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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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13
Jul17

Sindicato acusa Pestana Algarve Race de abusos laborais, empresa nega que trabalhadoras sejam suas

António Garrochinho


«Retidas e forçadas a trabalhar». É desta forma que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restauração e Similares do Algarve descreve a situação de quatro trabalhadoras que entraram na terça-feira, dia 11 de Julho, ao serviço no hotel Pestana Algarve Race, no Autódromo Internacional do Algarve (Portimão), e que, alega o sindicato, foram «ameaçadas de despedimento e de ficarem sem alojamento» por não terem conseguido concluir a limpeza de cerca de 30 apartamentos do empreendimento turístico.
O sindicato apresentou esta quarta-feira uma queixa à Autoridade para as Condições de Trabalho, onde denuncia a situação laboral das quatro mulheres, bem como a alegada falta de condições de alojamento a que foram sujeitas.
Segundo os sindicalistas, as trabalhadoras vindas da Madeira estão a viver «num apartamento do empreendimento sem as necessárias condições de habitação, sendo-lhes proibido levar comida para o apartamento». Também lhes será negada a possibilidade de «colocar a roupa na lavandaria».
Contactado pelo Sul Informação, Pedro Lopes, administrador do Grupo Pestana no Algarve, esclareceu que não se trata de funcionárias próprias, mas sim de uma empresa de outsourcing a quem foi contratado o serviço de limpeza da unidade hoteleira. «Não sei o que se poderá ter passado com a chefia das quatro trabalhadoras», disse.
Quanto às queixas sobre as condições de alojamento, o administrador do Grupo Pestana estranha que existam, já que estão em causa «apartamentos de um empreendimento turístico de 4 estrelas, que são alugados a clientes por 150 euros ao dia e têm condições espetaculares».
«Nestes casos, são apartamentos que, em vez de ter camas de casal, têm beliches, e levam mais pessoas: em vez de quatro, podem alojar seis ou oito pessoas. Mas têm todas as condições, como uma kitchenette e uma sala», assegurou.
Segundo o sindicalista Tiago Jacinto, as quatro trabalhadoras foram recrutadas na Madeira, com as viagens de avião pagas pela empresa, e, no final do primeiro dia de trabalho, foi-lhes dito, «aos gritos, que estavam despedidas por não terem cumprido o que se esperava delas e foi-lhes exigido que entregassem a chave do apartamento».
«Como não entregaram a chave, mais tarde veio alguém dos recursos humanos dizer que afinal não estavam despedidas», acrescentou.
Pedro Lopes admite, por seu lado, que «possa ter havido gritos», até porque, defende, os trabalhadores do turismo – «não só os nossos funcionários, é algo geral» – estão sob «grande pressão e debaixo de stress» devido à chegada da época alta.

Em 2017, disse, esta pressão tem sido maior devido «à grande dificuldade de arranjar mão-de-obra». «Há stress porque as pessoas têm de trabalhar mais horas, embora também recebam mais. Não conseguimos arranjar mais pessoas, mesmo noutros pontos do país. Infelizmente, estamos a poupar nos recursos humanos, mas apenas porque não conseguimos contratar mais pessoas», disse.
O administrador do Grupo Pestana no Algarve lembrou que «há três ou quatro anos, a taxa de desemprego andou perto dos 20%, na região», mas «baixou drasticamente para cerca de 4% este ano». Ou seja, «estamos numa situação de pleno emprego, no setor turístico».
E se, em anos anteriores, foi possível preencher as vagas temporárias do período de Verão com trabalhadores vindos de outras regiões, este ano «o turismo está a bombar em todo o país», o que leva a que seja difícil fazê-lo.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve, por seu lado, alerta «para a situação degradante que os trabalhadores do turismo estão a viver, com a brutal regressão das condições de trabalho, o aumento e desregulação dos horários de trabalho, o trabalho forçado e não pago, os salários cada vez mais baixos, a precariedade extrema, o assédio moral e a tortura psicológica».
Segundo os sindicalistas, são muitas as queixas de abusos que lhes chegam. «O maior número são relacionadas com o Grupo Pestana, mas é um problema transversal a todo o setor da hotelaria e do turismo do Algarve». Muitas delas referem-se à «utilização abusiva de pessoal deslocado», que é pressionado a fazer «o máximo de trabalho, sem as devidas condições».
Pedro Lopes diz que, a existirem, essas queixas não chegam à administração do Grupo. «É sempre possível que haja descontentes, mas asseguro que temos uma boa relação com os nossos trabalhadores. Temos cerca de 650 funcionários em permanência e cerca de 1200 na época alta. Este ano, praticamente todos os nossos colaboradores receberam, em média, mais um vencimento de prémio, relativo ao desempenho no ano que passou», assegurou Pedro Lopes.
Por outro lado, garantiu que «quando há greves convocadas por esse sindicato, há muito poucos aderentes», acusando-o de «não gostar do Grupo Pestana» por este ter acordo com o seu homólogo da UGT, já que o Sindicato da Hotelaria do Algarve está ligado à CGTP.


www.sulinformacao.pt
13
Jul17

Hospital de S. João chama mentirosa e narcísica a bastonária dos enfermeiros

António Garrochinho


A administração do Hospital de S. João acusa a bastonária da Ordem dos Enfermeiros de ser mentirosa, depois desta ter denunciado numa carta ao ministro da Saúde que a enfermeira-diretora da instituição a tentou agredir.

Num esclarecimento publicado na página do Centro Hospitalar de S. João (CHSJ), o Conselho de Administração esclarece que teve conhecimento de uma carta enviada pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, ao ministro da Saúde, com "afirmações atentatórias da dignidade pessoal e profissional" sobre a enfermeira-diretora da unidade de saúde.

Segundo o Hospital de S. João, na carta, a bastonária acusa a enfermeira-diretora, Maria Filomena Cardoso, de uma alegada tentativa de agressão.
 .
"Esta acusação é completamente falsa e só é possível por parte de uma personalidade narcísica a quem os espelhos negam a sua realidade. A senhora Bastonária é mentirosa e a prova dos factos ser-lhe-á exigida noutros fóruns", reage o CHSJ.

O Hospital refere ainda que, no ofício enviado ao ministro Adalberto Campo Fernandes, Ana Rita Cavaco invoca o Estatuto do Gestor Público para acusar a enfermeira - diretora de incompatibilidade de funções, por estar no Conselho de Administração do CHSJ e a frequentar um programa de doutoramento.

"Esta interpretação é sui generis quando o Estatuto exclui objetivamente das incompatibilidades do cargo, o exercício da atividade académica, nomeadamente, o exercício de funções de docência", contrapõe o hospital, manifestando total solidariedade com Maria Filomena Cardoso "após este ataque ignóbil".

A carta foi enviada à tutela na sequência de uma visita da Ordem dos Enfermeiros ao S. João. Além das acusações à enfermeira-diretora, a OE denuncia falhas graves de segurança e higiene no hospital. Blocos operatórios que não cumprem as regras de higiene ou camas amontoadas em alguns dos serviços foram alguns dos problemas apontados, segundo divulgou ontem o Porto Canal.

O JN contactou a Ordem dos Enfermeiros, mas não foi possível obter uma reação até ao momento.


JN.pt
13
Jul17

13* de Julho de 100 a. C. : Nasce Júlio César, líder político e militar romano

António Garrochinho


Nasceu no ano 100 a. C. no dia 13 de Julho* e morreu, assassinado, a 15 de Março do ano 44 a. C., ao cabo de uma carreira que fez dele o primeiro homem político de Roma. Dois anos após a sua morte ser-lhe-ia atribuído o estatuto de deus do povo romano.A sua entrada na vida pública foi precedida por vários anos de instabilidade em Roma. O jovem César começou por se dedicar à vida militar, que sempre lhe serviria de suporte às ambições políticas. Alcançou, depois, posições de menor importância na magistratura, até que, em 69 a. C., foi eleito questor. O cargo trouxe-o à Península Ibérica, e mesmo a território que é hoje em dia português. Mais tarde, em 62a. C., foi eleito pretor, tendo de seguida ocupado o cargo de governador, mais uma vez, na Ibéria.Em 59, César foieleito cônsul. Constituiu então, com Crasso e Pompeu, um triunvirato que duraria até ao ano de 56 a. C. Com tudo isto, a sua ascensão política era evidente. No plano militar, também, não deixavam de ser notadas as suas campanhas na Europa central e ocidental. O sucesso talvez mais significativo consistiu na submissão total daGália na década de 50, com a capitulação do chefe gaulês Vercingetórix. Entretanto, em perigo de perder a sua posição devido a intrigas de senadores, César atravessa com as suas tropas o Rubicão, entrando em território italiano e dando início a uma guerra civil contra Pompeu. Nesta fase, a intenção de César era, não apenas salvaguardar a sua carreira política e até mesmo a sua segurança pessoal, mas também pôr travão ao desgoverno da Roma dominada pelas rivalidades e intrigas dos patrícios. A guerra, que se estendeu de 49 a 45 a. C.,representaria, deste ponto de vista, o preço a pagar pela sobrevivência secular do império. Vitorioso, César, com o título de ditador de Roma, teve então a oportunidade que havia muito desejava para implementar diversas reformas importantes: concedeu a cidadania romana a certos povos que dela não usufruíam; reorganizou as estruturas administrativas locais do império; reformulou o calendário (uma medida de que ainda hoje se sentem os efeitos); alterou a constituição do Senado de forma a retirar poder à velha aristocracia. Na verdade, terá sido o seu crónico desprezo, bem expresso na sua forma autocrática de governar, pelos privilégios tradicionais da aristocracia patrícia que terá levado ao seu assassinato no Senado. 

No dia 15 de março de 44 a.C., foi assassinado com 23 facadas, nas escadarias do Senado, por um grupo de 60 senadores, liderados por Marcus Julius Brutus, seu filho adoptivo, e Caio Cássio. Júlio César ainda se defendeu, cobrindo-se com uma toga, até ver Brutus, quando então teria dito sua última famosa frase: "Até tu, Brutus".

Trata-se do mais conhecido atentado político da Antiguidade, descrito por Caio Suetónio Tranquilo (70 d.C.-140 d.C.), na biografia De vita Caesarum (Da vida dos Césares). "César" foi o título dos imperadores romanos de Augusto (63 a.C.-14 d.C.) a Adriano (76 d.C.-138 d.C.). Caio Júlio César foi morto por ter desprezado a opinião dos seus adversários. Supõe-se que os seus assassinos não tinham apenas motivos políticos, como também agiram por inveja e orgulho ferido. Matar um tirano, na época, não era considerado crime. Não há, porém, consenso entre os historiadores de que Júlio César tenha sido um tirano. Muitos dos seus planos não foram concretizados, mas ele deu uma orientação completamente nova ao desenvolvimento do Império Romano.

* Existe controvérsia no que diz respeito à data de nascimento.

Júlio César. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.

wikipedia (Imagens)
Júlio César, estátua por Nicolas Coustou 
Ficheiro:Julius Caesar Coustou Louvre MR1798.jpg


Vercingetórix rende-se a César - Lionel Royer
Ficheiro:Siege-alesia-vercingetorix-jules-cesar.jpg

Assassinato de Júlio César - Karl von Piloty
Ficheiro:Karl Theodor von Piloty Murder of Caesar 1865.jpg
13
Jul17

13 de Julho de 1793: Revolução Francesa, Marat é assassinado

António Garrochinho

Figura de referência do movimento de oposição ao Antigo Regime que viria a conduzir à Revolução Francesa,Jean Paul Marat, nascido em Boudry (Cantão de Neuchâtel) em 1743, foi médico, escritor e político. Em 1767 encontrava-se em Londres onde publicou obras de cariz revolucionário, cujos temas abordavam a situação dos mais desfavorecidos, a insolência dos ricos, o despotismo do Estado e da religião e o direito à revolta. Regressou a França em 1777 onde exerceu a medicina. Interessou-se também por tudo o que dizia respeito às ciências,nomeadamente a eletricidade e o magnetismo. Deixando de exercer medicina, ocupou-se na elaboração de brochuras revolucionárias das quais se destaca um Projet de Déclaration des droits de l'homme et du citoyen. Em1789 fundou o jornal L'Ami du peuple onde expressava as suas ideias contra quem se servia da revolução paraseu benefício próprio. A intransigência das suas ideias valeu-lhe a prisão em 1789, dois exílios em Londres, entre 1790 e 1792, e a suspensão do jornal. De regresso a Paris, empenhou-se totalmente na queda da monarquia.Coma proclamação da República (1792) deu continuidade ao jornal, mas agora sob o nome de Journal de la Republique Française. Foi deputado de Paris na Convenção e tornou-se no alvo dos Girondinos. Teve direito a voto por apelo nominal aquando da decisão da condenação à morte de Luís XVI. Em 1793 regressou triunfante àConvenção e organizou a insurreição de 2 de junho que provocaria a queda dos Girondinos. Nesse mesmo ano foi assassinado em Paris por Charlotte Corday, tornando-se num mártir da Revolução Francesa.

Marat. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. 
wikipedia (Imagens)

Jean Paul Marat - Joseph Boze

Arquivo: Jean-Paul Marat portre.jpg

Ficheiro:Triomphe de Marat4.jpg
O Triunfo de Marat - uma gravura popular de Marat sendo apoiado por uma alegre multidão após a sua absolvição.
Arquivo: Charlotte Corday.PNG
 Charlotte Corday -Jean-Jacques Hauer
Ficheiro:Death of Marat by David.jpg
Análise da obra  A Morte de Marat - Jacques Louis - David
13
Jul17

A OPINIÃO DE OUTROS - PS quintessencial

António Garrochinho

PS quintessencial

por Amato

Isto é o PS quintessencial: mais do que a promoção de um regime tributário desequilibrado entre trabalhadores e patrões a favor destes últimos, é o entregar de mão beijada da riqueza de todos nas mãos da burguesia. Vem-me à memória as parcerias público-privadas e os estágios gratuitos. Recordo-me também dos postos de trabalho precários pagos dos bolsos da enferma segurança-social aos grandes capitalistas deste país apenas com o objetivo de lhes engordar os seus já morbidamente obesos proveitos. Trata-se de inovação e de repetição da mesma repugnante fórmula.

Adicionalmente, todos percebem bem ou, pelo menos, desconfiavam de patranhas desta estirpe para sustentar os resultados económicos apresentados por este governo. Esta, pelo menos, já se conhece. Outras estarão, seguramente, para vir à tona.

A esquerda devia preocupar-se com isto e não com mais esta ou aquela migalha concedida a esta ou aqueloutra classe. As migalhas tanto se dão como se tiram, de um dia para o outro. O que fica para a posterioridade, a corroer o país por dentro como um cancro invasor, são políticas deste género. Este tipo de notícias é que devia de exigir de PCP e BE posições de força irredutíveis. Caso contrário, serão sempre considerados como coniventes parceiros inferiores destas mesmas políticas.

portodeamato.blogs.sapo.pt
13
Jul17

PORTUGUESES SÃO MENOS RACISTAS? | “Os polícias disseram que nós, africanos, temos de morrer”

António Garrochinho




Joana Mortágua* | jornal i | opinião

Recuse-se esta memória construída de um passado benevolente em que fomos menos racistas do que os outros. Ela impede a sociedade de enfrentar a evidência de que as fraturas sociais e a reprodução da pobreza andam lado a lado com o racismo

“Os polícias disseram que nós, africanos, temos de morrer.” A afirmação marca o chocante relato de seis jovens da Cova da Moura sobre a violência de que foram vítimas numa esquadra da Amadora, onde tinham ido saber do Bruno, um amigo que fora levado do bairro pela polícia. Numa acusação inédita em Portugal, 18 agentes da PSP foram acusados pelo Ministério Público de crimes de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, com a agravante de terem sido motivados por ódio e racismo.

“Bateram-me com o cassetete, davam pontapés”, conta Bruno. “Diziam-me para me candidatar ao Estado Islâmico. Chamavam pretos, macacos, que iam exterminar a nossa raça.”

A decisão é histórica, mas não pensemos que com ela se compra o perdão – sequer o esquecimento – de todas e todos os outros jovens negros que ao longo dos anos têm sido arrastados para esquadras, invadidos nas suas casas ou parados na rua pelo simples facto de serem jovens, negros e viverem no bairro.

“Começaram a encher-me de pontapés, arrastaram-me até à esquadra. Mandaram levantar a cara e depois deram socos. Um deles vira-se e diz: ‘Esse aí é português.’ E outro: ‘Não, ele é pretoguês’.”

Tal como para estes seis jovens, para todos os outros houve uma desculpa, um caso inventado, uma certeza de impunidade por parte das forças policiais que não é própria de um Estado de direito. Infelizmente, só neste caso chegou a haver acusação a membros da polícia por crimes de falsificação de relatórios, de autos de notícia e de testemunho.

A Assembleia da República faz bem em condecorar a associação Moinho da Juventude, da Cova da Moura, pelo inegável trabalho na defesa dos direitos humanos. Mas de que valem os prémios? É uma pergunta que os dois jovens da direção da Moinho da Juventude que foram torturados pela polícia podem legitimamente colocar: de que valem os prémios se os jovens deste e de outros bairros continuam a ser tratados como criminosos pelo Estado.

“Como é que se caiu no discurso de que fomos invadir uma esquadra?”, questiona Flávio. “Sou membro da direção do Moinho, trabalhei sempre com jovens na prevenção, fiz voluntariado na prisão para trabalhar a inclusão através da arte e agora vou invadir uma esquadra?”

Como todos os tabus com que não temos estômago para lidar coletivamente, o racismo institucional não é público o suficiente para que seja assumido como problema social. Mas existe. É mais discreto nas escolas e mais violento nas esquadras. É segregador. O racismo institucional é perpetuado por uma das maiores mentiras que contamos a nós próprios para nos reinventarmos como país: Portugal nunca foi racista.

Recuse-se esta memória construída de um passado benevolente em que fomos menos racistas do que os outros. Ela impede a sociedade de enfrentar a evidência de que as fraturas sociais e a reprodução da pobreza andam lado a lado com o racismo. Sair do estado de negação, assumir a fratura social é a única forma de enfrentar o problema de frente. Trabalhar a inclusão em vez fazer raides a bairros segregados, investir na prevenção e na proximidade como chave de políticas de segurança que precisam mais da Constituição do que de rambos.

“Consegui ver a expressão de um dos polícias quando disse com uma convicção que eu não consigo reproduzir: ‘Se eu mandasse, vocês seriam todos exterminados.’ Nunca tinha visto um ódio, em estado bruto, daquela forma. Nunca tinha visto e já vi muita coisa. A expressão dele era um ódio completamente cego e aquilo assustou-me: como é que uma sociedade anda a produzir indivíduos deste tipo?”

*Deputada, escreve à quarta-feira

paginaglobal.blogspot.pt
13
Jul17

Ataque às Forças Armadas? Por causa de Tancos?

António Garrochinho
Foto de Manuel Duran Clemente.
Foto de Manuel Duran Clemente.
Foto de Manuel Duran Clemente.
Foto de Manuel Duran Clemente.
Foto de Manuel Duran Clemente.
Manuel Duran Clemente 
Ataque às Forças Armadas? Por causa de Tancos?
Mas quem inventou isto?Abater uma árvore podre não é abater a floresta.
O que se passou em Tancos,queiramos ou não ,é um erro de certos militares.Não vejo que estejam em causa todas as Forças Armadas.Este corporativismo bacoco só interessa a quem tenha culpas no cartório.
As espadas de meia dúzia de militares caducos e fanáticos nunca representaram todas as Forças Armadas e bem assim as demissões idiotas de dois generais raivosos de vingança.Esses sim afectaram mais a dignidade das Forças Armadas.
As Forças Armadas em si terão sempre o respeito e consideração do Povo que ajudaram a libertar em 25 de Abril.Mas e até por isso têm alguns hipócritas adversários.Mas não confundir erros de operacionalidade com desgaste das Nossas Forças Armadas se continuaram com o espírito de Abril.Lutar por isso é nossa obrigação. Defender erros já não é. Haja por isso averiguações honestas. MDC.

13
Jul17

AS CRIATIVAS FOTOS DE UM CASAL BRINCANDO COM A ARQUITECTURA

António Garrochinho
Daniel Roda e Anna Devis, um casal criativo de Valência, na Espanha, se dedica a viajar pelo mundo fotografando o lado mais extravagante da arquitetura, brincando com a perspectiva e a geometria, nos proporcionando imagens tão curiosas quanto estéticas. Daniel diz que não basta ter uma fotos que pareça bonita, ele acha que elas devem dizer algo implicitamente, sem necessidade de palavras, e ao julgar pelo sucesso que fazem na rede parece que os dois conseguem realmente passar essa mensagem.

As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 01
O casal, quando interage com a arquitetura, tenta sacar seu lado mais divertido. Convertem-se em personagens e partes geométricas de suas próprias fotografias, para que a cor e o estilo de sua roupa tenham um importante papel também. Tudo isso acrescenta um efeito mais fresco, dinâmico e divertido a suas fascinantes imagens.

- "Estes lugares são onde me encontro, ou onde tenho um radar oculto sempre alerta. Encontrar estes edifícios não é difícil, se você sabe o que estás buscando."

A seguir deixamos alguns de seus melhores trabalhos:
Copenhague, Dinamarca.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 01
Valência, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 02
Muralha Vermelha, Calpe, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 03
Valência, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 04
Copenhague, Dinamarca.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 05
Valência, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 06
Munique, Alemanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 07
Valência, Espanha.
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Riccione, Itália.
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Valência, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 10
Estrasburgo, França.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 11
Copenhague, Dinamarca.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 12
Muralha Vermelha, Calpe, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 13
Barcelona, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 14
Valência, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 15
Barcelona, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 16
Munique, Alemanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 17
Valência, Espanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 18
Lisboa, Portugal.
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Munique, Alemanha.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 20
Dublin, Irlanda.
As criativas fotos de um casal que viaja o mundo brincado com a arquitetura 21

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13
Jul17

PEGUEM NA MÁQUINA, SEJAM CRIATIVOS, PRATIQUEM EM CASA - Mãe veste a filha com flores e comida usando a perspectiva forçada e conquista a internet

António Garrochinho
A maioria de pais dizem a seus filhos que não se deve brincar com a comida, mas para a pintora Alya Chaglar e sua filha Stefani de 3 anos, isso é parte de sua diversão diária. Usando o poder da perspectiva forçada, Alya sustenta frutas, verduras e flores em um adeteminada distância e posição exatas para que pareça que Stefani está vestida com glamurosos vestidos. As fotos resultantes são artísticas, divertidas e adoráveis, tudo ao mesmo tempo.

Estas fotografias fizeram com que mãe e filha se transformassem em sensação de instragram, com mais de 35 mil seguidores. Dé uma olhada em algumas de suas melhores fotos que escolhemos aqui em baixo.
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Jul17

ALGARVE - Licenciamento de hotel junto ao areal da praia de Monte Gordo suspenso pelo tribunal

António Garrochinho


O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé ordenou a suspensão do processo de licenciamento para construção de uma unidade hoteleira junto à praia de Monte Gordo, na sequência de uma Providência Cautelar interposta em Fevereiro por habitantes do edifício Rosa dos Ventos, para a frente do qual está prevista a construção do hotel, numa zona onde hoje existem equipamentos desportivos.
Uma decisão que impede a Câmara de Vila Real de Santo António de avançar com um processo que, segundo avançou o jornal Público, envolve um negócio em que a autarquia encaixou 3,6 milhões, através da venda do terreno para instalação do hotel, situado no lado do mar na Avenida Infante D. Henrique.
Uma intenção que esbarrou não só na queixa dos proprietários do edifício vizinho, mas também em dúvidas quanto à titularidade do terreno, que foi reclamada pelo município em 2010, mas que tudo indica que pertença ao Estado, tendo em conta que se encontra em Domínio Público Hídrico.
O projeto também entra em conflito com o que está disposto no Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) do Sotavento embora, neste caso, já tenha emanado da Agência Portuguesa do Ambiente um parecer favorável à construção do hotel.
Por outro lado, tem havido várias iniciativas de partidos políticos, na oposição em VRSA, que questionam este projeto.
Dois dos proprietários de casas no edifício Rosa dos Ventos, que falaram com o Sul Informação, revelaram que a principal razão que os levou a apresentar a ação foi a perspetiva de ver ser erguido um edifício entre o prédio e o mar, algo que, quando adquiriram as casas estava fora de questão.
Mas também questionaram a legalidade do empreendimento, por se tratar de uma construção junto ao areal da praia de Monte Gordo. E se é verdade que a zona em questão está já impermeabilizada, por aí se encontrarem instalados dois courts de ténis municipais, um polidesportivo descoberto e um bar da associação de mariscadores, o impacto de uma unidade hoteleira é bem superior ao que hoje ali existe, defendem os proprietários queixosos.


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13
Jul17

Para que todos leiam…

António Garrochinho


“Advogado António Taborda in Quando Portugal Ardeu”
 
Para os que se esqueceram e para os que se fazem esquecidos.
Para os que ignoram e os que fingem não saber.
Para os anticomunistas e os democratas de pacotilha.
Para a esquerda-caviar dos Barrosos&Cia e seus descendentes.
E para gente honesta que tem por obrigação divulgar o crime.
Este livro é um trabalho impoluto, escrito por um jornalista competente e corajoso e onde a ética se impõe.
Insisto mais uma vez, e não vou ficar por aqui, não deixem de ler e divulgar este livro que deveria ser obrigatório nas aulas de história para que não fossem esquecidos os assassinos do nosso sonhado 25Abril.


Este artigo encontra-se em: as palavras são armas http://bit.ly/2ujc3ju
abrildenovomagazine.wordpress.com
13
Jul17

LOULÉ - Café Calcinha reabre portas

António Garrochinho


Depois de uma intervenção profunda ao nível da reabilitação do seu interior, o Café Calcinha, de Loulé, abre as portas ao público na próxima Sexta-feira, 14 de Julho, pelas 18h00, com uma imagem renovada mas mantendo a traça original que faz deste um dos cafés que integram a “Rota dos Cafés de Portugal com História”.
Para além da requalificação do edifício, o Café Calcinha irá funcionar agora com uma nova exploração e também um novo conceito, associando o funcionamento de um estabelecimento misto de restauração e bebidas a uma programação de âmbito social e cultural.
O Café Calcinha foi durante o último século, e até aos dias de hoje, um marco sócio-cultural da população local e de todos os visitantes, sendo o único espaço de tertúlia na história da cidade de Loulé, que lhe configurou o privilégio de ser o estabelecimento mais emblemático e referenciado na história local.
Foi ali que António Aleixo, o maior poeta popular português, escreveu muitas das suas quadras. A sua figura está perpetuada à porta do Calcinha, numa estátua em sua memória.
O Café Calcinha foi classificado como Imóvel de Interesse Municipal em 2012 e, em 2014, adquirido pela Câmara de Loulé.

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13
Jul17

BONS AMIGOS – Machado de Assis

António Garrochinho


BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direcção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!


Este artigo encontra-se em: voar fora da asa http://bit.ly/2t4SJGH
13
Jul17

NO REINO DA GATUNICE VIGARISTAS vs VIGARISTAS E CLARO QUE SOBRA SEMPRE PARA O MEXILHÃO - Penhorar arte de Berardo poderá ser impossível

António Garrochinho


José Berardo junto do pano de cena de Marc Chagall, exibido na exposição "O Olhar do Colecionador"
Os bancos querem executar obras de arte do empresário José Berardo. O difícil é provar que as obras são da associação dada como garantia

Três bancos - Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco (ex-BES) - deram ordem de execução da coleção Berardo através da Associação Coleção Berardo, na tentativa de recuperar um dívida de 500 milhões de euros relativos a empréstimos concedidos ao empresário madeirense José Berardo, nomeadamente para comprar uma participação de 7% do BCP em 2007. Colecionador de arte, é o seu apelido que se lê na fachada do Museu Coleção Berardo, no Centro Cultural de Belém, mas demonstrar que as obras de arte moderna e contemporânea foram dadas em penhor é outro assunto... jurídico.
"Se o tribunal não estabelecer uma relação de propriedade da associação Coleção Berardo com as obras de arte, será difícil aos bancos executar a dívida", explica um advogado especialista em execuções contactado pelo DN.
Joe Berardo, como é conhecido, deu como garantia colateral do cumprimento do empréstimo os títulos que tem da Associação Coleção Berardo, uma das entidades que está na origem da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea, ao lado do próprio empresário, da Fundação Centro Cultural de Belém e do Estado português. Mas, juridicamente, não é certo que o que se pode ver no Museu Coleção Berardo seja o património que pertence à Associação Coleção Berardo. "Para que os bancos cheguem à coleção é preciso estabelecer nexo entre a Associação e a coleção. As obras de arte não têm registo. É esta a fragilidade que os bancos têm: poderá haver dúvidas quanto à propriedade", explica o mesmo especialista. Os bancos, enquanto credores, é que têm de provar é parte do património da Associação a coleção que se expõe no CCB desde 2007, após acordo com o Estado. Nessa altura, a coleção foi avaliada em 316 milhões de euros pela leiloeira Christie"s.
O Governo diz nada saber sobre este processo. "O Governo renovou, em Novembro de 2016, o comodato da Coleção Berardo, dado o interesse de fruição pública da referida Coleção, não tendo conhecimento à data dessa renovação, tal como à data de hoje, da existência de qualquer penhora", respondeu ontem ao DN o ministério liderado por Luís Filipe Castro Mendes.
Contactado pelo DN, o empresário declinou fazer comentários. O seu advogado, André Luís Gomes, não respondeu. O DN/DV tentou também confirmar esta informação junto das três instituições financeiras mas a resposta foi igual: "não comentamos". Altos quadros dos três bancos revelaram ao Público que, apesar das instruções para executar as dívidas, estão a decorrer diligências para alcançar um entendimento que permita às partes envolvidas minimizar as perdas e evitar o processo em tribunal.
Este processo remonta à segunda metade da década passada quando Joe Berardo decidiu pedir dinheiro emprestado para financiar a compra de ações em bolsa. Com a crise de 2008, os títulos que serviam de garantia aos créditos concedidos registaram uma forte desvalorização e as dívidas de Berardo começaram a ficar a descoberto. Em 2009, o empresário chegou a acordo com os três bancos para reestruturar a sua dívida, mas três anos depois foi obrigado a dar garantias adicionais, nomeadamente títulos da Associação Coleção Berardo .
Refira-se que o pano de fundo desta notícia passa pela investigação à política de concessão de créditos da Caixa Geral de Depósitos nos últimos anos. No início deste ano, o Tribunal da Relação de Lisboa deu provimento a um pedido do Ministério Público e decidiu o levantamento do segredo de supervisão do Banco de Portugal em relação a um vasto conjunto de informação constante do requerimento da comissão parlamentar de inquérito à CGD, nomeadamente sobre a relação do banco com os grandes clientes.


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13
Jul17

É PÁ !!!!!!! - Centeno garante já ter metade do dinheiro que é preciso em 2018

António Garrochinho


Finanças pagam ao FMI com dinheiro emprestado pelo Santander Totta após o acordo dos swaps

O Estado português vai chegar ao final deste ano com 50% das necessidades brutas de financiamento cobertas por dinheiro que ficará de parte em forma de depósitos, garante a Agência da Dívida Pública (IGCP) numa nota enviada aos investidores.

De acordo com as contas da IGCP, que é diretamente tutelada pelo Ministério das Finanças, de Mário Centeno, em 2018 vai ser preciso arranjar nos mercados financeiros mais 12,2 mil milhões de euros para pagar várias coisas: o défice do Orçamento do Estado de 2018 (apesar de estar a diminuir, as receitas ainda não chegam para cobrir as despesas, é preciso tapar um desvio de 5 mil milhões de euros), injetar capital em empresas públicas, outras entidades e obrigações várias (cerca de 2,4 mil milhões) e amortizar dívida aos credores com Obrigações do Tesouro (estimadas em 7,2 mil milhões de euros).
    Os 4000 milhões que estão previstos pagar ao Fundo Monetário Internacional ainda não entram nestas contas porque os pagamentos antecipados ao FMI, um empréstimo mais caro do que todos os outros, dependem das "condições de mercado e da execução do plano de financiamento" da República.
    Ainda assim, a agência pública liderada por Cristina Casalinho considera que o próximo ano financeiro do Estado já se encontra confortavelmente almofadado. "O IGCP espera fechar este ano com uma posição de liquidez (excluindo colateral) [num fundo, os depósitos] próxima de 6,4 mil milhões de euros, em linha com o nível observado no final de 2015."

    Esse pé-de-meia é "suficiente para cobrir cerca de 50% das necessidades de financiamento de 2018, cuja projeção aponta para 12,2 mil milhões de euros excluindo pagamentos adicionais antecipados do empréstimo ao FMI".
    No relatório anual do IGCP, divulgado terça-feira, a gestora da dívida pública recorda que esta regra de acautelar metade das necessidades de fundos do ano seguinte está a ser rigorosamente cumprida (é assim desde que a troika começou a impor níveis de depósitos muito elevados) por razões de segurança, não vá acontecer algum imprevisto ou acidentes nos mercados de capitais, que são globais, que façam subir as taxas de juro para níveis incomportáveis, impossibilitando o financiamento do Estado português.
    "A estratégia de manutenção de uma maturidade média da dívida relativamente elevada e de saldos de Tesouraria [os tais depósitos] confortáveis tem permitido reduzir significativamente o risco de refinanciamento, indo de encontro aos objetivos definidos na Lei--quadro da dívida, no sentido de minimizar o risco de aceder ao mercado em períodos de maior volatilidade e, assim, conter os custos numa perspetiva intertemporal."
    "Em todo o caso, esta estratégia tem decorrido a par de uma trajetória sustentada de descida da taxa de juro implícita da dívida direta do Estado, que atingiu um novo mínimo histórico de 3,2% em 2016."
    No entanto, manter esta almofada de liquidez elevada, como acontece há já vários anos, tem também um custo. Ela conta para a dívida pública (que continua nuns elevadíssimos 130% do PIB) e alimenta a fatura dos juros, que supera os oito mil milhões de euros todos os anos.
    Ontem mesmo, o Tesouro foi de novo ao mercado financiar-se, emitindo mais mil milhões de euros em obrigações de longo e muito longo prazo, a 10 e 28 anos (ver infografia).
    Ter dinheiro fresco é fundamental tendo em conta a estratégia de pagamento rápido ao FMI, que é um credor muito mais caro. Depois dos mil milhões de euros ressarcidos a 30 de junho, o IGCP explica que vai precisar de ter mais 2,6 mil milhões para saldar junto do FMI "até final de agosto".
    Este plano de regularização junto do FMI no valor de 3,6 mil milhões de euros, diz a instituição, "será financiado por um novo empréstimo a 15 anos do Banco Santander, resultado do acordo extra-judicial sobre swaps, os contratos de cobertura de risco de taxas de juro, que envolvia este banco e empresas públicas de transporte.
    Além do crédito do Santander, o governo conta emitir "instrumentos adicionais de dívida de retalho", como certificados e outros produtos de poupança dirigidos às famílias para ajudar a pagar ao FMI.

    www.dn.pt
    13
    Jul17

    Pois é

    António Garrochinho


    A conclusão de Macron numa entrevista a jornais alemães antes do conselho de ministros franco alemão :
    "Uma parte da competitividade alemã deve-se às disfuncionalidades da zona euro, à fraqueza das outras economias", analisou o Presidente francês.

    Os países "que já estão endividados ficam ainda mais endividados" e "os que são competitivos ficam ainda mais competitivos", destacou.

    A Alemanha "fez reformas", mas "beneficia também das disfuncionalidades da zona euro", uma "situação (que) não é saudável porque não é duradoura". 
     Poi é :são as consequências do Santo Euro , de avanços federalistas sem Orçamento para os compensar e da dominação Alemã ...


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