fosse condenável como é, não haveria necessidade de procurar ajuda

É importante notar que o autor sem nome deste artigo admite que ele já foi pedófilo e que, ao procurar ajuda, conseguiu superar. Mas, ao condenar a resposta social geral à pedofilia, esse autor realmente contradiz o fator motivador por trás do que o levou a buscar ajuda em primeiro lugar - o fato de que a sociedade vê a pedofilia como sendo tão aberrante para o que é normal e decente que aqueles que a praticam precisam de remoção da sociedade.

"Deve-se notar que o autor nunca insinua para agir de acordo com o impulso de abusar sexualmente de crianças seja aceitável, e reconhece que sua "orientação anterior" mais tarde levou-o a buscar ajuda, descobrindo que isso é completamente curável", escreve Will Ricciardella para o The Daily Caller. "Ele não parece entender sua própria admissão tácita: a condenação de atos sexuais nefastos e malignos perpetrados contra crianças em detrimento de aceitação social ou reconhecimento como orientação sexual, foi o impulso para ele buscar ajuda".



Portanto, o leitor deste artigo da BBC é orientado a ter um sentimento de culpa não tão sutil sobre julgar os pedófilos com muita dureza, quando ele são, na verdade, apenas vítimas de uma crise de identidade sexual que a sociedade não compreende completamente. E se mais pessoas pudessem ver a pedofilia como sendo apenas outro tipo de gênero, provavelmente, eles talvez não tivessem o horrível estigma que atualmente possuem.

"O tema do autor de que a pedofilia não deve ser demonizada com o objetivo de incentivar os pedófilos a buscarem ajuda, exclui a resposta mais sensata e racional que tampouco é mutuamente exclusiva, e incentivar os pedófilos a buscarem ajuda é o corolário de sua condenação e grau de sua considerada repugnância", acrescenta Ricciardella.


http://www.anovaordemmundial.com/
29
Jun17

Granadas de mão e munições roubadas em Tancos

António Garrochinho


Um dos paióis foi arrombado e desapareceu um número indeterminado de granadas.

Foram roubadas granadas de mão ofensivas e munições de calibre 9 milímetros dos Paióis Nacionais de Tancos. Segundo apurou a Renascença, o incidente foi detectado ao final da tarde de quarta-feira.

O desaparecimento foi detectado durante uma patrulha de rotina, refere fonte do Exército.

Em comunicado, o Exército confirma que foi detectada “a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois ‘paiolins’”.
Um dos paióis foi arrombado e foi daqui que foi roubado um número indeterminado de granadas – que o Exército estima em perto de uma centena.

No local está a Polícia Judiciária e o incidente já foi comunicado ao Ministério Público.
“O Chefe de Estado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte, informou SExa o Ministro da Defesa que acompanha o desenrolar das investigações”, refere ainda o comunicado.

rr.sapo.pt
29
Jun17

MAIS FORÇA À CDU !

António Garrochinho

"Mais força à CDU"
por Jorge Cordeiro, membro da Comissão Pólítica do CC do PCP
Entrámos numa fase decisiva da preparação das eleições para as autarquias locais. Preparação concebida de forma singular, suportada no nosso trabalho, na obra realizada, no percurso de intervenção em defesa das populações.
Não desvalorizamos nem subestimaremos as exigências específicas que a natureza das eleições exige. Em particular o trabalho de constituição das listas ao conjunto dos órgãos municipais e a um número significativo de freguesias. A apresentação de mais candidaturas da CDU não é um objectivo estatístico. É sobretudo um momento ímpar de proximidade e presença directa em centenas de freguesias pela presença que garantem ancorada em todos aqueles que em cada local dão corpo às listas da CDU.
Mais candidaturas significará mais envolvimento no nosso projecto, uma presença mais alargada em todo o País e uma intervenção directa a partir de cada local, mais possibilidades de enraizamento, influência e reforço das organizações do Partido
Os próximos meses são um momento para construir uma ampla intervenção de contacto e esclarecimento assente na proximidade e no conhecimento dos problemas. Recusando transformar o período eleitoral num exercício proclamatório ou numa mostra de candidatos. Inscrevendo a prestação de contas, dando a conhecer o trabalho feito, debatendo e construindo os programas eleitorais, as prioridades e projectos para o futuro mandato, como direcções da nossa acção.
A dinamização da CDU – Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV, e a sua confirmação como espaço de participação e intervenção democrática assume, igualmente, particular importância. Afirmar e confirmar a dimensão unitária da CDU constitui objectivo de enorme significado. Desde logo enquanto espaço de participação de milhares de cidadãos e cidadãs independentes, alicerçado num sólido elemento de confiança de todos quantos nele intervêm.
Mas também porque quando se multiplicam candidaturas arvoradas de «independentes» alimentadas num discurso populista, mais importa apresentar a CDU como espaço de intervenção de milhares de homens e mulheres sem filiação partidária que integram e agem no quadro da Coligação. Uma participação que contribuirá para ampliar a convergência democrática, para aproximar do PCP e do seu projecto mais pessoas.
Ninguém verá a CDU escondida por detrás de falsos projectos «independentes». A CDU apresentar-se-á em todo o País com a sua própria sigla e símbolo, de cara levantada e com a força de quem assumiu os seus compromissos e respeitou a palavra dada. Uma presença e uma participação assente na responsabilidade política e na clareza de projecto que mais uma vez confirmaremos.
Trabalho, Honestidade,
Competência
As eleições para as autarquias locais são também um momento de afirmação e defesa do poder local. Não é possível dissociar no debate político eleitoral a situação do poder local. Nenhuma outra força política pode, como o PCP, provar essa contribuição decisiva para criar as condições para dar resposta aos problemas das populações, para contribuir para o progresso e desenvolvimento local, para garantir melhores condições de vida.
O alargado reconhecimento do trabalho da CDU nas autarquias traduz a confiança que o seu trabalho e o seu projecto recolhem. Uma credibilidade construída e ampliada mandato após mandato. Tornando cada vez mais claro que não são só nas freguesias e concelhos, que não é só no plano local, que a presença e reforço da CDU se assume como imprescindível. É o País que precisa de mais CDU, da intervenção do PCP e do PEV para dar resposta aos problemas nacionais.
O reforço da CDU em Outubro significará mais peso do PCP na vida política nacional para determinar novos avanços na defesa, reposição e conquista de direitos. E também mais força para assegurar a construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda.
As eleições serão uma oportunidade para fazer a afirmação do valor do projecto autárquico do PCP, das opções e prioridades da nossa gestão, da importância da presença da CDU nas autarquias quer em maioria, quer em minoria. Trabalho, Honestidade e Competência – esta expressão associada à Coligação Democrática Unitária traduz o percurso de intervenção que é justamente reconhecido à acção dos seus eleitos. Uma expressão que corporiza um projecto, um estilo de gestão, uma forma de exercício de poder, um conjunto de opções, orientações e prioridades que tornam a CDU uma força com presença distintiva no poder local. É essa natureza distintiva que tem de ser demonstrada e afirmada.
Avante de 29 de junho de 2017
29
Jun17

Cidade de Deus: A saúde mental sob fogo cruzado

António Garrochinho


Cidade de Deus, um projeto de habitação dos anos 60 concebido para alojar pessoas das favelas ?cariocas*?, tornou-se, ao longo dos anos, numa das zonas mais *perigosas d?o Rio de Janeiro?, situada na zona oeste do município, longe das ?idílicas imagens conhecidas ?pelos turistas.
Em 2002, o filme, cujo título é exatamente o nome do bairro, deu a volta ao mundo. Se uns viram o sucesso da película de Fernando Meirelles com entusiasmo, outros, no entanto, temeram que o que foi chamado pelos críticos como a glorificação da violência mais não fizesse do que aumentar o preconceito contra os residentes.
Mas a verdade é que a Cidade de Deus passou posteriormente, como várias favelas brasileiras, por um processo de reabilitação e de pacificação. Em 2011, recebeu mesmo a visita do então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acompanhado pelo presidente do município (Prefeito) e pelo governador do estado fluminense.


Nos últimos anos, no entanto, as coisas têm sido bem diferentes.

Tal como em várias favelas o Rio de Janeiro, a crise económica e financeira que afeta o Brasil tem contribuído para aumentar a tensão socia*l e da frustração da populações. E o *desemprego afeta com mais virulência as classes com menor poder de compra.
Em locais como a Cidade de Deus, a violência tem vindo a intensificar-se de tal forma que os tiroteios entre grupos de narcotraficantes e agentes da polícia recordam o clima de guerra que se vivia nos anos 90.



Muitos são os que começam a acusar os danos psicológicos de uma vida em permanente tensão. Especialistas no terreno falam num aumento dos casos de ansiedade e de depressão – em alguns casos, agravada – em todas as faixas etárias.

A convivência com episódios de extrema violência poderia explicar este fenómeno.
No entanto, ainda muitos residentes na Cidade de Deus precise?m?, com urgência, de assistência médica? e psicológica, este tipo de serviços brilha pela sua ausência nesta zona pobre do Rio de Janeiro.
Tiroteios, o principal medo
Segundo a Associated Press, vários residentes contaram à agência que, quando deixam a favela para irem trabalhar, ficam em contacto permanente com amigos, vizinhos ou família e avisam se há um tiroteio.
O ruído das armas é cada vez mais habitual e tornou-se quase quotidiano, interrompendo o quotidiano de trabalhadores, crianças e famílias.
Se tal acontecer, terão de esperar que termine o chamado fogo cruzado. É que uma bala perdida pode matar.
Amnistia Internacional Brasil criou, neste sentido, uma aplicação gratuita chamada Fogo Cruzado, que ajuda os moradores da cidade a localizarem tiroteios em tempo real, com dados fornecidos por utilizadores e redes sociais.
Medo também da polícia
Se o medo dos grupos de criminosos é real, a verdade é que algumas das intervenções da polícia são também causa de sofrimento para quem vive em zonas como a Cidade de Deus, em particular para as crianças.
Muitos sofrem dos mesmos sintomas de meninos que cresceram em zonas de guerra, tal como os pais, segundo os especialistas em saúde mental do Instituto Fiocruz, entrevistados pela Associated Press.
Segundo o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro, 45% dos residentes das favelas teme que a polícia os confunda com criminosos e 75% acreditam que a polícia é mais violenta nas favelas do que noutras zonas da cidade.
Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro do Governo do estado do Rio de Janeiro morreram, em 2016, mais de 900 pessoas durante intervenções policiais, o triplo de 2013. A mesma instituição espera que os números voltem a subir este ano.

VÍDEO



pt.euronews.com
29
Jun17

Porque é que chamamos de "bifes" aos ingleses?

António Garrochinho




Em conversa informal, a maioria dos portugueses refere-se aos ingleses pela (carinhosa) alcunha de "bifes". Ainda há quem pense que isto se deve ao facto dos nossos aliados serem ávidos consumidores de carne bovina, mas isso é um mito - a dieta desses bárbaros do Mar do Norte, "vikings" de fraque, consiste mais em entranhas de ovelha moídas e pudins salgados.

Na origem do nome dos "bifes" estão aqueles "hooligans" que invadem o Algarve no Verão, e por culpa da sua falta de melanina que lhes dá aquela tonalidade de pele fantasmagórica, apanham escaldões como aquele que vemos na imagem - ficam vermelhuscos como os bifes ainda crus. Tudo tem uma razão de ser, e esta é das mais divertidas. Um abraço, ó bifes. "Hugs, you beefsteaks"! 

bairrodooriente.blogspot.pt
29
Jun17

Organização do Irã promove concurso de charges sobre Trump

António Garrochinho



Um concurso de charges e caricaturas com apenas um foco: Donald Trump. A Organização de Cartum do Irã está promovendo o concurso voltado para o republicano e recebeu inscrições de 75 países e 503 profissionais.

Ao todo, são seis tópicos no Concurso Internacional de Cartum e Caricatura do Trumpismo: racismo, imigração, o "muro", meios de comunicação, humilhação de mulheres e Twitter.
Sputnik Brasil conversou com exclusividade com dois participantes: Liz França e Carlos Latuff. Ambos concordam que falar do presidente estadunidense não é uma tarefa difícil.

"Ele já é um personagem, aí fica impossível você ficar sem ideias", diz Liz, que classifica Trump como uma "piada pronta".

Tanto Latuff como Liz convergem em outro ponto. O topete e a expressão de "emburrado" do republicano são duas características chave para representá-lo.

Latuff chegou até mesmo a ter um de seus trabalhos plagiados pelo residente da Casa Branca. Quando Trump ainda era pré-candidato, em abril de 2016, ele alterou os fatos e personagens de uma das charges de Latuff, que inicialmente apontava a recusa dos países do Golfo Pérsico em receber os refugiados do confronto sírio. Na versão postada por Trump, ele recusa os mesmos refugiados com a fala "desculpe, não no meu turno".

"A extrema-direita, seja ela no Brasil ou nos EUA, não tem criatividade nenhuma. Então ela precisa se debruçar na cópia, precisa plagiar, para poder tentar fazer alguma coisa que chame atenção", diz Latuff sobre o episódio.

Esta não foi a primeira vez que o trabalho do chargista brasileiro tem repercussão internacional, a BBC Brasil já o classificou como "astro da primavera árabe".

"O Trump já é uma caricatura. Ele representa essa política belicista norte-americana, muito característica da era Bush, ou da era Regan, mas de uma maneira caricata. Ele é do show bussiness", analisa Latuff.

Sputniknews





29
Jun17

29 de Junho de 1900: Nasce o escritor e aviador francês Antoine de Saint-Éxupery, autor de "O Principezinho"

António Garrochinho


Aviador e escritor francês, Antoine-Marie-Roger de Saint-Exupéry nasceu no dia 29 de junho de 1900, em Lyon,oriundo de uma família antiga da nobreza rural. O pai, um executivo de uma companhia de seguros, faleceu em1904 vítima de apoplexia, o que terá levado a mãe, mulher de sensibilidade artística, a mudar-se com os filhos para Le Mans, em 1909. O jovem Antoine passaria portanto os seus anos de meninice no castelo de Saint Mauricede Rémens, rodeado das atenções das irmãs, tias, primas, amas e amigas da família.

Deixaria o castelo para estudar nos colégios jesuitas de Montgré e Le Mans e, na Suíça, entre os anos de 1915 e1917, num colégio interno dirigido por padres marianos, em Fribourg. Após ter sido reprovado no exame final dos preparatórios para a universidade, ingressou na Escola de Belas-Artes como estudante de Arquitetura.

Em 1921 começou o cumprimento do serviço militar, às ordens do Segundo Regimento de Caçadores mas, como havia antes, aos doze anos de idade embarcado pela primeira vez num avião, foi enviado para Estrasburgo com a finalidade de receber treino como piloto. Fez o seu primeiro voo desacompanhado a 9 de julho de 1921 e, no ano seguinte, com a obtenção do brevet, recebeu uma proposta de adesão à Força Aérea francesa. Acabaria por recusar, cedendo às pressões da família da sua noiva, a romancista Louise de Vilmorin, e tentou estabelecer-se em Paris, trabalhando num escritório e escrevendo em simultâneo.

A vida de aspirante a homem de família em Paris não se revelou muito proveitosa para Saint-Exupéry. Assim, após ter calcorreado sucessivos empregos, de guarda-livros a caixeiro-viajante, viu romper-se o noivado, e decidiu retomar a sua carreira na aviação.

Numa época em que a aviação postal dava os seus primeiros passos como séria concorrente às expedições por via marítima e férrea, Antoine de Saint-Exupéry passou a pertencer, com a assinatura de um contrato com a Aéro postale, ao grupo de pioneiros cuja coragem desafiava os limites da razão e da segurança, batendo recordes de velocidade para entregar o que o escritor gostava de considerar como cartas de amor.

Em 1926 publicou, na revista literária Le Navire d'Argent, o seu primeiro conto, L'Aviateur.

Fazendo a ponte aérea entre a França e o Norte de África durante três anos, e escapando à morte por diversas vezes, Saint-Exupéry ascendeu, em 1928, ao cargo de diretor do aeródromo de Cap Juby, no Rio de Oro, situado no deserto do Sara. Aí, não só se sentiu fascinado pela aridez da paisagem, como encontrou tempo e disposição para escrever Courrier-Sud (1929), o seu primeiro romance, em que tratava o fracasso da sua relação com Louise contraposto à bravura dos pilotos da aviação postal.

Ainda no mesmo ano, Saint-Exupéry mudou-se para a América do Sul, onde foi nomeado diretor da companhia Aero posta Argentina. Pilotando aviões de correio, voou através dos Andes, amealhando experiências que lhe serviram como material para o seu segundo romance, Vol de Nuit (1931, Voo na Noite), que logo se tornou um sucesso de vendas internacional, tendo ganho o prémio literário Femina e sido adaptado para cinema em 1933,com nomes como Clark Gable e Lionel Barrymore no elenco. Na obra, Rivière, um chefe de aeroporto calejado,perdeu todas as perspetivas de chegar à reforma, tendo aceite o trabalho de pilotagem de voos postais como oseu destino.

Em 1931, Antoine de Saint-Exupéry contraiu matrimónio com uma viúva, Consuelo Gómez Castillo, cujas amizades compreendiam figuras literárias como Maurice Maeterlinck e Gabriele d'Annunzio, e que viria a descrever o escritor, nas suas memórias, como uma criança ou um anjo caído do céu. Consuelo, apesar da adoração que sentia por Saint-Exupéry, viveu com ele um casamento conturbado, repleto de ausências, ciúmes e infidelidades de ambas as partes.

Com o encerramento do correio aéreo na Argentina, Saint-Exupéry regressou à Europa, onde passou a fazer aponte aérea entre Casablanca e Port Étinne, bem como a exercer a profissão de piloto de ensaios para a AirFrance e outras companhias de aviação. Deu contribuições para o periódico Paris-Soir e chegou mesmo a fazer a cobertura dos acontecimentos do May-Day em Moscovo e a escrever uma série de artigos sobre a Guerra Civil de Espanha.

Em 1935, aos comandos de uma aeronave experimental ao serviço da Air France, despenhou-se quando sobrevoava o Norte de África e, tendo sobrevivido, teve que caminhar pelo deserto durante alguns dias, até ter sido salvo por uma caravana. Dois anos depois, pilotando o mesmo modelo, escapou à morte com ferimentos graves quando o avião caiu sobre a Guatemala.

Durante o período de convalescença, foi fortemente encorajado pelo amigo e escritor André Gide a escrever sobre a sua profissão. Terre des Hommes (Terra dos Homens) seria publicado em 1939, ano em que arrebataria osprémios da Academia Francesa para Romance e o National Book Award nos Estados Unidos.

Com a ocupação da França pelas tropas Nacional-Socialistas alemãs, em 1940, Saint-Exupéry alistou-se e,embora acabasse por ser considerado como inapto para a aviação militar por causa dos seus ferimentos, chegou a pilotar alguns voos de ousadia, que lhe valeram a condecoração Cruz de Guerra. No mês de junho do mesmo ano,e após a assinatura do armistício pelo Marechal Pétain, Saint-Exupéry mudou-se para a França livre com a irmã,de onde partiu para os Estados Unidos. Publicaria, em 1942, na cidade de Nova Iorque Pilote de Guerre, romance em que descrevia a sua fuga da pátria ocupada, e que seria banido pelas autoridades alemãs em França.

Juntar-se-ia de novo, em 1943, à Força Aérea francesa baseada no Norte de África e, depois de uma aterragem duvidosa, seria declarado pelo seu comandante como demasiado velho para pilotar. Não obstante, conseguiria posterior autorização para prosseguir os seus voos militares. No mesmo ano publicaria a sua obra mais conhecida,Le Petit Prince (O Principezinho), uma fábula infantil para adultos, traduzida para quase meia centena de línguas,das quais se inclui o Latim. O narrador da obra é um piloto que é forçado a aterrar de emergência no deserto, onde encontra um rapazinho, que se revela ser um príncipe de outro planeta. O principezinho conta-lhe as suas aventuras na Terra e fala-lhe da preciosa rosa que possui no seu astro natal. Acaba, no entanto por ficar desiludido ao saber que as rosas são bastante comuns na Terra e é aconselhado, por uma raposa do deserto, a continuar a amar a sua rosa rara. O principezinho regressa ao seu próprio planeta, tendo, contudo, encontrado um sentido para a sua vida.

Descolando da ilha da Sardenha a 31 de julho de 1944, em missão de reconhecimento, Saint-Exupéry nunca chegaria ao destino no Sul de França. Restam dúvidas quanto às possibilidades de ter sido abatido, ter tido uma falha técnica ou cometido suicídio. Deixou em terra o manuscrito inacabado de La Citadelle (1948, Cidadela), em que refletia o seu crescente interesse pela política.

Em 1998, a cerca de 100 milhas marítimas ao largo da costa de Marselha, um pescador local encontrou no maruma pulseira com o nome de Saint-Exupéry e de Consuelo Gómez Castillo, a qual suscita ainda incertezas quanto à sua autenticidade.



Antoine de Saint-Exupéry. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagens)
Arquivo: 11exupery-inline1-500.jpg
Antoine de Saint-Exupéry em Toulouse (1933)

Arquivo: Littleprince.JPG
O Principezinho
29
Jun17

A quebra da produtividade, a elevada distribuição de lucros e as transferências para o exterior que não pagam impostos

António Garrochinho

A quebra da produtividade, a elevada distribuição de lucros e as transferências para o exterior que não pagam impostos

No 1º Trimestre de 2017 o VAB nacional a preços de base aumentou 2,1% em relação ao 1º Trimestre de 2016, mas a produtividade por empregado diminuiu neste mesmo período 1,1%. A produtividade do trabalho tem diminuído de uma forma contínua desde 2013. É um indicador de que a modernização do aparelho produtivo nacional não se está a fazer de forma rápida e sustentada, pois o aumento da produtividade do trabalho depende em boa parte das condições em que o trabalhador desenvolve a sua actividade, nomeadamente do investimento realizado pelas empresas na modernização e inovação. Muitas empresas, em lugar de investir os seus lucros, optaram por os distribuir aos seus accionistas indo depois endividar-se, como acontece com a EDP, que é um caso paradigmático. Muitos destes lucros são depois transferidos para o estrangeiro, uma parte deles para paraísos fiscais, não pagando impostos sobre dividendos em Portugal.







www.odiario.info
29
Jun17

Fogos: não nos atirem areia para os olhos e vão para o essencial

António Garrochinho


A União das Misericórdias tem a obrigação, que ainda não lhe foi cometida, de prestar contas, euro a euro, do que agora vai receber.
Partindo eu do princípio que este dinheiro não vai ser destinado a pagamento de salários nem a despesas correntes das suas filiadas.
E que as obras serão acompanhadas para que não saia dinheiro dos empreiteiros contratados para os contratantes.
E que vai ser rapidamente distribuído por investimento em obras e equipamentos que reponham as condições de laboração de empresas e os postos de trabalho anteriores.
E ao pagamento de salários de quem ficou sem trabalho e falta de resposta das empresas destruídas para os garantir.
E que chegue rapidamente às mãos dos que perderam os familiares que garantiam os rendimentos familiares.
E aos que perderam estábulos, armazéns e animais e carecem da reposição das condições de exploração, etc.
Ao dinheiro do Meo Arena têm que se somar os apoios comunitários para estes efeitos.
E a despesa pública terá que crescer com a comparticipação nacional nestes e com outros apoios necessários.
Fica de fora outra despesa e investimento nas questões da prevenção, hoje completamente desguarnecidas pela política neoliberal e de austeridade, que Governo e AR têm que definir. Mais leis e outros papéis, não, porque já existem e ninguém fez para se cumprirem de forma visível!…
Como a imediata recriação de estruturas descentralizadas do Ministério da Agricultura, desburocratizadas e próximas dos interessados.
Como a definição das entidades a quem compete fazer a gestão florestal, simultânea à progressiva aplicação de reordenamentos e reflorestações e à realização do cadastro florestal, sem que uma coisa empate a outra.
Como recrutamento de centenas de guardas florestais e construção de centenas de postos de vigia de incêndios devidamente equipados.
Como a definição de quem faz os cortes vegetais que garantam as distâncias sem florestação em estradas, na própria floresta(aceiros), junto das habitações, depósitos e estações de combustível e de outro edificado.
Como a contratação permanente de milhares de sapadores florestais para assumir estas responsabilidades quando atribuídas ao Estado e intervir coercivamente em propriedades particulares que o não façam com o respectivo debitar das contas respectivas a esses proprietários.
Desculpem ser mais um a escrever sobre os fogos mas a atenção das pessoas está a ser centrada no funcionamento do SIRESP, da Protecção Civil, dos Ministérios, polícias e bombeiros, fdo cruzar de responsabilidades. Que merecem ser trabalhados num plano adequado. Mas não impedindo a prioridade de atenção da comunicação social e instituições de poder, e não só, questões como as que referi acima.



Este artigo encontra-se em: antreus http://bit.ly/2sR7xXK
abrildenovomagazine.wordpress.com
29
Jun17

A troika (também) fomos nós

António Garrochinho

Os governos de Passos e Sócrates foram analisados pelos estudiosos

Os Governos de Sócrates e Passos não só tinham margem de manobra negocial com os credores internacionais, como obtiveram com a crise um pretexto para aprovar medidas impopulares. Estas são algumas das conclusões de um estudo de dois investigadores da Universidade Nova.
O tema, e o título, têm uma ressonância tipicamente portuguesa. Mas o estudo foi publicado no European Journal of Political Research, no inicio do ano, e mais recentemente surgiu no blogue da London School of Economics. Vem assinado por Catherine Moury, professora de Ciência Política, belga, e Adam Standring, doutorando, inglês. Trata de um “caso de estudo paradigmático: Portugal, o ‘bom aluno’ da troika”.
Desde Janeiro de 2014, Moury e Standring entrevistaram 21 ministros, secretários de Estado e chefes de gabinete dos governos PS e PSD-CDS, que estavam em funções durante a crise, e vários representantes dos credores internacionais - um do FMI e três da Comissão Europeia -, além de três parceiros sociais e sete deputados da oposição. A juntar a estas entrevistas, presenciais e sob anonimato, os autores recolheram documentação e discursos políticos, leram a imprensa e cruzaram todos estes dados para terem "uma compreensão total do que aconteceu atrás de portas fechadas, em reuniões internacionais". O resultado é o artigo “Ir além da troika: poder e discurso nas políticas de austeridade em Portugal".
A sua leitura proporciona revelações surpreendentes. "É óbvio que os governos estavam constrangidos. Mas havia margem de negociação. Essa margem foi escondida para apresentar as medidas como inevitáveis e para retirar as decisões da esfera política", afirma Catherine Moury. A troika, concluem os autores, “permitiu a alguns ministros passar medidas que eles desejavam em privado mas que não conseguiriam aprovar ‘em tempos normais’”. Ou seja, os governantes "usaram a crise da dívida soberana para ultrapassar, estrategicamente, a resistência às reformas”.E isso aconteceu de várias formas. Um ex-secretário de Estado do Governo de Sócrates afirma: “Em mais do que uma ocasião, propostas políticas que tinham vindo, por exemplo, do ministro das Finanças, e que não tinham sido aceites em Conselho de Ministros, regressavam depois nas propostas da Comissão [Europeia]”. Mas, no fundo, a proposta vinha de dentro do Governo.
Um ministro do Governo de Passos Coelho explica de outra maneira: “Por vezes é difícil ter a força política para fazer certas coisas e a troika ajuda a justificá-las. Por exemplo, há certas medidas na revisão da legislação laboral, como a redução das indemnizações por despedimento, que são muito difíceis de discutir com os parceiros sociais e, por isso, é útil haver pressão da troika para as poder implementar. Nós, no Governo, concordamos que é necessário fazê-lo mas reconhecemos a dificuldade política.”

A mesma versão

Catherine Moury diz-nos que estes exemplos estão em linha com o que ouviram de todos os entrevistados. "O que emergiu destas entrevistas é uma história clara, porque todos diziam o mesmo. Estavam convencidos que era uma coisa boa, que era o melhor para Portugal." A única diferença é a convicção com que o faziam, consoante fossem do PS ou do PSD-CDS: "Aconteceu nos dois governos, mas notei mais congruência ideológica no de Passos Coelho."
O estudo afirma isso mesmo: "Em vários graus, todos os três partidos que estiveram no Governo partilhavam visões liberais sobre a economia."
E se Sócrates afirmava que as medidas impostas por este tipo de programas exigiam uma agenda liberal que ele não estava disposto a aceitar, havia no seu Governo ideias bastante diferentes. Um secretário de Estado afirma: “A maioria do memorando da troika são medidas que o Governo queria aplicar, a vasta maioria."
Outra revelação importante é a de que as negociações do memorando - assinado em 2011 pelo Governo com o FMI, o BCE e a Comissão Europeia, com o aval, traduzido m cartas de ompromisso, de PSD e CDS - foram isso mesmo, negociações. “Nenhum dos participantes viu a negociação como um diktat dos credores internacionais.”
Depois das eleições, com o Governo de Passos Coelho, a margem negocial manteve-se, mas só era aproveitada na medida em que se adequasse à visão política interna. “O que emerge claramente é que o Governo de centro-direita aproveitou a oportunidade oferecida pelo resgate para aprovar reformas que queria desde o início, indo além do acordo original com os credores internacionais.” E que, apesar de estar na oposição, o PSD teve um papel importante nas negociações: "Também descobrimos que as preferências mais liberais do PSD tiveram algum impacto nas políticas incluídas no memorando final”
Nessa altura tornou-se também claro para Catherine Moury que havia um facto diferente no resgate português. "Não houve vergonha, não houve um discurso 'foi a União Europeia que obrigou'." O jogo do passa-culpas, sobretudo para Bruxelas, foi muito menos do que pressupunham as expectativas iniciais dos investigadores.
O primeiro-ministro podia atribuir culpas ao Governo anterior (com o argumento de que herdou um país na pré-bancarrota) ou então mostrar-se empenhado no caminho do memorando, como se fosse essa a sua própria escolha, mas nunca apontava o dedo aos credores, nota Catherine Moury. “O discurso de Passos Coelho variou conforme o tempo e a audiência para o qual era feito” - por exemplo, se fosse para uma plateia de militantes, diria que a "culpa" era de Sócrates; se fosse uma entrevista ao Financial Times, diria querer ir mais além nas reformas. “Paulo Portas, por exemplo, era muito mais adepto da tese do passa-culpas, indo tão longe como chamar ao resgate ‘protectorado’ e à sua conclusão ‘libertação’.”
Apesar desta diferença, nota Moury, as entrevistas revelam que na coligação "havia muito menos conflitos com a troika do que aparecia na imprensa". Os assuntos eram mais pacíficos do que por vezes transparecia.
O que volta a juntar Sócrates e Passos é a consciência de que aqueles tempos excepcionais lhes garantiam, também, um poder excepcional. “Deu aos executivos uma justificação legítima para concentrar poder nas suas mãos.” E que poder foi esse? O de usar a troika como argumento de autoridade perante o Parlamento e os parceiros sociais, na discussão política.

“Não há nada a negociar”

Um exemplo: a descentralização da contratação colectiva, segundo um dos entrevistados, “foi incluída no acordo porque estava na agenda do Governo e eles sabiam que teriam mais poder para seguir essa agenda se fosse uma obrigação do Estado.” Um sindicalista conta que não houve qualquer diálogo: “Os ministros disseram-nos: 'Sabemos o que vocês pensam, mas nós não estamos aqui para chegar a um compromisso, não há nada a negociar'.”
Tanto com Sócrates como com Passos, o resultado desta concentração de poder nas mãos do Governo, aliada à ambiguidade sobre a autoria das medidas (eram da troika? eram dos ministros?) levou, critica Catherine Moury, a um momento político marcado por “tácticas de despolitização”.
As medidas eram assim, porque tinham de ser, e não - como afinal parece que foram - porque os governos queriam. Essa táctica foi “usada para erguer imperativos sobre uma escolha estreita de políticas alternativas”.

Mesmo que a acção dos governantes em certas medidas (cortando salários, desregulamentando a legislação laboral) surgisse de uma intuição de que estariam "pressionados para agir da forma que (julgavam) iria tranquilizar os investidores”. Na maioria dos casos reinava, contudo, a convicção. "Muitos ministros disseram-me que foi uma oportunidade", revela Moury.
"É justo que as pessoas tenham essas convicções", afirma a autora, "o que não é justo é retirarem da esfera política essas convicções que têm de ser votadas, discutidas, colocadas no programa eleitoral..."
"A nossa pesquisa testemunha um declínio na transparência e abertura nas tomadas de decisão política que tiveram lugar na última década, ambos dimensões fundamentais da qualidade das democracias estabelecidas. Na nossa opinião, as reformas implementadas durante a crise foram altamente relevantes e deveriam ter estado no centro do debate político", escreveram os autores no blogue da London School of Economics.

www.publico.pt
29
Jun17

O peido que o Sobral disse que ia dar e não deu… dei-o eu!

António Garrochinho


O peido prometido fez correr rios de tinta e fazer surgir textos de qualidade de “primeira água”. Depois veio Sobral pedir desculpas e retirar o peido. Eu não retiro o meu, que ontem assumiu outra forma, mais subliminar e, sem odor de traque, deixou larga ambiguidade.Assim, questionou-me a Catarina:
«Estou aqui há que tempos a tentar decifrar o significado deste título e estou com uma certa dificuldade. Gostaria de me explicar, Rogério?! : )) Faz de contas que sou uma aluna do 6º ano! : )
Através de alguns blogues fiquei a saber que foi organizado um concerto a favor das vítimas de Pedrógão, e que, atendendo ao pouco tempo que tiveram para planear, foi um concerto muito bom e que angariaram bastante dinheiro. Muitos artistas famosos participaram e atuaram pro bono.
E a sua opinião foi que….»

Resposta minha, fazendo de conta que ela ainda é menina de escola:
Dizia eu em titulo “Fosse o acesso, o desempenho e o contributo, condicionados aos sócios dos bombeiros e o serão teria sido uma desilusão”. O título pressupõe o conhecimento da situação dos bombeiros, da penúnia dos seus rendimentos, da escassêz dos seus meios, das vezes que fazem peditórios de rua, das rifas para angariar fundos para aquirir isto ou aquilo. No seu todo, o título coloca a incoerência entre a multidão que se mobilizou solidária e a multidão que não tem, e não tem certamente, a postura cívica de contribuir para qualquer corporação dos “soldados da paz”.
Assim,

  • se a venda de bilhetes fosse se feita apenas a associados dos bombeiros, o MEO Arena estaria meio vazio;
  • se os artistas convidados só pudessem participar comprovando ter as cotas em dia, seria reduzido o elenco;
  • se só fossem aceites donativos, a quem apresentasse semelhante prova, o pecúlio recolhido seria bem reduzido.
Entendido?


Este artigo encontra-se em: CONVERSA AVINAGRADA http://bit.ly/2sj0qIS
abrildenovomagazine.wordpress.com
29
Jun17

O peido que o Sobral disse que ia dar e não deu… dei-o eu!

António Garrochinho


O peido prometido fez correr rios de tinta e fazer surgir textos de qualidade de “primeira água”. Depois veio Sobral pedir desculpas e retirar o peido. Eu não retiro o meu, que ontem assumiu outra forma, mais subliminar e, sem odor de traque, deixou larga ambiguidade.Assim, questionou-me a Catarina:
«Estou aqui há que tempos a tentar decifrar o significado deste título e estou com uma certa dificuldade. Gostaria de me explicar, Rogério?! : )) Faz de contas que sou uma aluna do 6º ano! : )
Através de alguns blogues fiquei a saber que foi organizado um concerto a favor das vítimas de Pedrógão, e que, atendendo ao pouco tempo que tiveram para planear, foi um concerto muito bom e que angariaram bastante dinheiro. Muitos artistas famosos participaram e atuaram pro bono.
E a sua opinião foi que….»
Resposta minha, fazendo de conta que ela ainda é menina de escola:
Dizia eu em titulo “Fosse o acesso, o desempenho e o contributo, condicionados aos sócios dos bombeiros e o serão teria sido uma desilusão”. O título pressupõe o conhecimento da situação dos bombeiros, da penúnia dos seus rendimentos, da escassêz dos seus meios, das vezes que fazem peditórios de rua, das rifas para angariar fundos para aquirir isto ou aquilo. No seu todo, o título coloca a incoerência entre a multidão que se mobilizou solidária e a multidão que não tem, e não tem certamente, a postura cívica de contribuir para qualquer corporação dos “soldados da paz”.
Assim,
  • se a venda de bilhetes fosse se feita apenas a associados dos bombeiros, o MEO Arena estaria meio vazio;
  • se os artistas convidados só pudessem participar comprovando ter as cotas em dia, seria reduzido o elenco;
  • se só fossem aceites donativos, a quem apresentasse semelhante prova, o pecúlio recolhido seria bem reduzido.
Entendido?
Este artigo encontra-se em: CONVERSA AVINAGRADA http://bit.ly/2sj0qIS

29
Jun17

Qual a cor do sangue da Judite?

António Garrochinho


(Joaquim Vassalo Abreu, 28/06/2017)
JUDITE
Eu sei, mas só o revelarei no fim do texto, e quem o antecipar estará a fazer batota e isso não vale!
A mim há duas coisas que sempre me fizeram confusão: uma a cor do meu sangue e outra a cor do cavalo branco de Napoleão! E coisas mais banais não haverá, não acham?
Confusos? Eu explico: em primeiro lugar porque sempre me convenci que o meu sangue era vermelho e assim o constatava quando, em pequeno, dava uma “topada” (batia com o dedo grande do pé numa pedra ou outro obstáculo) e dali jorrava um sangue vermelho que só a sulfamídica terra curava. Vermelho, sem dúvida! A outra era saber da cor do cavalo branco do Napoleão quando ele era branco!
Era branco o cavalo, tal como o sangue era vermelho. Duas verdades para mim absolutas! Isso pensava eu…
Pois: isso pensava eu! Mas, mais tarde, quando comecei a namorar com a Graciete, comecei a ouvir dizer que ela era de sangue azul! Azul, perguntei eu? Eu que pensava que ela era do Sporting e, sangue por sangue, o dela era vermelho? Mas depois soube que isso do “sangue azul” era treta, pois não era Portista e era apenas descendente dos Viscondes de Bacelar…Sangue deles, portanto!
Mas depois descobri que o seu sangue era mesmo vermelho, pois eu amiúde bem o via…
Só que agora, há uns dias atrás, deu-se-me de novo um nó no meu occipital quando li na Net aquela notícia da TVI que dizia que o Medina tinha “sangue comunista”, pois era filho de comunistas! “Sangue comunista”? Então, sendo o “azul” uma treta, para além do vermelho, ainda haveria mais espécies de sangue? Não deverá haver quem, não dominando estas coisas dos sangues, não ficasse confuso! E eu fiquei!
E fiquei porque quem estava a dar a notícia era uma tal Judite e, retrocedendo na máquina do tempo, lembrei-me que ela morava por baixo de uma cunhada minha em Gaia e toda a gente sabia que o pai era comunista!
Assim, a TVI, sem o saber(?), abriu uma caixa de pandora e classificou também a Judite com esse novo tipo de sangue…É que a TVI ao reclamar que o sangue do Medina era “comunista”, acabou por dizer, preto no branco, que o da Judite também o era! Achei bonito…
Eu essa expressão nunca tinha ouvido, mas há uma outra que conheço e talvez isso explique e que é a de “estar-lhe no sangue”!
Mas, pensando melhor, sendo essa expressão abrangente que chegue, ela não se poderá aplicar a este caso pois, partindo do princípio de que o sangue é mesmo vermelho, tal resultará numa redundância insanável e numa conclusão óbvia e cuja é: se o ser-se comunista é consanguíneo, eu e outros mais, não o sendo, mas sendo comunistas, que raio de tipo de sangue terei ou terão? Verde, por ser sportinguista? Azul para alguém que é Portista? Neto ou bisneto de Condes e Viscondes?
É que os meus Pais não eram comunistas, nem benfiquistas tão pouco, de modo que eu, não tendo esse privilégio, só poderei ter um sangue vermelho abastardado, por mais que vermelho me sinta, bem ao contrário do Medina que o tingiu de rosado!
De modos que a Judite, certamente bem avisada, tanto pela Prada, como pela Louis Vuitton ou pela Hermes ,e com o seu alto patrocínio, há muito o problema resolveu e fez uma transfusão.
Eu sei que isso lhe provocou algumas sequelas, principalmente na linguagem, na maneira de falar, enfim, mas o seu sangue ficou para sempre LOIRO!
O seu sangue é LOIRO e o Loiro está-lhe no sangue…Um sangue loiro varrido!


estatuadesal.com

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