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orouxinoldaresistencia

POESIA E MÚSICA DA RESISTÊNCIA

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30
Ago17

Resultados do primeiro semestre da José de Mello e da Luz Saúde - Privados receberam 160 milhões para a gestão de hospitais privados

António Garrochinho


Os dois principais grupos económicos do sector privado da Saúde lucraram mais de 20 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. A José de Mello e a Luz Saúde encaixaram mais de 160 milhões com as parcerias público-privado.
A José de Mello Saúde recebeu 258 milhões de euros do Estado pelos contratos de gestão dos hospitais de Braga e Vila Franca de Xira, em 2016
A José de Mello Saúde recebeu 258 milhões de euros do Estado pelos contratos de gestão dos hospitais de Braga e Vila Franca de Xira, em 2016Créditos
Os lucros da José de Mello Saúde e da Luz Saúde, nos primeiros seis meses do ano, foram de 13,5 milhões e de 8,9 milhões de euros, respectivamente. Do lado das receitas, a rúbrica referente aos hospitais que gerem em regime de parceria público privada ascenderam aos 114,4 milhões, no grupo Mello, e aos 48,8 milhões, na Luz Saúde, de acordo com os relatórios enviados à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM).
Ambos representam um aumento nos proveitos com estes hospitais de 2%, em média. A Luz Saúde gere o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e a Mello Saúde gere os hospitais de Braga e de Vila Franca de Xira.
Ambos os grupos estão a preparar-se para expandir a sua presença, como em Sintra, onde o grupo Mello pretende aproveitar as dificuldades sentidas no Hospital Amadora-Sintra e a ausência de um hospital público no concelho para transformar a sua clínica num hospital CUF. Em Lisboa, está em curso a expansão do Hospital CUF Descobertas (Parque das Nações) e a construção do novo Hospital CUF Tejo (Alcântara).
A Luz Saúde tem em curso obras de expansão das suas unidades de Lisboa e Oeiras, e estão previstas aberturas de novas unidades em Odivelas e Vila Real.
O sector privado da Saúde aproveitou a última década de cortes nos serviços públicos, nomeadamente no SNS, para crescer. As transferências do Orçamento do Estado para o SNS em 2015 ficaram praticamente ao nível de 2005: de acordo com o relatório e contas do SNS, foram cerca de 7,8 mil milhões de euros – menos do que Portugal tem vindo a pagar anualmente em juros da dívida nos últimos anos.
Em entrevista ao Diário de Notícias, no dia 18, Óscar Gaspar, actual presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), revelou que as unidades privadas de saúde têm 11 mil camas de internamento, o que corresponde a 32% do total. Oantigo dirigente do PS e secretário de Estado da Saúde defendeu ainda a manutenção das parcerias público-privado nos hospitais de Braga e Cascais, mas também que as novas unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que venham a ser construídas, como o hospital de Lisboa Oriental, sejam geridas através do mesmo modelo.


www.abrilabril.pt
30
Ago17

Com gente desta, como podemos evoluir?

António Garrochinho



Para a comunicação social portuguesa e opinion makers em peso, desde que uma empresa invista no país e “crie” emprego, pode fazer o que bem lhe apetecer com os seus trabalhadores, inclusivamente forçá-los a trabalhar aos sábados por menos retribuição salarial e a proibir que desfrutem dessa autêntica benesse que é ter dois dias de descanso consecutivos.

Esta é a lógica. Os fins das empresas justificam todos os meios. Não existem quaisquer normas de tratamento das pessoas que trabalham. As pessoas, a sua saúde, devem ser colocadas indiscriminadamente ao dispor e subjugadas à obtenção dos lucros da burguesia.

Como podemos evoluir enquanto povo, enquanto sociedade, com gente desta a opinar e a inundar os ecrãs das televisões e as páginas dos jornais? Como poderemos ter um mundo mais justo, mais equilibrado, com melhor qualidade de vida e mais pacífico?

Não podemos.

O que fazemos é, pelo contrário, regredir a largos passos para os tempos do século XIX.


portodeamato.blogs.sapo.pt
30
Ago17

Catarina Martins vê greve na Autoeuropa com "enorme apreensão"

António Garrochinho



A coordenadora do BE, Catarina Martins, admitiu esta terça-feira ver com "enorme apreensão" o conflito laboral na Autoeuropa e disse esperar que a empresa continue a respeitar os direitos dos trabalhadores, que iniciam esta noite um dia de greve.

"Acho que olhamos todos para a Autoeuropa com uma enorme apreensão, é uma das maiores empresas portuguesas, uma das maiores exportadoras, julgo que tem existido alguma inflexibilidade nestas negociações, preocupa que a administração também diga que agora não quer negociar", afirmou Catarina Martins.
Os trabalhadores da Autoeuropa iniciam hoje um dia de greve contra os novos horários de três turnos e trabalho aos sábados, que terá início às 23:30 e terminará às 00:00 de quinta-feira.
A dirigente do BE, que falava à margem de uma visita à Associação Cultural Moinho da Juventude, no bairro da Cova da Moura, Amadora, considerou que o conflito laboral resultará de "dores de crescimento" da própria empresa automóvel de Palmela.
"Estamos a falar de um aumento da capacidade produtiva da Autoeuropa bastante grande, a possibilidade de mais dois mil postos de trabalho em Portugal, não é coisa pouca, e é preciso que este aumento de produção se faça naturalmente com um diálogo com os trabalhadores, com os direitos dos trabalhadores", frisou.
Para Catarina Martins, "a Autoeuropa tem sido um exemplo desse diálogo e tem sido um exemplo do respeito pelos seus trabalhadores, que é bom que se mantenha".
"É isso que nós esperamos que aconteça e se cheguem às melhores soluções possíveis", vincou a dirigente bloquista.
A greve contra os novos horários de três turnos e trabalho aos sábados foi aprovada em plenários realizados na segunda-feira, com a participação de cerca de 3.000 trabalhadores.
As compensações financeiras prometidas pela administração da Autoeuropa, um adicional de 175 euros por mês e mais um dia de férias para além das regalias previstas na legislação para o trabalho por turnos, não foram suficientes para demover os trabalhadores da Autoeuropa, que não aceitam a obrigatoriedade do trabalho ao sábado, explicou fonte sindical.

Segundo o Sitesul - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul, não se trata de uma questão de dinheiro, mas da obrigatoriedade de trabalhar todos os sábados durante dois anos, com apenas dois dias de folga consecutivos de três em três semanas.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores da Autoeuropa não receiam uma eventual deslocalização da produção do novo veículo T-Roc atribuído à fábrica de Palmela, até porque, argumenta, grande parte do investimento em causa foi suportado pelo governo português.
Os novos horários propostos pela administração da Autoeuropa foram previamente negociados com os representantes dos trabalhadores, mas o pré-acordo foi rejeitado por mais de 74% dos funcionários da empresa, levando à demissão da Comissão de Trabalhadores. 

www.publico.pt

30
Ago17

Deputada do PSD "persona non grata" no Azerbaijão

António Garrochinho




Rubina Berardo esteve de visita à Arménia e foi também ao enclave de Nagorno Karabakh, uma região disputada entre o Azerbaijão e a Arménia. As autoridades azeris não gostaram, chamaram o encarregado de negócios português e Rubina Duarte é agora persona non grata no Azerbaijão.

A deputada diz estar consciente das consequências desta visita, que afirma ter sido realizada a titulo pessoal.

Rubina Berardo faz parte da Comissão Parlamentar para os Assuntos Europeus, Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

SOM ÁUDIO






www.rtp.pt
30
Ago17

A GREVE

António Garrochinho

SE TE SENTIRES LESADO NO TEU POSTO DE TRABALHO, NOS TEUS DIREITOS, E JUNTO COM TODOS OS TEUS CAMARADAS QUISERES FAZER GREVE NÃO TE ESQUEÇAS DE PEDIR AUTORIZAÇÃO AO BLOCO ELEITORALISTA E AO BAÚ DAS ROSAS MURCHAS.
ELES VÃO CONSERTAR A "COISA" COM O PATRONATO E TU OBEDECES PARA SERES UM MENINO BEM COMPORTADO E NÃO CONTRIBUÍRES PARA A RUÍNA DO PAÍS.
ENTENDESTE !?
AG.
30
Ago17

A submissão da UE aos EUA

António Garrochinho



O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, durante reunião com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, alertou para os riscos de uma radicalização política em relação à Rússia.
Segundo Deutsche Welle, o ministro destacou que a Alemanha, de forma alguma, gostaria de colaborar para que novas sanções levasse à uma "nova era do gelo" entre a Rússia e o Ocidente.
O ministro atentou para o fato da Rússia ser um importante parceiro económico da Europa.
Além disso, o diplomata destacou que "os efeitos colaterais inesperados" das últimas sanções adotadas pelo congresso norte-americano contra Moscovo suscitaram preocupações na Europa.
"Segundo Gabriel, que está nos Estados Unidos, Rex Tillerson garantiu que o presidente Donald Trump concordou em coordenar as eventuais próximas sanções contra a Rússia com seus parceiros europeus. 
Em 2 de agosto, o presidente norte-americano Donald Trump promulgou uma lei que reforça as sanções contra a Rússia, Coreia do Norte e Irã. A lei impede o presidente norte-americano de suspender as sanções antirrussas sem a aprovação do Congresso e visa sobretudo  beneficiar a industria  americana e que a UE se abasteça com gas dos EU"


foicebook.blogspot.pt
30
Ago17

O politicamente correto é contra a liberdade?

António Garrochinho



Há um problema para a liberdade com os polícias do politicamente correto? Não começa a ser insuportável o escrutínio microscópico sobre o que cada cidadão, dirigente associativo, sindicalista, jornalista, escritor, editor, militante partidário, deputado ou governante dizem, escrevem e publicam, sempre a correrem o risco de ficarem sujeitos a uma acusação de racismo, de discriminação sexual ou de homofobia, vociferada em tom de ira por milhares de pessoas nas redes sociais?
Discussões como as que foram mantidas, há meses, sobre uma mudança de nome do Cartão do Cidadão para uma outra designação que lhe retirasse um alegado significado machista não são, apenas, ridículas, não infetam o feminismo com a bactéria da farsa?
Ter, apenas há uns dias, um ministro a recomendar à Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género que esta, por sua vez, recomendasse a uma editora de livros escolares a retirada do mercado de uns manuais por terem conteúdos sexistas (ainda por cima essa acusação parece ser, analisados com calma os ditos manuais, muito injusta) não é um favor político à tese, cada vez mais prevalecente, da tendência censória dos novos ideólogos moralistas, quase sempre, mas não exclusivamente, associados à esquerda política?
Não é diferente discutir o problema da deliberada violência policial na esquadra de Alfragide sobre cidadãos "negros" do que sublinhar o racismo contido na utilização da palavra "negro"?
Não é diferente discutir a discriminação salarial das mulheres em quase todos os níveis profissionais e em quase todos os setores de atividade do que debater a ofensa para a dignidade feminina quando se utiliza o figurativo "Homem" para designar toda a humanidade?
Não é diferente defender o direito dos casais com o mesmo sexo a adotarem crianças do que acusar a McDonalds de discriminação por oferecer brinquedos diferentes para meninos ou meninas?
Não estão os tais "polícias" do politicamente correto a fazer "sair do armário" cada vez mais racistas, mais sexistas e mais homofóbicos, ainda há pouco tempo incapazes de exprimirem publicamente o seu ódio congénito, mas que aproveitam tal avalanche de limitações de linguagem e de costumes para se fazerem de vítimas oprimidas e, assim, ganharem espaço para os seus objetivos políticos, verdadeiramente discriminatórios?
Uma linguagem política capaz de, perversamente, tornar qualquer indivíduo tolerante num suspeito de neonazismo não é o caldo de cultura ideal para dar mais força aos Trumps desta vida, sejam os da América, sejam os de Loures?
E no meio destas discussões não se está a perder o foco e o caminho da resolução de problemas muito mais graves e prevalecentes, apesar de tudo o que se já fez, como, por exemplo, o da real e eficaz proteção das vítimas de violência doméstica? Ou da eliminação dos diversos tipos de discriminação no emprego que atingem várias minorias étnicas? Ou do anátema moral que as mentalidades da maioria das pessoas ainda atira para cima dos homossexuais?
O ponto é este: antes desta mais recente ofensiva do chamado "politicamente correto" (que atingiu a semana passada o cume da ironia ao chegar do Brasil a acusação de machismo a Chico Buarque, o mais feminista dos compositores de canções populares em língua portuguesa) a sociedade portuguesa parecia estar a avançar mais depressa na direção da eliminação paulatina de todas estas discriminações do que agora: foi dado espaço a uma reação, até agora adormecida, cada vez mais forte, cujas consequências políticas receio.
Todas estas minhas dúvidas esbarram, porém, com um facto: sou homem, sou heterossexual, sou branco. Nunca sofri na pele qualquer tipo de discriminação por motivos de género, de opção sexual ou de raça - sofri outras, mas isso não vem agora ao caso.
Já vi essas discriminações acontecerem e isso indignou-me muito, tentei mesmo fazer alguma coisa com a minha vida pessoal, a minha vida profissional e a minha participação cívica na vida social do país para ajudar a eliminar alguns desses problemas. Porém, tenho de reconhecer que é diferente ter uma adesão solidária à luta contra a injustiça sobre terceiros do que fazer parte dessa luta por ser vítima direta dessa injustiça. Aí a conversa muda de figura porque a emergência de eliminar e ver reparado o sofrimento tem uma intensidade e uma qualidade incomensuráveis.
Por isso, antes de responder a todas as perguntas que fiz no início deste texto, sou obrigado a reconhecer que, se fosse mulher, gay ou preto, as perguntas primordiais, simples, que gostaria de ver respondidas seriam outras:
"Quando deixarei de ser prejudicado, perseguido, humilhado? Quando terei justiça?"
"Posso parar um minuto de apontar as pequenas e grandes discriminações da sociedade?"
"Deixar o racismo, a homofobia ou o sexismo entregues a uma "maioria silenciosa" é um verdadeiro progresso?"
"A suposta defesa da liberdade de expressão não está perversamente a ser usada para perpetuar a discriminação e a opressão?"
"Exigir a neutralidade de género na linguagem não é um avanço civilizacional? E os documentos oficiais não devem ser neutros ?"
"Os manuais escolares não devem ser exemplares sobre questões discriminatórias?"
"Porque é que há brinquedos ou manuais para meninos e outros para meninas?"
É por isso que, apesar de todos os meus receios, espero que a discussão, mesmo violenta, sobre estes temas não se cale - é tão necessária!
E, apesar de andar irritado com tanto controlo à forma como falo e como escrevo, concluo: não, os polícias do politicamente correto não são um problema para a liberdade.


www.dn.pt



30
Ago17

Setor auto é motor da economia e emprega 51 mil pessoas

António Garrochinho


A greve de empresa na Autoeuropa começou às 23.30 de ontem e prolonga-se até às 24.00 de hoje. Produção de 400 carros pode estar em causa
A Autoeuropa, maior fábrica do país, está hoje em greve. A nível nacional, o setor automóvel representa 11% das exportações


O setor automóvel português, que está ancorado em quatro grandes fábricas de montagem e centenas de pequenas e médias fábricas suas fornecedoras, é um dos mais dinâmicos e avançados da economia portuguesa: é responsável por 11% das exportações totais de mercadorias e empregará, segundo cálculos do DN/Dinheiro Vivo com recurso a dados das associações do setor, mais de 51 mil pessoas.
Segundo dados obtidos junto da AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, o número de postos de trabalho no subsetor do fabrico dos componentes automóveis representa a fatia de leão: empregava uma média de 46,5 mil pessoas em 2016, mais 3% face a 2015, o triplo da expansão do emprego nacional (dados do INE).
    Este subsetor composto hoje por 220 empresas (muitas metalomecânicas, por exemplo) e 240 fábricas fornece as quatro grandes fabricantes que atualmente operam em Portugal: Autoeuropa, PSA, Mitsubishi, Toyota Caetano.
    Hoje, os trabalhadores da Autoeuropa, a maior fábrica nacional, cumprem um dia de greve, iniciativa que levou já o grupo alemão da Volkswagen a ameaçar com a deslocalização de parte da produção para a terra-mãe, a Alemanha. Chantagem ou verdadeira ameaça, o setor automóvel como um todo (as tais quatro linhas de montagem, a fileira dos componentes e outras tantas fábricas de moldes), tem sido um importante alicerce do emprego e da riqueza produzida no país e estavam, no final do primeiro semestre, a exportar mais 7,4% do que no mesmo período de 2016.
    Ainda segundo o INE, o setor dos "veículos automóveis" é um importante motor de inovação e de valor na economia. Em 2016, exportou mais de 5,2 mil milhões de euros, 11% do total nacional. Neste ano irá pelo mesmo caminho, provavelmente até pode superar os seis mil milhões de euros exportados, pois neste ano a Autoeuropa está a produzir mais carros do que no ano passado, o que justifica também o recente aumento de contratação de trabalhadores. Em comparação, o setor do turismo, que tem sido o principal motor da economia, exportou 11,4 mil milhões de euros em 2016.
    Às 23.30 de ontem, os trabalhadores da Autoeuropa convocaram uma greve inédita na história desta fábrica (fundada há 26 anos, em 1991). Estão contra o novo horário.
    Para responder à procura pelo T-Roc, o novo utilitário desportivo (SUV) da VW, a empresa quer que a fábrica passe a funcionar em 18 turnos, seis dias por semana, a partir de fevereiro, e que os trabalhadores laborem entre segunda-feira e sábado, com folga fixa ao domingo e folga rotativa a meio da semana. Em troca, a administração elaborou um pré-acordo com a comissão de trabalhadores que previa um aumento mínimo do salário de 16%, um bónus de 175 euros, a redução do horário para 38,2 horas e a atribuição de mais um dia de férias. 74,8% recusaram a proposta no fim de julho. Os sindicatos defendem que o novo regime é prejudicial para a saúde. O SITE Sul - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras do Sul - viu a administração recusar uma proposta para criar um turno especial para sábados e domingos.
    O grupo alemão e o governo esperam ainda que empresa e trabalhadores cheguem a um consenso. Em caso de forte adesão, poderá estar em causa a saída de 400 veículos das linhas de montagem e o impacto na produção pode chegar aos cinco milhões de euros.

    www.dn.pt
    30
    Ago17

    Menos impostos para 1,6 milhões de famílias da classe média

    António Garrochinho



    Pedro Nuno Santos
    Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares garantiu que o OE2018 vai permitir um "alívio fiscal" com "grande significado"


    Classe média e classe média-baixa são os principais alvos do "alívio fiscal" que o governo vai introduzir no próximo Orçamento do Estado (OE) para o ano de 2018. O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos - que coordena as negociações com o PCP e o BE -, garantiu em entrevista à agência Lusa que a redução dos impostos beneficiará cerca de 1, 6 milhões de agregados familiares. Este valor surgiu depois de uma correção do governo ao final da noite, já que a primeira versão da entrevista, divulgada cerca das nove da noite, avançava com um total de 3,6 milhões de famílias beneficiadas.
    Nesta entrevista à agência Lusa, a propósito das negociações com bloquistas e comunistas, o responsável não quis, porém, adiantar pormenores sobre a medida, "do ponto de vista técnico e concreto", justificando que o governo ainda estava a trabalhar a matéria. "O Orçamento do Estado terá de ser entregue até meados de outubro. Nós estamos num processo de trabalho dentro do governo e com os nossos parceiros. Teremos de ter alguma paciência porque há um trabalho apurado que está a ser feito", afiançou.
    A intenção do governo é, segundo Pedro Nuno Santos, que "esta alteração chegue a muita gente, nomeadamente àqueles que foram mais sobrecarregados, a classe média e a classe média-baixa". De acordo ainda com este alto responsável "haverá um alívio fiscal para os trabalhadores e estamos a falar de 1,6 milhões de agregados que serão beneficiados". Assinalou que a execução desta medida "tem de ser feita com a necessária responsabilidade que proteja e defenda o próprio Orçamento e a medida".
    Na rentrée socialista, realizada em Faro no passado domingo, o primeiro-ministro tinha já assegurado que o OE 2018 iria "continuar a aumentar o rendimento das famílias" e que era com esse objetivo que iria ser melhorada "a progressividade do IRS, aumentando os escalões para quem ganha menos".
    A vinda a público das declarações de Pedro Nuno Santos aconteceu poucas horas depois de a coordenadora do BE, Catarina Martins, ter feito declarações sobre as propostas do seu partido. A progressividade fiscal era uma delas. "Para o Bloco de Esquerda é essencial criar-se mais escalões de IRS e assim aliviar quem está neste momento a pagar uma fatura pesada de mais, recuperando rendimento do trabalho, de salários e pensões e, ao mesmo tempo, também repondo alguma justiça fiscal num país que é muito desigual e tem injustiças a mais", frisou, à margem de uma visita ao bairro da Cova da Moura, Amadora.
    A dirigente bloquista exigiu "medidas significativas, porque se forem meramente simbólicas quer dizer que não há, de facto, reposição de rendimentos do trabalho, salários e pensões". Lançou ainda a ideia de "soluções do ponto de vista de receita fiscal" sobre o "rendimento do capital" e não "sobre o rendimento do trabalho" e que "podem ser utilizadas para permitir este alívio dos salários e das pensões". Catarina Martins lembrou que "os rendimentos muito altos pagam poucos impostos".


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