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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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02
Ago17

FARO - NO REINO DO BACALHAU

António Garrochinho
RATOS E MAIS RATOS, NÃO CONTANDO COM OUTROS
FARO - NO REINO DO BACALHAU
O meu amigo João Silva tem toda a razão. 
Estou aqui no Jardim Manuel Bivar há cerca de 15 minutos e já vi passar uns cinco ou seis ratos e ratazanas.
Uma vez mais fica a pergunta: Até Quando?
FOTOS: Luis Jorge Teixeira Nadkarni
Foto de António Garrochinho.
Foto de António Garrochinho.


      FARO - NO REINO BACALHAU
      Foto de Joao Silva.
      Joao Silva para Cidade de Faro (Até Quando?)

      Feio ou bonito? Que acha desta estátua logo à entrada de Faro?

      FARO - NO REINO DO BACALHAU
      Foto de Pedro Alemao.
      Pedro Alemao para Cidade de Faro (Até Quando?)
      Este é o estado que se encontra a 1a placa informativa que milhares e milhares de turistas encontram quando saiem do Aeroporto (nó da Volvo). Quem é o responsável pela sinalização?? É que isto esta num estado vergonhoso 

    02
    Ago17

    NO BRASIL NÃO HÁ SÓ A COMPRA E VENDA DE FUTEBOLISTAS ! - TEMER COMPRA 31 DEPUTADOS NUM ÚNICO DIA

    António Garrochinho

    UESLEI MARCELINO

    02
    Ago17

    A SUIÇA INAUGUROU ESTA SEMANA A PONTO PÊNSILA PARA PEDESTRES A MAIS LONGA DO MUNDO

    António Garrochinho



    A Suíça inaugurou esta semana a ponte pênsila para pedestres mais longa do mundo. Tem uma extensão de 494 metros e, ainda que não seja a ponte mais alta, sua altura de até 85 metros a converte em uma atração a evitar por todos aqueles que sofram de vertigem. A ponte de Charles Kuonen encontra-se na comuna de Randa e serve para encurtar a trilha entre os povoados de Grächen e Zermatt, parte da famosa via européia (Europaweg). Por esta pitoresca rota, os praticantes de caminhada podem observar alguns dos picos mais altos dos Alpes suíços; entre eles o Matterhorn, de 4.478 metros de altura.


    A ponte suspensa foi construpida para substituir uma ponte anterior, a Europabrücke, que foi inaugurada em 2010 e destruída só dois meses depois por um deslizamento de rochas. Para evitar que os caminhantes tivessem que descer 500 metros no vale e depois subir pelo outro lado, as autoridades de Randa investiram 750.000 francos suíços (2,5 milhões de reias) na construção de uma nova ponte, que foi terminada agora.

    Para evitar um balanço excessivo da ponte, a empresa encarregada de sua construção instalou cordas de fixação que pesam oito toneladas. Ainda assim, caminhar pelos 28 andares do solo por um caminho de 65 centímetros de largura e meio quilômetro de comprimento deve impor respeito.


    VÍDEO



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    02
    Ago17

    Brasil: Deputados corruptos votam hoje se presidente corrupto cometeu corrupção

    António Garrochinho



    É hoje! O teatrinho político financiado pela quadrilha do PMDB que assumiu o poder – graças ao apoio do PT – escreverá mais uma das páginas mais sórdidas e vergonhosas da história do Brasil. Devem impedir a investigação de um crime de corrupção flagrado e provado pela Polícia Federal, com cenas dantescas de um ex-deputado paranaense, Rodrigo Rocha Loures, “homem de confiança do presidente”, correndo com uma mala de dinheiro fruto de corrupção, de achacamento de um mega empresário nacional – precisamente 500 mil reais.

    Os deputados que hoje jogam seus nomes na lata de lixo da história estão cumprindo o rito esperado dos cúmplices. A maioria deles é denunciada na Operação Lava Jato. Com o tempo, pode ser que se encontrem atrás das grades em algum presídio, quando a justiça decidir ser Justiça.

    Não haverá surpresa nessa votação sórdida.

    Parabéns aos deputados que votarem pela abertura das investigações. São parlamentares que não “venderam a alma” ao demônio da corrupção que empobrece o Brasil e mata uma parte do povo de fome e falta de saúde.

    Carla Regina




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    02
    Ago17

    PELO MENOS 250 MIL EUROS INDEVIDOS PARA A MÁFIA LARANJA | É FARTAR VILANAGEM!

    António Garrochinho



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    Associação de dirigente do PSD recebeu fundos públicos indevidamente

    Tribunal de Contas concluiu que a associação Instituto do Território (IT) fundada por Rogério Gomes, diretor de gabinete de estudos do PSD até 2016 e coordenador do programa eleitoral do partido, recebeu, pelo menos, 250 mil euros a que não tinha direito. O dito instituto foi lançado em 2012 com “apadrinhamento” de Passos Coelho.

    A auditoria do Tribunal de Contas (TdC) (a que pode aceder aqui (link is external)) analisou o financiamento público do “Instituto do Território, Associação”, “designadamente através de fundos comunitários, bem como a legalidade dos contratos celebrados com o Estado”.

    O TdC concluiu que o IT “não preenchia as condições para ser considerado “organismo de direito público”, não sendo elegível como beneficiário do POAT, pelo que a Autoridade de Gestão deste Programa Operacional pagou indevidamente ao IT cerca de € 249,8 mil”.

    O TdC aponta também que a “Autoridade de Gestão” não avaliou os resultados do investimento realizado” e que, “relativamente ao financiamento público nacional e aos contratos celebrados pelo Estado”, houve “não observância de normas legais por parte de algumas entidades públicas”, nomeadamente de “LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil, IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude e ainda de outras entidades públicas que se tonaram associadas do IT”.

    O TdC recomenda “a recuperação do financiamento comunitário indevidamente pago, no montante de € 249.798,88”, que o LNEC avalie “a necessidade da participação” no IT e que o IPDJ “deve exercer o direito de reaver todas as quantias pagas devido à não realização culposa dos fins essenciais dos programas de desenvolvimento desportivo”. A auditoria na íntegra está disponível aqui(link is external).

    Passos Coelho “apadrinhou” Instituto do Território, Associação

    O IT foi lançado em 2012, presidido pelo dirigente do PSD Rogério Gomes, que o considerou um “action tank”. Como titulou então o jornal “Expresso”, Passos Coelho “apadrinhou”(link is external) o lançamento do IT.

    Em abril de 2015, o “Diário de Notícias” noticiou(link is external) que o presidente do IT, Rogério Gomes, “contratou serviços a associações suas, no valor de quase 242 mil euros”. O jornal sublinhava então que Rogério Gomes “preside a associação que adjudica trabalhos e projetos a entidades criadas e geridas por si e pela sua mulher”.

    O jornal noticiou também que o IT “contratou, por duas vezes, em setembro de 2012, serviços à associação Urbe - Núcleos Urbanos de Pesquisa e Intervenção, criada por Rogério Gomes, no valor de quase 145 mil euros em ajustes diretos”, que em dezembro de 2013 “adjudicou à IC - Identidade e Cultura, outra associação fundada por Rogério Gomes e pela sua mulher (…) um serviço por ajuste direto no valor de quase 26 mil euros” e que “uma empresa de que é sócio-gerente, a AUT, foi também contratada por 71 mil euros, em janeiro de 2013, mas o contrato foi revogado por incumprimento”.

    O DN salientava ainda que “as relações entre o IT e organizações que têm Rogério Gomes como elo comum e organismos governamentais têm-se multiplicado”, assim como os ajustes diretos.

    Rogério Gomes, ex-patrão de Passos Coelho

    Rogério Gomes foi presidente da associação Urbe, desde a sua fundação em 1988 e durante 24 anos, segundo o Diário de Notícias (link is external), e contratou, em 2003 e 2004, Passos Coelho para “diretor do Departamento de Formação e coordenador do Programa de Seminários”. Nesse período, o líder do PSD trabalhava também na Tecnoforma, nas mesmas áreas.

    Quando foi eleito presidente do PSD, em 2010, Passos Coelho incluiu Rogério Gomes na Comissão Política do partido e nomeou-o diretor do Gabinete de Estudos. Em 1 de outubro de 2011, Rogério Gomes fundou a sua associação IT, que foi lançada em janeiro de 2012 na Fundação Gulbenkian em ação “apadrinhada” prlo líder do PSD.

    Esquerda.net | Foto de Estela Silva/Lusa



    Título PG


    02
    Ago17

    Portugal | RANKINGS OU CORRIDA DE CAVALOS

    António Garrochinho



























    Joana Mortágua* | jornal i | opinião

    Longe de contribuírem para qualquer melhoria no sucesso educativo, os rankings têm como única função estigmatizar as últimas escolas e criar uma corrida às primeiras

    Agosto não é só férias, praia e despreocupações. Por estes dias, milhares de famílias interrompem ou adiam o início de férias para tratar das matrículas das suas crianças nas respetivas escolas. É uma burocracia necessária e relativamente simples, sobretudo se o petiz tiver sido colocado num dos estabelecimentos pré-indicados como de preferência.

    A única coisa que estorva esta rotina estival é a frustração das famílias que não conseguem matricular os filhos nas escolas pretendidas. Quando essas escolas correspondem à área de residência e os alunos acabam preteridos por critérios duvidosos ou por fraude ao sistema, a frustração transforma-se em legítimo protesto.

    A polémica instalou-se recentemente com os casos de duas escolas de Lisboa, a D. Filipa de Lencastre e a Pedro Nunes, mas o problema é mais antigo e a solução muito mais complexa do que fiscalizar a veracidade da morada indicada pelos encarregados de educação. Todas as suspeitas devem ser investigadas, claro, mas a pergunta para um milhão de euros é outra. Como se impede que a escola pública seja contaminada pela lógica do privado e do mercado da educação?

    Quando fizemos o debate sobre o abuso dos contratos de associação havia dois argumentos em cima da mesa. O primeiro, que se tornou consensual, condenava a transferência de dinheiro público para colégios privados nos locais onde existia oferta pública. O segundo, de mais largo alcance, desmontava a falácia da “livre escolha” que nos levaria a sistemas como o “cheque-ensino” e à criação de escolas de primeira e de segunda.

    Esse deve ser levado a sério, a bem da preservação da equidade como princípio fundamental da escola pública. Não é casual que os protestos mais recentes tenham ocorrido no Pedro Nunes e no Filipa, duas das escolas secundárias mais bem “cotadas” no maldito ranking que compara notas de exames.

    Longe de contribuírem para qualquer melhoria no sucesso educativo de quem quer que seja, estes rankings têm como única função estigmatizar as últimas escolas e criar uma corrida às primeiras. Cria-se a ilusão de que as escolas são ilhas sem contexto social, produtoras de boas ou más médias por algum processo milagroso, desgarrado da realidade de origem dos alunos.

    As consequências são desastrosas. As escolas desligam-se da comunidade onde estão inseridas, deixam de representar a sua diversidade e tornam-se cada vez mais homogéneas social, cultural e economicamente. Em última instância, a competição para entrar numa escola do topo do ranking cria um processo de seleção social que se resume àquilo que todos criticam aos privados: “no colégio não entram todos”.

    A fiscalização pode ajudar a combater este problema. Mas o essencial é desconstruir a ideia de que as escolas podem ser seriadas num ranking. A educação não é uma corrida de cavalos. Nos últimos anos, o reconhecimento da função social da escola pública tem vindo a diluir-se nesta competição desenfreada pelas notas. Cada vez mais se valoriza simplisticamente o ponto de chegada e se ignora o progresso dos alunos e a aprendizagem de competências não “examináveis”.

    Ironicamente, tendo uma importância absoluta no acesso ao ensino superior, a função das médias esgota-se aí. Há milhares de outros critérios que fazem uma boa escola, todos nós sabemos a diferença entre uma média alta e uma educação de qualidade que contribuiu para educar cidadãos conscientes e emancipados. Talvez seja tempo de identificar essa contradição e expurgar da escola pública o que não lhe pertence: a lógica do mercado.

    *Deputada do Bloco de Esquerda

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    02
    Ago17

    Aos Correeiros a infâmia

    António Garrochinho



    Existe em Portugal um restaurante que tem dado por falar pelos piores motivos. O referido estabelecimento fica em Lisboa, junto da baixa, no nº 58 da Rua dos Correeiros, e já é conhecido pelo "pior restaurante português". Uma armadilha para turistas com toques de sado-masoquismo que dá pelo nome de "Made in Correeiros", mas que inicialmente se chamava "Portugal no Prato", nome que aliás consta na porta de entrada do restaurante. As queixas passam por desde abordagem agressiva do engajador que angaria clientes à porta do estabelecimento, até aos preços ali praticados e o completo desrespeito com a clientela. Os números do website TripAdvisor não me deixam mentir:

    Este deve ser um novo recorde mundial, 488 "reviews" em 545 com a nota de "terrível". Os comentários, que podem ser lidos na íntegra nesta página soam mais a um alerta desesperado das vítimas deste estabelecimento do que propriamente uma análise concisa. Há mesmo relatos de casos de "bullying", e até de assédio sexual. As críticas estiveram em alta durante o ano passado por esta mesma altura, quando o restaurante ainda não tinha mudado de nome, e aparentemente este ano a operação da "caça ao turista" reabriu, e uma notícia de hoje do jornal Público trouxe o nome do "Made in Correeiros" para a praça pública. E qual é a maior e mais frequente queixa da clientela? Isso mesmo, foram-lhes ao bolso!


    Aí está a famosa mista do mar, que umas vezes custava 140 euros, e outras 250. Devia depender da cara de parvo do pato que se preparavam para depenar. Outros truques de manga incluem não ter os preços na lista, recomendar aos clientes pratos que não constavam do menu, dizer-lhes um preço e cobrar-lhe outro astronomicamente maior, ou ainda ir buscar os pratos pedidos a outros restaurantes da zona, e cobrar o que lhes muito bem lhes apetecer. Isto nem é um caso para a ASAE, ou para a câmara de Lisboa, ou para o raio que os parta. É um caso de polícia, e do que estão à espera para ir lá deter os larápios, senhores agentes?

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    02
    Ago17

    Dezenas de terroristas patrocinados pelos EUA se entregaram ao exército sírio

    António Garrochinho



    Dezenas de terroristas do grupo Jaysh Maghawir al-Thawra, financiado pelos EUA, depuseram as armas e se entregaram ao exército sírio, informou uma fonte à Sputnik.

    "Todos os que se renderam ao exército sírio disseram que não queriam combater contra o exército, eles aderiram ao Jaysh Maghawir al-Thawra pelo dinheiro que lhes entregavam os EUA. Eles estavam esperando o momento para se entregarem", explicou o interlocutor da agência.

    Segundo a fonte, os terroristas entregaram as armas norte-americanas e russas, que pertenciam ao exército sírio.

    O grupo terrorista Jaysh Maghawir al-Thawra foi fundado em dezembro de 2016 com o apoio e financiamento dos EUA. O grupo foi criado como uma unidade do Exército Livre da Síria (ELS). Os terroristas tinham os treinos de combate no território da Jordânia sob controle de especialistas da coalizão internacional encabeçada pelos EUA. O grupo participava dos combates na província de As-Suwayda no sul da Síria.



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    02
    Ago17

    SÃO CHAMADOS OS "TRANSPOÇAS" E O SEU TRABALHJO É TRANSPORTAREM PESSOAS QUE CIRCULAM NAS RUAS DURANTE AS INUNDAÇÕES

    António Garrochinho


    Por uma taxa de cinco pesos, os trabalhadores informais, que fazem bico no centro da cidade de Ecatepec de Morelos, no estado do México, prestam o serviço de "transpoça". Este curioso oficio consiste em transladar em suas costas outros transeuntes presos nas imensas inundações urbanas nas ruas e avenidas do município, devido as fortes chuvas que assolam a região. A notícia tornou-se viral depois que um usuário de redes sociais documentou seu trajeto, a peculiaridade deste trabalho e postou nas redes sociais.

    VÍDEO

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    02
    Ago17

    ARTISTA POLACA CRIA ARTE PICTÓRICA BASEADA NA OBRA DE GIUSEPPE ARCIMBOLDO

    António Garrochinho
    Ainda na atualidade há um certa avaliação pirrônica e discordante com a inovação na área artística pictórica relacionado com o mais popular e de fácil assimilação como o fotorrealismo, o minimalismo, a arte naif, entre outros; enquanto se abraça estranhos movimentos como o fauvismo, o abstracionismo, o suprematismo e outras formas de pintura difíceis de digerir porque a gente não sabe se foi feito por um burro pintor ou por Paul Jordan-Smith, um professor troll que inventou o desombracionismo, em 1924, para dar uma lição nos excessos do mundo da arte, seus especuladores e marchands afetados.

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    Artista polonesa cria uma incrível coleção inspirada na arte de Giuseppe Arcimboldo 01
    No começo de sua carreira, o genial Giuseppe Arcimboldo também se viu preterido por fazer uma arte diferente daqueles tempos, mas que era sumamente popular, porque seus quadros eram formados por elementos diversos, que pareciam antecipar de uma forma pouco comum, para aquele então, o que viriam a ser logo os movimentos vanguardistas do século XX, entre eles o surrealismo. Ele influenciou artistas notáveis como Salvador Dali, Shigeo Fukuda, István Orosz, Octavio Ocampo, entre outros.

    Uma das características dos retratos de Giuseppe que encantava os "não entendidos" de arte é que suas obras implicavam a distância. De perto pareciam um amontoado de frutas, animais ou objetos, mas quando o observador se afastava a mágica acontecia para revelar com clareza o rosto humano dos seus personagens. E isso para o mais ignorante dos homens tinha um claro significado artístico.

    Foi exatamente neste sentido que a artista e fotógrafa polaca Anna Tokarska criou retratos, compostos principalmente por frutas e vegetais, inspirados na coleção "As quatro estações" do mestre italiano do Século XVI. Anna estuda na Academia de Belas Artes de Wroclaw, e antes de se dedicar a arte e fotografia, foi supermodelo trabalhando para Valentino, Dior, Versace e outros.

    A lindissima polaca realizou um conjunto de oito fotografias que precisou de aproximadamente um mês para completar, mas a julgar pelo resultado valeu super a pena e tem um gostinho doce de "quero mais". Veja que bacana!
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    Artista polonesa cria uma incrível coleção inspirada na arte de Giuseppe Arcimboldo 09

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    02
    Ago17

    conversas do largo

    António Garrochinho
    Conversas do largo
    (2 personagens)
    O meu sonho era ir ao cosmos !
    - Cosmos ? quem é esse ? onde vive ?
    Ao cosmos, à lua, a outra galáxia !
    - a Engrácia ? ela dexô-te ! tu andas sempre a viajar com os cornos noutro lugar mas a culpa não é tua !
    Não estás a entender patavina ! não gostavas de ir ao espaço ?
    - sim bebo ! agora o que me cai bem é um bagaço !
    Espaço !!!!
    - atão nã tás sentado à vontade ? o cu nã te cabe no banco ?
    Desisto !
    - Cristo ? agora deu -te pra beato ! Bóra vamos lá ao baçaço, daquele bom, o que nã é rafêro e barato !
    António Garrochinho
    Foto de António Garrochinho.
    02
    Ago17

    UM "KAPO" POTENCIAL

    António Garrochinho




    Esta ratazana reaccionária paga pelo esforço anti-comunista que desenvolve há muito, é um tipo de organismo vocacionado, a haver a possibilidade, de se transformar num torturador de militantes de esquerda.

    Foram gajos iguais a este psicótico que guardavam os presos nos campos de concentração nazis. Aqueles que estavam abaixo dos canídeos mas mesmo assim acima dos prisioneiros que iam ajudando a chacinar.

    "Presstitute" de um jornal menor, fascizante e indigno, o escrevinhador sente um ódio crescente, inexpugnável e ilimitado aos comunistas de todo o mundo. Em especial aos comunistas portugueses.
    02
    Ago17

    Clausura, silêncio e resistência – o universo poético de Luís Veiga Leitão

    António Garrochinho

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    Lobo

    «au bout du chagrin une fenêtre ouverte/une fenêtre éclairé» – Paul Éluard
    Clausura, silêncio e resistência – o universo poético de Luís Veiga Leitão
    A crer em algumas biografias publicadas sobre Luís Veiga Leitão, o autor de Latitude nasceu em Moimenta da Beira a 27 de Maio de 1912 (razão pela qual se comemora no ano em curso 100 anos do seu nascimento), vindo a falecer em Niterói, no Brasil, a 9 de Outubro de 1987.

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    Óscar Lopes, levado certamente por equivocas informações, que chegaram igualmente ao autor deste texto, situa, na História da Literatura Portuguesa, Luís Maria Leitão (nome próprio, suprimindo o autor de Noite de Pedra o Maria, a que acrescentaria Veiga, construindo, dessa forma, um compromisso entre o nome próprio e o pseudónimo com que assinaria toda a sua obra literária) como tendo nascido em 1915.1 O equívoco é irrelevante, dado que todos os pretextos nos serviriam para a elaboração deste texto, o qual não pretende outra coisa do que evocar e trazer de novo ao nosso convívio uma das vozes poéticas mais importantes e influentes da nossa literatura na segunda metade do século XX.


    1. Solidão, denúncia e resistência


    Pode ser-se poeta, um sonhador de liberdades, fechado nas masmorras do fascismo? É possível construir, com a volátil argamassa das palavras, um país outro, apenas inventado, livre e liberto? Foi possível sair, mesmo que por instantes breves e supremos, dessa Noite de pedra/Cerração de muros/arames farpados/grades de ferro/cruzes de ferro/nas campas rasas/de uma luz morta e ultrapassar, com as palavras vertidas na memória, os medos e os muros, essa Noite de pedra noite forjada/– para que o silêncio esmague/o coração dos homens2 e dessa noite sair para se juntar às vozes de outros homens e resistir à realidade opressiva dos dias ignaros? Foi possível, não apenas ao poeta Luís Veiga Leitão, mas a outros seus companheiros de luta, de combate e de versos, viver e denunciar a realidade político-social desses dias, mesmo no silêncio isolado das celas, mesmo com o coração esmagado de silêncio, mesmo se as ferramentas de tecer as palavras lhe eram, pelos verdugos, negadas: Caneta, lápis, papel/e lâmina de ponta de lua/um autómato do bolso me tirava.../Depois a minha mão ficou nua/da vestimenta que usava./ Mas deram-me uma tinta preta/(nuvem negra de um fogo posto)/e meteram-me no tinteiro.../Na tinta, afogo as mãos, o rosto,/o meu corpo inteiro:/A força, o canto, a voz que encerra,/ninguém, ninguém pode afogar/– como as raízes da terra/ e o fundo do mar.3 E o poeta resistiu ao silêncio e foi preenchendo o vazio com o fogo das palavras, inventando no frio raso das pedras esse húmus, esse chão de lava infrene que há para além dos muros, que existe algures e pelo qual vale a pena cerrar os lábios e, corajosamente, erguer a fronte, mesmo na escuridão de uma cela, esse Ventre vazio de um porão/na solidão de charco4 e negar a violência, responder às sevícias com a força das palavras e da razão, impedir que a injustiça e a desumanidade de uns quantos contagie o humano que freme no corpo macerado e, apesar disso, inventar a esperança possível para além das grades e das sevícias: Não. Digo à explosão de ameaça/e à rapada paisagem do desterro./E não. Digo à minha carcaça/encalhada em bancos de ferro/e ao cordame dos nervos, fustigado,/a ranger no silêncio a sós:/Por cada nervo quebrado/que se inventem mais nós.5

    A poesia é um acto de criação solitário, de silêncios, de debate íntimo e de íntimas interrogações, no sentido brechtiano, numa tentativa de reconduzir, de levar como archote, o pensamento criativo e crítico ao que Marx entendia ser o homem total. A poesia neo-realista faz-se de reflexões sobre o real e da sua transposição, através do poema, para o outro, para o debate livre e liberto, como o entendia Rimbaud, que dialéctica e preferencialmente se deverá estabelecer com os leitores. Ora, o silêncio de mordaça que a poesia de Luís Veiga Leitão veicula é um silêncio constrangido, imposto pelas circunstâncias político-sociais em que a mesma se constitui: o poeta sofreu, e dessa experiência se fez eco, a clausura e o arbítrio e é essa realidade, esse objecto do silêncio, que moldará a disposição da matéria poética. A solidão e o silêncio do acto criativo não foram, nos textos que constituem o corpo de Noite de Pedra, livre arbítrio do autor, mas uma circunstância imposta pela força e exterior à vontade do poeta. E a voz, assim violentada, emerge do silêncio com a cumplicidade activa da memória e faz-se grito, denúncia e arma na ânsia de inventar, através dos muros e do escuro da cela, o que não vê (o dia que há lá fora), utilizando a ironia, de uma forma que é a um tempo rebelde e dramática, para sobrelevar o trágico: – Bom dia. Diz-me um guarda./Eu não ouço... apenas olho/das chaves o grande molho/parindo um riso na farda./ (...) Vómito insuportável de ironia/Bom dia, porquê bom dia? (...) Olhe, senhor guarda/(no fundo a minha boca rugia) aqui é noite, ninguém mora,/deite esse grito lá fora/porque lá fora é que é dia!6

    Se a poesia de Luís Veiga Leitão se expressa pela denúncia do sistema e da sua violência, mesmo quando a utilização da metáfora tenta suavizar a clareza do discurso, não deixa de conter os elementos sincrónicos que desmontam a retórica oficial «dos brandos costumes», implicando no corpo fabular e expressivo do poema os pressupostos ideológicos, expondo-os e integrando-os nas linhas gerais e conflituais do seu tempo, e da circunstância de se achar preso político nas masmorras do fascismo: Lá, na última das celas/nódoa negra de açoites,/não há dias, não há noites/porque as noites têm estrelas (...) Lá, só há sombra que dói./Sombra e brancura de um osso/que o preso remói, remói/no fundo do seu poço. (…) Lá, quando o vierem buscar/amanhã, depois ou logo,/terá na alma mais um fogo,/mais uma chama no olhar.7 O silêncio, a solidão do cárcere e as sevícias não impedem o poeta de sonhar para lá dos muros e das estrelas dessa noite imensa recolher a luz, a chama que há-de incendiar o caminho dos homens livres.

    Raramente a poesia portuguesa da resistência atingiu um grau de maturidade expressiva, um lugar tão alto de amargura lúcida, de demolidora sagacidade nos termos em que nos revela a dimensão dos crimes da ditadura, como a que Luís Veiga Leitão consegue nesse livro modelar – modelar na forma como descreve o nojo, como nos diz do horror desses anos de vida represada e o faz com extremo rigor semântico, o verbo despojado, a ausência de retórica da vitimização e um comedimento emocional, um quase pudor dos excessos, que aproxima esta fala da sobriedade estética de um Carlos de Oliveira. A suave ironia, que rasa o corpo textual de alguns poemas libertando-os, numa como que distanciação brechtiana, da sua carga dramática (processo já descoberto no livro Latitude), fazem desta arte poética um dos momentos superlativos do neo-realismo e da nossa modernidade literária, quer no plano da linguagem, quer na expressão épica que os poemas de Noite de Pedras implicitamente contêm, expondo a revolta e a angústia individuais e transportando-os para o vasto território do eu social e da consciência colectiva. O poema Interrogatório, é dessa contenção expositiva, desse processo oficinal, mesmo na disposição estrófica utilizada, e da postura cívica que o autor, através do poema, expressa, paradigmático exemplo:


    Fala! A Dor lhe grita (impuro
    seu grito branco que de rastos medra)
    Nunca. Quero quebrar de corpo duro
    como as estátuas de pedra.8


    Temos, deste modo, uma poesia que, revelando a singularidade de uma experiência individual (o cárcere, a tortura, o isolamento, a solidão e o silêncio) transporta para o poema – logo, para uma tomada de consciência colectiva que a desocultação da violência implica – um ético sentido da existência e do combate: não era apenas o poeta que sofria na pele as atrocidades, as amarguras do cárcere era igualmente, mesmo que as não vivesse na realidade da Cela 13, todo um povo.

    Mesmo no trágico da prisão, o poeta resiste e sabe que resistindo se liberta e nos liberta, mesmo que essa liberdade, as viagens para lá dos muros, seja virtual, apenas imaginada no simbolismo de uma bicicleta desenhada na cela: Nesta parede que me veste/da cabeça aos pés, inteira,/bem hajas companheira,/as viagens que me deste. (...) Aqui,/onde o dia é mal nascido,/jamais me cansou/o rumo que deixou/o lápis proibido... (...) Bem haja a mão que te criou! (...) Olhos montados no teu selim/pedalei, atravessei/e viajei/para além de mim.9


    2. Notícias do bloqueio e influências


    O percurso poético de Luís Veiga Leitão, que se estreia em 1950 com o livro Latitude, inscreve-se, no seu mais conciso corpo fabular, nas determinantes estético-ideológicas do neo-realismo, mas começa a denunciar, logo em 1953, ano da publicação de Noite de Pedra, mas, sobretudo a partir de 1957 nos poemas publicados em «Notícias do Bloqueio» (1957/1962), a influência que o surrealismo imprimiria ao corpo discursivo e ao imaginário simbólico dos seus textos, bem como aos poemas do grupo de autores que se organizam e publicam nas páginas dessa importante revista: Egito Gonçalves, Luís Veiga Leitão, Daniel Filipe, Papiniano Carlos e António Rebordão Navarro. A introdução do onírico na construção imagética, a mais ampla e ágil aplicação da linguagem, permitiu a esta geração, que se revela já no pós-guerra (1950/60), construir um discurso mais afirmativo e crítico, caracterizado por componentes metafóricas que abria os horizontes conceptuais e tornava mais exigentes os significados da denúncia. A este grupo de autores poderemos juntar, pela caracterização emotiva, lírica e inquiridora que a sua poética introduz na observação e configuração do real, o poeta Armindo Rodrigues, mormente pela influência que a sua acção doutrinária e editorial, com a criação da revista «Cancioneiro Geral», veio imprimir à literatura portuguesa, à sua conceptualização e modernidade, na segunda metade do século XX – e, naturalmente, José Gomes Ferreira, a cuja poética não são alheios os traços surrealizantes que implica a sua vitalidade discursiva.

    O que de inovador ressalta em poetas como Luís Veiga Leitão, Egito Gonçalves e Daniel Filipe, é a sua capacidade de configurar um discurso metafórico e interventor de amplas ressonâncias, que imprimia ao tecido verbal do poema uma unidade imaginativa que valorizava a linguagem e os modos transitivos de reflectir e, sobretudo, de afrontar a realidade, criando os sinais representativos da subversão face à envolvente opressiva, não hesitando no confronto, na agitação quase provocatória que os seus textos, nomeadamente os publicados nas páginas da revista «Notícias do Bloqueio» (Egito Gonçalves e Luís Veiga Leitão, sobretudo) e no longo poema A Invenção do Amor, de Daniel Filipe, implicitamente continham, resgatando a objectividade e a dinâmica dos significantes que os estrutura, aproximando, pelos afluentes intertextuais, pelo processo coloquial e dramático da sua textura, da linguagem teatral e da ficção (componentes que vamos encontrar, igualmente, na poesia de Fernando Namora).

    A esta inovação formal, a utilização mais plástica da linguagem no processo criativo, não seria alheia a influência que alguns poetas do compromisso social, como os espanhóis Juan Ramón Jiménez, Lorca e António Machado, o brasileiro Carlos Drumond de Andrade e o francês Paul Éluard, exerceram sobre os universos conceptuais dos poetas de «Notícias do Bloqueio» e dos poetas neo-realistas em geral. Considero, como Tristan Tzara (autor que se afastou do dadaismo para se aproximar das correntes estético-ideológicas do marxismo), que o escritor deve «estar mergulhado até ao pescoço na História» de modo a que possa «contribuir, na liberdade total da sua acção, para o advento do homem social» e comungo da premissa advogada por Manuel da Fonseca segundo a qual «o aparecimento de um escritor sem influências, é anti-dialéctico por natureza».

    Aproveitando esta superfície verbal, que a imagética surrealista permitiu introduzir no discurso neo-realista, e movê-la no sentido de tornar mais abrangente a persuasão da crítica social, considerando nesse plano da intervenção literária à linguagem não só o papel que ela desempenhava como suporte de reflexão mas também a função constituidora que teria relativamente aos seres e aos valores,10 implicando esses recursos nos suportes teóricos e na particularidade da luta política e social então vivida entre nós, e da qual, como sabemos, os autores aqui referidos não se alhearam e da qual foram, em muitos e honrosos casos, parte activa.

    Para além da sua obra poética e de crónicas de viagens (Latitude, 1950; Noite de Pedra, 1955; Livro de Andar e Ver, 1978; Linhas do Trópico, 1977; Livro da Paixão, 1986 e Rosto por Dentro, 1992) e das antologias Ciclo de Pedras, 1964 (que reúne os seus livros Latitude, Noite de Pedra e Dispersos), Longo Caminho Breve, 1983 e Biografia Pétrea, 1989, Luís Veiga Leitão foi ainda um reconhecido artista plástico. No plano profissional, exerceu as funções de escriturário na Federação dos Vinicultores da Região do Douro, função de que seria demitido face à sua militância antifascista, sendo essa posição cívica que o levaria às prisões salazaristas e, mais tarde, ao exílio.

    Luís Veiga Leitão emerge nestes dias, nestes obscenos tempos que vivemos, nesta Europa da usura e da desvergonha, face à barbárie que se insinua mostrando as garras bestiais por debaixo do verniz das circunstâncias, como uma voz necessária e a recuperar, uma voz que soube dizer, de forma singular, o desencanto e a força, a revolta e a alegria de estar vivo e escrever sol mesmo quando as grades e as pedras coavam toda a luz; que soube dizer o sonho, a solidariedade, o futuro e soube converter em palavras a liberdade de cantar/à flor do chão. Esta voz traz ainda, como a de Daniel Filipe de A Invenção do Amor, os contornos perenes do edifício que nos mantém vivos e atentos, porque um grito de esperança inconsequente vem/do fundo da noite envolver a cidade, e esse ofício de demolir a noite prosseguirá sempre enquanto o Homem acreditar que é possível replantar a voz nas pedras:


    RIO HOMEM


    Aqui o rio é Homem
    homem da raça de Orfeu:
    Seu ofício noite e dia
    é replantar a voz nas pedras
    no osso nas raízes que o cercam

    - para que a beleza e a rebeldia
    não se percam 11

     

     

    Bibliografia principal:

    Ciclo de Pedras, de Luís Veiga Leitão – Portugália Editora

    Sonhar a Terra Livre e Insubmissa

    A Invenção do Amor, de Daniel Filipe

    O Neo-realismo Literário Português, de Alexandre Pinheiro Torres  Moraes

    Revista Nova Síntese n.º 5 – Ed. Colibri

    Incisões Oblíquas, de António Ramos Rosa – Ed. Caminho

    A Poesia Portuguesa Contemporânea e o Fim do Modernismo, de Fernando Guimarães – Ed. Caminho

    História da Literatura Portuguesa, de Óscar Lopes e António José Saraiva – Porto Editora

    ______

    História da Literatura Portuguesa, de Óscar Lopes e António José Saraiva, p.1155, 8ª. Edição, Porto Editora, Porto 1975

    2 Noite de Pedra, poema de Luís Veiga Leitão, in Ciclo de Pedras, p.37, Lisboa 1964, Portugália Editora

    3 idem, poema Incomunicabilidade, p.38/39

    4 idem, poema Cela 13, p.40

    5 idem, poema Resistência, p.41

    6 idem, poema Manhã, p.47

    7 idem, poema Segredo, p.43

    8 idem, poema Interrogatório, p.42

    9 idem, poema Uma Bicicleta Desenhada na Cela, p.64

    10 Fernando Guimarães, A Poesia Portuguesa Contemporânea e o fim da Modernidade, p.31, Ed. Caminho, Lisboa 1989.

    11 Luís Veiga Leitão, Ciclo de Pedras, p.99, Portugália Editora, Lisboa 1964

     

    Domingos Lobo

    www.avante.pt

    02
    Ago17

    VÍDEOS - 10 músicas contra a ditadura militar

    António Garrochinho

    zonacurva.com.br




    Após a publicação do texto com 10 músicas contra a ditadura militar em julho, recebemos dos leitores algumas sugestões de outras músicas do período que desafiavam o governo autoritário. Através dessas sugestões e de pesquisa, selecionamos mais 10 canções emblemáticas do período, vamos a elas:

    10º “Pesadelo” (Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro)- Inocentes
    As primeiras bandas punks brasileiras como Inocentes e Cólera só surgiram entre o final dos anos 70 e o início da década de 80 e chegaram para gritar a revolta após duas décadas de regime totalitário.
    No segundo disco dos Inocentes, Adeus Carne, a banda gravou sua versão de Pesadelo, escrita em 1972 por Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós que dava um recado direto ao regime da época: “você corta um verso/eu escrevo outro/você me prende vivo, eu escapo morto/de repente olha eu de novo/perturbando a paz, exigindo troco”. Punk.
    Paulo Cesar Pinheiro explica como conseguiu ludibriar a censura: “mandei essa música no meio de um bolo que a Odeon [gravadora musical]  sempre mandava. Era um período em que havia muito material para mandar. Tinha um disco do Agnaldo Timóteo, com aquelas canções derramadas, e outras coisas românticas. Pedi a um funcionário da casa que enfiasse Pesadelo no meio desses discos. Assim, a música veio liberada. E o MPB-4 a gravou”.

     9º “Nada será como antes” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) – Milton Nascimento e Lô Borges
    “Que notícias me dão dos amigos?/Que notícias me dão de você?” explicitavam os tempos de incerteza do ano em que a música foi composta: 1972. Lançada no álbum duplo Clube da Esquina que revelou uma nova safra de músicos mineiros como Milton, e Lô Borges, Nada Será como Antes homenageia aos que não esmoreciam: “resistindo na boca da noite um gosto de sol”.

    8º “E vamos à luta” (Gonzaguinha) – Gonzaguinha 
    O cantor Gonzaguinha figurava entre os mais perseguidos pela censura do regime militar e escreveu em 1980 E Vamos à Luta como uma homenagem aos que resistiam há 16 anos os arbítrios da ditadura militar. A canção foi muito tocada no final dos anos de chumbo e no processo de redemocratização do país. A música faz parte do álbum De Volta ao Começo. Se estivesse vivo, o cantor completaria hoje 70 anos.
    gonzaguinha 70 anos
    Gonzaguinha: sempre na luta

    7º “Disparada” (Geraldo Vandré e Theo de Barros) – Jair Rodrigues
    Um dos compositores de Disparada, Geraldo Vandré, quase barrou Jair Rodrigues como intérprete da música no Festival de Música Brasileira de 1966. Vandré confessou para Solano Ribeiro, organizador do festival, que “Jair ia cantar esse negócio rindo”. Vandré estava enganado, a interpretação de Jair Rodrigues imortalizou a música como um dos hinos de protesto contra a ditadura militar.
    disparada jair rodrigues ditadura militar
    Jair Rodrigues canta Disparada (fonte: acervo Estadão)
    O cantor ainda dividiu o primeiro lugar do festival com Nara Leão, que interpretou “A Banda”, de Chico Buarque. A emblemática performance de Jair da canção que narra o despertar da consciência política de um vaqueiro que “aprendeu a dizer não” pode ser explicada pela lembrança de seu pai, Severiano Rodrigues de Oliveira, boiadeiro que segundo Jair, “morreu no lombo de um burro”.

    6º “Jorge Maravilha” (Julinho da Adelaide) – Chico Buarque
    Pra driblar a censurar, Jorge Maravilha e outras músicas foram escritas por Chico Buarque sob o pseudônimo Julinho da Adelaide. Mesmo já desmentido por Chico, a música carrega a lenda de que o compositor a escreveu para Amália, filha do ditador Ernesto Geisel, que gostava do cantor. O verso “você não gosta de mim, mas sua filha gosta” na verdade tem relação com a filha de um contínuo do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), órgão de repressão política. Em entrevista a Folha de S Paulo em 1977, Chico explicou: “fui detido por agentes de segurança no DOPS e no elevador o cara pediu autógrafo para a filha dele. Claro que não era o delegado, mas aquele contínuo de delegado”.
    O público ouviu a música pela primeira vez quando Chico participou do espetáculo “O Banquete dos Mendigos”, projeto idealizado e dirigido pelo músico Jards Macalé, em 10 de dezembro de 1973 no Museu de Arte Moderna do Rio.

     5º “Primavera nos Dentes” (João Ricardo e João Apolinário) – Secos e Molhados
    Imagino os militares indignados com aquele “grupo transviado que desencaminhava a juventude”, mas não era só na maneira de dançar de seu líder, Ney Matogrosso, ou na roupa e maquiagem que os Secos e Molhados incomodavam o status quo. Primavera nos dentes (1973), composta por João Ricardo, integrante do grupo, e seu pai, João Apolinário é um rock psicodélico com uma letra com apenas o belo verso que grita: “quem tem consciência para ter coragem/quem tem a força de saber que existe/e no centro da própria engrenagem/inventa a contra mola que resiste/ quem não vacila mesmo derrotado/quem já perdido nunca desespera/e envolto em tempestade decepado/entre os dentes segura a primavera”.

    4º “Opinião” (Zé Keti) – Nara leão, Zé Keti e João do Valle
    “Podem me prender, podem me bater… que eu não mudo de opinião”. Premonitória do que a juventude enfrentaria após o golpe militar, a música foi composta pelo carioca Zé Keti em 1964 e nomeou o show de teatro musical que era uma parceria entre o Teatro de Arena e o CPC-UNE (Centro Popular de Cultura da União Nacional de Estudantes). Na verdade, Zé Keti compôs a canção como resistência ao governo do Estado do Rio de Janeiro que pretendia expulsar as favelas dos morros da capital. Usada como hino de resistência à ditadura, a música foi censurada em 1968.

    3º “Carcará” (João do Vale e José Cândido) – Maria Bethânia ou Nara Leão
    Composta pelo maranhense João do Vale e José Cândido, a música Carcará (1965) fez parte do espetáculo Opinião que marcou a resistência cultural ao golpe militar de 64, mesmo ano de estreia da peça, escrita por Paulo Pontes, Ferreira Gullar, Armando Costa e Oduvaldo Viana Filho, com direção de Augusto Boal. “Carcará” simbolizou a crítica à desigualdade social nordestina e a luta por terra no campo que remetia ao movimento das Ligas Camponesas, liderada por Francisco Julião, preso em 1964.
    opinião nara leão zé keti e joão do vale
    Disco do Show Opinião com Zé Keti, Nara Leão e João do Vale na capa
    A canção foi interpretada primeiramente por Nara Leão, mais tarde ela foi substituída por Maria Bethânia, que passou a integrar o elenco do show com apenas 19 anos. Bethânia denunciou os altos índices migratórios da população nordestina que fugia da seca no final da música.
    “Carcará”, interpretada por Maria Bethânia:
    “Carcará”, com Nara Leão:

    2º Comportamento Geral” (Gonzaguinha) – Gonzaguinha
    Em 1973, Gonzaguinha ironizava os conformados com o regime autoritário que mereciam “um diploma de bem comportado”. Na letra da música integrante de seu primeiro disco, Luiz Gonzaga Jr. (1973), o músico criticava os que os que faziam “tudo aquilo que foi ordenado pelo bem da Nação” e “baixavam a cabeça”.
    A música ficou popular quando foi espinafrada pelos jurados em um dos concursos do programa Flávio Cavalcanti, simpatizante dos militares. Com muita calma, Gonzaguinha voltou ao microfone e disparou: “vocês merecem” (trecho da música). O episódio ajudou a impulsionar as vendas do disco compacto com a música.
    Visado pelos censores e pela ditadura, em uma ocasião o músico submeteu 72 músicas de sua autoria à censura, 54 foram vetadas. Em 1990, o músico participou do programa Ensaio da TV Cultura em que canta a música e lembra sua relação com a censura:
    A versão completa de “Comportamento Geral”:
    1º “Como nossos pais” (Belchior) – Elis Regina
    Composta por Belchior, a música relata o “perigo na esquina” e o “sinal que está fechado para nós que somos jovens”, recados claros sobre a situação opressora vivida em 1976, ano de sua gravação no disco Falso Brilhante, por Elis Regina.
    Belchior também gravou a música no mesmo ano em seu disco Alucinação, segundo LP do cantor cearense. O espetáculo Falso Brilhante de Elis com elementos circenses foi de grande sucesso entre os anos de 1976 e 1977, com mais de 1200 apresentações em todo o país.

    02
    Ago17

    A AUTO ROTULADA ESQUERDA MODERNA NO CARRO DA VASSOURA DA DIREITA

    António Garrochinho

    Li uma notícia que dá para fazer umas cócegas atrás
    das orelhas !
    Será que daqui se podem tirar ilações SOBRE O QUE ANDA POR AÍ A QUERER ENDROMINAR O ZÉ POVINHO ?

    A bonita joana, a tal de voz timbrada que anda sempre à "précura de salvação" (gosto do calão algarvio) depois de sair do bloco eleitoralista para um outro partido de que não me lembro o nome, depois de "namorar" e apoiar Mário Soares é agora candidata á Câmara Municipal de Lisboa pelo carro da vassoura " NÓS CIDADÃOS".

    "Préguntaram-lhe" se se identificava com o partido pelo qual concorre e a joaninha disse que não tem que ser assim forçosamente. CLARO QUE NÃO IMPORTA JOANINHA, PARA TI O IMPORTANTE E TERES DINHEIRO PARA AS DESPESAS.

    Que coisa é essa da ideologia, da consciência de classe, da ética política !?

    Mais acrescentou a "iluminada" que o PCP , o e o bloco eleitoralista que ela continua a amar, estariam contentes com a candidatura de Fernando Medina e não lhe fazem oposição.

    "Má" que maravilha esta gente que trata os portugueses como otários !

    Esta senhora é mesmo uma grande artista cor de rosa, gosta de aparecer, gosta da ribalta e do tacho claro !
    Este tipo, esta maneira de fazer política sempre com novas armadilhas, novos visuais populistas e ousados está no sangue da moçoila.

    O bloco eleitoralista ensinou-a bem.
    António Garrochinho
    Foto de António Garrochinho.

    02
    Ago17

    OS LARANJAS QUEREM VOLTAR PARA O EDEN DA GOVERNAÇÃO

    António Garrochinho
    DEPOIS DOS FOGOS, DA CONTABILIZAÇÃO DE MORTOS, DO ORDENADO MÍNIMO. AGORA O PSD MANDA O ADÃO SILVA LARANJA LADRAR CONTRA AS ALTERAÇÕES AO RENDIMENTO DE INSERÇÃO SOCIAL.
    Adão Silva sublinhou que o PSD "não quer que os pobres sejam instrumentalizados, nem que se instrumentalize o dinheiro dos portugueses que pagam impostos para interesses eleitorais mesquinhos e diretos do PS, BE e PCP".
    Foto de António Garrochinho.

    02
    Ago17

    Quando o homem mordeu o cão ! Homem morde cão polícia e fere agente durante detenção

    António Garrochinho


    Animal ficou com ferimentos numa orelha, já o agente ficou com uma mão partida.

    Homem morde cão polícia e fere agente durante detenção


    A detenção de um assaltante em Tameside, Manchester, no Reino Unido, terminou com ferimentos para o cão polícia e o agente que o acompanhava.As imagens mostram parte da violenta luta que decorreu e que se terá prolongado por um total de sete minutos.
    Explica o Manchester Evening News que o animal ficou com ferimentos na orelha e no focinho, resultantes não só da mordidela mas também dos puxões e pontapés que o animal levou (e que são bem visíveis nas imagens). O agente que estava com o animal, , um pastor alemão de nome Theo, a tentar deter o suspeito de assalto ficou igualmente ferido. Acabou com uma mão partida e um ferimento no lábio.
    O homem que surge nas imagens a lutar estaria já a ser procurado pelos autoridades. A cena contou ainda com a presença de um segundo homem que incentivou o suspeito a responder com violência À detenção.
    No vídeo que tem circulado nas redes sociais é possível ver como o animal e o agente tentaram imobilizar o suspeito. No entanto, só com a chegada de reforços é que foi possível deter o homem que aparece o vídeo. Tanto o suspeito que agrediu o agente e o cão polícia, como o homem que o incentivou a morder o animal acabaram detidos. 
    A situação decorreu em junho mas só agora as imagens foram divulgadas e estão a ser reportadas pela imprensa britânica.





    VÍDEO



    www.noticiasaominuto.com
    02
    Ago17

    CLARO QUE ESTAS AFIRMAÇÕES TÊM OUTRO PROPÓSITO MAS NÃO ESTÁ O JÚDICE A DAR QUALQUER NOVIDADE - PS pode fazer governo com CDS porque Costa é o "maior oportunista"

    António Garrochinho


    José Miguel Júdice analisou personalidade política de António Costa, considerando que não se trata de uma crítica mas de uma constatação.

    PS pode fazer governo com CDS porque Costa é o "maior oportunista"


    Em análise aos resultados das próximas eleições, José Miguel Júdice afirmou que não está fora de hipótese uma possível coligação entre o PS e o CDS.Imagine-se que e o PS não chega à maioria absoluta como acho a que deve chegar e que vai continuar a acontecer o que se passa: são necessárias reformas e o PCP e o Bloco não vão querer”, disse, referindo que numa situação destas é provável que PS e CDS se unam.
    “Se há uma coisa que António Costa é, é o maior oportunista da história de Portugal. Mas isto não é uma critica. É uma constatação de facto”, afirmou, considerando que o primeiro-ministro “identifica a oportunidade e não tem qualquer contemplação. Faz o que acha que deve fazer estando-se perfeitamente nas tintas”.
    O comentador da TVI24 considerou, ainda, que será da vontade de Marcelo Rebelo de Sousa que seja António Costa a vencer as eleições, e que "se achar que Costa pode ganhar candidata-se de certeza", pois o seu objectivo é "equilibrar um Governo de Esquerda".


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    02
    Ago17

    PCP defende projeto de valorização do castelo de Aljezur

    António Garrochinho
    .
    O grupo parlamentar do PCP, por intermédio do deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve, questionou hoje o ministro da Cultura sobre a necessidade de valorizar o castelo de Aljezur.
    O deputado pretende saber se o Governo vai proceder à definição de um projeto de valorização integral do castelo de Aljezur, bem como se o Governo tenciona criar condições para que a programação cultural no castelo de Aljezur, assim como nos demais monumentos algarvios afetos à Direção Regional de Cultura, possa ser intensificada.
    O PCP recorda ainda que “o terramoto de 1755 destruiu uma significativa parte do castelo, incluindo as habitações do recinto”, sendo que, “no século XX, as comemorações do centenário do Infante D. Henrique foram o pretexto para o restauro do velho castelo de Aljezur”. No entanto, “as obras então empreendidas não foram substanciais, limitando-se a reparar as muralhas (alteando e reinventando algumas partes), mas sem alterações assinaláveis ao nível da planta e adulteração do interior do recinto”.
    Nos últimos anos, diversos programas de beneficiação foram elaborados, mas o castelo de Aljezur aguarda ainda a definição de um projeto de valorização integral.
    Refira-se que a Direção Regional de Cultura do Algarve desenvolve um programa denominado “Dinamização e Valorização dos Monumentos – DiVaM”, que tem como principal objetivo a implementação de uma dinâmica cultural e a aproximação das comunidades ao seu património.
    Uma consulta da programação do DiVaM 2017 mostra, contudo, que para o castelo de Aljezur estão apenas previstas duas atividades no corrente ano, uma em abril, outra em julho.
    JA
    02
    Ago17

    EM FARO O COMBATE É POLÍTICO

    António Garrochinho

    Foto de Mário Estevam.
    Mário Estevam para Cidade de Faro (Até Quando?)

    em Faro o combate é político...
    se fosse pessoal, bastava trocar este Bacalhau por outro Bacalhau qualquer.
    Faro vive há muitos anos uma troca de cromos... estes por aqueles, aqueles por outros e os outros por outros.
    As claques de apoiantes chamadas notáveis vão saltando de bancada, ora estão com estes, ora estão com aqueles.
    Tivemos Vitorino...tivemos Apolinário com bigode e sem bigode, o Macário veio para trabalhar e agora calhou-nos o Professor.
    Todos foram muito apoiados, todos foram absolutos, todos foram a mudança.
    E porquê?
    Porque mudavam os políticos mas nunca mudavam as políticas.
    Ora o que Faro precisa é de mudar de políticas.
    Bacalhau quer estabilidade...
    Nunca como neste mandato se discutiu a cidade...
    E porquê?
    Porque ninguém era absoluto para mandar!
    A câmara funcionava, os votos contavam.
    Raios partam a estabilidade!
    Não vou dar a maioria absoluta a ninguém.
    Nunca mais!
    Nem que me sirvam um bacalhau com todos, cheio de notáveis (e cheio de promessas).

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    António Garrochinho

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