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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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01
Jul17

Os incríveis ‘lobos marítimos’ capazes de nadar quilómetros e comer frutos do mar

António Garrochinho

Se tradicionalmente o termo “lobo do mar” se refere a um velho marujo, que tenha passado boa parte de sua vida enfrentando as ondas e o ir e vir das marés em um barco, para o fotógrafo Ian McAllister o termo possui um sentido literal: há duas décadas que ele aponta suas lentes para uma curiosa espécie de lobo, conhecida justamente como Lobo marítimo, que vivem no e do mar, tal qual seus pares marinheiros.



Esses lobos são genética e fisicamente diferentes dos lobos que conhecemos – menores e diferenciados, como excelentes nadadores (capazes de nadar quilômetros entre ilhas), que se alimentam quase na totalidade de suas dietas de peixes e frutos do mar. Eles vivem na costa pacífica da Columbia britânica, e as fotos tiradas por McAllister são de tirar o fôlego, e não só por sua presença na água.












O cenário é espetacular, e a proximidade com que registrou esses peculiares lobos tiram nosso ar tanto quanto estar debaixo d’água.

Todas as fotos © Ian McAllister


www.hypeness.com.br
01
Jul17

EDIFÍCIO DE CINCO ANDARES NA CHINA TEM UMA RUA COMO COBERTURA

António Garrochinho
Se você se incomoda quando o vizinho do andar de cima caminha com os tamancos de madeira, pense no que estes pobres chineses têm que aguentar com uma rua transitável como vizinha de cima. O vídeo de um prédio de cinco andares na cidade chinesa de Chongqing viralizou recentemente, pelo simples fato de que o edifício em questão tem um telhado plano que também funciona como uma rua na qual os carros realmente transitam. Antes de entrar em detalhes sobre essa peculiaridade arquitetônica particular, vale a pena mencionar que Chongqing tem uma reputação de arquitetura e infraestrutura incomum.

Edifício de cinco andares na China tem uma rua em sua cobertura
Seu terreno é composto principalmente de encostas de colina, e essa falta de espaço de construção plana basicamente forçou os arquitetos e planejadores urbanos a pensar fora da casinha para encontrar soluções viáveis. Algumas das suas criações mais famosas incluem um cruzamento rodoviário extenso com 15 rampas indo em oito direções diferentes, pontes para pedestres de 13 andares e o prédio de apartamentos mundialmente famoso que tem um trem que passa direto através dele.
Edifício de cinco andares na China tem uma rua em sua cobertura
A mais recente adição ao portfólio de arquitetura peculiar de Chongqing é um prédio de cinco andares com um telhado com terraço que funciona como uma via pública de mão única. Muitos internautas brincam que tal coisa só poderia ser construída na China. Eles provavelmente estão certos sobre isso, mas uma pesquisa jornalística subsequente revelou que a rua elevada realmente tem uma explicação muito prática.
Edifício de cinco andares na China tem uma rua em sua cobertura
O jornal Beijing Youth Daily visitou o edifício único e conversou com os guardas de segurança, que disseram que a rua criada para ajudar os moradores a chegarem mais facilmente às suas casas. O edifício de cinco andares é construído ao lado de uma colina e, na verdade, é o estacionamento coberto de um complexo de apartamentos mais alto do lado da colina.

VÍDEO

Sem a rua, os moradores teriam de tomar um elevador ou subir do nível da rua, na base da colina, até o prédio. Desta forma, eles podem dirigir seus carros até o prédio residencial e deixar seus carros estacionados lá.

VÍDEO

E, enquanto as janelas podem enganar fazendo pensar que há pessoas vivendo neste edifício de cinco andares, verifica-se que seus quatro níveis superiores compõem um estacionamento interno, enquanto o nível do solo é ocupado por várias lojas. Além disso, o telhado está equipado com materiais de redução de ruído, então quase nenhum dos sons dos carros que dirigem sobre ele passa.


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01
Jul17

PORQUE É QUE OS BOTÕES DO HOMEM ESTÃO À DIREITA E OS DA MULHER À ESQUERDA ?

António Garrochinho
Algumas pessoas não sabem e outras pouco importam-se de saber. Que lado estão os botões de sua camisa, esquerdo ou direito? Em realidade, a resposta é simples: se você usa roupa feminina, os botões estão no lado esquerdo. Ao contrário, se usa roupa de homem, estarão no direito. A verdade é que esta regra faria sentido se a maioria das mulheres fossem canhotas e a maioria dos homens destros, mas não é o caso. Pode parecer uma grande bobagem este tipo de convenção, mas é assim e tem um pouco de história sobre o assunto.

Por que os botões da roupa de homem estão à direita e os da mulher à esquerda?
Assim como muitos outros costumes antigos, não está de todo claro o início do desenho dos botões. No entanto, segundo alguns historiadores, no caso das mulheres a resposta deveria estar na Europa.

Considera-se uma tradição dos dias em que a roupa era bem mais complicada. No Renascimento e durante a era vitoriana, as mulheres -em particular as mulheres ricas- usavam vestimentas muito elaboradas (e complicadas), e muitas vezes desfrutavam do luxo de ter uma ajudante para vesti-las.

Nesse caso, para a servente era mais fácil ter os botões no lado direito com a suposição de que a servente fosse destra, como geralmente é a maioria das pessoas. Por outro lado, os homens normalmente vestiam-se eles mesmos, daí que os botões deveriam estar no outro lado.

Posteriormente, acredita-se, que à medida que a roupa foi sendo produzida em ingentes quantidades, as roupas femininas acabaram adotando os botões na esquerda e o desenho acabou se transformando em padrão.

Para os homens também existe outra teoria: a forma em que se vestiam para a guerra. De novo, pensando que a maioria são destros, estes poderiam sacar sua arma com sua mão direita e desabotoar-se com a esquerda.

Se retrocedermos um pouco mais, pensa-se que os homens deviam ser capazes de desembainhar suas espadas sem obstáculos. A mão direita devia atingir o lado esquerdo do corpo, e não devia ser impedida com o fechamento da vestimenta no processo.

Curiosidade: até faz relativamente pouco tempo, ser canhoto era considerado uma cisma, um defeito proporcionado pelo "cramulhão", e não uma condição comum e corriqueira. Muitos canhotos tinham que aprender forçadamente a usar a mão direita. Alguns devem ter conhecido o famoso caso de um avô que escrevia com a direita e fazia todo o demais afazeres com a esquerda.
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01
Jul17

GERAINT THOMAS FOI O VENCEDOR DO CONTRA RELÓGIO NO TOUR 2017.

António Garrochinho

O britânico Geraint Thomas (Sky) é o primeiro líder da Volta a França em bicicleta, depois de ter vencido hoje a etapa inaugural, um contrarrelógio individual de 14 quilómetros disputado em Dusseldorf, na Alemanha.

Num 'crono' disputado sob chuva, Thomas cumpriu o percurso em 16.04 minutos, batendo o suíço Stefan Kung (BMC), por cinco segundos, e o bielorrusso Vasil Kiryenka (Sky), por sete, enquanto o britânico Chris Froome (Sky), triplo vencedor do Tour (2013, 2014 e 2015), foi o melhor dos favoritos, ao terminar em sexto, a 12 segundos do colega de equipa.

O português Tiago Machado (Katusha Alpecin) foi 96.º, a 1.04 minutos de Thomas, numa etapa marcada pela queda e consequente abandono do espanhol Alejandro Valverde, um dos líderes da equipa Movistar, juntamente com o colombiano Nairo Quintana.
01
Jul17

A HISTÓRIA DA CASA PIA

António Garrochinho


01
Jul17

HARLEY-DAVIDSON MOTORCLOTHES: 100 ANOS DE HISTÓRIA

António Garrochinho
Hoje em dia as colecções da Harley-Davidson Motorclothes apresentam linhas completas de roupa e acessórios para homem, mulher e criança não só para andar de mota mas também para o dia-a-dia com um estilo urbano e casual. Ao longo deste último século a linha de moda da Harley passou por várias transformações e inovações que lhe conferem uma história muito rica.
Desde o lançamento da primeira Harley-Davidson em 1903 a empresa procurou que os motards apresentassem um aspecto tão cuidado como as motas que produzia tendo sempre em atenção a segurança. Ao mesmo tempo que a Harley criava motas inovadoras começou também a desenhar roupa e complementos para a condução contribuindo para a segurança dos motards e para a criação de um estilo com peças de roupa urbanas de look rebelde e actual.
Em 1912 surge então a primeira linha de roupa Harley-Davidson que se conhece e que aparece no catálogo de acessórios de 1912 (uma simples camisola de lã) e na edição de Junho de 1912 da publicação “The Harley-Davidson Dealer”. Esta camisola foi um êxito tão grande que a marca americana triplicou os números previstos de fabricação.
À medida que crescia a paixão pelas motas Harley-Davidson crescia também o entusiasmo pela sua roupa de tal maneira que entre 1914 e 1928 ampliou-se a colecção de roupa e acessórios num catálogo chamado Acessórios Úteis para Motas Harley-Davidson. Os motards podiam encontrar no catálogo não apenas camisolas mas também casacos, calças e luvas.
Em 1915 acrescentaram-se aos catálogos óculos, casacos impermeáveis e camisas de linho. Os casacos de pele chegaram em 1921 e em 1927 nascia uma nova tendência de moda com os blusões de cabedal da Harley-Davidson. Tratava-se do modelo Horsehide Leather Coat que também se comercializava em versão três quartos para se conduzir nas alturas de mais frio. Os dois estilos estiveram disponíveis durante vários anos.
Entre 1938 e 1958 a Harley-Davidson desenvolveu o blusão de mota para a polícia de Nova Iorque que ainda hoje utilizam. Em 1947 a Harley-Davidson começou a vender o blusão de cabedal preto que se tornaria um clássico devido à sua forma – justo ao corpo, com cintura e mangas ajustáveis, costas reforçadas, tachas e fechos decorativos de níquel. Baseados neste surgiram os blusões Cycle Champ e Cycle Queen no início dos anos 50 que tiveram e têm ainda um grande êxito. Chegaram inclusivamente ao grande ecrã com Marlon Brando em 1953. Os filmes de motards tiveram o seu apogeu nos anos 50 até ao início dos anos 70 marcando tendências de moda entre os motards Americanos. 
Em 1958 acrescentaram-se os primeiros capacetes à linha de roupa da Harley-Davidson.
As peças de roupa foram aumentando a sua funcionalidade nos anos 60 e 70 com a introdução de melhorias com as aberturas para ventilação e fechos à prova de vento para fazer face às mudanças das condições meteorológicas e bolsos de fecho que se mantiveram de forma permanente no desenho dos blusões. 
Os blusões de pele pretos incorporaram-se de forma generalizada no vestuário dos motards dos anos 60 o que levou a que em 1973 a Harley-Davidson inclui-se esta peça pela primeira vez na sua colecção.
Nos anos 80 a colecção ampliou-se para incluir peças de roupa de cabedal para moto mais atractivas do ponto de vista da moda. Dentro deste novo conceito a Harley começou a desenhar roupa urbana e diversos acessórios para fazer à face à crescente procura deste tipo de roupa.
Assim em 1986 a linha de roupa da Harley já oferecia uma maior variedade de blusões e peças de roupa mais ligeiras para todo o tipo de condições Meteorológicas. Em 1986 venderam-se mais de 2 milhões de camisolas com o logótipo Harley-Davidson. Nesta década foi também introduzida o casaco Wille G.TM que posteriormente passou a fazer parte de uma linha que incluía botas, luvas e coletes.
Em 1988 surgiu finalmente a marca Harley-Davidson Motorclothes e que não mais deixou de crescer incorporando novas colecções e modelos de blusões de cabedal, roupa sport e pequenos complementos de cabedal.
Em 1991 as vendas das peças de roupa Harley Motorclothes superaram os três milhões. Nesse mesmo ano a Harley-Davidson recebeu o prémio Council of Fashion Designers Award por trazer e aproximar o estilo biker ao mercado prêt-à-porter. Para satisfazer a crescente procura em 1992 foram lançados mais de 250 artigos coleccionáveis e peças de roupa. Em 1993 as vendas anuais aumentaram 33% com números que superam os sete milhões de peças, enquanto a Harley-Davidson vendia paralelamente 70.000 motos por ano.
Em 1994 introduziu-se a linha Biker Blues e em 1998 apresentou-se a gama de roupa FXRG especialmente desenhada para proteger o piloto em praticamente qualquer condição atmosférica. Em 2005 o blusão de pele desta linha converteu-se na mais vendida de todos os tempos da Harley.
Com o virar do século a marca Motorclothes e Licensed Products começaram a centrar-se em criar um linha de moda que reflectisse a cultura e as preferências de estilo europeias. Durante o ano de 2002 as vendas dispararam graças à colecção especial do 100º aniversário. Em 2009 foi lançada a linha Dark Custom com uma gama de roupa e complementos Black Label.

www.motofan.pt
01
Jul17

NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP Audição pública sobre a revisão da PAC pós 2020

António Garrochinho

Audição pública sobre a revisão da PAC pós 2020

Por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP no Parlamento Europeu, decorreu hoje no centro Jean Monet em Lisboa uma audição pública sobre a revisão pós 2020 da Política Agrícola Comum (PAC). Na mesa estiveram presentes Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu e João Frazão, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.
A PAC foi sendo revista sucessivamente ao longo dos anos, sempre no sentido de uma maior orientação aos mercados, ou seja, sempre no sentido da sua liberalização económica. De acordo com uma frase sucessivamente repetida por responsáveis europeus, “cada vez mais os agricultores deverão ir buscar os seus rendimentos aos mercados”. Infelizmente, a realidade demonstra exactamente o contrário, com os preços pagos, a produção em baixa e os factores de produção em alta. A última revisão de 2013 consagrou uma liberalização total da PAC com o fim dos regimes públicos de controlo de oferta nos mercados do leite, do açúcar e do vinho. A revisão da PAC pós 2020 não pode ser separada do balanço possível das consequências da última revisão de 2013 da PAC, tal como não pode ser desligada do actual processo de discussão do Orçamento Comunitário e da política em curso de liberalização do comércio internacional com o resto do mundo.
No debate que envolveu as organizações que participaram nesta audição, foram abordados vários assuntos de grande importância como seja a necessidade de centrar a PAC na garantia de um rendimento digno para os agricultores, tal como está de resto consagrado nos tratados. A importância dos pagamentos directos do primeiro pilar, ainda que insuficiente e injustamente distribuídos, deve ser valorizada, recusando a sua eventual substituição por seguros ao rendimento que implicará uma comparticipação crescente dos produtores. As políticas de preços e a necessidade de regressar aos instrumentos públicos de regulação da oferta, ou seja, as quotas, representa a principal ilação a retirar sobre o balanço da revisão de 2013 que provocou uma instabilidade sem precedentes nos preços, com falências de milhares de agricultores e uma concentração ainda maior da produção dentro de cada país mas também à escala comunitária. As tentativas de praticar uma PAC mais verde foram consideradas como um fracasso que em certos casos funcionou ao contrário, apoiando por exemplo o olival intensivo.
A necessidade de modelar mais as ajudas redireccionando os fundos para sectores e áreas mais carentes de investimento e garantir uma distribuição mais justa dos apoios, foi apresentada como um elemento chave a ter em conta em qualquer processo de revisão. A liberalização do comércio internacional com o CETA em fase de ratificação, o TTIP ou o Acordo Mercosul, em fase de negociação, estiveram também em discussão, para além da excessiva burocratização da PAC que atinge hoje níveis absurdos e absolutamente contraproducentes.
Nas intervenções finais, depois de valorizar todas as contribuições, quer João Frazão, quer Miguel Viegas, reiteraram o compromisso do PCP em tudo fazer na defesa da agricultura portuguesa e em particular da pequena e média agricultura familiar, sendo este o melhor modelo que permitirá uma produção segura, de qualidade e capaz de garantir a coesão social e territorial. Infelizmente, os sinais que chegam não são animadores. O actual processo dito de desburocratização da PAC, em vez de ajudar a resolver alguns dos problemas apontados, está a abrir as portas para aprofundar ainda mais a liberalização da PAC, com a criação de organizações de negociação ou com a institucionalização de regimes de redução voluntária da produção que poderão penalizar severamente a nossa agricultura.
Neste sentido, o PCP, seja na Assembleia da República, seja no Parlamento Europeu, estará vigilante e activo na defesa da nossa produção, defendendo uma política agrícola nacional que sirva de facto a agricultura portuguesa e o interesse nacional.

www.pcp.pt
01
Jul17

Vaticano: A polícia invadiu uma orgia gay com drogas no apartamento de um padre

António Garrochinho


A festa aconteceu no apartamento de um padre que trabalhava como secretário do cardeal Coccopalmerio.
Vaticano: A polícia invadiu uma orgia gay com drogas no apartamento de um padre

A polícia na Itália entrou quarta-feira no apartamento da ex-secretário do cardeal Francesco Coccopalmerio, localizado no palácio do ex-Santo Ofício, no Vaticano, onde decorria uma orgia gay com medicamentos desenvolvidos, informou a mídia italiana.
Ao localizar o prelado  a polícia prendeu-o e enviou-o para uma clínica para desintoxicação. Ele está actualmente um retiro espiritual num convento na Itália. 
A intervenção das forças de segurança vieram na esteira de denúncias pela constante chegada de convidados para esse apartamento . Também apareceram suspeitas sobre um carro de luxo com a placa de licença da Santa Sé .
O Cardinal Coccopalmerio ocupa o cargo de Presidente do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos. 

Outro escândalo sexual em torno de um padre do Vaticano

Quinta-feira,  O cardeal australiano George Pell, 'número três' do consultor financeiro do Vaticano e do Papa Francisco, foi acusado de crimes sexuais contra crianças e agora enfrenta múltiplas acusações para estes alegados crimes.
Ele é o representante mais alto do Vaticano já acusado num caso de abuso sexual o que é um golpe contra a Santa Sé, que sofreu vários reveses na sua credibilidade e na sua política de "tolerância zero" a política sobre abuso sexual .
No entanto, a Igreja Católica australiana diz que  Pell "rejeita fortemente" alegações e vai se defender "vigorosamente" perante o Tribunal.


actualidad.rt.com
01
Jul17

COMEÇA DAQUI A POUCOS MINUTOS A VOLTA À FRANÇA - CONHEÇA O PERCURSO

António Garrochinho

 A prova inicia-se a 1 de julho, na cidade alemã e Dusseldorf, e termina a 23 do mesmo mês, nos Campos Elísios. Nos primeiros dias, haverá ainda passagens pela Bélgica e pelo Luxemburgo.



Com apenas dois contrarrelógios individuais, um a abrir e outro na penúltima etapa, o percurso tem muita montanhas. A ideia é favorecer os ciclistas mais agressivos a subir.






O percurso do Tour









Eis o percurso completo.

1 julho - Etapa 1: Dusseldorf - Dusseldorf (Alemanha), contrarrelógio individual, 13km
2 julho - Etapa 2: Dusseldorf (Alemanha) - Liège (Bélgica), 202 km
3 julho - Etapa 3: Verviers (Bélgica) - Longwy, 202km
4 julho - Etapa 4: Mondorf-Les-Bains (Luxemburgo) - Vittel, 203km
5 julho - Etapa 5: Vittel - La Planche des Belles Filles, 160km
6 julho - Etapa 6: Vesoul - Troyes, 216km
7 julho - Etapa 7: Troyes - Nuits-Saint-Georges, 214km
8 julho - Etapa 8: Dole - Station des Rousses, 187km
9 julho - Etapa 9: Nantua - Chambery, 181km
10 julho - Dia de descanso
11 julho - Etapa 10: Perigueux - Bergerac, 178km
12 julho - Etapa 11: Eymet - Pau, 202km
13 julho - Etapa 12: Pau - Peyragudes, 214km
14 julho - Etapa 13: Saint-Girons - Foix, 100km
15 julho - Etapa 14: Blagnac - Rodez, 181km
16 julho - Etapa 15: Laissac-Severac L'Eglise - Le-Puy-en-Velay, 189km
17 julho - Dia de descanso
18 julho - Etapa 16: Le-Puy-en-Velay - Romans-sur-Isere, 165km
19 julho - Etapa 17: La Mure - Serre-Chevalier, 183km
20 julho - Etapa 18: Briancon - Izoard, 178km
21 julho - Etapa 19: Embrun - Salon-de-Provence, 220km
22 julho - Etapa 20: Marselha - Marselha contrarrelógio individual), 23km
23 julho - Etapa 21: Montgeron - Paris Campos Elísios, 105km







www.record.pt
01
Jul17

Porque a luta contra a política de direita e o regime que a gera tem de continuar! - Manifesto

António Garrochinho



Porque a luta contra a política de direita e o regime que a gera tem de continuar!
Manifesto

Declaro solenemente,
que a partir de agora,
todos comerão o pão
que semearam,
e das terras que sulcarem!
Que todos serão,
donos dos teares, e
das máquinas
que trabalharem!
Que farão seus, os livros
que os escreverem, e
os manuais que estudarem!
Que serão guardiões
das Leis que legislarem!
Que sararão com as
própias mãos as feridas
de que padecerem!
Que todos serão livres,
responsáveis colectivos,
pelo próprio destino!
Declaro que será proibido,
Roubar o pão que é de todos!
Apossar-se dos teares e das
máquinas e ferramentas
Que são de todos!
Roubar a inteligência
que é de todos!
Manipular a consciência
que é de todos!
Reprimir e maltratar os
direitos de todos!
De negar a saúde que
é de todos!
De segregar o colectivo e
portanto de todos!
De proibir o que está proibido
para todos!



01
Jul17

HISTÓRIA - O ANJO DO GUETO

António Garrochinho
Conhecida como “O Anjo do Gueto”, a enfermeira salvou 2.500 crianças da morte. Irena era administradora do Serviço Social de Varsóvia. Quando a guerra estourou em 1939, começou a fazer documentos falsos, fornecer remédios, roupas e dinheiro para os judeus. Apesar de não ser judia, ela, que tinha livre acesso aos campos de concentrações, fazia questão de usar uma estrela de Davi no Braço. Conseguiu retirar 2.500 crianças “doentes” do Gueto em ambulâncias. Morreu em 2008, com 98 anos de idade.







FONTE: Revista Superinteressante, Edição Especial 292-A. Junho, 2011.
01
Jul17

Pais do Amaral deve €48 milhões aos três maiores bancos portugueses

António Garrochinho


PAIS_AMARAL
(Se devesse 1000€ penhoravam-lhe a casa e o ordenado. Como deve 100 milhões, dão -lhe 10 anos para pagar e convidam-no para tomar chá. São estes os grandes empresários da Nação, condecorados com comendas e aclamados pelos media. Depois, como não pagam aos bancos, somos nós todos que somos chamados a pagar por eles. Assim também eu seria um grande empresário.
Estátua de Sal, 30/06/2017)

Empresário já terá acordo com os vários bancos para pagar a dívida em 10 anos. Empresário tem dívidas em torno de €100 milhões a um total de nove instituições financeiras. Novo Banco, BCP e CGD estão entre os maiores credores.
A AHS Investimentos, empresa de Miguel Pais do Amaral que avançou com um processo especial de revitalização, tem um total de nove bancos entre os seus credores. Entre estes estão os três maiores portugueses – Novo Banco, BCP e Caixa Geral de Depósitos (CGD) -, a quem são devidos cerca de €48 milhões.
A lista provisória de credores da empresa de Pais do Amaral aponta €19,6 milhões em dívida ao Novo Banco, €17,7 milhões devidos ao BCP e €10,5 milhões por pagar à CGD. No caso do Novo Banco, a maior parte dos créditos está garantida com penhores sobre ações detidas pelo empresário. No BCP, a totalidade dos créditos são comuns (sem garantias sobre ações de Pais do Amaral). Na CGD, apenas um décimo do valor emprestado a Pais do Amaral está garantido por um penhor de ações. Nenhum dos três bancos quis comentar ao Expresso a sua posição no processo.
A AHS é um dos principais veículos de investimento de Pais do Amaral, agregando, entre outros ativos, a Companhia das Quintas (produção de vinhos), a Polistock (negócio agropecuário), uma posição no banco britânico Gryphon e a Alfacompetição (corridas de automóveis). Pais do Amaral é também acionista de referências das tecnológicas portuguesas Novabase e Reditus. Da sua carteira de ativos faz parte ainda o grupo editorial Leya, a Quifel Natural Resources (que investe em projetos de energia) e o The Edge Group (projetos imobiliários, capital de risco, entre outros negócios).
BIC, Efisa, Popular, Santander, Montepio e Crédito Agrícola são os outros bancos a quem o empresário deve dinheiro
Conforme o Expresso revelou no passado sábado, a AHS avançou para tribunal com um processo especial de revitalização (PER) para poder formalizar um acordo de reestruturação do seu passivo bancário que começou a ser desenhado ainda no ano passado, garantindo igualdade de tratamento a todos os credores.
Fonte ligada ao empresário havia referido que estariam abrangidos por este acordo empréstimos bancários de €70 milhões. Mas a dívida global que a AHS Investimentos tem à banca, segundo a informação da lista provisória de credores, é superior, rondando os €100 milhões.
Além dos três bancos já referidos (Novo Banco, BCP e CGD), a lista reporta créditos de €11,7 milhões do BIC, de €9,6 milhões do Efisa (que está entre os ativos para venda no veículo do Estado Parvalorem que ficou com participações do ex-BPN), de €2 milhões do Popular, de €5,2 milhões do Santander, de €12,5 milhões do Crédito Agrícola e de €14,5 milhões do Montepio. Os valores incluem o somatório de capital em dívida e juros.
O acordo de reestruturação de dívida da AHS Investimentos surgiu com a dificuldade que a empresa de Pais do Amaral começou a apresentar no cumprimento do seu serviço de dívida, problema resultante por um lado da crise financeira que se instalou após 2009 e por outro lado do adiamento de alguns projetos do empresário, que não começaram ainda a gerar as receitas previstas. Em 2015, a AHS apresentou um prejuízo de €11 milhões. Entre 2012 e 2015, as perdas acumuladas da empresa ascenderam a €23 milhões.
Apesar destas dificuldades, esta holding (que agrega diversos investimentos de Pais do Amaral) tem uma situação patrimonial relativamente favorável, com capitais próprios positivos de €19,5 milhões e um ativo de €118 milhões. O que à partida dá aos bancos algum conforto sobre a capacidade de recuperação dos empréstimos concedidos. Segundo as informações recolhidas pelo Expresso, o acordo de reestruturação que terá sido conseguido por Pais do Amaral passará pelo pagamento da dívida aos bancos em 10 anos. O que poderá viabilizar o PER da empresa.
Empresário injetou €50 milhões na empresa
A lista divulgada pela administradora judicial da AHS mostra que o próprio Miguel Pais do Amaral é um dos maiores credores da empresa. Aliás, o seu maior credor. Pais do Amaral tem dois créditos subordinados, um de €16,1 milhões e outro de €33,6 milhões.
Depois, há subsidiárias da própria AHS que se apresentam como credoras da empresa, por empréstimos feitos no passado, nomeadamente a Parroute SGPS (€2,5 milhões a receber) e a Courical (€1 milhão).
Um outro credor de referência é Nicolas Berggruen, sócio de Pais do Amaral que terá a receber atualmente €1,5 milhões por conta de um empréstimo que a Berggruen Holdings Ltd (com sede nas Ilhas Virgens Britânicas) concedeu à Courical, subsidiária da AHS.
Neste PER entra também um crédito litigioso que a AHS tem para com a Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso, no montante de €124 mil, relativos a rendas vencidas e uma indemnização, de acordo com a lista de credores publicada no portal Citius.
Com a publicação desta lista, o PER seguirá agora a sua tramitação normal, que prevê que os credores possam validar ou contestar a informação recolhida pela administradora judicial e, posteriormente, a elaboração de um plano de recuperação a votar pelos credores. A banca terá, pelo seu peso nos créditos em causa, a palavra decisiva.

estatuadesal.com
01
Jul17

Quando o Exército é roubado, alguém se pode sentir seguro?

António Garrochinho


(Nicolau Santos, in Expresso Diário, 30/06/2017)
nicolau
O furto de armas e munições dos Paióis Nacionais de Tancos é gravíssimo pelo que revela de incúria, incompetência e falta de segurança. Com este arsenal nas mãos de malfeitores, o melhor que podemos desejar é que ele seja para vender no estrangeiro. O pior é pensar que ele pode ser utilizado para ações de banditismo ou de terrorismo em território nacional. Em qualquer caso, trata-se de um pesadelo que nunca deveria ter acontecido. Melhor: que não poderia ter acontecido.
Mas que país é este que dispõe de Forças Armadas cujas instalações, supostamente bem guardadas, podem ser assaltadas sem que haja o mínimo sinal de alarme? Que país é este que dispõe de Forças Armadas de cujas instalações podem ser subtraídas 120 granadas ofensivas, 1.500 munições, 44 lança-granadas e quatro engenhos explosivos “prontos a detonar” sem que ninguém dê por isso? Que Forças Armadas são estas que não conseguem guardar as suas próprias instalações e que não dão por um roubo desta envergadura enquanto ele está a decorrer, partindo do princípio lógico que a operação deverá ter demorado algum tempo? É que, segundo fonte policial, a rede foi cortada e os autores do roubo entraram na zona militar entre 400 e 600 metros até ao paiol. E como, mais uma vez seguindo a lógica, não deve ter sido um mas vários os assaltantes, mais extraordinário se torna que ninguém os tenha detetado.
Que país é este que dispõe de Forças Armadas de cujas instalações podem ser subtraídas 120 granadas ofensivas, 1.500 munições, 44 lança-granadas e quatro engenhos explosivos “prontos a detonar” sem que ninguém dê por isso?
Os 14 paióis estão a cargo do Regimento de Engenharia n.º 1. É um espaço fora do perímetro das unidades situadas na Área Militar de Tancos. Por isso, há várias rondas apeadas e em viaturas feitas diariamente e em horários aleatórios. Se é assim, mais extraordinário se torna o golpe, pelo risco que envolveu, mesmo que haja indicações que os paióis estavam sem videovigilância há dois anos. Aliás, o roubo foi detetado por uma ronda móvel.
Sim, como diz o ministro da Defesa, o roubo foi “bastante profissional”. Mas o que se exige às Forças Armadas é que sejam bastante mais profissionais que os bandidos, porque senão para que servem?
E já agora: o que se vai fazer para evitar que isto se repita? É que, pelos vistos, estão a ser vistoriados os outros paióis, porque não há a certeza que também não tenham sido alvo de operações semelhantes. Desculpem, mas isto dá um sinal aterrador de incompetência e transmite uma mensagem dramática de insegurança. Se as Forças Armadas não estão a salvo de furtos, o que será da generalidade dos cidadãos comuns?

estatuadesal.com
01
Jul17

O call center saiu à rua num dia assim

António Garrochinho



«Eu sou a voz da MEO. Só não dou a cara porque o cliente nunca me vê, mas dou o melhor do meu trabalho». Irina (nome fictício) trabalha há 15 anos para a PT-MEO mas, apesar disso, a PT-MEO não a quer contratar: é mais lucrativo recorrer a empresas de trabalho temporário e outsourcing. «Foi com a minha voz, com o meu trabalho que, no ano passado, tiveram lucros de 279 milhões de euros. Não há desculpa para estarmos décadas a ganhar praticamente o salário mínimo, sem estabilidade nenhuma. Têm de nos integrar nos quadros. Isto tem de acabar», explicou ao Manifesto74. E foi para «acabar com isto» que ontem, ainda de madrugada, Irina partiu de Santo Tirso num autocarro rumo a Lisboa. Fez greve e foi à sede da PT-MEO, acompanhada por cerca de outros 200 trabalhadores de call centers de todo o país, exigir o fim da precariedade, aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

Nelson Leite, delegado do Sindicato Nacional de Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), trabalha há nove anos para a PT-MEO, no Porto, mas também não está nos quadros do gigante das telecomunicações. «Eu até tenho um contrato efectivo com a Manpower, mas o comando da precariedade é MEO», ironiza, «basta a Manpower perder um concurso e pode mandar-me embora. O meu contrato é estável? Não. É precário».

Quando se pensa em precariedade não se pensa imediatamente em direitos, sindicatos e lutas mas no back office / call centeronde Nelson Leite trabalha, na Rua Tenente Valadim, no Porto, o trabalho precário já não é o que era: em menos de um ano, o jovem sindicalista viu o número de inscrições no SINTTAV duplicar, fizeram-se três greves, multiplicaram-se os plenários de trabalhadores. E ontem, milhares de trabalhadores de Norte a Sul do País, pousaram os headsets, deslogaram-se e foram à luta.
Nelson Leite, delegado do SINTTAV

Tenente Valadim, uma história de coragem

«Bate as duas horas e vês uma multidão a parar tudo, a levantar-se. Uma disciplina brutal. Não estamos a falar de metalúrgicos
Há precisamente um ano, quando era impensável uma greve nacional nos call center ou uma manifestação em Lisboa, os trabalhadores do portuenses da PT-MEO eram transferidos da EGOR para a Manpower. «Foram momentos de muita ansiedade», recorda Nelson Leite. «Existiam rumores de cessação de contratos, falava-se  de transferências para outros postos de trabalho, temia-se que o tempo para ficar efectivo não contasse. E os patrões não nos diziam nada. Iam transferir trabalhadores como quem transfere cadeiras e mesas». Havia, também, entraves à marcação das férias, trabalhadores com a receber subsídios de refeição com valores diferentes, entre outros problemas.
Quando o SINTTAV interveio, as férias dos trabalhadores foram aprovadas, a nuvem de dúvidas foi desvaneceu-se e, em Novembro, o sindicato marcou um plenário na Tenente de Valadim, para informar e escutar os trabalhadores «A PT tinha-nos dado uma salinha minúscula, no terceiro piso. Apareceram sessenta e tal trabalhadores. Simplesmente não cabíamos na sala. Tivemos de ocupar um átrio inteiro e saímos de lá com um documento reivindicativo».
O patronato fez orelhas moucas, mas estava acendido o rastilho. Em Dezembro há um segundo plenário e os trabalhadores partem para uma greve de três horas. Entre as principais exigências: passar todos os trabalhadores que ganhavam o salário mínimo, então 530 euros, para 600 euros e, para os que ganhavam 612 euros ou mais, um aumento nunca inferior a 40 euros. Desesperada para evitar a paralisação, a administração ensaiou uma cedência: todos os subsídios de refeição foram actualizados para 6 euros, mas nem uma palavra sobre vínculos e salários. E a greve aconteceu mesmo a 9 de Janeiro deste ano.
«Para a esmagadora maioria foi a primeira greve. Foi fantástico. À porta da empresa, a desafiar uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo. Com os directores à janela a ver. É preciso coragem. Porque não são trabalhadores da casa, são externos. Muitos acabavam a greve e voltavam para o posto de trabalho. Tem um valor do caraças. A greve começava às 2h. Bate as duas horas e vês uma multidão a parar tudo, a levantar-se. Uma disciplina brutal. Não estamos a falar de metalúrgicos… São trabalhadores que hoje estão ali e amanhã podem não estar. É mesmo assim», contextualiza Nelson Leite.
A greve é um sucesso estrondoso e, pela primeira vez, a administração da Manpower aceita falar com o SINTTAV a 17 de Fevereiro. Segundo a empresa que no último ano alcançou 114 milhões de euros em vendas, não havia condições para aumentar salários sem colocar em causa a própria operação.
«Os trabalhadores não desanimaram», conta Nelson Leite. «Pelo contrário, sentia-se mais confiança, mais força». Novo plenário, nova greve marcada, desta feita de 24 horas com manifestação incluída e data marcada para dia 22 de Março. O call center de Santo Tirso decide juntar-se. A adesão ultrapassa os 95 por cento. Não nos esqueçamos que é de trabalhadores com vínculos precários que estamos a falar. De onde vem tanta coragem?

Uma nova Índia?

André Silva trabalha para a Randstad, em Lisboa. Já tinha feito greve no dia 28 de Março, Dia Nacional da Juventude. «Isto é uma causa justa. Não há justificações aceitáveis para nos dizerem que não. A não ser nós não lutarmos», argumenta.
A mesma opinião partilha Daniel Negrão, dirigente do Sindicato Nacional Trabalhadores Correios e Telecomunicações (SNTCT): «é inadmissível que trabalhadores que trabalham há décadas para a PT continuem em empresas de trabalho temporário», acusa, «quando eu me reformar, o posto de trabalho vai continuar a existir. O posto de trabalho é permanente. Não há nenhuma justificação para recorrer a empresas de trabalho temporário. Exigimos ser integrados nos quadros da PT conforme a nossa antiguidade e conforme os salários da PT, que são normalmente três vezes mais altos que os nossos».
Daniel Negrão, dirigente do SNTCT
A greve de ontem foi simultaneamente, ponto de chegada e ponto de partida. Produto de muitas lutas no Porto, em Lisboa, Coimbra, Santo Tirso, Castelo Branco… e instrumento «do que os trabalhadores decidirem que se deve fazer a seguir», assevera Daniel Negrão.
Entre palavras de ordem contra a precariedade e em defesa de aumentos salariais, entram e saem, dentro de automóveis de luxo, altos quadros da PT-MEO. Serão estes os empresários que, há dois anos, elogiavam os efeitos da crise na queda de salários, prometendo fazer de Portugal a nova Índia do telemarkerting? Tabalho e capital trocam olhares tensos. Não há medo de represálias, de perder o trabalho? Nelson Leite é assertivo: «quando os trabalhadores estão unidos não há hipótese. E nunca estivemos tão unidos».
«Há pouco tempo, na Tenente Valadim, tínhamos posto um documento sobre a greve», conta Ricardo Franco, trabalhador do call center do Porto, «no dia seguinte tinham-no “limpado”. Mas eram eles a agir às escondidas, percebes? Então fizemos um novo e, depois, na minha hora de almoço, fui lá pessoalmente dar um ao meu coordenador: “tome, vamos distribuir isto, dou-lhe já um”». Os trabalhadores começavam a perder o medo.
Não é bem o caso de Rita Pestana, 39 anos. Não quer ser fotografada: «Nunca se sabe». Antes de assinar contrato com a Manpower, há cinco anos, passou por outras quatro empresas de outsourcing, outros quatro call centers. Sempre sub-contratada, sempre vínculos precários, sempre salários que, admite, «não era a mim que deviam envergonhar, mas é a mim que envergonham». Formou-se em Estudos Portugueses, mas nunca trabalhou na área. Valeu a pena ter estudado tanto? «Sem sombra de dúvida! Olha, ajuda a explicar o que se está a passar hoje, com esta malta aqui à porta», garante. E, como que para provar o que diz, recita, sem rastro de hesitação, o poeta António Aleixo: «Esta mascarada enorme / com que o mundo nos aldraba / dura enquanto o povo dorme / Quando ele acordar, acaba».
Este artigo encontra-se em: Manifesto 74 http://bit.ly/2t1Zh77



abrildenovomagazine.wordpress.com
01
Jul17

Fotografias raras mostram como era a vida na Era Meiji, no Japão

António Garrochinho


Verdadeiros tesouros podem ser encontrados dentro de arquivos digitais disponibilizados na internet por bibliotecas, instituições, a partir de acervos físicos históricos. A Biblioteca Pública de Nova Iorque é sem dúvidas um desses locais a se escavar para encontrar porções de maravilhas que só a internet oferece, entre mais de 700 mil documentos oferecidos para download no site da biblioteca. Dentre esses documentos, cem fotos de valor histórico inestimável mostram como foi a Era Meiji, de 1868 a 1912, no Japão.
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A Era Meiji se deu durante os 45 anos do imperador Meiji no poder, e sua importância se afirma por ter sido durante esse período que o Japão se modernizou e abriu o caminho para tornar-se uma potência mundial. Antes desse período o país ainda era feudal, distante em relações econômicas e políticas com o resto do mundo, atravessando um período de uma espécie de ditadura feudal (o xogunato Tokugawa) que durou inacreditáveis 256 anos.
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Foi na Era Meiji que se criou, no Japão, a primeira ferrovia do país, o serviço militar, o Banco do Japão e o Iene como moeda oficial do país, universidades e até mesmo a primeira constituição. a Era Meiji assistiu esse Japão ancestral se tornar um país moderno, fazendo com que passado e futuro convivessem num presente em acelerada transformação.
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© fotos: Acervo NYPL fonte: via

vivimetaliun.wordpress.com
01
Jul17

ALBUFEIRA FICOU NO MAPA

António Garrochinho
Os distúrbios de domingo, com centenas de turistas britânicos, colocaram Albufeira no mapa. Os problemas, dizem os empresários, não são novos. Reportagem na rua dos bares, onde não se fala português.
É uma espécie de Las Vegas meets Disneylândia, não sem antes passar pelo Carnaval de Torres Vedras — para bêbedos. A quantidade de néons a piscar é imprópria para epiléticos, há réplicas da estátua da liberdade, várias referências à route 66, ecrãs gigantes estilo engodo, a mostrar para fora o que se passa dentro dos sítios, um touro mecânico, jogos de força (paga 10 euros, ganha 100, só tem de ficar 110 segundos pendurado neste varão), e uma quantidade incomensurável de adultos mascarados — ou quase nus, como o inglês quarentão que se passeia de fralda e coleira sadomaso ao pescoço, ou um outro, também inglês, aparentemente mais novo, que escolheu sair de casa de boxers de lycra brancos bem justos e top a condizer, dez tamanhos abaixo do seu, e nada mais.
O número de bares a funcionar nos escassos 550 metros que perfazem a rua, dividida a meio por um cruzamento que leva ao Libertos Club, onde no passado domingo começaram os desacatos com centenas de turistas ingleses de que resultaram pelo menos dois feridos e uma série de balas de borracha disparadas para o ar, podia ser forte concorrente ao recorde do Guinness na categoria, se a houvesse. Não existindo, ajuda pelo menos a que, com os preços baixos e as borlas que oferecem a maior parte dos estabelecimentos (um shot grátis com a primeira bebida é o normal), muita gente se “divirta” ali demais.
São 22h15. Na rua a que se convencionou chamar da Oura, em Albufeira, porque é perto da praia com o mesmo nome (mas que na toponímia do concelho vem inscrita como Avenida Doutor Francisco Sá Carneiro), ainda há muitos turistas a jantar, a comer gelados ou a passar revista às lojas de artesanato, chinelos e biquínis. Há casais, sobretudo de portugueses, a passear com os filhos pequenos, em carrinhos de bebé ou pela mão. Até a perfumaria está aberta e em pleno funcionamento, com uma manicura sósia da fadista Marisa a atender uma cliente no respetivo corner de nails.
Mesmo ao lado, na esplanada de um restaurante de kebabs, um homem louro, bem vestido, de jeans, camisa azul e ténis adidas, luta sozinho para se levantar do chão e ficar pelo menos de joelhos. Não consegue fixar o olhar, tomba uma e outra vez, acaba por desistir, perdido, deitado no chão de barriga para cima e de olhos fechados. Os donos do estabelecimento, impávidos, continuam a conversar, pessoas param para ver, com as crianças ao lado: “Que horror, este já está bêbedo”.
É o normal, “andam todos assim”, desabafará a seguir a artista que pinta quadros de paisagens no passeio, e que por pouco não levou com o homem em cima, quando finalmente se conseguiu levantar e, cambaleante, tentou seguir caminho apenas para cair meio metro à frente e bater violentamente com a nuca na calçada.
Serão 22h30 quando chamamos o 112 e pedimos ajuda. William — conseguirá dizer o nome –, 23 anos (ou 24 ou 25, nunca responde o mesmo), foi deixado sozinho pelos amigos. Não tem carteira nem telemóvel nem forma de voltar para casa, a “20 minutos de distância”. Inglês, mas a viver no Algarve com os pais, fala português: “O que é que bebi? Tudo”. Não quer nem ouvir a palavra hospital, mas quando a ambulância do INEM chega, ao mesmo tempo que um dos amigos que afinal só tinha ido buscar a carteira perdida no bar anterior, ainda diz que quer ir com os bombeiros. “Deixaste-me aqui! Não queres saber!”
Acaba por se deixar examinar mas, convencido pelo amigo, que entretanto o esbofeteou umas vezes, na tentativa de o pôr sóbrio, lá decide que vai ficar na Oura. Soletra o primeiro e o último nome para que a prestação de socorro fique registada, faz uns gatafunhos numa folha oficial à laia de assinatura. “Não podemos levar ninguém contra vontade, ele está consciente, respondeu às nossas perguntas, não podemos fazer mais nada. Ainda havemos de voltar para o vir buscar. Infelizmente é o turismo que temos”, justifica um dos bombeiros. “Passamos as noites nisto, quando não é álcool é um que se cortou, outro que se magoou…”
O que aconteceu no passado domingo no Libertos, com uma rixa a estalar dentro do bar onde decorria uma White Party para várias centenas de turistas britânicos em Albufeira, num programa de 7 dias com tudo incluído por 677 euros (“Portugal Invasion” era o nome do pacote), não é habitual.
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Quem o garante ao Observador é o próprio Liberto Mealha: “Estamos aqui há mais de 30 anos, isto aconteceu uma vez. Estou sempre atento, temos porteiro à porta, bêbedos ou todos nus não entram. Estava tudo a correr bem, a festa estava cheia de gente gira e bem vestida, agora basta virem três ou quatro maus e está tudo estragado. Há coisas que é difícil controlar, quando a confusão começou eu parecia uma bola de pingue pongue no meio deles”.
“Deviam ser 2h30 quando começou, um tipo estava com duas garrafas de Moet & Chandon, uma em cada mão, e começou a agitar aquilo e a molhar toda gente. Houve um que não gostou e deu-lhe logo um murro, a partir daí começou tudo à pancada”, descreve o proprietário de outro bar, na Rua da Oura. “Depois veio o corpo de intervenção da GNR e começou a bater em toda a gente, empurrou as pessoas para a rua, que fugiram para a parte de cima da rua. Houve uma série de disparos de balas de borracha. Nos dias a seguir estavam aí com cavalos e cães, obrigaram alguns bares a fechar mais cedo, as pessoas mais velhas, mais conscienciosas, foram-se embora. Isto está a ser mau para o negócio”, lamenta o empresário da noite.
Apesar da raridade dos distúrbios de domingo, só comparáveis ao que aconteceu em junho de 2004, durante o Euro, em que pelo menos 8 pessoas ficaram feridas e 33 cidadãos britânicos (e um holandês) foram detidos, depois de duas noites de confrontos com a GNR, quase todos os proprietários da rua concordam que a zona tem problemas — e não é de agora.
Vítor Barão, desde 1986 à frente do único café tipicamente português que ainda ali resiste, diz que as chatices começaram há cerca de dez anos e que na base estará o tipo de turismo que Albufeira atrai: “Era como se mandássemos 300 tipos dos piores bairros de Portugal passar férias a Inglaterra. Estamos a ficar com muito má imagem. À sexta e ao sábado anda para aí tudo nu, já os vi a eles sem roupa, só com uma corda à volta da cintura, e elas todas contentes a puxarem-nos, como se fosse uma trela. Se fizéssemos como em Espanha, em que quem é apanhado nu na rua paga 600 euros, agora aqui não lhes acontece nada…”.
O proprietário de outro bar aponta um outro problema: o preço reduzido das bebidas (há pints de cerveja a 3 euros e doses de gin, vodca, whisky e bacardi a 2,5) e a oferta cada vez maior de pacotes tudo incluído — tanto a Região de Turismo do Algarve como a AHETA, maior associação hoteleira da região, já solicitaram a subida dos preços praticados na zona, numa tentativa de redução da quota de turistas problemáticos.
“Por um lado, as bebidas são baratas e as doses demasiado bem servidas, que as pessoas que trabalham aí nos bares não têm experiência nenhuma e carregam no álcool. Por outro, há aí uma série de hotéis que fazem o tudo incluído, quando eles saem de lá já vêm bêbedos. Depois há outra coisa: nós não recebemos aqui os ingleses de Londres que têm dinheiro, esses vão para Ibiza, recebemos os montanheiros, que estão habituados a ir para o pub e a embebedarem-se até às 23h00, que depois fecha. E é isso que eles fazem aqui, a essa hora já querem estar todos bêbedos”, contextualiza o empresário.
Já passa dessa hora quando outra ambulância chega à Oura, mais uma vez para acorrer a um caso de embriaguez extrema, desta vez duma rapariga, vinte e poucos anos, que já não ergue a cabeça da mesa da gelataria artesanal onde se encostou. Está com uma amiga, segue com os bombeiros para o hospital, fim de história — pelo menos até à próxima chamada para o 112.
Indiferentes à bebedeira alheia, grande parte dos turistas na rua continua a saltar de bar em bar. A maior parte são ingleses — é o idioma oficial da Oura –, mas também há um grupo de 86 estudantes holandeses, entre os 18 e os 20 anos, ordeiros e bem comportados, basta seguir a bandeira gigante das guias que os orientam na rua para saber onde estão. “Os holandeses portam-se melhor”, garante o representante de uma bebida energética, à porta de um bar onde quem consegue descolar os pés do chão, pegajoso de bebida entornada e entretanto seca, está a dar tudo na coreografia da Macarena. “Numa noite no Algarve devem cometer-se mais loucuras do que no resto do país o ano inteiro.”
Pelo menos na noite desta quinta-feira não há nus integrais a declarar (só um rabo — e o resto –, mostrados por um turista na esplanada de um bar a uma amiga, durante breves segundos). Demonstrações escandalosas de afeto também não, mas talvez isso se explique pela quantidade incrível de grupos compostos só por homens ou só por mulheres: aparentemente é em Albufeira que grande parte dos noivos e noivas britânicos fazem questão de se despedir das vidas de solteiros.
Como andam vestidos de igual ou de forma particularmente espaventosa (há marinheiras, havaianos e pilotos da força aérea, um xerife Woody e um gentleman impecável, de camisa branca, gravata às riscas e blaser azul escuro — com micro calções de ganga rasgados na parte de baixo), e trazem, sobretudo elas, parafernália variada com pilas — há pilas-palhinhas, pilas no fundo de copos de shot pendurados ao pescoço e até uma futura noiva vestida de pila dos pés à cabeça — são fáceis de identificar.
Também é fácil de perceber, pelas faixas que trazem ao pescoço, que pais, mães, tios e tias também fazem parte das comitivas — o que, se não limita o consumo de álcool, pelo menos constrange a tomada de outro tipo de liberdades por parte das nubentes. Preparar uma bebida num copo assente dentro das cuecas de um barman que viu Cocktail, com Tom Cruise, vezes demais; ser vendada; beber a mistela a partir de uma caneca em forma de pila (lá vamos nós outra vez) e com chantilly a acompanhar; e pespegar no final um beijo na boca do tipo pode roçar os limites, ainda será permitido — há registos do momento, ninguém se levantou para o impedir. Mais do que isso, já não.
Com o avançar da noite a Rua da Oura é fechada ao trânsito, as patrulhas da GNR, estacionadas no cruzamento do Libertos, fazem-se mais visíveis, e a animação continua nos bares mas as ambulâncias param de chegar. Ao todo contámos três durante a noite, uma delas nunca percebemos quem foi socorrer.
São 2h20, numa esplanada com música bem alta, um rapaz dorme, refastelado na cadeira, nem pestaneja quando um amigo, ainda eufórico, tenta acordá-lo e devolvê-lo à festa. Em plena estrada, um pouco mais à frente, à porta de outro bar, um grupo de rapazes, de 20 anos no máximo, faz a coreografia do YMCA — pelo menos ali o chão não cola.

O amigo de William está por trás deles, a conversar com uma rapariga, em inglês. Os bombeiros tinham razão, revela, voltaram mesmo à Oura para buscar o amigo. “Caiu ali de umas escadas, abriu a cabeça. Não me deixaram ir na ambulância mas disse-lhes para o levarem para o hospital privado e pus 100 euros no bolso do Will. Ele está bem. Agora vai dormir um bocado e depois vai ficar bem.”
observador.pt
01
Jul17

REUMÁTICO MENTAL

António Garrochinho

Os generais de banana do exército português, entre uma sesta e um lauto almoço em sala luxuosa, certamente embebido em líquidos desequilibrantes, vieram justificar (estas hilariantes criaturas galonadas), com a sua costumada ineficácia linguística, que o ROUBO ocorrido no coração da segurança nacional, são atoardas contra os moinhos de vento, explicados nos parangonais “procedimentos concursais”, nas “rondas móveis” e, ainda, no famigerado “perímetro de segurança”.
Uma linguagem obtusa, criptada e insossa.
O argumento usado a eito das “rondas móveis”, fazem-me perguntar, com alguma graciosidade, o que serão, então, as rondas fixas? Já não lhes basta um pano encharcado nas trombas douradas, pela sua incompetência tradicional, ainda urge modificar o estado de conflito impróprio com a língua nacional de tão destacadas personagens saídas do imaginário literário do grande Eça.
Foto de António Garrochinho.

01
Jul17

Quem são as vítimas da "ilha da morte"?

António Garrochinho




Elise Dallemange, a mais recente turista encontrada morta em Koh Tao

Vários turistas morreram numa ilha tailandesa nos últimos três anos. Todos em circunstâncias diferentes e algumas mal explicadas

A morte da belga Elise Dallemange na ilha Koh Tao, na Tailândia, reacendeu os medos sobre este local, que já foi apelidado de "ilha da morte". Nos últimos três anos, morreram nesta ilha seis turistas - sete com Elise -. Uma outra turista russa está desaparecida desde fevereiro. Em todos os casos a atuação das autoridades tem sido criticada e a versão oficial é questionada pelos familiares das vítimas.
Elise Dallemange, de 30 anos, foi encontrada na floresta enforcada e parcialmente comida por lagartos a 27 de abril. A mulher estava a viajar pela Ásia há quase dois anos e meio e vivia num retiro de yoga, que era por muitos considerado um culto. Dez dias antes de ser encontrada morta, Elise disse que iria voltar para a Bélgica, segundo o Telegraph.

A polícia afirma que a mulher cometeu suicídio, mas a família de Elise não acredita. "Receamos que alguém esteja envolvido. Não aceito que a minha filha se tenha suicidado", disse Michele van Egten, mãe de Elise. "Não acredito no que a polícia nos contou", continuou.
O caso de Elise junta-se a uma longa lista de mortes de turistas ocorridas em Koh Tao nos últimos três anos. A ilha paradisíaca que atrai visitantes de todo o mundo ganhou mesmo o nome de "ilha da morte".
As mortes que mais chamaram a atenção foram a dos jovens britânicos Hannah Witherige, de 23 anos, e David Miller, de 24 anos. Os dois foram agredidos quando voltavam para o hotel e encontrados mortos na praia, a 15 de setembro de 2014. A cena do crime foi descrita como chocante pelos media e exames comprovaram que Hannah tinha sido violada, segundo o Mirror.

No início de outubro de 2014, a polícia da Tailândia deteve três migrantes birmaneses suspeitos de terem assassinado os jovens turistas britânicos, dos quais dois admitiram o crime e foram condenados à morte. No entanto, os dois homens - Zaw Lin e Win Zaw - disseram depois que tinham sido torturados para confessar os crimes.

As circunstâncias das mortes dos outros turistas são diferentes. Algumas das mortes foram consideradas suicídios, outras não tinham evidências de crime. Em comum, estão sempre as críticas à polícia.
Segundo a polícia, o turista inglês Nick Pearson, de 25 anos, morreu afogado após ter caído de uma falésia de 15 metros na noite de passagem de ano, para 2014. Os pais de Nick, que também estavam em Koh Tao nesta altura, acreditam que o filho foi assassinado e acusam a polícia de encobrir este crime, segundo o Asian Correspondent.

A 1 de janeiro de 2015, um turista francês foi encontrado enforcado no bungalow onde estava hospedado, conta também o Asian Correspondent. A morte de Dimitri Povse, de 29 anos, foi declarada um suicídio pela polícia, mas o caso ganhou cobertura mediática quando surgiram na internet fotografias do francês com as mãos amarradas atrás das costas.

A britânica Christina Annesley também foi encontrada morta em janeiro de 2015. A versão divulgada é que a jovem de 23 anos morreu porque misturou antibióticos com álcool, mas os pais de Christina dizem que nunca foi feito nenhum exame toxicológico para determinar a causa da morte, segundo o Mirror.

Outra das vítimas britânicas da ilha foi Luke Miller, de 27 anos. A 8 de janeiro de 2016, o jovem foi encontrado morto na piscina do hotel onde estava hospedado e a polícia concluiu que Luke morreu afogado, segundo a BBC. Luke tinha ido para a Tailândia a 22 de dezembro e escrevia frequentemente nas redes sociais que estava a ter as férias da sua vida e a aproveitar ao máximo.

A polícia parou de investigar o caso pois não encontrou sinais de que se tratou de um crime, mas a família de Luke critica as autoridades por apresentar constantemente "versões diferentes" do que aconteceu.

No fim da lista das vítimas, aparece o nome da turista russa Valentina Novozhyonova. A jovem de 23 anos não foi dada como morta mas está desaparecida desde fevereiro. Segundo o The Sun, Valentina fez check-in no hotel a 11 de fevereiro e deveria ter abandonado a ilha no dia 16 do mesmo mês, mas desapareceu antes. Quando funcionários do hotel entraram no seu quarto encontraram o seu telemóvel, passaporte e máquina fotográfica. As buscas pararam após três semanas.

O jornal local Chiangrai Times afirma que a turista tinha problemas psicológicos, citando a polícia, e que as autoridades não conseguem confirmar se a jovem está viva ou morta.

Estas mortes podem não estar relacionadas, mas criam um clima de insegurança e desconfiança. Este mês, as autoridades tailandesas criticaram um relatório do Fórum Económico Mundial que assinalava este país como um dos mais perigosos para turistas. O ministro dos negócios estrangeiros Busadee Santipitaks disse que os dados do fórum estavam desatualizados e eram tendenciosos, logo não refletiam a verdadeira situação do país, segundo o Asian Correspondent.

Segundo o Telegraph, morrem cerca de 80 britânicos por ano na Tailândia, especialmente nas zonas turísticas.






www.dn.pt
01
Jul17

O CHEIRA MOITINHAS

António Garrochinho
OS POLÍTICOS QUE ARRUINARAM O PAÍS SÃO OS TEUS AMIGOS
Ò CHEIRA MOITINHAS, VAI LAVAR OS DENTES !
QUE AUTORIDADE MORAL TENS TU PARA ANDAR A FAZER CONSIDERAÇÕES SOBRE TODOS OS POLÍTICOS SE MUITOS DOS TEUS AMIGOS TÊM PROCESSOS DE GATUNICE, DE CRIME 
ORGANIZADO ?
QUE RAIO DE LUPA USAS TU EX INSPECTOR ?
A MAMA TURVA-TE O RACIOCÍNIO.
Foto de António Garrochinho.

01
Jul17

MATUTANDO

António Garrochinho

HÁ GENTE, MUITA GENTE, QUE JULGA, QUE AGE, COMO SE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO SEJA DE SUA EXCLUSIVA PROPRIEDADE.
COMO SE FOSSE O SEU PRÓPRIO ESTENDAL, O SEU PORTA-MOEDAS, O SEU CANICHE OU FELINO DE ESTIMAÇÃO.

SER LIVRE DE OPINAR, DE ANALISAR, OBEDECE A MUITAS RESPONSABILIDADES E A PRINCIPAL É A DE SER CONSTRUTIVO, HONESTO, ÍNTEGRO, MESMO QUE O QUE SE DIGA, SE ESCREVA, POSSA SER MOTIVO DE RECTIFICAÇÕES E AJUSTES PARA QUE A VERDADE SEJA SEMPRE A QUE VENCE.

OS QUE SE CONSIDERAM SUPERIORES MORALMENTE, OS QUE SÃO PREPOTENTES E SECTÁRIOS NÃO ESTÃO A COMBATER O FASCISMO MODERNO, O NEO LIBERALISMO, ANTES PELO CONTRÁRIO, ESTÃO A IMITÁ-LO E A AFASTAR OUTROS QUE QUEREM ENTENDER O QUE OS RODEIA.

CLARO QUE TODAS AS OPINIÕES SÃO VÁLIDAS SE HIGIÉNICAS POLITICAMENTE E NÃO ANDEM PERTO DO REACCIONARISMO E DO ÓDIO QUE INFELIZMENTE TURVA A INTELIGÊNCIA E A UNIDADE.

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS OS AMIGO(A)S E CAMARADAS.

António Garrochinho

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