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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

09
Jul17

Os carrascos

António Garrochinho


Carrascos
In Blog 77 Colinas
A moda agora é pedir a cabeça dos ministros. A Assunção parece a Salomé, filha de Herodias, que segundo os Evangelhos, pediu a Herodes, como retribuição para os seus dotes de dançarina, a cabeça de S. João Baptista entregue numa bandeja. Não sei se a Assunção pede meças à Salomé nos seus dotes particulares, mas em termos de pedidos não lhe fica atrás.  Parece que foi a Belém pedir a cabeça de António Costa mas Marcelo, que já cá anda há muitos anos, mandou-a ter juízo e crescer para a política. Costa, nesse cenário ganharia as eleições antecipadas com maioria mais que absoluta e Marcelo perderia muita da sua influência sobre a governação.
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Degolação de São João Batista.
1924. Por Benedito Calixto,
O Passos anda um pouco mais comedido, depois da anedota dos suicídios falsos, ainda não pediu, de viva voz, a cabeça de ninguém. Incumbiu a JSD de fazer os requerimentos. Os jotinhas juntam-se à D. Cristas mas vão mais longe: querem a cabeça da ministra da Administração Interna, do ministro da Defesa e ainda do ministro da Educação. Não consta que tenha ardido nenhuma escola nem que tenha sido roubada nenhuma pauta com as notas dos estudantes mas os jovens são impetuosos e não querem parecer menos incendiários que a Assunção.
Parece que houve tempestade grossa de granizo no Norte e os prejuízos para os agricultores, sobretudo os vinhateiros do Douro, são incalculáveis. Aguarda-se, portanto, que a direita peça a cabeça do Ministro da Agricultura e do presidente do Observatório Meteorológico.
Se os juízes avançarem para a greve que prometem fazer em Outubro, pondo em causa a homologação dos resultados das eleições autárquicas, espera-se que a direita peça a cabeça da Ministra da Justiça.
Curiosamente, nem a Assunção nem o Passos, nem a comunicação social, questionam a senhora Procuradora-Geral sobre a razão de nada ter feito quando lhe chegou a denúncia de que estaria iminente um grande assalto aos paióis de Tancos, o que teria, em princípio, evitado o assalto. Neste caso, a responsabilidade da Procuradora é cristalina, o falhanço foi óbvio, e não me digam que foi por falta de meios que a D. Joana ficou de braços cruzados, a não ser que os meios estejam todos alocados a perseguir o Sócrates.
Como todos os dias acontecem desgraças no país, se esta moda de cortar cabeças de ministros e servi-las em bandeja pega mesmo, não vai haver cemitérios que cheguem para tanto decapitado. Talvez seja esta a proposta da direita para resolver o problema dos incêndios: fazer mais cemitérios nos sítios onde hoje estão plantados eucaliptos…

 estatuadesal.com
09
Jul17

76 anos da Operação Barbarosa

António Garrochinho


Operação Barbarossa  foi o nome atribuído à operação militar alemã, iniciada em 22 de junho de 1941, que invadiu a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. A operação militar  marcou o rompimento do Pacto Ribbentrop-Molotov (ou tratado de não-agressão) assinado entre os dois Estados. Considerada a maior campanha militar da história em termos de mobilização de tropas e baixas sofridas, o confronto mobilizou 4,5 milhões de soldados para invadir a União Soviética e só terminou com a rendição alemã em 1945.
09
Jul17

O segredo obscuro das grandes fazendas de leite

António Garrochinho


A imagem é quase surreal – fileira após fileira de pequenas cabanas ao longo do horizonte – e poucas pessoas estão cientes dessa dura realidade.
Segredo obscuro fazendas leite
Essas estruturas são onde os bezerros – tirados de suas mães e usualmente destinados para o abate – são amontoados em campos sinistros.

Segredo obscuro fazendas leite2 Como todos os mamíferos, as vacas das fazendas de leite devem estar grávidas para produzir leite”, o Farm Sanctuary escreve em seu website. “As vacas na indústria de laticínios passam suas vidas em um constante ciclo de gravidez, nascimento, e ordenha com somente alguns curtos meses de descanso entre as gravidezes”.

Segredo obscuro fazendas leite3
Pelo fato da indústria ter pouco uso para os bois, os bezerros machos são mortos para se tornarem vitela.
Isso não é vida para esses animais bebês – seres inteligentes e sensíveis que podem formar amizades e se lembrar do passado.

Segredo obscuro fazendas leite4
olharanimal.org
09
Jul17

AVISO !!!! CONTÉM IMAGENS FORTES QUE PODEM FERIR SUSCEPTIBILIDADES - Conheça os mistérios e os segredos da maior fazenda de corpos do mundo

António Garrochinho


Aviso: essa matéria contém imagens fortes de corpos em decomposição.

Parece cena de filme de terror, mas nos Estados Unidos é muito comum a existência de “fazendas de corpos” ("body farms", no original). O Texas possui uma das maiores, com aproximadamente 50 cadáveres espalhados em mais de 16 hectares de terra. Alguns estão mumificados e outros foram atacados ferozmente por abutres. Porém, os mais assustadores são os frescos, pois ficam inchados devido às poucas semanas transcorridas após a morte.
O campo de estudo está estabelecido no Freeman Ranch e faz parte do Centro de Antropologia Forense da Universidade do Texas. Os defuntos são doados e deixados a céu aberto para que os pesquisadores possam compreender o processo de decomposição, visando assim auxiliar nas investigações criminais.
Para entender melhor, é só se lembrar dos filmes em que o policial sempre pergunta: “Há quanto tempo ele está morto?”. Essas fazendas ajudam a determinar justamente isso. E tem mais, os pesquisadores do Freeman Ranch estão utilizando seus conhecimentos para auxiliar na identificação de centenas de pessoas que morreram de desidratação ou de ataque cardíaco após cruzar as fronteiras dos Estados Unidos.
“Basicamente, nós queremos descobrir como a decomposição funciona”, explica Daniel Wescott, o antropólogo-diretor do recinto e professor da Universidade do Texas. “Há um miniecossistema ocorrendo nos corpos e queremos entendê-lo por inteiro”, complementa.

O estudo da morte

Pelo que sabemos, todos os humanos compartilham do mesmo fim após a morte: a decomposição. A não ser que seu corpo seja congelado, cremado ou inteiramente destruído, ele deve ser consumido por bactérias, insetos e animais que reciclam o material orgânico e o transforma em novas formas de vida.
O primeiro estudo sobre a decomposição humana chamado Washing Away of Wrongs e escrito pelo juiz Song Ci no século 13, ensina como examinar um corpo e determinar a causa da morte. Já em 1800, vários estudiosos europeus observaram os estágios específicos pelos quais o corpo passa durante o processo de apodrecimento.
Na década de 70, os cientistas forenses utilizavam carcaças de porcos para averiguar detalhadamente os dados que envolvem o intervalo post-mortem – o período entre o momento em que a pessoa morre e o corpo é encontrado. Nessa época, ninguém nunca havia observado um corpo humano em deterioração em um ambiente controlado.
Nos anos 80, William Bass fundou a primeira fazenda de corpos. A ideia surgiu após ele ter sido chamado para ajudar os policiais em uma cena de crime local. Nela, uma cova do tempo da Guerra Civil Americana havia sido violada e suspeitaram que o cadáver fosse recente – provavelmente trocado pelo assassino para encobrir as evidências. Nisso, Bass avaliou as roupas e outros fatores e descobriu que esse não era o caso.
A partir daí, o cientista passou a coletar amostras para análise, tendo como objetivo expandir o conhecimento sobre a decomposição humana. Depois de alguns anos, a fazenda de corpos no estado do Tennessee já havia analisado mais de 650 falecidos, legitimado o estudo e estabelecido muito do que sabemos atualmente.
Mas ainda há muitas coisas que precisam ser descobertas. “O calor e a humidade afetam a taxa de decomposição. Isso significa que o processo varia de região para região”, explica Wescott. Portanto, diversos locais desse tipo foram abertos em outros estados dos EUA, entre eles Carolina do Norte e Illinois.

A maior fazenda de corpos do mundo

A fazenda de corpos do Texas é gerenciada por quatro funcionários em tempo integral, mas recebe dezenas de voluntários graduados ou não. Nela, encontram-se mais de 200 esqueletos contemporâneos. Wescott informa que isso é importante porque o corpo humano está sempre mudando – hoje em dia, principalmente por causa da obesidade.
As outras coleções nos EUA possuem mais amostras históricas. Portanto, ter uma amostra recente de defuntos auxilia no processo de determinação da idade de uma pessoa não identificada e encontrada em circunstâncias misteriosas. Em um de seus casos, Wescott conta que foi chamado para ajudar na análise de um corpo decapitado, achado próximo à cidade de Columbia, em 2008.
“A primeira coisa que notei foram os ossos da coxa”, diz o atropólogo. “Eles eram muito mais finos do que o normal e se se uniam ao corpo em um ângulo estranho”, complementa. Depois de comparar com as amostras da universidade, ele deduziu que esse era o resultado de um longo período sentado – provavelmente em uma cadeira de rodas.
Nisso, a polícia informou ao público a descoberta. O caso foi encerrado quando um vendedor de cadeiras de rodas ouviu a notícia, telefonou e disse que uma de suas clientes havia desaparecido e não retornava mais suas chamadas.

Por que é tão difícil encarar a morte?

É inegável que existe uma cortina que separa a vida da morte, sendo que a maioria de nós não tem coragem de espiar por trás dela. Antonius Robben, professor e antropologista que estuda as crenças que envolvem o assunto, diz que não há nehuma cultura no planeta que deixa o corpo sem um ritual. “Isso é uma das poucas coisas universais”, defende Robben.
A Balsa da Medusa de Théodore Géricault
Uma das dificuldades em observar um cadáver na Freeman Ranch é que ele desperta essa preocupação. Um corpo humano em decomposição parece de uma espécie diferente. Entretanto, todos nós iremos passar pelo mesmo processo algum dia.

Como é feita a análise dos corpos?

Assim que um cadáver chega na fazenda, os cientistas o carregam para um laboratório local, onde ele é medido e fotografado. Também são coletadas amostras de cabelo e sangue, e um número de identificação é adotado no lugar do nome da pessoa.
Quando possível, eles colocam o corpo para deteriorar na mesma hora. Porém, quando não há funcionários suficientes para o carregamento, o cadáver é armazenado no refrigerador durante alguns dias para retardar a decomposição. O local em que os mortos ficam é monitorado 24 horas por câmeras, porém Wescott diz que ninguém nunca tentou invadir – ou fugir.
Dependendo da pesquisa que está sendo feita, os corpos são deixados para apodrecer em diferentes circunstâncias. Alguns são intencionalmente deixados no sol ou na grama, enquanto outros ficam sob as sobras de um genebreiro ou de um carvalho. A maioria fica protegida por grades de metal, porém alguns ficam expostos para que os cientistas possam observar o efeito dos abutres por meio das gravações.
Atualmente, os mortos ficam todos nus, mas já foram feitas pesquisas para averiguar o impacto das roupas no processo de decomposição. O cheiro do local é uma mistura de raízes molhadas e carne rançosa.

As fases da decomposição humana

O primeiro estágio da decomposição começa logo após a morte. Uma vez que o coração parou de bater, as células não conseguem mais manter a homeostase (um estado de equilíbrio da temperatura, pH e outros fatores) logo começam a se romper. Isso inicia o processo de putrefação, visto que as bactérias começam a se alimentar do corpo.
Depois de alguns dias de comilança por parte dos microrganismos, inicia-se o segundo estágio: o inchaço. Conforme eles digerem os componentes sólidos da carcaça, são liberados gases – sulfeto de hidrogênio, dióxido de carbono e metano – o que faz com que o cadáver se expanda. Nessa fase, ele fica amarelo pelo processo de marmoreio e pode duplicar de tamanho.
Isso atrai as moscas, que botam ovos em todos os orifícios abertos, o que inclui olhos, ouvidos, nariz e boca. Pouco tempo depois, nascem as larvas, que cobrem todo o defunto. O rosto é o primeiro a ser consumido, pois abriga mais buracos e cria mais bichos.
Três dias depois da decomposição, é chegado o terceiro estágio: purgação. Nele, o corpo começa a desinchar e encolher, já a pele se rompe para liberar a pressão e os fluidos. “O líquido é tão rico em nitrogênio que mata toda a vegetação ao redor. Todavia, após um ano, ele dá origem a grandes vegetações, pois age como fertilizante”, explica Wescott.
Passadas algumas semanas, as bactérias e as larvas já terminaram de consumir a maior parte da carne. A próxima etapa é a mais longa e predominante no Freeman Ranch: a deterioração avançada. As carcaças são deixadas para secar e mumificar sob o sol, porque o calor as torna inóspitas para os microrganismos e as moscas. Já as que ficam na sombra continuam sendo consumidas aos poucos.
Por fim, depois de seis meses a um ano – varia conforme as condições climáticas –, inicia-se o último estágio: a secagem. Agora, o cadáver é reduzido a uma pilha de cartilagens, ossos e trapos de pele. Em um determinado ponto, os ossos são levados para o laboratório, fervidos para retirar os traços de carne, limpos e incluídos na coleção.
Quando os corpos são deixados sem as grades, eles servem de banquete para os abutres. Utilizando as câmeras de segurança, os cientistas estudam as hordas de pássaros que invadem o local sempre que um novo defunto é descarregado. Eles não comem a pele, mas abrem orifícios para apanhar o “recheio”. Os urubus atacam as carcaças e as arrastam violentamente para arrancar os pedaços de carne.

O fantástico mundo do necrobioma

Um corpo humano em decomposição cria um ecossistema evoluído e complexo, conhecido atualmente como necrobioma. O que Wescott deseja fazer é mapear esse sistema para ajudar a determinar o intervalo exato do post-mortem. “Descobrir a quanto tempo um corpo intacto está morto é fácil, o difícil é estudar um cadáver encontrado após longos meses apodrecendo em um local inóspito”, analisa o professor.
Ele explica que o intuito da pesquisa é entender o necrobioma e o processo de decomposição de um cadáver. Assim, um dia os especialistas forenses poderão se deparar com um corpo, analisar a sequência bacteriana do DNA e utilizar diversas espécies para saber há quanto tempo foi acionada a putrefação.
Embora esse projeto ainda esteja longe de ser concluído, atualmente os investigadores já podem analisar defuntos pelos gases emitidos, uma vez que eles mudam com o passar do tempo. Cães também são treinados para encontrar cadáveres e auxiliar cadetes. Recentemente, os cientistas estão testando o uso de câmeras de infravermelho para achar anomalias na química do solo, permitindo encontrar mais facilmente corpos enterrados.

O estudo da fronteira

Todos os anos, centenas de imigrantes mexicanos são encontrado nos EUA em lugares inesperados, tal como Brooks County, no Texas, que fica a cerca de 112,65 quilômetros da fronteira. Preocupada, a professora Kate Spradley criou o projeto “Operation ID”, que visa a identificação dos corpos encontrados em situações adversas.
A doutora revela que as causas da morte costumam ser o patrulhamento fronteiriço, a geografia e o calor. Em geral, os cadáveres são de pessoas que se desidrataram e foram deixadas para trás pelo grupo guiado por coiotes (pessoas responsáveis pela travessia da fronteira). “Todos os dias tem gente morrendo, e o pior de tudo é que ninguém parece se importar”, explica a professora.
Durante a patrulha, a polícia encontra as vítimas – em cavernas, sombras de árvores e pedregulhos – depois de horas ou dias de sua morte. Porém, como eles não estão exatamente na fronteira, não recebem nenhum fundo federal para lidar com a situação. Logo, os indivíduos costumam ser enterrados em covas desmarcadas, sem nenhum tipo de autópsia, tentativa de identificação ou contato com a família.
Com o auxílio de outras equipes, a professora trabalhou na exumação das tumbas e na reintegração com os familiares.  Muitos dos cadáveres são levados para os laboratórios do Freeman Ranch para serem analisados. Os cientistas também levantam um perfil cultural através das roupas, joias e itens com que o morto foi enterrado, visando assim aprender o máximo possível de sua origem.
Calçado de um imigrante Mexicano que morreu na travessia para os EUA
Por fim, todas as informações são catalogadas e hospedadas no banco de dados do NamUS, em que parentes podem procurar informações sobre desaparecidos e se lembrar de alguma coisa que o falecido vestia quando sumiu.
“Creio que o pior que qualquer pessoa pode passar é não saber o que aconteceu com um ente querido”, diz Spradley. “Você se pergunta: ‘Ele decidiu não voltar nunca mais?’, ‘Ele morreu?’. Claro que não é bom saber que um parente foi identificado, mas, pelo menos, ajuda no processo de luto”, conclui a professora.


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09
Jul17

Os segredos do veneno dos escorpiões

António Garrochinho
Muitos animais – aranhas, cobras, abelhas, arraias, centopéias, anêmonas, formigas e caracóis, para citar alguns – produzem veneno. Comparado com o veneno dos outros animais, o veneno de escorpião é um dos tipos mais simples de se estudar.
Simples, mas assustador. Porém, os cientistas não estão se deixando levar pelo medo que criaturas como escorpiões despertam. Na segurança de seus laboratórios, pesquisadores estão trabalhando com escorpiões e outras criaturas que picam. Dissecando e decodificando os seus segredos, os cientistas são capazes de fazer versões químicas próprias dos seus venenos.
Para extrair o veneno de um escorpião, os cientistas costumam usar uma ferramenta para segurar o animal à distância. Um leve choque elétrico, então, faz com que o animal esguiche um pouco de veneno, que os cientistas coletam em um tubo de ensaio pequeno.
Inspirados nesse animal, os cientistas estão desenvolvendo pesticidas, tratamentos de câncer, analgésicos e muito mais.
Segundo os pesquisadores, basta olhar o mundo do ponto de vista do escorpião. Você não queria ser a presa dessa criatura. Quando ele ataca, a vítima raramente tem tempo de revidar. Ele agarra e prende seu alvo e, usando o ferrão de sua extremidade traseira, retira a carne da vítima de uma só vez. Então, o sofrimento começa.
Depois de um choque inicial de dor intensa, a presa começa a sentir queimação e formigamento, seguido de agitação e tremores, e paralisia. Se a vítima não morre do veneno do escorpião, ele provavelmente irá comê-la viva. Algumas pessoas podem até morrer da picada venenosa de alguns escorpiõesOu seja, o escorpião quer toxinas que possam matar os insetos que ele come. Ele também quer toxinas para se defender, no caso de algo grande e desagradável o ameaçar. Há uma grande quantidade de produtos químicos diferentes em seu corpo. Estudar esses produtos químicos tem um enorme potencial.
O veneno do escorpião parece uma sopa grossa leitosa, e é feito de uma variedade de moléculas, incluindo centenas de pequenas proteínas chamadas peptídeos. Muitos desses peptídeos são tóxicos – eles têm o poder de danificar as células das vítimas. Podem causar paralisia, ou matá-las, etc.
As toxinas do veneno têm que adentrar as células para causar danos. Na pele do ser humano, por exemplo, são inofensivas. Dentro das células, o veneno trabalha de formas diferentes para destruí-las ou alterá-las.
Um esguicho de veneno típico tem entre 5 e 50 microlitros. Um microlitro é um milionésimo de um litro. 50 microlitros é o tamanho de uma gota muito pequena. Nessa quantidade quase irrisória, há um monte de peptídeos tóxicos.
Uma vez que os pesquisadores conseguem extrair esse veneno, eles usam técnicas básicas para separar os peptídeos dentro das gotas coletadas. Em seguida, eles estudam os peptídeos e os testam em animais. O objetivo é compreender como eles diferem uns dos outros e o que eles fazem.
Esse tipo de pesquisa envolve muitos desafios. Existem 1.300 espécies de escorpiões no mundo, e cerca de 300 peptídeos no veneno de cada um. Os pesquisadores estimam que há provavelmente mais de 100.000 diferentes peptídeos. Até agora, eles identificaram cerca de 500 deles. Isso é apenas meio por cento do total que existePorém, algumas abordagens do estudo podem ser muito úteis. Uma das mais promissoras é usar as toxinas do veneno como pesticidas para proteger as culturas agrícolas de insetos.
Alguns peptídeos tóxicos vêm atingindo um determinado tipo de inseto há milhões de anos. Por exemplo, alguns escorpiões da África produzem um composto tóxico chamado AAIT. Essa toxina paralisa alguns tipos de besouros, mas não faz nada para outros e não tem efeito em seres humanos. Outros tipos de toxinas funcionam apenas em grilos ou gafanhotos.
Esse tipo de ataque focado é muito útil. Os pesticidas tradicionais são feitos de produtos químicos fortes que tendem a prejudicar todos os animais da mesma forma. Assim, insetos polinizadores úteis, e animais inocentes, como vacas e pessoas, também são atingidos. O pesticida de veneno de escorpião também seria mais seguro e ecológico, porque se decompõe.
O maior desafio é como atingir os insetos com o pesticida. Pulverizá-lo sobre as plantas não ajuda, pois os insetos podem engolir o veneno sem danos. Em vez disso, os pesquisadores estão testando bactérias e fungos que podem levar as toxinas aos corpos dos insetos, como as picadas de escorpião fazem.
Outro benefício das toxinas do veneno de escorpião é que elas podem ajudar a curar as pessoas. Algumas delas afetam apenas células de mamíferos. Estes compostos provavelmente fornecem ao escorpião defesa contra predadores, como coiotes e esquilos. Mas eles também funcionam em seres humanos.
Compostos tóxicos que matam células, por exemplo, podem ser injetados em tumores para combater o câncer. Compostos que paralisam células poderiam combater a dorOs pesquisadores disseram que ainda têm muito o que aprender com a natureza, e muito o que tirar proveito do veneno dos escorpiões. Muitas vidas podem ser salvas daquilo que, para eles, representa a morte. 

09
Jul17

Uma sobrevivente do Holocausto encontrou essas velhas fotos... e resolveu um mistério oculto durante décadas!

António Garrochinho

Milhões de famílias foram separadas durante a abominável época do Holocausto. Muitas crianças que chegaram a escapar das inúmeras incursões de pessoas e abandonaram as terras da Alemanha Nazista, se encontraram vagabundeando de um lugar para outro, buscando rastros do que poderia ter acontecido a seus pais, irmãos e outros entes queridos. Infelizmente para muitas pessoas, as respostas para suas perguntas nunca iriam chegar.
Nascida na Alemanha Ocidental em uma família judia, Mirian Shapiro vivia com seus pais, sua irmã Edith e seu irmão mais velho Otto. Era o começo do governo Nazi. Embora tivesse apenas quatro anos, recorda perfeitamente de se esconder no quarto de seus pais durante a “Kristallnacht”, a noite dos cristais quebrados.
Na continuação lhe apresentaremos a história de Miriam. É um testemunho que vale a pena conhecer para ter sempre em mente aqueles tempos de repressão. Vale a pena recordarmos para que nunca mais ocorram atrocidades semelhantes na Terra.
Miriam se lembra também perfeitamente daquele dia em que os nazistas vieram e levaram seus pais enquanto ela e seus irmãos se escondiam debaixo da cama. Muito mais adiante descobriu que sua mãe havia desaparecido no gueto de Lodz (território da atual Polônia) e seu pai Jacob faleceu no campo de concentração Dachau 3 semanas antes da liberação desse campo.
Porém, o grande desaparecido era o irmão de Miriam. A mulher durante décadas buscou documentos que pudessem leva-la ao paradeiro de Otto e seus pais, incluindo informações sobre como e onde seu irmão havia morrido.
Não foi antes de terminar os anos 80 de idade que Miriam recebeu uma fotografia de Otto com a idade de 12 anos do Museu do Holocausto de Amsterdam.
A foto vinha acompanhada de um certificado de óbito. Essa era a prova final de que Otto havia falecido em um mosteiro, nos arredores de Londres que também servia como uma escola para órfãos. Com essa nova informação e com a ajuda de geólogos. Miriam finalmente encontrou a informação que buscava durante toda a sua vida: encontrou o tumulo de seu irmão.
Com suas duas filhas de cada lado, Miriam foi visitar o lugar de eterno repouso de seu irmão em um cemitério judeu localizado nos subúrbios de Londres. Uma vez ali, rezou uma oração para a alma de Otto.
Embora fosse uma situação triste, ela teve uma surpresa inesperada e muito mais alegre. Ante as lapides saiu em seu encontro Joey Flux. Se quer sabem quem é Joey Flux e o que une ele a Miriam, não perca a página seguinte.
Os pais de Joey, a família Flux, cuidou de Miriam durante sua infância em Manchester. Eles também cuidaram de muitas outras crianças depois da guerra. Quando Miriam tomou rumo a Israel, a mãe de Joey lhe disse que nunca se esqueceria da órfã. O encontro no cemitério foi o primeiro há 64 anos.
Miriam trazia consigo quatro pedras de Israel para a tumba de Otto. Cada uma representa um membro da família morto. Miriam comentou: “Tenho o direito de fechar o círculo e lamentar minha família”.
Mesmo a visita tendo sido muito dolorosa, Miriam está contente por ter tido a oportunidade de se despedir da sua família. Disse: “Tinha uma mãe, um pai, uma irmã e um irmão. Sou a única que segue com vida para poder contar a história”. Nos alegramos que Miriam encontrou o que há tanto tempo havia buscado. Quando se pode encontrar luz em meio a escuridão, a esperança segue sempre viva.


www.extraextranoticias.com.br
09
Jul17

SÃO OS BRUXOS QUE O DIZEM - Vaticano diz que Portugal precisa de mais exorcistas

António Garrochinho

Aviso é do exorcista do Vaticano, que revela que no nosso país só há seis padres a fazer o rito.

Há falta de exorcistas em Portugal e nunca foram tão necessários. Segundo o exorcista do Vaticano, os católicos portugueses estão a virar-se cada vez mais para práticas relacionadas com a magia e o esoterismo, o que está a conduzir a um aumento de "perturbações espirituais".


www.jn.pt

09
Jul17

A OPINIÃO DE OUTROS - O governo sem oposição

António Garrochinho

por Amato
Na Quadratura do Círculo exibida no passado dia 6 deste mês, Lopo Xavier alongava-se na sua tese de que as forças armadas portuguesas se encontravam ao abandono, a propósito do roubo ao paiol de Tancos, até ser interrompido por Pacheco Pereira que lhe disse que ele devia endereçar as suas preocupações a Paulo Portas e às opções políticas de sucessivos governos. Aí, Lopo Xavier encolheu-se num sorrisinho comprometido e não voltou mais a tocar no tema.

O problema do país é um pouco este. Escrevia Miguel Szymanski no DN que a geringonça havia dado o seu lugar à bagunça. É um texto carregado de um provincianismo com o qual não me identifico, no qual se faz uma apologia indireta ao que é estrangeiro face ao que é português. Quem é minimamente viajado e minimamente interessado pelo que se passa lá fora, percebe facilmente que essa diferença é quanto muito simbólica, processual, e não se verifica em geral. Aliás, para chutar para canto rapidamente a tese de Szymanski, basta lembrar o recente caso do incêndio do arranha-céus de Londres, para perceber que, mais demissão menos demissão, a culpa morre solteira tanto em Lisboa como em Londres. Mas colocando de parte essas diferenças dogmáticas e para lá das eventuais intenções do autor com o seu texto, o artigo de Szymanski toca, de modo indubitável, na ferida aberta que é a política portuguesa atual.

Temos um governo minoritário, suportado por uma maioria parlamentar, que age como se fosse um governo maioritário. Com efeito, nada atinge este governo, nenhuma tragédia, nenhum escândalo, por maior que seja. Ao pé dos casos do incêndio de Pedrógão Grande e do roubo de armas de Tancos, a questiúncula das bofetadas de João Soares com que o governo abriu a legislatura parece, hoje em dia, exatamente aquilo que foi, uma brincadeira. Naquela altura, todavia, o governo parecia estar a apalpar terreno, a sentir o pulso à coligação. Agora, parece que António Costa percebeu claramente que nada tem a temer nem de PCP, nem de BE, os quais parecem positivamente paralisados na sua ação política.

A par desta situação, temos uma oposição sem um pingo de credibilidade, histérica, exigindo a este governo a antítese perfeita daquilo que ela própria foi, enquanto governo, na legislatura imediatamente anterior, mostrando-se radicalmente contra tudo aquilo que este governo faz e radicalmente a favor de tudo aquilo que este governo deixa de fazer. Como pode Lopo Xavier dizer o que diz, ainda que o que diz seja uma verdade evidente? É que era Paulo Portas, o pai, o mestre-arquiteto deste CDS, o próprio, o ministro da defesa, campeão dos cortes orçamentais nas forças armadas e decisor de investimentos no mínimo duvidosos, como a célebre questão dos submarinos.

A situação é esta. Temos um governo que faz proveito de uma situação ímpar da vida política nacional. Tanto à sua esquerda como à sua direita não tem oposição. À esquerda as forças políticas encontram-se paralisadas de movimentos, não se percebe muito bem porquê, talvez petrificadas com a ideia remota de Passos Coelho poder voltar ao poder. À direita as forças políticas encontram-se descredibilizadas a tal ponto que toda a sua ação passa despercebida, por muito que os media tentem, de todas as formas, lhes dar a voz que, manifestamente, já não têm. Estrebucham muito, fazem muita gritaria, mas ninguém as leva a sério.



portodeamato.blogs.sapo.pt
09
Jul17

Portugal | TIRO AO ALVO

António Garrochinho




Manuel Carvalho da Silva | Jornal de Notícias | opinião



Qual será a génese comum de acontecimentos, que permite a alguns políticos e comentadores afirmar que Pedrógão e Tancos "ficarão ligados para sempre"? Por que razão a Direita e os formadores da agenda mediática desencadearam um processo de tiro ao alvo, situando os problemas quase só nas responsabilidades políticas individuais, como a grande questão política com que os portugueses se devem ocupar?

O país vive uma crise política? Ou será que a Direita e certos paladinos dos compromissos do velho "arco da governação" têm força suficiente para resumir a política a exercícios de desestabilização do Governo, impedindo o debate aberto e a construção de respostas aos problemas concretos com que os portugueses se deparam no dia a dia e aos bloqueios que impedem o desenvolvimento da sociedade?

A tragédia de Pedrógão Grande e o gravíssimo desaparecimento de armas de Tancos, ocorreram num mesmo período temporal, trouxeram à superfície fragilidades múltiplas, inclusive algumas relacionadas com "o estado do Estado", profundamente debilitado ao longo do tempo pelo "arco da governação", quantas vezes para dar espaço a negócios desastrosos e promíscuos. Destruíram-se estruturas e organizações na administração central e local a pretexto do seu envelhecimento, custo e desadequação, sem se criarem outras mais eficazes. Quando a ênfase no individual e o ataque ao coletivo são o pão nosso de cada dia, quando os trabalhadores do Estado são desvalorizados ou achincalhados, gera-se desleixo e desresponsabilização. As políticas de austeridade aprofundaram o rumo de degradação e inculcaram práticas de autolimitação, gerando uma espécie de irracionalidade automática nas opções de muitos decisores quanto às prioridades de investimento.

Observando as muitas coisas certas e os inúmeros disparates que têm sido expandidos, deve dizer-se que é desastroso colocar Pedrógão e Tancos numa amálgama e apresentá-la como a questão política do país.

Pedrógão exige, no imediato, um sério plano de apoio às populações e, num prazo curto, a responsabilização de quem por incúria pode ter contribuído para a dimensão da tragédia. Além disso, mostra-nos práticas de prevenção e combate aos incêndios desajustadas e sistemas de informação e outros a exigirem consistentes reformulações; que é necessário estruturar e aplicar políticas de organização florestal e territorial; que se exigem novas reflexões sobre o modelo de desenvolvimento no que diz respeito a estratégias demográficas e à promoção de atividades económicas que tornem o território mais coeso.

De Tancos emerge um outro caderno de encargos bem distinto. Desde logo, a gravidade do que ali aconteceu, em condições que ainda não se conhecem, é absolutamente intolerável e tem de, com muito rigor, se apurar e atribuir responsabilidades. Para isso, urge desarmar possíveis manipulações daqueles que gostariam de ver os militares a porem "o poder político na ordem", e há que exigir aos governantes pleno exercício da gestão das suas responsabilidades. É preciso travar tentativas de gerar pânico a partir de um hipotético incremento do terrorismo em resultado do "desaparecimento" daquelas armas. O(s) furto(s) praticados em Tancos trouxeram à superfície a exigência de uma análise à situação das Forças Armadas (e por arrastamento das Forças de Segurança), dos seus meios humanos, materiais, técnicos e científicos, das estruturas ao seu dispor e das condições para a sua manutenção, do seu papel na afirmação da independência e soberania do país, do seu contributo para afirmação e prestígio do Estado democrático. E mostra ser imprescindível dignificar os militares.

A Direita levará até ao limite a estratégia do tiro ao alvo, acima de tudo porque não quer que se discutam os problemas estruturais concretos e específicos que estão a montante de cada uma destas dolorosas e graves ocorrências. É certo que há membros do Governo e outros responsáveis da administração que se puseram a jeito; que as lógicas do "austeritarismo" estão impregnadas até à medula em alguns governantes; que é forte a cultura de gestão promíscua gerada por décadas de exercício do poder do arco da governação.

Em diversos aspetos, é indispensável uma governação nova.

* Investigador e professor universitário

paginaglobal.blogspot.pt
09
Jul17

Elogio do protesto

António Garrochinho



Na Argentina de Macri a violência das políticas antipopulares desencadeia o protesto popular. E avançam as tentativas para criminalizar o protesto e a acção de rua, com penas que poderão chegar aos 10 anos de prisão. Que pena seria adequada para uma política que empobrece e exclui a grande massa do povo?



Dizem os que protestam os protestos, que são muito viajados – embora não reconheçam a sua sorte - e que isto não se passa nos países do Primeiro Mundo. Não se passa nem em França, onde milhares de trabalhadores tomaram as ruas para protestar contra o ascenso de Macron e seus projectos de reformar ainda mais as leis laborais. Não se passa em Londres, onde outros tantos o fizeram pelas muitas dezenas de mortos que provocou o incêndio de um edifício de 120 habitações que deixou todos os seus habitantes sem lar; nem tão pouco se passa em Alemanha, Portugal e Espanha, onde centenas de milhares de pessoas se uniram contra a Troika e as políticas financeiras do Fundo Monetário Internacional (FMI) nos seus países.

Dizem os que protestam os protestos, que aqueles que se reuniram a protestar na avenida mais larga do mundo arremeteram contra um grupo de pobres polícias desvalidos que, vítimas da violência de gente que trazia paus e pedras, foram agredidos quando cumpriam o seu dever de cuidar o bem comum. Parece que os pobres atingidos não são responsáveis pelos mais de 300 casos anuais de gatilho fácil (em cada ano, segundo a CORREPI, desde 1983 com o regresso da democracia, foram assassinadas 4.960 pessoas pelo aparelho repressivo estatal, 47 por cento das quais vítimas de gatilho fácil).

Tão pouco o são no caso dos femicidios, em que um em cada cinco casos - uns 20 por cento - tem por autor um integrante das Forças de Segurança do Estado (mais de 60 por cento dos casos, segundo a CORREPI, de crimes sobre mulheres às mãos de forças de segurança são femicidios).
Dizem os que protestam os protestos que aqueles que se reuniram a protestar na avenida mais larga do mundo aí foram para espancar, para destruir canteiros, para violentar a ordem porque são vadios, não querem trabalhar e procuram formas de depender do Estado. 

Dizem que são gente que não trabalha porque não gosta de o fazer. Parece que foram eles quem antecipou a sua situação, embora já tivessem sido declarados knock out  com os 9,2 por cento de desemprego e uns 20 por cento de subemprego que o INDEC informa neste primeiro trimestre de 2017 - com cinquenta mil postos de trabalho perdidos só no mês de Abril, reconhecido pelo Ministro de Trabalho -; com a diminuição das pensões por incapacidade e viuvez, com o esvaziamento de todos os planos sociais e de todos os programas de contenção para os sectores mais vulneráveis, com uma baixa do consumo interno que supera os 20 por cento anuais e uma inflação sem controlo que esmaga, no supermercado, o bolso trabalhador.

Dizem os que protestam os protestos que a repressão é boa e que faz parte da democracia, porque têm direito à livre circulação. Em termos constitucionais relativos aos piquetes: os direitos daqueles que decidem participar devem ser descritos como exercício do direito de liberdade de expressão, artigos 14º e 19º, respectivamente, da Constituição federal; acrescentar também: associação com fins sociais, de trabalhar, de reunião e petição porque, também, o protesto pode incluir as referidas componentes. 

Comummente, o desenvolvimento do protesto de rua contraria, em idêntico tempo e semelhante espaço, o direito de liberdade dos cidadãos que não participam no evento – mas que necessitam ou devem passar pela zona bloqueada de forma transitória e parcial - que resultaría prejudicado; embora, em rigor, o direito de todos os habitantes de transitar pelas vias e caminhos (art.º 14 da Constituição) seja em geral o direito constitucional mais afectado.

Assim, os que protestam e os que protestam os protestos convivem na margem do longo caminho que falta para que se cumpram os seus direitos: uns, porque atingiram os direitos que possibilitam cumprir as suas necessidades mais básicas; outros, porque preferem a intolerância à luta que lhes garantiu esses direitos que hoje têm, e que não foram ganhos com o “diálogo”.

O que esquecem os que protestam os protestos é que se protestam os que protestam não é por gosto. Nas margens da sociedade, oprimem-se com espanto os que surgem como notas marginais na lista de tarefas de um Estado que as encabeça com as directivas do grande capital. 

Na Argentina há 1.185 multimilionários, cuja fortuna representa 0,5 vezes o investimento do Estado na educação e equivale a 26 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Para aqueles que têm os rendimentos mais baixos conseguirem obter os rendimentos mensais de um dos capitalistas em questão, deveriam trabalhar 189 anos e cinco meses, enquanto a um multimilionário bastam 20 minutos para obter o que eles conseguem num. Esse lucro do multimilionário representa 429 vezes o que ganha um pobre na Argentina.

A repressão não enquanto resposta sangrenta do capital à resistência dos povos contra este sistema que humilha, estrangula e espreme. O Estado é um aparelho burguês, que a toda a largura do mundo exerce o monopólio do exercício da violência. Quando os que detêm os fios do poder fazem perigar e avassalam os direitos adquiridos em outras lutas o más lógico seria abraçar o protesto. Se foram danificados os canteiros e as montras da avenida mais larga do mundo, haveria que perguntar porque é que aquilo que não é destruído são as estruturas que sustentam este sistema que exclui, que cada dia deixa de fora milhões de pessoas.

Entretanto, e com tais projectos para criminalizar o protesto com até 10 anos de prisão, deveríamos quotidianamente fazer um elogio do protesto, da reivindicação daqueles que também crêem numa sociedade melhor, mesmo para os que protestam os protestos.

* Argentina, socióloga

09
Jul17

E CLARO ! MÃE INCÓGNITA !

António Garrochinho

O jornal Daily Mail conseguiu ter acesso a uma série de informações exclusivas sobre a gestação concebida em laboratório. Consta que o caso foi tratado através do Tribunal Superior da Califórnia, em San Diego.

Segundo as respetivas certidões de nascimento, os bebés nasceram em La Mesa, cidade localizada na Califórnia. É também revelado que o parto foi feito no Hospital Sharp Grossmont e que Mateo chegou primeiro (às 09:07 horas) chegando Eva apenas um minuto depois.

Na mesma publicação são ainda revelados pela primeira vez os nomes completos das crianças: Eva Maria Dos Santos e Mateo dos Santos. Nos documentos o nome das gestantes não é identificado.

Maria Castillo foi o nome da obstetra que atendeu o processo todo: “É como ir a uma festa, só que no final tens o organizador que aparece”, descreveu a profissional de 59 anos.
09
Jul17

FARO - NO REINO DO BACALHAU (2)

António Garrochinho



Mais um "buraquito" na rua do Alportel saída de Faro para São Brás. É dia sim dia não com a consequente falta de água na zona e vale da amoreira.
Como é possível após prolongados trabalhos na estrada com novo tapete não terem arranjado solução para as frequentes roturas das condutas de água em Faro.


António Terremoto (facebook)
09
Jul17

O SILÊNCIO DOS SACERDOTES DA DEMOCRACIA

António Garrochinho

O silêncio

(In Blog O Jumento, 08/07/2017)
joanam1

Na sociedade portuguesa criou-se um dogma em torno da justiça, levando a que as várias instituições que a representem sejam tratadas como se fossem templos inatacáveis e não percebi ainda se é por causa do respeitinho típico dos portugueses ou do medo igualmente típico por estas bandas. Com muita gente a recear alguma vingança, transportando para este domínio os preconceitos religiosos, o medo do castigo de deus tem muitas semelhanças com o medo de nos metermos com os poderes judiciais.
Os políticos são eleitos e da mesma forma que são escolhidos para os cargos também podem ser facilmente destituídos, mesmo assim são vítimas de todo o tipo de críticas e processos difamatórios, estejam no governo ou na oposição. Os magistrados que não passam de funcionários públicos cuja formação inicial foi ministrada numa escola onde, segundo se soube nas notícias, o copianço abunda nas avaliações, comportam-se como sacerdotes da democracia.
Um bom exemplo da gestão do medo por parte dos magistrados sucedeu com Sócrates e não me refiro ao Caso Marquês, que parece estar a ultrapassar todos os prazos na esperança do ex-primeiro-ministro morrer de velho. Incomodados nas suas mordomias os juízes recorreram à sua absurda associação sindical para vasculharem as despesas feitas pelos governantes com os cartões Visa, na esperança de se vingarem. Ao que parece não conseguiram nada, mas não lhes faltarão oportunidades para se vingarem de Sócrates.
Sendo a única instituição portuguesa que não é alvo de críticas, a PGR faz uma gestão criteriosa da comunicação. Contando à partida com vários órgãos de comunicação social com o estatuto de oficiosos e jornalistas que gostam de fazer de porta-vozes, a tarefa é fácil, uma instituição que, por respeito medieval ou por medo ninguém critica, limita-se a gerir uma separação de poderes que parece existir num único sentido.
Talvez por isso ninguém tenha até agora questionado a senhora Procuradora-Geral sobre a razão de nada ter feito quando lhe chegou a denúncia de que estaria iminente um grande assalto aos paióis de Tancos. Se o tivesse feito Portugal e a Europa estariam agora mais tranquilos, a imagem do país não estaria danificada e os cidadãos sentir-se-iam mais seguros. Perante o alerta os militares teriam tomado medidas.
Mas a PGR preferiu que nada fosse feito e ficou em silêncio, aliás, perante a denúncia da sua atuação continua em silêncio, algo raro numa instituição que mal é beliscada emite logo um comunicado. A Procuradora-Geral não pode passar mais tempo em silêncio, sem justificar a sua opção, dizer porque estando em causa a segurança nacional optou por não alertar ninguém e tratar deste caso como se fosse um roubo de galinheiro. Não só deve justificar-se como assumir as suas responsabilidades.
O Chefe do Estado maior do Exército disse sentir-se humilhado com a forma como os militares atuaram. É mais ou menos o mesmo como muitos portugueses se sentem neste momento por saberem que o roubo podia ter sido evitado.



estatuadesal.com
09
Jul17

O ORÇAMENTO DEVE SER UM INSTRUMENTO PARA RESOLVER OS PROBLEMAS DO PAÍS

António Garrochinho
Intervenção no debate da Assembleia da República sobre gestão orçamental (incluindo cativações) onde afirmei que a questão é saber se o Governo vai assegurar a gestão orçamental tendo como critério a resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo e a melhoria dos serviços públicos e das funções do Estado ou se, pelo contrário, vai sacrificar tudo isto para satisfazer as imposições da União Europeia.



No debate realizado em torno da dos serviços públicos, Paulo Sá afirmou que "o ataque do anterior Governo PSD/CDS aos direitos dos…
YOUTUBE.COM

09
Jul17

A CRISTAS

António Garrochinho


Claro que a Cristas nunca fala verdade. Não falou enquanto ministra (um desastre) e nunca falará em qualquer circunstância.
A Cristas só diz o que interessa à meia dúzia de ressabiados e fedorentos fascistas que são os que nem precisam de se preocupar com a situação política já que a governação não é para eles uma ameaça.

O PS o PSD e o seu próprio partido o CDS há décadas que aplicam medidas enquanto se alternam na governação que nunca retiram o mínimo de regalias e direitos à burguesia, e como tal a famigerada aldrabona, o que faz, o que diz, o que defende, é simplesmente para se promover, é só para manter o tacho, o dela e dos seus amigos e se possível aumentar o pecúlio dos seus patrões.

A aldrabona, que de demagogia e oportunismo sujo já cheira mal ao ouvi-la na televisão e nos jornais, é uma mera oportunista demagógica que despreza o povo português e soube aproveitar bem os ensinamentos do corrupto, do traiçoeiro Paulinho das feiras.

Tudo o que diz é falso, soa a falsete, e sem perder o fôlego vai opinando para o jornalixo toda a merda que pensa e que tem por dentro.

A CRISTAS NÃO MERECE A ÁGUA QUE BEBE !

António Garrochinho
09
Jul17

Qual é o verdadeiro pensamento do Presidente, o que manifesta em público ou o que é dado ao Expresso?

António Garrochinho



O Expresso é geralmente tido como um jornal muito bem informado sobre “Belém”, leia-se, sobre o Presidente. De facto, é rara a semana em que não traz informação privilegiada sobre o que o Presidente diz ou pensa acerca dos mais variados assuntos da vida política nacional.
O Expresso é uma espécie de “explicador” para se saber o que o Presidente na verdade quer dizer quando faz declarações públicas. Não direi que mais vale ler o Expresso do que ouvir o Presidente mas  é preciso ler o Expresso para saber o que Presidente quer que se saiba sobre o verdadeiro significado do que diz em público.
As fontes do Expresso não são regra geral identificadas mas são atribuídas a colaboradores do Presidente, sempre sem nomes. Como se sabe, o Presidente tem fortes ligações ao Expresso desde a sua fundação, tendo desempenhado funções na direcção do jornal e do grupo. Não admira, pois, que o Expresso tenha acesso a informação privilegiada sobre o Presidente.
O problema surge quando se lê no Expresso que o Presidente diz uma coisa ao seu staff e outra em público. Em quem acreditar, então? Vejamos a edição desta semana: Diz o Expresso sobre os incêndios de Pedrógão e o roubo de armas em Tancos  que o Presidente critica o Governo em privado mas continua a segurá-lo em público. E sobre as férias do primeiro-ministro escreve o Expresso que o  PR discordou das férias de Costa“. Ora, como o próprio Expresso reconhece, o Presidente “desdramatizou” as férias do PM ao dizer aos jornalistas:
“Tudo o que tenho a tratar sobre assuntos do Estado, tenho tratado com o substituto do primeiro-ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros”. “Há uma continuidade constitucional”, “mais complicado seria se o Presidente estivesse em férias”, porque há uma série de decisões que só ele pode assinar. “Quando o primeiro-ministro não se encontra em território português é substituído pelo ministro dos Negócios Estrangeiros”.
O Expresso diz também que o PR “avisou” Assunção Cristas (na audiência que esta lhe pediu) de que “os pedidos de demissão em cadeia de ministros levam a uma moção de censura”, o que para o Expresso mostra que o PR “valoriza os riscos de desgaste político da actual maioria” .
As informações privilegiadas dadas ao Expresso pelas “fontes de Belém” têm um efeito perverso porque em vez de favorecerem a imagem do Presidente dão dele uma imagem de cinismo e calculismo na sua relação com o governo (a quem “critica em privado e seguraem público”) e com a oposição (o Presidente diz que “isto [incêndios e Tancos] pode alterar a situação política e falou com Cristas na moção de censura”).
Afinal, perguntar-se-à: qual é o verdadeiro pensamento do Presidente? o que manifesta em público, ou o que é dado ao Expresso?


vaievem.wordpress.com
09
Jul17

Os semeadores de bruxedos

António Garrochinho




Quer os fogos florestais quer o roubo de armas de guerra têm um ponto em comum: o desinvestimento em nome das supostas gorduras do estado.
A direita não escapa a esse objectivo que prosseguiu nos governos Cavaco Silva e Passos Coelho e que o governo PS de José Sócrates também realizou.
Esse objectivo foi também imposto pela adesão ao Euro e ao Pacto Orçamental e outros pactos, e aos condicionamentos externos daí decorrentes. Por esses governos aceites e que os levaram a atribuir a medidas de tais pactos o carácter de elixires de curandeiros que a vida revelou serem mistelas semeadoras de bruxedos e malfeitorias.
Esperem, por isso, que os comunistas insistam no fim de tais condicionamentos, como forma de dar coerência à continuidade dos aspectos positivos que já resultaram da recuperação de rendimentos e direitos dos trabalhadores e populações.



Este artigo encontra-se em: antreus http://bit.ly/2t03NzI
abrildenovomagazine.wordpress.com
09
Jul17

Autarquias vão ter de arranjar casa para ex-reclusos viverem

António Garrochinho


Reinserção social, violência doméstica, julgados de paz e infraestruturas da Justiça passam a ser tarefa municipal
O Governo quer as autarquias a criar bolsas de imóveis destinadas a alojamento (temporário) para ex-reclusos, sejam estes adultos ou menores. E pretende ainda passar para a competência dos municípios a criação de condições de efetiva reinserção na comunidade dos condenados acabados de sair da prisão.
Esta área da reinserção social, a par com a violência doméstica, julgados de paz, infraestruturas da Justiça (como a construção de prisões ou melhoria das já existentes) e ainda o apoio às vítimas de crimes violentos são as áreas eleitas pelo Executivo para a descentralização na área da Justiça. Diploma já foi aprovado em Conselho de Ministros mas ainda não passou pelo crivo da Assembleia da República. Contactada pelo DN, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) confirma que já recebeu estas propostas relativas à área da Justiça mas só na próxima terça-feira serão analisadas "para uma apreciação mais fundamentada" na reunião do conselho diretivo, explica Manuel Machado, presidente da ANMP, em declarações ao 
Além da área da Justiça, já foram entregues aos municípios os diplomas para a descentralização nas freguesias, nos serviços de proteção civil, na saúde, na promoção turística, na educação, ação social, estradas, policiamento de proximidade, património, entre outras. No total, são cerca de duas dezenas de áreas setoriais que passarão para a competência dos municípios previstas na lei-quadro da descentralização.
Assim, no caso concreto da Justiça, segundo o diploma a que o DN teve acesso, a ideia passa por passar a ser tarefa municipal a constituição e organização de bolsas de imóveis destinadas a alojamento temporário de ex-reclusos". Mais: pretende-se que os municípios criem ainda bolsas com listas de entidades que estejam disponíveis para ajudaram reclusos a cumprir uma pena como o trabalho a favor da comunidade.
Já no caso da violência doméstica, segundo o que o DN apurou, a ideia passa por ir um pouco mais além do que atualmente já se faz. Ou seja: "fazer com os centros de acolhimento nacionais estejam também articulados com as respetivas autarquias", segundo explicou fonte do Ministério da Justiça (MJ). O diploma prevê que estas mesmas autarquias passem a "participar na promoção, constituição e organização das estruturas de atendimento" para que haja um reencaminhamento personalizado das vítimas. Terão ainda a função de "implementar ou monitorizar as ações e programas" relativos a maus tratos conjugais direcionadas para os agressores. No caso dos Julgados de Paz - os chamados tribunais alternativos para bagatelas penais em que se dispensa a ida a um tribunal, poupando assim tempo - a ideia é que as autarquias possam propor a criação ou encerramento de um Julgado de Paz. Ou seja: o Ministério da Justiça poderá passar a encetar contactos com as respectivas câmaras cada vez que quiser criar uma nova estrutura.
Já na área dos crimes violentos, o Executivo pretende que as autarquias criem "centros de apoio local e de abrigo com funções de atendimento e apoio bem como de acolhimento temporário". Casos como o de abusos sexuais de menores pelos progenitores ou violação, a título de exemplo. Bem como relembrar a existência de estruturas de apoio às vítimas como a Comissão Nacional de Proteção de Vítimas de Crimes Violentos. Na última área selecionada pelo Governo - infraestruturas da Justiça - o documento é menos explicativo. Apenas prevê que "os municípios têm competência para participar na colaboração com a administração direta e indireta do Estado, a nível técnico e financeiro, em projetos relativos a infraestruturas da Justiça".
Na área da proteção civil - que tem inclusive duas propostas autónomas - o texto do Governo pretende, tal como o DN já tinha noticiado, que a segurança contra incêndios em habitações, parques de estacionamento, restaurantes, hotéis ou lares de idosos passe para a tutela das autarquias. Esta é a intenção expressa no projeto de que transfere para o poder local parte das competências que atualmente estão afetas à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).O texto do executivo transfere ainda para os municípios as inspeções, fiscalização e os processos sancionatórios relativos a todos os edifícios classificados na primeira categoria de risco. Em que 10% do valor das multas vá para a entidade fiscalizadora, 30% para a ANPC ou para os municípios e 60% para o Estado. "Competindo aos municípios fiscalizar, instruir os processos de contraordenação e aplicar as coimas, o produto das coimas deve constituir, integralmente, receita municipal", responde a ANMP, rejeitando esta proposta do Executivo.
No caso da saúde, o Governo vai passar para os municípios a gestão, manutenção e construção dos centros de saúde e com isso quer transferir vários serviços de apoio logístico, com especial destaque para o transporte de doentes não urgentes, a manutenção de equipamentos médicos e todo o parque automóvel afeto aos cuidados de saúde primários.
Na área da educação, o Governo quer passar as competências que até agora a maioria das câmaras municipais só detinham a nível do pré-escolar e do primeiro ciclo - para todas as escolas. Ou seja: propriedade física das escolas, tutela do pessoal não docente e a responsabilidade pela ação aocial escolar, refeições, pequenas e grandes obras nos estabelecimentos, segurança e até a contratação de serviços como a água e eletricidade - vão ser integralmente entregues aos municípios. Deixando de fora as escolas pertencentes à Parque Escolar.
Também a constituição dos serviços de apoio a portugueses emigrados, que regressam a Portugal ou que pretendam emigrar, e de Centros Locais de Apoio e Integração de Migrantes serão exercidas "em articulação com as políticas nacionais prosseguidas pelos serviços e organismos do Estado".

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09
Jul17

Cartaz de Teresa Leal Coelho ridicularizado na net

António Garrochinho








O primeiro cartaz da campanha da candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa já deu origem, na net, a várias montagens satíricas.


O motivo da chacota prende-se com o facto de nenhuma mensagem constar nesta peça de campanha: apenas um retrato a preto e branco do rosto da candidata, o seu nome - e nada mais. Todo o conjunto tem um fundo branco que realça o vazio.
Nas redes sociais, nomeadamente no Twitter, começaram de imediato a surgir versões satirizadas do outdoor (ver em cima).
Desde o início que a candidatura de Teresa Leal Coelho tem estado sempre envolta em controvérsia. Na primeira entrevistaque deu, ao Observador, a deputada e vice-presidente do PSD prometeu um IMI zero para os munícipes de Lisboa. Ora tal está impedido por lei.

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