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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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30
Jul17

AGARREM QUE É LADRÃO

António Garrochinho

É assim que o restaurante Made in Correeiros está a ganhar "fama" a enganar turistas na Baixa de Lisboa.
Os críticos da TripAdvisor dizem que o restaurante se devia chamar Feito nos Corredores. Mas eles também deviam saber que estes esquemas são todos feitos nos bastidores. Até porque a maioria dos preços consta realmente na ementa. Não se percebe como é que os bifes caem na armadilha.















30
Jul17

PORTUGAL | Protesto em Sines contra a exploração de petróleo na costa alentejana

António Garrochinho




Simulando um derrame de petróleo, os ativistas cobriram-se de tinta de choco e tricotaram uma linha vermelha em protesto contra a exploração de hidrocarbonetos em Aljezur. A ação teve lugar na Praia Vasco da Gama.

O protesto, que teve lugar este sábado, foi organizado pelo ALA - Alentejo Litoral pelo Ambiente(link is external), um grupo de cidadãs e cidadãos preocupados com os impactos da poluição na saúde, qualidade de vida, futuro comum e no meio ambiente, e que juntos estão a organizar diversas atividades cívicas no Alentejo para alertar para o perigo dos furos na sua costa. 

A iniciativa contou, contudo, com a colaboração da Campanha Linha Vermelha, bem como com o apoio de diversos coletivos, como o Stop Petróleo Vila do Bispo, Climáximo e Tamera. Os ativistas procuraram, desta forma, sensibilizar e informar os sineenses e os visitantes do Festival Músicas do Mundo sobre as consequências da exploração de hidrocarbonetos na costa alentejana.

No início das escadas que descem para a Praia Vasco da Gama, em Sines, foram colocadas faixas onde se podia ler “Não ao furo, sim ao futuro”.
Eugénia Santa Bárbara, da ALA, explicou à agência Lusa esta ação: “Quisemos simular um derrame de petróleo e os impactos que isso tem, normalmente, na fauna e na flora”, sublinhou, lembrando que há um furo previsto para Aljezur, de três mil metros de profundidade, já no início de 2018.

Eugénia Santa Bárbara sinalizou os “impactos ambientais, mas também económicos e sociais, no turismo e na pesca”, da exploração de petróleo.

Segundo referiu a ativista, a tinta de choco, biológica e preparada em casa, utilizada para “criar uma imagem que fosse forte”, só foi conseguida com a ajuda das peixeiras de um mercado lisboeta.

Ao mesmo tempo que perto de uma dezena de ativistas se deitava no areal coberta com a tinta, elementos da Campanha Linha Vermelha (link is external) desfiaram agulhas e linhas para “alertar e consciencializar os portugueses para a exploração do petróleo e do gás em Portugal”.

Catarina Gomes, responsável por esta campanha, explicou que recorrem às artes do tricô e do croché para desenhar uma estratégia “mais leve” e “convidativa”, porque, “quando as pessoas ouvem estes assuntos, sobre o petróleo, qualquer coisa relacionada com ativismo, ou coisas mais sérias, assustam-se”.

Todos estão convidados a participar na campanha, mesmo quem não sabe tricotar. Adultos, jovens e crianças, de norte a sul, já ajudaram a “tecer a maior linha vermelha que seja possível” e “com ela percorrer o país”.

Desde o seu início, há sete meses, a linha, com 15 centímetros de largura, já vai em quase quatro quilómetros. A campanha só terminará quando os nove contratos para exploração de petróleo e gás forem cancelados.

Esquerda.net | Foto retirada do facebook de Catarina Gomes.
paginaglobal.blogspot.pt
30
Jul17

Portugal | ENTRE A LAMA E OS ALÇAPÕES

António Garrochinho



Manuel Carvalho da Silva | Jornal de Notícias | opinião



O verão é um período de poucas notícias, mas este ano não está a ser o caso. Há um denso noticiário em torno de tragédias, com realce para a dos fogos florestais, temos mais lutas sociais dando origem a algumas notícias e é ainda significativo o espaço especulativo a propósito de alguns processos judiciais. No entanto, o debate político que acompanha a agenda noticiosa revela-se muito pobre, o que não afiança nada de bom para o futuro próximo.

Os partidos da Direita, atolados num pântano malcheiroso, atiram lama em todas as direções. Tendo optado por terem como programa político a mera aplicação da cartilha neoliberal reinante, para estes partidos Portugal é apenas mais um espaço para prolongamento desses interesses, fator que aprofunda o seu distanciamento face às realidades concretas que aqui se vivem. O caso da lista de vítimas em Pedrógão Grande ilustra tristemente esse vazio e mostra que daquela banda não virá qualquer contributo sério, neste caso sobre o que é urgente fazer no que toca à floresta nacional, ao ordenamento do território e ao combate aos incêndios.

As lutas sociais latentes ou em curso, a baixa qualidade do emprego e das retribuições, a discussão estruturante sobre o próximo Orçamento do Estado ou o debate sobre a posição do país na UE não merecem à Direita mais do que negligência, aqui e ali salpicada por pronunciamentos de oportunismo político. A Direita entregou-se à chicana política, fazendo uso de quaisquer armas de arremesso e apoiando-se em alguns grandes meios da comunicação social que, sem escrúpulos, se alimentam do alarme social.

O arrastar da política para o patamar da lama pode ter efeitos espúrios vários: i) enfraquece a democracia ao acentuar a sua descredibilização e ao não trazer conteúdos para o debate das ideias e para a formulação de propostas; ii) amplia no Partido Socialista (PS) a ideia de que, a este, basta o Governo ir gerindo a situação para ter garantida a continuidade no poder, o que pode matar mudanças de políticas tenuemente iniciadas em algumas áreas; iii) coloca dificuldades acrescidas aos partidos da Esquerda que dão apoio parlamentar ao Governo, porque estes têm de ser ofensivos face à Direita, mas não podem pactuar com um PS acomodado.

O atual Governo, perante um debate político concentrado na "espuma dos dias" que emerge de uma agenda de retrocesso económico e social e de esvaziamento de valores, se optar por empurrar os problemas com a barriga, deixará atrás de si verdadeiros alçapões que poderão transformar-se em perigosas armadilhas para os trabalhadores, para a maioria dos portugueses e para o país.

Por exemplo, o caso "Altice" reproduz-se, mesmo que parcelarmente, em muitas outras empresas, e perante isso não pode haver silêncios. São muito importantes as inspeções da Autoridade das Condições de Trabalho, instituição de grande mérito mas com crónica falta de meios, contudo os seus pronunciamentos não são decisões de tribunais transitadas em julgado, ou seja, o efeito da sua ação (importante) pode chegar quando o emprego e os direitos de quem trabalha já foram cilindrados. A incapacidade de agir sobre estas situações alia-se, de facto, a uma vontade fortemente impulsionada por Bruxelas que vai no sentido de compatibilizar a legislação laboral com essas subversões das relações de trabalho e não de se fazerem os ajustamentos - talvez bem pequenos se cirúrgicos e acompanhados por sinais motivadores - para dar combate eficaz às precariedades e promover a negociação coletiva.

Por outro lado, a justiça é ela própria um grande alçapão, se continuar prisioneira de uma enorme desconexão entre o estardalhaço na comunicação social provocado pelo início de alguns processos e o que fica no final desses mesmos processos. Esta realidade tolhe a sociedade e contribui para a secundarização do trabalho na justiça.

O Governo tem que ser coerente com a sua plataforma política. Cometerá um erro estratégico grave se no próximo Orçamento do Estado inscrever compromissos limitadores por longo tempo da reposição de direitos, da criação de emprego digno, da requalificação de emprego e da melhoria dos salários. Há condições para o desenvolvimento, haja coragem e bom senso.

* Investigador e professor universitário

paginaglobal.blogspot.pt
30
Jul17

64: o número da vergonha do jornalismo português

António Garrochinho

O 64 é também o número da vergonha do jornalismo português, aqui, a culpa é só dos senhores jornalistas.

Todos vimos o que se passou nesta semana. Um circo macabro, um ultrajante carrossel de tentativa de aproveitamento político da perda de vidas humanas. A política é das mais nobres actividades, mas é um nojo quando se faz com o sofrimento de famílias que já perderam tanto. Ninguém gostou do espectáculo, pedia-se sensatez e racionalidade, ao contrário, apareceram uns herdeiros de Nero com ânsias de ver Roma a arder.
Há muito por explicar e devem exigir-se todos os esclarecimentos, mas sem salivar sangue. A oposição será muito mais digna e dura se colocar as perguntas que todos os portugueses querem ver respondidas, porém, quando se vestem de agentes funerários perdem qualquer credibilidade que possam ter. E as figuras que se viram, foram execráveis.
Há uns tempos, tenho a certeza que se lembram de uma criatura de nome Baptista da Silva. Andou por jornais e principais programas de televisão como “especialista da ONU”, botou discurso, recebeu encómios e elogios de quem o projectou, afinal, era um burlão. Nicolau Santos, depois da ópera-bufa da qual foi um dos principais promotores, teve a honradez de pedir desculpa e disse mesmo que tinha sido «embarretado» (palavras dele).
Pois bem, a tragédia de Pedrógão Grande possibilitou mais duas situações anedóticas que puseram a credibilidade do jornalismo ao mesmo nível do da classe política, perto do zero. Primeiro, a notícia de que um avião espanhol de combate aos fogos tinha caído, o que era totalmente falso. Disseram que tinham fontes. Mas, meus caros amigos, quando um jornalista é enganado deliberadamente por uma fonte e esbate o seu compromisso de verdade com as suas audiências, não viola o seu código deontológico se denunciar quem com maldade o defraudou. E até hoje não vi denunciadas essas “fontes” mentirosas.
Depois, e profundamente lamentável, permitiram que uma senhora andasse por redacções, jornais e televisões com uma dita “lista da morte” e, sem verificarem nada como no caso de Baptista da Silva, não viram que é uma conhecida caloteira sem credibilidade a quem durante dias permitiram insinuações graves sobre o número de vítimas colaborando assim num combate político que morreu na praia, depois do comunicado da PGR que esclareceu taxativamente o número de 64 mortes que tinha sido anunciado, mais duas mortes por via indirecta e que estão a ser investigadas.
Quem acompanha os meus textos aqui no ECO, sabe como eu respeito a classe jornalística e como considero fulcral para as sociedades democráticas o seu papel. Mas depois disto tudo, quando vão pedir desculpas aos leitores e espectadores que enganaram? Como vai ser o comportamento dos media em crises futuras? É que não podemos perder a confiança na comunicação social, esse elo quando for cortado vai levar-nos a uma situação de faroeste mediático em que quem disparar mais rápido e falar mais grosso será o novo xerife. E desejo que nunca caiamos num trágico cenário desses.
Infelizmente foram 64 as vítimas directas do incêndio de Pedrógão Grande. Apanhados na fogueira da opinião pública – muito mais importante que a opinião publicada, relembro – estão também a imprensa, a televisão e a reputação de uma classe que tem uma das profissões mais bonitas e sérias que existe. O 64 é também o número da vergonha do jornalismo português, aqui, a culpa é só dos senhores jornalistas.
Nota: Por decisão pessoal, o autor não escreve de acordo com o novo acordo ortográfico.
30
Jul17

A Batalha de Cambedo - Viagem à memória de um povo raiano

António Garrochinho




Cambedo da Raia entrou na minha vida no XVI Encontro da blogosfera flaviense, realizado dia 4 de dezembro. Entrou e vai ficar porque a 'promiscuidade' deste pobo com os galegos me cativa. 


A aldeia não é Gernika nem teve nenhum Picasso a imortalizar o sofrimento dos paisanos, quando foi bombardeada por forças repressivas, na véspera do Natal de 1946. Na manhã de 20 de dezembro, há 65 anos, a população levantou-se, sobressaltada, com o aparato bélico e o latido dos cães.


No cerco a três fugitivos anti-franquistas, aí refugiados, participaram mil (mil?) efetivos: cinco agentes da PIDE, forças da GNR, da Guarda-Fiscal, da PSP e um pelotão do Batalhão de Caçadores nº 10, de Chaves, apoiadas do outro lado da fronteira, pela Guardia Civil espanhola.
Cambedo 4

Pátio onde o Juan e o Demétrio se esconderam

Na aldeia, com base na denúncia de uma mulher chamada Remédios, havia várias casas suspeitas de servirem de pernoita a fuxidos galegos: a da Escolástica, a do Adolfo, a do Mestre, a da Silvina e a da Engrácia. Porém, de todas, a da Albertina Tiago, foi a que ficou mais danificada na refrega que opôs os fugitivos às forças de repressão.


Desde o fim da guerra civil espanhola, em 1939, ganha pelos nacionalistas do general Francisco Franco, que anarquistas, comunistas e socialistas galegos permaneceram na raia - onde, para sobreviver, trabalhavam na agricultura, nas minas de volfrâmio ou no contrabando - ou daí procuravam partir para paragens mais longínquas, para escapar ao fuzilamento nas terras de origem.


Alguns fugitivos anti-fascistas, escondidos nas montanhas, tornaram-se guerrilheiros do maquis*, fazendo incursões em territórrio espanhol e escolhendo alvos concretos para os seus ataques.

*Maquis é o lugar onde se reunem os resistentes - maquisards - franceses à ocupação alemã durante a II Guerra Mundial. Em Espanha os maquis são os republicanos que, depois de perdida a guerra civil, combatem o franquismo nas montanhas das Astúrias e na Galiza.


A casa da Albertina nunca foi reconstruída, permanece em ruínas, como testemunho vivo da repressão, para que não se apague da memória dos homens o cêrco à aldeia, há 65 anos. 

Foto picada de Cambedo-Maquis

Sitiados durante uma noite e dois dias, os habitantes, acima de 300, viveram momentos de angústia e terror, com a troca de tiros de pistolas-metrelhadoras, dezenas de disparos de morteiros, lançamento de granadas de mão, de gás lacrimogénio, de bombas incendiárias e palheiros ardidos.


Vitorino Aires, da PIDE, seguido por agentes da PSP e da GNR, andou por este quinteiro a espetar espalhadouras na palha guardada no cabanal, à procura de guerrilheiros espanhóis  - Juan, Garcia, Demétrio e de outros que lá se poderiam ter escondido.


Em Portugal, a GNR e a PIDE escamoteavam a natureza política dos republicanos fuxidos à repressão, aos ajustes de contas e às represálias dos franquistas, no pós guerra-civil. Os meios de comunicação social, visados pela censura, davam a imagem de que se tratava de um bando de malfeitores.


O destacamento da GNR enviado para sitiar Cambedo, insuficiente para prender ou levar os perseguidos a renderem-se, foi reforçado por soldados do quartel de Chaves e por forças que tinham sido inicialmente destacadas para outras aldeias do concelho.



Da Batalha do Cambedo, resultou a morte de dois guerrilheiros - Juan Salgado Rivera e Bernardino Garcia, que terá preferido suicidar-se a render-se; a morte de dois guarda-republicanos, José Joaquim e José Teixeira Nunes; alguns feridos, incluindo uma menina; e foram presos oito galegos e 55 portugueses, dezoito dos quais de Cambedo.

Foto de Demetrio ou ´Pedro´ em 1946, picada de Cambedo-maquis

Demétrio Garcia Alvarez foi o único dos três guerrilheiros que não morreu no combate. Resistiu até se render, ao segundo dia, quando não tinha mais munições. Condenado a 28 anos de prisão, foi desterrado para o Tarrafal, em Cabo Verde, tal como José Pinheiro, conhecido por Pepe da Castanheira. Esteve lá encarcerado até 1965, tendo posteriormente ido viver para França.

Sr. Sebastião Salgado, cicerone das dezenas de participantes
 no XVI Encontro de bloguistas e fotógrafos Lumbudus.



Casa por onde Juan ou Facundo se escapou para o alto do monte, com intuito de se por a salvo, do lado de lá da fronteira. Encurralado pela Guardia Civil, acabou por ser morto por um guarda-republicano, quando recuava. Juan tinha laços familiares em Cambedo, tal como Demétrio.



Placa comemorativa, em galego, do cinquentenário da Batalha do Cambedo, "En lembranza do voso sufrimento, 1946-1996". A placa, oferecida por intelectuais galegos de Ourense, resgata a memória da solidariedade raiana e a auto-estima dos habitantes de Cambedo, durante quase três décadas ostracizados por a PIDE os apodar de vermelhos e acoitantes de bandoleiros.

Arlindo Espírito Santo, filho de Silvino, cabo reformado da 
guarda-fiscal, acusado de pertencer a associação criminosa. 
O pai esteve preso 11 meses e ficou sem a pensão.

Após ter lido o que alguns autores escreveram sobre a Batalha do Cambedo, fico intrigado com referências a uma suposta amnésia da população. Fernando Ribeiro diz que há uma vontade expressa em não falar sobre o assunto e que a placa, comemorativa do cinquentenário do combate, é vista como um elemento de perturbação adicional. 


Perturbação? Se assim for, é de presumir que o epílogo da história da "Batalha do Cambedo" apenas será escrito quando deixar de haver sobreviventes receosos de que o conhecimento de toda a verdade sobre cumplicidades e traições, na relação com os guerrilheiros, abra feridas que se pretendem esquecer.

Nota: As fotos das forças militarizadas são da simulação de um controle fronteiriço em Vilarelho da Raia, feito por membros da Associação Cultural da aldeia. Ver AQUI.


Fontes consultadas:

clubehistoriaesvalp.blogspot.pt
30
Jul17

Memórias de Azancot de Menezes contra “novos fanatismos” em Angola

António Garrochinho


Médico e fundador do MPLA, Hugo Azancot de Menezes (1928-2000) vê finalmente as suas memórias editadas em livro, que será lançado esta terça-feira na Biblioteca Nacional. Uma viagem pela história da resistência angolana e pelo interior do MPLA.
Hugo Azancot de Menezes em Angola
Foto
Hugo Azancot de Menezes em Angola 
Os estudantes angolanos em Portugal, na década de 1950, estavam alheios à tempestade prestes a rebentar em Angola. Longe do forte militantismo político que ali cimentava os movimentos de libertação e também da guerra que se avizinhava. Esta é uma das conclusões do livro intitulado Percursos da Luta de Libertação Nacional. Viagem ao Interior do MPLA. Memórias Pessoais, de Hugo Azancot de Menezes, médico já falecido e fundador do MPLA. O livro, com o selo da Nova Vega Editora, tem organização, fixação e revisão do texto, preâmbulo, notas e comentários do historiador angolano Carlos Pacheco, que, no preâmbulo, escreve: “Azancot entendia ser necessário, pelos caminhos da memória, responder com a verdade da sua experiência militante, sem concessões, por ser o melhor contributo a prestar às futuras consciências colectivas, ajudando-as a defender-se de novas utopias fundamentalistas e de novos fanatismos.” O lançamento ocorrerá esta terça-feira na Biblioteca Nacional, em Lisboa, pelas 18h.
Eis dois excertos, em pré-publicação:
PÚBLICO -
Foto
A capa do livro de Azancot de Menezes

Estudantes alheios à tempestade prestes a rebentar em Angola

Dos estudantes angolanos que partiam para Portugal nas décadas de 1940-50, a esmagadora maioria mal tinha saído da adolescência. Pela idade, e pela sua origem de classe, não tinham a menor noção das realidades profundas de Angola. Mesmo os que partiam para lá mais velhos, raros levavam na sua bagagem alguma experiência de militantismo político e foi nesta condição de alheamento e de desconhecimento do seu próprio país que se mantiveram em terras lusas. Muitos viriam a encontrar-se na Casa dos Estudantes do Império.


Lúcio Lara, já então na Europa, não desfrutava de melhor posição quando comparado com os demais compatriotas ali residentes, tanto quanto se pode depreender de alguns dos seus escritos. Colhe-se a impressão que ele pretendeu promover o grupo dos “marítimos”, atribuindo-lhes um papel fulcral na luta de libertação que eles, ao certo, nunca desempenharam. Menos ainda como veículos de informação entre Lisboa e Luanda, e vice-versa. As informações mais sensíveis em nenhum momento passaram pelos “Marítimos”, nem eles eram portadores de mensagens, directrizes ou palavras de ordem, muito simplesmente porque não as tinham ou não as recebiam. As notícias e outras comunicações não passavam pela Europa e tão-pouco a luta do povo angolano viajava nos paquetes coloniais. Não fazia escala por Portugal e não frequentava as suas Universidades.
Que importância o Portugal metropolitano e os estudantes angolanos ali residentes podiam ter nessa época para a luta que fermentava e se organizava nos subúrbios de Luanda e no coração doutros vilarejos, especialmente ao redor das fazendas agrícolas do norte de Angola? Que importância esses estudantes tinham nessa colossal mobilização popular que se estendia de Angola até Léopoldville? Como poderia o circunscrito e bem visível Clube Marítimo Africano [criado em 1954] cumprir tão ”magno protagonismo”, não fosse uma certa complacência da parte da tentacular e omnipresente polícia política de Estado? Como entender que no decurso de vários anos os seus dirigentes, entre os quais se incluía Humberto Machado e o próprio Lúcio Lara, não tivessem sido presos quando as suas aparentes ligações ao Partido Comunista Português (PCP) eram do domínio público? Convém esclarecer que as detenções de Agostinho Neto, enquanto estudante em Portugal [1950, 1951 e 1955], não resultaram de motivos relacionados com o nacionalismo africano ou por ligação a organizações políticas angolanas, e sim por conexão com o PCP. Além do mais, quantos desses “marítimos” foram metidos na prisão por actividades políticas subversivas, sabendo-se que trabalhavam para empresas de vital importância estratégica para o colonialismo português, como eram então as duas grandes companhias de navegação, a Nacional e a Colonial? Quais e quantos documentos políticos trouxeram eles clandestinamente de Angola e quantos para lá levaram? A que organizações ou partidos políticos prestaram serviços se até 1959 se ignorava em Portugal a existência de actividades políticas clandestinas em Luanda e noutras cidades? O que fizeram de verdade durante tantos anos as quatro dezenas de membros [ao certo 55] que compunham a massa associativa do Clube Marítimo? Quantos “marítimos” abandonaram o “mar” para se envolverem, de facto, com a luta armada de libertação nacional? A resposta é muito clara: nem um só.
Era grande o distanciamento e a ignorância sócio-política dos estudantes angolanos residentes em Portugal no concernente às questões mais prementes da sua terra natal. Afora algumas excepções, a Metrópole, a bem dizer, só albergava nesse tempo gente deste tipo. Jovens que seguiam um curso. O surgimento em Portugal de uma importante classe laboral angolana, à semelhança de outros países africanos, tirante o caso de Cabo Verde, é um fenómeno relativamente recente.
A informação portuguesa era orientada, controlada e veiculada pelas tenazes do regime político, tanto em Portugal como em Angola. Apenas a imprensa clandestina, ligada ao PCP, escapava aos ferros de tal controlo. Nós, estudantes de então, conhecíamos as publicações desse partido, o Avante e O Militante. A sua difusão e circulação, no entanto, tinham um carácter limitado e extremamente condicionado, além de que o espaço dedicado aos nossos problemas era, por assim dizer, quase nulo. Nós, estudantes africanos, sequer representávamos o alvo principal das notícias. As emissoras estrangeiras (mormente a BBC e a Rádio Moscovo), essas, sim, passavam por ser para nós, ao fim e ao cabo, as únicas fontes regulares de informação credível.
Deste modo, para encontrarem respostas a alguns dos seus anseios, os estudantes procuravam aglutinar-se em “ilhas”. Uma das pontes possíveis era o PCP, única força anticolonialista então organizada e conhecida em Portugal. Refiro-me, em particular, ao núcleo juvenil conotado com o Partido. O relacionamento do Movimento de Unidade Democrática (MUD Juvenil) com os elementos da comunidade africana era excelente; havia, de facto, uma grande abertura e simpatia com os membros dessa agremiação, não raro extensível aos seus familiares.
A Casa dos Estudantes do Império, fortemente vigiada e infiltrada pela PIDE [ex-PVDE desde 1945], não estava nem um mínimo preparada e sequer dispunha de margem de manobra para responder às preocupações políticas de muitos dos seus afiliados; tanto mais que a sua própria natureza e composição não lhe dava liberdade para se ocupar de outras tarefas que não fossem de carácter estritamente académico. De certo modo, a Casa assumia-se com um perfil elitista. Tenha-se em conta a origem etno-social, urbana e regional da grande maioria dos seus membros que, no caso angolano, dificilmente se reviam no espelho daquela Angola, cujos problemas fundamentais passavam, antes de tudo, pelas áreas suburbanas e rurais. E isto porquê? Porque uma minoria de africanos conseguia sobreviver nas franjas do sistema colonial e estar ao abrigo (relativo e temporário) da agressão física directa e brutal que em Angola vitimava os autóctones. Nem sempre se tinha a noção de que nenhum colonizado – fosse quem fosse – podia subtrair-se à agressão psicológica permanente e directa própria do sistema e a este indissoluvelmente ligado: o insulto colonial a todos dirigido. Ainda assim, este insulto era aparentemente ignorado por alguns. Na Metrópole, por exemplo, exibia-se com outras vestes, menos cruento e menos nu, mais engravatado.

A Casa dos Estudantes do Império e as suas contradições internas

A adaptação dos africanos ao meio social metropolitano, como se poderá imaginar, ia-se tornando cada vez menos possível à medida que se afirmava a sua tomada de consciência de “homem colonizado”; e à medida também que se agudizavam as contradições do sistema colonial em consequência do aumento da repressão, do abandono do colonialismo clássico pela França, Holanda e Inglaterra, e ainda por efeito da luta armada de libertação do povo argelino, bem como pela luta anticolonialista e anti-imperialista em todo o mundo. Todos estes factores juntos, concorreram para que se avolumassem e adensassem em muitos africanos sentimentos nacionalistas, cuja ressonância até então não ia além de segmentos muito restritos da sociedade portuguesa. Entretanto, o regime de Salazar, justificando-se com a defesa do “património histórico inalienável” e do “Portugal do Ultramar” não dava mostras de querer abrandar nas suas posições irredutíveis e nas campanhas de repressão contra os opositores.
No ciclo temporal que mediou entre 1952 e 1956 viveu-se na Casa dos Estudantes do Império um clima de acentuada discussão política. O irradiante dinamismo de Amílcar Cabral, de espírito patriótico aberto e directo, aliado à profundidade dos seus conhecimentos, impunham a sua liderança nas discussões e nos debates que, por essa época, se generalizavam na cantina da CEI, mais concretamente à hora das refeições em que se juntava um maior número de estudantes de todas as colónias. A PIDE, sem que muitas vezes nos apercebêssemos, dava linha ao peixe...
Rememoro a figura de Rui de Sequeira Nazaré, estudante “crónico” de Medicina, natural de Goa, de estatura baixa e calvo, com uma bela e aveludada voz de contra-baixo, tão paternal e afável quanto radical na defesa das suas convicções comunistas. Um belo dia a PIDE prendeu-o. Submetido aos habituais métodos de interrogatório e tortura, fraquejou. E falou “tudo”. Alguns dos seus camaradas mais próximos, além de enclausurados, amargaram penosos interrogatórios e buscas domiciliárias. Era vê-lo mais tarde. Aquele mesmo Nazaré, sempre vertical, alegre, iluminado, combativo e generoso, sempre militante e sempre na vanguarda [até na poesia], de um dia para o outro transfigurou-se. Murchou, olhava para o chão, atravessava a rua a passo estugado e fugia de nós, de todos e de si próprio.
David Bernardino, Portela Santos e outros tantos, também de ascendência portuguesa, simbolizavam uma geração de jovens que se faziam notar pelas suas posições corajosas, pela sua actividade e dinamismo e pelo seu militantismo e, quase todos, pelas suas ligações ao MUD Juvenil [formado em 1946] e ao Partido Comunista Português. Nessa ala progressista entravam ainda Antero de Abreu, Carlos Ervedosa, Ceita Machado e Pequito.
Outra figura inesquecível desse tempo, enquanto activo dirigente estudantil, foi Vasco Cabral [1926-2005]. Conhecemo-nos no Liceu Camões, em Lisboa. Era natural da Guiné-Bissau, filho de um médico nativo falecido ainda novo. Viveu em Lisboa desde tenra idade com a mãe e o irmão Luís e licenciou-se em Ciências Económicas e Financeiras, tendo por colega São José Lopes, que viria a ser o subdirector da PIDE em Angola. Aliás, conta-se que, cada vez que Cabral se cruzava com aquele colega, escarrava ostensivamente para o lado. São José era já então afamado pelo seu papel de informador da polícia. Não se pode dizer que Vasco Cabral fosse propriamente um líder das hostes africanas, os seus principais apoiantes e simpatizantes agrupavam-se do lado português, devido ao facto sobretudo de ele ser uma figura de proa do MUD Juvenil. As suas idas à CEI eram pouco habituais. Arlindo do Espírito Santo certa vez com ar conspirativo e incrédulo segredou-me: – “Sabes quem ouvi falar na Rádio Moscovo?”. E baixinho, para que ninguém o escutasse, relatou: – “O Vasco Cabral. Atacou Salazar e o regime fascista português e terminou o discurso a dar vivas à paz. No final identificou-se: ‘Daqui fala Vasco Cabral’”. Mal me refiz do impacto desta notícia, porque logo se apoderou de mim a certeza de que nunca mais voltaria a ver o meu amigo. Eu conhecia a força e a profundidade das suas convicções político-ideológicas e o seu radicalismo. Transcorria o ano de 1953.
Pouco tempo depois encontrava-me na Gare Marítima de Alcântara, onde naquela época acostavam os paquetes das linhas de África. Eu estava ali a aguardar a chegada de familiares vindos de Angola. Assim que o navio atracou ao cais, ouvi da ponte alguém que gritava: – “Viva a paz”. Inacreditável. Era Vasco Cabral de regresso a Lisboa. Foi um dos primeiros “passageiros” a descer. Ao ver-me no cais por entre a multidão (predominantemente portuguesa), dirigiu-se a mim, proferindo em voz alta: – “Viva a paz. Vou preso, Hugo, sabes porquê? Porque lutei pela paz. E a todos os que me ouvem aqui, lutem também pela paz”. Só então reparei que ele não estava só, acompanhavam-no alguns indivíduos, agentes da PIDE, com certeza. Compreendi que, ao fazer-se notar, Cabral comprometia a polícia secreta, e não só: ficávamos todos informados da sua prisão. Não seria fácil fazê-lo desaparecer. Ele regressava a Portugal com passagem por Londres e Funchal, vinha de um Congresso da Paz em Moscovo. Detectado e seguido, acabou por ser detido na Madeira [penou uma prisão de cinco anos]. Evadiu-se de Portugal em 1962 e aderiu ao PAIGC sob a liderança de Amílcar Cabral, a quem não atavam nenhuns laços de parentesco.
A “luta pela paz” nesse tempo era catalogada como um atentado contra o chamado “Mundo Livre” (de que o Portugal fascista e colonialista passava por ser um dos seus maiores defensores). Os países da esfera ocidental [subentenda-se, do bloco capitalista mundial] tinham acabado de criar a NATO, estavam equipados com armas atómicas e defendiam posições ameaçadoras sobre o bloco dos Estados comunistas que necessitavam de paz para a consolidação das suas posições e conquistas. A luta pela paz, além de ser um imperativo, representava, por isso mesmo, a grande palavra de ordem do mundo socialista.
A partir de certa altura a influência dos estudantes africanos, em particular dos angolanos progressistas – directa ou indirectamente ligados ao Partido Comunista Português –, começou a fazer-se sentir de forma clara no interior da CEI, até então dominada pelos filhos de portugueses naturais de Angola e por moçambicanos, senhores do país. Foi então que se deu a eleição de uma direcção distinta das anteriores, na qual se incluíam alguns não-europeus, entre os quais o meu irmão Óscar Jacob. Para presidente, elegeu-se Ataíde Lobo, de origem goesa. Com o tempo, esta influência tendeu a ganhar corpo e com ela sobreveio a reacção: os sócios de costela portuguesa, sobretudo os nascidos em Moçambique, sentindo-se superiores aos demais, debandaram e foram criar a “sua” Casa de Moçambique. Dizia-se que eles não estavam dispostos a frequentar as “batucadas da Casa”. A este respeito, recordo as palavras de uma colega do curso de Medicina, portuguesa, natural de Moçambique, que me declarou ter Lourenço Marques [a capital] dez mil habitantes. Imediatamente a corrigi e avancei com o número correcto: trezentas a quatrocentas mil pessoas. «Mas esses são pretos», replicou ela escandalizada. Assistiu a esta conversa o nosso colega de curso João Carneiro de Moura Pulido Valente [1925-2003]. Olhámo-nos mutuamente, ele pasmou com o que ouvira, as ideias progressistas de João Pulido eram conhecidas. Por diversas vezes a PIDE privou-o da sua liberdade por actividades hostis ao regime de Salazar.
A discriminação racial, os recalcamentos e as arbitrariedades, mais as dificuldades do dia-a-dia de cada estudante africano, cujas mensalidades, além de magras, nunca eram recebidas a tempo e, quando o eram, nem ao menos permitiam à grande maioria ultrapassar o portal da abstinência, tudo isto, numa palavra, consubstanciava o caldo de miséria mal escondida em que viviam os nossos compatriotas autóctones, cujo número perfazia umas dezenas. Por mais chocante que pareça, esta realidade de indigência contrastava de forma gritante com o elevado nível de vida dos estudantes de cepa lusitana, especialmente os nascidos em Angola. Autóctones de Moçambique eram raros na época, a maioria provinha de famílias portuguesas, sendo os estudantes de origem indiana os que pontificavam pelo seu maior número.
Em Londres e Paris vivi e convivi no final da década de 1950 com estudantes oriundos das colónias africanas de Inglaterra e França. Era chocante cotejar a nossa mediocridade com as facilidades desfrutadas por milhares de estudantes e quadros africanos procedentes dos domínios britânicos e franceses de além-mar. Já então se achava em curso da parte dos dirigentes dos Estados africanos (apesar de muitos ainda estarem submetidos ao domínio colonial), e da parte também dos governos de Paris e Londres, uma firme política de formação e africanização de quadros. Em Inglaterra, por exemplo, por volta de 1959 havia vinte mil estudantes e quadros académicos africanos como bolseiros dos respectivos países. A título de curiosidade, cito algumas das entidades que financiavam os estudos dos seus talentos no exterior: West African Students Union (WASU), Tanganyka Students Association, Ghana Union of Great Britain and Ireland, Nigeria Union of Great Britain and Ireland, East and Sierra Lione Students Association e Nyasaland Students Association.
Tais estudantes realmente não tinham com que se preocupar. Nem com as despesas de alimentação, nem com as despesas de alojamento. O pagamento dos estudos era inteiramente suportado pelos cofres públicos dos Estados de origem.

www.publico.pt
30
Jul17

O ENGANOSO DUBAI

António Garrochinho

SABIA QUE NO DUBAI PARA LÁ DA PROPAGANDA DO LUXO E RIQUEZA A VIDA PARA OS TRABALHADORES E PARA O POVO POBRE É UM INFERNO !?
GESTOS CARINHOSOS NA RUA SÃO PROIBIDOS, ÁLCOOL SÓ COM LICENÇA PARA ESTRANGEIROS, A HOMOSEXUALIDADE É REPRIMIDA DURAMENTE, AS MULHERES SÃO AUTÊNTICAS ESCRAVAS E NÃO TÊM LIBERDADE.
O reluzente horizonte de Dubai tem um custo. Embora os Emirados Árabes Unidos sejam um dos 10 países mais ricos do mundo, suas torres são construídas sobre as costas dos trabalhadores migrantes da Índia, Paquistão, Bangladesh e China, que se submetem a regimes de escravidão em troca de promessas de riqueza e uma vida melhor.
Ao entrar em Dubai, no entanto, seus passaportes são apreendidos e eles trabalham em condições que são “perigosas ao ponto de ser mortal.”
Os empregadores retém salários por meses, e eles vivem em campos de trabalho apertados com banheiros transbordando e pouca comida.

30
Jul17

COMO SÃO OS UNIFORMES ESCOLARES EM ALGUNS PAÍSES AO REDOR DO MUNDO

António Garrochinho
Os uniformes escolares se originaram nos centros educacionais dirigidos por ordens religiosas católicas. Seus responsáveis decidiram estabelecer uma única indumentária para os alunos, com o fim de fomentar a humildade e não criar distinções entre eles pela variedade e qualidade de suas roupas, distintivas da capacidade econômica das famílias. A ideia tentava também tornar mais acessível a vestimenta doas alunos, por se tratar de vestimentas que combinavam a duração com a facilidade e economia de sua manutenção.

Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 01

Londres, Reino Unido.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 01
Via: Stefan Wermuth/Reuters
Mogadíscio, Somália.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 02
Via: Ismail Taxta/Reuters
Ladakh, Índia.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 03
Via: Cathal McNaughton/Reuters
Kazminskoye, Rússia.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 04
Via: Eduard Korniyenko/Reuters
Houghton, África do Sul.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 05
Makeni, Serra Leoa.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 06
Via: Finbarr O'Reilly/Reuters
Catmandu, Nepal.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 07
Via: Navesh Chitrakar/Reuters
Seul, Coreia do Sul.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 08
Via: Kim Hong-Ji/Reuters
Kiev, Ucrânia.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 09
Via: Efrem Lukatsky/AP
Phnom Penh, Camboja.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 10
Sumatra do Norte, Indonésia.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 11
Via: Roni Bintang/Reuters
Shenzhen, China.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 12
Via: Bobby Yip/Reuters
Tóquio, Japão.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 13
Via: Yuriko Nakao/Reuters
Thimphu, Butão.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 14
Via: Singye Wangchuk/Reuters
San Jose, Califórnia, EUA.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 15
Galle Port, Sri Lanka.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 16
Via: Desconhecida
Beichuan, Sichuan, China.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 17
Via: Desconhecida
Castela e Leon, Espanha.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 18
Via: Desconhecida
Kibera, Nairobi, Quênia.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 19
Via: Desconhecida
West Sussex, Inglaterra.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 20
Ruifang, Taiwan.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 21
Via: Desconhecida
Nigéria.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 22
Via: Desconhecida
Cidade do México, México.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 23
Via: Desconhecida
Havana, Cuba,
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 24
Via: Wikimedia
Ho Chi Minh, Vietnã.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 25
Malásia.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 26
Via: Desconhecida
Paquistão.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 27
Via: Desconhecida
Tonga.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 28
Via: Desconhecida
Alemanha.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 29
Via: Desconhecida
Quioto. Japão.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 30
Via: Desconhecida
Alto Paraíso de Goiás, Brasil.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 31
Via: Wikipedia
Jaraguá do Sul, Brasil.
Como são os uniformes escolares em alguns países ao redor do mundo 32
Via: Colégio Marista

www.mdig.com.br

30
Jul17

Nem muito à terra, nem muito ao mar

António Garrochinho

Em tempos tive (tenho) um "amigo" que se dizia de esquerda e que tinha alguns pontos comuns com a minha maneira de pensar para além de como eu ter andado a penar na guerra colonial.
Não o afastei, continuo disponível a publicar os seus pensamentos e textos no meu blog mas não estou na disposição de trabalhar para ele exclusivamente durante as horas em que faço publicações.
Digo isto porque o meu amigo decidiu manifestar o seu desacordo dizendo que eu não lhe passo cartão e não publico tudo o que ele escreve.
A VERDADE É ESTA ! se eu fosse publicar tudo o que o meu amigo escreve, e ele escreve muito, eu não teria tempo algum para publicar o que eu escrevo e o que outros amigos escrevem.
Sejamos justos ! todos nos temos que unir e ajudar mas não podemos abusar. Quem quiser opinar sózinho embora diga muita coisa acertada, o melhor que tem a fazer é arranjar o seu próprio espaço de divulgação e não exigir que outros se calem e não tenham eles o espaço que criaram também com o intuito de divulgar ideias e acontecimentos do nosso mundo.
Estamos entendidos !?
AG
30
Jul17

Entre as imagens há um elemento comum: a mão criminosa que lhe origina a causa!

António Garrochinho



A primeira imagem é da Síria, mas podia ser do Iraque ou da Líbia
A segunda é dos fogos de Pedrógão, mas podia ser de qualquer outro lugar, a arder.
A última imagem é da Venezuela.
Elas têm, embora em lugares distantes, coisas em comum, nomeadamente o serem desencadeadas por interesses económicos e terem, como agentes locais, mãos criminosas…
Sobre a Venezuela proponho-lhe um vídeo, ou simplesmente que continue atento…

VÍDEO
 CONVERSA AVINAGRADA http://bit.ly/2vhXb5B
 abrildenovomagazine.wordpress.com
30
Jul17

Cultivar Rosas junto às Vinhas

António Garrochinho

É verdade, com muita frequência nas nossas deambulações por entre as vinhas da nossa alegria, encontramos aglomerados de rosas, que se outras razões não houvesse dão logo uma outra dimensão estética ao local, embelezando o que já é lindo. Em várias zonas rosas brancas delimitam os Brancos, rosas vermelhas os Tintos.
Um dos motivos verdadeiramente importantes tem a ver com a identificação precoce de pragas nas vinhas, ou seja, roseiras e vinhas são susceptíveis de contrair as mesmas doenças causadas por diversos micro-organismos. Só que as rosas são as primeiras a manifestar o sintoma das doenças anunciadas. Logo aqui o seu papel é fundamental.
Portanto, identificada a ameaça, imediatamente são aplicados os tratamentos curativos, e os preventivos também, impedindo assim a propagação generalizada da enfermidade. No caso de produtores de Syrah biológico, todas as alternativas são igualmente viáveis, sempre com o recurso a métodos naturais. Entre as pragas mais difundidas e perigosas estão o Oídio e o Míldio, já que qualquer uma delas pode simplesmente arrasar um ano de trabalho. As nossa bonitas rosas contribuem também para afastar as aves que adoram uvas daquelas doces e madurinhas.
Então as nossas rosas além serem a flor dos amantes são também uma grande ajuda para quem ama vinhas sadias e Syrah bem saudável!

www.blogdosyrah.pt
30
Jul17

SEM PAPAS NA LÍNGUA

António Garrochinho

A CLASSE POLÍTICA CUMPRIMENTA-SE, ALMOÇA, JANTA, E COEXISTE PACIFICAMENTE APESAR DAS DIFERENÇAS ABISMAIS DO PENSAMENTO E ACÇÃO.

DEPOIS VEM A PELEJA NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA PARA O ELEITOR VER E ESCOLHER.

A ESCOLHA NEM SEMPRE É FÁCIL E APESAR DE MUITOS DIZEREM QUE OS POLÍTICOS SÃO TODOS IGUAIS, NA VERDADE EXISTEM DIFERENÇAS.

A CADA UM O SEU DISCERNIR DESSAS DIFERENÇAS MAS SEMPRE QUE O CIDADÃO NÃO RECONHECER EM POLÍTICOS A SUA REPRESENTATIVIDADE OU MUDA OU....
TODOS ESTAMOS A PENSAR QUE REALMENTE DEVERIA DE EXISTIR UM DISTANCIAMENTO MESMO NAS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E NAQUILO A QUE SE CHAMA DIPLOMACIA.

O POVO NÃO SE ALIMENTA COM ESTES MANJARES E POR ISSO DIZ: PÃO, PÃO, QUEIJO, QUEIJO.

É CERTO QUE NOS CHAMAM CONSTANTEMENTE A OPINAR SOBRE A GOVERNAÇÃO , SOBRE A OPOSIÇÃO À GOVERNAÇÃO MAS NÃO BASTA PEDIR A NOSSA OPINIÃO.

OS POLÍTICOS QUE NÃO DEVERIAM SER PROFISSIONAIS MAS SIM PRESTAREM UM SERVIÇO AO SEU POVO DURANTE UM DETERMINADO ESPAÇO DE TEMPO NÃO SÃO OS DETENTORES DA INTELIGÊNCIA E SABEDORIA.

OS POLÍTICOS DEVERIAM SER CRIMINALIZADOS PELAS SUAS ACÇÕES, PELA SUA PRÁTICA, E SEMPRE QUE PROVADA A SUA MÁ FÉ E A SUA INEFICÁCIA, LOGO SERIAM AFASTADOS SEM POSSIBILIDADE DE VOLTAREM A COMETER OS MESMOS ERROS.

A VERDADEIRA REVOLUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DAS IDEIAS PASSA PELO RESPEITO, PELA VERDADE E PELA PRÁTICA DE QUEM REALMENTE AMA O SEU PAÍS E A SUA GENTE.


António Garrochinho
30
Jul17

Em defesa da Venezuela

António Garrochinho

Em defesa da Venezuela

(Boaventura Sousa Santos, in Público, 29/07/2017)
A Venezuela vive um dos momentos mais críticos da sua história. Acompanho crítica e solidariamente a revolução bolivariana desde o início. As conquistas sociais das últimas duas décadas são indiscutíveis. Para o provar basta consultar o relatório da ONU de 2016 sobre a evolução do índice de desenvolvimento humano. Diz o relatório: “O índice de desenvolvimento humano (IDH) da Venezuela em 2015 foi de 0.767 — o que colocou o país na categoria de elevado desenvolvimento humano —, posicionando-o em 71.º de entre 188 países e territórios. Tal classificação é partilhada com a Turquia.” De 1990 a 2015, o IDH da Venezuela aumentou de 0.634 para 0.767, um aumento de 20.9%. Entre 1990 e 2015, a esperança de vida ao nascer subiu 4,6 anos, o período médio de escolaridade aumentou 4,8 anos e os anos de escolaridade média geral aumentaram 3,8 anos. O rendimento nacional bruto (RNB) per capita aumentou cerca de 5,4% entre 1990 e 2015. De notar que estes progressos foram obtidos em democracia, apenas momentaneamente interrompida pela tentativa de golpe de Estado em 2002 protagonizada pela oposição com o apoio ativo dos EUA.
A morte prematura de Hugo Chávez em 2013 e a queda do preço do petróleo em 2014 causou um abalo profundo nos processos de transformação social então em curso. A liderança carismática de Chávez não tinha sucessor, a vitória de Nicolás Maduro nas eleições que se seguiram foi por escassa margem, o novo Presidente não estava preparado para tão complexas tarefas de governo e a oposição (internamente muito dividida) sentiu que o seu momento tinha chegado, no que foi, mais uma vez, apoiada pelos EUA, sobretudo quando em 2015 e de novo em 2017 o Presidente Obama considerou a Venezuela como uma “ameaça à segurança nacional dos EUA”, uma declaração que muita gente considerou exagerada, se não mesmo ridícula, mas que, como explico adiante, tinha toda a lógica (do ponto de vista dos EUA, claro). A situação foi-se deteriorando até que, em dezembro de 2015, a oposição conquistou a maioria na Assembleia Nacional. O Tribunal Supremo suspendeu quatro deputados por alegada fraude eleitoral, a Assembleia Nacional desobedeceu, e a partir daí a confrontação institucional agravou-se e foi progressivamente alastrando para a rua, alimentada também pela grave crise económica e de abastecimentos que entretanto explodiu. Mais de cem mortos, uma situação caótica. Entretanto, o Presidente Maduro tomou a iniciativa de convocar uma Assembleia Constituinte (AC) para o dia 30 de Julho e os EUA ameaçam com mais sanções se as eleições ocorrerem. É sabido que esta iniciativa visa ultrapassar a obstrução da Assembleia Nacional dominada pela oposição.
Em 26 de maio passado assinei um manifesto elaborado por intelectuais e políticos venezuelanos de várias tendências políticas, apelando aos partidos e grupos sociais em confronto para parar a violência nas ruas e iniciar um debate que permitisse uma saída não violenta, democrática e sem ingerência dos EUA. Decidi então não voltar a pronunciar-me sobre a crise venezuelana. Por que o faço hoje? Porque estou chocado com a parcialidade da comunicação social europeia, incluindo a portuguesa, sobre a crise da Venezuela, um enviesamento que recorre a todos os meios para demonizar um governo legitimamente eleito, atiçar o incêndio social e político e legitimar uma intervenção estrangeira de consequências incalculáveis. A imprensa espanhola vai ao ponto de embarcar na pós-verdade, difundindo notícias falsas a respeito da posição do Governo português. Pronuncio-me animado pelo bom senso e equilíbrio que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, tem revelado sobre este tema. A história recente diz-nos que as sanções económicas afetam mais os cidadãos inocentes que os governos. Basta recordar as mais de 500.000 crianças que, segundo o relatório da ONU de 1995, morreram no Iraque em resultado das sanções impostas depois da guerra do Golfo Pérsico. Lembremos também que vive na Venezuela meio milhão de portugueses ou lusodescendentes. A história recente também nos diz que nenhuma democracia sai fortalecida de uma intervenção estrangeira.
Os desacertos de um governo democrático resolvem-se por via democrática, e ela será tanto mais consistente quanto menos interferência externa sofrer. O governo da revolução bolivariana é democraticamente legítimo e ao longo de muitas eleições nos últimos 20 anos nunca deu sinais de não respeitar os resultados destas. Perdeu várias e pode perder a próxima, e só será de criticar se não respeitar os resultados. Mas não se pode negar que o Presidente Maduro tem legitimidade constitucional para convocar a Assembleia Constituinte. Claro que os venezuelanos (incluindo muitos chavistas críticos) podem legitimamente questionar a sua oportunidade, sobretudo tendo em mente que dispõem da Constituição de 1999, promovida pelo Presidente Chávez, e têm meios democráticos para manifestar esse questionamento no próximo domingo. Mas nada disso justifica o clima insurrecional que a oposição radicalizou nas últimas semanas e que tem por objetivo, não corrigir os erros da revolução bolivariana, mas sim pôr-lhe fim e impor as receitas neoliberais (como está a acontecer no Brasil e na Argentina), com tudo o que isso significará para as maiorias pobres da Venezuela. O que deve preocupar os democratas, embora tal não preocupe os media globais que já tomaram partido pela oposição, é o modo como estão a ser selecionados os candidatos. Se, como se suspeita, os aparelhos burocráticos do partido do governo sequestrarem o impulso participativo das classes populares, o objetivo da AC de ampliar democraticamente a força política da base social de apoio à revolução terá sido frustrado.
Para compreendermos por que provavelmente não haverá saída não violenta para a crise da Venezuela temos de saber o que está em causa no plano geoestratégico global. O que está em causa são as maiores reservas de petróleo do mundo existentes na Venezuela. Para os EUA, é crucial para o seu domínio global manter o controlo das reservas de petróleo do mundo. Qualquer país, por mais democrático, que tenha este recurso estratégico e não o torne acessível às multinacionais petrolíferas, na maioria, norte-americanas, põe-se na mira de uma intervenção imperial.
A ameaça à segurança nacional, de que fala o Presidente dos EUA, não está sequer apenas no acesso ao petróleo, está sobretudo no facto de o comércio mundial do petróleo ser denominado em dólares, o verdadeiro núcleo do poder dos EUA, já que nenhum outro país tem o privilégio de imprimir as notas que bem entender sem isso afetar significativamente o seu valor monetário. Foi por esta razão que o Iraque foi invadido e o Médio Oriente e a Líbia arrasados (neste último caso, com a cumplicidade ativa da França de Sarkozy). Pela mesma razão, houve ingerência, hoje documentada, na crise brasileira, pois a exploração do petróleo do pré-sal estava nas mãos dos brasileiros. Pela mesma razão, o Irão voltou a estar em perigo. Pela mesma razão, a revolução bolivariana tem de cair sem ter tido a oportunidade de corrigir democraticamente os graves erros que os seus dirigentes cometeram nos últimos anos. Sem ingerência externa, estou seguro de que a Venezuela saberia encontrar uma solução não violenta e democrática. Infelizmente, o que está no terreno é usar todos os meios para virar os pobres contra o chavismo, a base social da revolução bolivariana e os que mais beneficiaram com ela. E, concomitantemente com isso, provocar uma ruptura nas Forças Armadas e um consequente golpe militar que deponha Maduro. A política externa da Europa (se de tal se pode falar) podia ser uma força moderadora se, entretanto, não tivesse perdido a alma.


30
Jul17

Invenções roubadas por nazis

António Garrochinho




 


Os nazistas foram talvez o grupo mais interessado em avanços que o século XX teve. Eles procuravam pelas melhores tecnologias porque sabiam que isso lhes garantiria vantagens e de certo modo alguns privilégios. Entretanto seus engenheiros às vezes precisavam de um empurrãozinho para desenvolverem as técnicas e os inventos mais estranhos que o mundo já viu. Muitos deles foram roubados dos inventores originais, mas principalmente de um dos maiores gênios do mundo, o sérvio Nikola Tesla.



O raio da morte - Nikola Tesla desenvolveu um projeto no mínimo bizarro e que tinha como função a proteção, já que ele era contra a guerra.
Na época ele procurava atrair a atenção dos militares para que pudessem patrocinar seus inventos e suas pesquisas. Dai surgiu a ideia de um raio da morte. O invento consistia em torres estrategicamente localizadas ao redor do pais e ao menor sinal de um iminente ataque aéreo, tais torres disparariam raios tão fortes que conseguiriam literalmente derreter qualquer aeronave, motores e cargas letais que pudessem carregar. Também tinha a vantagem de exterminar mísseis nucleares a uma boa distância. Tesla ainda afirmava que era possível exterminar facilmente um exército de um milhão de soldados de uma só vez. Ninguém sabe ao certo se Tesla conseguiu desenvolver tal raio, mas justamente no dia em que ele supostamente testou a arma, houve uma explosão em Tunguska, na Sibéria, que até hoje ninguém sabe como diabos aconteceu porque não tinham resquícios de meteoritos, bombas ou coisa do tipo.


Assustado, ele desmontou a arma e só foi revelar os detalhes anos depois para os militares americanos. Infelizmente eles nunca deram muita importância a esse invento até que começaram a surgir suspeitas de que os nazistas tinham tido acesso aos documentos originais. O interesse deles era vencer a corrida atômica, afim de desarmar ou criar algo mais poderoso do que a bomba que os aliados estavam desenvolvendo. Atualmente temos uma arma parecida: os lasers super poderosos e antimísseis.

Motor antigravidade - também conhecido por “black box” ou “caixa negra/preta”. Na época a marinha americana buscava algo para camuflar suas embarcações. A solução foi uma camuflagem óptica, na verdade uma ilusão que fizesse com que os aparelhos inimigos não detectassem as embarcações americanas. 
Tesla e mais 3 amigos criaram uma espécie de amplificador que consistia em 3 grandes geradores conectados afim de obter um campo eletromagnético capaz de enganar radares. A caixa negra continha um motor que funcionava com um plasma chamado HHO que inflamava dentro dela, o que era mais seguro do que um motor a combustão comum. Por fim um poderoso campo eletromagnético era gerado, capaz de atrair até as peças de metais mais pesadas e por isso necessitava de uma supervisão constante e muito cuidadosa. Entretanto, qualquer deformação na caixa poderia causar o caos. O motor não funcionaria direito e poderia causar destruição ao seu redor. A operação ficou conhecida como “Operation Rainbow Project” ou “Experimento Filadélfia”. Os testes, no entanto, assustaram os cientistas militares. 
O USS Eldridge quase sumiu e as pessoas relataram uma estranha névoa verde no lugar onde ele estava. Já alguns membros da tripulação queixaram-se de náuseas durante e depois do teste. A pedido da marinha, Tesla recalibrou o equipamento e fez um novo teste. Da segunda vez o navio desapareceu em um raio azul, mas os efeitos na tripulação foram catastróficos: além das fortes náuseas, agora tinham tontura forte, amnésia e alguns chegaram a desenvolver esquizofrenia depois. Alguns marinheiros foram encontrados presos em estruturas que tinham derretido na proa, sem contar que alguns desapareceram. Logo o projeto foi cancelado. Porém dois espiões nazistas, Otto Skorzeny (ex-guarda-costas de Hitler) e Reinhard Gehlen, afirmaram anos depois que conseguiram roubar um motor de antigravidade do segundo teste. Roubaram também outros projetos como o do disco voador (que falarei a seguir) e do raio da morte, depois mataram Tesla sufocado e em seguida fugiram em um submarino alemão para entregaram os projetos ao próprio “chefão”.

Otto Skorzeny e Adolf Hitler

Hitler queria vencer os aliados a qualquer custo, por isso grampeou o telefone de Tesla e seus espiões ficaram de olho nas invenções que ele criava para as forças armadas aliadas. Dias antes de roubarem, os dois espiões enganaram Tesla para que contasse quase tudo a respeito de seus projetos militares. Quanto aos espiões, bem durante o julgamento de Nuremberg foram ouvidos e sentenciados. Mais tarde o governo americano concedeu novas identidades em troca de informações valiosas e eles viveram até a velhice numa boa.

Disco voador - Utilizando 3 motores de antigravidade em um disco, mas distribuídos de forma estratégica, Tesla conseguiu fazer com que o disco flutuasse e pudesse se mover tão rápido que acreditava-se que chegava na velocidade da luz. Cada um dos motores tinha buracos que permitiam ver a luz do plasma inflamando lá dentro.


Tesla pretendia mostrar o invento na Convenção de Genebra e seria um equipamento para a paz, propagando energia wi-fi (sem fio).

Não demorou muito para os nazistas botarem a mão nos projetos e começarem a desenvolver os seus próprios discos voadores “Foo Fighters” conhecidos como Haunebu, Hauneburg-Geräte, ou Reichsflugscheiben (fala isso em voz alta e rápido haha). Nos bunkers subterrâneos, os engenheiros desenvolveram diversos tipos de discos sob a supervisão de Victor Schauberger. Naturalmente a maioria deles era equipado com canhões e artilharia pesada. Os primeiros da série foram os 4 Haunebus, depois veio o Die Glocke (ou sino nazista), os 11 Vrils e por fim criaram os 7 RFZs. Todos tinham uma característica em comum: eram circulares. Como eles podiam se mover tão rápido, então usavam uma tecnologia interessante: afim de não alterar o tempo-espaço, eles comprimiam o tempo-espaço frontalmente e o expandiam pela traseira. A velocidade também não passava de 15mil km/h graças à anulação de efeitos gravitacionais. Soldados aliados acabaram flagrando os testes várias vezes em vários lugares do continente.







Fotografias de Eduard Meier em Hinterschmidtrüti, na Suíça, revelam um equipamento com as mesmas especificações dos projetos de Tesla. Essa nave é chamada de Plejaren. A suposta nave extraterrestre tinha 44 esferas ressonadoras distribuídas pelo casco circular e que podiam emitir 44 frequências que ia num espectro desde o audível até o supersônico inaudível. Acredita-se que tal nave seja capaz de controlar o vapor de água afim de modificar atmosferas planetárias e facilitar o voo em diferentes planetas.


Na verdade essa tecnologia não é desconhecida por nós, humanos. Governos de todo o mundo tem maneiras de manipular o clima com campos eletromagnéticos colossais. Um desses países é, obviamente, os Estados Unidos que especula-se ter pelo menos 300 torres de campos eletromagnéticos instaladas por todo o pais e no Canadá também.

Conhecidas como HAARP e temidas pela galera das teorias da conspiração, essas instalações podem estar mudando o clima de uma forma jamais vista antes e causando terror com seus terremotos, tsunamis, tornados e monções intermináveis. O que se sabe é que ate o projeto HAARP é baseado no projeto “Nick” (Nick de Nikola) sob o comando do general LC Craigie, que foi quando o próprio governo americano copiou alguns projetos de Tesla sobre o motor antigravidade depois da Segunda Guerra Mundial para testar sua veracidade. Depois de um tempo o projeto foi descontinuado, os resultados nunca foram publicados e os documentos sumiram misteriosamente. Outro fato curioso é que muitas fotos de discos voadores das décadas de 30 a 60 foram tiradas durante os testes realizados com essas máquinas. Os civis comuns os viam, fotografavam e achavam que eram coisas extraterrestres quando na verdade eram só naves protótipo, verdadeiros drones das forças armadas americanas. Outros grupos desenvolveram vários tipos de discos voadores para diversas finalidades pelo mundo. Um deles vem da França com o projeto “Montgolfier”.


Agora pense um pouco. Será que os nazistas não poderiam ter desenvolvido a nave de Plejaren também?

Quase!
Por muito pouco os nazistas não roubaram os documentos da bomba atômica do projeto “Manhattan”. Já imaginou o estrago que fariam com uma coisa dessas na mão? Na verdade os alemães já sabiam dividir um átomo, mas era só uma questão de tempo para desenvolverem uma arma que usasse essa técnica.


Depois do final da guerra, os aliados descobriram toneladas de urânio enterradas por toda a Alemanha. As caixas deixavam claro que era um carregamento destinado aos Estados Unidos, ou seja, os caras interceptaram os carregamentos que provavelmente seriam usados em pesquisas e no desenvolvimento do projeto Manhattan. 

Direitos autorais roubados

Apesar de muitos considerarem Nicolas-Joseph Cugnot como o primeiro a construir um carro que era movido a vapor em 1770, outros consideram Gotlieb Daimler e Carl Benz como os inventores do automóvel com o Benz Patent-Motorwagen em 1886.


Mas há outro inventor. Siegfried Marcus, um inventor judeu que morava em Viena, na Áustria, inventou o automóvel em 1870.


Baseando-se em fotos da época, sabe-se que motor alimentado por petróleo usado nesse carro “pré-histórico” foi criado por volta de 1864 e depois usado em 1870 para mover um veículo. O protótipo foi testado na rua Mariahilfer Strasse, onde Marcus tinha sua oficina. Ele não tinha freios, embreagem, bancos e nem volante. Isso tudo tornava a condução bem difícil e as curvas eram feitas de algum jeito com as rodas traseiras. De qualquer forma é um veículo movido a um motor de combustão. Em meados de 1880, Marcus desenvolveu um segundo protótipo e desta vez bem mais parecido com o que temos hoje.


Tinha 4 rodas, ignição elétrica, bancos e uma alavanca que era usada pra guiar o veículo. Não era muito eficiente, mas dava pra andar nele. Assim que os nazistas assumiram o poder e botaram as mãos nos projetos, decidiram que um judeu não deveria ser a grande mente por trás de algo tão revolucionário. Então o que era melhor para a propaganda do governo nazista a aquela altura? Dar créditos a um austríaco judeu ou a dois alemães? A resposta é óbvia e até hoje nós creditamos os caras errados. Por fim os nazistas construíram seus carros com base nos projetos de Marcus secretamente. Das auto?

O traidor da coroa

George H. Scherff era o ajudante de Tesla. O prodígio de 14 anos estava cada vez mais inteirado nos projetos do inventor. O que Tesla nunca poderia imaginar é que o maledeto (maldito) era alemão, nazista e um informante. O garoto tinha sido enviado pelo próprio tio Adolfinho aos Estados Unidos afim de se infiltrar no meio do laboratório de Tesla. O inventor sempre reclamava da sua imensa e insaciável curiosidade, chamando-o de “George, o curioso”. Provavelmente foi graças aos seus relatos que Tesla acabou sendo morto. Em 1989, George H. Scherff se tornou o 41º presidente dos Estados Unidos. Mas calma, a coisa vai piorar muito! Veja bem, o antigo espião nazista Skorzeny alega que George H. Scherff era na verdade George H.W. Bush, o pai do George W. Bush! A prova? Há esta foto onde George, com uns 14 anos, aparece no meio vestido de marinheiro e ao seu redor está uma galera já bastante conhecida por todos nós.


Supostamente ele foi um dos primeiros alemães “agraciados” com a mudança de identidade fornecida em troca de informações valiosas, mas jamais poderia ter sido presidente por não ser americano. E sim, George W. Bush é descendente de um ex-nazista.


Há um grupo chamado "The Bush Connection" (A conexão de Bush) tentando coibir as ações dele na política internacional porque não confiam nessa família.

E hoje?

Logo depois da morte de Tesla, o serviço de inteligência americana entrou em ação e tratou de pegar todos os seus projetos o quanto antes. Notaram que alguns tinham desaparecido e logo suspeitaram dos nazistas. De fato alguns projetos estavam com eles, mas outros haviam sido vendidos pelo próprio Tesla para pagar suas dívidas. Ainda hoje a maioria não apareceu. Projetos recuperados estão supostamente trancados às 7 chaves em algum bunker-cofre americano. O caso é que depois da guerra, a operação “Paperclip” recuperou alguns desses projetos dos cofres de Hitler e seus engenheiros. Uma parte dos projetos ficou com os russos e outra com os americanos. Há décadas não se tem mais notícias desses documentos.

Larápios de primeira

E se você acha que os nazistas roubaram apenas projetos, então sabia que roubaram quadros valiosos e crianças também.

Os nazistas prezavam muito pela arte, fosse em quadros, livros, cerâmicas e até mesmo artigos religiosos. Eles achavam que nada disso deveria ser destruído por uma guerra, então roubavam as obras e relíquias das cidades que invadiam e as guardavam em segurança ou colecionavam mesmo. Hitler chegou a planejar construir um grande museu em Linz, na Áustria, onde morou quando criança. O museu teria o nome de “Führermuseum” e ali seriam expostas as melhores peças de arte do mundo, mas a guerra ficou mais difícil e os planos foram deixados de lado. Até hoje tem obras sendo recuperadas e devolvidas, mas há uma parte que ou sumiu ou foi destruída ao longo dos anos.

Enquanto judeus, homossexuais, negros e inimigos eram exterminados nos campos de concentração, os nazistas almejavam repopular o planeta com uma raça perfeita: a raça ariana. Há boatos de que haviam bunkers com mulheres loiras à disposição dos soldados e oficiais para a procriação em massa, praticamente um bordel “autorizado”. Eu acho difícil isso ser verdade porque Hitler era muito pudica. Duvido até que algum dia ele tenha dormido com a Eva, sua esposa, quem dirá autorizado um prostíbulo ariano. Ele mesmo já tinha dito várias vezes que sexo era uma coisa asquerosa e que prostitutas deveriam ser exterminadas. De qualquer forma, outra medida estava sendo tomada: salvar as crianças arianas. Um dos casos mais famosos aconteceu na Criméia, onde soldados sob o comando de Heinrich Himmler, um dos maiores defensores da ideia de a raça ariana ser perfeita, sequestravam crianças brancas e loiras de suas mães. Quando chegavam à Alemanha eram adotadas por famílias ricas nazistas. A ideia era oferecer do bom e do melhor a essas crianças de forma que acreditassem piamente de que o nazismo era correto e de que a raça ariana era perfeita. Acredita-se que pelo menos 12 mil crianças tenham sido sequestradas por toda a Europa. No final da guerra muitas dessas crianças foram largadas ou mortas (muitas foram adotadas por oficiais e quando eles se suicidaram por causa do final da guerra, elas acabaram morrendo junto). Até hoje tem gente procurando suas raízes pela Europa.

Quanto a Heinrich Himmler, o “gênio” por trás da ascensão ariana, o covarde se suicidou logo que a guerra acabou para não ser preso e julgado. Grande raça! Fogem como ratos ao menor sinal de ameaça.


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António Garrochinho

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