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POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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28
Ago17

ISIS pede desculpa por ataque realizado ao único país de que tem medo

António Garrochinho


Incidente aconteceu em novembro do ano passado, nas Colinas de Golã, na Síria.

ISIS pede desculpa por ataque realizado ao único país de que tem medo


Militantes do ISIS emitiram um pedido de desculpa depois de terem protagonizado um ataque contra militares israelitas, dá conta, segundo o Independent, o ex-ministro da defesa daquele país.Moshe Ya'alon referia-se a um incidente entre militantes do ISIS e os militares do Israel que teve lugar em novembro do ano passado, nas Colinas de Golã, na Síria.
"Houve um caso recente em que o Daesh abriu fogo [contra nós] e depois pediu desculpa", afirmou o antigo governante num evento que decorreu em Alufa, onde estaria a ser entrevistado sobre a política israelita na Síria.
O caso a que se referiu Ya'alon terá sido o primeiro incidente registado entre as forças de Israel e militantes do ISIS, na sequência do qual morreram quatro terroristas do Khalid ibn al-Walid, grupo que se juntou ao Estado Islâmico em maio de 2016.
Um porta-voz do ex-ministro da Defesa israelita recusou-se, porém, a explicar de que forma é que esse pedido de desculpas foi feito.
O Independent salienta que Israel é o único território no mundo temido pelo Estado Islâmico, que crê que o país possui um exército demasiado poderoso para lhe poder fazer frente.

www.noticiasaominuto.com
28
Ago17

SEMPRE PREVISÍVEL - Guterres fez uma declaração contra o anti-semitismo, muitas vezes ligado ao fenómeno neonazi.

António Garrochinho
Guterres fez uma declaração contra o anti-semitismo, muitas vezes ligado ao fenómeno neonazi.
Fez bem! É uma declaração inatacável e de saudar… apesar de ter sido feita SOB AMEAÇA de Israel, como se pode ver no “link” extra que deixo no fim deste texto.
O problema é que as suas “grandes” declarações são, de uma forma recorrente, todas viradas para o mesmo lado e vão no mesmo sentido.
Compreendo a posição delicada de Guterres. Além do que aquilo lhe deve martirizar a consciência, deve cansar muito as pernas estar tanto tempo naquela posição… vão por mim, que sei o que me custa ficar de cócoras por uns meros segundos, para apanhar alguma coisa que tenha deixado cair.
Mesmo assim, acho que no meio destas declarações sempre alinhadas com os EUA e Israel, o homem deveria, de quando em vez, telefonar para a Casa Branca, ou para Tel Aviv, a avisar que iria fazer uma declaração cosmética qualquer, em favor de palestinianos e/ou outras vítimas habituais dos seus patrões… só para eles estarem informados previamente e não se zangarem com ele… e ele ter a oportunidade de, pelo menos aqui e ali… fingir ter alguma coragem política e imparcialidade.
Samuel Quedas

CLIQUE NOS LINKS A AZUL E NA IMAGEM
Guterres chegou no domingo para uma visita de três dias a Israel e aos territórios palestinianos, a primeira desde que assumiu funções em janeiro.

28
Ago17

LOULÉ | Ombria resort lança primeira pedra

António Garrochinho


A primeira unidade da cadeia de hotéis de luxo Viceroy Hotels & Resorts na Europa será no Algarve.
O Ombria Resort prepara-se para arrancar com mais uma etapa do seu desenvolvimento, realizando a cerimónia de lançamento da primeira pedra da primeira fase do projeto, que integrará a primeira unidade da marca Viceroy Hotels & Resorts em Portugal e na Europa. O evento contou com a presença de Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, em representação do governo, Carlos Martins, Secretário de Estado do Ambiente, e Vítor Aleixo, Presidente da Câmara Municipal de Loulé.
A primeira fase do Ombria Resort, que inclui as infraestruturas e o campo de golfe de 18 buracos, já em construção desde outubro de 2016, contempla ainda o Viceroy at Ombria Resort, com 76 quartos e as Viceroy Residences at Ombria Resort, que incluem 65 residências turísticas. O complexo hoteleiro inclui também um clubhouse, um centro de conferências, 5 restaurantes, spa, kids club, um observatório astronómico, piscinas aquecidas e várias outras instalações de lazer e fitness. A sua abertura está prevista para final de 2019.
A Fase 1 do projeto representa um investimento de mais de 100 milhões de euros. O investimento total, nas três fases do projeto, irá ultrapassar os 260 milhões de euros. O investidor, Grupo Pontos, um fundo finlandês de private equity, realizará este investimento com cerca de 60% em capitais próprios, o que representa um cenário relativamente singular para este tipo de projetos. Este facto atesta o compromisso do investidor em realizar o projeto dentro dos prazos estipulados e com a qualidade elevada que se pretende.
Ilpo Kokkila, Chairman do Pontos Group, demonstra a sua satisfação por esta nova etapa ao afirmar que “estamos entusiasmados com o progresso do nosso projeto e estamos aqui, hoje, para celebrar, pois finalmente chegou o momento de começar. Foram 20 anos de trabalho árduo que concentraram muitos recursos e energias. Apesar dos riscos que assumimos, mantivemos sempre o foco neste projeto porque sempre acreditamos no Algarve e em Portugal”.
“Ficamos muito dececionados com a lentidão da burocracia que enfrentamos durante o desenvolvimento do projeto. A cooperação com a Câmara Municipal de Loulé e as autoridades competentes tem sido excelente, mas a forma como a burocracia tem provocado o atraso deste processo é inacreditável. Esta morosidade prejudica gravemente o progresso no país “, acrescenta.
 “Mas nós temos uma grande admiração por Portugal e pelos portugueses; isso e o forte apoio da Câmara Municipal de Loulé são as razões porque conseguimos lutar por este projeto durante quase 20 anos. A beleza natural das paisagens faz com que o nosso principal objetivo seja assegurar que este projeto é altamente sustentável. Um dos nossos compromissos é também que o Ombria Resort seja totalmente aberto às populações locais. É nosso propósito trabalhar em conjunto com as pessoas e empresas das localidades circundantes, dando-lhes assim a oportunidade de usfruir, trabalhar ou fazer negócio”, refere ainda Ilpo Kokkila.
No discurso que efetuou no evento, a Secretária de Estado do Turismo referiu que “o investimento que hoje aqui vemos é sinal que há confiança, é sinal que acreditam no país, é sinal que acreditam no Algarve. Só posso agradecer-vos por isso e dizer-vos que este é um projeto exemplar também pela sustentabilidade do turismo ao longo de todo o ano e em todo o território, porque estamos aqui a apostar num Algarve diferente, a desenvolver um novo tipo de Turismo numa zona onde não era tradicional isso acontecer”.
O Ombria Resort contará com três áreas diferentes de unidades residenciais e turísticas, incluindo apartamentos, moradias em banda e vivendas. Depois de concluído irá disponibilizar uma vasta oferta na componente hoteleira e de imobiliário turístico e residencial, desde quartos/suites de hotel, apartamentos, até moradias, algo que se traduzirá, naturalmente, numa variada gama de preços adaptada a diferentes mercados e a diversos tipos de clientes.
O projeto imobiliário integra unidades residenciais turísticas de luxo, de diferentes tipologias, algumas delas geridas pela Viceroy Hotels & Resorts e nas quais é oferecido um retorno garantido de aluguer nos primeiros anos após a compra. Assim a componente imobiliária incluirá diferentes apartamentos, moradias em banda e vilas de luxo, de tipologias T0 até T6. Os valores de venda poderão variar entre os €300.000 e acima dos €2.500.000.
Os principais mercados-alvo são o norte da Europa, nomeadamente o Reino Unido, a França, a Alemanha, os países do Benelux e da Escandinávia, bem como Estados Unidos, Médio Oriente e Ásia, sem esquecer Portugal.
O Ombria Resort tem por objetivo ser pioneiro de uma nova geração de Resorts em que o meio ambiente, a responsabilidade social e o apoio à natureza e património local são prioridades. A interação e integração com outros membros da comunidade local e a conexão com a natureza são alguns dos motores essenciais para alcançar estas metas. Será desenvolvido um plano de atividades anual, dentro e fora do resort, que será oferecido a hóspedes e proprietários com o objetivo de dinamizar e incentivar à descoberta de toda a região em que o resort está inserido.
Outro ponto diferenciador será a variedade e diversidade de infraestruturas do resort que incluirão um campo de golfe de 18 buracos, várias instalações de lazer e entretenimento, tais como horta biológica, observatório astronómico, trilhos de natureza para passeios pedestres e BTT e outras infraestruturas desportivas.
Pretende-se ainda firmar parcerias com diversas entidades, entre as quais as Juntas de Freguesia do interior de Loulé (Querença/Tôr/Benafim) e Município de Loulé, no sentido de dinamizar o recrutamento de pessoas para os postos de trabalho necessários. Estima-se, entre todo o processo de obras e entrada em funcionamento de todo o empreendimento, que serão gerados mais de 700 postos de trabalho diretos e cerca de 300 indiretos.
Pela localização, diversidade da oferta, posicionamento e qualidade dos serviços/produtos disponibilizados, o Ombria Resort será uma mais-valia inequívoca para a qualificação do Turismo português e irá contribuir positivamente para a redução da sazonalidade no Algarve.
O Ombria Resort foi projetado numa lógica eco-friendly recorrendo-se por isso a materiais e tecnologias inovadoras e respeitadoras do ambiente, com o propósito de respeitar a herança e património ambiental e local. Este respeito pelo património ambiental será igualmente passado aos clientes, que serão incentivados a conhecerem o meio envolvente do Ombria Resort e, desse modo, a contribuir positivamente para o crescimento/desenvolvimento da economia local e nacional.
Segundo Julio Delgado, CEO do Ombria Resort, este é um projeto inovador e ímpar no nosso país salientando que “é um empreendimento turístico de nova geração que visa afirmar-se como uma referência do setor no Algarve e no Sul da Europa. A sua localização única, a sua envolvente natural, com colinas e ribeiras, e o contacto com “O verdadeiro Algarve” permitem posicionar o nosso resort de forma diferenciadora. O Ombria Resort vai oferecer um estilo de vida singular, combinando sofisticação com experiências autênticas”.
No seguimento desta filosofia, o Ombria Resort aposta na criação de uma unidade hoteleira de 5 estrelas, denominada Viceroy at Ombria Resort, que será a primeira na Europa da marca Viceroy Hotels & Resorts, reconhecida cadeia americana de hotéis de luxo com uma carteira de hotéis e resorts localizados em todo o mundo.
Primeiro hotel Viceroy Hotels & Resorts na Europa será no Algarve
Localizado no Algarve, o Viceroy at Ombria Resort será a primeira unidade hoteleira da cadeia americana Viceroy Hotels & Resort na Europa. Atualmente, esta marca gere cerca de 12 hotéis de luxo espalhados pela América do Norte, América Latina, Caraíbas e Médio Oriente. O seu plano de expansão prevê abrir 12 novos hotéis nos próximos anos, alguns dos quais na Europa.
“Este é um momento extremamente emocionante para a marca uma vez que estamos a expandir a nossa pegada global, disse Anton Bawab, Regional President EMEA Viceroy Hotel Group. “Portugal oferece-nos além disso a oportunidade de apresentar a marca a um público internacional ainda mais amplo e de mostrar a nossa individualidade e autenticidade. Como a Viceroy Hotels & Resorts continua a posicionar-se como um dos principais agentes do sector hoteleiro, estamos entusiasmados em oferecer aos hóspedes uma variedade de locais de excelência, ao mesmo tempo que disponibilizamos uma oferta extraordinária de serviços hoteleiros e de restauração única em cada localização”.
Viceroy at Ombria Resort é composto por um hotel de 5 estrelas que contará com 76 luxuosos quartos e suites, 65 residências turísticas (Viceroy Residences at Ombria Resort), restaurantes e bares, piscinas aquecidas, clube para crianças, um Spa e um centro de conferências. O estilo de arquitetura do complexo hoteleiro, inspirado nas típicas aldeias algarvias, está perfeitamente integrado com a região em que se insere, misturando uma atmosfera rural e uma excecional atenção ao design, serviço e detalhe, procurando oferecer o mais confortável e moderno retiro.





Ombria Resort “Carved by Nature
O Ombria Resort localiza-se no Algarve, a 8 km a norte de Loulé e a 20 km das praias e do aeroporto de Faro. Situado no meio de uma paisagem serena e natural de colinas verdes, carvalhos exuberantes e rios, espalhado por 153 hectares de terreno, o Ombria Resort encontra-se perto da Reserva Natural da Fonte Benémola e de aldeias típicas como Querença e Tôr.
O Ombria Resort é um resort integrado que respeitará os mais elevados padrões internacionais de qualidade. Um destino em contacto com “O verdadeiro Algarve”, uma extensão da área onde está inserido, incentivando os clientes a conhecerem os arredores, a cultura, locais históricos e a gastronomia regional, ao mesmo tempo que impulsionará a economia local e nacional.
Será diferente de muitos dos resorts da região: sossegado, ambiente relaxado, onde os hóspedes e proprietários poderão interagir com outros membros da comunidade local e também conectar-se com a natureza.
Campo de Golfe em perfeita harmonia com a natureza
Em construção desde outubro de 2016, o campo de golfe de 18 buracos do Ombria Resort será um exemplo perfeito de integração na natureza e, ao mesmo tempo, proporcionará uma experiência de tirar o fôlego. Com uma beleza inesperada, irá proporcionar aos jogadores uma experiência única, com duas áreas distintas e várias travessias pelas ribeiras existentes no terreno.
O projeto possui qualidades únicas de conceção que se prendem, em parte, com as diferentes características do terreno disponível, e respetivas condicionantes, e das componentes biofísicas a preservar. O design procurou, neste sentido, tirar o máximo partido das áreas naturais e otimizar a integração do campo na paisagem existente ao proteger a integridade das espécies autóctones, nomeadamente de sobreiros e azinheiras.
Sobre o Ombria Resort
O Ombria Resort localiza-se no Algarve, oito km a norte de Loulé e a 20 km das praias e do aeroporto de Faro. Situado no meio de uma paisagem serena e natural de colinas verdes, ribeiras, azinheiras e sobreiros exuberantes, espalhados por 153 hectares de terreno, o Ombria Resort encontra-se perto da Paisagem Protegida da Fonte Benémola e de aldeias típicas como Querença e Tôr.
O Ombria será um resort integrado que respeitará os mais elevados padrões internacionais de qualidade, cujo objetivo é ser pioneiro de uma nova geração de Resorts em que o meio ambiente, a responsabilidade social e o apoio à natureza e património local são prioridades. Conceito e design arquitetónico de baixa densidade, serviço de alta qualidade, atividades indoor e outdoor e instalações de última geração serão os motores para alcançar estas metas.
O Ombria Resort está destinado a ser uma extensão da área onde está inserido, incentivando os nossos clientes a conhecerem os arredores, a cultura, locais históricos e a gastronomia regional, ao mesmo tempo que é impulsionada a economia local e nacional.
O conceito primordial do Ombria Resort passa por ser um destino que está em contacto com “O verdadeiro Algarve”. É diferente de muitos dos resorts da região: sossegado, mas não maçador, onde os hóspedes podem interagir com outros membros da comunidade local e também conectar-se com a natureza. Oferece um estilo de vida diferente, combinando sofisticação e experiências autênticas.
O Ombria Resort será composto por:
  • O complexo hoteleiro de 5 estrelas Viceroy at Ombria Resort e Viceroy Residences at Ombria Resort, incluindo spa, instalações de saúde e fitness, vários restaurantes e bares, centro de conferências e piscinas;
  • Três áreas diferentes com um total de 385 unidades residenciais, incluindo apartamentos, moradias em banda e vivendas;
  • Campo de golfe com 18 buracos, incluindo clubhouse;
  • Instalações de lazer e entretenimento, como área de agricultura biológica, circuito de jogging, entre outras.












planetalgarve.com
28
Ago17

Vale do Lobo começou a falhar pagamentos à Caixa em 2009. Até os buggies estão penhorados

António Garrochinho
A Caixa entrou no resort de luxo em 2006, como financiadora e acionista. Vale do Lobo entrou em incumprimento da dívida desde pelo menos 2009, mas o banco público não executou as garantias.
O negócio do luxo não é garantia de um bom negócio. Essa será uma lição possível a tirar da história recente da empresa que explora o resortde Vale do Lobo, no Algarve.
Na narrativa do site institucional da empresa, Vale do Lobo é descrito como um dos mais importantes resorts de luxo na Europa e o maior em Portugal. Ocupa 450 hectares no concelho de Loulé no Algarve, com uma frente de praia de dois quilómetros e 1.500 propriedades e é um cenário de sonho que contrasta com a situação financeira da empresa que gere este património.
A Vale do Lobo Resort Turístico de Luxo foi criada no início dos anos 1960 e os primeiros investimentos datam de 1965, quando arrancou a construção do campo de golfe. Da cronologia ilustrada que assinala os episódios mais marcantes da história deste projeto, constam troféus de golfe e de ténis atribuídos a atletas de destaque internacional, mas não há referência aos casos que colocaram Vale do Lobo no topo das notícias. E não por boas razões. Desde a ligação ao “caso Sócrates”, com sociedades e administradores constituídos arguidos, até ao envolvimento da Caixa Geral de Depósitos, que se tem revelado ruinoso para o banco do Estado, acionista e o maior financiador do projeto.
A gestora de Vale do Lobo acumulou prejuízos ao longo dos últimos dez anos, tem capital próprio negativo e dívidas vencidas à banca e ao Estado, tendo recorrido ao PERES (Programa de Extraordinário de Redução do Endividamento ao Estado). Para continuar a operar, a empresa está completamente dependente do principal financiador, o banco do Estado, que também é acionista. Praticamente todos os ativos foram dados como garantias e colaterais aos bancos e até há dezenas de buggies usados na atividade do golfe que foram penhorados como aval de um financiamento.

Caixa podia ter executado garantias

O Observador consultou os dois últimos relatórios e contas da sociedade gestora do resort que mostram que Vale do Lobo começou a falhar o pagamento de empréstimos ao banco do Estado em 2009, entre juros e capital. Por força deste incumprimento, a Caixa poderia ter exigido o reembolso total dos financiamentos ou executado as garantiasque tem sobre as ações da sociedade gestora e sobre o património imobiliário e terrenos de Vale do Lobo. Pela informação disponibilizada no último relatório e contas da empresa (que não respondeu às perguntas do Observador), optou por não o fazer. O banco público esteve representado na administração da sociedade, enquanto acionista minoritário, mas a gestão continua a ser liderada pelos investidores privados que se associaram à CGD para comprar o resort há mais de dez anos.
A tomada de posse da sociedade e da sua gestão por parte da Caixa poderia ser um passo em frente para encontrar investidores interessados em explorar o ativo, maximizando os resultados, com a mobilização de recursos financeiros que não estão disponíveis para a atual sociedade gestora, e minimizando as perdas. Era um caminho possível, que não foi seguido ao longo dos últimos anos.
Fontes bancárias ouvidas pelo Observador assinalam que a gestão deste dossiê é um exemplo de como a passividade da Caixa agravou os problemas de imparidades. Mais do que fazer maus negócios na concessão de crédito, o banco do Estado nem sempre atuava quando o devedor entrava em incumprimento, deixando arrastar a situação até ficar insustentável. O caso Vale do Lobo era, no entanto, singular no portefólio de operações problemáticas e teve um tratamento distinto de outras exposições ao setor imobiliário.
A Caixa fez dois grandes investimentos na área imobiliáriacomo acionista. Um correu bem — as torres do Colombo em Lisboa — o outro correu mal. E quando Vale do Lobo descarrilou, a CGD terá tratado o tema mais como uma participação financeira do que uma operação para a direção de recuperação de crédito. O banco chegou a estar representado no conselho de administração por um diretor com o pelouro do imobiliário. Depois, quando a situação se agravou, enviou um quadro para acompanhar, do ponto de vista operacional e financeiro, a gestão do negócio.
A Caixa, admitiu ao Observador uma fonte conhecedora, tinha dois chapéus, o de acionista e o de credor, e em Vale do Lobo assumiu o papel de proprietária, queria salvaguardar o empreendimento e o valor da participação. Tendo direitos sobre um património imobiliário valioso, apesar de dificuldades temporárias em atrair investidores, sempre houve a preocupação de não tomar medidas que colocassem em causa a qualidade do serviço prestado pela empresa aos seus clientes, a quem tinha prometido uma oferta de luxo, ou que estragassem a marca Vale do Lobo. Têm sido, por isso, asseguradas verbas para manter o normal funcionamento da empresa, mantendo-se também os principais gestores, que em 2016 receberam uma remuneração anual de 336 mil euros. A empresa empregava cerca de 240 colaboradores no final do ano passado.

Solução deve passar por venda

Desde logo, sabe o Observador, o banco do Estado equacionou vender os ativos e chegou a receber propostas de interesse, mas que nunca se concretizaram, pelo menos pelo preço que terá sido considerado o mínimo aceitável. Por outro lado, alguns investidores chegaram a queixar-se de tentarem, em vão, falar com as pessoas que teriam a responsabilidade sobre a operação. Estas abordagens terão coincidido com um período em que as grandes decisões estiveram mais ou menos paralisadas, reféns da mudança de administração e da aprovação do plano para a Caixa.
A venda do património imobiliário, ainda que com um desconto significativo no valor da dívida ao banco, continua a ser uma solução em cima da mesa, agora com maior probabilidade de sucesso, dada a recuperação que se verificou no setor imobiliário desde 2015.
“A Caixa neste como noutros processos procura afincadamente encontrar soluções que melhor defendam os seus interesses e ao mesmo tempo possa precaver a degradação de ativos que são importantes para a atividade económica”
Resposta de fonte oficial da Caixa sobre a solução para Vale do Lobo
Contactada pelo Observador, fonte oficial do banco não se pronuncia sobre soluções concretas por causa do sigilo bancário, limitando-se a afirmar: “A Caixa, neste como noutros processos, procura afincadamente encontrar soluções que melhor defendam os seus interesses e ao mesmo tempo possa precaver a degradação de ativos que são importantes para a atividade económica”.
A resistência em tomar medidas drásticas poderá, eventualmente, também ser explicada pelo receio de reconhecer as imparidades no crédito concedido e assumir perdas nesta operação. Por mais valor que o património de Vale do Lobo tenha, dificilmente será suficiente para cobrir a totalidade da dívida junto do banco, que já terá reconhecido grande parte das perdas sofridas neste crédito, tal como noutros casos de devedores problemáticos.


No final de 2016, a sociedade tinha um passivo de cerca de 500 milhões de euros para um ativo líquido de 343 milhões de euros e acumulou prejuízos ao longo da década em que a Caixa foi acionista.
Os números vermelhos dos últimos anos não abalaram a convicção de Armando Vara. Numa audição no Parlamento, o antigo gestor mostrou-se seguro de que a Caixa não iria perder dinheiro naquele ativo. “Está sempre a valorizar. Estou certo que poderá ser vendido no mínimo pelo que a Caixa lá meteu (pelo menos 350 milhões de euros) ou até mais”. O antigo administrador da Caixa exemplificou: no primeiro ano de gestão, ainda antes da crise, o resort vendeu o dobro das casas previstas e, até 2013, pagou à Caixa cerca de 100 milhões do empréstimo. “Não é o que se diz, um buraco. Foi um dossiê bem pensado.”
(O empreendimento de Vale do Lobo) "Está sempre a valorizar. Estou certo que poderá ser vendido no mínimo pelo que a Caixa lá meteu (pelo menos 350 milhões de euros) ou até mais. (...) “Não é o que se diz, um buraco. Foi um dossiê bem pensado”. 
Afirmações de Armando Vara, na comissão de inquérito à CGD
Armando Vara tem sido responsabilizado pela decisão do banco público, da qual era então administrador, de investir neste empreendimento. Apesar de ter afirmado que a operação chegou à administração da Caixa via direção do Algarve — esta versão terá sido desmentida pelo diretor central de créditos, que, segundo o Expresso, disse ao Ministério Público que a operação chegou à Caixa pela mão de Vara — o ex-gestor admitiu que foi um defensor do negócio. E foi Armando Vara quem propôs à administração do banco o investimento acionista em Vale do Lobo.

Os argumentos de Vara

A Caixa tornou-se acionista da sociedade gestora do resort de Vale do Lobo em 2006, na sequência da venda da empresa — detida por um empresário holandês, Van Gelder, há cerca de 30 anos — a um consórcio de “investidores portugueses e internacionais” (assim é descrita a operação na cronologia oficial) presidido por Diogo Gaspar Ferreira.
A CGD olhou para o projeto na altura em que vários bancos disputavam aqueles créditos, disse Vara aos deputados da comissão parlamentar de inquérito às causas da recapitalização do banco. Vale do Lobo foi uma das operações que obrigou o banco a reconhecer avultadas perdas no crédito e, nessa medida, contribuiu para as necessidades de capital da Caixa. O relatório da comissão, proposto pelo deputado socialista Carlos Pereira — e que nunca chegou a ser votado –, questionou o racional do interesse público desta operação, mas não encontrou provas de que tivesse tivesse sido forçada.
“Quando o projeto começou, sabíamos que os acionistas estavam renitentes em meter mais dinheiro porque as garantias eram mais do que suficientes”, testemunhou Armando Vara, citando pareceres de consultores que avaliavam os ativos em mais de 400 milhões de euros. Estas avaliações ajudaram a que o “projeto fosse aprovado sem nenhuma reserva mental”, acrescentou.
Os acionistas citados por Vara que seriam parceiros da CGD eram Diogo Gaspar Ferreira, antigo diretor do Sporting, Rui Horta e Costa, ligado à banca, Luís Horta e Costa e Hélder Bataglia, que liderava um grupo sediado em Angola, a Escom.

Armando Vara foi ouvido parlamento no dia 22 de março de 2017
Vara justificou assim o interesse do negócio: “Assentava como uma luva no projeto prime que queríamos para a Caixa. Mas também confiávamos naqueles promotores, um era profissional do setor, outro era o homem da banca, e o outro liderava uma importante empresa em Angola. (…) Não havia razão para duvidar que tinham capacidade para avançar com o projeto”.
Logo no primeiro ano do investimento da CGD, 2006, a sociedade teve prejuízos de dois milhões de euros, com as perdas a agravarem-se nos anos seguintes. A principal receita de Vale do Lobo vinha da venda de lotes para construção, chegou a ter receitas da ordem dos 50 milhões de euros em 2006. Esta atividade quase parou com a crise financeira e económica, a partir de 2007, com o afastamento de compradores estrangeiros, em particular dos irlandeses que tinham sido clientes importantes do empreendimento.
Passados dez anos, em que a sociedade deu sempre prejuízos e deixou de cumprir os seus compromissos financeiros, grande parte da gestão mantém-se, apesar de a Caixa ter poder para a substituir, caso executasse as garantias.
À frente da administração da Vale do Lobo Resort continua Diogo Gaspar Ferreira. As contas são assinadas por mais dois administradores, sendo apenas reconhecível o nome de Rita Bataglia dos Santos, filha de Hélder Bataglia, um dos investidores que está na mira das investigações a este negócio desenvolvidas pelo Ministério Público no quadro da Operação Marquês. Rita Bataglia entrou para a administração do resort em 2012, substituindo Ana Bruno, a advogada que foi envolvida no caso Monte Branco pelas ligações de clientes seus à Akoya, empresa que é suspeita de branqueamento de capitais.

Sobre o envolvimento no “caso Sócrates”, o relatório faz apenas uma breve referência para constatar que a empresa e uma sua subsidiária foram constituídas arguidas, em 2015 e 2017, no âmbito do inquérito 122/13.8TELSB. Mas considera que “ainda é prematura a formulação de qualquer juízo de valor ou estimativa sobre eventuais contingências penais ou económicas associadas com uma eventual condenação, dado não ter sido até agora deduzida qualquer acusação, não se sabe se tal ocorrerá (e no caso afirmativo quais as infrações que lhe serão eventualmente imputadas) ou se, pelo contrário, será proferido um despacho de arquivamento, por inexistência de indícios suficientes da prática de qualquer infração, os quais no entendimento do conselho de administração, baseado na opinião dos seus advogados, não têm qualquer fundamento. ”

Equipa de administradores de Vale do Lobo, segundo informação institucional
Apesar de não estar diretamente na administração de Vale do Lobo, Hélder Bataglia, o antigo presidente da Escom que foi um dos parceiros de Ricardo Salgado e do Grupo Espírito Santo para negócios em Angola, é administrador da Turpart, a sociedade que controla 72% da Vale do Lobo Resorts Turísticos, de acordo com o registo societário do portal da justiça. No site da empresa gestora do resort surgem ainda como administradores Luís Horta e Costa, que foi administrador da Escom com Bataglia, e Rui Horta e Costa, antigo administrador financeiro da EDP que trabalhou na banca de investimento.

O “face lift” estratégico e uma estranha operação

A mudança de proprietários de Vale do Lobo coincidiu com o que a empresa descreve como o início de “um face lift estratégico” em 2007, que passou pela implementação de melhorias significativas, novos desenvolvimentos e planos para uma expansão internacional. No site do grupo, era assinalado o arranque de um programa de 500 milhões de euros de investimentos para desenvolver três áreas premium no resort: o Vale de Santo António, o Oceano Clube (Vale do Lobo II) e Vale do Lobo III. O dinheiro para avançar com esses projetos veio sobretudo da Caixa Geral de Depósitos.
O Vale de Santo António viria a dar que falar na comissão de inquérito à Caixa durante a audição de Vara, tendo sido uma das operações questionadas no relatório final. Era um projeto que ia valorizar Vale do Lobo, defendeu o antigo gestor.
O terreno vizinho à área de Vale do Lobo foi comprado por 15 milhões por uma sociedade offshore, que seria detida por um acionista privado de Vale do Lobo, num negócio financiado pelo BCP e pelo BES. Pouco tempo depois, a Sociedade de Vale do Lobo vendeu o mesmo terreno à Caixa Geral de Depósitos por 25 milhões de euros com um financiamento de 34 milhões para desenvolver um projeto que não chegou a ser concretizado, admitiu Armando Vara no Parlamento.
O relatório e contas da Vale do Lobo Resort mostra que a Caixa concedeu um empréstimo de 22,8 milhões de euros para a reestruturação e financiamento de obras de infraestruturas e construção do empreendimento Vale de Santo António, que se encontrava vencido desde janeiro de 2012, com uma dívida total no ano passado de 35,3 milhões de euros.
Este projeto é referido na reserva do auditor às contas da sociedade, onde se sublinha que a situação de incumprimento “é extensível ao projeto imobiliário do Vale de Santo António, cujo investimento ascende a, aproximadamente, 37.500.000 euros, encontrando-se suspensa a sua comercialização e desenvolvimento”.

Propriedade em Vale de Lobo
Para além do incumprimento para com os bancos e para com o fisco, que levou a empresa a aderir ao PERES (Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado), a sociedade apresenta capital próprio negativo de 158,3 milhões de euros, ou seja, está em situação de falência técnica, que resulta da acumulação de prejuízos.
A administração da sociedade reconhece que o grupo se encontra em “incumprimento de compromissos assumidos resultantes de empréstimos bancários obtidos (….) que se encontram garantidos por hipoteca sobre o seu património imobiliário”. E, na avaliação em que prevê a capacidade de o grupo continuar a operar no futuro, considerou a “possibilidade de reforço dos seus capitais próprios, bem como a futura reestruturação do endividamento do grupo, incluído a não execução, por parte das entidades financiadoras, das garantias e penhoras constituídas”. Esta condição, regista, “não se encontra neste momento assegurada”.
Vale do Lobo assume, também, que a “relação com o principal banco financiador — a Caixa Geral de Depósitos — continua a ser fundamental para a prossecução do negócio” e diz que está atualmente “em negociação um novo plano de apoio financeiro, assim como a reestruturação da dívida atual”. A frase do relatório de gestão de 2016 data de março deste ano, mas já podia ser lida no relatório e contas referente a 2015. Questionada pelo Observador sobre o desenvolvimento deste plano e da reestruturação da dívida, a empresa transmitiu que não ia fazer comentários.

Os empréstimos vencidos

O auditor, a Deloitte, numa reserva às contas do ano passado, aponta para uma dívida total de 450 milhões de euros que inclui dezenas de milhões de euros em juros vencidos e incumprimento de outros pagamentos. Avisa, contudo, que a informação é insuficiente e que não é possível conciliar estes valores.
A Caixa é o maior credor destacado, como banco, com empréstimos de 320,5 milhões de euros, e como acionista, através da Wolfpart, com um suprimento de 37,3 milhões de euros. No total, a dívida ao banco do Estado atingia, no final do ano passado, 358 milhões de euros. Apesar dos incumprimentos, Vale do Lobo reconheceu nas contas cerca de 12,7 milhões de euros de juros pagos à Caixa e Wolfpart, num total de 19,4 milhões de euros. São estes encargos financeiros que explicam, em parte, os prejuízos da Vale do Lobo.
Para além da Caixa, Vale do Lobo tem créditos junto do BCP e do Montepio Geral. Neste banco, dois financiamentos, de meio milhão de euros cada, têm como garantia de cumprimento o penhor sobre 60 buggies do grupo que são usados na atividade de golfe.
O relatório e contas de 2016 elenca a lista dos empréstimos que estão em situação de incumprimento, dos quais 11 foram contraídos junto da Caixa Geral de Depósitos. O primeiro e maior data de 2006, quando o banco entrou no projeto como acionista e financiador. O empréstimo inicial de maior valor, cerca de 200 milhões de euros, terá sido o financiamento que possibilitou a compra do resort ao empresário holandês Van Gelder por parte dos investidores portugueses. No seu depoimento, na comissão parlamentar de inquérito à Caixa, Armando Vara contou que o banco colocou 197 milhões de euros de financiamento e 30 milhões em suprimentos (capital social) a uma taxa de juro de 6%. Os promotores colocaram apenas dez milhões de euros.

Este empréstimo deveria ter sido reembolsado a partir de 2009, tendo como penhor as empresas e respetivas ações, bem como uma hipoteca sobre o património imobiliário. A empresa entrou em incumprimento deste contrato pelo não pagamento dos juros vencidos na data prevista (não indicada).
No documento consultado pelo Observador, são descritos todos os empréstimos da Caixa que se encontram em incumprimento, ainda que existam alguns pagamentos. O primeiro incumprimento sinalizado aconteceu em 2009, a maioria surgiu em 2010 e 2011. A maior parte destes créditos, mais de dez, não foi renegociada,estando por isso classificados no passivo corrente. São ainda identificados quatro empréstimos contraídos junto do BCP, entre 2005 e 2013, no valor global de 71,3 milhões de euros, que também estão em incumprimento.
Vale do Lobo tem acumulado resultados negativos: 19,4 milhões de euros em 2014, 23,2 milhões de euros em 2015 e 14,5 milhões de euros em 2016, sobretudo por via dos encargos financeiros que no ano passado pesaram quase 19 milhões de euros. Os resultados operacionais foram positivos em mais de dois milhões de euros. No ano passado, as receitas ascenderam a 18,6 milhões de euros, dos quais 4,3 milhões resultaram da alienação de lotes ou apartamentos. Para além deste proveito, a empresa recebe fees pela exploração do golfe e pelos serviços prestados aos proprietários.

observador.pt
28
Ago17

OLHEM SÓ QUEM FALA !!!!!! - Deputado do PSD compara Portugal com Alemanha nazi

António Garrochinho




O deputado do PSD e vice-presidente da banca parlamentar, Carlos Abreu Amorim, comparou a atual solução governativa ao pacto feito entre a Alemanha nazi e a União Soviética em 1939. A falta de contenção e o desnorte parecem ter tomado definitivamente conta do PSD.
Num tuíte publicado esta tarde, o deputado do PSD partilhou um link evocativo do aniversário do Pacto Molotov-Ribbentropacompanhado do texto: “Uma Geringonça que ficou na história…”. Não se percebe bem o que pretende Carlos Abreu Amorim imputar à atual solução governativa, mas é reconhecido que o pacto de não-agressão entre Hitler e Estaline redundou na invasão da Polónia, com as consequências que todos, infelizmente, conhecemos.



Até ao momento da publicação desta breve, Carlos Abreu Amorim não emitiu qualquer pedido de desculpa pelo seu tuíte. Quando cair em si, certamente que o deputado reconhecerá que a comparação naturalmente risível não ficaria bem a ninguém, muito menos a alguém que assume as responsabilidades que Abreu Amorim assume.


28
Ago17

Neste bordel de gente exemplar não há almoços, viagens ou cunhas grátis

António Garrochinho


Gostei de ver Marques Mendes desancar nos borlistas das viagens, dizendo do alto do seu estatuto ético que não há viagens grátis. Quando o ouvi questionei-me se haverão cunhas grátis, não há muito tempo que foi notícia o seu telefonema a fazer um pedido a um dos arguidos no caso dos passaportes dourados. De repente, lembrei-me de uma personagem da telenovela "Gabriela" que está sendo exibido no canal da Globo, a dona Dorotéia também era o pilar da moral e dos bons costumes de Ilhéus, até ao momento em que se descobriu que no passado  tinha sido uma "quenga" muito requisitada..
Sejamos honestos, há muito que estes passeios são norma entre altos cargos do Estado e mesmo de empresas. Aquilo que era público no setor da saúde, com os famosos congressos de medicina, era mais ou menos público noutros setores, designadamente, no das tecnologias. Desde autarcas de Lisboa a fazerem viagens em todo o terreno no deserto do Saara a quadros dos departamentos de informática a passearem nos EUA tem sido um regabofe de passeios.
É uma pena, por exemplo, que os nosso jornalistas, outro clube de Donas Dorotéias, outro dos grandes pilares da moral e dos bons costumes  do nosso país, nada nos contem sobre as viagens que têm feito por conta das empresas que lhes paguem para serem simpáticos ou ficarem de bico fechado. Só à conta da EDP tem sido o ver se te avias, cada vez que a EDP dá um traque no estrangeiro lá vai uma comitiva de jornalistas fazer turismo comunicacional à grande e à francês. Sucedeu, por exemplo, quando a EDP apresentou um plano de negócios em Londres ou, melhor ainda, quando, em 2015, uma numerosa comitiva de jornalistas foi a Las Vegas passear pelo deserto de Mojave e assistir ao Rock in Rio, tudo em classe executiva.

Continuando nas Dorotéias do nosso país, os tais pilares da sociedade, também ficou para a história da moralidade pública do país um famoso congresso de magistrados, realizado em Albufeira, num conhecido hotel de luxo propriedade do agora tenebroso Ricardo Salgado. Na ocasião foi notícia o luxuoso programa de entretenimento dos e das dondocas, que foram luxuosamente tratados enquanto as suas caras metades pensavam no bem da nação.
É por isso que me dá vontade de rir quando vejo o Marques Mendes ter um assomo de indignação, dizendo que não há viagens grátis. É evidente que não, as famosas viagens de Durão à conta dos seus amigos milionários, as cunhas ao pessoal do SEF, os passeios das dondocas, as visitas à tecnológica chinesa ou a uma qualquer Oracle dos EUA, as migrações dos jornalistas à conta da EDP, tudo neste país tem preço e bem mais alto do que o trabalho dos que ganham o salário mínimo.
Mais um pequeno pormenor, as viagens que agora foram realizadas antes das últimas legislativas, pequeno pormenor que faz toda a diferença no caso de queremos abordar este tema no quadro da luta político-partidária. Outro pormenor, quando comparo Marques Mendes à Dona Dorotéia não estou sugerindo que o Conselheiro comentador terá sido "quenga" ou que tem telhados de vidro, apenas evidencio a sua dimensão de mexeriqueiro oficial de Pinto Balsemão.




jumento.blogspot.pt
28
Ago17

esperem.....

António Garrochinho
JÁ QUE ALGUNS PENSAM DORMENTES QUE O FASCISMO ANTIGO SE DISSIPOU E NÃO VISLUMBRAM O FASCISMO MODERNO, SENTEM-SE NUM CANTO, E COCEM A PIOLHEIRA.
ESPEREM QUE ALGUMA LUZ SE FAÇA E AÍ POSSAM REGRESSAR AO CONVÍVIO DOS DIGNOS.
António Garrochinho
28
Ago17

MAIS UM ALERTA

António Garrochinho




Vivemos na Europa um estado de espírito neo-fascista, ainda que através da imposição da “pós-verdade”. Quero dizer; cometem-se assassinatos em nome da “liberdade”, torturam-se seres humanos sob o estandarte da “democracia”. Alteram-se os objectivos das palavras, a sua compreensão secular, onde invadir passa a por ser proteger ou destruir equivale simplesmente a donos colaterais.

Além do dia mundial de ir ao cu e do dia mundial do espermatozóide ariano, foi criado pelos terroristas católicos anti-democráticos da União Europeia, o “dia europeu de memória das vítimas de todos os regimes totalitários e autoritários”.

Mais uma fedorenta campanha anti-comunista, que ulula a pés juntos sobre o que sentencia ser a igualdade entre nazi-fascismo e Comunismo. Nazis como Junker, Donald Tusk, António Tajani e o resto do grupo de baile, deveriam ser julgados em tribunal anti-burguês, e nestes casos especificamente como criminosos de guerra. É nesta situação de grande confrontação que aceito, para casos de excepção ao mais alto nível, a pena de morte.

O espanto dos espantos é que esta medida provocatória e mortal é tomada sob a presidência estoniana, país com um governo de extrema-direita, onde o racismo e a xenofobia andam à solta.



Guilherme Antunes in facebook
28
Ago17

ASSIM SE FALA AOS BICHOS

António Garrochinho


Putin recebeu em Moscovo a visita do rei da Arábia Saudita. Antes de partir, o rei wahhbita disse-lhe que queria comprar um terreno e construir, com dinheiro totalmente seu, evidentemente, uma grande mesquita na capital russa. “Não há problema”, afirmou-lhe o presidente, “mas com uma condição: que você autorize também na sua capital árabe a construção de uma grande igreja ortodoxa”.
“Não pode ser”, respondeu o árabe. “Porquê?” perguntou o presidente russo.
- Porque a sua religião não é a verdadeira e não deixamos que engane o povo.
- Eu penso o mesmo da sua religião e, mesmo assim, eu permitir-lhe-ia edificar o seu templo se houvesse reciprocidade. Sendo assim, terminamos por aqui.
Mas Putin ainda não tinha abandonado a questão. Num discurso no parlamento russo, referindo-se a tensões com as minorias étnicas, disse: “Na Rússia vivei como os russos! Qualquer minoria, de qualquer parte, que queira viver na Rússia, trabalhar e comer na Rússia, deve falar russo e deve respeitar as leis russas. Se eles preferem a sharia e viver uma vida de muçulmanos, aconselhamo-los a que vão para esses locais onde seja essa a lei do Estado. A Rússia não necessita das minorias muçulmanas; essas minorias é que necessitam da Rússia, nós não lhes vamos garantir privilégios especiais nem pensamos trocar as nossas leis para as adaptar aos seus desejos.”
“As tradições e costumes russos não são compatíveis com a falta de cultura e formas primitivas da sharia e dos muçulmanos”

28
Ago17

Governo e esquerda negoceiam menos IRS para 1,5 milhões de famílias

António Garrochinho




Já é quase certo que no próximo ano, o País dirá adeus ao “brutal aumento de impostos” de Vítor Gaspar. O primeiro-ministro já o assegurou e, neste momento, só falta perceber quantas famílias serão abrangidas pela redução.
De acordo com o Público, Centeno deverá ter margem para desagravar o imposto sobre o rendimento a 1,5 milhões de famílias, deixando em situação idêntica à atual à volta de 100 mil portugueses.
As contas estão neste momento a ser feitas, de forma a que este desagravamento integre o próximo Orçamento do Estado mas já há algumas ideias a seguir.
Diz o jornal diário, que as Finanças ponderam dividir o atual segundo escalão em dois, passando a haver seis escalões de IRS e, ao mesmo tempo, desagravar o terceiro escalão.
Haverá ainda um travão para os rendimentos mais altos que pela progressividade deste imposto acabariam beneficiados mas que Costa quer deixar de fora.
Como? Para eliminar este efeito, o Governo está a trabalhar em dois cenários: ou limitar ainda mais as deduções fiscais permitidas para estes rendimentos; ou mexer nos limites quantitativos de cada um destes escalões.



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