O secretário-geral do PCP classificou neste sábado o primeiro-ministro, António Costa, como "um homem de grande fezada" por achar que o PSD pode fazer uma "reciclagem", considerando que era "no mínimo estranho" pretender querer contar um partido que abdicou de obras públicas.
Questionado pela Lusa sobre o desafio feito por António Costa ao PSD para um pacto depois das autárquicas, noticiado pelo Expresso deste sábado, Jerónimo de Sousa considerou que o primeiro-ministro é um "homem de grande fezada, acha que o PSD pode fazer uma reciclagem (...), em relação aos objectivos que têm animado durante a governação dos últimos ano" e considera "estranho" querer contar com o PSD que durante "quatro anos no Governo desactivou importantes infra-estruturas, importantes obras públicas que estavam em curso".
Segundo Jerónimo de Sousa, o que é realmente importante é que Portugal se consiga preparar na questão do Portugal 2020 para "ir o mais longe possível".
"Não bastam acordos tácitos", acrescentou Jerónimo de Sousa, relembrando também que a questão dos pactos não "é grande novidade". "Já foram feitos e refeitos com o PS, PSD e CDS e, no mínimo, é estranho que se possa querer contar com o PSD em relação a problemas de fundo, no plano das estruturas, no plano dos transportes, no plano das obras públicas", disse.
"Acho que essa questão do pacto, o Partido Socialista continuará a confiar nas boas vontades e na boa disposição do PSD, não percebendo nós, como é que o responsável pela paragem das obras públicas, pela destruição das nossas infra-estruturas, pela sua degradação, é a solução de parceria", completou, elencando o exemplo do IP8 e os problemas em escolas secundárias de Ermesinde (concelho de Valongo), onde "chove há muitos anos" e que o Governo anterior (PSD/CDS-PP) "abdicou" e "ficou indiferente".
Aumento das reformas e pensões
O secretário-geral do PCP comprometeu-se neste sábado em Ermesinde, durante o seu discurso numa praça pública, que ia lutar pelo "aumento das reformas e das pensões" no próximo Orçamento de Estado.
"Assumimos o compromisso que no próximo Orçamento do Estado vamos lutar para aumentar as reformas e as pensões", prometeu, recordando que foi o PCP que deu "um empurrão" ao Partido Socialista para que houvesse aumentos, mesmo que poucos, nas reformas e pensões este mês de Agosto.
"Ágata foi a candidata escolhida por Assunção Cristas para representar o CDS em Castanheira de Pêra. Sou do tempo em que os cantores pimba apareciam nos comícios contratados para cantar. Entrámos numa nova fase. Se esta moda pegar, Marcelo Rebelo de Sousa, afinal, pode ver a sua recandidatura posta em causa pelo Tony Carreira."
"Em Loures continua a saga do candidato do PSD. Com três balões em forma das setas do PSD lá vai, dobrando e fazendo chiar, o símbolo PPD, até o transformar numa suástica." João Quadros Jornal de Negócios
Os sacos estão cheios de um pó cinzento, amostras de rocha recolhidas das perfurações nos montes do concelho de Montalegre
É um tesouro escondido debaixo dos nossos pés e está a atrair várias empresas estrangeiras que o querem explorar. É que o mercado do lítio, mineral usado nas baterias dos carros elétricos, agigantou-se. Mas nada é fácil na sua extração. Fomos ver como se faz
Nos montes baldios da aldeia de Carvalhais, freguesia de Morgade, concelho de Montalegre, anda uma máquina perfuradora a fazer “buraquinhos” no chão. No mesmo dia em que espreitámos lá para dentro, o governo do novo presidente francês, Emmanuel Macron, fez um anúncio. E que têm os cerca de 30 habitantes de Carvalhais a ver com isso? Tudo.
Diz a França que, daqui a 23 anos, não quer veículos a gasóleo ou a gasolina a circular no país. “Anunciamos o fim da venda de veículos a gasolina e diesel até 2040”, disse o ministro do Ambiente, Nicolas Hulot. “É uma verdadeira revolução, mas as condições estão reunidas”, acrescentou.
E quando falamos de França estamos a falar da Renault, da Peugeot e da Citroën. Um dia antes, a Volvo anunciara que todos os seus modelos terão motores elétricos já a partir de 2019. A marca, que já foi sueca e agora é chinesa, garante que vai vender um milhão de carros elétricos até 2025.
A China, aliás, lidera esta revolução, sendo o país com mais veículos elétricos em circulação (e na construção, detém 40% da quota mundial). Mas até 2020 todos os grandes fabricantes de automóveis prometem novos modelos elétricos, cuja produção poderá ser superior à dos veículos com motores tradicionais.
É uma corrida à escala mundial da qual José Medeiros, 70 anos, parece alheado, enquanto desce do trator para se abrigar da chuva no estábulo das vacas. O tempo está parado nos Carvalhais, no dia do grande temporal que este verão fez cair granizo no distrito de Vila Real, e não se vê vivalma nas ruas.
Só por aparência estas casas de pedra e estes tanques comunitários, bebedouros para os animais, nos levam para um século que já passou. Porque José está bem ciente do século XXI que andam a esgravatar nos baldios. “Dizem que é o futuro e não nos incomoda porque aqui está tudo emigrado, tenho duas filhas e netos no Porto, tudo foge para a cidade”, vai dizendo, enquanto sonha: “Na aldeia somos 20 ou 30, já nem chegamos para um baile. Agora dizem que vão empregar ali 200 pessoas. Se eu fosse mais jovem abria um restaurante para dar de comer a essa gente”.
As petalites barrosãs
Essa gente que anda em Carvalhais atrás do lítio são ainda meia dúzia – quatro geólogos, dois assistentes, mais os operadores da perfuradora, contratada a uma empresa espanhola. Esta fase da prospeção está a cargo da empresa australiana Dakota Minerals, que recentemente mudou o nome para Novo Lítio. Assim, em língua portuguesa, para mostrar a importância que o mineral luso tem na sua atividade, explica o presidente, David Frances, que se mudou com a família para Lisboa.
Também Francis Wedin, o diretor técnico da empresa, se mudou para Portugal, instalando a família em Braga. Encontramos os dois na freguesia de Morgade. Estamos em terras do Barroso e a sua riqueza em lítio não é, porventura, tão famosa quanto a sua abundância em costeletão – esse sim, um pilar da economia local, sem as incertezas das quimeras dos minerais.
Antigamente, havia ali perto as minas do Beça, de onde se extraía estanho. Esta onde estamos é a exploração de Sepeda (outra toponímia para Cepeda, uma das freguesias de Montalegre). É a segunda maior ocorrência de lítio da Europa, vai dizendo David Frances, neste género em que se encontra na natureza, ou seja, hospedado numa rocha a que se chama pegmatito e que se costuma encontrar próximo de granitos.
Os pegmatitos desta região são ricos em minerais como a espodumena e a petalite, sendo o caso de Carvalhais maioritariamente petalite, onde os geólogos podem encontrar concentrações até 4,5% de lítio. E depois de terem feito mais de 100 sondagens de prospeção geológica (vulgo buracos) nos matos cobertos de urze e de carqueja, a Novo Lítio concluiu que ali havia 10,3 milhões de toneladas de rocha, sendo que 1% dessa rocha corresponde a óxido de lítio (Li2O).
E agora? É fazer as contas. A prospeção pode estar a chegar ao fim e só um estudo mais apurado determinará a viabilidade económica da exploração. Porque o lítio português não jorra como o petróleo da Arábia Saudita; é uma riqueza que ali está de difícil alcance e de transformação dispendiosa. Para o que se encontra na América do Sul, basta uma salmoura (em grandes lagos salgados) e pouco mais para que o carbonato de lítio (Li2CO3) fique pronto a ser usado nas baterias de iões de lítio, cuja aplicação vai dos carros elétricos aos telemóveis.
É um mercado gigante dominado pelos fornecedores do Chile, da Argentina e da Bolívia. Mas separar o lítio da petalite é muito mais dispendioso e, com a tecnologia atual, não é fácil competir com os preços da América do Sul.
Reserva de lítio na Argentina, um dos maiores fornecedores deste metal precioso, a par dos vizinhos Chile e Bolívia
Enrique Marcarian
Quanto vale uma pegada
Mas o lítio português tem as suas vantagens. “Está na Europa e os produtores de baterias estão interessados num fornecimento europeu, mesmo que fique um pouco mais caro”, explica David Frances, cuja empresa opera em Portugal e na Suécia.
É que o consumidor europeu compra um carro elétrico consciente das suas vantagens para o ambiente e vai gostar de saber que foi construído com uma pegada ecológica mais sustentável – trazer o lítio da América do Sul tem os seus custos. Além disso, a viabilidade da exploração de lítio na Europa permite reduzir a dependência em relação aos fornecedores sul-americanos.
“É uma corrida; precisamos chegar ao mercado antes dos outros e Portugal, nestas questões, é o seu pior inimigo – nada é feito com rapidez”, queixa-se o presidente da Novo Lítio.
O facto é que esta corrida está cheia de obstáculos. O último foi lançado pelas universidades do Texas e de Seúl, que descobriram uma alternativa muito mais barata para fazer baterias: o sódio. Esse mesmo, que simplesmente se retira da água do mar. “Embora as baterias de iões de sódio possam ser mais baratas do que as de lítio, o sódio consegue menos 20% de densidade energética”, disse Kyenongjae Cho, professor de ciência dos materiais. Apesar disso, os investigadores conseguiram fazer uma bateria usando sódio em vez de lítio e manganês em vez de cobalto e níquel.
O relatório do grupo de trabalho do lítio, encomendado pelo Governo, foi publicado antes desta descoberta e fala em “oportunidades” trazidas pelo crescente interesse no lítio nacional. Só em 2016 deram entrada cerca de três dezenas de pedidos para prospeção e pesquisa, num total de 3,8 milhões de euros de investimento proposto, sendo que o maior interesse se situa nas Covas do Barroso. O relatório recomenda a criação de um cluster que inclua a industrialização (no processamento dos minérios) e a economia circular (na reciclagem de baterias).
Além disso, o relatório não descuida o uso que o lítio português tem tido até agora, antes do aparecimento da febre tecnológica: ele é usado na indústria do vidro e da cerâmica, além da indústria farmacêutica, uma vez que integra a composição de alguns medicamentos, nomeadamente antidepressivos.
Um sonho de juventude
Com as ações suspensas na bolsa australiana enquanto lida com divergências com a Lusorecursos, a empresa portuguesa que detém a propriedade das licenças de prospeção e do pedido de licença de exploração de Sepeda, a Novo Lítio continua a esburacar os montes de Carvalhais, pertencentes à população e geridos pelo conselho diretivo de baldios. Por enquanto não pagam renda, mas vão negociando com os habitantes algumas beneficiações da aldeia, nomeadamente uns desvios de água necessária para as hortas.
Os impactos ambientais da prospeção do lítio ainda não se notam. “O único contaminante usado aqui é o combustível das máquinas”, garante John Morris, 42 anos, geólogo e responsável de operações. Contaminante do ar e não dos solos, reforça. E não, John não é australiano. Filho de portugueses emigrados em Moçambique, foi nascer à África do Sul e aí ganhou o nome: John Morris Vale Pereira. Vive no Porto, mas conhece bem a zona, pois esteve mais de cinco anos a trabalhar com a empresa canadiana Medgold, nas minas de ouro de Boticas. Esses investiram três milhões de euros e chegaram à conclusão que a exploração não era viável. Foram-se embora, como acontece tantas vezes – umas porque o mineral encontrado não compensa os custos de exploração; outras porque a empresa não tem capacidade financeira.
John Morris e Romeu Vieira, também geólogo, mostram-nos o maior buraco que fizeram em Carvalhais: tem 545 metros de profundidade. Desses buracos retiram as carotes (amostras de pedra com 30 centímetros de diâmetro). O que vai para o laboratório é já um pó cinzento, que se armazena em sacos monte abaixo, naquele chão que cintila ao sol do meio-dia. “São filossilicatos, minerais no xisto que refletem a luz”, explicam.
Se os australianos conseguirão vingar ou não em Sepeda, Orlando Alves não sabe. Mas o presidente da Câmara de Montalegre tem uma certeza: “O nosso concelho tem uma grande riqueza em minérios”. E parte logo para a sua infância, quando as minas da Borralha ainda laboravam. Durante a II Guerra Mundial saiu dali muito volfrâmio, tanto para os alemães como para os americanos. “Até 1986, as minas davam emprego a 800 pessoas, que tinham casa, luz e água gratuitas. Já os administradores viviam em chalés alpinos”, continua recordando. Mas todos os dias tocava o sino porque “alguém tinha morrido com o mal da mina”, uma doença pulmonar chamada silicose.
O sonho de Orlando Alves é o repovoamento de Montalegre. “Vejo no lítio uma enorme oportunidade de trazer para aqui gente qualificada e fazer voltar os filhos da terra que se espalharam pelo mundo”, entusiasma-se. Para isso a mina não chega; é preciso “uma unidade de transformação do lítio – cláusula que deve estar no futuro contrato de exploração da jazida”, reclama.
Porque nos anos 60 Montalegre tinha 40 mil habitantes e agora são cerca de 12 mil. “E temos a área da ilha da Madeira, 808 quilómetros quadrados. Mas só há velhos”, vai lamentando, concluindo com um suspiro: “Estamos a trabalhar para o futuro nem sei de quem…”
Procura por quem preste cuidados no domicílio deverá subir 38,1%. Europa tem recorrido a portugueses
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Daqui a 63 anos, Portugal terá 7,478 milhões de habitantes, 2,8 milhões dos quais idosos, segundo as projeções do Instituto Nacional de Estatística. Se a demografia coloca problemas à economia, há outras questões por resolver: as instituições de ensino não estão a formar pessoas com a atitude certa para cuidar de idosos, não é exigida formação aos profissionais dos lares e residências sénior e, devido ao aumento da procura na área, poderemos não ter profissionais suficientes daqui a alguns anos. Países como a Alemanha, Inglaterra e Bélgica já sofrem desse défice e tentam compensá-lo com o recrutamento no exterior, sendo Portugal uma das fontes. Do outro lado da moeda, os cuidadores informais (frequentemente familiares) suportam uma grande parte do apoio não profissionalizado e não remunerado ao idoso, por vezes com consequências no seu próprio emprego. É por este motivo, aliás, que se aguarda a criação oficial deste estatuto (há cerca de um ano, a Assembleia da República dirigiu essa recomendação ao Governo, mas ainda se aguarda uma tomada de decisão).
Solução de recurso
A pergunta para um milhão de euros é: “Quem vai cuidar de nós quando formos 2,8 milhões de idosos?” De acordo com o Fórum Económico Mundial, “à medida que a população envelhece, praticamente todos os sectores ligados à saúde vão ver crescer o emprego”. Quanto aos cuidados prestados no domicílio, “a procura vai subir 38,1%” até 2025. O presidente da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos, João Ferreira de Almeida, assume que a procura de profissionais nesta área é bastante elevada e deverá aumentar. Na última semana, o Expresso localizou mais de 300 ofertas em diferentes portais de emprego.
No entanto, não é exigida formação aos trabalhadores destes locais, uma situação rara no quadro europeu. “Quando dissemos isto à Confederação Europeia, de que fazemos parte, eles deitaram as mãos à cabeça”, afirma o responsável. O cenário traduz-se em salários baixos para a maior parte das funções, e ser ajudante de ação direta (a designação oficial do que muitas vezes é denominado de auxiliar de saúde) torna-se “uma solução de recurso para mulheres no desemprego”, descreve o representante. A falta de formação coloca em causa a qualidade dos cuidados, até porque o que pode parecer uma manobra simples “exige gestos técnicos que nem todos conhecem”. A agravar a situação, desde o auge da crise que “o estado de saúde com que as pessoas chegam aos lares é tremendamente pior”, afirma João Almeida, que à pergunta para um milhão de euros responde: “Tenho dúvidas de que haja pessoas suficientes para cuidar deles daqui a uns anos, tanto porque há cada vez mais idosos como pelo decréscimo da população ativa.”
O ‘capitulozinho’ geriátrico
“Ao contrário de alguns países que têm idosos saudáveis, a nossa geração foi muito castigada, quer pela pobreza, quer pelo regime em que vivíamos”, sublinha Pedro Marques da Silva, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia (SPGG). Além de idosos doentes, “temos muitos idosos frágeis, incapazes de cuidar de si” e com pouca mobilidade. Por isso, “vamos precisar de mais geriatras, mas o doente idoso é da responsabilidade de todos os médicos”, bem como do cidadão e da tutela, defende o responsável, identificando que a formação e a estrutura de saúde atuais estão desfasadas da realidade demográfica. “Os grandes livros com que continuamos a estudar têm um ‘capitulozinho’ sobre geriatria, quando hoje tem de haver uma formação específica nesta área”, analisa o clínico, sublinhando que “os estudantes têm de ter maior formação para os tempos tremendos que temos pela frente”. Mas o assunto não toca apenas aos médicos. Nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e outros entram na equação.
O outro lado da balança
Neste cenário, a responsabilidade é muitas vezes acrescida para os cuidadores informais — normalmente familiares do dependente —, que aguardam a criação de um estatuto legal que os proteja e enquadre na sociedade. Este cuidador “não é remunerado nem tem habilitação específica” mas “assegura 80% dos cuidados na União Europeia”, sublinha Bruno Alves, presidente da Associação Portuguesa de Cuidadores Informais. Importa, por isso, garantir as condições necessárias para que esta figura possa cumprir o seu papel (tendo, por exemplo, direito a flexibilidade laboral) sem prejuízos para o seu emprego. “É preciso criar condições para que os idosos e as pessoas com dependência fiquem em sua casa e possam ser apoiadas” e “criar uma rede de pessoas (...) que estejam dispostas a dar o seu tempo para ajudar idosos ou dependentes no seu domicílio e assim diminuir a pressão e recurso inapropriado aos hospitais por falta de apoio e isolamento”, declarou o ministro da Saúde em março do ano passado.
Os riscos da escravidão moderna aumentaram em quase três quartos, nos 28 estados membros da União Europeia (UE) no último ano, revela um estudo anual da consultora Verisk Maplecroft.
De acordo com a segunda edição do Índice de Escravidão Moderna (MSI), os cinco países da UE que mais aumentaram o risco são a Roménia, a Grécia, a Itália, Chipre e a Bulgária – pontos de entrada para os migrantes. O estudo avaliou 198 países, com base na força das suas leis, a eficácia das suas aplicações e a gravidade das violações, e os resultados mostram que houve uma cada nas pontuações de dois países da UE.
O relatório não tem como objetivo calcular a prevalência de escravidão, mas sim apontar o risco de um negócio utilizar trabalhadores em más condições.
A situação da escravidão na Roménia é considerada como uma deterioração pior do que qualquer outro país, com a queda de 56 lugares no ranking, para o 66º lugar. A Roménia e a Itália (133º), que caiu 16 lugares, têm as piores violações na UE, incluindo formas severas de trabalho forçado, como escravidão e tráfico.
Segundo o estudo, Portugal é um dos países onde o risco do aumento de escravidão moderna é uma realidade, assim como no Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Suécia e Polónia (no mapa a cor laranja).
Fonte: Verisk Maplecroft
De acordo com a Verisk Maplecroft, a presença de migrantes vulneráveis nestes países de chegada é um dos principais fatores para o aumento da escravidão em vários setores da região, como agricultura, construção e serviços.
A China, classificada em 21º lugar no índice, permanece firmemente enraizada entre os países com o pior desempenho na categoria “risco extremo”. A Coreia do Norte, a Síria, o Sudão do Sul, o Iémene, a República Democrática do Congo, o Sudão, o Irão, a Líbia, a Eritreia e o Turquemenistão são classificados pelo Índice de Escravidão Moderno como sendo o maior risco de todos os países medidos.