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No mês em que Passos Coelho tentou tirar proveito partidário de uma tragédia nacional, os portugueses puniram severamente o PSD e o seu líder, no mais recente barómetro da Aximage para o Correio da Manhã e para o Jornal de Negócios. A dois meses das autárquicas, o PSD caiu de 24,6% para 22,9%. Não só foi o único partido a descer como desceu 1,7 pontos percentuais, uma variação pouco usual.
No seu conjunto os partidos da direita caíram um ponto percentual, significando que o CDS recuperou 0,7 p.p. para 5,3% das intenções de voto. Os partidos da esquerda subiram 0,7 pontos percentuais devido às subidas do Bloco de Esquerda para 10,1% e do PS para 44,0% das intenções de voto. A CDU manteve os 7,8% que já havia registado no barómetro do mês passado.
A Aximage inquiriu ainda sobre a atuação dos diferentes atores políticos na reação ao incêndio de Pedrógão. Nesse inquérito fica particularmente evidente como os portugueses deploram o aproveitamento partidário, dando notas muitos negativas às atuações de Passos e Cristas. Passos é avaliado com 5,2 pontos em 20 e Assunção Cristas é avaliada com 7,6 pontos.
Todos os restantes atores têm apreciação positiva, com destaque para o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa é avaliado com um 17,1 na atuação no seguimento da tragédia. Os inquiridos dão uma nota de 11,4 valores ao Primeiro-ministro António Costa e 10,8 valores à Ministra da Administração Interna.