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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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15
Ago17

UMA PARVA QUE PARA DESPERTAR A ATENÇÃO E VENDER ESCREVE UM LIVRO COM O TÍTULO "A DIETA DE AUSCHWITZ" ONDE SE MORRIA DE FOME

António Garrochinho


"Vou defender sempre o título do meu livro"


Após ter lançado "A Dieta de Auschwitz", Emília Pinheiro foi 
arrasada pela crítica. Numa entrevista por email, a autora justifica 
à SÁBADO a razão do título e revela
 que é descendente de judeus
Autora de A Dieta de Auschwitz:

Por que razão escolheu aquele título?
Conforme está escrito logo no início do livro, o título mostra de forma clara o real motivo da sua escolha. Basta abrir e ler. Julgo que não é pedir muito: ler e depois, caso necessário, fazer os devidos comentários. Todos serão bem-vindos. Ofensas, repudio veementemente. 

Mas não considera um título de mau gosto?
Não creio, sinceramente. Ofensivo, jamais. Também vivi uma guerra sangrenta, em Outubro de 1975, na capital de Angola, Luanda, onde morava na época. Bombas, granadas, o terror dos assassinatos em plena luz do dia, muitas balas perdidas, amigos morrendo, outros fugindo, ainda hoje não sei para onde. E a fome? Também convivi com ela, de perto. Eu, meus filhos, meus familiares. Ainda hoje sofremos sequelas daqueles tempos difíceis.
Qual era a sua ideia ao referir-se a Auschwitz?
Quando resolvi "abrir os portões" de Auschwitz, sessenta anos depois, foi com a intenção de levar o leitor a recordar que, "o acto de nos alimentarmos de forma correcta é soberano e essencial à vida, para que – tal como lá - não sejamos passivamente aprisionados e exterminados, aqui, pelos nossos próprios vícios". Fiz questão de apresentar um livro com um título, a meu ver, corajoso, "um livro que não nos deixa esquecer, de forma absolutamente dramática, que o acto de nos alimentarmos é uma das necessidades mais importantes do corpo humano" - assim escrevi no prefácio.
Não pensou que um livro com o título "A Dieta de Auschwitz", publicado pela "Editora Ariana", pudesse chocar algumas pessoas? Foi surpreendida?
Senti-me verdadeiramente chocada com a profunda distorção das minhas palavras, referentes ao título e às minhas justificações, como ficou patente nos últimos ataques verbais que tenho sofrido nas redes sociais. Relativamente ao nome da editora, quero esclarecer que a pessoa que se apresentou a mim sempre o fez através de e-mails em que constava o nome de "Contra-margem", nunca se referindo a "Ariana Editora". O que fez para resolver essa situação?
Entrei em contacto com a mesma pessoa que se apresentou a mim e pedi esclarecimentos, tendo ficado acertado que meu segundo livro não seria editado por essa editora. Ainda assim, quase dois anos depois, o meu livro foi lançado pela "Ariana Editora" e, até hoje, não possuo nenhum exemplar dessa obra.

Se fosse hoje teria escolhido outro título?
Não, teria optado apenas por outra editora, sem dúvida. Vou defender sempre o meu livro e seu título, pode crer. Na edição brasileira, que sairá em breve, será colocado na capa um esclarecimento para que não haja margem para dúvidas.
  1. Alguma vez esteve em Auschwitz?
Não, nunca estive. Vi e vivi a guerra sangrenta em Angola, grávida, com mais dois filhos gémeos pequenos, passei fome e privações de todo o tipo, fui para a maternidade durante o recolher obrigatório, debaixo de uma chuva de balas vindas e de granadas, aterrorizada pelo medo de não conseguir chegar à maternidade para ter o meu bebé, que nasceu no corredor daquela que havia sido a melhor maternidade de Luanda. Um mês depois consegui fugir para Portugal.

  1. Li que é descendente de famílias judias. 
  2. É verdade, por parte de minha mãe. Desde pequena sentia um orgulho enorme, já adulta pesquisava tudo que se referia ao meu sobrenome "de Oliveira" e sua comprovada descendência judia. Aos 17 anos, ao ler a colectânea de todos os livros do pós-guerra nazi, escritos por Christian Bernadac, senti uma profunda tristeza e revolta por todas as atrocidades cometidas e jurei um dia fazer algo que pudesse, de alguma forma, "fazer jus" à tremenda injustiça imposta, não só ao povo judeu como a tantos outros... Escrever o livro "A Dieta de Auschwitz Versus O Pão Nosso de Cada Dia" foi a forma que eu encontrei - ainda que, quase 48 anos depois  - de trazer à lembrança aqueles milhares de prisioneiros exterminados sumariamente, sem direito a qualquer tipo de julgamento e de justiça e me solidarizar com todos aqueles que, tal como eu, sobreviveram aos difíceis tempos de guerra e seus horrores. Este é o meu julgamento acerca do meu livro. Essa é a minha absolvição, definitivamente.
  3. Nasceu nos Açores e vive actualmente em Curitiba. Quando começou a trabalhar na área da saúde e nutrição?
Nasci na Ilha Terceira, nos Açores, meu pai era militar na base aérea americana. Após meu nascimento, foi transferido para Angola, onde morei até os 17 anos tendo mudado, já casada, para Moçambique. Com a Revolução dos Cravos regressei a Angola e, em 1975, fomos forçados a voltar para Portugal. Em 1977, por ocasião do falecimento de um de meus filhos, decidimos vir para o Brasil e aqui vivo há 38 anos. Sou pesquisadora independente de assuntos relacionados à nutrição celular, dedicando-me desde 1999 à prática terapêutica ortomolecular holística. Não sou médica ou nutricionista, atendo como terapeuta ortomolecular holística, focada em saúde quântica e especialista em Dieta do Tipo Sanguíneo (Nutrigenética). Além de organizar workshops e palestras dirigidas aos profissionais de saúde e ao público em geral, sou autora do livro "Dieta Pelo Tipo Metabólico e Sanguíneo".


www.sabado.pt
15
Ago17

Viver em Cascais seria mesmo bom se o PSD e CDS não desmandassem por aqui !

António Garrochinho

Em Cascais, um cidadão, um pequeno ou médio empresário industrial ou comerciante paga mais entre 50% a 300% em taxas e tarifas na água, nos esgotos, no lixo, nos estacionamentos, por tudo e mais por coisa nenhuma que aquilo que pagaria se vivesse ou trabalhasse em Oeiras, em Sintra, Lisboa ou em Almada.
Se às mais de 600 taxas, tarifas e impostos municipais com que o PSD/CDS nos brindam juntarmos o IMI, agravado em Cascais com todos os factores de majoração que engordam o imposto e emagrecem os nossos bolsos, então encontraremos a resposta para as perguntas que constantemente lemos e ouvimos, como p.exp. : quem paga as festas, o constante foguetório, os "subsídios" a grupos económicos detidos por amigos, os milhões entregues às igrejas, as luxuosas campanhas de propaganda eleitoral ?
A CDU tem sido a única força política que nas reuniões da Câmara e Assembleia Municipal se opõe e denuncia os autênticos assaltos aos bolsos dos munícipes e o estrangulamento da actividade dos pequenos e médios empresários, comerciantes e industriais, que através destas taxas, tarifas e impostos suportam a permanência de Cascais no primeiro lugar do podium dos concelhos que em todo o país mais se sustentam à custa de receitas provenientes do esforço directo dos seus habitantes.
É sustentada em razões perfeitamente adquiridas como factores de desenvolvimento, que se produz sobretudo através da melhoria do poder aquisitivo dos habitantes e do consequente aumento da actividades dos agentes económicos locais, que a CDU propõe e defende a revisão em baixa de todas as taxas, tarifas e impostos que vigoram em Cascais, designadamente da taxa de IMI, passando-a dos actuais 0,38% para 0,30%.
Quem acha que mudar não é preciso ?
Clemente Alves
Foto de António Garrochinho.

15
Ago17

11 MORTES NO FUNCHAL EM QUEDA DE ÁRVORE

António Garrochinho






Carla Mendonça explicou ainda ao repórter Paulo Santos que as queixas sobre o estado das árvores do largo da Fonte estão documentadas e foram entregues tanto à atual vereação da câmara do Funchal como à anterior.

vídeo



A árvore caiu pouco depois das 12h00, junto ao Largo da Fonte, na freguesia do Monte, onde decorria a festa da padroeira da ilha da Madeira, numa zona onde estavam concentradas muitas pessoas. 
Há pelo menos onze vítimas mortais e 35 feridos, quatro em estado grave. O repórter da RTP no local confirma que duas das vítimas mortais são crianças.
Segundo informou a Proteção Civil da Madeira, o balanço oficial das vítimas será apresentado às 16h30, não estando prevista até a essa hora declarações de quaisquer responsáveis. 
Queixas antigas
Segundo várias testemunhas no local, a árvore era antiga e que estava amarrada há pelo menos dois anos, uma vez que o tronco estava oco. Os relatos ouvidos pela RTP contam o que viram e há mesmo quem aponte o dedo ao Governo regional, por não ter removido a tempo a árvore em mau estado, depois de vários avisos.
António Mendonça, que reside junto à zona onde esta terça-feira se deu o incidente, refere que a situação foi comunicada aos vários responsáveis e foi sempre desvalorizada.“É do conhecimento das entidades por via de ofícios, cartas e de queixas”, refere.

VÍDEO


O mesmo popular faz referência a uma notícia publicada em março deste ano pelo Funchal Notícias, que dava conta da queda de um galho de grande porte no Largo da Fonte, onde estão algumas destas árvores em estado frágil. Na altura, o incidente não fez feridos.
O estado de conservação das árvores no largo da fonte, na freguesia do Monte, na Madeira, já tinha motivado queixas de vários moradores no local. É o caso de Carla Mendonça que descreve alguns procedimentos em que deram conhecimento às autoridades




Limpeza já começou 
Trabalhadores da câmara do Funchal já começaram a limpar a zona onde caiu a árvore.
As autoridades ligadas à Proteção Civil já abandonaram o local.
O arraial da Senhora do Monte é considerado a maior festa da Madeira, contando com a presença das entidades regionais, incluindo o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, o secretário da Saúde, Pedro Ramos, que tutela a Proteção Civil Regional, o responsável da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, e o bispo do Funchal.

No ano passado algumas das festividades ligadas a Senhora do Mundo, foram canceladas devido aos incêndios que afetaram o Funchal na segunda semana de agosto e que fizeram três mortos.

www.rtp.pt

 
15
Ago17

INVENÇÕES TECNOLÓGICAS DO SÉCULO XXI

António Garrochinho
O século XXI pode ser classificado certamente como o século das descobertas. Descobertas científicas, tecnológicas e sociais são feitas a uma velocidade nunca antes vista. Os cientistas dizem que as grandes descobertas hoje são feitas de cinco em cinco anos quando no passado essas eram feitas de cem em cem anos, é sem dúvida, um salto e tanto. Dentro dessa perspectiva, a liberdade de criação dada aos estudantes aliada ao incentivo da sociedade capitalista pela produção de artigos cada vez mais modernos, gerou o nascimento de produtos um tanto curiosos, vejamos alguns exemplos a seguir.


10- Máquina de café expresso móvel tritura grãos durante pedaladas
Uma dupla de estudantes Lasse Oiva e Amos Fiel Raid, alunos de design do Royal College of Art de Londres, criaram uma estrutura muito parecida com a de um triciclo que detém a capacidade de utilizar a energia das pedaladas para moer grãos de café. A água utilizada para obter a bebida, é aquecida com uma caldeira que funciona a gás. A engenhoca é, sem dúvida, uma criação prática e eficiente. Mas, os criadores ainda não estão satisfeitos, querem obter uma máquina cem por cento ecologicamente correta, para isso, pretendem transformar os resíduos de café em etanol para servir como combustível.
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9- Cama que se auto-arruma
Imagina acordar atrasado para o trabalho, sonolento ou com preguiça e não ter que se preocupar em arrumar a cama? Sim, em breve isso será possível. A empresa espanhola OHEA, acaba de anunciar seu novo projeto, a cama eletrônica que se “auto- arruma”. A cama tem dispositivos que percebem quando alguém se levanta dela e três segundos depois, dois braços mecânicos equipados com um rolo acoplados aos dois lados da cama levantam e levam o lençol novamente a cabeceira da cama. Os travesseiros são levantados por duas prateleiras permitindo que o lençol seja esticado por toda a superfície da cama. A invenção ainda não tem preço mas a empresa anunciou que suas vendas começam em breve. A seguir, um vídeo da curiosa criação:
8- Carregador de Iphone alimentado por aperto de mão
O Designer Mac funamizu criou um carregador de Iphone que é capaz de converter a energia mecânica do aperto de mãos em energia elétrica.
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7- Televisão controlada pelos olhos
Quanto mais tecnologia, menos esforço humano! È esse conceito que vemos por trás da TV controlada pelo movimento dos olhos. A TV ainda está em teste, pois, na verdade, a tecnologia adotada para a construção da TV não é totalmente nova. Os engenheiros utilizaram a tecnologia do “scanner de olho” e acoplaram a um computador e monitor. Não parece algo muito prático, mas já é um começo. Para selecionar uma opção, basta olhar para a TV e piscar rapidamente algumas vezes. As opções que funcionam são a de troca de canais e mudança de volume, as funcionalidades de clicar e arrastar ainda não estão disponíveis. Por mais que possa, inicialmente, requerer uma atenção maior para o controle do aparelho e consequentemente gerar um maior cansaço mental essa tecnologia pode beneficiar, por exemplo, as pessoas que perderam o controle das mãos. Bem, ainda há muito caminho a ser percorrido para a conclusão desse projeto, mas não irá demorar muito para termos televisões controladas pela mente, dizem os engenheiros.
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6- Capacete desacelerador
O artista alemão, Lorenz Potthast, criou uma espécie de capacete que permite enxergar o mundo em câmera lenta. Por mais que pareça ficção científica, esse capacete existe. Ele permite com que se enxergue o mundo como um filme em slow motion. A forma como isso é feita é alterando a velocidade dos acontecimentos fora do capacete através de um controle manual. Esse capacete não deve ser utilizado na vida cotidiana, pois, colocaria facilmente a vida de qualquer um em perigo, tarefas simples como atravessar a rua ou efetuar corriqueiras tarefas domésticas poderiam causar grandes prejuízos á vida, caso esta não fosse perdida. Veja aqui, o vídeo mostrando as funcionalidades do capacete.
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5- O calor do bumbum produz energia
Um Designer sueco criou uma estação inteira de trabalho que produz energia elétrica através do calor do corpo sobre o assento. Apegado á ideia de que o ser humano é preguiçoso por natureza, o designer Törnber quis tirar proveito do estilo de vida sedentarista atual para gerar um impacto positivo na natureza. Ele aplica a teoria do “Efeito Seebeck”, a teoria diz que ao aquecemos somente um dos lados de um material e mantermos o outro frio esse diferencial de temperatura gera energia elétrica. Sendo assim, ele colocou em um dos lados do acento placas de metal impedindo que tal lado fosse aquecido, enquanto no outro lado, não existindo essa placa, o acento é aquecido facilmente.
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4- Um material capaz de parar balas Cientistas da Universidade Rice (EUA) e do MIT, também nos (EUA) descobriram um nanomaterial capaz de parar balas 9mm. O material é um poliuretano complexo que, em testes de laboratório, foi capaz de realizar tal feito. O objetivo da equipe é descobrir um material mais impermeável á deformação, para que, assim, pudessem ser produzidos melhores coletes para policiais e soldados. As armaduras atuais são feitas de maneira bem parecida com as armaduras de ferro dos antigos cavaleiros. Para a sua produção é utilizado cerâmica ou placa metálica, o que as torna pesadas e desconfortáveis. Com esse novo material, as armaduras podem ser tanto resistentes quanto leves. Os testes feitos com o poliuretano mostrou que, quando este é penetrado por um pequeno projétil a uma velocidade elevada, o material se deforma sem quebrar, ou seja, se esse material fosse aplicado para revestir vidro, no momento em que um projétil atingisse o vidro este não quebraria ou racharia, pois o material protetor derreteria em torno da bala causando apenas ligeira deformação do vidro. A pesquisa e os experimentos com o novo material ainda estão nos estágios iniciais, por isso, não há previsão para quando chegará ao mercado.
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3- Impressora 3D
Essa é uma das peças mais curiosas e fantásticas, na minha opinião. Consiste em uma impressora capaz de produzir qualquer objeto que tenha sido desenhado inicialmente em um computador. Elas funcionam da mesma maneira que uma impressora comum que criam imagens através de pontos, a diferença é que esta reproduz um objeto a partir da disposição de partículas de um material, geralmente plástico ou gesso, que são solidificados pelo calor. Essa inovadora e prática forma de produção pode alterar completamente a logística global, pois poderá substituir o transporte intercontinental de mercadorias pela a reprodução local. Imagens e vídeos aqui.
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2- Vaso Sanitário que cozinha dejetos
Bill Gates sensibilizou-se com a situação difícil de 2,6 bilhões de pessoas que ainda vivem sem saneamento básico pelo mundo e sem, consequentemente, um vaso sanitário. Tentando reverter essa situação e criar saídas baratas e eficientes de banheiros para a população mais pobre ao redor do mundo, Gates forneceu através de sua Fundação Bill e Melinda Gates o valor de 800 mil para os estudantes que desenvolvessem novas tecnologias para o descarte de dejetos humanos sem que tivessem ligação com água, energia ou esgoto. Foi então que, o Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA), criou o vaso capaz de gerar hidrogênio e eletricidade com o cozimento dos dejetos. Fantástica criação! Os estudantes receberam o valor de 200mil dólares para que continuassem as pesquisas. Mais sobre esse projeto e outros aqui.
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1-Primeira folha artificial do mundo
O feito científico que considero ter sido o mais fantástico e merecedor do primeiro lugar atualmente é a criação da primeira folha artificial que separa a molécula de água em hidrogênio e oxigênio utilizando a luz solar. Não é de hoje que há uma busca incessante pelos cientistas em desenvolver folhas artificiais que possam transformar a luz solar e a água em energia de forma tão eficiente quanto as existentes na natureza. Depois de anos de profundos estudos parece que os Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), conseguiram realizar essa proeza. A folha artificial não é parecida com a folha original, mas, seu funcionamento é o mesmo. A estrutura é feita com um material abundante, o silício, o que torna o seu custo de produção barato. Colocadas em um recipiente com água e deixadas ao sol essas folhas fornecem energia o suficiente para suprir as necessidades de um lar do mundo contemporâneo. Sua estrutura ainda é frágil e requer mais pesquisas para aperfeiçoamento da tecnologia. Mas, a evolução da folha sintética é significativa, o que nos faz ter esperanças de que logo, esse invento estará disponível ao grande público.
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lounge.obviousmag.org
15
Ago17

FACTOS HISTÓRICOS QUE VOCÊ PODE DESCONHECER

António Garrochinho



No seu auge, o Império Romano  estendia-se por 2,51 milhões de quilómetros quadrados. Foi apenas o 19 º maior império da história.



Calcula-se que, nos últimos 3.000 anos, houve apenas 240 anos de paz no mundo.







Das 10 guerras mais mortais, 7 foram travadas na China.



No seu auge, em 480 aC, o primeiro Império Persa cobria 44% da população do mundo.
Este é o maior percentual de qualquer império da história. Em comparação, os britânicos só cobriam 20%.



O general mexicano Santa Anna teve um enorme funeral de Estado em honra de sua perna amputada.



Até 1800, as próteses eram feitas muitas vezes a partir dos dentes de soldados mortos.

 


Durante a era glacial, as pessoas nas Ilhas Britânicas utilizavam crânios humanos como copos.



No antigo Egito, os servos eram cobertos de mel para espantar as moscas para longe do faraó.

 


Na Roma antiga, a urina era usada como anti-séptico bucal.



Durante a rebelião An Lushan na China em meados dos anos 700, quase 40 milhões de pessoas morreram. Isso era 1/6 da população do mundo.



Pedro, o Grande, tinha o amante decapitado de sua mulher e depois forçou sua esposa a manter a cabeça preservada em seu quarto. 



Quando em perigo de ser capturado, os samurais japoneses cortavam seus intestinos com sua espada.



Durante a época medieval, animais eram levados a julgamento e, por vezes, condenado à morte.



Ao longo do século XVII, pessoas eram enterradas vivas com tanta frequência que caixões incluíam mecanismos para permitir que as pessoas tocassem um sino no cemitério.




Os mongóis queimavam a gordura de seus inimigos em chamas e depois a atirava em seus outros inimigos.



No antigo Egito, quando um governante morria, todos os seus servos e animais eram enterrados vivos com ele.



Górgias de Épiro, um professor grego, nasceu em caixão de sua mãe morta. Os carregadores de caixão ouviram o choro durante o sepultamento.



O rei Goujian de Yue colocou uma fileira de criminosos condenados na frente de seu exército. Antes da batalha todos iriam cortar suas cabeças para mostrar ao outro exército o quão “louco” o exército do rei Goujian era.



www.fatoscuriososdahistoria.com
15
Ago17

SABIA QUE.....

António Garrochinho

O primeiro farol do mundo foi construído em 280 a.C., na ilha de Faros na baìa da cidade de Alexandria, no Egipto, durante o governo do rei PtolomeuII.
A torre do farol, que media aproximadamente 150 metros de altura, foi construída de pedra com revestimento em mármore branco, obra do arquitecto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido.
O farol servia para orientar os navegantes à noite, irradiando um facho de luz que alcançava a distância de 50 km.
À noite, a chama era alimentada com óleo e de dia, pelos raios solares, que eram reflectidos por meio de ferro ou bronze polido.
O termo "farol" que designa até hoje esse tipo de construção vem do nome da ilha de Faros (em grego, Pharos).
O farol de Alexandria foi destruído por um terramoto em 1375.



15
Ago17

MUITAS CURIOSIDADES PARA VOCÊ SE ENTRETER

António Garrochinho

Dia  dos Pais: origem e fotos  marcantes de  pais com  seus  filhos

  

Uma menina sente grande prazer ao molhar seu pai com água fria da mangueira do jardim enquanto ele tomava sol em um dia quente. 1936.
Homenagem ao Dia dos Pais. Menina sente grande prazer ao encharcar seu pai com água fria da mangueira do jardim enquanto ele tomava sol. 1936.
No Brasil, o Dia dos Pais é comemorado todos os anos no segundo domingo de agosto. A data comemorativa, apesar de ter sido também por interesses comerciais, deve ser focada em validar a importância do papel do pai na família. Nos Estados Unidos, o Dia dos Pais é comemorado para celebrar a honra, aumentar a auto-estima dos homens e para destacar o papel do pai como protetor do lar.

A origem do Dia dos Pais

A história mais conhecida da primeira comemoração do Dia dos Pais remonta ao dia 19 de junho de 1910. No estado de Washington, nos EUA, uma mulher chamada Sonora Smart Dodd teve a ideia de honrar e celebrar seu pai depois de ouvir sermão do Dia das Mães na igreja em 1909, vez que percebeu que muitos pais eram iguais merecedores de tal homenagem. Sonora era filha de William Smart, um veterano da Guerra Civil Americana que ficou viúvo quando sua esposa morreu ao dar à luz seu sexto filho. William passou então a criar sozinho todos os seis filhos em sua pequena fazenda em Washington, com muito trabalho duro, amor e dedicação. Para demonstrar tal apreço por seu pai, Sonora sugeriu que a data fosse designada para o dia 05 de junho, aniversário da morte de William. Contudo, devido a algum erro de planejamento, a celebração em Washington foi adiada para o terceiro domingo de junho.
Outra história sobre a primeira comemoração do Dia dos Pais nos Estados Unidos ocorreu na cidade de Fairmont, estado da Virgínia Ocidental, no dia 5 de Julho de 1908, quando o Sr. Grace Golden Clayton sugeriu ao ministro da igreja Metodista local que celebrasse uma missa de homenagem aos pais após a explosão de uma mina local que matou 361 homens.

O Dia dos Pais nos Estados Unidos

Em 1924, o presidente americano Calvin Coolidge recomendou que o Dia dos Pais se tornasse um feriado nacional, contudo, nenhuma ação oficial foi tomada. Durante a Grande Depressão nos Estados Unidos, algumas pessoas enxergaram a data comemorativa como uma forma de aumentar a auto-estima de homens que perderam seus empregos ou tiveram seus salários cortados, até mesmo para mostrar que esses pais que ainda poderiam estar disponíveis para seus filhos como um companheiro e modelo masculino. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando era mais comum que pais estivessem ausentes devido ao serviço militar, os anúncios dos Dias dos Pais mostravam imagens de homens com uniforme e elogiavam o papel do pai como um protetor do lar.
Esse mesmo tipo de valorização do pai como protetor ocorreu nos anos 60 e início dos anos 70, durante a Guerra do Vietnã. O Senador Mike Mansfield argumentou que o Dia do Pai merecia tanto reconhecimento como o Dia das Mães, vez que em “tempos difíceis”, os pais eram sujeitos à novos “encargos e responsabilidades”. Em 1966, Lyndon B. Johnson, através de uma ordem executiva, designou o terceiro domingo de junho como o dia oficial para celebrar o Dia dos Pais. No entanto, apenas 1972, durante a administração Richard Nixon, que a data foi oficialmente reconhecido como um feriado nacional.

O Dia dos Pais no Brasil

No Brasil, a data foi comemorada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953. O publicitário Sylvio Bhering, à época diretor do jornal e da rádio “O Globo” criou a data inspirado por motivos sociais e comerciais. A ideia inicial era reservar o dia 16 de agosto, dia de São Joaquim (Pai de Maria, mãe de Jesus), comemorado no calendário da Igreja Católica. Nos anos seguintes ficou estipulado que o dia dos pais seria sempre comemorado no segundo domingo do mês de agosto, tradição que permanece até os dias de hoje.

Imagens marcantes de pais e filhos

Dia dos Pais: ao lado esquerdo, Sonora Dodd, "criadora" do Dia dos Pais. Ao seu lado direito está seu pai, William Smart, inspiração para a criação da data comemorativa.
Dia dos Pais: ao lado esquerda, Sonora Dodd, “criadora” do Dia dos Pais. Ao seu lado direito está seu pai, William Smart, inspiração para a criação da data comemorativa.
Um soldado, depois de combater na Primeira Guerra Mundial, regressa à sua casa e encontra sua filha recém-nascida pela primeira vez. 1919.
Um soldado, depois de combater na Primeira Guerra Mundial, regressa à sua casa e encontra sua filha recém-nascida pela primeira vez. 1919.
O equilibrista Arthur Dressler coloca sua filha de 15 meses de idade, Franziska ao longo de uma corda-bamba. O ato é assistido pelo pais de Arthur, Friedrik Dressler.
O equilibrista Arthur Dressler coloca sua filha de 15 meses de idade, Franziska ao longo de uma corda-bamba. O ato é assistido pelo pai de Arthur, Friedrik Dressler. 1950.
John Derek, futuro ator e diretor de cinema, é fotografado com 15 meses sentado no colo de seu pai em uma pequena carroça puxada a cabra. Los Angeles, Califórnia, 1927.
John Derek, futuro ator e diretor de cinema, é fotografado com 15 meses sentado no colo de seu pai em uma pequena carroça puxada a cabra. Los Angeles, Califórnia, 1927.
Em 1932, o estudante de 14 anos de idade Charles Highfield, da cidade de Coventry, Inglaterra, afirmava ser o garoto mais forte na Grã-Bretanha. Highfield suportava o peso de seu pai em seu pescoço.
Em 1932, o estudante de 14 anos de idade Charles Highfield, da cidade de Coventry, Inglaterra, afirmava ser o garoto mais forte na Grã-Bretanha. Highfield suportava o peso de seu pai em seu pescoço.
Uma criança se senta no estribo de um caminhão dos bombeiros e puxa um par de botas. O garoto é auxiliado por seu pai, um capitão do Corpo de Bombeiros de Nova York. Dia dos Pais. 1950.
Uma criança se senta no estribo de um caminhão dos bombeiros e puxa um par de botas. O garoto é auxiliado por seu pai, um capitão do Corpo de Bombeiros de Nova York. 1950.
Referências:
How the Radical ’60s and ’70s Helped Make Father’s Day a National Holiday. Olivia B. Waxman. Time.com
A Brief History of Father’s Day. The Art of Mainliness.
It started here: Sonora Dodd, the Spokane mother of Father’s Day
FERNANDES, Cláudio. “História do Dia dos Pais”; Brasil Escola.

Trégua de Natal de 1914: quando a  paz  reinou  em  meio à guerra

    
 * POR TALITA LOPES CAVALCANTE

Trégua de Natal
Sinal da paz: os soldados rivais jogam futebol na “Terra de Ninguém” durante a Trégua de Natal. Foto: Imperial War Museum

A trégua de natal foi um episódio curioso da Primeira Guerra Mundial e um marco na história. Durante os últimos dias de dezembro na região de Ypres, Bélgica, soldados alemães decoraram suas trincheiras com velas e enfeitaram algumas árvores o Natal.

Trégua de Natal
Soldados alemães comemorando o Natal em uma trincheira durante a Primeira Guerra Mundial.
Começaram, então, a cantar canções natalinas alemãs. Observando o que se passava nas trincheiras inimigas, os soldados ingleses começaram a cantar suas próprias canções. Nesse momento, ambos os lados passaram a saudar um ao outro; era véspera de Natal e, por 6 dias, a guerra cessou e a paz reinou.
Trégua de Natal
Soldados comendo uma refeição para celebrar o dia de Natal em uma trincheira parcialmente ocupada pelo túmulo de um companheiro.
De forma não oficial, soldados inimigos fizeram uma trégua em meio às batalhas e promoveram o cessar fogo para celebrarem juntos aquela data festiva, trocando presentes, cantando canções natalinas e até jogando partidas de futebol na “terra de ninguém”. O episódio da Trégua de Natal nunca mais se repetiu após aquele dezembro de 1914, tornando-se quase um mito e, de fato, um marco histórico.
A equipe do Museu de Imagens buscou as informações para creditar as imagens. Entretanto nada foi encontrado. Caso saibam mais informação a respeito da autoria, entrem em contato.
Referências:
– “England v Germany: when rivals staged beautiful game on the Somme“. The Telegraph, 2013.
– Daily Mail.

Rosália Lombardo: a “Bela Adormecida” de Palermo



Rosália Lombardo
Atual estado do corpo da menina Rosália Lombardo, falecida aos 2 anos de idade e embalsamada em Palermo, Itália, 1920.

Rosália Lombardo

Rosália Lombardo era uma menina italiana que morreu em decorrência de uma pneumonia em 6 de dezembro de 1920, aos 2 anos de idade. Seu pai pediu, na época, ao Dr. Alfredo Salafia (1869-1933), um reconhecido embalsamador para que a mantivesse preservada, pois detestava a ideia de nunca mais ver o rosto de sua filha amada. Apelidada de “A Bela Adormecida”, Rosália tornou-se um dos últimos corpos a ser admitidos na “Catacumbas dos Capuchinhos de Palermo”. Durante muito tempo seu processo de embalsamamento foi um mistério e mantido em segredo. Seu corpo, aparentemente, nunca entrou em decomposição, preservando seu rosto de criança.
Referências:
“Lost “Sleeping Beauty” Mummy Formula Found”. October 28, 2010. Retrieved April 24, 2011.
Vincent J. Musi (1995)

O mistério da pequena  múmia  de San Pedro

     
 * POR TALITA LOPES CAVALCANTE

Várias fotos conhecidas e raios-x tomados da múmia encontrada na Cordilheira San Pedro, WY.
Várias fotos conhecidas e raios-x tomados da múmia encontrada na Cordilheira San Pedro, WY. Fotomontagem de autor desconhecido.
Em 1932, enquanto garimpavam ouro no Condado de Carbon, Wyoming, Cecil Maune e Frank Carr encontraram algo que entraria para a lista de mistérios históricos: um pequena múmia.

A pequena múmia de San Pedro

Após usarem explosivos para abrir caminho em meio a uma montanha, acabaram se deparando com uma caverna, onde ao fundo estava guardada uma pequena múmia de 17 cm de altura. A figura mumificada lembrava um homem muito pequeno de olhos fechados e braços cruzados. Alguns anos mais tarde, a múmia acabaria nas mãos de um homem chamado Ivan Goodman. À época, Goodman transformou o achado em uma atração, cobrando alguns centavos para que as pessoas vissem o corpo do que seria o menor homem do mundo. A história já era conturbada e cheia de buracos, quando mais um empecilho ocorreu. Por volta da década de 1950, a múmia simplesmente desapareceu. Algumas pessoas que tiveram contato com o artefato histórico e com Goodman afirmaram que ele havia levado o achado para Nova Iorque e lá teria perdido numa aposta.
Anos mais tarde, George Gill, um antropólogo e físico da Universidade de Wyoming, tomou conhecimento da história da pequena múmia e resolveu analisar algumas fotos e radiografias que haviam sido tiradas na época em que fora encontrada. Ao contrário do que muitos sustentavam, o corpo embalsamado não era nem de um pigmeu, nem era de uma raça de seres humanos minúsculos, descritos em lendas indígenas do Wyoming.
Foto: Sturm Photo,  Wyoming/Western History Collection/Casper College Western History Center
Foto: Sturm Photo, Wyoming/Western History Collection/Casper College Western History Center

O fim do mistério?

Gill afirmou que o corpo era de uma criança que sofria de anencefalia — defeito que causa ou a ausência do cérebro, ou seu tamanho diminuto. Ainda assim, muitas pessoas que tomaram conhecimento da história e viram fotos, continuam acreditando que a múmia era de um ancião da raça dos seres pequenos. Para tentar acabar com o mistério, em 2005, John Adolfu de Syracuse ofereceu uma recompensa de 10 mil dólares para quem a encontrasse. Entretanto, até hoje a múmia permanece desaparecida e o mistério continua, restando apenas algumas imagens.
Um residente de Wyoming segurando a múmia em um dos dias em que serviu como atração.
Um residente de Wyoming segurando a múmia em um dos dias em que serviu como atração. Foto: David Memorial Collection, Casper College Western History Center.
Folheto sobre a nova atração da região.
Folheto sobre a nova atração da região. Foto de autor desconhecido.
Referências:
JEREMIATH, Ken. “Eternal Remains: World Mummificarion and the Beliefs that make ir Necessary“. First Edition Design Publishing, 2014.
HEIN, Rebecca. “The Pedro Mountain Mummy“. Wyoming State Historical Society.
The Mystery of the San Pedro Mountains Mummy“. Ancient Origins, 2014.


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15
Ago17

ESCULTURAS CLÁSSICAS VESTIDAS COM ROUPAS MODERNAS

António Garrochinho
Eu me lembro de ter falado pela primeira vez sobre as esculturas vestidas de Caillard e Persani há mais de cinco anos e, como as obras desta dupla são uma série contínua e muito divertidas, não podemos deixá-las passar despercebidas. O fotógrafo francês Léo Caillard e o diretor de arte Alexis Persani ilustram, com suas séries de fotografia "Street Stone", reintitulada agora como "Hipsters in Stone"m antigas esculturas do Louvre vestidas com algo mais moderno e estiloso, dando um ar totalmente nonsense à criação.

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Além de casar dois mundos completamente diferentes, os artistas também demonstram uma grande mudança cultural que a sociedade sofreu ao longo de séculos, desde que as esculturas originais foram criadas.

Para dar vida a essas manipulações de fotos, Caillard fotografa as esculturas antes e, em seguida, alguns modelos fazem poses semelhantes, usando acessórios hipster, como Ray Ban, camisas de flanela, jeans e bermudas. Ele então veste as esculturas usando o Photoshop, contando com as habilidades de retoque de Persani.

Os resultados não são apenas divertidos, mas também mostram que as roupas têm um enorme impacto no modo como o mundo é percebido.
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Esculturas clássicas vestidas com roupas modernas 23
Fonte: Léo Caillard via DdesignBoom.

www.mdig.com.br
15
Ago17

FOTOS RARAS MOSTRAM O QUOTIDIANO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA DE ELVIS PRESLEY

António Garrochinho


Se o futuro lhe reservava a glória e os louros dourados da realeza e da adoração internacional, o início da vida de Elvis Presley em nada se pareceu com a infância de um rei. Emergido da pobreza do sul dos Estados Unidos nos anos 1930, Elvis atravessaria toda sua juventude, desde criança até sua adolescência, enfrentando as extremas dificuldades financeiras de sua família – até enfim encontrar-se com a guitarra e a música negra americana para assim conquistar o mundo com sua voz, seu ritmo, estilo e a fúria de seus quadris.

Gladis, Elvis e Vernon, 1937 

Elvis em 1939, aos 4 anos
Elvis veio ao mundo em 08 de janeiro de 1935 na cidade de Tupelo, no estado do Mississippi, junto de seu irmão gêmeo Jessie, que não sobreviveria ao parto. Elvis Aaron Presley se tornaria o filho único de Gladys e Vernon Presley, o centro da vida dos pais e motivo de todos os esforços de ambos para melhorarem a vida da família.


Elvis e seu primo Kenny montando um touro no carnaval de Tupelo, em 1941

Elvis em 1942, aos 7 anos

Elvis, 1942
O acaso geográfico fez com que Elvis nascesse em um reduto do blues, rodeado pela cultura e principalmente a música negra em sua vizinhança e na igreja que a família Presley frequentava. Desde cedo, tanto a música quanto a pregação dos pastores na igreja fascinavam o pequeno – e ainda loiro – Elvis. Pelo rádio, a música country americana completaria a fortuna de influências que o levaria a se tornar um dos pioneiros do rock, anos mais tarde.

Elvis em 1943


Elvis e os pais em 1943

Elvis e seus colegas de classe em 1943

Elvis e amigos, 1945
Em sua infância, porém, trabalhar era o mote para trazer mais dinheiro para casa. E outubro de 1945, Elvis participou de um concurso de jovens talentos em uma rádio local. De pé em cima de uma cadeira, aos dez anos de idade ele cantou a tradicional canção “Old Shep”, e tirou a quinta colocação, ganhando 5 dólares.

Elvis e uma amiga aos 10 anos, em 1945

Elvis, 1945


Elvis aos 11 anos, em 1946
Essa foi possivelmente a primeira apresentação da vida de Elvis que, mesmo nos dias de realeza e riqueza que viriam, jamais esqueceu da família, e de suas raízes musicais e culturais, construídas a duras penas no sul dos Estados Unidos – de onde sairia para se tornar um dos maiores artistas de todos os tempos, na segunda metade dos anos 1950.

Vernon e Elvis


Elvis aos 12 anos, em 1947


Foto escolar de Elvis, em 1947, aos 12 anos


Elvis, 1947


Elvis, 1948


Elvis aos 13, em 1948



Elvis e Gladys, em 1948


Elvis em 1949

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15
Ago17

A última escrava portuguesa morreu em Lisboa nos anos 1930

António Garrochinho


“Escravos de Portugal” reúne histórias de escravos. Portugal é pioneiro na abolição da escravatura, mas ela só acabaria, de facto, muito depois de 1761, diz o historiador Arlindo Manuel Caldeira.
Já Portugal era há muito uma república quando morreu, em Lisboa, a última escrava do império. Foi nos anos 30 do século passado. Os jornais da época diziam que teria 120 anos. Era muito conhecida no Bairro Alto, onde vendia amendoins. Tinha sido escrava até 1869, data em que foi publicado o decreto que abolia a escravatura em todo o território português.
Portugal foi o primeiro estado do mundo a fazer comércio global de escravos vindos de África. Entre 1450 e 1900, terá traficado cerca de 11 milhões de pessoas. Apesar da mitologia histórica nacional gostar de exibir o galardão de primeiro país do mundo a abolir a escravatura, o decreto publicado em 1761 pelo Marquês de Pombal não acabou, de facto, com os escravos.
A história da escravatura no império português só começou a ser estudada a sério depois do 25 de Abril.
Segundo o historiador Arlindo Manuel Caldeira, autor de “Escravos em Portugal - Das Origens ao Século XIX”, editado este mês pela Esfera dos Livros, “o facto de termos vivido durante muito tempo sob um regime autoritário que se baseava num esforço de propaganda marginalizou estes aspectos e tornou-os muito difíceis de abordar. Não havia teses nas universidades e as que existiam tinham quase sempre efeitos laterais de propaganda – serviam mais para negar a realidade do que para a tentar compreender.”
Olhar para a realidade da escravatura do ponto das pessoas foi o objectivo do estudo agora publicado por este historiador. “Escravos em Portugal” reúne histórias de vítimas da escravatura. Entre elas estão as de Lourenço, marcado na testa pelo seu senhor com um ferro em brasa; a de João, que tinha ao pescoço uma argola de ferro com o nome do seu dono; e a de Florinda, chamada à Inquisição por recorrer a feitiços na esperança de abrandar as iras da sua ama.
“O escravo é normalmente apresentado como uma peça, um objecto. Eu quis apresentá-los como pessoas, seres vivos, o que não é fácil porque nem sempre as fontes que referem a escravatura têm este cuidado com as pessoas. Pelo contrário”.

GRÁCIA, CONDENADO PELO SEU PRÓPRIO ASSASSINATO
A história passa-se no século XVII, em Évora. Grácia, escrava pertencente a um despenseiro do Santo Ofício, era uma mulher fraca e, provavelmente, com problemas de saúde. Certo dia, o dono manda-a levar uns cestos de queijos a um almocreve que vinha para Lisboa. Grácia não aguenta o peso dos cestos, deixando-os cair. Como castigo, o despenseiro espanca-a com grande violência. A mulher regressa a casa, gritando "morro, morro". Acaba mesmo por morrer. A Inquisição decide, então, abrir um processo para justificar a morte, que acaba provando que a culpada era… a própria escrava. O padre encarregue do processo ainda lamenta não ter chegado mais cedo ao local do crime. "Conheço muito bem as manhas dos escravos” – diz ele nos autos – “eles fecham a boca para deixarem de respirar e morrerem. Se tivesse chegado mais cedo, chegava-lhe fogo à boca, ela era obrigada a respirar e não morria."

Para encontrar estas histórias de escravos, Arlindo Manuel Caldeira recorreu sobretudo aos processos judiciais. “ O que têm mais informação são os processos da Inquisição, onde as perguntas são muito detalhadas e muito dirigidas ao quotidiano, o que os torna particularmente ricos”.
A escravatura não foi proibida em 1761
“Escravos em Portugal” vai desde as origens da escravatura até ao século XIX.
“Na verdade, em 1761, a escravatura não foi proibida, o que foi proibido foi a entrada de novos escravos. Isso não se traduziu no fim da escravatura, uma vez que, além dos escravos já existentes, havia também os que nasciam de mãe escrava e por isso continuavam escravos. Em 1763, o Marquês de Pombal aprovou uma nova lei, a lei do ventre livre, que determinava que os filhos de escravos passavam a ser homens livres e que todos os escravos cuja bisavó já era escrava podiam ser libertados. Teoricamente, restava apenas uma geração de escravidão, mas isso não aconteceu por razões fraudulentas: a entrada ilegal de escravos vindos das colónias.”
Com a independência com o Brasil, em 1822, regressam a Portugal muitos portugueses que trouxeram os escravos como um dos seus aforros.
Perante a lei, à chegada a Portugal deviam tornar-se livres, mas o rei concedeu aos seus donos um privilégio especial para os poderem manter.
Para Arlindo Caldeira, “a precocidade da decisão do Marquês tem sido muitas vezes usada como propaganda porque se partia apenas da realidade europeia, quando o que estava em causa era a abolição nas colónias”.
Mesmo assim, o historiador reconhece méritos ao primeiro-ministro de D. José I. “O Marquês era um ser muito complexo. Era um mercantilista, mas também um iluminista. Foi ele, por exemplo, que acabou com o estatuto do cristão-novo. Ele via que o escravo era um ser marginalizado e procurou integrá-lo na sociedade. Na Europa, o Marquês é um precursor. Portugal é um dos primeiros a abolir a entrada de escravos na Europa, mas também não podemos esquecer que somos quase dos últimos a abolir a escravatura nos territórios coloniais.”
Indemnizações?
Curiosamente, esta realidade não dá origem a grandes movimentos abolicionistas – os que surgem, surgem bastante tarde.

JOÃO DE SÁ, DE ESCRAVO A CAVALEIRO
O caso mais conhecido de ascensão social de um escravo aconteceu com um homem chamado João de Sá, que viveu na corte de D. João III. João de Sá tinha trabalhado nas cavalariças de um nobre próximo do rei e foi o seu dono que o recomendou para a corte. Como era muito “gracioso”, isto é, tinha um grande sentido de humor, tornou-se muito apreciado pelo rei que não só lhe deu alforria como também o hábito da Ordem Militar de Santiago, uma distinção bastante rara. É o único escravo nesta situação, uma situação realmente excepcional.

“Quando se começa a discutir – sobretudo por pressão inglesa – a restrição ao tráfego nas colónias, isso provoca grande resistência em Portugal. Só muito tarde é que surge uma corrente favorável à abolição da escravatura, contra os interesses instalados nas classes dirigentes, e a primeira medida a proibir a escravatura em todos os territórios sob administração portuguesa só é aprovada em 1869. Em Portugal continental já quase não havia escravos, mas nas colónias havia muitos e essa realidade manteve-se de forma encapotada como trabalho forçado, que é quase a mesma coisa, pelo século XX fora.”
A constatação desta realidade tem alimentado uma corrente que defende que os países africanos de onde era oriunda a maioria dos escravos deviam ser indemnizados.
Arlindo Caldeira discorda. “Não vejo nem fundamento nem viabilidade. Vitorino Magalhães Godinho dizia que a culpa não é hereditária. Mesmo o pedido de desculpas só se compreende do ponto de vista político. No caso de indemnização, como se iria calcular o valor de uma vida humana e quem devia receber a indemnização? A nossa obrigação é fazer tudo para evitar que se repitam os erros do passado”, argumenta.
“Indiferença” a um crime
Actualmente, a escravatura é um crime e isso faz toda a diferença. O que preocupa o historiador é a “indiferença” com que as notícias sobre este crime são recebidas pela opinião pública.
“Mais do que o crime é si, o que é grave é a indiferença com que se encaram situações que estão muito próximas da escravidão”, critica.
Apesar de parecer uma realidade longínqua, a escravatura continua a existir. Em Portugal, entre 2014 e 2015, o Observatório do Tráfico de Seres Humanos, do Ministério da Administração Interna, sinalizou 193 presumíveis escravos e deu conta de 40 condenações de traficantes. A organização não-governamental Walk Free Foundation calculava que, em 2016, viviam em todo o mundo 46 milhões de pessoas em regime de escravidão.

rr.sapo.pt


15
Ago17

O empresário mais odiado do mundo é culpado e arrisca 20 anos de prisão

António Garrochinho



Martin Shkreli, CEO da Turing Pharmaceuticals – para alguns, O Homem Mais Odiado do Mundo
Martin Shkreli tem 34 anos e é considerado o homem mais odiado do mundo. Foi dado como culpado em três crimes de fraude e enfrenta agora uma pena de prisão que pode ir até aos 20 anos.
Martin Shkreli tornou-se conhecido em 2015 como o empresário mais odiado do Mundo, quando adquiriu a patente de um medicamento para combater doenças como a Sida, o cancro ou malária e aumentou o seu preço em mais de 5.500%.
Agora, o empresário de 34 anos pode enfrentar uma pena de até 20 anos de prisão, depois de ter sido considerado por um tribunal de Nova Iorque culpado de três dos oito crimes de que estava acusado – fraude financeira, conspiração para cometer fraudefinanceira e conspiração para realizar transferências fraudulentas, afirma o Público.
Foi ainda acusado de se ter apropriado ilegalmente de acções da empresa de biotecnologia Retrophin, que fundou em 2011, usando-as para pagar dívidas de outros negócios, quando também geria o fundo de investimento MSMB Capital Management, que perdeu milhões de dólares. No entanto, o empresário foi agora ilibado desta última acusação.
Conhecido pelo seu tom provocatório, antes do início do julgamento (que durou quase um mês), Shkreli afirmou aos jornalistas que era “tão inocente” que, no final, o juiz, o júri e os procuradores que o levaram ao banco dos réus iriam pedir desculpa, segundo o New York Times.
Durante o julgamento, a acusação sustentou que o empresário mentiu aos investidoresdo MSMB sobre a liquidação do fundo, inventando grandes lucros quando, na verdade, o fundo que liderava estava prestes a colapsar. Como prova, os procuradores divulgaram mensagens de Shkreli dirigidas aos investidores com afirmações que corroboram a teoria da acusação.
Por seu lado, como relata o jornal norte-americano, a defesa argumentou que apenas se comete fraude quando esta é realizada com dolo. Ou seja, foi dito que Shkreli não teve a intenção de enganar ou lesar os investidores, tendo, inclusivamente, saldado o que devia através de acções da Retrophin e dinheiro.
Shkreli vem de uma família de imigrantes albaneses e croatas, que ganharam a vida a trabalhar nas limpezas, mas tiveram um filho que, pouco depois dos 20, enriqueceu em Wall Street. Donald Trump chamou-lhe “um miúdo mimado” depois de ter aumentado o preço do Daraprim mais de 55 vezes.
Na Retrophin, Shkreli aumentou também os preços de um outro medicamento, chamado Thiola, que permite tratar pedras nos rins resistentes a outras formas de tratamento, aumentando o preço de 1,50 para 30 dólares por comprimido.

zap.aeiou.pt
15
Ago17

ÚLTIMA HORA - JORNAL DA MADEIRA - UMA MULHER FERIDA E DOIS MORTOS EM QUEDA DE ÁRVORE

António Garrochinho


Uma mulher ferida e dois mortos é a informação que o JM tem até ao momento. Vivem-se momentos de alguma tensão na zona do arraial com carros da polícia e dos bombeiros a chegar.

Contudo, o JM não conseguiu ainda confirmar a informação com a polícia.
A procissão não irá sair da igreja do Monte porque os bombeiros estão no Largo da Fonte a tentar cortar a árvore que caiu. 

Atualmente a polícia está a ter dificuldade em controlar os populares porque, apesar do pânico e da incredulidade, há muita curiosidade em saber o que se passou.


O padre Giselo Andrade apelou a que as pessoas permaneçam em silêncio a rezar pelas pessoas que sofrem neste momento.


O JM sabe ainda que os bombeiros municipais do Funchal estão a cortar o que resta da árvore, ainda que com alguma dificuldade visto que há pessoas no local com as velas acesas para cumprir promessas.
No local está a EMIR e cinco ambulâncias, três dos bombeiros municipais, uma de Câmara de Lobos e outra da Ribeira Brava.

O JM está a acompanhar o caso.
15
Ago17

VÍDEO - Manifestantes racistas derrubam estátua da Confederação nos Estados Unidos

António Garrochinho


Os manifestantes ataram uma corda ao pescoço da estátua e derrubaram-na. Uma vez no chão, pontapearam-na.
O protesto contra os símbolos da Confederação norte-americana, que vigorou entre 1861 e 1865, foi inicialmente convocado para reclamar a retirada da estátua e de todos os símbolos confederados que existem na Carolina do Norte “para que não matem mais gente inocente”.
Os organizadores referiam-se aos incidentes de sábado em Charlottesville, no estado da Virgínia (sudeste), em que um jovem supremacista branco, James Fields, matou uma mulher ao lançar o seu carro contra participantes de um protesto antirracismo.
Os manifestantes reclamavam contra a presença em Charlottesville de grupos de extrema-direita, que protestavam pela decisão do autarca local de retirar outra estátua do general confederado Robert Lee.
A estátua de Durham, cidade com cerca de 260 mil habitantes, estava situada, desde 1924, nos jardins do antigo tribunal.
O debate sobre as estátuas e símbolos confederados surgiu depois de, em junho de 2015, Dylann Roof, também supremacista branco fascinado com a Confederação, ter assassinado nove afro-americanos numa igreja de Charleston, na Carolina do Sul (sudeste).
As autoridades começaram então a retirar algumas das estátuas e símbolos da Confederação, que abundam nos estados do sul do país. Calcula-se, no entanto, que cerca de 1.500 ainda estejam de pé.
A Confederação secessionista agrupou 11 estados do sul que se separaram dos Estados Unidos entre 1861 e 1865, em defesa de um modelo económico baseado na escravatura, contrário ao que defendiam os 23 estados do Norte, ou União.
A Confederação enfrentou a União durante a Guerra da Secessão (1861-1865), que causou mais de 600 mil mortos.

VÍDEO



15
Ago17

O tele evangelista

António Garrochinho



Ao vermos qualquer canal de televisão só nos depara aquilo que o PSD diz.
Como não podem escamotear os números falam neles acompanhando-os com críticas até justas.
Assim, fiquei desde há minutos a saber que Passos Coelho vai apoiar o aumento do salário mínimo para 580 ou 600 e mais euros.
Passos, o Coelho, referiu no seu discurso do Pontal à queda da taxa de desemprego, mas criticou o Governo de que a mesma não tenha sido acompanhada por um aumentos dos salários e “é cada vez maior o número de pessoas que ganham o salário mínimo”, disse ele.
Daqui deduzo que vai apoiar o BE, PCP e PS no aumento do referido salário para os valores referidos.
Curiosamente, depois de falar que os salários não aumentaram, Passos, o Coelho, entra em contradição com a afirmação que o governo aumentou os salários dos funcionários públicos, deixando os outros de fora, como se numa economia de mercado o Governo pudesse obrigar os ladrões israelitas da PT/VINCI ou da ANA ou o Soares dos Santos e os Azevedos a aumentarem todos os salários dos seus empregados.
O salário mínimo rege-se por lei e sempre que é aumentado, mesmo por uma miséria, o PSD e as Associações Patronais aparecem a dizer que vai tudo à falência e as empresas não suportam o aumento, etc.
PC também criticou o pequeníssimo imposto adicional a pagar pelos casais que possuem imóveis que valem mais de 1,2 milhões de euros ou pessoas singulares com imóveis acima dos 600 mil e até designou-os de classe médiaou. Que rica classe média tem Portugal e que pena tenho eu desses proprietários. Nem na Alemanha ou na Suiíça há uma classe média com fortunas de milhões.
Marques Mendes disse no seu comentário da SIC que o INE vai confirmar amanhã que no segundo trimestre o PIB terá aumentado ligeiramente acima dos 3% e que é o maior aumento deste século, mas entrou com muitas críticas por não ter aumentado a poupança, o investimento público e privado e mais uma data de coisas.
O pequenito queria ao mesmo tempo todas as chupetas do Mundo para chuchar. Contudo, devo dizer que as críticas foram muito impulsionadas por Rorigues Guedes de Carvalho que estava visivelmente incomodado com essa notícia.
Um jornalista nunca está incomodado com notícias porque adora todos os eventos suscetíveis de serem noticiados e, naturalmente, se for uma pessoa bem formada prefere as boas notícias.

(Dieter Dillinger, in Facebook, 13/08/2017)


estatuadesal.com
15
Ago17

A casa dos nazis

António Garrochinho

Fernanda Câncio


O que é a América? 
O hino diz "casa dos bravos, terra dos livres". Lembrá-lo anteontem ao olhar, em estupor, as imagens de Charlottesville. 
Homens em equipamento militar e metralhadoras, homens que não são nem soldados nem polícias, a caminhar para o local de encontro de uma manifestação; bandeiras nazis, braços estendidos na saudação nazi, cartazes antijudeus e antinegros, gritos de Heil Trump, insultos racistas. 
Um polícia negro, de óculos escuros e cabeça pendente, enquadrado por nazis cujo direito à manifestação está a defender. O direito a dizerem que ele é de uma espécie inferior; que a luta contra a escravatura foi um erro; que o Sul esclavagista tinha razão, que a Ku Klux Klan e os seus linchamentos estavam e estão certos.

Para a Europa onde os códigos penais de vários países, a começar pelo da Alemanha e incluindo o nosso, criminalizam a defesa da ideologia nazi e a negação do genocídio judeu, e onde é interdito levar armas para manifestações, o que se viu ontem em Charlottesville parece saído de uma distopia como A Conspiração contra a América, de Philip Roth.
Mas não, não é a primeira vez que se veem cruzes suásticas nas ruas dos EUA: o símbolo, como a ideologia nazi e as formas extremas de discurso racista consubstanciadas pelo Ku Klux Klan, está abrangido pelo direito intitulado de free speech (ou "liberdade do discurso/ideias"), considerado uma das bases fundamentais do regime democrático americano. 

A mais poderosa organização americana de defesa dos direitos civis, a ACLU, ligada à batalha pela igualdade dos negros, defende que o discurso nazi está e deve estar abrangido pelo direito ao free speech. A ponto de ter apoiado a pretensão, levada a tribunal, de um grupo nazi que queria fazer uma marcha num subúrbio de Chicago, Skokie, onde viviam sobreviventes do Holocausto. Em 1977, escassos 32 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial.
O que há então de tão chocante nos acontecimentos de Charlottesville?

Desde logo, uma morte e vários feridos naquilo que tudo leva a crer ter sido um ato de terrorismo, aliás usando um método típico do Daesh: arremessar um automóvel contra peões, no caso contramanifestantes. O condutor participou na marcha nazi e o seu Facebook parece não deixar dúvidas sobre as suas ideias políticas. Mas também não é a primeira vez que os EUA se confrontam com terrorismo dito "supremacista branco" ou "nacionalista branco".

Portanto, não: o que torna o acontecimento de Charlottesville tão aterrador não é o acontecimento em si. É o contexto. E o contexto é o de um discurso, cada vez mais insistente - incluindo em Portugal -, que garante que o "politicamente correto" e a luta pelos direitos das minorias constituem um ataque à liberdade e aos direitos "da maioria branca". O contexto é o de um governo que alberga membros de extrema-direita, como um dos principais conselheiros de Trump, Steve Bannon. 

O contexto é o de um presidente que passou a campanha a incitar à violência - "nos bons velhos tempos ele [referindo alguém que foi a um comício seu protestar] teria saído daqui numa maca; gostava de lhe dar um murro"; "nos bons velhos tempos sabíamos como lidar com esta gente" -, que nunca rechaçou o apoio dos "supremacistas brancos" e que, questionado sobre o patrocínio do Ku Klux Klan, disse não conhecer David Duke (ex-dirigente da organização, que apelou ao voto nele). Um presidente que, na sequência do ocorrido no sábado, condenou "a violência e ódio de vários lados" - repetindo, com intencional sublinhado, "de vários lados" - não tendo, até ao momento em que escrevo (domingo à noite) e apesar dos múltiplos apelos nesse sentido, incluindo de muitos republicanos "notáveis", como McCain, Paul Ryan e até Ted Cruz, condenado especificamente os nazis.

É esta a grande diferença de Charlottesville: pela primeira vez na história dos EUA, um ato terrorista não foi inequivocamente execrado pelo presidente e a ideologia nazi não foi inequivocamente condenada.


O que Trump disse no seu comentário foi que para si não há nada de especial ou especificamente condenável na ideologia nazi. Este homem que até tem uma filha convertida ao judaísmo e um genro judeu acha que não tem de se demarcar de uma marcha em que foi aclamado e cujos participantes usaram tochas, numa referência óbvia às expedições punitivas da Ku Klux Klan e dos nazis alemães (e nomeadamente à Kristallnacht em 1938, a noite em que na Alemanha foram incendiadas sinagogas, lojas, escolas e casas de judeus, com mais de cem mortos e 30 mil presos e enviados para campos de concentração), e cartazes em que se lia "os judeus são filhos do diabo". Acha que não tem de se demarcar de um seu apoiante que carregou sobre uma multidão, matando uma pessoa e ferindo 19.

VÍDEO


"Nazis go home, there's no place for you here" (Nazis, vão para casa, não há lugar para vocês aqui), disse, no discurso de reação aos acontecimentos, o governador da Virgínia, o democrata Terry McAuliffe.
    É onde, "aqui"? Charlottesville? A Virgínia? Mas a Virgínia é na América. Aqueles nazis são americanos - e como o reivindicam. Acham-se mesmo os únicos americanos de pleno direito, os donos da América. E que a Casa Branca é deles.



    www.dn.pt
    15
    Ago17

    Do Ku Klux Klan à alt-right, a nova vida dos supremacistas brancos

    António Garrochinho


    Na manifestação de sábado em Charlottesville, membros do Ku Klux Klan surgiram vestidos a rigor, de vestes brancas e chapéu bicudos, carregando bandeiras da confederação
    Se uns usam vestes brancas e chapéus bicudos, outros vestem calça de ganga e camisa. Mas todos concordam que a raça branca é superior às outras e deve dominar a sociedade.

    Chamem-se Ku Klux Klan, alt-right, neonazis, movimento nacional socialista ou Partido Americano da Liberdade, todos partilham uma crença: a de que a raça branca é superior a todas as outras e, por isso, deve dominar a sociedade. Ao todo, a organização de defesa dos direitos humanos Southern Poverty Law Center contabiliza mais de 1600 grupos extremistas e supremacistas brancos nos EUA. 

    Foram membros desses grupos que, no sábado, se reuniram em Charlottesville, na Virgínia, num protesto chamada "Unir a Direita" e que terminou em confrontos com a polícia e com contra manifestantes, fazendo três mortos e 19 feridos.

    Nascido em meados do século XIX num Sul que não aceitava a derrota na Guerra Civil americana e o fim da escravatura, alguns membros do KKK mantêm a tradição de usar vestes brancas e chapéus bicudos. Mas hoje a maioria dos supremacistas brancos são millennials, de calça de ganga e camisa, e muito ativos nas redes sociais. 

    Mais, a maior parte nem sequer pertence a nenhum grupo. "A ausência de filiação torna-os mais difíceis de identificar e faz com que qualquer grupo que surja tende a ser extremamente flexível e poroso", explicou à CNN Richard Spencer, presidente do National Policy Institute.

    As críticas ao presidente Donald Trump multiplicaram-se após este não ter explicitamente condenado os supremacistas brancos, preferindo criticar "todos os lados". 

    Se num segundo momento a Casa Branca veio esclarecer que as palavras de Trump se referiam também aos extremistas brancos, o próprio fez ontem uma intervenção a partir da Casa Branca em que garantiu que "o racismo é o mal - e aqueles que propagam a violência em seu nome são criminosos, incluindo o KKK, neonazis, supremacistas brancos e outros grupos de ódio são repugnantes para tudo o que nos é caro enquanto americanos".
    Mas o facto de o presidente ter convidado Steve Bannon, cofundador do site de extrema-direita Breitbart News para estratega principal da Casa Branca alimenta a teoria de que o presidente está ligado aos extremistas. 

    Próximo da alt-right, movimento da direita alternativa (alternative right, no original em inglês), Bannon é conhecido pelas declarações racistas e antissemitas.

    Dois dias depois da violência ter chegado às ruas de Charlottesville, James Alex Fields, o simpatizante neonazi que lançou o carro contra a multidão, acabando por causar a morte a Heather Heyers (nos confrontos morreram ainda dois polícias), de 32 anos, viu o tribunal negar-lhe a libertação a troco do pagamento de uma fiança. 

    O homem, de 20 anos, está detido por homicídio em segundo grau, três crimes de ferimentos com intenções criminosa e um de atropelamento e fuga.

    Os críticos do presidente consideram que os supremacistas brancos ganharam novo fôlego na América durante a campanha para as presidenciais de 2016, considerada uma das mais feias dos últimos anos. Trump, sobretudo, foi acusado de veicular ideias racistas, antissemitas e anti-muçulmanas. 

    Em novembro, o milionário criticou a extrema-direita, mas em julho a alt-right ganhou espaço nos media depois de Trump publicar no Twitter uma imagem da rival democrata, Hillary Clinton, ao lado de um monte de dinheiro e de uma estrela de David e com a frase: "Candidata mais corrupta de sempre". Mais tarde soube-se que a imagem já fora publicada num site da alt-right.

    Reivindicando ter entre os seus seguidores "intelectuais, "conservadores naturais" e "a equipa dos memes" - expressões que constam de um guia do Breitbart -, a alt-right usa a internet e as redes sociais para defender a "identidade branca" e os valores da "sociedade tradicional ocidental", como escreveu Richard Bertrand Spencer, o homem que em 2008 criou o termo alt-right. 

    Escudados na liberdade de expressão, os membros do grupo acham que a lei protege o seu direito a ofender os outros. Uma atitude que os críticos descrevem como racismo, misoginia e antissemitismo.


    Identificados pelo Twitter

    Mas se os grupos supremacistas brancos usam as redes sociais para espalhar a sua mensagem, depois dos incidentes de Charlottesville também foram vítimas delas. 

    Depois de surgirem de rosto descoberto em fotos reproduzidas pelos jornais de todo o mundo e que circularam pela internet, vários manifestantes foram identificados pela conta de Twitter "Yes, You"re Racist". E alguns já começaram a sofrer as consequências. 

    Cole White, da Califórnia, foi despedido do restaurante onde trabalhava. Já Peter Cvjetanovic, também identificado pela mesma conta, recebeu ameaças de morte depois de aparecer a gritar e a segurar uma tocha numa das imagens. O jovem veio a público garantir que não é o "racista zangado" que todos veem ali.

    Se a alt-right é o nome mais sonante dos supremacistas brancos na atualidade, o KKK continua a ser o que mais marca o imaginário. 

    Fundado por antigos soldados confederados após a guerra civil americana (1861-65), o primeiro grupo de Klansmen durou pouco, mas em meados dos anos 1910 o KKK ressurgiu, sobretudo nas áreas urbanas do Midwest e da costa ocidental dos EUA. 

    Ali, no coração daquelas comunidades protestantes, perseguia não só negros, mas também católicos e judeus, queimando edifícios e atacando e matando quem se lhe opunha.


    O terceiro grupo de Klansmen surgiu depois da II Guerra Mundial e está ativo até hoje. Segundo o Southern Poverty Law Center estamos a falar de cinco mil a oito mil indivíduos divididos em inúmeros subgrupos. O próprio KKK dava conta no ano passado de um aumento dos seus membros, sobretudo no Sul profundo dos EUA.


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    15
    Ago17

    Autorizada gravação de conversas por câmaras de videovigilância

    António Garrochinho


    No Bairro Alto já foi dada autorização para que o sistema de videovigilância faça gravações áudio
    A lei permite que em caso de "perigo concreto", sem definir os casos, possa ser captado e gravado som em locais públicos.


    O Ministério da Administração Interna (MAI) está a autorizar a captação e gravação de som através dos sistemas de videovigilância operados pela PSP e pela GNR. No Bairro Alto, a polícia já pode fazer estas "escutas" para prevenir crimes, de acordo com o que está publicado na renovação da autorização do respetivo sistema de videovigilância deste ano, ao contrário do que acontecia anteriormente.


    Na validação de 2014, por oposição da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), que desta vez não foi ouvida, tinha ficado excluída a "recolha e gravação" de som neste equipamento. O MAI remete para a lei em vigor e tem o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). Garante, no entanto, que no Bairro Alto, apesar de a PSP estar autorizada, as câmaras de vídeo em funcionamento não estão a captar ou a gravar os sons. A decisão para escutar as conversas nas ruas cabe à força de segurança e é validada pela tutela, não havendo intervenção judicial (do Ministério Público ou do tribunal) prévia como é exigido no Código de Processo Penal para as interceções telefónicas, incluindo as escutas ambientais.


    A lei de videovigilância admite este recurso, quando houver um "perigo concreto para a segurança das pessoas e bens", mas não define os casos, tendo a CNPD por regra não o autorizar. As dúvidas legais, todavia, surgem: "Tem de ser muito bem avaliado se a captação de som traz mais vantagens ou inconvenientes. 

    Deve haver um aproveitamento desses recursos, mas tem sempre de ser visto à luz da proporcionalidade e sempre com controlo da autoridade judiciária. Ou seja, terá sempre de haver uma intervenção judiciária, no mínimo, através do Ministério Público (MP). 

    Estamos perante uma situação em que esta captação e gravação de som em locais públicos, equivalente às chamadas escutas ambientais, podem ser autorizadas apenas administrativamente, uma vez que a decisão cabe apenas à força de segurança. E isso tem os seus riscos", alerta o constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia, que também presidiu ao Conselho de Fiscalização das secretas.
    No âmbito do processo de revisão da videovigilância, confirmado publicamente pela secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, a PGR foi consultada sobre a "admissibilidade" destas "escutas". No parecer publicado no passado dia 28 de julho em Diário da República, cujo relator foi o procurador Paulo Dá Mesquita, a PGR concorda com a "admissibilidade" do procedimento, embora avise que, quando no raio da captação do equipamento puderem ser abrangidas "casas ou edifícios habitados", será necessária "uma autorização judicial". Isenta o governo de pedir parecer à CNPD, recordando que para a captação de imagens a validação da comissão deixou de ser vinculativa desde 2012.


    A CNPD não quis comentar a posição do governo nem da PGR, remetendo para os seus pareceres publicados anteriormente. No Bairro Alto, a CNPD considera que, dada a estrutura das ruas e o local onde estão fixadas as câmaras, é grande a hipóteses de se captarem conversas no interior de habitações e questiona mesmo a gravação de sons num espaço público de diversão sem a fundamentação do "perigo concreto" exigido por lei.


    Na recente visita do Papa Francisco, a CNPD abriu uma exceção e autorizou a GNR a captar e gravar o som através das câmaras espalhadas pelo Santuário de Fátima. 

    A ameaça terrorista e a possibilidade de ocorrerem outros crimes graves sustentaram os argumentos policiais. O que não é o caso em todos os locais onde existem estes sistemas, como o Bairro Alto.


    Tem sido entendimento desta comissão que a lei fixa uma proibição geral de captação de som, admitindo excecionalmente tal operação no caso de perigo concreto para segurança de pessoas e bens. Todavia, tal exceção está limitada, não podendo ser autorizada sempre que afete, de forma direta e imediata, a intimidade das pessoas, ou resulte na gravação de conversas de natureza privada.

    Polícias avaliam a "proporcionalidade"
    entre segurança e privacidade

    O Ministério da Administração Interna não quis dar informações sobre as alterações que pretende fazer à lei, mas diz que, no caso do Bairro Alto, o despacho de renovação "foi elaborado no âmbito da legislação em vigor, não existindo qualquer relação entre o seu conteúdo e as alterações que, em sede de revisão legislativa, estão a ser executadas". 

    O gabinete de Constança Urbano de Sousa diz que "a alteração visa, tão-só, conformar a autorização ao texto da lei", não devendo "o decisor ir além ou ficar aquém do âmbito que a lei lhe determina". Salienta que, "no caso em concreto, o sistema de videovigilância em funcionamento no Bairro Alto não proceda à captação e gravação de som". Reconhece que a lei "não contém a definição de "perigos concretos" e que "este conceito tem construção de matriz constitucional e legal, conforme pode ler-se no parecer do Conselho Consultivo da PGR". 

    Essa definição, diz a PGR, "depende do juízo da força ou serviço de segurança, sobre a necessidade, adequação e proporcionalidade dessa captação em face dos específicos fins de manutenção e segurança e ordem públicas e prevenção da prática de crimes prosseguidos, bem como dos efeitos colaterais sobre direitos individuais à privacidade e palavra". 

    Para a PGR, as "conversas realizadas em espaço público de utilização comum, a circunstância de se destinarem a um uni- verso restrito de ouvintes unidos por uma expectativa de reserva e sigilo, não determina uma proteção irrestrita contra a suscetibilidade de captação de sons, sendo certo que, em regra, as conversas com relevo para a prevenção de infrações penais e que envolvem perigo concreto para a segurança de pessoas e bens compreendem pactos de silêncio e pretensões de que o seu conhecimento seja reservado aos diretamente envolvidos".



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    15
    Ago17

    Passos Coelho não é racista, o seu preconceito é outro

    António Garrochinho
    Pedro Tadeu




    Pedro Passos Coelho disse num comício do seu partido que Portugal não é lugar para "qualquer um viver". Não, não vou acusá-lo de ser racista ou de ter um discurso xenófobo, apesar de a frase ter sido dita num contexto de crítica a uma nova lei sobre imigração e, por isso, poder soar a um insulto contra estrangeiros. Essas acusações contra Passos são bem capazes de ser injustas (ou pelo menos eu quero crer que sim) e a minha pergunta, neste momento, é outra: para além dos portugueses que já vivem em Portugal (presumo que o líder do PSD não pense em excluir algum, independentemente da ascendência, sexo, raça, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual), quem são as outras pessoas que Passos Coelho acha que têm direito a viver no nosso país?

    Temos uma resposta nuns novos imigrantes criados pelo seu governo, pelo executivo do seu partido coligado com o CDS: os imigrantes beneficiários dos chamados vistos gold, pessoas que investem pelo menos meio milhão de euros a comprar uma casa (mesmo que ela valha, na realidade, metade desse valor) ou transfiram para o país pelo menos um milhão de euros (mesmo que não se conheça claramente a origem desse dinheiro), criando com esse investimento um mínimo de dez postos de trabalho (cuja qualidade e perenidade não é, sejamos francos, seriamente avaliada).

    Este sistema já criou processos judiciais, ainda em curso, com antigos governantes e autoridades nacionais, em vários níveis de responsabilidade, a serem suspeitos de corrupção por concessão, fora da lei, dessas licenças de imigração.

    A probabilidade, entretanto, de vários dos quase (estimo com base nas notícias de jornais) dez mil licenciados com uma autorização de residência em Portugal e de circulação livre pela União Europeia terem comprado, graças àquela lei, esses direitos para praticarem crimes é quase inevitável. As possibilidades são imensas e vão desde o óbvio "lavar" de dinheiro "sujo" até ao acesso a um área gigantesca, sem fronteiras e com dinheiro, para traficar, com maior facilidade, todo o género de coisas ilegais, dando espaço para o crime sofisticado e organizado (e até, eventualmente, cúmplice do terrorismo) explorar um novo filão.

    Dir-se-á que não há medida de abertura à imigração que não traga o perigo da criminalidade, que os justos não devem pagar pelos pecadores e que os benefícios para o país de medidas como a dos vistos gold ultrapassam largamente os prejuízos que estes "efeitos colaterais" que descrevo possam trazer... Sou capaz de estar de acordo com tudo isso mas, se olhar para o que Passos Coelho disse no Pontal, no último fim de semana, o criador, com Paulo Portas, da lei dos vistos gold em Portugal não pode subscrever essas teses. Porquê?...

    Vamos ler o que ele disse: "Porque é que não discutem na sociedade portuguesa as implicações que para a segurança do país a médio e longo prazo isso pode trazer? Da mesma maneira pergunto: o que é que vai acontecer ao país seguro que temos sido se esta nova forma de ver, a possibilidade de qualquer um residir em Portugal, se mantiver?"

    Na altura da entrada em vigor da lei dos vistos gold, no início de 2013, não faltou gente a alertar Passos Coelho para o problema de criminalidade que este tipo de imigração certamente atrairia: além de muitos políticos, vários colunistas escreveram sobre o assunto. Pois nessa altura o então primeiro-ministro não quis "discutir na sociedade portuguesa as implicações que para a segurança do país a médio e longo prazo isso pode trazer?". E muito menos se perguntou sobre o que pode acontecer ao nosso "país seguro".

    Passos Coelho não esteve preocupado com os criminosos que viriam viver para Portugal quando aprovou a lei dos vistos gold. Agora diz estar em causa a segurança do país com as novas regras para a imigração. Na primeira lei ignorou os efeitos colaterais. Na segunda lei só vê efeitos colaterais.

    Se o que diferencia os imigrantes dos vistos gold dos imigrantes da nova lei da imigração, que transpõe uma diretiva comunitária, não é a raça ou local de origem (vêm, em ambos os casos, pessoas de todo o lado) nem o serem ou não criminosos (como já se viu), o que é que leva Passos Coelho a aceitar facilmente os primeiros e a ter receio do que possa acontecer com os segundos?

    Para Passos Coelho a diferença entre a lei dos vistos gold e a nova lei da imigração, como é óbvio, não é a raça, é o dinheiro.

    O líder do PSD não se importou de liberalizar a imigração de ricos, mesmo se isso facilitasse a vida a alguns criminosos, mas a imigração de pobres é coisa que o aborrece, e aí a questão da segurança já lhe serve de pretexto para a tentar impedir. Isto não é mesmo racismo nem é xenofobia, isto é preconceito contra os pobres.

    www.dn.pt
    15
    Ago17

    Enfermeiro morre a tentar salvar vítima de acidente

    António Garrochinho





    A mulher de Diogo Sá de 32 anos e o filho bebé estavam no carro e assistiram a tudo. 

    Ao ver um acidente, na A42 em Lousada, com um ferido ligeiro, o enfermeiro Diogo Sá não hesitou e parou o carro para prestar auxílio à vítima da colisão que envolveu dois automóveis. Nessa altura, foi colhido mortalmente por uma outra viatura. 

    A mulher do enfermeiro, que ficou dentro do carro com o filho bebé, assistiu a tudo e ficou em choque. Quando as equipas de socorro chegaram ao local, Diogo Sá estava em paragem cardiorrespiratória e já nada foi possível fazer para o salvar. 

    Tudo aconteceu pelas 23h08 de domingo entre os nós de Lousada e Paços de Ferreira. A colisão entre dois automóveis tinha ocorrido há poucos minutos e os bombeiros ainda não tinham saído do quartel, quando uma segunda chamada informava que havia uma outra vítima, no mesmo local, mas na sequência de um atropelamento. 

    Diogo Sá foi projetado cerca de 20 metros e ficou caído na berma da autoestrada. "Quando chegámos a vítima estava em paragem cardiorrespiratória. 

    Fizemos manobras de reanimação, mas sem sucesso", afirmou ao CM Roberto Costa, comandante dos Bombeiros Voluntários de Lousada. Diogo Sá tinha 32 anos. Era enfermeiro no hospital de Gaia, e ciclista da equipa Rompe Trilhos / APCar, de Vila do Conde. Residia em Águas Santas, Maia. 

    O corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal do hospital de Penafiel para ser autopsiado. A vítima do primeiro acidente foi hospitalizada. A GNR investiga.



    http://www.cmjornal.pt/
    15
    Ago17

    Portugal disponibiliza 1,6 milhões de euros para apoiar emigrantes idosos

    António Garrochinho



    Verbas do Apoio Social a Idosos Carenciados têm baixado e chegam a 829 emigrantes com mais de 65 anos, distribuídos por 16 países não europeus. Isolamento social e dificuldades com a língua são problemas na Europa


    No último trimestre de 2016 Portugal concedeu apoio financeiro a 829 emigrantes idosos, espalhados por 16 países, todos fora da Europa. O Apoio Social aos Idosos Carenciados existe desde 2000 e destina-se a portugueses com mais de 65 anos residentes no estrangeiro que se encontram em situação de absoluta carência de meios de subsistência, com Brasil, Venezuela e África do Sul a serem os países onde mais idosos necessitados vivem. Na Europa, as situações de carência económica entre a população portuguesa mais velha é de menor dimensão com os problemas a serem mais de índole social, como o isolamento dos idosos e as dificuldades com a língua.
    O objetivo do apoio social é "proporcionar condições mínimas de subsistência, designadamente alojamento, alimentação, cuidados de saúde e higiene. Em 2015, a medida envolveu um montante de cerca de 1,75 milhões de euros e, em 2016, cerca de 1,65 milhões de euros", esclareceu ao DN o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa resposta escrita. O montante atribuído a cada idoso varia consoante o país, mas tem como mínimo fixado os 30 euros. No máximo não ultrapassa os 200 euros.
    O número de beneficiários já foi muito maior. Em 2007 havia mais de 6000 beneficiários, mas hoje o apoio abrange menos de metade deste número. Em 2105 chegava a 863 pessoas e no ano passado envolveu 829 emigrantes.
    No geral são pessoas que sofrem de isolamento social, em relação a Portugal, de onde saíram há quatro ou cinco décadas, mas também no país em que se fixaram. Na África do Sul há problemas acrescidos por causa da barreira da língua. A descrição foi feita por Joana Pizarro Miranda, da instituitição Coração Amarelo, que apoia atividades para os idosos, e que foi embaixatriz na África do Sul, país onde ajudou a criar uma associação de apoio aos emigrantes. Em 2015, explicava que "são pessoas que não usufruem de benefícios sociais, porque nunca fizeram descontos, não têm reformas nem em Portugal nem na África do Sul. A precariedade financeira é muito grande e têm pouca ou nenhuma assistência médica".
    Na Europa, a situação é diferente, sobretudo a nível da capacidade financeira, mas há pontos em comum. No Luxemburgo, o tema foi abordado numa série de estudos das investigadoras Ute Karl e Anne Carolina Ramos. As entrevistas que fizeram a idosos em lares incluíram 12 portugueses. Entre eles, estava Cândida. "Não saio do meu quarto. Para fazer o quê? Falar com os luxemburgueses?", disse às investigadoras. A octogenária "treme da cabeça aos pés" quando a convidam para ir a encontros por não entender a língua. Só fala com a cozinheira portuguesa. Em França e Suíça, há casos similares.
    Ao DN, a Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP) diz acompanhar, "pontualmente, casos de portugueses idosos, com posses, habitualmente residentes em França, Bélgica ou Reino Unido, que se encontram sob tutela no país de residência e muitas vezes em lares". Explica que é uma área prioritária o reforço dos laços entre a comunidade e os idosos e carenciados. Por isso, são atribuídos apoios. "A título de exemplo, entre 2015 e 2017 (à data de 20 de julho), foram atribuídos, sob proposta da DGACCP, 22 apoios financeiros, num valor aproximado de 230 mil euros, visando especificamente o apoio a projetos desenvolvidos por associações portuguesas no estrangeiro com impacto direto ou indireto na qualidade de vida de idosos portugueses carenciados. Entre estas, estão duas instituições na Venezuela que receberam, em 2017, 20 mil euros."
    Para melhorar a eficácia, encontra-se para publicação o novo decreto-lei que estabelece e regula as condições de atribuição de apoios às ações e projetos de movimentos associativos das comunidades portuguesas no estrangeiro. A nova legislação, diz o MNE, "vem tornar mais linear e ordenado o procedimento de atribuição de apoios e introduz critérios que facilitam o controlo e avaliação dos apoios concedidos". A aposta será em "projetos estruturados e consistentes em detrimento do apoio a atividades regulares. Entre os projetos que queremos apoiar está a criação e desenvolvimento de uma rede de apoio domiciliário à semelhança do que é feito em Portugal."
    Os apoios de Portugal a projetos ou situações pontuais abrangem sete países: Brasil, Venezuela, Canadá, EUA, França, Luxemburgo e África do Sul. Abarcam projetos como a renovação das instalações de lares ou instituições de cuidados especiais, atividades de cariz social (tratamentos médicos, alimentos e medicamentos), ocupação de tempos livres e estudo sobre o envelhecimento ativo (comunidade portuguesa no Luxemburgo).

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