era uma vez um gajo que pensava ser primeiro ministro tinha a cabeça estragada mais dura que o próprio xisto e então na sua demência de apego ao poder via mortes por todo o lado e era ele que estava a morrer
A História explica-nos tudo. Não sendo uma ciência exacta e tendo leituras plurais, não deixa por isso de ser uma ciência. Que deve ser estudada com rigor, mesmo que tenha (e tem) alardeamento ideológico. Sendo assim…
Simplificando, é conhecido o caminho que levou à hegemonia nazi na Alemanha ou ao fascismo italiano, inicialmente com máscara socializante (ou outra treta qualquer que queiram enumerar). Povos desesperados, trabalhadores sem horizontes, descrentes na traição sistemática do capital disfarçado de social-democrata, etc. O resultado em todo o mundo é conhecido e não vale a pena, aqui, falar com números.
No princípio da década de 70, uma experiência marxista ingénua, para não dizer quase irresponsável (podemos dizê-lo hoje, é certo), levou a um arremedo de governação marxista através de decretos, na pátria de Neruda. O resultado da experiência a-histórica também é conhecido. O descalabro civilizacional em toda a América-Latina, com os "filhos" de Hitler assumindo o esclavagismo que o pai não conseguiu manter.
Nestes dois exemplos, milhões de seres humanos fingiram que não perceberam o que se iria passar. Pior: continuaram a fingir que nada sabiam do que se passava. E sabiam!
A Venezuela poderá estar à beira da maior mortandade planetária desde a destruição da vara nazi. Há um Chile em preparação adiantada para consumir o povo venezuelano pelo extermínio. A invasão da Venezuela pela Colômbia e os EUA fascistas, são um cenário que os revolucionários de todo o mundo devem ter em atenção como uma possibilidade iminente, fruto de um ódio crescente a tudo o que possa sugerir um modo DIFERENTE (apenas) de entender livremente uma outra concepção da organização de uma sociedade.
Não há duas vias, camaradas. Ou se está com a Revolução bolivariana ou se está com o fascismo (vista-se ele como se vestir). Quem é de ESQUERDA apoia (ainda que criticamente se for o caso) o processo de transformação bolivariano de concepção socialista.
Hercule-Savinien de Cyrano de Bergerac, conhecido como Cyrano de Bergerac, poeta, dramaturgo e pensador francês, contemporâneo de Molière e Boileau, morre em Sannois em 28 de Julho de 1655, aos 36 anos, em consequência dos ferimentos causados por uma viga que caiu sobre a sua cabeça.
Pela sua atitude desrespeitosa ante as instituições religiosas e seculares foi considerado um libertino. É tido também como um dos precursores da ficção científica.
Nasceu em París em 6 de Março de 1619, como quarto filho de Abel de Cyrano, advogado do Parlamento. Passou a maior parte da sua infância em Saint-Forget, para logo mudar-se para Paris, onde transcorreu quase toda a sua vida.
Em 1638, adoptou o sobrenome de Bergerac, correspondente às terras que o seu avô, Savinien I de Cyrano, havia comprado ao enriquecer com negócios relacionados com o sector da pesca, aquisição que permitiu à familia de Hercule-Savinien ingressar no círculo da pequena nobreza.
Escolheu a carreira militar e fez-se célebre pela sua audácia e os seus numerosos duelos. Deixou a carreira militar em 1641 depois de um ferimento na garganta por ocasião do cerco de Arras. Foi então que começou a estudar filosofia com Pierre Gassendi.
Cyrano foi um dos mais importantes escritores do século XVII em França e uma personalidade verdadeiramente eclética: romancista, dramaturgo, autor satírico. Antes de falecer deixou escrito um Tratado de Física, como igualmente pretendia liderar uma vanguarda cultural, uma nova filosofia de vida.
Alvo de discussão e controvérsia, foi considerado sucessivamente "um mártir livre-pensador" (Paul Lacroix), um "cientista incompreendido" (Pierre Jupont, em A Obra Científica de Savinien de Cyrano "Cyrano de Bergerac", 1907), "um libertino sem arte nem parte (Lechèvre), um "racionalista militante" (Weber) e "pretenso alquimista" (Eugéne Conseliet).
As suas obras foram editadas muitas vezes, especialmente em 1851 por Leblanc Duvernet, e em 1858 por Paul Lacroix, conhecido como "O Bibliófilo Jacob".
Em "Historia Cómica dos Estados", considerada como uma das primeiras novelas de ficção científica, Cyrano dividiu-a em duas partes: "História Cómica dos Estados e Impérios da Lua", publicada em 1657 pelo seu amigo Lebret, e "História Cómica dos Estados e Impérios do Sol", publicada em 1662. Cyrano escreve na primeira pessoa a viagem que realiza à Lua e ao Sol e as observações que faz das pessoas que encontra, cujo modo de vida é, às vezes, chocante e totalmente distinto do nosso. Esta viagem imaginária é, antes de mais nada, um pretexto para expressar a sua filosofia materialista e fazer uma crítica à sociedade e às ideias e crenças da época. Os dois relatos foram publicados a título póstumo.
No dia 1 de Maio de 1931, foi inaugurado em Nova Iorque o Empire State Building, na esquina entre a Quinta Avenida e a Rua 34 Oeste. Com 102 andares e 443 metros de altura, era o edifício mais alto da cidade e do mundo, e iria manter essa posição durante 41 anos, até à inauguração da Torre Norte do World Trade Center em 1972.
Uma tragédia abalou o Empire State Building pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial. Em finais de Julho de 1945, o Mundo estava numa espécie de interlúdio militar, depois da vitória dos Aliados sobre a Alemanha que tivera lugar em 8 de Maio e quando se concertavam as operações que conduziriam à inevitável derrota do Japão. As atenções da imprensa mundial estavam concentradas na Conferência de Potsdam, na Alemanha.
Em Nova Iorque, o dia 28 de Julho foi um sábado de nevoeiro apesar de já se estar em pleno Verão. Cerca das 9H30 da manhã, o tenente-coronel que pilotava um bombardeiro B-25 que levantara voo de Boston nessa mesma manhã, pediu autorização para aterrar no Aeroporto La Guardia. A torre de controlo do aeroporto informou-o que as condições de visibilidade eram nulas. Mesmo assim o piloto insistiu em fazer a aproximação à pista. Foi um erro. Não se vendo um palmo à frente do nariz, às 9H40 o bombardeiro B-25 acabou por embater contra a fachada norte do Empire State Building à altura do 79º andar, que está situado a uns 300 metros de altura. Sendo sábado, o edifício tinha apenas aproximadamente 1.500 pessoas em vez das 10 a 15.000 que ali estariam num dia útil. Em consequência do embate e do incêndio que imediatamente deflagrou houve 14 mortos (3 no avião, 11 no edifício) e 26 feridos.
Os bombeiros conseguiram controlar o incêndio em 40 minutos. Não foram os únicos profissionais à altura da situação. Ernie Sisto, um destemido fotógrafo profissional, acompanhou as equipas de salvamento e, ultrapassando os dois andares onde se dera o principal impacto, conseguiu, pendurado dos parapeitos e agarrado pelas pernas por dois ajudantes, tirar a fotografia que serviu de capa ao New York Times do dia seguinte.
O acidente causou um prejuízo de 500 mil dólares, passados dois dias o edifício foi reaberto.
Alma ruim e cruel que enfim partiste _Tão tarde! diz o povo descontente Descansa no Inferno eternamente Que nenhum português ficará triste E se de lá do fundo inferno onde desceste Memória deste mundo se consente Não te esqueças desta lusa gente A quem tão maus tratos infligiste E se vires que podes compensar De algum modo a dor que nos ficou Destes quarenta e oito anos de pesar Roga a Deus em quem sempre acreditaste Que bem cedo te faça acompanhar Da corja de Bandidos que forjaste
Quando a 28 de Junho de 1914 nas ruas de Sarajevo é assassinado por um nacionalista bósnio, o arquiduque Franz Ferdinand ( Francisco Fernando ), herdeiro do trono do império Austro-húngaro, chegou aos píncaros a tensão entre as várias potências europeias, mas especialmente entre a Sérvia ortodoxa e o império austro-húngaro católico.
O Império austro-húngaro era constituído essencialmente pelos reinos católicos da Áustria e da Hungria, a que se juntavam várias outras «realidades nacionais».
O surgimento dos nacionalismos europeus, tinha enfraquecido de sobremaneira o império que se encontrava numa situação extremamente complexa tendo que gerir os intentos separatistas especialmente dos povos eslavos que o constituíam.
A Bósnia, com uma população mista católica e ortodoxa, tinha sido ocupada pelos austro-húngaros havia apenas alguns anos, com o intuito de impedir a expansão do nacionalismo sérvio, que prosseguia planos de expansão com o objectivo da formação do velho sonho da «Grande Sérvia».
O assassinato do arquiduque Francisco Fernando aumentou ainda mais a tensão entre sérvios por um lado e austro-húngaros por outro.
Durante o mês de Julho de 1914, a Sérvia foi responsabilizada pelo incidente e pressionada pelo governo de Viena para que permitisse que a sua polícia procurasse os assassinos do arquiduque Francisco Fernando no seu próprio território.
A Sérvia, aceitou quase todas as exigências austro-húngaras, mas recusou permitir o acesso à polícia imperial à Sérvia para participar directamente nas investigações.
De imediato, a Áustria, por pressão dos sectores mais intervencionistas, começou a falar na possibilidade de intervenção contra a Sérvia.
A Sérvia sentia-se pelo menos parcialmente protegida pela sua aliança com o Império Russo, com o qual partilhava laços religiosos, dado os dois países serem maioritariamente ortodoxos.
Esta relação com a Rússia, levou o Império Austro-Húngaro a contactar a Alemanha, para saber se poderia contar com o apoio do Império Alemão para dissuadir a Rússia de intervir.
A resposta dos alemães sobre o assunto foi no sentido de ainda tentar evitar conflitos, mas aparentemente houve uma interpretação incorreta da resposta alemã.
Existem indícios de que o ministro austríaco da guerra Marechal Alexander Von Korbatin e especialmente o ministro das relações exteriores conde Lopold Von Berchtold que se sabia serem favoráveis à guerra contra a Sérvia, inventaram um ataque por parte de forças sérvias na fronteira.
Também por isso se especula que o imperador austríaco foi igualmente enganado sobre as verdadeiras intenções da Alemanha, que inicialmente não estava interessada num conflito de imediato.
Pressionado por causa de um suposto ataque sérvio e convencido de que tinha o apoio do Kaiser alemão, o velho imperador Habsburgo, Francisco José I assina a declaração de guerra do império Austro-húngaro à Sérvia em 28 de Julho de 1914.
É no entanto frisar que ainda que a guerra tivesse sido declarada, até ali tratava-se de um conflito regional, entre dois países da Europa central.
No entanto, e sem qualquer declaração de guerra adicional, a Rússia decretou de imediato a mobilização geral das suas tropas em preparação para um eventual conflito, dando a entender que apoiaria a Sérvia, seu tradicional aliado.
Acredita-se hoje, que os alemães não estavam muito dispostos a entrar na guerra, mas a rapidez com que a Rússia iniciou os preparativos para a mobilização geral alertou e alarmou os dirigentes alemães, que não a esperavam.
A Alemanha exigiu que a Rússia cancelasse a sua mobilização, considerada como uma ameaça, mas ao mesmo tempo que exigia o cancelamento da mobilização russa, a Alemanha decretava também a sua mobilização geral como medida preventiva.
A mobilização geral da Alemanha serviu para consolidar a recusa russa, e em 1 de Agosto a Alemanha declarou guerra à Rússia, internacionalizando assim o conflito.
Os governantes da Alemanha,França, Rússia, Áustria-Hungria e do Reino Unido tentando manter a tampa do caldeirão a ferver das tensões imperialistas e nacionalistas nos Balcãs para evitar uma guerra geral europeia. Eles foram bem sucedidos em 1912 e 1913, mas não tiveram sucesso em 1914.
Conde Leopold von Berchtold, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Áustria - Hungria
A vida e carreira de J. S. Bach foi confinada a um espaço geográfico bastante limitado. Nascido e criado em Thuringia, Eisenach, o músico nunca se afastou muito da sua terra natal.
A família de Bach era uma de várias famílias tradicionais de músicos, vivendo como instrumentistas e cantores da cidade. Bach acabaria por perder os seus pais, ficando órfão aos 9 anos de idade. O jovem Bach foi então viver com o seu irmão Johann Chrtistoph Bach. Este acabou por ser o seu primeiro professor de piano, apesar de o jovem já ser talentoso nessa altura. Quando o irmão deixou de o poder sustentar, Bach e o seu amigo de escola, Georg Erdmann, partiram para Lüneburg. Isto aconteceu em 1700. Nessa localidade existia a Escola Latina, que aceitava crianças carenciadas, com o compromisso de retribuírem os estudos cantando no coro da Igreja de S. Miguel (Michaeliskirche). Esta escola estava ligada a uma tradição musical relevante, proporcionando ao jovem músico uma formação musical de qualidade. Após um breve período na escola, Bach era já considerado um virtuoso do órgão. Em 1703, Bach é contratado como violinista para a capela privada do duque de Weimar, Johann Ernst. Não tardou que Bach conseguisse o seu primeiro emprego sério, sendo designado, ainda nesse ano, organista da nova igreja de Arnstadt. Em outubro de 1705, tirou uma licença de quatro semanas para estudar a música de Buxtehude em Lübeck, reconhecido compositor de trabalhos para órgão e peças vocais. Estas terão sido a principal influência dos primeiros trabalhos vocais de Bach, Actus Tragicus BWV 106. Só regressou a Arnstadt em janeiro de 1706. Durante este período em Arnstadt terá composto também o Capriccio Sopra La Lontananza Del Suo Fratello Diletissimo BWV 992, o prelúdio coral Wie Shön leuchtet der Morgenstern BWV 739.
Em 1707, muda-se para Mülhausen e torna-se o organista local. Casou com Maria Bárbara, sua prima em segundo grau. Nesta fase, desenvolveu o gosto pela composição de temas vocais de câmara. Durante este período compõe diversas cantatas, sendo publicada uma delas, a única que conheceu divulgação escrita durante a sua vida, a cantata Gott Ist Mein König BWV 71. Foi um facto notável para um compositor de 22 anos, numa época em que nem compositores como Telemann ou Handel tinham conseguido esse privilégio. Neste período compôs os famosos Toccata and Fugue em Ré Menor BWV 565, o Prelude and Fugue em Ré Maior BWV 532 e a Passacaglia em Dó Menor BWV 582.
Retorna a Weimar em 1708. Foi nesta cidade que transcreveu para órgão uma coleção de música italiana, particularmente a coleção de concertos L'Estro Armonico, de Vivaldi, que acabaria por ter muita influência na forma das composições de Bach. Nesta fase nascem os seus quatro filhos, Catharina Dorothea (1708), Wilhelm Freidemann (1710), Carl Philipp Emanuel (1714), apenas estes dois tiveram formação musical, e Johann Gottfreid Bernhard. As principais obras de órgão de Bach nasceram neste período. Depois de ver dobrado o seu salário, Bach escrevia uma cantata por mês. Nesta fase, o seu nome começou a ser falado além dos limites de Weimar.
Um desentendimento com um dos duques de Weimar acabou por levá-lo à prisão durante praticamente um mês, até ser destituído das funções que ocupava. Partiu para Köthen, de onde tinha recebido uma interessante proposta de trabalho. Tornou-se mestre da capela local em 1717. Além disso, Bach compôs peças para a orquestra pessoal do príncipe Leopold von Anhalt-Köthen, seu patrono musical. Bach viajava frequentemente com a banda e, num dos regressos, soube do falecimento da sua esposa. Casou em 1721 com Anna Magdalena Wilcken. O declínio musical de Köthen levou Bach a procurar outra colocação. Nesta fase, compôs os famosos Brandenburg Concertos BWV 1046-1051, as French Suites BWV 812-817 e as English Suites BWV 806-811.
Bach e a família partem para Leipzig em 1723. O músico colaborou com a Escola de St. Thomas, uma instituição associada a uma tradição secular de formar os cantores para os coros das quatro igrejas locais. Neste período, seguindo a filosofia da escola, Bach compôs cantatas em grande quantidade. Apesar disso, a vida pessoal do músico não deixou de estar marcada pela tragédia: a sua segunda mulher esteve grávida 12 vezes mas oito das crianças morreram e dos quatro sobreviventes um tinha graves problemas mentais. O último filho nasceu em 1742, quando Bach tinha 57 anos.
Depois de vários problemas legais, Bach assume a direção do Collegium Musicum de Leipzig. O músico lidera também a orquestra dos estudantes, com concertos semanais. Foi nesta época que Bach praticamente deixou de compor cantatas. Destacam-se St. Mark Passion (1731), o Christmas Oratorio (1734/35), o Easter Oratorio (1734) e o Ascension Oratorio (1735), como as suas últimas composições neste estilo, apesar de ter continuado com estes trabalhos até 1742.
A última fase da sua vida é marcada por um estilo galante e diferente, bem patente nas Goldberg Variations (1742). Este estilo caracteriza-se por uma estrutura rígida, um ritmo harmónico mais lento do que o habitual no estilo barroco. Também é comum o recurso aos ritmos das danças populares e das canções tradicionais. Contudo, Bach não abandona o stile antico de compositores como Palestrina. Esta perspetiva influenciou a Missa em Si Menor BWV 232 e o Kunst der Fugue BWV 1080, um trabalho inacabado e publicado em 1751, após a morte de Bach.
Bach compôs uma enorme quantidade de peças de música coral sacra, incluindo mais de 200 cantatas, a célebre Missa em Si Menor e três composições da Paixão (segundo S. Mateus, S. João e S. Lucas), uma delas perdida. Também compôs inúmeras peças para órgão e para cravo. Os seus últimos trabalhos incluem os célebres 48 prelúdios e fugas: O Cravo Bem-Temperado (Caderno I, 1722, e Caderno II, 1744) e Variações Goldberg (1742). A sua obra musical engloba também 20 concertos e 12 sonatas incompletas para violino e para violoncelo.
Johann Sebastian Bach. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
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Johann Sebastian Bach pintado por Elias Gottlob Haussmann
Considerado personalidade desportiva do ano em 1980, foi capturado pela Judiciária durante uma partida de golfe em Almancil. Tinha vida de luxo no Algarve
Milionário e antigo campeão de golfe amador, era procurado pelas autoridades britânicas por fuga ao Fisco. Foi detido no Algarve, onde vivia uma vida de luxo. É suspeito de fraude fiscal e branqueamento de capitais no valor de 20 milhões de euros.
Juízes concluíram que as peças lhe pertenciam. Recluso exige redução da pena e queixou-se ao Conselho Superior da Magistratura. Miguel Moreira, de 41 anos, que vivia na Rua da Vitória, no Porto, cumpre, desde 2013, 15 anos de prisão por crimes de roubo e furto, incluindo o assalto a uma ourivesaria em Ermesinde, em março de 2012, onde foram levados cerca de 10 mil euros em objetos de prata e relógios. Por este assalto foi condenado a três anos e seis meses de prisão, mas o Tribunal de Gaia devolveu-lhe dois relógios que teria roubado da ourivesaria. www.jn.pt
Há duas semanas que os clientes das operadoras nacionais estão a receber chamadas internacionais de números desconhecidos nos seus telemóveis. Deco e PJ admitem que se trate de mais um caso de burla dos consumidores
Se recebeu uma chamada internacional de um número que não conhece, não devolva o telefonema. Pode ser uma burla. O esquema é simples: dão dois toques à espera que ligue de volta e, se o fizer, ser-lhe-á cobrado o valor de uma chamada internacional que, dependendo do destino, poderá oscilar entre 5 a 6 cêntimos por minuto. Polónia, Tunísia e Mónaco são alguns dos países de origem deste esquema que tem afetado dezenas ou centenas de clientes de todas as operadoras em Portugal.
Nas últimas duas semanas, os alertas dos clientes têm chegado aos centros de apoio da Meo, da NOS e da Vodafone. As operadoras estão a recomendar a não devolução das chamadas. "Temos recebido contactos de clientes a relatarem esta situação. O que temos feito é alertar os clientes para o risco de devolverem chamadas internacionais para números que desconhecem", explica fonte oficial da Vodafone ao DN/Dinheiro Vivo.
À Deco ainda não chegaram queixas dos consumidores, mas Ingride Pereira admite que se possa tratar de mais um caso de burla. "Pode constituir uma situação de burla em que a pessoa fica lesada no valor das chamadas", diz a jurista do gabinete de apoio do consumidor da Deco. Embora ainda não seja claro qual o ganho associado a este contacto. "É uma chamada de um número internacional normal, à partida não haverá um ganho associado."
Os casos ainda não chegaram à Polícia Judiciária (PJ), que "não tem conhecimento" de nenhum fenómeno recente ligado a este tipo de situações com chamadas internacionais. "Na maioria dos casos com chamadas internacionais, as burlas estão relacionadas com serviços de valor acrescentado. Mas podem existir situações em que há um serviço suportado na base, em que o objetivo é incrementar qualquer coisa, por exemplo o tráfego que pode interessar a quem promove essas chamadas", diz Carlos Cabreiro, coordenador da UNC3T, a unidade da PJ que combate o crime informático, suscitando mais dúvidas sobre uma possível tentativa de roubo de dados, apesar de não excluir a hipótese. "Era preciso saber o que está em causa, haver queixas."
"Para saber se há burla, ou algum crime, temos de ter queixas para analisar", adianta Carlos Cabreiro, que tem desenvolvido muito trabalho nesta área das telecomunicações, ligados a diversos tipo de crimes, como burla, extorsão e roubo de dados. O único conselho que se pode dar aos consumidores é ter cuidado com as chamadas efetuadas, sobretudo quando estão envolvidos indicativos internacionais.