Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

orouxinoldaresistencia

15
Jul17

Os 10 códigos e idiomas mais misteriosos

António Garrochinho




Existem muitos exemplos misteriosos e não resolvidos de sistemas de escrita, códigos, cifras, linguagens e mapas, que ainda precisam ser decifrados e quebrados. Essa lista vai focar em dez que não parecem ser forjados e são menos conhecidos do que alguns exemplos mais famosos, como o Mapa Vineland e o Manuscrito Voynitch.
Mapas, linguagens, códigos e cifras são quebrados e decodificados sempre, às vezes após anos de dura pesquisa e cálculos. Uma pesquisa recente é com o uso de computadores para decifrar linguagens antes desconhecidas e ininteligíveis. Um sucesso recente foi a decodificação da Cifra Copiale, um manuscrito de 105 páginas escritas à mão, que parece ser do fim do século 18. De acordo com um recente artigo do New York Times, a decodificação das primeiras 16 páginas mostra que a Cifra Copiale parece ser uma “detalhada descrição ritualística de uma sociedade secreta, que aparentemente tinha uma fascinação por cirurgias oculares e oftalmologia”. O texto, agora decifrado, fala sobre fazer símbolos místicos, retirar pelos da sobrancelha de candidatos, e fazê-los jurar lealdade e segredo. Veja aqui mais dez misteriosos códigos, mapas e linguagens:
10 – Cifras da Biblioteca Inglesa
Na Biblioteca Inglesa, há pelos menos três livros/manuscritos que foram escritos inteiramente em códigos. O primeiro tem o título de “A Astúcia das Bruxas”, com autoria de Bem Ezra Aseph, de 1657. O segundo tem o mais interessante (e longo) título: “A Ordem do Altar, Mistérios Antigos onde apenas Mulheres Bruxas eram Admitidas: Sendo a Primeira Parte dos Segredos Preservados na Associação das Moças Unidas e Agregados”, de 1835. O terceiro tem o título com o som mais misterioso: “Mistérios de Vesta”, possivelmente de 1850. Vocês, decifradores com acesso à Biblioteca Inglesa: mãos à obra!
9 – Linguagem desconhecida do Peru
A recente descoberta de uma carta com 400 anos, escrita por um desconhecido autor espanhol, revelou uma linguagem peruana nunca vista antes. A carta foi encontrada nas ruínas de uma antiga igreja colonial espanhola em El Brujo, no norte do Peru, em 2008. Mas somente agora linguistas entenderam que a escrita na carta guarda as chaves para uma língua completamente nova. No outro lado da carta, estão notas que parecem traduzir a linguagem estranha para o espanhol e numeral árabe.


Mesmo que a nova língua tenha relações com o idioma Quechua, ainda falado pelos indígenas do Peru, é evidente que ela é completamente nova e desconhecida. É possível que seja uma das duas mencionadas em textos contemporâneos – “Quingnam” ou “Pescadora”, que quer dizer “linguagem dos pescadores”. O idioma é provavelmente baseado na cultura unca, já que os numerais indicam que eles usavam um sistema base de dez números (os maias usavam um com vinte). É também possível que as duas sejam apenas uma língua, e as dicas na carta talvez ajudem os linguistas e estudiosos a traduzir a desconhecida linguagem.
8 – O Código Cartográfico de Ptolomeu

Esse não é exatamente um código ou cifra, mas um segredo similar que precisa ser decodificado para responder a um mistério histórico: o da localização das cidades germânicas (em comparação com as cidades e geografia germânicas modernas), que devem ter sido encontradas pelos romanos. Os romanos encontraram vários alemães, e relataram isso com frequência, mas onde eram as cidades onde ekes encontram os germânicos, enquanto estavam na Alemanha? Isso permaneceu um mistério já que ninguém conseguia relacionar as 96 cidades listadas em um mapa histórico da Alemanha com um moderno.
O famoso grego do século 2, Claudius Ptolomeu, incluiu um mapa da “Germânia Magna” em sua Geografia. No ano 150 antes de Cristo, Ptolomeu decidiu inventar o primeiro Google Earth, e criou 26 mapas coloridos em peles de animais, dizendo ser o mapa de todo o então conhecido mundo. Como nunca havia visitado a Alemanha, ele deve ter usado outros documentos para desenhar seu mapa. Então lá está o mapa, mas ninguém conseguia relacionar os encontros com os romanos e as 96 cidades que Ptolomeu marcou em seu trabalho com as cidades germânicas de hoje. Foi assim, até agora.
Após trabalhar por seis anos, uma equipe de Berlim formada por pesquisadores e cartógrafos acadêmicos agora dizem ter finalmente descoberto como transformar as coordenadas das cidades germânicas de Ptolomeu para as coordenadas atuais. O que tornou isso possível foi a dramática descoberta de uma cópia antiga da Geografia de Ptolomeu, na biblioteca do Palácio Toptaki, em Istambul, Turquia. A descoberta apresenta um grande número de cidades, como, por exemplo, a do leste germânico hoje chamada Jena, que Ptolomeu chamou de “Bicurgium”. A cidade moderna de Essen era chamada de “Navalia” e a de Fürstenwalde, também no leste, parece ter existido há mais de 2000 anos, e era conhecida como “Susudata”, palavra derivada do termo alemão para “sustain”, ou “sow’s wallow”. Esse é o único exemplo nessa lista que parece ter sido completamente resolvido.
7 – Os códigos de Feynman
Nos primórdios da internet, lá em 1987, alguém que alegava ser um estudante graduado do brilhante físico Dr. Richard Feynman postou uma mensagem em uma lista virtual de decodificadores, dizendo que o professor Feynman recebeu de um amigo – um cientista de Los Alamos – três exemplos de um código desafio para que ele resolvesse. A pessoa responsável pela postagem afirmou que Feynman mostrou os códigos para ele, e também disse que o professor não conseguiu resolvê-los. Assim, o estudante os colocou na internet, na esperança que outros os resolvessem. Logo após a postagem, um dos três foi decodificado por John Morrison. O desafio acabou por ser uma versão codificada da abertura dos contos de Chaucer Canterburry, em inglês medieval. Os outros dois ainda permanecem sem solução. Você pode ver os códigos aqui.
6 – A Transcrição de Anthon
O que são os misteriosos “Caractors” na Transcrição de Anthon? A resposta para essa pergunta talvez esclareça se um ponto central da religião Mórmon foi comprovado ou não. A Transcrição é de fato um pequeno pedaço de papel escrito à mão e creditado a Joseph Smith Jr., o fundador da religião Mórmon. É dito que no papel há várias linhas dos caracteres que Smith viu nas Placas Douradas (o registro antigo de onde Smith diz ter traduzido o Livro de Mórmon) – especificamente a escrita reformada egípcia, que estava nas placas descobertas por Smith, e reveladas para ele em 1823.
O papel recebeu seu nome pelo fato de, em 1828, ter sido entregue para Charles Anthon, conhecido na época por ser um expert em escrita clássica na Universidade de Columbia, para que autenticasse e traduzisse os caracteres. Alguns dos seguidores da religão Mórmon afirmam que Anthon certificou independentemente a autenticidade dos caracteres em uma carta para Martin Harris. Harris foi uma das Três Testemunhas que garantiram ter visto as placas douradas, de onde Joseph Smith diz ter traduzido o Livro de Mórmon. De acordo com Harris, Anthon disse que a escrita era egípcia, chaldaiac, assíria e arábe, e que eram “símbolos verdadeiros”. Apenas depois de Anthon descobrir que o papel era de Smith e da religião Mórmon, é que ele voltou atrás na sua certificação. Ele negou essa história e disse que sempre soube que o documento era uma farsa.
Mas então o que são os “Caractors”?
De acordo com Anthon, “as marcas no papel parecem ser meramente uma imitação de vários caracteres alfabéticos, e possuíam, na minha opinião, nenhum significado que os conectasse”. É possível que os “Caractors” sejam apenas rabiscos aleatórios; mas esse não parece ser o caso. Muito provavelmente, os “Caractors” na Transcrição de Anthon foram emprestados de diferentes fontes, talvez uma versão abreviada da Bíblia, com símbolos aleatórios para dar a aparência de uma língua verdadeira. Mas também é possível que os “Caractors” sejam exatamente o que Jospeh Smith diz ser. Até que eles sejam traduzidos e decifrados, nós não podemos saber.
5 – Os códigos do HMAS Sydney
Um dos mais fascinantes códigos não resolvidos é, além de um mistério, um caso político da Segunda Guerra Mundial. O que se sabe é que o HMAS Sydney era um navio de batalha australiano, que, em 19 de novembro de 1941, envolveu-se em uma batalha com o navio auxiliar alemão Kormoran. O Sydney era maior, mais poderoso e com mais armamento, se comparado ao Kormoran. Ainda assim, durante a batalha, o Sydney naufragou com todos dentro – 654 no total -, enquanto o menor sofreu apenas algumas casualidades. O fato do Sydney ter sido derrotado por um navio menor alemão é comumente atribuído à proximidade dos dois durante o conflito, e o efeito rápido e surpreendente do Kormoran. Entretanto, alguns pensam que o navio alemão usou artifícios ilegais, ou mesmo que um subamarino japonês estava envolvido. A verdade sobre o que aconteceu na batalha agora aparece como parte de uma elaborada farsa.
E é aqui onde os Códigos do Sydney entram. O capitão do Kormoran, Detmers, foi capturado e enviado para um campo de prisioneiros australiano após o barco afundar. Anos depois, em 1945, Detmers tentou escapar do campo, mas foi recapturado. Quando foi encontrado, ele estava com um diário que parecia cifrado em Vigenère (um tipo de código). Detmer colocou pequenos pontos embaixo de certas letras no diário. O documento foi enviado para especialistas australianos, e suas análises indicaram que ele estava cifrado em Vigenère, tipo já decodificado. De acordo com as análises, ele estava tentando esconder uma descrição do encontro entre o Sydney e o Kormoran. Mas por que Detmers usaria um código que todos sabiam já ter sido quebrado e fácil de decifrar?
O mistério aumenta após outros documentos australianos afirmarem que o diário não estava escrito com a cifra Vigenère, mas com um código alemão da II Guerrra Mundial.
Outra decifração do diário de Detmer diz que o código usado foi o britânico Playfair, que também já havia sido quebrado, em 1941. Por que, novamente, Detmer usaria um código inglês que ele provavelmente nem conhecia (ou mesmo que conhecesse, ele saberia que já havia sido decifrado antes da guerra)?
Qual será então a resposta? Detmers usou o código facilmente decifrável Vigenère? Ele usou um código alemão desconhecido? Ou o Playfair inglês?
Uma possível resposta é que o diário não foi codificado por Detmers, mas por autoridades britânicas ou australianas querendo dar a aparência de que estava em código. E ao usar qualquer um dos três códigos mencionados, todos já desvendados, qualquer um que encontrasse o documento poderia facilmente decifrá-lo. Ainda, a decodificação do diário produziria uma narrativa feita para reforçar as descrições inglesas e australianas dos eventos, que fizeram com que uma embarcação de guerra mais poderosa fosse destruída, com total perda de vidas, por outra menos poderosa.
Então o mistério real dos Códigos Sydney talvez seja: será que podemos saber quem os criou, e com quais propósitos?
4 – As Cifras de Bellaso


Em 1553, um criptógrafo italiano, Giovan Battista Bellaso, publicou um manual criptográfico chamado “La Cifra del Sig. Giovan Battista Bellaso”. Ele depois publicou outras duas edições, em 1555 e 1564. Foi nesses dois outros volumes que Bellaso incluiu códigos desafiantes para os leitores tentarem decifrá-los. Ele escreveu sobre suas cifras: “elas contém coisas maravilhosas que são interessantes de saber”. Bellaso prometeu revelar o conteúdo das cifras caso ninguém as resolvesse em um ano, promessa que acabou não cumprindo. Assim, as sete cifras continuaram inquebráveis até que um recluso inglês, chamado Tony Gaffney, conseguiu resolver uma, em 2009. O que ele descobriu é que o código revela uma inesperada conexão com a medicina astrológica da Renascença. O seu sucesso é ainda maior sabendo que ele não consegue ler em italiano.
Geffney decifrou depois a cifra número 7 de Bellaso. Isso foi ainda mais marcante já que a 7 era de um tipo completamente diferente usado pelo autor. Provavelmente, as outras cinco cifras de Belasso continuam intactas.
3 – Le Livre des Sauvages


Emmanuel-Henri-Dieudonné Domenech foi um abade francês, missionário e autor que respondeu ao chamado para desenvolver a Igreja Católica no Texas, em 1846, pegando um navio para a América. Ele ficou primeiro em St. Louis, completando seus estudos teológicos, e foi então para Castroville, Texas. Depois voltou para a França, onde se encontrou com o Papa, e retornou ao Texas, em Brownsville, na época da guerra entre o México e os Estados Unidos. Depois, voltou para a França, depois para o México, depois novamente para a Europa (e retornando ainda mais uma vez para a América, na década de 80 do século 19). Acabou passando seus últimos anos de vida como um autor eclesiástico viajante.
Talvez tenham sido as numerosas travessias do Atlântico, ou tempo demais no Texas, que fizeram com que Domenech produzisse um estranho e misterioso documento, que foi redescoberto na Bibliotheque de l’Arsenal, em Paris. O livro, conhecido como “Le Livre des Sauvages” era, de acordo com o autor, não o seu trabalho, mas de americanos nativos – um tipo curioso de documento. Isso foi rapidamente comprovado como falso por críticos germânicos, que notaram o uso contínuo de palavras e símbolos do alemão. Mas o livro tinha mais: estranhos desenhos. Os críticos pensaram que os diferentes rabiscos e imagens, desconhecidos símbolos, e misteriosos desenhos no texto fossem apenas rascunhos aleatórios de uma criança. Mas as repetidas figuras desenhadas parecem o trabalho de um adulto, especificamente de um com muitos problemas sexuais. Os desenhos e figuras são, no mínimo, bizarros. Você pode ver alguns exemplos aqui.
Há centenas de páginas disso no “Le Livre des Sauvages”. Entretanto, as figuras também incluem pequenos pedaços de material cifrado, que podem ou não ser parte de um código maior. Mas quem gostaria de decifrar o que está sendo dito com tantos desenhos sexuais?
2 – As anotações de Ricky McCormick



No dia 30 de junho de 1999, o corpo de Ricky McCormick, 41 anos, foi encontrado em um campo em St. Charles County, Missouri, EUA. Sem diploma e desempregado, McCormick era conhecido por ter problemas de coração e pulmão, vivendo hora sim hora não com sua mãe, e recebendo pensão por incapacidade física. Ele já havia sido preso uma vez por múltiplas ofensas. Seu corpo foi encontrado a vários quilômetros de onde ele vivia, sem sinal de agressão, e a causa da morte nunca foi definida.
Dentro de seus bolsos foram encontradas duas notas escritas à mão, que pareciam estar em código. Seriam pistas para a sua morte? Os especialistas em cifras do FBI e a Associação Americana de Criptologia tentaram, e falharam, em decifrar os significados das notas. Os códigos e a morte de Ricky estão listados como um dos maiores casos não resolvidos nessa divisão do FBI.
Doze anos depois, o FBI mudou sua visão e agora acredita que McCormick talvez tenha sido assassinado. Eles também acreditam que o que estava escrito nas anotações talvez explique a sua morte, e leve até o assassino, ou assassinos. Em 29 de março desse ano, o FBI pediu aos decifradores do mundo pque ajudassem a determinar o significado das mensagens. Alguns dias após a divulgação das mensagens na internet, o site da organização americana foi inundado com recados do público oferecendo ideias, sugestões e assistência. De acordo com membros da família de McCormick, ele costumava usar mensagens codificadas desde que era criança, mas aparentemente ninguém em sua família alguma vez soube como decifrá-las. Agora é a vez do público tentar ajudar o FBI a decodificar as anotações.
1 – Linguagem dos Gêmeos
Esse é um exemplo fascinante de uma linguagem desconhecida, que engana aqueles que tentam a entender e decifrar, e que é tão única que somente duas pessoas conseguem falar.
Criptofasia é um fenômeno peculiar, de uma linguagem desenvolvida por gêmeos (idênticos ou fraternos) e que só os dois são capazes de entender. A palavra tem sua raiz na palavra cripto – que significa segredo -, e fasia – que significa distúrbio na fala. A maioria dos linguistas associa a criptofasia com idioglossia, o que é o mesmo, mas o primeiro também inclui ações idênticas, como caminhar similar. Pouco é conhecido sobre a criptofasia.
Antes tido como um fenômeno raro, hoje se sabe que a criptofasia é muito mais comum – possivelmente ocorrendo em até 40% dos gêmeos. Essas linguagens autônomas são ininteligíveis para outros, e só podem ser compreendidas pelo irmão. Apesar de a criptofasia ser comum, a linguagem única criada logo desaparece com o envelhecimento.
Parece que os gêmeos adotam, ou utilizam uma linguagem adulta, mas apenas parcialmente. Isso geralmente acontece quando um adulto não está em constante contato com a criança. Tipicamente, dois ou mais irmãos (geralmente gêmeos, mas não sempre) crescem juntos durante a fase de aquisição da linguagem, e moldam ou obtém a linguagem adulta de maneira imperfeita. Se o modelo adulto não está sempre presente, então as crianças usam uma a outra como modelos. Não parece que as crianças estão inventando sua própria língua, mas sim criando algumas palavras. Parece que eles modelam incorretamente a exposição fragmentada à linguagem adulta, utilizando a limitada e contraída possibilidade fonológica de crianças jovens. Com essas palavras sendo dificilmente reconhecíveis, a fala talvez se torne completamente incompreensível para os modelos de linguagem.
Os melhores exemplos conhecidos desse fenômeno ocorreram com Poto e Cabengo – gêmeas idênticas (nomes verdadeiros: Grace e Virginia Kennedy, respectivamente) -, que usaram uma língua desconhecida para outras pessoas até aproximadamente os oito anos. Poto e Cabengo é também o nome de um documentário sobre as garotas, realizado por Jean-Pierre Gorin e lançado em 1979. Elas tinham aparentemente uma inteligência normal e desenvolveram sua própria comunicação porque tinham pouco contato com a língua falada durante seu crescimento.[Listverse]

hypescience.com


15
Jul17

BALÚRDIOS PARA OS SUBMARINOS DA MERDA - Atraso nas Finanças impede obras e reparação de submarinos no Arsenal do Alfeite

António Garrochinho
A empresa de construção naval tem o montante disponível desde janeiro.

O Ministério das Finanças ainda não deu luz verde para o Arsenal do Alfeite utilizar os seis milhões de euros que têm nos seus cofres para fazer obras durante um ano e dar início à reparação de submarinos,escreve o Diário de Notícias deste sábado.
 .
De acordo com várias fontes da Defesa contactadas pelo DN, “o caso tem de ser resolvido nos próximos dias”, uma vez que os prazos para poder cumprir o contrato de reparação do segundo submarino da Marinha já foram alongados e os seis meses de atraso estão a causar tensão no Alfeite.

Um porta-voz da empresa de construção e reparação naval adianta ainda que a falta de autorização por parte do gabinete de Mário Centeno está a pôr em causa um projeto qualificado pelo Arsenal do Alfeite como “essencial para a sua recuperação e internacionalização”.

Isto porque, conforme explicita o matutino deste sábado, há vários procedimentos que têm de ser cumpridos: publicação do concurso internacional com um prazo de 60 dias no Jornal Oficial das Comunidades e obras, cujo intervalo de tempo a definir varia entre os nove e os 12 meses.


A firma, pertencente à Base Naval de Lisboa, constrói e realiza a manutenção e reparação naval da Marinha de Guerra Portuguesa, de outras Marinhas da Nato e comerciais, tem o montante disponível desde janeiro.


 www.jornaleconomico.sapo.pt
15
Jul17

OS FLAMINGOS

António Garrochinho


Você sabia que existe o “Pink Flamingo Day”, o dia do flamingo, comemorado anualmente em 23 de junho?




Existem seis espécies de flamingos, e a maioria vive na Ásia, África e América do Sul. Sua cor rosa vem de carotenóides (pigmentos naturais) presentes nos alimentos que essas aves comem (camarão, algas e plâncton). 

Se não estão obtendo a dieta certa, sua bela tonalidade desaparece. Demora até três anos para que flamingos bebês transformem suas penas cinzas em um casaco colorido.


Confira toda a magnificência destes pássaros incríveis: [BoredPanda]

















revoada.net

15
Jul17

Artista percorre 25 mil quilômetros pela Sibéria para fotografar seus povos indígenas, e o resultado é incrível

António Garrochinho


O fotógrafo Alexander Khimushin está na estrada há nove anos. Desde então, já visitou 84 países. Ao viajar pelo mundo, o artista se deu conta de que as pessoas são a melhor parte dele.
Então, três anos atrás, ele decidiu fazer o projeto fotográfico “The World In Faces”, a fim de celebrar a beleza e diversidade através dos retratos de pessoas comuns, especialmente de lugares remotos, onde culturas e tradições ainda estão vivas.
Nos últimos seis meses, Khimushin fotografou os povos indígenas da Sibéria. Uma região enorme, quase o dobro da Austrália e 30% maior do que os Estados Unidos, o Canadá ou toda a Europa, a Sibéria é uma das últimas fronteiras do desconhecido. Sem dúvida, todos já ouviram falar que lá é muito frio e pouco povoado, mas o que realmente sabemos sobre os indivíduos que chamam essa região de casa?
Durante a sua jornada, o fotógrafo cobriu 25 mil km para visitar muitos locais em toda a Sibéria: das margens do lago Baikal até a costa do mar do Japão, desde as estepes intermináveis da Mongólia até o lugar mais frio da Terra – Yakutia.
Enquanto alguns grupos étnicos são dominantes em suas regiões, muitos estão à beira do desaparecimento, com uma população total tão baixa quanto apenas uma centena de pessoas. É por isso que o trabalho de Khimushin se torna ainda mais fascinante.



Dolgan
Ulchi



Evenki


Ulchi


Evenki


Uilta


Soyot


Evenki


Nivkhi

AINU


BURYAT
TAZA


Ainu


Negidal







revoada.net




15
Jul17

OS 10 PAÍSES MAIS PEQUENOS DO MUNDO

António Garrochinho

Existem mais de 200 países no mundo, e provavelmente você já ouviu falar deles pelo menos uma vez. Mas há estados e territórios no nosso planeta que muita gente nem sabe que existem. Eles ocupam uma área super pequena, e alguns deles são habitados por apenas um par de famílias.
Encontramos uma lista dos dez melhores países com uma população menor do que a de uma cidade de tamanho médio ou mesmo uma pequena aldeia.

Palau

Área: 459 Km²
População: 21.347
menores países do mundo
A República de Palau é um país ilha, que consiste em mais de 300 ilhas de diferentes tamanhos. Palau é um dos lugares mais incríveis da Terra: suas florestas tropicais estão cheias de plantas e pássaros diferentes, e suas águas territoriais são habitadas por 130 espécies ameaçadas de tubarão. Mas a visão mais notável do país é o lago, com mais de 2 milhões de águas-vivas nele. Mas não se preocupe: ao longo do tempo, perderam completamente a habilidade de queimar.

Niue

Área: 261,46 Km²
População: 1.190
Niue é um pequeno estado ilha na Oceania. Apesar das vistas verdadeiramente surpreendentes, o turismo não é popular. Portanto, o país depende muito da ajuda externa, especialmente da Nova Zelândia. A capital é apenas uma pequena aldeia com uma população de menos de 600 pessoas. Mas a ilha tem seu próprio aeroporto e um supermercado – o único em todo o estado.

São Cristóvão e Nevis

Área: 261 Km²
População: 52.329
O estado consiste em duas ilhas: São Cristóvão e Nevis. Uma das principais fontes de renda é o programa de cidadania econômica que permite a qualquer pessoa, que tenha pelo menos US$ 250 mil, de investir na indústria açucareira local e assim obter o status de cidadão de São Cristóvão. Outra maneira de obter cidadania é comprar uma propriedade no valor de US$ 400.000 em qualquer uma das duas ilhas.

Principado do Rio Hutt

Área: 75 Km²
População: 30
O Principado do Rio Hutt é uma micronação localizada na província do mesmo nome, na Austrália. Foi fundado por Leonard Casley, que declarou sua fazenda como um estado novo e independente. Embora o país não seja reconhecido por nenhum estado, ele ainda possui sua própria moeda, selos e passaportes. Em diferentes partes do principado, os turistas podem ver os bustos de Sua Alteza Real, o Príncipe Leonard I de Hutt.

Tuvalu

Área: 26 Km²
População: 10.959
Tuvalu é um dos menores e mais pobres países do mundo. A situação econômica do pequeno estado poderia ser ainda mais desastrosa se Tuvalu não tivesse recebido o domínio da Internet .tv, que traz milhões de dólares para o orçamento do país, anualmente.


Nauru

Área: 21 Km²
População: 9.591
Nauru é a menor república independente e o menor estado da ilha, em nosso planeta. Nauru não tem uma capital oficial, nem um sistema de transporte público e 40 km de suas estradas são usadas pelos moradores, que dirigem seus veículos particulares. Problemas ambientais tornam a república muito impopular para os turistas. Outro ‘recorde’ de Nauru é o número de pessoas obesas: a taxa de obesidade no país é superior a 70%.

Principado de Seborga

Área: 4,91 Km²
População: 312
Esta micronação no território da Itália é governada por Marcello I. O Principado de Seborga é na verdade uma aldeia do mesmo nome perto da fronteira francesa. O estado não reconhecido possui um exército composto por 3 pessoas: o Ministro da Defesa e dois guardas de fronteira.

A República de Molossia

Área: 0,055 Km²
População: 7
A autoproclamada República de Molossia é uma micronação fundada por Kevin Baugh, localizado em Nevada, nos Estados Unidos. Sua população é composta pelo próprio Sr. Baugh, sua família, 3 cães, 1 gato e 1 coelho. Molossia tem seu próprio hino nacional, emblema nacional e bandeira nacional. Eles até têm a pena de morte por crimes particularmente graves. Ele emite seus próprios passaportes e até tem um programa espacial. Em maio de 2017, a República chegou aos 40 anos.

Ordem Militar Soberana de Malta

Área: 0,012 Km²
População: 113.500
Além da Cidade do Vaticano, há outro pequeno estado no território de Roma, que é chamado de Ordem Militar Soberana de Malta. Sua área é de 0,012 km2, e ocupa três edifícios, dois dos quais estão localizados em Roma e o terceiro na ilha de Malta. O país tem sua própria moeda, selos, site, números de automóveis e passaportes. Os seus cidadãos têm direito à entrada sem visto para vários países ao redor do mundo. A Ordem Militar Soberana de Malta é o único país do mundo onde o latim é a língua oficial.

O Principado de Sealand

Área: 0,004 Km²
População: 27
O estado não reconhecido de Sealand é uma plataforma marítima localizada a 9 km de distância da costa da Grã-Bretanha. Sealand é governado por um autoproclamado Príncipe Regente, e qualquer um pode se tornar um conde, um barão ou mesmo um duque: pode-se comprar um título nobre por algumas centenas de libras esterlinas no site do estado.

otimundo.com
15
Jul17

BRASIL É O PAÍS MAIS PERIGOSO DO MUNDO PARA OS AMBIENTALISTAS

António Garrochinho

A profissão de ambientalista, que deveria ser celebrada e protegida da mesma forma que tais profissionais lutam pela preservação do meio-ambiente, tornou-se uma profissão de risco, e em especial no Brasil: nunca antes, tantas pessoas foram assassinadas no mundo pela defesa da natureza. E o Brasil segue, há cinco anos, no topo da lista, como o pais mais perigoso do mundo para se ser um ambientalista.

49 mortes foram oficialmente reconhecidas no Brasil no ano passado, por conta da luta pelo meio-ambiente. Os números são da Global Witness, organização inglesa que reúne esses dados desde 2002. No mundo todo, as mortes chegaram a 200 em 2016.

Segundo Bill Kyte, da organização, esses número ainda representam somente parte dessa terrível realidade. “Isso é só a ponta do iceberg. Acreditamos que o número de mortes seja maior, mas nem sempre elas chegam ao conhecimento público, ou suas reais causas são relatadas”, comenta Kyte.


O ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1988

Os estados brasileiros onde ocorreu o maior número de assassinatos de ambientalistas foram Rondônia, Maranhão e Pará – não por acaso, todos parte da Amazônia legal. Para a Comissão Pastoral da Terra, o que está por trás de tais números é o avanço da fronteira agrícola e a expansão do agronegócio. “Essas pessoas são muito muito mais que defensores ambientais. Estão lutando por direitos, por território, por terra, por água. Vai muito além da questão ambiental”, afirma a CPT.

Quem luta pela salvação do planeta é assassinado, com a conivência – para dizer o mínimo – de autoridades em todos os setores. Enquanto isso, a ganância e o poder seguem como justificativas aceitáveis para o pior do ser humano – e para a destruição de um planeta de todos, em nome dos poucos que lucram com isso.

© fotos: divulgação/Getty Images

www.hypeness.com.br

15
Jul17

VOCÊ NÃO SABIA QUE EXISTEM OLHOS ASSIM

António Garrochinho

10 olhos humanos bonitos porém assustadores 

Sabemos que nossos olhos, são uma das partes mais importantes de nosso corpo. Eles nos dão a nossa visão, são ligados ao cérebro, e fazem parte de nossa personalidade. Os olhos podem influenciar muito na atração de uma pessoa. Assim como o rosto é o espelho da alma, os olhos são as janelas. Existem inúmeros tipos de olhos em todo o mundo, mas há pessoas que têm olhos muito especiais. E estes olhos podem ser muito diferentes e bonitos, devido a doenças ou mutações genéticas.

Sabendo disso, vamos lhes mostrar agora 10 tipos de olhos humanos bem incomuns.

Retina Bicolor

Esta é uma anomalia em que as pessoas têm a íris de duas cores diferentes. Também podem ter um olho de uma cor e o outro olho com uma cor completamente diferente.


Pupila Dupla

Esta é uma outra anomalia apresentada em alguns olhos humanos, onde encontramos duas pupilas em vez de uma.

Íris Dupla

Parecendo com uma ampulheta. Esta é uma anomalia genética em que a pessoa tem uma dupla íris em vez de apenas uma como o resto de nós.

A Íris Partida

Calma, esta iris não pertence a um ser de outro planeta, são os olhos humanos! Incrível, não?

Íris Deformada

Acredite ou não, essa anomalia existe em algumas pessoas. Não é muito comum, mas acontece às vezes por causa de um nascimento congênito.

Olho Duplo

Convenhamos que esse tipo de olho da pra meter medo em qualquer um. Visto de perto dá a sensação de ser uma foto adulterada, mas podemos assegurar-lhe que é real e que poucas pessoas no mundo sofrem com este tipo de anomalia.

Hamartomas

Neste caso, falamos de pequenos tumores benignos formados em células. Eles ocorrem não só aos olhos, mas também são comuns em outras partes do corpo. Eles não são perigosos porque criam apenas uma pequena diminuição na visão periférica
Iris Quebrada
Infelizmente o portador deste tipo de olho não pode enxergar.

Heterocromia

Este tipo de olhos é um estranho caso de heterocromia, que acontece por uma formação anormal da íris durante a gravidez. Geralmente não estão associados a qualquer doença ocular, embora possa parecer que algo está errado com esses olhos, eles são apenas diferentes e bonitos.

 

Este tipo de anomalia nos olhos é devido a falta de oferta de sangue durante a gravidez, e não são geralmente acompanhadas por qualquer sintoma maléfico. Estes olhos também são verdadeiramente preciosos, parecem de outro mundo.
15
Jul17

O PEIXE VOADOR

António Garrochinho


O peixe-voador, mais conhecido no Brasil como cascudo-voador ou coió, tem aletas que lhe possibilitam dar grandes saltos e planar em alturas de até 6 metros por distâncias que superam os 100 metros (ou mais se o vento estiver a seu favor). O resultado do estudo de um exemplar analisado em um túnel de vento demonstrou que suas barbatanas conseguiam uma melhor elevação e uma menor resistência que as asas de muitos insetos. Seu rendimento nos testes de aerodinâmica foi tão bom quanto o de muitas aves, mas ele não voa, senão que plana com a ajuda do adejo de suas barbatanas.

Em um extrato do programa "The Hunt" Sir David Attenborough fala da vida de incessante perseguição a toda velocidade de um peixe-voador. O pobre peixe evoluiu suas barbatanas para conseguir escapar do veloz dourado cabeçudo (Coryphaena hippurus), seu principal predador nas águas, graças a suas habilidades voadoras, mas então enfrenta outro grande problema: as fragatas e andorinhões. Tal como Attenborough diz no vídeo - "Estão presos entre o diabo e o profundo mar azul".
VÍDEO
www.mdig.com.br
15
Jul17

Sino-americanos se rotulavam para não serem confundidos com os nipo-americanos, em 1941

António Garrochinho
Logo após o ataque da Marinha Imperial Japonesa à Frota do Pacífico da Marinha dos Estados Unidos, em Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941, e a posterior declaração de guerra dos EUA contra o Japão, todos os japoneses residentes nos EUA -inclusive niseis e sanseis- passaram a ser odiados. Por outro lado, a Segunda Guerra Mundial trouxe mudanças importantes para a comunidade chinesa no país, que durante décadas foi vilipendiada na América, especialmente na Califórnia, o centro dos sentimentos anti-chineses dos EUA.

Sino-americanos se rotulavam para não serem confundidos com os nipo-americanos, em 1941
Helen Chan colocando um button de lapela em Sun Lum identificando-o como "chinês", para evitar ser confundido com japoneses.
Os chineses, inicialmente, foram para a Califórnia durante a Corrida do Ouro e, mais tarde, acabaram servindo de mão de obra barata para a construção da Estrada de Ferro Transcontinental, mas o sentimento público rapidamente se voltou contra eles. A competição por empregos e a depressão na década de 1870 levou a uma grande ação racista contra o povo chinês. Eventualmente, a imigração chinesa terminou com a Lei de Exclusão do Chinês, de 1882. Mas os chineses na América se viram uma minoria odiada e segregada em chinatowns. O ataque a Pearl Harbor mudou tudo isso.

Após Pearl Harbor as percepções da China e dos sino-americanos, de repente se transformaram. A China deixou de ser conhecida como "homem doente da Ásia" e passou a ser um aliado vital na guerra contra os japoneses. Em 1943, um congressista disse que, se não fosse pelo 7 de dezembro, os Estados Unidos nunca saberiam quão bons os sino-americanos eram.

Motivados pelo medo e pela indignação, os sino-americanos também tentaram distinguir-se o máximo possível dos japoneses e provar sua lealdade total ao esforço da guerra americana. Poucos dias depois de Pearl Harbor, o consulado chinês em San Francisco começou a emitir cartões de identificação, e os chineses começaram a usar buttons e crachás com frases como "eu sou chinês" neles. Com a esperança de provar sua lealdade aos Estados Unidos, além de qualquer dúvida, os periódicos chineses também adotaram a retórica inflamatória anti-japonesa e os epítetos raciais usados pela imprensa convencional.
Sino-americanos se rotulavam para não serem confundidos com os nipo-americanos, em 1941
Ruth Lee, uma recepcionista de um restaurante chinês, toma sol ao lado de uma bandeira chinesa, para que não seja confundida com uma japonesa. A bandeira mostrada na foto era da China nacionalista e hoje é a bandeira de Taiwan.
Embora houvesse algum sentimento de solidariedade pan-asiática, definitivamente não era norma. Os sino-americanos, alimentados pela raiva da agressão japonesa em seu país de origem, seu patriotismo americano e seu desejo de serem vistos como patriotas americanos foram, conscientemente ou não, cúmplices da perseguição de seus vizinhos japoneses.

A internação dos japoneses em campos de reassentamento foi mais ou menos ignorada pela comunidade chinesa, com exceção de alguns indivíduos. De fato, os periódicos chineses também participaram da divulgação da crença de que os nipo-americanos eram culpados de traição ou estavam ajudando o Japão em solo americano, como uma quinta coluna. No entanto, ironicamente, o 442º Regimento de Combate, composto por 14 mil homens, quase todos de origem nipônica, foi o mais condecorado de toda a história dos Estados Unidos, com mais de 18 mil condecorações de distinções ao mérito, sendo que 21 delas eram Medalhas de Honra -a máxima condecoração militar dos EUA-.

Na verdade, os campos de concentração japoneses apresentaram uma oportunidade para o avanço econômico e social para os sino-americanos. Os comerciantes chineses tomaram posse de empresas anteriormente japonesas. E quando os japoneses foram removidos de seus empregos agrícolas, a Secretaria do Trabalho dos Estados Unidos publicou um apelo aos chineses para substituí-los.
Sino-americanos se rotulavam para não serem confundidos com os nipo-americanos, em 1941
"Eu chinês, por favor, não japonês."
A Segunda Guerra Mundial foi uma oportunidade para os chineses ganharem posição econômica e social na sociedade americana dominante. Entretanto, a mudança nas percepções da América sobre os sino-americanos também deve ser lembrada como consequência de atitudes racistas voltadas para os nipo-americanos e o internamento subsequente de toda a etnia.

Mas tudo isso mudou rapidamente após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos declararam outra guerra, desta vez ao comunismo. O poder, dado de repente aos chineses durante a guerra, foi igual e rapidamente retirado depois.

www.mdig.com.br
15
Jul17

ESTES SÃO OS PAÍSES MAIS IGNORANTES

António Garrochinho


O senso comum poderia sugerir que o dinheiro e bons recursos fazem com que uma sociedade seja mais educada, analítica e inteligente. No entanto, isso nem sempre é assim. Um estudo recente quis saber quanto sabem as pessoas sobre seu próprio país para poder assim elencar um "índice de ignorância". Elaborado pela Ipsos MORI e realizado com base em 27.250 entrevistas, com pessoas entre 16 a 64 anos de idade, de 40 países.

Estes são os países mais ignorantes do mundo
Os particiapantes responderam uma série de perguntas sobre sua sociedade, junto com dados sobre a população de seu país, custo sanitário, propriedade de moradia, etc. A pesquisa estabeleceu que a situação econômica de um país parece ter menos influência nos resultados do que poderia ser esperado. Por exemplo: Estados Unidos, o país mais rico do mundo, foi qualificado como uma das nações mais ignorantes, em quinto lugar. Logo atrás vem o Brasil! É hexa!
Estes são os países mais ignorantes do mundo
Outro achado surpreendente foi o caso da Malásia, que não é considerado um país plenamente desenvolvido, mas que conseguiu se posicionar entre os 10 países menos ignorantes.

De todas as nações pesquisadas, a Índia ficou no primeiro lugar dos países mais ignorantes. Já na América Latina, o ranking dos países avaliados ficou da seguinte maneira:
  1. Brasil
  2. México
  3. Argentina
  4. Peru
  5. Chile
  6. Colômbia
www.mdig.com.br
15
Jul17

Para católicos e não catolicos, crentes ou não crentes - ouça em som audio a entrevista do Padre Anastácio Jorge - O HUMANISMO NÃO TEM NACIONALIDADE

António Garrochinho




Anastácio Jorge nasceu no hospital Rovisco Pais da Tocha, em 1959. É o sétimo filho de mãe leprosa, facto que marcaria, em definitivo, a sua existência.
Irrequieto quando miúdo viria a integrar, depois do 25 de Abril, a UEC (União dos Estudantes Comunistas), enquanto estudava num colégio salesiano.
Um fator místico, não explicado, leva-o a entrar, aos 21 anos, no Seminário das Missões de Valadares. Segue para Moçambique, depois de estudos feitos no Porto e em Roma. É ordenado padre pelo cardeal do Maputo, em 1992.


Nos últimos trinta anos, enquanto pároco de Malavane e do Aeroporto, desencadeou obras de promoção social, incluindo leprosos, com apoio de organizações internacionais, tendo, por isso, sido condecorado pelo presidente Cavaco Silva, em 2008 e pelo ministro da Educação de Moçambique.
Muito crítico, o padre Anastácio avisa a Igreja que "o poder mata e corrompe e que "não pode manter um sistema de pobreza com a promoção de uma Caritas de socorro." E acrescenta "Para mim não há poder, há serviço".
Este missionário, de 57 anos, defende ainda o microcrédito como "escola de valores". Seguidor da pastoral do Papa Francisco defende também que "o humanismo não tem nacionalidade" e que "Deus não põe ninguém no lixo".
A entrevista é conduzida pelo jornalista Manuel Vilas Boas.




CLIQUE NO LINK ABAIXO EM AZUL PARA O(A) LEVAR À PÁGINA

O humanismo não tem nacionalidade - TSF

www.tsf.pt/sociedade/interior/o-humanismo-nao-tem-nacionalidade-8626103.html

15
Jul17

SURPREENDA-SE COM ESTES MODELOS DE ESCADAS ABSOLUTAMENTE REVOLUCIONÁRIOS

António Garrochinho
As escadas são tão comuns na arquitetura que em geral não lhes dedicamos um olhar mais ou menos crítico. Mas, como evidenciado pelo design moderno de escadas, é algo que devíamos prestar mais atenção. Quando bem feitas, eles transcendem sua função primária e se tornam obras de arte escultóricas que fazem lugares comuns ganharem vida. O melhor design de escada considera tanto a forma quanto o espaço, utilizando a área que está disponível e a transformando em uma outra área digna de elogios e de admiração.

Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais
Em um design de arquitetura en movimento, a escada tem uma linda qualidade quase lírica. E este mesmo design também pode significar mais funcionalidades dentro do próprio espaço, combinando, por exemplo, mesa, armazenamento e prateleiras em uma única unidade. Para uma casa onde o espaço é mínimo, soluções como esta são uma maneira engenhosa de maximizar cada centímetro de áreas utilizáveis.

Seja grandiosa ou compacta, as escadas mostram as infinitas possibilidades de design que existem. Confira alguns dos nossos exemplos favoritos de escadas modernas abaixo.

www.mdig.com.br
01
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 01
Via: Andrew McConnell
02
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 02
Via: Storage Associati
03
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 03
Via: Tron Meyer
04
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 04
Via: Mieke Meijer
05
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 05

Via: Cousins & Cousins
06
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 06
Via: Kazunori Fujimoto Architect & Associates
07
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 07
Via: Roberto Murgia and Valentina Ravara
08
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 08
Via: Edouard Brunet and François Martens
09
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 09
Via: Photo: Hanne Fuglbjerg
10
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 10

Via: TAF ArkitektKontor
11
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 11
Via: Heatherwick Studio
12
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 12
Via: Heatherwick Studio
13
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 13
Via: Treppen & Bauelemente Schmidt GmbH
14
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 14
Via: Treppen & Bauelemente Schmidt GmbH
15
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 15

Via: Concrete
16
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 16
Via: Atmos Studio 
17
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 17
Via: Cheng + Franco Arquitectos
18
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 18
Via: 51 Architecture
19
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 19
Via: Martin Dulanto Sangalli
20
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 20

Via: Martin Dulanto Sangalli
21
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 21
Via: Arquitectura en Movimento Workshop
22
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 22
Via: Les Ateliers Tristan & Sagitta
23
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 23
Via: Les Ateliers Tristan & Sagitta
24
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 24
Via: Farshad Mehdizadeh and Ahmad Bathaei
25
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 25

Via: Farshad Mehdizadeh and Ahmad Bathaei
26
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 26
Via: Studio Farris Architects
27
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 27
Via: Tetrarc
28
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 28
Via: Tetrarc
29
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 29
Via: Hudson Architects
30
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 30
Via: Hudson Architects
31
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 31
Via: Isay Weinfeld
32
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 32
Via: nC2
33
Escadas incrivelmente projetadas que estão um degrau acima das demais 33
Via: 07BEACH






15
Jul17

OLHÓ AVANTE ! - Burro velho não toma andadura... www.avante.pt

António Garrochinho

Um cronista, João Miguel Tavares, sob o título «Somos todos demasiados complacentes com o PCP» (Público, 8 de Julho), a propósito da presença de comunistas na concentração do dia 5 de Julho, Dia da Independência da Venezuela, junto do monumento a Bolívar, vomitou a previsível catilinária. Não esteve só. Um ministro da cultura de Passos e Portas fez o mesmo, em curto, no Correio da Manhã! É o comportamento que designaríamos próprio de fascistoides ou protofascistas.

O que é um fascistoide ou um protofascista? É alguém que antes de ser já o é… ou vai ser! Só espera que as condições objectivas, sociais e políticas, amadureçam! Hoje o capitalismo, na sua fase neoliberal, vive uma crise de proporções imensas. Mostra nos seus antagonismos e impasses as suas faces mais hediondas: a guerra e o crescer das pulsões fascistas, que alguns disfarçam de populismo e nacionalismo. As saídas, no quadro da democracia burguesa, são poucas. A tentação de um Estado como ditadura terrorista dos monopólios e do capital é grande! Há terreno para medrar e medra.

Alguns dirão que JMT defende a democracia formal dos votos e parlamentos? Oh, tantos que defendiam igual e muitos iam mesmo mais longe… e quando a estrumeira veio, logo chafurdaram como afodíneos que são. Logo estiveram na vanguarda das camisas de uma qualquer cor… e ergueram a bandeira! É assim que eles se fazem! Qual é o marcador, definitivo de tal personagem? O anticomunismo! O insulto e a baboseira, a pesporrência bacoca são apenas papel de embrulho para vender o contrabando.

JMT julga que pensa pela sua cabeça! Por exemplo, adivinhou que a resolução do BES pelo trio Coelho/Portas/Maria Luís (a Cristas estava de férias) e Carlos Costa em Agosto de 2014 não ia custar dinheiro aos contribuintes. De facto, o rapaz pensa pela cabeça do Belmiro. Só que o Eng. produzia supermercados, e o moço ferro velho de velha loja fascista. Estamos a ser violentos? Não! Aquele que acha que «somos todos demasiado complacentes com o PCP» é um putativo torcionário.

JMT acha que o PCP não podia estar num acto de solidariedade com a Venezuela Bolivariana. Não sabe o que sabemos do Chile de Pinochet. O que sabemos da operação Condor. De como esses assaltos à democracia, à liberdade dos povos da América Latina, esses morticínios de comunistas e de outros democratas e patriotas foram orquestrados, financiados e apoiados pelo «grande irmão» do Norte. Como agora novamente se ensaia na Venezuela. E para não ficarmos nas Américas recorde-se o golpe fascista de Suharto na Indonésia (1965), um verdadeiro genocídio anticomunista. Tudo, sempre, em da defesa da democracia e da liberdade!

Comer do que se gosta...

A confusão que arma é a confusão das operações de intoxicação… em que participa! E julga que somos obrigados a engolir mistelas a que alguns chamam informação e opinião! Sabemos quem a sopra, quem a produz e reproduz alegremente, mais uma vez pensando que pensa pela sua cabeça! Não, não pensa, porque come apenas do que gosta! É dos que não viram o golpe fascista na Ucrânia, com o apoio e intervenção da UE e EUA. É dos que pensa que no Afeganistão havia heróicos guerrilheiros contra a URSS e agora há talibãs contra os EUA. É dos que pensa que em Alepo havia resistentes pela democracia e que em Mossoul há daeshs.

Sendo dos «ex-jovens que não vivemos o Verão Quente de 1975» e tem «de ir ao Google para ver como se escreve Soljenítsin», podia ler com proveito o recente livro de Miguel Carvalho «Quando Portugal Ardeu» e verificar como o terrorismo político tem raízes fundas na história e nas políticas de direita que professa. Podia constatar como é fácil misturar religião e política e não hesitar perante nenhum crime (até a tentativa de rebentamento de um carro armadilhado em Fátima). E matar comunistas e atirar as provocações e o anticomunismo para cima dos comunistas! O fascismo no seu estertor resistia e o anticomunismo sob muitos disfarces era a arma da sua resistência. Pode até verificar que os patronos desses terroristas eram altas e gradas figuras do PSD,CDS e PS. E algumas ainda andam por aí…

O ex-jovem considera que o PCP promove, cultiva a «ambiguidade». Anjinhos por fora, belzebu na alma! Quem diria! Por fora, nas «câmaras de televisão», aparecem a «defender os direitos dos fracos e dos trabalhadores»! «E quem está contra»? Por dentro «estalinismo», «ditadura do proletariado», que segundo os dos «paninhos quentes», «tem nuances»! Dizem uma coisa, mas pensam outra. Lá por dentro… é só enxofre… Calcule-se até, que escondem as «posições internacionais» do «PCP-troglodita» em «artigos obscuros no Avante!».

«Esta complacência tem um custo», diz o ex-jovem! Podem fazer manifestações à Venezuela Bolivariana? Não pode ser! Que falta faz cá Salazar e o capitão Maltez para os correr à bordoada! E sempre se caçavam alguns para o xilindró! Dantes faziam isso ao Vietname! Faziam isso ao Chile! Até tentavam fazer manifestações no 1.º de Maio, no 5 de Outubro ou no 31 de Janeiro! Calcule-se! Faziam não, tentavam fazer… E era um ver se te avias, claro… Nada de complacências!

Imagine-se «à boa maneira soviética, os meios do Estado são colocados ao serviço da propaganda comunista e da defesa de um regime abjecto». E quais foram esses meios? A «Banda do Exército». E como? «Inventaram um “acto protocolar” (…) do Dia da Independência da Venezuela» (aliás, separado do acto de solidariedade que se lhe seguiu). Pode lá ser, então a Venezuela é independente? E tem um dia? E logo o 5 de Julho! Cópia inaceitável do 4 de Junho dos gloriosos USA e do 14 de Julho da excelsa França? Para estes não toca banda nenhuma! Não é possível!


Valerá a pena tocar o sino a rebate? Vale. Burro velho não toma andadura… e o fascismo é um burro velho sempre pronto a passar por novo…

Agostinho Lopes



www.avante.pt

15
Jul17

Portugal terá em 2051 menos população do que em 1950

António Garrochinho
Dario Cruz / Arquivo


Portugal é o sexto país mais envelhecido do mundo, e em 2051 terá menos população do que em 1950, envelhecida, mas mais instruída e saudável, conclui um estudo da Plataforma para o Crescimento Sustentável.

O estudo, da autoria das investigadoras Teresa Ferreira Rodrigues e Filipa Castro Henriques, faz o diagnóstico das características demográficas nacionais, estima a situação futura com base em projeções e recomenda medidas para corrigir ou atenuar os problemas identificados, ao nível das políticas migratórias e de acolhimento de imigrantes, de natalidade e família e de emprego e educação.
.
Segundo o sumário executivo de "(re)birth: desafios demográficos colocados à sociedade portuguesa", estima-se que, em 2051, a população portuguesa seja de 8,4 milhões, menos do que a de 1950, em resultado do envelhecimento.

"Até nos cenários mais otimistas de recuperação da taxa de fecundidade e/ou de saldo migratório positivo será difícil evitar o declínio da população", defende o estudo, assinalando que, em 2051, "existirão três vezes mais idosos do que jovens", com os adultos a terem "uma média de idade mais avançada" e o grupo dos muito idosos, com 85 ou mais anos, a ser três vezes maior que o atual.

O trabalho destaca, como consequência do envelhecimento da população, a redução da população ativa e disponível para trabalhar, estimando uma queda de 2,4 milhões de trabalhadores em 2051, ano em que o número de portugueses ativos será idêntico ao recenseado em 1940, "caso não se registem alterações na estrutura do mercado de trabalho, na idade da reforma e no acolhimento de imigrantes".

As autoras alertam, neste contexto, para os efeitos negativos na Segurança Social: a redução da população ativa leva à diminuição das contribuições e o aumento da esperança média de vida conduz ao aumento da despesa com pensões de velhice e sobrevivência.

As investigadoras Teresa Ferreira Rodrigues (Departamento de Estudos Políticos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e Filipa Castro Henriques (Observatório de Estudos Políticos) salientam ainda que o mercado de trabalho "sofrerá transformações significativas, com impactos profundos para a organização das sociedades", com a crescente robotização e digitalização.

O estudo adverte, por isso, que "a combinação e o cruzamento destas tendências demográficas e tecnológicas (...) colocam em risco o futuro e a sustentabilidade do Estado Social e de um modelo de sociedade (...) fortemente dependente das estruturas populacionais ativas".

Entre as medidas propostas, as autoras do trabalho referem a flexibilização da idade da reforma, a conciliação entre a vida profissional e familiar, a remoção de obstáculos para quem deseja constituir uma família numerosa, políticas de migração que garantam a total integração dos estrangeiros residentes e incentivos à empregabilidade jovem e à retenção dos trabalhadores mais velhos.

Como positivo, o "(re)birth: desafios demográficos colocados à sociedade portuguesa" enumera o "bom acolhimento dos imigrantes", os "elevados progressos na saúde pública", com Portugal a ser um dos países com melhores indicadores de mortalidade infantil e juvenil e esperança média de vida, e a "evolução notável de escolarização", com o aumento de estudantes universitários, a redução do abandono escolar e a quase extinção do analfabetismo.

Constituída em 2011, a Plataforma para o Crescimento Sustentável apresenta-se como uma associação independente que visa "dar um contributo para a afirmação de um novo modelo de desenvolvimento sustentável". A entidade é presidida pelo ex-ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva.



www.publico.pt

15
Jul17

A propósito de empresários e políticos

António Garrochinho



Um dia nos meus primeiros anos de jornalista, algures entre 1986 e 1989, estava no Diário de Lisboa, e chega um envelope, acho que endereçado ao José António Cerejo que, nessa altura, trabalhava na secção de Economia, com o Daniel Reis e eu.
Eram meia dúzia de folhas dactilografadas e agrafadas. Uma com organogramas do grupo Amorim, uma outra com uma lista de pessoas que trabalhavam no grupo, com os seus telefones e moradas. E noutra uma carta de denúncia, naquele estilo corrido, de desabafo, anónimo. Entre as denúncias, contava-se que o grupo Amorim andava a desviar dinheiros do Fundo Social Europeu (FSE) para a formação profissional.
Naqueles anos - como o próprio ex-ministro da Economia Mira Amaral reconheceu depois - o que interessava era que Portugal esgotasse as verbas possíveis do FSE. Eram dinheiros para os empresários nacionais...
No Diário de Lisboa, ainda demorámos a pensar o que fazer. O Cerejo disse-me para ir telefonando para aquelas pessoas, a ver o que dava. E assim foi. Fui ligando, um a um. Sem resultados. O quarto da lista - deveria ser o autor da denúncia - dispôs-se a conversar. Mas não pelo telefone. Fui para o norte, para a freguesia onde estava instalado o grupo Amorim. Já não me lembro onde nos encontrámos. Na conversa, o desabafo continuou. Um enorme grupo gerido de forma altamente centralizada na pessoa de Américo Amorim, com práticas nada abonatórias do que hoje é descrito na comunicação social como sendo um "empresário". E lá vinham as descrições do desvio de dinheiro do FSE. Supostamente, a formação era para jovens, mas o dinheiro ficava na empresa. Pude falar com trabalhadores que me confirmaram que tinham tido formação numa manhã, mas sem continuação.
A denúncia anónima deve ter ido também para a Polícia Judiciária. Américo Amorim foi acusado de falsificação de documentos, fraude e desvio de dinheiro do Fundo Social Europeu. A União Europeia exige uma indemnização de 77 mil contos e juros a contar de 1987, com base na utilização fraudulenta de meio milhão de contos para formação profissional entre 1985 e 1988... Mas o caso haveria de prescrever. Veja-se a descrição a notícia no Público, de 30/9/2000.
Outros casos do FSE como o da Partex, da UGT - e muitos outros megaprocessos investigados e com acusação - prescreveram por questões processuais - veja-se aqui a lista feita pelo Ministério Público.

Jornal Público, 18/11/2000, Catarina Gomes
Aqui, entre nós, e sem qualquer orgulho, tudo foi por causa de mim. Por causa de uma queixa que fiz contra Cavaco Silva. Não interessam os pormenores, apenas que Cavaco me acusou publicamente de algo que eu não fizera e eu queixei-me ao Ministério Público de ele me ter difamado.
Nesse processo, a juíza em primeira instância considerou que o interrogatório feito a Cavaco Silva não interrompeu o prazo de prescrição do procedimento criminal. No tribunal da Relação, dois juízes deram razão à juíza, quando dois meses antes tinham decidido em sentido contrário, num processo em tudo semelhante. E o Supremo Tribunal, chamado a fixar jurisprudência, decidiu a favor de Cavaco Silva...
E com essa decisão fez-se prescrever todos os megaprocessos. Veja-se o número de prescrições na tabela inscrita no artigo do Público, para aferir da sua importância.
Ele há mesmo dias que uma pessoa deve ficar na cama. E há histórias reais que davam um episódio de uma boa série.

ladroesdebicicletas.blogspot.pt

15
Jul17

15 de Julho de 1099: Conquista de Jerusalém, na primeira Cruzada

António Garrochinho


Partindo de França em 1096 atendendo à conclamação do papa Urbano II, os cruzados comandados por Godefroi de Bouillon e pelo conde Raymond IV de Toulouse entram em Jerusalém em 14 de Julho de 1099 e conquistam a cidade no dia 15. 


Durante esta Primeira Cruzada, os cavaleiros cristãos da Europa capturaram Jerusalém após sete semanas de cerco. Todos os defensores da cidade, muçulmanos ou judeus, são massacrados. A tomada da Cidade Santa provocou a morte de cerca de 100 mil pessoas. Nascia o reinado latino de Jerusalém. Godefroi de Bouillon assume a administração da cidade com o título de procurador do Santo Sepulcro. 


Os cristãos em Jerusalém estavam a ser perseguidos desde o século XI, pelos governantes islâmicos, especialmente quando o controlo da Cidade Santa passou dos relativamente tolerantes egípcios aos turcos seljúcidas em 1071. No fim do século, o imperador bizantino Alexius Comenus, também ameaçado pelos turcos, apelou ao Ocidente por ajuda. Em 1095, o papa Urbano II pediu que fosse organizada uma Cruzada a fim de ajudar os cristãos orientais a retomar as terras sagradas. A resposta dos europeus ocidentais foi imediata. 


Os primeiros cruzados eram na verdade hordas indisciplinadas de camponeses franceses e germânicos que tiveram pouco sucesso. Um grupo, conhecido como “Cruzada do Povo” chegou a Constantinopla antes de ser aniquilado pelos turcos. Em 1096, a principal força cruzada, constituída de cerca de 4 mil cavaleiros montados e 25 mil da infantaria, começou a mover-se para leste. Comandado por Raymond de Toulouse, Godefroi de Bouillon, Robert de Flandres e Bohemond de Otranto, o exército de cavaleiros cristãos cruzou a Ásia Menor em 1097. 


Em Junho, capturaram a cidade fortificada turca de Niceia e em seguida derrotaram um numeroso exército de turcos seljúcidas em Dorilaeum. Desta localidade marcharam para Antioquia, situada nas margens do rio Orontes, debaixo do Monte Silpius. Deram início a um difícil cerco de seis meses durante o qual repeliram diversos ataques de tropas turcas que vieram em socorro. Finalmente na manhã de 3 de Junho de 1098, Bohemond persuadiu um traidor turco a abrir os portões da Ponte de Antioquia e os cavaleiros puderam penetrar na cidade. 


Num verdadeiro banho de sangue, os cristãos massacraram milhares de soldados inimigos e cidadãos comuns e a cidadela fortificada da cidade quase foi tomada. Mais tarde no mesmo mês, um grande exército turco chegou para tentar reconquistá-la, porém foram derrotados e a cidadela capitulou definitivamente diante dos europeus. 


Após a reorganização das tropas e descanso de seis meses, os cruzados dirigiram-se para o seu objectivo final, Jerusalém. O contingente já estava reduzido para 1200 cavaleiros e 12 mil elementos da infantaria. Em 7 de Junho, as tropas cristãs atingiram a Cidade Santa e encontrando-a bastante fortificada, trataram de construir três altas torres nas aforas a fim de apoiar a invasão. Na noite de 13 de Julho, as torres estavam concluídas e os cristãos começaram a investida contra os muros de Jerusalém. Em 14 de Julho, os homens de Godefroi foram os primeiros a penetrar nas defesas e a Porta de Santo Estevão foi aberta. O restante dos cavaleiros e soldados entrou na cidade,  no dia 15 e a mesma foi capturada, dezenas de milhares dos seus habitantes foram selvagemente massacrados. 


Os cruzados atingiram a meta e Jerusalém estava nas suas mãos. Poucas semanas depois, um exército egípcio marchou sobre a Cidade Santa para desafiá-los. A derrota, em Agosto, dos egípcios pôs fim à resistência muçulmana. Cinco pequenos Estados foram criados na região sob o governo dos líderes da Cruzada. 

Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)

Conquista de Jerusalém pelos Cruzados
 O cerco de Jerusalém numa iluminura do século XIII

Eleição de Godefroi de Bouillon  como Protector do Santo Sepulcro

15
Jul17

15 de Julho de 1606: Nasce o pintor holandês Rembrandt, autor de "A Lição de Anatomia do Doutor Tulp"

António Garrochinho

 

Considerado como um dos grandes mestres da arte ocidental, Rembrandt Harmenszoon van Rijn nasceu a 15 de julho de 1606, em Leiden, o centro intelectual da Reforma. Estudou em Amesterdão na oficina do pintor Pieter Lastman, seguidor de Caravaggio e de Elsheimer. Em 1631 estabeleceu-se definitivamente em Amesterdão. Obteve um imenso sucesso com a obra A Lição de Anatomia do Doutor Tulp (1632), recebendo inúmeras encomendas de retratos e de temas religiosos. O príncipe de Orange, Frederick Hendrik, foi um dos seus protetores. O atelier tornou-se frequentado por muitos alunos e não deixou de ensinar até ao fim da vida. Em 1634 casou-se com Saskia van Uylenburgh, que se tornaria o modelo preferido do artista. Os trabalhos de Rembrandt desta época apresentavam fortes efeitos de luz. Os retratos eram tratados de maneira minuciosa e clara, de acordo com a herança de Jan Van Eyck. Na representação de Agatha Bas (1641) vai mais longe na penetração psicológica, atendendo contudo à fina observação dos detalhes. Nas obras mais pessoais aplicava uma pincelada livre, a tinta era mais empastada. Na década de 40 passou por difíceis provações que não obstaram a que o seu estilo ganhasse em interioridade e amplitude. Sugeria as formas e as texturas em vez de se debruçar exaustivamente sobre a reprodução exata dos pormenores. Começou a interessar-se por paisagens e na gravura Três Árvores demonstra exemplarmente a sua capacidade de criar um ambiente e um espaço. Ocupou-se menos com os retratos de personagens públicas e executou mais quadros de temas religiosos, para além dos inúmeros auto-retratos que sempre pintou ao longo da vida. Fez igualmente um grande número de desenhos e de gravuras, sendo incontestável a sua mestria na técnica da água-forte. O desenho Mulher Adormecida é inexcedível na economia e na ousadia do traço. No último período da sua carreira, usava frequentemente a técnica do empaste. A expressividade emocional, a captação de um ambiente dramático através dos jogos de luz e de sombra (Retrato de Jan Six - 1654), são características que só no Romantismo virão a ser devidamente apreciadas. Rembrandt veio a falecer em 4 de outubro de 1669.

Rembrandt. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
wikipedia (Imagens)

Ficheiro:WLA metmuseum Rembrandt Self-portrait 1660.jpg
Auto retrato (1660)

Ficheiro:Rembrandt - Self-Portrait - WGA19206.jpg
Auto retrato com 22 anos
Ficheiro:Rembrandt Harmensz. van Rijn 144.jpg
Auto retrato (1632)

Ficheiro:Rembrandt Harmensz. van Rijn 135.jpg


Auto retrato (1669, ano da sua morte)A Lição de Anatomia do Doutor Tulp

VÍDEO




15
Jul17

15 de Julho de 1759: Sebastião José de Carvalho e Melo recebe o título de Conde de Oeiras

António Garrochinho


Político e diplomata português, Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu a 13 de Maio de 1699 e casou, aos 23 anos, com uma senhora 10 anos mais velha e viúva.

Foi embaixador de D. João V nas cortes inglesa e austríaca. Embora sem significativo sucesso para Portugal,estas missões foram importantes para a formação política e económica de Sebastião José de Carvalho e Melo. Na Áustria casou, em segundas núpcias, com D. Leonor Daun. Em 1750, com a subida ao trono de D. José, foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. A sua grande capacidade de trabalho e de chefia revelou-se na forma como encarou o trágico terramoto de 1755, momento a partir do qual se tornou o homem de confiança de D. José I. Empenhou-se fortemente no reforço do poder régio, diminuindo o poder de algumas casas nobres. A 13 de Janeiro de 1759, acusados de tentativa contra a vida do rei, o duque de Aveiro, o marquês de Távora e a sua mulher foram torturados e executados em ato público.

Expulsou e confiscou os bens da Companhia de Jesus porque a sua influência na sociedade portuguesa e as suas ligações internacionais eram um entrave ao fortalecimento do poder régio. Em 1759, recebeu o título de conde de Oeiras. O título de Conde de Oeiras foi instituído por decreto do rei D. José I de Portugal a 15 de Julho de 1759, em benefício de Sebastião José de Carvalho e Melo, em recompensa pela sua actuação no processo de reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1755. Em 1769 recebeu o título de Marquês de Pombal.

As dificuldades económicas do Reino, provocadas sobretudo pela interrupção na exploração do ouro brasileiro,obrigaram o marquês a retomar a política de fomento industrial que havia sido iniciada com o  conde da Ericeira.Reformou o ensino, anteriormente nas mãos dos Jesuítas, através da adopção de novos métodos pedagógicos e da criação de novas escolas como o Real Colégio dos Nobres. Reformou a administração, as finanças e o sistema militar. Cometeu vários abusos do poder, o que lhe valeu a antipatia e a criação de inúmeros inimigos. Com o falecimento de D. José I, a oposição ao marquês tornou-se muito ativa e D. Maria I mandou realizar umas indicância aos seus actos. Exilado em Pombal, o marquês defendeu-se atribuindo responsabilidades ao rei D.José I. Atendendo à sua idade avançada, 80 anos, foi apenas condenado a viver afastado de Lisboa. Faleceu em 1782 no seu palácio do Pombal.

Fontes: Marquês de Pombal. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
wikipedia (Imagens)
Ficheiro:Louis-Michel van Loo 003.jpg
O Marquês de Pombal - Louis - Michel Van Loo (1766)

Arquivo: retrato do Marquês de Pombal.jpg


Retrato do Marquês de Pombal - Século XVIII
15
Jul17

Galpgate: a pergunta

António Garrochinho

por Amato
De que vale que os secretários de Estado da Internacionalização, dos Assuntos Fiscais e da Indústria se tenham demitido a propósito das viagens que lhes foram oferecidas pela Galp? Neste ponto, até terão procedido da forma moralmente correta, mas isto é apenas uma encenação de boas maneiras que não pode apagar o verdadeiro problema que reside a montante. Não podem estas demissões constituir um lavar de mãos à Pilatos no que ao interesse do governo diz respeito e serem rapidamente substituídas por outras figuras que se comportem exatamente da mesma maneira. Não se pode legitimar um ciclo vicioso de malfeitorias, demissões e substituições.

Devemo-nos perguntar o que ninguém — ministério público incluído — se pergunta neste caso Galpgate: que favor é que o governo fez à Galp para que os seus secretários de Estado tenham recebido aqueles presentes? Eu até tenho conhecimento de alguns. Lembram-se dos despachos assinados à pressa e fora da lei de requisição de serviços mínimos dias antes de greves ameaçadoras dos lucros da empresa? Não terão estes, todavia, sido os únicos favores mas isto é que devia ser o cerne da investigação.

Esta relação de promiscuidade imunda entre governo e burguesia já se encontra tão impregnada na sociedade que já não conseguimos distinguir a moral da coisa. Já não há lavagem que valha a este abjeto regime de capitalismo de estado que prevalece em Portugal.



portodeamato.blogs.sapo.pt
15
Jul17

A Bela Europa que se prepara (texto em francês)

António Garrochinho

A Bela Europa que se prepara


Perante o silêncio dos sacerdotes do Europeismo LA BELLE EUROPE QUI SE PROFILE ! par François Lecl


Il fallait une annonce pour le dernier conseil des ministres franco-allemand, et le projet d’un avion de combat commun a fait l’affaire. Mais si le symbole est fort, l’entreprise est de très longue haleine et se limite à un geste politique à court terme. Pour le reste, c’est à dire les propositions de budget et d’un ministre de l’économie européen – la grande affaire d’Emmanuel Macron – Angela Merkel s’est contentée de laisser la porte ouverte en prononçant un laconique « on peut en parler » en sortie du conseil.
Tous les commentaires convergent : la proximité des élections allemandes de septembre explique que la chancelière ne s’engage pas plus avant, comme si tout allait pouvoir se dénouer naturellement une fois ce cap passé. Mais cette tentative d’ouverture par la bande du président français, qui se garde bien de toucher au nœud de la politique européenne, risque également de se résumer à des actes à portée symbolique, un exercice dans lequel il semble se complaire. À vaincre sans péril, on triomphe sans gloire !
Emmanuel Macron a un autre grand dessein, qu’il veut également faire partager à Donald Trump. Celui d’une « Alliance pour le Sahel » destinée à promouvoir son développement économique. Plus prosaïquement, il voudrait également partager le financement de l’opération militaire Barkhane dans les pays du Sahel – contraintes budgétaires obligent – et faire d’une pierre deux coups : anéantir les djihadistes et couper la route aux réfugiés avant qu’ils n’atteignent la Libye.
Ne pas faire de vagues continue d’être en attendant le mot d’ordre principal. Les plus hautes autorités préparent la fin du sauvetage de la Grèce en beauté, tout du moins de leur point de vue, en la pressant de solliciter le marché obligataire afin qu’elle obtienne son onction et puisse s’en prévaloir. Tout en poursuivant bien entendu les réformes qui l’étranglent. C’est la raison pour laquelle la Commission a décidé de clôturer la procédure de déficit excessif dont elle était frappée, un geste assorti d’un déplacement de Jean-Claude Juncker à Thessalonique où il a déclaré : « Oui, désormais le pays va bien », en ajoutant « je voudrais rendre hommage surtout aux plus pauvres des citoyens qui ont souffert beaucoup plus que les autres, au citoyen moyen qui a fait d’énormes efforts ». Ils lui en seront à coup sûr reconnaissants.
La Commission ne ménage pas ses efforts à l’égard de l’Italie, sachant que ce sera une autre paire de manches que la Grèce s’il faut s’y coller. Et il ne suffit pas, pour l’éviter, de fermer les yeux sur un sauvetage fort peu orthodoxe dans son esprit, celui des banques italiennes dont la vente est financée sur fonds publics. Le commissaire Pierre Moscovici, qui se verrait bien appelé à de plus hautes destinées, explique au chevet de l’Italie qu’il est tenté « de tracer un chemin constructif entre les marges possibles dans les règles et les déviations non autorisées », on ne peut mieux signifier où ils en sont ! La commission a donc donné son feu vert à la demande italienne de limiter à 0,3% son effort de réduction du déficit en 2018, posant comme condition qu’elle poursuive son objectif de réduction du rapport dette/PIB, qui a atteint 132,6% en 2016. Selon les règles européennes, il ne devrait pas dépasser 60%…
Du propre aveu de Klaus Regling, le patron du Mécanisme européen de stabilité (MES), « une discussion sur le renforcement de l’union monétaire » se déroule, qui ne parvient pas distinctement à nos oreilles. On ne connaissait que l’intention de Wolfgang Schäuble, qui a brûlé la politesse au FMI en annonçant que celui-ci « ne participerait plus à un programme de sauvetage ». Il souhaite que le MES soit transformé en « Fonds monétaire européen » au prétexte noyant le poisson que « les règles du FMI correspondent à un pays qui dispose de sa propre monnaie, mais non pas à un pays membre d’une union monétaire ». Il prépare ainsi l’enterrement de première classe d’une restructuration de la dette grecque digne de ce nom. Reconnaissant que les prêts accordés à la Grèce avaient permis d’obtenir « quelques résultats mais n’ont pas résolu le problème », il pressent qu’un autre dispositif financier doit être mis en place pour faire face dans l’avenir. Nous y voilà !
Klaus Regling a donc commencé à lever le voile sur celui-ci dans le quotidien économique allemand Handelsblatt. La BCE exclue de la partie, le MES pourrait jouer, en partenariat avec la commission, le rôle d’un fonds destiné aux jours de pluie, afin de déjouer toute tentative de soutien financier de nature budgétaire, qu’il soit national ou européen (suivez mon regard). Les pays faisant face à une crise financière sérieuse menaçant la stabilité de la zone euro – sans plus de précision – pourraient bénéficier d’un soutien financier. Le fonds disposerait d’une enveloppe de 100 à 200 milliards d’euros, à comparer avec les 700 milliards d’euros que le MES est actuellement autorisé à mobiliser. Mais rien n’est dit à propos des pré-conditions pouvant accompagner ce qui s’apparente à une ligne de crédit.
Le proche avenir réserve d’autres surprises. L’application début 2018 d’une nouvelle règle comptable, la norme IFRS 9, renvoie à la crise bancaire européenne qui se poursuit. Les banques subissent, comme on le sait également, un trop-plein de prêts non performants sous l’effet des mesures d’austérité et de la faiblesse de la croissance. Cette norme impose notamment une autre méthode de valorisation des actifs détenus aux bilans bancaires. Les banques vont devoir provisionner non plus les pertes déjà encourues, mais celles qui pourraient survenir.
L’Autorité bancaire européenne (EBA) a déjà estimé à 18% l’augmentation de ces provisions qui devrait en résulter, ce qui pèsera sur les ratios prudentiels et imposera un renforcement des fonds propres.
On peut s’attendre à ce que des aménagements de dernière heure soient concédés, afin au moins d’étaler la peine, et parallèlement à ce que la réflexion sur la création de bad banks nationales progresse à grand pas ! Ce qui reviendra à faire revenir discrètement par la porte de derrière ce qui a été bruyamment évacué par celle de devant, à savoir le renflouement des banques sur fonds publics…Bloge P. J.

abrildenovomagazine.wordpress.com
15
Jul17

MILAGRE

António Garrochinho

Este já conhecido cartaz do PSD, apresentando Teresa Leal (ao) Coelho como candidata à autarquia lisboeta, escarrapachado aí pelas ruas sem qualquer mensagem, anda a ser - e bem! - alvo de gozo nas redes sociais. Por esta altura são já muitas as “mensagens” inventadas com que muitos internautas decidiram preencher o enorme espaço em branco do cartaz. Umas têm mais graça do que outras, como sempre…
Para mim, porém, a grande piada deste enorme fiasco propagandístico, é ter havido alguém que se convenceu ser possível “vender” a candidata ao eleitorado lisboeta com a cara que tinha nos (primeiros) tempos da faculdade… vá lá… NO MÁXIMO AOS TRINTA ANOS… e ter apostado que ninguém daria por isso. 
Samuel Quedas
Foto de António Garrochinho.

15
Jul17

O PEQUENOGATE

António Garrochinho


(Clara Ferreira Alves, in Expresso, 15/07/2017)

Autor
                       Clara Ferreira Alves
(A partir da meia-noite já se pode ler o Expresso online. Lá fui, como faço sempre para ver se havia algum texto “publicável”. Nada de jeito, tudo mau. O Daniel Oliveira estava aceitável mas era sobre um tema repisado, a demissão dos secretários de Estado. 
Assim, ficou a Clara que trata do tema dos polícias da esquadra de Alfragide ao qual não se tem dado o relevo que merece. A rapariga, de vez em quando, vem-lhe ao de cima as raízes dos bons princípios de Justiça em defesa dos mais indefesos. É pena é que seja só, mais ou menos, uma vez por mês e sempre quando tal não entra em conflito com a “gente fina” que ela venera.
Estátua de Sal, 15/07/2017)

Entretidos com os secretários de Estado que deveriam ser acusados de estupidez universal e não de recebimento de vantagem, esquecemo-nos dos agentes da autoridade da esquadra de Alfragide.

A história do Galpgate, assim uma espécie de Watergate à escala nacional, ou pequeníssimo-minúsculo-mesmo Watergate, o chamado crime pífio ao qual a nação há muito deu o seu consentimento, tem desviado as atenções de crimes gravíssimos que pelos vistos nem a mera suspensão imediata dos suspeitos provoca. Onde se lê suspeitos deveria ler-se arguidos, e o país atravessa o chamado período da arguição intensa e tresloucada. Quem não é arguido não é parte desta terra, é pior do que um infoexcluído, é pior do que um sem-abrigo, é um arguido-excluído. Tipo a quem não batem à porta com um mandado, a quem não fazem buscas no disco rígido e a quem não ordenam que compareça de fato e gravata e advogado à ilharga na PJ para ser constituído sem ser ouvido, ao estilo kafkiano, não é ninguém. Falo de fato e gravata, e não estou a ser sexista, porque o arguido ideal é um homem de meia idade, com ar próspero, que passou por um cargo público ao qual se podem juntar bem remuneradas titularidades de cargos privados. Se o arguido tiver um carro de luxo, um motorista, uma casa de praia ou campo, e for visto no aeroporto na sala VIP ou na executiva de um avião, melhor ainda. O ideal é ter um guarda-costas, sinal de escalão superior na cadeia alimentar.
Já fui constituída arguida, e repare-se na beleza deste verbo, constituir, por uns tipos que me processaram por opinião. Estou no rol dos privilegiados, nas ordens menores. Viajo em económica, um claro sinal de destituição, não tenho motorista com grande pena minha, nem mansões, com pena maior. Ninguém me guarda as costas. E não fui constituída arguida por corrupção, a grande moda do momento, sobretudo se os valores ultrapassarem o milhão. Milhões para aqui e para ali num país com fama de pobre. Nunca imaginei que houvesse tantos ricos em Portugal, apesar de terem sido e continuarem a ser os pobres a pagar a dívida patriótica. Afinal, os pobres nunca são constituídos arguidos sem amanhecerem em preventiva, exceto se baterem na mulher. Aí, logo se vê. Ele há casos que… enfim… um tipo passa-se.
Entretidos com os secretários de Estado que deveriam ser acusados de estupidez universal e não de recebimento de vantagem, esquecemo-nos dos agentes da autoridade da esquadra de Alfragide. Parece que este grupo de gente fardada, todos inocentes até prova em contrário e deixando de lado alegadas nódoas negras das presumíveis vítimas, ainda por cima de pele negra, onde as nódoas se disfarçam muitíssimo bem, se entreteve a espancar e torturar um grupo de cidadãos da Cova da Moura. Não são mouros, como o nome indicaria, e se fossem deviam levar na mesma por causa do terrorismo e assim, são africanos ou luso-africanos. Pretos, como se dizia no país colonial que sempre se gabou de não ser racista e é mais racista do que o sul da América. Um racismo que deriva da crueldade gratuita herdada do esclavagismo e não da convicção íntima da supremacia branca enquanto ideologia. É, digamos, um racismo brutal e brutalmente estúpido (e uso o adjetivo pela segunda vez). Não que isto se aplique aos polícias suspeitos. Nada disso. Ali, nas esquadras, são simplesmente coisas que acontecem. Um tipo passa-se e bumba, dá uma tareia no preto. Ou decapita um tipo, como aconteceu há uns anos, fornecendo ao escritor António Tabucchi, um italiano que gostava de portugueses e de Pessoa, tema para um romance. Tabucchi ficou, digamos, siderado. A decapitação foi abafada e a coisa esquecida, para variar. Tudo coisas que acontecem. Nas esquadras. De modo que ninguém viu nas acusações das vítimas e testemunhas motivo para suspender os polícias imediatamente, a aguardar julgamento, ou considerar a pronta transferência para um lugar onde os pretos não ponham os pés exceto para trabalharem nas obras. A esquadra da Quinta da Marinha seria excelente, e se não existe deve ser criada já para acolher os espíritos inquietos dos agentes da autoridade. Desde que não sobre por lá um jardineiro de cor, nesse caso considere-se a remoção coerciva do jardineiro antes da avisada transferência.
Nada disto parece, aos olhos da famosíssima justiça e chefes, excessivamente grave. Já um tipo apanhar um charter para ver a bola e regressar no charter, parece-nos perigosíssimo quando não passa de um ato perigosamente estúpido (terceira vez). Caramba, se eu sou a pessoa que rege os assuntos fiscais aceito uma boleia do tipo que preside a uma empresa que não quer pagar ao fisco apesar de fretar aviões e que me pôs em tribunal por assuntos fiscais? Não aceito. Vejo a bola em casa, com uma cerveja no colo e uns tremoços.
O Ministério Público que temos, fanático da primeira página, toxicodependente da manchete, está à coca para o caso que integre o ilícito penal. Nem vão de férias. Dois dedos de testa recomendam que nestes tempos de arguições, só se aceitem boleias da mulher, da sogra e das filhas. E se dispense o motorista. E quando a dita empresa que não quer pagar quiser convidar alguém para a bola, olhe, faça um bonito e convide umas crianças pobres que sonham com o Ronaldo. Talvez da Cova da Moura.
15
Jul17

Herdade da Comporta já foi vendida para fazer um 'resort' exclusivo

António Garrochinho


'Holding' ARDMA, do empresário Pedro de Almeida adquiriu 59,09% de participações e tenciona chegar aos 100%

A 'holding' de investimentos ARDMA, assinou no começo desta semana um contrato que prevê a aquisição de 59,09% das unidades de participação da Herdade da Comporta, sendo o objetivo transformar o espaço num 'resort' exclusivo.
Em nota hoje divulgada, a ARDMA, do empresário Pedro de Almeida, diz que a estratégia passa por desenvolver um 'resort premium', "mantendo e reforçando as características únicas da Herdade da Comporta, que a tornam um destino único e uma marca de referência no panorama internacional".
Pedro de Almeida, diz o texto da ARDMA, "optou por se apresentar no processo de venda através de sociedade por si totalmente detida, sem sócios, de modo a desenvolver uma estratégia de investimento que melhor defenda a preservação do património construído na Comporta e para manter flexibilidade nas decisões durante todo o processo de venda".
O objetivo é adquirir no futuro as demais unidades de participação do fundo de investimento Herdade da Comporta FEIF, até aqui detidas pela Rioforte, 'holding' do Grupo Espírito Santo (GES).
Não é referido no texto enviado à imprensa o valor do negócio hoje anunciado.
A Herdade da Comporta, que fica situada nos concelhos de Alcácer do Sal e de Grândola, foi adquirida pela família Espírito Santo em 1987.
Face ao colapso financeiro do Grupo Espírito Santo, um tribunal do Luxemburgo colocou a Herdade da Comporta à venda.

www.dn.pt

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

António Garrochinho

Links

  •